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COMANDO-GERAL

INSTRUÇÃO TÉCNICA DE CORREGEDORIA (ITC) N.º 19, __ DE JANEIRO DE 2024.

Estabelece finalidades, atribuições e rotinas


administrativas no uso do SEI Sigiloso nos
processos administrativos disciplinares, de polícia
judiciária e atividades correcionais do CBMMG.

A CORONEL BM CORREGEDORA DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE


MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições previstas no inciso XVII do art. 4° da Resolução n.º 1028, de 5
de janeiro de 2022, que estabelece a competência, a estrutura e as atribuições da Corregedoria do Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais – CCBM, e considerando:

- o contido na Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023, que disciplina o uso do SEI
Sigiloso no âmbito do CBMMG;
- a necessidade de padronizar atribuições, atividades e trâmites a serem realizados no SEI
por todos os usuários do CBMMG no âmbito dos processos e procedimentos disciplinares, de polícia
judiciária e correcionais;
- que o SEI Sigiloso é uma ferramenta de informatização dos processos administrativos e de
polícia judiciária que requerem restrição de acesso;

BAIXA A SEGUINTE INSTRUÇÃO

Capítulo I
Da Finalidade

Art. 1º - Esta ITC tem por finalidade normatizar e padronizar a utilização do SEI Sigiloso
no âmbito dos processos e procedimentos administrativo-disciplinares, de polícia judiciária militar e
correcionais do CBMMG.

Capítulo II
Dos usuários em geral

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Art. 2º - O SEI, classificado com o nível de acesso “Sigiloso”, será utilizado pelos bombeiros
militares, nos termos da Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023, para fins disciplinares e/ou
correcionais nas seguintes atividades:

I - confecção de Comunicações e Queixas Disciplinares;


II - confecção de Relatórios Reservados;
III - confecção de Autos de Prisão em Flagrante (APF);
IV - Procedimentos e Processos Administrativo-Disciplinares, de caráter acusatório ou
inquisitório;
V - Inquéritos Policial-Militares (IPM);
VI - Instrução Provisória de Deserção (IPD);
VII - Processos Administrativo-Exoneratórios (PAE);
VIII - outros processos, procedimentos e documentos que requeiram restrição de acesso.
§ 1º A instauração e a condução de processos prevista no caput observará os manuais
disponíveis no SEI, assim como o Manual do SEI Sigiloso do CBMMG aprovado pela Resolução n.º 1157,
de 10 de outubro de 2023.
§ 2º A instauração e a condução de processos administrativo-disciplinares e de atividades
de polícia judiciária militar em meio eletrônico obedecerão às normas processuais a eles aplicáveis,
ressalvadas as adaptações imperativas relativas ao meio digital.

Art. 3º - O Levantamento Inicial, previsto no art. 100 do Manual de Processos e


Procedimentos Administrativos das Instituições Militares de Minas Gerais (MAPPA), utilizará o tipo de
processo “Corregedoria: Investigação Preliminar” do SEI.

Art. 4º - A confecção de Comunicação ou de Queixa Disciplinar será realizada pelo usuário


ao criar um processo do tipo “CBMMG - Processo de Comunicação Disciplinar” ou “CBMMG - Processo
de Queixa Disciplinar”, conforme o caso.
§1º - O tipo de documento a ser usado será o “Comunicação” no caso de Comunicação
Disciplinar e “Requerimento” no caso de Queixa Disciplinar, até que sejam incluídos documentos
próprios do CBMMG no SEI.
§2º Na tela de geração de documento, o nome na árvore será completado com a expressão
"Disciplinar" para identificação do documento.

Art. 5º - A confecção de Relatório Reservado será realizada pelo usuário no processo SEI
do tipo “CBMMG - Processo Administrativo - PA”.
Parágrafo único - O tipo de documento a ser usado será o “Relatório”, preenchendo-se, na
tela de geração de documento, o campo “Nome na árvore” com a expressão “Reservado”.

Art. 6º - A confecção dos processos e procedimentos administrativos não disciplinares será


realizada pelo usuário por meio do processo tipo “CBMMG - Processo Administrativo - PA” ou outros
específicos.

Art. 7º - A inserção de anexos externos na árvore de processos no SEI Sigiloso pelo


usuário ocorrerá por meio do tipo de documento “Externo”, observando-se as extensões de arquivos
digitais admitidas pelo SEI.
§ 1º Os anexos que sejam documentos em formato PDF cujo tamanho seja superior ao
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suportado pelo SEI serão comprimidos em um único arquivo de extensão .zip ou particionados em tantas
partes quanto forem necessárias.
§ 2º Os arquivos a que se refere o parágrafo anterior serão inseridos e nomeados em
sequência numérica conforme o quantitativo de partes geradas, como “anexo parte 1, anexo parte 2” e
assim sucessivamente.
§ 3º Os anexos que sejam arquivos de mídia, tais como imagens, áudios e vídeos, cujo
formato ou tamanho não sejam suportados pelo SEI, serão comprimidos em um único arquivo de extensão
.zip ou serão disponibilizados por meio de nuvem, cujo link de compartilhamento, obrigatoriamente, terá
permissão apenas para leitura.
§ 4º Os anexos compartilhados por meio de nuvem constarão no processo utilizando-se o
tipo de documento “Anexo”, que terá o campo “Nome na Árvore” preenchido com nome que identifique,
sucintamente, o seu conteúdo e no teor do documento (corpo do texto) constará breve descrição do
conteúdo e o link de acesso aos arquivos.
§ 5º Os arquivos compartilhados por meio de nuvem serão copiados pelo Cartório em
nuvem e disco rígido próprios da Seção, a fim de assegurar a cadeia de custódia, devendo-se incluir
certidão deste ato no processo.

Art. 8º - O criador do processo e/ou militar credenciado renunciará à sua credencial, em ato
contínuo, logo após o credenciamento do destinatário nos autos, salvo as exceções previstas na Resolução
n.º 1157, de 10 de outubro de 2023.
§ 1º Nos processos sigilosos destinados ao Cartório ou a setor equivalente, recomenda-se
credenciar, no mínimo, dois militares da seção destinatária.
§ 2º Nos processos sigilosos criados pelo Cartório da Unidade ou por setor equivalente,
recomenda-se permanecer, enquanto o processo tramitar pela unidade correlata, no mínimo, dois militares
credenciados desse setor.
§ 3º O criador do processo se certificará do recebimento da documentação eletrônica por,
pelo menos, um dos destinatários antes de renunciar à sua credencial, verificando, no andamento do
processo, se consta na coluna “Descrição” a expressão “Processo Recebido”.

Art. 9º - O usuário que for erroneamente credenciado em um processo SEI Sigiloso


providenciará sua renúncia imediata, assim que tomar ciência, informando a quem lhe tenha concedido a
credencial, bem como retornando-lhe o processo, caso o concedente da credencial não a remova, para o
trâmite devido.

Art. 10º - A documentação física recebida em qualquer Unidade ou Fração BM cujo teor
seja de cunho ético-disciplinar será digitalizada e inserida em processo eletrônico no SEI Sigiloso, em
seguida, tramitada para o Cartório da Unidade.
§ 1º A documentação lacrada e de caráter reservado, cujo destinatário não pertença à
Unidade ou Fração, será remetida fisicamente para o Cartório da Unidade em que aportar, o qual
providenciará sua digitalização e trâmite devido, tanto eletrônico quanto físico, conforme lotação do
militar interessado.
§ 2º A documentação física no Cartório da Unidade em que estiver lotado o militar
interessado poderá ser descartada nos termos do rito previsto no Decreto Federal nº 10.278 de 18 de março
de 2020.
§ 3º A documentação física não descartada será mantida em arquivo no Cartório da Unidade
em que estiver lotado o militar interessado, que, após a solução do processo, a destinará à Pasta Funcional
do militar.

Art. 11 - As remissões, utilizadas para referenciar determinado processo ou documento,


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serão realizadas utilizando-se a funcionalidade “Inserir um link para processo ou documento no SEI”,
onde será lançado o número do processo ou o protocolo eletrônico único gerado pelo Sistema mostrado
entre parênteses à direita de cada documento, conforme se desejar.
§1º A remissão a documento ou página da internet externa ao SEI utilizará a funcionalidade
de “Inserir um Link”.
§ 2º A remissão a trechos específicos observará, além do protocolo único, a estrutura do
documento referenciado e utilizará a numeração de tópicos, a contagem de parágrafos e linhas, expressões
que encerram ou iniciam frases, dentre outros, conforme o documento de referência possibilitar.
§º 3º Para fins do previsto no parágrafo anterior, poderá ser utilizada imagem dos
documentos referenciados obtida com uso de programa de captura de tela, mantendo-se a obrigatoriedade
do uso do link para documento SEI que remeta ao conteúdo referenciado na imagem.

Art. 12 - O tipo de processo em tramitação no SEI poderá ser alterado pelo Cartório da
unidade responsável, após análise e despacho com a autoridade competente, dando prosseguimento ao
trâmite correspondente ao tipo de processo mais adequado.

Capítulo III
Dos Cartórios

Seção I
Das competências

Art. 13 - Além das atribuições previstas em normas, compete aos Cartórios:


I - Receber, criar e controlar os atos, procedimentos e processos administrativo-
disciplinares e de polícia judiciária militar no SEI Sigiloso, utilizando a Unidade SEI do Cartório.
II - Manter, no mínimo, um militar do setor credenciado em cada processo eletrônico em
tramitação.
III - Realizar o credenciamento e descredenciamento de autoridades e encarregados nos
procedimentos e processos administrativo-disciplinares e de polícia.
IV - Realizar o credenciamento e descredenciamento dos integrantes de CPAD e CEDMU.
V - Proceder à análise e validação de cadastro de usuários externos no SEI envolvidos nos
procedimentos e processos administrativo-disciplinares e de polícia judiciária militar.
VI - Supervisionar, orientar e instruir os militares de sua Unidade no uso do SEI Sigiloso.
VII - Realizar as operações atinentes à função de administrador SEI requeridas nos
processos, tais como cancelamento e movimentação de documentos na árvore de processos, dentre outras.
VIII - Arquivar os processos por ocasião de seu encerramento em Blocos Internos por ano e
tipo de processo.
IX - Fazer constar nos processos no SEI Sigiloso as respectivas publicações e lançamentos
efetivados no SIGP e em Boletim Reservado.

Seção II
Da gestão dos Processos Eletrônicos

Art. 14 - Os processos eletrônicos de que trata esta ITC, criados ou recebidos no SEI Sigiloso
pelo Cartório, serão despachados com o Comandante da Unidade para definição de sua tramitação.
§ 1º Uma vez determinado o trâmite pelo Comandante, o Cartório providenciará a
documentação necessária conforme a natureza do processo, tais como Portarias, Despachos, Arquivamento

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Prévio.
§ 2º A inserção de documentos pelos Cartórios será realizada utilizando-se os tipos de
documentos próprios do CBMMG e, em sua ausência, os de Correição e, por fim, os de uso geral
disponibilizados pelo Sistema.
§ 3º A inserção de documentos de origem física obedecerá às normas aplicáveis à
digitalização de documentos.

Art. 15 - Os processos criados para apuração de fatos residuais de outros processos e


procedimentos disciplinares ou de polícia judiciária terão como anexo do documento de sua instauração o
arquivo PDF ou ZIP da parte ou do todo do processo que lhe deu origem, conforme o caso, ainda que
incluídos outros anexos.
Parágrafo único - O processo de origem a ser anexado que esteja em formato físico terá
providenciada sua digitalização obedecendo às normas aplicáveis à digitalização de documentos.

Art. 16 - O Comandante da Unidade será credenciado e descredenciado pelo Cartório, de


acordo com a fase do processo, para a prática de atos de sua competência, sendo facultado à referida
autoridade permanecer credenciado durante todo o trâmite do processo.
Parágrafo único - O Comandante interino, devidamente designado, somente poderá ser e
permanecer credenciado pelo período em que o ato de designação lhe conferir autoridade.

Art. 17 - As publicações e lançamentos dos atos administrativos constarão no processo


eletrônico por meio de despacho assinado pelo boletinista do Cartório.
§ 1º O despacho será inserido na árvore do processo logo após o ato administrativo a que se
referir.
§ 2º A numeração dos atos administrativos no SIGP constará do teor despacho no processo
SEI.
§ 3º O lançamento do ato administrativo no SIGP fará constar o número do processo
eletrônico correspondente no SEI e número dos documentos do processo SEI, quando couber.

Art. 18 - O Cartório providenciará a inserção ou edição das informações básicas dos


processos eletrônicos ao criá-los ou recebê-los, fazendo constar os dados Tipo de Processo, Especificação,
Classificação por assuntos, Interessados, Observações da Unidade, Nível de acesso e Hipótese legal.
Parágrafo único - As informações obedecerão ao seguinte:
I - Tipo de Processo: o campo será preenchido automaticamente após a seleção do processo
adequado de acordo com a sua natureza e em conformidade com o previsto no MAPPA.
II - Especificação: constará a abreviatura do tipo de processo, o número da portaria ou
despacho gerado no SIGP, o número BM e as iniciais abreviadas do acusado, indiciado ou investigado.
III - Classificação por assuntos: o campo será preenchido com “025.12 –
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES” e/ou com o código adequado para o tipo
de processo escolhido.
IV - Interessados: constará o nome do encarregado, do acusado, indiciado ou investigado e
da autoridade com poder disciplinar sobre o envolvido.
V - Observações desta unidade: constará a data da prescrição da pretensão punitiva e outras
informações julgadas úteis.
VI - Nível de acesso: Selecionar a opção “SIGILOSO”.
VII - Hipótese Legal: art. 45 da Lei Estadual n.º 14.310 - CEDM, de 19 de junho de 2002

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ou Sigilo Funcional (art. 325, CP) ou Sigilo do Inquérito Policial (art. 20 do CPP) até que sejam incluídas
as hipóteses relativas à polícia judiciária militar.

Art. 19 - A distribuição dos processos eletrônicos a serem acompanhados pelos militares do


Cartório, para fins de orientação e controle, será feita pelo chefe do Cartório, o qual também concorre para
a atividade.
§ 1º O chefe do Cartório avaliará a oportunidade e a conveniência de manter-se credenciado
em todos os processos eletrônicos no SEI Sigiloso em tramitação no Cartório da Unidade.
§ 2º Nos afastamentos planejados, como férias e cursos, o chefe do Cartório definirá o
militar que será credenciado em substituição ao militar ausente.
§ 3º Nos afastamentos não planejados, tais como licenças médicas, o chefe do Cartório
providenciará junto ao administrador SEI da Unidade ou, em sua ausência, à SDTS, o credenciamento de
outro militar do Cartório.
§ 4º Os militares dos Cartórios credenciados nos processos atuarão, exclusivamente, na
orientação do uso da ferramenta, salvo quando participando no exercício das competências da Seção.

Art. 20 - O Cartório credenciará o encarregado do procedimento ou processo administrativo


disciplinar ou de polícia judiciária para início da atividade que lhe foi delegada.
§ 1º O encarregado que tenha acesso a mais de uma Unidade SEI será credenciado na
Unidade SEI onde se encontra lotado, salvo determinação em contrário.
§ 2º O Cartório informará o encarregado, via e-mail institucional, sobre seu
credenciamento, podendo complementar com mensagem pelo Sistema Intranet de Mensagens (SIM).

Art. 21 - O encarregado será considerado cientificado no dia e horário de acesso registrados


pelo Sistema, momento a partir do qual operar-se-á a contagem de prazo de acordo com a regra processual
aplicável, sem prejuízo para outros meios de notificação legalmente válidos.
Parágrafo único - O acesso do militar credenciado, o qual é registrado automaticamente,
será verificado no andamento do processo na linha constando data e hora do recebimento, Unidade, CPF
do usuário e a informação “Processo Recebido” na coluna “Descrição”, a qual marca a ciência do militar.

Art. 22 - O administrador SEI do Cartório da Unidade incluirá o e-mail institucional


pessoal do encarregado no perfil SEI do militar na Unidade em que ele está lotado.
§1º O militar que tenha acesso a mais de uma Unidade SEI poderá ter o e-mail incluído em
mais de uma Unidade em conformidade com o credenciamento feito pelo Cartório.
§ 2º A comunicação dirigida ao encarregado relativa à instrução processual que chegar na
caixa de e-mail da Secretaria ou Cartório da Unidade será remetida imediatamente ao e-mail institucional
pessoal do encarregado, devendo, na ocasião, ser incluído aviso para que o encarregado utilize seu e-mail
institucional pessoal nas comunicações no processo SEI conforme art. 55 desta ITC.
§ 3º O e-mail institucional pessoal do encarregado deverá permanecer credenciado
enquanto permanecer no encargo delegado, após isso deverá ser removido.

Art. 23 - O Cartório receberá e despachará com a autoridade delegante os pedidos de


prorrogação e sobrestamento.
§1º A decisão da autoridade constará no processo por meio do documento “Despacho”.
§ 2º O lançamento da prorrogação, sobrestamento e dessobrestamento no SIGP serão
informados pelo cartório no andamento do processo por meio da funcionalidade “Atualizar Andamento”.

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Art. 24 - O processo eletrônico retornado pelo encarregado ao Cartório será objeto de
análise e saneamento para fins de assessoramento à autoridade delegante quanto à sequência do trâmite.
§ 1º Caso o Comandante determine retorno do processo ao encarregado, o Cartório
providenciará a inserção da documentação necessária e o novo credenciamento do encarregado.
§ 2º Caso o Comandante determine a remessa do processo para análise do CEDMU, o
Cartório providenciará ofício de remessa ao CEDMU, o qual poderá ser assinado, mediante delegação,
pelo chefe do Cartório.
§3º Caso o Comandante determine a remessa do processo para a Justiça Comum ou Militar
ou outros destinatários, o Cartório providenciará a inserção da documentação necessária e o trâmite
subsequente.

Art. 25 - O Cartório realizará o credenciamento de todos os integrantes do CEDMU e


informará a todos eles, via e-mail institucional, sobre seu credenciamento, podendo complementar com
mensagem pelo Sistema Intranet de Mensagens (SIM).
§ 1º O CEDMU será considerado cientificado no dia e horário do primeiro acesso de
qualquer de seus integrantes registrado pelo SEI, iniciando-se a contagem de prazo no próximo dia útil
subsequente a este acesso, sem prejuízo para outros meios de notificação legalmente válidos.
§ 2º O acesso do militar credenciado será verificado no andamento do processo na linha
constando data e hora do recebimento, Unidade, CPF do usuário e a informação “Processo Recebido” na
coluna “Descrição”, a qual marca a ciência do militar.

Art. 26 - O processo eletrônico retornado pelo CEDMU terá sua ata analisada pelo Cartório
para fins de assessoramento à autoridade competente quanto à sequência do trâmite.
§ 1º Caso o Comandante determine retorno do processo ao CEDMU, o Cartório
providenciará a inserção da documentação necessária e o novo credenciamento dos integrantes do
CEDMU.
§ 2º Caso o Comandante determine o retorno do processo ao encarregado, face a pedido do
CEDMU, o Cartório providenciará a inserção da documentação necessária e o novo credenciamento do
encarregado.
§ 3º Caso o Comandante emane decisão de mérito, o Cartório providenciará a inserção da
solução no processo ou o ofício de encaminhamento à autoridade imediatamente superior nos casos de
discordância.
§ 4º As soluções em discordância serão remetidas ao cartório da Unidade responsável pelo
processo para a devida notificação ao acusado.

Art. 27 - Cumprirá ao Cartório a inserção e a edição do documento “CBMMG - Solução”


na árvore do processo.
§ 1º Se a solução versar sobre arquivamento, o Cartório providenciará sua publicação e
lançamento, bem como o despacho do boletinista no processo.
§ 2º Uma vez lançada e publicada a solução de arquivamento, o Cartório dará ciência ao
interessado via e-mail institucional, dispensando-se seu credenciamento, e providenciará o arquivamento
do processo eletrônico.
§ 3º Se a solução versar sobre enquadramento, o Cartório inserirá o respectivo Ato de
Enquadramento no processo SEI e providenciará o lançamento e publicação de ambos os atos, bem como
o despacho do boletinista no processo.

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§ 4º Uma vez lançada e publicada a solução de enquadramento, o Cartório dará ciência ao
interessado, via e-mail institucional, e o credenciará no processo para ciência do Ato de Enquadramento e
manifestação em grau de recurso, quando cabível.
§ 5º O prazo para interposição de recurso será contado a partir do primeiro dia útil após o
recebimento do processo pelo militar, verificado em consulta ao andamento do processo na linha
constando data e hora do recebimento, Unidade, CPF do usuário e a informação “Processo Recebido” na
coluna “Descrição”, a qual marca a ciência do militar​​.
§ 6º A não apresentação de recurso no prazo estipulado resulta na preclusão do direito e nos
consequentes efeitos da decisão, devendo o Cartório remover a credencial do interessado assim que findo
o prazo para sua manifestação.
§ 7º É facultado ao Cartório a criação do documento “CBMMG-Solução” em processo SEI
diferente e a sua inserção no processo solucionado por meio do tipo de documento “Externo” em PDF,
cujo tipo de documento será “Decisão” e o nome na árvore será o número de controle do respectivo
Cartório.

Art. 28 - O processo eletrônico retornado pelo acusado contendo recurso será analisado
pelo Cartório para fins de assessoramento à autoridade que aplicou a sanção disciplinar acerca da
admissibilidade, bem como sobre a possibilidade de reconsideração da decisão recorrida.
§ 1º Caso a autoridade que aplicou a sanção disciplinar opte pela reconsideração do ato
sancionatório, o Cartório providenciará para que o processo retorne ao CEDMU para cumprimento do
disposto no § 1º do art. 477 do MAPPA, sendo emitido novo parecer, salvo se a decisão reapreciada foi
feita em sede de discordância, ocasião em que não haverá remessa ao CEDMU.
§ 2º Caso o CEDMU opte, em seu novo parecer, pela manutenção da sanção, o processo
será encaminhado à autoridade superior, nos termos do art. 60 do CEDM e art. 473 do MAPPA.
§ 3º Caso a autoridade que aplicou a sanção disciplinar mantenha sua decisão, o Cartório
providenciará o ofício circunstanciado para remessa à autoridade destinatária do recurso, conforme art.
476 c/c parágrafo § 2º do art. 477, ambos do MAPPA.
§ 4º Em qualquer das instâncias, o Cartório da Unidade remetente credenciará um ou mais
militares do Cartório da Unidade destinatária para o trâmite do recurso, certificando-se de seu
recebimento, no andamento do processo, antes de renunciar à sua credencial de acesso.
§ 5º Em caso de inadmissibilidade do recurso, o Cartório providenciará a inserção da
resposta fundamentada da autoridade que aplicou a sanção por meio de despacho no processo, remetendo-
o por e-mail ao acusado e/ou seu defensor, conforme o caso.
§ 6º Os recursos analisados e respondidos pelas instâncias superiores serão remetidos ao
Cartório da Unidade que aplicou a sanção para a devida notificação do acusado, salvo quando a sanção
tiver sido aplicada em sede de discordância, hipótese em que os autos serão remetidos ao Cartório da
Unidade de origem.

Art. 29 - Em caso de transferência de militar que implique alteração da autoridade com


poder disciplinar sobre o acusado, o Cartório da Unidade de origem credenciará um ou mais militares do
Cartório da Unidade de destino para o seguimento do processo, inserindo as informações necessárias à
nova Unidade no andamento do processo, podendo complementá-las via e-mail institucional ou Sistema
Intranet de Mensagens (SIM).
Parágrafo único - Uma vez certificado o recebimento do processo pela nova Unidade, os
integrantes do Cartório da Unidade de origem renunciarão às suas credenciais.

Seção III
Das intervenções e operações nos processos

Art. 30 - O Cartório é responsável pelas intervenções e operações nos processos que não

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estejam em fase instrutória.
§ 1º Consideram-se intervenções e operações para fins do previsto no caput a apensação, a
desapensação, a anexação, a desanexação, o desentranhamento e o desmembramento de peças e
documentos processuais.
§ 2º As alterações nos processos em fase instrutória serão realizadas pelo próprio
encarregado, se lhe incumbirem, ou, na impossibilidade, pelo administrador SEI no Cartório, mediante
solicitação formal e justificada do encarregado.

Art. 31 - A apensação será realizada utilizando-se a função “Relacionar Processos”,


observando-se o seguinte:
I - No processo que receberá os autos apensados constará ofício de solicitação ou
determinação de juntada.
II - O processo apensado receberá, como último documento, o “Termo de Juntada por
Apensação”, utilizando-se o tipo de documento “Termo” e preenchendo-se o campo “Nome na árvore”
com a expressão “de Juntada por Apensação”, em cujo teor constará a remissão, por meio de link de
processo SEI, ao processo SEI ao qual foi juntado.
III - O processo apensado não será movimentado ou alterado até que ocorra a sua
desapensação.
IV - O relacionamento dos processos constará automaticamente em ambos os processos,
podendo ser consultado por meio da função “Relacionamentos do Processo”.

Art. 32 - A desapensação ocorrerá por meio da ação “Remover Relacionamento”,


observando-se o seguinte:
I - No processo que recebeu os autos apensados constará o “Termo de Desapensação”
utilizando-se o tipo de documento “Termo” e preenchendo-se o campo “Nome na árvore” com a expressão
“de Desapensação”.
II - A remoção do relacionamento dos processos constará automaticamente em ambos os
processos, podendo ser consultada por meio da função “Relacionamentos do Processo”.
III - Será providenciado despacho em ambos os processos conforme o trâmite necessário a
seu seguimento.

Art. 33 - A anexação de processos será realizada de acordo com o conteúdo do processo a


ser anexado, tendo em vista que o comando “Anexar Processo” não está disponível nos processos de nível
de acesso sigiloso no SEI.
§ 1º O processo cujo conteúdo possa ser integralmente convertido em PDF utilizando-se a
funcionalidade “Gerar arquivo PDF” do processo SEI observará o seguinte:
I - No processo que receberá os autos anexados constará ofício de solicitação ou
determinação de juntada, sendo considerado como processo principal.
II - O processo anexado, considerado como processo acessório, receberá, como último
documento, o “Termo de Juntada por Anexação”, utilizando-se o tipo de documento “Termo” e
preenchendo-se o campo “Nome na árvore” com a expressão “de Juntada por Anexação”.
III - Será gerado arquivo em PDF do processo acessório, o qual deverá ser salvo em disco
rígido para posterior anexação.
IV - O processo acessório no SEI será migrado para o modo “restrito” e salvo em Bloco
Interno específico para processos que foram objeto de anexação e não poderá ser alterado ou
movimentado.
V - No processo principal constará o “Termo de Juntada por Anexação”, utilizando-se o

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tipo de documento “Termo” e preenchendo-se o campo “Nome na árvore” com a expressão “de Juntada
por Anexação”, em cujo teor constará a remissão, por meio de link de processo SEI, ao processo anexado;
VI - O arquivo PDF contendo o processo acessório será inserido na árvore do processo
principal por meio do tipo de documento “Externo”, sendo selecionado o Tipo de Documento “Processo”,
constando como “Nome na Árvore” a sua numeração SEI de vinte algarismos integralmente, no campo
"Formato" a opção será nato digital e, no campo data de documento, a data de sua última movimentação.

§ 2º O processo, cujo conteúdo não possa ser integralmente convertido em PDF, como os
que contêm mídias, observará o seguinte:
I - No processo do qual parte o pedido de juntada constará ofício de solicitação ou
determinação de juntada, sendo considerado como processo principal;
II - O processo objeto do pedido de juntada, considerado como processo acessório,
receberá, como último documento, o “Termo de Juntada por Anexação”, utilizando-se o tipo de
documento “Termo” e preenchendo-se o campo “Nome na árvore” com a expressão “de Juntada por
Anexação”;
III - Será gerado arquivo em formato ZIP (extensão digital .zip) do processo acessório
utilizando-se a função “Gerar arquivo ZIP”;
IV - O processo acessório no SEI será migrado para o modo “restrito” e salvo em Bloco
Interno específico para processos que foram objeto de anexação e não poderá ser alterado ou
movimentado.
V - No processo principal constará o “Termo de Juntada por Anexação”, utilizando-se o
tipo de documento “Termo” e preenchendo-se o campo “Nome na árvore” com a expressão “de Juntada
por Anexação”, em cujo teor constará a remissão, por meio de link de processo SEI, ao processo anexado;
VI - O arquivo ZIP contendo o processo acessório será inserido na árvore do processo
principal por meio do tipo de documento “Externo”, sendo selecionado o tipo de documento “Processo”,
constando como “Nome na Árvore” a sua numeração SEI de vinte algarismos integralmente, no campo
"Formato" a opção nato digital e, no campo data de documento, a data de sua última movimentação.

Art. 34 - O ato administrativo anulado integralmente será removido da árvore do processo,


obedecendo aos seguintes critérios:
I - A remoção de ato administrativo será precedida de cópia do ato, a qual será feita por
meio do comando “Gerar Arquivo PDF” ou “Gerar Arquivo ZIP”, conforme seu conteúdo.
II - Será criado um processo relacionado sigiloso, do mesmo tipo do processo de origem,
por meio do comando “Iniciar processo relacionado”, cujo campo “Especificação” constará em letras
maiúsculas a palavra “DESENTRANHAMENTOS”.
III - O arquivo PDF ou ZIP do ato administrativo anulado será inserido no processo
relacionado como documento “Externo”, constando na árvore o nome e número originais seguidos, entre
parênteses, da expressão “Anulado”.
IV - O Cartório poderá também, a seu critério, salvar o arquivo PDF do ato administrativo
anulado em nuvem digital e em disco rígido de computador da Seção.
V - O Cartório providenciará o Termo de Desentranhamento cujo teor trará o motivo da
anulação, assim como referência ao ato anulado, nos termos do art. 10 desta ITC.
VI - Após certificar-se da existência da cópia do ato administrativo anulado, o
administrador SEI do Cartório procederá à exclusão do documento, utilizando a funcionalidade
“Cancelamento de Documento”.
Parágrafo único - O ato anulado parcialmente de que se determine o desentranhamento
obedecerá ao previsto nos incisos do caput deste artigo.

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Art. 35 - O ato administrativo anulado que necessitar ser refeito será inserido na árvore do
processo após o Termo de Desentranhamento, não cabendo a sua reordenação no processo.

Art. 36 - O Desentranhamento de documentos e peças processuais determinado por


autoridade competente, de ofício ou a pedido de interessado, será realizado pelo Cartório por intermédio
do administrador SEI.
Parágrafo único - O procedimento de desentranhamento previsto no caput observará o
contido no art. 34 desta ITC.

Art. 37 - O desmembramento de processo determinado por autoridade competente será


realizado pelo Cartório por meio de cópia integral ou parcial, conforme o caso, que será feita utilizando-se
o comando “Gerar Arquivo PDF” ou “Gerar Arquivo ZIP”, de acordo com seu conteúdo.
§ 1º O processo de origem do desmembramento receberá o “Termo de Desmembramento”,
que constará relação de quais documentos compõem o conteúdo desmembrado, contendo também a
remissão nos termos do art. 11 desta ITC.
§ 2º O processo originado a partir de desmembramento seguirá trâmite próprio e
independente conforme instruções da autoridade competente.
§ 3º As instruções da autoridade que determina o desmembramento especificarão se a
documentação desmembrada será removida do processo de origem.

Seção IV
Do administrador do Sistema no Cartório

Art. 38 - Compete ao administrador SEI no Cartório, além das atribuições previstas na


Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023, e na ITLF n.º 16/2021 - CBMMG/SDTS :
I - Realizar a exclusão (cancelamento) de documentos na árvore de processos, mediante
determinação superior ou pedido formal e justificado de usuários incumbidos de atos nos processos.
II - Realizar a reordenação de documentos na árvore de processos, mediante determinação
superior ou pedido formal e justificado de usuários incumbidos de atos nos processos.
III - Analisar e validar os pedidos de cadastro de usuários externos envolvidos em
procedimentos ou processos administrativo-disciplinares e de polícia judiciária militar de sua Unidade.
IV - Realizar a inclusão e a exclusão de perfis de usuários das Unidades SEI conforme
demanda dos processos eletrônicos e da Seção.
V - Realizar a inclusão do e-mail institucional pessoal de usuário que figurar como
encarregado/membros de CPAD nos termos do art. 22 desta ITC.
VI - Divulgar e gerenciar o uso dos modelos favoritos, autotextos, bases de conhecimentos
e processos modelos disponibilizados pela Corregedoria e demais Unidades Intermediárias na Unidade
SEI de uso geral.
VII - Manter contato regular com a SDTS a fim de conhecer sobre as atualizações do SEI e
suas funcionalidades, bem como para sanar dúvidas.
VIII - Providenciar o bloqueio de acesso de usuário ao SEI que, em virtude de algum fato
ou ocorrência, seja afastado do serviço.
IX - Substituir o administrador SEI da Unidade nos casos de férias, licenças e demais
afastamentos legais, mediante determinação.
X - Realizar credenciamentos, descredenciamentos, intervenções e operações nos processos
conforme demanda, desde que motivadas e justificadas.

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Art. 39 - O encargo do administrador SEI no Cartório é exclusivo para atuação no âmbito
das atividades da referida Seção, somente podendo atuar em substituição ou apoio ao administrador SEI da
Unidade mediante determinação do Comandante da Unidade.

Art. 40 - Na ausência temporária do administrador SEI no Cartório, como férias e licenças


legais, este será substituído interinamente pelo administrador SEI da Unidade e, na impossibilidade,
solicitar-se-á à SDTS a realização das atividades.

Art. 41 - A realização de atividades típicas de administrador do Sistema observarão as


normas e manuais voltados para este encargo, sem prejuízo ao previsto nesta ITC.

Art. 42 - Os militares movimentados para outra Unidade SEI que estejam credenciados em
processo sigilosos serão descredenciados antes da remoção de acesso, evitando-se a ocorrência de
credencial inativa.
§ 1º O administrador SEI do Cartório procederá à remoção de credenciais inativas de
processos dos militares que tenham sido removidos da Unidade SEI antes de serem descredenciados de
processo sigiloso.
§ 2º Credencial inativa é aquela em que o usuário não tem mais permissão na Unidade SEI
onde se encontram os processos sigilosos em que recebeu credencial, perdendo, assim, a capacidade de
renunciá-la.

Seção V
Do arquivamento do processo eletrônico

Art. 43 - Os processos sigilosos concluídos, assim considerados aqueles com decisão


definitiva no âmbito administrativo, serão migrados para o modo restrito, por meio da funcionalidade
“Consultar/Alterar Processo”, em seguida salvos em Blocos Internos, por meio da função “Incluir em Bloco”
e, por fim, concluídos, utilizando-se o comando “Concluir Processo”.
§ 1° Os Blocos Internos serão organizados por tipo de processo e ano de instauração do
processo, distinguindo-se os de natureza disciplinar dos de natureza não disciplinar.
§ 2° Os Cartórios das Unidades certificar-se-ão de que não há mais nenhum usuário
credenciado antes de alterar o nível de acesso dos processos SEI.

Art. 44 - A peça inaugural, as decisões não definitivas e definitivas no âmbito


administrativo serão arquivadas na pasta funcional do militar após o encerramento do processo.
Parágrafo único - Caso as pastas funcionais se encontrem em meio digital, o processo será
integralmente arquivado na pasta funcional após sua conclusão, competindo ao Cartório a remessa à
Unidade SEI responsável.

Art. 45 - Os processos eletrônicos serão mantidos em arquivo conforme tabela de


temporalidade prevista em legislação específica.

Capítulo IV
Do encarregado

Art. 46 - O encarregado, no primeiro acesso ao processo eletrônico, consultará seu andamento


a fim de certificar-se de que não houve movimentação posterior ao seu credenciamento e de que os

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documentos constantes não são editáveis.
§ 1º O processo eletrônico dispensa o Termo de Autuação, nos termos do art. 6º da
Resolução n.º 869, de 16 de setembro de 2019, sendo considerado autuado automaticamente face ao
registro integral e em tempo real realizado pelo Sistema.
§ 2º O Termo de Abertura constará em seu teor os links (endereços eletrônicos) de remissão
aos documentos constantes do processo quando do início dos trabalhos pelo encarregado, sem prejuízo
para as demais informações que nele devam constar.

Art. 47 - A inserção de documentos pelo encarregado será realizada utilizando-se os tipos


de documentos próprios do CBMMG e, em sua ausência, os de Correição e, por fim, os de uso geral
disponibilizados pelo Sistema.
§ 1º Os atos processuais que são constituídos por termos e que não constem dentre os tipos
documentos do CBMMG ou Correição, tais como juntada, reconhecimento, degravação, compromisso,
utilizarão o tipo de documento “Termo”, sendo preenchido o campo “Nome na árvore” de acordo com o
tipo de termo que se deseja.
§ 2º No APF, havendo Nota de Culpa, será utilizado o tipo de documento “Nota”, sendo
preenchido o campo “Nome na árvore” com a expressão “de Culpa”.
§ 3º A edição do documento no SEI se dará integralmente pelo encarregado, escrevente ou
escrivão, ainda que utilizando-se autotextos, modelos favoritos, processos modelos e similares, sendo de
sua responsabilidade a observância de seu conteúdo e forma.

Art. 48 - Os documentos produzidos ou inseridos nos processos no SEI Sigiloso receberão


classificação de “restrito” dentro dos respectivos processos sigilosos, devendo ser selecionada a hipótese
legal aplicável.

Art. 49 - Os pedidos de prorrogação e suas renovações e sobrestamento serão feitos no


processo por meio do tipo de documento “Ofício”, bem como a comunicação do dessobrestamento.
Parágrafo único - O encarregado informará o Cartório, por e-mail institucional externo ao
processo, sobre o pedido de prorrogação ou sobrestamento constante do processo para fins de despacho
com a autoridade delegante.

Art. 50 - Competirá ao encarregado, conforme a fase em que se encontrar o processo, o


credenciamento e o descredenciamento, exclusivamente, do escrevente ou do escrivão, do acusado e do
militar do Cartório responsável, este último se não estiver credenciado, observando as normas aplicáveis.
§ 1º Nos procedimentos de natureza inquisitória, como IPM, APF, LI e RIP, em regra, não
serão credenciados os envolvidos, salvo por determinação superior.
§ 2º O previsto no parágrafo anterior não impede a disponibilização de acesso aos autos à
defesa dos envolvidos, nos termos da Súmula Vinculante n.º 14 do Supremo Tribunal Federal, o qual será
concedido, quando necessário, utilizando-se a funcionalidade “Disponibilização de Acesso Externo”.

Art. 51 - A notificação de militar sobre instauração de processo administrativo (Termo de


Abertura de Vistas) informará o acusado sobre a necessidade de seus representantes, se houver,
cadastrarem-se como usuários externos no SEI para fins de participação no processo, o qual ocorrerá por
meio do sítio eletrônico próprio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG.

Art. 52 - O encarregado informará o cadastro de usuário externo relativo ao processo ao


administrador SEI do cartório de sua Unidade, o qual providenciará a análise e a validação de acesso
externo ao SEI.
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Parágrafo único - Após concluído o cadastro do defensor, as notificações ocorrerão por
meio do processo eletrônico no SEI Sigiloso.

Art. 53 - Uma vez credenciado o acusado, as notificações ocorrerão por meio do processo
eletrônico no SEI Sigiloso.
§ 1º O encarregado concederá a credencial ao acusado para a prática e/ou assinatura dos
atos atinentes à manifestação ou à participação da defesa, devendo removê-la logo após a realização dos
atos mencionados.
§ 2º O credenciamento será renovado a cada ocasião em que a defesa for chamada a se
manifestar.
§ 3º Para a solicitação de vistas aos autos, fica dispensado o credenciamento, devendo ser
fornecida cópia integral do conteúdo já concluído por meio de correspondência eletrônica no processo SEI,
nos termos da legislação em vigor.
§ 4º O encarregado não renunciará à sua credencial ao credenciar o acusado, escrivão ou
escrevente.
§ 5º O acusado será considerado cientificado no dia e horário de acesso registrados pelo
SEI, momento a partir do qual operar-se-á a contagem de prazo de acordo com a regra processual
aplicável, sem prejuízo a outros meios de notificação legalmente válidos.
§ 6º Caso o acusado deixe de observar o previsto no art. 40 da Resolução n.º 869, de 16 de
setembro de 2019, o qual impõe ao militar em serviço a obrigação de acessar o SEI diariamente conforme
jornada de trabalho, o encarregado tomará as medidas disciplinares cabíveis.
§ 7º A omissão deliberada ou recusa no recebimento do processo implicará a elaboração do
Termo de Recusa conforme previsto no MAPPA.

Art. 54 - Os atos processuais, inclusive as correspondências eletrônicas (e-mail) do


encarregado com acusados, envolvidos ou terceiros, ocorrerão no processo eletrônico no SEI, salvo
impossibilidade técnica.
Parágrafo único - No caso de impossibilidade técnica, os atos processuais realizados, sejam
em meio físico ou digital, serão incluídos no processo SEI na ordem cronológica original por meio do tipo
de documento “Externo”, assim que restabelecido o Sistema.

Art. 55 - A disponibilização de acesso externo, a assinatura externa e as comunicações com


o acusado, envolvidos e terceiros, sempre indicarão aos destinatários o e-mail institucional pessoal do
encarregado, no campo “E-mail da Unidade”, para fins de recebimento de resposta e demais
comunicações.
§ 1º Caso o e-mail institucional pessoal do encarregado não conste nas opções de e-mail,
ele deverá solicitar ao administrador SEI no Cartório a sua inclusão.
§ 2º Toda disponibilização de acesso externo utilizará o campo "Tipo" com a opção
“Disponibilização de Documentos”, ainda que o acesso ofertado seja a todo conteúdo do processo, ocasião
em que selecionar-se-ão todos os documentos relacionados.
§ 3º Toda disponibilização de documento para assinatura externa em que se desejar permitir
a visualização de outros documentos, utilizará a opção “Protocolos adicionais disponibilizados para
consulta (clique na lupa para selecionar)”, ainda que se queira permitir a visualização de todo conteúdo do
processo, ocasião em que selecionar-se-ão todos os documentos relacionados.
§ 4º Nas disponibilizações previstas nos 2º e 3º parágrafos do caput, a opção "Permitir
inclusão de documentos" não deverá ser marcada.

Art. 56 - As comunicações e respostas dirigidas ao e-mail institucional do encarregado que


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interessem à instrução processual serão incluídas no processo eletrônico por meio do tipo de documento
“Externo” no formato adequado a seu conteúdo, nos termos do art. 7º desta ITC.

Art. 57 - Toda notificação à defesa será remetida por e-mail ao acusado e/ou seu defensor,
conforme o caso, pelo processo SEI, utilizando-se a funcionalidade “Enviar correspondência eletrônica”
presente nos documentos SEI.
Parágrafo único - No curso do processo, toda notificação ao acusado e a seus representantes
franqueará acesso aos autos ou documentos específicos necessários à manifestação da defesa, observadas
as regras processuais e procedimentais aplicáveis.

Art. 58 - As oitivas de acusados, envolvidos e terceiros observará o previsto na Seção III do


Capítulo III da Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023.
§ 1º O responsável pela elaboração do documento da oitiva utilizará o tipo de documento
“Correição – Termo de Declaração” para os declarantes descompromissados por lei e “Correição – Termo
de Depoimento” para os compromissados.
§ 2º Recomenda-se a criação e a edição dos documentos em programas de edição no
computador, como Word, Bloco de Notas, Writer, a fim de se evitar a perda de dados por instabilidade ou
indisponibilidade momentânea do Sistema, procedendo-se à cópia do conteúdo para o editor de
documentos no SEI após finalizado.
§ 3º Recomenda-se que o encarregado providencie o cadastramento como usuário externo
das testemunhas que não sejam usuárias internas antes da audiência em que devam participar, tendo em
vista o tempo necessário para que o administrador SEI analise e valide o cadastro.
§ 4º Nos procedimentos presenciais com depoentes que possuem acesso ao SEI, a assinatura
será aposta no documento, quando encerrado o ato, ao alterar-se os dados na janela “Assinatura de
Documento” nos campos “Órgão do Assinante”, “Assinante” e "Cargo/Função" para cada pessoa que
assina.

Art. 59 - O encarregado de processo cujo acusado deixe de observar o previsto no art. 15 da


Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023, providenciará o descredenciamento do militar do processo,
assegurará sua participação como usuário externo e procederá à comunicação disciplinar ou informará o
fato à autoridade competente para análise e providências cabíveis.
Parágrafo único - Os fatos constarão como incidentes processuais no relatório do
encarregado.

Art. 60 - Ao término da instrução e do relatório, o encarregado incluirá o ofício de


encaminhamento à autoridade delegante e credenciará o militar do Cartório responsável, caso este não
esteja credenciado, a fim de que o processo seja despachado junto à referida autoridade.
Parágrafo único - O encarregado informará o Cartório, por e-mail institucional, sobre o
encaminhamento do processo.

Art. 61 - Aplicam-se à CPAD as atribuições previstas para o encarregado, cumprindo ao


Presidente da Comissão a delegação de atividades conforme as normas processuais aplicáveis.

CAPÍTULO V
Dos acusados

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Art. 62 - Os acusados participarão do processo eletrônico no SEI como usuários internos,
salvo quando incursos no previsto no art. 15 da Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023.

Art. 63 - Aos acusados caberá informar seus defensores, se houver, sobre a necessidade de
se cadastrarem como usuários externos no SEI a fim de terem acesso ao processo, sendo vedado, sob
qualquer hipótese, o fornecimento de sua senha de acesso ao SEI a terceiros.

Art. 64 - A inserção de documentos pelo acusado, quando usuário interno, será realizada
utilizando-se os tipos de documentos próprios do CBMMG e, em sua ausência, os de Correição e, por fim,
os de uso geral disponibilizados pelo Sistema.
§ 1º O usuário externo, o acusado, este quando descredenciado nos termos do art. 15 da
Resolução n.º 1157, de 10 de outubro de 2023, ou defensor, utilizará as funcionalidades próprias para
inserção de documentos constantes do Manual do Usuário Externo, devendo observar, ainda, o previsto no
art. 6º desta ITC quanto ao particionamento de arquivos e uso de anexo para compartilhamento por nuvem
digital.
§ 2º O tipo de documento para inclusão de Defesa, prévia ou final, será “Defesa”, para
recursos administrativos o “Recurso”, e para inclusão de outros documentos, selecionará o tipo mais
aproximado disponibilizado pelo sistema.

Art. 65 - É vedado ao acusado credenciado utilizar qualquer funcionalidade alheia à sua


condição no processo, ficando proibido de:
I - Credenciar qualquer usuário no processo.
II - Alterar, excluir, incluir, duplicar e remeter qualquer documento que não seja de sua
responsabilidade.
III - Assinar ou disponibilizar para assinatura qualquer documento que não requeira sua
participação.
IV - Concluir, relacionar, remeter, duplicar, disponibilizar acesso, reclassificar e alterar o
processo.
§ 1º - O descumprimento do previsto no caput implicará o descredenciamento do processo
como usuário interno e a continuidade de seu acompanhamento e participação se dará somente como
usuário externo do SEI.
§ 2º - Aplica-se o disposto no caput ao militar usuário interno atuando como defensor.
§ 3º - A inobservância do previsto neste artigo poderá configurar crime militar conforme
art. 316 do Decreto-Lei n.º 1001, de 21 de outubro de 1969, sem prejuízo das demais responsabilidades
legais aplicáveis.

CAPÍTULO VI
DO CEDMU

Art. 66 - A inserção de documentos pelo CEDMU será realizada utilizando-se os tipos de


documentos próprios do CBMMG e, em sua ausência, os de Correição e, por fim, os de uso geral
disponibilizados pelo Sistema.
Parágrafo único - A notificação ao acusado ou seu defensor para ciência da reunião ocorrerá
por meio do tipo de documento “CBMMG-Notificação”.

Art. 67 - A notificação à defesa será remetida por e-mail ao acusado ou a seu defensor pelo

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processo SEI utilizando a funcionalidade “Enviar correspondência eletrônica” presente nos documentos
SEI.
Parágrafo único - Para fins desta notificação, é facultativo o credenciamento do acusado,
sendo suficiente a resposta ao e-mail de notificação para fins de registro da ciência.

Art. 68 - A Ata de reunião do Conselho será confeccionada utilizando-se o tipo de


documento “CBMMG- Processo Ata CEDMU”.
§ 1º Recomenda-se a criação e a edição da ata em programas de edição de textos no
computador, como Word, Bloco de Notas, Writer, a fim de se evitar a perda de dados por instabilidade ou
indisponibilidade momentânea do Sistema, procedendo-se à cópia do conteúdo para o editor de
documentos no SEI após finalizado o documento.
§ 2º O encaminhamento da Ata à autoridade competente se dará por meio do tipo de
documento “Ofício”.
§ 3º Na ata de reunião em que houver o comparecimento do acusado e/ou seu defensor
constará a assinatura destes.

Art. 69 - Ao término dos trabalhos, o escrivão do CEDMU incluirá o ofício de


encaminhamento à autoridade delegante e credenciará o militar do Cartório responsável, caso este não
esteja credenciado, a fim de que a ata seja despachada junto à referida autoridade.
§ 1º O escrivão informará o Cartório, por e-mail institucional, sobre o encaminhamento do
processo.
§ 2º O Cartório providenciará o descredenciamento dos integrantes do CEDMU do
processo, caso eles não tenham renunciado às credenciais.

CAPÍTULO VI
Disposições finais

Art. 70 - Todo credenciamento de usuário em processo SEI Sigiloso selecionará, no


mínimo, a Unidade SEI em que o militar credenciado esteja lotado, assim entendida como aquela Unidade
SEI para a qual exige-se a obrigação de acesso diário nos termos da Resolução n.º 869, de 16 de setembro
de 2019.

Art. 71 - Recomenda-se a edição de documentos mais extensos, tais como relatórios,


soluções, atas e oitivas, em programas de edição de texto para prevenir-se a perda de dados em caso de
instabilidade do sistema, procedendo-se à cópia do conteúdo para o editor de documentos no SEI após
finalizado o documento.

Art. 72 - É vedado a qualquer usuário concluir o processo antes do julgamento definitivo na


esfera administrativa, após o qual a conclusão se dará pelo Cartório responsável.
Parágrafo único - O militar que, em qualquer fase, não deva participar do processo deverá
renunciar à sua credencial ou tê-la removida por quem a concedeu.

Art. 73 - É vedado às Unidades estabelecerem procedimentos diversos, ainda que


complementares, aos previstos nesta ITC, cabendo-lhes remeter sugestões, solicitações e dúvidas à
Corregedoria ou SDTS, conforme o caso, salvo necessidade urgente.

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Art. 74 - Até que o CBMMG disponibilize serviço institucional de nuvem digital, o
compartilhamento de arquivos não particionáveis nos termos do art. 6º desta ITC será feito por meio de
serviços gratuitos de armazenamento de dados em nuvens cujas políticas de privacidade estejam em
consonância com a legislação de proteção de dados e de informação.
Parágrafo único – O previsto no caput não impede o uso de serviços de armazenamento em
nuvem assinados de que disponha o militar que compartilha o arquivo, desde que o conteúdo esteja
efetivamente acessível.

Art. 75 - Algumas funcionalidades do SEI podem apresentar variação de acordo com as


extensões disponíveis nos navegadores, tais como SEI++ e SEI Pro, as quais beneficiam o uso da
ferramenta e não prejudicam o previsto nesta ITC.

Art. 76 - As Unidades realizarão instruções periódicas à tropa sobre o uso da ferramenta


SEI na modalidade de acesso sigiloso e suas atualizações.

Art. 77 - O uso indevido do SEI Sigiloso implicará a apuração de responsabilidade na


forma da legislação em vigor.

Art. 78 - Esta Instrução entra em vigor na da data de sua publicação.

KÊNIA PRATES SILVA MACIEL DE FREITAS, CORONEL BM


*** CORREGEDORA ***

Documento assinado eletronicamente por Kênia Prates Silva Maciel De Freitas , Coronel BM, em
16/01/2024, às 18:09, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto
nº 47.222, de 26 de julho de 2017.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


http://sei.mg.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 78317110 e o
código CRC 68DA779F.

Referência: Processo nº 1400.01.0070128/2023-62 SEI nº 78317110

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