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Ciência e Natura

ISSN: 0100-8307
cienciaenaturarevista@gmail.com
Universidade Federal de Santa Maria
Brasil

da Silva Sousa, Santana; Sousa Silva, Wanderson; Leal de Miranda, João Antônio;
Almeida Rocha, Jefferson
Análise físico-química e microbiológica da água do rio Grajaú, na cidade de Grajaú - MA
Ciência e Natura, vol. 38, núm. 3, septiembre-diciembre, 2016, pp. 1615-1625
Universidade Federal de Santa Maria
Santa Maria, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=467547716050

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Artigo Original DOI:10.5902/2179460X23341

Ciência e Natura, Santa Maria v.38 n.3, 2016, Set.- Dez. p. 1615 – 1625
Revista do Centro de Ciências Naturais e Exatas - UFSM
ISSN impressa: 0100-8307 ISSN on-line: 2179-460X

Análise físico-química e microbiológica da água do rio Grajaú, na


cidade de Grajaú - MA
Physicochemical and microbiological analysis of water Grajaú river in the Grajaú city
- MA

Santana da Silva Sousa1, Wanderson Sousa Silva1, João Antônio Leal de Miranda2, Jefferson
Almeida Rocha1
1
Grupo de Pesquisa em Ciências Naturais e Biotecnologia (CIENATEC), Universidade
Federal do Maranhão (UFMA), Grajaú/MA, Brasil
2
Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Regional do Cariri
(URCA), Crato/CE, Brasil

Resumo

A cidade de Grajaú conta com o rio Grajaú como fonte de água para o abastecimento da população. A água
destinada a consumo humano deve prezar pelo padrão de potabilidade determinado na portaria nº 2.914/2011 do
Ministério da Saúde. O presente trabalho objetivou avaliar os parâmetros físico-químicos e microbiológicos da
água do rio Grajaú, na cidade de Grajaú, MA. Na presente pesquisa foram selecionados seis pontos de coleta da
água do rio Grajaú para verificação das características físico-químicas e microbiológicas, tais como: alcalinidade
total, cloretos, dureza total, pH, ferro, amônia, cloro, oxigênio consumido, turbidez, cor, coliforme fecais e totais.
Os resultados das análises nos seis pontos de coleta do rio Grajaú, evidenciaram que, pelo menos em um dos
parâmetros analisados, todos os pontos de coleta da água encontravam-se em fora do valor máximo permitido
(VMP), tornando-os impróprios para o consumo humano. Com destaque para o ponto de coleta Limoeiro, que
encontra-se fora limites permitidos em quatro parâmetros físico-químico. Ademais, no presente estudo, não
evidenciou-se presença de coliforme fecais e totais, em quaisquer dos pontos de coleta avaliados. Assim, este estudo
destaca a necessidade de medidas interventivas para controle e adequação dos parâmetros que encontram-se em
desacordo com as normativas legais.

Palavras-chave: Água; Análise; Físico-química e microbiológica.

Abstract

The Grajaú city has Grajaú river as a water source to supply the population. Water intended for human consumption
must appreciate the potability standard determined in the decree nº 2.914/2011 of the Ministry of Health. This
study aimed to evaluate the physical, chemical and microbiological parameters of the Grajaú river water in the
Grajaú city, MA. In this study were selected six collection points Grajaú River water to check the physicochemical
and microbiological characteristics, such as: total alkalinity, chloride, total hardness, pH, iron, ammonia, chlorine,
consumed oxygen, turbidity, color, fecal and total coliform. The results of the analyzes in the six collection points
Grajaú river, showed that at least one of the parameters analyzed, all the points of collection of water were in out
of the maximum allowed value (PMV), making them unfit for human consumption. Highlighting the point of
Limoeiro collection, which is outside the limits allowed in four physicochemical parameters. Moreover, in this
study, it did not show up the presence of fecal and total coliform in any of the points of this collection. This
study highlights the need for interventional measures for control and adjustment of parameters that are not in
accordance with legal regulations.

Keywords: Water; Analysis; Physical-chemical and microbiological.


Recebido: 02/08/2016 Aceito: 30/08/2016
Ciência e Natura v.38 n.3, 2016, p. 1615 – 1625 1616

Introdução critérios adotados para assegurar essa qualidade


têm por objetivo fornecer uma base para o de-
Os rios são fontes de um dos recursos naturais senvolvimento de ações que, se propriamente
indispensáveis aos seres vivos, têm grande im- implementadas junto à população, garantirão a
portância cultural, social, econômica, histórica da segurança do fornecimento de água através da
cidade onde se encontram. A origem e manutenção eliminação ou redução à concentração mínima
da vida dependem totalmente da água, pois este é de constituintes na água conhecidos por serem
o mais abundante componente das células (PON- perigosos à saúde. (D’AQUILA et. al., 2000).
GELUPPE et al., 2009; REIS et al., 2012), recurso Legislações específicas referentes à qualidade
insubstituível, compõem aproximadamente 75% da água vigoram no Brasil. Entre elas, a Resolução
do nosso corpo humano, e o cérebro consiste em do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONA-
cerca de 85% (YAMAGUCHI, et al., 2013). MA) nº 357, de 2005 (BRASIL, 2005), que dispõe
Devido suas funções e seu caráter indispen- sobre a classificação e diretrizes ambientais para
sável à vida (CARVALHO, et al., 2009; FREITAS o enquadramento dos corpos de água superficiais,
et al., 2013), a disponibilidade de água potável e estabelecendo limites individuais a cada substância
saudável deve ser acessível a todos (RIGOBELO a ser analisada; e as Portarias do Ministério da
et al., 2009; MELLO; RESENDE, 2015), sendo de Saúde nº 518, de 25 de Março de 2004 e nº 2.914
responsabilidade do estado e da nação, devendo de 12 de dezembro de 2011, que estabelecem os
o primeiro assegurar que seja feita a gestão ade- procedimentos e responsabilidades relativos ao
quada dos recursos hídricos, e o segundo de usar controle e vigilância da qualidade da água para
o recurso conscientemente (REIS et al., 2012). consumo humano e seu padrão de potabilidade
Falhas no manuseio da água, principalmente, (BRASIL, 2005; BRASIL, 2011). Ainda de posse
na maioria dos países em desenvolvimento, onde de embasamento jurídico, a Lei 11.445, que es-
ainda há carência de saneamento básico, em es- tabelece diretrizes nacionais para o saneamento
pecial, no tratamento de água tem contribuído básico, tem como fundamento a universalização
para que a qualidade na alimentação diária de do acesso aos serviços de saneamento básico entre
parte da população mantenha-se abaixo da con- eles o abastecimento de água potável (BRASIL,
siderada ideal (ROCHA et al., 2010). A água em 2007). O que torna o acesso à água potável, livre
condições de má qualidade, passa a trazer riscos de micro-organismos patogênicos, de substân-
à saúde servindo de veículo para vários agentes cias e elementos químicos prejudiciais à saúde,
biológicos e químicos. é direito fundamental de todo cidadão (ZERWES
As principais fontes de contaminação através et al., 2015).
dos recursos hídricos são esgotos de cidades sem Esse estudo objetiva realizar a análise físico-
tratamento que são lançados em rios e lagos; química e microbiológica do rio Grajaú da cidade
aterros sanitários que afetam os lençóis freáticos, de Grajaú Maranhão, no intuito de analisar as
os defensivos agrícolas que escoam com a chuva condições de potabilidade da água, visto que está
sendo arrastados para os rios e lagos, os garimpos é distribuída para boa parte da população local
que lançam produtos químicos, como o mercúrio, da cidade, através de um serviço autônomo de
em rios e córregos e as indústrias que utilizam os água e esgoto (SAAE).
rios como carreadores de seus resíduos tóxicos,
mostrando que tais ações trazem problemas difíceis
de serem solucionados (BETTEGA et. al., 2006). Materiais e Métodos
O lançamento de efluentes líquidos e sólidos
de origem urbana e industrial nos rios tem gran- Área de estudo
de influência na qualidade da água em que se
encontra no rio, afetando a disponibilidade desse O estudo foi conduzido no Rio Grajaú, no muni-
recurso natural e gerando graves problemas de cípio de Grajau/MA. Foram selecionados seis para
desequilíbrio ambiental (LIMA; MEDEIROS, 2008). coleta da água do rio Grajaú: Prainha, Ponte de Ci-
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mento, depois da Ponte, Canecão, Porto da Nanana
estima-se que 25 milhões de pessoas no mundo e Limoeiro (Figura 01 e Tabela 01) para a realização
morrem por ano em virtudes de doenças trans- das análises físico-química e microbiológicas.
mitidas pela água, causadas principalmente por As metodologias utilizadas para a determinação
microrganismos patogênicos de origem entérica, dos parâmetros físico-químicos seguiram o modelo
animal ou humana, e transmitidos basicamente do método de investigação empírica, baseado em
pela rota fecal-oral. experimentos para testar, manipular e controlar al-
O propósito primário para a exigência de qua- gumas variáveis do estudo já testado em laboratório.
lidade da água é a proteção à saúde pública. Os
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Locais Figura 01 - de coleta identificados ao longo do rio Grajaú – MA.


Tabela 01 - Localização geográfica e altitude dos seis pontos de coleta no rio Grajaú- MA.

Coordenadas Geográficas
Locais
Latitude Longitude Altitude

Prainha S 05º 49’ 28.9’’ W 046º 08’ 26.4’’ 135 m

Ponte de Cimento S 05º 49’ 23.6’’ W 046º 08’ 29.2’’ 133 m

Depois da Ponte S 05º 49’ 21.7’’ W 046º 08’ 30.1’’ 133 m

Canecão S 05º 49’ 11.1’’ W 046º 08’ 38.0’’ 132m

Porto da Nanana S 05º 49’ 01.2’’ W 046º 08’ 39.6’’ 132 m

Limoeiro S 05º 48’ 39.9’’ W 046º 08’ 20.3’’ 131 m

2.2 Coleta e análise de dados Federal do Maranhão, Campus Grajaú. Foram analisados
os seguintes itens: alcalinidade total, cloretos, Dureza
As coletas foram realizadas nos meses de novembro total, pH, Ferro, Amônia, Cloro, Oxigênio consumido,
de 2015 a janeiro de 2016, no período da manhã, em seis Turbidez da água, cor e coliforme totais. Para as seguintes
pontos do rio Grajaú (Figura 2). No momento de cada análises foi utilizado o kit de potabilidade da Alfakit®,
coleta foram registrados os dados geográficos, utilizando e seguiu-se a metodologia e o protocolo de bancada do
GPS Garmin Dakota 20. referido kit (Tabela 02). Ao fim, de posse dos resultados
As amostras de água coletadas para análise química físico-químico e microbiológicos, realizados em três
e microbiológicas foram coletadas em dois recipientes momentos diferentes (três meses consecutivos), foram
de vidro de 250 ml, devidamente identificados e esteri- extraídas as médias para cada um dos pontos de coleta
lizados em autoclave. Após a coleta, as amostras foram e, comparadas aos parâmetros obtidos com as defini-
acondicionadas em recipiente térmico para posterior ções da Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914/2011
análise em laboratório. (BRASIL, 2011), para a verificação da potabilidade da
As análises físico-químicas e microbiológicas foram água do rio Grajaú.
realizadas no laboratório de química da Universidade VMP: Valor Máximo Permitido; DPD: Dietil Parafeni-
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Figura 02 - Rio Grajaú e seus efluentes que são lançados pela cidade de Grajaú – MA. A– Prainha; B– Ponte de
Cimento; C– Depois da Ponte; D– Canecão; E– Porto da Nanana e F– Limoeiro.
Tabela 02 - Dados das metodologias adotadas, unidades de medida adotada e valor máximo permitido para
análises dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos.

Parâmetros Método VMP Unidade de Medida

Alcalinidade Neutralização 500 mgL-1 CaCO3

Cloreto Titulação argentimétrica 250 mgL-1 Cl-

Dureza Titulação de complexação 500 mgL-1 CaCO3

Amônia Azul de indofenol 1,5 mgL-1NH3


Cor - 15 mgL-1Pt/CO
Cloro DPD 2,0 mgL-1 Cl2
Ferro Ácido tioglicólico 0,3 mgL-1 Fe
Oxigênio consumido Oxidação com permanganato 3,0 mgL-1 O2
Ph Indicador 6-9,5 um. Ph
Turbidez - 5,0 NTU
Meio cromogênio em DIP
Coliforme fecais e totais SLIDE em papel - Colipaper 0,0 UFC/ml
(Tecnobac)
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leno Diamino; UFC: Unidades Formadores de Colônias. que encontrou a alcalinidade em maior nível, 190, res-
pectivamente; já os pontos Canecão e Ponte de Cimento,
apresentou os menores índices de alcalinidade, ambos
Resultado e Discussão expressando valores de 93,3 mg/L-1 CaCO3. A maioria
das águas naturais apresentam valores de alcalinidade
Os resultados obtidos para as amostras testadas nos na faixa de 30 a 500 mg/L-1 de CaCO3 (BRASIL, 2006;
seis pontos do rio Grajaú, estão representados na tabela PEREIRA et al., 2010), o que figura a água do rio Grajaú,
03 e figura 03. nos seis pontos analisados, em concentrações moderadas,
No parâmetro químico alcalinidade total, expresso e dentro da faixa de referência. Portanto, evidenciou-se
em mg/L-1 de carbonato de cálcio (CaCO3), nenhum dos que água do rio Grajaú, acerca do parâmetro alcalinidade
seis pontos de coleta no rio Grajaú apresentaram valores total, não tem nenhum significado sanitário, bem como
acima de 500 mg/L-1 de CaCO3, ficando na faixa de 93,3 é incapaz de causar danos à saúde humana.
a 190 mg/L-1 de CaCO3. O ponto limoeiro foi o local em Do ponto de vista ecológico e ambiental, sabe-se que
Tabela 03 - Média dos Parâmetros Físico-Químicos e microbiológicos dos 6 pontos do rio Grajaú entre os
períodos de novembro de 2015 a janeiro de 2016.

Ponte de Depois Porto da


Parâmetro Limite Prainha Canecão Limoeiro
cimento da ponte Nanana
Alcalinidade (mgL-1
** 96,6 93,3 96,6 93,3 106,6 190
CaCO3)
Cloretos (mgL-1 Cl-) 250 26,6 23,3 23,3 20 20 40
Dureza (mgL-1 CaCO3) 500 83,3 70 66,6 86,6 76,6 156,6
Amônia (mgL-1NH3 ) 1,5 0.1 1,5 1,5 1 1 1,6
Cor (mgL-1Pt/CO) 15 15 15 15 15 15 15
Cloro (mgL-1 Cl2) 2,0 1 1,5 1 1 1 2,5
Ferro (mgL-1 Fe) 0,3 2,5 2,5 2,5 2 2,5 2,5
Oxigênio Consumido
3,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
(mgL-1 O2)
PH (um. pH) 6 - 9,5 8,0 8,0 7,8 7,5 7,6 7,6
Turbidez (N.T.U) 5,0 50 66,6 66,6 66,6 83,3 83,3
Coliforme fecais e totais 0 0 0 0 0 0 0

Figura 03 - Média dos Parâmetros e microbiológicos dos 6 pontos do rio Grajau os períodos de novembro de
2015 a janeiro de 2016.
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a medida da alcalinidade é de fundamental importância determinar que a analisada nos pontos de coleta Depois
para se estabelecer a dosagem dos produtos químicos da ponte, Ponte de cimento, Porto da Nanana, Prainha e
presentes na água (BRASIL, 2006b), pode-se inferir que Canecão são de dureza moderada e no ponto Limoeiro
o rio Grajaú, tem sido preservado pela população, com é considerada dura, além dos mais pode-se inferir que
o controle de efluentes ao longo do rio que são jogados água analisada se encontra nos limites aceitáveis de
pelo centro da cidade de Grajaú. pela legislação vigente, já que em nenhum dos pontos
Na análise do parâmetro Cloreto, expresso em mgL-1 de coleta obtiveram níveis de dureza igual ou superior
Cl-, os pontos Canecão e Porto da Nanana obtiveram as a 500 mg/L CaCO3. De maneira semelhante ao presente
menores concentrações de cloreto, apresentando 20 mg- estudo, Reda (2016) também encontrou em seu trabalho,
1Cl- para cada um dos pontos, em seguida, os pontos grau de dureza abaixo do limite máximo permitido, assim
de coleta Ponte de cimento e Depois da ponte apresen- como em Pereira et al. (2010). Manutenção do grau de
taram valores de 23,3 mg-1Cl-, em cada um dos pontos dureza nos limites aceitáveis é relevante, já que águas
analisados, já na ponto Prainha, foi obtido concentrações de elevada dureza provocam incrustações nas tubula-
de 26,6 mg-1Cl- de cloreto, e no ponto Limoeiro, com ções de água quente, caldeiras e aquecedores, devido à
concentrações de 40 mg-1Cl, foi o ponto de coleta onde precipitação dos cátions em altas temperaturas, o que é
encontrou-se maior concentração de cloreto. De acordo convertido em prejuízo aos sistemas de abastecimentos e,
com a portaria nº 2. 914 /2011 (BRASIL, 2011), o limite consequentemente a população que faz uso desta água.
máximo de cloreto estabelecido para água potável é de Na análise química de nitrogênio na água do rio Gra-
250 mg/L, o que torna as amostras dos seis pontos de jaú, obtivemos os seguintes valores de amônia (NH3),
coleta do rio Grajau, adequado para consumo humano, expressos em mgL-1 NH3, 0,1 para o ponto de coleta
de acordo com o referido parâmetro físico-químico. Prainha, 1,0 para os pontos de Canecão e Porto de Na-
Concentrações altas de cloretos podem restringir o uso nana, 1,5 para os pontos Ponte de Cimento e Depois
da água em razão do sabor que eles conferem e pelo da ponte, e 1,6 no ponto de coleta Limoeiro. Segundo a
efeito laxativo que eles podem provocar, o que não é o portaria nº 2. 914 /2011 (BRASIL, 2011), o valor máximo
caso do rio Grajau, esses resultados, corroboram com permitido de amônia é 1,5 mg/L, o que torna a água ob-
os valores obtidos por Pereira et al. (2010) e Zerwes et tida do Limoeiro imprópria para o consumo humano, e
al. (2015), em ambos os estudos os valores de cloreto os pontos de coleta Ponto de cimento e Depois da Ponte
encontraram-se abaixo dos limites máximos definidos são considerados críticos, tal que se encontram no limiar
pela legislação vigente. permitido. Sabe-se que a além da amônia, outras formas
Os valores da Dureza total, parâmetro químico e de se avaliar a concentração do elemento nitrogênio po-
expresso em mgL-1 CaCO3, encontrados nos seis pontos dem ser utilizadas, como nitrogênio molecular, nitrito,
de coleta apresentou significativa variação, com ampli- nitrato (BRASIL, 2014). Ademias, tem se conhecimento
tude entre os valores mínimos e máximos de 90 mgL-1 que o nitrogênio tem uma significativa origem antropo-
CaCO3. O ponto de coleta Depois da ponte obteve o gênica, principalmente em decorrência do lançamento
menor valor de dureza, no qual encontrou-se níveis de em corpos d’água de despejos domésticos, industriais e
66,6 mgL-1 CaCO3 de Dureza da água, seguido pelos de criatórios de animais, assim como de fertilizantes, e
pontos de coleta Ponte de cimento, Porto da Nanana, propiciam a eutrofização do meio, toxicidade dos peixes
Prainha e Canecão, com valores de dureza de 70,0, 76,6, que habitam este ambiente, danificação do sistema de
83,3, 86,6, respectivamente; já o ponto de coleta Limoeiro abastecimento público (BRASIL, 2006; SCORSAFAVA et
apresentou valores de Dureza elevados em comparação al., 2010) e, danos à saúde humana como diurese, dano
com os demais pontos, onde tal ponto obteve níveis esplênico e cianose, todos adquiridos com a ingestão
de Dureza de 156,6 mgL-1 CaCO3. A dureza indica a de nitratos e nitritos por longo tempo (COSTA et al.,
concentração de cátions multivalentes em solução na 2012). O presente estudo corrobora, com o trabalho de
água. Os cátions mais frequentemente associados à Costa et al. (2012), que também obteve índices de amônia
dureza são os de cálcio e magnésio (Ca+2, Mg+2) e, em superior ao permitido, e contrasta com Scorsafava et
menor escala, ferro (Fe+2), manganês (Mn+2), estrôncio al. (2010), na qual não obteve títulos de amônia acima
(Sr+2) e alumínio (Al+3). A origem da dureza das águas do valor máximo permitido pela legislação vigente. A
pode ser natural (por exemplo, dissolução de rochas partir dos resultados obtidos no trabalho, evidencia-se
calcárias, ricas em cálcio e magnésio) ou antropogênica a necessidade de realizar o monitoramento contínuo e
(lançamento de efluentes industriais) (BRASIL, 2006b; por meio de outras formas, a concentração de nitrogênio
BRASIL, 2014). A dureza da água é classificada em: nas águas do rio Grajaú, já que o referido rio, serve de
mole ou branda (< 50 mg/L de CaCO3); dureza mode- abastecimento de água da cidade de Grajaú.
rada (50 mg/L a 150 mg/L de CaCO3); dura (150 mg/L Na avaliação da Cor, parâmetro físico da análise da
a 300 mg/L de CaCO3); e muito dura (> 300 mg/L de água, todos os pontos de coletas não apresentaram va-
CaCO3) (BRASIL, 2006). Para águas de abastecimento, o riação de coloração, correspondendo em todos os locais
padrão de potabilidade estabelece o limite de 500 mg/L de coleta a 15 mgL-1Pt/CO ou uH. A cor é um indicador
CaCO3 (BRASIL, 2011). No presente trabalho, pode-se incluído no padrão organoléptico de potabilidade da
1621 Sousa et al : Análise físico-química e microbiológica...

água, e, sua elevação muita das vezes provoca rejeição apresentar inconvenientes à saúde nas concentrações
por parte do consumidor e insegurança no consumo de normalmente encontradas nas águas naturais (BRASIL,
tal água (BRASIL, 2006b; MELO, 2016). Este parâmetro 2006; BRASIL, 2014), o ferro é um parâmetro restritivo na
fornece indícios de contaminação, como a presença de portaria 2.914/2011 (BRASIL, 2011) e, sua determinação
sólidos dissolvidos em suspensão ou material em estado é essencial, já que o consumo excessivo de ferro pode
coloidal (orgânicos e/ou inorgânicos); além de poder causar uma doença chamada hematocromatose, que
estar relacionado com a elevada concentração de ferro se caracteriza pelo depósito deste metal nos tecidos de
(SCORSAFAVA et al., 2010). A portaria 2.914/2011, esta- órgãos como fígado, pâncreas, coração e hipófise, além
belece valor máximo permitido em água para consumo de seu caráter tóxico, devido seu potencial catalítico
humano de 15 uH, o que permite evidenciar que todos nas reações de oxidação de lipídios e proteínas. Não
os pontos coletados se encontram dentro do padrão de somente danos à saúde são observados com os níveis
aceitação para consumo, segundo a referida legislação. elevados de ferro na água, ele também acarreta pro-
Assim como no estudo em questão, Scorsafava et al. blemas de ordem estética (manchas em roupas ou em
(2010) e Melo (2016) também encontraram, em todos os vasos sanitários), ambientais (com o favorecimento do
locais de coleta, resultados em consonância com a valor desenvolvimento das ferrobactéria, dando cor e odor
máximo permitido, já em Zerwes et al. (2015), apesar da desagradável à água) e, industriais (pela dificuldade de
grande maior dos pontos de coleta estarem de acordo sua retirada pelas estações de tratamento de água bem
com o padrão de potabilidade, evidenciou-se que em como oxidação das tubulações de água) (SCORSAFAVA
um ponto o índice colorimétrico acima do permitido et al., 2010; PEREIRA et al., 2010). Alguns dos motivos
pela portaria. da elevação dos níveis de ferro em águas superficiais
Na determinação de Cloro Residual livre, expressos podem ser devido a erosão das margens dos rios ou
em mgL-1Cl2, os pontos Prainha, Depois da ponte, Ca- advindo dos efluentes industriais da região.
necão e Porto da Nanana, apresentaram 1,0 mgL-1Cl2, O parâmetro oxigênio consumido trata-se de um
em cada um dos pontos, seguido pelo valor encontrado método de avaliação indireta da presença de matéria
de cloro residual livre na Ponte de cimento, correspon- orgânica na água. O aumento do consumo de oxigênio
dendo a 1,5 mgL-1Cl2, já o ponto Limoeiro apresentou é um dos problemas mais sérios do aumento do teor
os valores de 2,5 mgL-1Cl2. A portaria nº 2.914/2011 de matéria orgânica, já que provoca desequilíbrios
recomenda que o teor máximo de cloro residual livre ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos
em qualquer ponto do sistema de abastecimento seja aeróbicos, com base nisso, fundamenta-se a relevância
de 2,0 mg/l, dessa forma o ponto de coleta Limoeiro da monitoração deste parâmetro (BRASIL, 2014). A
encontra-se fora dos níveis permitidos de cloro residual portaria nº 2.914/2011 (BRASIL, 2011), estabelece que
livre, tornando-a imprópria para o consumo humano. O os valores máximos permitidos de oxigênio consumido
cloro é um produto químico utilizado na desinfecção da não ultrapassem 3,0 mgL-1O2. O Oxigênio Consumido
água; sua medida serve para controlar a dosagem que nos seis pontos de coleta encontra-se dentro dos valores
está sendo aplicada e também para acompanhar sua permitidos pela normatização atual sobre potabilidade
evolução durante o tratamento (BRASIL 2006b). Sabendo da água, na qual, em todos os pontos de coletas cor-
que a água analisada em nosso estudo não se trata de responderam a 0,0 mgL-1O2. O resultado dos níveis
água que tenha passado por tratamento, os valores de de Oxigênio Consumido obtidos no presente estudo é
cloro encontrados são preocupantes, já que nas condi- semelhante com os resultados encontrados por Faustino
ções atuais os níveis de cloro residual livre esperados et al. (2013).
eram abaixo de 0,5 mg/l. Ademias, o resultado obtido O potencial Hidrogeniônico, pH, entre os seis pontos
no estudo corrobora com Farhadkhani et al. (2014), onde de coleta variou de 7,5 a 8,0, apresentando amplitude de
também foi possível observar níveis de cloro residual 0,4 entre os dois extremos de pH. O ponto de coleta de
livre abaixo dos valores estipulados pela portaria vigente. menor pH foi o Canecão, com 7,5, seguido por 7,6 nos
Em Tsega et al. (2013), entretanto, observou-se os níveis pontos Porto de Nanana e Limoeiro; Depois da ponte
de cloro aquém dos valores necessários para uma eficaz obteve o pH de 7,8, e nos pontos Prainha e Ponte de
desinfecção do sistema de distribuição de água. cimento o valor do pH foi de 8,0. Indubitavelmente, pH
A concentração de Ferro, expresso em mgL-1Fe, nos é um dos parâmetros mais comumente avaliados nos
seis pontos analisados apresentaram níveis acima do estudos de padrão de potabilidade, e de excepcional
valor máximo determinado pela portaria nº 2.914/2011, importância, principalmente nos processos de tratamento
que é de 0,3 mgL-1Fe. Nos pontos Prainha, Ponte de (BRASIL, 2006b), visto isso, a Portaria do Ministério da
cimento, Depois da ponte, Porto de Nanana e Limoeiro Saúde nº 2.914/2011 (BRASIL, 2011) recomenda que o
os valores de Ferro foram 2,5 mgL-1Fe, em cada um dos pH da água no sistema de distribuição esteja entre 6,0
pontos; para o ponto Canecão o valor foi menor que e 9,5. Em todas as amostras analisadas, o pH ficou en-
os demais, atingindo o valor de 2,0 mgL-1Fe, contudo, tre os índices recomendados pela legislação brasileira,
todos os pontos encontram-se fora do padrão de pota- que não irá causar qualquer efeito prejudicial para a os
bilidade, de acordo com este parâmetro. Apesar de não consumidores. O pH é uma medida da concentração de
Ciência e Natura v.38 n.3, 2016, p. 1615 – 1625 1622

íons de hidrogênio em uma solução, ou seja, expressa o identificado no presente estudo também foi evidenciado
grau de acidez ou basicidade de uma solução, represen- em Pereira et al. (2010), Buzelli e Cunha-Santino (2013),
tando a concentração ativa de íons de hidrogênio (H+) Tsega et al. (2016), sugerindo-se com isso, realização de
na mesma. Em águas de abastecimento, o pH a afeta, algum tipo de tratamento antes do consumo dessa água
visto que os baixos valores de pH podem contribuir para pelas famílias abastecidas por essas águas, objetivando
sua corrosividade e agressividade, enquanto valores a melhoria do acesso à água de qualidade. Ademias,
elevados aumentam a possibilidade de incrustações. outras desvantagens são perceptíveis com o aumento
Assim, o pH da água precisa ser controlado, possibili- da turbidez das águas, como alterações no ecossistema
tando que os carbonatos presentes sejam equilibrados, aquático (BUZELLI; CUNHA-SANTINO, 2013) e perdas
para que não ocorra nenhuma das consequências citadas de cunho financeiro, devido ao entupimento de emissores
(BRASIL, 2006; REDA, 2016; MELO, 2016). Assim como para irrigação que está diretamente relacionado com a
no presente estudo, Strohschoen et al. (2009), Buzelli e qualidade da água (RIGOBELO et al., 2009).
Cunha-Santino (2013), Zerwes et al. (2015) e Reda (2016), Em relação ao parâmetro microbiológico, avaliado pela
o pH não ultrapassou os limites recomendados pelo contagem de coliformes fecais e totais, nos seis pontos
Ministério da Saúde, já em Tsega et al. (2013), alguns de coletas do rio Grajaú não foram detectados coliforme
locais de coleta valores de pH inferiores aos limites fecais e totais. Este resultado microbiológico permite
previstos pela legislação. determina que os seis pontos de coleta do rio Grajaú,
A turbidez de água, expressa em unidades de turbidez no período analisado, encontram em conformidade com
- uT, também denominadas unidades de Jackson ou uni- os padrões de potabilidade estabelecidos pela legislação
dades nefelométricas de turbidez (NTU), é um indicador vigente, a Portaria nº 2.914/2011 (BRASIL, 2011), na qual
sanitário organoléptico de grande importância, já que tal define que a água potável deve estar em conformidade
parâmetro contribui para a estética da água e leva a sua com padrão microbiológico, ou seja, ausência de Unida-
aceitação ou rejeição de consumo humano (TSEGA et al., des Formadores de Colônias (UFC) de coliforme fecais
2016; MELO, 2016), apesar de não ser necessariamente e totais em 100 mL. Apesar de uma grande extensão do
um parâmetro de potabilidade (CUNHA et al., 2012). rio Grajaú atravessar em centro urbano do município de
Contudo, devido sua relevância, a Portaria nº 2.914/2011 Grajaú, o que possibilitaria e facilitaria a contaminação
do Ministério da Saúde estabelece que o Valor Máximo do rio com dejetos produzidos pela população, industrias
Permitido é de 5,0 uT como padrão de aceitação para e produtos agrícolas, e consequentemente acarretaria
consumo humano (BRASIL, 2006b; BRASIL, 2011). Nos na presença de coliforme fecais e totais, tal fato não foi
seis pontos de coleta no rio Grajaú, todos encontram- evidenciado no presente estudo, o que certamente é um
se em desacordo com os níveis de turbidez permitidos fato relevante e positivo na análise do padrão de potabili-
pela legislação, na qual, a Prainha obteve turbidez de dade do rio Grajaú, segundo o parâmetro microbiológico.
50 uT, seguido de Ponte de cimento, Depois da ponte Diversos estudos que realizaram a análise microbioló-
e Canecão com 66, 6 uT, e por fim Porto de Nanana e gica de rios e reservatórios, entretanto, encontraram
Limoeiro com 83,3 uT. A turbidez pode ser definida como níveis elevados de contaminação com coliforme fecais
uma medida do grau de interferência à passagem da e totais, tornando tais água, impróprias para consumo
luz através do líquido. A turbidez dos corpos d’água é humano, animal e balneabilidade (VASCONCELLOS et
particularmente alta em regiões com solos erosivos, onde al., 2006; KOLAREVIĆ et al., 2011; BATISTA; FUCKS,
a precipitação pluviométrica pode carrear partículas de 2012; ANTONY; RENUGA, 2012; FAUSTINO et al., 2013;
argila, silte, areia, fragmentos de rocha e óxidos metáli- BUZELLI; CUNHA-SANTINO, 2013; ZERWES et al.,
cos do solo. Grande parte das águas de rios brasileiros 2015); dentre tantos, destaca-se o estudo de Júnior et al.
é naturalmente turva em decorrência das características (2014), que ao realizar a análise microbiológica do rio
geológicas das bacias de drenagem, ocorrência de altos Mearim, no município de Bacabal-MA, evidenciou-se
índices pluviométricos e uso de práticas agrícolas, muitas 18.800 UFC/100 mL de coliforme totais e 4.800 UFC/100
vezes inadequadas. Ao contrário da cor, que é causada mL de coliforme fecais.
por substâncias dissolvidas, a turbidez é provocada por
partículas em suspensão, sendo, portanto, reduzida por
sedimentação. Além da ocorrência de origem natural, a Conclusões
turbidez da água pode, também, ser causada por ações
antrópicas como despejo de esgoto sanitário, efluentes Na avaliação, como um todo, dos parâmetros físi-
industriais e mineração, fazem com que o escoamento co-químico e microbiológico, nos seis de coleta no rio
superficial aumente a turbidez da água resultando em Grajaú, no período de estudo, permite inferir que tal
grandes alterações no ecossistema aquático (BRASIL, rio encontra-se fora dos padrões de potabilidade, e,
2006; BRASIL, 2006b; PRATTE-SANTOS et al., 2008; consequentemente, imprópria para o consumo huma-
RIGOBELO et al., 2009; SCORSAFAVA et al., 2010; no, requerendo ainda, de medidas interventivas para
BUZELLI; CUNHA-SANTINO, 2013; BRASIL, 2014; controle e adequação dos parâmetros que se encontram
ZERWES et al., 2015). Os resultados elevados de turbidez em desacordo com as normativas legais. Ademais, com
1623 Sousa et al : Análise físico-química e microbiológica...

verificação rotineira das autoridades de fiscalização Brasil; Ministério da Saúde. Portaria nº 518/2004.
cabíveis e conscientização da população do risco à Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos
saúde que o consumo de água imprópria acarreta, bem ao controle e vigilância da qualidade da água para
como atividades de educação sanitária à população, consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá
como prática efetiva para evitar a contaminação dos outras providências. Brasília (Brasil): Ministério da
mananciais e leitos dos rios, riachos, e demais fontes Saúde; 2005. Available from: http://bvsms.saude.gov.
de água à população. br/bvs/publicacoes/portaria_518_2004.pdf.

Brasil; Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914/2011. Dispõe


Agradecimentos sobre os procedimentos de controle e de vigilância da
qualidade da água para consumo humano e seu padrão
Os autores gostariam de prestar seus agradecimentos de potabilidade. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde;
ao curso de Ciências Naturais da Universidade Federal 2011. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
do Maranhão (UFMA) e ao professor colaborador do saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html.
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