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ÁGUA POTÁVEL.

POR QUE EXISTE ESTA CLÁUSULA NA NOSSA


CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO?

A Convenção Coletiva de Trabalho dos Sindicatos Regionais de São Paulo, há


muitos anos traz uma cláusula (atualmente com número 73) intitulada “ÁGUA
POTÁVEL” que determina:

“a) A água potável fornecida aos trabalhadores deverá ser submetida


semestralmente a análise bacteriológica;

“b) Os reservatórios e caixas d ‘água deverão ser mantidos em condições de


higiene e limpeza”

Bruna Almeida

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Muitos empregadores e empresas questionam a necessidade de manter-se
tal cláusula na convenção coletiva, alegando de forma direta que a cláusula
não traz nenhum benefício ao empregado, já que a água na região já vem
tratada pelo serviço público etc.

Engano!

A água fornecida pelo Serviço Público nem sempre é de boa qualidade.


Mesmo que fosse, seu armazenamento pelas empresas em caixas e
reservatórios podem eventualmente gerar uma série de problemas aos
empregados se realizados de forma incorreta.

A caixa aberta ou mal conservada pode servir de abrigo a pombos, ratos,


insetos e outros parasitas, os quais, podem transmitir vários tipos de doenças
e bactérias.

Observe-se que não se adquire doenças somente na ingestão da água, mas


também ao lavar e escovar os dentes, banhos e outras formas de contato com
a água.

Por tal razão é que a cláusula 73 da CLT expressamente determina que seja
feita uma análise semestral bacteriológica, determinando ainda a cláusula 73
que os reservatórios e caixas d’água deverão ser mantidos em condições de
higiene e limpeza.

Várias doenças e parasitas são transmitidos através da água. Vide questão


atual ligada ao mosquito transmissor da dengue, zika vírus etc.

O Sindicato sempre esteve atento a tais questões, tanto é que nunca


concordou em eliminar esta cláusula da convenção coletiva como vinham
solicitando os patrões.

FISCALIZE. CUIDE DA SUA SAÚDE!

Algumas doenças eventualmente transmitidas pela água não possuem cura


definitiva, exemplo: hepatite, possuindo somente tratamento que diminui os
efeitos e sintomas.

Bruna Almeida

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Exija da CIPA em sua empresa que faça uma averiguação no sistema de
abastecimento e conservação, nos reservatórios e caixas de água.

Exija a troca do filtro dos bebedouros e sua limpeza sistemática. Exija a


limpeza da caixa d’água a cada seis meses.

Existindo problemas, comunique o fato ao Sindicato.

SOBRE CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA, VEJA O CONTEÚDO DA MATÉRIA


“……………………………………………….”

O Estado de São Paulo tem uma das maiores empresas de abastecimento do


mundo, com 28,6 milhões de pessoas atendidas, e a que mais realiza testes
para medir a qualidade da água no Brasil.

A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tem a


missão de ser “referência mundial na prestação de serviços de saneamento”.
Em suas ações de comunicação, porém, a empresa omite problemas na
qualidade da água que deveriam ser divulgados aos consumidores.

Entre 2018 e 2020, contaminantes foram encontrados na água que saiu da


torneira de 132 cidades paulistas abastecidas pela Sabesp. As substâncias
químicas excederam o valor máximo permitido pelo Ministério da Saúde,
órgão que define um parâmetro de controle, acima do qual há risco à saúde
humana.

No período analisado, a empresa paulista fez 235 mil testes para medir a
qualidade da sua água, dos quais 759 encontraram substâncias fora do
padrão. Isso representa 0,3% de todos os testes feitos pela empresa no
Estado.

Apesar do percentual geral em São Paulo ser baixo, para avaliar o risco é
preciso olhar para as cidades onde houve violação, em especial para os locais
onde a população bebeu água com contaminantes repetidamente. Na capital,
substâncias foram identificadas acima do limite 13 vezes nos sistemas
Guarapiranga, Cantareira, Alto Tietê e Rio Claro – que, juntos, abastecem
cerca de 17 milhões de pessoas.

Bruna Almeida

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As substâncias acima do limite na cidade foram os ácidos haloacéticos, os
trihalometanos e o antimônio, todas elas classificadas como “possivelmente
cancerígenas” pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os resultados foram acessados no Sisagua (Sistema de Informação de


Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), banco de dados
gerido pelo Ministério da Saúde. As informações fazem parte do Mapa da
Água, ferramenta de jornalismo de dados que permite consultar substâncias
acima do limite em cada cidade do país entre 2018 e 2020. O mapa traz ainda
as classificações internacionais de risco para cada produto.

A Sabesp afirma que os testes revelados pelo Mapa da Água sobre a cidade de
São Paulo são “casos pontuais” e como tal não indicam um problema. “O
histórico das medições aponta a conformidade com os padrões de
potabilidade e a qualidade da água fornecida pela Sabesp”.

Dessa forma, “nenhum tratamento adicional se torna necessário no


momento” além de “não demandar medidas corretivas nem alertas para a
população”.

Contaminação contínua.

Os casos em que a mesma substância violou o padrão ao menos uma vez nos
três anos analisados ocorram em 36 cidades paulistas, entre elas Diadema,
Santos, Ubatuba, Guarujá e Lorena.

Em todo o país, a contaminação contínua foi identificada na água de 82


cidades, e a Sabesp é responsável pelo problema em 45% delas.
Especialistas alertam que o consumo durante meses ou anos caracteriza a
maior chance de risco para a população. “Três anos seguidos tomando água
acima do padrão indica que a população está exposta à substância
carcinogênica além do limite de risco ‘aceitável'”, afirma Fábio Kummrow,
professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Kummrow explica que, como o consumo acontece em pequenas doses e de


modo gradual, não há sintomas imediatos. Ou seja, não há como a origem da
doença ser identificada pelos serviços de saúde.

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O maior problema nas águas da Sabesp começa no tratamento, quando o
cloro ou outros desinfetantes se misturam com substâncias que já estão na
água, como algas e esgoto, gerando os “subprodutos da desinfecção”.

O maior número de testes acima do limite na capital se deu justamente em


reservatório que recebe despejo de esgoto sem tratamento: a represa
Guarapiranga, responsável pelo abastecimento de cerca de 4,8 milhões de
moradores da região metropolitana.

As áreas de preservação ambiental que margeiam a represa são palco de


ocupações irregulares onde não há coleta ou tratamento.

Esgotos clandestinos e o descarte impróprio ficam mais visíveis no meio do


ano, quando as chuvas diminuem e os níveis do reservatório ficam baixos.

Quando a temperatura aumenta, ocorre ainda a proliferação de algas. Esses


elementos levam à formação dos subprodutos no tratamento. Oito testes
realizados no sistema Guarapiranga, entre 2018 e 2020, apontaram a presença
de dois subprodutos acima do limite.

Os ácidos haloacéticos e os trihalometanos apareceram fora do padrão em


17% dos testes realizados nesse sistema.

Ambos são classificados como “possivelmente cancerígenos” pela Agência


Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da OMS.

Outros possíveis efeitos a longo prazo são problemas nos rins, fígado e
sistema nervoso.

Desde os anos 1970, cientistas conhecem os riscos dos subprodutos.


Segundo artigo publicado na revista Environmental Pollution, há dois métodos
para evitá-los: remover da água as substâncias que podem reagir com o cloro
ou trocar o cloro por tratamento com radiação UV ou ozônio, entre outros
métodos alternativos. Mas ambas as mudanças trazem custos adicionais.

O problema é um desafio importante para a cidade de São Paulo, onde os


dados do Atlas Esgotos, elaborado pela Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico, mostram que 32% do esgoto não tratado é jogado

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diretamente em rios e represas – alguns desses são os mesmos de onde sai a
água que será tratada para consumo.

Falta de transparência.

Questionada pela reportagem se a empresa faz esse trabalho de separar o


esgoto da água antes do tratamento, a Sabesp respondeu de forma genérica:
“cada manancial possui características diferentes e, assim, cada estação de
tratamento de água é projetada para ser capaz de tratar a água de seu
respectivo manancial”.

A empresa nega a importância dos testes acima do limite ao afirmar que


monitora a qualidade da água com base no histórico, usando uma “média
móvel” dos resultados.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde confirma o uso do histórico como um


dos critérios para avaliação, contudo afirma que “violações ao padrão devem
ser interpretadas como um evento perigoso e desencadear uma
investigação”. Nesses casos, a empresa deve “comunicar imediatamente à
autoridade de saúde pública municipal e informar à população abastecida,
em linguagem clara e acessível, a detecção de situações de risco à saúde
ocasionadas por anomalia operacional ou por não conformidade na qualidade
da água, bem como as medidas adotadas”

A Sabesp não informou quais medidas foram tomadas para corrigir os


problemas nos casos em que os testes detectaram substâncias acima do
limite na capital.

A empresa também não respondeu aos pedidos para a reportagem acessar os


dados completos do histórico e o cálculo da “média móvel”, ferramentas
citadas pela empresa. “Não temos como precisar a partir de que ano
adotamos a média móvel para essa avaliação interna e não temos como
disponibilizar as médias móveis dos anos solicitados [2018, 2019 e 2020] pois
esse critério não era formalmente estabelecido antes da publicação da nova
portaria [de 2021]”, afirmou a companhia por meio de nota.

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Responsável pela fiscalização da Sabesp na capital, a Secretaria Municipal da
Saúde paulistana confirma que a empresa usa o histórico de dados para
avaliar a qualidade da água, mas afirma que também “não teve acesso” ao
cálculo ou à média móvel.

A pasta minimizou os resultados fora do padrão, dizendo que “alguns foram


encontrados ligeiramente acima do valor máximo permitido”. Nesses casos,
segundo a nota, a Vigilância acionou a empresa e o problema foi resolvido.

O problema da água contaminada com substâncias químicas acima do limite


e da falta de transparência na comunicação aos consumidores atinge todo o
Brasil.

Em termos proporcionais, as empresas de abastecimento que mais tiveram


problema com a qualidade da água foram a Cesan no Espírito Santo (6,8%) e a
Cagece no Ceará (5,1%). Procuradas, a Cesan e a Cagece não se
manifestaram até a conclusão desta reportagem. Consulte dados da
qualidade da água em todo o Brasil em mapadaagua.reporterbrasil.org.br

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