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por: Wilker José Pereira

 Créditos
Escrito por: Wilker José Pereira.
Editado por: Alessandro Andrade.
Revisado por: Alessandro Andrade.
Desenvolvido por: Equipe Changeling em Portu-
guês.
Imagens: Pacote de Imagens do Storyteller’s Vault,
Agradecimentos
À Arthur, Carolina, Igor, Rômulo e Rubens que
gentilmente deram vida aos personagens desta história
antes dela ser transformada em um livro.
E em especial à Alessandro Andrade que passou di-
versas horas corrigindo este texto e apontando erros
gramaticais, frases esquisitas e erros de digitação, bem

imagens gratuitas do Pixabay, imagens geradas por IA
pelo Bing.
Layout e Letras: Equipe Changeling em Português
Arte da Capa: Imagem gratuita do Pixabay.
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como oferecendo sugestões maravilhosas. Este meu ami-
go Sluagh é o revisor e editor do projeto todo. É uma
peça importantíssima não só desse, mas de 99% de to-
dos os livros de Changeling em que eu trabalhei (tirando

Design da Capa: Equipe Changeling em Português.
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os 2 primeiros que nem revisão tiveram). A ele eu só
posso agradecer por tudo o que ele tem feito e pela força
que ele tem me dado pra colocar meus sonhos e loucu-
ras no papel (ou no pdf).

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© 2018 White Wolf Entertainment AB. All rights reserved.

Vampire: The Masquerade®, World of Darkness®, Storytelling
System™, and Storytellers Vault™ are trademarks and/or regis-
tered trademarks of White Wolf Entertainment AB. All rights
reserved.
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Darkness, please, visit: www.white-wolf.com,
www.worldofdarkness.com and www.storytellersvault.com.

2 O ANEL E O MAR
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e Sumário
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Introdução 5
Parte Um: Perdi Meu Anel no Mar 11
Parte Dois: Na Goela da Baleia ou no Dedo da Sereia 29
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Parte Três: O Pescador e seu Amor 53

Apêndice I: Uma Incrível Jornada 69
Apêndice II: De Tudo um pouco 76
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SUMÁRIO 3
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e “Eu vi as ondas brincando de pega-pega
Levar as águas do riacho cristalino
Eu vi menino vim brincar no mar
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Oh mar, vem lavar pé de menino”
— O Menino e o Mar, João Bá

A alma feérica de uma changeling muito querida na

pequena comunidade da Vila do Galeão foi Arruinada Tema e Atmosfera
pela Banalidade, e os personagens devem tentar recupe-
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“O Anel e o Mar” é uma história de aventura e en-

rá-la, afinal todos no Sonhar, desde as árvores até o ven-
to e a brisa marinha, sabem que eles são os únicos capa-
zes de realizar tal feito. A única forma de conseguir isso é
encontrar um anel que guarda as melhores lembranças
de infância desta changeling. Tudo o que os persona-
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canto. Em resumo, esta é uma trama onde os persona-
gens são heróis que buscam um tesouro perdido para
salvarem uma amiga. Nos vários estágios desta aventura,
os personagens poderão lançar mãos de diversos artifí-
cios – inteligência, persuasão e até mesmo a força – para

gens possuem para ajudá-los nesta tarefa é uma concha
mágica que servirá como uma bússola para encontrar
este anel perdido.
Eles enfrentarão diversos perigos no mar, quimeras
e changelings hostis e terão que negociar com o arrogan-
te Povo Mer para obterem sucesso. Para piorar a situa-
ção, o anel deve ser recuperado rapidamente, pois caso a
lua cheia vá embora e comece a minguar, o mesmo
acontecerá com a alma feérica, e isso deve acontecer em
apenas sete dias...
conseguir seus objetivos. Se tudo correr bem eles conse-
guirão sobrepujar todas as dificuldades, recuperarão o
anel perdido e se tornarão heróis.
Ao progredirem nesta aventura os personagens irão
não só ajudar uma alma feérica, mas na verdade três.
Ajudando a corrigir antigos erros do passado eles acaba-
rão se tornando responsáveis por renovar a alegria na
alma de três Rezingões trazendo um pouco mais de
Glamour e esperança para a Vila do Galeão.

INTRODUÇÃO 5

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“O Anel e o Mar” é um conto de fadas moderno
com uma história que a princípio parece ser doce e mei-
ga, mas que no seu desenrolar acaba se revelando como
uma saga épica com muita aventura, política, horror e
tensão submarina, com dramas familiares e mundanos a
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serem resolvidos para que no final a magia e o encanto
do Sonhar venham à tona novamente. Uma história
para 3 a 5 jogadores cujo tema central é o sentimento de
perda causado pela Banalidade, quando uma alma é
tomada pela Ruína.
Enredo
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Esta é a história de uma busca pelo anel mágico que
contém um pedaço da alma feérica de Bia, uma Boggan da
Vila do Galeão. Bia recebeu o anel de um amigo de infân-
cia, mas acabou perdendo-o no mar enquanto brincava na
praia. Um changeling do Povo Mer viu o incidente e dei-
xou como presente para a garotinha uma concha especial
que poderia ajudá-la a encontrar o anel. No entanto, Bia
nunca soube do poder oculto da concha e a usou apenas
como um talismã de sorte ao longo de sua vida.
6 O ANEL E O MAR
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Em uma festa, a concha acaba parando nas mãos
dos personagens, e um deles tem um sonho sobre a per-
da da alma de Bia. Determinados, eles partem em uma
jornada em busca do anel. No entanto, são atacados por
um grupo de Merrows hostis que desejam a concha para
si, e acabam sendo engolidos por uma baleia quimérica.
Após ajudar algumas quimeras a resolver um pro-
blema relacionado ao furto de um arco de violino, os
personagens são conduzidos ao fundo do mar, onde
descobrem que o changeling que presenteou Bia com a
concha é na verdade um príncipe do Povo Mer que esta-
va desaparecido há muito tempo. Agora, eles devem
lidar com essa situação e negociar com o Povo Mer.
Guiados pela concha, os personagens chegam a uma
Gruta infestada de Merrows, onde encontram o corpo
sem vida do príncipe sendo usado como hospedeiro
para ovos destes Thallain. Em meio a essa descoberta
angustiante, eles encontram uma isca de pesca presa ao
dedo do príncipe, que pertence a um velho Nocker pes-
cador chamado Capitão Teodoro, também morador da
Vila do Galeão.
 Ao questionar o Capitão Teodoro, eles descobrem
que durante uma pescaria nos mares do Sonhar, ele
havia pescado o anel e o presenteou à sua ex-esposa, que
agora mora na cidade vizinha, Enseada do Alagado. A
concha os leva até a casa da ex-mulher do Capitão, mas
infelizmente o anel não está mais em sua posse, e sim
com seu filho Theo.
Ao procurar pelo menino, os personagens desco-
brem que ele fugiu de casa e são guiados até uma antiga
mina abandonada, onde precisam enfrentar uma quime-
ra guardiã. Nesse momento, eles descobrem a existência
de um novo Infante recém desperto.
A história se desenrola com os personagens lidando
com uma complicada situação familiar entre o jovem
Infante e seu pai, o capitão Teodoro, para conseguir
colocar as mãos no anel. Com o anel em sua posse, os
personagens têm a opção de cumprir sua missão, restau-
rando a alma feérica de Bia, ou ficar com o anel e a co-
cha para si. O desfecho da missão reserva uma surpresa
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aos jogadores, revelando segredos não apenas sobre Bia,
mas também sobre outros personagens da Vila.
Eu já vi isso antes...
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E você está certo em achar isso. O Anel e o Mar é
uma mistura de informações, referencias e inspirações
tiradas de músicas, filmes e séries. Se você tiver curiosi-
dade para saber de onde vieram algumas ideias para lhe
ajudar a conduzir a história, os parágrafos abaixo podem
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ajudar nisso.
O cerne da história surgiu quando eu ouvi uma can-
tiga infantil chamada a “Ciranda do Anel” de Bia Be-
dran, assisti alguns vídeos desta canção no Youtube e me
apaixonei pela ideia. Para transformar a música em uma
história descobri que havia um livro também de Bia
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Bedran chamado a Menina do Anel e que acabou tam-
bém se transformando em uma inspiração.
Pinóquio de Carlo Collodi foi a maior inspiração para
a cena da baleia e junto com o livro as imagens do desenho
animado de Walt Disney da década de 60 também me
serviram de inspiração para toda a ambientação do interior
da baleia como um espaço oco e hostil, mas habitável.
Existe um live-action lançado pela Disney e uma animação
feita por Guillermo Del Toro na Netflix, ambas de 2023,
mas infelizmente não tive a chance de assisti-las ainda.
As criaturas do interior da baleia vieram de uma músi-
ca em espanhol chamada Canción Del Pescador de María
Elena Walsh. O Youtube está cheio de vídeos infantis que
retratam o Peixe Platino, o Golfinho que Toca Violino e o
Velho Caranguejo Feio que não podia se olhar no espelho.
O velho Nocker Capitão Teodoro é baseado no Capi-
tão Wade do filme Milagre Azul, que pode ser encontrado
na Netflix. O torneio de pesca e toda a história do relacio-
e
namento familiar fragmentado também vem deste filme.
A última parte da história que envolve a procura do
pequeno Theo dentro de uma mina vem das lembranças
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de alguns filmes da década de 80 como Indiana Jones e os
Caçadores da Arca Perdida, ou os Goonies, entre tantos
outros.
Um pouco de História
Mesmo estando cercada por um pedaço do paraíso a
Vila do Galeão parecia tomada pelas folhas caídas do Ou-
tono, apenas esperando que os primeiros ventos frios do
Inverno começassem a soprar para apagar de vez os últimos
resquícios dos filhos do Sonhar.
A Crisálida de Samuel, o último Kithain a despertar na
Vila, havia ocorrido há muito tempo. Tempo o bastante
para que o pequeno Infante se transformasse em um ho-
mem adulto. Tempo o bastante para que o brilho do luar
se misturasse aos cabelos dos outros Kithain, preenchendo-
os com fios prateados e a Banalidade se acumulasse em
suas almas, agora Rezingonas, como cracas no casco de um
navio.
A vida na Vila ainda que divertida e cheia de canções,
festas e histórias contadas ao redor de uma fogueira, sob o
olhar paciente do luar, parecia não ser o bastante. O som
das risadas jogadas ao léu e carregadas pelo vento refrescan-
te da brisa marinha, não tinha mais o brilho, a inocência e
a maravilha trazida pelas crianças do Povo Bom. Mesmo
assim eles continuaram a acreditar, esperando e sonhando
com o dia em que novos Kithain chegassem à vila. Ne-
nhum deles realmente acreditava que eles seriam os últi-
mos de seu povo naquele lugar, debaixo de toda a Banali-
dade incrustada em sua alma, as brasas do Sonhar ainda
queimavam.
E então como se parecendo atender aos desejos mais
secretos e intensos do coração destes Kithain, o Sonhar
lhes presenteou. A lua brilhava cheia, resplandecente em
INTRODUÇÃO 7
 um céu cheio de estrelas, naquela noite quente de verão.
Na praia, os Kithain festejavam em meio a alguns turistas,
aguardando a chegada do novo ano. Pequenas fogueiras
jogavam brasas vermelhas aos céus no ritmo da música
quando as primeiras explosões dos fogos de artifício, de
muitas cores e formas preencheram os céus, enchendo de
maravilha e esperança os corações daqueles que ali esta-
vam. Promessas e juras de amor foram trocadas, desejos de
uma vida melhor, cheia de esperança, oferendas ao mar,
ondas sendo saltadas, cada um comemorou enquanto o
Sonhar despejava Glamour.
Não só nos céus, mas agora também por toda a parte,
havia fogos e brilhos que se contorciam e formavam formas
das cores mais lindas e inimagináveis: dourados, roxos,
laranjas, verdes. Medusas, caravelas e águas-vivas inofensi-
vas flutuavam suavemente pelo ar, como se este fosse o seu
ambiente natural. Um canto solene e delicado formado
pelas vozes de todas as criaturas do mar podia ser ouvido
em meio à algazarra da multidão e o barulho dos fogos. A
Dança Onírica havia começado.
e e parecer interessante vista pela ótica de Estouvados ou
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8 O ANEL E O MAR
Os Personagens
Na noite de réveillon em meio aos festejos na praia
novos Kithain surgiram. A Dança Onírica encheu a
praia de cores, sons e quimeras enquanto o Sonhar des-
pejava Glamour na costa, fazendo com que novas almas
feéricas abrissem os olhos.
Os personagens dos jogadores são frutos deste últi-
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mo “despertar em massa”. Todos passaram pela Crisáli-
da no mesmo momento – o réveillon na praia – e este
evento os une de alguma forma especial, mesmo que isso
não fique claro para eles.
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O ideal é que todos sejam Infantes ou Estouvados
de pouca idade. Esta história foi escrita baseada em con-
tos e canções para crianças, de forma que o cinismo de
personagens adultos ou adolescentes mais velhos possa
tirar um pouco de sua magia. Fica a critério do Narrador
aceitar ou não outros tipos de personagens. E fazer as
adaptações necessárias para que o jogo possa se adequar
Rezingões, afinal muitas das situações deste jogo se ba-