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Centro de Artes
Bacharelado em Música - Música Popular
Pelotas, 2021
Wagner dos Santos Sicca
Pelotas, 2021
Universidade Federal de Pelotas / Sistema de Bibliotecas
Catalogação na Publicação
61 f. : il.
CDD : 780
Banca examinadora:
Ao professor Rafael Velloso por sua orientação nesta pesquisa, por seu
comprometimento com meu desenvolvimento acadêmico e, claro, por sua parceria,
paciência e generosidade.
Aos professores Guilherme Tavares (um ser humano iluminado), Jorge Meletti
(um profissional exemplar), à dupla Luís Coelho e Rafael Noleto (que me
apresentaram aos seus amigos Mauss, Malinowski, Blacking, Seeger e outros) e a
Werner Ewald (que me fez entender que Bach, Cage e Cobain são do mesmo
planeta).
Ao meu tio Alceu Santos, meu irmão Gerson Sicca e meu pai Gilberto Sicca.
De diferentes maneiras, vocês me ajudaram a ser músico.
Ao amigo Jader Corrêa por ter mudado a minha vida de tantas formas que eu
não saberia descrever. Passados mais de 20 anos, guardo viva a memória de
quando ele emprestou a mim uma fita K7 contendo as seis primeiras faixas do
Nevermind no lado A — até hoje não sei o que havia no lado B. Ele me fez descobrir
a música e, como se isso não fosse suficiente, me ensinou muito mais.
The present work establishes as its objects of analysis two performances by Arthur
Maia as a soloist in the introductory section of the music Palco in concerts on
Gilberto Gil's Quanta tour, in order to offer a systematized understanding of the
instrumentalist's performance and creative process in this context. Arthur Maia was
instrumentalist, composer, arranger, music director and music producer, owner of a
career that includes solo albums and numerous works with great names in Brazilian
popular music. The analysis covers musical and extra-musical elements, considering
the sound materials and the performances in which they were generated. The
methodological procedures adopted in the research include the appreciative analysis
of the selected recordings and the analysis based on transcriptions of the recordings'
solos, documental research and literature review. The research demonstrated how
Maia's creative process was integrated into the essentially inclusive performance
proposed by Gil, which puts supporting musicians in the foreground and invites the
audience to participate.
Considerações iniciais 14
1 Sobre criação e performance 17
2 Quem manda é a deusa Música: o solista e a canção 22
2.1 Arthur Maia 22
2.2 Palco 26
3 Só quem é clarividente pode ver: as análises 31
3.1 Aspectos musicais 31
3.2 Aspectos extramusicais 41
Considerações finais 47
Referências 49
Gravações, entrevistas, workshops etc 53
Apêndice A – Transcrição do versão de Montreux 55
Apêndice B – Transcrição da versão do Rio de Janeiro 58
Considerações iniciais
A ideia trazida por Costa pode sugerir que o intérprete é alheio ao processo
criativo, o que não parece ser correto. Fosse a partitura um meio suficiente para
transmitir com exatidão todos os parâmetros de execução desejados pelo
compositor, todas as interpretações seriam iguais; logo, a limitação da notação
implica na tomada de decisões por parte do intérprete, o que faz da interpretação,
“em maior ou menor grau, também uma recriação” (COSTA, 2018, p. 177). Suponho
que a variedade de possibilidades interpretativas, tão ampla quanto o número de
intérpretes e interpretações existentes, e as incontáveis variáveis que fazem de cada
apresentação um evento único sejam algumas das razões para Nettl e outros terem
afirmado que “até certo ponto, toda performance envolve elementos de
improvisação”4 (NETTL et al, 2001, tradução nossa).
As informações apresentadas mostram que improvisação, composição e
prática interpretativa são conceitos correlatos, porém o primeiro difere-se na medida
em que “aspectos decisivos do processo de composição ocorrem durante a
performance”5 (BLUM, 2001, tradução nossa). Enquanto uma composição constitui
uma espécie de conjunto de instruções a ser interpretado em momento posterior à
sua criação, a improvisação é essencialmente gerada em tempo real. Isso não
significa, no entanto, que performances improvisadas ocorram necessariamente
desprovidas de um ponto de partida ou de algum nível de contextualização: Nettl e
outros escrevem que, “até certo ponto, cada improvisação se apóia em uma série de
convenções ou regras implícitas”6 (NETTL et al, 2001, tradução nossa). Um exemplo
que corrobora essa observação é a chamada improvisação idiomática, modalidade
predominante de improvisação na qual o foco se dá sobre a expressão de um
determinado idioma musical (BAILEY, 1993, p. xi) . Nesse cenário, o improvisador
cria a partir de um referente, que é "um conjunto de estruturas (restrições)
cognitivas, perceptuais ou emocionais que orientam e auxiliam na produção de
4
No original: “To some extent every performance involves elements of improvisation (...)”
5
No original: “(...) decisive aspects in composition occur during performance”
6
No original: “(...) to some extent every improvisation rests on a series of conventions or implicit rules”
19
material musical"7 (PRESSING, 1984 apud PRESSING, 1998, p. 52). Fatores como
o gênero musical e padrões melódicos, rítmicos e harmônicos atuam, em certa
medida, como limitadores das opções do improvisador, levando-o a construir seus
solos sob determinados preceitos de maneira a se adequar a uma linguagem
musical específica.
Independentemente da modalidade de criação musical e dos condicionantes
envolvidos, uma característica comum à interpretação e à improvisação é o fato de
que ambas se realizam através da performance. Nas artes e nas ciências humanas
de modo geral, esse termo costuma se associar à ideia de atuação (LIMA; AFONSO,
2009, p. 3), e é com esse sentido em vista que Cohen (2002) afirma que
performance é “uma função do tempo e do espaço” e é uma “cena” (LIMA;
AFONSO, 2009, p. 6). Dessa forma, performance consiste em algo que precisa estar
acontecendo em tempo e lugar determinados, tendo, por consequência, natureza
efêmera e caráter único — diferentes interpretações de uma mesma obra pelo
mesmo performer geram, necessariamente, resultados diversos.
A performance musical, de forma específica, é “constituída por todas as ações
que concorrem para fazer soar aquilo que pretendem os executantes e que interessa
aos ouvintes” (CIRINO, 2005, p. 87, grifo nosso). Sendo a música uma arte
performativa, parâmetros cênicos e expressivos também são englobados pela
performance. Fatores como as interações entre os músicos ou entre músico e
público, bem como movimentos, gestos e falas, são partes integrantes de uma
performance musical, impactando no modo como a música é produzida e, também,
recebida. Um olhar sobre elementos extramusicais pode, portanto, oferecer uma
perspectiva mais qualificada sobre o material sonoro produzido por um músico.
Inspirado no conceito de campos sociais8 do sociólogo Pierre Bourdieu, Turino
propõe um sistema de campos musicais que permite a classificação de
performances de acordo com princípios como objetivo, concepção e papéis dos
agentes envolvidos. Apresentações ao vivo9 como as da turnê Quanta pertencem ao
7
No original: "(...) a set of cognitive, perceptual, or emotional structures (constraints) that guide and
aid in the production of musical material"
8
De acordo com Pereira (2015, p. 341), campo é “um microcosmo social dotado de certa autonomia,
com leis e regras específicas, ao mesmo tempo em que influenciado e relacionado a um espaço
social mais amplo”. É nos campos que os agentes interagem e estabelecem relações e disputas de
poder.
9
A análise apresentada neste trabalho se deu sobre duas gravações, sendo, uma, em áudio e outra,
em vídeo. No esquema de Turino, esses registros estariam no domínio da música gravada, sendo
classificados no campo “alta fidelidade”, onde a ênfase da gravação está na representação de uma
performance ao vivo (TURINO, 2008, p. 67). Esse fato não é relevante para a presente discussão
20
pois o enfoque está nas performances realizadas, cabendo às gravações o papel de ferramenta de
pesquisa.
10
No original: “Presentational performance”.
11
No original: “Frame”.
12
No original: “(...) mental framework for interpreting a particular slice of experience”.
21
13
Referência à baixaria de obrigação, um tipo de linha melódica executada tradicionalmente pelo
violão de 7 cordas que é parte integrante da composição em gêneros musicais como o choro e o
samba (PAIVA, 2020, p. 43).
25
utilizando um baixo Fender Precision sem trastes por ele emprestado —, o baixista
gravou o álbum Mente & Coração, lançado em 1980 (TOMMASO, 2004, p. 18). Na
sequência, vieram trabalhos com Luiz Melodia, Rogéria e o palhaço Carequinha
(MAIA, 2008; NASCIMENTO, 2011, p. 30). Ainda com 17, outra indicação de Luizão
possibilitou a Maia o ingresso na banda que acompanhou Ivan Lins na turnê do
disco Novo tempo, um dos trabalhos mais marcantes de sua carreira. Para o teste
com Lins, Maia tomou emprestado novamente o Fender de Luizão, que acabou
presenteando o sobrinho com o baixo dizendo “Toma, que essa porra não afina” (UM
CAFÉ…, 2018).
O trabalho com Lins abriu muitas portas a Maia, que ao longo da carreira
tocou ou gravou com Martinho da Vila, Lulu Santos, Djavan, Caetano Veloso, Ney
Matogrosso, Gal Costa, Roberto Carlos, Marisa Monte, Jorge Ben Jor, Carlinhos
Brown, Mart’nália, Ritchie, Carlos Santana, Pat Metheny, George Benson, Plácido
Domingo e muitos outros artistas. Em sua atuação como sideman, o baixista estimou
que fez mais de duas mil gravações e não soube precisar quantos shows fez, visto
que começou a se apresentar aos 8 anos de idade (PAPO…, 2018).
Dentre todos esses trabalhos, um dos mais relevantes foi o realizado junto a
Gilberto Gil. Maia, que nunca havia imaginado ficar mais de três ou quatro anos
acompanhando um cantor por temer estagnação, foi conquistado por uma “relação
de evolução e respeito” (MAIA apud NASCIMENTO, 2011, p.35) construída com Gil;
o trabalho em conjunto teve início em 1993 (CULLEN, 2007) e se estendeu por mais
de duas décadas, rendendo inúmeros shows ao redor do mundo e participações do
baixista em 11 discos14 (DISCOGRAFIA, [s. d.]).
Paralelamente ao seu trabalho como músico acompanhante, Maia integrou
algumas bandas nos anos 1980 e 1990. Teve uma passagem pela Banda Black Rio
no ano de 1981 e quatro anos depois fundou a grupo de pop rock Egotrip15, com
quem lançou um álbum homônimo em 1987 (BIOGRAFIA…, [s. d.]; MAIA, 2008). Na
área da música instrumental, formou as bandas Garage, Varanda e Trio Pulsar
(TOMMASO, 2004, p. 18), e ingressou em 1985 no Cama de Gato, grupo com o qual
gravou cinco discos. O álbum de estreia, Cama de Gato (1985), ultrapassou a marca
14
Além desses 11, Maia participou de Raça humana, álbum lançado em 1984, ou seja, antes de sua
entrada na banda de apoio de Gil.
15
O baterista da Egotrip era Pedro Gil, filho de Gilberto Gil. A banda acabou após o falecimento de
Pedro aos 19 anos, em decorrência de um acidente de carro no início de 1990 (BIOGRAFIA…, [s. d.];
PEDRO…, 2009).
26
2.2 Palco
A certa altura do ano de 1980, Gilberto Gil pensou que chegara a hora de
abandonar a carreira musical e dar novo rumo à sua vida. Ele ainda amava cantar,
mas se sentia desmotivado e buscava algo que lhe trouxesse ânimo. Decidiu, então,
comunicar sua decisão a todos através de uma canção, uma declaração musical
para o público. O resultado foi Palco, um ijexá que, nas palavras de Gil, “(...) era na
verdade pra não deixar dúvida a respeito de tudo o que cantar representa para mim,
e a respeito da minha relação com a música – simbolizada de forma completa pelo
estar no palco” (GIL apud QUANTA…, [s. d.]). Após concluir a canção, o compositor
não encontrou na letra nada relativo à pretensa despedida e, no dia seguinte, já
havia esquecido a ideia. A canção do adeus se transformou em um “colarzinho de
proteção, como se fosse uma conta de um orixá, uma conta de Xangô” (GIL; ZAPPA,
2013, posição 186).
27
16
A ligação de Gil com o Earth, Wind & Fire vem do disco anterior, “Realce” (1979), onde Gil flertou
com a disco music. No ano seguinte, a banda estadunidense se apresentou no Maracanãzinho (RJ) e
contou com a participação do brasileiro na execução da faixa título de seu álbum. A performance foi
registrada em uma reportagem da TV Globo que está disponível em https://youtu.be/_KntU0Z0tD4
(acesso em 20 maio 2021).
28
17
No show do Montreux Jazz, Palco foi a sexta música em um repertório de 14 (CONCERTS…,
c2021). Não encontrei repertórios de outras apresentações da turnê..
29
Palco é uma música que eu adoro, toco ela desde que eu toco com o Gil,
mas, pô, cada dia fazia um solo — o que era muito bom. Então cada dia, por
exemplo, se eu já fiz 2 mil shows com o Gil, por aí, eu acho que mil eu
criava um solo na hora assim, que a gente gosta de improvisar. Não tô aqui
fazendo frase, tô aqui vendo o que que vai dar, entendeu? Não tenho
previsão de muita coisa. (...) Mas daí na hora de gravar, naquele Quanta
gente…, (...) me deu vontade de fazer uma melodia pra ela. (...) Mas, assim,
acabei fazendo uma música daquilo, porque foram anos de solo. (MAIA,
2015b)
O apreço de Maia por melodias deve ter sido recompensado pela reação dos
companheiros de grupo à sua criação, pois, segundo ele, “logo que comecei a fazer
esse solo, a banda toda começou a cantarolar a melodia. Os caras decoraram a
melodia” (MAIA apud NASCIMENTO, 2011, p. 34). As falas de Maia em workshops
demonstram que o baixista dava muita ênfase ao uso de notas diatônicas (MAIA,
2008; MAIA, 2015a), e isso parece ser uma de suas principais estratégias de
construção melódica, como veremos adiante.
Por fim, Maia considerava como elementos fundamentais para a criação de
um solo a melodia, a explicação e a tensão (NASCIMENTO, 2011, p. 35).
Infelizmente o baixista não se estendeu sobre cada conceito, mas entendo que ele
30
18
Conforme Chediak ([s. d.], p. 105) e Guest (2006, p. 103), o acorde V7sus4 é gerado quando, em
um encadeamento II-V-I, o II cadencial antecipa o baixo do dominante subsequente. Esse acorde
pode substituir o II cadencial ou, em canções como Palco, substituir o II-V. Tensões como 9 e/ou 13
32
(em tonalidades maiores) ou ♭9 e/ou ♭13 (em tonalidades menores) também podem ser
adicionadas.
19
Um vamp é termo que referencia “encadeamentos curtos e repetitivos” (TAVARES, 2020, p. 43). Em
um contexto modal, um vamp contém acordes que evidenciam o modo vigente através da presença
de notas características do modo em suas formações.
33
Marcus Miller, músico estadunidense referência na técnica citado por Maia como
uma de suas influências (PESCARA, 1995, p. 14).
Em síntese, os dois solos são realizados sobre uma progressão harmônica
executada em loop e constituídos de duas partes discerníveis pela técnica
empregada, com uma seção inicial que privilegia o pizzicato — identificada aqui
como parte A — e outra com ênfase no slap — a parte B. Os tempos de início e fim
de cada seção e suas durações totais em cada gravação, assim como o número de
vezes que a progressão de acordes é repetida, estão expostos na Tabela 2.
Repetições da
10 4 11 5
progressão
Hyperlink 1 - Frase 1
Disponível em: https://youtu.be/w4WssyQvQ-k
Hyperlink 2 - Frase 2
Disponível em: https://youtu.be/uKFQ0aTtUqE
Hyperlink 3 - Frase 3
Disponível em: https://youtu.be/ZjXStyYcMBA
20
O hammer-on é uma técnica onde uma nota é “martelada” com a mão que está sobre a escala, sem
intervenção da outra mão.
40
Hyperlink 4 - Frase 4
Disponível em: https://youtu.be/hycobGBGKBY
Tempo / compasso
Frases Observações
Rio de Janeiro Montreux
Vimos anteriormente que Maia afirmou ter criado o solo por ocasião da
gravação do álbum Quanta gente veio ver, todavia o mapeamento aqui realizado
mostra que quatro das frases já eram tocadas pelo menos um mês antes disso.
Assim sendo — e admitindo que a amostra que possuo é muito pequena para que
se possa tirar conclusões definitivas —, suponho que o trabalho composicional de
Maia na elaboração do solo do Rio de Janeiro foi menos de criação do que de
organização de materiais pré-existentes. A apresentação de Montreux ocorreu em
um festival de jazz, contexto que favorece performances mais improvisadas, e não
tinha como fim a gravação de um disco. Já o solo registrado no álbum me parece
melhor acabado, no sentido de que as frases compostas ocorrem uma só vez e em
momentos previamente escolhidos; os excessos que fizeram o solo de Montreux ser
mais extenso e repetitivo talvez tenham sido deliberadamente cortados por Maia
visando a obtenção de uma versão final.
As quatro frases destacadas como melodias compostas foram identificadas
por ocorrerem nas duas gravações, porém deve-se ressaltar o fato de que Maia as
interpretou de formas diferentes em cada oportunidade. Presumo que o baixista
tinha uma ideia das melodias, mas o modo como as executava era incerto, tão
incerto quanto os trechos improvisados que complementaram os solos. A estratégia
de Maia parece ser afim a dois procedimentos de improvisação baseados em
técnicas da música de concerto elencados por Côrtes (2012, p. 1391-1392): em um
deles, a melodia original de uma obra é alterada por meio de adornos e variações;
em outro, o improvisador cria desprendido da melodia original, retornando a ela
eventualmente. Em resumo, entendo que Maia interpretava improvisando, sem abrir
mão da possibilidade de criar a cada performance. O baixista, ao se classificar como
“um improvisador nato” (MAIA apud ENTREVISTA…, 2010b), não poderia estar mais
certo.
21
Considerando a visão dos músicos.
43
22
O ijexá é um ritmo originalmente praticado em rituais religiosos afro-brasileiros. No fim do século
XIX, grupos intitulados afoxés passaram a tocar o ijexá em cortejos fora do contexto religioso, sendo
que já havia afoxés estruturados participando do carnaval nas primeiras décadas do século XX.
Posteriormente, o ijexá acabou sendo incorporado pela música popular brasileira, principalmente a
partir da década de 1970. Gilberto Gil atuou decisivamente na reativação do tradicional afoxé Filhos
de Gandhi e é um dos grandes responsáveis pela popularização do ijexá (IKEDA, 2016, p. 26-31). A
primeira gravação de Palco feita por Gil, em 1981, é um ijexá.
45
Referências
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Apêndices
55