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Conteúdo licenciado para Geraldo Helio Viana - geroviana10@gmail.

com
antes de mais nada
Desde quando comecei no mercado e quando criei o SST,
procurei fazer algo diferente do que existia. Ser igual aos
demais não me levaria onde queria chegar. E dessa vez,
não é diferente!

Ao terminar este livro você, além de ter o conhecimento


necessário para sair da estatística, terá também acesso
ao nosso grupo exclusivo do Discord, em que vamos nos
juntar e evoluir juntos.

Traremos os trades do dia, detalhes, insights, debates e


conteúdo de mercado para te acompanhar nessa jornada.
Participe, interaja e evolua num ambiente que privilegia o
espírito do skin in the game no mercado, e não o show.

Não deixe para depois, entre agora mesmo no nosso grupo:

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Prefácio
“Você tem que estar pronto para morder a bunda de um urso
todas as manhãs.”

Antes de começarmos, preciso te contar um pouco da histó-


ria. Será bom para sua compreensão posterior sobre merca-
dos, trading e investimentos.

Desde 2006, foram 15 anos apenas fazendo o meu dinheiro


no meu mercado, sem me preocupar em passar nada sobre
estratégias e operacionais ao público. Nunca havia tentado
ensinar algo a alguém, de forma pensada e organizada.

Em 2021, após intenso trabalho e dedicação, com foco em


detalhar tudo e ser o mais didático possível, criei o curso da
Clássica, um operacional que utilizo há bastante tempo e que
além de ser bem confiável, traz uma excelente proporção de
risco/retorno.

Foi incrível ver os resultados gerados após a criação deste


meu primeiro conteúdo didático!

Foi incrível ver os resultados gerados após a


criação deste meu primeiro conteúdo didático!
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O objetivo do treinamento vai além de passar um operacio-
nal para que as pessoas aprendam uma forma de rentabilizar
seu capital no mercado. Eu o criei para trazer confiança às
pessoas de que existe, sim, algo que funciona neste merca-
do.

Quando começamos a aprender a operar e nos dedicamos


a replicar setups que aprendemos em livros ou cursos, fica-
mos frustrados ao ver que nada daquilo funciona. A Clássica
foi criada para colocar as pessoas de volta no jogo, ensinan-
do algo que funciona e, além disso, ampliando a percepção
de mercado das pessoas.

Sendo assim, quer você tenha feito a Clássica ou não, este


pequeno livro é meu segundo projeto rumo a este objetivo,
e você está de parabéns por ter colocado esta leitura em sua
jornada para bater o mercado!

Se você fez a Clássica, certamente este conteúdo vai ampliar


ainda mais sua visão, e se você não fez, não se preocupe,
pois este pode ser o seu primeiro passo num mundo total-
mente diferente das narrativas de cursos e livros.

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“Tudo em minha vida se dá por
um processo de tentativa e erro.
Errando, identificando o que fiz de
errado, criando novos princípios e
finalmente tendo sucesso.”

Ray Dalio

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Introdução
Bem-vindo ao mundo real do mercado!

Neste livro, vou te mostrar como desenvolvi o meu famoso


(dentro da comunidade) Trade da VWAP, um operacional
totalmente pensado e desenvolvido por mim. Não aprendi
esse operacional em livros ou cursos, aprendi vendo os pre-
ços se movimentarem dia após dia, comendo tela o dia intei-
ro, testando, errando e corrigindo, até que encontrasse uma
fórmula vantajosa na equação entre as variáveis Risco, Re-
torno e Probabilidade.

A proposta aqui é te ensinar como desenvolvi este operacio-


nal, para que você possa não apenas usá-lo, mas também
para que você tenha a capacidade de entender como desen-
volver os seus próprios operacionais.

Eu só preciso que você leia todo o livro com empolgação e


atenção. Quanto mais atenção a cada detalhe, mais você
conseguirá absorver, independentemente do seu nível de co-
nhecimento de mercado.

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Na verdade, se você acha que tem algum conhecimento de
mercado, gostaria que se despisse dele agora e abrisse a
cabeça para aceitar algo novo, diferente, original e testado
no campo de batalha, não nas páginas de livro com gráficos
estáticos.

Fato é que este conteúdo poderá ir muitas vezes de encon-


tro com alguma teoria que tenha aprendido sobre mercados,
mas avance junto e verá que o mundo se ampliará à sua
frente. Foram as informações contidas aqui que me ajuda-
ram a sobreviver o bastante no mercado, para que eu tivesse
tempo pra entender como funciona o jogo.

Um operacional que eu mesmo desenvolvi, bem simples, que


tinha uma taxa de acerto baixa, que era rígido, mas que me
fez entender que o dinheiro não vem do quanto você acerta,
ele vem do resultado positivo da equação fundamental do tra-
der:

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Edge é a vantagem matemática que o seu operacional tem
acima do breakeven. Ou seja, um operacional com risco/
retorno de 1:1 e taxa de acerto 50% não é lucrativo, pois no
longo prazo o seu resultado será de zero, sem considerar
taxas. Então nesse caso você precisa melhorar alguma parte
da equação, ou a taxa de acerto ou o risco:retorno.

O %breakeven também pode ser escrito da seguinte forma:


(Risco / (Retorno + Risco) *100

Você acabou de encontrar a Pedra Filosofal do trade, a equa-


ção onde tudo começa e termina. Faça bom uso! Desenvolva
seus operacionais sobre ela e vai anotando aí, que ainda tem
muito mais coisas para abrir sua mente nas próximas pági-
nas.

Leia este livro já! Não agende para começar a leitura na


segunda! Avance já em sua jornada! Descole-se dos 90%
que esperam que o day trade depende apenas de aprender
um setup que algum autor ou marketeiro escreveu! Não pos-
tergue o conhecimento!

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Lembre-se: Você precisa apenas de tempo de
sobrevivência para entender e, enfim, ser rentável com
seus próprios trades. Não gaste tempo com outra coisa
agora que não seja este livro. O relógio está correndo!

Boa leitura!

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João Homem
por Caio Bertola

Nascido na periferia de Belo Horizonte-MG, João Homem co-


meçou a se interessar cedo por Economia, Finanças e Mer-
cado Financeiro. Desde sua adolescência, vendo e vivendo
a luta intensa dos pais para proporcionar o melhor, dentro do
cenário em que estavam, percebeu que “apenas” trabalhar
como se não houvesse amanhã era insuficiente para o que
queria na sua vida. Sim, isso era e se manteve durante a vida
toda um pré-requisito para qualquer ação que fosse tomar,
desde vender biscoitos, trabalhar com carros, trader e em-
presário.

Assim começou a usar a seu favor um hábito que, infelizmen-


te, poucos têm: a leitura. Passou a devorar livros e absorver
o conhecimento passado por grandes nomes do mercado,
lidando assim como se fosse uma conversa com eles.

Momentos que para muitos seriam de diversão, como ir à


praia em um feriado, eram considerados uma oportunidade
para focar e conseguir terminar mais um livro.

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Apesar da grande vontade e interesse, não tinha condições
financeiras para realizar aportes na Bolsa de Valores, isso
sem contar as taxas altíssimas cobradas naquela época. Até
que em 2006 realizou seu primeiro investimento. Era o sonho
começando a tomar forma.

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O que é conhecido por fazer hoje, o day trade, só foi apare-
cer em sua vida em 2014, quando trabalhava em uma con-
cessionária de veículos. Seu objetivo era usar a alavanca-
gem para melhorar a performance nos investimentos.

Após algum tempo de estudo e algumas planilhas mágicas,


criou uma meta para si mesmo: entrar na sala do seu chefe e
deixar o crachá, para nunca mais voltar. Mas a meta se mos-
trou mais difícil do que parecia.

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Inicialmente, tentava replicar o que aprendia em cursos e
livros, mas sem êxito. Porém, como passava boa parte do
tempo com os olhos vidrados na tela, começou a perceber
alguns padrões, que aliados a uma boa gestão de riscos, for-
neceram a base para criar diversos modelos operacionais,
além de terem dado também a confiança necessária em si
para construir suas próprias estratégias.

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Já em 2016, passou a depender profissionalmente e exclusi-
vamente do Mercado, graças ao operacional daVWAP, seu
primeiro operacional lucrativo. Hoje, além de trading, é res-
ponsável também pela gestão do seu portfólio focado no lon-
go prazo.

Além de se dedicar ao Mercado, também é o criador e líder


da maior comunidade gratuita do Mercado Financeiro no Bra-
sil, o Special Squad Traders (SST). Comunidade que vem
revolucionando o mercado desde 2016, conquistando melho-
res condições para traders e investidores do varejo na Bolsa
de Valores.

Conheci o SST por indicação de amigos e a primeira impres-


são ao ver os vídeos do João foi no mínimo exótica… Era
muito diferente do que existia disponível nas redes sociais.
Então comecei a acompanhar o João e o SST, mas segui
meu caminho no mercado, estudando e tentando de diversas
formas fazer dar certo com cursos e livros.

Algum tempo depois surgiu a oportunidade de ir para a SST


Tower e operar no mesmo ambiente que o João, Garufi e ou-
tros traders.

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Corri para aproveitar a oportunidade de ser um dos primeiros
a ter a experiência de estar próximo deles e seria a primei-
ra vez que teria contato com pessoas que de fato vivem de
mercado todos os dias e se não fosse verdade, iria descobrir
logo ali dentro.

A pessoa que sempre tive vontade de conversar e entender


a forma que enxergava o mercado era o João. Ele que sem-
pre falou em uma linguagem própria que ninguém conseguia
entender! Não seria uma missão fácil!

Sabia que iria de pouco em pouco, mas tinha certeza de que


queria aprender quais indicadores ele usava, por qual motivo
escolheu e qual a diferença entre eles.

Eu queria saber como ele enxergava os candles e as movi-


mentações e como isso iria de encontro ou totalmente con-
trário ao conhecimento que eu já tinha adquirido. Está sendo
uma experiência única poder ter acesso a alguém com tanta
bagagem e experiência.

Aprender e entender como alguém enxerga o mercado é algo


muito rico, abre a sua cabeça e amplia sua visão para um ou-
tro patamar, mesmo que você não aplique aquilo na íntegra e
te traz novas possibilidades.

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Isso é válido para todas as pessoas, mas quando é com al-
guém que construiu formas próprias de enxergar é algo muito
mais intenso. Os detalhes, as informações que muitas vezes
não são completas e geram discussões, tudo isso é uma ex-
periência única.

Hoje, o João é uma grande fonte de inspiração na minha jor-


nada. Ver a transformação de vida que ele teve, através do
trade, é inspirador e admirável. Costumo dizer que é só espe-
rar o Netflix conhecer a história, que vira filme.

Muitos iriam parar por aí, mas o João decidiu mudar de pa-
tamar. Tinha um capital acumulado que conseguiu ao longo
dos anos fazendo day trade e decidiu, a partir de então, criar
uma carteira de gestão própria, indo a fundo nos estudos e
no conhecimento desse assunto que é muito extenso.

Desde a nossa primeira conversa até hoje, após toda conver-


sa que temos, saio com um novo aprendizado. Então, se pu-
der deixar uma sugestão minha, para você leitor, é que apro-
veite esse ponto de contato com o João e todos os outros
que terão, eles valem cada segundo dedicado.

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“A coisa mais importante a fazer
se você se encontrar em um buraco
é parar de cavar.”

Warren Buffett

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A história
Minha carreira de operador de day trade na bolsa de valores,
começou como a da grande maioria: economizei o dinheiro
do meu trabalho, comprei alguns livros, fiz diversos cursos e
nada parecia funcionar. O dinheiro sempre acabava entre os
stops e o preço dos cursos. Por mais que estudasse e ten-
tasse aplicar o que era ensinado, o resultado não vinha.

Até que, no final de 2015, mesmo sem falar e entender in-


glês, encontrei um material de duas páginas em língua ingle-
sa que falava sobre um indicador que até então não conhe-
cia, a VWAP. Com a ajuda do Google Tradutor, entendi sobre
o que falava o artigo.

A primeira coisa que pensei foi: com certeza alguém aqui no


Brasil conhece e usa esse indicador! Então, pesquisei no
Google e no Youtube, por vídeos ou conteúdos em português
que me dessem mais informações operacionais e confiança
para usar a VWAP. Só que, para minha surpresa, não encon-
trei nada.

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Então fui pelo caminho do “faça você mesmo’’. Inseri o indi-
cador no gráfico e comecei a observar como o preço se com-
portava em relação ao indicador e comecei a enxergar um
padrão de comportamento dos preços ali.

Porém, naquela época, eu não acreditava que após ter ten-


tado replicar vários operacionais de gurus do mercado, sem
sucesso, eu fosse capaz de criar um operacional próprio que
funcionasse. Parecia uma utopia desvairada, mas decidi ten-
tar assim mesmo!

Com muito medo por nunca ter ouvido falar de ninguém que
usava esse indicador, comecei a colocar o meu operacional
baseado nele em prática. Após muitas análises, tentativas e
erros, nascia ali O Lendário Trade da VWAP, que muitos ten-
taram copiar e vender depois.

E foi assim, após uma decisão quase que totalmente descon-


fiada, que tive em mãos um primeiro operacional lucrativo e
confiável, que me possibilitou sobreviver no meu início e es-
tar aqui hoje, atuando como trader profissional.

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O Indicador
Volume Weighted Average Price (VWAP) em português signi-
fica uma média do preço ponderada pelo volume.

Esse indicador é calculado a partir do primeiro candle do dia,


e vai sendo alterado a cada negócio feito.

Costuma ter bastante relevância pois, como indica o nome,


é uma região onde muitos traders, sejam eles pessoas físicas
ou institucionais usam para entrar ou sair de suas posições,
por considerar que houve uma boa quantidade de volume
naquele preço.

A fórmula usada pelas plataformas para calcular esse indica-


dor é:

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Ou seja, a VWAP para um dado período é apurada pegan-
do-se o preço de cada negócio realizado naquele período,
multiplicando-se esse preço pelo volume transacionado na-
quele negócio, somando todos os resultados dessas multi-
plicações para, finalmente, dividir tudo pela soma de todo o
volume transacionado naquele período.

Diferentemente de outros indicadores, ele não possui base


em tempo e sim em volume. Por isso, independentemente de
ser um gráfico de 5 minutos ou de 30 minutos ou qualquer
outro tempo, o valor da VWAP será sempre o mesmo.

Vale dizer que a VWAP pode ser calculada também a par-


tir do início da semana, mês ou até de um ponto específico,
mas, no nosso caso, usaremos a diária que é a padrão das
principais plataformas.

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Inserindo o indicador na plataforma
Entre as diversas plataformas que existem no mercado, algu-
mas mais amigáveis, outras nem tanto, algumas se destacam
por algumas razões específicas. E a que uso atualmente é
o MetaTrader que se destacou para mim como a plataforma
mais estável que conheço, apesar de não muito amigável.
Ela também é gratuita, o que ajuda quem ainda não está ten-
do lucros no mercado.

Para inserir a VWAP no MetaTrader:

No canto superior esquerdo do seu MetaTrader, clique na


sacolinha de mercado, coloque na barra de pesquisa a pa-
lavra “SST”, clique em Grátis e selecione o indicador SST
VWAP.

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Marque a caixa de permissão e vá para os parâmetros de
entrada.

Nos parâmetros de entrada configure como no exemplo abai-


xo, colocando a VWAP Diária.

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Caso não tenha muita familiaridade com o MetaTrader, não
se preocupe, você vai receber um tutorial explicando passo
a passo como usar a plataforma.

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Entendendo o operacional
Como falei anteriormente, e você verá inevitavelmente, a
VWAP é um ponto onde há interesse de compradores e
vendedores ao longo do dia, portanto, existe uma boa proba-
bilidade de quando o preço voltar na VWAP, ter briga. Essa
briga normalmente era o suficiente para me dar a entrada e a
saída do trade, seja com lucro ou prejuízo.

Mas isso não ocorria a todo momento… Você vai perceber


que em mercados consolidados, por exemplo, a VWAP cos-
tuma navegar na região de 50% do range, e o preço cruza a
VWAP para cima e para baixo, sem se importar com a exis-
tência dela. De fato, nestes casos, para aquele operacional,
ela não tinha utilidade alguma. Neste tipo de caso, digo que a
VWAP está flat, ou seja, não está em ascendência ou des-
cendência forte o bastante para este operacional.

A forma que pensei esse operacional teve como princípio


inicial um retorno à média após uma “tendência”, o que você
provavelmente já ouviu falar.

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Pois é, eu também já tinha ouvido falar, estudado e tentado
colocar em prática e não funcionou da forma esperada, en-
tão com o tempo observando o comportamento do preço na
VWAP, decidi operacionalizar isso, de uma forma como não
vemos nos livros.

Tudo começava com um movimento de força, seja para cima


ou para baixo. “Mas João, como identificar um movimento
forte?” Para um movimento ser forte, é preciso ter um candle,
ou uma sequência de candles, que se afaste da VWAP tra-
zendo a ela uma inclinação, para cima ou para baixo, desde
o início do dia.

Quando acontecia esse afastamento e a inclinação daVWAP,


o preço tendia a corrigir até a VWAP, possibilitando uma en-
trada no sentido do movimento anterior, ou seja, se foi um
movimento de alta, esperava com uma compra na VWAP.

Assim, a briga que costumava ocorrer neste ponto gerava o


resultado da operação.

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“Ok, entrei no trade, mas e o risco? Onde devo colocar
meu stop? E o alvo? Quanto busco nessa operação?”

Tanto o alvo quanto o stop são pontos extremamente impor-


tantes nesse operacional, como você verá ao longo deste
material, pois podem ser medidos de diferentes formas, e
você poderá usar da maneira que se sentir mais confortável.

Para ficar claro, vou trazer alguns exemplos. O primeiro


exemplo é do dia 10/02/2022:

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Agora um outro exemplo que ocorreu no dia 18/01/2022:

O dia começou com um gap de baixa de aproximadamente


700 pontos, porém as primeiras barras do dia se mostraram
sem direção, com as barras 1 a 5 se desenvolvendo lateral-
mente em um range de 320 pontos.

A barra 6 se mostrou a barra mais forte do dia, fechando pra-


ticamente sem sombras acima e abaixo, tendo continuidade
nas barras seguintes, o que resultou em um movimento de
370 pontos de alta.

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Entre a barra 6 e a barra 12, o movimento de alta se desen-
volveu com barras compradoras e gerando um afastamento
da VWAP (linha laranja) que, conforme os negócios são feitos,
tomou uma tendência ascendente, acompanhando o preço.

A partir desse movimento, colocamos uma ordem de compra


limit, ou seja, definimos o preço exato que queremos entrar e,
caso o mercado chegue lá, seremos executados e entramos
no trade. Caso não chegue no ponto que definimos, ficamos
de fora.

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Ajustamos o valor da ordem conforme a VWAP se movimen-
ta. Até esse momento, não tinha ocorrido nenhuma correção.
Foi só quando a barra 13 fechou e a barra 14 abriu, que foi
testar a VWAP.

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Assim que o preço testou a VWAP, houve uma briga suficien-
te para atingir nosso alvo.

Agora um exemplo do dia 25/01/2022, onde tivemos alguns


trades da VWAP:

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O dia começa com um gap de baixa de aproximadamente
0,5%, seguido de uma barra forte com mais de 300 pontos
de amplitude, fechando praticamente na mínima. O segundo
candle é um candle vendedor pequeno e que não deslocou
o preço. Até que o terceiro candle do dia realiza um teste na
VWAP e volta a cair.

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As barras 4 e 5 criam um forte movimento de queda, gerando
afastamento da VWAP e, nas barras seguintes, temos uma
sequência de barras que não nos trazem nenhuma informa-
ção relevante de força compradora. Ou seja, a predominân-
cia ainda é vendedora, tendo a VWAP fortemente inclinada
e levando o preço a testar novamente a VWAP na barra 11,
nos dando mais uma oportunidade. Após esses 2 trades lu-
crativos, tivemos uma consolidação, até que as barras 16 e
17 romperam a consolidação e viraram a VWAP para cima,
indicando um início de um possível movimento comprador,
que aconteceu nas barras seguintes também mostrando for-
ça e afastamento da VWAP até o preço retornar e testá-la na
barra 37, dessa vez resultando em um stop.

A seguir, outros exemplos para os quais eu quero que você


faça a sua própria análise.

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“O dinheiro está sempre lá, mas
os bolsos mudam.”

Gertrude Stein

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Os 3 pilares do trade

risco retorno probabilidade


Nesse momento, muitos já penduraram uma ordem naVWAP
ou pularam para a parte de alvo e stop, mas antes de colocar
em prática qualquer operacional, você precisa conhecer a
equação do trade. Calma, isso não significa ter que ser um
matemático ou lembrar a fórmula de Delta e Bhaskara.

A equação do trader é simples e se resume em 3 pilares:


Risco, Retorno e Probabilidade.

A relação entre eles costuma ser inversamente correlaciona-


da, ou seja, quando o risco é baixo e o retorno alto, na gran-
de maioria das vezes, a probabilidade não será alta.

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Anote isso aí: Não existe uma técnica que lhe dê uma grande
taxa de acerto, com um retorno maior (ou bem maior) que o
risco.

Vamos detalhar cada um desses pilares nas próximas pági-


nas, deixando bem claro a importância de cada um e como
eles se aplicam ao nosso operacional da VWAP tanto no
trade quanto na gestão. Porém, quero lembrar aqui da im-
portância de entender bem esses 3 pilares.

95% dos aspirantes a traders procuram incansavelmente por


uma técnica que os ajude a acertar mais. É um erro fatal!

Este meu trade da VWAP, por exemplo, tinha taxa de acer-


to entre 35 e 40%, e mesmo assim foi esse operacional que
garantiu a minha sobrevivência por muitos meses.

A técnica tange apenas o pilar da probabilidade e você não


precisa da técnica que mais acerta no mercado, para ganhar
dinheiro. Você precisa apenas ter os 3 pilares bem equilibra-
dos, e claro, a disciplina para seguir o plano.

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O que esperar do indicador

É comum, no começo da jornada de um trader, ler livros e ver


pessoas utilizando indicadores em seus gráficos, e a primeira
coisa que fazem é procurar um indicador, aquele indicador,
sabe? Que te indique onde comprar e onde vender e que
funciona sempre, em todos os tipos de mercado. Isso se não
colocar 20 indicadores e cada um indicar uma coisa, gerando
uma confusão sem tamanho.

Se você passou por isso, fique tranquilo, faz parte do apren-


dizado. Mas muitos acabam parando por aí, seja por terem
quebrado ou por simplesmente desistir.

Caso sobreviva, o trader vai perceber que esse tipo de coisa


não existe: um indicador perfeito. Até por isso existem diver-
sos! Cada um traz uma interpretação e um resultado, para
um tipo ou outro de operacional e também de mercado.
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Nada no mercado consegue prever o futuro
Os indicadores, como o nome sugere, indicam, ou seja, a
partir de um cálculo e com base em dados do passado, ge-
ram um número, que deve ser interpretado por você e milha-
res de outros traders, cada um à sua maneira.

Por isso, é importante que o indicador seja trabalhado junta-


mente com o preço, confirmando ou não o que você interpre-
tou dele. Em outras palavras, um indicador sozinho não irá
te salvar ou te transformar em um trader sobrevivente, mas
com a leitura do gráfico pode te ajudar a obter resultados.

Em minha opinião, indicadores que definem pontos onde


ocorrem brigas, ou seja, muita troca de lotes, vendedores e
compradores defendendo suas posições, são indicadores
que servem como pontos de referência para suas operações,
definindo-os como possíveis entradas ou alvos.

Ah! Eles servem como suporte psicológico também, para


quem precisa se agarrar em algo para acreditar no trade. Po-
rém, por favor, não morra agarrado ao seu indicador favorito.

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Time frame e ativo

Existem diversos tipos de traders no mercado. Alguns prefe-


rem operar múltiplos ativos, outros dão preferência para se
tornarem especialistas em um ativo. Conhecendo um pouco
da minha história, você já percebeu como sou focado e no
trade decidi também focar e me especializar em um único
ativo que eu conseguisse dominar e que me rendesse o re-
sultado que queria. Com isso, escolhi um ativo para “chamar
de meu’’, o mini índice futuro (de vez em quando o “Índice
Cheio” também).

Queria aprender quais os melhores horários, o que pode mo-


vimentá-lo, qual a importância de um dado movimento ou de
uma notícia, entender como ele se comporta em dias de bai-
xa liquidez, e muitos outros detalhes para que assim me sen-
tisse mais confortável com o sobe e desce do ativo.

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Vale dizer que isso não significa que um operacional como
esse não funcione em outros ativos, mas que recomendo se
especializar em um ativo para isso, ao invés de tentar aplicar
em vários. E acredite, é suficiente.

Atualmente, com vários operacionais já bem amadurecidos,


estou partindo cada vez mais para descobrir outros ativos
que apresentem oportunidades para estes operacionais. Vou
aos poucos ampliando os horizontes e tentando multiplicar o
que deu certo no Índice Futuro.

Da mesma forma que escolhi um ativo, precisava escolher


também em qual tempo gráfico (time frame) iria operar. Den-
tre as inúmeras possibilidades existentes na plataforma, es-
colhi o 5 minutos. Por que o 5 minutos? Da mesma forma
que existe briga na VWAP pelo grande interesse de diversos
operadores, o 5 minutos é o tempo gráfico mais utilizado e
difundido no Brasil e no mundo, por todos os tipos de traders.
Com isso, os padrões e movimentos que ocorrem nesse tem-
po gráfico tendem a ser mais confiáveis que os demais, uma
vez que a grande maioria das pessoas está vendo o mesmo
movimento com a mesma formação. Isso foi o que me fez
escolhê-lo, mas depois de um tempo operando, percebi que
nas operações intraday o gráfico de 5 minutos era o que re-
presentava o melhor equilíbrio para a aplicação dos 3 pilares
com as minhas técnicas.
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Quanto maior o tempo gráfico, mais confiável o padrão, po-
rém, se usasse os gráficos de 15, 30 ou 60 minutos para
operar day trade, eu poderia ganhar em probabilidade, mas
perderia em risco. Por quê? Quanto mais tempo você fica
posicionado no intraday, mais suscetível você está aos ba-
lanços gerados por indicadores econômicos, breaking news,
ou simplesmente briga, que não deixam o preço nem chegar
no seu alvo e muito menos no seu stop.

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“Eu me perguntava como minha
pesquisa sobre a teoria matemática
de um jogo poderia mudar minha
vida. Em abstrato, a vida é uma
mistura de acaso e escolha. O
acaso pode ser pensado como as
cartas que você recebe na vida. A
escolha é como você as joga.”

Edward Thorp

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O primeiro pilar

A partir de agora, vou detalhar os 3 pilares do trade que são


essenciais para o resultado final, e que mudaram a minha
forma de olhar e entender o day trade. Quero passar para
você toda a minha experiência desenvolvendo esse opera-
cional lá em 2016 e te mostrar, com a experiência que desen-
volvi ao longo dos anos, outras formas que você poderá de-
senvolver. Para que você possa aprender, entender e aplicar
com a segurança que eu não tive, quando comecei a colocar
em prática o operacional.

O primeiro pilar é a parte que dói, o risco. O quanto você está


disposto a perder caso a sua premissa inicial se mostre erra-
da. É aqui que muitos ficam pelo caminho, não aceitando o
preço do ingresso, como eu costumo dizer.

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Uma pequena analogia antes de entrar propriamente no
tema. Quando você vai ao cinema, ou a um show, você com-
pra um ingresso e efetivamente faz um pagamento, para
depois ver o que acontece. O filme pode ser ruim, a cadeira
desconfortável, o show pode ser em playback, o cantor não
lembrar a letra, dentre diversas coisas que podem acontecer.
E você aceitou tudo isso ao pagar o preço do ingresso. No
trade, não pode ser diferente.

Recado dado, vamos lá!

Quando eu comecei a colocar em prática, foi muito na tentati-


va e erro, então comecei a observar como os trades se com-
portavam após a entrada, e para me ajudar nisso eu tomava
como base o MEN (máxima exposição negativa) do meu rela-
tório de performance.

Vou começar explicando o que é esse indicador do relatório


de performance. Ao entrar em uma operação de compra, por
exemplo, o preço se movimenta podendo ir a favor ou contra
o seu preço de entrada, até o momento que encerra sua po-
sição.

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Nesse momento a plataforma calcula o MEN, ou seja, a partir
do seu ponto de entrada, até onde o preço foi contra a sua
posição. Para ficar mais claro, caso você tenha comprado
um ativo a R$10,00 e durante a operação o preço chegou a
R$9,00, o seu MEN foi de 100 ticks dado que um tick equiva-
le a R$0,01.

No meu caso, observei o MEN no relatório de performance


ao longo de diversas operações, e observei que a partir de
um dado valor não valia a pena segurar o trade.

Assim, cheguei à conclusão de que os trades que andassem


30 pontos contra a minha entrada deveriam ser stopados,
pois a maior parte dos trades que mostravam uma exposição
negativa maior que essa, normalmente rompiam a VWAP
e continuavam na direção contrária ao do meu trade.

Nos grupos de discussões onde eu jogava essa ideia na


mesa, era unanimidade a opinião de que um trade desses
não daria certo. Porém, eu tinha certeza que ninguém naque-
les grupos pregou os olhos na tela do gráfico mais que eu,
para analisar esse trade.

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Assim sendo, comecei a colocar o trade em prática, inicial-
mente com stop de 30 pontos no mini índice futuro para,
mais tarde, baixar para 25 pontos.

Agora, você já sabe como eu defini o meu preço do ingres-


so lá em 2016, com a experiência e conhecimento que tinha
naquele momento. Hoje, você pode fazer da mesma forma
que fiz, conseguindo assim, definir e aplicar o seu stop ideal.
Mas com a bagagem que agreguei ao longo desses 8 anos
de day trade, posso sugerir algumas formas um pouco dife-
rentes da que fiz e até mais fáceis de aplicar.

Entre as diversas formas existentes, acredito que medir a


volatilidade é uma das mais eficientes. Como fazer isso? Vou
trazer alguns exemplos para você.

Você pode se basear no ATR que é o Average True Range


ou média do intervalo verdadeiro, em tradução livre. A sua
base é o True Range, um indicador que procura calcular a
volatilidade do mercado analisando 3 fatores e considerando
o que for maior:

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A partir desse cálculo é possível calcular uma média e ter
uma base da volatilidade média dos candles no período es-
colhido.

Outra opção é usar os candles do próprio dia como referên-


cia. Entendendo as sombras como rejeição ou briga, você
pode calcular uma média aproximada das sombras dos can-
dles mais próximos da entrada ou até mesmo considerar a
sombra maior.

Uma outra opção é o indicador Stop ATR que tem base no


indicador do ATR que vimos anteriormente, mas esse indica-
dor é plotado no gráfico a partir de uma média, normalmente
de 20 períodos, e um desvio escolhido. A plataforma calcula
o preço indicado para encerrar a posição. Basicamente é a
média escolhida multiplicada pela quantidade de desvios es-
colhida.

Além dessas, você pode optar pelo Averan, que é bastante


próximo do ATR mas desconsidera os gaps em seu cálculo.
Ou seja, em momentos como a abertura do dia, o ATR irá
fazer o cálculo considerando o que for maior, enquanto Ave-
ran não irá considerar o gap.

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Como você percebeu, existem inúmeras formas. Deixei aqui
alguns exemplos para que possa entender e enxergar da me-
lhor forma possível. E, como última possibilidade, adotar a
regra rígida de 25 pontos que eu tinha no passado, quando
o mercado tinha uma volatilidade bem menor, e adaptar para
50 pontos no mercado atual, mantendo sempre a calibragem
de acordo com o momento de mercado.

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O segundo pilar

Nesse pilar vamos falar sobre o retorno procurado em cada


operação.

O retorno teve como base o mesmo princípio do risco. No


começo, tentativa e erro. Observando o comportamento do
preço após a entrada, percebi que atingia um certo patamar e
depois poderia retornar muitas vezes voltando até o stop.

Para calcular esse patamar, eu usava o MEP (máxima expo-


sição positiva) do meu relatório de performance. Assim como
o MEN, o seu relatório de performance mostra o MEP, que é
basicamente o quanto a operação andou a seu favor desde a
sua entrada.

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Para ficar mais claro, caso você tenha comprado um ativo a
R$10,00 e durante a operação o preço chegou a R$10,20, o
seu MEP foi de 20 ticks dado que um tick equivale a R$0,01.
Com o cálculo do MEP, cheguei a conclusão, naquela época,
de que era comum o índice retornar 100 pontos após chegar
na VWAP.

Lembrem-se que este trade, era de defesa da VWAP. Eu es-


perava que houvesse, pelo menos, uma briga na VWAP que
proporcionasse 100 pontos de retorno do preço após tocar a
VWAP.

Hoje, com o conhecimento que tenho e com o mercado atu-


al, você tem nas mãos algumas outras opções. A primeira
delas é fazer da mesma forma que eu fiz: observar os trades
e testar, calibrando com o MEP até encontrar um valor ade-
quado. Você pode também utilizar alguma medida de vola-
tilidade complementar à usada no risco. Caso decida usar
o stop de 50 pontos, pode buscar um alvo de 200 pontos.
Foi esse o risco:retorno utilizado em exemplo anterior do dia
18/01/2022. Caso não tenha percebido a relação recomen-
dada pelos números que comentei, o ideal é que busque em
torno de 4 vezes o que arriscou.

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O terceiro pilar

No começo dos estudos de análise técnica, ouvimos muito


falar que o trader precisa se atentar ao risco:retorno, que é
isso que te torna um trader vencedor. Enfim, existe todo um
foco nesse tema, mas eu discordo e por isso tenho o meu
terceiro pilar, a probabilidade.

Agora que você já está mais familiarizado com a VWAP e


com os movimentos em torno dela e está começando a com-
preender a minha linha de raciocínio no desenvolvimento
desse operacional, consegue entender que a minha ideia era
encontrar um movimento que tivesse uma boa probabilidade
de acontecer, de fazer sentido dentro do mercado.

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E quando o mercado toma direção se afastando da VWAP
e tendo interesse dos operadores nesse ponto, como já fala-
mos anteriormente, existe sim uma boa probabilidade de ter
briga nesse ponto, sendo favorável ao nosso operacional.

Note que aqui estou falando de probabilidade subjetiva,


aquela adquirida pela experiência em campo, e não por um
cálculo matemático. Nada impede que você use a probabili-
dade empírica, via backtests, mas eu ainda acho que a vida
real é bem diferente dos backtests. Eu simplesmente queria
uma probabilidade onde pudesse encaixar o meu risco/ga-
nho. Naquele momento eu tinha 50% como minha variável de
probabilidade, mas depois de um tempo fazendo esse trade,
concluí que ficava abaixo de 40%.

Daí não precisei ser um matemático pra ver que, mesmo se


a probabilidade fosse de apenas 30%, eu ainda assim sairia
vencedor.

Complementar à probabilidade, existe um outro ponto, esse


sim é um tema adorado pelos traders, principalmente os ini-
ciantes, a taxa de acerto. Assim como eu, você também deve
ter começado no mercado buscando um operacional, um
padrão, qualquer coisa que tivesse uma alta taxa de acerto,
afinal não quero perder, odeio perder.

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Depois de um bom tempo analisando e desenvolvendo o
operacional da VWAP, percebi que estava batendo cabeça e
perdendo dinheiro querendo acertar “sempre”, porque querer
uma alta taxa de acerto naquele momento não era uma ques-
tão que deveria importar muito. O que eu precisava mesmo,
era ganhar dinheiro.

E para isso era preciso “apenas” uma equação adequada.

Assim comecei a conseguir rentabilizar e crescer meu pa-


trimônio, com esse operacional que no final das contas tem
uma baixa taxa de acerto, e é por isso que precisamos ter a
relação risco:retorno que falamos no tópico anterior.

Assim desconstruí uma verdade que tinha na minha cabeça


e comecei a construir meu capital.

Concluímos o tripé de risco, retorno e probabilidade, em uma


análise detalhada e profunda de cada um dos temas, trazen-
do para você possibilidades e formas de enxergar e operar o
nosso trade da VWAP.

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A gestão simples a cada trade

Esse operacional, como você já sabe, tem uma taxa de acer-


to baixa, porém te recompensa muito bem em relação ao
risco assumido. Portanto, saber fazer a gestão do seu dia de
trade é importante para conseguir obter os resultados deseja-
dos.

Durante o dia de trade, caso tome dois stops seguidos, a


operação seguinte deve ser muito bem selecionada. Neste
caso, você pode, caso o trade não desenvolva bem mas já
esteja pagando os dois stops anteriores, realizar lucro, a fim
de reiniciar o seu dia.

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E claro, haverá dias em que a VWAP estará flat, com longas
sombras traçando pra cima e pra baixo. Nesses dias, após
você ver que foi pego em uma armadilha, seja humilde e pare
o quanto antes.

Sempre digo que o intraday é um lugar meio outlaw. Se você


estiver mais preocupado em ser certinho, do que em ficar
vivo, provavelmente morrerá antes da hora. Sei que muitos
teóricos vão discordar, da mesma forma que discordo deles
opinarem sobre uma terra hostil, apenas vendo um mapa.
Sobrevivência em primeiro lugar! Trate de ficar vivo para o
próximo trade.

Operar contratos futuros permite que você obtenha alavanca-


gem, que é uma das maravilhas do mercado financeiro, po-
rém é também o que leva muitos traders à falência.

A alavancagem nada mais é do que trabalhar com um dinhei-


ro “emprestado”. Para dar um exemplo, um mini contrato de
índice equivale a mais ou menos R$20.000 e as corretoras
exigem de margem em torno de R$100,00 para cada mini
contrato, ou seja, com apenas R$100,00 você está trabalhan-
do com R$20.000 tanto para lucro quanto para o prejuízo.

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A alavancagem é o que permite que você, mesmo sem ter
muito dinheiro, consiga ter um retorno financeiro atraente.

Mas lembre-se que você estará comprando um risco bastante


elevado ao fazer isso, portanto é importante que ao longo da
sua trajetória você comece a desalavancar para que no futuro
você possa ter um capital que cubra seus prejuízos quando
necessário, sem impactar sua programação financeira. Pelo
menos foi isso que eu fiz e creio que essa foi a decisão mais
inteligente que tomei no mercado.

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“...os mercados financeiros operam
segundo um princípio que é, de
algum modo, semelhante ao
científico. Nos investimentos,
tomar uma decisão é como
formular uma hipótese científica
e submetê-la ao teste prático...”

George Soros

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Nada disso será suficiente

Agora, você já aprendeu o lendário trade da VWAP , que


pode ser para você, assim como foi para mim, o que te tira
da famosa estatística dos 95% que falham. Porém, não se
engane! Este livro te ensinou mais que um setup que salvou
minha vida no mercado financeiro.

Eu te mostrei aqui
como funciona o jogo!

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Você não precisa replicar este operacional, que hoje em dia
não uso mais. Você poderá melhorá-lo ou desenvolver o
seu! Te dei as ferramentas para fazer isso!

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Mas por que você não usa mais o Trade da VWAP?

Na época, eu o desenvolvi porque tinha pouco dinheiro dis-


ponível pra operar e por isso precisava ter stops tão cur-
tos quanto eu conseguisse, sabendo que isso influenciaria
diretamente minha taxa de acerto. Sendo assim, calibrei o
operacional de tal forma, que ficou muito rígido para minha
proteção. Hoje em dia, posso ter operacionais mais flexíveis,
tomando mais risco em prol de retornos maiores.

E por favor, não estou dizendo que nunca mais usei este
operacional. Sempre que vejo acontecendo, já preparo uns
lotes ali na VWAP, mas na grande maioria das vezes, o trade
deriva para outro operacional meu, que pode trazer um resul-
tado melhor, como A Clássica, o Trade de Segunda Barra,
Os Meninos na Porteira, o Pedala Robinho, e algumas outras
invenções minhas.

Lembre-se também que na prática, a teoria é outra. Você vai


precisar se dedicar a observar o comportamento do mini índi-
ce dia a dia, tick a tick, quando se afasta da VWAP e quando
se aproxima, e se acostumar com essa observação e com-
portamento.

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Isso é o básico, como já falei diversas vezes em vídeos e
palestras. Se dedicar 110% é requisito mínimo para prospe-
rar no mercado.

O buraco é bem mais embaixo, ao enxergar a operação e


clicar. Sem isso você não vai a lugar algum, mas só com isso
também não. Saber fazer a correta gestão dos trades e do
seu capital, controlando a alavancagem também, são pontos
essenciais e que já falamos por aqui. Agora quero falar com
você, sobre você.

Isso não é papo de coach, é apenas para te dizer que se não


tiver humildade, pé no chão, dedicação e cabeça no lugar, a
técnica não será suficiente.

Antes de operar, eu sempre me analiso. Dormi bem na noite


passada? Briguei com a esposa? Onde está minha cabeça
agora? Consigo me concentrar no mercado?

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Outra coisa que faço é visualizar. Eu, após traçar meu cená-
rio matinal dos mercados, fecho os olhos, respirando fundo e
imaginando o mercado abrindo, me pergunto quais os tipos
de abertura poderemos ter naquele dia, visualizo os trades
acontecendo, como eu reagiria se começasse ganhando,
perdendo, questiono sobre como eu reagiria a um mercado
chato, volátil sem volume ou simplesmente desconfiado…
Enfim, visualizo meu comportamento em diversas situações.

Hoje, eu sei quais são as coisas que mais me impactam,


como reagir a elas e como faço minhas visualizações. Com o
tempo, você vai descobrir quais são as coisas que mais po-
dem te impactar, e o que é melhor para você.

Muitas pessoas, quando têm um trade stopado, mesmo den-


tro das premissas do trade, tendem a querer recuperar o
dinheiro perdido. Isso significa que não aceitaram de fato o
preço do ingresso (o stop calculado) e isso pode ser por al-
gum evento externo, como pressão ou distrações.

É melhor não operar em um dia que não esteja 100%, do que


entregar todo seu dinheiro pro mercado por algum fato que te
impactou.

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Lembre-se sempre: o mercado não te deve nada, se não
aceitar isso é você que vai ficar devendo para a corretora,
não ele.

Não se impressione ou se empolgue com grandes ganhos


também. Se sobreviver, você os terá, mas verá que ganhos
extraordinários servirão apenas para cobrir perdas extraordi-
nárias. Dê valor aos ganhos médios, aos dias normais, aos
50 reais a mais na sua conta.

Torço para que este livro tenha te ajudado a dar os primeiros


passos no Mundo Real do Day Trade ou, pelo menos, tenha
aberto sua cabeça, ampliando sua percepção de mercado e
te fazendo entender como funciona o jogo.

Dê valor aos ensinamentos contidos neste simples e humilde


guia. Eles foram construídos pela experiência real, com muito
suor e lágrimas. Cuidado com a pompa ofertada no mercado
financeiro.

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Mesmo com um conteúdo de qualidade e que de fato funcio-
na, a jornada do trader, até conseguir enxergar, operar e ter
resultados sozinho, é árdua, gera dúvidas e abre margem
para erros, onde a grande maioria termina. Por isso, não va-
mos deixar você sozinho nessa!

Você terá acesso ao nosso grupo exclusivo do Discord, onde


colocarei informações de mercado e trades da VWAP do dia,
para que assim cresçamos juntos.

Tenha humildade, paciência e fome nessa jornada, para se


tornar um bom trader.

Clique aqui para ter acesso ao grupo do discord

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Venenum in auro bibitur
Veneno ingere-se em taças de ouro

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