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Sinopse
Jared mudou-se para o Rancho Cold Mountain para conviver com seu pai. O fato de que
todos os capatazes do rancho pudesse se transformar em grandes lobos, realmente o
pegou de surpresa, mas isso transformou sua vida em algo muito mais interessante,
principalmente quando passa a conhecer Aaron. Devido aos seus relacionamentos
sempre acabarem em algo desastroso, Jared fica receoso sobre estar se apaixonando
pelo turrão e sexy capataz.
Agora, diferente de alguns cowboys no rancho, Aaron nunca ansiou perdidamente pelo
seu companheiro. Seu coração ainda carrega a cicatriz que fora feita no passado quando
se apaixonou por um lindo humano no qual o destino o levara de si, e desde então havia
prometido nunca mais dar uma chance para amor. Porém, ignorar o fato de que se sente
atraído por Jared, vai se mostrar uma tarefa complicada, principalmente quando seu
lobo quer proteger o menor a todo custo e o fazer tê-lo em seus braços.
Notas da história
Aviso: Rancho Cold Mountain© assim como seus respectivos personagens pertencem a
mim. Qualquer semelhança com outra história é mera coincidência. Peço gentilmente
que lembrem-se, copiar é plagio, e plagio é também crime, tenha bom senso e respeite
os meus esforços. Se aventure em criar suas próprias histórias.
Índice
(Cap. 1) Capítulo I
(Cap. 2) Capítulo II
(Cap. 3) Capítulo III
(Cap. 4) Capítulo IV
(Cap. 5) Capítulo V
(Cap. 1) Capítulo I
Notas do capítulo
Oieee lindos e lindas!! Tudo bom? Então, vou fazer apenas um comentário rápido!
Bem, eu iria postar RCM 2 em Abril, mas acabei atrasando, mas em fim o primeiro
capítulo veio. Espero que os outros saiam rapidinho. Não postei antes por falta da capa
também, mas aí consegui arranjar, espero que tenham gostado... Na capa tá Jared e Jeff,
mas é que provavelmente ainda teremos cenas dele e de Joe, já que alguns pediram ♥
Feliz saber que gostaram, também adoro esse casal kk... E então eu também tinha
perdido a minha fotozinha do Aaron, mas assim que achar estarei re-editando a capa ♥
Se vocês tiverem alguma imagem para enviar que acham parecida com algum
personagem, por favor, eu ficarei maravilhada em receber!! Agora vamos lá, desejo a
todos uma maravilhosa leitura ♥
Instantes antes que os primeiros raios de sol aparecessem no horizonte do Rancho Cold
Mountain, o gado já estava sendo tocado para o pasto e os cavalos já estavam recebendo
suas baias limpas, com feno novo e água fresca.
O som dos pássaros e de alguns gritos vindos de fora, foi o que despertara Jared Ford
aquela manhã. Ele remexeu-se na cama até sentar-se, coçando os olhos e ainda soltou
um longo bocejo antes que colocasse as pernas para fora da cama. Pisou no carpete,
caminhando em direção a janela do quarto e afastou as cortinas como em convite para
que a claridade do dia adentrasse o recinto sem nenhuma restrição, e assim ela fez.
Jared soltou uma risadinha quando descobriu o motivo dos gritos vindos de fora.
— Deuses! Eu vou cuidar dos bois! — O descendente de índios então saiu pelo campo
em direção aos pastos e jogando as mãos para o ar. Seus longos cabelos negros presos
em uma longa trança como de costume, balançando conforme seus passos elevados.
Desde que havia chegado ao Rancho Cold Mountain, tudo havia impressionado Jared:
As montanhas (onde as nuvens tocavam seus picos, realmente), os grandes pastos de
gramado (onde eles pareciam mais como um longo tapete verde que se estendia por
milhas), a floresta rica com suas enormes árvores (que na certa era um lugar digno de
uma boa exploração), os cavalos tão belos, a casa do rancho (que ainda em meio ao
campo rural, era bela, grandona e com alguns toques modernos), e claro... Os capatazes!
Não podia deixar de se pegar em choque uma vez ou outra ao se lembrar do que esses
homens, verdadeiramente eram...
"São Shifters... Homens que se transformam em lobos." Seu pai havia explicado. "Mas
são bons homens... Bons Shifters. São leais e nunca nos farão algum mal. Eles são bem
protetores, porém, e bom... Podemos contar com eles. Não tem com o que se
preocupar."
Seu pai tinha uma postura apaixonada para com Joe, mais apaixonada do que Jared
lembrava ele ter tido com sua mãe, e era notável apenas no olhar. Mas isso não lhe
incomodava, na verdade, o fazia sentir aliviado e contente pelo seu pai ter encontrando
alguém novamente... Mesmo que este alguém seja tão místico, e inacreditável devido
suas origens.
E em relação ao fato de ter ignorado seu pai nos meses passados, prometeu a si mesmo
que faria o possível para a relação deles funcionar. Nela, eles já haviam dado passos,
estavam falantes um com o outro e compartilhavam algumas novidades que não
puderam quando estavam distantes, ou mais necessariamente quando Jared apenas
ignorava Jeff por ter se magoado com o mesmo, por tê-lo entendido mal quando Jeff
tentou se expressar.
“O dia está belo...” — Jared pensou, sorrindo e se espreguiçou com as mãos no alto
esticando seus músculos e ouvindo os ossos estralar. Naquele momento, sua visão foi
além e pousou sobre certo cowboy que passava por ali: Aaron — “Belo demais...” —
Admirou.
Jared arregalou os olhos quando passando alguns segundos, percebeu que assim como
ele firmou em observar Aaron, o outro também o fez, observando-lhe. Arregalou os
olhos e mais rápido que pode, puxou as cortinas, fazendo com que elas o ocultassem do
belo — capataz e — dia, novamente.
Desde sua chegada não havia se dado bem com Aaron, contribuindo, sabe lá os deuses
como, para que o mesmo o ignorasse e não quisesse permanecer no mesmo local que si
nem por míseros segundos. E agora que havia aparecido na janela no estado lastimável
de aparência em que se encontrava após acordar, na certa havia o traumatizado e tão
cedo não teriam algum contato.
Jared sabia que não era feio, mas não que ele fosse convencido também. Tinha seus
olhos azuis safiras, o cabelo castanho, possuía uma altura mediana e o corpo bem
formado. Ter praticado natação na faculdade e ter continuado com ela como hobby,
havia lhe servido bem para manter a boa forma. Na faculdade, sempre fora alvo de
olhares com segundas intenções, mas felizmente sempre teve seu amigo Kaleb ao
dispor. Sentia saudades desse grandão imponente. Kaleb era um daqueles amigos,
difíceis de achar: fiel, brincalhão, inteligente e tudo mais, mesmo que tivesse uma aura
muito dominante às vezes. Mas era ele que tirava Jared dos maus lençóis quando se
infiltrava em um, ou quando era aliciado por terceiros, levando em conta que nunca
deve bom dedo para escolher seus namorados; Peter havia sido um exemplo, e ainda se
arrepiava ao lembrar-se dele, ou pior ainda quando o mesmo invadia seus sonhos.
Tomou um banho rápido. Deixou que seus músculos se relaxassem sob a água quente
por alguns minutos. Fechou o registro e pegou a toalha, depois voltou para o quarto e
escolheu o que vestir: Uma camisa de botões, calça jeans para campo e botas com
cadarços para amarrar. Depois que estava pronto por completo, desceu as escadas indo
em direção a cozinha.
— Bom dia! — Seu pai disse logo quando entrou no recinto. Jared viu que ele
bebericava uma caneca de café e mexia alguma coisa no notebook.
— Aposto que está afim do café da manhã, certo? — Brian logo indagou, puxando uma
cadeira para que ele sentasse à mesa.
— Uh... Sim. — Afirmou, e sua barriga logo roncou, concordando, ao sentir o cheiro
dos ovos fritos e do café quente.
Brian serviu a sua frente, o que Jared considerou um banquete real. Quando passou a
morar sozinho depois que sua mãe faleceu, no condado de Hancock, dificilmente tinha
uma refeição farta dessas. Vivia apressado e não era como se fosse um bom cozinheiro.
— Obrigado.
— De nada! — Brian disse empolgado. — Mas coma tudo!
— Pode deixar. — Sim, ele iria comer tudo, Jared tinha ótimo apetite!
— Oh, vou dá uma olhada nos cavalos novamente. Buck e eu tivemos ontem a certeza
de que uma das éguas está esperando um potrinho. — Disse com largo sorriso. Embora
tivesse experiência como veterinário por já ter trabalho com animais antes em uma
clínica, e por algum curto período em um rancho, Jared nunca chegara a cuidar de perto
de uma égua prenha, como seguir de perto seu ciclo de gestação e até o nascimento.
— Sim, é a Florbela.
— Uh, — Jared exclamou um pouco surpreso. — Eh... Vamos cuidar bem para que o
potrinho nasça com saúde.
Por alguns segundos, por Florbela estar prenha de Tornado, cavalo de Aaron, sentiu-se
animado, pois passaria a cuidar dela como se isso o fizesse estar mais próximo de
Aaron, o que logo julgou como bobo. Deuses, ele sempre pensava em coisas tão
bobocas? Parecia que sim.
Depois que terminou seu café da manhã saiu para fora indo em direção ao estábulo onde
Buck já se encontrava, e normalmente, conversava com os cavalos enquanto cuidava
deles. Jared sorriu, o cara era grandão e podia dar um tempo muito difícil em um briga,
se tornando algo como o incrível Huck e tudo o mais (menos verde), mas quem o
conhecesse bem saberia que Buck nunca se atreveria machucar uma formiguinha.
— Este ainda continua teimoso, uh? — Jared sussurrou chegando perto da cabine de
Mutegi. O Mutegi real havia ficado uma fera ao descobrir que haviam batizado o cavalo
mais bruto e quase indomável do rancho com o seu nome.
— Sim, continua. Mas, ainda assim, é um bom cavalo. — Buck afirmou, soltando um
longo suspiro.
— E é só seu mel. — Christian piscou, se escorando em uma das cabines com os braços
cruzados.
— Antes que Aaron voe em cima de nós, ele diz que estamos pegando leve no serviço.
— Christian reclamou com uma careta, e balançou a cabeça em negação como se a
questão de Aaron fosse uma bobagem.
— Não. — Alam contrariou. — Ele disse que você está pegando leve no serviço. Eu
trabalho bem, querido. — Ele deu uma piscadinha no final.
— Que seja! Alguém deveria arrastar ele hoje à noite, e então quem sabe ele aliviaria
todo aquele maldito mau humor? Deuses!
— Festa! Foda! Bebida! Dança! E... Oh! Foda e mais foda! — Christian comemorou.
— Você só pensa nisso? — Alam reclamou, não que ele não pensasse também, mas
Christian era realmente demais.
— Não estou interessado em nenhum tipo de foda. — Deixou bem claro. Ultimamente,
ele realmente não estava interessado em ninguém, a não ser...
— Vocês vão fazer o serviço hoje ou não? — Aaron apareceu indagando, a carranca na
face.
— E convidar Jared para hoje à noite. Você estará vindo, certo? — Christian
complementou indagando para Aaron.
Jared sentiu o olhar de o grande homem cair sobre si, ele desviou pegando outra cenoura
e entregando para o cavalo.
— Eu não disse que ia. — Jared enrugou as sobrancelhas para Christian. — Não estou
interessado em... Ninguém. — Inevitavelmente, olhou com o canto do olho para Aaron,
perguntando-se se seu último comentário faria algum efeito sobre ele. Infelizmente,
pareceu que não.
— Vou pensar no assunto. — Jared afirmou quando observou Aaron dar as costas
saindo do estábulo.
É. Ele gostava de dançar, e às vezes até bebia, e só ele sabia como fazia um tempo que
não saia para se divertir assim.
–oo0oo-
Aaron saiu do estábulo pisando duro. Quem Christian pensava que era para aliciar seu
companheiro e direcioná-lo para um lugar que ele parecia não querer ir? Principalmente
para a cidade, e a noite, em um dia de fim de semana desses, onde provavelmente todos
os cowboys estariam e com certeza dariam em cima de Jared no bar que iam!
Caminhou para sua picape e entrou sentando no banco do motorista, batendo a porta.
Pousou a mão no volante, mas apenas ficou a admirar o painel.
Há quanto tempo ele já tinha estado solitário e não tendo um? Mas agora não só o tinha,
mas como esse era o seu real companheiro, companheiro de sangue. Aaron tinha notado
isso logo quando Jared chegou ao Rancho Cold Mountain, logo em que os ventos
trocaram de direção e a brisa trouxe o doce aroma do pequeno, batendo em sua face. O
lobo de Aaron uivou querendo tomar forma pela superfície e marcá-lo como seu, mas
ele sabia que simplesmente não podia. Não podia cuidar como se fosse seu, zelar por
ele, para depois ir e falhar como... Da última vez.
— Você tem um? — Uma voz um tanto admirada soou ao seu lado.
Aaron virou a cabeça dando de cara com Kimber, ficou surpreso ao vê-lo ali. — Não.
— Ditou a verdade que ele queria que fosse e ao mesmo tempo não queria, — O que
está fazendo aqui?
Kimber olhou para Aaron como se houvesse crescido uma segunda cabeça em seu
pescoço. — Você esqueceu?! Disse que me levaria para um passeio na picape! Então eu
estive dias pastorando para quando você sairia novamente. Aonde vai?!
— Vou aos pastos. — Explicou com um suspiro e um leve sorriso. Tá que muitos não
entendiam Kimber, mas Aaron assim como Joe e os outros, sempre gostavam de bater
um papinho com o pequeno descendente asiático.
— Eu gosto de ver os bois. — Kimber disse pensativo e depois fez um doce bico nos
lábios. — Nada de cidade hoje?
— Devo convidar você a ir ao pasto? — Aaron indagou, ele sabia que aquele sorriso de
Kimber era como pescar um convite.
Aaron sorriu.
— Vamos indo. — Alam logo subiu ao lado de Thor e fechou a porta da picape.
— Ei, e eu? — Christian indagou, olhando fixo para os dois intrusos na cabine que não
deixaram espaço para ele.
Christian fez biquinho de negligenciado e serrou o olhar, mas mesmo assim pulou atrás,
subindo na picape, sentando e ajustando seu chapéu de Cowboy.
(Cap. 2) Capítulo II
Notas do capítulo
Boa leitura ♥
Depois de um grande dia de trabalho no Rancho, Jared foi em direção a casa, estava
necessitando desesperadamente de um banho. Estava cansado, mas o dia tinha valido a
pena, estava feliz em ajudar.
Ao longe, mais uma vez, ele localizou Thor e Kimber correndo para todos os lados,
brincando. — A vida desses dois deve ser realmente difícil. — Sorriu balançando a
cabeça em negação.
Subiu as escadas da varanda, e depois abriu a porta. Olhou em direção a sala e viu que
Mutegi se encontrava ali, concentradíssimo ao assistir televisão. Aproximou-se
devagarzinho escorando-se no arco da porta.
— Novela. Faça silêncio. — Ele disse muito sério, levantando o dedo indicador para
Jared e depois se acomodando mais no sofá, dando espaço para que Jared sentasse ao
seu lado também.
Jared comprimiu um sorriso, e bem lentamente sentou-se ao lado de Mutegi. Olhou para
cima, observando a face do homem ao seu lado e depois também fitou o que passava na
televisão. — Parece estar interessante.
— Sim, Natasha irá revelar que mentiu para Ricardo, mas Ricardo já sabe de toda a
verdade. E então acho que ele vai pedir o divórcio. — Disse ele muito sério, mas sem
tirar os olhos da televisão.
— Sim, mas tudo bem, por que quem ele ama mesmo é a amante, e eu também não acho
Natasha uma boa mulher.
— Entendo. — Jared concordou, mordendo os lábios inferiores e ficou ali sentado com
Mutegi pelos próximos minutos.
— Uh, sim. — Jared esbanjou um sorriso também, e depois que Mutegi havia subido as
escadas ele realmente não se conteve em dar uma boa risada, não que ele estivesse
caçando do hobby do outro, mas era realmente hilário como Mutegi levava a coisa na
seriedade.
Ele suspirou sentindo as lágrimas nos olhos de tanto que riu, e só então depois de um
grande suspiro viu que tinha alguém na porta. Levantou-se de um pulo com os olhos
arregalados.
Aaron o encarou em silêncio, como sempre fez e Jared realmente já estava se cansando
dessa forma de como o homem o ignorava. Quando Aaron lhe deu as costas em direção
à cozinha, ele procurou por algo que pudesse dizer ao homem.
— Ei!
Jared revirou os olhos e levantou o punho no ar como que se tivesse intensão de soco no
maior, mas só intensão mesmo e depois caiu sentado no sofá novamente, bagunçando
seus cabelos com as duas mãos. Ele estava realmente ficando chateado e louco com a
maldita forma do outro. — Será que ele é sempre assim? — Indagou para si mesmo.
— Ele nem sempre foi assim. — Joe aparece de repente colando a mão sobre o queixo.
Uh, ele precisava fazer a barba, mas Jeff adorava o jeito que ele a mantinha. — Ele é
um bom homem, você descobre isso quando o conhece melhor.
— As pessoas sempre abrem uma brecha pra que isso aconteça, mais cedo ou mais
tarde.
— Do que estão falando? — Jeff surgiu, se pondo ao lado de Joe e passando um braço
pela sua cintura.
Jared sorriu, ele gostava de ver como feliz o seu pai sempre parecia ultimamente,
principalmente quando estava ao lado de Joe.
— Vou à cidade hoje à noite, os outros vão se divertir. Então também vou.
Jared também concordava que seu pai era incrivelmente fofo quando envergonhado, o
que era um pensamento estranho.
— Tudo bem, eu entendo. O casal quer passar momento a sós. — Brincou levantando as
sobrancelhas. — Vou me arrumar! Divirtam-se!
Subindo as escadas e cantarolando sem motivos, ele chegou ao seu próprio quarto.
Tirou as botas, as roupas suadas e foi a caminho do banheiro. Ligou o chuveiro e sentiu
a água refrescante lhe apossar, relaxando os músculos, molhando seus cabelos.
Sua mão pousou sobre o peito, onde ficava o seu coração e então se perdeu em seus
pensamentos. Queria muito, muito mesmo entender por que seu coração estava puxando
tanto para Aaron. Jared já teve outros relacionamentos, claro, mesmo que esses
acabassem em desastre como se não fosse para darem certo por mais que quisesse.
Mas em relação a Aaron, quem sabe, por mais que possa ser inimaginável devido a
personalidade do capataz, ele acreditava que se houvesse algo entre eles, seria um
relacionamento daqueles que iria durar uma vida inteirinha. Entretanto, só de pensar que
o homem nem ao menos queria lhe dar bola, seus olhos se enchiam de lágrimas.
Respirou bem fundo, molhando a face e balançando a cabeça. Hoje não era noite de
chorar por bobeira, era noite de se divertir!
–oo0oo-
Quando todos chegaram à picape, Jared e os outros foram em direção ao Bar Melros da
noite. Melros da noite era um ótimo lugar para uma sexta feira à noite se você quisesse
muita diversão com bebida, dança e jogos de bilhar.
A pista para dança era bem espaçosa, o que animou e muito Jared. Eles dançaram
quando chegaram, e depois decidiram por jogar sinuca, Jared entendia muito bem desse
jogo, e como outros jogos, também sempre tinham muita sorte. Mutegi não admitiu,
mas ficou injuriado quando Jared ganhara dele muitas vezes e de maneira consecutivas.
Christian depois de um tempo havia sumido pela porta dos fundos com um suposto
“amigo”, enquanto Dean e Brian fugiram para pista de dança dançando agarradinhos.
— Eu vou pegar cerveja, alguém quer? — Jared indagou guardando o taco, ele e Buck
estavam assistindo a jogada entre Alan e Mutegi, e para felicidade e alivio de Mutegi ele
estava vencendo.
Abrindo espaço em direção ao balcão, Jared seguiu até chegar lá, estava tudo bem
lotado.
— Três cervejas. — Ele pediu ao barman, que confirmou o pedido enquanto atendia um
casal.
— A noite está ótima não é? — O cara que bebia ao lado de Jared, sentado no banco
alto indagou.
Jared olhou para ele, e só de olhar dava para perceber os olhos vermelhos do homem,
este já estava completamente bêbado.
— Sim. — Jared deu um sorriso simpático, não querendo ser mal educado e encarou
outro canto.
— Você não gostaria de dançar? — O mesmo cara indagou desta vez segurando a mão
de Jared que estava sobre o balcão. — Você é uma gracinha.
— Por favor, me solte. — Jared pediu, puxando seu braço. A noite estava boa até esse
momento, ele não queria começar qualquer tipo de confusão.
— Uh, você é daqueles que gostam de se fazer de difíceis então? — O homem riu, —
Tudo bem, eu vou ser mais insistente! Devo fazer boas promessas de prazer a você? —
O cara continuou, achando como se Jared estivesse jogando com ele.
— Senhor, eu não...
— O solte.
Jared olhou para o lado, e viu um homem alto e parado ali, o mesmo tinhas os olhos
negros como as madeixas do cabelo, ele segurou no braço do bêbado que segurava o
seu.
— Ele está comigo. E acho que você não quer qualquer problema. — O cara sorriu,
como que seu aviso fosse uma gentileza.
O bêbedo soltou o braço de Jared lentamente, e depois fez uma cara de desgosto para os
dois, pegou sua cerveja e saiu.
Jared suspirou, — Obrigado. — Ele disse ao homem moreno que se pôs sentado ao seu
lado. — Essa era uma situação difícil.
— Não há de que.
— Ah, me dê mais uma, por favor. — Pediu ao barman, e depois pegou uma das três já
servidas entregando uma para o cara que havia o ajudado. — Aqui, é mínimo que eu
posso fazer por ter salvado minha noite.
— Sim. Uhh... Como se chama? — Jared indagou curioso enquanto pagava pelas
bebidas.
— Michael.
— Oh, certo.
Jared avaliou Michael, e observou que o cara não era nada mal. Tudo bem que não lhe
atraia como Aaron fazia, mas ele podia começar a fazer novos e bons amigos. Uma
nova amizade sempre vale a pena.
— E você, é de onde?
— Quase isso, — ele disse pegando sua cerveja, — Tenho uma casa perto. Qualquer dia
quem sabe eu possa acabar o convidando pra uma visita? Estou a reformando, modesta
parte espero que fique linda.
— Seria um prazer, aposto que ficará linda mesmo. — Jared afirmou, tomando um gole
da sua cerveja.
Aaron encarou Michael, que também o encarou de volta na mesma intensidade, era
como se os dois estivessem prestes se agarrarem e rolar no chão aos socos e ponta pés.
— Aaron, sempre tão indelicado. — Michael comentou tomando mais um gole de sua
cerveja e levantando-se.
— Não vejo você com o seu bando. — Aaron rebateu com um tom de ironia, ambos
estavam bem próximos um do outro. Jared sabia que se olhasse com mais atenção, fogo
sairia das narinas de Aaron.
— Prefiro a vida solitária, mas de qualquer forma isso não é da sua conta. — Michael
sorriu, e depois se virou para Jared. — Foi bom te conhecer, a gente se vê por aí.
— Tudo bem. — Jared sorriu em despedida, e depois que o outro se foi, olhou de cara
feia para Aaron. Pegou as outras cervejas e foi em direção a Mutegi e Alan, entregando
as bebidas.
— Estou levando ele de volta. — Aaron surgiu novamente, segurando Jared pelo braço
mais uma vez.
Jared arregalou os olhos não acreditando na ousadia. Não podia negar, estava contente
pelo outro estar ali, mas não com aquele humor, e nenhum um pouco por cortar a sua
noite.
— Nada. — Aaron disse e depois puxou Jared pelo braço para fora do lugar, o deixando
que mal se despedisse dos outros.
— Hei, qual o seu problema?! — Jared finalmente conseguiu perguntar, puxando seu
braço novamente e parando de andar, ou na verdade, de ser arrastado pelo maior até a
picape do mesmo. Aaron o havia ignorado desde que chegou ao rancho e agora
simplesmente estava o sequestrando, o tirando da diversão como se tivesse direito, isso
era algo para se ficar confuso e até mesmo furioso.
— Pensei que não estivesse interessado em ninguém como disse a Christian. — Aaron
vociferou se aproximando mais de Jared, fazendo com que assim, por surpresa devido à
aproximação, o menor recuasse alguns passos.
Jared riu, pondo as mãos na cintura e depois olhou para cima encarando a face de
Aaron. — E se eu estiver... Ou se eu não estiver... Isso incomoda você?!
Aaron lhe fitou, mas não respondeu. Em vez disso ele passou por Jared em direção à
porta de passageiro da caminhonete e a abriu. — Vamos. — Disse, esperando Jared
entrar.
Jared o encarou por alguns instantes novamente, antes de em passos lentos, suspirar e
entrar na picape, Aaron fechando a porta e rodeando a caminho do lugar do motorista.
Pela janela Jared viu que a diversão no Bar Melros continuava animada, onde pessoas
saiam e entravam. Ele viu também Michael o fitando de longe, e dando-lhe um breve
aceno a qual não correspondeu, apenas sorriu. A caminhonete foi ligada, deslizando do
estacionamento em direção à estrada.
–oo0oo-
Aaron dirigia com as mãos firmes no volante, se perguntando o que diabo Jared tinha
em sua mente. Mas tudo bem, por que é claro que ele não tinha ideia de que Michael era
um dos Shifters do Norte, os causadores de briga, que estavam à espreita, querendo ter
mais terras do que podiam.
— O que eu quero dizer? É que eu estava tendo uma noite divertida até você ir e me
sequestrar dela. Então... Me leve para algum outro lugar divertido, e eu o perdoo. —
Explicou com um sorriso nos lábios.
— Vamos simplesmente para casa. — Disse sem tirar os olhos da estrada.
— De qualquer forma, não converse mais com aquele cara. — Aaron disse, olhando
para Jared que continuou a ignorá-lo.
— Por que diz isso? — Jared perguntou depois de um tempo. — Ele pareceu um bom
cidadão.
Aaron olhou para ele com um olhar bravo por estar indo contra suas palavras, mas mais
nada disse e apenas continuou seu caminho pela estrada.
Quando eles passaram pelos portões do rancho, Aaron estacionou sua picape no lugar de
sempre, próximo ao celeiro. Ambos saíram do veiculo, batendo a porta.
O capataz observou Jared esticar os braços pra cima e esticar os músculos, com os ossos
estralando, para depois bocejar.
— Eu não sinto sono. — Jared virou para si com um sorriso, e depois avaliou o céu. —
A noite parece agradável. Bom para um banho de cachoeira. Uh, meu pai disse que
tinha uma perto daqui. Será que você não sabe onde fica?
— Apenas entre. — Suspirou. Como podia ter um companheiro assim tão teimoso?
— Tudo bem, se não quer me levar, irei descobrir o caminho sozinho. — Jared deu de
ombros, e virou-se começando a caminhar em direção à estrada. Depois de alguns
passos, ele olhou para trás novamente. — Você realmente não vem?
Jared afirmou com a cabeça fazendo um bico nos lábios, e tomou seu caminho.
–oo0oo-
Ele já tinha estado perto de uma cachoeira antes com certeza, mas essa era linda. E a
noite estava mais maravilhosa ainda.
Aaron se sentia derrotado. Ele não devia estar ali, e muito menos está se aproximando
ou se incomodando tanto com o outro. Não era necessariamente o que ele queria fazer,
se preocupar com Jared, mas seu lobo insistia que devia cuidar do outro. Tanto que não
conseguiu deixar com que Jared viesse aqui sozinho e no meio da noite, ou deixasse-o
no bar sendo alvo de outros pervertidos, era inadmissível algo assim.
A noite estava cheia de estrelas em seu manto azul escuro. Quando seus olhos
terminaram de fitar as estrelas, eles caíram sobre Jared, onde o mesmo começava a se
despir, ficando apenas com a boxer branca que moldavam bem suas nádegas tão
atraentes.
Aaron levou a mão ao coração. Se possível ele iria enfartar com aquela visão. Outra
mão pousou abaixo de seu ventre, tremendo que o volume fosse visível para o menor
em meio a suas pernas. Ele respirou bem fundo, tinha que se controlar antes que seu
lobo surgisse na superfície, à ânsia de tomar Jared como seu era tremenda, pois ele
adoraria tocar em sua pele aparentemente alva e macia, acariciar aqueles mamilos
rosados e durinhos do peito definido, apertar aquelas nádegas redondinhas e...
Aaron tossiu.
— Não. Vá você.
— Okay.
Aaron passou a mão pela face quando Jared deu um mergulho na água. Aquele era o
inferno de um momento.
— Certo... — Jared concordou, mordeu os lábios e decidiu fazer sua pergunta. — Eu...
Eu quero te fazer uma pergunta.
— Faça.
Jared bufou. — Como se você não soubesse. Sempre que chego perto, você me ignora.
Ou só me respondendo com monossílabos... É sempre como se me quisesse bem
distante. Isso... Magoa.
Aaron sentiu seu coração apertar. Magoar Jared era a última coisa que queria fazer em
sua vida, e ainda assim iria preferir a morte ao invés. Mas, nos últimos dias, realmente,
era apenas o que ele estava fazendo ao ignorar o outro.
— Desculpe. Apenas não quero que entenda qualquer coisa de maneira errada.
— Algo assim. É só que... Sobre ter algo e... Ter medo de que isso vá ser tirado de você,
você não entenderia. Não é algo bom de sentir, não uma segunda vez. — Aaron disse
com sinceridade.
Jared sentiu seus olhos se aquecerem, mesmo que não quisesse o sentimento de rejeição
fincando em seu coração. Ele deu mais um mergulho, enxugando a face e depois de um
largo sorriso. — Entendo. Mas então seremos bons amigos.
Jared afirmou e virou-se não querendo mais encarar Aaron, fitando a água antes de
mergulhar novamente. Se ele chorasse ali e agora, ele certamente seria um bobão.
De dentro do bolso, Aaron retirou uma gaita. Ele lembrou-se de seu falecido amante,
este havia sido um presente do mesmo que sempre guardou com muito zelo, esse era
como o único fragmento que havia lhe restado dele.
Ele se sentia sortudo por Jared em seu caminho, e ao mesmo tempo amaldiçoado. Por
estar renegando seu companheiro agora, qualquer outro Shifter o consideraria um
imbecil, bastardo louco, mas não era como se alguém podia sentir o que sentia por ter
perdido alguém, poderia?
— Oi. — Aaron o saudou, mas sem levantar seu olhar ao outro. — O que quer?
Dean soltou um longo suspiro para depois cruzar os braços, ainda escorado na viga. —
Olha, a gente é irmão, certo? — Indagou deixando claro que a conversa que ele queria
ter com o outro beta era tanto importante como pessoal.
Aaron fechou as caixas de ferramentas, empilhando uma sobre a outra para depois levar
para a prateleira e começar a arrumá-las ali. — O que quer dizer?
Aaron virou para Dean o encarando por um momento. — Claro que não.
Tudo bem. Aaron e Dean não eram irmãos de verdade, mas desde que ambos haviam
passado longos anos de suas vidas contando um com o outro e seguindo o caminho
juntos, Aaron havia intitulado que eles eram como irmãos.
Havia sido há algumas décadas que Aaron e Dean se conheceram em uma confusão de
bar. Ambos haviam se dado bem depois disso. Eles eram dois lobos solitários naquela
época, e juntos procuraram seguir algum rumo, isso foi quando encontraram a Matilha
no Rancho Cold Mountain onde o antigo dono e alfa, Dircel, estava contratando novos
trabalhadores. Eles gostaram do lugar. Aaron em especial havia sentido que o ambiente
era um pouco mágico e lhe dava um sensação de liberdade estar à vista das montanhas
de Cold Mountain.
Claro que eles pensaram que tudo estava ferrado quando o alfa fugiu com o rabo entre
as pernas com medo de um desafio por território, isso logo depois de vender o rancho e
seguir com o dinheiro sozinho. Joe na época havia trabalhado na situação e assumido o
posto, ele provavelmente era a melhor opção para substituir Dircel. E eles que
pensavam que conhecia o antigo alfa bem, mas o cara tinha sido apenas um golpista
sobre eles.
Joe assumiu o comando e fez de Aaron e Dean seus betas oficiais e tudo se seguiu em
flores, principalmente com Joe encontrando seu companheiro e dando esperança de que
os outros do rancho também poderiam encontrar os seus. Mesmo que Aaron soubesse
que tanto quanto ele, Dean não estava tão desesperado por um companheiro, afinal ele
estava em amores por Brian.
— Não sei, quem sabe pela forma que você olha para Jared? — Dean deu de ombros e
depois revelou: — O alfa queria falar com você sobre isso, mas eu pedi para vir no
lugar... É que só não entendo por que você não dá uma chance para o cara, conseguir
um companheiro é algo tão raro e você vai apenas rejeitar isso?
— Cara, isso é da minha conta quando eu vejo como você tá se afundando. Eu sei que o
que aconteceu no passado foi difícil, mas você não acha que se você não fosse capaz de
cuidar de um companheiro o destino não iria por ele bem deixado das suas ventas?
Em certa parte Aaron tinha que dá crédito para o que Dean estava dizendo. Seu lobo
também dava e estava se sentindo solitário. Em resumo de tudo, Aaron estava sendo
apenas alguém cabeça dura com decisões idiotas, mas era o que uma pessoa insegura
fazia, não é mesmo?
O companheiro falecido que Aaron sempre teve em sua mente havia se chamado Ian.
Ian era a pessoa mais doce que Aaron pode ter conhecido naquela época. Ele era
divertido, além de lindo, gentil e trabalhador. Isso até ele ter tido um triste fim nas mãos
de alguns idiotas homofóbicos. Na época que o mesmo faleceu, Dean teve que ir atrás
de Aaron e o segurar para não que matasse os caras e tudo virasse uma bola de neve de
problemas, ele em especial daria fim nos malfeitores também, mas felizmente os
mesmos tiveram o veredicto merecido nas mãos da lei dos humanos.
Dean também havia conhecido Ian, eles haviam sido amigos. E depois de tudo ele
sempre pediu secretamente que Aaron encontrasse alguém tão doce quanto Ian em sua
vida amorosa. E logo agora que o destino havia atendido seu pedido e trago um
companheiro para seu melhor amigo, irmão, Dean ainda não iria ficar de braços
cruzados e deixando Aaron dispensar Jared.
— Eu sei que você não se acha capaz, mas vamos... Você não é assim tão fraco, é? Eu
conheço você.
— Já disse a ele que não podemos ter nada juntos. — Aaron revelou, limpando suas
mãos em uma flanela e se escorando na mesa de materiais.
— Então faça alguma coisa e o tome pra você. Ele é seu desde o início. O que vai fazer
se outro homem o querer? Apenas rejeitar isso? Eu sinceramente não aguentaria se o
companheiro fosse meu.
Isso era verdade, Aaron não havia se segurando na noite em que ele foi à cidade buscar
Aaron e se deparou com seu companheiro acompanhado de outro... E nem a tristeza que
assolou Jared depois que ele disse que não podia ter nada juntos. Deuses, ele era tão
idiota. Naquele momento ele devia ter apenas pulado na água e pegado Jared em seus
braços, desmentindo suas palavras e dizendo o quanto ele era seu. Por que diabo não
fez? Isso o fez passar a noite em claro de arrependimento com seu corpo indo a loucura
em desejo e seu lobo uivando desconformado. No dia seguinte ele não havia topado
com Jared nenhuma vez também. Ele havia conseguido apenas com que seu
companheiro o ignorasse, ele sabia disso. Inferno! Se arrependimento matasse, Aaron já
haveria de ter tido seu fim.
Balançou a cabeça de maneira positiva ai seu irmão. —Eu também não consigo.
Dean sorriu, ele tinha todas as razões e sabia disso. Deu uma tapinha nas costas de
Aaron antes de sair do celeiro. Tinha feito sua grande parte em tirar a mente de Aaron
de seu traseiro e mostrar-lhe a voz da razão. Todo mundo ficava cego perante algumas
decisões e dúvidas. Dean pensou como era algo bom se todos tivessem alguém para lhes
mostrar as opções mais viáveis em uma trilha difícil e a vida seria mais fácil.
Aaron voltou a trabalhar, agora pensando como poderia contornar o estrago que havia
feito entre ele e Jared.
–oo0oo-
Jared quase gemeu quando tomou um grande gole do seu milk-shake. — Isso é divino!
— Eu disse a você. — Brian tufou o peito orgulhoso de como ele estava certo de Jared
iria gostar do dito milk-shake.
Eles tinham vindo à cidade para algumas compras. Embora eles tivessem tudo como
verduras e outros derivados no rancho para alimentação, ainda assim a casa precisava de
produtos que só podiam ser logicamente comprados no mercado. E toda vez que Brian
vinha à cidade era impossível para ele deixar comprar seu sagrado milk-shake com
frutas vermelhas. Além do deles, os dois havia comprado um para viagem também, era
certo de que Kimber iria adorar. O pequeno tinha um puxar muito grande para doces,
Joe até mesmo havia feito vista grossa sobre a dieta do pequeno hiperativo.
Caminhando para a picape que eles tinham pegado emprestado de Mutegi, Jared avistou
alguém que trouxe sorriso para seus lábios. — Espere um instante. — Pediu a Brian que
afirmou com a cabeça, entrando na cabine, mas deixando a porta aberta para o ar entrar.
Estava fazendo um dia realmente quente nos últimos dias, e começou a cantarolar a
música country do radio que havia ligado enquanto tomava seu milk-shake.
— Ei! — Jared chamou depois que atravessou a rua. Michael virou para ele com um
sorriso nos lábios quando o viu. — Faz tempo que não vejo.
— Igualmente, o que anda fazendo de bom? — O cara indagou depois de lhe dar uma
aperta amigável nas mãos.
— Vim fazer algumas compras com um amigo, estava para voltar ao rancho quando te
vi. E você? — Ergueu as suas sobrancelhas em curiosidade.
— Vim apenas comprar alguns materiais, e estava planejando ir almoçar. Você aceitaria
um convite meu? — Michael perguntou.
Jared ficou tentado em aceitar. Ele pensou por um tempo em um pé e outro antes que
pudesse responder:
— Será que você pode ir à frente? Encontrei um amigo e ganhei um convite. — Mordeu
os lábios.
— Oh, tudo bem. Eu vou indo antes que o milk-shake de Kimber fique muito quente.
Eu prometi a ele, deve estar pulando todas as cercas do paddock em agitação. — Riu
depois suspirando e balançando a cabeça em afirmação, — Eu adoro quanto ele é
imperativo. Agora deixe-me ir, deixei Mutegi tomando conta do almoço, então sabe o
quanto perigoso pode ser.
–oo0oo-
Assim que entraram no lugar escolheram uma cabine. Não demorou muitos instantes até
que o garçom aparecesse com sua caderneta para anotar os pedidos. — O que posso
fazer por vocês?
Jared avaliou o cardápio ficando pensativo por um momento até decidir-se. — Eu vou
querer bife e seus acompanhamentos com batata frita.
— Okay, e o senhor?
— O mesmo, com uma porção de batata doce. — Michael disse, e depois sorriu a Jared.
— Algumas madeiras, disse pra você uma vez que estava reformando minha casa.
Talvez queira dar uma olhada depois daqui? É um convite.
— Uh, irei aceitar, estou bem curioso sobre como bom está ficando seu trabalho. —
Jared aceitou, embora sua mente tenha feito uma retrospectiva sobre as palavras de
Aaron, onde o mesmo havia advertido para que ficado longe de Michael.
Michael podia ser do norte, mas ele parecia um cara legal o suficiente para ser um bom
amigo. Embora Jared não tivesse um bom dedo para ter namorados, ele sabia que tinha
um bom dedo para escolher seus amigos.
— E como vai Aaron? Ele estava meio esquentado aquela noite, havia algum problema
entre vocês? — Michael indagou.
Jared ficou em silencio por alguns instantes antes de dizer qualquer coisa. Ele tinha um
guardanapo em mãos enquanto fazia pequenas dobras no mesmo. — Eu gosto dele. —
Acabou por admitir. — Mas ele quer apenas ser meu amigo. — Fez biquinho nos lábios.
— Embora isso não pareça. Ele é um homem confuso, me dá vontade acertar a cabeça
dele às vezes.
Michael soltou uma pequena risada, inclinando-se para frente e apaixonado seus
cotovelos na mesa.
— Eu desconfiava já que você disse que fazia parte do rancho do norte. Joe realmente
não parece gostar do jeito que vocês estão tentando chegar perto. Derrubando nossas
cercas, é um pouco infantil. — Jared então sentiu que havia falado mais do que deveria
ter dito. Sentiu-se nervoso por não poder retirar suas palavras.
— Eu não tenho lado, Jared. E é por isso que moro sozinho. Digamos que eu seja
neutro. Vou entender se quiser ir embora. — Mirando nos olhos de Jared que também
não havia desviado o olhar.
— Por que eu iria? — Jared indagou, e antes que eles pudessem prolongar a discussão,
o garçom apareceu com seus pedidos. Isso só lembrou a Jared como ele estava com
fome. Havia tomado café da manhã e o milk-shake, mas mesmo assim ele precisava
comer algo firme no almoço. — Oh, isso parece bom! Vamos comer!
Jared havia ficado feliz que mesmo devido ao debate que eles haviam tido, onde o
ambiente entre os dois havia ficado tenso, eles puderam seguir com o almoço sem mais
delongas. Quando Jared terminou de comer ele sentia-se como se pudesse viver, estava
realmente satisfeito.
Michael insistindo, pagou toda a conta. Logo eles saíram do Greemy em direção à
picape do moreno. Eles seguiram o caminho pela estrada ouvindo música e conversando
sobre diversas coisas, quando a picape seguiu por uma rua diferente saindo da estrada
indo mais para dentro da floresta, Jared olhou para o céu e observara como a tarde
estava agradável, eles logo chegaram ao lar de Michael.
Michael tinha todo o credito em dizer que a casa estava ficando bonita. Havia somente
ela por ali, parecendo um pouco isolada devido às árvores, mas desde que Jared havia se
mudado para Cold Mountain ele havia se acostumado com tanto verde.
— Você faz jus sobre o seu talento. — Ele sorriu para Michael.
— Me deixe apenas guardar o material lá atrás e eu lhe mostro o interior da casa.
— Certo. — Jared afirmou e caminhou até a pequena varada para esperar. Logo
Michael estava de volta.
Abrindo a porta para Jared o interior se revelou algo extremamente aconchegante. Ela
era feita grande parte de madeira, o que dava um ambiente bem harmonioso. As janelas
eram largas e de vidro com cortinas claras.
— Sua sala é linda. — Elogiou, havia por ali também um grande sofá perante uma
grande TV, a única coisa que dividia a cozinha fora a pouca distância da sala, era um
balcão largo, a cozinha também era bem equipada.
Michael acabou por mostrar a casa onde havia dois quarto, um com banheiro e outro
banheiro no corredor. E então eles voltaram pela cozinha em direção a uma porta que
dava para a área de trás.
— Eu tenho trabalhado apenas em concluir aqui atrás, mas depois espero que tudo fique
bom.
— É, eu tenho um dom para carpintaria. — Michael lhe sorriu. — Quer uma bebida?
— Sim.
Jared observou o outro ir pelo ao redor do balcão e pegar duas garrafas de cerveja na
geladeira. Ele abriu as duas e deu uma a Jared. Jared sentou-se sobre o banco alto, com
Michael ao seu lado enquanto eles começaram a beber.
Eles se entreolharam algumas vezes, e Jared soube que estava se sentindo estranho
sobre a presença do outro.
— O que foi? — Michael indagou seu olhar caindo sobre os lábios vermelhos do outro.
Michael colocou a sua cerveja sobre o balcão, e depois pegou a cerveja de Jared
também depositando ao lado da sua. Seus dedos tocaram o queixo de Jared fazendo com
que ele o mirasse.
O nervosismo tomou conta de si, fazendo com que uma sensação desconfortável
despencasse no seu interior com o coração mais do que abalado. Ambos estavam muitos
próximos.
Quando os lábios de Michael selaram nos lábios de Jared, o menor não fez qualquer
movimento brusco. Ele queria provar aquele beijo tanto quanto o outro também queria.
Sua mão pousou sobre o ombro de Michael quando uma veio pra sua cintura o puxando
para mais perto. O beijo era bom, de repente fogoso e avassalador, porém com os olhos
fechados quem se plantou em sua mente fora Aaron, e então o beijo se quebrou.
— Droga... — Jared murmurou com a respiração descompactada.
— Oh... Não, não foi isso. Foi... Ótimo, só que... Eu já gosto de alguém — Admitiu, —
Desculpe.
— Acho melhor ir pra casa. Tá ficando tarde. — Disse descendo do banco alto de
madeira.
–oo0oo-
Tanto quanto estava decidido, Aaron estava preocupado, e isso para não se dizer
enraivecido. Brian havia chego e dito que não estava chegando com ele, pois havia
encontrado um suposto amigo. Isso foi o suficiente para deixar Aaron alterado, ele não
queria seu companheiro com nenhum outro cara, ele o queria consigo.
Aaron então havia resolvido esperar, mas ele tinha duvidas sobre o quanto poderia fazer
isso. A noite estava caindo e nem sinal de Jared.
Ele atentou-se quando uma picape parou nos portões do Rancho e finalmente visualizou
Jared. A carranca de Aaron perseverou quando ele viu que o motorista da picape era
Michael. Isso não o deixou nenhum pouco contente. Não, não.
Observou Jared caminhar em passos lentos em direção a casa para depois olhar em sua
direção. Aaron descruzou os braços e entrou quando Jared mudou sua direção para o
celeiro.
— Teve um bom dia? — Jared indagou, cruzando seus braços e observou Aaron fazer o
mesmo. O cara parecia muito irritado, o que deixou Jared nervoso, ainda mais quando
ele não respondeu sua pergunta e ficou apenas a lhe encarar. — Por que está bravo? —
Murmurou, — Pensei que disse que seriamos amigos.
Aaron aproximou-se de Jared, de modo que o menor ficou nervoso pela segunda vez
aquele dia.
O capataz sentiu como Jared inalava o cheiro de outro lobo, o maldito cheiro estava
empreguiçado em Jared.
— Responda. — O maior insistiu com um tom de autoridade que fez o outro se arrepiar.
A velocidade em que Aaron o pegou pela cintura fazendo com que sentasse sobre a
mesa e seus corpos ficassem colados, as faces próximas, foi surpreendente. Os dedos de
Jared fincaram na camisa do outro, a respiração agitada.
Pelos céus como Jared não queria ser compartilhado com ninguém desde que tivesse
nos braços daquele homem para sempre.
As bocas partiram para um beijo fulminante, Aaron dominando e fazendo com que
Jared se derretesse como manteiga. O menor não podia deixar de diferenciar este beijo
para com o que tinha compartilhado com Michael. O lobo do Norte não beijava mal,
pelos deuses como não, mas o beijo com Aaron era mais do que divino. Tão intenso.
Jared não deixou gemer, quando sentiu sua virilha ser pressionada com força contra a de
Aaron. Ele sentia o quanto duro o outro estava por ele, Jared também estava e se não
duvidasse ele gozaria ali mesmo.
Quando o beijo quebrou-se, Aaron observou como lindo estava seu companheiro. Os
lábios macios avermelhados devido ao beijo e Jared parecia está tonto, no seu olhar
emanava necessidade e desejo. Como ele queria reivindicar aquele homem. E o fato de
que eles já se encontravam sobre uma superfície plana só contribuía para o desejo,
Aaron poderia livrar-se das roupas e foder Jared até os miolos sobre aquela mesa.
Infelizmente, a tossida que foi dada no ambiente, trouxe os sentidos de ambos de volta a
realidade.
Quando Jared olhou para a porta e viu Kimber olhando para eles com um grande sorriso
nos lábios, ele corou e umedeceu os lábios.
Kimber rapidamente serrou um olhar para ele e cruzou os braços. — Você disse que não
tinha um companheiro. Você estava mentindo?
— De qualquer forma Brian está chamando para o jantar. Pervertidos. Fazendo coisas
em público. Ai meus olhos. — Kimber disse, cobrindo seus preciosos olhos e indo em
direção a casa.
Quando Aaron mirou Jared ele viu que o seu companheiro estava magoado, e sabia que
tinha fodido suas chances.
Jared sabia como um companheiro era preciso para um Shifter, mas ele não entendia e
não conseguia entender, por que desde o inicio Aaron o havia negado. Será que ele era
assim tão ruim e não era o suficiente para o outro?
(Cap. 4) Capítulo IV
Notas do capítulo
Agradeço a Nina pela revisão!!
Boa leitura!
Jared revirou-se em sua cama pela milésima vez. Ele não conseguiu tirar a cena do beijo
que teve com Aaron de sua mente. E principalmente, não conseguia conter a dorzinha
que sentia no coração. Estava chateado com a possibilidade de não ser o que Aaron
queria. O pensamento dele não ser suficiente estava impregnando na sua mente.
Depois do beijo que tiveram, oh, aquele beijo quente. Ele e Aaron se distanciaram um
do outro, seguindo com Kimber para o jantar. Aaron havia segurado sua mão antes
disso, dizendo que poderia explicar, mas Jared não deu ouvidos e apenas se afastou
magoado. E agora, estava se remoendo, querendo saber o que o seu companheiro, sim, o
seu companheiro, lhe diria se tivesse lhe dado pelo menos 5 segundos e não tivesse sido
tão teimoso.
Levantou-se da sua cama caminhando até a janela e olhou para o celeiro. Não havia luz,
talvez Aaron já estivesse dormindo? Era lá que ele ficava.
Antes que visse, havia calçado suas botas e caminhado para fora de seu quarto, fazendo
o maior dos esforços para andar em silêncio até o final das escadas e abrir a porta,
saindo da casa.
Estava tudo escuro exceto pelas luzes na varanda. Ele caminhou pelo gramado, se
amaldiçoando, devia ter pegado um casaco. O vento frio da noite batia contra si e Jared
tremia até os ossos. O céu estava nublado como se fosse chover, as árvores até mesmo
balançavam, anunciando o mal tempo chegando.
Empurrou a porta do celeiro com cuidado, pegando apenas espaço suficiente para passar
e depois seguiu em direção as escadas. Ele chegou ao primeiro andar, com os olhos
serrados se concentrando no recinto escuro.
Os pés de Jared travaram no chão e ele não deu mais nenhum passo, pra trás ou pra
frente.
— Aaron... — sussurrou.
Aaron virou-se, ele tinha um sono leve e pensou que estava sonhando com Jared até que
ouvisse a voz doce do mesmo e seu aroma maravilhoso como dias de verão.
Jared caminhou para a mão estendida a si, tocando nela e sentindo como era uma mão
grande que lhe passava segurança, embora calejada pelo serviço árduo do trabalhador
rural.
— Não consegue dormir? — Aaron indagou se acomodando na cama para que tivesse
Jared ao seu lado.
O que surpreendeu a Jared que não sabia como ele ia caber com o outro em uma cama
tão pequena. Tirou suas botas e teve o braço forte de Aaron ao redor de sua cintura o
puxando para perto, com a cabeça descansando sobre o peito dele.
Jared sentiu sua face esquentar, mas só por que ele achou muito diferente a forma que
Aaron estava lhe tratando. Forma essa que o deixou confuso, fazendo com que um lado
de sua mente guerreasse contra o lado que dizia que Aaron não o achava suficiente, e
não tinha o ignorado. Mas quem sabe talvez fosse por que ele não queria ser
desrespeitoso o chutando para fora do celeiro?
— O que tem na sua mente? — Aaron indagou em um sussurro com sua voz rouca
quando Jared não respondeu sua pergunta. Ele sentia também o corpo de seu
companheiro tão tenso.
— Uh... Nada.
— Diga, companheiro. — Insistiu.
— É sobre isso. — Jared sussurrou, feliz em estar escuro e a posição não permitir que
tivesse que fitar nos olhos do outro.
— O que?
— E você é algo. — Aaron colocou seus dedos abaixo do queixo de Jared e fez com ele
o mirasse. — Você é tudo. E apenas não me deixou explicar.
— Eu sei, eu estava com raiva. — Jared sabia que tinha um problema em ficar com
raiva e não querer ouvir nem ao menos 5 segundos da outra pessoa. Isso ainda ser a sua
perdição, e quase tinha sido na relação com seu pai e agora com Aaron. — Você pode
me explicar agora... Por favor? Eu realmente quero saber.
Aaron soltou um suspiro de seus lábios. Ele devia isso a Jared. Hoje depois do jantar,
Joe tinha ido até ele e o alfa havia perguntado sobre sue relacionamento com o menor,
pois a tristeza que transpareceu na face de Jared durante o jantar foi evidente. Joe havia
deixado com que Dean falasse consigo, e agora o alfa tinha ido e perguntado sobre
como ele estava lidando com a situação, mas, por mais agradecido que Aaron estava
sobre seu alfa e irmão, também estava frustrado. Tudo bem que ele errou com tudo
desde o pequeno momento transformando em merda, mas ele agora queria por as coisas
no eixo e cuidar de seus próprios problemas sem a segunda opinião de ninguém.
— Tudo bem... — Ele afirmou e tão breve como conseguiu, contou a Jared sobre seu
passado e sobre como havia sido um inferno de um momento, levando embora toda a
sua segurança e o preenchendo com dúvidas. Contou como Ian tinha sido belo e a
criatura mais doce da terra e revelou sobre seu assassinato brutal. — Eu jurei que nunca
mais ia cair em amor por mais ninguém. Mas você apareceu e isso me deixou louco, não
tenho consigo parar de pensar em você, e quando sinto seu aroma fico duro, meu desejo
é possui-lo.
Jared estava sem saber o que dizer. Ele havia xingado Aaron com todos os nomes feios
sobre a face da terra por que o cowboy não olhava para ele, e mal sabia como duro o
homem ficava só por sentir seu aroma, sempre o observando de longe.
Seu coração pensou para com o antigo amante de Aaron. O ciúme não o corrompeu,
afinal não tinha nem por que.
— Eu achei bem estranho sobre me sentir atraído por você de uma maneira tão forte. Já
que eu também tinha dito a mim mesmo que não me interessaria por mais ninguém por
algum tempo, desde que... Bem, os namorados que eu tive, eles não eram tão
carinhosos... Pergunto-me se algum deles gostou de mim realmente, ou só queriam me
usar. — Deu uma risada fraca. — Sou estúpido.
Aaron se remexeu na cama, apoiando sua cabeça com o cotovelo e encarou Jared. Podia
estar escuro, mas como lobo sua visão era muito boa.
— Não diga isso. Você não é estupido. Nunca. — Disse com suas sobrancelhas
enrugadas. Sério.
Aaron sorriu sua mão pousando sobre a cintura de Jared. Seu nariz embrenhando nos
cabelos dele e sentindo o doce aroma. — Sim, senhor.
Jared riu e depois sentiu Aaron tocar em seu queixo, o fazendo olhar para cima. Seus
lábios se rolaram, e o cowboy avançou, tornando o beijo mais vivido. Explorando a
boca de Jared de maneira tão dominante.
As mãos de Jared estiveram sobre o peito de Aaron, sentindo sua massa muscular
impressionante, e escorregando até o cós da boxer, segurando firme o tecido, enquanto o
cowboy havia descido os beijos pela sua jugular, pelos seus ombros, sobre seus
mamilos... Começando o tênue lamber e beijando, chupando...
Jared sentiu quando a mão forte escorregou pelas suas costas, adentrando sua calça e
apertando uma das suas nádegas, em seguida para baixar a veste, tirando-a. Aaron se
colocou em meio a suas pernas e começou a depositar beijos desde o joelho, até a
virilha, fazendo com que arrepios sobressaíssem sobre sua pele e leves gemidos, pelos
seus lábios.
Quando a boca de Aaron devorou sua ereção sem aviso prévio, Jared soltou um grito,
segurando firme os lençóis. Uma de suas pernas estava por cima do ombro dele e a
outra afastada o quanto podia, dando amplo acesso.
Aaron sugou, sentindo em seu paladar o gosto salgado e picante. Massageando as bolas
de seu companheiro, enquanto devorava praticamente todo o falo gordo de Jared, dando
atenção especial à cabecinha por onde sai o liquido claro e salgado.
Os gemidos do menor eram excitantes, deixando Aaron tão duro a ponto do gozo.
— Ei... Grandão, por que não me deixa chupar você também, hum? — Jared indagou
sorrindo, sua mente em torpor por conta do prazer.
— Não precisa. — Aaron sussurrou.
— Mentiroso. Você está tão duro, e ainda fica mentindo? — Jared falou fazendo com
que sua perna roçasse da protuberância que estava dentro da boxer de Aaron.
Aaron rosnou, e deu um amplo sorriso. Ele então puxou Jared para seu colo quando
sentou suas faces perto uma da outra, quando ele sussurrou em resposta. — Vire,
companheiro, enquanto eu chupo você e você chupa meu pau.
Jared teve o pênis de Aaron livre em suas próprias mãos. Membro esse tão grande e
grosso. No momento em que seus lábios beijaram a glande, ele sentiu Aaron suspirar
mais agitado, e isso o incentivou ao que começou a lamber, mordiscar, encher a boca
com o órgão pulsante e sugá-lo com desejo. Seus gemidos trazendo vibrações ás suas
chupadas sobre o falo, principalmente quando sentiu Aaron lamber a sua entrada.
Aaron, com seus dedos polegares, afastou as nádegas para o lado, tento mais acesso à
entrada enrugada. Ele lambeu-a, sua língua brincando no local e sentindo seu
companheiro comprimir, o que redeu ao mesmo uma palmada em uma de suas nádegas.
— Oh, — Jared gemeu e sorriu, havia gostado, ele sempre teve queda para um sexo
duro, — faça de novo...
A mão firme caiu sobre a carne uma segunda vez, para em seguida acaricia-la, sobre os
gemidos quentes do menor.
— Eu adoro isso. — Jared afirmou ofegante e continuando a chupar Aaron tão duro
quanto antes.
— Eu vejo que sim. — Aaron ditou, dando outra palmada sobre a carne e acariciando-a,
abrindo-as mais para o lado e fodendo com sua língua sobre o protesto da abertura.
Um dedo seu adentrou o canal, enquanto ele masturbava Jared puxando o seu falo para
baixo e o ordenhando com sua mão. Ao ouvir Jared choramingar, e tão desviado das
mamadas que lhe dava, Aaron sabia que seu companheiro estava tão perto do êxtase
quanto ele.
— A-Aaron... — Jared serrou os dentes, e se inclinou pra frente, com Aaron segurando
seu quadril quando o mesmo o tocou fundo, cutucando sua próstata, seu ponto doce. —
Quero... Preciso...
Aaron retirou o dedo e o pegando pela cintura, fez com que seu companheiro sentasse
em seu colo. Seu membro grande e latejante, ficando meio as pernas de Jared. — Feche
as pernas, Jared...
Jared fechou, tendo o falo de Aaron em meio as suas pernas, e começando a apertar e
rebolar ao poucos, o molestando enquanto o cowboy tinha sua mão manipulando seu
membro para cima e para baixo. Sua cabeça caída sobre o ombro de Aaron, enquanto
ambos tinham o prazer.
Aaron marcou o local e sua mordida. Eles estavam tendo sexo definitivo, mas ainda
assim, Aaron estava indo marcar Jared, deixando seu cheiro, sua marca, sua essência.
— Meu!
Aaron gozou longo em seguida, soltando um uivo, seu lobo em possessão, que deixava
bem claro de que Jared era seu. Ele certamente não se cansaria de afirmar isso.
Afirmaria para o resto de sua vida, e todos os dias, e então Jared nunca mais teria
nenhuma insegurança sobre ser suficiente ou não para o cowboy, por que agora Jared
era seu tudo.
Os ventos lá fora mais fortes e com eles viera a chuva, com seus grosso pingos caindo
sobre a terra e formando lama, enquanto alguns trovões rugiam no céu e relâmpagos
iluminavam lá fora, porém, nada disso parecia assustador a Jared. Aaron o tinha em seus
braços e fora assim que ambos adormeceram.
–oo0oo-
Michael estava em sua cama quando foi despertado pelos trovões. Ele olhou para o
relógio na cabeceira, e viu que não passava das três da manhã, então não tinha nem duas
horas que ele havia se deitado. Revirou-se nos lenções olhando para o teto e tentando
capitar os ruídos pela casa.
Levantou-se, descalço vestido apenas com seu calção e caminhou para a cozinha. Foi
até a porta e abriu, deixando-a entreaberta.
— Entre. — Sussurrou.
Caminhou até a geladeira e pegou o leite, colocando em uma panela para ferver.
— Desculpa. Não queria acordar você. — Koda ditou ao seu meio irmão. Ele estava
molhado pela chuva. Tinha o lábio cortado, os cabelos desgrenhados e tremia de frio.
— É impossível alguém dormir com alguém se espreitando pela sua casa, e batendo os
dentes de uma maneira tão ruim. — Disse e colocou o leite quente em uma caneca, para
depois adicionar o chocolate em pó, misturando e entregando ao menor. — Beba. Vai se
aquecer.
Koda olhou para Michael, e revirou os olhos. — Eu disse que não ia mais lavar as
cuecas de Stevan e Dickson, em eles tentaram me encurralar. Aí eu fui pra floresta, e
depois vim pra cá... Eu estou com medo de voltar. Eles ainda devem estar com raiva,
não quero apanhar.
— Idiotas. — Michael rosnou. — Por que não vem morar comigo? Se quiser eu falo
com Rodrigo.
— Está louco? O alfa ainda odeia você por ter ido embora. Se ele inclusive souber que
eu venho sempre visitar você, eu teria meu coro arrancado do corpo!
— Mas você é sempre teimoso e nunca faz o que mandam, não é? — Michael sorriu.
Ele adorava como Michael era com ele. Muito diferente dos outros que ficavam no
rancho do Norte e seguiam Rodrigo, seu pai e pai de Michael. Eles só não eram irmãos
100% por conta de suas mães. A mãe de Michael havia sido companheira de seu alfa, e
a mãe de Koda, havia sido uma prostituta que deixará seu filho para trás aos dois anos
de idade. Koda não lembrava, por mais duro que quisesse, e Rodrigo também não estava
indo revelar seu paradeiro, e nem ao menos era como se ele soubesse.
— Vou pegar algo seco pra você vestir. Pode dormir no sofá. — Michael disse saindo
as cozinha.
— Obrigado. — Koda ditou, e provou mais do seu chocolate quente. Ele tinha uma
grande certeza que se Michael fosse o alfa, tudo ia ser bem melhor.
Infelizmente, Michael não estava interessado nesse posto e foi por isso que ele deixou a
cada do Norte. Rodrigo havia ficado uma fera, mas como ele havia amado a mãe de
Michael ele não era capaz de ferir o fio do cabelo de seu filho e o trazer a força, Michael
apenas vivia como queria, bem diferente de Koda que era quase como escória naquela
casa.
Muitas vezes ele pensou em fugir claro, mas parecia que eles eram o brinquedo favorito
daqueles lobos do inferno. Principalmente de Stevan e seu irmão Dickson, dois idiotas.
— Boa noite. — Michael disse quando jogou no sofá lenções e roupa seca. — Cuide
disso. — Aponto para os lábios.
— Certo. — Koda afirmou com a cabeça, tocando seus lábios, onde havia a ferida do
soco que receberá. — Oh! Micky!
— O quê?
Koda riu da careta feia que o outro fez, ele odiava esse apelido que Koda o havia dado.
— O garoto Ford, você está saindo com ele?
— N-não! Eu apenas... Vi você com ele. Não deve deixar que o alfa saiba, já pensou
que loucura seria?! — falou em desespero. — É perigoso pra eles, e seria ainda mais pra
você.
— Pare e se preocupe mais com você do que com os outros. Olhe seu estado. — Koda
tinha o péssimo habito de pensar mais nos outros do que em si. — Ele é apenas amigo.
Vá dormir.
— C-certo. Obrigado.
Koda suspirou e terminou seu chocolate quente. Para depois levantar-se e lavar a
caneca.
Quando Stevan e Dickson o irritavam o inferno, ele sempre respondia. Esses lobos
sabiam que Koda não conseguiria ficar apenas calado. O que era um habito muito mal,
acabava apanhando. Koda não entendia como podia ser divertido bater em alguém sem
motivos. Ele gostaria de ter a sua liberdade, e fazer o que quiser... Como Michael.
Mas no final ele estava de volta àquela casa grande, quando não, tentava fugir sem
sucesso das brincadeiras daqueles lobos idiotas. Às vezes passava até fome, mas estava
com Michael o maior não era nada mais do que um real irmão. O alfa Rodrigo não
ligava para si. Se as únicas palavras que o homem sabia pronunciar era que Koda podia
ser tão puto como sua mãe havia sido, ele nem ligava para ter um pai. Na verdade,
achava que nunca descobriria o que era ter um.
Deitado no sofá podia deixar sua mente adormecer. Para um longo dia que se seguiria.
#ChargeBrasil!
(Cap. 5) Capítulo V
Notas do capítulo
Oie estrelinhas! ♥
Hoje Vênus estava ao lado da Lua no céu e eu doida pra ver... Pena que por aqui estava
dublado... Nem Lua no céu tinha ._____. Fica pra próxima né.
Desejo a todos uma boa leitura. Perdoe-me a demora :3
Aaron teve o sorriso contornando seus lábios enquanto olhava para o céu azul repleto de
nuvens brancas e fofas, pensando sobre seu lindo companheiro. Notou que se sentia tão
apaixonado como nunca antes. Esta mesma sensação ele já havia sentindo no passado,
claro, e fora tão antiga, que agora presente era quase surreal e tão mais intensa, porém
nunca desmerecendo seus sentimentos outrora formados com seu querido Ian.
Ter a oportunidade de deslizar a mão sobre a pele de Jared, tocar seus lábios macios,
prová-los, e acariciar cada parte de seu corpo tão intimamente haviam sido atos quase
mágicos na noite passada em que dormiram juntos, agarradinhos e o marcou como seu.
Apenas seu e de mais ninguém. Seu lobo estava tão possessivo como nunca. Aaron se
sentia mais vivo e disposto a inúmeras loucuras por amor. Ele não se via mais longe de
Jared, ou continuando a ignorar o menor por mais nenhum segundo.
— E então, vai ficar com esse sorrisinho o dia todo e não me contará novidades? —
Dean reclamou se colocando em seu cavalo ao lado do cavalo de Aaron.
Aaron balançou a cabeça em negação para amigo e ajeitou seu chapéu de cowboy, o dia
estava lindo e muito quente mesmo logo cedo, diferente da noite fria e tempestuosa da
noite passada.
Dean bufou revirando os olhos. — Sou eu que tiro sua cabeça de dentro do traseiro e
nem posso saber os detalhes? Crueldade, irmão!
— Estamos acasalados, você sabe. — Aaron deu de ombros, ele tentou não expressar
nada em sua face, disse sério, mas não era como se pudesse evitar a felicidade que
liberava em seu interior ou como seu lobo pedia a liberdade de sair e correr alegremente
pelos pastos em júbilo.
Aaron poderia apenas rir consigo mesmo, e se gaba um: ”Desculpe, é que sou o homem
mais feliz do mundo!”. Para o inferno como ele havia mudado em um piscar de olhos e
não estava sendo modesto, e para o inferno com quem pudesse se opor a isso. Ele já
havia reprimido sua oportunidade de felicidade por tempo demais.
— A marca que ele carrega demostra que acasalaram, e o seu aroma sobre ele também,
mas... Conte-me a sensação? — Dean especulou determinado de que só paria de indagar
quando soubesse o que queria saber.
Aaron podia rir da face curiosa do cowboy também, mas entendia ao que ele se referia e
tinha sentindo, afinal de contas, Dean ainda não havia encontrado seu companheiro e se
perguntava se o mesmo faria questão disto posto que houvesse um forte relacionamento
com Brian. E esses eram um dos pensamentos mais árduos de Aaron: Por que o destino
não havia entrelaçado a vida de Brian com a de Dean? De longe podia ver o amor nos
olhos de ambos e desde o principio a química entre eles havia sido evidente.
— Eu posso senti-lo a cada instante. E de perto acredito que posso saber exatamente
sobre seu humor, o que está sentindo, o que está pensando... É uma ligação muito forte,
diferente da que tive com Ian, essa está entrelaçada a minha alma... Quase me perdi sem
Ian, porém se eu ousar ficar sem Jared, meu único destino é a morte.
Dean balançou a cabeça positivamente com um meio sorriso nos lábios. Entendia o que
Aaron queria dizer, em partes, por que sobre sentir sua alma entrelaçada a de Brian, ele
nunca teria o conhecimento e seu lobo também sabia disso. Mesmo que eles se amassem
com convicção, com o desejo de serem companheiros pelo destino.
— Eu estou feliz que possa se sentir assim. Ele é seu companheiro e sei que vai cuidar
bem dele. A propósito, se não o fizer terá mais do que meu par de botas para chutar seu
traseiro. Viu a vista grossa que Jeff fez sobre você no café da manhã? E o alfa? Está aí
um casal que me dá arrepio logo pelas matinas do amanhecer.
— Eu entendo. — E o cara deveria ser muito burro se não entendesse. — Não vou errar
outra vez.
— E não era como se tivesse errado antes, certo? — Dean deu um longo suspiro, o
outro já era cabeça dura. Deuses! Afinal, Aaron não teve culpa pelo que havia
acontecido com Ian. Contudo, era notável que agora o passado, ficaria no passado, e
Aaron iria aproveitar o presente e o futuro ao lado de seu companheiro.
— Certo. Agora, vamos, vamos voltar ao serviço! — Aaron exclamou antes de colocar
seu cavalo em movimento.
–oo0oo-
Jeff teclava em seu notebook no escritório da casa. Estava concentrado sobre o seu
artigo.
Que artigo?
Havia recebido um e-mail de uma das editoras que trabalhara no passado, com um
pedido preciso para que escrevesse sobre os autores mais notáveis dos últimos tempos e
quais incentivos podia dar aos escritores incitantes. O tema lhe era tênue e lhe agradara
tanto que aceitou o pedido e desde então passava o seu tempo livre escrevendo.
Resolvendo dar uma pausa, levantou-se sentindo a dor nas costas por ter passando
muito tempo sentando e caminhou até a janela, cruzando os braços. Observou como o
tempo estava agradável.
Embora tenha comprado um rancho e passado a se dedicar assim como Joe de corpo e
alma ao mesmo, sua paixão pela escrita nunca cessaria. E era algo que ele podia fazer
contando com o fato que Joe apenas o havia colocado no escritório cuidando da parte
administrativa do rancho. Dizendo o alfa, o mesmo nunca fora fã de números. Eles o
confundiam os miolos e fazia querer ir à loucura às vezes. Mas tendo um sócio tão
habilidoso em contas como Jeff, Joe o presenteara com isso. Embora em certos
momentos Jeff gostasse de por a mão na massa também, ajudando nas cercas, com os
cavalos ou deuses! Com o gado... Tudo isso para o desespero do alfa que mais uma vez
exclamava que não tinha necessidade. Entretanto, Jeff era um homem e não era como se
fosse de cristal, embora Joe o tratasse assim.
As vendas do gado estavam indo bem, pois o rancho seguia em perfeita estrutura, assim
como financeiramente. Os cowboys de Cold Mountain também trabalhavam firmes
sobre suas atividades, se empenhando e contribuindo para a prosperidade do local.
Jeff achava incrível que se Joe não tivesse contado a ele, o que eles eram, uma matilha,
nunca teria descoberto. Bom, claro, acharia no mínimo estranho alguns dos homens
irem pela orla da floresta e tirarem as roupas, ficando nus como vieram ao mundo e se
embrenhando no mato para voltar apenas horas mais tarde ou sobre como as unhas de
Mutegi cresciam em fúria quando o tiravam do sério, assim como os seus dentes
caninos ficavam sempre maiores.
Fora isso, tudo era tão pacifico, que a ficha parecia não ter caído para Jeff ainda. Era
como se tudo estivesse perfeitamente normal. E não estava?
— Tão pensativo. — A voz de Joe exclamou. — Não me diga que ainda pensa em
castrar Aaron?
Jeff sorriu e virou-se para encarar o homem que havia transformando o seu mundo, que
se encontrava escorado no arco da porta com os polegares apoiados na calça jeans e
alguns botões da camisa aperta, exibindo o peitoral.
Joe sorriu e adentrou o escritório se jogando no sofá e fazendo gesto para Jeff se
aproximasse.
Jeff foi sem contestar, e sentou sobre o quadril do homem que amava.
O alfa acariciou sua perna enquanto ambos ficaram se entreolhando, até que Jeff
quebrasse o silêncio com sua curiosidade:
Jeff coçou a barbar, que já estava nascendo novamente. — Vou pensar na sua pergunta.
E então se caso merecer...
Joseph riu cultuando as costelas de Jeff, fazendo seu companheiro rir e ele mesmo o
puxando para um beijo, isso fora quando uma batida soou na porta, chamando a atenção
de ambos.
— Eu não queria atrapalhar vocês, nem nada não, mas estou saindo. O fazendeiro da
fazenda Beaumont ligou disse que precisa de ajuda com algumas das suas vacas
leiteiras. — Jared informou.
— Sim, não demoro. Só queria avisar caso quisesse saber onde estou. Vou indo. —
Disse com um sorriso nos lábios e depois saiu.
— Não se preocupe, falarei com Aaron. Mas acho que ele está bem ciente sobre como
você pode ser um sogro vingativo caso ele magoe Jared. Aaron é um bom homem.
— Mesmo?
— É. — Joe afirmou, e sentou-se, fazendo com Jeff ficasse sentando sobre o seu colo,
ambos se entreolhando. — E aquele beijo?
–oo0oo-
Duas horas mais tarde, Jared encontrava-se saindo da fazenda do velho Beamont. Havia
conhecido o senhor simpático em uma das suas idas a cidade, onde ele e Jared haviam
embarcado em longas conversas sobre vacas leiteiras, posto que o Beamont fosse o
principal distribuidor de leite e queijo no Vale Cold Mountain e para os mais próximos
vales também. Nessas trocas de conversa, Jared não deixou de passar seu telefone caso
o homem necessitasse de ajuda.
Como o único veterinário da cidade era um velhinho que estava à beira de sua
aposentadoria, Jared tinha em visão uma grande oportunidade. Por mais que ele
gostasse de trabalhar no rancho Cold Mountain, ele também adoraria ter um negócio
apenas seu. E quem não? Séria uma conquista em sua vida profissional.
Dirigindo pela estrada, estava com pressa para chegar em casa, seus pensamentos agora
focados em Aaron. A noite que havia tido com o seu cowboy havia sido uma das
melhoras em toda a sua vida. Aaron havia confiado seu passado a Jared, e Jared havia
confiado sua alma e corpo ao mesmo. E entre todos os parceiros que já havia tido nessa
vida, Jared sabia que com Aaron era diferente.
Dirigindo, sua atenção fora chamada para uma picape que se encontrava estacionada a
beira da estrada onde um dos homens parecia estar verificando o motor. A boa educação
de Jared, não permitiu com que ele fosse reto e não parando para perguntar se ambos
precisavam de ajuda.
— Vocês estão com um problema? — indagou ainda dentro do seu próprio veiculo.
O cara que se virou para Jared era alto, robusto e possuía um cavanhaque, assim como
os cabelos castanho e médio amarrado em um rabo de cavalo baixo, e o outro que estava
com a cabeça no motor do veículo e levantou-a quando ouviu a voz de Jared, parecia-se
muito com o primeiro, o que fez Jared julgar de que ambos fossem irmãos.
— Achamos que é a bateria. — O com que estava com a cabeça no capo ditou.
— Uh, claro. — Jared afirmou, e dirigiu com o carro estacionando de forma que seu
motor ficasse perante o motor do veiculo com problema.
De inicio, Jared não se sentiu tão confortável como devia ao ajudar alguém,
principalmente àqueles dois caras. Ambos pareciam muito estranhos, e poucos
confiáveis. Decido ajudá-los o mais rápido possível, para que fosse embora, Jared
desceu do carro e abriu seu próprio capo revelando a bateria da sua picape.
— Quem é mané aqui? — Jared ouviu Dickson reclamar quando trouxe os cabos para
fazer a ligação direta.
O problema dos dois irmãos foi resolvido em questão de instantes, Jared só teve que sair
da picape para fechar o seu capô e depois voltar para a mesma, isso antes de Stevan
impedi-lo, fechando a porta da sua picape. Fazendo com que Jared se sobressaltasse e o
fitasse com uma indagação no olhar.
— Você tem mais algum problema? — Jared indagou, a única coisa que ele queria
agora era ir embora. Céus, nem devia ter parado no caminho.
— Já vi você em algum outro lugar antes? — Stevan serrou os olhos, porém deixando
seu ar de malícia pairar.
Jared olhou para Dickson e viu que o mesmo estava escorado na picape dele depois de
fechar o próprio capô, apenas admirando a cena, enquanto agora palitava os dentes.
— Acredito que não. — E esperava muito que não o visse novamente.
O menor tentou abrir a porta da picape outra vez, porém ela fora fechada por Stevan da
mesma maneira, outra vez. Aquela situação estava tensa sobre Jared, seu coração
começava a acelerar pensando no que poderia acorrer e no que havia se metido.
Sendo que se encontravam na estrada principal, a salvação de Jared surgiu. Uma picape
ao longe se aproximou, para longo em seguida estacionar ao lado da de Jared. Jared não
soube dizer como, mas nunca tinha estado tão feliz em encontrar-se com Michael. O
alivio de vê-lo ali, quase o abateu de imediato.
— A-acho que sim, estava voltando para o rancho quando... Esses senhores estavam
necessitando de ajuda. — Explicou. — Mas agora acho que não precisam de mais nada.
Michael não tinha um olhar amigável, e tal olhar foi quase como uma direta para Stevan
e Dickson pegassem seus rumos deixando o menor em paz.
— Obrigada pela ajuda, boneca. — Stevan sussurrou a Jared antes de entrar na sua
picape com Dickson e ir embora.
Michael saiu de seu veiculo e foi até Jared. — Você está bem?
Michael também sorriu, porém seu sorriso logo se desfez de seus lábios, quando viu
certa marca no pescoço de Jared, e depois logo capitou o aroma. — Foi marcado. —
Comentou em afirmação.
Jared tocou em seu pescoço, onde ali permanecia a marca da mordida de Aaron.
— E seu companheiro...?
— Aaron.
— O estressadinho.
Jared tinha um aperto no peito. Ele estava apaixonado por Aaron, isso era fato, mas
também sentia uma simpatia muito forte por Michael, e desde o dia em que ambos
haviam se beijado... Bem, nem por isso Jared queria romper laços com o outro. Eles
eram amigos.
— Entre, vou acompanhar você até perto do rancho. Depois pego meu rumo. —
Michael disse entrando em sua própria picape.
Jared entrou no seu veiculo e deu partida, seguindo estrada com Michael atrás de si, e
depois ouviu a buzina quando o mesmo trocou de caminho e respondeu o aviso com o
mesmo jeito, tocando sua buzina. Em seguida chegou ao rancho Cold Mountain dentro
de instantes.
Estacionando sua picape deu graças por ter chegando. Seu estômago roncou, e só então
se deu conta que realmente havia perdido o almoço. Esperava somente, que Brian
houvesse sido misericordioso e guardado algo para si. Sendo assim foi em direção à
cozinha.
— J-jared! — Brian exclamou logo que Jared adentrou a cozinha. O ruivo estava mais
do que corado, suas bochechas se igualando e muito aos seus cabelos vermelhos. Jared
também presenciou ele abotoar as calças o mais depressa que pode depois de pular da
mesa.
Dean quase engasgou e levantou-se pegando seu chapéu e escondendo a frente. — Eu...
Eu vou verificar os pastos. — Avisou e saiu, mas não antes é claro de sorrir a Brian e
roubar-lhe um selinho. — Depois nos falamos. — Piscou.
Brian também sorriu. Puxou uma cadeira e sentou-se a mesa, com os olhos surpresos
para Jared, esperando a reação do mesmo. — Desculpe... Foram somente mãos bobas,
ultimamente estão se tornando quase inevitáveis. — Ditou coçando a orelha.
Jared riu. — Não tem problema, eu entendo muito bem. Só queria saber se guardou
algo, estou morrendo de fome. Acabei de chegar.
— Oh! Verdade! É claro que guardei, trato de lembrar-se de todos nessa casa. E claro
que fiquei muito triste por não está presente, não mais do que Aaron, sabe? Então, vocês
realmente se acertaram, não é? Dean me contou! Eu fiquei muito contente. Aaron nem
mesmo pareciam tão sombrio como antes. — Brian tagarelou como sempre.
— Relaxe homem, de onde tem todo esse ar. — Jared exclamou os pulmões de Brian só
podia ser infinitos.
Foi servido a Jared o que Brian havia guardado especialmente a ele. Jared então matou
sua fome e ficou com Brian jogando conversa fora. Brian era realmente, muito bom de
conversa.
Depois de almoçar, Jared subiu e tomou um banho. Teve a informação de que Aaron
passou o dia no pasto com outros cowboys. E Jared depois de verificar os cavalos
voltou para o seu quarto, estava cansado e já era fim de tarde quando foi despertado de
seu sono com algumas batidas na porta do seu quarto.
Meio que ainda sonhando, caminhou até a porta e abriu, escorando a cabeça no arco,
mas com um sorriso muito bobo nos lábios quando viu quem era.
— Oi.
Jared suspirou para seu cowboy, que parecia a seu ver ainda mais sexy com sua
camiseta branca e o jeans azul, torneando bem suas cochas grossas.
Eles apenas se entreolharam, e era como se não precisassem dizem nenhuma palavrar
para trocar informações. Ambos estavam com saudades. O dia havia sido longo e sem
muita chance para se encontrarem.
Aaron deu passos para frente e Jared segurou em sua camisa, quando o mesmo
contornou sua cintura firme e o suspendeu para cima fazendo com que as pernas do
menor cruzassem ao redor de seu quadril.
A porta fora fechada com um chute de Aaron e o mesmo caminhou em direção à cama,
depositando Jared sobre ela.
Ofegantes, se entreolharam. Jared teve uma de suas mãos cruzadas com a de Aaron, e
observou o homem beijar a mesma como se ele fosse uma dama. Riu do próprio
pensamento.
— O quê?
— Me ame. — Sussurrou.
Aquele era um momento perfeito. Estavam sobre uma superfície plana, ambos os carpos
excitados... A única coisa que atrapalhavam era aquelas vestes, que rapidamente foram
dissipadas, fazendo com que o contato entre eles fosse mais vivo, pele a pele.
Jared teve que segurar-se a cabeceira da cama quando seu lobo faminto praticamente
devorou seu falo, em seguida sugando e quase lhe trazendo a borda imediatamente,
porém com tão duro esforço, pode evitar... Seus gemidos eram audíveis, e mesmo que
quisesse poupá-los, já tinha em mente que fracassaria.
— A-aaron... Por favor... Aaha... Aaron! — Gritou quando sentiu um dedo intruso em
seu lugar especial. Mordeu os lábios sentindo doer com a sensação tão incrível. Queria
mais. — Mais...
A mão grande Aaron se mantinha bombeando o pênis duro de Jared, apertando e dando
puxadas prazerosas, enquanto um de seus dedos se empalava ao ânus do mesmo. Não
havia usado qualquer lubrificante para introduzi-lo, sem contar a saliva... E agora
adicionava mais um dedo, ciente do ardor que isso poderia fazer sobre Jared, e sobre
como seu companheiro estava gostando. Logo seguiu em seu foco, em preparar Jared
para si, e tocar nos pontos mais sensíveis do menor.
Jared riu. E como se seu companheiro houvesse ganhado a exercia amabilidade, para
seu alivio e desprazer, parou de estirá-lo, assim como de bombear seu pau. Gemeu em
frustração, para ganhar uma palmada ardente no traseiro e sentir como isso era tão
prazeroso.
— Lubrificante?
— Gaveta...
Aaron esticou o braço o suficiente para pegar na mesa ao lado o vidro com lubrificante.
Sentia seus dentes caninos doer para marcar Jared, assim como seu pau para se infiltrar
no paraíso doce. Abrindo o vidro retirou uma quantidade generosa do óleo e esfregou
seu pau. Gemeu sobre a visão das nádegas durinhas empinadas para si, massageou as
mesmas apartando os glúteos para os lados e admirando o buraquinho que piscava.
Lambeu-o vendo Jared se contorcer perante a sensação. Em seguida, levou a cabecinha
de seu membro até a entrada, esfregando... Apenas provocando para finalmente começar
a adentrar.
— Isso... Sim... — Jared suspirava, e soltou um grito como tão áspero e de repente
Aaron adentrou-se em si, o empalando completamente. Doeu, porém, havia adorado.
— Você gosta de áspero, não é? — Aaron indagou a certeza, ele sentia o que seu
companheiro sentia, o que ele desejava, estavam em mesma sintonia.
— S-sim... — Jared gemeu ao sentir seu cowboy começar a se mover, mesmo que
lentamente, para frente e para trás, até os ritmos fossem mais instantâneos. Seu mundo
inteiro estava concentrado nas mãos calejadas do grande homem, como elas rodeavam
sua cinturava fina e aos poucos ia o puxando para trás e empurrando para frente, o órgão
latente entrando e saindo em um ritmo cada vez mais intenso.
Virou-se para trás, embora ciente de que sua faça estava em brasa devido à luxúria,
olhando nos olhos de Aaron podia ver como o homem também estava em chamas, o
corpo bem trabalhado batendo contra si. A boca faminta do maior logo o tomou
novamente, em meio ás estacadas que nunca cessaram e muito mesmo diminuíram.
Aaron então saiu tirou seu membro de dentro de Jared que se deitou de costas para cama
e com ajuda do maior teve suas pernas se elevando para os lados. Jared tremia, e
olhando nos olhos do maior viram as sensações dele ao ser introduzido pelo pau duro
novamente, os ritmos logo sendo os mesmo e os gemidos ainda mais contínuos.
— Porra, você é tão gostoso. — Aaron sobejou. Jared era tão apertado, com seus pares
anais apertando-o tão duro, quase o fazendo ir aborda com o ritmo que estavam se
mantendo.
Esse fora seu limite, e então em um alto gemido Jared gozou, espirrando seu prazer por
todo o seu peitoral e o de Aaron, sua mente ficando turva com o prazer e as estacas
ainda não cessadas. Como se fosse ainda mais possível, o seu orgasmo chegou pela
segunda vez seguida, logo quando Aaron o mordeu em seu pescoço o marcando, e o
preenchendo com seu próprio jubilo. As estocadas, apenas sessaram quando o prazer de
ambos fora consumido e então eles estavam de volta a terra. A ferida no ombro de Jared
fora fechada com algumas lambidas de Aaron, e algumas chupadas do mesmo que
certamente deixariam marcas, propositalmente, para em seguida tomar seus lábios.