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Aula 10

BNB (Analista Bancário 1) Português -


2024 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos, Felipe Luccas

25 de Fevereiro de 2024
Equipe Português Estratégia Concursos, Felipe Luccas
Aula 10

Índice
1) Noções Iniciais de Regência e Crase
..............................................................................................................................................................................................3

2) Regência Verbal
..............................................................................................................................................................................................5

3) Regência Nominal
..............................................................................................................................................................................................
22

4) Crase
..............................................................................................................................................................................................
27

5) Questões Comentadas - Regência verbal - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
40

6) Questões Comentadas - Regência nominal - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
52

7) Questões Comentadas - Crase - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
54

8) Lista de Questões - Regência verbal - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
87

9) Lista de Questões - Regência nominal - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
95

10) Lista de Questões - Crase - Cesgranrio


..............................................................................................................................................................................................
97

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NOÇÕES INICIAIS
Fala, pessoal!
Vamos dar início a uma das aulas mais temidas pelos alunos: Regência e Crase.
Mas você verá que é um assunto que pode ser resolvido em provas com alguns macetes, que vamos trazer
ao longo do estudo.

Assim, iniciamos por uma questão básica:


O que é regência?
Reger é governar, é guiar, é ser o chefe. O chefe demanda e alguém obedece. Analogamente, a regência
trata da relação entres termos dependentes, entre complementos e complementados. O termo regente
==2537cb==

demanda certo complemento, que será o termo regido.


Os verbos transitivos pedem seus complementos, que são os objetos diretos e indiretos. Os nomes, ou
seja, substantivos, adjetivos e advérbios, muitas vezes demandam um complemento, o famoso
complemento nominal, que é sempre preposicionado, exceto quando aparece na forma de um pronome
oblíquo átono.
Se eu disser: Eu tenho medo! Falta alguma coisa, né? Medo de quê? Medo de morrer. Esse termo
preposicionado “de morrer” complementa o sentido que faltava no substantivo medo e é chamado
complemento nominal.
Se eu disser: Desisti! Também falta alguma coisa, né? Desistiu de quê? Desisti de viajar. Esse termo
preposicionado que complementa o sentido que faltava no verbo desistir é chamado objeto indireto.
Indireto porque o verbo transita indiretamente até seu complemento, por via de uma preposição.
Se eu disser: A caixa está repleta! Novamente, falta alguma coisa que complete o sentido desse adjetivo.
Repleta de quê? Repleta de cerveja. O termo “de cerveja”, que complementa o sentido do adjetivo, é
chamado de complemento nominal.
Agora vamos pensar um pouco, qual preposição está faltando na lacuna?
Eu concordo____você.
Seu pai acredita____vida após a morte.
Ela gosta___doces, mas é alérgica___chocolates.
Ela é apaixonada____animais, especialmente___ gatos.
Você provavelmente não teve dificuldade em inferir que as preposições que preencheriam as lacunas
seriam com, em, de, a, por, por. Esses verbos e nomes são comuns, não há dificuldade em saber a regência
deles. O que a banca faz é pedir a regência de verbos menos comuns ou de verbos que são
frequentemente utilizados com uma preposição indevida, a ponto de todos pensarem que aquela regência
está correta.
A regência de um verbo pode variar pelo contexto:
João fala muito bem.
João só fala em estudo.

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João só fala em mandarim.


João só fala verdades.
João falou a verdade ao médico.

O orador tratou de fatos literários.


A dissertação versou sobre história.
Na aula, o professor falou de regência verbal.

Verbos com regências diferentes não devem dividir o mesmo complemento.


Entrei e saí de casa (Entrei em casa e dela saí)
Gostei, aprovei e concordei com sua atitude. (Gostei de sua atitude, aprovei-a e com ela concordei).
Outra pegadinha que a banca faz é usar verbos e nomes regidos pela preposição “a”, pois, se essa
preposição “a” se unir a um nome feminino com artigo “a”, vai haver crase.
Ex.: Semelhante a + o prédio: semelhante ao prédio.
Ex.: Semelhante a + a casa dela: semelhante à casa dela. (a crase é fusão de a + a)
A “crase” é o fenômeno de fusão de “a+a”. Quando um verbo pedir preposição A e for seguido por um
artigo definido feminino A ou AS, vai haver crase. Várias questões de regência já vão exigir esse
conhecimento básico de como ocorre “crase”.

(STM / ANALISTA / 2018)


Lançado, desde a infância, no torvelinho da sociedade, aprendi cedo, por experiência, que não era feito
para viver nela, onde nunca conseguiria chegar ao estado de que meu coração precisava.
No trecho “estado de que meu coração precisava” (ℓ.2), a preposição “de” é regida pela formal verbal
“precisava”, não pela palavra “estado”.
Comentários:
A preposição “de” é exigida pela regência do verbo “precisar”, transitivo indireto: precisar DE algo. Esse
complemento veio na forma do pronome “que”, então o “de” vem obrigatoriamente antes do “que”
pronome relativo. Preciso do estado > o estado de que preciso... Questão correta.

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REGÊNCIA VERBAL
A regência verbal cuida da relação de dependência entre os verbos e seus complementos.
Os verbos que pedem complemento com preposição são transitivos indiretos (VTI): gostar DE,
obedecer A, acreditar EM.
Os que não pedem preposição são transitivos diretos (VTD): Comprar, Ter, Fazer.
Os verbos que não pedem nenhum complemento, geralmente por serem completos de sentido
em si mesmos, são chamados de intransitivos: Morrer, Nascer, Viver, Sair.
Além disso, interessa-nos aqui conhecer a transitividade de alguns verbos, bem como as
preposições que eles regem (exigem). Também temos que entender a regência do pronome
relativo (que, o qual, os quais).
Os pronomes relativos retomam um termo antecedente, substituindo-o sintaticamente. Isso
significa, de forma mais simples, que, se ele se refere a um termo que é sujeito, o pronome
relativo vai ter função de sujeito. Mas sujeito de quem?
Do verbo da oração subordinada adjetiva introduzida por ele.

Ex.: [O aluno que estuda muito] passará no concurso. (aluno estuda)

Ex.: [As alunas que estudam muito] passarão no concurso. (alunas estudam)

O sujeito do verbo passar é toda a expressão em amarelo antes do verbo. A expressão


sublinhada é a oração adjetiva, que tem esse nome porque ocupa a posição de um adjetivo:
“que estudam muito” = ”estudiosas”. O pronome relativo “que”, como o próprio nome diz,
relaciona-se ao seu termo anterior e funciona como sujeito do verbo dessa oração adjetiva
interna ("estuda/estudam"):
Sujeito Sujeito
que estuda muito (or. Adj.) que estudam muito (or. Adj.)
Aluno Alunas
No mundo da regência, interessa-nos saber quando o pronome relativo vai exercer o papel
(função sintática) de um complemento, seja de um verbo (objeto direto ou indireto), seja de um
nome (complemento nominal). Isso ocorre quando ele retoma o termo que tem essa função.
Vejamos:
1
Eu luto por meus ideais + 2Meus ideais são inegociáveis.

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Os ideais por que (ou "pelos quais") luto são inegociáveis.

Vamos analisar: o verbo lutar é VTI, quem luta, luta por (preposição) alguma coisa. Luto por que
(os ideais). Nesse caso, “que” é o objeto indireto do verbo lutar e se refere a “os ideais”.
Luto por (alguma coisa)
Luto por (os ideais)
Luto por (que)
Verbo preposição Ob. Indireto
Mas, professor, por que você entrou nessa gramática toda, assim, do nada??
Meus caros alunos, a banca usa essas orações subordinadas em ordem indireta (invertida) para
esconder os complementos e complicar sua vida. Você precisa aprender a ver os pronomes
relativos como se visse os próprios termos que eles retomam. Assim fica muito mais fácil de
analisar os períodos. Logo abaixo veremos uma questão que ilustra isso.
Quer ver a aplicabilidade disso? Vejamos alguns exemplos: qual pronome relativo podemos usar
para preencher as lacunas? E com qual preposição?
A reunião _____ comparecemos foi produtiva.
O lugar _____ chegamos era lindo.
Vamos lá: quem comparece comparece a algum lugar... esse lugar vai ser o objeto indireto. No
caso em questão, há um pronome relativo que se refere a esse objeto direto; então, ele tem que
vir acompanhado pela mesma preposição que acompanharia a palavra que o pronome relativo
retoma. A preposição deve vir obrigatoriamente antes do pronome relativo.
Comparecemos A + a reunião > A reunião A QUE comparecemos foi produtiva.

Na segunda lacuna, temos que pensar no verbo Chegar. Quem chega chega “a” algum lugar,
então o pronome relativo que retoma esse lugar deve vir acompanhado da preposição “a”.
Chegamos A + o lugar> O lugar A QUE chegamos era lindo.

Eu usei o “que” como exemplo para mostrar a lógica; porém, outros pronomes relativos
poderiam estar nessa lacuna:
A reunião À QUAL comparecemos foi produtiva. (a + a qual)
O lugar AO QUAL/AONDE chegamos era lindo (a + o qual/a + onde)
Nesse caso acima, o pronome “a qual”, por já ter um “artigo embutido”, vai se unir à preposição
“a” que o verbo pediu. Daí teremos crase. Trocando por outros pronomes que não tenham esse
“a” (“que”, por exemplo), não há crase!
Ressalto também que, em muitos verbos, a mudança da preposição vai alterar o sentido, as
bancas adoram isso! Vamos a eles. Usaremos a legenda tradicional: VTD (verbo transitivo direto);
VTI (verbo transitivo indireto); VTDI (verbo transitivo direto e indireto); VI (verbo intransitivo).

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(PREF. RECIFE / 2022)


por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos.
Se o verbo “desistimos” for substituído por “renunciamos”, o trecho sublinhado deve assumir a
seguinte redação:
(A) do que
(B) do qual
(C) ao qual
(D) pelo qual
(E) por que
Comentários:
O verbo "desistir" é transitivo indireto e exige preposição "de", por isso essa preposição aparece
obrigatoriamente antes do pronome relativo: regime de que desistimos.
O verbo "renunciar" foi usado como transitivo indireto, exigindo a preposição "a", que também
deve aparecer antes do relativo "o qual": regime ao qual renunciamos.
Também seria correta a forma "a que" renunciamos ou "que" renunciamos, considerando que
"renunciar" também pode ser também utilizado como VTD. No entanto, não havia essas opções.
Gabarito letra C.

(SEDF / 2017)
Pode-se pensar então que, mesmo antes de entrar para a escola, o aprendiz, graças às práticas
de letramento às quais está exposto cotidianamente, já construiu suas hipóteses no que diz
respeito à segmentação da escrita.
A substituição de “às quais” por à que prejudica a correção gramatical do texto.
Comentários:
Aqui, a regência com pronome relativo tem implicações na crase. Veja:
Na redação original, foi utilizado o pronome relativo “as quais”, que já tem um “artigo feminino
embutido”. Daí, teremos: exposto a + as quais = às quais.
As práticas às quais está exposto o aprendiz.
Se trocarmos esse pronome relativo “as quais” por seu substituto universal “que”, não teremos
mais esse “a” embutido, então também não teremos crase:
As práticas a que está exposto o aprendiz. (exposto a + que = a que)
Portanto, inserir o acento grave da crase prejudica a correção. Questão correta.

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Principais Regências
Aqui, veremos os verbos que admitem mais de uma possibilidade de regência e de sentido.
Veremos também alguns que pedem preposições diferentes daquelas que geralmente são
usadas no dia a dia. Vamos a eles.
1. Agradar
Dependendo do sentido, pode ser VTD ou VTI.
Ex.: Eu agradei o gatinho (VTD; acariciar, fazer carinho).
Ex.: Eu agradei aos patrões (VTI: “a”; satisfazer, contentar).
Pessoal, dependendo do contexto, esses sentidos podem ficar muito parecidos. Contudo, a
banca cobra as duas regências. Fique atento, veremos nas questões.
2. Aspirar
O verbo “aspirar” também tem dupla regência, cada uma com um sentido:
Ex.: O aspirador não aspira a poeira do canto. (VTD; sugar, cheirar, inspirar, sorver, inalar)
Ex.: Agrada-me aspirar esse cheiro de gasolina. (VTD; sugar, inspirar, sorver, inalar)
Ex.: Estudo porque aspiro ao cargo de Auditor. (VTI: “a”; desejar, almejar)
Ex: Não aspiro mais àquela glória. (VTI: “a”; desejar, almejar)

(STM–Analista – 2018)
De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem quer casar deseje que a sua
futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade...
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “deseje” (L.2)
poderia ser substituída por aspire a.
Comentários:
Aspirar, com sentido de desejar, é transitivo indireto e pede preposição A. Então, a troca seria
perfeita. A propósito, “aspirar” também pode ser usado como transitivo direto, com sentido de
“sorver, sugar o ar”: O aspirador aspira a poeira. Questão correta.
(FUB–Ass. Adm. – 2015)
De acordo com pesquisas realizadas em vários países, inclusive no Brasil, especialistas em
recursos humanos identificaram os atributos que um funcionário, ou candidato a emprego, deve
ter para agradar os superiores e ter sucesso em sua carreira profissional.
No que se refere à tipologia textual e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item.

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Mantém-se a correção gramatical do primeiro período do texto ao se substituir “agradar os


superiores” por “agradar aos superiores”.
Comentários:
Aqui a banca considerou que as duas regências estão corretas, o que é verdade, conforme vimos
acima. De fato, o verbo agradar pode vir com a preposição “a” (=SATISFAZER, CONTENTAR) ou
sem preposição (=FAZER CARÍCIA). A ausência da preposição não causa erro, apenas muda o
sentido.
Porém, pela leitura do texto, seria estranho pensar que temos a primeira acepção de agradar, no
sentido de fazer carinho, como quem faz carinho num gato. Podemos então entender que mudou
o sentido ao mudar a regência, do sentido de “agradar” para o sentido de “satisfazer”, mas não
foi afetada a correção gramatical. A banca somente perguntou sobre a correção. Questão
correta.

3. Implicar
O verbo “implicar”, a depender do sentido, pode vir com a preposição “com”, “em” ou até
mesmo vir sem preposição.
Ex.: Mãe, ele está implicando comigo! (VTI: “com”; provocar, hostilizar, zombar)
Ex.: Lula foi implicado em um esquema. (VTI: ”em”; se envolver, se comprometer, se
associar)
Ex.: Estudar implica sacrifícios. (VTD; gerar, resultar, acarretar, ter como efeito)
4. Preferir
O verbo preferir é muito fácil, só aceita a preposição “a” e tem a seguinte estrutura: Preferir uma
coisa A outra. O problema é que quase todo mundo usa esse verbo com outras preposições. A
banca sabe que todo mundo erra aqui!

Ex.: Prefiro axé a rock.


Ex.: Prefiro o axé ao rock.
Ex.: Prefiro o rock à MPB.

Também pode ocorrer como um VTD:


Ex.: Entre baladas e estudo, prefiro estudo.
De uma vez por todas, vamos abolir da nossa fala e da nossa escrita expressões erradas como as
seguintes:
🗶 Ex.: Prefiro mais sertanejo do que bossa nova.
🗶 Ex.: Prefiro antes cerveja a destilados.
Ressalto também que a estrutura “prefiro X a Y” exige paralelismo quando X ou Y forem
determinados por artigo. Ou seja, tem que haver artigo antes dos dois ou de nenhum, de modo

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que as estruturas fiquem paralelas, semelhantes, simétricas.


5. Assistir
Basicamente, o verbo assistir pode ser transitivo direto, com sentido de ajudar, ou transitivo
indireto, com sentido de ver, ouvir, presenciar.
Ex.: Assisti ontem ao novo filme do Tarantino. (VTI: “a”; ser expectador; presenciar,
observar)
Ex.: Assiste razão ao réu. (VTI: caber; pertencer um direito; ser da competência de)
Ex.: Ela assiste em outro bairro. (VI; sentido arcaico de residir, o termo “em outro bairro” é
adjunto adverbial de lugar.)
Ex.: A enfermeira assiste o idoso. (Preferencialmente VTD; auxiliar; apoiar; ajudar; dar
assistência). Obs.: Nesse caso também é aceita a preposição “a”.
Aproveito este verbo para explicar um aspecto muito importante: O USO DO PRONOME
OBLÍQUO “LHE” COMO OBJETO INDIRETO.
O pronome “lhe” substitui a ele; a ela; a eles; a elas; para ele, para ela... nele, neles... Portanto,
não pode ser usado como objeto direto. Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos
podem exercer função de objeto direto ou indireto.
✔ Ex.: Assiste-lhe razão (sentido de pertencer o direito).
✔ Ex.: Entregou-lhe o pacote.
✔ Ex.: Conferiu-lhe os poderes necessários.
Até mesmo alguns verbos transitivos indiretos não aceitam “lhe” como objeto indireto: Assistir
(com sentido de ser espectador); Aspirar (com sentido de almejar); proceder; presidir; recorrer;
aludir; anuir. Nesses casos, teremos que usar o pronome oblíquo tônico: a ele(a)(s).
Portanto, estão equivocadas expressões como estas abaixo:
🗶 Ex.: Quero lhe ver.
🗶 Ex.: Comprei o filme, mas não tive tempo para assistir-lhe... (ver)
🗶 Ex.: Não lhe recorro por orgulho.
Como disse, os pronomes o, a, os, as também podem ser objetos. Quando complementam
formas verbais terminadas em -r, -s, -z, essa última letra “cai” e “entra” então um “L”. Passam
então para a forma: -lo, -la, -los, -las.
✔ revisar + eles = revisá-los
✔ refazer + eles = refazê-los
✔ quis + ele = qui-lo
✔ quis + ela = qui-la
✔ fiz + ele = fi-lo
Se ocorrerem após som nasal, teremos o acréscimo de um “N”: -no, -na, -nos, -nas
✔ dão + ele = dão-no
✔ dão + eles = dão-nos

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✔ põe + ele = põe-no


✔ põe + eles = põe-nos
✔ vingaram + ela = vingaram-na
Obs: Elimina-se o s final dos verbos na 1a pessoa do plural seguidos do pronome oblíquo -nos:
Perdemos + nos na floresta = Perdemo-nos na floresta

Pronomes oblíquos como objeto:


Verbos terminados em: -r, -s, -z + o, a, os, as = -lo, -la, -los, -las.
Verbos terminados em: -m, -ão, -õe + o, a, os, as = -no, -na, -nos, -nas.

(STM–Analista Judiciário – 2018)


A humanidade não aceitará uma língua não natural para a comunicação natural. Isso é contra a
tendência dos seus instintos.... Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, do
que falar, com relutante perfeição, uma língua artificialmente construída.
A regência do verbo preferir observada no quarto período do texto é típica da variedade culta do
português europeu, sendo pouco frequente na variedade brasileira do português, principalmente
em textos informais.
Comentários:
Preferir é verbo transitivo direto e indireto e pede preposição “A” no objeto indireto:
Preferir uma coisa A outra coisa.
Portanto, colocações como “preferir mais uma coisa do que outra” são incorretas.
A redação adequada seria:
Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas natural, A falar, com relutante perfeição,
uma língua artificialmente construída. Questão incorreta.
6. Responder
VTD (Falar, declarar como resposta)
Ex: Ele respondeu apenas mentiras.
Ex: Ele respondeu que não era culpado.

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VTI ou VTDI (dar resposta A algo/A alguém)


Ex: Responderei a muitas dúvidas na aula de hoje.
Ex: Responderei a muitos alunos na aula de hoje
Ex: Interrogado pelo juiz, respondi-lhe que não era culpado.
7. Atender
(VTD ou VTI; acolher ou receber alguém com atenção, responder a alguém que se dirige a nós;
ouvir, conceder, deferir um pedido, levar em consideração o que alguém diz; considerar,
satisfazer)
Ex: O diretor atendeu os alunos.
Ex: O médico sempre os atende bem e lhes dá remédios.
Ex: A tenista não atendeu o repórter. Ela não quis atendê-lo.
OBS: Caso o complemento venha em forma de pronome, só serão aceitas as formas diretas “o, a,
os, as”
Ex: Deus atendeu a/às súplicas de seu servo.
Ex: Não atendera aos amigos verdadeiros, entregou-se a impostores.
Ex: Atenderemos ao apelo [ou ao chamado, aos conselhos, aos interesses, às exigências,
às reivindicações].
Ex: "O Corpo de Bombeiros atendeu a doze pedidos de socorro."
Ex: O novo método atende perfeitamente às exigências do moderno ensino.
(VTI; atentar, prestar atenção a)
Atenda bem ao [ou para o] que lhe digo.

8. Chamar
Ex.: Ele chamou os alunos ontem. (VTD; convocar, convidar)
Ex.: Energia negativa só chama pessoas tristes. (VTD: atrair)
Ex.: Na hora do sufoco, não chame por mim. (VTI: “por”; invocar ajuda)
Nesse caso, em entendimento minoritário, Cegalla o considera VTD: “o objeto direto pode vir
regido da preposição de realce por: "Chamou por um escravo." (MACHADO DE Assis)”
Ex.: Ele chamou a moça/à moça de estúpida. (VTI: “a”; ou VTD; nomear; qualificar)
Aproveito para explicar o conceito de “verbo transobjetivo”, que são aqueles que exigem um
objeto + predicativo do objeto, com preposição ou não.
Geralmente tem sentido de classificar, nomear, atribuir qualidade. Por exemplo: acusar, chamar,
considerar, declarar, tachar, supor, servir de:
Não se assuste com a nomenclatura, a estrutura é simples: o verbo tem um objeto e esse objeto
vai ter uma qualificação, um predicativo:
Ex.: Acusou o filho de corrupto.

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Ex.: Eles nos supunham incapazes.


Ex.: Declarou-se culpado.
Ex.: Considero-me um vencedor.
Ex.: Tacharam o menino (de) maluco.
Ex.: Não o/lhe chame (de) lagartixa! (este verbo pode ser VTD ou VTI)
Essa preposição “de” é facultativa em tais verbos.
Também é importante comentar os verbos pronominais, que são aqueles acompanhados
obrigatoriamente por pronomes oblíquos átonos como me, te, se, nos, vos... Esses pronomes
acompanham o verbo ao longo de sua conjugação. Os principais que caem em prova são:
“suicidar-se”; “queixar-se”; “esforçar-se”; “atrever-se”; “arrepender-se”; “candidatar-se”.
Esses verbos se tornam relevantes para o nosso estudo, pois a regência pode mudar quando um
verbo não pronominal é usado como pronominal, como ocorre com os verbos lembrar e
==2537cb==

esquecer.
Ex.: Lembrei/Esqueci aquela estrofe da música. (VTD)
Ex.: Lembrei-me/Esqueci-me do seu rosto. (VTI: “de”)
Ex.: Vou defender sua honra. (VTD)
Ex.: Vou defender-me de seus ataques. (VTI: “de”)

(MP-CE / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2020)


O emprego do sinal indicativo de crase no trecho “O estudo mostrou que a amígdala não
responde à questão racial em crianças...” é obrigatório, dados o caráter definido do termo
“questão racial” e a acepção do verbo responder no período.
Comentários:
No sentido de “ter resposta A alguma coisa”, “reagir A alguma coisa”, o verbo responder é
transitivo indireto e pede preposição “a”. Então, temos a fusão de “responder A+A questão
racial”, preposição mais artigo. Questão correta.
(SEDUC-AL – 2018)
Os professores fazem cursos, acumulam certificados, sem que isso corresponda a mudança ou
responda aos desafios que encaram na sala de aula.
Sem prejuízo das informações veiculadas no texto, a forma verbal “responda” poderia ser
substituída por atenda.
Comentários:
No contexto, “responder” e “atender” são sinônimos, no sentido de oferecer uma reação, uma
resposta a algo. Além disso, compartilham a mesma regência, pois pedem a preposição “a”.
Portanto, não há prejuízo na substituição. Questão correta.

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(PC-SE–Delegado – 2018)
O Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) da Polícia Civil de Sergipe
atende a um público específico, que frequentemente se torna vítima de diversos tipos de
violência.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se, no trecho “a um público
específico” (ℓ. 2), a preposição “a” fosse suprimida.
Comentários:
O verbo “atender” pode ser usado com transitivo direto ou indireto, então a preposição poderia
ser suprimida, sem prejuízo. Questão correta.
(IPHAN / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Entra uma nau de Angola, e desova no mesmo dia quinhentos, seiscentos e talvez mil escravos.
Já se depois de chegados olharmos para estes miseráveis, e para os que se chamam seus
senhores: o que se viu nos dois estados de Jó, é o que aqui representa a fortuna, pondo juntas a
felicidade e a miséria no mesmo teatro. Os senhores poucos, e os escravos muitos...
No trecho “e para os que se chamam seus senhores”, o verbo chamar é sinônimo de intitular.
Comentários:
Exato, essa é uma das acepções do verbo “chamar”, aliás, a principal. Os donos dos escravos se
intitulam (se chamam) “senhores”. Questão correta.
(FUNPRESP / 2016)
A substituição do pronome “o”, em “reduziu-o a artigos”, por “lhe” preservaria a correção
gramatical do texto.
Comentários:
O verbo reduzir, no caso, é VTDI: Reduzir uma coisa (OD) a outra coisa (OI). Ex.:vou reduzir você a
pó! Assim sendo, sabemos que o pronome oblíquo “o” faz o papel de objeto direto. Portanto,
não poderia ser substituído por “lhe”, que só pode ser objeto indireto. Questão incorreta.

9. Chegar
Ex.: O Natal chegou cedo! (VI)
O verbo chegar funciona como o verbo ir, é intransitivo. Contudo, por seu sentido de
deslocamento, vem acompanhado com uma circunstância de lugar (adjunto adverbial de lugar).
A FCC, porém, já considerou esse verbo como transitivo indireto, regido pela preposição “a”,
embasada na obra de Celso Pedro Luft. Veremos essa questão logo abaixo. Então, pode ser
também transitivo indireto, regendo a preposição “a”.
Ex.: Sua paciência chegou ao extremo.
Ex.: A produtividade pode chegar a limites improváveis.
Saliento que o verbo chegar deve utilizar a preposição “a”, não “em”. Embora soe comum na
coloquialidade, estaria errada a expressão “chegou em Brasília”.
10.Caber
O verbo caber pede preposição “a”, no sentido de que algo deve ser feito por alguém.
Geralmente traz um sujeito oracional, representando uma ação.

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Ex.: Cabe a nós aproveitar nosso tempo. (VTI: “a”; competir, ser de direito)
O verbo caber também pode ser intransitivo.
Ex.: No seu caso, não cabe recurso. (VI; convir, ter admissibilidade, cabimento)
11.Constar
“Constar” pode ter várias regências; seu sentido geralmente envolve composição ou
conhecimento.
Ex.: O Código Civil consta de mais de 2045 artigos. (VTI: “de”; conter, consistir em; ser
constituído de)
Ex.: “Consta nos autos, consta no mundo”... (VTI: “de” ou “em”; estar incluído; estar
contido em)
Ex.: Não constava a ele que tinha outro filho. (VTI: “a”; saber, ter ciência)
Ex.: Consta a mim que o papa ficou preocupado com a crise. (VTI: “a”; ser do
conhecimento de; ser sabido; ter ciência; geralmente traz sujeito oracional: aquilo que
consta tem formato de uma oração)
12.Referir-se
Esse verbo é pronominal e tem preposição “a”. A banca gosta de sugerir a troca por um
sinônimo. Cai bastante!
Ex.: O texto refere-se ao atentado de 11 de setembro. (VTI, “a”; mencionar, aludir a algo)
Pense também no verbo “aludir”, que pede preposição “a”, e em seu sinônimo “mencionar”,
que não pede.
Ex.: Mencionei a questão/Aludi à questão. (há preposição, por isso há crase)
13.Contribuir
Ex.: Não vou mais contribuir para a Igreja. (VTI: “para”; ajudar; doar)
Ex.: Não vou mais contribuir com dinheiro. (VTI: “com”; ajudar, doar)
14.Obedecer e Desobedecer
(VTI: “a”; (não) seguir ordens, acatar; VTI especial, que aceita voz passiva)
Ex: O brasileiro obedece a leis absurdas.
Ex: O servidor não deve obedecer a ordens ilegais.
Ex: Ele obedecia ao pai e à mãe.
Ex.: Desobedeci ao patrão e à patroa.
Ex.: O decreto foi obedecido pelos cidadãos.
OBS: Alguns verbos transitivos indiretos admitem voz passiva (obedecer, atender, pagar, perdoar,
apelar, abusar)
As leis não são obedecidas.
Os alunos foram atendidos.
Os funcionários foram pagos/perdoados pelo patrão.

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15.Lembrar e esquecer
MUITA ATENÇÃO AQUI!!
Esses verbos podem ser usados como pronominais, ou seja, com um pronome “colado” nele.
Nesse caso, opera-se em par: OU é VTI pronominal e traz as duas partes –SE + DE ou é só VTD.
É tudo (pronome + preposição) ou nada.
Ex.: Lembrei/Esqueci a fórmula. (VTD; na forma não pronominal)
Ex.: Lembrei-me/Esqueci-me da fórmula. (VTI, na forma pronominal)
Para esses verbos, opera-se em pares, ou usa pronome + preposição, ou se omitem os dois.

Esses verbos acima são muito importantes e mostram a lógica dos verbos
pronominais! Ou trazem pronome + preposição ou nada!!

(SEDF – 2017)
Considerando-se as regências do verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a
seguinte reescrita para a oração “Já esqueci a língua”: Já esqueci da língua.
Comentários:
O verbo “esquecer” muda de regência dependendo de seu uso. Como verbo não pronominal, é
transitivo direto, isto é, pede complemento sem preposição. Se for usado como pronominal, é
um verbo transitivo indireto e exige o uso da preposição “de”. Portanto, temos duas
possibilidades:
“Já esqueci a língua” (uso não pronominal, como VTD)
“Já me esqueci da língua” (uso pronominal, como VTI)
A sugestão da banca está errada, pois usou o verbo como pronominal, sem utilizar paralelamente
a preposição. Questão incorreta.
(INSS – 2016)
Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao
do Mário, havia uma diferença na numeração.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho
“lembrei-me de que” por “lembrei que”.

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Comentários:
O verbo lembrar é VTD. Se estiver sendo usado em sua forma pronominal (lembrar-se), passa a
ser VTI. Saiu o pronome, sai a preposição também: ou escrevemos ambos, ou nenhum. Questão
correta.

16.Proceder
Ex.: Suas alegações não procedem. (VI; ter cabimento, ter fundamento)
Ex.: Você procedeu bem nessa situação. (VI; agir; se comportar)
Ex.: De qual país procede essa fortuna? (VI + adj. Adv. Lugar; ter origem)
Ex.: Procedam à citação das partes. (VTI: “a”; executar ato; fazer)
17.Simpatizar e Antipatizar
Pede a preposição “com”. Não aceita a preposição “por” nem aceita uso com pronome me, te,
se, nos... Não diga “eu me simpatizo”!
Ex.: Simpatizo com ela, antipatizo com o pai. (VTI: “com”; gostar; ter afinidade; não aceita
pronome “se”, não é pronominal).
18.Visar
Geralmente tem sentido de objetivo, finalidade; porém, pode significar assinatura ou mira.
Ex.: Estudo visando ao primeiro lugar (VTI: “a”; ter como objetivo)
Ex.: Vise o cheque, por favor. (VTD; dar um visto; rubricar)
Ex.: O policial visou o alvo distante. (VTD; apontar, mirar)
Obs.: Embora essa acima seja a regra consagrada, também tem sido aceito por alguns
gramáticos o uso do verbo visar com sentido de “objetivo” sem a preposição, especialmente
diante de verbos, formando uma espécie de “locução verbal”: Visando estudar, visar aprimorar...

(DPU – 2016)
Seria mantida a correção do texto caso o trecho ‘para que seus direitos sejam garantidos’ fosse
reescrito da seguinte forma: visando à garantia de seus direitos.
Comentários:
Não precisamos do texto aqui. Visar é VTI e pede a preposição “a”, com sentido de ter como
objetivo. Visando “a” + “a” garantia = visando à garantia. Questão correta.
(STJ / ANALISTA JUDICIÁRIO)
"... todos os grupos, classes, etnias visam o controle do poder político..."
Mantendo-se as ideias originalmente expressas no texto, assim como a sua correção gramatical, o
complemento da forma verbal "visam" poderia ser introduzido pela preposição a: ao controle.

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Comentários:
Rigorosamente, o verbo Visar é transitivo indireto, regendo complemento introduzido pela
preposição “a”, quando tem sentido de “almejar, desejar, ter como objetivo”. Então, a
preposição não foi usada no texto original e certamente a sua inserção deixaria o texto correto.
Pela redação do texto, a banca sugere que o uso sem preposição é correto e não altera o
sentido, essa visão é confirmada por outras questões. Questão correta.

19.Precisar
Pode ter sentido de necessidade ou de precisão, exatidão.
Ex.: Preciso de você, estou cansado de sofrer... (VTI: “de”; ter necessidade; carecer)
Ex.: Acertei 8 ou 9 questões, não sei precisar quantas nem quais. (VTD; indicar com
precisão; especificar, quantificar, detalhar)

20.Informar
Informar é um típico verbo bitransitivo: pede um objeto direto e um indireto.
Ex.: Informei o passageiro da notícia. (VTDI: “a” ou “de”)
Ex.: Informei a notícia ao passageiro. (VTDI: “a” ou “de”)
Para o verbo informar, tanto faz o objeto direto ou o indireto ser coisa ou pessoa. Tal regra vale
também para os verbos semelhantes, como notificar, avisar, certificar, informar, cientificar,
proibir, permitir, prevenir, aconselhar.
Esses verbos admitem as preposições a/de/sobre. Os complementos devem ser diferentes, um
OD e um OI, não pode haver dois do mesmo tipo.
21.Perguntar
Perguntar é também verbo bitransitivo: pede um objeto direto e um indireto. Esses objetos
podem assumir forma de “coisa” ou “pessoa”.
Então teremos: perguntar alguém sobre algo/perguntar algo a alguém.
Ex.: Perguntei as testemunhas sobre o crime. >>> perguntei-as sobre o crime.
Ex.: João perguntou a reposta ao irmão. >>> Perguntou-lhe a reposta.
Ex.: Perguntei ao irmão o que desejava. >>> Perguntei-lhe o que desejava.

(SEDF – 2017)
Quando nos perguntamos o que é a consciência, não temos melhor resposta que a de Louis
Armstrong quando uma repórter perguntou-lhe o que era o jazz: “Moça, se você precisa
perguntar, nunca saberá”

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Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse introduzida a preposição
sobre imediatamente após “perguntou-lhe”.
Comentários:
Para o verbo perguntar (VTDI), temos duas combinações: perguntar alguém sobre algo/perguntar
algo a alguém.
Então, o erro da questão é querer inserir dois complementos preposicionados para o verbo
“perguntar”. Se já tínhamos o “lhe” na função de objeto indireto, não manteria a correção inserir
outra preposição (sobre). Questão incorreta.
(TCE-RN / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2015)
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “informar ao Tribunal de Contas do Estado
do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar ao
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) sobre os atos ilegítimos.

Comentários:
Aqui, temos um verbo transitivo direto e indireto, também chamado de “bitransitivo”, com um
complemento sem preposição e outro com preposição:
Ex: Informei o passageiro da/sobre a notícia. (VTDI: “a” ou “de”)
Ex: Informei a notícia ao passageiro. (VTDI: “a” ou “de”)
Então, temos duas formas corretas:
“informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos”
Ou
“informar o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) dos/sobre os atos
ilegítimos”
A redação da banca é incorreta porque os dois complementos possuem preposição; eles
precisariam ser de tipos diferentes, um direto e outro indireto.
Tal regra vale também para os verbos semelhantes, como notificar, avisar, certificar, cientificar,
proibir, permitir, prevenir, aconselhar. Questão incorreta.
22.Servir
Ex.: Servidores públicos ganham para servir. (VI; prestar um serviço)
Ex.: Servidores públicos ganham para servir ao/o país. (VTI ou VTD; prestar um serviço)
Ex.: Servidores públicos ganham para servir ao país. (VTI; prestar um serviço)
Ex.: Lá eles servem peixe cru aos clientes. (VTDI; levar algo a alguém)
Ex.: A farda não serve mais em você (VTI: “a”, “em”; ser útil; vestir)
Ex.: A pobreza não lhe pode servir de desculpa. (VTI; ter a função de)

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(Diplomata – 2014)
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas,
que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se
pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece
mesmo que a crônica é um gênero menor.
“Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo assim, ela fica mais perto de nós. E para
muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a
literatura.
As formas verbais “imagina”, “atribuir” e “servir” foram utilizadas como verbos transitivos
indiretos.
Comentários:
O verbo “imaginar” está sendo usado como transitivo direto, veja que não há preposição: “Não
se imagina uma literatura feita de grandes cronistas”. O item já está errado por esse primeiro
verbo.
Quem atribui, atribui alguma coisa a alguém. O verbo “atribuir” é transitivo direto e indireto, pois
tem um complemento sem preposição (o que é atribuído) e um com preposição (a que/quem é
atribuído): “atribuir o prêmio Nobel a um cronista”.
O verbo “servir” aqui é transitivo indireto seguido de predicativo, regendo a preposição “de”.
“Servir de” tem sentido de desempenhar a função de; veja como a gramática analisa esse verbo:
“e para muitos (a crônica) pode servir de caminho (predicativo) não apenas para a vida (à
vida—OI)...”. Questão incorreta.

23.Concernir
Ex.: Seu argumento não concerne ao tema (VTI “a”; ter relação com, dizer respeito a;
quanto a)
Ex.: No que concerne ao seu estudo, você agiu bem! (VTI “a”; ter relação com, dizer
respeito a; quanto a)
24.Querer
Ex.: Toda mãe quer bem aos filhos. (VTI “a”; amar, estimar, querer bem a)
Ex.: Quero tudo o que mereço e mais. (VTD; desejar, almejar posse)
25.Prescindir
Ex.: A vida dos ricos não prescinde de trabalho (VTI “de”; passar sem, pôr de parte (algo);
renunciar a, dispensar)
Esse verbo basicamente significa “dispensar” e demanda a preposição “de”. Atenção à grafia
preSCindir.

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REGÊNCIA NOMINAL
Os nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) também podem ter transitividade e demandar um
complemento preposicionado. Por exemplo, quem é obediente (adjetivo), é obediente “a” alguma
coisa/alguém, ou tem obediência (substantivo) “a” alguma coisa/alguém. Quem age contrariamente
(advérbio), age contrariamente “a” alguma coisa. Quando esses complementos regidos pela preposição
“a” trazem um artigo feminino “a(s)”, ocorre o fenômeno da crase (a + a = à).
No nosso estudo de regência nominal teremos que aprender a preposição correta ligada a cada nome
desses, não há uma regra muito lógica para o uso dessas preposições e muitos verbos aceitam várias delas,
com ou sem mudança de sentido. Veremos os principais por meio de questões para evitarmos a decoreba
de listas enormes de nomes e suas regências.

Regência é vivência. Não é possível decorar as preposições de tantos nomes, só a reiterada experiência de
se deparar com esses nomes e suas respectivas preposições vai solidificar esse entendimento. No entanto,
recomendo a leitura e consulta de uma importante lista de regências nominais mais cobradas, retirada do
livro “A gramática para concursos públicos”, da Editora Método.
Várias dessas regências vão aparecer nas questões de crase que resolveremos adiante.

A
abrigado de; aceito a; acessível a; acostumado a, com; adaptado a, de, para; adequado a;
admiração a, por; afável com, para com; afeição a, por; afeiçoado a, por; aflito com, para,
por; agradável a, de, para; alheio a, de; aliado a, com; alienado de; alternativa a, para;
alusão a; amante de; ambicioso de; amigo de; amizade a, com, por; amor a, por; amoroso
com, para com; analogia com, entre; análogo a; ansioso de, para, por; anterior a;
antipatia a, contra, por; apaixonado de, por; aparentado com; apto a, para; atencioso
com, para, para com; atentado a, contra; atentatório a, de; atento a, para, em; atinar
com; avaro de; aversão a, para, por; avesso a; ávido de, por
B
bacharel em; baseado em, sobre; bastante a, para; bem em, de; benéfico a; benevolência
com, em, para, para com; benquisto a, de, por, com; boato de, sobre; bom de, para, para
com; bordado a, com, de; briga com, entre, por; brinde a; busca a, de, por
C
capacidade de, para; capaz de, para; caritativo com, de, para com; caro a; cego a;
certo(eza) de; cessão de... a; cheio de; cheiro a, de; circunvizinho de; cobiçoso de;
coerente com; coetâneo de; comemorativo de; compaixão de, para com, por; compatível
com; compreensível a; comum a, de; conceito de, sobre; condizente com; confiante em;
conforme a, com; consciente de; cônscio de; constante de, em; constituído com, de, por;
contemporâneo a, de; contente com, de, por, em; contíguo a; contraditório com;

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contrário a; convênio entre; cruel com, para, para com; cuidadoso com; cúmplice em;
curioso a, de, para, por
D
dedicado a; depressivo de; deputado a, por; desagradável a; desatento a; descontente
com; desejoso de; desfavorável a; desgostoso com, de; desleal a; desprezo a, se, por;
desrespeito a, contra; dever de; devoção a, para com, por; devoto a, de; diferente de;
difícil de; digno de; diligente em, para; direito a, contra, de, em, para, sobre; disposto a;
dissemelhante de; ditoso com; diverso de; doce a; dócil a, para com; doente de;
domiciliado em; dotado de; doutor em; duro de; dúvida acerca de, de, em, sobre
E
embaraçoso a, para; empenho de, em, por; êmulo de; encarregado de; entendido em;
envio
de... a; estendido a, de... a, até, em, para, sobre; equivalente a; eriçado de; erudito em;
==2537cb==

escasso de; essencial a, em, para; estéril de; estranho a; estreito de, para; estropiado de;
exato em
F
fácil a, de, em, para; falha em; falho de, em; falta a, contra, de, para com; falto de;
fanático por; farto em; favorável a; fecundo em; feliz com, de, em, por; fértil de, em; fiel
a; firme em; forte de, em; fraco de, em, para com; franco de, em, para com; frouxo de;
fundado em, sobre; furioso com, de
G
generoso com; gordo de; gosto por; gostoso a; grande de; gratidão a, por, para com;
gravoso a; grosso de; guerra a, com, contra, entre
H
hábil em, para; habilidade de, em, para; habilitado a, em, para; habituado a; harmonia
com, entre; hino a; homenagem a; hora de, para; horror a; horrorizado com, de, por,
sobre; hostil a, com, contra, em, para com
I
ida a; idêntico a; idôneo a, para; imbuído de, em; imediato a; impaciência com;
impaciente com; impedimento a, para; impenetrável a; impossibilidade de; impossível de;
impotente contra, para; impróprio para; imune a, de; inábil para; inacessível a; inapto a,
para; incansável em; incapaz de, para; incerto de, em; incessante em; inclinação a, para,
por; incompatível com; incompreensível a; inconsequente com; inconstante em; incrível
a, para; indébito a; indeciso em; independente de, em; indiferente a; indigno de; indócil
a; indulgente com, para com; inepto para; inerente a, em; inexorável a; infatigável em;
inferior a, de; infiel a; inflexível a; influência em, sobre; ingrato com, para com; inimigo
de; inocente de; insaciável de; insensível a; inseparável de; insípido a; interesse em, por;
intermédio a; intolerância a, contra, em, para, para com; intolerante com, para com; inútil
a, para; investimento de, em; isento de
J
jeito de, para; jeitoso para; jogo com, contra, entre; jubilado em; juízo sobre; julgamento

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de, sobre; junto a, de; juramento a, de; justificativa de, para


L
leal a, em, com, para, para com; lembrança de; lento em; levante contra; liberal com;
lícito a; ligeiro de; limitado a, com, de, em; limpo de; livre de; louco de, com, para, por
M
maior de, entre; manco de; manifestação a favor de, contra, de; manso de; mau com,
para, para com; mediano de, em; medo a, de; menor de; misericordioso com, para, para
com; molesto a; morador em; moroso de, em
N
nascido de, em, para; natural de; necessário a, para; necessitado de; negligente em;
negociado com; nivelado a, com, por; nobre de, em, por; noção de, sobre; nocivo a; nojo
a, de; notável em, por; núpcias com; nutrido com, de, em, por
O
obediente a; oblíquo a; obrigação de; obsequioso com; ódio a, contra, de, para com;
odioso a, para; ofuscado com, de, por; ojeriza a, contra, por; oneroso a; oposto a;
orgulhoso com, de, para com; originado de, em
P
paixão por; pálido de; paralelo a; parco de, em; parecido a, com; pasmado de; passível de;
peculiar a; pendente de; penetrado de; perito em; permissivo a; pernicioso a;
perpendicular a; pertinaz em; pesado a; pesar a, de; piedade com, de, para, por; pobre
de; poderoso para, em; possível de; possuído de; posterior a; prático em; preferível a;
prejudicial a; preocupação com, de, em, para, para com, por, sobre; preocupado com, de,
em, para com, por, prestes a, para; presto a, para; primeiro a, de, dentre, em; pródigo de,
em; proeminência de, sobre; pronto a, em, para; propenso a, para; propício a; propínquo
de; proporcionado a, com; próprio de, para; protesto a, contra, de; proveitoso a; próximo
a, de
Q
qualificado de, para, por; queimado de, por; queixa a, contra, de, sobre; querido de, por;
questionado sobre; quite com, de
R
reanimado a, para; rebelde a; relacionado com; relativo a; rente a, com, de; residente em;
respeito a, com, de, para, para com, por; responsável por; rico de, em; rígido de; rijo de,
rumo a, para
S
sábio em; são de; satisfeito com, de, em, por; saudade de, por; seco de; sedento de, por;
seguido a, de, por; seguro de, em; semelhante a; senador por; sensível a; serviço em;
severo
com, em, para com; simpatia a, para com, por; sito em (sito a é próprio da linguagem
tabelioa); situado a, em, entre; soberbo com, de; sóbrio de, em; sofrido em; solícito com;
solidário com; solto de; sujo de; superior a; surdo a, de; suspeito a, de

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T
tachado de; talentoso em, para; tardo a, em; tarjado de; tédio a, de, por; temente a, de;
temerário em; temeroso de; temido de, por; temível a; temperado com, de, em, por;
tenaz em; tendência a, de, para; teoria de, sobre; terminado em, por; terno de; terror de,
por, sobre; testemunha de; tinto de, em; tolo de, em; traidor a, de; transido de;
transversal a; trespassado de; triste com, de
U
último a, de, em; ultraje a; unânime em; união a, com, entre; único a, em, entre, sobre;
unido a, a favor de, contra, entre; unificado em; urgente a, para; useiro em; útil a, para;
utilidade em, para; utilizado em, para
V
vacina contra; vaga de, para; vaia a, contra, em; vaidade de, em; vaidoso de; valioso a,
para; valor em, para; vantagem a, de, em, para, sobre; vantajoso a, para; vassalagem a;
vazado em; vazio de; vedado a; veleidade de; venda a, de, para; vendido a; veneração a,
de, para com, por; verdade sobre; vereador a, por; vergonha de, para; versado em; versão
para, sobre; vestido com, de, em; veterano em; vexado com, de, por; viciado em; vidrado
em; vinculado a, com, entre; visível a; vital a, para; viúvo de; vizinhança com, de; vizinho
a, com, de; vocação a, de, para; voltado a, contra, para, sobre; vontade de, para;
vulnerável a
X
xeque a; xingado com, de; xodó com
Z
zangado com, por; zelo a, com, de, para com, por; zeloso com, para com; zombaria com;
zonzo com, de

(PF–Escrivão – 2018)
A supressão da preposição “de” empregada logo após “ferocidade”, no trecho “acostumando os
espectadores a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados”, manteria a correção gramatical do
texto.
Comentários:
A preposição “DE” é obrigatória pela regência do adjetivo “afastados”: afastados de algo > afastado de uma
ferocidade. Como foi utilizado o pronome relativo, a preposição obrigatória aparece normalmente antes
desse pronome:
a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados. Questão incorreta.

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(TCE PE / ASSISTENTE TÉCNICO)


A aceitação do princípio de que os direitos individuais não podem ser suspensos deslegitima o argumento e
autoriza a resistência à desobediência.
Por estar iniciando oração subordinada, o emprego da preposição “de” é opcional; por isso, sua retirada
não violaria as regras da norma culta e preservaria a coerência textual.
Comentários:
A oração “de que os direitos individuais não podem ser suspensos” exerce função de complemento
nominal do substantivo ‘princípio’, então a preposição não pode ser suprimida. Questão incorreta.

(PC-ES / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR)


No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas”, a
omissão da preposição “de” prejudicaria a correção gramatical do período.
Comentários:
A oração “de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas” é complemento nominal
do adjetivo “convencidos” (estar convencido DE alguma coisa). Portanto, não se admite a supressão da
preposição. Questão correta.

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CRASE
A crase é uma união de sons vocálicos iguais. O acento correspondente se chama acento grave. Na
expressão: Ele e eu almoçamos ocorre crase, pela união do “e” final da palavra ele e do e conjunção, que
são pronunciados como /i/. Leia em voz alta para você ouvir... Ouviu? Aqui usaremos crase como sinônimo
do acento grave (à), para facilitar, ok?
O caso que nos interessa é a crase que ocorre na contração da preposição “a” com artigos femininos ou
com o “a” em alguns pronomes demonstrativos e relativos:
Ex.: Assisti ao jogo. (assistir “a” + “o” jogo = ao)
Ex.: Assisti à novela. (assistir “a” + “a” novela = à)
Ex.: Estou visando a este cargo. (visar “a” + Este)
Ex.: Estou visando àquele cargo. (visar “a” + aquele = àquele)
Ex.: Estou visando à remuneração. (visar “a” + “a” remuneração = à)
Ex.: Esse é o livro ao qual me referi. (se referir “a” + “o” qual – livro)
Ex.: Essa é a apostila à qual me referi. (se referir “a” + “a” qual – apostila)
Os principais modos de identificar se há crase ou não é perguntar se aquele substantivo após a preposição
“a” aceita artigo feminino. Um macete famoso é imaginar aquele substantivo na função de sujeito de uma
frase qualquer. Veja:
Ex.: Aludi ( ) + ( ) crianças. Será que tem preposição? Será que tem artigo?
Aludir (referir-se) é VTI e pede a preposição “a”. Vamos colocar crianças na posição de sujeito e ver se
aceita artigo:
Crianças gritam muito. As crianças gritam muito.
Foi fácil perceber que o substantivo crianças aceita esse artigo feminino. Logo:
Aludi ( a ) + ( as ) crianças Aludi às crianças.
Usaremos esse teste para alguns outros casos. Agora vamos seguir...
Aproveito para relembrar que esse assunto depende de um bom conhecimento do uso do artigo. É
fundamental lembrar que o artigo definido é utilizado para se referir especificamente a uma entidade, seja
porque ela é determinada no texto, por ter aparecido antes, por ser de conhecimento do leitor, ou por ter
uma referência clara que se possa inferir do contexto em geral. A ausência do artigo indica que o termo
está sendo utilizado de forma mais genérica, vaga, imprecisa, indefinida. Se o artigo for obrigatório, a crase
será consequência.

Crase Obrigatória
Esses são os casos mais importantes, pois, sabendo quando é obrigatória a crase, você elimina, por
exclusão, os casos proibidos e os facultativos.
É importante também entender que o artigo definido “a” tem o efeito de determinar o nome, dar um
sentido de familiaridade.
Ex.: Na praça sempre havia crianças. Após o atentado, as crianças não ficam mais lá.

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Observe que na primeira ocorrência, “crianças” não tem artigo, pois é genérico. Na segunda ocorrência,
essas crianças já são definidas, familiares, específicas, são conhecidas porque já foram mencionadas; por
isso há o artigo definido “as”. Os substantivos que são determinados (conhecidos/especificados), por essa
razão, devem ter artigo definido.

Preposição “a” + Artigo Feminino “a” ou pronomes “a”, “a


qual/que”, “aquela”
Esse é o caso tradicional, explicado acima. O verbo pede “a” preposição e o substantivo feminino pede “a”
artigo.
Ex.: Agradei à plateia, desagradei aos proprietários. (agradei a+a plateia)
Ex.: Dedique-se àquela vida que você gostaria de ter, não à que está tendo agora nem àquela que
teve antes. (dedique-se a+a que (aquela que))
Cuidado, o “a”, antes da preposição “de” ou do pronome relativo “que”, parece um artigo, mas na verdade
é pronome demonstrativo, equivalente a “aquele”. Então, a preposição “a” exigida pelo verbo pode
também se fundir com esse pronome. Acompanhe:
Ex.: Entre as líderes, segui a de maior experiência. (aquela de maior experiência)
Ex.: Entre as líderes, segui a que tinha maior experiência. (aquela que tinha...)
Agora, vamos ver o efeito de um verbo que peça preposição “a”.
Ex.: Entre as líderes, obedeci à de maior experiência. (àquela de maior experiência)
Ex.: Entre as líderes, obedeci à que tinha maior experiência. (àquela que tinha...)
OBS: Gramáticos como Bechara e Celso Pedro Luft consideram esse “a” como artigo antes de palavra
omitida (líderes). Se esse posicionamento for cobrado, também está correta a classificação como artigo.

(MP-CE / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2020)


o aparecimento da rede mundial de computadores pôs fim — no que diz respeito à informação — à própria
noção de “viagem”
A supressão do acento indicativo de crase em “à própria noção de ‘viagem’” (L.11) manteria os sentidos e a
correção gramatical do texto.
Comentários:
Temos crase obrigatória na fusão de preposição e artigo: “pôs fim A + A própria noção de viagem”.
A supressão do acento grave prejudicaria a correção. Questão incorreta.

(TRE TO / 2017)

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No trecho “em uma época anterior à dos dinossauros”, o emprego do sinal indicativo de crase decorre da
regência do adjetivo “anterior” e presença do artigo feminino antes do termo elíptico “época”.
Comentários:
Questão correta. Temos crase pela fusão entre “anterior A+A (época) dos dinossauros. Esse A foi
considerado artigo diante de substantivo elíptico.

Nomes de lugares particularizados


A crase vai depender de o nome de lugar aceitar ou não artigo. Se estiver determinado, isto é, especificado
por um termo ou até pelo contexto, o lugar passa a ter artigo definido.
Ex: Gosto de Recife (menção genérica a Recife, sem artigo, sem especificação)
Ex.: Vou à Recife que ninguém conhece ainda. (Não é uma Recife qualquer, é específica, é “aquela
que ninguém conhece ainda”; por isso se usa o artigo “a”)
Não posso deixar de reproduzir aqui o lendário macete: quem vai “a” e volta “da”, crase haverá. Mas
quem vai “a” e volta “de”, crase para quê?
Quem vai à Bahia, volta da Bahia.
Quem vai a Brasília, volta de Brasília.
Quem vai à Meca, volta da Meca.
Quem vai a Recife, volta de Recife.
Quem vai a Campinas, volta de Campinas.
Isso ocorre porque certos lugares aceitam artigo, outros não. Vamos fazer aquele teste: “*A Recife é uma
cidade bela” ou “*A Brasília é uma cidade cinza”. Ficou estranho, né? Parece que estamos falando daquele
carro antigo...
Veja que esse artigo não cabe antes desses nomes. Se não aceita artigo, não há crase. Agora observe como
certos nomes aceitam o artigo ou como o artigo surge naturalmente quando especificamos esse nome.
Isso ocorre porque nomes que trazem determinantes, naturalmente, tornam-se determinados, definidos.
Logo, pedem artigo definido.
A Bahia é linda.
Vou à Bahia curtir o bloco dos concurseiros.
A Recife que amei não existe mais. (Não é qualquer Recife, é "a Recife amada")
Vou à Recife que amei. (Como Recife está especificada, há crase = vou a + a Recife que amei)

Locuções Femininas
Essas expressões têm um “núcleo feminino” e sempre vêm com acento grave!
Ex.: Vire à direita depois à esquerda. (locução adverbial)
Ex.: Chegue às duas horas por favor. (locução adverbial)
Ex.: A menina gostava de ficar à toa. (locução adjetiva)

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Ex.: Estude para não ficar à espera de um milagre. (locução prepositiva)


Ex.: Seu humor melhorava à medida que lia. (locução conjuntiva)

Atenção às locuções adverbiais com sentido de meio ou instrumento: a (à) mão, a (à) caneta, (à) a vista, (à)
a prestação. Nesses casos, há controvérsia entre os gramáticos; então você deve presumir na prova que
ambas as formas são aceitas, a crase é facultativa. No entanto, a preferência é usar a crase, para eliminar
ambiguidades:
Desenhei à mão (meio/instrumento) x Desenhei a mão (a mão foi desenhada?)
Apesar da controvérsia, guarde também que a expressão “a distância” não tem crase, salvo se vier
especificada esta distância.
Ex.: Estudo a distância porque a universidade pública mais próxima da minha casa fica à distância de
40 km.

(PGE-PE–Assistente de Procuradoria – 2019)


Tenho ótimas recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da minha infância, às gargalhadas,
vestindo um macacão que minha própria mãe costurava, com bastante capricho.
A retirada do sinal indicativo de crase em “às gargalhadas” (L.2) preservaria os sentidos e a correção
gramatical do texto.
Comentários:
“às gargalhadas” é uma locução adverbial com sentido de “gargalhando, rindo muito”. Se o acento grave
sair, fica apenas “as gargalhadas”, então o “as” será apenas artigo e o valor adverbial se perderá, alterando
o sentido. Questão incorreta.

À moda de (à maneira de; ao estilo de)


Há outra locução prepositiva que sempre cai em prova. Trata-se de um subcaso da regra acima, mas, por
sua importância, memorize-a como se fosse um caso especial:
Ex.: Vou almoçar talharim à moda do chefe. (expressão feminina “à moda de”)
Ex.: Vou almoçar bacalhau à Gomes da Costa. (“à moda de” está implícita)
Ex.: As opções são bife a cavalo e frango a passarinho. (Cavalo e frango não lançam moda. Não há

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crase.)

(BNB – 2018)
Sendo assim, precisamos aumentar ao máximo o balanço de situações apresentadas à máquina para não
pesar um lado mais do que o outro”, detalha.
O emprego do sinal indicativo de crase em ‘à máquina’ (L.2) é facultativo; portanto, sua eliminação não
prejudicaria a correção gramatical do trecho.
Comentários:
Não é facultativo, temos fusão de preposição exigida por “apresentadas” com artigo diante de “máquina”:
situações apresentadas A + A máquina. Temos crase obrigatória. Questão incorreta.
(MP-PI / ANALISTA MINISTERIAL / 2018)
O alferes eliminou o homem. Durante alguns dias as duas naturezas equilibraram-se; mas não tardou que a
primitiva cedesse à outra; ficou-me uma parte mínima de humanidade.
É facultativo o emprego do acento indicativo de crase em “à outra”, de modo que sua supressão não
comprometeria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
Comentários:
Por isso é que muita decoreba pura às vezes não funciona. Pronomes indefinidos normalmente não
aceitam crase; mas se for possível usar artigo, pode haver crase sim. É o que ocorre aqui, temos artigo
antes de “a (natureza) primitiva” e “a outra (natureza)”. Então, por haver artigo antes de cada uma das
unidades, vai haver crase: cedesse A + A outra (a outra natureza)
Portanto, temos crase obrigatória. Questão incorreta.

(MPU / ANALISTA / 2018)


A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente
sobre um assunto.
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o sentido
do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Comentários:
Aqui, não há prejuízo gramatical algum, pois a troca da preposição “com” por “a” geraria a necessidade do
acento grave, como a banca propôs:
“relacionada com a disciplina”
relacionada à disciplina (relacionada A+A disciplina) Questão incorreta.

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(SEFAZ-RS–Auditor Fiscal – 2019)


A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos de
estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder a um
soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de tributar
seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria comparável a
usurpação ou roubo.
A inserção do sinal indicativo de crase em “a usurpação” (L.14) não prejudicaria a correção gramatical do
texto.
Comentários:
Não há crase no texto porque temos substantivos usados de maneira geral, ampla e não especificada, sem
artigo definido:
Comparável A + usurpação
Comparável A + roubo
A prova disso é que não há artigo também antes de “roubo”. Se houvesse artigo diante dos substantivos,
não bastaria colocar crase, seria necessário também usar artigo diante do segundo substantivo,
respeitando, por paralelismo, a determinação dos dois substantivos por artigo:
Comparável A + A usurpação= Comparável À usurpação
Comparável A + O roubo= Comparável AO roubo
Portanto, não seria possível usar crase no primeiro substantivo sem usar o artigo no segundo.
Questão incorreta.
(IPHAN / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento urbano. Conceitos
rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação
das políticas.
No trecho “à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na formulação das políticas” (L.2-3),
o emprego do sinal indicativo de crase é obrigatório em ambas as ocorrências.
Comentários:
Há crase no primeiro item da enumeração, o que significa que há fusão de preposição com artigo. Por uma
questão de paralelismo, a banca entende que você deve ter crase em todos os outros itens, para indicar
que em cada um deles há a mesma estrutura: preposição “a”+ “a” artigo.
Conceitos rígidos dão lugar à flexibilidade (dão lugar “a”+ “a”),
Conceitos rígidos dão lugar à análise de cenários alternativos (dão lugar “a”+ “a”)
Conceitos rígidos dão lugar à inclusão da sociedade... (dão lugar “a”+ “a”) Questão correta.

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(ABIN–Agente de Inteligência – 2018)


Se praticada por autoridade superior, a espionagem pode configurar, além de infração penal, crime de
responsabilidade, que, a despeito do nome, não tem natureza de crime em sentido técnico, mas, sim, de
infração política sujeita a cassação de mandato e suspensão de direitos políticos.
O paralelismo sintático do último parágrafo do texto seria prejudicado se fosse inserido sinal indicativo de
crase em “a cassação”.
Comentários:
Para manter o paralelismo (uso de estruturas semelhantes, simétricas, paralelas), teríamos que ter artigo
(e crase) antes dos dois complementos:
- Sujeito à cassação de mandato e à suspensão de direitos políticos.
Incluir o acento indicativo de crase somente diante do primeiro termo prejudica a simetria das estruturas,
pois teríamos um termo com preposição e artigo e outro não.
Uma outra possibilidade seria a preposição aparecer apenas antes do primeiro complemento. Em uma
enumeração, é possível, pelo princípio da economia, colocar a preposição antes apenas do primeiro
elemento.
- Sujeito à (preposição + artigo) cassação de mandato e a (apenas artigo) suspensão de direitos políticos.
Questão correta.
(IFF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)
Cada uma das opções a seguir apresenta uma proposta de reescrita do trecho “devido à sua rigidez
administrativa, inadequação das normas e grande quantidade de regulamentos”. Assinale a opção em que
a reescrita, além de manter o sentido da informação originalmente apresentada, também preserva a
correção gramatical do texto.
A) devido à sua rigidez administrativa, à inadequação das normas e à grande quantidade de regulamentos
B) devido à sua rigidez administrativa, a inadequação das normas e a grande quantidade de regulamentos
C) devido sua rigidez administrativa, inadequação das normas e grande quantidade de regulamentos
D) devido à sua rigidez administrativa, à inadequação das normas e grande quantidade de regulamentos
E) devido sua rigidez administrativa, a inadequação das normas e a grande quantidade de regulamentos
Comentários:
Conforme inferimos do enunciado e das alternativas, aqui a banca exigia que se observasse o paralelismo
na enumeração dos complementos. Então, a forma correta que utiliza estruturas simétricas, com
preposição e artigo diante de cada item seria:
... devido à (“a” artigo + “a” preposição) sua rigidez administrativa,
à (“a” artigo + “a” preposição) inadequação das normas e
à (“a” artigo + “a” preposição) grande quantidade de regulamentos
Nas demais opções, observe que não há paralelismo entre os itens, falta sempre alguma coisa, em algumas
falta artigo, em outras falta preposição ou ambos. Gabarito letra A.

Crase Proibida

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Para haver crase, temos duas condições simultâneas. Se não houver preposição “a” ou não houver artigo
“a” ou um “a” inicial dos pronomes vistos acima, não há como haver crase. As proibições derivam dessa
noção.

Diante de palavra masculina ou verbo


Ex.: Paguei meu carro metade à vista e metade a prazo.
Ex.: Cheguei a duvidar de você.
Se a palavra é masculina, não pode ter artigo feminino. Simples assim. Você não diz “a menino”, diz? Então
não vá inserir crase diante de palavra masculina!!!

Diante de formas de tratamento


Ex.: Não fui apresentado a Vossa Excelência.
Atenção: as formas de tratamento senhora, senhorita, doutora, madame admitem crase, porque
poderiam ter artigo feminino em posição de sujeito. Vamos fazer aquele teste para ver se aceita artigo:
Enviei a carta (enviar a + as) às senhoritas>> As senhoritas morreram.
Enviei a carta (enviar a + X) a vocês>> As vocês morreram. (Não aceita artigo)
Obs.: Também não cabe artigo antes de pronome pessoal.
Pense se você escreveria: o ele morreu; a ela é bonita. Você certamente não usaria esse artigo, certo?
Então não pode haver crase. A maioria dos pronomes não aceita artigo, pois já trazem em si mesmos
sentido definido ou indefinido.
Também se repete muito por aí que não pode haver crase com pronomes indefinidos nem demonstrativos.
Isso não é totalmente verdade, se o pronome aceitar artigo ou iniciar por “a”, a crase é possível. Portanto,
pode haver crase antes de:
Pronomes indefinidos: pouca(s), muitas, demais, outra(s) e várias
Pronomes demonstrativos: aquele(a/s), aquilo, mesma(s), própria(s)
Ex: Entreguei o presente às outras/demais/várias/mesmas meninas que encontrei

Diante de substantivo com sentido geral e indeterminado


Se um substantivo é mencionado genericamente, não poderá ter artigo definido, pois logicamente o que é
definido não pode ser genérico. Não havendo artigo, não haverá crase também, pois faltaria uma condição.
Ex.: Nunca doei dinheiro a partido político. (qualquer partido)
Ex.: Nunca doei dinheiro ao partido político. (partido específico, conhecido do falante e mencionado
antes)
Ex.: Nunca doei dinheiro a entidade filantrópica. (qualquer entidade, genericamente considerada)
Ex.: Nunca doei dinheiro à entidade filantrópica. (entidade específica, conhecida do falante e
mencionada antes)
Observem que nesses casos a omissão da crase não prejudica a correção gramatical, mas traz mudança no
grau de especificação do substantivo, tornando-o indefinido. Atenção que essas são as exatas palavras que
a banca usa quando cobra esse ponto.

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Cuidado: o fato de haver essa possibilidade não significa que toda e qualquer crase diante de palavra
feminina no singular vai ser “dispensável”, a possibilidade de usar substantivo como “genérico” deve ser
vista com muita ressalva; quase sempre, se ocorreu crase é porque o substantivo estava determinado no
contexto. Veja também que o fato de o substantivo estar acompanhado de algum adjetivo ou
determinante não garante que seja um substantivo “determinado e específico”, como percebemos no
terceiro exemplo: “Nunca doei dinheiro a entidade filantrópica. (qualquer entidade, genericamente
considerada)”. É o contexto que dirá se o autor usou o substantivo como específico, familiar, conhecido.

Diante das palavras “casa” e “terra”, se não especificadas


Se não é especificada, não há como haver artigo “definido”. A ausência do artigo sinaliza o uso não familiar
ou genérico da palavra.
Ex.: A fragata retornou a terra. (terra firme)
Ex.: A fragata retornou à terra prometida. (terra especificada)
==2537cb==

Ex.: Vou a casa almoçar e já volto. (casa do falante)


Ex.: Vou à casa de meu pai e já volto. (casa especificada)

Entre palavras repetidas


Ex.: Vou ler uma a uma todas essas apostilas.
Ex.: Nunca fiquei face a face com um escritor.

Após preposição
Ex.: Liberaremos o curso mediante a comprovação do pagamento.
Ex.: Fui contra a máfia dos sindicatos desde a inauguração.
Obs: é possível haver crase após a preposição “até”, inclusive esse é um dos casos facultativos.

Antes de “uma”
Ex.: Leve-me a uma unidade desse curso.
Se já existe um artigo indefinido não pode haver um segundo artigo definido ligado ao mesmo nome. Logo,
falta uma condição para a crase.
Contudo, é possível usar crase antes de “uma” em locução adverbial indicativa de hora exata:
Ex: Sairei daqui à uma hora da tarde, sem atrasos.

(IMBEL / 2021)
No texto a seguir há dois casos de acento grave indicativo da crase:

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“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-feiras à noite.”
Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.
A) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos de Nova York.
(American Airlines)
B) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de metrô, na última
semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)
C) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe lingerie)
D) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)
E) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel nº 5. Mas seria melhor se fosse. (Air France)
Comentários:
Ocorre crase em " Carta aberta à doce senhora que se perdeu", pela fusão de preposição com artigo: carta
A+A doce senhora ...
Corrijamos as demais:
A) Nas Bermudas, você está a 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos de Nova York.
(American Airlines)
Não ocorre crase porque temos apenas preposição, sem artigo.
C) Circe faz você tão tentadora quanto a mais bonita sobremesa. (Circe lingerie)
Não ocorre crase porque temos apenas artigo.
D) O navio que trouxe para a América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)
Não ocorre crase porque temos apenas artigo.
E) Você não precisa ir a Paris para comprar Chanel nº 5. Mas seria melhor se fosse. (Air France)
Não ocorre crase porque temos apenas preposição, sem artigo.
Gabarito letra B.

(SEFAZ-DF / AUDITOR FISCAL / 2020)


Dada a regência do verbo tender, é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase no vocábulo “a” em
“tendem a ser menos efetivas”.
Comentário
Considerando o termo a que se liga a expressão “tendem a”, o emprego do acento grave indicativo da
crase seria inadequado em termos de correção gramatical. Questão incorreta.

(PRF / POLICIAL / 2019)


Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os cientistas.
Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, o primeiro período do terceiro parágrafo
poderia ser assim reescrito: Contudo, os cientistas avisam que ter tanta luz à nosso dispor custa muito caro
ao meio ambiente.

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Comentários:
Não há crase antes de palavra masculina: à a nosso dispor... Questão incorreta.

(STJ / CONHECIMENTOS BÁSICOS / 2018)


... e tem hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de crase no vocábulo
“a” em “a esse estado de coisas”.
Comentários:
“Estado” é palavra masculina, nunca poderia trazer um artigo feminino relacionado a ela. Se não pode
haver artigo, não há como haver crase na fusão. Questão incorreta.

(PF / AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL / 2018)


Seu diferencial era não só buscar pela assinatura digital ou nomes conhecidos, mas também por novos
arquivos por intermédio da leitura dos pixels presentes na imagem calibrados a uma paleta de tons de pele.
Começava a revolução em termos de investigação criminal de pornografia infantil.
O emprego do sinal indicativo de crase em “a uma paleta” (L.3) manteria a correção gramatical do texto,
uma vez que, no trecho, o vocábulo “a” antecede palavras no feminino.
Comentários:
Não cabe crase antes de artigo feminino “uma”. Questão incorreta.

(EMAP / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR / 2018)


À primeira vista, é difícil compreender como podemos ter consciência da evidência do nosso valor no
conceito dos outros sem a consciência do nosso valor em si.
A correção gramatical e as informações do texto seriam preservadas caso o período “À primeira vista, (...)
do nosso valor em si” (L. 5 a 6) fosse assim reescrito: Como é possível ser vaidoso sem ser orgulhoso,
parece algo, à um primeiro olhar, difícil de se entender.
Comentários:
Veja que não há que se perder tempo com essa questão. Bastava observar que não há crase antes de “um”,
pois “olhar” é substantivo masculino. Isso já anula o item. Questão incorreta.

(IHBDF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO TÉC. / 2018)


A vida de Florence Nightingale, a criadora da moderna enfermagem, daria um romance. Florence estava
destinada a receber uma boa educação, a casar-se com um cavalheiro de fina estirpe, a ter filhos, a cuidar
da casa e da família.
A correção gramatical do texto seria mantida se fosse inserido o acento indicativo de crase no vocábulo “a”
no trecho “destinada a” (L. 2).
Comentários:

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Não há crase antes de verbo (receber). Questão incorreta.

(CGM - JOÃO PESSOA / 2018)


No trecho “Diga não às ‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego do sinal indicativo de crase no
vocábulo “a” em “dia a dia”.
Comentários:
Não há crase entre palavras repetidas de uma locução. Melhor que gravar isso é entender que só há crase
na fusão de A+A, havendo um único A, só temos metade das condições, então não há crase.
Questão incorreta.

(EBSERH / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO / 2018)


Os itens a seguir apresentam propostas de reescrita do trecho “Contudo — Florence era Florence —,
mesmo acamada, continuou trabalhando intensamente. Colaborou com a comissão governamental sobre
saúde dos militares, fundou uma escola para treinamento de enfermeiras, escreveu um livro sobre esse
treinamento.”
Julgue-os quanto à correção gramatical.
Entretanto, Florence era Florence. Ainda que acamada, continuou trabalhando sem sessar e colaborou com
a comissão do governo à respeito dos hábitos militares. Além disso, fundou uma escola para treinamento
de enfermeiras e escreveu um livro onde explicava esse treinamento.
Comentários:
Não é possível haver crase antes da palavra masculina “respeito”. Questão incorreta.

Palavra em
sentido
genérico, Entre palavras
Antes de
indefinido repetidas
Masculino,
verbo, "uma" e após
Pron. Tratam. preposição

Crase
Proibida

Crase Facultativa
Em essência, a crase é facultativa quando o artigo for facultativo.

Antes de pronomes possessivos ‘adjetivos’:


Antes de um pronome possessivo adjetivo, isto é, de um pronome possessivo que “acompanhe” um
substantivo feminino, a crase é facultativa, porque o artigo é facultativo.

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Ex.: Levei flores à/a sua mãe.


Ex.: Cedi todos os meus direitos à/a sua filha.
Porém, se o pronome possessivo substituir outro termo que estiver elíptico (isto é, se for um possessivo
substantivo), a crase será obrigatória.
Ex.: Referi-me à/a minha mãe, não à sua (mãe).

Diante de nomes próprios:


Ex.: Levei flores a/à Cecília.

Após a preposição “até”:


Há uma variante da preposição “até”, que é a locução prepositiva “até a”. Por essa razão, a crase é
facultativa. Se “até” tiver sentido de inclusão, não assume essa forma de locução.
Ex.: Fui até a/à cidade vizinha atrás dessa mulher.
Ex.: Até a bruxa do 71 tinha sentimentos.

Até a
antes de
antes de
nome
Possessivos
próprio

Crase
Facultativa

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QUESTÕES COMENTADAS - REGÊNCIA VERBAL - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)

Pix: é o fim do dinheiro em espécie?


O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.

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Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
(ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado).

O verbo implicar assume diferentes sentidos, dependendo de sua regência. No trecho “Essa
característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois implica
envio ou recebimento imediato”, o seu sentido é
A) acarretar
B) comprometer
C) hostilizar
D) importunar
E) requerer
Comentário:
“IMPLICAR” é verbo transitivo DIRETO com sentido de acarretar, causar, pressupor: Implica envio
ou recebimento imediato.
Ressalto que, nesse sentido, “implicar EM” é erro de regência.
É possível ainda “implicar COM”, no sentido de irritar, perseguir.
Outra regência é “implicar alguém EM algo”, no sentido de envolver: A investigação implicou o
senador em um esquema de corrupção.
Gabarito: A

2. (Cesgranrio/UNIRIO/Técnico de Administração /2019)


Considere a seguinte passagem: “A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar
o caniço”
A reescritura na qual a regência do verbo destacada NÃO está de acordo com a norma-padrão é:
A) A uma dezena de metros, olhos curiosos espiavam o intruso, que montava seu caniço.
B) A uma dezena de metros, olhos curiosos observavam o intruso a montar o caniço.
C) A uma dezena de metros, olhos curiosos assistiam o intruso montar o caniço.
D) A uma dezena de metros, olhos curiosos espreitavam o intruso montando o caniço.
E) A uma dezena de metros, olhos curiosos deleitavam-se com o intruso a montar seu caniço.
Comentários:

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Cuidado, pois a questão pede o item incorreto.


Nas letras A, B e D, temos verbos transitivos diretos (Ex. ESPIAR algo; OBSERVAR algo,
ESPREITAR algo), ao passo que na letra E temos um verbo transitivo indireto que exige a
preposição "com" (Ex. DELEITAR-SE [com] algo).
O erro de regência está na letra C, pois o verbo "assistir" no sentido de "ver/presenciar" é
transitivo indireto e exige a preposição "a". Logo, a forma correta é "assistiam AO intruso".
Gabarito letra C.

3. (Cesgranrio/UNIRIO/Assistente em Administração /2019)


No trecho “concentrou diferentes projetos”, o verbo concentrar apresenta a mesma regência do
verbo destacado em:
A) O cenário atual mostra um cenário bem diferente.
B) Hoje, os bairros portuários do Rio parecem um cartão postal.
C) Agora os comerciantes confiam nesse bairro.
D) Nas lojas para turistas, sobressaem anéis e pulseiras.
E) A Zona Portuária necessitava de muitas benfeitorias.
Comentários:
O verbo "concentrar", no sentido de "acumular" (Ex. ACUMULOU diferentes projetos), é
transitivo direto e, portanto, não há necessidade de preposição introduzindo seu complemento.
Sendo assim, devemos buscar uma alternativa com essas características.
A) Nesse caso, a regência é igual, pois "mostrar" é um verbo transitivo direto (Ex. MOSTRAR
alguma coisa). Alternativa correta.
B) Aqui, o verbo "parecer" funciona como "verbo de ligação", pois está conectando o sujeito
"os bairros portuários do Rio" ao seu predicativo (característica desses bairros). A regência é
diferente. Incorreta.
C) O verbo "confiar" exige a preposição "em" (fato comprovado pela presença do "NESSE = EM
+ ESSE"), ou seja, temos um verbo transitivo indireto. A regência é diferente. Incorreta.
D) Cuidado, pois "sobressair" é intransitivo (o sentido é completo e não há necessidade de
complemento), mas a frase não está na ordem direta (Ex. Nas lojas para turistas, anéis e pulseiras
SOBRESSAEM). A regência é diferente. Incorreta.
E) O verbo "necessitar" é transitivo indireto e exige a preposição "de" (Ex. necessitar DE algo). A
regência é diferente. Incorreta. Gabarito letra A.

4. (CESGRANRIO/Transpetro/Taifeiro /2018)
A frase em que o verbo destacado apresenta a regência de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa é:
A) A população daquela região não aprovou às restrições impostas pelos órgãos governamentais
para a preservação do meio ambiente.
B) As instituições financeiras costumam a diminuir as taxas de juros para favorecer as
possibilidades de empréstimos dos clientes.
C) O esportista lembrou-se que estava atrasado para o compromisso assumido, no dia anterior,

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durante o treinamento da equipe.


D) O ato de pesquisar envolve ao trabalho de coleta de dados pelos estudiosos, resultando em
benefícios para a ciência.
E) O escritor afeiçoou-se ao estudo da palavra, ao escutar, ainda nos primeiros anos de sua vida,
as histórias lidas pela mãe.
Comentários:
A) O verbo "aprovar" (Ex. aprovar alguém/alguma coisa) não exige preposição "a", ou seja, a
forma correta é sem o acento indicativo de crase (aprovar " " + "AS" = acompanham AS
restrições impostas). Incorreta.
B) A forma verbal "costumam" não exige a preposição "a", pois é um verbo transitivo direto, ou
seja, a forma correta é "COSTUMAM diminuir". Incorreta.
C) O verbo "lembrar", assim como "esquecer", funciona em "pares". Sendo assim, usamos
"pronome + preposição" ou não usamos nada. O erro dessa alternativa está ausência da
preposição "de" (Ex. lembrou-SE DE). Incorreta.
D) O verbo "envolver" (Ex. envolver alguém/alguma coisa) não exige preposição "a", ou seja, a
forma correta é sem o acento indicativo de crase (envolve " " + "O" = envolve O trabalho de
coleta). Incorreta.
E) A construção é perfeita aqui, pois a ideia é "afeiçoar-se A alguma coisa (Ex. afeiçoou-se "A" +
"O" estudo da palavra = afeiçoou-se "AO" estudo da palavra). Alternativa correta. Gabarito letra
E.

5. (Cesgranrio/LIQUIGÁS/Profissional Júnior - Administração/2018)


Um dos aspectos fundamentais da regência verbal é o uso adequado da preposição. A
preposição destacada está empregada de acordo com a norma-padrão em:
A) Não é bom descuidar-se com a leitura.
B) Informei-lhe de que a biblioteca fecharia à tarde.
C) Ler textos literários implica em formar cidadãos democráticos.
D) Perdoo a todos os vilões dos romances: sem vilões, sem histórias.
E) Com um livro na cabeceira, quero chegar em casa o quanto antes.
Comentários:
A) O verbo "descuidar" exige a preposição "DE" e não "COM" (Ex. descuidar-se DE algo).
Incorreta.
B) Muito cuidado aqui, pois o verbo "informar" é transitivo direto e indireto e exige, de fato, a
preposição "de", porém, o erro da alternativa é o uso do "lhe" (pronome átono que também
funciona como "objeto indireto"). Você informa algo a alguém, ou informa alguém de algo. Dois
objetos, um de cada tipo.
Informei-lhe que a biblioteca fecharia à tarde.
Informei-o de que a biblioteca fecharia à tarde.
Logo, tanto o "lhe" quanto o "de" indicam dois objetos indiretos no mesmo verbo (ISSO É UM
ERRO!). Incorreta.
C) O verbo "implicar", no sentido de gerar/resultar/acarretar/ter como efeito, é transitivo direto

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e, portanto, não exige preposição "em" (Ex. implica formar cidadãos). Incorreta.
D) O verbo "perdoar", quando seu complemento é uma pessoa, funciona como transitivo
indireto e exige a preposição "a" (Ex. perdoar A alguém). Logo, a construção aqui é adequada
no que se refere à regência verbal. Alternativa correta.
E) O verbo "chegar", assim como o verbo "ir", é intransitivo. Contudo, por seu sentido de
deslocamento, vem acompanhado com uma circunstância de lugar (adjunto adverbial de lugar), o
qual é introduzido pela preposição "A", mas NUNCA pela preposição "EM". Incorreta. Gabarito
letra D.

6. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Científico/2018)


O período que atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa, no que diz respeito
à regência verbal, é:
A) A maioria dos problemas os quais lidamos são fáceis de resolver.
B) Esse livro, cujos capítulos estudei, vai ser avaliado na prova.
C) O tratamento que falou não está disponível na rede pública.
D) Lya Luft, cujas ideias temos simpatia, é uma boa escritora.
E) Ela é a amiga que conto para me fazer companhia hoje.
Comentários:
A) O verbo "lidar" exige a preposição "com" e ela deve ser colocada antes do pronome relativo
"os quais" (Ex. COM os quais lidamos). Incorreta.
B) Está tudo adequado nessa frase, pois o verbo "estudar" é transitivo direto e, portanto, não
exige preposição. Logo, usamos apenas o pronome relativo "cujos" não precedido de
preposição. Alternativa correta.
C) O verbo "falar" exige a preposição "de" e ela deve ser colocada antes do pronome relativo
"que" (Ex. O tratamento DE que falou). Incorreta.
D) O termo "simpatia" exige a preposição "por" (simpatia POR algo), ou seja, a forma adequada
no que concerne à regência é "POR cujas ideias temos simpatia" (preposição colocada antes do
pronome relativo "cujas"). Incorreta.
E) O verbo "contar" exige a preposição "com" (contar COM alguém/alguma pessoa) e ela deve
ser colocada antes do pronome relativo "que" (Ex. Ela é a amiga COM que conto). Incorreta.
Gabarito letra B.

7. (CESGRANRIO / Petrobrás / Advogado Jr / 2018)


Considere a seguinte frase:
“Os lançamentos tecnológicos a que o autor se refere podem resultar em comportamentos
impulsivos nos consumidores desses produtos”.
A utilização da preposição destacada a é obrigatória para atender às exigências da regência do
verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
É também obrigatório o uso de uma preposição antecedendo o pronome que destacado em:
A) Os consumidores, ao adquirirem um produto que quase ninguém possui, recém-lançado no
mercado, passam a ter uma sensação de superioridade.

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B) Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre trazem novidades que justifiquem seu
preço elevado em relação ao modelo anterior.
C) O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador realizou foi importante para mostrar
que o vício em novidades tecnológicas cresce cada vez mais.
D) O hormônio chamado dopamina é responsável por causar sensações de prazer que levam as
pessoas a se sentirem recompensadas.
E) As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais do que o seu orçamento permite em
aparelhos que elas não necessitam.
Comentários:
Essa questão trabalha os aspectos de regência verbal, mais precisamente quais são as
preposições exigidas pelos verbos. Sendo assim, torna-se de grande valia observar o caráter
semântico do verbo naquele contexto e, não menos importante, classificá-lo como transitivo
direto (VTD), transitivo indireto (VTI), verbo transitivo direto e indireto (VTDI) e intransitivo (VI).
a) “Os consumidores, ao adquirirem um produto que quase ninguém possui, recém-lançado no
mercado, passam a ter uma sensação de superioridade”. (“possuir” é VTD e não exige
preposição).
b) “Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre trazem novidades que justifiquem seu
preço elevado em relação ao modelo anterior”. (“justificar” é VTD e não exige preposição).
c) “O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador realizou foi importante para mostrar
que o vício em novidades tecnológicas cresce cada vez mais”. (“realizar” é VTD e não exige
preposição).
d) “O hormônio chamado dopamina é responsável por causar sensações de prazer que levam as
pessoas a se sentirem recompensadas”. (“levar” é VTDI e, desse modo, a preposição não precisa
ser colocada antes do “que”).
OBS: o verbo “levar” pode ser tanto VTD (ideia de levar algo, transportar alguma coisa) quanto
VTDI (levar algo a alguém ou levar alguém a fazer alguma coisa); neste contexto, as pessoas são
levadas a “fazer” alguma coisa, o complemento veio na forma de infinitivo.
e) “As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais do que o seu orçamento permite em
aparelhos que elas não necessitam”. (“necessitar” é VTI e exige a preposição antes do “que”).
Alternativa correta. Gabarito letra E.

8. (CESGRANRIO / Petrobras / Téc. Enferm. Trab. / 2017)


No trecho “Desde o início da vida em sociedade, as fontes de energia de que o homem precisa
devem ser geradas continuamente”, o uso da preposição de é obrigatório para atender às
exigências de regência verbal na norma padrão da língua portuguesa.

É obrigatório também o emprego de uma preposição antecedendo o termo que em:


A) A desvantagem que a criação de usinas para captação de energia eólica possui é o impacto
sonoro provocado pelos ruídos das turbinas.
B) A força cinética que os pesquisadores se referem é produzida por geradores elétricos
associados ao eixo de cata-ventos.

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C) A maior vantagem que os estudiosos mencionam é o fato de as usinas eólicas não


promoverem queima de combustível.
D) O mais importante papel que a energia eólica desempenhou na história da humanidade foi o
transporte marítimo.
E) A mortandade de aves que os analistas relacionam às hélices das grandes turbinas é uma das
desvantagens dos parques eólicos.
Comentários:
a) A desvantagem que a criação de usinas para captação de energia eólica possui é o impacto
sonoro provocado pelos ruídos das turbinas. (“possuir” é VTD e não exige preposição).
b) A força cinética que os pesquisadores se referem é produzida por geradores elétricos
associados ao eixo de cata-ventos. Alternativa correta.
c) A maior vantagem que os estudiosos mencionam é o fato de as usinas eólicas não
promoverem queima de combustível. (“mencionar” é VTD e não exige preposição).
d) O mais importante papel que a energia eólica desempenhou na história da humanidade foi o
transporte marítimo. (“desempenhar” é VTD e não exige preposição).
e) A mortandade de aves que os analistas relacionam às hélices das grandes turbinas é uma das
desvantagens dos parques eólicos. (Neste contexto, “relacionar” é VTDI, no entanto, a
preposição não precisa estar antes do pronome relativo). Gabarito letra B.

9. (CESGRANRIO / Petrobras / Médico do Trab. Jr. / 2017)


O seguinte período atende plenamente às exigências de regência verbal da norma-padrão da
língua portuguesa:
A) Um amigo que gosto muito chegará de Lisboa hoje.
B) O meio mais seguro que dispomos para viajar é o avião.
C) A passagem cuja confirmação está pendente terá de ser trocada.
D) O guia que simpatizamos estará conosco no próximo passeio.
E) O funcionário cujo nome não me lembro recuperou minha bagagem. -
Comentários:
a) “Um amigo DE que gosto muito chegará de Lisboa hoje”. (“gostar” é VTI e exige a preposição
“de”)
b) “O meio mais seguro DE que dispomos para viajar é o avião”. (“dispor” é VTI e exige a
preposição “de”)
c) “A passagem cuja confirmação está pendente terá de ser trocada”. Alternativa correta.
d) “O guia COM que simpatizamos estará conosco no próximo passeio”. (“simpatizar” é VTI e
exige a preposição “com”)
e) “O funcionário DE cujo nome não me lembro recuperou minha bagagem”. (”lembrar” é VTI e
exige a preposição “de”) Gabarito letra C.

10. (CESGRANRIO / IBGE / Supervisor de Pesquisas / 2016)


Observa-se obediência à norma-padrão, no que se refere à regência verbal, em:
A) A pobreza implica em muito sofrimento.

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B) Os governantes devem assistir aos pobres, diminuindo seu sofrimento.


C) Todos aspiram a uma vida mais justa.
D) A população não raro esquece dos menos favorecidos.
E) É importante desejarmos ao fim da pobreza.
Comentários:
a) “A pobreza implica muito sofrimento”. (“implicar”, no sentido de “acarretar”, é VTD e não
exige preposição). Incorreta.
b) “Os governantes devem assistir os pobres, diminuindo seu sofrimento”. (“assistir”, no sentido
de “prestar assistência”, é VTD e não exige preposição). Trata-se de uma alternativa complexa,
pois o verbo “assistir” quase não é utilizado dessa forma, ou seja, com esse valor semântico.
Incorreta.
c) “Todos aspiram A uma vida mais justa”. (“aspirar”, no sentido de “almejar algo”, é VTI e exige
a preposição “a”). Alternativa correta. ==2537cb==

d) “A população não raro esquece os menos favorecidos”. (o verbo “esquecer”, sem o


acompanhamento de um pronome oblíquo, não exigirá a preposição “de”). Outro caso mais
específico, pois a preposição “de” só é exigida caso o verbo venha acompanhado de um
pronome. Incorreta.
e) “É importante desejarmos o fim da pobreza”. (“desejar”, no sentido de “ambicionar”, é VTD e
não exige preposição). Incorreta. Gabarito letra C.

11. (CESGRANRIO / Transpetro / Auditor Júnior / 2016)


O período em que a regência do verbo em destaque está adequada à norma-padrão é:
A) O homem aspirava o mar como quem deseja o impossível.
B) O menino se lembrou que a mãe também amava o mar.
C) O menino preferia o mar do que o rio.
D) Não duvidava que o pai conhecesse bem o mar.
E) Santiago Kovadloff queria muito bem ao filho.

Comentários:
a) “O homem aspirava Ao mar como quem deseja o impossível”. (O verbo “aspirar”, no sentido
de “almejar algo”, é VTI e exige a preposição “a”). Incorreta.
b) “O menino se lembrou DE que a mãe também amava o mar”. (O verbo “lembrar” é VTI,
porém exige a preposição “de”). Incorreta.
c) “O menino preferia o mar AO rio”. (O verbo “preferir” é VTDI, porém exige a preposição “a”).
Incorreta.
d) “Não duvidava DE que o pai conhecesse bem o mar”. (O verbo “duvidar” é VTI, porém exige
a preposição “de”). Incorreta.
e) “Santiago Kovadloff queria muito bem Ao filho”. (O verbo “querer”, no sentido de
“estimar”/“querer bem a”, é VTI e exige a preposição “a”). Alternativa correta. Gabarito letra E.

12. (CESGRANRIO / Banco do Brasil / Escriturário / 2015)

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De acordo com as regras de regência verbal estabelecidas pela norma-padrão da Língua


Portuguesa, o elemento destacado está adequadamente empregado em:
A) Os inadimplentes infringem aos regulamentos estabelecidos pelas financeiras ao deixar de
cumprir os prazos dos empréstimos.
B) Os comerciantes elogiaram aos bancos às medidas tomadas a favor de seus
empreendimentos.
C) Vários executivos procuram realizar cursos de especialização porque cobiçam aos estágios
mais avançados da carreira.
D) Os funcionários mais graduados das grandes empresas aspiram aos melhores cargos tendo em
vista o aumento de seu poder aquisitivo.
E) Algumas grandes empresas responsáveis pelas redes sociais ludibriam aos princípios
estabelecidos por lei ao permitir postagens agressivas.
Comentários:
a) “Os inadimplentes infringem OS regulamentos estabelecidos pelas financeiras ao deixar de
cumprir os prazos dos empréstimos”. (O verbo “infringir” é VTD e não exige a preposição “a”).
Incorreta
b) “Os comerciantes elogiaram OS bancos às medidas tomadas a favor de seus
empreendimentos”. (O verbo “elogiar” é VTD e não exige a preposição “a”). Incorreta.
c) “Vários executivos procuram realizar cursos de especialização porque cobiçam OS estágios
mais avançados da carreira”. (O verbo “cobiçar” é VTD e não exige a preposição “a”). Incorreta.
d) “Os funcionários mais graduados das grandes empresas aspiram AOS melhores cargos tendo
em vista o aumento de seu poder aquisitivo”. (O verbo “aspirar”, no sentido de “almejar”, VTI e
exige a preposição “a”). Alternativa correta.
e) “Algumas grandes empresas responsáveis pelas redes sociais ludibriam OS princípios
estabelecidos por lei ao permitir postagens agressivas”. (O verbo “ludibriar” é VTD e não exige a
preposição “a”). Incorreta. Gabarito letra D.

13. (CESGRANRIO / Petrobras / Conhecim. básicos / 2014)


O período em que a palavra em destaque respeita a regência verbal conforme a norma-padrão é:
A) Os jogadores não abraçaram à causa dos torcedores: vencer a competição.
B) O goleiro ajudou ao time quando defendeu o pênalti.
C) A população custou com se habituar aos turistas.
D) Esquecemos das lições que aprendemos antes.
E) Lembrar os erros só pode interessar aos adversários.
Comentários:
a) “Os jogadores não abraçaram A causa dos torcedores: vencer a competição”. (Neste caso, o
verbo “abraçar” é VTD e não exige a preposição “a”, Logo, não pode ocorrer crase.). Incorreta.
b) “O goleiro ajudou O time quando defendeu o pênalti”. (O verbo “ajudar” é VTD e não exige a
preposição “a”). Incorreta.
c) “A população custou A se habituar aos turistas”. (O verbo “custar”, no sentido de
“custoso/difícil”, é VTI e pede a preposição “a”). É importante olhar com atenção para regência

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do verbo “custar”, afinal ele sempre aparece em algumas provas. Incorreta.


d) “Esquecemos AS lições que aprendemos antes” (O verbo “esquecer” só exige preposição
quando for pronominal, ou seja, nesse caso ele é VTD e não exige preposição). Incorreta.
e) “Lembrar os erros só pode interessar AOS adversários”. (O verbo “interessar” é VTI e exige a
preposição “a”). Alternativa correta. Gabarito letra E.

14. (CESGRANRIO / Petrobras / Nível Superior / 2014)


No trecho “podemos utilizar essa mesma abordagem no nosso organismo, sem necessariamente
nos limitarmos a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento cultural.”, o verbo limitar,
no sentido de restringir, exige a presença da preposição “a”.
Essa exigência de preposição também se observa na regência da forma verbal destacada em:
A) A eliminação de doenças consideradas incuráveis representa a principal meta da tecnologia
moderna.
B) A tentativa de criação de seres humanos superdotados confirma a nova perspectiva da ciência
atual.
C) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem a descobertas inimagináveis há poucos
anos.
D) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de programar filhos capazes de se tornarem
gênios.
E) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá invenções importantes para prevenir as
doenças.
Comentários:
a) O verbo “representar” é VTD e não exige preposição. (Quem representa, representa algo).
b) O verbo “confirmar” é VTD e não exige preposição. (Quem confirma, confirma alguma coisa).
c) Neste contexto, o verbo “conduzir” é VTI e exige a preposição “a”. (Quem conduz, conduz à).
Alternativa correta.
d) O verbo “acompanhar” é VTD e não exige preposição. (Quem acompanha, acompanha algo).
e) O verbo “resgatar” é VTD e não exige preposição. (Quem resgata, resgata alguma coisa).
Gabarito letra C.

15. (CESGRANRIO / Liquigás / Nível Superior / 2013)


Muitas vezes, o emprego de um verbo determina a presença de uma preposição ou uma
expressão equivalente, como é o caso de “não alguma coisa através da qual as pessoas se
entendam”.

Se fosse empregada a forma verbal confiem em vez de se entendam, o resultado, de acordo com
a norma-padrão, seria o seguinte:
A) não alguma coisa com a qual as pessoas confiem.
B) não alguma coisa na qual as pessoas confiem.
C) não alguma coisa em virtude da qual as pessoas confiem.
D) não alguma coisa sem a qual as pessoas confiem.

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E) não alguma coisa pela qual as pessoas confiem.


Comentários:
a) O verbo “confiar”, no sentido de “ter confiança”, é VTI, porém não exige a preposição “com”.
Incorreta.
b) O verbo “confiar”, de fato, exige a preposição “em”, a qual se relaciona com o artigo “a”
formando “na”. (“em” + “a” qual = “na” qual). Lembre-se que a preposição “em” exigida pelo
verbo precisa ser deslocada para antes do pronome relativo “a qual”. Alternativa correta.
c) Essa alternativa é bastante confusa, pois aparece a preposição “de” após a expressão “em
virtude”, ou seja, esse trecho apresenta erros de regência. Neste contexto, o verbo “confiar” não
exige a preposição “de”. Incorreta.
d) O verbo “confiar” não exige a preposição “sem”. Incorreta.
e) O ver “confiar” não exige a preposição “por”. Vale ressaltar que “pela” é a contração de (per
+ a = pela). Incorreta. Gabarito letra B.
OBS: Essa questão é complexa não apenas pelos aspectos de regência, mas também pelo trecho
que está totalmente fora de contexto. Sempre observe o valor semântico do verbo e, se for
necessário, a preposição exigida por ele. Posteriormente, tente eliminar as opções mais absurdas.
Em questões como essa, o mais indicado é observar todos os itens cuidadosamente.

16. (CESGRANRIO / BNDES / Biblioteconomia / 2013)


No trecho, o verbo atender exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido.
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é
impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas
que de algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar.

Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:


A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar
algumas afirmações como verdades indiscutíveis”.
B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução”.
C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é inerente à realidade
tanto material quanto espiritual,”.
D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é
impossível”.
E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças,”.

Comentários:
a) O verbo “tender”, no sentido “possuir uma inclinação”, é VTI e exige a preposição “a”.
Alternativa correta.
b) O verbo “introduzir” é VTD e não exige preposição.
c) O verbo “reafirmar” é VTD e não exige preposição.
d) O verbo “impedir”, no sentido de “obstruir”, é VTD e não exige preposição.
e) O verbo “aceitar” é VTD e não exige preposição. Gabarito letra A.

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17. (CESGRANRIO / Transpetro / Téc. de Adm. / 2012)


De acordo com a norma-padrão, a frase que contém desvio em termos de regência é:
A) Assistiram ao jogo milhares de pessoas.
B) O funcionário visou o passaporte do professor.
C) A aeromoça procedeu à chamada dos passageiros.
D) O patrão deixou de pagar o empregado na sexta-feira.
E) O estudante de Direito aspirava à carreira diplomática.
Comentários:
a) O verbo “assistir”, no sentido de “ver”, é VTI e exige a preposição. Correta.
b) O verbo “visar”, no sentido de “olhar”, é VTD e não exige preposição. Correta.
c) O verbo “proceder”, no sentido de “dar sequência”, é VTI e exige a preposição “a”. Correta.
d) “O patrão deixou de pagar Ao empregado na sexta-feira”. Neste contexto, o verbo “pagar” é
VTI e exige a preposição “a”. (Quem paga, paga algo A alguém). Alternativa incorreta.
e) O verbo “aspirar”, no sentido de “almejar”, é VTI e exige a preposição “a”. Correta. Gabarito
letra D.

17. (CESGRANRIO / Banco do Brasil / Escriturário / 2012)


A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é:
A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.
B) Preciso de que me arranjem um emprego.
C) Convidei à Maria para vir ao escritório.
D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa.
Comentários:
a) “A certeza DE que a sorte chegará para mim é grande”. O substantivo “certeza” exige a
preposição “de”. Incorreta.
b) “Preciso DE que me arranjem um emprego”, O verbo “precisar” exige a preposição “de” e a
partícula “que” pode ser entendida como conjunção integrante, a qual introduz a oração
substantiva “de que a sorte chegará para mim é grande”. Alternativa correta.
c) “Convidei A Maria para vir ao escritório”. O verbo “convidar” é VTD e não exige a preposição
“a”. Logo, não há crase. Incorreta.
d) “A necessidade DE que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo”. O substantivo “necessidade”
exige a preposição “de”. Incorreta.
e) “Às dez horas em ponto, estarei NA sua casa”. O verbo “estar” é VI e exige a preposição
“em”. (EM + A = NA) Incorreta. Gabarito letra B.

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QUESTÕES COMENTADAS - REGÊNCIA NOMINAL - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO / IBGE / Supervisor de Pesquisas / 2016)
A regência nominal está adequada à norma-padrão em:
A) Os pobres são ávidos por melhores condições de vida.
B) Os catadores sentem desejo com uma vida melhor.
C) Muitos catadores têm orgulho em seu ofício.
D) Parte da população é sensível para a pobreza.
E) Vários dejetos são inúteis para com a reutilização.
Comentários:
Os nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) também podem ter transitividade e demandar um
complemento preposicionado.
a) A regência do adjetivo “ávido” é a preposição “por”. Logo, essa alternativa está correta.
Quem é ávido, é ávido por alguma coisa. Alternativa correta.
b) A regência do substantivo masculino “desejo” é a preposição “de”. Incorreta.
c) A regência do substantivo masculino “orgulho” é a preposição “de”. Incorreta.
d) Nesta alternativa, o erro está na presença do termo “para”, o qual pode ser retirado sem
causar prejuízo ao sentido. Incorreta.
e) Por fim, observa-se um caso onde a preposição “com” também pode ser retirada sem causar
prejuízo ao sentido. Incorreta. Gabarito letra A.

2. (CESGRANRIO / Petrobrás / Advogado Júnior / 2015)


Considerem-se os períodos abaixo.
I - Antigamente era usado esse conceito.
II - As ciências sociais hoje discordam desse conceito.

Unindo-se esses períodos em um só, suprimindo-se as repetições e respeitando-se a


norma-padrão, tem-se o seguinte período:
A) Antigamente era usado esse conceito, ao qual as ciências sociais hoje discordam.
B) Antigamente era usado esse conceito, com o qual as ciências sociais hoje discordam.
C) Antigamente era usado esse conceito, pelo qual as ciências sociais hoje discordam.
D) Antigamente era usado esse conceito, do qual as ciências sociais hoje discordam.
E) Antigamente era usado esse conceito, para o qual as ciências sociais hoje discordam.
Comentários:
Questão clássica que aborda os conceitos básicos de regência e uso dos pronomes relativos.
Como o objetivo principal é unir dois períodos, criando, assim, um período composto, torna-se
de grande valia observar que o fragmento “esse conceito” se encontra nas duas orações e,
portanto, será necessário o uso do pronome relativo a fim de evitar repetições. Outro ponto
importante é o pronome demonstrativo contraído com preposição “desse” (DE + ESSE), ou seja,
a preposição refere-se ao verbo “discordar”. Logo, deve-se buscar alguma alternativa que

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apresente a preposição “de” exigida pelo verbo “discordar” juntamente com o pronome relativo
“que” e/ou “o qual”.
a) “Antigamente era usado esse conceito, ao qual as ciências sociais hoje discordam”. Item
errado, pois a preposição exigida é “de”.
b) “Antigamente era usado esse conceito, com o qual as ciências sociais hoje discordam”. A
preposição exigida não é “com”.
c) “Antigamente era usado esse conceito, pelo qual as ciências sociais hoje discordam”.
Novamente, não é a preposição exigida pelo verbo “discordar”, ou seja, o uso correto seria a
preposição “de”. Vale ressaltar que “pelo” se configura como uma contração da preposição
“por”.
d) “Antigamente era usado esse conceito, do qual as ciências sociais hoje discordam”. Alternativa
correta, basta atentar para a contração da preposição “de” (DE + O = DO) mais o pronome
relativo “qual”. Alternativa correta. ==2537cb==

e) “Antigamente era usado esse conceito, para o qual as ciências sociais hoje discordam”. Por
fim, observa-se que a preposição exigida não é “para”. Gabarito letra D.

3. (CESGRANRIO / Banco do Brasil / Escriturário / 2012)


A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é:
A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.
B) Preciso de que me arranjem um emprego.
C) Convidei à Maria para vir ao escritório.
D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa.
Comentários:
a) “A certeza DE que a sorte chegará para mim é grande”. O substantivo “certeza” exige a
preposição “de”. Incorreta.
b) “Preciso DE que me arranjem um emprego”, O verbo “precisar” exige a preposição “de” e a
partícula “que” pode ser entendida como conjunção integrante, a qual introduz a oração
substantiva “de que a sorte chegará para mim é grande”. Alternativa correta.
c) “Convidei A Maria para vir ao escritório”. O verbo “convidar” é VTD e não exige a preposição
“a”. Logo, não há crase. Incorreta.
d) “A necessidade DE que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo”. O substantivo “necessidade”
exige a preposição “de”. Incorreta.
e) “Às dez horas em ponto, estarei NA sua casa”. O verbo “estar” é VI e exige a preposição
“em”. (EM + A = NA) Incorreta. Gabarito letra B.

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QUESTÕES COMENTADAS - CRASE - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023)
À moda brasileira
1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena história da literatura
brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que
li os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a
um tempo, esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens antes de chegar até
onde queria, os tais rodeios que ele ia ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de
palha, fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se minha mãe e ele não
tinham viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, meus avós é que
tinham feito aquelas longas viagens de navio, Portugal, França, Itália... Não esquecer que a
minha avó, Pedrina Perucchi, era italiana, ele acrescentou. Mas por que essa curiosidade?
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, é que seria tão bom se
ambos tivessem nascido lá longe e assim eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei
repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras,
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece!
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou os óculos. O soneto é
muito bonito, disse me encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a
própria língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou
alemão, você ficará na nossa língua mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a
língua é renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois (ele voltou a abrir o livro), olha
que beleza o que o poeta escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, veja que
confissão de amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele precisava da rima para sepultura e calhou
tão bem essa obscura, entendeu agora? – acrescentou e levantou-se. Deu alguns passos e ficou
olhando a borboleta que entrou na varanda: Já fez a sua lição de casa?
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de assunto ele mudava
de lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou
simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar nisso, chega. Então a gente falava
noutra coisa ou ficava quieta.

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9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel em Jacareí que ele
tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse
mudado de lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia da cama e fique na
cadeira ou vá pra rua e feche a porta!
(TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p.109-111.
Fragmento adaptado).

O emprego do acento grave em “soneto à língua portuguesa” (parágrafo 2) explica-se a partir do


entendimento de que Olavo Bilac escreveu um soneto
A) em língua portuguesa
B) com a língua portuguesa
C) para a língua portuguesa
D) sobre a língua portuguesa
E) por causa da língua portuguesa
Comentário:
Basicamente, a preposição "a" está com sentido de "destinatário", como em "enviar uma carta
"a" alguém".
Como o destinatário é a língua portuguesa, ocorre artigo feminino, daí então a fusão que
chamamos de crase:
Escrever um soneto para a/à língua portuguesa.
Gabarito: Letra C.

2. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)


Implantação do código de ética nas empresas
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família,
da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta
com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e
“moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em
um contexto.
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
escravidão foi considerada "natural".
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o

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certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela
promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a
vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a
ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no
mundo moderno e pode ser definida como a transparência nas relações e a preocupação com o
impacto das suas atividades na sociedade.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar
seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética,
o qual se destina à proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma
conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de
ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento
profissional, lealdade mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança,
propriedade da informação, assédio profissional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre
outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada
são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza
os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode
estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de
comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento pessoal
e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na
comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera
pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas,
clientes, profissão, sociedade e para consigo próprio.
(MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.)

O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa em:

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A) A conclusão dos projetos da empresa, durante o ano de 2020, foi realizada à custa de muito
empenho por parte dos empreendedores e dos funcionários especializados.
B) A preocupação da empresa com os funcionários destinados à catalogar os arquivos de maior
importância justifica os altos valores a eles atribuídos.
C) A valorização da ética em uma instituição é uma oportunidade de integrar todos os
funcionários nos mesmos objetivos e se aplica à diversas situações por que passa toda a
organização.
D) O conjunto de valores, individuais ou coletivos, que orienta as relações sociais deve garantir o
cumprimento daquilo que é esperado por toda à comunidade.
E) Os indivíduos estabelecem a principal meta de suas vidas, a fim de alcançar à realização de
seus sonhos ao final de seu percurso.
Comentário:
Basicamente, temos crase na fusão de A+A:

Crase na contração da preposição “a” com artigos femininos ou com o “a” em alguns pronomes
demonstrativos e relativos:

Ex: Assisti à novela (assistir “a”+ “a” novela= à)

Ex: Isso está relacionado àquelas leis. (relacionado “a” + “aquelas” - leis = àquelas)

Ex: Essa é a apostila à qual me referi. (se referir “a” + “a” qual - apostila = à)

Crase na contração da preposição “a” com o “a” em alguns pronomes DEMONSTRATIVOS e


relativos:

Ex: Entre as apostilas, refiro-me à de Português. (se referir “a” + “a” = aquela apostila)

Ex: Entre as apostilas, refiro-me à que fala de leis (se referir “a” + “a” = aquela apostila)

OBS: O Cespe considera esse “a” como “artigo definido” diante de uma palavra implícita
(apostila)

Também é obrigatório o acento grave nas locuções de base feminina:

à medida que, à proporção que, à toa, à noite, à tarde, às vezes, às pressas, à vista, à primeira
vista, àquela hora, à direita, à vontade, às avessas, às escuras, às escondidas, à míngua, à venda,
à mão armada, à beça, à tinta, à máquina, à caneta, à foice, à chave, à revelia, à deriva, à uma
hora, à luz de, à altura de, à custa de, à espera de, à beira de, à espreita de, à base de, à moda
de, à procura de, à roda de, à mercê de, à semelhança de...
(obs: “a máquina” já foi dado como certo, alguns gramáticos entendem ser facultativo o acento
grave em locuções de instrumento/meio)
Voltando à questão.
O uso está correto na letra A:

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"à custa de" é locução de base feminina; portanto, o acento grave é obrigatório.
Vejamos:
b) A preocupação da empresa com os funcionários destinados a catalogar os arquivos de maior
importância justifica os altos valores a eles atribuídos.
Não há crase antes de verbo, pois não há possibilidade de artigo.
c) A valorização da ética em uma instituição é uma oportunidade de integrar todos os
funcionários nos mesmos objetivos e se aplica a/às diversas situações por que passa toda a
organização.
Não ocorre crase, pois não havia artigo. Se houvesse, a forma correta seria "às", no plural.
d) O conjunto de valores, individuais ou coletivos, que orienta as relações sociais deve garantir o
cumprimento daquilo que é esperado por toda a comunidade.
Não há crase, pois não há preposição, apenas artigo.
e) Os indivíduos estabelecem a principal meta de suas vidas, a fim de alcançar a realização de
seus sonhos ao final de seu percurso.
Não há crase, pois não há preposição, apenas artigo.
Gabarito: A

3. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)


A história do método braile
Ler no escuro. Quem já tentou sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês
chamado Louis Braille dedicou a vida. Nascido em Coupvray, uma pequena aldeia nos arredores
de Paris, em 1809, desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai. Seus olhos azuis
brilhavam da admiração de vê-lo cortar, com extrema perícia, selas e arreios. Pouco depois de
completar 3 anos, o menino começou a brincar na selaria do pai, cortando pequenas tiras de
couro. Uma tarde, uma sovela, instrumento usado para perfurar o couro, escapou-lhe da mão e
atingiu o seu olho esquerdo. O resultado foi uma infecção que, seis meses depois, afetaria
também o olho direito. Aos 5 anos, o garoto estava completamente cego.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182. Além do
currículo normal, Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma
impressas em relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso,
Braille destacou-se como o melhor aluno da turma e logo começou a ajudar os colegas. Em
1821, aos 12 anos, conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre,
oficial do Exército francês.
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em
relevo impressos também em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em
postos avançados. Estes decodificariam a mensagem até no escuro. Mas, como a ideia não

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pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de grafia
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos, pois com ele era possível escrever,
algo que o método de Haüy não possibilitava. O de Barbier era fonético: registrava sons e não
letras. Dessa forma, as palavras não podiam ser soletradas. Além disso, o fato de um grande
número de sinais ser usado para uma única palavra tornava o sistema muito complicado. Apesar
dos inconvenientes, foi adotado como método auxiliar por Haüy.
Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
Em 1824, seu método estava pronto. Primeiro, eliminou os traços, para evitar erros de leitura: em
seguida, criou uma célula de seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos cada, que
podem ser combinados de 63 maneiras diferentes. A posição dos pontos na célula está ao lado.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas. Embora seu método fizesse
sucesso entre os alunos, não podia ensiná-lo na sala de aula, pois ainda não era reconhecido
oficialmente. Por isso, Braille dava aulas do revolucionário sistema escondido no quarto, que logo
se transformou numa segunda sala de aula.
O braile é lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais de relevo. Normalmente se usa a
mão direita com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor, enquanto a mão esquerda
procura o início da outra linha. Aplica-se a qualquer língua, sem exceção, e também à
estenografia, à música – Braille, por sinal, era ainda exímio pianista – e às notações científicas em
geral. A escrita é feita mediante o uso da reglete, também idealizada por Braille: trata-se de uma
régua especial, de duas linhas, com uma série de janelas de seis furos cada, correspondentes às
células braile.
Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, com apenas 43 anos. Temia que seu método
desaparecesse com ele, mas, finalmente, em 1854 foi oficializado pelo governo francês. No ano
seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do
imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano com
ex-alunos de Braille. O sucesso foi imediato, e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o
governo francês transferiu os restos mortais de Braille para o Panthéon, em Paris, onde estão
sepultados os heróis nacionais.
(ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.]com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022.
Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal indicativo de crase está


corretamente empregado em:
A) Braille foi forçado à superar sua cegueira.
B) O professor referiu-se à um aluno brilhante: Braille.
C) Braille não foi reconhecido até que se consolidasse à oficialização de seu método.
D) Ele queria ensinar à todos os alunos o seu sistema de escrita.
E) Todos estavam à espera de que o valor de Braille fosse reconhecido.
Comentário:
Só está correto em: à espera de... Trata-se de locução de base feminina, então o acento grave é

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obrigatório.
a) Braille foi forçado a superar sua cegueira.
Não há crase diante de verbo, pois não há possibilidade de artigo.
b) O professor referiu-se a um aluno brilhante: Braille.
Não há crase diante de palavra masculina, pois não há possibilidade de artigo.
c) Braille não foi reconhecido até que se consolidasse a oficialização de seu método.
Não há crase, pois o verbo não pede preposição. O "a" é apenas artigo.
d) Ele queria ensinar a todos os alunos o seu sistema de escrita.
Não há crase diante de palavra masculina, pois não ocorre artigo.
Gabarito: E

4. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)


Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase
inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se
trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é
tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de
segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um
vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.
O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com
celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem
ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um
vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios para acompanhar as
palavras que são ditas.
Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação.
Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como
neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de
custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia, contribuindo para
aumentar a qualidade dos vídeos.
No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus
golpes.
Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem
tanta qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de
partida para uma fraude financeira, entre outros problemas.

BNB (Analista Bancário 1) Português - 2024 (Pós-Edital) 60


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A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos
e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já
que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a
inteligência artificial e engendrar deep fakes.”
Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem
em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum
momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que
tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa
diga o que parece dizer naquele momento.
(Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) A capacidade criativa do brasileiro é um privilégio que leva soluções favoráveis a empresas de
diferentes setores.
B) A segurança em saúde e a violência são temas que a maioria da população considera como os
maiores obstáculos a serem superados.
C) As ações de inclusão social colocaram o nosso país em um patamar superior em relação a
outros países, em diferentes épocas.
D) O objetivo das instituições que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários é
ajudá-los a cuidarem de sua saúde.
E) Os empresários passaram a dar mais atenção a função que sua organização desempenha na
sociedade.
Comentário:
Só é obrigatório em "dar mais atenção à função", pois temos verbo "dar" exigindo preposição
"a": dar algo A alguém >> dar atenção A+A função.
Vejamos as demais:
a) A capacidade criativa do brasileiro é um privilégio que leva soluções favoráveis a empresas de
diferentes setores.
Não há crase, pois não há artigo. "Empresas" foi empregado de modo "genérico".
b) A segurança em saúde e a violência são temas que a maioria da população considera como os
maiores obstáculos a serem superados.
Não há crase diante de verbo.
c) As ações de inclusão social colocaram o nosso país em um patamar superior em relação a
outros países, em diferentes épocas.
Não há crase antes de palavra masculina.
d) O objetivo das instituições que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários é
ajudá-los a cuidarem de sua saúde.

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Não há crase diante de verbo.


Gabarito: E

5. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)


Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.

BNB (Analista Bancário 1) Português - 2024 (Pós-Edital) 62


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Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
(ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.)

O uso do acento grave indicativo da crase atende às exigências da norma-padrão da língua


portuguesa em:
A) A possibilidade de pagar, transferir e receber dinheiro por meio do Pix renovou o sistema
bancário brasileiro porque facilitou o acesso à diversas funcionalidades.
B) A implantação de uma nova modalidade de transferência bancária está relacionada à dupla
preocupação do governo com a agilidade das movimentações e o progressivo processo de
redução da desbancarização da população.
C) Com o crescimento da implantação da tecnologia nos serviços bancários, as empresas
começaram à valorizar mais efetivamente os funcionários que possuem maior domínio desses
meios.
D) Os gerentes responsáveis por comandar o sistema bancário correspondem à uma categoria
muito qualificada de funcionários, porque precisam ter uma formação atualizada na área
tecnológica.
E) Os limites de valores a serem estabelecidos para à abertura de contas bancárias foram
ampliados, garantindo maior facilidade para as pessoas que têm menos recursos disponíveis.
Comentário:
Somente está correto o acento grave em:
A implantação de uma nova modalidade de transferência bancária está relacionada À dupla
preocupação do governo...
Temos fusão de preposição exigida pelo verbo com artigo definido feminino: "relacionada A+A
dupla preocupação"
Como critério geral, devemos lembrar que crase é fusão de A+A: se faltar um desses "A", não
ocorre fusão.
Corrijamos as demais:
a) A possibilidade de pagar, transferir e receber dinheiro por meio do Pix renovou o sistema
bancário brasileiro porque facilitou o acesso a diversas funcionalidades.
Não ocorre crase, pois não há artigo. Se houvesse, teríamos: o acesso às diversas

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funcionalidades.
c) Com o crescimento da implantação da tecnologia nos serviços bancários, as empresas
começaram a valorizar mais efetivamente os funcionários que possuem maior domínio desses
meios.
Não ocorre crase diante de verbo, pois não há artigo.
d) Os gerentes responsáveis por comandar o sistema bancário correspondem a uma categoria
muito qualificada de funcionários, porque precisam ter uma formação atualizada na área
tecnológica.
Não ocorre crase diante do artigo "uma"; não ocorre fusão; temos só preposição e artigo
INdefinido.
e) Os limites de valores a serem estabelecidos para a abertura de contas bancárias foram
ampliados, garantindo maior facilidade para as pessoas que têm menos recursos disponíveis.
Não há crase, pois só temos artigo.
Gabarito: B

6. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2023)


Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo
Ainda que não exista uma concepção única sobre o empreendedorismo social, de forma geral, o
conceito está relacionado ao ato de empreender ou inovar com o objetivo de alavancar causas
sociais e ambientais. A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e
agregar valor com cunho social.
Um empreendedor social produz bens e serviços que irão impactar positivamente a comunidade
em que ele está inserido e solucionar algum problema ou necessidade daquele grupo. Apesar de
poder ter retorno financeiro, os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do
impacto social gerado por sua atuação.
Vale ressaltar que, apesar de apresentarem muitas similaridades, empreendedorismo social e
negócio social não são sinônimos. O empreendedorismo social cria valor por meio da inovação,
que gera uma transformação social. O foco não é o retorno financeiro, mas a resolução de
problemas sociais e o impacto positivo. Enquanto isso, os negócios sociais seguem a lógica
tradicional do mercado, porém com a ambição de gerar valor social.
Cinco características também são essenciais para a iniciativa: ser inovadora; realizável;
autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos da sociedade, incluindo as
pessoas impactadas; e promover impacto social com resultados mensuráveis.
Quem tem interesse de atuar nessa área precisa trabalhar em grupo e formar parcerias, saber
lidar bem com as pessoas e buscar formas de trazer resultados de impacto social.
Além disso, o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele
acabe exercendo um papel que não seja necessariamente na sua área de formação, ou que sua
atuação se transforme rapidamente, por conta do dinamismo e das necessidades do negócio.

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(MENDES, T. Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo. Na prática, 7 jul. 2022.
Disponível em: https://www.napratica.org.br/empreendedorismo-social/. Acesso em: 2 set. 2022. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) A descrição detalhada de um empreendimento a ser realizado é uma necessidade para a
aprovação de sua realização.
B) A divulgação do concurso levou muitas pessoas a se candidatarem a vaga mais concorrida na
empresa.
C) A tentativa de obter a isenção fiscal é buscada a todo custo pelos responsáveis da instituição.
D) O sucesso de uma empresa deve ser atribuído a gestores competentes.
E) O uso de recursos digitais levou os jovens estudiosos a uma nova forma de aprendizagem em
diferentes áreas.
Comentário:
Ocorre crase em:
b) A divulgação do concurso levou muitas pessoas a se candidatarem a vaga mais concorrida na
empresa.
"candidatar-se" pede preposição "A"; há artigo definido feminino "A", diante de "vaga". Por
isso, ocorre a fusão.
Vejamos as demais:
a) A descrição detalhada de um empreendimento a ser realizado é uma necessidade para a
aprovação de sua realização.
Não ocorre crase diante de verbo.
c) A tentativa de obter a isenção fiscal é buscada a todo custo pelos responsáveis da instituição.
Não ocorre crase diante de palavra masculina.
d) O sucesso de uma empresa deve ser atribuído a gestores competentes.
Não ocorre crase diante de palavra masculina.
e) O uso de recursos digitais levou os jovens estudiosos a uma nova forma de aprendizagem em
diferentes áreas.
Não ocorre crase com artigo indefinido.

Gabarito: B

7. (CESGRANRIO - ATA (AgeRIO)/AgeRIO/2023)


Floresta amazônica vai virar savana
Pesquisadores afirmam que mudança no ecossistema da Amazônia é iminente
Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se
descaracterizar de tal forma que deixaria de ser uma floresta e se transformaria em área de

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savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um artigo publicado recentemente.


Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e
uso indiscriminado de incêndios florestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem
volta, para transformar as partes Sul, Leste e central da Amazônia em um ecossistema não
florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a
descoberta de que as florestas interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo,
estima-se que metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela
evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido
provenientes do Oceano Atlântico.
Caso perca uma quantidade grande de árvores, a floresta recicla menos chuva, ficando mais
suscetível a incêndios. O fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde
antes havia espécies florestais. O resultado desse processo ecológico é que grandes fragmentos
de florestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a Amazônia como a
conhecemos hoje.
A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um
estudo em 2007, e chegou à conclusão de que esse valor era de 40% de florestas derrubadas. Só
que esse estudo avaliou apenas uma variável, o desmatamento. Segundo um dos autores,
quando se consideram outros fatores, como os incêndios florestais e o aquecimento global, essa
margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento
global já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da
Amazônia.
De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser
encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a
algum desmatamento. Mas essa possibilidade não é infinita, chega a um ponto que não tem
retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na produção com
sustentabilidade.
Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o reflorestamento. Com esse
objetivo, o Brasil se comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a
reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
(CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado).

O emprego do sinal indicativo da crase na palavra destacada é obrigatório, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa, em:
A) A modificação ambiental sem limites levou a formação de uma paisagem árida ou até de um
deserto propriamente dito.
B) A principal consequência apontada pelos estudiosos a favor do consumo consciente da água
é a preservação da espécie humana.
C) O direito ao meio ambiente é coletivo e deve ser garantido a todos para a manutenção das

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áreas verdes e das condições climáticas ideais.


D) Os cientistas buscam várias soluções para os problemas ambientais, a começar por pesquisas
de fatores que propiciem o surgimento de vários ecossistemas.
E) Os rios que desaparecem em períodos de estiagem passam a ter conservação obrigatória,
segundo as regras do novo Código Florestal.
Comentário:
O acento é obrigatório pela fusão em:
a) .. levou a formação de uma paisagem árida...
"levou" exige preposição "a"; ocorre artigo "a" diante de paisagem.
b) A principal consequência apontada pelos estudiosos a favor do consumo consciente da água
é a preservação da espécie humana.
Não ocorre crase diante de palavra masculina.
c) O direito ao meio ambiente é coletivo e deve ser garantido a todos para a manutenção das
áreas verdes e das condições climáticas ideais.
Não ocorre crase diante de palavra masculina.
d) Os cientistas buscam várias soluções para os problemas ambientais, a começar por pesquisas
de fatores que propiciem o surgimento de vários ecossistemas.
Não ocorre crase diante de verbo.
e) Os rios que desaparecem em períodos de estiagem passam a ter conservação obrigatória,
segundo as regras do novo Código Florestal.
Não ocorre crase diante de verbo.

Gabarito: A

8. (CESGRANRIO - Adv (AgeRIO)/AgeRIO/2023)


A crase é o fenômeno da contração de duas vogais iguais, e essa contração é marcada pelo
acento grave.
O acento grave indicativo da crase está corretamente empregado em:
A) É preciso estar atento às coisas boas da vida.
B) Gostaria de poder viver melhor o meu dia à dia.
C) As decisões às quais citei vão transformar a minha vida.
D) O parque ecológico localiza-se à três quilômetros daqui.
E) À partir de hoje, não acumularei mais produtos supérfluos.
Comentário:
a) É preciso estar atento às coisas boas da vida.
O adjetivo "atento" exige preposição A: atento A algo; há artigo feminino em "as coisas"; logo,
ocorre obrigatoriamente a fusão.

BNB (Analista Bancário 1) Português - 2024 (Pós-Edital) 67


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Vejamos as demais:
b) Gostaria de poder viver melhor o meu dia a dia.
Não há crase entre palavras repetidas de uma locução, pois só há preposição. Sendo ainda mais
básico: "dia" é palavra masculina, não poderia haver crase.
c) As decisões as quais citei vão transformar a minha vida.
"citar" não pede preposição; logo, temos apenas artigo. Se houvesse necessidade de
preposição, aí, sim, haveria crase. Por exemplo:
c) As decisões às quais me referi vão transformar a minha vida. (referir-se A...)
d) O parque ecológico localiza-se a três quilômetros daqui.
Não há crase, tempos apenas preposição. Observem, há palavras masculinas depois.
e) A partir de hoje, não acumularei mais produtos supérfluos.
Não há crase diante de verbo.
Gabarito: A

9. (CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2022)


Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono.
Outono no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto,
o céu já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e
arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua.
E, naquele trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila,
de pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros,
nem pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com
suas vassouras e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando –
dentro ou fora das gaiolas.
Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido
estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece
pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um
choque: as grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez Comentários vagos

BNB (Analista Bancário 1) Português - 2024 (Pós-Edital) 68


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sobre as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase.
Mas e essas grades, me perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu
espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que
dizer.
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do
gradil pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola
assim, por trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um
ferro simbólico, que prende, constrange, restringe.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.
(SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001).

Para atender aos padrões de escrita formal do português, observando-se a norma-padrão, o


acento grave indicativo da crase deve ser empregado em:
A) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.
B) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.
C) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.
D) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.
E) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.
Comentários:
Basicamente, temos crase na fusão de A+A:
Crase na contração da preposição “a” com artigos femininos ou com o “a” em alguns pronomes
demonstrativos e relativos:
Ex: Assisti à novela (assistir “a”+ “a” novela= à)
Ex: Isso está relacionado àquelas leis. (relacionado “a” + “aquelas” - leis = àquelas)
Ex: Essa é a apostila à qual me referi. (se referir “a” + “a” qual - apostila = à)
Crase na contração da preposição “a” com o “a” em alguns pronomes DEMONSTRATIVOS e
relativos:
Ex: Entre as apostilas, refiro-me à de Português. (se referir “a” + “a” = aquela apostilA)
Ex: Entre as apostilas, refiro-me à que fala de leis (se referir “a” + “a” = aquela apostilA)
OBS: O Cespe considera esse “a” como “artigo definido” diante de uma palavra implícita
(apostilA)
Também é obrigatório o acento grave nas locuções de base feminina:

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à medida que, à proporção que, à toa, à noite, à tarde, às vezes, às pressas, à vista, à primeira
vista, àquela hora, à direita, à vontade, às avessas, às escuras, às escondidas, à míngua, à venda,
à mão armada, à beça, à tinta, à máquina, à caneta, à foice, à chave, à revelia, à deriva, à uma
hora, à luz de, à altura de, à custa de, à espera de, à beira de, à espreita de, à base de, à moda
de, à procura de, à roda de, à mercê de, à semelhança de...
(obs: “a máquina” já foi dado como certo, alguns gramáticos entendem ser facultativo o acento
grave em locuções de instrumento/meio)

Quando um termo pede alguma preposição, esta deve obrigatoriamente ficar antes do pronome
relativo, na seguinte lógica:
O livro de que gosto...
A ideia com que concordo...
O motivo de que discordo...
Os amigos com quem conto...
O lugar em que fico...
Se houver preposição "a" seguida de artigo "a", haverá crase:
A ideia à qual me referi...
Na questão, teremos:
A) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.
Não há crase, apenas preposição.
B) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.
Não há crase, apenas artigo.
C) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.
Não há crase, apenas artigo.
D) A velha senhora tem o olhar atento às belas paisagens da cidade.
Atento "a"+"as" belas paisagens
E) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.
Não há crase antes de verbo, temos apenas preposição.

Gabarito: D

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10. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção


Radiológica/2022)
Texto
Maria José
Paulo Mendes Campos
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, violenta quando necessário. Eu era
menino e apanhava de um companheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via a
pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga por milagre.
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devotava-se ao alívio de misérias físicas e
morais do próximo, estudava o mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma,
comungava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Mas nunca deixou de
ter na gaveta o revólver que havia recebido, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou
no quintal noturno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha meninice.
Ensinou- me a ler as primeiras sentenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de
Sales e o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire;
dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que havia decorado quando menina; discutia comigo
as ideias finais de Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me desgarrei
nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José, com irônico afeto, me repetia a
advertência de Drummond: “Paulo, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija,
amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será”.
Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha amiga: nada me perguntava,
adivinhava tudo.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se fazia difícil para o médico saber o
que sentia; acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.

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Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) Ela foi a gaveta pegar o revólver.
B) Maria José ensinou-me a amar a literatura.
C) Sempre passeávamos a pé no final da tarde.
D) Aprendi a ter fé a partir da convivência com Maria José.
E) A caridade a qual praticava era uma marca de sua personalidade.
Comentários:
Ocorre crase em:
A) Ela foi à gaveta pegar o revólver.
O verbo pede preposição "a": Ir "a"+"a" gaveta.
B) Maria José ensinou-me a amar a literatura.
Não há crase antes de verbo, temos apenas preposição.
C) Sempre passeávamos a pé no final da tarde.
Não há crase antes de palavra masculina, temos apenas preposição.
D) Aprendi a ter fé a partir da convivência com Maria José.
Não há crase antes de verbo, temos apenas preposição.
E) A caridade a qual praticava era uma marca de sua personalidade.
Não há preposição, logo não há crase. O "a" faz parte do pronome relativo "a qual".
Gabarito: A

11. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022)


O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão da Língua
Portuguesa na palavra destacada em:
A) A falta de incentivo direto a setores destinados à reciclar o lixo é um entrave para solucionar o

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problema urbano.
B) A indústria brasileira de informática cresce à uma taxa de 20% a 25% ao ano, superior ao que
acontece em média no mundo todo.
C) As empresas fabricantes de eletrodomésticos precisam se adequar à regras mais justas em
relação ao mercado consumidor.
D) O efeito dos fatores climáticos sobre o lixo eletrônico leva à liberação de componentes
tóxicos nas águas, na atmosfera e no solo.
E) Os países desenvolvidos multam os fabricantes por produtos que têm vida útil reduzida, o que
os torna temerosos à leis mais severas.
Comentários:
Temos crase pela fusão de preposição com artigo em "leva A+A liberação".
A) A falta de incentivo direto a setores destinados a reciclar o lixo é um entrave para solucionar o
problema urbano.
Não há crase antes de verbo, pois verbo não admite artigo.
B) A indústria brasileira de informática cresce a uma taxa de 20% a 25% ao ano, superior ao que
acontece em média no mundo todo.
Não há crase antes do artigo "uma", pois a crase ocorre na fusão de "a"+"a".
C) As empresas fabricantes de eletrodomésticos precisam se adequar a regras mais justas em
relação ao mercado consumidor.
Não há crase, pois não há artigo, apenas preposição. Se houvesse artigo, teríamos "adequar às
regras mais justas".
E) Os países desenvolvidos multam os fabricantes por produtos que têm vida útil reduzida, o que
os torna temerosos a leis mais severas.
Não há crase, pois não há artigo, apenas preposição. Se houvesse artigo, teríamos " temerosos
às leis mais severas ".
Gabarito: letra D.

12. (Cesgranrio/UNIRIO/Assistente em Administração /2019)


Em qual das alterações feitas no trecho “ainda fiel à boa técnica” o emprego do acento de crase
NÃO está de acordo com a norma-padrão?
A) ainda fiel àquela técnica
B) ainda fiel à toda técnica
C) ainda fiel à sua técnica
D) ainda fiel à velha técnica

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E) ainda fiel à técnica de sempre.


Comentários:
Cuidado, pois a questão pede o item incorreto.
O erro está na letra B, pois é proibido o uso de crase antes de pronome indefinido "toda". Na
letra A, a crase é possível, uma vez que o termo "fiel" exige a preposição "A" e o pronome
demonstrativo "aquela" tem como letra inicial o "a" (Ex. fiel A + Aquela = fiel Àquela). Na letra
C, a crase é facultativa, ou seja, antes de um pronome possessivo adjetivo, isto é, de um
pronome possessivo que “acompanhe” um substantivo feminino, a crase é facultativa, porque o
artigo é facultativo.
Nas letras D e E, a crase é obrigatória, pois, como foi exposto anteriormente, o termo "fiel"
exige a preposição "A" e o termo "velha" é um substantivo feminino (Ex. fiel A + A técnica = fiel
À técnica). Gabarito letra B.

13. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego do acento grave indicativo da
crase é obrigatório na palavra destacada em:
A) A exigência de entrar em contato com instituições financeiras obrigou o cliente a criar senhas
para ter acesso aos serviços bancários.
B) A falta de leis sobre privacidade digital exige que os indivíduos se preparem para enfrentar a
invasão do acesso a suas vidas privadas.
C) A revolução da tecnologia da informação modificou a realidade social, penetrando em todas
as esferas da atividade humana.
D) As pesquisas tecnológicas são indispensáveis devido a importância de solucionar problemas
causados pela invasão de dados.
E) O surgimento das redes sociais e dos sites de compartilhamento conduziu as pessoas a novas
situações de risco na sociedade atual.
Comentários:
Vejamos:
A) A exigência de entrar em contato com instituições financeiras obrigou o cliente a criar senhas
para ter acesso aos serviços bancários.
Não há crase antes de verbo.
B) A falta de leis sobre privacidade digital exige que os indivíduos se preparem para enfrentar a
invasão do acesso a suas vidas privadas.
O acento grave é facultativo antes de pronome possessivo adjetivo.
C) A revolução da tecnologia da informação modificou a realidade social, penetrando em todas
as esferas da atividade humana.
Não há crase porque "modificou" é VTD e não pede preposição. Temos apenas artigo.

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D) As pesquisas tecnológicas são indispensáveis devido à importância de solucionar problemas


causados pela invasão de dados.
Ocorre crase pela fusão entre preposição e artigo: "devido A"+"A importância"
E) O surgimento das redes sociais e dos sites de compartilhamento conduziu as pessoas a novas
situações de risco na sociedade atual.
Não há crase porque não há artigo. Se houvesse, teríamos "às novas situações".
Gabarito: Letra D.

14. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA C / 2021)


O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:
A) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
B) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.
C) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.
D) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
E) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.
Comentários:
Temos crase na fusão de preposição e artigo em: proteção A+A infância.
Vejamos as demais.
A) Tenho preocupações referentes a questões ambientais.
Não há crase, pois temos apenas preposição.
C) Devem-se fazer campanhas para aumentar as preocupações sanitárias.
Não há crase, pois temos apenas artigo.
D) a partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
Não há crase antes de verbo.
E) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.
Não há crase antes de verbo.
Gabarito: Letra B.

15. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / AGENTE DE TECNOLOGIA / 2021)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) A prática de ensino remoto levou as famílias a situações difíceis de comunicação com as
instituições de ensino.

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B) As aulas remotas surgem como uma alternativa para a redução dos impactos negativos no
processo de aprendizagem.
C) As escolas e os professores foram levados a essa prática de ensino remoto, em função da
chegada inesperada do vírus.
D) O interesse pelo ensino on-line não tem diminuído porque começou a ser considerado a única
opção de escolarização durante a pandemia.
E) Os bons resultados de desempenho dos alunos são obtidos graças a dedicação dos
professores no ensino on-line.
Comentários:
A crase é obrigatória na fusão de preposição e artigo em: graças A+A dedicação.
A) A prática de ensino remoto levou as famílias a situações difíceis de comunicação com as
instituições de ensino.
Não há crase, pois temos apenas preposição.
B) As aulas remotas surgem como uma alternativa para a redução dos impactos negativos no
processo de aprendizagem.
Não há crase, pois temos apenas artigo.
C) As escolas e os professores foram levados a essa prática de ensino remoto, em função da
chegada inesperada do vírus.
Não há crase, pois temos apenas preposição.
D) O interesse pelo ensino on-line não tem diminuído porque começou a ser considerado a única
opção de escolarização durante a pandemia.
Não há crase, pois temos apenas preposição. Não há crase antes de verbo.
Gabarito: Letra E.

16. (Cesgranrio/UNIRIO/Assistente em Administração /2019)


O acento grave indicativo de crase é necessário e está empregado de acordo com a
norma-padrão em:
A) É bom manter-nos à distância de dez passos.
B) O sol estava à pino e precisamos nos proteger do calor.
C) A volta à Portugal, seu país natal, fez meu pai muito feliz.
D) Com muito esforço, os idosos acompanham às novas tecnologias.
E) Sempre reconhecemos àqueles que são nossos verdadeiros amigos.
Comentários:
A) Caso muito importante: a expressão “A DISTÂNCIA” não tem crase, SALVO se vier
especificada essa distância "DEZ passos", ou seja, ocorre crase normalmente aqui, pois a
"distância foi especificada". Alternativa correta.
B) Não há crase antes de palavra masculina "pino". Incorreta.

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C) Aqui devemos lembrar do LENDÁRIO MACETE (quem vai “A” e volta “DA”, crase haverá.
Mas quem vai “A” e volta “DE”, crase para quê?). Logo, não há crase antes de "Portugal", pois a
ideia é "Vou A Portugal ---> Volto DE Portugal". Incorreta.
D) O verbo "acompanhar" (Ex. acompanhar alguém/alguma coisa) não exige preposição "a", ou
seja, a forma correta é sem o acento indicativo de crase (acompanham " " + "AS" =
acompanham AS novas tecnologias). Incorreta.
E) O verbo "reconhecer" não exige preposição "a" (Ex. reconhecer algo), ou seja, a forma correta
é sem o acento indicativo de crase (reconhecemos " " + "Aqueles" = reconhecemos Aqueles).
Incorreta.
Gabarito letra A.

17. (Cesgranrio/LIQUIGÁS /Profissional Júnior /2018)


O emprego do acento de crase na palavra em destaque está de acordo com a norma-padrão em:
A) As construções cresciam à olhos vistos
B) A preservação ficava à cargo dos órgãos públicos.
C) Os moradores fizeram obras à revelia da legislação.
D) Os trabalhos encantaram à todos os que aqui viviam.
E) As obras nos subúrbios cresceram à partir do século XIX.
Comentários:
A) Não há crase antes de palavra masculina "[OS] olhos". Incorreta.
B) Não há crase antes de palavra masculina "[O] cargo". Incorreta.
C) O acento indicativo de crase é obrigatório aqui, uma vez temos uma expressão adverbial de
base feminina "À revelia". Esse é um dos casos clássicos de crase. Alternativa correta.
D) Não há crase antes de pronome indefinido "todos". Incorreta.
E) Não há crase antes de verbo "partir". Incorreta. Gabarito letra C.

18. (Cesgranrio/LIQUIGÁS /Profissional Júnior /2018)


Sendo a crase a fusão de vogais idênticas marcadas na escrita pelo acento grave, a frase em que
a palavra em destaque deve ser acentuada, de acordo com a norma-padrão, é:
A) A história de um autor nunca é igual a de outro autor.
B) Nos romances, o príncipe geralmente chega a cavalo.
C) Os amantes da literatura bebem os romances gota a gota.
D) As fantasias da literatura pertencerão a quem as encontrar.
E) Aquele poema nos leva a uma região distante na imaginação.
Comentários:
A) Aqui temos a presença de um pronome substantivo "a", que torna a crase obrigatória. Nesse
caso, esse pronome substantivo sempre vai aparecer sozinho, sem estar na frente do substantivo,
já que este vai estar implícito "história", ou seja, esse "a" substitui o termo "história" (igual "A" +
"A" [história] = igual À/Àquela [história] de outro autor). Alternativa correta.
B) Não há crase antes de palavra masculina "[O] cavalo". Incorreta.
C) Não há crase entre palavras repetidas "gota [A] gota". Incorreta.

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D) Não há crase diante de pronomes indefinidos, exceto "poucas, muitas, outras e várias". Não é
o caso aqui, pois temos o pronome indefinido "quem". Incorreta.
E) Não há crase antes do artigo indefinido “uma”. Gabarito letra A.

19. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Científico/2018)


O acento grave marca, na escrita, o fenômeno da crase, isto é, representa a fusão de dois "a".
Dessa forma, o acento indicativo da crase está corretamente empregado em:
A) Meu sonho é conhecer à Paris dos romances.
B) Todos deveriam sempre lembrar à quem agradecer.
C) Restrinjo-me àquilo que ficou combinado na reunião.
D) Ensinaram à ela muito sobre a história da psicanálise.
E) Referimo-nos à toda raiva acumulada em nossos corações.
Comentários:
A) Cuidado aqui, pois o termo "Paris" está especificado pela expressão "dos romances" e,
consequentemente, aparece precedido do artigo "a". Todavia, o verbo "conhecer" é transitivo
direto e não exige a preposição "a". Sendo assim, não há condições para ocorrer crase aqui
(conhecer " " + "A" Paris dos romances = conhecer "A" Paris dos romances). Incorreta
B) Não há crase diante de pronomes indefinidos, exceto com alguns poucos pronomes
indefinidos que aceitam artigo, por exemplo: "poucas, muitas, outras e várias". Não é o caso
aqui, pois temos o pronome indefinido "quem". Incorreta.
C) Aqui a crase é possível, uma vez que o verbo "restringir" exige a preposição "a" (Ex.
restrinjo-me A alguma coisa) e o pronome demonstrativo "aquilo" tem como letra inicial o "a"
(Ex. restrinjo-me A + Aquilo = restrinjo-me Àquilo). Alternativa correta.
D) Não cabe artigo antes de pronome pessoal "eu, tu, ele (a), nós, vós, eles (as)", ou seja, não há
condições para o uso da crase. Incorreta.
E) Como foi falado no item B, não há crase diante de pronomes indefinidos "toda". Incorreta.
Gabarito letra C.

20. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancário/2018)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve ser
empregado na palavra destacada em:
A) A intenção da entrevista com o diretor estava relacionada a programação que a empresa
pretende desenvolver.
B) As ações destinadas a atrair um número maior de clientes são importantes para garantir a
saúde financeira das instituições.
C) As instituições financeiras deveriam oferecer condições mais favoráveis de empréstimo a quem
está fora do mercado formal de trabalho.
D) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas financeiras consideram que vale a pena
investir na nova moeda virtual.
E) Os participantes do seminário sobre mercado financeiro foram convidados a comparar as
importações e as exportações em 2017.

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Comentários:
A) O termo "relacionada" exige a preposição "a" (Ex. relacionada A algo) e o substantivo
feminino "programação" está precedido do artigo definido "a" (relacionada "A" + "A"
programação = relacionada À programação). Alternativa correta.
B) Não há crase antes de verbo "atrair". Incorreta.
C) Não há crase diante de pronomes indefinidos, exceto "poucas, muitas, outras e várias". Não é
o caso aqui, pois temos o pronome indefinido "quem". Incorreta.
D) Aqui não ocorre crase, pois temos apenas o artigo definido "a" antes do substantivo feminino
singular "pena", ou seja, o termo "vale" não exige a preposição "a". Logo, não há condições
para a crase. Incorreta.
E) Não há crase antes de verbo "comparar". Incorreta. Gabarito letra A.

21. (Cesgranrio/Petrobrás/Geólogo Júnior/2018)


O acento indicativo de crase está corretamente empregado em:
A) O médico atendia à domicílio.
B) A perna de Virgínia piorava hora à hora.
C) Anunciata fazia rezas à partir do meio-dia.
D) Minha mãe levou à milagreira um bolo de fubá.
E) O sobrinho da benzedeira assistiu à todas as sessões.
Comentários:
A) Não há crase, pois "domicílio" é uma palavra masculina "[O] domicílio. Incorreta.
B) Não há crase entre palavras repetidas "hora [A] hora". Incorreta.
C) Não há crase antes de verbo "partir". Incorreta.
D) Aqui temos um verbo transitivo direto e indireto (Ex. levar algo A alguém), ou seja, o verbo
"levar" exige a preposição "a" e o substantivo feminino "milagreira" está precedido do artigo
definido "a" (levou um bolo "A" + "A" milagreira = levou um bolo À milagreira). Alternativa
correta.
E) Não há crase diante de pronomes indefinidos "todas" exceto "poucas, muitas, outras e
várias". Não é o caso aqui, pois temos o pronome indefinido "todas". Incorreta. Gabarito letra D.

22. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração/2018)


A frase em que o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada é:
A) A elevação da temperatura da Terra tem concorrido para gerar prejuízos inigualáveis a todas as
nações.
B) Os fabricantes de agrotóxicos recusam-se a reconhecer a responsabilidade que possuem nos
danos ao meio ambiente.
C) O aquecimento do planeta tem estado aliado a índices muito altos de gases do efeito estufa
liberados pelos países industrializados.
D) Os grandes temporais causam imensos danos a população em razão da sua potência
destruidora.
E) Os países desenvolvidos atingiram a meta de redução da poluição estabelecida pelos

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cientistas em reuniões mundiais.


Comentários:
A) Não há crase diante de pronomes indefinidos "todas" exceto "poucas, muitas, outras e
várias". Não é o caso aqui, pois temos o pronome indefinido "todas". Incorreta.
B) Não há crase antes de verbo "reconhecer". Incorreta.
C) Não há crase, pois "índices" é uma palavra masculina "[OS] índices. Incorreta.
D) O termo "danos" exige a preposição "a" (Ex. danos A alguém) e o substantivo feminino
"população" está precedido do artigo definido "a" (danos "A" + "A" população = danos À
população). Alternativa correta.
E) O verbo "atingir" é transitivo direto e, portanto, não exige preposição "a". Logo, não há
condições para crase. Incorreta. Gabarito letra D.

23. (CESGRANRIO / Transpetro / Auxiliar de Saúde / 2018)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento indicador de crase é obrigatório
na palavra destacada em:
A) A história da iluminação começou quando o homem construiu, para transportar o fogo, as
tochas primitivas, que pouco a pouco foram aperfeiçoadas.
B) A melhoria nas tecnologias de iluminação pode estar agravando a poluição luminosa
principalmente nos grandes centros urbanos.
C) A poluição luminosa causa a saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das estrelas e
interfere na observação astronômica.
D) A privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo e pode até resultar em
distúrbios crônicos na saúde.
E) O mundo da iluminação não foi mais o mesmo depois da invenção da lâmpada elétrica, logo
depois da invenção da iluminação a gás.
Comentários:
a) Não há crase entre palavras repetidas. “pouco a pouco”
b) O verbo “agravar” é VTD e não exige preposição. “A melhoria nas tecnologias de iluminação
pode estar agravando a poluição luminosa principalmente nos grandes centros urbanos”.
c) O verbo “causar”, no sentido de “provocar”, é VTDI e exige a preposição “a”. Logo, há crase
nessa frase. “A poluição luminosa causa À saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das
estrelas e interfere na observação astronômica”. Alternativa correta.
d) A locução “a longo prazo” apresenta um núcleo masculino “prazo”, ou seja, não há crase
nesse contexto.
e) “[...] logo depois da invenção da iluminação a gás”. A palavra “gás” é um substantivo
masculino e, por esse motivo, não há crase. Gabarito letra C.

24. (CESGRANRIO / Transpetro / Oficial de Máquinas / 2016)


O acento grave está utilizado de acordo com a norma-padrão na seguinte frase:
A) O sol estava à pino no calçadão.
B) O homem estava à passeio na praia.

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C) A cena à qual o motorista assistiu o impressionou.


D) À imagem do mar era como ele havia pensado
E) O velho via à praia com um olhar perdido.
Comentários:
a) A palavra “pino” é um substantivo masculino e não admite crase. Incorreta.
b) A palavra “passeio” também é um substantivo masculino e, portanto, não admite crase.
Incorreta.
c) Nessa alternativa, nota-se que o verbo “assistir” exige a preposição “a” e, consequentemente,
a crase acontece pela junção desta com o termo “a qual”. (“a” + “a” qual = “à” qual). Alternativa
correta.
d) Neste caso, a crase é desnecessária, pois o “a”, que acompanha o substantivo feminino
“imagem”, não se relaciona com nenhuma preposição “a”. Incorreta.
e) Neste contexto, o verbo “ver” é VTD e, portanto, não exige nenhuma preposição. Incorreta.
Gabarito letra C.

25. (CESGRANRIO / Petrobras / Nível Superior / 2014)


O acento grave está empregado de acordo com a norma-padrão em:
A) Ensinar implica à necessidade de também aprender.
B) Os professores sempre visam à evolução dos alunos.
C) A educação se constrói à duras penas.
D) Recorrer à métodos pedagógicos alternativos é fundamental.
E) É importante criar discussões àcerca do ensino.
Comentários:
a) O verbo “implicar”, quando empregado com o sentido de “acarretar”, é VTD e não exige a
preposição “a”. Logo, não há crase. Incorreta.
b) O verbo “visar”, quando empregado com o sentido de “almejar”, é VTI e exige a preposição
“a”. Logo, tal preposição se une ao artigo definido “a”, ocorrendo a crase (visam “a” + “a”
evolução = visam à evolução). Alternativa correta.
c) Neste caso, mais do que a regência do verbo “construir”, deve-se analisar que o termo “duras
penas” está no plural e, portanto, o artigo definido que o acompanha é “as”. Sendo assim, não
haverá crase. (constrói “a” + “as” duras penas = constrói à duras penas). Incorreta.
d) Neste caso, aplica-se o mesmo conceito do item C, entretanto, pode-se pensar na questão da
palavra “métodos” como substantivo masculino, ou seja, esse simples fato impossibilita a crase.
Incorreta.
e) Nesta alternativa, basta observar que a palavra àcerca não existe. Gabarito letra B.

26. (CESGRANRIO / Liquigás / Téc. de Seg. do Trab. / 2014)


No trecho “parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades”, o elemento em destaque deverá
ser substituído por à, se a palavra cotidiano for substituída pela seguinte expressão:
A) uma rotina

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B) hábito algum
C) intensa rapidez
D) qualquer prática
E) políticas esperadas.
Comentários:
Nesta questão, são cobrados conhecimentos básicos sobre crase e os contextos no qual ela
nunca ocorre.
a) Não há crase antes de artigo indefinido. (uma rotina). Incorreta.
b) Não há crase, pois “hábito” é um substantivo masculino. Incorreta.
c) “parecem alheios à intensa rapidez das grandes cidades”. (alheios “a” + “a” intensa rapidez =
à intensa rapidez). Alternativa correta.
d) Não há crase, pois “qualquer” é um pronome indefinido. Incorreta.
e) Não há crase, uma vez que o substantivo feminino “políticas” apresenta sentido geral e
indeterminado. Esse é um caso mais específico, porém aparece com frequência nas provas.
Incorreta. Gabarito letra C.

27. (CESGRANRIO / Liquigás / Engenheiro Júnior / 2014)


O emprego do acento grave que indica a crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão, no
a que está destacado em:
A) Antes de construir uma hidrelétrica, é importante avaliar a ocorrência de fenômenos climáticos
prejudiciais à região.
B) Aplicar a ciência já adquirida e evoluir para uma nova realidade com respeito à natureza é
responsabilidade de todos.
C) As secas prolongadas dificultam a sobrevivência da população ribeirinha e repercutem no
potencial energético da região.
D) Empreendeu-se a inovadora pesquisa de adaptação de novas tecnologias para a geração de
energia.
E) Eventos climáticos atípicos na Amazônia não causam estragos permanentes, e a vida retorna a
situação normal.
Comentários:
a) O verbo “avaliar” é VTD e não exige preposição. Logo, não há crase. O “a” destacado é o
artigo definido do substantivo “ocorrência”. Incorreta.
b) O verbo “aplicar” é VTD e não exige preposição. Logo, não há crase. Novamente, o “a”
destacado é o artigo definido do substantivo “ciência”. Incorreta.
c) O verbo “dificultar” é VTD e não exige preposição, ou seja, não há crase. Mais uma vez o “a”
destacado é o artigo definido do substantivo “sobrevivência”. Incorreta
d) O verbo “empreender” também é VTD e não exige preposição. Sendo assim, não há crase.
Incorreta.
e) O verbo “retornar” é VTI e, consequentemente, exige a preposição “a”. Logo, há crase nesse
contexto. (retorna “a” + “a” situação normal = retorna à situação normal). Alternativa correta.
Gabarito letra E.

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28. (CESGRANRIO / CEFET-RJ / Conhecim. Básicos / 2014)


O acento indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:
A) O pai não gostava de que à ceia fosse feita antes das dez horas da noite.
B) À bem dizer, o pai era um sujeito bastante esquisito.
C) Às famílias desprovidas de recursos na vizinhança, o pai sempre dava um presente.
D) Daqui à duas horas, tentarei começar o ritual de abrir o pacote para desvendar o segredo.
E) O nome da estrada era Arca porque à região, entre Itaipava e Teresópolis, era assim
conhecida.
Comentários:
a) Observa-se que o verbo “gostar” exige a preposição “de” e, não menos importante, “a ceia”
configura-se como sujeito da segunda oração, fazendo com que a crase seja desnecessária nessa
frase. Incorreta.
b) Na locução “à bem dizer” não existe nenhum termo de origem feminina, ou seja, não há
possibilidade de crase. Incorreta.
c) Nesta alternativa, a melhor opção é reorganizar o período. Observe:
O pai sempre dava um presente às famílias desprovidas de recursos na vizinhança. Neste
contexto, o verbo “dar” é VTDI, ou seja, apresenta tanto um objeto direto quanto um objeto
indireto, sendo que este último é introduzido pela preposição “a”. (dava “a” + “as” famílias =
dava um presente às famílias). Alternativa correta.
d) Este é um caso mais específico, o qual trabalha a ocorrência da crase em expressões que
indiquem tempo. Segundo Pestana (2015), se a expressão “fizer referência a um período de
tempo impreciso, que não se trate da hora do relógio, não há crase”. Nesse sentido, a expressão
“daqui à duas” está incorreta, pois o tempo não está bem determinado. Veja dois casos clássicos:
Ela chegou à 1h (tempo determinado)
Sairei daqui a uma hora (tempo indeterminado)
e) Nesta alternativa, a conjunção explicativa “porque” não exige preposição e, dessa forma, não
há crase. No trecho “porque à região”, o termo destacado é o artigo definido do substantivo
“região”. Incorreta.
Gabarito letra C.

29. (CESGRANRIO / EPE / Ana. Pesquisa Energética / 2014)


O acento indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão em:
A) Chego na sua casa daqui à poucos minutos.
B) Fico à esperar uma visita sua aqui em Lisboa.
C) Desejo à seu grupo uma boa viagem pela Europa.
D) Do fado à canção regional, são expressivas as músicas lusitana.
E) Estimo à todos os viajantes que tenham boas lem- branças de seu turismo.
Comentários:
a) A crase não ocorre na expressão “daqui à poucos”, uma vez que “poucos” é uma palavra
masculina, ou seja, não existe a possibilidade de relacionar, por exemplo, a preposição “a” com o
artigo “os”. Incorreta.

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b) Não há crase antes de verbo. Incorreta


c) Antes de pronomes possessivos adjetivos a crase é facultativa.
d) Temos crase porque a palavra “canção” veio determinada e precedida de artigo, assim como a
palavra “fado”:
Com a expressão indicativa de limites “de X a Y”, devemos observar o paralelismo. Se houver
artigo no primeiro termo, usaremos também no segundo; ou não usaremos nenhum. De fado a
canção (ambos sem artigo)
Do fado à canção regional (ambos com artigo, daí a crase)
e) Não há crase antes de palavra masculina, nem diante de pronomes indefinidos. “Todos” é um
pronome indefinido masculino. Incorreta. Gabarito letra D.

30. (CESGRANRIO / IBGE / Supervisor de Pesquisas / 2014)


O emprego do acento grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-padrão em:
A) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove.
B) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço.
C) Ela preferia uma discussão às claras, em suas reuniões de trabalho
D) A prefeitura ainda será chamada à cumprir suas obrigações constitucionais.
E) Enquanto assistiam às remoções, os moradores iam ficando mais indignados.
Comentários:
a) Neste caso, nota-se uma locução adverbial de tempo cujo núcleo é feminino, ou seja, há crase
em “às nove”. Pestana (2015), por exemplo, afirma que expressões com o tempo bem definido
recebem crase. Observe o item D da questão 16.
b) Nesta alternativa, observa-se uma locução prepositiva cujo núcleo “custa” é feminino. Sendo
assim, a crase foi bem aplicada. “à custa de muito esforço”.
c) “Às claras” é um adjunto adverbial de modo cujo núcleo “claras” é feminino, ou seja, há crase
nesse contexto.
d) Não há crase antes de verbo. Incorreta.
e) O verbo “assistir”, no sentido de “observar”, é VTI e exige a preposição “a”. (assistiam “a” +
“as” = assistiam às remoções) Gabarito letra D.

31. (CESGRANRIO / BNDES / Técnico Administrativo / 2013)


A frase em que o sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão é:
A) As determinações do comitê destinam-se àqueles atletas indicados.
B) Ele se apoderou à bola e saiu correndo.
C) Ele ajuntou-se à um conjunto de mulheres inteligentes.
D) Este fato é comum à todo campeonato mundial.
E) Tenho todas essas contas à pagar.
Comentários:
a) Neste caso, o verbo “destinar” é VTDI e exige a preposição “a”. (destinam-se “a” + “aquelas”
= destinam-se “àqueles” atletas indicados). Alternativa correta.

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b) O verbo “apoderar” é VTI, porém exige a preposição “de”. Incorreta.


c) Não há crase antes de artigo indefinido (um, uma, uns, umas). Incorreta.
d) Não há crase antes de pronome indefinido. Incorreta
e) Não há crase antes de verbo. Incorreta. Gabarito letra A.

32. (CESGRANRIO / BNDES / Nível Superior / 2013)


Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no seguinte trecho:
“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar
algumas afirmações”.
A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:
A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e
tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés”.
B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas
==2537cb==

inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo de lidar com as
certezas e os valores”.
C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições
estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes a
visões questionadoras”.
D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende
determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado”.
E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso
mesmo, inviável”.
Comentários:
No trecho, a justificativa para não ocorrência da crase é a presença do verbo “aceitar”, ou seja, a
questão cobra um aspecto clássico em que a crase não acontece antes de verbos. O objetivo é
encontrar uma alternativa que também apresente essa característica.
a) Neste trecho, observa-se que a preposição “a” está antes do verbo “tirar”, ou seja, não há
crase. Alternativa correta.
b) “Segundo plano” é uma expressão masculina e, dessa forma, não há crase. O correto é “O
segundo plano” e não “A segundo plano”.
c) Se a palavra após a preposição “a” for feminina, mas plural, o acento grave indicativo da crase
é dispensado.
d) Não há crase antes de pronome indefinido “outros”, que é masculino. Se houvesse uma
palavra feminina, por exemplo, “outras falhas”, seria possível haver crase.
e) Não há crase antes de pronome indefinido “cada”. Gabarito letra A.

33. (CESGRANRIO / Transpetro / Téc. de ADM. / 2012)


Algumas das palavras destacadas na frase abaixo deveriam ser corrigidas, empregando-se o
acento indicador de crase.
O artista fica a trabalhar na sua obra, a noite, indiferente aquilo que o cerca. Dias e dias a fio
repete a rotina, a qual se dedica sem se cansar.

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De acordo com a norma-padrão, a correção resultaria, respectivamente, nesta sequência de


palavras:
A) à - à - aquilo - a - a - a
B) à - a - àquilo - à - a - a
C) a - à - aquilo - a - à - a
D) a - a - àquilo - à - à - à
E) a - à - àquilo - a - a - à
Comentários:
Nesta questão, trabalharemos de uma forma diferente, pois há diversas opções para analisar, ou
seja, não será analisado alternativa por alternativa.
1) Observe que não há crase no primeiro “a”, uma vez que ele se encontra antes do verbo
“trabalhar”. Esse fato já elimina os itens A e B.
2) O segundo “a” integra uma locução adverbial de tempo cujo núcleo “noite” é feminino, ou
seja, há crase. Logo, pode-se eliminar o item D
3) O pronome demonstrativo “aquilo” também pode receber o acento indicativo de crase. Note
que a expressão “indiferente a” carrega consigo a preposição e, dessa forma, ela se une a
primeira letra do pronome demonstrativo. (indiferente “a” + aquilo = indiferente “àquilo”).
Perceba que analisando os três primeiros casos já é possível obter a resposta, entretanto, vamos
observar o restante.
4) Neste caso, vale a mesma explicação do item 2, no entanto, a expressão “a fio” possui um
núcleo masculino “fio”. Não há crase.
5) O verbo “repetir” é VTD e não exige preposição, ou seja, não há crase. O termo destacado
“a” é o artigo definido do substantivo feminino “rotina”.
6) Por fim, o verbo “dedicar” exige a preposição “a” e o pronome relativo “qual” refere ao
substantivo feminino “rotina”. Logo, há crase nesse trecho. Vale ressaltar que a preposição “a”
deve ser deslocada para antes do pronome relativo. Gabarito letra E.

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LISTA DE QUESTÕES - REGÊNCIA VERBAL - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)
Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai
resistir a esses novos tempos?
Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time d/os “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua

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rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o
país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
(ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado).

O verbo implicar assume diferentes sentidos, dependendo de sua regência. No trecho “Essa
característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois implica
==2537cb==

envio ou recebimento imediato”, o seu sentido é


A) acarretar
B) comprometer
C) hostilizar
D) importunar
E) requerer

2. (Cesgranrio/UNIRIO/Técnico de Administração /2019)


Considere a seguinte passagem: “A uma dezena de metros, olhos curiosos viam o intruso montar
o caniço”
A reescritura na qual a regência do verbo destacada NÃO está de acordo com a norma-padrão é:
A) A uma dezena de metros, olhos curiosos espiavam o intruso, que montava seu caniço.
B) A uma dezena de metros, olhos curiosos observavam o intruso a montar o caniço.
C) A uma dezena de metros, olhos curiosos assistiam o intruso montar o caniço.
D) A uma dezena de metros, olhos curiosos espreitavam o intruso montando o caniço.
E) A uma dezena de metros, olhos curiosos deleitavam-se com o intruso a montar seu caniço.

3. (Cesgranrio/UNIRIO/Assistente em Administração /2019)


No trecho “concentrou diferentes projetos”, o verbo concentrar apresenta a mesma regência do
verbo destacado em:
A) O cenário atual mostra um cenário bem diferente.
B) Hoje, os bairros portuários do Rio parecem um cartão postal.
C) Agora os comerciantes confiam nesse bairro.
D) Nas lojas para turistas, sobressaem anéis e pulseiras.
E) A Zona Portuária necessitava de muitas benfeitorias.

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4. (CESGRANRIO/Transpetro/Taifeiro /2018)
A frase em que o verbo destacado apresenta a regência de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa é:
A) A população daquela região não aprovou às restrições impostas pelos órgãos governamentais
para a preservação do meio ambiente.
B) As instituições financeiras costumam a diminuir as taxas de juros para favorecer as
possibilidades de empréstimos dos clientes.
C) O esportista lembrou-se que estava atrasado para o compromisso assumido, no dia anterior,
durante o treinamento da equipe.
D) O ato de pesquisar envolve ao trabalho de coleta de dados pelos estudiosos, resultando em
benefícios para a ciência.
E) O escritor afeiçoou-se ao estudo da palavra, ao escutar, ainda nos primeiros anos de sua vida,
as histórias lidas pela mãe.

5. (Cesgranrio/LIQUIGÁS/Profissional Júnior - Administração/2018)


Um dos aspectos fundamentais da regência verbal é o uso adequado da preposição. A
preposição destacada está empregada de acordo com a norma-padrão em:
A) Não é bom descuidar-se com a leitura.
B) Informei-lhe de que a biblioteca fecharia à tarde.
C) Ler textos literários implica em formar cidadãos democráticos.
D) Perdoo a todos os vilões dos romances: sem vilões, sem histórias.
E) Com um livro na cabeceira, quero chegar em casa o quanto antes.

6. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Científico/2018)


O período que atende às exigências da norma-padrão da língua portuguesa, no que diz respeito
à regência verbal, é:
A) A maioria dos problemas os quais lidamos são fáceis de resolver.
B) Esse livro, cujos capítulos estudei, vai ser avaliado na prova.
C) O tratamento que falou não está disponível na rede pública.
D) Lya Luft, cujas ideias temos simpatia, é uma boa escritora.
E) Ela é a amiga que conto para me fazer companhia hoje.

7. (CESGRANRIO / Petrobrás / Advogado Jr / 2018)


Considere a seguinte frase:
“Os lançamentos tecnológicos a que o autor se refere podem resultar em comportamentos
impulsivos nos consumidores desses produtos”.
A utilização da preposição destacada a é obrigatória para atender às exigências da regência do
verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
É também obrigatório o uso de uma preposição antecedendo o pronome que destacado em:
A) Os consumidores, ao adquirirem um produto que quase ninguém possui, recém-lançado no

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mercado, passam a ter uma sensação de superioridade.


B) Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre trazem novidades que justifiquem seu
preço elevado em relação ao modelo anterior.
C) O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador realizou foi importante para mostrar
que o vício em novidades tecnológicas cresce cada vez mais.
D) O hormônio chamado dopamina é responsável por causar sensações de prazer que levam as
pessoas a se sentirem recompensadas.
E) As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais do que o seu orçamento permite em
aparelhos que elas não necessitam.

8. (CESGRANRIO / Petrobras / Téc. Enferm. Trab. / 2017)


No trecho “Desde o início da vida em sociedade, as fontes de energia de que o homem precisa
devem ser geradas continuamente”, o uso da preposição de é obrigatório para atender às
exigências de regência verbal na norma padrão da língua portuguesa.
É obrigatório também o emprego de uma preposição antecedendo o termo que em:
A) A desvantagem que a criação de usinas para captação de energia eólica possui é o impacto
sonoro provocado pelos ruídos das turbinas.
B) A força cinética que os pesquisadores se referem é produzida por geradores elétricos
associados ao eixo de cata-ventos.
C) A maior vantagem que os estudiosos mencionam é o fato de as usinas eólicas não
promoverem queima de combustível.
D) O mais importante papel que a energia eólica desempenhou na história da humanidade foi o
transporte marítimo.
E) A mortandade de aves que os analistas relacionam às hélices das grandes turbinas é uma das
desvantagens dos parques eólicos.

9. (CESGRANRIO / Petrobras / Médico do Trab. Jr. / 2017)


O seguinte período atende plenamente às exigências de regência verbal da norma-padrão da
língua portuguesa:
A) Um amigo que gosto muito chegará de Lisboa hoje.
B) O meio mais seguro que dispomos para viajar é o avião.
C) A passagem cuja confirmação está pendente terá de ser trocada.
D) O guia que simpatizamos estará conosco no próximo passeio.
E) O funcionário cujo nome não me lembro recuperou minha bagagem. -

10. (CESGRANRIO / IBGE / Supervisor de Pesquisas / 2016)


Observa-se obediência à norma-padrão, no que se refere à regência verbal, em:
A) A pobreza implica em muito sofrimento.
B) Os governantes devem assistir aos pobres, diminuindo seu sofrimento.
C) Todos aspiram a uma vida mais justa.

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D) A população não raro esquece dos menos favorecidos.


E) É importante desejarmos ao fim da pobreza.

11. (CESGRANRIO / Transpetro / Auditor Júnior / 2016)


O período em que a regência do verbo em destaque está adequada à norma-padrão é:
A) O homem aspirava o mar como quem deseja o impossível.
B) O menino se lembrou que a mãe também amava o mar.
C) O menino preferia o mar do que o rio.
D) Não duvidava que o pai conhecesse bem o mar.
E) Santiago Kovadloff queria muito bem ao filho.

12. (CESGRANRIO / Banco do Brasil / Escriturário / 2015)


De acordo com as regras de regência verbal estabelecidas pela norma-padrão da Língua
Portuguesa, o elemento destacado está adequadamente empregado em:
A) Os inadimplentes infringem aos regulamentos estabelecidos pelas financeiras ao deixar de
cumprir os prazos dos empréstimos.
B) Os comerciantes elogiaram aos bancos às medidas tomadas a favor de seus
empreendimentos.
C) Vários executivos procuram realizar cursos de especialização porque cobiçam aos estágios
mais avançados da carreira.
D) Os funcionários mais graduados das grandes empresas aspiram aos melhores cargos tendo em
vista o aumento de seu poder aquisitivo.
E) Algumas grandes empresas responsáveis pelas redes sociais ludibriam aos princípios
estabelecidos por lei ao permitir postagens agressivas.

13. (CESGRANRIO / Petrobras / Conhecim. básicos / 2014)


O período em que a palavra em destaque respeita a regência verbal conforme a norma-padrão é:
A) Os jogadores não abraçaram à causa dos torcedores: vencer a competição.
B) O goleiro ajudou ao time quando defendeu o pênalti.
C) A população custou com se habituar aos turistas.
D) Esquecemos das lições que aprendemos antes.
E) Lembrar os erros só pode interessar aos adversários.

14. (CESGRANRIO / Petrobras / Nível Superior / 2014)


No trecho “podemos utilizar essa mesma abordagem no nosso organismo, sem necessariamente
nos limitarmos a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento cultural.”, o verbo limitar,
no sentido de restringir, exige a presença da preposição “a”.
Essa exigência de preposição também se observa na regência da forma verbal destacada em:
A) A eliminação de doenças consideradas incuráveis representa a principal meta da tecnologia
moderna.
B) A tentativa de criação de seres humanos superdotados confirma a nova perspectiva da ciência

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atual.
C) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem a descobertas inimagináveis há poucos
anos.
D) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de programar filhos capazes de se tornarem
gênios.
E) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá invenções importantes para prevenir as
doenças.

15. (CESGRANRIO / Liquigás / Nível Superior / 2013)


Muitas vezes, o emprego de um verbo determina a presença de uma preposição ou uma
expressão equivalente, como é o caso de “não alguma coisa através da qual as pessoas se
entendam”.
Se fosse empregada a forma verbal confiem em vez de se entendam, o resultado, de acordo com
a norma-padrão, seria o seguinte:
A) não alguma coisa com a qual as pessoas confiem.
B) não alguma coisa na qual as pessoas confiem.
C) não alguma coisa em virtude da qual as pessoas confiem.
D) não alguma coisa sem a qual as pessoas confiem.
E) não alguma coisa pela qual as pessoas confiem.

16. (CESGRANRIO / BNDES / Biblioteconomia / 2013)


No trecho, o verbo atender exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido.
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é
impossível. Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas
que de algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar.

Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:


A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar
algumas afirmações como verdades indiscutíveis”.
B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução”.
C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é inerente à realidade
tanto material quanto espiritual,”.
D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é
impossível”.
E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças,”.

17. (CESGRANRIO / Transpetro / Téc. de Adm. / 2012)


De acordo com a norma-padrão, a frase que contém desvio em termos de regência é:
A) Assistiram ao jogo milhares de pessoas.
B) O funcionário visou o passaporte do professor.
C) A aeromoça procedeu à chamada dos passageiros.

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D) O patrão deixou de pagar o empregado na sexta-feira.


E) O estudante de Direito aspirava à carreira diplomática.

17. (CESGRANRIO / Banco do Brasil / Escriturário / 2012)


A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é:
A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.
B) Preciso de que me arranjem um emprego.
C) Convidei à Maria para vir ao escritório.
D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa.

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GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA A
3. LETRA E
4. LETRA D
5. LETRA B
6. LETRA E
7. LETRA B
8. LETRA C
9. LETRA C
10. LETRA C
11. LETRA E
12. LETRA D
13. LETRA C
14. LETRA B
15. LETRA A
16. LETRA D
17. LETRA B

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LISTA DE QUESTÕES - REGÊNCIA NOMINAL - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO / IBGE / Supervisor de Pesquisas / 2016)
A regência nominal está adequada à norma-padrão em:
A) Os pobres são ávidos por melhores condições de vida.
B) Os catadores sentem desejo com uma vida melhor.
C) Muitos catadores têm orgulho em seu ofício.
D) Parte da população é sensível para a pobreza.
E) Vários dejetos são inúteis para com a reutilização.

2. (CESGRANRIO / Petrobrás / Advogado Júnior / 2015)


Considerem-se os períodos abaixo. ==2537cb==

I - Antigamente era usado esse conceito.


II - As ciências sociais hoje discordam desse conceito.

Unindo-se esses períodos em um só, suprimindo-se as repetições e respeitando-se a


norma-padrão, tem-se o seguinte período:
A) Antigamente era usado esse conceito, ao qual as ciências sociais hoje discordam.
B) Antigamente era usado esse conceito, com o qual as ciências sociais hoje discordam.
C) Antigamente era usado esse conceito, pelo qual as ciências sociais hoje discordam.
D) Antigamente era usado esse conceito, do qual as ciências sociais hoje discordam.
E) Antigamente era usado esse conceito, para o qual as ciências sociais hoje discordam.

3. (CESGRANRIO / Banco do Brasil / Escriturário / 2012)


A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a norma-padrão é:
A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande.
B) Preciso de que me arranjem um emprego.
C) Convidei à Maria para vir ao escritório.
D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo.
E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa.

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GABARITO
1. LETRA A
2. LETRA D
3. LETRA B

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LISTA DE QUESTÕES - CRASE - CESGRANRIO


1. (CESGRANRIO / TRANSPETRO / 2023)
À moda brasileira
1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena história da literatura
brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase num susto depois que
li os primeiros versos do soneto à língua portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a
um tempo, esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio eu não sabia onde
ficava, mas de sepultura eu entendia bem, disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a
terra. Se escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer que era a sepultura que
esperava por esses meus escritos?
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens antes de chegar até
onde queria, os tais rodeios que ele ia ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de
palha, fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se minha mãe e ele não
tinham viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, meus avós é que
tinham feito aquelas longas viagens de navio, Portugal, França, Itália... Não esquecer que a
minha avó, Pedrina Perucchi, era italiana, ele acrescentou. Mas por que essa curiosidade?
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, é que seria tão bom se
ambos tivessem nascido lá longe e assim eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei
repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta escreveu com todas as letras,
nossa língua é sepultura mesmo, tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece!
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou os óculos. O soneto é
muito bonito, disse me encarando com severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a
própria língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em italiano ou espanhol ou
alemão, você ficará na nossa língua mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a
língua é renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois (ele voltou a abrir o livro), olha
que beleza o que o poeta escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, veja que
confissão de amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele precisava da rima para sepultura e calhou
tão bem essa obscura, entendeu agora? – acrescentou e levantou-se. Deu alguns passos e ficou
olhando a borboleta que entrou na varanda: Já fez a sua lição de casa?
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de assunto ele mudava
de lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou
simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar nisso, chega. Então a gente falava
noutra coisa ou ficava quieta.

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9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel em Jacareí que ele
tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse
mudado de lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia da cama e fique na
cadeira ou vá pra rua e feche a porta!
(TELLES, Lygia Fagundes. Durante aquele estranho chá: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p.109-111.
Fragmento adaptado).

O emprego do acento grave em “soneto à língua portuguesa” (parágrafo 2) explica-se a partir do


entendimento de que Olavo Bilac escreveu um soneto
A) em língua portuguesa
B) com a língua portuguesa
C) para a língua portuguesa
D) sobre a língua portuguesa
E) por causa da língua portuguesa

2. (CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023)


Implantação do código de ética nas empresas
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio da família,
da escola, dos amigos, dos meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta
com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social. As palavras “ética” e
“moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos grupos sociais em
um contexto.
A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A
ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a
sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela pode e deve ser incorporada pelos
indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um conjunto de
verdades fixas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para
entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a
escravidão foi considerada "natural".
Ética é o que diz respeito à ação quando ela é refletida, pensada. A ética preocupa-se com o
certo e com o errado, mas não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela
promove um estilo de ação que procura refletir sobre o melhor modo de agir que não abale a
vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem
como os valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a
ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no
mundo moderno e pode ser definida como a transparência nas relações e a preocupação com o
impacto das suas atividades na sociedade.
Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar

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seus funcionários sobre a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética,
o qual se destina à proteção da imagem da companhia. É preciso, portanto, que haja uma
conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a implantação de um código de
ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da
empresa. Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da
empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage. É da máxima importância que
seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta
administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a
responsabilidade de vivenciá-lo.
As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento
profissional, lealdade mútua, respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança,
propriedade da informação, assédio profissional e sexual, alcoolismo, uso de drogas, entre
outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir horários,
entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada
são exemplos de atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza
os princípios éticos da empresa ou da instituição.
O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores,
acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode
estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas ao desenvolvimento social de
comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento pessoal
e profissional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na
comunidade, dando diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera
pública, relações com o governo, entre outras.
Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas,
clientes, profissão, sociedade e para consigo próprio.
(MARTINS,Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital. ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.)

O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa em:
A) A conclusão dos projetos da empresa, durante o ano de 2020, foi realizada à custa de muito
empenho por parte dos empreendedores e dos funcionários especializados.
B) A preocupação da empresa com os funcionários destinados à catalogar os arquivos de maior
importância justifica os altos valores a eles atribuídos.
C) A valorização da ética em uma instituição é uma oportunidade de integrar todos os
funcionários nos mesmos objetivos e se aplica à diversas situações por que passa toda a
organização.
D) O conjunto de valores, individuais ou coletivos, que orienta as relações sociais deve garantir o
cumprimento daquilo que é esperado por toda à comunidade.

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E) Os indivíduos estabelecem a principal meta de suas vidas, a fim de alcançar à realização de


seus sonhos ao final de seu percurso.

3. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)


A história do método braile
Ler no escuro. Quem já tentou sabe que é impossível. Mas foi exatamente a isso que um francês
chamado Louis Braille dedicou a vida. Nascido em Coupvray, uma pequena aldeia nos arredores
de Paris, em 1809, desde cedo ele mostrou muito interesse pelo trabalho do pai. Seus olhos azuis
brilhavam da admiração de vê-lo cortar, com extrema perícia, selas e arreios. Pouco depois de
completar 3 anos, o menino começou a brincar na selaria do pai, cortando pequenas tiras de
couro. Uma tarde, uma sovela, instrumento usado para perfurar o couro, escapou-lhe da mão e
atingiu o seu olho esquerdo. O resultado foi uma infecção que, seis meses depois, afetaria
também o olho direito. Aos 5 anos, o garoto estava completamente cego.
A tragédia não o impediu, porém, de frequentar a escola por dois anos e de se tornar ainda um
aluno brilhante. Por essa razão, ele ganhou uma bolsa de estudos no Instituto Nacional para
Jovens Cegos, em Paris, um colégio interno fundado por Valentin Haüy (1745-182. Além do
currículo normal, Haüy introduzira um sistema especial de alfabetização, no qual letras de forma
impressas em relevo, em papelão, eram reconhecidas pelos contornos. Desde o início do curso,
Braille destacou-se como o melhor aluno da turma e logo começou a ajudar os colegas. Em
1821, aos 12 anos, conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre,
oficial do Exército francês.
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em
relevo impressos também em papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em
postos avançados. Estes decodificariam a mensagem até no escuro. Mas, como a ideia não
pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de grafia
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos, pois com ele era possível escrever,
algo que o método de Haüy não possibilitava. O de Barbier era fonético: registrava sons e não
letras. Dessa forma, as palavras não podiam ser soletradas. Além disso, o fato de um grande
número de sinais ser usado para uma única palavra tornava o sistema muito complicado. Apesar
dos inconvenientes, foi adotado como método auxiliar por Haüy.
Pesquisando a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
Em 1824, seu método estava pronto. Primeiro, eliminou os traços, para evitar erros de leitura: em
seguida, criou uma célula de seis pontos, divididos em duas colunas de três pontos cada, que
podem ser combinados de 63 maneiras diferentes. A posição dos pontos na célula está ao lado.
Em 1826, aos 17 anos, ainda estudante, Braille começou a dar aulas. Embora seu método fizesse
sucesso entre os alunos, não podia ensiná-lo na sala de aula, pois ainda não era reconhecido
oficialmente. Por isso, Braille dava aulas do revolucionário sistema escondido no quarto, que logo
se transformou numa segunda sala de aula.
O braile é lido passando-se a ponta dos dedos sobre os sinais de relevo. Normalmente se usa a
mão direita com um ou mais dedos, conforme a habilidade do leitor, enquanto a mão esquerda

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procura o início da outra linha. Aplica-se a qualquer língua, sem exceção, e também à
estenografia, à música – Braille, por sinal, era ainda exímio pianista – e às notações científicas em
geral. A escrita é feita mediante o uso da reglete, também idealizada por Braille: trata-se de uma
régua especial, de duas linhas, com uma série de janelas de seis furos cada, correspondentes às
células braile.
Louis Braille morreu de tuberculose em 1852, com apenas 43 anos. Temia que seu método
desaparecesse com ele, mas, finalmente, em 1854 foi oficializado pelo governo francês. No ano
seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do
imperador Napoleão III (1808-187, que programou ainda uma série de concertos de piano com
ex-alunos de Braille. O sucesso foi imediato, e o sistema se espalhou pelo mundo. Em 1952, o
governo francês transferiu os restos mortais de Braille para o Panthéon, em Paris, onde estão
sepultados os heróis nacionais.
(ATANES, Silvio. Super Interessante. Disponível em: https://super.abril.]com.br/historia/. Acesso em: 23 out. 2022.
Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal indicativo de crase está


corretamente empregado em:
A) Braille foi forçado à superar sua cegueira.
B) O professor referiu-se à um aluno brilhante: Braille.
C) Braille não foi reconhecido até que se consolidasse à oficialização de seu método.
D) Ele queria ensinar à todos os alunos o seu sistema de escrita.
E) Todos estavam à espera de que o valor de Braille fosse reconhecido.

4. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)


Entenda o que é deep fake e saiba como se proteger
Vídeos que viralizam nas redes sociais mostrando figuras públicas em situações quase
inacreditáveis são verdadeiros? Afinal de contas tudo parece tão real... A resposta é não, pois se
trata de uma “deep fake”, “falsificação profunda” em português, que, como a tradução indica, é
tão bem feita que pode enganar até os mais atentos. Segundo estudo de uma empresa de
segurança, 65% dos brasileiros ignoram a sua existência e 71% não reconhecem quando um
vídeo foi editado digitalmente usando essa técnica.
O que muita gente não sabe, porém, é que esse tipo de golpe, além de manipular vídeos com
celebridades e políticos famosos, também prejudica empresas e cidadãos comuns, que podem
ser envolvidos em fraudes de identidade e extorsões.
“Deep fake pode ser definida como a criação de vídeos e áudios falsos por meio de inteligência
artificial”, explica um especialista de segurança cibernética e fraude. A prática costuma utilizar um
vídeo de referência e a face (ou corpo) de outra pessoa, que não fazia parte do vídeo original.
Criam-se áudios falsos, fazendo a inteligência artificial aprender como uma pessoa fala e, a partir
daí, obter uma montagem com outras falas, inclusive alterando os lábios para acompanhar as

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palavras que são ditas.


Esse processo vem evoluindo rapidamente, tornando cada vez mais difícil a sua identificação.
Isso ocorre porque as novas redes neurais (sistemas de computação que funcionam como
neurônios do cérebro humano), a evolução da capacidade de processamento e a redução de
custos da computação em nuvem têm facilitado o acesso a essa tecnologia, contribuindo para
aumentar a qualidade dos vídeos.
No entanto, os criminosos não precisam de tanto conhecimento e tecnologia para aplicar seus
golpes.
Isso porque deep fakes criadas para serem distribuídas por apps de mensagens não exigem
tanta qualidade. O perigo é que, para o cidadão comum, a deep fake pode ser o ponto de
partida para uma fraude financeira, entre outros problemas.
A recomendação para pessoas físicas se protegerem é diminuir a exposição de fotos com rostos
e vídeos pessoais na internet. “As redes sociais devem se manter configuradas como privadas, já
que fotos, áudios ou vídeos disponíveis publicamente podem ser utilizados para alimentar a
inteligência artificial e engendrar deep fakes.”
Além disso, ao receber um vídeo suspeito, observe se o rosto e os lábios da pessoa se movem
em conjunto com o que ela diz. Preste atenção se a fala parece contínua ou se em algum
momento apresenta cortes entre uma palavra e outra. E considere o contexto — ainda que
tecnicamente o vídeo esteja muito bem manipulado, avalie se faz sentido que aquela pessoa
diga o que parece dizer naquele momento.
(Disponível em: https://estudio.folha.uol.com.br/unico. Acesso em: 20 out. 2022. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) A capacidade criativa do brasileiro é um privilégio que leva soluções favoráveis a empresas de
diferentes setores.
B) A segurança em saúde e a violência são temas que a maioria da população considera como os
maiores obstáculos a serem superados.
C) As ações de inclusão social colocaram o nosso país em um patamar superior em relação a
outros países, em diferentes épocas.
D) O objetivo das instituições que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários é
ajudá-los a cuidarem de sua saúde.
E) Os empresários passaram a dar mais atenção a função que sua organização desempenha na
sociedade.

5. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente Comercial/2023)


Pix: é o fim do dinheiro em espécie?
O Pix muda a forma como realizamos transações financeiras. Representará realmente o fim do
DOC e da TED? O boleto bancário está ainda mais ameaçado de extinção? E o velho cheque vai

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resistir a esses novos tempos?


Abrangente como é, o Pix pode reduzir ou acabar com a circulação das notas de real? Essa é
uma pergunta sem resposta fácil. O fato é que o avanço das transações financeiras eletrônicas,
em detrimento do uso do dinheiro em papel, pode ser benéfico para o Brasil, em vários sentidos.
O Pix tem tudo para ser o empurrãozinho que nos falta para chegarmos a esse cenário.
E por que o dinheiro em espécie resiste? Talvez você esteja entre aqueles que compram no
supermercado com cartão de crédito ou usam QR Code para pagar a farmácia. Mas a feira da
semana e os churros na esquina você paga com “dinheiro vivo”, certo? Um dos fatores que
escoram a circulação de papel-moeda no Brasil é a informalidade.
Atrelada a isso está a situação dos desbancarizados. A dificuldade que muita gente teve para
receber o auxílio emergencial, durante a pandemia, jogou luz sobre um problema notado há
tempos: a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso a serviços bancários. O pouco
de dinheiro que entra no orçamento dessas pessoas precisa ser gasto rapidamente para
subsistência.
Não há base financeira suficiente para justificar movimentações bancárias. Também pesa para o
time dos “sem-banco” o baixo nível de educação ou a falta de familiaridade com a tecnologia.
O fator cultural também favorece a circulação do dinheiro em espécie. É provável que você
conheça alguém que, mesmo tendo boa renda, prefere pagar boletos ou receber pagamentos
com cédulas simplesmente por estar acostumado a elas. Para muita gente que faz parte dessa
turma, dinheiro vivo é dinheiro recebido ou pago na hora. Não é preciso esperar a TED cair ou o
dia virar para o boleto ser compensado. Isso pesa mais do que a conveniência de se livrar da fila
da lotérica.
Embora o Brasil tenha um sistema bancário que suporta vários tipos de transações, o país estava
ficando para trás no que diz respeito a pagamentos instantâneos. O Pix veio para preencher essa
lacuna.
A modalidade permite transações em qualquer horário e dia, incluindo finais de semana e
feriados.
Essa característica, por si só, já é capaz de mudar a forma como lidamos com o dinheiro, pois
implica envio ou recebimento imediato: as transações via Pix são concluídas rapidamente.
É o fim do papel-moeda? Não é tão simples assim. O Pix não foi idealizado com o propósito
exclusivo de acabar com os meios de pagamento e transferência atuais, muito menos com o
papelmoeda, mas para fazer o sistema financeiro do Brasil evoluir e ficar mais competitivo.
Apesar disso, não é exagero esperar que, à medida que a população incorpore o sistema à sua
rotina, o uso de DOC, TED, boletos e cartões caia. Eventualmente, algum desses meios poderá
ser descontinuado, mas isso não acontecerá tão cedo — vide o exemplo do cheque, que não
“morreu” com a chegada do cartão.
No caso das cédulas, especialistas do mercado financeiro apontam para uma diminuição de
circulação, mas não para um futuro próximo em que o papel-moeda deixará de existir. Para que
esse cenário se torne realidade, é necessário, sobretudo, atacar a desbancarização. O medo ou a
pouca familiaridade com a tecnologia podem ser obstáculos, mas o Pix é tão interessante para o

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país que o próprio comércio incentiva o público mais resistente a aderir a ele.
(ALECRIM, E. Disponível em: https://tecnoblog.net/especiais/ pix-fim-dinheiro-especie-
brasil/. Publicado em novembro de 2020. Acesso em: 2 dez. 2022. Adaptado.)

O uso do acento grave indicativo da crase atende às exigências da norma-padrão da língua


portuguesa em:
A) A possibilidade de pagar, transferir e receber dinheiro por meio do Pix renovou o sistema
bancário brasileiro porque facilitou o acesso à diversas funcionalidades.
B) A implantação de uma nova modalidade de transferência bancária está relacionada à dupla
preocupação do governo com a agilidade das movimentações e o progressivo processo de
redução da desbancarização da população.
C) Com o crescimento da implantação da tecnologia nos serviços bancários, as empresas
começaram à valorizar mais efetivamente os funcionários que possuem maior domínio desses
meios.
D) Os gerentes responsáveis por comandar o sistema bancário correspondem à uma categoria
muito qualificada de funcionários, porque precisam ter uma formação atualizada na área
tecnológica.
E) Os limites de valores a serem estabelecidos para à abertura de contas bancárias foram
ampliados, garantindo maior facilidade para as pessoas que têm menos recursos disponíveis.

6. (CESGRANRIO - Esc BB/BB/Agente de Tecnologia/2023)


Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo
Ainda que não exista uma concepção única sobre o empreendedorismo social, de forma geral, o
conceito está relacionado ao ato de empreender ou inovar com o objetivo de alavancar causas
sociais e ambientais. A meta é transformar uma realidade, promover o bem-estar da sociedade e
agregar valor com cunho social.
Um empreendedor social produz bens e serviços que irão impactar positivamente a comunidade
em que ele está inserido e solucionar algum problema ou necessidade daquele grupo. Apesar de
poder ter retorno financeiro, os empreendimentos sociais analisam seu desempenho a partir do
impacto social gerado por sua atuação.
Vale ressaltar que, apesar de apresentarem muitas similaridades, empreendedorismo social e
negócio social não são sinônimos. O empreendedorismo social cria valor por meio da inovação,
que gera uma transformação social. O foco não é o retorno financeiro, mas a resolução de
problemas sociais e o impacto positivo. Enquanto isso, os negócios sociais seguem a lógica
tradicional do mercado, porém com a ambição de gerar valor social.
Cinco características também são essenciais para a iniciativa: ser inovadora; realizável;
autossustentável; contar com a participação de diversos segmentos da sociedade, incluindo as
pessoas impactadas; e promover impacto social com resultados mensuráveis.
Quem tem interesse de atuar nessa área precisa trabalhar em grupo e formar parcerias, saber

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lidar bem com as pessoas e buscar formas de trazer resultados de impacto social.
Além disso, o profissional precisa ter flexibilidade e vontade de explorar, pois é possível que ele
acabe exercendo um papel que não seja necessariamente na sua área de formação, ou que sua
atuação se transforme rapidamente, por conta do dinamismo e das necessidades do negócio.
(MENDES, T. Empreendedorismo social: um caminho para quem quer mudar o mundo. Na prática, 7 jul. 2022.
Disponível em: https://www.napratica.org.br/empreendedorismo-social/. Acesso em: 2 set. 2022. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) A descrição detalhada de um empreendimento a ser realizado é uma necessidade para a
aprovação de sua realização.
B) A divulgação do concurso levou muitas pessoas a se candidatarem a vaga mais concorrida na
empresa.
C) A tentativa de obter a isenção fiscal é buscada a todo custo pelos responsáveis da instituição.
D) O sucesso de uma empresa deve ser atribuído a gestores competentes.
E) O uso de recursos digitais levou os jovens estudiosos a uma nova forma de aprendizagem em
diferentes áreas.

7. (CESGRANRIO - ATA (AgeRIO)/AgeRIO/2023)


Floresta amazônica vai virar savana
Pesquisadores afirmam que mudança no ecossistema da Amazônia é iminente
Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se
descaracterizar de tal forma que deixaria de ser uma floresta e se transformaria em área de
savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um artigo publicado recentemente.
Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e
uso indiscriminado de incêndios florestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem
volta, para transformar as partes Sul, Leste e central da Amazônia em um ecossistema não
florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a
descoberta de que as florestas interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo,
estima-se que metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela
evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido
provenientes do Oceano Atlântico.
Caso perca uma quantidade grande de árvores, a floresta recicla menos chuva, ficando mais
suscetível a incêndios. O fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde
antes havia espécies florestais. O resultado desse processo ecológico é que grandes fragmentos
de florestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a Amazônia como a

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conhecemos hoje.
A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um
estudo em 2007, e chegou à conclusão de que esse valor era de 40% de florestas derrubadas. Só
que esse estudo avaliou apenas uma variável, o desmatamento. Segundo um dos autores,
quando se consideram outros fatores, como os incêndios florestais e o aquecimento global, essa
margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento
global já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da
Amazônia.
De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser
encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a
algum desmatamento. Mas essa possibilidade não é infinita, chega a um ponto que não tem
retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na produção com
sustentabilidade.
Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o reflorestamento. Com esse
objetivo, o Brasil se comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a
reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
(CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado).

O emprego do sinal indicativo da crase na palavra destacada é obrigatório, de acordo com a


norma-padrão da língua portuguesa, em:
A) A modificação ambiental sem limites levou a formação de uma paisagem árida ou até de um
deserto propriamente dito.
B) A principal consequência apontada pelos estudiosos a favor do consumo consciente da água
é a preservação da espécie humana.
C) O direito ao meio ambiente é coletivo e deve ser garantido a todos para a manutenção das
áreas verdes e das condições climáticas ideais.
D) Os cientistas buscam várias soluções para os problemas ambientais, a começar por pesquisas
de fatores que propiciem o surgimento de vários ecossistemas.
E) Os rios que desaparecem em períodos de estiagem passam a ter conservação obrigatória,
segundo as regras do novo Código Florestal.

8. (CESGRANRIO - Adv (AgeRIO)/AgeRIO/2023)


A crase é o fenômeno da contração de duas vogais iguais, e essa contração é marcada pelo
acento grave.
O acento grave indicativo da crase está corretamente empregado em:
A) É preciso estar atento às coisas boas da vida.
B) Gostaria de poder viver melhor o meu dia à dia.
C) As decisões às quais citei vão transformar a minha vida.

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D) O parque ecológico localiza-se à três quilômetros daqui.


E) À partir de hoje, não acumularei mais produtos supérfluos.

9. (CESGRANRIO - Tec Cien (BASA)/BASA/Tecnologia da Informação/2022)


Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa época qualquer, mas no outono.
Outono no Rio. O ar é fino, quase frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto,
o céu já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conseguiu vencer os prédios e
arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua.
E, naquele trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase madrugada.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua cadeira, na calçada. Na rua tranquila,
de pouco movimento, não passa quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros,
nem pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássaros. Os primeiros, com
suas vassouras e mangueiras, conversando sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando –
dentro ou fora das gaiolas.
Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sentada muito ereta, com seu vestido
estampado, de corte simples, suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa, mas também parece
pronta a erguer -se num aceno, quando alguém passar.
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Parece coisa de antigamente.
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placidamente em sua cadeira na calçada,
observando as manhãs, está atrás das grades.
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem vir aqui, ao voltar só teve um
choque: as grades. Nada mais o impressionou, tudo ele achou normal. Fez Comentários vagos
sobre as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, tudo sem muita ênfase.
Mas e essas grades, me perguntou, por que todas essas grades? E eu, espantada com seu
espanto, eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem saber o que
dizer.
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. Todos os dias, o porteiro coloca ali a
cadeira para que ela se sente, junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do
gradil pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão antigo, se desenrola
assim, por trás de barras de ferro, que mesmo sendo de alumínio para não enferrujar são de um
ferro simbólico, que prende, constrange, restringe.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de metal, sua figura frágil me fazendo
lembrar os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores.

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(SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001).

Para atender aos padrões de escrita formal do português, observando-se a norma-padrão, o


acento grave indicativo da crase deve ser empregado em:
A) A paisagem a qual descrevi me deslumbra até hoje.
B) Não havia ninguém na rua quando a manhã se descortinou.
C) Meu irmão demonstrava surpresa sempre que via as grades.
D) A velha senhora tem o olhar atento as belas paisagens da cidade.
E) Minha percepção sobre o Rio mudou a partir da visão daquela senhora.

10. (CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Especialista em Proteção


Radiológica/2022)
Texto
Maria José
Paulo Mendes Campos
Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre, violenta quando necessário. Eu era
menino e apanhava de um companheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via a
pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com a briga por milagre.
Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devotava-se ao alívio de misérias físicas e
morais do próximo, estudava o mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma,
comungava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco. Mas nunca deixou de
ter na gaveta o revólver que havia recebido, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou
no quintal noturno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu que tinha chegado à humildade da
velhice; já não se importava com quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a
defesa dos filhos e dos netos.
Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia e o verdor da minha meninice.
Ensinou- me a ler as primeiras sentenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de
Sales e o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas de Baudelaire;
dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que havia decorado quando menina; discutia comigo
as ideias finais de Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me desgarrei
nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José, com irônico afeto, me repetia a
advertência de Drummond: “Paulo, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija,
amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será”.
Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha amiga: nada me perguntava,

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adivinhava tudo.
Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto espontâneo da qualidade das
coisas, renunciou às vaidades mais singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de
olhos lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as almas que perdiam o
rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a flecha e o alvo das criaturas.
Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se fazia difícil para o médico saber o
que sentia; acabava dizendo que doía um pouco, por delicadeza.
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia acompanhar um casal amigo a
Copacabana, passar do bar da moda ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques
em santa serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava São Paulo e Santo Agostinho,
acreditava que era preciso se fazer violência para entrar no reino celeste.
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, destemida e doce, como quem vai
partir para o céu. Santificara-se. Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo
do espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomendava à compaixão do Criador
e me defendia contra o mundo de revólver na mão.
Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7173/maria- jose. Acesso em: 05 fev. 2022.

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) Ela foi a gaveta pegar o revólver.
B) Maria José ensinou-me a amar a literatura.
C) Sempre passeávamos a pé no final da tarde.
D) Aprendi a ter fé a partir da convivência com Maria José.
E) A caridade a qual praticava era uma marca de sua personalidade.

11. (CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Administrador/2022)


O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão da Língua
Portuguesa na palavra destacada em:
A) A falta de incentivo direto a setores destinados à reciclar o lixo é um entrave para solucionar o
problema urbano.
B) A indústria brasileira de informática cresce à uma taxa de 20% a 25% ao ano, superior ao que
acontece em média no mundo todo.
C) As empresas fabricantes de eletrodomésticos precisam se adequar à regras mais justas em

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relação ao mercado consumidor.


D) O efeito dos fatores climáticos sobre o lixo eletrônico leva à liberação de componentes
tóxicos nas águas, na atmosfera e no solo.
E) Os países desenvolvidos multam os fabricantes por produtos que têm vida útil reduzida, o que
os torna temerosos à leis mais severas.

12. (Cesgranrio/UNIRIO/Assistente em Administração /2019)


Em qual das alterações feitas no trecho “ainda fiel à boa técnica” o emprego do acento de crase
NÃO está de acordo com a norma-padrão?
A) ainda fiel àquela técnica
B) ainda fiel à toda técnica
C) ainda fiel à sua técnica
D) ainda fiel à velha técnica
E) ainda fiel à técnica de sempre.

13. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA A / 2021)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o emprego do acento grave indicativo da
crase é obrigatório na palavra destacada em:
A) A exigência de entrar em contato com instituições financeiras obrigou o cliente a criar senhas
para ter acesso aos serviços bancários.
B) A falta de leis sobre privacidade digital exige que os indivíduos se preparem para enfrentar a
invasão do acesso a suas vidas privadas.
C) A revolução da tecnologia da informação modificou a realidade social, penetrando em todas
as esferas da atividade humana.
D) As pesquisas tecnológicas são indispensáveis devido a importância de solucionar problemas
causados pela invasão de dados.
E) O surgimento das redes sociais e dos sites de compartilhamento conduziu as pessoas a novas
situações de risco na sociedade atual.

14. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / ESCRITURÁRIO - PROVA C / 2021)


O sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:
A) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
B) Medidas de proteção à infância precisam ser tomadas por governos.
C) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preocupações sanitárias.
D) À partir do início da faculdade é necessário estudar muito.
E) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.

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15. (CESGRANRIO / BANCO DO BRASIL / AGENTE DE TECNOLOGIA / 2021)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o uso do acento grave indicativo da crase
é obrigatório na palavra destacada em:
A) A prática de ensino remoto levou as famílias a situações difíceis de comunicação com as
instituições de ensino.
B) As aulas remotas surgem como uma alternativa para a redução dos impactos negativos no
processo de aprendizagem.
C) As escolas e os professores foram levados a essa prática de ensino remoto, em função da
chegada inesperada do vírus.
D) O interesse pelo ensino on-line não tem diminuído porque começou a ser considerado a única
opção de escolarização durante a pandemia.
E) Os bons resultados de desempenho dos alunos são obtidos graças a dedicação dos
professores no ensino on-line.

16. (Cesgranrio/UNIRIO/Assistente em Administração /2019)


O acento grave indicativo de crase é necessário e está empregado de acordo com a
norma-padrão em:
A) É bom manter-nos à distância de dez passos.
B) O sol estava à pino e precisamos nos proteger do calor.
C) A volta à Portugal, seu país natal, fez meu pai muito feliz.
D) Com muito esforço, os idosos acompanham às novas tecnologias.
E) Sempre reconhecemos àqueles que são nossos verdadeiros amigos.

17. (Cesgranrio/LIQUIGÁS /Profissional Júnior /2018)


O emprego do acento de crase na palavra em destaque está de acordo com a norma-padrão em:
A) As construções cresciam à olhos vistos
B) A preservação ficava à cargo dos órgãos públicos.
C) Os moradores fizeram obras à revelia da legislação.
D) Os trabalhos encantaram à todos os que aqui viviam.
E) As obras nos subúrbios cresceram à partir do século XIX.

18. (Cesgranrio/LIQUIGÁS /Profissional Júnior /2018)


Sendo a crase a fusão de vogais idênticas marcadas na escrita pelo acento grave, a frase em que
a palavra em destaque deve ser acentuada, de acordo com a norma-padrão, é:
A) A história de um autor nunca é igual a de outro autor.
B) Nos romances, o príncipe geralmente chega a cavalo.
C) Os amantes da literatura bebem os romances gota a gota.
D) As fantasias da literatura pertencerão a quem as encontrar.
E) Aquele poema nos leva a uma região distante na imaginação.

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19. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Científico/2018)


O acento grave marca, na escrita, o fenômeno da crase, isto é, representa a fusão de dois "a".
Dessa forma, o acento indicativo da crase está corretamente empregado em:
A) Meu sonho é conhecer à Paris dos romances.
B) Todos deveriam sempre lembrar à quem agradecer.
C) Restrinjo-me àquilo que ficou combinado na reunião.
D) Ensinaram à ela muito sobre a história da psicanálise.
E) Referimo-nos à toda raiva acumulada em nossos corações.

20. (Cesgranrio/Banco da Amazônia/Técnico Bancário/2018)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve ser
==2537cb==

empregado na palavra destacada em:


A) A intenção da entrevista com o diretor estava relacionada a programação que a empresa
pretende desenvolver.
B) As ações destinadas a atrair um número maior de clientes são importantes para garantir a
saúde financeira das instituições.
C) As instituições financeiras deveriam oferecer condições mais favoráveis de empréstimo a quem
está fora do mercado formal de trabalho.
D) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas financeiras consideram que vale a pena
investir na nova moeda virtual.
E) Os participantes do seminário sobre mercado financeiro foram convidados a comparar as
importações e as exportações em 2017.

21. (Cesgranrio/Petrobrás/Geólogo Júnior/2018)


O acento indicativo de crase está corretamente empregado em:
A) O médico atendia à domicílio.
B) A perna de Virgínia piorava hora à hora.
C) Anunciata fazia rezas à partir do meio-dia.
D) Minha mãe levou à milagreira um bolo de fubá.
E) O sobrinho da benzedeira assistiu à todas as sessões.

22. (Cesgranrio/Petrobras/Técnico de Administração/2018)


A frase em que o uso do sinal indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada é:
A) A elevação da temperatura da Terra tem concorrido para gerar prejuízos inigualáveis a todas as
nações.
B) Os fabricantes de agrotóxicos recusam-se a reconhecer a responsabilidade que possuem nos
danos ao meio ambiente.
C) O aquecimento do planeta tem estado aliado a índices muito altos de gases do efeito estufa
liberados pelos países industrializados.

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D) Os grandes temporais causam imensos danos a população em razão da sua potência


destruidora.
E) Os países desenvolvidos atingiram a meta de redução da poluição estabelecida pelos
cientistas em reuniões mundiais.

23. (CESGRANRIO / Transpetro / Auxiliar de Saúde / 2018)


De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento indicador de crase é obrigatório
na palavra destacada em:
A) A história da iluminação começou quando o homem construiu, para transportar o fogo, as
tochas primitivas, que pouco a pouco foram aperfeiçoadas.
B) A melhoria nas tecnologias de iluminação pode estar agravando a poluição luminosa
principalmente nos grandes centros urbanos.
C) A poluição luminosa causa a saúde efeitos negativos, reduz a visibilidade das estrelas e
interfere na observação astronômica.
D) A privação das horas de sono torna-se um problema a longo prazo e pode até resultar em
distúrbios crônicos na saúde.
E) O mundo da iluminação não foi mais o mesmo depois da invenção da lâmpada elétrica, logo
depois da invenção da iluminação a gás.

24. (CESGRANRIO / Transpetro / Oficial de Máquinas / 2016)


O acento grave está utilizado de acordo com a norma-padrão na seguinte frase:
A) O sol estava à pino no calçadão.
B) O homem estava à passeio na praia.
C) A cena à qual o motorista assistiu o impressionou.
D) À imagem do mar era como ele havia pensado
E) O velho via à praia com um olhar perdido.

25. (CESGRANRIO / Petrobras / Nível Superior / 2014)


O acento grave está empregado de acordo com a norma-padrão em:
A) Ensinar implica à necessidade de também aprender.
B) Os professores sempre visam à evolução dos alunos.
C) A educação se constrói à duras penas.
D) Recorrer à métodos pedagógicos alternativos é fundamental.
E) É importante criar discussões àcerca do ensino.

26. (CESGRANRIO / Liquigás / Téc. de Seg. do Trab. / 2014)


No trecho “parecem alheios ao cotidiano das grandes cidades”, o elemento em destaque deverá
ser substituído por à, se a palavra cotidiano for substituída pela seguinte expressão:
A) uma rotina
B) hábito algum
C) intensa rapidez

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D) qualquer prática
E) políticas esperadas.

27. (CESGRANRIO / Liquigás / Engenheiro Júnior / 2014)


O emprego do acento grave que indica a crase é obrigatório, de acordo com a norma-padrão, no
a que está destacado em:
A) Antes de construir uma hidrelétrica, é importante avaliar a ocorrência de fenômenos climáticos
prejudiciais à região.
B) Aplicar a ciência já adquirida e evoluir para uma nova realidade com respeito à natureza é
responsabilidade de todos.
C) As secas prolongadas dificultam a sobrevivência da população ribeirinha e repercutem no
potencial energético da região.
D) Empreendeu-se a inovadora pesquisa de adaptação de novas tecnologias para a geração de
energia.
E) Eventos climáticos atípicos na Amazônia não causam estragos permanentes, e a vida retorna a
situação normal.

28. (CESGRANRIO / CEFET-RJ / Conhecim. Básicos / 2014)


O acento indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão em:
A) O pai não gostava de que à ceia fosse feita antes das dez horas da noite.
B) À bem dizer, o pai era um sujeito bastante esquisito.
C) Às famílias desprovidas de recursos na vizinhança, o pai sempre dava um presente.
D) Daqui à duas horas, tentarei começar o ritual de abrir o pacote para desvendar o segredo.
E) O nome da estrada era Arca porque à região, entre Itaipava e Teresópolis, era assim
conhecida.

29. (CESGRANRIO / EPE / Ana. Pesquisa Energética / 2014)


O acento indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão em:
A) Chego na sua casa daqui à poucos minutos.
B) Fico à esperar uma visita sua aqui em Lisboa.
C) Desejo à seu grupo uma boa viagem pela Europa.
D) Do fado à canção regional, são expressivas as músicas lusitana.
E) Estimo à todos os viajantes que tenham boas lembranças de seu turismo.

30. (CESGRANRIO / IBGE / Supervisor de Pesquisas / 2014)


O emprego do acento grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-padrão em:
A) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove.
B) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço.
C) Ela preferia uma discussão às claras, em suas reuniões de trabalho
D) A prefeitura ainda será chamada à cumprir suas obrigações constitucionais.

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E) Enquanto assistiam às remoções, os moradores iam ficando mais indignados.

31. (CESGRANRIO / BNDES / Técnico Administrativo / 2013)


A frase em que o sinal indicativo de crase está usado de acordo com a norma-padrão é:
A) As determinações do comitê destinam-se àqueles atletas indicados.
B) Ele se apoderou à bola e saiu correndo.
C) Ele ajuntou-se à um conjunto de mulheres inteligentes.
D) Este fato é comum à todo campeonato mundial.
E) Tenho todas essas contas à pagar.

32. (CESGRANRIO / BNDES / Nível Superior / 2013)


Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no seguinte trecho:
“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar
algumas afirmações”.
A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:
A) “É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e
tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés”.
B) “Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas
inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo de lidar com as
certezas e os valores”.
C) “a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições
estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes a
visões questionadoras”.
D) “Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende
determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado”.
E) “Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso
mesmo, inviável”.

33. (CESGRANRIO / Transpetro / Téc. de ADM. / 2012)


Algumas das palavras destacadas na frase abaixo deveriam ser corrigidas, empregando-se o
acento indicador de crase.
O artista fica a trabalhar na sua obra, a noite, indiferente aquilo que o cerca. Dias e dias a fio
repete a rotina, a qual se dedica sem se cansar.
De acordo com a norma-padrão, a correção resultaria, respectivamente, nesta sequência de
palavras:
A) à - à - aquilo - a - a - a
B) à - a - àquilo - à - a - a
C) a - à - aquilo - a - à - a
D) a - a - àquilo - à - à - à
E) a - à - àquilo - a - a - à

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GABARITO
1. LETRA C
2. LETRA A
3. LETRA E
4. LETRA E
5. LETRA B
6. LETRA B
7. LETRA A
8. LETRA A
9. LETRA D
10. LETRA A
11. LETRA D
12. LETRA B
13. LETRA D
14. LETRA B
15. LETRA E
16. LETRA A
17. LETRA C
18. LETRA A
19. LETRA C
20. LETRA A
21. LETRA D
22. LETRA D
23. LETRA C
24. LETRA C
25. LETRA B
26. LETRA C
27. LETRA E
28. LETRA C
29. LETRA D
30. LETRA D
31. LETRA A
32. LETRA A
33. LETRA E

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