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O Protagonista

Quando eu era criança adquiri o hábito de leitura. Amava ler! Lembro que um dos primeiros
livros que li, se não o primeiro, foi “Beleza Negra”. Um livreto, bem pequeno e com muitas figuras,
que minha mãe lia comigo. Ela amava a história do cavalo negro, e eu amava o momento que
passávamos juntos. Conforme eu ia crescendo, as histórias ficavam maiores. Passei a ler os gibis da
Turma da Mônica, Cebolinha, Cascão.. Mais tarde, passei paras as histórias de heróis: Batman,
Capitão América, X-men, Homem Aranha. Minha adolescência também foi muito bem
acompanhada: Harry Potter, Crepúsculo, Robert Langdon (lembram de O código da Vince?), Percy
Jackson.. Tudo que era de universo da fantasia, ali estava eu lendo. Mas o que essas histórias tem
em comum? Por exemplo: sobre quem é a história contada nos quadrinhos “Batman”?

Sobre quem é a história e o que conta são coisas completamente distintas. São várias
camadas, e uma série de fatores podem mudar essa percepção. Um observador superficial pode
dizer: É só um maluco rico que usa collant e cueca por cima da calça, saindo a noite pelas ruas de
Gothan City. Alguém um pouco mais observador vai dizer que é sobre um homem rico com
problemas para superar a morte dos pais, que encontra no combate ao crime um propósito de vida
para honrar o legado deles e um meio de fazer o que é certo. As pessoas terão diferentes pontos de
vistas sobre a nossa vida. Isso depende delas mesmas e do grau de envolvimento delas em nossa
história. Mas o ponto é: quando olharem nossa trajetória, verão a Deus nessas camadas? Sendo um
observador próximo ou distante, será possível perceberem o que nossa história conta? Somos
protagonistas da nossa história, mas a HISTÓRIA principal que está sendo contada não é sobre mim.
Fazemos parte de algo muito maior do que o recorte de 80, 90 anos que teremos sobre a face da
terra.

José, por exemplo, teve um sonho: Sol, Lua e estrelas se curvavam perante ele. Por ter tido
esse sonho, José foi:
- Surrado;
- Deixado num poço;
- Vendido como escravo pelos irmãos;
- Acusado de traição mesmo sendo inocente;
- Preso por falso testemunho;

A história de José é digna de um COACH. Uma história inspiradora, cheia de reviravoltas mas
com um foco central: por conhecermos todo o contexto, conseguimos ver a mão de Deus em todas
as etapas. Vemos José servindo a Deus APESAR das circunstâncias. Vemos ele seguindo, por que o
propósito de Deus era maior do que as propostas feitas pelo caminho.
Mas será que ele seguiu por que já conhecia o final da história? Será que ele só permaneceu por que
Deus o havia revelado em sonho o final?
Mas nós? Será que nós não conhecemos o final da história?

Romanos 12 – 2: Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação
da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, perfeita e agradável
vontade de Deus.
Boa, perfeita e agradável.
-Boa: O que é bom? É um conceito extremamente relativo. Boldo é bom? Ser repreendido é bom?
Enxergar o que é bom depende do ponto de vista. Se atrasar para sair de casa não é bom. Mas e se
esse atraso fosse resultar num livramento, por exemplo?
Bom não é necessariamente o que queremos, mas o que precisamos.

- Perfeita: Perfeito é o estado que experimentamos após o bom. Não necessariamente um


momento, mas um processo. Na história de José, por exemplo, ele faz o que é bom, e sua trajetória
segue de forma perfeita para o propósito que ela está sendo contada.

- Agradável: É o ponto em que atingimos a maturidade. É onde conseguimos desfrutar do agir de


Deus. Entendemos, aceitamos e nos deleitamos na vontade Dele. É nesse ponto que temos paz em
nosso coração: quando em fim conseguimos descansar Nele.

Salmos 37-4: Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração.

*Tente soltar o óculos*

“Faça ou não faça. Tentativa não há.”

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