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COLÉGIO SÊNECA

O DOADOR
DE MEMÓRIAS

LOIS LOWRY
LOIS LOWRY

Ela é autora de vários livros para crianças e jovens


adultos, incluindo The Giver Quartet, Number the Stars
e Rabble Starkey. Ela é conhecida por escrever sobre
assuntos difíceis, distopias e temas complexos em
obras para público jovem.
O biógrafo Joel Chaston a descreveu como
"claramente uma das mais importantes escritoras
americanas do século XX para crianças".
O LIVRO (1993)

Em O doador de memórias, a premiada autora


Lois Lowry constrói um mundo aparentemente
ideal onde não existem dor, desigualdade,
guerra nem qualquer tipo de conflito. Por
outro lado, também não há amor, desejo ou
alegria genuína.
PORTFÓLIO BORCELLE 2030

O LIVRO (1993)

Os habitantes de uma pequena comunidade, satisfeitos


com a vida ordenada, pacata e estável que levam,
conhecem apenas o presente – o passado e todas as
lembranças do antigo mundo lhes foram apagados da
mente.
Um único indivíduo é encarregado de ser o guardião
dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do
sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária
para orientar os dirigentes da sociedade em momentos
difíceis.
Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá
seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é
avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá
coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo
nunca mais será o mesmo.

O LIVRO
Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o
universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai
se dissipando, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se
revelar.
SUCESSO DE
VENDAS

MILHÕES
+11 DE LIVROS
VENDIDOS
O que te
causa
medo?
Capítulo 1
Então todos os cidadãos ouviram a ordem
para entrarem no prédio mais próximo e
permanecerem lá. IMEDIATAMENTE, disse a
voz rascante através dos alto-falantes.
DEIXEM SUAS BICICLETAS ONDE ESTÃO.
Dispensado?
Dispensado?
O pai
As ações de
Jonas para
o amanhã
Como colaborar
para a
construção do
amanhã?
Exercício
Ficha
catalográfica
O doad o r de
Me m óri as
CAPÍTULOS 3 - 7
CAPÍTULO 3:
UM LAR PARA GABE
Jonas deu de ombros. Entrou com eles em casa, mas os olhos
da criança nova o tinham impressionado. Espelhos eram raros na
comunidade; não eram proibidos, mas não havia realmente a
necessidade de possuí-los, e ele nunca se dera ao trabalho de
olhar muito para si, mesmo quando se encontrava num lugar
onde existia algum espelho.
Agora, vendo a criança nova e a expressão do seu rosto, Jonas
lembrou que os olhos claros não eram apenas incomuns, mas
conferiam aos que os tinham uma certa aparência – de quê? De
profundidade, decidiu ele; como se alguém olhasse para o fundo
da água clara de um rio, onde poderiam estar à espreita coisas
que ainda não tinham sido descobertas. Ficou encabulado,
dando-se conta de que ele também tinha aquele tipo de olhar
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CAP. 4: A DISPENSA
– Bem, houve a narrativa da vida dele, que sempre vem
primeiro. Depois o brinde. Todos nós levantamos nossas
taças e brindamos. Cantamos o hino. Ele fez um lindo
discurso de despedida e vários entre nós também
discursaram dedicando-lhe bons votos. Eu, não. Nunca
apreciei muito falar em público. Ele ficou emocionado.
Precisava ver a expressão no rosto dele quando o
deixaram ir. Jonas ficou pensativo. Seus movimentos nas
costas dela tornaram-se mais lentos. – Larissa –
perguntou ele –, o que acontece quando fazem a dispensa?
Para onde exatamente foi Roberto?
A DISPENSA

Ela ergueu os ombros nus e molhados num gesto breve. –


Não sei. Acho que ninguém sabe, a não ser o comitê. Ele
apenas se inclinou, fez uma mesura para todos nós e
depois saiu, como todos fazem, pela porta especial da
Sala da Dispensa. Mas você tinha de ter visto a cara
dele. De pura felicidade, eu diria.
CAP. 5: PARA AS
EMOÇÕES, REMÉDIOS
– E quanto ao tratamento? O Locutor diz que
precisa haver um tratamento. – Jonas se sentiu
angustiado. Logo agora que a Cerimônia estava
prestes a acontecer, sua Cerimônia de Doze,
ele teria de ir para algum lugar fazer um
tratamento? Só por causa de um sonho idiota?
Mas sua mãe riu novamente de um jeito bem
carinhoso e tranquilizador.
CAP. 6: A CERIMÔNIA UM

Gabe voltara para o Centro de Criação naquele dia: estava aos cuidados da equipe noturna. O
comitê concedera a ele uma trégua especial, que não era comum: um ano adicional no Centro de
Criação antes de sua Nomeação e Colocação. O Pai apresentara ao comitê um apelo em nome
de Gabriel, que ainda não havia ganhado peso proporcionalmente ao seu tempo de vida nem
começado a dormir um sono profundo o bastante, à noite, para ser colocado numa unidade
familiar. Normalmente, uma criança assim seria rotulada como Deficiente e dispensada da
comunidade. Como resultado do apelo, porém, Gabriel fora classificado como Indeterminado e
recebera um ano a mais. Continuaria a ser tratado no Centro de Criação e passaria as noites
com a unidade familiar de Jonas. Foi exigido que todos os membros da família, inclusive Lily,
assinassem um documento comprometendo-se a não se apegar ao pequeno hóspede temporário
e a deixá-lo partir sem protestos ou apelos quando ele fosse designado para uma unidade
familiar na Cerimônia do ano seguinte.
CAP. 7: A
CERIMÔNIA

A Anciã-Chefe deu prosseguimento ao seu discurso.


– Esta é a ocasião – começou ela, olhando direto
para eles – em que reconhecemos as diferenças.
Vocês, Onzes, passaram todos os anos até agora
aprendendo a adaptar-se, a padronizar seus
comportamentos, a controlar todo impulso que
pudesse separá-los do grupo. Hoje, porém, nós
acatamos suas diferenças. Elas determinaram o
futuro de cada um de vocês.
CAP. 7: A
CERIMÔNIA
Jonas se preparou para andar até o palco quando
cessaram os aplausos, a Anciã-Chefe pegou a pasta
seguinte e olhou para o grupo a fim de chamar o Doze
seguinte. Ele estava calmo, agora que chegara a sua
vez. Respirou fundo e alisou o cabelo com a mão. –
Vinte – ele a ouviu dizer com toda a clareza. – Pierre.
Ela me pulou, pensou Jonas, aturdido. Será que não
ouvira direito? Não. Fez-se um repentino silêncio na
multidão, e ele teve certeza de que a comunidade
inteira havia percebido que a Anciã-Chefe passara do
Dezoito para o Vinte, saltando um número. À sua
direita, Pierre, com uma expressão espantada, levantou-
se de sua cadeira e encaminhou-se de maneira irresoluta
para o palco.
CAP. 7: A
CERIMÔNIA

Mas ela pulara seu número. Viu os outros de seu grupo


olhando-o de soslaio, embaraçados e desviando depressa
o olhar. Viu uma expressão preocupada no rosto de seu
líder de grupo. Curvou os ombros e tentou parecer menor
em sua cadeira. Gostaria de desaparecer, de sumir, de
não existir. Não se atrevia a virar e procurar seus
pais no meio da multidão. Não suportaria ver os rostos
deles sombrios de vergonha. Jonas baixou a cabeça e
vasculhou sua mente. O que fizera de errado?
PARA CASA
Leitura dos capítulos 4 - 7
Exercício no caderno

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