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5.

Ângulo Externo o Teorema e suas Consequências


Ana Brunet1

Introdução

Neste capítulo, apresentaremos o ângulo externo de um triângulo. O


importante teorema do ângulo externo será enunciado e validado, bem como
suas consequências. Relações entre ângulos e lados de triângulos poderão ser
verificadas, bem como mais dois casos de congruência entre triângulos.

5.1 O que é um Ângulo Externo

Definimos, no Capítulo 4, ângulos de um triângulo. Se ABC é um


triângulo, os ângulos A B̂ C, A Ĉ B e B Â C são chamados ângulos internos ou
simplesmente ângulos. O suplemento adjacente de cada ângulo interno é
chamado de ângulo externo. Na Figura 5.1,  é ângulo externo do triângulo
ABC.

Figura 5.1 – Ângulo externo


5.2 O teorema do Ângulo Externo

Proposição25: (Teorema do ângulo externo) Todo ângulo externo de um


triângulo tem medida maior do que qualquer dos ângulos internos a ele não
adjacentes.

1
Licenciada e Mestre em Matemática, docente da ULBRA. Atua na área de Formação de
Professores.
GEOMETRIA PLANA 2

Demonstração: Seja ABC triângulo e D ponto na semirreta complementar à


semirreta 𝐴𝐵⃗ . O ângulo DÂC é externo ao triângulo ABC. Vamos mostrar que:

i) 𝐷Â𝐶 > 𝐴𝐶 𝐵

ii) 𝐷Â𝐶 > 𝐴𝐵 𝐶

Iniciaremos demonstrando (i). Para tanto, considere o ponto E, ponto


médio do lado AC e o ponto F na semirreta BE congruente ao segmento BE,
⃖ ⃗ (Figura 5.2).
mas do lado oposto de B com respeito à reta AC

Figura 5.2 – Construção dos pontos E e F


Os triângulos AEF e CEB são congruentes por LAL, já que E é ponto
médio de AC, os ângulos AÊF e BÊC são OPV e os segmentos BE e EF são
congruentes por construção (Figura 5,3). Então o ângulo CÂF é congruente ao
ângulo ACB.

Figura 5.3 - ∆AEF ≅ ∆CEB (LAL) ⇒ Â ≅ C

A semirreta 𝐴𝐹⃗ está no interior do ângulo CÂD (por quê?), portanto o ângulo
CÂF possui medida menor que a do ângulo CÂD, mas o ângulo CÂF é
congruente ao ângulo Ĉ . Assim o ângulo externo CÂD possui medida maior
que a do ângulo interno não adjacente Ĉ .

Para mostrarmos (ii) procedemos de forma análoga, porém


consideramos o ângulo externo ao ângulo  determinado pelos pontos B, A e
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D’ no qual D’ é um ponto sobre a semirreta oposta a AC⃗. Como os ângulos BÂD


e BÂD’ são OPV, eles são congruentes.

Assim todo ângulo externo de um triângulo possui medida maior que


qualquer um dos ângulos internos não adjacentes a ele.

5.3 Algumas consequências do teorema

Corolário1: Um triângulo não pode ter dois ângulos retos.

Demonstração: Suponhamos, para obter uma contradição, que o triângulo ABC


possuia os ângulos B e C retos. Então também é reto o ângulo formado pelas
semirretas CA⃗ e a semirreta oposta a CB⃗. Mas tal ângulo é externo ao triângulo
e não adjacente ao ângulo interno B ao qual é congruente. Isto contradiz o
teorema do ângulo externo. Portanto um triângulo não pode ter dois ângulos
retos.


Corolário2: Todo triângulo retângulo possui dois ângulos agudos.

Demonstração: Seja ABC triângulo retângulo com ângulo reto em C.


Mostraremos que, nesta situação, os ângulos  e B são agudos. De fato, o
ângulo externo em C será reto também e se  ou B for reto ou obtuso, terá
maior ou igual medida que do ângulo externo não adjacente. Contradição com
o teorema do ângulo externo.


Proposição26: Dados uma reta e um ponto não pertencente a ela, existe e é
única a perpendicular à reta pelo ponto.

Demonstração: Seja r reta e P ponto não pertencente a r.

(Existência) Tomemos dois pontos A e B em r. Se a reta AP ou a reta BP


for perpendicular a r, então termina a demonstração. Caso nem a reta AP nem
a reta BP forem perpendiculares à reta r, construímos uma semirreta AC no
semiplano oposto ao que possui P tal que o ângulo BÂC seja congruente ao
ângulo PÂB. Marcamos, na semirreta AC, o ponto D tal que os segmentos PA e
AD sejam congruentes. Daí, o triângulo PAD é isósceles de base PD e a reta r
contem sua bissetriz, portanto contem sua altura. Assim, as retas r e PD são
perpendiculares. Isso prova a existência de pelo menos uma reta
perpendicular a uma reta dada por um ponto não pertencente a ela.

(Unicidade) Suponhamos que existam duas retas perpendiculares à reta


r por P. Sejam s e t tais retas. Então s e t interceptam r em pontos A e B
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distintos, caso contrário seria a mesma reta. Então os ângulos formados pelas
retas r e PA, r e PB são retos. Mas isso contradiz o teorema do ângulo externo
aplicado no triângulo PAB. Assim, a perpendicular a r é única.
Logo, existe e é única a perpendicular a uma reta por um ponto não
pertencente a ela.

Proposição27: (Quarto caso de congruência entre triângulo – caso LAA) Se
entre os triângulos ABC e DEF os lados AB e DE são congruentes e são
congruentes os pares ângulos  e D, C e F, então os triângulos são
congruentes.

Demonstração: Sejam ABC e DEF triângulos como na hipótese. Construímos na


semirreta DF⃗ o ponto G tal que os segmentos AC e DG sejam congruentes
(colocação da régua). Temos, então, três possibilidades:

i) G=F

ii) D–F–G

iii) D–G–F
Se G for igual a F, os triângulos ABC e DEF são congruentes por LAL, já
que os lados AB e DE são congruentes por hipótese e são congruentes os
ângulos  e D também por hipótese.

Se F encontra-se entre D e G, então os triângulos ABC e DEG são


congruentes por LAL. Daí os ângulos correspondentes C e DGE são
congruentes. Neste caso, o ângulo DFE é externo ao triângulo FEG, não
adjacente ao ângulo DGE e congruente a esse mesmo ângulo. Contradição com
o teorema do ângulo externo, portanto essa situação não ocorre.

Se G está entre D e F, os ângulos DGE e DFE são congruentes. Mas o


ângulo DGE será externo ao triângulo GEF e não adjacente a DFE. Novamente
existe contradição com o teorema do ângulo externo e esta situação também
não ocorre.

Portanto a única situação possível é os pontos G e F serem coincidentes


e os triângulos ABC e DEF serem congruentes.

Agora temos quatro casos de congruência entre triângulos, a saber,
LAL, ALA, LLL e LAA. A situação LLA na qual temos dois triângulos com dois
lados consecutivos congruentes dois a dois e um par de ângulos congruentes,
porém, apenas um dos lados é adjacente ao ângulo, pode não ocorrer
congruência entre os triângulos. Por exemplo, use régua, transferidor e
compasso para construir um triângulo ABC tal que a medida do lado AB seja 4
cm, a medida do ângulo  seja 300 e a medida do lado BC seja 3 cm do
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seguinte modo. Primeiro construa o lado AB de medida 4 cm, depois trace


uma semirreta AD auxiliar tal que a medida do ângulo BÂD seja 300. Agora,
com a ponto seca do compasso em B trace uma circunferência de centro B e
raio 3 cm. Observe que a circunferência intersecciona a semirreta AD em dois
pontos C1 e C2. Os triângulos ABC1 e ABC2 possuem o lado AB comum, os lados
BC1 e BC2 congruentes e o ângulo  comum o que caracteriza o caso LLA.
Porém esses triângulos não são congruentes, pois AC1 e AC2 possuem medidas
distintas. Mas se o ângulo  for reto, podemos garantir com o que temos
construído até agora, que os triângulos são congruentes.

Proposição28: (Caso da hipotenusa e do cateto) Sejam ABC e DEF triângulos


retângulos com ângulo reto em  e D respectivamente. Se as hipotenusas BC e
EF são congruentes e são congruentes os catetos AB e DE, então os triângulos
são congruentes.

Demonstração: Sejam ABC e DEF triângulos como nas hipóteses. Construímos


na semirreta oposta a semirreta AC um ponto F’ tal que os segmentos DF e AF’
sejam congruentes (colocação da régua) O ângulo F’ÂB é reto, pois forma par
linear com o ângulo reto, por hipótese, BÂC. Então os triângulos DEF e ABF’
são congruentes por LAL, já que os lados AB e DE são congruentes por
hipótese. Olha o triângulo BCF’. Ele é isósceles de base CF’. Então os ângulos
C e F’ são congruentes (teorema do triângulo isósceles). Daí, por LAA os
triângulos ABC e ABF’ são congruentes. Pela transitividade da relação de
congruência, temos os triângulos ABC e DEF congruentes.

Desigualdades Geométricas

Mostramos, no Capítulo 4, que os ângulos da base de um triângulo


isósceles são congruentes. Com o teorema do ângulo externo e as
consequências validadas até aqui podemos mostrar outras propriedades que
relacionam ângulos e lados de um mesmo triângulo.

Proposição29: Em um triângulo, ao maior lado opõe-se o maior ângulo.

Demonstração: Seja ABC um triângulo tal que a medida do lado AB é maior do


que a medida do lado BC. Mostraremos que a medida do ângulo Ĉ é maior que
a media do ângulo Â. Para tanto, vamos construir sobre a semirreta BC⃗ um
ponto D tal que BA seja congruente a BD. A existência e unicidade do ponto D
são garantidas pela Proposição 10. Nesta situação o triângulo ABD é isósceles
de base AD. Além disso, como o segmento BC possui medida menor que o
segmento AB, o ponto C está entre os pontos B e D. Assim, o ângulo BÂC
possui medida menor que a medida do ângulo BÂD (consequência do axioma
III6) que, por sua vez, é congruente ao ângulo ADB (teorema do triângulo
isósceles).
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Agora, vamos olhar para o triângulo ACD. O ângulo ACB é externo a esse
triângulo, portanto de medida maior que a medida do ângulo ADC (teorema
do ângulo externo). Assim:

BÂC < BÂD = ADC < ACB


Isto é, a medida do ângulo interno C é maior que a medida do ângulo interno
 no triângulo ABC, se a medida do lado AB for maior que a medida do lado
BC.


Proposição30: Em um triângulo, ao lado de menor medida opõe-se o ângulo de
menor medida.

Demonstração: As ideias desta demonstração são muito parecidas com as


ideias da Proposição 29 e fica para o leitor realizar a argumentação.

Proposição31: Em um triângulo, ao ângulo de maior medida opõe-se o lado de


maior medida.

Demonstração: Seja ABC um triângulo. Suponhamos que o ângulo  tenha


medida maior que o ângulo B. Vamos mostrar que o lado BC tem medida
maior que o lado AC. Nestas condições temos três possibilidades mutuamente
excludentes para esses lados, a saber:

i) ‖BC‖ = ‖AC‖

ii) ‖BC‖ < ‖AC‖

iii) ‖BC‖ > ‖AC‖


A possibilidade (i) não ocorre, pois o triângulo seria isósceles e os ângulos
 e B congruentes (teorema do triângulo isósceles) o que não ocorre por
hipótese. A possibilidade (ii) também não pode ocorrer, pois a Proposição 30
nos garante que, nestas condições, o ângulo B terá maior medida que o ângulo
Â, o que não ocorre por hipótese. Então a única possibilidade que pode
ocorrer é (iii), isto é, o lado BC possui maior medida que o lado AC, sempre
que o ângulo  for maior que o ângulo B em um triângulo ABC.

Proposição32: Em um triângulo, ao ângulo de menor medida opõe-se o lado de
menor medida.
Demonstração: As ideias desta demonstração são muito parecidas com as da
Proposição 31 e fica para o leitor realizar a argumentação.
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Proposição33: (Recíproca do teorema do triângulo isósceles) Se um triângulo


possui dois ângulos congruentes, então ele é isósceles.

Demonstração: Seja ABC triângulo cujos ângulos B e C são congruentes. Vamos


mostrar que os lados AB e AC são congruentes. De fato, se os lados não forem
congruentes, ao maior lado se oporá o maior ângulo pela Proposição 29, mas
isso contradiz a hipótese dos ângulos serem congruentes. Então os lados são
congruentes e o triângulo é isósceles, por definição.

Portanto, se um triângulo possui dois ângulos congruentes ele é isósceles.

Proposição34: (Desigualdade Triangular) Em todo triângulo a soma das


medidas de dois lados é maior que a medida do terceiro lado.

Demonstração: Seja ABC um triângulo qualquer. Vamos mostrar que o lado AB


possui medida menor que a soma das medidas dos lados AC e BC. Para tanto
vamos construir um ponto D na semirreta oposta à semirreta CB⃗ tal que os
segmentos CD e AC sejam congruentes (colocação da régua). Então o triângulo
DCA é isósceles de base AD, portanto os ângulos D e CÂD são congruentes
(teorema do triângulo isósceles). Como C está entre B e D, por construção, a
medida do segmento BD é a soma das medidas dos segmentos BC e CD, mas o
segmento CD é congruente ao segmento AC, portanto podemos dizer que a
medida do segmento BD é a soma das medidas dos segmentos BC e AC. A
semirreta AC, com exceção da origem, está no interior do ângulo DÂB,
portanto a medida do ângulo DÂC, que é congruente ao ângulo D, é menor
que a medida do ângulo DÂB. Assim, a Proposição 31 nos garante que a
medida do lado AD do triângulo ABD é maior que a medida do lado AB.

Podemos concluir, então, que a soma das medidas de dois quaisquer


lados de um triângulo é sempre maior que a medida do terceiro lado.

Recapitulando

O suplemento adjacente de cada ângulo interno de um triângulo é chamado


de ângulo externo. Um ângulo externo de um triângulo possui sempre medida
maior que qualquer ângulo interno do triângulo a ele não adjacente. Com isso
conseguimos verificar que um triângulo não pode ter dois ângulos retos, que
todo triângulo retângulo possui dois ângulo agudos e que existe e é única a
perpendicular a uma reta por um ponto não pertencente a ela.

Garantimos que quando dois triângulos possuem dois lados correspondentes


congruentes e o ângulo cujos lados não são simultaneamente adjacentes a ele
são congruentes, os triângulos são congruentes. Também vimos que se dois
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triângulos retângulos possuem suas hipotenusas congruentes e um de seus


catetos congruentes, eles são congruentes. Evidenciamos que o caso LLA não
caracteriza sempre uma congruência entre triângulos.

As relações entre lados e ângulos de um triângulo são: ao lado de maior


(menor) medida opõe-se o ângulo de maior (menor) medida e reciprocamente,
ao ângulo de maior (menor) medida opõe-se o lado de maior (menor) medida.
No caso dos ângulos serem congruentes o triângulo será isósceles. Mostramos
a conhecida desigualdade triangular; garantimos que qualquer lado de um
triângulo possui medida menor que a soma das medidas dos outros dois lados.

Referências Bibliográficas

BARBOSA, João L. M. Geometria Euclidiana Plana. Coleção do Professor de


Matemática. Rio de Janeiro: IMPA/CNPq, 1995.

EFIMOV, N.V. Geometria Superior. Moscou: Mir.

REZENDE, Eliane Q. F. e QUEIROZ, Lúcia B. de. Geometria Euclidiana Plana e


construções geométricas. Campinas, SP: UNICAMP, 2000.
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Atividades

1. Mostre (ii) do teorema do ângulo externo.


2. Na figura os pontos E, C e A e os pontos D, A e B são colineares.

120°

500
°

Com relação a essa figura, questiona-se se é possível que as medidas


em destaque ocorram no triângulo ABC. Para responder a esse
questionamento, leia com atenção as sentenças e assinale com um (X) a
alternativa correta.

a) Sim, pois se trata de um triângulo obtusângulo.

b) Sim, pois ao ângulo de maior medida opõe-se o lado de maior medida.

c) Sim, pois BCE > ABC e BCE > BAC .

d) Não, pois um ângulo externo não pode ser agudo.

e) Não, pois 𝐵𝐶𝐸 < 𝐵𝐴𝐶 .

3. Leia com atenção as sentenças relativas a triângulos retângulos e complete


com ‘V’, se a sentença é verdadeira e ‘F’, se falsa.

I) ( ) Os ângulos opostos aos catetos são agudos.


II) ( ) Um dos ângulos opostos aos catetos pode ser obtuso.
III) ( ) O comprimento da hipotenusa é maior do que o comprimento de
qualquer cateto.
IV) ( ) O comprimento da hipotenusa é menor do que a soma dos
comprimentos dos catetos.
V) ( ) Para dois triângulos retângulos serem congruentes basta as
hipotenusas desses triângulos serem congruentes.
VI) ( ) Se dois triângulos retângulos são congruentes, os ângulos retos
devem se corresponder.

Agora assinale a alternativa correta:

a) V – V – F – V – F – V
b) F – F – V – V – F– V
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c) V – F – V – F – F – V
d) F – V – V – F – V – F
e) V – F – V – V – F – V
4. Considere dois triângulos retângulos ABC e A’B’C’ cujos ângulos retos são Â
e Â’ para analisar as sentenças.
I) Se BA = B′A′ e C = C′ então os triângulos são congruentes pelo caso LAA.
II) Se CB = C′B′ e C = C′ então os triângulos são congruentes pelo caso
hipotenusa cateto.
III) Se BA = B′A′ e C = C′ então nada se pode afirmar sobre a situação de
congruência desses triângulos.
IV) Se CB = C′B′ e BA = B′A′ então os triângulos são congruentes pelo caso
hipotenusa cateto.
V) Se CB = C′B′ e C = C′ então os triângulos são congruentes LAA.

É correto afirmar que:

a) As sentenças I, II, III, IV, V são verdadeiras.


b) Apenas as sentenças I, II e IV são verdadeiras.
c) Apenas as sentenças I, IV e V são verdadeiras.
d) Apenas as sentenças II, IV, V são verdadeiras.
e) Apenas as sentenças II, III e IV são verdadeiras.

5. Em cada item a seguir complete corretamente com o símbolo “<” ou “>”:


a)

AB .......... BC AB .......... AC BC .......... AC


b)

ˆC ...... BA
AB ˆC ˆB
ˆC ...... AC
AB ˆB
ˆ C ...... AC
BA

6. Um pedreiro ao ser contratado para fazer um piso em formato triangular


com os lados medindo 10m, 6m e 3m recusou-se a fazer o serviço.
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Justifique a atitude do pedreiro utilizando uma argumentação baseada nos


estudos realizados nesse capítulo.
7. O triângulo ABC é isósceles de base AB. Os pontos B, A e D são colineares,
conforme ilustra a figura.
Mostre que a medida do ângulo DÂC é maior que a medida do ângulo BÂC.

8. Leia com atenção a proposição dada e preencha as lacunas da


argumentação para sua validação.

Proposição: A altura relativa à base de um triângulo isósceles coincide com a


mediana relativa à base e a bissetriz relativa ao vértice oposto a base.

Seja ABC triângulo isósceles de base BC e o segmento AD sua altura


relativa à base. O _________________________ garante que os ângulos B e 𝐶
são congruentes. Por _______________________ de triângulo isósceles os
lados AB e AC são congruentes também. Como AD é altura, os ângulos ADB e
ADC são retos por ________________. Olha os triângulos ADB e ADC. Eles
possuem os lados AB e AC congruentes, o lado AD comum e os ângulos B e 𝐶
congruentes. Além disso, ADB e ADC são retos. Portanto esses triângulos são
congruentes pelo caso _________________ de congruência de triângulos.
Logo, podemos afirmar que os segmentos BD e DC são congruentes, pois são
lados correspondentes de triângulos congruentes. Também são congruentes os
ângulos BÂD e CÂD, pois são ângulos correspondentes de triângulos
congruentes. Assim, a altura relativa à base de um triângulo isósceles coincide
com a mediana relativa à base e a bissetriz relativa ao ângulo oposto a base.

Agora assinale a alternativa que fornece as palavras que completam as


lacunas:
a) Teorema do ângulo externo – axioma – definição – LLA.
b) Teorema do triângulo isósceles – definição – definição – da hipotenusa
e do cateto.
c) Teorema do ângulo externo – axioma – definição – LAL.
d) Teorema do triângulo isósceles – definição - axioma – da hipotenusa e
do cateto.
e) Teorema do ângulo externo – axioma – axioma – LLA.
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Gabarito

1. Toma G ponto médio do segmento AB e constrói H no semiplano


oposto ao ponto C com respeito a reta ⃖AB⃗ tal que H está na semirreta
CG⃗ e é congruente ao segmento CG. Evidencie a congruência entre os
triângulos AGH e BGC e compare os ângulos B e BÂH, os ângulos BÂH e
BÂD’ e por fim os ângulos B e BÂD’ para concluir a tese.
2. e
3. e
4. c
5. a)<,<,> b)>,>,>
6. A construção desse triângulo não é possível considerando a
desigualdade triangular.
7. Use o teorema do triângulo isósceles e o teorema do ângulo externo.
8. b

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