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Curso de Especialização Tecnológica

Técnico Especialista em Exercício Físico

ÉTICA, DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO DO FITNESS

Nota: Apontamentos do autor sem recurso ao novo acordo ortográfico


A LEI DOS TREINADORES

LEI 40/2012
Alterada pela Lei 106/2019

Ética, Deontologia e Legislação do Fitness


Lei n.º 40/2012, com as alterações da Lei 106/2019
Estabelece o regime de acesso e exercício da atividade
de treinador de desporto
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objeto

A presente lei estabelece o regime de acesso e exercício da atividade de treinador de desporto.

Ética, Deontologia e Legislação do Fitness


Lei 40/2012, com as alterações da Lei 106/2019
Artigo 3.º
Atividade de treinador de desporto
A atividade de treinador de desporto, para efeitos da presente lei, compreende o treino e a orientação competitiva de
praticantes desportivos, bem como o enquadramento técnico de uma atividade desportiva, exercida:
a) Como profissão exclusiva ou principal, auferindo por via dela uma remuneração:
b) De forma habitual, sazonal ou ocasional, independentemente de auferir uma remuneração.
Artigo 4.º
Habilitação profissional
A atividade referida no artigo anterior apenas pode ser exercida por treinadores de desporto, qualificados nos termos
da presente lei, designadamente no âmbito:
a) De federações desportivas titulares do estatuto de utilidade pública desportiva, exceto para as modalidades em que
ainda não exista;
b) De associações promotoras de desporto;
c) De entidades prestadoras de serviços desportivos, como tal referidas no artigo 43.º da Lei n.º 5/2007.

Ética, Deontologia e Legislação do Fitness


Lei 40/2012
Principais alterações introduzidas pela Lei 106/2019
Nos objetivos específicos do regime de acesso e exercício da atividade de treinador está expressamente mencionado o
aperfeiçoamento da prática em qualquer dimensão desportiva, incluindo o desporto para pessoas com deficiência;

Mais amplas possibilidades no acesso ao Título, incluindo o reconhecimento de competências profissionais e académicas por
despacho do Presidente do IPDJ;

A formação contínua foi definida por portaria do SEJD; atualmente a renovação do título é feita de 3 em 3 anos, com a
obtenção de 3 UC (Portaria 141/2020);

Novas atribuições de competências aos 4 graus de Treinador;

Fiscalização é atribuída à ASAE;

As Federações fiscalizam as habilitações profissionais nas competições por elas organizadas;

Apoio às carreiras duais (para atletas frequentando cursos de formação de treinadores).


Lei n.º 39/2009, revista na Lei 52/2013 e na Lei 113/2019

Estabelece o regime jurídico do combate à violência, ao racismo, à xenofobia e à


intolerância nos espetáculos desportivos, de forma a possibilitar a realização dos
mesmos com segurança.

Ética, Deontologia e Legislação do Fitness


Ética, Deontologia e Legislação do Fitness
Lei nº 39/2009, de 30 de Julho, artº. 12
Qualificação dos espetáculos

1 - Quanto aos espetáculos desportivos com natureza internacional, consideram-se de risco


elevado aqueles:
a) Que correspondam à fase final de um campeonato europeu ou mundial, nas modalidades a
definir anualmente por despacho do presidente do IPDJ, I. P.*, ouvidas as forças de segurança;
b) Que sejam como tal declarados pelas organizações internacionais, a nível europeu e mundial,
das respetivas modalidades, com base em incidentes ocasionados pelos adeptos de pelo menos
uma das equipas ou, ainda, por razões excecionais;
c) Em que os adeptos da equipa visitante presumivelmente venham a ultrapassar 10 % da
capacidade do recinto desportivo ou sejam em número igual ou superior a 2000 pessoas;
d) Em que o recinto esteja presumivelmente repleto ou em que o número provável de
espetadores seja superior a 30 000 pessoas.
*alterado na Lei 113/2019

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Lei nº 39/2009, de 30 de Julho, artº. 12
Qualificação dos espetáculos
2 - Quanto aos espetáculos desportivos com natureza nacional, consideram-se de risco elevado aqueles:
a) Que forem definidos como tal por despacho do presidente do IPDJ, I. P.,* ouvida a força de segurança
competente e a respetiva federação desportiva ou, tratando-se de uma competição desportiva de natureza
profissional, a liga profissional;
b) Em que esteja em causa o apuramento numa competição por eliminatórias nas duas eliminatórias
antecedentes da final;
c) Em que o número de espetadores previstos perfaça 80 % da lotação do recinto desportivo;
d) Em que o número provável de adeptos da equipa visitante perfaça 20 % da lotação do recinto desportivo;
e) Em que os adeptos dos clubes intervenientes hajam ocasionado incidentes graves em jogos anteriores;
f) Em que os espetáculos desportivos sejam decisivos para ambas as equipas na conquista de um troféu, acesso
a provas internacionais ou mudança de escalão divisionário.

*alterado na Lei 113/2019

Ética, Deontologia e Legislação do Fitness


3 - Consideram-se, por regra, de risco reduzido os espetáculos desportivos respeitantes a competições de
escalões juvenis e inferiores.
4 - Consideram-se de risco normal os espetáculos desportivos não abrangidos pelos números anteriores.
5 - Tendo em vista a avaliação a que se referem a alínea a) do n.º 1 e a alínea a) do n.º 2, a federação desportiva
ou liga profissional respetiva deve remeter ao IPDJ, I. P.*, antes do início de cada época desportiva, relatório que
identifique os espetáculos suscetíveis de classificação de risco elevado, sendo tal relatório reencaminhado para as
forças de segurança, para apreciação.
6 - As forças de segurança podem, fundamentadamente, colocar à apreciação do IPDJ, I. P., a qualificação de
determinado espetáculo desportivo.

*alterado na Lei 113/2019

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Lei de combate à violência no desporto, revisão na
Lei 113/2019

O que há de novo?

A transferência de competências que pertenciam ao Instituto Português do Desporto e


Juventude à APCVD - Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto :
por exemplo na qualificação do risco e na aplicação de coimas e sanções.
A publicação obrigatória das decisões finais condenatórias.
O aumento de coimas previstas.
Novo processo contraordenacional sumaríssimo

Ética, deontologia e legislação do fitness


O promotor do espetáculo que não execute as medidas de segurança fica sujeito a crime de
desobediência e impedido de realizar o evento.

Possibilidade de acesso pelo organizador da competição às imagens gravadas pelo sistema de


videovigilância para efeitos disciplinares.

Pena de prisão até 1 ano ou pena de multa para aqueles que, durante o evento ou fora dele,
acederem a zonas inacessíveis de um recinto desportivo.

Proibida a utilização de megafones e outros instrumentos produtores de ruídos, de


bandeiras, faixas, tarjas e outros acessórios, de dimensão superior a 1 m por 1 m, que não
sejam da responsabilidade dos clubes e sociedades, nos recintos onde se realizem
espetáculos desportivos considerados de risco elevado, fora das zonas com condições
especiais de acesso e permanência de adeptos.
ANALISEMOS A LEI ANTIDOPAGEM
LEI 81/2021, de 30.11.2021, que revogou a LEI 38/2012
(revista na Lei 111/2019)

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Lei n.º 81/2021

Aprova a lei antidopagem no desporto, adotando na ordem jurídica interna as regras


estabelecidas no Código Mundial Antidopagem

A Assembleia da República decreta, nos termos da Alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o


seguinte:

CAPÍTULO I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Objeto
É aprovada a lei antidopagem no desporto, adotando na ordem jurídica interna as regras
estabelecidas no Código Mundial Antidopagem.

Ética, Deontologia e Legislação do Fitness


CÓDIGO MUNDIAL ANTIDOPAGEM

O Código Mundial Antidopagem foi adotado pela primeira vez em 2003, entrou em
vigor em 2004 e foi alterado a partir de 1 de janeiro de 2009. O documento inclui as
revisões do Código Mundial Antidopagem aprovadas pelo Conselho Constitutivo da
Agência Mundial Antidopagem em Joanesburgo, África do Sul, em 15 de novembro de
2013. O Código Mundial Antidopagem foi revisto em 2015 com alterações de
conformidade em 1 de abril de 2018. Foi entretanto novamente revisto, estando a
última versão em vigor desde 1 de janeiro de 2021.

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Autoridade Antidopagem de Portugal

A ADoP é a organização nacional antidopagem com funções de controlo e luta contra a


dopagem no desporto, enquanto entidade responsável pelo procedimento de controlo de
dopagem, garantindo a prossecução do superior interesse público no âmbito da proteção
da integridade desportiva e da saúde dos praticantes desportivos. (nº1 do art.8º da Lei
81/2021 – Lei antidopagem no desporto).

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Artigo 10.º da Lei nº 81/2021
Lista de substâncias e métodos proibidos
1 - A lista de substâncias e métodos proibidos em vigor é aprovada por portaria do
membro do Governo responsável pela área do desporto e publicada no Diário da
República. *
2 - A ADoP divulga a lista de substâncias e métodos proibidos junto das federações
desportivas que, no âmbito das respetivas modalidades, a devem adotar e dar-lhe
publicidade, das Ordens dos Médicos, dos Farmacêuticos e dos Enfermeiros e dos
Comités Olímpico e Paralímpico de Portugal, reconhecidos pelos Comités Olímpicos e
Paralímpicos Internacionais.
3 - A lista de substâncias e métodos proibidos é revista anualmente ou, sempre que as
circunstâncias o justifiquem, pela ADoP, sendo atualizada pela forma mencionada no
n.º 1.
*Em vigor a Portaria 306/2022 de 23 de Dezembro.

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Lei antidopagem -Lei nº 81/2021
Algumas novidades em relação à Lei anterior (38/2012)
“Criação do conceito de praticante desportivo recreativo, praticante desportivo
protegido e as substâncias de uso recreativo, em que a parte sancionatória
diminui. O uso de substâncias leves sem ser em competição passa a ser
sancionado com 3 meses ou um mês, se fizer acordo com a ADoP para um
programa de recuperação, quando antes a pena ia até 2 anos. Outra novidade é
a proteção dos denunciantes e agravamento de sanções em casos graves. A
Polícia Judiciária ficou com mais margem para o combate ao tráfico, venda e
uso.”
Manuel Brito, Presidente da ADoP, Diário de Notícias de 16.01.2022

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MENSAGEM EUROPEIA ANTI DOPING

O SECTOR EUROPEU DO FITNESS E SAÚDE


COMPROMETE-SE A MELHORAR A SAÚDE DOS
CIDADÃOS EUROPEUS E, COMO TAL, É
ABSOLUTAMENTE CONTRA
O USO DO DOPING E OUTRAS SUBSTANCIAS
QUE MELHOREM O DESEMPENHO.

A EHFA E OS SEUS MEMBROS COMPROMETEM-SE A DEDICAR


TODOS OS ESFORÇOS PARA ERRADICAR PRÁTICAS DE DOPING E
COOPERAR COM A COMISSÃO EUROPEIA, AGÊNCIAS ANTI-
DOPAGEM, AUTORIDADES E GOVERNOS EM ESTUDAR QUAIS AS
MELHORES E MAIS EFICIENTES POLÍTICAS, CAMPANHAS E
MEDIDAS DE COMBATE AO DOPING. O SECTOR DO FITNESS
COMPROMETE-SE IGUALMENTE A EDUCAR OS SEUS
TRABALHADORES E CLIENTES E EM FORNECER INFORMAÇÃO E
ORIENTAÇÃO AOS OPERADORES PARA QUE TENHAM
IMPLEMENTADO MEDIDAS EFICAZES ANTI-DOPING.

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Outras obrigatoriedades legais de carácter
geral
Listagem de obrigatoriedades da autoria da AGAP, com aprovação da ASAE e
IPDJ

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Ética, Deontologia e Legislação do Fitness
Ética, Deontologia e Legislação do Fitness
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Ficha Técnica referente às Instalações Desportivas de Uso Público

https://www.portugalactivo.pt/sites/default/files/documentos_publicos/i008710.pdf

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Direitos musicais e outros
Entidades de cobrança de direitos de execução pública
• SPA - Sociedade Portuguesa de Autores, por direitos de autor
• PASSMÚSICA, por direitos conexos ( de artista/intérprete e produtores musicais).
• GEDIPE (Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores
Cinematográficos e Audiovisuais ), por execução de videogramas nomeadamente em
emissões televisivas. Cobre também as produções próprias das televisões generalistas.

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Piscinas | Nadadores-Salvadores

Lei 68/2014, com o Regulamento da Atividade do Nadador-Salvador


“Toda a piscina de uso público deve contar com os serviços de pelo menos dois nadadores-salvadores e respetivo
equipamento de salvamento definido pelo ISN destinado à assistência a banhistas”
Portaria 311/2015 (que exclui piscinas com plano de água inferior a 100m2 e estipula a necessidade de um só
nadador-salvador permanentemente quando a lotação instantânea máxima de banhistas é de até 400)
Portaria 168/2016 (que confirma as exceções da Portaria anterior e adapta à especificidade do alto rendimento,
formação e competição e também dos empreendimentos turísticos)
Lei 61/2017 (alterações ao Regulamento)

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LEI 61/2017

Procede à primeira alteração ao Regulamento da Atividade de


Nadador -Salvador, aprovado em anexo à Lei n.º 68/2014

Artigo 2.º
Alteração ao Regulamento da Atividade de Nadador -Salvador
Os artigos 31.º e 38.º do Regulamento da Atividade de Nadador -Salvador
aprovado em anexo à Lei n.º 68/2014, de 29 de agosto, passam a ter a seguinte
redação:

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Lei 61/2017
Artigo 31.º
3 — Desde que seja assegurada vigilância permanente por um técnico, devidamente
identificado, habilitado com formação em suporte básico de vida, e mantidos disponíveis
os materiais e equipamentos destinados à informação e salvamento, de acordo com o fixado
pelo ISN, a presença de nadadores -salvadores nos termos do número anterior é
facultativa:
a) Nas piscinas de empreendimentos turísticos com acesso condicionado, quando utilizadas
exclusivamente pelos seus hóspedes;
b) Nas piscinas destinadas à prática desportiva de formação e competição, no período em
que decorrerem essas atividades em exclusivo;
(No Projeto desta Lei (366/XII/2ª) mencionava-se também a prática de ensino e
manutenção…).

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Qualidade e Segurança
Preocupações legais com qualidade e segurança (exemplos)
- Estatutos do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ)
Art.8º (Departamento de Infraestruturas) nº2, h) Promover a elaboração de estudos e
propostas, em articulação com outras autoridades administrativas e com as organizações
representativas do sistema desportivo, tendo em vista a melhoria da qualidade das
infraestruturas, em especial no domínio da segurança, salubridade e funcionalidade técnico –
desportiva.
- Portaria 135/2020 - Alteração ao Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio
em Edifícios (SCIE), aprovado pela Portaria n.º 1532/2008 (Segurança Contra Incêndios)
- Responsabilidade da Direção Técnica do ginásio incluindo o controlo da qualidade dos
equipamentos. Ex: elástico de má qualidade, mola de segurança de barras deficiente…

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Ética, Deontologia e Legislação do Fitness
Prevenção e Controlo da Legionella, Nova Lei
A Lei n.º 52/2018 de 20 de agosto estabelece o regime de prevenção e controlo da doença dos legionários, que é uma
pneumonia causada pela bactéria Legionella. As pessoas são infetadas quando respiram aerossóis contaminados com esta
bactéria.

A que sistemas e equipamentos se aplica?

- Equipamentos de transferência de calor associados a sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado ou a


unidades de tratamento do ar, desde que possam gerar aerossóis de água (suspensões no meio gasoso de partículas sólidas
ou líquidas, com dimensão inferior a 10 μm, com origem em microgotículas de água): Torres de arrefecimento;
Condensadores evaporativos; Sistemas de arrefecimento de água de processo industrial; Sistemas de arrefecimento de
cogeração; Humidificadores.
- Sistemas inseridos em espaços de acesso e utilização pública que utilizem água para fins terapêuticos ou recreativos e que
possam gerar aerossóis de água;
- Redes prediais de água, designadamente água quente sanitária;
- Sistemas de rega ou de arrefecimento por aspersão, fontes ornamentais ou outros geradores de aerossóis de água com
temperatura entre 20°C e 45°C.

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Prevenção e Controlo da Legionella, Nova Lei (…)
Obrigações:

1. Proceder ao registo dos equipamentos na plataforma eletrónica desenvolvida


pelos Serviços Partilhados do Ministério da saúde, E. P. E., ficando a sua gestão e
operação a cargo da DGS

2. Elaborar, executar, cumprir e rever o plano de prevenção e controlo, tendo por


base a análise de risco

3. Programa de monitorização e tratamento da água

4. Auditorias aos equipamentos a realizar de três em três anos por entidade


acreditada pelo IPAC

5. Procedimento aplicável em situação de risco

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RGPD – Regulamento Geral de Proteção de Dados
Lógica de autorregulação, com as empresas a responsabilizarem-se pela
operacionalização e manutenção da conformidade dos tratamentos de dados,
sendo reforçados os direitos dos utentes.
CNPD passa a ter ação preventiva, fiscalizadora e de aplicação de sanções e as
empresas devem demonstrar ter procedido à implementação de medidas.
Sanções até 4% faturação anual global ou até 20 milhões de euros

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RGPD
Noções fundamentais para a compreensão do Regulamento Geral de Protecção
de Dados:
• Responsável pelo Tratamento dos Dados - a empresa.
• O data protection officer (DPO ou Encarregado de Protecção de Dados),
entidade de aconselhamento. É facultativo em empresas que não tratem dados
sensíveis e em larga escala.
• Redação dos documentos em linguagem clara.
• Implementação de processos e políticas de formação de pessoal.

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RGPD

• Análise do fluxo de dados com implementação de controlos.


• Avaliação do impacto da privacidade dos dados.
• Garantir a segurança da informação (dados sensíveis - protecção
específica).
• Registar o consentimento do titular dos dados.

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RGPD - Consentimento do titular
Como provar que existe consentimento?

• Declaração de Consentimento Informado (registada por escrito) com os seguintes itens:


- identificando o Responsável;
- os dados recolhidos;
- a finalidade da recolha;
- os destinatários;
- prazo de conservação;
- onde conste o reconhecimento dos direitos de acesso, retificação, oposição, limitação, portabilidade e
apagamento (direito a “ser esquecido”).

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Nutrição
NOTA: Apesar da Ficha Doutrinária de 21.08.2015 da A.T. que prevê a isenção
de IVA nos serviços de nutrição prestados em ginásios, a A.T. tem vindo a
adotar um procedimento contrário, por considerar, entre outros motivos, que
se trata de uma atividade acessória.

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Independentemente do IVA aplicável à nutrição nos ginásios, a atividade de
nutrição obedece a obrigatoriedades legais, nomeadamente:
outro objeto social;
outro CAE (86906);
outra entidade de tutela (ERS);
outro contrato;
outro Livro de Reclamações .
Registo na ERS, (www.ers.pt);
Direção Clínica;
Inscrição dos nutricionistas
na Ordem.

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Questões Laborais
TEF prestador de serviços ou contratado?
1. Contrato com vínculo à entidade patronal, estabelecendo:
a) A identificação do trabalhador e da empresa;
b) O local de trabalho;
c) Descrição das funções a desempenhar pelo trabalhador;
d) A data de início do contrato e do documento;

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Contrato com vínculo à entidade patronal (…)
e) A duração prevista para o contrato (no caso de contratos de trabalho
a termo);
f) Indicação dos prazos de período experimental;
g) Os prazos de aviso prévio em caso de cessação do contrato;
h) Valor e a periodicidade da remuneração e outros prémios;
i) O período normal de trabalho diário e semanal.

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2. Prestação de serviços determinados, com independência na execução (recibo
verde)
a) O prestador de serviços (recibo verde) deve declarar na A.T. o início de
atividade, emitir os recibos, proceder à declaração de IRS e à declaração de IVA.
b) Pode escolher a Atividade 1519 (outros prestadores de serviços)

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Prestação de serviços determinados, com independência na execução (recibo verde) – (…)
c) Inscrição na Segurança Social. Com a entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 2/2018, com produção de
efeitos a 1 de Janeiro de 2019, foram introduzidas importantes alterações ao regime contributivo dos
trabalhadores independentes, previsto no Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial
de Segurança Social.
http://www.portugalactivo.pt/noticias/importante-alteracoes-ao-regime-de-seguranca-social-dos-
trabalhadores-independentes
d) Se a faturação anual for inferior a 13 500€ tem isenção de IVA, devendo escolher no recibo :
isenção de IVA, art. 53º.
e) Podem proceder à retenção na fonte de IRS, obrigatória para faturação anual superior a 13 500€.

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TEF – Seguros que deve subscrever
Sendo prestador de serviços, o TEF deve subscrever :
1 - Seguro de acidentes de trabalho (obrigatório*)
2 - Seguro de responsabilidade civil profissional
O Seguro de RC Profissional protege prestadores de serviços e profissionais liberais de
prejuízos financeiros causados por falhas no exercício da atividade e de perdas
resultantes de sua responsabilidade perante terceiros, por ações e omissões

*Sendo contratado por uma instalação desportiva, o seguro de acidentes de trabalho


é subscrito pela entidade patronal.

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• PEDIDO DE TÍTULO PROFISSIONAL
• Faça o pedido de registo em
• https://prodesporto.idesporto.pt (na barra de cima da página)

• Preencha dados pessoais, endereço de e-mail e restantes quadros

PROCEDIMENTOS
• Defina um nome de utilizador e password.

PARA A
• Insira cópia do documento de identificação.

REQUISIÇÃO DOde Exercício Físico -- Título -- Pedidos -- Emissão do TPTEF.


• Após receber e-mail de confirmação do registo (poderá demorar algumas horas), inicie sessão no mesmo site e, do lado
esquerdo, clique em Técnico
TPTEF
• Verá AOpessoais
os seus Dados IPDJjá preenchidos. Clique em Avançar. Em Vias de Acesso, escolha a opção "Curso de Técnico/a
Especialista em Exercício Físico". De seguida, em "Código da ação”, insira o código da ação de formação constante do seu
Certificado de conclusão do curso e anexe o Certificado.

• Nota: para que o site assuma este código é necessário dar um clique na lupa ao lado!
• Alguns minutos depois de Avançar, receberá um e-mail de confirmação com a referência MB para efetuar o pagamento de
€50. Efetue este pagamento e poucas horas depois (este período pode variar) confirme a emissão do Título na plataforma
prodesporto. E…BOM TRABALHO!

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Informações relevantes
www.portugalactivo.pt

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Referências bibliográficas

Direção Técnica de Ginásios e Health Clubs – Procedimentos e


Operações de João M. de Brito (Escola Superior de Desporto de Rio
Maior)
Direito do Fitness – Atividades em Ginásios e Health Clubs de
Alexandre Miguel Mestre (Vida Económica)
Enciclopédia do Direito do Desporto – coordenada por Alexandre
Miguel Mestre (Gestlegal)
Fitness e Atividades de Ginásio – coordenada por Francisco Campos
e outros /E.S.E.Coimbra (Lidel)

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Felicidades!
Sérgio Coelho
ptsergiocoelho@gmail.co
m
916246233
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