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Biogeografia... desde a América Latina - 1
Organizadores
Leonice Seolin Dias
José Manuel Mateo Rodríguez
Jorge Luis Fontenla Rizo
BIOGEOGRAFIA
...desde a América Latina
1a Edição
TUPÃ/SP
ANAP
2016
2 - Leonice Seolin Dias, José Manuel Mateo Rodríguez e Jorge Luis Fontenla Rizo (Orgs)
Editora
Diretoria da ANAP
Presidente: Sandra Medina Benini
Vice-Presidente: Allan Leon Casemiro da Silva
1ª Tesoureira: Maria Aparecida Alves Harada
2ª Tesoureiro: Jefferson Moreira da Silva
1ª Secretária: Rosangela Parilha Casemiro
2ª Secretária: Elisângela Medina Benini
Suporte Jurídico
Adv. Elisângela Medina Benini
Adv. Allaine Casemiro
Revisão Ortográfica
Lúcia Maria Pacheco
Capa: Sierra Madre Occidental (Chepe ,àpe toàdasà Ba a asàdelàCo e à u aàzo aà o àu aàtopografia cheia
de rios encaixados com gargantas que chegam até os 1800 m de profundidade, habitada por um pequeno
g upoà deà i díge asà ha adosà ‘a a i i à ouà Ta ahu a a". A egetaç oà do i a teà à aà sel aà ai aà
adu if lia à u àtipoàdeà egetaç oà ueàpe deàquase todas as folhas no período anual das secas). Como outubro
é o final do período chuvoso, na fotografia aparecem as árvores com muitas folhas. Apesar das declividades
íngremes de toda essa região, os Raramuris conseguem praticar agricultura de sobrevivencia, principalmente a
cultura do milho. Os habitantes dessa região vivem em condições de pobreza, contrastando com a importante
ati idadeà tu ísti aà dasà Ba a asà delà Co e à eà aà i po t iaà ueà t m as atividades de mineração em locais
relativamente próximos Foto: Huerta (2009).
Biogeografia... desde a América Latina - 3
Organizadores
Possui graduação em Ciências pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tupã-SP; graduação
em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de Araraquara-SP; Habilitação em Biologia pelas
Faculdades Adamantinenses Integrada de Adamantina-S; Especialização em Ciências Biológicas e
Mestrados em Ciências Biológicas e em Ciência Animal pela Universidade do Oeste Paulista de
Presidente Prudente-SP; Doutorado em Geografia pela Faculdade de Ciencias e
Tecnologia/Universidade Estadual Paulista – Campus de Presidente Prudente-SP (2016).
ISBN 978-85-68242-31-5
CDD: 900
CDU: 911/47
Capítulo 6
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
Variáveis ambientais
RESULTADOS
O processo do modelado com os dois algoritmos usados mostrou que, como outros
autores afirmam, o GARP tem um melhor desempenho que o Maxent, quando a
disponibilidade de registros por espécies é baixa (PAPES; GAUBERT, 2007; BATISTA et al.,
2014). Deste modo, segundo a avaliação do estatístico AUC e o critério de especialistas em as
espécies, os melhores modelos para Laelia anceps subsp. dawsonii, L. aurea, L. crawshayana,
L. gouldiana, L. halbingeriana e L. superbiens p o ia à deà Gá‘Pà áUC à . ,à oà e ta to,à
Maxent foi melhor para L. albida, L. anceps subsp. anceps, L. autumnalis, L. eyermaniana, L.
furfuracea, L. rubescens e L. speciosa áUC à . .
Tabela 1. Cálculo da redução de áreas de distribuição das laelias para 2007 no México e da área que é
resguardada pelos distintos sistemas de áreas naturais protegidas. ADE: área de distribuição existente total,
ADEp: área de distribuição existente em vegetação primária, ADEs: área de distribuição existente em vegetação
secundária, ADP: área de distribuição potencial, ANP: área natural protegida.
Mapa 1. Distribuição das laelias resultante das mudanças de cobertura e usos dos solos (CCUS) [esta página e a
seguinte]. A superfície vermelha representa áreas de distribuição existentes (ADE), de vegetação primaria tanto
como de vegetação secundaria de tipo arbóreo e as áreas azuis as áreas de distribuição destroidas (ADD). A
escala gráfica é a mesma para todos os casos. A: L. albida, B: L. anceps subsp. anceps, C: L. anceps subsp.
dawsonii, D: L. aurea, E: L. autumnalis, F: L. crawshayana, G: L. eyermaniana, H: L. furfuracea, I: L. gouldiana, J:
L. halbingeriana, K: L. rubescens, L: L. speciosa, M: L. superbiens. Fotografías de Gerardo Salazar.
mais resultou afetado percentualmente pelas mudanças de cobertura e uso do solo (CCUS)
foi L. anceps subsp. dawsonii, seguidas por L. autumnalis e L. albida e ocupam o 2°, 3° e 4°
lugar em perda de ADP, respectivamente. Ao continuar ao sudeste, no limite meridional de
L. eyermaniana e principal zona de distribuição para L. speciosa, L. autumnalis e L. anceps
subsp. dawsonii e uma importante porção para L. albida, se aprecia uma ampla porção do
território mexicano sem coberturas originais, dada sua transformação em áreas de
produção agrícola – pecuária - florestal.
Essas laelias, ao terem preferência pelas florestas temperadas não estão
representadas na região biogeográfica da Depresión do Balsas e sua continuidade ao sul se
deu através da província do eixo vulcânico (L. autumnalis e L. speciosa) ou a Sierra Madre do
Sur (L. albida, L. anceps subsp. dawsonii e L. furfuracea). Porém pode-se indicar de forma
generalizada, que as duas províncias estão fortemente desflorestadas graças a que só
existem vestígios de vegetação primária nas partes altas das montanhas presentes nas duas.
As principais causas da transformação, de forma descendente são CCUS a coberturas
agrícolas - pecuárias - florestais, coberturas vegetais secundárias em estado arbustivo e
vegetação induzida, situação particularmente acentuada na região centro do estado de
Oaxaca; não é estranho que as três espécies que habitam esse estado (L. albida, L. anceps
subsp. dawsonii e L. furfuracea) pressentem perdas superiores à media para as espécies do
gênero. Aliás, no caso de L. furfuracea seus ADE se encontram, em sua maior parte, sobre
coberturas de bosque secundário (só o 32% localiza-se nas coberturas vegetais primárias).
Para as laelias de zonas tropicais úmidas o principal motivo da redução de seus
habitats tem sido as atividades agrícolas – pecuárias – florestais (Tabela 2), onde o caso mais
significativo de mudanças foi para L. anceps subsp. anceps, já que essas atividades afetaram
o 63.67% do seu ADP no país. No caso da L. halbingeriana e L. superbiens as atividades agro-
pecuárias também foram determinantes na redução dos seus ambientes naturais nos
57.03% e 39.27%, respectivamente.
A segunda mais importante transição de coberturas na distribuição das laelias de
zonas tropicais úmidas foi na vegetação secundária em estado arbustivo, que em seu
conjunto com as coberturas agrícolas – pecuárias - florestais provocaram pelo menos 78%
da perda em cada uma das espécies. A transformação da vegetação natural é tal nessa
100 - Leonice Seolin Dias, José Manuel Mateo Rodríguez e Jorge Luis Fontenla Rizo (Orgs)
Tabela 2. Três principais coberturas antrópicas resultantes da transformação de áreas de distribuição potencial
(ADP) em áreas de distribuição destruída (ADD) por espécie, segundo a carta de uso do solo e vegetação (INEGI,
2
2009). Os números superiores indicam porcentagens e os inferiores milhares de km .
Agrícola, Floresta
Arbustos Selva sec. Vegetação Perda
Espécie pecuária, sec. Outras
xerófilos arbustiva induzida total
florestal arbustivo
39.41 29.09 17.42 14.08 100
L. albida
21.25 15.69 9.39 7.59 53.92
L. anceps 63.67 17.34 8.78 10.21 100
subsp. anceps 7.95 2.16 1.09 1.27 12.49
L. anceps
39.85 28.59 18.49 13.07 100
subsp.
8.87 6.36 4.11 2.91 22.26
dawsonii
45.73 14.48 27.41 12.37 100
L. aurea
3.76 1.19 2.25 1.01 8.22
48.92 23.48 13.16 14.44 100
L. autumnalis
14.82 7.11 3.98 4.37 25.93
L. 22.16 52.99 18.39 6.45 100
crawshayana 0.43 1.04 0.36 0.12 1.97
L. 30.44 27.01 16.93 25.62 100
eyermaniana 17.25 15.31 9.59 14.52 56.69
28.52 43.57 24.00 3.92 100
L. furfuracea
2.88 4.40 2.42 0.39 10.11
17.84 20.41 32.79 28.96 100
L. gouldiana
1.12 1.29 2.07 1.83 6.32
L. 57.03 30.06 7.23 5.69 100
halbingeriana 1.35 0.71 0.17 0.13 2.37
46.42 8.41 30.53 14.63 100
L. rubescens
51.30 9.29 33.74 16.17 110.51
35.21 26.36 12.45 25.98 100
L. speciosa
16.37 12.26 5.79 12.08 46.51
39.27 39.36 11.69 9.68 100
L. superbiens
5.14 5.15 1.53 1.26 13.09
41.18 22.14 0.56 12.65 7.45 17.20 100
Pérdida total
152.560 82.01 2.07 46.86 27.60 63.71 370.46
Fonte e Organização: Huerta (2014).
Estado de conservação
Tabela 3. Risco de extinção das espécies do gênero Laelia no México. De maior ao menor risco de acordo ao
MER, E: provavelmente extinta no meio silvestre, P: em perigo de extinção, A: ameaçada, Pr: sujeita a proteção
especial. De maior ao menor risco segundo a UICN, EW: extinta em estado silvestre, CR: em perigo crítico, EN:
em perigo, VU: Vulnerável.
MER UICN
L. albida
L. anceps subsp. anceps VU
L. anceps subsp. dawsonii P P CR
L. aurea PR VU
L. autumnalis PR VU
L. crawshayana A EN
L. eyermaniana
L. furfuracea PR VU
L. gouldiana E E EW
L. halbingeriana PR EN
L. rubescens
L. speciosa PR
L. superbiens A PR VU
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Uma situação que é abordada nos trabalhos anteriores (SÁNCHEZ CORDERO et al.,
2005; PETERSON et al., 2006; RÍOS MUÑOZ; NAVARRO SIGÜENZA 2009; YÁÑEZ ARENAS et al.,
2012) é a importância das áreas naturais protegidas (ANP). As ANP exercem um papel crucial
na conservação da biodiversidade; contudo, a concessão desse título a um local em particular
não tem garantido, em muitos casos, a contenção do processo de CCUS dentro delas, como
demonstra Figueroa et al. (2011). Junto com o anterior, tem que se considerar a problemática
adicional que representa a extração de indivíduos das espécies de Laelia do meio natural para
o comércio ilegal (HÁGSATER et al., 2005).
As laelias distribuem-se de distintas formas ao longo dos pouco mais de 500.000
km2 no México e, portanto, a redução de sua distribuição tem sido afetada de maneira
diferenciada, sem mencionar que os esforços para a conservação da biodiversidade
(refletidos no sistema de áreas naturais protegidas) resguardam de modo distinto a distintas
espécies de Laelia no território mexicano. A ocupação humana do centro e sul do país
sempre tem acontecido com maior intensidade que nas outras regiões. Por outro lado, a
melhor conservação de coberturas vegetais originais no norte da distribuição do gênero,
pode acontecer em parte à declividade acentuada que tem limitado a fixação dos centros de
população e ao desenvolvimento de grandes superfícies agropecuárias; só ver o caso da
Sierra Madre Occidental, devido a que existem muito poucas vias de comunicação terrestres
para atravessar. Apesar de não ser atrativa para estabelecer atividades agropecuárias ou
localidades urbanas, a declividade acentuada não é impedimento para o estabelecimento
das atividades florestais e minerais. Muito provavelmente, grande parte das áreas de
coberturas naturais perdidas nesta serra, assim como a porção norte da Sierra Madre
Oriental, são produto da atividade florestal, pois os estados de Chihuahua e Durango
concentram 45% deste tipo de exploração no país (SEMARNAT, 2012), embora não se pode
negar o papel da, sempre presente, atividade agrícola de subsistência.
A situação particular experimentada pelas espécies próprias de ambientes tropicais
(Laelia anceps subsp. anceps, L. halbingeriana, L. rubescens e L. superbiens) não difere em
grande medida do conjunto de espécies de ambientes temperados. A situação de L. anceps
subsp. anceps é crítica nas áreas de distribuição do estado de Veracruz (o principal estado
onde se distribuía originalmente), já que a magnitude da transformação das coberturas
vegetais originais é considerável. SEMARNAT (2009) aponta que esse estado só conserva
19% de sua vegetação original. A perda das coberturas naturais nas regiões tropicais do país,
106 - Leonice Seolin Dias, José Manuel Mateo Rodríguez e Jorge Luis Fontenla Rizo (Orgs)
federal nem mesmo de ordem estatal ou municipal. Observou-se que aconteceu perda de
cobertura de bosques e florestas ainda dentro das áreas protegidas, o que pode sugerir que
não se estão acatando em totalidade os objetivos para os quais foram estabelecidas.
Adicionalmente, a constante extração de plantas para o comércio ilegal constitui um fato
que compromete negativamente a várias espécies de Laelia, particularmente a L. speciosa e
L. furfuracea (HÁGSATER et al., 2005).
A maior parte das espécies mexicanas de Laelia devem se classificar em alguma
categoria de risco de extinção, de acordo com as avaliações do risco de extinção realizada
neste trabalho. No entanto, os esforços de conservação adicionais à conservação das
populações naturais em situações como a propagação artificial, têm o potencial para ter
sucesso, ao ser esse gênero altamente apreciado no setor hortícola (HALBINGER; SOTO,
1997) e são necessárias para garantir a viabilidade das espécies em médio e longo prazo,
devido às distintas pressões a que estão submetidas as espécies.
Este tipo de investigações devem melhorar e ampliar-se a outros grupos de
organismos, com a finalidade de contar com um melhor marco de referência para aqueles que
tomam decisões, encarregados da conservação da diversidade biológica, pois desta forma os
recursos e esforços investidos em resolver esta problemática poderão ser mais efetivos.
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