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2017­6­13 Lei Ordinária 7737 2012 de São Leopoldo RS

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LEI Nº 7737, DE 1º DE AGOSTO DE 2012.

INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL DE


ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE REDUZIDA.

ARY JOSÉ VANAZZI, Prefeito Municipal de São Leopoldo, Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu
sanciono e promulgo a seguinte LEI:

Art. 1º A presente lei versa sobre o Código Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Reduzida
consolidando a legislação relaᴄ�va à pessoa com deficiência e mobilidade reduzida no município de São
Leopoldo.

Capítulo I
DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E/OU COM MOBILIDADE REDUZIDA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º Considera‐se pessoa com deficiência e/ou com mobilidade reduzida para efeito desta Lei:

I ‐ Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza ⳮsica, intelectual,
sensorial ou múlᴄ�plas os quais em interação com diversas barreiras podem obstruir sua parᴄ�cipação plena e
efeᴄ�va na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas;

II ‐ Pessoa com mobilidade reduzida, aquela que não se enquadra no conceito de pessoa com deficiência,
tenha por qualquer moᴄ�vo, dificuldade de movimentar‐se permanentemente, gerando redução efeᴄ�va da
mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção.

A proteção dos direitos e o atendimento da pessoa com deficiência e/ou com mobilidade, no âmbito
Art. 3º
municipal, abrangem os seguintes aspectos:

I ‐ acessibilidade e conscienᴄ�zação da sociedade sobre os direitos, necessidades e capacidades da pessoa


com deficiência;

II ‐ adoção de políᴄ�cas sociais básicas de saúde, educação, habitação, transporte, desporto, lazer e cultura,
bem como às voltadas à habilitação e à reabilitação, visando à inserção no mercado de trabalho e pesquisa;

III ‐ redução do índice de deficiência por meio de medidas prevenᴄ�vas; e

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IV ‐ execução de serviços especiais, nos termos da legislação vigente.

Art. 4º São direitos da pessoa com deficiência e/ou com mobilidade reduzida, além daqueles decorrentes
do direito posiᴄ�vo em geral, ao Município incumbe prover:

I ‐ Promoção de políᴄ�cas e programas de assistência social e direitos humanos que combatam a


discriminação e garantam o direito à proteção especial e à plena parᴄ�cipação nas aᴄ�vidades políᴄ�cas;

II ‐ Promoção de políᴄ�cas públicas econômicas;

III ‐ Promoção de políᴄ�cas públicas sociais;

IV ‐ Promoção de políᴄ�cas públicas culturais;

V ‐ Promoção de políᴄ�cas públicas esporᴄ�vas.

Art. 5º Fica assegurado à pessoa com deficiência e/ou com mobilidade reduzida o atendimento preferencial
nos seguintes estabelecimentos:

I ‐ reparᴄ�ções públicas municipais;

II ‐ sociedades de economia mista, empresas públicas, autarquias e fundações ;

III ‐ insᴄ�tuições financeiras;

IV ‐ hospitais, laboratórios de análises clínicas e unidades sanitárias, municipal ou conveniadas.

Art. 6ºDentro do princípio da universalidade de atendimento da população, previsto pelo Sistema Único de
Saúde ‐ SUS, independentemente de quaisquer indicaᴄ�vos de tratamento, encaminhamentos ou pareceres,
a pessoa com deficiência, assim como as pessoas com mobilidade reduzida, terão atendimento preferencial
e obrigatório nos postos de saúde e/ou similares, da rede municipal, bem como nos ambulatórios públicos e
parᴄ�culares credenciado pelo SUS.

Parágrafo Único ‐ O atendimento preferencial e obrigatório, nos termos da presente Lei consᴄ�tui‐se na
atenção imediata, em todos os níveis de serviços de saúde do SUS respeitando‐se apenas situações de maior
urgência dos demais usuários.

Art. 7º Divulgar em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das pessoas com deficiência e/ou
com mobilidade reduzida.

Capítulo II
DA ACESSIBILIDADE

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 8ºEste capítulo estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos
nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano na construção e reforma de ediⳮcios e nos meios de
transporte e de comunicação.

Art. 9º Para os fins do disposto neste capítulo são estabelecidas as seguintes definições:

I ‐ acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para uᴄ�lização, com segurança e autonomia total ou
assisᴄ�da, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transportes e
dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;

II ‐ barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a
circulação com segurança das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida se comunicarem ou terem
acesso a informação, classificadas em:

a) barreiras arquitetônicas urbanísᴄ�cas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;
b) barreiras arquitetônicas nas edificações: as existentes no entorno e nas áreas comuns dos ediⳮcios
públicos e privados ( uso privado mulᴄ�familiar);
c) barreiras nos transportes: as existentes nos meios de transporte;
d) barreiras nas comunicações e informação: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a
expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam
ou não de massa, bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso a informação;

III ‐ elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como os referentes à
pavimentação, saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição de energia elétrica, iluminação
pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do
planejamento urbanísᴄ�co;

IV ‐ mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou
adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma que sua modificação ou traslado não
provoque alterações substanciais nestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares,
cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza
análoga;

V ‐ ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso e o uso do
meio ⳮsico.

SEÇÃO II
DOS ELEMENTOS DE URBANIZAÇÃO

Art. 10 ‐O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso
público deverão ser concebidos e executados de forma a torná‐los acessíveis para as pessoas com
deficiência e/ou com mobilidade reduzida.

Art. 11 ‐ O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comunitário,
nestes compreendidos os iᴄ�nerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de
veículos, as escadas e rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de

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acessibilidade da NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas ‐ ABNT, obedecendo a suas atualizações e
Lei Municipal 6628/2008.

Art. 12 ‐ Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres
públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e de um lavatório que atendam às
especificações da NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas ‐ ABNT.

Art. 13 ‐ Em caso de eventos onde serão contratados banheiros químicos (carnaval, festas e outros eventos),
um em cada dez, deve ser acessível para cadeirantes.

SEÇÃO III
DO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO DO MOBILIÁRIO URBANO

Art. 14 ‐Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ou quaisquer outros elementos verᴄ�cais de
sinalização que devam ser instalados em iᴄ�nerário ou espaço de acesso para pedestres deverão ser
dispostos de forma a não dificultar ou impedir a circulação, ser devidamente sinalizados, de modo a que
possam ser uᴄ�lizados com a máxima comodidade.

Art. 15 ‐ Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo
que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo alternaᴄ�vo que sirva de
guia ou orientação para a travessia de pessoas com deficiência visual se a intensidade do fluxo de veículos e
a periculosidade da via assim determinarem.

Art. 16 ‐ Os elementos do mobiliário urbano deverão ser projetados e instalados em locais que permitam
sua uᴄ�lização pelas pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida.

SEÇÃO IV
ACESSO A ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS

Art. 17 ‐ Os estabelecimentos bancários devem disponibilizar assentos nas filas especiais para pessoas com
deficiência ⳮsica e/ou mobilidade reduzida, temporária ou permanente conforme decreto 5296/2004 arᴄ�go
6, § 1º, inciso I e VII.

§ 1º A quanᴄ�dade de assentos disponíveis deverá ser suficiente para que, durante o horário de
funcionamento, todos os usuários da fila especial possam estar assentados.

§ 2º Os estabelecimentos bancários afixarão, em local visível, cartaz, placa ou qualquer outro meio
equivalente, indicando a localização e a desᴄ�nação dos assentos.

Art. 18 ‐ Os estabelecimentos financeiros com agências em São Leopoldo ficam obrigados a possuírem
instalações sanitárias separadas por sexo e compa�veis com a pessoa com deficiência ⳮsica, para uso de
seus clientes.

Parágrafo Único ‐ Os estabelecimentos financeiros referidos no "caput" compreendem bancos estaduais ou


privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, financeiras, suas agências,

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subagências e seções.

Art. 19 ‐ Os sanitários devidamente compa�veis com a pessoa com deficiência ⳮsica deverão estar
disponíveis nos mesmos horários de funcionamento dos estabelecimentos financeiros.

Art. 20 ‐ Todos os estabelecimentos financeiros, nas dependências desᴄ�nadas para atendimento ao público,
deverão possuir bebedouros, observando‐se sempre as normas de acessibilidade para a pessoa com
deficiência ⳮsica e crianças.

Parágrafo Único ‐ Serão colocados copos descartáveis à disposição dos clientes.

Art. 21 ‐ É obrigatória a instalação de caixas pagadoras para uso preferencial de pessoas com deficiência
e/ou com mobilidade reduzida, no andar térreo dos estabelecimentos bancários, que tenham caixas
exclusivamente em andares superiores, exceto os que possuam elevadores que, então, deverão
disponibilizar cadeiras de rodas para melhor locomoção interna.

Art. 22 ‐ Equipamentos de auto atendimento adequados para cadeirantes e pessoas com nanismo.

Parágrafo Único ‐ O equipamento mobiliário tais como mesas, balcões, deve obedecer, NBR 9050 e suas
atualizações ABNT.

SEÇÃO V
DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO

A construção, ampliação ou reforma de ediⳮcios públicos ou privados desᴄ�nados ao uso coleᴄ�vo


Art. 23 ‐
deverão ser executadas de modo a que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas com deficiência e/ou com
mobilidade reduzida.

Parágrafo Único ‐ Para os fins do disposto neste arᴄ�go, na construção, ampliação ou reforma de ediⳮcios
públicos ou privados desᴄ�nados ao uso coleᴄ�vo, deverão ser observados, pelo menos, os seguintes
requisitos de acessibilidade:

I ‐ nas áreas externas ou internas da edificação, desᴄ�nadas à garagem e ao estacionamento de uso público,
deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas,
para veículos que transportem pessoas com deficiência que tenham dificuldade de locomoção permanente
e/ou mobilidade reduzida;

II ‐ pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de
obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade da pessoa com deficiência e/ou com mobilidade
reduzida;

III ‐ pelo menos um dos iᴄ�nerários que comuniquem horizontal e verᴄ�calmente todas as dependências e
serviços do ediⳮcio, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata
este Capítulo;

IV ‐ os ediⳮcios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo‐se seus equipamentos e
acessórios de maneira a que possam ser uᴄ�lizados por pessoa com deficiência e/ou com mobilidade

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reduzida;

V ‐ Botões de elevadores, alarmes contra incêndio, portão eletrônico devem obedecer à NBR 9050 e suas
atualizações.

Art. 24 ‐ Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão ser acessíveis às
pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida e dispor de espaços reservados para pessoas que
uᴄ�lizem cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência audiᴄ�va e visual, inclusive
acompanhante, de acordo com a NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas ‐ ABNT e suas
atualizações, de modo a facilitar‐lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Art. 25 ‐ Os órgãos da Administração direta, indireta, autarquias, empresas de economia mista, insᴄ�tuições
financeiras, bancárias e enᴄ�dades privadas que prestem atendimento diretamente ao público ficam
obrigados a programar modificações ⳮsicas nas áreas desᴄ�nadas ao atendimento público, assim como
soluções técnicas nos equipamentos de auto‐atendimento, com vistas à acessibilidade e uso por pessoa com
deficiência e/ou com mobilidade reduzida.

Parágrafo Único ‐ Para o efeᴄ�vo cumprimento do disposto no "caput" deste arᴄ�go, entende‐se como:

I ‐ modificações ⳮsicas: as adequações necessárias nas áreas desᴄ�nadas ao atendimento ao público para a
eliminação de qualquer entrave ou obstáculo que limite e impeça o acesso de pessoas com deficiência e/ou
mobilidade reduzida;

II ‐ soluções técnicas: as alterações necessárias nos equipamentos e programas para o uso, sem restrição,
das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida.

Toda a edificação tombada deve ser adaptada para a acessibilidade devendo obedecer a Norma
Art. 26 ‐
9050 e suas atualizações atendendo, aos critérios específicos dos órgãos do patrimônio histórico e cultural
competentes.

SEÇÃO VI
DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS DE USO PRIVADO

Art. 27 ‐ Os ediⳮcios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores deverão, ao ser
construídos, ampliados ou reformados, atender aos seguintes requisitos mínimos de acessibilidade:

I ‐ percurso acessível que comunique as unidades habitacionais com o exterior e com as dependências de
uso comum;

II ‐ percurso acessível que una a edificação à via pública, às edificações e aos serviços anexos de uso comum
e aos ediⳮcios vizinhos;

III ‐ cabine do elevador e respecᴄ�va porta de entrada acessível para pessoa com deficiência e/ou com
mobilidade reduzida, de acordo com NBR 9050 e suas atualizações.

Art. 28 ‐ Os ediⳮcios a serem construídos, ampliados ou reformados, com mais de um pavimento, à exceção
das habitações uni familiares, e que não estejam obrigados à instalação de elevador, deverão dispor de

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especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalação de um elevador adaptado, devendo os demais
elementos de uso comum destes ediⳮcios atender aos requisitos de acessibilidade.

SEÇÃO VII
ACESSIBILIDADE NOS HOTÉIS E MOTÉIS

Art. 29 ‐ Os hotéis e motéis ficam obrigados a adaptarem suas instalações a fim de garanᴄ�r o acesso da
pessoa com deficiência e/ou mobilidade reduzida, reservando‐lhes 2% (dois por cento) de seus quartos ou
apartamentos, quando com mais de 50 unidades, em menor número ao menos um adequado.

Parágrafo Único ‐ As adaptações de que trata o "caput" serão definidas em conformidade com o disposto na
Norma Brasileira NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas ‐ ABNT ‐ e suas atualizações.

Capítulo III
DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVOS

SEÇÃO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS

Art. 30 ‐ Compreende‐se transporte coleᴄ�vo ou transporte público o meio de transporte no qual os


passageiros não são os proprietários deles, e são servidos por terceiros. Os serviços de transporte público
podem ser fornecidos tanto por empresas públicas como privadas.

Art. 31 ‐ Os sistemas de transporte coleᴄ�vo são considerados acessíveis quando todos os seus elementos
são concebidos, organizados, implantados e adaptados segundo o conceito de desenho universal, garanᴄ�ndo
o uso pleno com segurança e autonomia por todas as pessoas.

SEÇÃO II
DA ACESSIBILIDADE NOS VEÍCULOS DE TRANSPORTE COLETIVO RODOVIÁRIO

Art. 32 ‐ Os veículos de transporte coleᴄ�vo deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos


nas normas técnicas específicas.

As empresas permissionárias de transporte coleᴄ�vo municipal ficam obrigadas a permiᴄ�r o


Art. 33 ‐
embarque e o desembarque, pela mesma porta, dos usuários com deficiência e/ou mobilidade reduzida.

Parágrafo Único ‐ Nos casos em que se fizer necessário, a permissão referida no "caput" deste arᴄ�go será
estendida ao acompanhante do usuário em questão.

SEÇÃO III
DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO AQUAVIÁRIO

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Art. 34 ‐ As adequações na infra‐estrutura dos serviços desta modalidade de transporte deverão atender a
critérios necessários para proporcionar as condições de acessibilidade do sistema de transporte aquaviário.

Art. 35 ‐ As adaptações dos veículos em operações e serviços de transporte aquaviário, bem como os
procedimentos e equipamentos a serem uᴄ�lizados nestas adaptações, estarão sujeitas a programas de
avaliação de conformidade desenvolvidos e implementados pelo INMETRO, a parᴄ�r de orientações
normaᴄ�vas elaboradas no âmbito da ABNT.

SEÇÃO IV
DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO METRO FERROVIÁRIO E FERROVIÁRIO

A acessibilidade nos serviços de transporte coleᴄ�vos metro ferroviário e ferroviário obedecerá ao


Art. 36 ‐
disposto nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT.

SEÇÃO V
DA ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE COLETIVO AÉREO

A acessibilidade nos transportes coleᴄ�vos aéreo obedecerá ao disposto na Norma de Serviço da


Art. 37 ‐
Instrução da Aviação Civil NOSER/IAC ‐ 2508‐0796, de 1º de novembro de 1995, expedida pelo
Departamento de Aviação Civil do Comando da Aeronáuᴄ�ca, e nas normas técnicas de Acessibilidade da
ABNT.

SEÇÃO VI
DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO

Art. 38 ‐ O Poder Público fiscalizará a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e


alternaᴄ�vas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas com
deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garanᴄ�r‐lhes o direito de acesso à informação,
comunicação, trabalho, educação, transporte, cultura, esporte e lazer.

Art. 39 ‐ O Poder Público programará a formação de profissionais intérpretes de escrita Braille, linguagem
brasileira de sinais e de guias‐intérpretes, para facilitar qualquer ᴄ�po de comunicação direta à pessoa com
deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação.

SEÇÃO VII
DA ACESSIBILIDADE À EDUCAÇÃO

Art. 40 ‐ Todas as insᴄ�tuições educaᴄ�vas devem ofertar a Educação Especial na perspecᴄ�va da Educação

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Inclusiva, com inicio conforme a faixa etária atendida pela insᴄ�tuição.

A matrícula dos alunos com deficiência deve ser feita em classe comuns, em todas as etapas, níveis
Art. 41 ‐
e modalidades de ensino, evitando agrupá‐los em turmas que caracterize classe especial.

Art. 42 ‐ Nas insᴄ�tuições educaᴄ�vas devem assegurar a matrícula do/a aluno/a com deficiência e/ou com
mobilidade reduzida na escola regular mais próxima à sua residência.

Art. 43 ‐Nas turmas do Ensino Regular, quando houver matrícula de alunos/as com deficiência e/ou
mobilidade reduzida poderá, quando necessário, ser aplicado um redutor de número de alunos/as.

Art. 44 ‐ Todas as insᴄ�tuições educaᴄ�vas devem obrigatoriamente assegurar a acessibilidade nas


edificações, eliminando as barreiras arquitetônicas nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos, bem
como as barreiras nas comunicações e informações, conforme normas técnicas vigentes.

Art. 45 ‐ Os projetos Políᴄ�cos Pedagógico das insᴄ�tuições educaᴄ�vas devem tomar como base a legislação
vigente e como principio a flexibilização curricular, contemplando o processo avaliaᴄ�vo, temporalidade
flexível, Adaptação Curricular Individualizada ‐ ACI e terminalidade específica.

Art. 46 ‐ A insᴄ�tuição educaᴄ�va deve elaborar/organizar juntamente com as famílias acompanhamento


sistemáᴄ�co, oferecendo exercícios domiciliares para os/as alunos/as com deficiência que necessitarem de
afastamento da insᴄ�tuição para tratamento de saúde que implique em internação hospitalar, atendimento
ambulatorial e permanência prolongada em domicílio, mediante laudo médico.

Art. 47 ‐O AEE ( Atendimento Educacional Especializado ) ocorrerá nas Salas de Recursos Mulᴄ�funcionais
preferencialmente por zoneamento do estudante, no turno inverso à escolarização dos/as alunos/as e nunca
subsᴄ�tuindo às classes comuns.

SEÇÃO VIII
DAS DISPOSIÇÕES SOBRE AJUDAS TÉCNICAS

Art. 48 ‐ O Poder Público promoverá a supressão de barreiras urbanísᴄ�cas, arquitetônicas, de transporte e


de comunicação, mediante avaliação técnica.

O Poder Público, por meio dos organismos de apoio à pesquisa e das agências de financiamento,
Art. 49 ‐
fomentará programas desᴄ�nados:

I ‐ à promoção de pesquisas cien�ficas voltadas ao tratamento e prevenção de deficiências;

II ‐ ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de ajudas técnicas para as pessoas com


deficiência;

III ‐ à especialização de recursos humanos em acessibilidade.

SEÇÃO IX
DAS MEDIDAS COMPLEMENTARES

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A ausência da acessibilidade, desde logo, não poderá, em nenhuma hipótese, impedir a realização
Art. 50 ‐
do ato que normalmente seria praᴄ�cado com o acesso normal no ediⳮcio público ou privado.

Art. 51 ‐ O Poder Público promoverá campanhas informaᴄ�vas e educaᴄ�vas dirigidas à população em geral,
com a finalidade de conscienᴄ�zá‐la e sensibilizá‐la quanto à acessibilidade e à inclusão social da pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 52 ‐ As disposições conᴄ�das neste capítulo aplicam‐se também aos ediⳮcios ou imóveis declarados bens
de interesse cultural ou de valor histórico, desde que as modificações necessárias observem as normas
específicas reguladoras destes bens.

Art. 53 ‐ As organizações representaᴄ�vas de pessoas com deficiência terão legiᴄ�midade para acompanhar o
cumprimento dos requisitos de acessibilidade estabelecidos neste capítulo.

A fiscalização municipal e outros órgãos e enᴄ�dades públicas do Município deverão fiscalizar à


Art. 54 ‐
eliminação de barreiras arquitetônicas e ambientais que dificultem o acesso de pessoas com deficiências
e/ou mobilidade reduzida.

SEÇÃO X
DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

Art. 55 ‐ O direito ao acesso aos serviços de saúde compreende:

I ‐ assistência médica, clínica e cirúrgica, universal e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde e dos
demais órgãos e serviços sanitários em geral do Estado, assegurado atendimento personalizado e prioritário;

II ‐ internação em hospitais públicos ou conveniados com o Poder Público;

III ‐ transporte, sempre que indispensável à viabilização da assistência;

IV ‐ dispensa da espera em filas comuns;

V ‐ fornecimento de medicamentos, na medida da disponibilidade, para tratamento ambulatorial;

VI ‐ Prioridade no atendimento a Saúde da Mulher.

§ 1º À pessoa com deficiência é assegurado o acesso a medicações específicas e cuidados especiais de


assistência farmacêuᴄ�ca.

§ 2º A pessoa com deficiência será objeto de atenção preferencial por parte da unidade de saúde.

§ 3º É assegurado o direito de entrada e permanência de um acompanhante junto à pessoa com deficiência


que se encontre internada em unidades de saúde de responsabilidade do município, inclusive nas
dependências de tratamento intensivo ou outras equivalentes.

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§ 4º Assistência prioritária no planejamento familiar e ao pré natal.

Art. 56 ‐ O direito de acesso à reabilitação compreende:

I ‐ o provimento de ações terapêuᴄ�cas em favor da pessoa com deficiência, visando suprimir ou recuperar a
deficiência, sempre que possível, eliminando ou minorando‐lhe os efeitos;

II ‐ a concessão de financiamento para a aquisição de equipamentos de uso pessoal que permitam a


correção, diminuição e superação de suas limitações, por meio de programas próprios Municípios e do
Estado.

Parágrafo Único ‐ O financiamento de que trata o inciso II deste arᴄ�go e previsto no arᴄ�go 261 da
Consᴄ�tuição Estadual como dever do Estado.

A inclusão social também é objeto de programas de convívio social a serem desenvolvidos pelo
Art. 57 ‐
Município.

SEÇÃO XI
O DIREITO DE ACESSO AOS BENS E SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 58 ‐ O direito de acesso aos bens e serviços públicos compreende:

I ‐ a criação de meios que facilitem a locomoção das pessoas com deficiência nas vias, logradouros,
estabelecimentos e prédios públicos em geral, observados o disposto no Capítulo II desta lei;

II ‐ o tratamento preferencial das pessoas com deficiência no acesso aos bens e serviços em geral.

Parágrafo Único ‐ O Poder Público, em todas as esferas, assegurará o acesso adequado das pessoas com
deficiência aos bens indicados no inciso I deste arᴄ�go, bem como aos serviços públicos em geral e em
especial ao transporte coleᴄ�vo.

Art. 59 ‐ O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência proporá, aos órgãos
competentes, regulamentos e medidas administraᴄ�vas necessárias à viabilização dos direitos garanᴄ�dos
nesta lei.

Capítulo IV
DOS PROGRAMAS

SEÇÃO I
DO PROGRAMA DE LAZER E ESPORTE

Art. 60 ‐ Os eventos esporᴄ�vos municipais terão, em seu calendário, datas reservadas para a realização dos
eventos previstos pelo Programa de Lazer e Esporte para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Art. 61 ‐ O Município promoverá a realização dos eventos de que trata o arᴄ�go 60 desta lei, admiᴄ�da a

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parᴄ�cipação de enᴄ�dades não governamentais na sua promoção.

Parágrafo Único ‐ Para a elaboração da programação dos eventos serão ouvidas as insᴄ�tuições que
representam as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

SEÇÃO II
DO PROGRAMA MUNICIPAL DE ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS ARQUITETÔNICAS, URBANÍSTICAS, DE TRANSPORTE E DE
COMUNICAÇÃO

Art. 62 ‐ Os programas Municipais de Eliminação de Barreiras Arquitetônicas, Urbanísᴄ�ca, de transporte e


de comunicação, serão insᴄ�tuídos do âmbito do poder público e terão sua execução disciplinada em
regulamentos específicos.

Capítulo V
DA PROTEÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA

SEÇÃO I
DA DISCRIMINAÇÃO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Art. 63 ‐ É vedada no Município qualquer forma de discriminação à pessoa com deficiência.

Art. 64 ‐ Consᴄ�tui discriminação à pessoa com deficiência:

I ‐ impedir, dificultar, obstar ou recusar a livre locomoção em estabelecimentos da Administração Direta ou


Indireta e das concessionárias de serviços públicos;

II ‐ impedir, dificultar, obstar ou restringir o acesso às dependências de bares, restaurantes, hotéis, cinemas,
teatros, clubes, e outros estabelecimentos comerciais;

III ‐ fazer exigências específicas para a obtenção ou manutenção do emprego;

IV ‐ induzir ou incitar à práᴄ�ca de atos discriminatórios;

V ‐ veicular pelos meios de comunicação de massa, mídia eletrônica ou publicação de qualquer natureza a
discriminação ou o preconceito;

VI ‐ praᴄ�car qualquer ato relacionado à condição pessoal que cause constrangimento;

VII ‐ ofender a honra ou a integridade ⳮsica.

§ 1º Incide nas discriminações previstas nos incisos I e II deste arᴄ�go a alegação da existência de barreiras
arquitetônicas para negar, dificultar ou restringir atendimento ou serviço à pessoa protegida por esta lei.

§ 2º A ausência de atendimento preferencial à pessoa com deficiência é forma de práᴄ�ca discriminatória


prevista nos incisos VI e VII deste arᴄ�go.

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Art. 65 ‐ O Poder Público Municipal desenvolverá ações de cunho educaᴄ�vo e de combate à discriminação
relaᴄ�va à pessoa com deficiência, nos serviços públicos e demais aᴄ�vidades exercidas no Município,
conforme o disposto no arᴄ�go 227, inciso II, da Consᴄ�tuição Federal e demais normas da legislação federal
perᴄ�nente.

SEÇÃO II
DO COMBATE AOS MAUS-TRATOS

A noᴄ�ficação compulsória de maus‐tratos é obrigatória nos casos que envolvam pessoas com
Art. 66 ‐
deficiência.

Parágrafo Único ‐ A noᴄ�ficação será emiᴄ�da pelos órgãos públicos das áreas de saúde, educação e segurança
pública; pelo médico, professor, responsável pelo estabelecimento de saúde, de ensino fundamental, pré‐
escola ou creche e guarda municipal.

Art. 67 ‐ A noᴄ�ficação, preferencialmente por escrito, será encaminhada por intermédio dos responsáveis
pelas unidades de educação, saúde e segurança pública ao Conselho Tutelar ou, na falta deste ao Ministério
Público.

SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 68 ‐Cabe à Assistência Social atuar na prevenção e promoção do direito à convivência familiar e
comunitária, no acolhimento insᴄ�tucional de moradia e convivência aos que perderam os vínculos
familiares, bem como possibilitar o acesso às políᴄ�cas setoriais universais, em especial de saúde no que se
refere aos tratamentos clínicos e de reabilitação.

Parágrafo Único ‐ Os ᴄ�pos e níveis de atendimento da assistência social pautam‐se nas definições legais de
sua competência, em especial na ᴄ�pificação dos serviços sócio assistencial aprovado pela Resolução
109/2009 do Conselho Nacional de Assistência Social.

SEÇÃO IV
DOS DIREITOS HUMANOS

Art. 69 ‐ Esta seção tem por objeᴄ�vo promover e integrar a pessoa com deficiência na sociedade com
cidadania.

O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência COMUDEPE, os serviços
Art. 70 ‐
municipal e as organizações representaᴄ�vas de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida terão
legiᴄ�midade para acompanhar e sugerir medidas para o cumprimento dos requisitos estabelecidos nesta Lei.

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O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com deficiência e o Centro de Referencia
Art. 71 ‐
Especializado em Assistência Social fica como referencia para o recebimento e encaminhamento das
denúncias.

SEÇÃO V
DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO

É responsabilidade de todos os órgãos municipais, recebida a no�cia do desaparecimento de


Art. 72 ‐
pessoa com deficiência e/ou com mobilidade reduzida proceder em todas as diligencias necessárias a sua
imediata busca e localização comunicando o fato prontamente às autoridades policiais.

Parágrafo Único ‐ Sempre que possível, a no�cia deverá ser reduzida a termo, assinada pelo servidor
responsável, para fins de registro e acompanhamento

Art. 73 ‐ O direito à qualidade do serviço público prestado pelo Município exige, dos agentes públicos e
prestadores de serviço público, a realização de atendimento prioritário, por ordem de chegada, às pessoas
com deficiência.

Parágrafo Único ‐ Os órgãos da Administração Municipal Direta, Indireta e Fundacional insᴄ�tuirão, no âmbito
de suas reparᴄ�ções, setor especial que priorize o atendimento às pessoas com deficiência e com mobilidade
reduzida.

SEÇÃO VI
DA RESERVA DE VAGAS NOS PROGRAMAS HABITACIONAIS

A pessoa com deficiência tem direito à moradia adequada, no seio da família natural ou subsᴄ�tuta,
Art. 74 ‐
ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em insᴄ�tuição pública ou privada

Art. 75 Nos programas habitacionais públicos, subsidiados com recursos públicos, ou geridos pelo Poder
Público, a pessoa com deficiência goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria,
observado o seguinte:

I ‐ reserva de 3% (três por cento) das unidades habitacionais, construídas ou não, para atendimento das
pessoas com deficiência, independentemente da forma de seleção dos beneficiários;

II ‐ implantação de equipamentos urbanos comunitários acessíveis voltados à pessoa com deficiência;

III ‐ eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísᴄ�cas, para garanᴄ�a de acessibilidade à pessoa com
deficiência;

IV ‐ critérios de financiamento compa�veis com os rendimentos da pessoa com deficiência.

§ 1º A unidade habitacional adquirida na forma do inciso I deve ser registrada em nome da pessoa com
deficiência beneficiária ou de seu representante legal devidamente habilitado para tanto.

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§ 2º A transferência inter vivos da unidade habitacional adquirida na forma do inciso I será feita
preferencialmente à pessoa com deficiência.

§ 3º O direito previsto no inciso I não será reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária mais de uma
vez, ressalvado justo moᴄ�vo.

§ 4º Os locais de uso comum bem como as unidades habitacionais construídas na forma do inciso I deverão
ser adaptadas para uso da pessoa com deficiência de acordo com as normas de acessibilidade em vigor.

§ 5º Quando da aplicação do percentual previsto no "caput" deste arᴄ�go resultar número fracionário, será
considerado o número inteiro imediatamente posterior.

SEÇÃO VII
SOBRE CARGOS PÚBLICOS MUNICIPAIS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

É assegurado as pessoas com deficiência, nos termos do arᴄ�go 37, VIII, da Consᴄ�tuição Federal, o
Art. 76 ‐
direito de se inscreverem em concurso público para o provimento de cargos cujas atribuições sejam
compa�veis com a sua deficiência.

Parágrafo Único ‐ A comprovação da deficiência, sua idenᴄ�ficação e a compaᴄ�bilidade para o exercício do


cargo na forma prevista neste arᴄ�go, serão previamente atestadas por laudo de junta médica, nomeada pelo
município, e exigidas como requisito para a inscrição em concurso público.

Art. 77 ‐ Quando houver inscritos nas condições do arᴄ�go 76, ficam‐lhe asseguradas no mínimo 5% e no
20% das vagas então existentes e das futuras, até exᴄ�nção da validade do concurso, cujo cumprimento
obedecerá ao seguinte:

I ‐ a homologação do concurso far‐se‐á em lista separada para as pessoas com deficiência, constando em
ambas a nota final de aprovação, e classificação ordinal em cada uma das listas;

II ‐ as nomeações obedecerão predominantemente a nota final obᴄ�da independente da lista em que esteja o
candidato;

III ‐ em qualquer hipótese será assegurada uma vaga ao candidato com deficiência, após dezenove
preenchidas por pessoas sem deficiência.

Os demais critérios constantes do edital público são de validade genérica para todos os candidatos,
Art. 78 ‐
sejam ou não beneficiários desta lei.

Art. 79 ‐ Na hipótese de não haver candidatos inscritos no concurso, na forma do arᴄ�go 76 desta lei, ou não
lograrem aprovação, as vagas serão preenchidas pelos demais candidatos aprovados no concurso.

SEÇÃO VIII
DO USO DAS VIAS PÚBLICAS

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Aos usuários de cadeiras de rodas será assegurada a melhoria das condições para o seu
Art. 80 ‐
deslocamento, bem como a eliminação de barreiras urbanísᴄ�cas.

Art. 81 ‐ As pessoas com deficiência visual será assegurado a sinalização táᴄ�l e a eliminação de barreiras
pelo mobiliário urbano.

SEÇÃO IX
DO ACESSO AOS ELEVADORES

É vedada qualquer forma de discriminação à pessoa com deficiência e/ou mobilidade reduzida no
Art. 82 ‐
acesso aos elevadores de todos os ediⳮcios públicos ou parᴄ�culares, comerciais, industriais e residenciais
mulᴄ�familiares existentes no Município.

Parágrafo Único ‐ Os responsáveis legais pela administração dos ediⳮcios citados no "caput" deste arᴄ�go
ficam autorizados a regulamentar o acesso a esses imóveis, assim como a circulação dentro deles e o uso de
suas áreas de uso comum e abertas ao uso público, por meio de regras gerais e impessoais não
discriminatórias.

Art. 83 ‐ Fica estabelecido que, para maior conforto, segurança e igualdade entre os usuários, o elevador
social é o meio normal de transporte de pessoas que uᴄ�lizem as dependências dos ediⳮcios,
independentemente do estatuto pelo qual o fazem e desde que não estejam deslocando cargas, para as
quais podem ser uᴄ�lizados os elevadores especiais.

Art. 84 ‐ Para conferir efeᴄ�vidade e o conhecimento das disposições da presente seção, especialmente do
teor do arᴄ�go antecedente, fica determinada a obrigatoriedade da colocação de avisos no interior dos
ediⳮcios.

§ 1º Os avisos de que trata o "caput" deste arᴄ�go devem configurar‐se em forma de cartaz, placa ou
plaqueta com os seguintes dizeres: "É vedada qualquer forma de discriminação em virtude de raça, sexo, cor,
origem, condição social, idade, deficiência ou doença não contagiosa por contato social no acesso aos
elevadores deste ediⳮcio."

§ 2º Fica o responsável pelo ediⳮcio, administrador ou síndico, conforme for o caso, obrigado a colocar na
entrada do ediⳮcio e de forma bem visível, o aviso de que trata o "caput" deste arᴄ�go.

SEÇÃO X
DA MOBILIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NOS CENTROS COMERCIAIS

Art. 85 ‐ Os centros comerciais, shopping centers, hiper e supermercados no âmbito do Município, deverão
obrigatoriamente fornecer, gratuitamente, veículos motorizados para facilitar a locomoção de pessoas com
deficiência e/ou mobilidade reduzida.

§ 1º Os veículos referidos no "caput" deste arᴄ�go serão fornecidos sem qualquer ônus ao usuário, cabendo
aos estabelecimentos comerciais a manutenção dos mesmos em perfeitas condições de uso.

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§ 2º Os estabelecimentos referidos neste arᴄ�go afixarão, em local de grande visibilidade, em suas


dependências externas e internas, inclusive nas garagens, cartazes ou placas indicaᴄ�vas dos postos de acesso
aos veículos.

§ 3º Pessoas para acompanhar as pessoas com deficiência visual em suas dependências.

É obrigatório a todos hiper e supermercados a desᴄ�nação de caixas registradoras para atendimento


Art. 86 ‐
preferencial as pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, pessoas com mais de sessenta e cinco
anos e gestantes.

§ 1º Fica dispensado deste caput os estabelecimentos com menos de três caixas registradoras.

§ 2º As caixas de atendimento preferencial devem estar devidamente idenᴄ�ficadas contendo o disposiᴄ�vo da


Lei,

SEÇÃO XI
DA INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE LAZER E RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

Art. 87 ‐ O Poder Execuᴄ�vo está autorizado a instalar nas praças e parques municipais equipamentos
especialmente desenvolvidos para o lazer e recreação de crianças "cadeirantes", visando a sua integração
com outras crianças.

Para os efeitos do disposto nesta Seção, considera‐se criança "cadeirante" aquela que, em razão de
Art. 88 ‐
necessidade especial, necessite fazer uso, permanentemente, da cadeira de rodas.

Art. 89 ‐ Na instalação dos equipamentos referidos no arᴄ�go 87, o Poder Execuᴄ�vo priorizará as praças e
parques que possibilitem o acesso e atendimento do maior número de crianças "cadeirantes", bem como as
crianças cegas.

Art. 90 ‐ Observado o disposto no arᴄ�go 87, os equipamentos serão instalados gradaᴄ�vamente nas praças e
parques municipais de acordo com as disponibilidades financeiras do município.

As praças e parques dotados dos equipamentos referidos no arᴄ�go 88 contarão com acesso para
Art. 91 ‐
crianças "cadeirantes" e as crianças cegas, até os brinquedos.

SEÇÃO XII
DO ASSENTO EXCLUSIVO NOS TERMINAIS DE TRANSPORTES

Art. 92 ‐ O Poder Execuᴄ�vo instalará assentos preferenciais para pessoas com deficiência nos terminais de
transportes coleᴄ�vos rodoviários municipais.

Art. 93 ‐ O concessionário de transporte coleᴄ�vo municipal e intermunicipal instalarão assentos


preferenciais para pessoas com deficiência nos terminais de transporte coleᴄ�vos rodoviários.

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SEÇÃO XIII
DAS LINGUAGENS LIBRAS E BRAILLE

SUBSEÇÃO I
DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS - LIBRAS

Art. 94 ‐ É reconhecida oficialmente a Língua Brasileira de Sinais ‐ LIBRAS e os demais recursos de expressão
a ela associados, como meio de comunicação objeᴄ�va e de uso corrente da comunidade surda.

Parágrafo Único ‐ Por recursos de expressão associados a LIBRAS entende‐se comunicação gestual e visual
com estrutura gramaᴄ�cal própria, cuja singularidade é reconhecida como segunda Língua oficial.

SUBSEÇÃO II
DAS PUBLICAÇÕES PEDAGÓGICAS EM BRAILLE

Art. 95 ‐ A Secretaria da Educação do Município está autorizada a atender às solicitações dos alunos com
deficiência visual, matriculados nas escolas municipais, para a impressão em Braille dos livros, aposᴄ�las e
outros materiais pedagógicos.

Parágrafo Único ‐ Os autores estão autorizados a fornecer à Secretaria da Educação cópia do texto integral
das obras mencionadas no "caput" deste arᴄ�go, em meio digital, para o atendimento das solicitações.

Art. 96 ‐As editoras, instaladas ou não no Município que comercializem livros, aposᴄ�las ou outras obras
literárias de quaisquer gêneros, estão autorizadas a atender as solicitações dos consumidores com
deficiência visual para impressão em Braille das obras que editam.

SEÇÃO XIV
DO CÃO-GUIA

É assegurado à pessoa com deficiência visual acompanhada de cão‐guia o ingresso e permanência


Art. 97 ‐
em qualquer local público ou privado, meio de transporte ou em qualquer estabelecimento comercial ou
industrial, de serviços de promoção, proteção e cooperação de saúde, observado o disposto no arᴄ�go 98.

Parágrafo Único ‐ Entende‐se por deficiência visual aquela caracterizada por cegueira ou baixa visão.

Todo cão‐guia portará idenᴄ�ficação, e seu condutor, sempre que solicitado, deverá apresentar
Art. 98 ‐
documento comprobatório de registro expedido por escola de cães‐guia devidamente vinculada à Federação
Internacional de Cães‐Guia, acompanhado de atestado de sanidade do animal, fornecido pelo órgão
competente, ou documento equivalente.

Parágrafo Único ‐ Os requisitos mínimos de idenᴄ�ficação e a comprovação do treinamento do usuário do


cão‐guia deverão ser objeto de regulamentação.

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Considerar‐se‐á violação aos direitos humanos qualquer tentaᴄ�va de impedimento ou dificuldade


Art. 99 ‐
de acesso de pessoas com deficiência visual acompanhadas de cães‐guia a locais públicos, quaisquer meios
de transportes municipais ou estabelecimentos aos quais outras pessoas têm direito ou permissão de
acesso.

Parágrafo Único ‐ Nos locais elencados no "caput" deste arᴄ�go deverá ser assegurado o acesso, sem
discriminação quanto ao uso de entrada, elevador principal ou de serviço.

Os estabelecimentos, empresas ou órgãos que derem causa à discriminação prevista no disposto


Art. 100 ‐
nesta Seção, serão punidos com pena de interdição até que cesse a discriminação, podendo cumular com
pena de multa.

É admiᴄ�da a posse, guarda ou abrigo de cães‐guia em zona urbana e em residências ou


Art. 101 ‐
condomínios uᴄ�lizados por pessoas com deficiência visual, sejam eles moradores ou visitantes.

Art. 102 ‐ Aos instrutores e treinadores reconhecidos pela Federação Internacional de Cães‐Guia e às
famílias de acolhimento autorizadas pelas escolas de treinamento filiadas à Federação Internacional de
Cães‐Guia serão garanᴄ�dos os mesmos direitos do usuário previstos nos arᴄ�gos 97 a 102 desta lei.

Parágrafo Único ‐ Entende‐se por:

I ‐ treinador: aquela pessoa que ensina comandos ao cão;

II ‐ instrutor: aquele que treina a dupla cão‐usuário;

III ‐ família de acolhimento: aquela que acolhe o cão na fase de socialização.

Capítulo VI
OUTROS BENEFÍCIOS

SEÇÃO I
CENTRO DE FORMAÇÃO

O Poder Público está autorizado a criar o Centro de Formação, informação e pesquisa para Pessoas
Art. 103 ‐
com Deficiência e/ou mobilidade reduzida e seus familiares.

Art. 104 ‐ O Centro terá como principais finalidades:

I ‐ disponibilizar, para as pessoas com deficiências e/ou mobilidade reduzida suas famílias, informações
necessárias sobre recursos para atendimento de suas necessidades, contemplando serviços de saúde, de
educação, jurídicos e sociais;

II ‐ disponibilizar, para a população em geral, informações que possibilitem a valorização da diversidade


humana e fortalecimento da aceitação das diferenças individuais, contribuindo, assim, para a formação de
personalidades saudáveis dos indivíduos, sem qualquer discriminação;

III ‐ Orientar de forma geral aos pais, a parᴄ�r do período pré‐natal, na rede pública de saúde, com

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conᴄ�nuidade nas fases seguintes do desenvolvimento da pessoa.

IV ‐ Proporcionar formação para economias alternaᴄ�vas e para o mercado de trabalho.

V ‐ Pesquisar e disponibilizar dados

VI ‐ Assessorar as políᴄ�cas públicas inerentes.

Para viabilizar a criação do Centro de Formação, informação e Pesquisa para Pessoas com
Art. 105 ‐
Deficiência e/ou mobilidade reduzida seus familiares, o Poder Execuᴄ�vo poderá celebrar convênios com
Órgãos Públicos Federais e Estaduais.

CAPITULO VII
VAGAS DE ESTACIONAMENTO DESTINADAS A VEÍCULOS QUE TRANSPORTEM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
E/OU MOBILIDADE REDUZIDA

SEÇÃO I
ESTACIONAMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS

Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos,


Art. 106 ‐
deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas,
para veículos que transportem pessoas com deficiência permanente ( membros inferiores e cegos ) e/ou
mobilidade reduzida.

§ 1º As vagas a que se refere o "caput" deste arᴄ�go deverão ser em número equivalente a 2% (dois por
cento) do total, garanᴄ�ndo‐se, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especificações
técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes.

§ 2º Para uniformizar os procedimentos de fiscalização o beneficiário deverá providenciar o credenciamento,


modelo proposto pela Resolução 304 de 18 de dezembro de 2008 pelo CONTRAN que terá validade em todo
o território Nacional.

§ 3º Os veículos estacionados nas vagas reservadas deverão portar idenᴄ�ficação a ser colocada em local de
ampla visibilidade, confeccionados e fornecidos pelos órgãos de trânsito.

§ 4º A credencial será emiᴄ�da em órgão público municipal que manterá um cadastro dos beneficiários.

§ 5º Para adquirir a credencial o usuário deve cadastrar‐se na Secretaria Municipal de Políᴄ�cas de Igualdade,
na Diretoria Municipal de Políᴄ�cas para as pessoas com deficiência, para tal necessita apresentar os
seguintes documentos: Laudo de médico de especialista onde conste: nome da pessoa, nome da deficiência
e CID, deficiência permanente verificada, assinado e carimbado pelo médico especialista de sua área de
deficiência, com data máxima de 90 dias a data da apresentação ou laudo do DETRAN, cópia do RG ou
documento com foto, comprovante de residência e uma foto 3x 4 atual.

§ 6º O fiscal de transito poderá solicitar idenᴄ�ficação do usuário quando entender que se faz necessário.

§ 7º A credencial é nominal a pessoa com deficiência.

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§ 8º Fica isento de pagamento todos os que possuírem a credencial, pelo tempo limite de duas (2) horas
para permanecer no local.

Art. 107 ‐ A validade da credencial será de 2 (dois)anos.

CAPITULO VIII
INFRAÇÕES

SEÇÃO I
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES EM ACESSIBILIDADE

Art. 108 ‐ A fiscalização do cumprimento do disposto nesta Seção caberá aos órgãos do Poder Execuᴄ�vo, nos
termos de regulamento.

Art. 109 ‐ As infrações serão classificadas em 3 (três) classes, que são:

I ‐ Infração Leve ‐ 250 UPMs ‐ Seção 1, 5, 16, 17, 28, 32, 35;

II ‐ Infração Média ‐ 500 UPMs ‐ 14, 15, 20, 24, 25, 27, 33;

III ‐ Infração Grave ‐ 1.000 UPMs ‐ Seção 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 18, 19, 21, 22, 23, 26, 29, 30, 31, 34,
36, 37.

As multas, independente de outras penalidades previstas nas demais legislações do município na


Art. 110 ‐
presente Lei serão aplicadas quando:

I ‐ O projeto esᴄ�ver em evidente desacordo com o local ou forem falseadas cotas e indicações de projeto ou
qualquer elemento do processo;

II ‐ As obras forem executadas em desacordo com o projeto aprovado e licença fornecida;

III ‐ A obra for iniciada sem projeto e licenciado ou sem licença;

IV ‐ Não forem obedecidas as determinações do Plano Diretor e das Normas Técnicas;

V ‐ Houver obstrução dos serviços de fiscalização.

A multa será aplicada pela Divisão de fiscalização, a vista do auto de infração/embargo e de acordo
Art. 111 ‐
com os valores previstos na presente Lei no arᴄ�go 109.

Art. 112 ‐ Lavrado o auto de infração, o infrator terá até 30 (trinta) dias para sanar os moᴄ�vos da infração, ou
apresentar defesa, por escrito, à Chefia da Divisão de Fiscalização. Findo o prazo e não tendo sido eliminada
a causa moᴄ�vante, o infrator será multado de acordo com o arᴄ�go 109.

Parágrafo Único ‐ Caberá aos órgãos do Poder Execuᴄ�vo a fiscalização do disposto nesta seção, bem como,
no caso de descumprimento das determinações conᴄ�das no Regulamento, a aplicação das penalidades

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legais.

O pagamento da multa não isenta o infrator de tomar as providencia para cessar a causa
Art. 113 ‐
moᴄ�vante do ato ilícito, tomando como guia esta Lei, NT, Lei municipal 6628/2008.

Art. 114 ‐ O uso das vagas desᴄ�nadas a Pessoa com deficiência e com mobilidade reduzida previstas na
presente Lei caracteriza infração prevista no Art. 181, inciso XVII do CTB.

A fiscalização e a aplicação de multas aos sistemas de transporte coleᴄ�vos, segundo disposto no


Art. 115 ‐
art. 6º Inciso II, da Lei nº 10.048 de 2000, cabe á União, aos Estados, ao município de acordo com suas
competências.

Os recursos recebidos provenientes das multas serão desᴄ�nados ao Fundo Municipal de Defesa
Art. 116 ‐
dos Direitos da Pessoa com Deficiência em rubrica própria.

CAPITULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 117 ‐ A Semana Municipal de Luta das Pessoas com Deficiência é comemorado, anualmente no mês de
setembro.

Art. 118 ‐ As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias
próprias.

Art. 119 ‐A administração pública municipal desᴄ�nará, anualmente, dotação orçamentária para as
adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos ediⳮcios de uso público de
sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso.

Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, sendo regulamentada, no que couber, por
Art. 120 ‐
Decreto a ser expedido pelo Prefeito Municipal, no prazo máximo de 180 dias.

Ficam formalmente revogadas, por consolidação e sem interrupção da sua força normaᴄ�va, as
Art. 121 ‐
seguintes leis:

I ‐ Lei nº 5435 de 07 de abril de 2004;

II ‐ Lei nº 4278/1996;

III ‐ Lei nº 4395/1997;

IV ‐ Lei nº 4973 de 17 de setembro de 2001;

V ‐ Lei nº 5005/2001 Arᴄ�go nº 5 inciso V;

VI ‐ Decreto nº 4535/2006 Arᴄ�go 20º inciso V.

Art. 122 ‐ Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

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2017­6­13 Lei Ordinária 7737 2012 de São Leopoldo RS

Prefeitura Municipal de São Leopoldo, 1º de agosto de 2012.

ARY JOSÉ VANAZZI


PREFEITO

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 07/08/2012

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