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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ANO LXX - Nº 167 QUINTA-FEIRA, 1º DE OUTUBRO DE 2015

BRASÍLIA - DF
MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Biênio 2015/2016)

PRESIDENTE EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ)

1º VICE-PRESIDENTE WALDIR MARANHÃO (PP-MA)

2º VICE-PRESIDENTE GIACOBO (PR-PR)

1º SECRETÁRIO BETO MANSUR (PRB-SP)

2º SECRETÁRIO FELIPE BORNIER (PSD-RJ)

3ª SECRETÁRIA MARA GABRILLI (PSDB-SP)

4º SECRETÁRIO ALEX CANZIANI (PTB-PR)

1º SUPLENTE MANDETTA (DEM-MS)

2º SUPLENTE GILBERTO NASCIMENTO (PSC-SP)

3ª SUPLENTE LUIZA ERUNDINA (PSB-SP)

4º SUPLENTE RICARDO IZAR (PSD-SP)


CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I
1 – ATA DA 287ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NÃO DELIBERATIVA SOLENE, MATUTINA, DA
1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 30 DE SETEMBRO DE 2015
Ata sucinta
2 – ATA DA 288ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA, MATUTI-
NA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 30 DE SETEMBRO DE 2015
I – Abertura da sessão
II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III – Expediente
IV – BREVES COMUNICAÇÕES
HEITOR SCHUCH (PSB, RS) – Inconformismo com o aumento dos preços das passagens aéreas no País e com
o silêncio da Agência Nacional de Aviação Civil e do Governo Federal sobre o assunto.................................................... 026
JOÃO DANIEL (PT, SE) – Regozijo com a realização de aula inaugural com a Presidente do Instituto Nacio-
nal de Colonização e Reforma Agrária, Lúcia Falcón, no Campus do Sertão da Universidade Federal do Estado de
Sergipe, no Município sergipano de Nossa Senhora da Glória. ................................................................................................... 027
VALMIR ASSUNÇÃO (PT, BA) – Anúncio de entrega, pela Presidenta Dilma Rousseff, de unidades do Programa
Minha Casa, Minha Vida nos Municípios de Barreiras, Irecê, Dias d’Ávila e Feira de Santana, Estado da Bahia................. 028
JOSE STÉDILE (PSB, RS) – Participação na 15ª edição do encontro anual da Associação Brasileira dos Produ-
tores Independentes de Energia Elétrica, em Brasília, Distrito Federal, para debate dos desdobramentos do atual
cenário econômico, financeiro e político do País sobre o setor elétrico. Defesa da autonomia das carreiras de fis-
cais tributários e do trabalho, objeto da Proposta de Emenda Constitucional nº 186, de 2007....................................... 028
KEIKO OTA (PSB, SP) – Importância do amor para as pessoas, para a política e para o País.................................... 029
JARBAS VASCONCELOS (Bloco/PMDB, PE) – Repúdio à recusa do Presidente Eduardo Cunha de cessão do
plenário da Câmara dos Deputados para realização de sessão do Congresso Nacional com vistas à apreciação dos
vetos presidenciais a proposições aprovadas no Parlamento....................................................................................................... 029
JUTAHY JUNIOR (PSDB, BA) – Aumento do índice de rejeição da população brasileira à Presidenta Dilma
Rousseff. Apoio à abertura de processo de impeachment contra a Chefe do Poder Executivo Federal......................... 030
ORLANDO SILVA (PCdoB, SP) – Sanção presidencial ao projeto de lei relativo à reforma política........................ 030
GIOVANI CHERINI (PDT, RS) – Necessidade de mudança do Secretário da Segurança Pública do Estado do Rio
Grande do Sul em face do aumento da criminalidade. Defesa de envio da Força Nacional de Segurança Pública
ao Rio Grande do Sul. ................................................................................................................................................................................... 031
PEDRO FERNANDES (Bloco/PTB, MA) – Participação significativa de Municípios nordestinos no ranking das
cidades mais violentas do Brasil. Premência de ações efetivas do Governo Federal na Região Nordeste na área da
segurança pública. ........................................................................................................................................................................................ 031
PRESIDENTE (Carlos Manato) – Leitura de Ato da Presidência sobre a constituição da Comissão Especial
destinada ao proferimento de parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 214-A, de 2003, relativa à consti-
tuição das consultorias jurídicas do Tribunal de Contas da União – TCU, da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal. .............................................................................................................................................................................................................. 031
CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB, TO) – Contrariedade ao aumento de impostos promovido pelo
Governo do Estado de Tocantins. ............................................................................................................................................................ 032
MARCELO MATOS (PDT, RJ) – Anúncio da realização de audiência pública pela Comissão de Viação e Trans-
portes no Município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro, destinada ao debate sobre problemas no Arco Metro-
politano e da duplicação da BR-101. ...................................................................................................................................................... 032
ROCHA (PSDB, AC) – Manifestação de apoio à rejeição do veto presidencial à proposição sobre reajuste sa-
larial dos servidores do Poder Judiciário. Crítica à Presidenta Dilma Rousseff pela realização de reforma ministerial
com vistas à manutenção do apoio político......................................................................................................................................... 033
4 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

EDINHO BEZ (Bloco/PMDB, SC) – Agenda de visitas a portos da Região Sul. Importância dos portos para a
viabilização das exportações e importações no País........................................................................................................................ 033
PRESIDENTE (Carlos Manato) – Leitura de Ato da Presidência de criação da Comissão Especial destinada
à apresentação de parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 450-A, de 2014, sobre o estabelecimen-
to da análise em ordem cronológica de chegada dos processos distribuídos aos membros e órgãos do Poder
Judiciário. ......................................................................................................................................................................................................... 033
HEITOR SCHUCH (PSB, RS – Pela ordem) – Questionamento ao Governo Federal e ao Ministério Público
Federal sobre o aumento dos preços de passagens aéreas em determinados períodos dos anos para trechos
nacionais............................................................................................................................................................................................................ 034
JOÃO DANIEL (PT, SE – Pela ordem) – Resultados de seminário sobre a criação da Reserva Extrativista do
Litoral Sul de Sergipe e proteção da Mangabeira, realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. .................................................................................................... 035
ROCHA (PSDB, AC – Pela ordem) – Investigação, pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, da participação
do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em esquema criminoso. ........................................................................................... 037
FABRICIO OLIVEIRA (PSB, SC) – Caráter fisiológico de reforma ministerial anunciada pela Presidenta da Re-
pública. Apresentação de proposição relativa à criação do Fundo de Combate à Corrupção. ........................................ 037
VALMIR ASSUNÇÃO (PT, BA – Pela ordem) – Desconhecimento, pelo exSecretário de Segurança Pública do
Paraná Fernando Francischini, das normas do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA,
criado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso. .......................................................................................................................... 038
VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC) – Apelo a fiscais federais agropecuários para encerramento de movi-
mento grevista. .............................................................................................................................................................................................. 045
JOSE STÉDILE (PSB, RS – Pela ordem) – Omissão do PT quanto à exoneração de Ministro da Saúde indicado
pelo partido. .................................................................................................................................................................................................... 045
AUGUSTO COUTINHO (SD, PE) – Acerto do questionamento pelo Deputado Fernando Francischini ao Mi-
nistério da Educação sobre a criação de cotas para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST em
faculdades dos Estados do Paraná e Pernambuco. ........................................................................................................................... 045
AUGUSTO CARVALHO (SD, DF) – Indagação à Presidência sobre a realização de sessão do Congresso Nacio-
nal destinada à análise de veto presidencial a proposição relativa ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário
Federal. .............................................................................................................................................................................................................. 046
PRESIDENTE (Carlos Manato) – Resposta ao Deputado Augusto Carvalho. ................................................................. 046
GIOVANI CHERINI (PDT, RS – Pela ordem) – Defesa de alterações no Estatuto do Desarmamento em face do
aumento das taxas de homicídio no País. ............................................................................................................................................ 046
RONALDO NOGUEIRA (Bloco/PTB, RS) – Considerações do orador sobre o cenário de inflação e desempre-
go no País. Disponibilidade do Parlamentar de auxílio ao Governo Federal em prol da retomada do crescimento
econômico........................................................................................................................................................................................................ 047
FABRICIO OLIVEIRA (PSB, SC – Pela ordem) – Presença na Casa da Prefeita Ana Paula da Silva, do Município
de Bombinhas, Estado de Santa Catarina.............................................................................................................................................. 047
ELCIONE BARBALHO (Bloco/PMDB, PA) – Indignação com a precariedade da rede pública de ensino do Es-
tado do Pará. Crítica ao Poder Executivo estadual............................................................................................................................. 047
VITOR VALIM (Bloco/PMDB, CE) – Consternação com a posição de Fortaleza, Estado do Ceará, no ranking de
violência do País. Crítica à gestão do exGovernador Cid Gomes na área de segurança pública. Preocupação com
a denúncia de venda de sentenças por membros do Poder Judiciário estadual................................................................... 048
SILAS FREIRE (PR, PI) – Manifestação de pesar pelo falecimento do empresário Joaquim Alencar Cunha, do
Município de Floriano, Estado do Piauí. Preocupação com o índice de violência auferido na capital piauiense.
Omissão do Governo Federal na gestão da segurança pública.................................................................................................... 048
SANDRO ALEX (PPS, PR) – Descontentamento com o aumento do preço dos combustíveis. Corte de recur-
sos do Programa Farmácia Popular. Descrédito do Governo Federal apontado em pesquisas de opinião.................. 049
AFONSO MOTTA (PDT, RS) – Considerações sobre as mudanças partidárias de políticos brasileiros.................. 049
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP) – Anseio com a votação da Medida Provisória nº 676, de 2015, que
estabelece fórmula progressiva para o cálculo das aposentadorias........................................................................................... 050
CLAUDIO CAJADO (DEM, BA, Discurso retirado pelo orador para revisão) – Perplexidade do orador com a
negociação do Governo Federal de cargos e Ministérios do Poder Executivo em troca apoio aos projetos gover-
namentais......................................................................................................................................................................................................... 050
CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB, TO – Pela ordem) – Posicionamento do orador contrário ao au-
mento no valor de tributos promovido pelo Governo do Estado do Tocantins..................................................................... 050
ANTÔNIO JÁCOME (Bloco/PMN, RN) – Presença no plenário do Diretor da Maternidade Escola Januário Cic-
co, do Estado do Rio Grande do Norte, Dr. Kleber Morais. Preocupação com a falta de recursos para o Programa
Farmácia para Todos, na proposta orçamentária do Governo Federal para 2016.................................................................. 051
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 5

FLAVINHO (PSB, SP) – Regozijo com a aprovação do Estatuto da Família, na respectiva Comissão Especial.
Defesa de políticas públicas de preservação e valorização da família. Repúdio à tentativa de inclusão da ideologia
de gênero nas escolas públicas. ............................................................................................................................................................... 051
HÉLIO LEITE (DEM, PA) – Transcurso do 50º aniversário de instalação da fábrica Hileia Alimentos no Municí-
pio de Castanhal, Estado do Pará. ........................................................................................................................................................... 051
FÁBIO SOUSA (PSDB, GO) – Críticas à Presidenta Dilma Rousseff pelo encaminhamento de proposta orça-
mentária para 2016 sem previsão de recursos para o Programa Farmácia Popular.............................................................. 052
TENENTE LÚCIO (PSB, MG) – Desapontamento com a não apreciação do veto presidencial à proposição re-
lativa ao reajuste salarial dos servidores do Poder Judiciário. Participação do orador em reunião com auditores-
-fiscais sobre a criação de lei orgânica para a categoria. Congratulação ao empresário Guilherme Miranda, Vice-
-Presidente da Associação Mineira de Supermercados – AMIS..................................................................................................... 052
ZÉ SILVA (SD, MG) – Regozijo com o resultado da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 172, de
2012, em face da garantia do pagamento do piso salarial a agentes comunitários de saúde e agentes de combate
às endemias. Saudação aos agentes comunitários de saúde da região noroeste do Estado de Minas Gerais. .......... 053
DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG) – Defesa de alteração da Lei de Execução Penal, ante a rein-
cidência de crimes por ex-detentos........................................................................................................................................................ 054
DANIEL COELHO (PSDB, PE) – Preocupação com a questão ambiental e com a matriz energética brasileira.
Defesa da assunção pelo poder público da responsabilidade pelo licenciamento e habilitação de sistemas de
energia solar particulares............................................................................................................................................................................ 054
MORONI TORGAN (DEM, CE) – Repúdio ao anúncio, pela PETROBRAS, de aumento do preço da gasolina nas
refinarias, com possível repercussão para o consumidor final. .................................................................................................... 055
RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC, MG) – Agradecimento aos Parlamentares pelo apoio a emenda de autoria da
oradora à Medida Provisória nº 677, de 2015, com vistas à concessão à região norte do Estado de Minas Gerais de
condição de igualdade com a Região Nordeste do País para recebimento de investimentos em infraestrutura...... 055
ZÉ CARLOS (PT, MA) – Fim da greve dos funcionários dos Correios. Cumprimentos ao Governo Federal e aos
grevistas pelo acordo.................................................................................................................................................................................... 056
RODRIGO DE CASTRO (PSDB, MG) – Responsabilização do Governo do PT pela perda de competitividade
do Brasil............................................................................................................................................................................................................. 057
EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA) – Apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 186, de 2007, sobre
a definição de normas aplicáveis à Administração Tributária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios........................................................................................................................................................................................................ 057
RONALDO NOGUEIRA (Bloco/PTB, RS – Pela ordem) – Protesto contra a morosidade da Casa na apreciação
de matérias de relevante interesse público. ........................................................................................................................................ 057
DANIEL COELHO (PSDB, PE – Pela ordem) – Preocupação com a eventual extinção do Programa Farmácia
Popular. ............................................................................................................................................................................................................. 058
CABUÇU BORGES (Bloco/PMDB, AP) – Caráter exorbitante dos preços das passagens aéreas nas Regiões
Norte e Nordeste. Defesa da regulamentação das tarifas. Preocupação do orador com o resultado da Avaliação
Nacional de Alfabetização divulgado pelo Ministério da Educação. ......................................................................................... 058
VANDERLEI MACRIS (PSDB, SP) – Manutenção, pela Agência Nacional do Petróleo, do pré-edital de licitações
de blocos exploratórios de petróleo e gás natural. Importância da decisão para o aprimoramento da tecnologia
brasileira. .......................................................................................................................................................................................................... 059
HÉLIO LEITE (DEM, PA – Pela ordem) – Inconveniência do aumento do preço dos combustíveis. Crítica à
negociação de cargos e Ministérios feita pelo Governo Federal. Necessidade de busca de políticas voltadas ao
crescimento do País....................................................................................................................................................................................... 060
ROCHA (PSDB, AC – Pela ordem) – Considerações sobre matéria veiculada no jornal Folha de S.Paulo a res-
peito da suposta influência do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva na assinatura de contratos internacionais
da empresa Odebrecht. Crítica à negociação do Governo Federal de cargos e Ministérios com partidos da base
aliada para a garantia de apoio político aos projetos governamentais..................................................................................... 061
LUIZ LAURO FILHO (PSB, SP) – Anúncio da realização de audiência pública no Município de Campinas, Es-
tado de São Paulo, para discussão sobre a pauta de exportações do Brasil. Convite aos Deputados interessados
para participação no evento...................................................................................................................................................................... 061
PEDRO CUNHA LIMA (PSDB, PB) – Descontentamento com o quadro de violência registrado no Estado da
Paraíba. Solicitação ao Governador Ricardo Coutinho de melhoria da gestão da segurança pública........................... 062
ALBERTO FRAGA (DEM, DF) – Conveniência do Poder Judiciário na decisão de investigação de políticos ci-
tados na delação premiada da Operação Lava-Jato. Indignação do orador com a preservação do ex-Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva no caso............................................................................................................................................................... 063
CABO SABINO (PR, CE) – Classificação do Município de Fortaleza, Estado do Ceará, como capital mais violen-
ta do País, segundo a publicação Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2014. Sucesso das medidas do atual
Governo cearense para redução da criminalidade e valorização dos agentes de segurança pública. .......................... 063
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CARLOS MANATO (SD, ES) – Inconformismo com o desfecho da reforma política, em especial com os ve-
tos apostos pela Presidenta Dilma Rousseff ao voto impresso pela urna eletrônica e à doação por empresas
a partidos políticos. Protesto contra novo aumento, autorizado pela Presidenta da República, dos preços dos
combustíveis.......................................................................................................................................................................................... 064
VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Consequente aumento do custo de produção no País
diante de novo reajuste nos preços dos combustíveis. Paralisação das exportações do agronegócio devido à gre-
ve dos fiscais agropecuários. Dificuldade dos agricultores para obter financiamento do custeio de safra. ................ 064
MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Expectativa de apreciação do veto presidencial à proposta so-
bre o reajuste salarial dos servidores do Poder Judiciário e de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº
443, de 2009, sobre a remuneração dos advogados públicos. Contrariedade à extinção da Controladoria-Geral
da União............................................................................................................................................................................................................. 065
CARMEN ZANOTTO (PPS, SC) – Convite aos Parlamentares para participação no seminário Principais Tipos de
Câncer entre as Mulheres, evento comemorativo do Outubro Rosa, no Auditório Nereu Ramos, na Casa. Anúncio
pelo Governo Federal dos cortes orçamentários. Preocupação com a queda orçamentária nos programas sociais.
Impacto da redução do orçamento previsto para creches e pré-escolas, no âmbito do PAC. .......................................... 065
ARNALDO JORDY (PPS, PA) – Desapontamento com o discurso da Presidenta Dilma Rousseff com relação
às metas brasileiras para redução de emissão de gases de efeito estufa, na 21ª Conferência das Nações Unidas
sobre as Mudanças Climáticas – COP 21, em Paris, França. Repúdio às manobras para inclusão na pauta da Casa
de nova proposição sobre financiamento empresarial de campanhas político-eleitorais. ............................................... 066
FLÁVIA MORAIS (PDT, GO) – Convite aos Parlamentares à sessão solene, da Casa, em homenagem ao trans-
curso do Dia Internacional do Idoso....................................................................................................................................................... 066
MAJOR OLIMPIO (PDT, SP) – Indignação diante do anúncio, pelo Secretário de Segurança Pública do Estado
de São Paulo, de não concessão de reajuste salarial para os policiais civis e militares do Estado.................................... 067
DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB, RS) – Elogio ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul pelo paga-
mento dos salários atrasados aos funcionários da rede hospitalar. Participação do orador, como representante
do Parlamento, em reunião do Comitê sobre os Direitos da Criança, da Organização das Nações Unidas, em
Genebra, Suíça. Elogio à equipe técnica da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pre-
sente ao evento.................................................................................................................................................................................... 067
V – ORDEM DO DIA
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Informação ao Plenário sobre o recebimento de ofícios do Congresso Nacio-
nal sobre o encaminhamento do processado da Medida Provisória nº 686, de 2015, relativa à abertura de crédito
extraordinário em favor do Ministério da Educação, de Encargos Financeiros da União e de Operações Oficiais de
Crédito; e da Medida Provisória nº 677, de 2015, sobre autorização à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
de participação no Fundo de Energia do Nordeste, com o objetivo de provimento de recursos para a implemen-
tação de empreendimentos de energia elétrica. ............................................................................................................................... 074
ALBERTO FRAGA (DEM, DF – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de prioridade à apreciação da medida
provisória........................................................................................................................................................................................................... 074
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Alberto Fraga. ....................................................................... 075
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 676, de 2015, sobre alte-
ração da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social........... 075
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado AFONSO FLORENCE (PT, BA)................................................................... 075
Usaram da palavra para discussão da matéria os Srs. Deputados EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), MORONI
TORGAN (DEM, CE)......................................................................................................................................................................................... 075
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP) – Questão de ordem à Presidência sobre a necessidade de determi-
nação do encerramento dos trabalhos nas Comissões em face do início da Ordem do Dia............................................. 076
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta à questão de ordem do Deputado Arnaldo Faria de Sá. .................. 076
Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado AFONSO FLORENCE (PT, BA)...................................... 077
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da discussão............................................................................................ 077
CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Como Líder) – Protesto contra a não realização de sessão do Congresso Nacio-
nal destinada à continuidade da apreciação de vetos presidenciais. ........................................................................................ 077
Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados MORONI TORGAN (DEM, CE), AR-
NALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP), CELSO PANSERA (Bloco/PMDB, RJ). .............................................................................. 084
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do parecer da Comissão Mista quanto ao atendimento dos pres-
supostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do
art. 8º da Resolução nº 1, de 2002............................................................................................................................................................ 084
Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP).......... 084
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado CELSO JACOB (Bloco/PMDB, RJ).......... 085
LUIZ CARLOS HAULY (PSDB, PR – Pela ordem) – Pedido à Presidência de esclarecimento quanto à possibili-
dade de presença do orador em reuniões das Comissões durante a votação da matéria.................................................. 085
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Luiz Carlos Hauly.................................................................. 085
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 7

Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados AFONSO FLORENCE (PT, BA),
IZALCI (PSDB, DF), ALAN RICK (Bloco/PRB, AC), DR. JOÃO (PR, RJ), ALBERTO FRAGA (DEM, DF), AFONSO MOTTA
(PDT, RS), CARLOS MANATO (SD, ES), JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ), FRANCISCO CHAPADINHA (PSD, PA), KEIKO
OTA (PSB, SP), ALEX MANENTE (PPS, SP), LEANDRE (PV, PR), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ),
MORONI TORGAN (DEM, CE)...................................................................................................................................................................... 085
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação do parecer....................................................................................................... 087
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do Projeto de Lei de Conversão nº 15, de 2015, adotado pela Co-
missão Mista à Medida Provisória nº 676, de 2015, ressalvados os destaques........................................................................ 087
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CELSO JACOB (Bloco/PMDB,
RJ), AFONSO FLORENCE (PT, BA), LOBBE NETO (PSDB, SP), CELSO RUSSOMANNO (Bloco/PRB, SP), DR. JOÃO (PR,
RJ), FERNANDO TORRES (PSD, BA), KEIKO OTA (PSB, SP), ALBERTO FRAGA (DEM, DF), AFONSO MOTTA (PDT, RS),
CARLOS MANATO (SD, ES), ALEX MANENTE (PPS, SP), JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ), LEANDRE (PV, PR), EDMILSON
RODRIGUES (PSOL, PA), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), MORONI TORGAN (DEM, CE), ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/
PTB, SP)............................................................................................................................................................................................................... 087
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação da Medida Provisória nº 676, de 2015, na forma do projeto de
lei de conversão, ressalvados os destaques.......................................................................................................................................... 088
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de destaque para votação em separado da ex-
pressão “que comprove união estável como entidade familiar”, constante no inciso III do art. 16 da Lei nº 8.213, de
1991, alterado pelo art. 2º do Projeto de Lei de Conversão............................................................................................................ 088
Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados AFONSO FLORENCE (PT, BA), GLAU-
BER BRAGA (PSOL, RJ)................................................................................................................................................................................... 091
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CELSO JACOB (Bloco/PMDB,
RJ), IZALCI (PSDB, DF), ALAN RICK (Bloco/PRB, AC), LINCOLN PORTELA (PR, MG), FERNANDO TORRES (PSD, BA), AL-
BERTO FRAGA (DEM, DF), AFONSO MOTTA (PDT, RS), MAINHA (SD, PI), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), MORONI TORGAN
(DEM, CE), JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ), AFONSO FLORENCE (PT, BA), BEBETO (PSB, BA), ROBERTO FREIRE (PPS,
SP), PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC, SP), SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE), BETO SALAME (PROS, PA), GLAUBER
BRAGA (PSOL, RJ)........................................................................................................................................................................................... 092
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Manutenção do texto........................................................................................................ 094
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Retirada de pauta do Destaque nº 6............................................................................ 094
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de destaque para votação em separado da Emen-
da nº 65 apresentada à Medida Provisória nº 676, de 2015, com vistas à inclusão no texto final do projeto de lei
de conversão.................................................................................................................................................................................................... 094
Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado AFONSO FLORENCE (PT, BA)..................... 094
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CELSO JACOB (Bloco/PMDB,
RJ), CARLOS ZARATTINI (PT, SP), IZALCI (PSDB, DF), ALBERTO FRAGA (DEM, DF), ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT, CE),
MARCELO SQUASSONI (Bloco/PRB, SP), MAINHA (SD, PI), JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ), RUBENS BUENO (PPS,
PR), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), BETO SALAME (PROS, PA), BEBETO (PSB, BA), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ),
MORONI TORGAN (DEM, CE)...................................................................................................................................................................... 095
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE)................................................................ 096
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados REMÍDIO MONAI (PR, RR),
HERCULANO PASSOS (PSD, SP)................................................................................................................................................................. 096
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Rejeição da Emenda nº 65............................................................................................... 096
RUBENS BUENO (PPS, PR) – Pedido de verificação................................................................................................................. 097
IZALCI (PSDB, DF) – Pedido de verificação conjunta.............................................................................................................. 097
AFONSO FLORENCE (PT, BA) – Pedido de verificação conjunta......................................................................................... 097
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deferimento dos pedidos de verificação................................................................... 097
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados PR. MARCO FELICIANO
(Bloco/PSC, SP), IZALCI (PSDB, DF)........................................................................................................................................................... 097
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado DELEY (Bloco/PTB, RJ)............................................................................... 097
MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Expectativa de realização de sessão do Congresso Nacional
com vistas à apreciação dos vetos presidenciais a proposições aprovadas pelo Parlamento........................................... 098
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Aconselhamento aos Parlamentares quanto a possíveis
publicações de nomeação de Ministros no Diário Oficial da União............................................................................................. 098
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados RUBENS BUENO (PPS, PR), ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/
PTB, SP), VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC), ALAN RICK (Bloco/PRB, AC).............................................................................. 098
CHRISTIANE DE SOUZA YARED (Bloco/PTN, PR – Pela ordem) – Agradecimentos a Parlamentares pelo apoia-
mento à proposição em votação em sessão do dia anterior.......................................................................................................... 099
ALBERTO FRAGA (DEM, DF – Pela ordem) – Repúdio à tentativa do Governo Federal de extinção da Contro-
ladoria-Geral da União.................................................................................................................................................................................. 099
8 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP, RS – Pela ordem) – Importância do debate, no âmbito de Comissão, da Lei
de Proteção de Cultivares............................................................................................................................................................................ 099
EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA – Pela ordem) – Apoio à iniciativa do Ministério Público Federal no Município
de Itaituba, Estado do Pará, em notificação à Fundação Nacional do Índio – FUNAI, com vistas à atuação em defesa
do patrimônio material e imaterial relacionados à imagem, criações artísticas e culturais indígenas................................. 100
LUIZ CARLOS HAULY (PSDB, PR – Pela ordem) – Críticas à atuação da Controladoria-Geral da União em as-
sociação com o Governo Federal............................................................................................................................................................. 100
DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG – Pela ordem) – Defesa da atuação autônoma da Controla-
doria-Geral da União..................................................................................................................................................................................... 100
ALBERTO FRAGA (DEM, DF – Pela ordem) – Regozijo com a redução dos índices de violência em São Paulo
e no Rio de Janeiro. Defesa da revogação do Estatuto do Desarmamento.............................................................................. 101
MAX FILHO (PSDB, ES – Pela ordem) – Defesa da votação de decreto legislativo com vistas à sustação de
resolução do Conselho Nacional de Trânsito sobre obrigatoriedade de uso de assentos adaptáveis para crianças
nos veículos de transporte escolar........................................................................................................................................................... 101
LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP, RS – Pela ordem) – Pedido à Presidência de prorrogação da sessão por 1
hora..................................................................................................................................................................................................................... 101
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Luis Carlos Heinze................................................................ 101
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado AFONSO FLORENCE (PT, BA)................................................................... 101
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da votação................................................................................................ 101
Aprovação da Emenda nº 65.......................................................................................................................................................... 101
RUBENS BUENO (PPS, PR – Pela ordem) – Regozijo com a aprovação da matéria...................................................... 120
MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Congratulação ao Plenário pela aprovação da matéria................ 120
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS:
DR. SINVAL MALHEIROS (PV, SP) – Transcurso do Dia da Secretária................................................................................. 120
LUCIANO DUCCI (PSB, PR) – Responsabilidade do Governo Federal pela situação da saúde no Estado do
Paraná. Conclamação dos Deputados da bancada paranaense à apresentação ao Ministério da Saúde de reivin-
dicações frutos de consenso...................................................................................................................................................................... 120
CARLOS BEZERRA (Bloco/PMDB, MT) – Preocupação com previsão de aumento nos juros dos financiamentos
imobiliários no País. Necessidade de adoção de medidas, pelo Governo Federal, com vistas à garantia de acesso
ao crédito habitacional pela população................................................................................................................................................ 121
VI – ENCERRAMENTO
3 – ATA DA 289ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA, VESPER-
TINA, DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 30 DE SETEMBRO DE 2015
I – Abertura da sessão
II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III – Expediente
IV – BREVES COMUNICAÇÕES
DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG) – Solicitação à Presidência de abertura de novo painel ele-
trônico de votação......................................................................................................................................................................................... 143
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deferimento da solicitação do Deputado Delegado Edson Moreira. ............. 143
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Conveniência de manutenção do painel da sessão
anterior............................................................................................................................................................................................................... 143
MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre a autoria da solicitação de abertura
de novo painel eletrônico de votação.................................................................................................................................................... 143
CHICO ALENCAR (PSOL, RJ) – Desejo de conhecimento de novas MPs e de abertura de novo painel............... 143
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Miro Teixeira................................................................................................ 143
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Esclarecimento ao Plenário sobre a apreciação de medidas provisórias. .......... 143
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP) – Esclarecimentos sobre acordo para a votação da Medida Provisória
nº 676, de 2015, relativa ao estabelecimento de fórmula progressiva para o cálculo das aposentadorias. Expectati-
va de realização de sessão do Congresso Nacional para apreciação de veto presidencial a dispositivos da Medida
Provisória nº 672, de 2015, relativos à concessão de aumento real às aposentadorias e pensões. ................................ 143
RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB, CE) – Apresentação de requerimento de prorrogação dos trabalhos
da Comissão Especial destinada à avaliação do reais motivos da não execução das obras de refinarias da PETRO-
BRAS nos Estados do Maranhão e Ceará. ............................................................................................................................................. 144
LEANDRE (PV, PR) – Retirada do Destaque nº 3, do PV. ........................................................................................................ 144
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Informação ao Plenário sobre a consolidação da presença................................ 144
IZALCI (PSDB, DF) – Pedido ao Plenário de manutenção da proposta original sobre o caráter facultativo da
adesão do servidor público à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal – FUNPRESP...... 144
AFONSO FLORENCE (PT, BA) – Esclarecimento ao Deputado Izalci sobre a adesão facultativa do servidor
público à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal – FUNPRESP........................................ 144
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 9

LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP, RS) – Posicionamento favorável à revogação do Decreto nº 8.515, de 2015,
que delega competência ao Ministro de Estado da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar............. 145
MORONI TORGAN (DEM, CE) – Solicitação aos Deputados de comparecimento ao plenário para conclusão
da votação de matéria de interesse dos aposentados..................................................................................................................... 145
GIOVANI CHERINI (PDT, RS) – Anúncio de apresentação de projeto de lei, pela bancada gaúcha, sobre a ex-
tinção do regime semiaberto de execução penal.............................................................................................................................. 145
CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Como Líder) – Crítica à não realização de sessão do Congresso Nacional........... 146
V – ORDEM DO DIA
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Continuação da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 676, de
2015, sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social............................................................................................................ 153
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de destaque para votação em separado do art.
4º do Projeto de Lei de Conversão nº 15, de 2015, apresentado à Medida Provisória nº 676, de 2015.......................... 153
Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados AFONSO FLORENCE (PT, BA), MAX
FILHO (PSDB, ES)............................................................................................................................................................................................. 153
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CELSO JACOB (Bloco/PMDB,
RJ), AFONSO FLORENCE (PT, BA), IZALCI (PSDB, DF), CARLOS GOMES (Bloco/PRB, RS), HERCULANO PASSOS (PSD,
SP), JOSE STÉDILE (PSB, RS), ALEXANDRE LEITE (DEM, SP), AFONSO MOTTA (PDT, RS), CARLOS MANATO (SD, ES),
LINCOLN PORTELA (PR, MG), WADSON RIBEIRO (PCdoB, MG), RAUL JUNGMANN (PPS, PE), EDMAR ARRUDA (Bloco/
PSC, PR), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE)....................... 154
BRUNO ARAÚJO (PSDB, PE – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Danos causados aos servi-
dores da Casa pelos protestos contra o veto presidencial aposto a projeto de interesse dos servidores do Poder
Judiciário........................................................................................................................................................................................................... 156
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Manutenção do artigo...................................................................................................... 156
RAUL JUNGMANN (PPS, PE – Como Líder) – Urgente necessidade de revogação do Decreto nº 8.515, de
2015, sobre a delegação de competência ao Ministro de Estado da Defesa para a edição de atos relativos a pes-
soal militar......................................................................................................................................................................................................... 157
CARLOS ZARATTINI (PT, SP – Como Líder) – Inexistência de divergências entre o Ministro da Defesa, Jaques
Wagner, e comandantes da Forças Armadas........................................................................................................................................ 158
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de destaque para votação em separação da
Emenda nº 168................................................................................................................................................................................................ 159
Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados AFONSO FLORENCE (PT, BA), HEI-
TOR SCHUCH (PSB, RS).................................................................................................................................................................................. 159
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CELSO JACOB (Bloco/PMDB,
RJ), AFONSO FLORENCE (PT, BA), DANIEL COELHO (PSDB, PE), JOSE STÉDILE (PSB, RS), AFONSO MOTTA (PDT, RS),
ALUISIO MENDES (Bloco/PSDC, MA), CARLOS MANATO (SD, ES), ROGÉRIO ROSSO (PSD, DF), JANDIRA FEGHALI
(PCdoB, RJ), DOMINGOS NETO (PROS, CE), ALEXANDRE LEITE (DEM, SP), CAPITÃO AUGUSTO (PR, SP), ALEX MA-
NENTE (PPS, SP), GLAUBER BRAGA (PSOL, RJ), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), SARNEY FILHO (PV, MA), MORONI TORGAN
(DEM, CE), JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE), ROGÉRIO ROSSO (PSD, DF), ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC)............................ 159
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Rejeição da emenda.......................................................................................................... 162
DANIEL COELHO (PSDB, PE) – Pedido de verificação............................................................................................................. 162
LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP, RS) – Pedido de verificação conjunta........................................................................... 162
ALEXANDRE LEITE (DEM, SP) – Pedido de verificação conjunta........................................................................................ 162
HEITOR SCHUCH (PSB, RS) – Pedido de verificação conjunta............................................................................................. 162
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deferimento dos pedidos de verificação................................................................... 162
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Solicitação à Liderança do Bloco/PP de liberação das ban-
cadas................................................................................................................................................................................................................... 162
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados PR. MARCO FELICIANO
(Bloco/PSC, SP), JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE)........................................................................................................................................... 162
DANIEL COELHO (PSDB, PE – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PSDB de comparecimento ao
plenário. Apoio do partido a proposição de interesse dos trabalhadores rurais. .................................................................. 163
JAIR BOLSONARO (Bloco/PP, RJ – Pela ordem) – Repúdio a veto presidencial a dispositivo relativo ao voto
impresso. Solicitação aos Deputados de rejeição do veto por ocasião da sua apreciação em sessão do Congresso
Nacional. ........................................................................................................................................................................................................... 163
DÉCIO LIMA (PT, SC – Pela ordem) – Resultados de audiência pública realizada em dependência da Casa
sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 186, de 2007, sobre a definição por lei complementar das normas
aplicáveis à Administração Tributária da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. ............................. 163
LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP, RS – Pela ordem) – Apoio do PP à aprovação da emenda................................... 164
CAIO NARCIO (PSDB, MG – Pela ordem) – Importância de apoio da Casa ao trabalhador rural. Críticas ao Mi-
nistro do Planejamento, Orçamento e Gestão pelo corte de subsídios à agropecuária e pela proposta de recriação
10 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

da Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza


Financeira – CPMF. ........................................................................................................................................................................................ 164
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado AFONSO FLORENCE (PT, BA). ................................................................. 164
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Aprovação, pela Comissão de Finanças e Tributação, de
requerimento de autoria do orador e do Deputado Júlio Cesar, com vista ao debate da cobrança pelo Governo
Federal da dívida ativa da União............................................................................................................................................................... 164
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados JOSE STÉDILE (PSB, RS), SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE),
ROGÉRIO ROSSO (PSD, DF).......................................................................................................................................................................... 164
SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE – Pela ordem) – Críticas ao Deputado Rogério Rosso, da base governista, pelos
posicionamentos contrários aos interesses do Governo................................................................................................................. 164
ROGÉRIO ROSSO (PSD, DF – Pela ordem) – Manifestação de respeito aos Parlamentares e ao povo brasileiro......... 165
RAUL JUNGMANN (PPS, PE – Pela ordem) – Pedido à Presidência de esclarecimento quanto à autoria do
destaque em votação. Críticas ao PT pelos posicionamentos contraditórios perante a matéria em votação, no Se-
nado Federal e na Câmara dos Deputados........................................................................................................................................... 166
PASTOR EURICO (PSB, PE – Pela ordem) – Repúdio às manifestações do Deputado Silvio Costa em desres-
peito a Parlamentares................................................................................................................................................................................... 166
DOMINGOS NETO (PROS, CE – Pela ordem) – Críticas ao Deputado Silvio Costa pelas manifestações ofensi-
vas a Líder de partido da base governista na Casa............................................................................................................................ 166
ROCHA (PSDB, AC – Pela ordem) – Solidariedade ao Deputado Rogério Rosso ante de tratamento desres-
peitoso de Vice-Líder do Governo na Casa........................................................................................................................................... 166
SÓSTENES CAVALCANTE (PSD, RJ – Pela ordem) – Solidariedade ao Líder do PSD ante tratamento desres-
peitoso de Vice-Líder do Governo na Casa........................................................................................................................................... 167
JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE – Como Líder) – Esclarecimentos quanto ao uso da palavra pelo Deputado Silvio
Costa. Discordância do posicionamento favorável do Deputado Rogério Rosso à matéria em votação...................... 167
MARCOS MONTES (PSD, MG – Pela ordem) – Disposição para discussão sobre a matéria, em benefício do
País. Expectativa de retratação do Deputado Silvio Costa por declarações desrespeitosas ao Líder do PSD.............. 168
JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE) – Esclarecimentos quanto à prerrogativa do Líder do Governo para uso da pala-
vra em nome do Governo. Discordância do posicionamento do Deputado Rogério Rosso quanto ao conteúdo da
matéria em votação....................................................................................................................................................................................... 168
DOMINGOS NETO (PROS, CE – Pela ordem) – Contradita às argumentações do Deputado José Guimarães
quanto ao uso da palavra por Vice-Líder do Governo. Orientação da respectiva bancada................................................ 169
SILVIO COSTA (Bloco/PSC, PE – Pela ordem) – Esclarecimentos ao Plenário sobre o caráter da manifestação
de Deputado Vice-Líder quando presente ao plenário o Líder. Ratificação da opinião do orador sobre posiciona-
mento da base aliada ante a matéria em votação............................................................................................................................. 169
RUBENS BUENO (PPS, PR – Como Líder) – Crítica a vetos presidenciais a dispositivos de projeto de lei rela-
tivo à reforma política e eleitoral. Fracasso da gestão da Presidenta Dilma Rousseff........................................................... 169
CÉLIO SILVEIRA (PSDB, GO – Pela ordem) – Apoio a produtores rurais brasileiros. Repúdio a tratamento ofen-
sivo do Deputado Silvio Costa ao Deputado Rogério Rosso. ........................................................................................................ 170
ORLANDO SILVA (PCdoB, SP – Pela ordem) – Repúdio a ofensivas proferidas contra o Deputado Rogério Ros-
so. Solicitação ao Líder do PCdoB de realização de reunião com os Vice-Líderes para que não se repitam agressões
a Deputados. ................................................................................................................................................................................................... 170
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Desagravo ao Deputado Rogério Rosso em razão de
ofensivas proferidas contra o Líder do PSD.......................................................................................................................................... 170
MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Desagravo ao Deputado Rogério Rosso em razão de ofensas
proferidas contra o Líder do PSD.............................................................................................................................................................. 171
ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD, BA – Como Líder) – Associação a pronunciamento do Deputado Moroni Tor-
gan de desagravo ao Deputado Rogério Rosso. Apoio do Solidariedade à rejeição de veto presidencial a projeto
de lei relativo ao reajuste dos servidores do Poder Judiciário Federal. ..................................................................................... 171
JOSÉ CARLOS ARAÚJO (PSD, BA – Pela ordem) – Crítica à atuação do Deputado Silvio Costa como Vice-Líder
do Governo. Rejeição da matéria pelo PSD em razão da postura do Deputado Silvio Costa no plenário.................... 171
JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ – Como Líder) – Associação a pronunciamentos de desagravo ao Deputado
Rogério Rosso em razão de tratamento desrespeito sofrido pelo Líder do PSD. Acerto da reforma ministerial pro-
movida pela Presidenta Dilma Rousseff. Incoerência de discursos de oposicionistas de incitamento à renúncia da
Presidenta Dilma Rousseff. ......................................................................................................................................................................... 171
JOÃO FERNANDO COUTINHO (PSB, PE – Pela ordem) – Outorga pelo Banco Interamericano de Desenvolvi-
mento à rede social colaborativa brasileira Colab de prêmio pela plataforma de maior impacto social e também
de maior potencial de globalização em 2015. .................................................................................................................................... 172
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da votação................................................................................................ 173
Aprovação do destaque................................................................................................................................................................... 198
Votação e aprovação da redação final........................................................................................................................................ 198
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 11

Encaminhamento da matéria ao Senado Federal, incluindo o processado.................................................................. 198


ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Crítica à postura do Governo na condução da votação an-
terior.................................................................................................................................................................................................................... 198
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 677, de 2015, relativa à
autorização à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco de participação do Fundo de Energia do Nordeste............. 198
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de retirada de pauta da medida provisória........... 199
Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados FABIO GARCIA (PSB, MT), RODRIGO
DE CASTRO (PSDB, MG)................................................................................................................................................................................ 199
ROGÉRIO ROSSO (PSD, DF – Como Líder) – Legitimidade de divergências do orador, na condição de Líder
de partido da base aliada, com a política econômica do Governo Federal. ............................................................................ 200
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Congratulações ao Deputado Rogério Rosso pela atuação parlamentar res-
peitosa................................................................................................................................................................................................................ 200
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados LEONARDO MONTEIRO (PT,
MG), CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB, TO), ALEXANDRE BALDY (PSDB, GO), CARLOS GOMES (Bloco/PRB,
RS), MARCOS MONTES (PSD, MG), FABIO GARCIA (PSB, MT), ALEXANDRE LEITE (DEM, SP), ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT,
CE), JORGINHO MELLO (PR, SC), EZEQUIEL TEIXEIRA (SD, RJ), JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ), ROBERTO FREIRE (PPS,
SP), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), BETO SALAME (PROS, PA), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), MORONI TORGAN (DEM, CE),
JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE)........................................................................................................................................................................... 200
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Rejeição do requerimento............................................................................................... 201
Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado GLAUBER BRAGA (PSOL, RJ)....................................... 202
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado RODRIGO MAIA (DEM, RJ)........................................................................ 202
Usaram da palavra para discussão da matéria os Srs. Deputados MORONI TORGAN (DEM, CE), FABIO GARCIA
(PSB, MT), LEONARDO MONTEIRO (PT, MG), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), RODRIGO DE CASTRO (PSDB, MG),
NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB, MG), DOMINGOS SÁVIO (PSDB, MG)............................................................................. 203
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da discussão............................................................................................ 206
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Presença na Casa de estudantes do curso de Direito da Faculdade Estácio
de Alagoas – FAL............................................................................................................................................................................................. 206
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do parecer da Comissão Mista, quanto ao atendimento dos pres-
supostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do
art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional. .......................................................................................................... 213
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados LEONARDO PICCIANI (Blo-
co/PMDB, RJ), LEONARDO MONTEIRO (PT, MG), ALEXANDRE BALDY (PSDB, GO), JHONATAN DE JESUS (Bloco/PRB,
RR), JORGINHO MELLO (PR, SC), SÓSTENES CAVALCANTE (PSD, RJ), PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM), BEBETO (PSB,
BA), AFONSO MOTTA (PDT, RS), CARLOS MANATO (SD, ES), DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB, BA), BETO SALAME
(PROS, PA), MARCOS ABRÃO (PPS, GO), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), RODRIGO
DE CASTRO (PSDB, MG), JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE), RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC, MG)........................................................ 213
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação do parecer....................................................................................................... 214
FABIO GARCIA (PSB, MT – Pela ordem) – Registro de voto contrário ao parecer......................................................... 214
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do Projeto de Lei de Conversão nº 16, de 2015, adotado pela Co-
missão Mista à Medida Provisória nº 677, de 2015, ressalvados os destaques........................................................................ 214
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados LEONARDO MONTEIRO
(PT, MG), ALBERTO FILHO (Bloco/PMDB, MA), ALEXANDRE BALDY (PSDB, GO), WELITON PRADO (PT, MG), JOR-
GINHO MELLO (PR, SC), JHONATAN DE JESUS (Bloco/PRB, RR), JOAQUIM PASSARINHO (PSD, PA), BEBETO (PSB,
BA), PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM), AFONSO MOTTA (PDT, RS), DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB, BA), BETO
SALAME (PROS, PA), MARCOS ABRÃO (PPS, GO), ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD, BA); EDMILSON RODRIGUES (PSOL,
PA), ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD, BA), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), DOMINGOS SÁVIO (PSDB, MG), JOSÉ GUIMA-
RÃES (PT, CE).......................................................................................................................................................................................... 221
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Indagação à Liderança do DEM sobre a manutenção de destaque. ............... 222
RODRIGO MAIA (DEM, RJ – Pela ordem) – Manutenção de destaque............................................................................. 222
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação da Medida Provisória nº 677, de 2015, na forma de projeto de
lei de conversão, ressalvados os destaques.......................................................................................................................................... 222
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Prejudicialidade do Destaque nº 2............................................................................... 222
Retirada dos Destaques nºs 3 e 4.................................................................................................................................................. 222
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento de destaque para votação em separado do art.
15 do projeto de lei conversão.................................................................................................................................................................. 223
ROGÉRIO ROSSO (PSD, DF – Pela ordem) – Retirada do Destaque nº 6.......................................................................... 223
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deferimento da retirada de destaque pelo PSD...................................................... 223
Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM)............ 223
12 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados LEONARDO PICCIANI (Bloco/
PMDB, RJ), LEONARDO MONTEIRO (PT, MG), ALEXANDRE BALDY (PSDB, GO), JORGINHO MELLO (PR, SC), ROGÉRIO
ROSSO (PSD, DF), FABIO GARCIA (PSB, MT), PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM), ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT, CE), AR-
THUR OLIVEIRA MAIA (SD, BA), ROSANGELA GOMES (Bloco/PRB, RJ), DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB, BA), BETO
SALAME (PROS, PA), RUBENS BUENO (PPS, PR), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), MORONI TORGAN (DEM, CE),
JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE)........................................................................................................................................................................... 224
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Supressão do artigo destacado..................................................................................... 225
Prejudicialidade do Destaque nº 5............................................................................................................................................... 225
Votação e aprovação da redação final........................................................................................................................................ 225
Encaminhamento da matéria ao Senado Federal, incluído o processado. ................................................................... 231
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 686, de 2015, sobre a
abertura de crédito extraordinário em favor do Ministério da Educação, de Encargos Financeiros da União e de
Operações Oficiais de Crédito. ................................................................................................................................................................. 232
Usaram da palavra para discussão da matéria os Srs. Deputados ROGÉRIO MARINHO (PSDB, RN), WADSON
RIBEIRO (PCdoB, MG), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), IVAN VALENTE (PSOL, SP)........................................................... 232
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da discussão............................................................................................ 234
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE)........................................................................ 234
Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados AFONSO FLORENCE (PT, BA), IVAN
VALENTE (PSOL, SP)....................................................................................................................................................................................... 234
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do parecer da Comissão Mista quanto ao atendimento dos pres-
supostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do
art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional............................................................................................................ 235
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados NEWTON CARDOSO JR
(Bloco/PMDB, MG), AFONSO FLORENCE (PT, BA), IZALCI (PSDB, DF), JOSÉ ROCHA (PR, BA), SÓSTENES CAVALCAN-
TE (PSD, RJ), FLAVINHO (PSB, SP), PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM), ROSANGELA GOMES (Bloco/PRB, RJ), AFON-
SO MOTTA (PDT, RS), CARLOS MANATO (SD, ES), WADSON RIBEIRO (PCdoB, MG), RUBENS BUENO (PPS, PR), BETO
SALAME (PROS, PA), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), MORONI TORGAN (DEM, CE), JOSÉ
GUIMARÃES (PT, CE), RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC, MG)................................................................................................................... 235
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação do parecer....................................................................................................... 237
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação e aprovação do parecer da Comissão Mista quanto ao não atendi-
mento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária,
nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.............................................................................. 237
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do Projeto de Lei de Conversão nº 14, de 2015, adotado pela Co-
missão Mista à Medida Provisória nº 686, de 2015, ressalvados os destaques........................................................................ 238
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados NEWTON CARDOSO JR
(Bloco/PMDB, MG), GOULART (PSD, SP), SÁGUAS MORAES (PT, MT), DANIEL COELHO (PSDB, PE), JOSÉ ROCHA (PR,
BA), JOÃO FERNANDO COUTINHO (PSB, PE), ALAN RICK (Bloco/PRB, AC)................................................................................. 238
ALEXANDRE LEITE (DEM, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Alerta para o encareci-
mento de contrato de compra de aeronaves de guerra pelo País, ante a desvalorização do real frente ao dólar
americano............................................................................................................................................................................................... 238
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados AFONSO MOTTA (PDT, RS),
WADSON RIBEIRO (PCdoB, MG), BETO SALAME (PROS, PA), RUBENS BUENO (PPS, PR), CARLOS MANATO (SD, ES),
EVANDRO GUSSI (PV, SP), EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), MORONI TORGAN (DEM, CE), JOSÉ GUIMARÃES (PT,
CE), RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC, MG)..................................................................................................................................................... 238
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação da Medida Provisória nº 686, de 2015, na forma do projeto de
lei de conversão.............................................................................................................................................................................................. 240
Votação e aprovação da redação final........................................................................................................................................ 248
Encaminhamento da matéria ao Senado Federal................................................................................................................... 248
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento para apreciação em regime de urgência do Pro-
jeto de Resolução nº 13, de 2015, que dá ao Plenário 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados a denominação
“Zezéu Ribeiro”................................................................................................................................................................................................. 248
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE), CAETANO (PT, BA)....................... 248
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Indagação à Deputada Moema Gramacho quanto ao cum-
primento da Súmula nº 1 da Comissão de Cultura, para completude do processo.............................................................. 248
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados LUCIO VIEIRA LIMA (Bloco/PMDB, BA), ALICE PORTUGAL
(PCdoB, BA)....................................................................................................................................................................................................... 248
Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado BOHN GASS (PT, RS)....................................... 249
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aprovação do requerimento.......................................................................................... 249
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento para apreciação em regime de urgência do Projeto
de Lei Complementar nº 251, de 2005, que inclui parágrafos no art. 19 da Lei Complementar nº 101, de 2000............ 249
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 13

PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM – Pela ordem) – Pedido à Presidência de retirada de pauta do requerimen-
to, para análise da matéria.......................................................................................................................................................................... 249
JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE – Pela ordem) – Existência de acordo para retirada de pauta do requerimento...... 249
NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB, MG – Pela ordem) – Apoio à retirada de pauta do requerimento.......... 249
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Retirada de pauta do requerimento de urgência................................................... 249
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação de requerimento para apreciação em regime de urgência do Pro-
jeto de Lei nº 3.075, de 2015, que concede anistia aos condutores de veículos automotores multados pelo não
uso de extintor de incêndio ou pelo uso de equipamento vencido........................................................................................... 250
Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado MENDONÇA FILHO (DEM, PE)................... 250
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados SIBÁ MACHADO (PT, AC), EDMILSON RODRIGUES (PSOL,
PA), ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC), NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB, MG), SIBÁ MACHADO (PT, AC), DANIEL
COELHO (PSDB, PE), ALAN RICK (Bloco/PRB, AC), JORGINHO MELLO (PR, SC), JOÃO RODRIGUES (PSD, SC), BEBETO
(PSB, BA), MENDONÇA FILHO (DEM, PE), AFONSO MOTTA (PDT, RS), CARLOS MANATO (SD, ES), ALICE PORTUGAL
(PCdoB, BA), BETO SALAME (PROS, PA), RUBENS BUENO (PPS, PR), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), ARNALDO FARIA DE
SÁ (Bloco/PTB, SP).......................................................................................................................................................................................... 250
RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC, MG – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Aprovação de propo-
sição de autoria do Deputado Mandetta no âmbito da Comissão de Educação.................................................................... 252
MORONI TORGAN (DEM, CE – Pela ordem) – Pedido à Presidência de encerramento da sessão para votação
do veto presidencial à proposição sobre reajuste salarial dos servidores do Poder Judiciário Federal......................... 252
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Moroni Torgan....................................................................... 252
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado BETO SALAME (PROS, PA).................. 252
MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ – Pela ordem) – Pedido à Presidência de esclarecimento quanto à possibilidade de
votação dos vetos presidenciais, em sessão do Congresso Nacional......................................................................................... 252
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Miro Teixeira........................................................................... 252
DANIEL ALMEIDA (PCdoB, BA – Pela ordem) – Pesar pelos índices de homicídios em Fortaleza, Estado do
Ceará................................................................................................................................................................................................................... 252
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado EVANDRO GUSSI (PV, SP)................... 252
DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG – Pela ordem) – Defesa de aprimoramento da Lei de Execução
Penal.................................................................................................................................................................................................................... 252
MENDONÇA FILHO (DEM, PE – Como Líder) – Aumento do índice de insatisfação da população brasileira
com a Presidenta Dilma Rousseff. Críticas ao Governo da Chefe do Poder Executivo.......................................................... 252
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado SANDRO ALEX (PPS, PR)..................... 254
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da votação................................................................................................ 254
Aprovação do requerimento de urgência................................................................................................................................. 255
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS:
PAUDERNEY AVELINO (DEM, AM) – Críticas à condução da política econômica pelos Governos petistas. Con-
trariedade à recriação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos
e Direitos de Natureza Financeira – CPMF. ........................................................................................................................................... 275
IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP, PI) – Solicitação aos Deputados de apoio para aprovação do Projeto de Lei
nº 3.118, de 2015, de autoria da oradora, sobre garantia ao consumidor do imediato cancelamento, por meio de
telefone ou da Internet, de adesão a contrato de fornecimento de produtos ou serviços................................................. 276
VINICIUS CARVALHO (Bloco/PRB, SP) – Malefícios causados à saúde dos brasileiros pelos efeitos da crise
econômica. ...................................................................................................................................................................................................... 276
EDINHO BEZ (Bloco/PMDB, SC) – Atuação do orador junto ao Ministério dos Transportes em defesa da agi-
lização das obras na BR-285....................................................................................................................................................................... 277
ALFREDO NASCIMENTO (PR, AM) – Prejuízos causados à economia do Estado do Amazonas pela crise no
País. Urgente adoção de medidas para retomada do desenvolvimento nacional................................................................. 277
SANDES JÚNIOR (Bloco/PP, GO) – Balanço da participação da Presidenta Dilma Rousseff na Cúpula das Na-
ções Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. Relevância do apoio do Congresso Nacional para o alcance
das metas ambientais do Governo brasileiro. ..................................................................................................................................... 278
ROBERTO BALESTRA (Bloco/PP, GO) – Morosidade do Governo Federal na adoção de medidas para o en-
frentamento da crise econômica. Defesa de valorização do setor produtivo nacional....................................................... 279
ALEX CANZIANI (Bloco/PTB, PR) – Transcurso do Dia do Ferroviário. Histórico da atuação da Rede Fer-
roviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA. Vantagens da realização de investimentos no transporte
ferroviário. ........................................................................................................................................................................................................ 279
DR. JOÃO (PR, RJ) – Encerramento da campanha Setembro Amarelo, de conscientização sobre o suicídio.
Importância da discussão sobre o tema................................................................................................................................................ 280
KAIO MANIÇOBA (Bloco/PHS, PE) – Transcurso do aniversário de emancipação político-administrativa do
Município de Santa Filomena, Estado de Pernambuco.................................................................................................................... 281
14 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

VI – ENCERRAMENTO
4 – ATA DA 290ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA, NOTURNA,
DA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 55ª LEGISLATURA, EM 30 DE SETEMBRO DE 2015
I – Abertura da sessão
II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior
III – Expediente
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Manutenção dos dados constantes do painel eletrônico de votação da ses-
são anterior. ..................................................................................................................................................................................................... 288
IV – ORDEM DO DIA
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº
209-B, de 2012, sobre a atribuição do requisito de admissibilidade ao recurso especial no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça – STJ.............................................................................................................................................................................. 312
Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB, MA).................. 313
HUGO MOTTA (Bloco/PMDB, PB – Pela ordem) – Sugestão à Presidência de celeridade na apreciação da
matéria............................................................................................................................................................................................................... 313
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Indagação ao Plenário sobre a realização de acordo acerca da proposta do
Deputado Hugo Motta referente ao procedimento de votação. ................................................................................................. 313
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados SIBÁ MACHADO (PT, AC), FERNANDO COELHO FILHO (PSB,
PE), DANIEL COELHO (PSDB, PE), ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP)................................................................................ 313
CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Como Líder) – Defesa de realização de sessão do Congresso Nacional para
apreciação de vetos presidenciais, especialmente o de interesse dos servidores do Poder Judiciário da União e
dos aposentados brasileiros. ..................................................................................................................................................................... 314
Usaram da palavra para discussão da matéria o Srs. Deputados EDMILSON RODRIGUES (PSOL, PA), ARNAL-
DO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP)............................................................................................................................................................... 315
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Retirada de requerimento de adiamento da votação
da matéria......................................................................................................................................................................................................... 315
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Indagação ao Plenário sobre existência de consenso em relação a procedi-
mento para votação de destaque do PSOL. ........................................................................................................................................ 315
Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados HUGO MOTTA (Bloco/PMDB, PB), CHICO ALENCAR (PSOL,
RJ), MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR, AL), DANIEL COELHO (PSDB, PE), ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP)......... 315
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação e aprovação de requerimento de encerramento da discussão da
matéria. ............................................................................................................................................................................................................. 316
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Votação do substitutivo adotado pela Comissão Especial à Proposta de
Emenda à Constituição nº 209, de 2012, ressalvados os destaques. .......................................................................................... 316
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados NEWTON CARDOSO JR
(Bloco/PMDB, MG), PAULO TEIXEIRA (PT, SP), ARTHUR LIRA (Bloco/PP, AL), DANIEL COELHO (PSDB, PE), MAURÍ-
CIO QUINTELLA LESSA (PR, AL), MARCOS MONTES (PSD, MG), FERNANDO COELHO FILHO (PSB, PE), FELIPE MAIA
(DEM, RN), AFONSO MOTTA (PDT, RS), VINICIUS CARVALHO (Bloco/PRB, SP), CARLOS MANATO (SD, ES), RUBENS
PEREIRA JÚNIOR (PCdoB, MA), DOMINGOS NETO (PROS, CE), ROBERTO FREIRE (PPS, SP), SARNEY FILHO (PV, MA),
CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ), ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC), MORONI TORGAN (DEM,
CE), JOSÉ GUIMARÃES (PT, CE)................................................................................................................................................................... 317
PAULO TEIXEIRA (PT, SP – Como Líder) – Defesa de adiamento da votação da matéria em face da necessida-
de de aprofundamento do debate sobre o tema. ............................................................................................................................. 320
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ZÉ SILVA (SD, MG), CHICO
ALENCAR (PSOL, RJ)...................................................................................................................................................................................... 321
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Esclarecimentos sobre a votação do substitutivo. ................................................. 322
Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MIRO TEIXEIRA (Rede, RJ)......................................................................... 322
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ARNALDO FARIA DE SÁ
(Bloco/PTB, SP), MARCOS REATEGUI (Bloco/PSC, AP), ARTHUR LIRA (Bloco/PP, AL)............................................................... 322
RICARDO BARROS (Bloco/PP, PR – Pela ordem) – Tramitação na Casa de projeto de lei relativo à criação de
cargos no Superior Tribunal de Justiça – STJ. Defesa de aprovação da matéria em apreciação. ..................................... 322
Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/
PP, SC), LEONARDO PICCIANI (Bloco/PMDB, RJ).................................................................................................................................. 323
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Início da votação do substitutivo. ................................................................................ 323
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado SIBÁ MACHADO (PT, AC).................... 323
ALFREDO KAEFER (PSDB, PR – Pela ordem) – Necessidade de garantia do direito de apresentação de recurso
à ultima instância do Poder Judiciário. .................................................................................................................................................. 323
BRUNO ARAÚJO (PSDB, PE – Como Líder) – Posicionamento oficial de empresas públicas de energia elétrica so-
bre a responsabilidade do Governo Dilma Rousseff por danos ao consumidor e prejuízos ao setor. Crítica ao Governo
petista pela não destinação de recursos orçamentários ao Programa Farmácia Popular para o exercício de 2016. ........... 323
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 15

JULIO LOPES (Bloco/PP, RJ – Pela ordem) – Resultados de audiência pública realizada pela Comissão de De-
senvolvimento Urbano da Casa destinada ao debate sobre as formas de implementação de faixas e corredores
exclusivos para ônibus urbanos. .............................................................................................................................................................. 324
IZALCI (PSDB, DF – Pela ordem) – Anúncio de transformação de sessão plenária em Comissão Geral com a
presença do Ministro da Saúde. Indagação ao Líder do Governo sobre o titular da Pasta na ocasião. ......................... 324
Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado JULIO LOPES (Bloco/PP, RJ)............... 324
CAPITÃO AUGUSTO (PR, SP – Como Líder) – Solicitação ao Plenário de aprovação de requerimento de apre-
ciação em regime de urgência de proposição relativa à alteração na Lei Complementar nº 144, de 2014, para a
regulamentação da aposentadoria da mulher policial militar. Indignação com a não concessão de reajuste do
soldo dos policiais militares pelo Governo do Estado de São Paulo. ......................................................................................... 324
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Leitura de ofício do Presidente do Congresso Nacional, Senador Renan
Calheiros, sobre a convocação de sessão conjunta do Congresso Nacional para o dia 6 de outubro de 2015, às
11h30min, no plenário da Câmara dos Deputados, destinada à apreciação de destaques apresentados a vetos
presidenciais, de vetos presidenciais, de Projetos de Lei do Congresso Nacional e de outros expedientes. .............. 325
ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB, SP – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre a pauta da sessão do
Congresso Nacional....................................................................................................................................................................................... 325
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Arnaldo Faria de Sá.............................................................. 325
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Pedido de esclarecimento à Presidência sobre o primeiro
item da pauta do Congresso Nacional................................................................................................................................................... 325
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Esperidião Amin................................................................... 325
SIBÁ MACHADO (PT, AC – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de encerramento da votação. ..................... 326
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Sibá Machado........................................................................ 326
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Elogio à gestão do Presidente da Casa, Deputado Eduardo
Cunha................................................................................................................................................................................................................. 326
ZÉ GERALDO (PT, PA – Pela ordem) – Existência de recursos financeiros para a continuidade do Programa
Luz para Todos no Estado do Pará. .......................................................................................................................................................... 326
MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB, RS – Pela ordem) – Garantia de recursos financeiros a hospitais filantrópicos
e Santas Casas de Misericórdia do Estado do Rio Grande do Sul pelo Governo Estadual. Elogio ao Governador José
Ivo Sartori pela gestão dos recursos públicos. ................................................................................................................................... 326
VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Realização de negociações com o Ministro do Planeja-
mento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, sobre o fim da greve de fiscais federais agropecuários. ...................... 326
DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN, MG – Pela ordem) – Escalada da violência no País. Imediata instala-
ção de Comissão Especial destinada à apreciação de proposição relativa ao novo Código de Processo Penal. ............. 327
MARCUS VICENTE (Bloco/PP, ES – Pela ordem) – Participação do orador em reunião com diretores da Agên-
cia Nacional de Transportes Terrestres – ANTT destinada ao debate sobre o contrato de concessão de trechos da
BR-101 no Estado do Espírito Santo. ...................................................................................................................................................... 327
SÓSTENES CAVALCANTE (PSD, RJ – Pela ordem) – Protesto contra o reajuste do preço dos combustíveis pelo
Governo Federal. ........................................................................................................................................................................................... 327
ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP, SC – Pela ordem) – Decisão do Supremo Tribunal Federal – STF pela manuten-
ção de decisão da Casa sobre a fusão de partidos políticos. ......................................................................................................... 327
CAIO NARCIO (PSDB, MG – Pela ordem) – Protesto contra o adiamento de sessão do Congresso Nacional
destinada à apreciação de vetos presidenciais. ................................................................................................................................. 327
CARLOS MARUN (Bloco/PMDB, MS – Pela ordem) – Hasteamento da bandeira palestina na sede da Organi-
zação das Nações Unidas – ONU em Nova Iorque, Estados Unidos da América ao ensejo da realização da Assem-
bleia Geral da instituição. ........................................................................................................................................................................... 328
ROGÉRIO MARINHO (PSDB, RN – Pela ordem) – Crítica ao Governo Federal pela sucessiva troca de Ministros
na Pasta da Educação. ................................................................................................................................................................................. 328
JANDIRA FEGHALI (PCdoB, RJ – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de encerramento da votação............ 328
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerramento da votação................................................................................................ 328
Prejudicialidade dos Destaques nºs 2 e 3.................................................................................................................................. 351
Retirada do Destaque nº 1............................................................................................................................................................... 351
JORGINHO MELLO (PR, SC – Pela ordem) – Indagação à Presidência sobre a inclusão do Projeto de Lei nº
7.645, de 2014, na pauta de votações do dia 1º de outubro de 2015......................................................................................... 351
PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Resposta ao Deputado Jorginho Mello...................................................................... 351
DOMINGOS NETO (PROS, CE – Como Líder) – Agradecimento aos Deputados do PROS pelo apoio à atua-
ção do orador na Liderança do partido. Repúdio a intervenções da Direção Nacional do PROS sobre os Diretórios
Estaduais, especialmente do Ceará e de Pernambuco. Defesa da autonomia e independência da bancada federal
do PROS em relação à Direção Nacional. .............................................................................................................................................. 351
16 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

JOSÉ AIRTON CIRILO (PT, CE – Pela ordem) – Transcurso do 136º aniversário de emancipação político-admi-
nistrativa do Município de Camocim, Estado do Ceará. .................................................................................................................. 353
RAFAEL MOTTA (PROS, RN – Pela ordem) – Fim da campanha Setembro Dourado, destinada à conscientização
da população brasileira sobre a importância do diagnóstico precoce para a cura do câncer infanto-juvenil. ................ 353
CARMEN ZANOTTO (PPS, SC – Como Líder) – Início das atividades da campanha Outubro Rosa, destinada
à conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama. Necessidade de prevenção de outros
tipos de câncer por homens e mulheres. ............................................................................................................................................. 354
ALEXANDRE BALDY (PSDB, GO – Pela ordem) – Desapontamento do povo brasileiro com o Governo Dilma
Rousseff pela extinção do programa Farmácia Popular. ................................................................................................................. 354
FELIPE MAIA (DEM, RN – Pela ordem) – Apresentação de requerimento de moção de congratulação à Socie-
dade dos Cegos do Rio Grande do Norte – SOCERN pela atuação em defesa dos direitos e interesses das pessoas
cegas e de baixa visão. ................................................................................................................................................................................ 355
BOHN GASS (PT, RS – Pela ordem) – Apoio de entidades agroindustriais a emendas apresentadas pelo ora-
dor a proposição de interesse do setor. Expectativa de votação da matéria pela Casa. Necessidade de segurança
jurídica para a cadeia produtiva da agroindústria............................................................................................................................. 355
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS:
TIA ERON (Bloco/PRB, BA) – Resultados de audiência pública promovida pela Comissão Permanente Mista
de Combate à Violência contra a Mulher, destinada ao debate do Projeto de Lei nº 5.555, de 2013, sobre a criação
de mecanismos para o combate a condutas ofensivas contra a mulher na Internet ou em outros meios de propa-
gação da informação. .................................................................................................................................................................................. 355
ALFREDO NASCIMENTO (PR, AM) – Apresentação do Projeto de Lei nº 2.700, de 2015, com vistas ao estabelecimento
da exigência de consulta prévia ao empregado interessado antes da concessão de férias pelo empregador.............................. 356
MARCOS ROTTA (Bloco/PMDB, AM) – Posicionamento do orador sobre questões objeto de debate na Co-
missão de Defesa do Consumidor e constantes da Lei nº 12.965, de 2014, o Marco Civil da Internet........................... 356
PROFESSOR VICTÓRIO GALLI (Bloco/PSC, MT) – Repúdio à edição, pelo Governador do Estado de Mato Gros-
so, Pedro Taques, do Decreto nº 253, de 2015, que cria o Conselho Estadual de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis,
Transexuais e Transgêneros........................................................................................................................................................................ 356
ORLANDO SILVA (PCdoB, SP) – Importância da sanção, pela Presidenta Dilma Rousseff, da proposição sobre
reforma política com veto ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Expectativa de consolidação
da democracia brasileira.............................................................................................................................................................................. 356
V – ENCERRAMENTO
5 – PROPOSIÇÕES APRESENTADAS
MSC 221/2015, MSC 293/2015, PEC 149/2015, PL 3147/2015, PL 3148/2015, PL 3149/2015, PL 3150/2015, PL
3151/2015, PL 3152/2015, PL 3153/2015, PL 3154/2015, PL 3155/2015, PL 3156/2015, PL 3157/2015, PL 3158/2015,
PL 3159/2015, PL 3160/2015, PL 3161/2015, PL 3162/2015, PL 3163/2015, PL 3164/2015, PL 3165/2015, PL
3166/2015, PL 3167/2015, PL 3168/2015, PL 3169/2015, PL 3170/2015, PL 3171/2015, PL 3172/2015, PL 3173/2015,
INC 988/2015, INC 989/2015, INC 990/2015, INC 991/2015, INC 992/2015, RIC 1208/2015, RIC 1209/2015, RIC
1210/2015, RIC 1211/2015, RIC 1212/2015, RIC 1213/2015, RIC 1214/2015, RIC 1215/2015, RIC 1216/2015, RIC
1217/2015, REQ 3156/2015, REQ 3157/2015, REQ 3158/2015, REQ 3159/2015, REQ 3160/2015, REQ 3161/2015,
REQ 3162/2015, REQ 3163/2015, REQ 3164/2015, REQ 3165/2015, REQ 3166/2015, REQ 3167/2015, REQ 3168/2015,
REQ 3169/2015, REQ 3170/2015, REQ 3171/2015, REQ 3172/2015, REQ 3173/2015, REQ 3174/2015, REQ 3175/2015,
REQ 3176/2015, REQ 3177/2015, REQ 3178/2015, REQ 3179/2015, REQ 3180/2015, REQ 3181/2015, REQ 3182/2015,
REQ 3183/2015, REQ 3184/2015, REQ 3185/2015, REQ 3186/2015. ........................................................................................... 404
6 – PROPOSIÇÕES DESPACHADAS
PLP 165/2015, PL 7221-D/2010, PL 2936/2015, PL 2938/2015, PL 2943/2015, PL 2945/2015, PL 2947/2015,
PL 2965/2015, PL 2975/2015, PL 2976/2015, PL 2979/2015, PL 2980/2015, PL 2983/2015, PL 2986/2015, PL
2987/2015, PL 2990/2015, PL 3000/2015, PL 3007/2015, PL 3010/2015, PL 3013/2015, PL 3015/2015, PL
3019/2015, PL 3022/2015, PL 3023/2015, PL 3025/2015, PL 3028/2015, PL 3037/2015, PL 3038/2015, PL
3044/2015, PL 3045/2015, PL 3046/2015, PL 3048/2015, PL 3051/2015, PL 3053/2015, PL 3054/2015, PL
3056/2015, PL 3062/2015, PL 3063/2015, PL 3064/2015, PL 3066/2015, PL 3067/2015, PL 3069/2015, PL
3072/2015, PL 3074/2015, PL 3076/2015, PL 3079/2015, PL 3080/2015, PL 3084/2015, PL 3085/2015, PL
3086/2015, PL 3087/2015, PL 3090/2015, PL 3091/2015, PL 3094/2015, PL 3098/2015, PL 3105/2015, PL
3106/2015, PL 3161/2015, MPV 677/2015, MPV 686/2015, PDC 214/2015, PDC 216/2015, PDC 218/2015,
PDC 219/2015, PDC 220/2015, PDC 221/2015, PDC 222/2015, PRC 81/2015, PRC 82/2015, PRC 83/2015, INC
957/2015, INC 958/2015, INC 959/2015, INC 960/2015, INC 961/2015, INC 962/2015, INC 963/2015, INC 964/2015,
INC 965/2015, INC 966/2015, PFC 53/2015, PFC 55/2015, RIC 1002/2015, RIC 1133/2015, RIC 1154/2015, RIC
1157/2015, RIC 1158/2015, RIC 1159/2015, RIC 1160/2015, RIC 1161/2015, RIC 1162/2015, RIC 1163/2015, RIC
1164/2015, RIC 1165/2015, RIC 1166/2015, RIC 1167/2015, RIC 1168/2015, RIC 1169/2015, RIC 1170/2015, RIC
1171/2015, RIC 1172/2015, RIC 1173/2015, RIC 1174/2015, RIC 1175/2015, RIC 1176/2015, RIC 1177/2015, REQ
2927/2015, REQ 3032/2015, REQ 3075/2015, REQ 3078/2015, REQ 3119/2015, REQ 3120/2015, REQ 3128/2015,
REQ 3129/2015, REQ 3176/2015. ............................................................................................................................................ 408
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 17

7 – PROPOSIÇÕES PENDENTES DE DESPACHO


PEC 148/2015. ..................................................................................................................................................................................... 942
8 – DESPACHOS DO PRESIDENTE
Expediente
Ofício nº 001/2015-GM-WAR-TCU, do Senhor Ministro Walton Alencar Rodrigues, do Tribunal de Contas da
União – TCU. .................................................................................................................................................................................................... 947
Ofício nº 282/2015, da Liderança do SD. ................................................................................................................................... 947
Ofício nº 421/2015, da Liderança do PR. ................................................................................................................................... 947
Ofício nº 107/2015, da Liderança do PSL. ................................................................................................................................. 947
Ofício nº 1348/2015, da Liderança do PMDB. .......................................................................................................................... 948
Ofício nº 1349/2015, da Liderança do PMDB. .......................................................................................................................... 948
Ofício nº 540/2015, da Liderança do PSD. ................................................................................................................................ 948
Ofício nº 180/2015, da Liderança do PCdoB. ........................................................................................................................... 948
Ofício nº 181/2015, da Liderança do PCdoB. ........................................................................................................................... 948
Ofício nº 251/2015, da Liderança do PSC. ................................................................................................................................. 948
Ofício nº 424/2015, da Liderança do PR. ................................................................................................................................... 948
Ofício nº 426/2015, da Liderança do PR. ................................................................................................................................... 949
Ofício nº 427/2015, da Liderança do PR. ................................................................................................................................... 949
Ofício nº 544/2015, da Liderança do PSD. ................................................................................................................................ 949
Memorando nº 61/2015, da Liderança do PSOL. ................................................................................................................... 949
Ofício nº 650/2015, da Liderança do PT...................................................................................................................................... 949
Ofício nº 18/2015, Dep. Alessandro Molon............................................................................................................................... 950
Ofício nº 76/2015, Dep. Alien Machado...................................................................................................................................... 955
Proposições
REQ 3039/2015, PEC 137/2015, PEC 141/2015, PEC 142/2015, PEC 145/2015, PEC 146/2015. ............................. 971
COMISSÕES
9 – ATAS
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, 48ª Reunião em 03/09/2015............ 971
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, 51ª Reunião em 15/09/2015............ 974
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, 53ª Reunião em 22/09/2015............ 975
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, 54ª Reunião Ordinária em
23/09/2015....................................................................................................................................................................................................... 977
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, 33ª Reunião Ordinária em 23/09/2015......... 979
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, 87ª Reunião Ordinária em 29/09/2015................................. 982
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, 86ª Reunião Extraordinária em 29/09/2015....................... 985
Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, 35ª Reunião Ordinária em 23/09/2015............... 986
Comissão de Educação, 51ª Reunião em 23/09/2015........................................................................................................... 988
Comissão de Finanças e Tributação, 42ª Reunião Ordinária em 23/09/2015................................................................ 991
Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, 36ª Reunião Ordinária em 23/09/2015........................................ 994
Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, 37ª Reunião Extraordinária em 24/09/2015.............................. 997
10 – Designações
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em 30/09/2015. .................................................... 997
Comissão de Cultura, em 30/09/2015......................................................................................................................................... 998
11 – PARECERES
Despacho do Presidente, PL 3312-B/2008 CFT, PL 6335-A/2009 CCJC, PL 3960-B/2012 CCULT, PL 4238-A/2012
CESP, PL 6470-B/2013 CPD, PL 6718-B/2013 CCULT, PL 1294-A/2015 CVT, PL 1355-A/2015 CVT, PL 1690-A/2015
CPD, PL 2053-A/2015 CAPADR, PL 2258-A/2015 CPD, PDC 541-A/2011 CME.......................................................................... 998
SEÇÃO II
12 – MESA ............................................................................................................................................................................................ 1084
13 – LÍDERES E VICE-LÍDERES ..................................................................................................................................................... 1084
14 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO .............................................................................................................................................. 1086
15 – COMISSÕES ............................................................................................................................................................................... 1091
18 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

SEÇÃO I

Ata da 287ª Sessão da Câmara dos Deputados, Não


Deliberativa Solene, Matutina, da 1ª Sessão Legislativa
Ordinária, da 55ª Legislatura, em 30 de setembro de 2015
Presidência dos Srs.: Vanderlei Macris, Milton Monti, nos termos do
§ 2º do artigo 18 do Regimento Interno

Ata da 287ª (ducentésima octogésima sétima) Sessão da Câmara dos Deputados, Não Deliberativa Solene,
matutina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária, da 55ª Legislatura, em 30 de setembro de 2015. Às 9h30, o Sr. Van-
derlei Macris, no exercício da Presidência, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno, declarou aberta
a sessão e deu por dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O Sr. Presidente informou que a sessão desti-
nou-se à homenagem ao Jornalista Ricardo Viveiros; prestou as devidas homenagens; e convidou para compor
a Mesa os Srs. Guilherme Afif Domingos, Ministro de Estado Chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da
Presidência da República; Ricardo Viveiros, Jornalista homenageado; Dom Eurico dos Santos Veloso, Arcebispo
Emérito de Juiz de Fora (MG), representando as autoridades eclesiásticas; Maurício Menezes, Presidente do Insti-
tuto Presbiteriano Mackenzie; Benedito Guimarães Aguiar Neto, Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie;
Silvestre Gorgulho, Jornalista, representando a Associação Brasileira de Imprensa – ABI; e José Carlos Torves, Di-
retor Institucional da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ. O Sr. Presidente convidou todos a ouvir o Hino
Nacional. Após a exibição do vídeo institucional, o Sr. Presidente proferiu parcialmente o discurso do Sr. Eduardo
Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados. Nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno, assumiu a
Presidência o Sr. Milton Monti e concedeu a palavra ao Sr. Vanderlei Macris, autor do requerimento. Reassumiu a
Presidência o Sr. Vanderlei Macris e concedeu a palavra aos Srs. Baleia Rossi, pelo PMDB; Vicente Candido, pelo PT;
Ricardo Izar, pelo PSD; Milton Monti, pelo PR; Arnaldo Faria de Sá, pelo PTB; Alex Manente, pelo PPS; Orlando Silva,
pelo PCdoB; e aos Srs. componentes da Mesa, Guilherme Afif Domingos e Ricardo Viveiros. Usou da palavra o Sr.
Heráclito Fortes. O Sr. Presidente registrou a presença de convidados, reiterou as homenagens prestadas, agrade-
ceu a presença de todos e, às 10h58, encerrou a sessão. – Heráclito Fortes, Presidente – Jose Stédile, Secretário
As notas taquigráficas desta Sessão Não Deliberativa Solene poderão ser solicitadas ao Departamen-
to de Taquigrafia, Revisão e Redação – DETAQ.

Ata da 288ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa


Extraordinária, Matutina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária,
da 55ª Legislatura, em 30 de setembro de 2015
Presidência dos Srs.: Eduardo Cunha, Presidente, Heráclito Fortes, Carlos Manato, Alberto Fraga,
Delegado Edson Moreira, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 11 HORAS E 1 MINUTO COMPARECEM À CASA OS SRS.:


Eduardo Cunha
Waldir Maranhão
Alex Canziani
Mandetta
Gilberto Nascimento
Luiza Erundina
Ricardo Izar
Total de Parlamentares: 353

RORAIMA
Abel Mesquita Jr. PDT
Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 19

Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB


Maria Helena PSB
Remídio Monai PR
Total de RORAIMA 7
AMAPÁ
Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Marcivania PT
Total de AMAPÁ 3
PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Beto Salame PROS
Delegado Éder Mauro PSD
Edmilson Rodrigues PSOL
Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Chapadinha PSD
Hélio Leite DEM
Joaquim Passarinho PSD
Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Lúcio Vale PR
Nilson Pinto PSDB
Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARÁ 12
AMAZONAS
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Hissa Abrahão PPS
Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 5
RONDÔNIA
Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério PDT
Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 6
ACRE
Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Angelim PT
César Messias PSB
Leo de Brito PT
Rocha PSDB
Sibá Machado PT
Total de ACRE 6
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
20 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Irajá Abreu PSD


Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Vicentinho Júnior PSB
Total de TOCANTINS 7

MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rosângela Curado PDT
Rubens Pereira Júnior PCdoB
Sarney Filho PV
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 10

CEARÁ
André Figueiredo PDT
Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cabo Sabino PR
Chico Lopes PCdoB
Gorete Pereira PR
José Guimarães PT
Leônidas Cristino PROS
Luizianne Lins PT
Odorico Monteiro PT
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vicente Arruda PROS
Total de CEARÁ 13

PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Átila Lira PSB
Heráclito Fortes PSB
Júlio Cesar PSD
Mainha Solidaried
Rodrigo Martins PSB
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 7

RIO GRANDE DO NORTE


Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Felipe Maia DEM
Rafael Motta PROS
Rogério Marinho PSDB
Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 6
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 21

PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Damião Feliciano PDT
Luiz Couto PT
Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 6
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Augusto Coutinho Solidaried
Betinho Gomes PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PCdoB
Daniel Coelho PSDB
Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Fernando Coutinho PSB
Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marinaldo Rosendo PSB
Pastor Eurico PSB
Raul Jungmann PPS
Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Wolney Queiroz PDT
Total de PERNAMBUCO 16
ALAGOAS
Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
JHC Solidaried
Pedro Vilela PSDB
Ronaldo Lessa PDT
Total de ALAGOAS 4
SERGIPE
Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Daniel PT
Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Laercio Oliveira Solidaried
Total de SERGIPE 6
BAHIA
Afonso Florence PT
Alice Portugal PCdoB
Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Antonio Imbassahy PSDB
Bebeto PSB
Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Caetano PT
Claudio Cajado DEM
Davidson Magalhães PCdoB
Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
22 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Fernando Torres PSD


João Gualberto PSDB
José Carlos Araújo PSD
José Nunes PSD
Jutahy Junior PSDB
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Magalhães PSD
Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 23

MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Ademir Camilo PROS
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Caio Narcio PSDB
Carlos Melles DEM
Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Domingos Sávio PSDB
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Monteiro PT
Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lincoln Portela PR
Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcus Pestana PSDB
Mário Heringer PDT
Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Misael Varella DEM
Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Padre João PT
Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Paulo Abi-Ackel PSDB
Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Reginaldo Lopes PT
Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo de Castro PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Stefano Aguiar PSB
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 23

Wadson Ribeiro PCdoB


Weliton Prado PT
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 40
ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Dr. Jorge Silva PROS
Helder Salomão PT
Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Max Filho PSDB
Paulo Foletto PSB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 8
RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon PT
Alexandre Serfiotis PSD
Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Benedita da Silva PT
Cabo Daciolo S.Part.
Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico Alencar PSOL
Chico D Angelo PT
Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Glauber Braga PSOL
Hugo Leal PROS
Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jandira Feghali PCdoB
Jean Wyllys PSOL
Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcelo Matos PDT
Miro Teixeira REDE
Paulo Feijó PR
Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sóstenes Cavalcante PSD
Wadih Damous PT
Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 27
SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Alexandre Leite DEM
Andres Sanchez PT
Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Antonio Carlos Mendes Thame PSDB
Arlindo Chinaglia PT
Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bruna Furlan PSDB
24 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Bruno Covas PSDB


Capitão Augusto PR
Carlos Zarattini PT
Dr. Sinval Malheiros PV
Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Eduardo Cury PSDB
Evandro Gussi PV
Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Flavinho PSB
Goulart PSD
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
João Paulo Papa PSDB
Keiko Ota PSB
Lobbe Neto PSDB
Luiz Lauro Filho PSB
Major Olimpio PDT
Marcelo Aguiar DEM
Marcio Alvino PR
Miguel Haddad PSDB
Miguel Lombardi PR
Milton Monti PR
Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilto Tatto PT
Orlando Silva PCdoB
Paulo Teixeira PT
Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Samuel Moreira PSDB
Silvio Torres PSDB
Tiririca PR
Valmir Prascidelli PT
Vanderlei Macris PSDB
Vicente Candido PT
Vicentinho PT
Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vitor Lippi PSDB
Walter Ihoshi PSD
William Woo PV
Total de SÃO PAULO 50
MATO GROSSO
Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabio Garcia PSB
Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ságuas Moraes PT
Valtenir Pereira PROS
Total de MATO GROSSO 5
DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Augusto Carvalho Solidaried
Izalci PSDB
Rogério Rosso PSD
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 25

Ronaldo Fonseca PROS


Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de DISTRITO FEDERAL 6
GOIÁS
Alexandre Baldy PSDB
Célio Silveira PSDB
Delegado Waldir PSDB
Flávia Morais PDT
Giuseppe Vecci PSDB
Heuler Cruvinel PSD
João Campos PSDB
Lucas Vergilio Solidaried
Marcos Abrão PPS
Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de GOIÁS 12
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dagoberto PDT
Elizeu Dionizio Solidaried
Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Tereza Cristina PSB
Vander Loubet PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 6
PARANÁ
Alfredo Kaefer PSDB
Aliel Machado REDE
Assis do Couto PT
Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Enio Verri PT
Evandro Roman PSD
Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Luiz Carlos Hauly PSDB
Luiz Nishimori PR
Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rubens Bueno PPS
Sandro Alex PPS
Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Toninho Wandscheer PT
Total de PARANÁ 21
SANTA CATARINA
Carmen Zanotto PPS
Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
26 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen


Fabricio Oliveira PSB
João Rodrigues PSD
Jorginho Mello PR
Marco Tebaldi PSDB
Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Uczai PT
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de SANTA CATARINA 13
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Afonso Motta PDT
Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Giovani Cherini PDT
Heitor Schuch PSB
Henrique Fontana PT
Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Derly PCdoB
José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Jose Stédile PSB
Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcon PT
Maria do Rosário PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marchezan Junior PSDB
Onyx Lorenzoni DEM
Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 21

I – ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 353
Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

III – EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido)


O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Passa-se às

IV – BREVES COMUNICAÇÕES
Concedo a palavra ao nobre Deputado Heitor Schuch, do PSB do Rio Grande do Sul.
O SR. HEITOR SCHUCH (PSB-RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
já muito tempo se questiona no Brasil a função, a eficiência e a eficácia das agências reguladoras, como ANEEL,
ANATEL, ANAC, etc.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 27

No mês passado, enviei correspondência a ANAC, questionando a brusca elevação do preço das passa-
gens aéreas nos últimos meses.
O Senado fez duas audiências públicas neste mês de setembro para cobrar das empresas e do Governo
explicações sobre as exorbitantes tarifas dos voos para as cidades da Amazônia. Mas chamo atenção da Casa:
os preços exorbitantes e os aumentos sem justificativa não recaem somente sobre bilhetes aéreos para as cida-
des da Amazônia. No trecho de Brasília a Porto Alegre sofremos com o mesmo problema, e não vejo nenhuma
ação do Governo de cobrar das empresas aéreas justificativa para tais aumentos.
Meu gabinete comprou passagens, em 24 de abril, para o trecho POA/BSB e vice-versa, por R$171,93 a
R$257,54 o trecho. Comprei passagens em 13 de agosto por R$189,54 e por R$285,73.
Agora, preciso adquirir bilhetes para novembro e dezembro, e a lista de preços varia de R$557,54 a até
R$1.134,54 por trecho.
Pergunto, indignado: onde estão a ANAC, a INFRAERO, o Governo, o Ministério Público Federal?
Em meio ano, as passagens saltaram de R$171,53 para até R$1.134,54. Culpa de quem? Do câmbio, do
querosene de aviação, da crise econômica, ou estes 1.000% de aumento são fruto da ganância, da ausência de
regramento e do capitalismo inescrupuloso que explora sem dó nem piedade os usuários do serviço?
Sr. Presidente, peço que este discurso seja encaminhado à publicação nos órgão de comunicação desta
Casa, em especial no programa A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Com a palavra o Deputado João Daniel.
O SR. JOÃO DANIEL (PT-SE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu peço que seja divulgado nos
meios de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil pronunciamento em que registro um grande ato
realizado ontem em Nossa Senhora da Glória, Estado de Sergipe, no Alto Sertão.
Ontem foi realizada a aula inaugural com os primeiros 200 alunos do campus do Alto Sertão da Univer-
sidade Federal de Sergipe, uma conquista obtida depois de muitos anos de luta, de uma luta histórica, que
culminou com a vitória da juventude da região, dos movimentos sociais.
Saúdo o Reitor e o Vice-Reitor da Universidade Federal de Sergipe; saúdo os Prefeitos, os Vereadores, to-
dos que lutaram por esse campus, a sociedade sergipana como um todo, em especial os movimentos sociais,
dos quais destaco o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra – MST e o Movimento dos Pequenos Agri-
cultores – MPA. Essa foi uma vitória!
Parabéns ao Governo da Presidenta Dilma por mais este campus da nossa Universidade para a juventude
brasileira, em especial para a sertaneja.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com imensa alegria que registramos uma data histórica para o
Estado de Sergipe, mais especificamente para o povo sertanejo.
Na terça-feira dia 29 de setembro de 2015, realizou-se a aula inaugural do campus da Universidade Fe-
deral de Sergipe (UFS) no Município de Nossa Senhora da Glória, região do Alto Sertão de Sergipe. A aula foi
ministrada pela Presidente Nacional do INCRA, Lúcia Falcón.
A inauguração desse campus é resultado de uma grande luta, é fruto de várias audiências públicas,
de manifestações, de abaixo-assinados feitos pelo território do Alto Sertão, em especial pelo movimento
popular Movimento dos Sem Terra, pelo Movimento dos Pequenos Agricultores e pelo programa
Territórios da Cidadania.
A aula inaugural do Campus do Sertão representa a certeza de que o Governo Federal, através da Uni-
versidade Federal de Sergipe e do MEC, continuará investindo na educação. E estão trabalhando um curso liga-
do à realidade do Alto Sertão, à agroecologia, com quatro turmas, sendo 80% dos alunos filhos da região, sua
grande maioria oriundos da agricultura familiar. Temos certeza de que isso irá valorizar e afirmar uma grande
luta, que promove a cada dia mais a distribuição da terra na região, o avanço de projetos de irrigação e o for-
talecimento das organizações e dos movimentos sociais.
Quero saudar a todos os Prefeitos da região na pessoa do Prefeito Chico dos Correios, de Nossa Senhora
da Glória, e do Prefeito Roberto Araújo, de Poço Redondo; a todos que estão nesta luta permanentemente; a
todos os Vereadores, na pessoa do Vereador Flávio do PT, de Nossa Senhora da Glória; a toda a nossa juventu-
de, na pessoa da Joana Vieira; e também ao nosso Governador, Jackson Barreto.
Estamos diante do resultado de muita luta e mobilização do povo daquela região ao longo da última
década. Sentimo-nos honrados em fazer parte desse processo desde o seu início, no ano de 2005, quando foi
entregue ao então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, um documento com mais de 40 mil assi-
naturas do povo da região reivindicando essa ampliação da oferta de vagas no ensino superior com a instala-
ção de um novo campus.
28 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Lembramos ainda que, em agosto de 2011, ajudamos a construir um grande ato, no Município de Nossa
Senhora da Glória, com presença significativa da população, quando foi assinado um termo de compromisso
por gestores públicos da região, Parlamentares e representantes de diversos setores do Estado e da UFS.
No dia 16 de março de 2013, durante a visita do então Governador em exercício, Jackson Barreto, ao Mu-
nicípio de Poço Redondo, nós, juntamente com representantes da juventude do campo e das cidades do Alto
Sertão, pudemos entregar-lhe uma carta com pedido de apoio para a implantação desse campus da Universi-
dade Federal de Sergipe (UFS) no Alto Sertão. Na oportunidade, houve o compromisso do Governador Jackson
Barreto de marcar audiência com o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e de acompanhar essa solicitação.
A audiência aconteceu numa quarta-feira, dia 28 de agosto, e naquela ocasião o então Ministro da Edu-
cação, Aloizio Mercadante, garantiu que seria implantado o campus no sertão sergipano. A previsão era de que
ainda no ano de 2014 começariam a ser ministrados os primeiros cursos, inicialmente nas áreas de Agronomia
e Veterinária. Na ocasião, o Ministro Aloizio Mercadante determinou que a Diretora de Desenvolvimento da
Rede de Instituições Federais de Ensino Superior do MEC, Adriana Rigon Weska, fosse a Sergipe para dar enca-
minhamento ao processo. O Governo Estadual se comprometera a ceder as instalações, ficando o Ministério
da Educação responsável pelo custeio.
Parabéns ao povo lutador do Sertão de Sergipe pela chegada do campus da UFS, que promoverá cada
vez mais o desenvolvimento da região que abriga a maior bacia leiteira do Estado, além de ser responsável por
significativa produção de milho e feijão. Uma conquista da luta popular!
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Com a palavra o Deputado Valmir Assunção.
O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que-
ro registrar que, na próxima sexta-feira, a Presidenta Dilma estará em Barreiras para entregar nada mais, nada
menos do que 3,2 mil casas do Programa Minha Casa, Minha Vida no Estado da Bahia. Simultaneamente, nesse
ato, serão entregues casas do Programa em Barreiras, em Irecê, em Dias D’Ávila e em Feira de Santana, com a
presença do Governador Rui Costa, que tem trabalhado para investir no Estado, em parceria com o Governo
Federal, fortalecendo cada vez mais a administração estadual. Acredito que isso é fundamental.
O Programa Minha Casa, Minha Vida atuou em todo o território da Bahia. Por isso, quero parabenizar a
Presidenta Dilma.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na próxima sexta-feira a Presidenta Dilma Rousseff estará em Bar-
reiras, na Bahia, para a entrega de 3,2 mil casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, algo extraordinário na
Bahia, consagrando um investimento de R$ 200 milhões em habitação.
Simultaneamente, serão entregues casas do programa em Irecê, Dias D’Ávila e Feira de Santana, com a presença
do Governador Rui Costa, que tem feito um trabalho muito forte no sentido de investir no Estado, em parceria com
o Governo Federal, fortalecendo cada vez mais a administração estadual, sobretudo na questão do investimento.
Acredito que isso é fundamental. São famílias que poderão dizer: “Olha, essa casa aqui é minha!” Famílias
que realizam o sonho da moradia digna, graças à prioridade do Governo quanto a proporcionar a melhoria da
qualidade de vida do trabalhador e da trabalhadora brasileiros. São mudanças que afetam gerações e gerações
que chegarão com a segurança e o conforto da casa própria.
O Programa Minha Casa, Minha Vida tem tido uma atuação muito grande em todo o território da Bahia.
Quero parabenizar a Presidenta Dilma por essa decisão.
Sr. Presidente, solicito que este pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos meios
de comunicação da Casa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Com a palavra o Deputado Jose Stédile.
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gostaria de dar como lido dis-
curso em que registro que, na última quinta-feira, participei da 15ª edição do encontro anual da Associação
Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica – APINE.
O evento contou com a participação maciça do setor elétrico brasileiro, inclusive do Ministro de Minas e Energia.
Estou manifestando aqui o meu apoio a todos os debates que foram propostos e os meus cumprimentos
ao belíssimo trabalho que vem sendo feito pelo Presidente da APINE, Guilherme Velho; pelo Diretor-Executivo,
Régis Augusto, que participa muito das discussões aqui conosco; e pela Coordenadora de Relações Institucio-
nais, Tuane Zancope.
Sr. Presidente, quero registrar, ainda, que hoje estão nesta Casa muitos interessados na aprovação da
importante Proposta de Emenda à Constituição nº 186, de 2007. Está havendo um grande debate aqui sobre
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 29

as carreiras do Fisco e dos fiscais do trabalho. Essas carreiras têm que ser não de governo, mas de Estado. Por
isso, o nosso apoio ao importante trabalho que vem sendo realizado.
Sr. Presidente, imagine se os juízes e os promotores estivessem ligados aos Governos de Estado, aos Pre-
feitos. Como eles poderiam fiscalizar e atuar? Por isso, é importante a autonomia dessas carreiras. Será melhor
para toda a Nação brasileira. É importante o trabalho que vem sendo realizado por essa categoria, principal-
mente no combate à sonegação, que acaba impactando a qualidade de vida de toda a população.
Sr. Presidente, também quero lamentar nesta data a saída do Ministro Chioro – houve uma troca, uma
negociata – e a diminuição dos recursos para a saúde. Reduzir recursos do Programa Farmácia Popular, redu-
zir remédios, reduzir a qualidade de vida e de saúde do povo brasileiro é lamentável para toda a Nação. Nós
lamentamos a substituição de um trabalho sério que vinha sendo feito.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, participei, na última quinta-feira, da 15ª edição do encontro anual
da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica – APINE, realizada aqui em Brasília.
O evento contou com a participação maciça do setor elétrico brasileiro. Além da presença do Ministro de
Minas e Energia, Eduardo Braga, estiveram presentes Secretários de Energia de Estados, Presidentes de associadas
da APINE (empresas como Renova, Copel, Light, Duke e Enel) e também dirigentes e executivos do segmento.
O encontro foi pautado por debates sobre os desdobramentos do atual cenário econômico, financeiro
e político do País no setor elétrico. Além disso, foram abordados aspectos gerais sobre soluções e propostas
futuras relativas ao GSF – Generation Scaling Factor, questões referentes a novos investimentos de empresas
nacionais e estrangeiras no setor, bem como os desafios do sistema para os próximos anos.
Sou membro da Comissão de Minas e Energia e tenho acompanhado as discussões e os problemas do
setor de perto. Precisamos fortalecer o segmento energético brasileiro, que atualmente encontra-se instável,
tendo em vista sua importância para o País.
Meus cumprimentos, pelo belíssimo trabalho que vem sendo feito, ao Presidente da APINE, Guilherme
Velho; ao Diretor-Executivo, Régis Augusto Martins; à Coordenadora de Relações Institucionais, Tuane Zancope;
e a toda a equipe da Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Com a palavra a Deputada Keiko Ota. Em seguida concederei a
palavra aos Deputados Jarbas Vasconcelos e Jutahy Junior.
A SRA. KEIKO OTA (PSB-SP. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje
à tribuna destacar a importância do amor em nossas vidas e na política.
Vivemos momentos difíceis. Por essa razão, devemos lutar para honrar os votos que nos trouxeram para
esta Casa.
Mais do que isso, devemos tratar com muito amor as questões que envolvem o futuro do povo brasileiro,
um povo que transmite o amor em suas atitudes e que acredita no futuro deste País. Não seremos nós, repre-
sentantes do povo, que deixaremos de acreditar no futuro desta linda Nação.
Porém, nenhum de nós é melhor do que todos nós juntos. E essa união virá somente através do amor.
Amor para ouvir as reivindicações da população, com serenidade e atenção; amor para buscar um ponto de
equilíbrio e fazer, pelo povo brasileiro, o que de melhor faríamos por nós mesmos.
Deixemos de lado esse sentimento de desesperança, pois os que acreditam que dias melhores virão se-
rão os primeiros a colher os frutos de um Brasil melhor.
Lembrem-se todos: quando o poder do amor superar o amor pelo poder, o Brasil e o mundo conhecerão
de fato a paz, a alegria e a justiça que tanto buscamos.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Concedo a palavra ao Deputado Jarbas Vasconcelos.
O SR. JARBAS VASCONCELOS (Bloco/PMDB-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado He-
ráclito Fortes, desde a semana passada foi anunciado pelo Presidente do Congresso Nacional, Senador Renan
Calheiros, que haveria uma reunião hoje, às 11h30min, para complementar a apreciação dos vetos.
Estranhamente, vejo num jornal de hoje que S.Exa., o Presidente da Casa, Deputado Eduardo Cunha,
pentacampeão em recebimento de denúncias – agora, inclusive, a de uma conta aberta na Suíça e que está
envolvido na Lava-Jato –, telefonou ontem para o Presidente do Senado e afirmou que se o veto ao financia-
mento privado das campanhas políticas não entrar na pauta de hoje, quarta-feira, ele sequer cederá o plenário
da Câmara dos Deputados para realização da sessão do Congresso.
Essas chantagens, Sr. Presidente, têm que ter um limite aqui. Não é possível que todos os partidos, todas
as Lideranças ouçam, a toda hora, o Deputado Eduardo Cunha dizer que não tem nada a ver com isso, que não
é fiscal de delatores, que não é fiscal de pessoas que fazem delação premiada. Nós já estamos na quinta – na
30 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

quinta! – denúncia contra ele! E agora ele faz uma chantagem dessas. Temos que apreciar os vetos da Presiden-
te da República. Essa inclusão é uma ameaça que não deve existir no Congresso Nacional.
Aqui fica registrado o meu repúdio, rechaçando essa atitude que não pode perdurar nesta Casa. Esta
Casa tem que enfrentar isso. Trocando em miúdos – para encerrar, e já agradecendo a atenção de V.Exa. –: isso
é pura chantagem!
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Concedo a palavra ao Deputado Jutahy Junior.
O SR. JUTAHY JUNIOR (PSDB-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Heráclito Fortes, é uma ale-
gria vê-lo nessa cadeira.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – É pela idade.
O SR. JUTAHY JUNIOR – Não, de jeito nenhum. É pelo mérito.
Hoje saiu uma nova pesquisa CNI-IBOPE. O que é ruim pode piorar. Na pesquisa anterior, a avaliação da
Presidente Dilma era ruim e péssimo para 68%; agora chegou a 69%. Não há mais fundo do poço. Cada vez a
população reage com mais consciência ao estelionato eleitoral que aconteceu em 2014.
Infelizmente, a vitória da Presidente Dilma representa um sacrifício gigantesco para a população brasilei-
ra, que ontem, mais uma vez, foi surpreendida com o aumento dos preços do diesel e da gasolina, o segundo
aumento depois da eleição da Presidente Dilma.
Mas todos já perceberam que essa eleição se baseou em dois vetores: a mentira e a corrupção. A corrup-
ção foi demonstrada à sociedade pelo petrolão, um gigantesco esquema de corrupção, de compra de apoio
político e partidário, de enriquecimento de pessoas totalmente ligadas ao esquema do PT: quatro diretores do
PT indicados à PETROBRAS estão presos e dois tesoureiros do PT também estão presos. Isso é apenas a ponta
do iceberg de tudo o que foi feito dentro desse modelo em que a corrupção era método de governabilidade. E
ainda há a mentira de dizer que tudo estava às mil maravilhas na economia. Nós estamos aí com o desemprego
aumentando assustadoramente, de forma exponencial, e a população pagando o preço da gasolina, do diesel
e da energia elétrica. Todas essas questões estão vinculadas à inflação.
Por isso, Sr. Presidente, apresento o nosso protesto diante dessa realidade. Nós estamos em uma posição
de convencimento.
Por tudo isso, ingressei na Frente Parlamentar pelo impeachment da Presidenta Dilma. Sinto que só há
um caminho para o Brasil sair desse atoleiro – não existe outro. A crise só começa a melhorar a partir do tér-
mino do mandato da Presidenta Dilma. Está tudo caracterizado no aspecto legal, jurídico e constitucional, e
nós podemos fazer essa votação. Acredito, inclusive, que quando houver a primeira votação, em que são ne-
cessários 257 votos, nós conseguiremos esse apoio. Não acontecerá como no passado, quando o PT pediu o
impeachment do Presidente Fernando Henrique e conseguiu apenas cem votos. Nós vamos multiplicar esses
votos e vamos contar com o apoio da população, dentro da legalidade, para o Brasil sair dessa crise; crise, aliás,
que tem nome: Presidenta Dilma.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Concedo a palavra ao Deputado Orlando Silva e, em seguida, ao
Deputado Giovani Cherini.
O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Deputados, colegas
Deputadas, quero registrar desta tribuna a importância da sanção, pela Presidenta da República, da lei que al-
terou o sistema eleitoral do nosso País.
A chamada reforma política, Sr. Presidente, ficou muito aquém do que desejava a sociedade brasileira.
Todos recordam que em junho de 2013 houve uma grande mobilização no País questionando a legiti-
midade da política e dos políticos. A partir de então, muitos debates surgiram sobre reforma política e forta-
lecimento dos partidos. Ao fim desse processo, poucas medidas efetivas foram tomadas para dar maior legiti-
midade ao sistema político brasileiro.
Entretanto, ao fim e ao cabo, vetado o financiamento empresarial, a partir de uma decisão do Supremo
Tribunal Federal, mantidas as coligações, dando liberdade aos partidos de se associarem e impedindo cláusulas
de barreira proibitivas para o funcionamento democrático dos partidos no Brasil, nós temos como resultado
uma lei eleitoral que vai permitir, sim, que a democracia brasileira avance e se consolide e – quem sabe? – que
um dia possamos fazer uma verdadeira reforma política, que exigirá participação direta da sociedade brasileira,
o controle social efetivo das políticas públicas realizadas pelos governos, o fortalecimento efetivo dos partidos,
dos programas, com votos não em pessoas, mas em ideias.
Então, manifesto minha posição de que poucos foram os avanços nesse processo, mas, felizmente, o mal
maior não aconteceu, porque houve risco de restringirmos ainda mais a nossa débil democracia, Sr. Presidente.
Peço que minha manifestação seja divulgada nos meios de comunicação da Casa, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Com a palavra o Deputado Giovani Cherini.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 31

O SR. GIOVANI CHERINI (PDT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, se-
gurança pública é uma questão de sensação, senão o que se tem é insegurança pública.
O Rio Grande do Sul está vivendo um dos piores momentos de sua história em termos de segurança pública.
Notícias de hoje: “Dois mortos a tiros enquanto plantavam grama em residência de Novo Hamburgo.” “Em-
presário é morto quando chegava ao trabalho em Novo Hamburgo.” “Homem é morto a tiros na Vila Jardim, em
Porto Alegre.” “Homem é assassinado dentro do bar em Pelotas.” “Assalto a supermercado na Cidade Baixa termina
em uma morte.” “Dois jovens são executados na Zona Norte de Porto Alegre.” “Mãe e filho são perseguidos e balea-
dos por motorista em Novo Hamburgo. Menino pode ficar paraplégico.”
Os jornais Zero Hora, Correio do Povo, Jornal do Comércio, O Sul e todos os jornais do interior divulgam
que a taxa de homicídio aumentou 23%.
Por isso, eu venho a esta tribuna novamente para dizer que é preciso mudar o Secretário de Segurança
do Rio Grande do Sul. Esse Secretário foi indicado pelo Beltrame, Secretário de Segurança do Rio de Janeiro.
Por que ele não pegou esse Secretário para o Rio de Janeiro? Por que o mandou para o Rio Grande do Sul? Ele
nem conhece o Rio Grande do Sul! Está distante do Rio Grande do Sul há muitos anos. É um Secretário fraco!
O Rio Grande do Sul não pode viver mais com um Secretário de Segurança Pública fraco!
Nós temos saudade do Secretário Enio Bacci, que enfrentava a bandidagem, que dizia que lugar de ban-
dido é na cadeia. Nós queremos um novo Secretário e a Força Nacional no Rio Grande do Sul. A Força Nacional
está em 14 Estados do Brasil. Por que não pode estar no Rio Grande do Sul?
Segurança pública é uma questão de sensação.
Gostaria que este pronunciamento fosse divulgado no programa A Voz do Brasil e nos meios de comu-
nicação da Casa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – V.Exa. será atendido.
O SR. PRESIDENTE (Heráclito Fortes) – Com a palavra o Deputado Pedro Fernandes.
O SR. PEDRO FERNANDES (Bloco/PTB-MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, os jornais trazem
hoje o ranking das cidades mais violentas do Brasil e, infelizmente, oito entre as dez primeiras estão no Nordes-
te. E é aquilo que eu venho dizendo aqui: o Nordeste precisa da ajuda do Governo Federal.
Não é possível agora, com a Desvinculação de Receitas da União – DRU, a União querer abocanhar 30%
do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE. O Fundo Constitucional de Brasília, que tem
10% da população do Nordeste, é o dobro do Fundo Constitucional do Nordeste.
Nós precisamos de mais recursos; precisamos da ajuda do Governo Federal – afinal de contas, essas ci-
dades cresceram muito, mas, infelizmente, faltam políticas públicas.
Volto a repetir: a Força Nacional não resolve o problema de segurança pública porque ela recruta os policiais
dos Estados! Precisamos de ajuda, precisamos de maior contingente de policiais. Os policiais precisam ser bem
pagos e treinados. Nós realmente precisamos de políticas públicas para combater a violência que assola o País.
Repito: das dez cidades mais violentas do Brasil, oito estão no Nordeste.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
Durante o discurso do Sr. Pedro Fernandes, o Sr. Heráclito Fortes, nos termos do § 2° do art. 18 do Regi-
mento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Carlos Manato, nos termos do §
2° do art. 18 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimen-
to ao Plenário do seguinte
ATO DA PRESIDÊNCIA
Nos termos do § 2º do art. 202 do Regimento Interno, esta Presidência decide constituir Comissão Especial
destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 214-A, de 2003, do Senado Federal, destinada
a “acrescentar § 5º ao art. 73 e § 4º ao art. 131, ambos da Constituição Federal, para instituir as consultorias jurídi-
cas do Tribunal de Contas da União, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, e
Resolve
I – designar para compô-la, na forma indicada pelas Lideranças, os Deputados constantes da relação anexa;
II – convocar os membros ora designados para a reunião de instalação e eleição, a realizar-se no dia 06 de
outubro, terça-feira, às 14 horas, no Plenário 11 do Anexo II.
Brasília, 29 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados
32 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

COMISSÃO ESPECIAL

PROPOSIÇÃO: PEC 214-A/03

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PM N/PRP/PSDC/PEN/PRTB
Titulares: Celso Pansera, Cristiane Brasil, Dâmina Pereira, Daniel Vilela, Darcísio Perondi, Eduardo Bolsonaro, Espe-
ridião Amin, Ezequiel Fonseca, Jhonatan de Jesus, Jorge Tadeu Mudalen, Mainha.
Suplentes: Nilton Capixaba, 10 vagas.
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Titulares: Beto Salame, Gabriel Guimarães, João Rodrigues, Joaquim Passarinho, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Mar-
con, Margarida Salomão.
Suplentes: 8 vagas.
PSDB/PSB/PPS/PV
Titulares: Bruno Covas, Fabio Garcia, Paulo Abi-Ackel, Pedro Cunha Lima, Sandro Alex, Tadeu Alencar.
Suplentes: 6 vagas.
PDT
Titular: Marcos Rogério.
Suplente: 1 vaga.
PSL
Titular: Macedo.
Suplente: 1 vaga.
O SR. FÁBIO SOUSA (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, repita qual é o tema
que está sendo tratado com a Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de
Emenda à Constituição nº 214-A, de 2003, do Senado Federal – as consultorias jurídicas do Tribunal de Con-
tas da União.
O SR. FÁBIO SOUSA – Perfeito. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM – V.Exa. me concede 1 minuto, Sr. Presidente?
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a V.Exa. a palavra por 1 minuto, Deputado, improrrogável.
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, no meu
Estado de Tocantins o Governador mandou um pacote aumentando o preço do óleo diesel, o IPVA de 2% para
4%, o valor da inspeção dos carros de 76 reais, principalmente de veículos pesados, para 237 reais, mais de
100% de aumento.
Isso é um absurdo neste momento de crise!
Eu, como coordenador da bancada do Tocantins, não concordo com essa atitude. A crise está em todo o
País, mas não é aumentando as tarifas de energia, de água e de luz que vamos resolver a nossa situação.
Sr. Presidente, gostaria que fosse divulgada nos meios de comunicação desta Casa e no programa A Voz
do Brasil a minha indignação com os aumentos absurdos que estão ocorrendo no Estado do Tocantins.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Obrigado, nobre Deputado Carlos Henrique Gaguim.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Marcelo Matos, por 1 minuto.
O SR. MARCELO MATOS (PDT-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero informar que, nesta
segunda-feira, dia 5, às 17 horas, a Subcomissão de Viação e Transportes realizará audiência pública, na cidade
de Itaguaí, para debater os problemas do Arco Metropolitano e da duplicação da BR-101.
Contaremos com a presença dos Prefeitos de Mangaratiba, de Seropédica, de Itaguaí e de toda a região
e também com os Deputados daquele Estado.
Sr. Presidente, eu gostaria que fosse divulgada no programa A Voz do Brasil e nos meios de comunicação
desta Casa a realização dessa audiência tão importante para a região Costa Verde.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 33

O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Seguindo a ordem de inscrição, concedo a palavra ao nobre De-
putado Rocha, por 1 minuto.
O SR. ROCHA (PSDB-AC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero parabenizar os servidores do
Poder Judiciário brasileiro pela mobilização em favor da derrubada do Veto nº 26.
Quero reafirmar o meu compromisso e o meu empenho caso o Governo Federal deixe que a sessão
do Congresso aconteça hoje: irei convencer os demais Parlamentares a derrubarem esse veto. Não vai ser
comprando apoio político com cinco, sete Ministérios que o Governo vai passar por cima da vontade do
povo brasileiro.
É bom que se diga que não foram os servidores do Poder Judiciário que colocaram o Brasil na grave
crise em que se encontra. Também não vai ser na base da mentira, dando números falsos que o Governo vai
convencer os Parlamentares desta Casa.
Sr. Presidente, nós acompanhamos a concessão de sete Ministérios pelo Governo para manter o apoio
político no Congresso. Ao que tudo indica, até a Presidente Dilma aproveitará o embalo e mudará para o PMDB,
para tentar manter um Governo falido, que jogou o Brasil numa das maiores crises da sua história.
Era esse o meu registro.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao último orador inscrito, nobre Deputado
Edinho Bez, por 1 minuto, podendo se estender por mais 1 minuto, o mesmo que estávamos concedendo aos
demais oradores. Em seguida a palavra passará a ser concedida por 3 minutos.
O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meus colegas Parlamenta-
res, há 12 anos estou na Comissão de Viação e Transportes; fui Secretário de Estado de Infraestrutura em Santa
Catarina e tenho certa intimidade com a área de infraestrutura nacional.
Estamos programando visita aos portos pelo Brasil afora, até no exterior, e queremos aproveitar para
convidar os nobres colegas. Amanhã, a partir das 16 horas, estaremos em Navegantes, onde vamos visitar o
Porto de Navegantes. Serão 2 horas em cada porto. Depois iremos a Itajaí, onde, à noite, nos reuniremos com
empresários.
No dia 12, às 8h30min, visitaremos o Porto de Itajaí, também por 2 horas; às 11h30min visitaremos o
Porto de São Francisco do Sul, onde fui o primeiro Presidente do Conselho de Autoridade Portuária – CAP; e às
15 horas participaremos de reuniões no Porto de Itapoá.
Depois retornaremos a Florianópolis, onde este Parlamentar será homenageado. Em seguida iremos para
Imbituba, onde, no dia 3, sábado, pela manhã, visitaremos o último e importantíssimo porto de Santa Catari-
na, o Porto de Imbituba; e, às 11 horas, liberaremos os integrantes da missão oficial para que possam retornar
a Florianópolis e viajar para seus respectivos Estados.
Não há como falar em investimentos, atrair investidores, aumentar a nossa produção se não tivermos
portos adequados para recebê-los. Lembro que mais de 97% das nossas exportações e importações passam
pela via portuária, pelos portos brasileiros e do mundo. Nós visitamos outros portos também, porque é im-
portante avaliarmos cada questão.
Nós vamos discutir com os administradores os problemas existentes, para avaliá-los em conjunto com a
Comissão de Viação e Transportes.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na qualidade de Deputado Federal pelo sexto mandato consecu-
tivo, membro da Comissão de Viação e Transportes desta Casa e Relator da Subcomissão Especial de Portos e
Vias Navegáveis, membro da Frente Parlamentar Mista da Infraestrutura Nacional, ex-Secretário de Estado de
Infraestrutura de Santa Catarina no primeiro Governo do saudoso Luis Henrique da Silveira, tomo a palavra
para falar sobre a missão oficial da Comissão de Viação e Transportes e Subcomissão Especial de Portos e Vias
Navegáveis aos Portos de Navegantes, Itajaí, Itapoá, São Francisco do Sul e Imbituba, em Santa Catarina, nesta
quinta-feira, dia 1º de outubro, até o dia 3, sábado.
Nobres Deputados, na comitiva liderada por este Deputado estarão presentes a Deputada Clarissa Ga-
rotinho, Presidente da Comissão de Viação e Transportes, e os Deputados João Paulo Papa, Alexandre Valle,
Juscelino Filho, Milton Monti, Hugo Leal e Mauro Mariani. Além do Ministro Edinho Araújo ou representantes
da Secretaria de Portos da Presidência da República; do Diretor da ANTAQ – Agência Nacional de Transportes
Aquaviários, Mário Povia, e representantes.
34 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O objetivo da missão é conhecer a situação dos portos catarinenses, discutir seus problemas e reunir
esforços para encontrar soluções.
Nobres colegas, a seguir estão enumerados os compromissos da Subcomissão de Portos e Vias Navegá-
veis em Santa Catarina nos Portos de Navegantes, Itajaí, São Francisco do Sul, Itapoá e Imbituba:
Dia 1º de outubro de 2015, embarque em Brasília com destino ao Município de Navegantes. Saída às
13h45min e chegada às 15h55min. Embarque em Van no aeroporto de Navegantes com destino a Portonave.
Às 16h30min, chegada a Portonave, em Navegantes. Visita ao porto. Apresentação da Portonave aos
membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis. Espaço para debate com Parlamentares.
Às 19h30min, jantar em Itajaí.
Às 22 horas, pernoite em Itajaí.
Dia 2 de outubro de 2015, às 8h30min, visita do Porto de Itajaí. Apresentação do Porto de Itajaí aos mem-
bros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis. Espaço para debate com Parlamentares.
Às 10h30min, deslocamento para o Município de São Francisco do Sul.
Às 12 horas, almoço em São Francisco do Sul
Às 13 horas, Porto de São Francisco do Sul. Visita ao porto. Apresentação do Porto de São Francisco do
Sul aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis. Espaço para debate com Parlamentares.
Às 15 horas, travessia de barco de São Francisco do Sul para Itapoá.
Às 15h30min, Porto de Itapoá. Visita ao porto. Apresentação do Porto de São Francisco aos membros da
Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis. Espaço para debate com Parlamentares.
Às 17 horas, deslocamento para o Município de Imbituba.
Às 21 horas, jantar em Imbituba.
ÀS 23 HORAS, PERNOITE EM IMBITUBA – SILVESTRE PRAIA.
No dia 3 de outubro de 2015, às 9 horas, Porto de Imbituba. Visita ao porto. Apresentação do Porto de
Imbituba aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis. Espaço para debate com Parlamentares.
Às 10h30min, deslocamento para o aeroporto de Florianópolis.
Às 12h30min, previsão de chegada ao aeroporto de Florianópolis
Solicito a ampla divulgação deste pronunciamento nos veículos de comunicação desta Casa e, em espe-
cial, no programa A Voz do Brasil, pela importância dessa missão oficial.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimen-
to ao Plenário do seguinte

ATO DA PRESIDÊNCIA
Nos termos do § 2º do art. 202 do Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial desti-
nada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 450-A, de 2014, do Sr. Eduardo Cunha e outros, que
“altera o art. 93 da Constituição Federal” (estabelece que os processos distribuídos aos membros e órgãos do Poder
Judiciário sejam analisados em ordem cronológica, ou seja, de acordo com a ordem de chegada).
A Comissão será composta de 26 (vinte e seis) membros titulares e de igual número de suplentes, mais um
titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas, designados de acordo com §§ 1º
e 2º, do art. 33 do Regimento Interno.
Brasília, 29 de setembro de 2015. – Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Dando início ao período das Breves Comunicações em que a pa-
lavra é concedida por 3 minutos, convido a fazer uso da palavra o Deputado Heitor Schuch, do PSB do Rio
Grande do Sul.
O SR. HEITOR SCHUCH (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.
Colegas Deputados, estimado povo brasileiro, há muito tempo se questiona a função, a eficiência e a
eficácia das agências reguladoras, seja a ANEEL, a ANATEL, a ANAC ou as demais. No mês passado, inclusive,
enviamos uma correspondência à ANAC questionando a brusca elevação do preço das passagens aéreas nos
últimos meses.
Eu quero agregar aqui a manifestação que está no Jornal do Senado do dia 29 de setembro de 2015 so-
bre as passagens aéreas mais caras do Brasil. O Senado fez duas audiências públicas neste mês para cobrar
explicações das empresas e do Governo sobre as exorbitantes tarifas dos voos para as cidades da Amazônia.
Está mais barato morar nos EUA e vir trabalhar em Brasília do que morar na Amazônia. Essa é a conclusão do
estudo do Senado.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 35

Mas eu quero agregar a esse fato que nós, Deputados gaúchos, Deputado Jose Stédile, estamos em uma
situação muito semelhante. Um voo para Montevidéu está mais barato do que um voo para Porto Alegre nos
meses de novembro e dezembro.
Eu me ative a esse tema e fiz um levantamento com maiores detalhes. O nosso gabinete comprou no
mês de abril uma passagem referente ao trecho Porto AlegreBrasília e vice-versa por 171 reais e, no máximo,
257 reais. O valor é por trecho. Comprei passagens em 13 de agosto por 189 reais e 285 reais.
Agora preciso adquirir bilhetes para os meses de novembro e dezembro. Os preços variam de 557 reais,
valor mínimo, a 1.134 reais. Esse valor é por trecho.
Pergunto: onde estão nessa hora a ANAC, a INFRAERO, o Governo e o Ministério Público Federal?
O fato de as passagens saltarem de 171 reais para 1.134 reais é culpa de quem? Seria do câmbio, do pre-
ço do querosene de aviação, da crise econômica? Ou esses mil por cento de aumento são fruto da ganância,
da ausência de regramento ou do capitalismo inescrupuloso que explora sem dó nem piedade os usuários do
serviço?
Deixo aqui essa interrogação, esse questionamento, porque efetivamente existe algo errado. Isso não
condiz com a realidade. E nós, servidores do povo brasileiro, temos a obrigação de perguntar, de questionar,
de fazer as interrogações.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu é que agradeço, nobre Deputado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, já há muito tempo se questiona no Brasil a função, eficiência e
eficácia das agências reguladoras – ANEEL, ANATEL, ANAC, etc.
No mês passado enviei correspondência à ANAC questionando a brusca elevação no preço das passa-
gens aéreas nos últimos meses.
O Senado fez duas audiências públicas neste mês de setembro para cobrar explicações das empresas e
do Governo sobre as exorbitantes tarifas dos voos para as cidades da Amazônia, mas os preços exorbitantes
e aumentos sem justificativa não são somente para as cidades da Amazônia, no trecho de Brasília para Porto
Alegre sofremos com o mesmo problema. E não vejo nenhuma ação do Governo cobrando das empresas aé-
reas a justificativa para tais aumentos.
Meu gabinete comprou passagens em 24 de abril para o trecho POA/BSB e vice-versa por valores
entre R$171,93 e R$257,54 por trecho. Comprei passagens em 13 de agosto por valores entre R$189,54 e
R$285,73.
Agora preciso adquirir bilhetes para novembro e dezembro e os preços variam de R$557,54 a
R$1.134,54 por trecho. Pergunto, indignado: onde estão a ANAC, a INFRAERO, o Governo, o Ministério
Público Federal?
Em meio ano as passagens saltaram de R$171,53 para R$1.134,54. A culpa é de quem: do câmbio, do
preço do querosene de aviação, da crise econômica ou esses mil por cento de aumento são fruto da ganância,
da ausência de regramento ou do capitalismo inescrupuloso que explora sem dó nem piedade os usuários do
serviço?
Sr. Presidente, peço que este discurso seja encaminhado à publicação nos órgãos de comunicação desta
Casa e no programa A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado João Daniel, do PT de Sergipe.
S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. JOÃO DANIEL (PT-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado. Sr. Presidente.
Na última sexta-feira, tivemos o prazer de realizar, na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, uma
audiência pública para ouvir a sociedade sergipana, em especial a da região sul do Estado de Sergipe. Apro-
veito para parabenizar os Deputados Estaduais, em nome do Presidente Luciano Bispo, porque mais uma vez
utilizamos o espaço daquela Casa Legislativa.
Ao longo de mais de 10 anos, debate-se a criação de uma reserva extrativista fundamental destinada a
comunidades tradicionais, posseiros, quilombolas e pescadores da região sul do Estado de Sergipe.
Um grande estudo feito pelo Instituto Chico Mendes mostra a viabilidade e a necessidade dessa reserva,
e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária tem um trabalho nessa região.
Na última sexta, realizamos essa grande audiência pública em que tivemos a participação do nosso que-
rido Deputado Federal Edmilson Rodrigues, representando a Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal
e de mais de 300 lideranças de movimentos sociais, de movimento popular e movimento sindical.
36 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Quero agradecer pela presença à Frente Parlamentar Mista de Meio Ambiente, Segurança Alimentar e
Comunidades Tradicionais, à Assembleia Legislativa de Sergipe, na pessoa de sua Coordenadora, a Deputada
Estadual Ana Lúcia, e aos demais Parlamentares que participaram daquela audiência.
A Procuradora-Chefe do Ministério Público Federal e todas as entidades que lá se pronunciaram exigem
e cobram que o Governo Federal possa criar essa reserva extrativista.
Ouvimos o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério de Minas e Energia. Apelamos para a importância
da preservação dos rios, da mangaba, das matas e, em especial, da proteção das comunidades.
Ao longo do tempo, na história dessa rica região, tem sido proibido que os pescadores tenham acesso
aos rios por ser uma região nobre.
Quero parabenizar todos os Prefeitos que lá estiveram, em nome do Prefeito José Leal, de Indiaroba, e
da Prefeita Gracinha, de Itaporanga, com o apoio dos quatro Municípios para a criação dessa importante re-
serva. Foi debatida e discutida a Reserva Extrativista do Litoral Sul de Sergipe e Proteção da Mangabeira, com
apoio da sociedade sergipana, e também a preservação da mangaba, sobre a qual há nesta Casa um projeto
de nossa autoria.
Era esse o nosso registro, Sr. Presidente. Agradecemos a todos que lá participaram.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu que agradeço, nobre Deputado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo esta tribuna para registrar que no último dia 25 de setembro
realizamos o Seminário sobre a criação da Reserva Extrativista do Litoral Sul de Sergipe e Proteção da Manga-
beira, numa realização da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, numa iniciativa do meu
mandato, com apoio, no Estado, da Frente Parlamentar Ambientalista de Sergipe, que tem como presidenta
a Deputada Estadual Ana Lucia. Discutimos com as entidades da sociedade, o Ministério Público Federal, os
órgãos estaduais e federais que tratam da questão o andamento do processo de criação daquela unidade de
conservação.
Registro com muita satisfação a participação do nosso companheiro, Deputado Edmilson Rodrigues,
do PSOL do Pará, que nos deu a honra de contar com sua experiência como Prefeito de Belém e lutador das
causas sociais no seu Estado e no Brasil. Agradeço demais a sua atenção com o nosso seminário e com o
nosso Estado.
Faço também meus agradecimentos à companheira Ana Lucia, que mobilizou o seu mandato em prol
do sucesso do evento.
A criação dessa reserva é da maior importância para o nosso Estado e, principalmente, para a região do
litoral sul do Estado, que abrange os Municípios de Estância, Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Itaporanga
D´Ajuda.
A proposta foi iniciada em 2005, encontrando-se hoje no Ministério do Meio Ambiente, esperando uma
análise do Ministério das Minas e Energia para a sua conclusão.
Ouvimos no seminário depoimentos importantes das lideranças dos trabalhadores da pesca artesanal
e catadoras de mangaba, como os apresentados pelos companheiros José Moraes, Presidente da Colônia de
Pescadores de Estância e de João Batista do MST e da companheira Alícia Santana, Presidenta da Associação
das Catadoras de Mangaba de Estância, os quais deram contundentes depoimentos das suas lutas em defe-
sa da preservação daquela região e também do risco que correm pescadores e catadoras de mangaba com o
crescimento da especulação imobiliária, com a ampliação da área de plantação de eucaliptos e com a violência
que cresce com capangas de proprietários contra os pescadores e catadoras.
Importante também foi a participação da Dra. Lívia Tinôco, Procuradora Chefe do Ministério Público de
Sergipe, que vem trabalhando nesse processo desde 2005. Os nossos agradecimentos àquela jovem procu-
radora que demonstra um compromisso republicano em favor do desenvolvimento sustentável do Estado e,
mais especificamente, em defesa da população daquela região.
A Dra. Lívia marcou sua apresentação pela cobrança aos órgãos federais, destacando a demora da deci-
são, sem que se tenha clareza dos impasses que dificultam a aprovação. Referiu-se ao trabalho do ICMBio e o
esforço do INCRA, destacando o papel do nosso companheiro Fontenely, que não mediu esforços para fazer o
levantamento completo da área, estranhando porém a posição do Ministério das Minas e Energia que se colo-
cava contra a implantação da RESEX, sem porém identificar saídas para o problema.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 37

Ressalto, porém que na audiência todos os órgão foram unânimes em apresentar saídas para a continui-
dade do processo. Foi assim com ICMBio, na pessoa do Aldizio Lima, do MMA, com a apresentação do Secretário
Carlos Guedes e do MME, com a exposição do Coordenador Clayton Souza.
Vale ressaltar também a fala do Prefeito de Indiaroba, José Leal, que se mostrou inteiramente favorável
à continuidade da proposição.
Assim, saímos do Seminário com os seguintes encaminhamentos: articular, junto à Secretaria do Patri-
mônio da União – SPU e INCRA para agilizar a identificação da área; articular reuniões entre Ministério do Meio
Ambiente, ICMBio, Ministério de Minas e Energia, para buscar solução definitiva para o impasse; apresentação
de um documento desse evento para a Presidência da República, MMA, MME, com moção de apoio à criação
da RESEX; elaboração de uma moção de apoio ao Projeto de Lei nº 1.066, de 2015, que trata da proteção à
mangabeira; montar um Grupo de Trabalho para continuar as discussões com INCRA, EMBRAPA, órgãos fede-
rais, do Estado e dos Municípios, movimentos sociais para fortalecer o movimento; por fim, propor o uso dos
recursos de compensação do campo de Piranema para aquisição ou desapropriação das áreas a serem incor-
poradas à RESEX.
Agradeço também o apoio da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na pes-
soa do seu Presidente, Átila Lira, e a dedicação da sua equipe no apoio ao evento, o que contribuiu para o
seu sucesso.
Desta forma, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esperamos que a solução para a criação da Reser-
va Extrativista tenha ganhado um grande impulso. Comprometemo-nos a dar continuidade às ações neste
sentido.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Rocha, do PSDB do Acre. S.Exa.
tem 3 minutos na tribuna.
O SR. ROCHA (PSDB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a cada dia o Governo do
PT envergonha mais o povo brasileiro.
É bom lembrar que, logo no começo do ano, a revista Veja publicou uma matéria que denunciava que
o empresário do ramo da construção, o Sr. Léo Pinheiro, havia construído ou ajudado na reforma de um sítio
que pertencia ou que pertence ao Presidente Lula. A mesma delação que foi objeto dessa matéria jornalística
tratava também de outros favores recebidos pelo ex-Presidente.
Ontem, as investigações da Polícia Federal na Operação Lava-Jato, às quais tiveram acesso vários
veículos de comunicação, divulgaram o verdadeiro papel do Presidente Lula nesse esquema criminoso de
agenciamento de recursos do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Sr. Presi-
dente, elas trazem claramente os e-mails trocados entre o empresário da Odebrecht, que está preso, e os
Ministros do Governo Lula.
Começa a se fechar a rede que envolve o grande artífice desse esquema criminoso: o Presidente Lula.
Antes, o ex-Presidente negava a prática do lobby. Hoje, de forma descarada, tenta justificar a ação criminosa e
imoral, segundo o art. 37 da Constituição Federal, dizendo que é legal, é legítimo.
Ora, Sr. Presidente, estamos diante de mais um caso em que o Governo do PT ou os Governos do PT en-
vergonham o povo brasileiro; mais um caso em que o Governo do PT é usado para favorecer pessoas ligadas
ao Governo e, dessa vez, o próprio Presidente Lula.
Não bastam os milhões de reais que o ex-Presidente ganha com palestras. Não bastavam as inúmeras
viagens que o ex-Presidente fez em jatinhos de construtoras. Agora, a Polícia Federal começa a descobrir a ver-
dadeira função do lobista Lula, que atuava em favor do tal clube das empreiteiras.
Sr. Presidente, mais uma vez o Governo do PT envergonha o povo brasileiro. Está estampado nas capas
dos jornais brasileiros mais um escândalo, dessa vez revelando o verdadeiro papel do Sr. Lula nessa trama cri-
minosa que roubou bilhões de reais do maior banco brasileiro, o BNDES!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra, por 3 minutos, ao Deputado Fabricio Oliveira.
O SR. FABRICIO OLIVEIRA (PSB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu falei nesta tribuna, há
dias, sobre as crises que o Brasil está vivendo e as suas ramificações: a crise econômica, a crise federativa, a cri-
se moral e a crise política. Recebemos na Casa, há poucos dias também, o Orçamento vindo da Presidência da
República com déficit de mais de 30 bilhões de reais. Também temos presenciado o desconcertante relaciona-
mento entre os Ministérios. Há declarações desorientadas, declarações desconexas. Acima de tudo, falta uma
agenda que diga ao Brasil como vai sair desta crise.
38 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O que faz a Presidente da República diante disto? Para combater a crise, incluindo a crise política, ela
manda a esta Casa a bandeja do fisiologismo. Agora começou a dança dos Ministérios. Esta é a atuação da Pre-
sidente da República no combate à crise? Esta é a atuação da Presidente da República, que, em vez de mandar
a esta Casa um pacote de medidas claras, objetivas, com dados e números, com o corte de Ministérios, faz en-
tão a dança dos Ministérios? Infelizmente, é isto o que nós temos presenciado nesta Casa.
Sr. Presidente, eu quero também dar conhecimento a este Plenário de um projeto que protocolei, que
dispõe sobre a criação do Fundo de Combate à Corrupção. Proponho que 10% do valor recuperado através das
ações das instituições – da Polícia Federal, do Judiciário –, na apuração de crimes como lavagem de dinheiro,
corrupção passiva e corrupção ativa, sejam usados para o aparelhamento da Polícia Federal.
Nós temos que valorizar as instituições que têm feito um grande préstimo à democracia e, acima de tudo,
ao combate à corrupção neste País.
Então, protocolo este projeto para que, realmente, o fortalecimento dessas instituições seja não somente
a referência para o Brasil, mas também a proteção da democracia, a proteção de todas as instituições.
Muito obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Valmir Assunção, por 3 minutos.
O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. e Sras. De-
putados, eu venho a esta tribuna para dialogar sobre um tema que acho importante: o PRONERA – Programa
Nacional de Educação na Reforma Agrária, criado no Governo Fernando Henrique Cardoso.
O Governo Lula, sem dúvida nenhuma, ampliou muito as ações desse programa, o que permitiu a mi-
lhares de pessoas que viviam dentro dos assentamentos em todo o País – assentados, filhos de assentados –
acesso ao ensino superior, acesso à alfabetização de jovens e adultos. O PRONERA foi responsável por ajudar,
cada vez mais, as pessoas mais pobres a terem acesso à educação.
Nesse aspecto, os movimentos sociais neste Brasil cumpriram um papel fundamental na relação com as
universidades públicas, que são responsáveis por executar esse tipo de programa em todo o País.
Qual foi a minha surpresa? O Deputado Fernando Francischini, do Paraná, foi Secretário naquele Estado
e foi exonerado do cargo, porque espancou, torturou os professores, mandou bater neles. Eles estavam em
uma luta justa, por melhores salários, qualidade de vida, qualidade de trabalho, direitos pelos quais é justo as
pessoas lutarem. Pois a polícia, lá do Paraná, a mando do Secretário Francischini, bateu nos professores, es-
pancou os professores.
Agora, o Deputado fez um requerimento pedindo explicação à Universidade Federal do Paraná, porque
ela está oferecendo curso pelo PRONERA! Vejam, ele não sabe que esse programa foi criado no Governo Fer-
nando Henrique Cardoso! O Deputado Francischini alega que os cursos do PRONERA se destinam a doutrinar
os sem-terra para manter o esquema de poder do Governo Federal!
O PRONERA tem a função de criar oportunidade para os pobres estudarem, de criar oportunidade para
os pobres serem alfabetizados, de criar oportunidade para centenas e milhares de jovens assentados no pro-
cesso de reforma agrária terem acesso ao ensino superior.
O Diretor do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade do Paraná deu a resposta correta, importante,
para que o Deputado Francischini, que foi demitido do Governo do Paraná por ter mandado bater nos pro-
fessores, pudesse ter uma compreensão maior sobre esse programa e sobre sua importância para a luta pela
reforma agrária.
Precisamos, cada vez mais, ter esta compreensão: para avançar no ensino superior, é preciso criar opor-
tunidade justamente para as pessoas mais pobres deste País. Por isso o sistema de cotas foi fundamental. Eu
acho que é um erro do Governo Federal acabar com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
e com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, porque esses são instrumentos importantes para dar visibili-
dade àqueles que não a têm no nosso País.
Por isso, Sr. Presidente, é preciso que o Deputado Francischini leia as regras do PRONERA, para não co-
meter erros como o de mandar bater nos professores.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ninguém jamais será capaz de vir a esta tribuna dizer que educa-
ção não é um direito de todos e todas. Mas é na prática que conhecemos os reais posicionamentos e, princi-
palmente, os preconceitos e projetos políticos defendidos.
Até pouco tempo, embora a educação seja um direito garantido, somente uma parcela da população
brasileira tinha o real acesso a esse direito em sua plenitude. Principalmente quando se trata de ensino supe-
rior, a elitização das universidades federais era nítida. Os filhos dos pobres, dos trabalhadores e das trabalhado-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 39

ras, com muitas dificuldades chegavam à universidade, quando chegavam. O destino de muitos era entrar no
mercado de trabalho sem a qualificação necessária e sem ensino superior, com oportunidades de crescimento
intelectual e profissional reduzidas.
Por isso, programas como o PROUNI são importantes. Por isso, incentivos às universidades, implan-
tação de políticas afirmativas e construção de novas universidades, principalmente no interior do Brasil, foi
prioridade dos Governos petistas. E a concretização do sucesso dessas políticas está no aumento do núme-
ro de negros e negras em cursos universitários, a maioria deles com desempenho invejável; está no filho do
pedreiro, na filha da empregada doméstica, que concluem curso superior. Essa é a verdadeira democratiza-
ção do ensino superior.
No campo, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA cumpre o importante pa-
pel de garantir ao camponês e à camponesa os mesmos direitos. Com a participação dos movimentos sociais,
o programa construiu pontes com universidades e escolas para que todas as fases do ensino sejam oferecidas.
E se enfrentamos o desafio de manter as escolas abertas no campo, de modo que as crianças camponesas te-
nham a escola perto de suas casas, no que tange o ensino superior temos o desafio de ampliar a presença de
camponeses e camponesas nas universidades em cursos regulares, respeitando o modo de vida dos jovens
camponeses. Ou seja, as metodologias pedagógicas precisam se adequar a uma realidade diferente da reali-
dade urbana.
Parece óbvio, mas não o é para alguns Parlamentares. Recentemente, o Deputado Federal e ex-Secretário
de Segurança do Paraná, Fernando Francischini, o mesmo que tratou professores como bandidos e promoveu
um verdadeiro massacre contra essa categoria nas ruas de Curitiba, enviou para a Universidade Federal do
Paraná um ofício pedindo informações sobre um curso de Direito que será oferecido à população do campo
através do PRONERA.
O referido Deputado, afirma querer debater uma “doutrinação ideológica do MST” e “do atual governo
petista” para a “manutenção de seu projeto de poder”. Ora, ou o Deputado está mal informado, ou possui con-
cepções sobre educação que excluem o povo camponês, ou simplesmente não suporta a ideia de que os filhos
da reforma agrária tenham acesso e capacidade de defender seus próprios direitos. Que continuem subordi-
nados a esse tipo de ideia ultrapassada, típica da Casa Grande.
Mas não, meu caro colega, o Brasil mudou! Não que ainda não tenhamos muitos desafios a ser enfren-
tados, mas já mudamos. Sua perspectiva não cabe mais no País da inclusão, no País da democracia para todos
e não para uma só parcela da sociedade.
A resposta do ofício encaminhado à UFPR não poderia ter sido melhor. Primeiro, quero cumprimentar,
pela aula de civilidade e bom senso o professor e diretor de Ciências Jurídicas, Ricardo Marcelo Fonseca. Cum-
primento o professor por gastar seu precioso tempo para explicar o óbvio sobre o PRONERA, aliás, como bem
lembrou o professor, um programa criado por um governo do PSDB, mas convém afirmar que só virou política
de Estado com o Governo Lula.
Uma resposta contundente, mas que nos remete com bastante lucidez aos episódios ocorridos no Pa-
raná, ao tratamento dispensado pelo Deputado Fernando Francischini aos que realmente se interessam pela
educação pública e não por pseudopolêmicas que não possuem fundamentação na realidade. O que o De-
putado, infelizmente, demonstrou com esse requerimento e sua justificativa foi total desconhecimento (será
seletivo?) das políticas de educação existentes no Brasil. E, mais, sobre quem ele acha que tem o direito à edu-
cação superior pública.
Faço questão de anexar a este discurso a resposta da UFPR. Não somente por achar bastante didático a
toda a Câmara, mas também para que inspire outras universidades a buscarem as políticas disponíveis para
efetivar o acesso à educação superior ao povo camponês.
Sr. Presidente, solicito que este pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos meios
de comunicação da Casa.
Muito obrigado.
40 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Wl
Ul!'IVZRSIDADZ M:D&JIAI. DO PARAHÁ
J'ac:Wdade de Obclt09 Setor 4c Clleetaa .JwWlc:u
a•
Praça k8l01 A.ndfad.e, &O · udu • CU 1002~00 CwttJh · Pan..a'
Foae/Vu: 1041t 331026.18 . alle.: www.d.tf'clto.u.rprJu

CL' RJTID.\, 28 DE l'IITE.\IBROl)F 2015.

Prezado Depurado I cmando f'ranci•chini:

l'endo ~ido a rnJm encaminhado pelo ;l.bgnifico Re1tor da l"l·l'R


um o ficao dn sua la\' ta (de número 03,., 2015 G J·J·), que pede tnformaçõc< sobre a
n::~ lv:aç:it~ de um cur>o de Direito ''com 60 \'ag:lS c:'!clusi,·as para inwgranrcs do MST'.
de,·o di7er-lhc <JUC cu poderia rc<pundé-lo, de modo cl:uo c objeÚ\'O, dcs:>:\ forma: "não''
pois não fo1 cmdu um curso de Direi ao pam mrcgrnnrc> do 1\IST. Simplc, a>sim.
.\la, como seu oficio :tduz tnmbém que busca C'lsa anfom1aç:iu
para, a parur dcb, in~aaurar um debate n:a Càmarn dos Depurados sobre, nas suas pab,•ras.
:t " aemari,·a de doutrimção ideológica deste nl\1~J go,·cmo peaistn", penso ílue \'alha a pena
~cbrcccr \'ossa l:.xcclénCJa com alguns dado que foram agnorndos ou lluc lhe passnrnm
despercebidos. É t1uc, conhecedores que todos nó:. somos (c por "nós", rcfrro-mc a nth
p:arnnaen<es) da atenção que \ 'ossa b"cclcncia dJspcns:t no tema da educ:tç:iu, certamente
lJUC l>arumos da pr<:mll!~a c1uc $cu nficio não tem nenhum interesse eircun~tnncia l <JUc
csrc1a hgado :to connarbado contcxw político :uwl, mas que decorre do desejo de uma
genuína conrribuaçiio parn o debate sobre a educação pública ~upcrior em nosso pai~. Por
a<so, exponho a SL'gW< o que considero o prmcipal a ser csclarcc:id11.

I. O I.JUC é o prmcipal, logo de saída, é di1cr <JliC n:iu fm cn:u.b


uma "rurmn para integrnmes do t-. 1. !~';o que foa ms rinúda pela l: I·PR foi, isto sim, uma
runna de Direito para bcncfid:irio~ da Rcfom1a \gr:iria, o que é muno difcrcnre. Como
ccrtamcnrc é do conhccuncnto de \'oso;a Excdêncaa, o problema da Rcfonna .\ gr:íria no
l!ra~al é secular, é grn\'c c c muito anrcno r à prt) pria cmçio do ;I.I ST - que é somente um
dos mm•amcn to" sociai". dcnrrc rnnro>. que cxtstcm em funç:io da premente ttue~riio
fundün.1 no Bras1l. Por •~so, cmão, >Cna angcnuidadc rcdu11r o prob lcm.~ fundiáno
br:asilcrro (que existe de,dc a épc•C!I das sesmarias porruguc~as) a um mm imenro ~oCllll
c>pccifico.
2. Preocupado com :1 tiUC>Ino funduiria, o E•tado bra~alctro Hm <c
mo,·cndo c tomandu pro,·adénctas h:i muito tempo. E umn d:1s pro,-idênci."L< conexas à
quesaào funch:iria no Hrnsil sempre foi n cducaç.~o das populações do campo. l'ot nessa
cstc.arn <JUC foa craado pelo própriu guvcmo fcdcrnl o PRON I ~R.\ (Programa 'ac:ion:1l de
hducaç:io na Rcfom1a .\ grária), justam.:nte t:om 'asaas :1 consrirwr uma polioc:t púb!Jca de
inclusão social de pnrceb> cb nus>n população - ocssc c~:so. por mc1o da cducaç:io - que
hisroocamcmc esri"cram ~ margem do sistem:a cducaCJon.-tl público. Com i~!<O. ~enhor
Depurado, j:i fic:a desde IOf,OO c;:s clnrccado o ~cgwnte: a L' I·I'R nadn tn\' entou; o <JUC cb fc:r
foi tão somente ndem n uma poliúca pública ofici:~l de i m biro nacional, pré cxastcntc c
clcndamenre regubmcnrada, msuruicb pdo própr10 J.ltni~réno do Dcscm·olnnn·nw
,\ ),>r.Íno, <Jt•C ~ \'Oh:tdn para fomentar a educação de pnrc:cbs da popubçào do campo
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 41

l/lllVER.SIDADE n!DERAL DO PAJIA.KA


F'ac\lW•••4e Dlnlto. Setor 4e CliDc:lu Ju:.ridfcu
,..,. laato• An41,.4e. 60 · 1• ud.a.r · C&P 10020.300 Ctuitn.a • ~'
Poee/ru: (041 ) 331026tt. 11t•: ...... Jrelto.-.tp-r.br

sod:almcnrc ,·ulnccivcts. l\l:ÜOR"< mfo rmaçiic.<. sobre esse progmma gm·ernanwnral podem
~cr factlmcnte cnconrrndas no ~íuo eletrôruco do T\hmsté rio do IJe,cn,·okimemo .\gmrio
(hnp:// w\\' \\ .mda.go' .h r/ ~ncmda/ tag\/pmncrn) .

3. . \lcís , é unponnnrc dbcr que a tmciam·a, fundndh no


PRO ER.\ em cri.nr turma$ C$peCÍfi<::lll par:~ lx:ncficW:ios d a reforma ngcim - ou SCJ3,
assentados, filhos de assentados, quilombobs, lx:ncfict:inos do crédno fuodúno c dcm:us
f11milias cadastradas no I 'CRI\ - não são n0\':15 c não MtO pouc:~~: J:Í fornm in>ututda, (c
cnncluíd:ts) múmcrns turmas Brasil aforn sol> esse si~tcma, sempre com cxcclcnt~"<
resultados, c munas estão agora em andamcnro em ,·ânos L'S tados da fcdcraç:io. Só para
mencon:tr rumus do curso de Dircno do PROc Ell\, é possível ciiJir wna rurma ptonctm
na l ' nivc.:rsidadc l·cder.tl de Goi:is (onde todo~ estão J:Í formados) c c.lua' runnas na Bahia
(que c.:stiio em amlamcmu). Isso para niio met1CJonar as múmcms oulr.ls runn:ts de outtos
cursos (scrYtco SOCL'll. pedagogCJ, mcdJcmn vecenmiru, etc.) J>Or rodos os camos de nos~a
federação. Nenhum mocÍ\·o para nlnnnc ou p:inico, portamo: a L' FJ>R só fez (pela pnmcirn
\'C1, c cu diri~ ncé wm um cerco atraso) ntJuilo que ramas oulr.ls unh-cr~idmlcs j:i tinham
fcico.

4. E na mcdtda em que conscato, Senhor Deputado, que extscc da


sua p~rtc 11 prcocupnçiio de <JUe colaria havendo um "dcs,·inu:uncmo das insuruiçi>e> c.lo
Estado'' pelo aru.1l governo, dc,·o relembm lo de um fato irnporL'lnte: a cmçào do
PRONER.\ se deu pela Portnrtn lll/ CJR, d" 10/ 0.J/ 1998 (d o Mirusrério Extraordin:iriu de
Polírica FundJ:iru) c dcpoi.~ se mcorporou inscirucionalmenu: :to I 1CR.\ no ano de 2001
(que cdiwu. na tp<1<::1. a J>nrtana 837). Ou se1a: o PRO F.R,\ foi cnado pelo governo do
PSDB (de f<cmando l lennquc C:mloso), c nio pelo go,·emn do PT. 1\.~o h:i scmitlt>
nenhum, portamo, em hgnr o PRONERA no arual f\O\'Crno. O PRONER.\ consolidnu·sc
como políocn pública c se mosttn cbrnmcmc como um progr:una msrirucionahzado de
Estado, e não de governo.

5. I: a L 111\'crsidadc c o curso de Direno da L"J· J>R. para msnrwrcm


css:t rurm.'l, cutdarnm de abrir um debate prévio muito amplo.•\ proposta «aiu de um
considcr:í,·cl wupo de prnfe;.sore~. c~rutl:t ntcs c cécnicos ndmini,rlliÜn)'l no ano de 2011.
I n<JU.1111t> l)iretnr, cu m~o-.:mo, na ocn~do, enc.1mlllhci a proposta recebida pnrn th scussiio
em todas as urudadcs <JUC compõem o Sccor de Cicncias Jurídicas (quarm Departamentos c
um 'Iúci cu de Pr:írica Jurídica) . . \ proposta foi mtcnsamcme dcbncida c ao final nprcwadn
em todos esses col<-gmdos - que cont:~m C(lnl n panicipaçào de docentes, clisccnrc.:~ c
~crndorcs técrucos. , \pôs. hou,•c npronv;io Jn prnposta pelo colq~indo c.le c uNo de Dircuo
c de nosso Conselho Sctorial. Dcpo~> di,S<>. trnmicou gindn em dois colcgtados supcriorc>
d a l ' f- l'R (o \.l ~J>E.Con~cl ho de E nsmo. PcscJuisa c Extensão c o COPL\D-Con~clhu de
l'bnc1amemo c .\dmmtsrraç:io). Só depots de rudo tsso é que foi as.•mado, no ano de :!O I-I.
um "rcnno" enrrc J, C:R.\ c L' H 1R parn unplcmcnmçào da l'urm:1, que começou as
aci\'ic:bdcs no início do nno de 201 S c em brc\' C \'ai completar o seu pnmct.ro ano de
funCJonnmcnco. com muno êxno. Tudo isso, Senhor IJcpumdo, para U1c esclarecer que csS:l
42 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

rac~U4• 4 • Dtr•ll~ hto:r 4• Cli ot:lu Jwi4lcu


a.a,.,.
UFPRI ..,..ça l u to. And.,._de, 50 · l" · CU 1002~00 C.ntJ.ba ·
, . . ., , _ 104 11 331026U • ...., .,..,4 1rolto.vfpr.lor
Pua_nj

Turma foi rc~uhado de u ma proposta msorucional compleXJI e colcgiacb, com membrus de


todas as catcgori:h que comJ'>Õcm a L llJ\'ChuhJ e (Dcpammcnto~, ' l ~J, Colegiado ele
C:urso, Conselho Scronal, CEPE e COPl .. \ D). que debatct:tm c rcOctirnm tntcn~amcme
sobre ~:1 propost:t. I~ bom t1uc se dibra, indu t\'c, tlue um dos argumentos que fornm
Jectst\'OS nessa dtscuss.;;o fot a tmponâncta da rc:tlv~'lçio de um.'l in~erçào soct:U rt.'!lpon':í' cl
por parte de umn unl\•er..td:tdc públic:t.• <•mo~ difcrcntt.'l> c dc\·cmo~ ter uma mcion:Uid.'ldc
diferem c d:ts tn~tllu u;iic~ prt\':td:t~. Portanw. tenha em contn que a deosiio de insnrwr essa
tunno n:io foi do Rctror, mmha ou de qualquer pe:>SOa mdt,·idu:Umenre con,td erndn: fm de
uma d ecL~:io tomada por muiras dC?enas de pessoas. tnregrnnres de múmer<h colcgudo,
que. por su~ \ ' C7, rcprcscmam dm; c,fcrn' da nossa msurwç:io. Ou seJa: a "expltcaç:io"
tJUC é pcdJtb c a cltsutss:io que a punr dai é mstal:tda conccm c à nos!>.'l mscirUJç:io como um
rodo. que nprm·ou, condu7 e é rc.~pon s:h·el pelo acompanhamenro de~ ~ runna.

6. Nessa mcsnu senda, e já que \'o,~a Excelência \:IJ le\':lr c.<~~c


tema à Comi~~:io de Educ:1ç:io dn C:im:~m dos Deputados, JX:ço a gentileza l.le ch~·e:tr se
:unda se encontram em \'J~or o arr. 2()7 da ConsÚruJção e o an. 53 da LDU Lct de
Diremzes c llnses da Educação (que estabelecem a autonomia dn~ Uruversidades nos
planos d id:ítico-cienrificu. administrao\'<) c fin3ncciro) .• c cstin~rem ,-igentcs - c espero que
esteJam . pm~ a auronomtn é uma cond1ç:io cenrrnl para 'JUe :~s L' mverstdadcs escrç:un seus
nustcrcs com bbcrdnclc c mdepc::ndi:ncia - cncareco que wdo esse debate lc,·c e m contn
<.~scs \':Uorcs jurídicos. que nós constdcrnmos como fu nd:unenr:us.

7 .•\pro\'elto mmbém IY.Irn contnburr para que \'ossa Excclêncm


nào se ap<XJUente com bonto~ d" que tcna ocorrido, na seleção dcs~n turma, uma
dcscon~idcmc:ic> completa d.'l :t\ ahaçiio de mérito no processo sclcti\'o d~es aluno~. ~~ que
todo~ os 41! csrudantcs que hu1e compilem essa rurma passamm pelo ris.\·owso processo
;clcrh·o do EJ E.\1 - que, como cerra mente é do seu conhecimento, prcstde hoje (de modo
parcial ou mesmo totll) :1~ formas o.lc ingresso do• alunus n:1;, L'ni\'c rsidadcs l·cdernis. \ li:í~.
chamo a :m·nç:io <1uc, no t1lcimo vt.-stibular d:1 L'FPR um total de .30" '' das \':IJ.ÇI~ foram
preenchidas com baJ~e no SISl' (Sistema de Seleção L' nificada). que leva em coma a pcna, o
desempenho no E, 1-::.l\1. Mais um:• \ ez, nenhum escindnlo no ar.

8. Emendo amda parn. m:us uma vez, aplacar um C\·enrual temor: o


de l.jUc a ncollm.la dessa rum1n tenha ,·iol1do o pnncipso consuructonnl d1 tSonomL'I. 1: ts~o
por dua~ raztk~: a pnmell':l é CJUC q u:~ndo nosso Supremo Tnbunal 1-cdernl Julgou que n:io
hana wcin1de alguma no ststcm:l de IJUOtas nas Unh·erstdades púbh~s. adu~ iu C(>m clareza
o emcndimcnro (que nos parece de fato Ôb\·to} que o u ~o de form:t' de "d i:.cri nun~çiio
p<)~ili\'a" nào ()fende u principio da isonomb, mas sim realtzn-o, sob u m aspecw
sub~t:~ n ci:tl (.\ DJ>l· l&í/ DF, Rei. l\lin. Rte:trdu 1-c\\andowsk.J). O \·oto nrg umcnra. em
suma, que dar oportuni dade~ a tJUem fot cstnJturnlmcntc e xcluído do sisrcma de en~sno é
algo <JUC implcmenta - c n:io oft•nde - o pnncípso da tgu.'lld:tdc. ào se rrnta c.lc cltscuur o
accrw ou desacerto dc~sa dccisiio, sr. Deputado, mas simplesmente consmtar q ue o S rl·
entendeu dessa fom'!n, e de mnnctrn clnqucnte (o plac.'lr, qunndt> ocorreu <.>;o.sc julg:~mcnto
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 43

em 26/04/2012, f!>l de lO x 11). h amd~ há uma segunda m7ào p:u::1 afasr11r esse temor: é a
cons12mçiio do sunplcs f~ to de que a rnsraumção dessa 'Jum1a niio rcnrou a \'ag.t de
ninguém, J:Í que a extstcncm da Tumu não redu7ru o número de ofcnus regul:ucs para o
nos~o vc~tibubr (<jue é c continuou sendo de 200 \ "llg:JS por ano).

9 . •\hás, pessoalmente me surpreende muno que 2 insraurnçiio de


"Tunna, e~pecmi~" ~ó le\":lnte esse npo de atenção quando ocorre com setores excluído, c
pouco pn\'tlcgiados de nossa socredade. l•so porque J:Í foram criad:a• ,·árias "'Tunnas
c~pccrar •" em ourros rempc>s c em \":Írur.s umdadcs da L' I·PR (na m:uor pane na p(•s·
grndwção), como runna> parn inrcgrnnres do llanco do Hrns rl, no Setor de Ciêncras Socrnrs
Aphcndns. ou rurma para membros do 1\hntsténo Públrco, como ocorreu h:í muitos o~nus
no no o m<.-smo ~eror de Ciêncra Juridrcns. E nunca nmgucm questionou a sua
consrirucionalidade ou mc>mo a corwcnrêncra dc<~~a~ miciaova~. Temos que ter cwdado
redobrado, senho r Ocpuradu, pa111 não tcm1os nesse ucbatc um olhar sclcri\•o que rc\·clc,
em \"crd:~de, puro prcconccrro de classe.

10. Gostaria, por fim, de acn:sccmar algo ,obre C'>-~c rema


e~ t:rnnhamcnrc rccorrcnrc - in,·oc:tdo pelo seu o ficio - da "ideologtza~o" de nossas
L'ni\·crsidadc~ Públicas. Ser que \'ossa c.,.ccfência não se fo nnou na l "j.l>R, mas em
imoruiç:io de ensino ~uperior privnd:t c rah·ez também por tsso lc\'C a oério mais tio que
dc,•eria alguns niculos de informação (sobreruuu alguns "blogs". nncioruis c loc:11s), <J UC
r~tsrem em d~-squalrficar o ensino público ~upcrior como >Cndo "perisra" ou "esqucrdJsta".
Quem \'1\' e a uni,·crsrdadc " por dcncro" n:io rem como lc,•nr a séno essa conclusão, ou ao
menos ubc m:uiz:i-b de modo difere me daquele' que se dedicam a 2rncar n L nrn~rsrdadc.
Isso não quer d!7cr que dentro das unr,• en~idad(.-s (c a nossa n:io é exceção) não haJa uma
alta cafbr.l idcoli>gtca e que nela pululem discussões políticas de rod2 ordem. , o curso de
Dircilo, p<>r c;,.cmpl<>. remo~ desde grup<lS de csrudos do libcrnli ~mn (que se dedicam a ler
1\liscs c l layck) até colcuu>s uu grupos que se d<."tlrcam :tos cstudo'i de gênero ou ao
m:~rxi~mo. E é n:~rurnl que assim ;.cja. A ~ uni\ ersitl.1dc~ imum.'!! a idcol<>g1a• c à política oiio
somente aqucb, que funcionam em períodos de ditadura (c cu pressuponho, claro, que
\ 'ossa E ...cclência niio tenha <jualqucr nosulgia desses período,). ,\final, como acrcdirar.
hoje em dra, em neutralidade axiolúg11::t absulura na~ ercna."l!!? Endcnrc CJUC h:í também
parccb, malitnlliC$ dcnrro das unÍ\·ersidadcs, que ils \"CZ~ ~:io murro salremcs c ,·isí,•cl!l
(sobrcrudo nos sJmlrc:uus, p<>r exemplo). Mas em tempo!> como us nosso" é um erro cras.<o
julgar o todo pela pane..\ l'm,·crsiuadc, Senhor Depurado, é o lug:ar do plurnhsm•> de
ideras, da divcr>itbde uc conccpç&cs c. obrcrudo, da liberdade de expressão c de ensino.
Se em dado momcmo algum.1 concepção se lllO!>([llr mais hcgcmi,.,ien do que outra, ISSO
deve se rcsoh•cr na própna "batolha dJ, Jdcllls" . ,\ um,·crsrdadc rem que ~cr esse espaço
plur:al c não cocrOO\'C> do confronrn t.lc concepções, dc\'e se consumir numa :turênrica
•Í!fim c. p<lr isso, dc\'C assumJI a voc~çiio de ~er um \'Crdadciro farol p:trn a socrcdadc
(ap~ar dos defcnos que naruralmcmc tcl\hll c c.l.1< C\'Cnruaas disrorçõcs que C\'Ciltualmcntc
sofm, como qu:~k1ucr rn~mmção sofre). \lr.~s. Senhor Dcpur:tdo, niio ~c rludn com o.;
rnrcrcsses n:io republicano~ (muims vezes ligado~ a rmcrc,scs privndos) que csriio por trás
44 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

.......; .... , ... Anclrú~. 150 - I• ...~. . - cu 10020-300 c.rlllk . Panud


UFPIII Foao/Fu: (04 11331<n681 · citei ......dlnlto .uTpr.br

cL1 Slstcm:iuca de:wa loriz:~çào 1b L' m,·crsJ<ladc pública yuc hu1c ass1srimo~. C:re1o que um
reprc.cnrame do po,·o, se me permite di:-cr, niio dc\'C 1ognr água o~sc moinhn.

I I . J>ur c~~a.~ rn7Õcs rod.1s - q ue di7cm rcspci10 3 tdcnrid.1de que


temos c prcrcndcmos rcr cnquamo comunid:tdc UOI\'er:strária - é c1ue me parece ncccss.'Írin
qucsnonar se,·cramcnrc a prcmu;sa (que p~rccc c>l:lr contida no ·cu oficio) de t1ue
implemcnr:unos uma runna do PRO. LR.\ por aderim1os a um projeto de poder do
partido hoje no j.,'O\'Cmo, c. amda p1or. para fo mentar aquilo que o :.enhur chama de
"manute nção de JUOIC!o de poder" do go\ e mo arual. I~ unporrantc, sctthor Deputado.
rcspcirar um a comurudadc unl\'crsu:inn aU1Õnorn.1 c in tclccrualiz:~dn, que pensa c contribui
par:• con:nnur o no.so E.srado h:i m:u ~ de 100 :mos. • ão no:. JUij.,'\JC como meros "animais
de rebanho", como din1 ' icr7schc. potS sabemo a\·alur o que fazemos c temos plena
consciéncb de nossas rcsponsab1hdadcs.•\ char lJUC \~Írio~ anos de debate sobre o rt:ma c
que dcliberac;ocs de nm·c colcgrad vs dtfercntcs (incluindo d01s colcgudos supcriorc~ da
L'FPR) rcnham ap ro\·ado essa Turma por e~rarcm comprometidos com o AO''c m o o u com
um projeto de patrulhnmcnro idcológtco o u de poder nno é somcme algo cqur\'C>C1ldo, mas
~obrcrudo é tremendamente ofcnsh·o para a L' I·PR em geral {c para o curso de l)ircllo em
particular). Saiba q ue todos o~ pmfc~sores que lcctonam nessa l'unnn siio douwrcs.
concursados, tém \'a~ t:l c:~rrctrn c tcnufica c M"gUCm o mcsmisstmo curriculo que q ualquer
ourro nosscl estudante de dm:iw d:1 l ' I·PR está seguindo. Sugeriri.1, Senhor Dcput11do, mats
n.-spciro para com es~a rnstiruiy.io ccntcnÍiria, formadora do:~ q uadro5 de nosso Estado c de
no!<so p:ús. Sugerim m:u~: um pcc.hdo fonna l de desculpas por ter fcuo uma
tmmuaçiio/acusac:io msr:imctonal de ter cn.1do umn Turm~ especial com os p ropósuos que
o ~enhor imagin<>u.
Por fim , Dcput::tdo. satba que, se Cl senho r o qm ~c r. 11, portlh do
curso de Dtrerto da l ' FI'R estarão abcrr:ts para que o senhor ,.~·rifique por SI me~mo como
functo na nosso curso e, em parucula.r, t.'Sb:l 1 urma do PROl' I: RA. l.crramc-ntc ,·crá ::t
seriedade, a lJUnhcladc rcóric;a c récntca dos conteúdo~ mmist:rados. bem como n
compromctimenro dos csrudames. \'em como é f:tntn ·io~a a idein de que aqui cxhle
"dou I nmção" - até porque dL'\'O lhe chzcr. sem f.1l•a modéstia, que boa pane dos nossos
professores se constituem como referência rcórica para o ensmo jurídico nnctonaL
Também não \'OU iludi-lo: aqut 11 ,cnhor n:io noi encunrrar muita~ pc:s.'lo!L' que
compartilhem a~ tdCJas que o ~nhc>r defende em seu m:~ndato. M:~s pode ,·ir sem rcceto,
pos. encontrará um ambicm c lJUC tem n,·cr~iio n ,·ioléncia por acredirar no di:ilogo; que
acn:dua na mrcligénci!l cnmo forma de C\ ' lt:u o cnnfronto; que preza, enfim, a J cmocrncia,
a plu ralidade de tdeins c sobrentdo quer manter o espaço Ulll\'crs1t:ino como o remtôno da
hbcrdadc.

Saudaçõc~ :~cadêm1cas,

)
RICARDO MARCELO FONSECA
Dire to r do Setor de Ciên cias juriruc a s
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 45

O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Valdir Colatto, por 1 minuto.
O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu volto a esta tribuna
para falar da greve dos fiscais agropecuários do Brasil. Nós estamos numa luta insana para que cesse a greve.
Ontem, tivemos uma reunião com o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários e a Frente
Parlamentar da Agropecuária. Conseguimos uma audiência, hoje à tarde, às 18 horas, com o Ministro Nelson
Barbosa, do Planejamento, para ver se fazemos o acordo que foi sinalizado pelo Ministério para transformar os
fiscais em auditores-fiscais federais, porque essa é a reivindicação deles. Ao Ministério da Agricultura já foram
encaminhadas as reivindicações, não há mais o que discutir.
Então, o apelo que nós fazemos aqui é para que os fiscais voltem ao trabalho e despachem os certifica-
dos, para nós podermos exportar, Sr. Presidente. Os portos estão com problemas de exportação, com os con-
tratos sendo quebrados. É uma luta danada para conseguirmos exportar carnes e outros produtos brasileiros
para o exterior. Quando os produtos chegam ao embarque, há o problema dos fiscais, que estão em greve e
não conseguem emitir os certificados. Com isso, nós estamos quebrando contratos.
É o apelo que eu faço aqui aos fiscais: que voltem ao trabalho, que acabem com a greve.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Jose Stédile.
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
o meu partido não participa do Governo Federal, e eu não tenho procuração nenhuma para defender Ministro
algum, mas estou estranhando o silêncio do Partido dos Trabalhadores com relação a uma pessoa: o Ministro
da Saúde, indicado pelo PT.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a atuação do Ministro da Saúde era praticamente consenso entre
todos os Secretários de Saúde do Brasil, com os quais eu falo e os ouço dizerem: “O Ministro conhece esse setor”;
“Esse Ministro nos recebe”; “Esse Ministro trata todos igualmente”.
Em time que está ganhando, Presidenta, não se deve mexer. É como o time que está caindo para a se-
gunda divisão, mas tem um centroavante que está fazendo gol. Aí o presidente do clube vende o centroavante,
como se ele fosse o problema. O problema, nesse caso, é o técnico. O problema, neste caso, é a Presidenta da
República, que mexeu em um Ministério de importância, como é o Ministério da Saúde.
Olhem a saúde, meus amigos! Olhem as medidas que a Presidenta está tomando com relação à saúde!
Ela está tirando dinheiro do Farmácia Popular. Milhões de brasileiros usam a farmácia popular, o único lugar
onde eles conseguem comprar remédios com abatimento, a um preço menor. E o povo não vai mais conse-
guir utilizá-la.
Por que tomar essas medidas? Poderia, por exemplo, dizer que não há recurso. E quem tem problemas
de diabetes, como eu tenho, e de hipertensão, como também tenho? Se eu quiser pegar remédio gratuito, eu
posso. É claro que eu não vou fazer isso, em respeito aos recursos públicos. E por que não colocar limites? Tem
gente que ganha 50 mil, 100 mil reais e pega remédio na farmácia popular. Pois então limite esses recursos
para quem precisa mais, e não mexa na Farmácia Popular.
Colocou o Ministério da Saúde, com toda a sua importância, tendo em vista que trabalha com a vida das
pessoas, numa mesa de negociação, no “toma lá, dá cá”, para segurar um partido e tentar sobreviver no cargo.
Lamento que o Partido dos Trabalhadores se silencie neste momento, mas o povo brasileiro está obser-
vando, Sra. Presidente. Esperava medidas que reduzissem os custos da máquina pública, e não que o Governo
fizesse negociatas para prejudicar a vida e a saúde dos brasileiros.
Era isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Vou conceder a palavra ao próximo orador inscrito, Deputado
Giovani Cherini.
Antes, porém, enquanto S.Exa. se dirige à tribuna, ouviremos o Deputado Augusto Coutinho, primeiro,
e depois o Deputado Augusto Carvalho.
O SR. AUGUSTO COUTINHO (SD-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há pouco, um Deputado do
PT veio aqui questionar um requerimento que o Deputado Fernando Francischini fez ao Ministro da Educação.
Pasme, povo brasileiro! É bom que ouçam isto: não bastasse o que o PT vem fazendo na saúde, na edu-
cação, na administração pública, achando pouco, agora criou cotas para o MST. O MST vai ter cotas em facul-
dades do Paraná e de Pernambuco.
O Deputado Francischini está questionando isso ao Ministro da Educação, e tem de questionar. O MST
é o braço armado do PT e assim tem se posicionado claramente. Agora, recentemente, o ex-Deputado Pedro
Corrêa fez uma delação premiada, e o MST invadiu a fazenda do ex-Deputado, que é dele desde 1954.
46 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

É esse braço armado que o PT quer beneficiar, e nós não vamos aceitar, não. O PT já emparelhou demais
este País, e temos de acabar com isso, Presidente. O Ministro tem de justificar por que está dando cota ao MST.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Tem a palavra o Deputado Augusto Carvalho.
O SR. AUGUSTO CARVALHO (SD-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós fomos convocados
para estar aqui, na sessão da Câmara, às 11 horas, na expectativa de que às 11h30min se iniciaria a sessão do
Congresso Nacional para apreciarmos os vetos apostos pela Presidente da República às matérias que foram
aprovadas pela Câmara e depois pelo Senado. Como sabemos que o Presidente Renan Calheiros reluta em
colocar em apreciação o veto que diz respeito ao financiamento das eleições, matéria aprovada pela Câmara,
pergunto a V.Exa.: teremos sessão do Congresso? Teremos a apreciação dos vetos do Judiciário? Milhares de
servidores do Judiciário aguardam, há meses, a votação desses famigerados vetos, e agora, com uma manobra
atrás da outra, são reféns desse desentendimento.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. AUGUSTO CARVALHO – Pergunto a V.Exa. se teremos sessão do Congresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Nobre Deputado, nós estamos aguardando a determinação do
Presidente. Vamos tocando a sessão extraordinária, que é a nossa, é regimental. Temos todo um planejamento
para a sessão. Vamos esperar. Na hora em que houver quórum, começaremos a Ordem do Dia. A princípio, é
isso. Qualquer determinação do Presidente repassaremos a V.Exas.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Giovani Cherini. S.Exa. tem 3 mi-
nutos na tribuna.
O SR. GIOVANI CHERINI (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-
mentares, eu sou a favor da mudança do Estatuto do Desarmamento e ofereço dados.
Desde que entrou em vigência o Estatuto do Desarmamento no Brasil, Lei nº 10.826, de 2003, que não
proíbe a posse de armas por parte do cidadão, mas cria extremas dificuldades para que ele exerça esse direito,
as taxas de homicídio têm aumentado gradualmente. Nos 7 anos antes do Estatuto, 211.562 pessoas foram
assassinadas por armas de fogo. Sete anos depois, o número de assassinatos subiu para 245.496. Em 2005, fo-
ram 45.578 assassinatos e, em 2012, 56.337. Isso representa um aumento de 18,4%, o que nos faz chegar a uma
taxa de 29 assassinatos por 100 mil habitantes. Para entendermos melhor a dramaticidade desses números, a
Organização das Nações Unidas considera como epidemia o índice acima de 10.
Mais de 50 mil mortes ocorrem, anualmente, por arma de fogo, que não são causadas por cidadãos de
bem. O Estado do Rio Grande do Sul sofreu um aumento de 68,6% do índice de homicídios.
Sabe-se que muitas são as causas da violência: impunidade; leis penais muito brandas que facilitam a
liberdade condicional de criminosos, que voltam às ruas para cometer novos delitos e assassinatos; o tráfico
de drogas, etc.
Vivemos um clima de insegurança e quem sofre é o cidadão de bem, aquele que trabalha honestamen-
te, que apenas quer sair de casa sem medo de não voltar e que não gostaria de ter de se preocupar em ver sua
propriedade ou família ameaçadas.
Junto com o Estatuto veio ainda a campanha para que os cidadãos entregassem as armas que já pos-
suíam. Brasileiros honestos que poderiam portar armas para defesa própria ficaram sem meio de se proteger.
E aqui lançamos a pergunta: algum bandido entregou sua arma na campanha do desarmamento?
Assim, o cidadão comum é duplamente punido pelo Estado, que não cumpre com sua função básica de
promover a justiça e a segurança e, ainda por cima, dificulta que a população exerça o seu direito à legítima
defesa com força proporcional à usada por grande parte dos bandidos, qual seja a arma de fogo.
Por essa razão, temos que mudar o Estatuto do Desarmamento. A proposta que tramita na Câmara propõe
que o porte de armas tenha validade indeterminada. Atualmente, o porte tem de ser renovado a cada 3 anos.
A proposta também prevê que o cadastramento de armas seja gratuito, para acabar com a imensa quantida-
de de armas existentes na clandestinidade. A proposta também diminui a idade mínima para que um cidadão
possa comprar armas – de 25 para 21 anos. Afinal, uma vez que se discutiu aqui reduzir a maioridade penal de
18 para 16 anos, certamente uma pessoa pode portar armas a partir de 21 anos. Se um menor, aos 16, pode
responder por um crime, não é possível que um cidadão de bem tenha que esperar os 25 anos para ter o direi-
to de adquirir a sua arma para sua defesa. E o texto ainda permite que a Polícia Federal faça esse acompanha-
mento. O texto permite também permite que órgãos de Segurança dos Estados e do Distrito Federal possam
fazer o registro e autorizar o porte de armas, tarefa que atualmente é exercida pela Polícia Federal.
O projeto prevê ainda que taxistas e caminhoneiros portem armas dentro do veículo e estende o porte
de armas durante o trabalho para agentes de medidas socioeducativas e agentes de trânsito.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 47

São 60 milhões de brasileiros que votaram “não” no plebiscito de 2005 e que, até hoje, não têm os seus
direitos respeitados.
Vamos mudar o Estatuto do Desarmamento, ou do “armamento”, para que os caminhoneiros possam
usar arma no seu caminhão, para que o taxista possa ter uma arma no seu táxi, após se fazer teste psicológico
para saber se essa pessoa pode portar arma.
Se um brigadiano, um policial, que faz cursos, se prepara, pode usar arma, por que um cidadão de bem,
após fazer teste psicológico, bem cuidado, não pode também?
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Ronaldo Nogueira, que fará um
registro de 1 minuto.
O SR. RONALDO NOGUEIRA (Bloco/PTB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero dar como
lido pronunciamento que faço, em que manifesto minha preocupação com o retorno da inflação e, também,
do desemprego. Não era essa a expectativa que a sociedade brasileira tinha com relação ao Governo da Pre-
sidente Dilma Rousseff.
Nós manifestamos aqui a nossa disposição, inclusive, de ajudar o Governo, desde que o Governo queira
ser ajudado, no sentido de colocar novamente o Brasil no caminho do progresso, para que a nossa indústria
nacional possa voltar a crescer, gerar emprego, trazer desenvolvimento social e econômico para a Nação.
Era isso, Sr. Presidente.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna tecer alguns comentários sobre a inflação e o
desemprego neste primeiro ano da reeleição do Governo Federal.
No dia 24 de setembro, o Banco Central anunciou estimativa para a inflação que eleva em 0,5% a sua
última, divulgada em junho, que era de 9% para esse ano. Ou seja, hoje é esperada pelo próprio Governo uma
desvalorização do dinheiro que o trabalhador recebe em torno de 9,5% durante todo esse ano.
Ainda que as últimas eleições não tenham feito seu primeiro aniversário, o dinheiro do povo, além de
não aumentar em quantidade, pode comprar cada vez menos! E as perspectivas só vêm piorando, haja vista
que a taxa de desemprego atingiu 7,6% em agosto, configurando um quadro de ascensão em relação ao mês
anterior (julho) deste ano, quando era menor.
Devo acrescentar que tal avaliação levou em consideração as informações disponíveis até o último dia
18, ou seja, quando o dólar estava R$3,90. Na quinta-feira passada, a moeda de referência estrangeira chegou
a estar cotada em R$4,24! Se não fossem ameaças de medidas paliativas por parte do Banco Central, a moeda
deveria permanecer naquele patamar. Assim, posso dizer que a expectativa não era essa, desemprego e inflação.
O povo brasileiro não merece passar por isso. Digo isso ao lembrar do povo gaúcho, com quem cresci e
aprendi os valores que represento aqui na Câmara dos Deputados.
Quero ressaltar que estamos trabalhando para mudar esse cenário e ajudar o Governo, se este quiser ser
ajudado, para colocar o Brasil de volta no caminho do desenvolvimento e da estabilidade.
Era o que eu tinha a dizer.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Fabricio Oliveira.
O SR. FABRICIO OLIVEIRA (PSB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gostaria de
requerer a divulgação no programa A Voz do Brasil do meu pronunciamento em que dou conhecimento ao
Plenário de que está entre nós a Prefeita da cidade de Bombinhas, Santa Catarina. A Prefeita Paulinha se en-
contra aqui no plenário.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Obrigado, Prefeita, pela presença. Eu já estive na sua cidade, que
é maravilhosa e onde a água é quente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra à Deputada Elcione Barbalho, por 3 minutos.
A SRA. ELCIONE BARBALHO (Bloco/PMDB-PA. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, venho a esta tribuna trazendo comigo a mais profunda indignação do povo paraense por causa da
situação em que se encontra a educação do meu Estado. Como se não bastassem os péssimos indicadores de
aprendizagem dos alunos paraenses, estatísticas que amargamos há mais de 1 década, agora, o Sr. Governa-
dor decidiu privatizar o reforço escolar, repassando um total de 7,8 milhões a duas instituições particulares. O
dinheiro está sendo jogado fora, se considerarmos que determinadas atividades poderiam muito bem ficar a
cargo dos professores efetivos, que são devidamente remunerados para exercê-las.
48 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A justificativa para a contratação seria a realização do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, e da
Prova Brasil, que é um dos componentes do Sistema de Avaliação da Educação Básica, numa tentativa clara e
evidente de maquiar a vergonhosa situação do ensino no Pará.
Enquanto empresas privadas estão sendo beneficiadas com dinheiro público, recurso proveniente dos im-
postos que pagamos, bastaria que o Estado negociasse com os professores a reposição dos dias parados durante
a greve, por exemplo. Em vez disso, o Governador nem sequer consegue conter o fogo amigo que estampou, no
Jornal Nacional de ontem, a situação das escolas no interior paraense. A reportagem, veiculada pela repetidora
da TV Globo, grupo jornalístico pertencente a um grupo ligado ao Sr. Governador Simão Jatene, revela como os
alunos da Ilha de Cotijuba, que fica em frente a Belém, aprendem: com paredes prestes a cair; um único banheiro,
sem qualquer condição, e um ambiente sem nenhuma ventilação. Essa é a realidade das nossas escolas.
Em Soure, alunos da Escola Gasparino Batista da Silva, após 4 meses de paralisação devida ao risco de
incêndio causado pelas péssimas condições da escola, decidiram arriscar e voltar às aulas. O drama vivido pe-
los alunos de Soure arrasta-se desde o ano passado. Mesmo assim, alunos e professores decidiram prosseguir
com as aulas, apesar do risco constante de incêndio!
Sr. Presidente, é revoltante o desrespeito e o descaso com que o Governador do Estado trata seus alu-
nos e professores. O Plano Nacional de Educação estabelece sete itens de infraestrutura básica para as escolas.
Infelizmente, um estudo do movimento Todos pela Educação revelou que só água tratada e energia existem
em mais de 80% dos colégios; menos da metade das escolas têm bibliotecas, acesso à Internet, quadras de
esporte, esgoto sanitário, e só 8% contam com laboratórios de ciências.
Somente 1% das escolas do Norte do País conta com uma estrutura mínima, enquanto o Governador
do Pará gasta quase 8 milhões em repasse para instituições privadas de ensino, para aulas de reforço escolar.
Essa é uma afronta a nós paraenses, à sociedade, aos professores e, principalmente, aos alunos. A escola é
o espaço de formação do cidadão. Que pessoas estamos formando nesses ambientes que beiram a insalubrida-
de? Não adianta reforço escolar sem escola digna. Dignidade, acima de tudo, é o que falta ao Governo do Pará.
Sr. Presidente, eu gostaria que este pronunciamento fosse divulgado no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Sou eu que agradeço, nobre Deputada.
V.Exa. será atendida na íntegra.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Vitor Valim.
V.Exa. tem 3 minutos na tribuna, nobre Deputado.
O SR. VITOR VALIM (Bloco/PMDB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, demais Parlamentares,
venho à tribuna da Câmara Federal hoje, primeiramente, para lamentar que a minha cidade de Fortaleza, ca-
pital do Estado do Ceará, seja a capital mais violenta do nosso País.
Isso mostra que, durante os 8 anos do antigo Governador e Ministro meteórico na Esplanada dos Mi-
nistérios Cid Gomes, o retrato de um modelo de segurança pública que ele dizia ser referência para o País só
agravou a crise da segurança no meu Estado. Ele assumiu o Estado com índice de homicídios de 2 mil por ano
e o deixou com mais de 4 mil, dizendo que fez um investimento bilionário.
Sr. Presidente, eu não posso deixar de lamentar essa situação, como cidadão cearense e como cidadão
fortalezense. Só na capital do Estado, tive quase 60 mil votos – fui um dos mais bem votados – e não posso
deixar de levantar minha voz contra a política de segurança pública falida do antigo Governador Cid Gomes.
Agora a gestão atual, do Governador petista Camilo Santana, repete os mesmos erros da antiga, do ex-Gover-
nador e Ministro meteórico Cid Ferreira Gomes. Fala-se muito, mas trabalha-se pouco.
Outro assunto que eu quero trazer à tribuna, Sr. Presidente, é o da fala de um delegado da Polícia Federal
que hoje é capa do jornal de maior circulação do meu Estado. Segundo ele, desembargadores estariam bene-
ficiando traficantes com a venda de sentenças.
Esse é um assunto sério, que está sendo investigado em âmbito federal e em âmbito local. Precisa ser
tomada uma decisão, a mais enérgica e a mais célere possível, porque essa questão paira sobre todo o Tribunal
de Justiça. Passa um desembargador, e pensamentos: “Será que é ele o vendedor de sentenças? Será que ele é que
está beneficiando traficante, contribuindo para a insegurança do meu Estado?” Então, é preciso que se julgue e se
avalie rapidamente quem são os desembargadores que estão vendendo sentenças a traficantes.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu é que agradeço, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Silas Freire.
V.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.
O SR. SILAS FREIRE (PR-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, primeiramen-
te, gostaria de lamentar a perda do Sr. Joaquim Alencar Cunha, carinhosamente chamado de Quincas, um dos
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 49

mais tradicionais comerciantes do pulsante comércio da cidade de Floriano, no sul do Piauí. Que esta Casa re-
meta aos familiares nossas condolências.
Mas, Sr. Presidente, venho trazer nossa preocupação: Teresina, a Capital do meu Estado, Piauí, aparece no
ranking das cidades mais violentas do País. E nós estamos preocupados – é claro – porque também aparecemos
no ranking dos que menos investiram em segurança pública no ano passado e neste ano.
Precisamos rediscutir a política de segurança pública deste País. Os Estados estão falidos, os Estados
estão quebrados e têm que financiar sua própria segurança pública. No Piauí, por exemplo, o Governo – e eu
sou aliado do Governo – toma a atitude, por escassez de recursos, de nomear coordenadores da segurança
pública. Eu nunca tinha ouvido falar nisso! Esses coordenadores vão ficar nas cidades onde não há delegados,
respondendo como delegados. Isso é totalmente inconstitucional. Sabe-se lá se esses coordenadores serão
do setor público ou não!
Isso tudo é por escassez de recursos. Há concursados da Polícia Militar e da Polícia Civil, mas o Estado não
tem recursos para convocá-los! O Estado não tem condição de pagá-los! E nossa Nação, Sr. Presidente, continua
sem definir uma política de segurança pública com financiamento.
Como um Estado como o meu, o Piauí, vai poder aumentar seu contingente de policiais? Nós precisamos
pensar em uma polícia única! Nós precisamos pensar em um financiamento urgentemente!
Eu tenho, nesta Casa, Sr. Presidente, um projeto de lei que trata da redistribuição dos royalties, que ainda
estão em juízo. O Rio de Janeiro e alguns Estados querem ser donos dos royalties. Vinte por cento dos lucros
seriam destinados para manter a segurança pública, porque a insegurança hoje é uma realidade. As nossas
cidades estão esbanjando violência.
Por isso, eu venho aqui para chamar a atenção. Um Estado como o meu não tem como manter seguran-
ça pública de qualidade, porque não tem recurso. Ou a União define uma política de financiamento, ou nós
estaremos nas mãos da bandidagem.
Mesmo um Estado pequeno como o meu, o Piauí – vejam só! –, tem de nomear coordenadores, porque
não temos condições de nomear os concursados da Polícia Civil nem da Polícia Militar.
Eu discordo disso, embora seja aliado do Governo. É inconstitucional, mas isso se dá pela escassez de
recurso, porque o Estado não tem como bancar a nossa segurança pública. E a União faz de conta que não vê
isso, a União é quem mais arrecada e fecha os olhos para a realidade da segurança pública do País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu que agradeço, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Deputado Afonso Motta, vou dar a palavra a V.Exa., mas, antes, vou
concedê-la ao Deputado Sandro Alex para fazer um registro, porque S.Exa. vai para a CPI.
Com a palavra o Deputado Sandro Alex.
O SR. SANDRO ALEX (PPS-PR. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente; muito obrigado,
Deputado Afonso Motta.
O Brasil acordou hoje com o aumento dos combustíveis – na gasolina e no óleo diesel – aprovado na
noite de ontem, prática do passado a que pensávamos que não iríamos mais assistir no Brasil, mas que conti-
nua acontecendo.
O Programa Farmácia Popular foi cortado em 100%, corte que deveria ser feito, como fora anunciado pelo
Governo, em número de Ministérios, em cargos, em gastos nos cartões corporativos, em gastos em viagens
internacionais, mas foi feito no programa que mais assiste à população carente, no momento de maior dificul-
dade da população, que é na doença. Neste, o corte é de 100%. Já os outros cortes ficaram apenas no anúncio.
Esta é a quarta-feira brasileira: aumento dos combustíveis, corte na população mais humilde, e o Gover-
no sendo, nas pesquisas, desacreditado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Agradeço ao Deputado Afonso Motta, sempre muito gentil com
esta Presidência.
V.Exa., que é do PDT do Rio Grande do Sul, tem 3 minutos na tribuna.
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Carlos Manato, Sras. e Srs. Par-
lamentares: “As aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá”. Foi a visão de um novo mundo que inspirou essa
poesia. E nós estamos vivendo uma grande revoada nos partidos políticos.
Neste momento, é evidente, as escolhas têm se dirigido ao partido recém-criado. Nós temos o orgulho
da convivência com o Líder da Rede, Deputado Miro Teixeira, mas todos aqueles que têm o sentimento de re-
visar as suas escolhas e a sua participação política neste momento estão em movimento. Por isso faço a figu-
ração da revoada.
50 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Quero apenas registrar que, neste fim de semana, 63 Prefeitos no Estado do Ceará trocaram de partido
e se filiaram ao nosso PDT, 63 Prefeitos no Estado do Ceará. Isso ocorre no Brasil inteiro, nos Legislativos Esta-
duais, nas Câmaras Municipais, aqui neste Parlamento.
Daqueles que ocupam cargos majoritários, nós vimos um movimento, um debate importante sobre uma
nova acomodação no sentido de revisão de posicionamento, de avaliação programática, porque, no fundo, no
fundo, essa referência de que a troca de partido acontece por cooptação pode efetivamente acontecer, mas é
uma referência minoritária.
O que acontece é que estamos vivendo um momento de insatisfação com o processo programático, com
a forma de ver o mundo, com a forma de direcionar a política pública. E isso vem determinando novas escolhas.
Eu saúdo este momento como positivo, o que pode parecer, de certa forma, algo inusitado.
Acho que nós devemos fazer essa reflexão, porque de nada adianta nós continuarmos acomodados, de-
fendendo aquilo em que nós não acreditamos; nós continuarmos com as nossas conveniências e não poder-
mos dispor de todo o nosso posicionamento, daquilo que efetivamente nós temos: disposição para defender o
melhor direcionamento para a política pública, para trabalhar aquilo que é finalidade essencial do Parlamento
e de quem ocupa o espaço público para qualificar a vida das pessoas, na sua plenitude, da forma como nós
acreditamos, com a articulação das nossas bancadas, dos nossos partidos, que é a essência de quem faz política.
Portanto, é um momento, sim, positivo. Precisamos trazer a PEC, que prevê uma janela transitória, inde-
pendentemente do processo eleitoral, para que efetivamente nós concluamos essa etapa de nova acomoda-
ção, de novo posicionamento na participação dos partidos políticos nacionais.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Agradeço, nobre Deputado Afonso Motta.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Deputado Claudio Cajado, vi que V.Exa. já está se preparando para
falar, mas, antes, vou conceder a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá por 1 minuto, porque S.Exa. tem
que ir à CPI.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente. Agra-
deço também ao Deputado Claudio Cajado.
Sr. Presidente, logicamente, estamos preocupados, porque já se passou 1 hora, desde o início da sessão, e
está para ser votada a Medida Provisória nº 676, de 2015, que trata da alteração do fator previdenciário. Parece
ter gente que não está se dando conta da importância dessa matéria – o prazo para votação da matéria vence
no próximo dia 15. Ela tem que ser votada aqui e também no Senado, para, depois, virar lei, já que existe apoio
do próprio Relator da medida à proposta de postergar, até o final de 2018, a fórmula 85/95.
Só falta votarmos. Então, que todo mundo venha ao plenário para votar essa matéria importante e di-
minuir o tamanho do roubo, quando o trabalhador se aposentar.
É lamentável essa situação. Espero que votemos essa matéria ainda hoje.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu é que lhe agradeço.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Procurador da Câmara dos Deputados, De-
putado Claudio Cajado, do Democratas da Bahia.
V.Exa. tem 3 minutos na tribuna.
O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM-BA. Sem revisão do orador.) –
DISCURSO DO SR. DEPUTADO CLAUDIO CAJADO QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO,
SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.
O SR. PRESIDENTE Carlos Manato) – Com a palavra o nobre Deputado Governador Carlos Henrique
Gaguim.
O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-
dente, nobres pares, volto novamente a esta tribuna para falar sobre o meu Estado, o Tocantins. Ajudei a eleger
o Governador do meu partido, o PMDB, mas, infelizmente, Sr. Presidente, não foi ali me dada a oportunidade
para contribuir, para ajudar.
Como coordenador da bancada do Tocantins, tenho trabalhado na Comissão de Orçamento, em outras
Comissões, nas frentes parlamentares, onde discutimos o desenvolvimento do País, o desenvolvimento do
meu Estado e, inclusive, com a Ministra Kátia Abreu, o Plano de Desenvolvimento Agropecuário do Matopiba
e melhorias para o nosso Estado.
Infelizmente, Sr. Presidente, o nosso Governo está aumentando a carga tributária, e muito. Ontem à noi-
te, no meu Estado, aumentaram o ICMS, o diesel e a inspeção veicular, que passou de R$76 para R$237, um au-
mento absurdo, sem justificativa, neste momento de crise em que está o País. O Tocantins é um Estado novo,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 51

viável, que precisa de investimentos, precisa atrair empresas e ajudar o homem do campo, e o Governador vem
com esses aumentos absurdos. Não concordo com isso.
Faremos uma reunião com os membros da bancada do Estado, para discutir esse tema com a sociedade,
com os nossos Prefeitos, com os empresários, com as donas de casa, com os desempregados, com os estudan-
tes. Isto não pode acontecer com um Estado criado para ser modelo. Assim não está sendo modelo.
Estarei aqui para cobrar, porque é a minha obrigação. Essas medidas repercutem, e muito, na vida de cada
pai de família, do estudante que vai ficar sem estudar, porque não tem condições de pagar a mensalidade, do
cidadão que não tem condições de comprar um prato de comida, porque está muito caro o custo de vida. O
Tocantins não foi criado para isso; foi criado para dar oportunidades.
Nós estaremos aqui nesta Casa, dia e noite, ajudando nosso Estado, como coordenador da bancada, que
tem ajudado e muito. Vou demonstrar isso com o trabalho, dia e noite, com os meus pares, participando de
quase todas as Comissões desta Casa em prol do Tocantins.
Quero que fique registrado em A Voz do Brasil e nos meios de comunicação o meu posicionamento con-
trário ao aumento absurdo de impostos para a agropecuária, das taxas pagas para a ADAPEC – Agência de De-
fesa Agropecuária. Para transportar um animal – boi ou vaca – o custo era de R$0,90 e foi para R$1,50. Como
carretas e carretas de produtores, de agropecuaristas, acabam fazendo esse transporte, estão pagando muito
caro para sobreviver, e isso representa muito no dia a dia. Eu não concordo com esses aumentos. Pode haver
aumento, mas que seja dentro da normalidade. Como está acontecendo nós não vamos aceitar e vamos rei-
vindicar a redução das alíquotas, que estão muito altas.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Antônio Jácome, para o registro
de 1 minuto.
O SR. ANTÔNIO JÁCOME (Bloco/PMN-RN. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar,
quero registrar a presença no plenário do Dr. Kleber Morais, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco, no
Rio Grande do Norte.
Segundo, Sr. Presidente, quero manifestar a nossa grande preocupação pela informação que circula na
grande imprensa de que o Programa Farmácia para Todos está zerado para o Orçamento de 2016. Já fizemos
um requerimento à Comissão de Saúde. Amanhã, estaremos com o Ministro do Planejamento e vamos pedir
o apoio da Comissão de Orçamento e do Plenário desta Casa para que o Orçamento, que este ano é de 548
milhões de reais, não fique zerado, sob pena de milhões de brasileiros que precisam comprar medicamentos
subsidiados e de muitos proprietários de farmácia que investiram ficarem no prejuízo.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. Vamos divulgar no programa
A Voz do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Flavinho. S.Exa. dispõe de 3 minutos.
O SR. FLAVINHO (PSB-SP. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde a todas as Sras.
e a todos os Srs. Parlamentares que estão aqui e àqueles que nos acompanham pelos meios de comunicação
desta Casa.
Sr. Presidente, semana passada foi votado, na Comissão Especial, o Estatuto da Família, um grande avan-
ço, uma grande vitória para a família brasileira, que tem realmente a sua base na Constituição, no art. 226, que
diz que a família é constituída como base da sociedade por homem, mulher e filhos.
Foi uma grande alegria aprová-lo – aqui estão o Deputado Eros Biondini, também membro da Frente Par-
lamentar Católica, e todos aqueles que estavam lá. Não foi um avanço religioso sobre o Estado, como alguns,
de forma equivocada, estão dizendo, inclusive na mídia. É um grande avanço para que políticas públicas sejam
adotadas e para que a família possa ser, realmente, cuidada e preservada, como ela merece.
Aqueles que tiveram o cuidado de ler o Estatuto... Outro problema também que estamos tendo é que
militantes LGBT, que inclusive não leram o Estatuto, estão falando mentiras na mídia. O Estatuto não excluiu,
de forma alguma, aquilo que já foi aprovado pelo STF: a união civil entre pares homossexuais. Foi um direito
que eles conseguiram e nós não entramos nesse mérito.
Agora, nós não podemos legislar a partir da exceção. A lei parte da regra. E a regra é muito clara na Cons-
tituição Federal, no art. 226, que eu repito: a família, base da sociedade, é formada por homem, mulher e filhos.
Outro ponto, Sr. Presidente, é que ninguém foi excluído da base da família. Nós sabemos que tudo parte
dessa base: homem, mulher e filhos. Mas eu fui criado, por exemplo, pelos meus avós, e nunca deixei de me
sentir família. A questão não é esta. É uma mentira que está sendo propagada na mídia por alguns meios de
comunicação e também pela militância LGBT, que quer, sim, se sobrepor ao direito da maioria no Brasil, que,
realmente, respeita a família, seja religiosa ou não.
52 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A família brasileira independe de religião. Nós queremos defender de fato o que a família é e garantir
políticas públicas que possam preservar e valorizar as nossas famílias. E disso nós não vamos abrir mão.
Queremos que os nossos pares nesta Casa nos apoiem para que realmente a família brasileira seja pre-
servada de todo esse mal que tem tentado destruir as nossas famílias e as nossas crianças com a introdução
da ideologia de gênero nas escolas.
Nós estamos atentos a tudo isso e vamos, sim, lutar com todas as forças que temos para que a família
brasileira seja preservada e receba, sim, a atenção especial que garante a Constituição Federal.
Peço, Sr. Presidente, que a minha fala seja divulgada nos meios de comunicação desta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido na íntegra.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o nobre Deputado Hélio Leite, por 1 minuto.
O SR. HÉLIO LEITE (DEM-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas,
quero fazer um registro muito importante nesta Casa. Eu sou do Estado do Pará, do Município de Castanhal, e lá
a Fábrica Hileia, que fabrica biscoitos, massas, mistura para bolos, está fazendo neste mês 50 anos de existência.
Evidentemente é uma das primeiras indústrias do nosso Município e do Estado do Pará. A matriz está em
Castanhal e há filiais no Paraná, em Manaus, em Belém do Pará. São mais de 1.200 funcionários.
Faço este registro porque se trata de uma empresa saneada, com uma administração hoje muito nume-
rosa. Começou com três empresários. Eles tiveram a ideia de criar essa fábrica no Município. Hoje ela está na
contramão da crise, porque, enquanto empresas fecham e demitem funcionários, ela, ao contrário, emprega e
se expande, graças ao dinamismo dos seus empresários, daqueles que fazem a Hileia.
Portanto, quero parabenizar a fábrica Hileia, do Município de Castanhal, pelos 50 anos de existência.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Deputados, gostaria de destacar nesta Casa os 50 anos de existência da fábrica Hileia, completados no
último dia 26 de setembro. Trata-se de uma trajetória de sucesso, iniciada em 1965 pelos empresários Ignácio
Curi Gabriel, Odilardo Ramos de Araújo e Hélio de Moura Melo, na minha querida cidade de Castanhal.
Nesses 50 anos, a fábrica, com uma gestão moderna, com base em planejamento e responsabilidade,
tornou-se referência na produção de massas e biscoitos no Estado do Pará.
Vale registrar que a década de 2000 foi um período importante de expansão dos empreendimentos da
Hileia fora do Estado. E assim a empresa chegou a São Luís, Manaus, Fortaleza, Brasília e Marabá. O processo
de ampliação contemplou também investimento em infraestrutura, logística e equipamentos.
O compromisso de oferecer sempre um produto de alta qualidade levou a empresa a modernizar o La-
boratório de Controle de Qualidade, com a aquisição de fornos modernos para a linha de biscoitos.
Vale lembrar também o trabalho na área da responsabilidade social, com investimento em projetos como
o Castelo dos Sonhos, que há 16 anos atende crianças e adolescentes do bairro de Jaderlândia, visando à pro-
moção por meio de atividades esportivas e pedagógicas.
Gostaria de destacar a importância da Hileia na geração de mais de 1 mil empregos diretos, distribuídos
entre a matriz e as suas respectivas filiais.
Quero parabenizar os Diretores da empresa, Odilardo Ramos de Araújo Júnior, Sérgio de Oliveira Gabriel
e Hélio de Moura Melo Filho, filhos dos fundadores da empresa. Cumprimento também todos os funcionários,
que, com empenho e dedicação, ajudaram na construção dessa bela trajetória. Parabéns!
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Agradeço ao Deputado Fábio Sousa por ter esperado. Concedo a
palavra a S.Exa., que terá 3 minutos na tribuna.
O SR. FÁBIO SOUSA (PSDB-GO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma
vez eu subo a esta tribuna, infelizmente, para dar más notícias, até porque falarei de mais uma ação da nossa
governante, sempre preocupada em excluir as pessoas mais necessitadas do País.
Eu chamo a atenção da Deputada Mara Gabrilli, que aqui está, do Deputado Daniel Coelho e de tantos ou-
tros que trabalham na área social para essas informações que eu vou trazer. No Orçamento enviado a esta Casa, o
Governo Federal extingue, retira 3,8 bilhões de reais do Programa Farmácia Popular, criado em 2006, até por eles.
Sabe o que isso quer dizer, senhoras e senhores? O Programa dava 90% de desconto, ou seja, subsidiava
os medicamentos de alto custo para controle do colesterol e para tratar mal de Parkinson, glaucoma e osteopo-
rose; os anticoncepcionais e até as fraldas geriátricas para pessoas que precisam. Agora, cortou-se, extinguiu-se
esse benefício. Não existe mais. Não há verba para isso, não há recurso para isso mais. E as pessoas que precisam
de dinheiro para comprar os seus medicamentos de alto custo não terão mais acesso a eles.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 53

Ora, nós sabemos que existem pessoas que ganham um salário mínimo, dois salários mínimos. Com a
alta dos juros, com a alta da inflação, com a alta do dólar, o seu poder de compra cai. Evidentemente, não terão
dinheiro para comprar esse tipo de medicamento. E vão continuar sofrendo, por exemplo, com uma doença
tão séria, que atinge não só o vitimado, mas também a sua família: o mal de Parkinson.
Mas isso não para por aí, não, porque a maldade é feita a rodo, a cavalo, não é de uma vez só. Para os
senhores e as senhoras terem uma ideia, segundo levantamento feito pela imprensa, até ontem nós tínhamos
34.514 estabelecimentos cadastrados e credenciados, em 4.393 Municípios brasileiros, para fornecer medica-
mentos nesse tipo de atendimento, com desconto de 90% do valor.
Sabe quantos estabelecimentos desses nós vamos ter agora, Deputada Mara Gabrilli, V.Exa. que, repito,
tem um trabalho social fantástico? Vamos ter 460 estabelecimentos. De 34.514 estabelecimentos, nós passa-
remos a contar com 460.
Eu peço mais 1 minuto, Sr. Presidente, porque o assunto exige mais reflexão.
Pois bem, eu dizia mais uma vez que a atual governante, a atual Presidente da República, além de men-
tir para ganhar as eleições, além de usar da inverdade para ganhar as eleições e chegar ao poder, ao chegar
ao poder novamente, age contra qualquer tipo de princípio, não só da ética, da boa civilidade, mas contra um
princípio humano, que, pensamos, uma mãe, uma avó deveria ter, que é o de, no mínimo, conceder medica-
mento a quem tanto precisa, tanto quer e tanto deseja.
Dizem que o impeachment só deveria ser feito quando a pessoa tem crimes comprovados. Legalmente,
isso é verdade. Mas eu digo mais: quando uma pessoa é incompetente, numa empresa, ela não é demitida? Ela
não pede para sair? Então, termino de novo dizendo: Dilma, peça para sair, porque o Brasil não a aguenta mais!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Tenente Lúcio, do PSB de Minas Gerais.
O SR. TENENTE LÚCIO (PSB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje nós ocu-
pamos a tribuna porque era para as galerias estarem lotadas com os trabalhadores do Poder Judiciário, todos
aqui representados, e, infelizmente, isso não está acontecendo. Trabalhadores de todo o Brasil se mobilizaram
e estão lá fora, no gramado, na Esplanada, fazendo o seu buzinaço, e nós aqui, cometendo, talvez, uma injus-
tiça com os servidores do Poder Judiciário.
Era para estarmos votando hoje o Veto nº 26, de 2015. Iríamos dizer “não”, através do nosso voto. Há faixas
no gramado, dizendo o seguinte: “Nós só queremos justiça”. E o que está acontecendo é uma tremenda injustiça
para com os trabalhadores do Poder Judiciário. Isso não pode acontecer. Isso é uma judiação. Nós temos que
valorizar os trabalhadores do Poder Judiciário.
Sr. Presidente, hoje de manhã, no Auditório Nereu Ramos, nós estivemos com representantes de audi-
tores-fiscais de todo o Brasil. Eles querem que seja feita uma lei orgânica para a categoria, para que tenham
realmente o reconhecimento da sua carreira.
Nós conversamos com um grande amigo nosso de Uberlândia, Davi Araújo, que já foi Superintendente
da Receita em Minas Gerais, auditor do Estado por 30 anos e hoje está como Diretor Regional em mais de 30
cidades do Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba. Então, Davi, você e seus companheiros de trabalho podem
contar comigo. O Deputado Tenente Lúcio está do seu lado!
Para terminar, Sr. Presidente, eu gostaria de destacar a pessoa de Guilherme Miranda, Diretor do SINDUS-
CON – Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais, em Uberlândia; Vice-Presidente
da AMIS – Associação Mineira de Supermercados; Diretor-Presidente do Supermercado Econômico e também
do Frigorífico Real. Ele é um homem trabalhador, temente a Deus e está fazendo um trabalho extraordinário,
passando o Brasil a limpo e gerando empregos.
Parabéns, Guilherme! Continue dessa forma! Você ainda tem muitos frutos a colher, meu querido.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Zé Silva, do Solidariedade de Minas Gerais.
O SR. ZÉ SILVA (SD-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, estou ocu-
pando mais uma vez a tribuna para celebrar com um segmento tão fundamental para toda a saúde da popu-
lação brasileira, especialmente para as populações rurais, os agentes comunitários de saúde e os agentes de
combate às endemias. Eles realizaram uma campanha com muitas dificuldades e conseguiram nesta Casa a
aprovação do piso salarial para a categoria.
Comparo os agentes de saúde e os agentes de combate às endemias com os meus colegas extensionis-
tas rurais, que caminham pelos grotões do meio rural e do campo brasileiro para levar a presença do Estado.
Eu os considero extensionistas da saúde.
Nós conseguimos retirar, nesta Casa, o § 5º do art. 198 da Proposta de Emenda à Constituição nº 172, de
2012, para trazer mais clareza, principalmente para assegurar à categoria essa conquista e não dar aos Municí-
54 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

pios a alegação de incapacidade de pagar o piso salarial aos agentes comunitários de saúde. Mas acontece que
esse pagamento já é feito pela União, uma regra que o Governo Federal está cumprindo, repassando inclusive
o pagamento do 13º salário a esses profissionais da saúde. Com a retirada desse parágrafo, também ficou mais
clara a questão das 40 horas semanais.
Por isso, eu faço questão de cumprimentar e de me solidarizar com toda a categoria, especialmente a da
região noroeste de Minas Gerais.
Estamos sempre juntos, no Congresso Nacional, para trabalhar de maneira muito convicta. E esta Casa
não faltou com seu compromisso para com essa categoria e aprovou, em primeiro lugar, o piso nacional de
salários e, agora, também, a retirada desse parágrafo da PEC 172.
Ao encerrar, Sr. Presidente, quero também registrar que essa categoria precisa de outras conquistas. Por-
tanto, estamos aqui, firmes e fortes, para apoiá-los. Com certeza, isso é garantia de que estaremos tratando de
saúde e não de doença, ou seja, estaremos fazendo prevenção.
Queria pedir, Sr. Presidente, que este pronunciamento fosse veiculado no programa A Voz do Brasil e nos
meios de comunicação desta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido, nobre Deputado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, venho a esta tribuna manifestar minha alegria pela grande con-
quista que tivemos nesta Casa, assegurando um direito duramente conquistado por agentes comunitários de
saúde e agentes de combate às endemias, que é o piso salarial da categoria.
Estamos falando, Sr. Presidente, da retirada do § 5º do art. 198 da Proposta de Emenda à Constituição nº
172, de 2012, que trata desse piso salarial. A retirada desse dispositivo foi feita por meio de votação de desta-
que apresentado pelo Deputado do PPS Arnaldo Jordy e que teve nosso mais completo apoio e engajamento
na mobilização de toda a bancada do Solidariedade para sua aprovação.
Na realidade, a redação do parágrafo retirado dava margem a que alguma administração municipal pu-
desse alegar incapacidade de pagar o piso salarial a agentes comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias. Por exemplo, as prefeituras teriam de ter em seu orçamento a previsão desses recursos, e a maioria
não tem.
Acontece que esse pagamento já é feito pela União, uma regra que vem sendo cumprida, inclusive com
o pagamento também do 13º salário a esses profissionais da saúde.
Dessa forma, Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, a votação do destaque retirando da PEC 172 todo o men-
cionado parágrafo tornou mais claras e explícitas essas questões envolvendo o piso salarial da categoria, que
é hoje de R$1.014,00, para uma jornada de 40 horas semanais de trabalho.
Nessa caminhada de conquistas, tivemos a satisfação de receber algumas vezes, em nosso gabinete, di-
rigentes e militantes das causas dos agentes comunitários de saúde, que são também causas do nosso manda-
to, pelo valor desses profissionais, pela sua dedicação à saúde da população, principalmente das populações
rurais, tão carentes de serviços de saúde.
Neste momento de confraternização pela vitória alcançada, mando um abraço especial aos agentes de
saúde de Unaí e região. São hoje nossos parceiros nessa luta e mobilização por uma saúde de qualidade e que
chegue efetivamente a todos os brasileiros. A vitória em resguardar os direitos dessa brava categoria de tra-
balhadores é, também, uma vitória e um passo importante para essa saúde de qualidade pela qual lutamos.
Solicitamos a inclusão do nosso pronunciamento nos veículos de comunicação da Casa.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Delegado Edson Moreira.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, como eu disse ontem, aquele criminoso da zona sul já confessou 7 homicídios. Somando-se os 2
pelos quais ele cumpriu uma pena de 19 anos, são ao todo 9. Os familiares suspeitam que 30 pessoas desapa-
recidas naquela região foram assassinadas por esse maníaco.
Por isso, Sr. Presidente, desde que cheguei a esta Casa digo que precisamos mudar as leis, principalmen-
te a Lei de Execuções Penais. O cara cometeu 2 homicídios e foi condenado a 19 anos. Saiu depois de cumprir
um sexto da pena e já matou quase 30 pessoas – 7 já estão confirmadas. Vejam só!
Vamos atacar o problema, Sr. Presidente!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Tem a palavra o Deputado Daniel Coelho, do PSDB de Pernambuco.
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente, Deputado
Carlos Manato.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 55

Eu queria aqui hoje falar da minha preocupação com a questão ambiental e com a matriz energética
utilizada no Brasil.
Há pouco, o Ministério do Meio Ambiente apresentou as metas de emissão de carbono que o Brasil vai
defender na COP 21, em dezembro, em Paris. Quanto às metas, não há com o que se preocupar. Elas inclusive
atendem aos anseios dos ambientalistas e das pessoas preocupadas com o tema. O problema é que não adianta
estabelecer uma meta, se não há um plano de trabalho para atingi-la. Essa é a grande preocupação que nós te-
mos no País. Dizer que se vai reduzir a emissão de carbono em 35%, 45%, 60%, 80% pouco significa – ou pouco
tem resultados práticos –, se efetivamente nós não dizemos que caminho devemos trilhar.
Quando a Ministra do Meio Ambiente esteve na Comissão do Meio Ambiente, recentemente, eu apre-
sentei as minhas preocupações com a nossa matriz energética, com a questão da energia solar.
A energia solar hoje no Brasil representa apenas 0,0008% da energia gerada no nosso País. Sabemos que
é necessária a substituição de modelos de energia antigos e ultrapassados pelas energias chamadas limpas. E
aí eu destaco a energia solar.
Mesmo havendo alguma legislação que promova a possibilidade de o cidadão gerar sua própria ener-
gia – e acho este o formato mais moderno e adequado para nós avançarmos nas energias limpas no País –,
nós temos ainda hoje na legislação o monopólio das empresas geradoras de energia, empresas privadas, para
habilitar e ligar ao sistema as unidades de energia solar que são montadas pelo cidadão.
Se o cidadão consegue, em um prazo de 3, 4 dias, 1 semana, no máximo, instalar as placas de energia
solar em sua propriedade, demorará meses para conseguir ligá-la à rede e regularizar essa ligação. E a partir
daí não só utilizar a energia solar, mas também colocá-la à disposição do sistema.
O Estado não pode permitir que aqueles interessados em manter a matriz energética atual sejam os res-
ponsáveis pelo licenciamento. Quem tem que licenciar isso é o próprio Governo. E aí, sim, com uma política
pública de estímulo às energias limpas, pode-se efetivamente implementar um sistema de energia solar, de
energia eólica e de energia limpa neste País.
Então coloco aqui a minha preocupação com esse tema e espero que o Brasil apresente não só metas,
mas também um plano de trabalho que nos dê a condição de continuarmos sendo uma referência.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan, por 1 minuto.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez há o anúncio de que o preço da gasolina subirá 6%
nas refinarias. Se for subir 6% nas refinarias, logo estará subindo nos postos de gasolina – e até mais do que 6%.
Eu não entendo essa matemática da PETROBRAS. Eu não entendendo essa matemática que sempre onera
o povo brasileiro. O preço do petróleo, no mundo inteiro, está baixando. Por que, então, o preço da gasolina,
no Brasil, sobe em vez de baixar? O normal é: se o preço do petróleo está baixando, o preço da gasolina baixa
também. Mas parece que a PETROBRAS não tem uma política social nesse sentido. Eu fico me perguntando: o
que adianta a PETROBRAS, se nós pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo inteiro?
Temos que pensar nisso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra à Deputada Raquel Muniz.
A SRA. RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC-MG. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero apenas dar o
meu discurso como lido.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputada.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero aqui, de público, agradecer aos nobres colegas Parlamen-
tares, na pessoa do Relator da Comissão Mista da Medida Provisória nº 677, de 2015, Senador Eunício Oliveira,
por terem aprovado a Emenda nº 88, de 2015, de minha autoria, que coloca o norte de Minas, mesorregião de
Minas Gerais que possui em sua composição 89 Municípios, em condições de igualdade, não apenas com a
Região Nordeste do Brasil, mas também com as outras regiões brasileiras.
Quem não conhece o norte de Minas e sua gente aguerrida não sabe da importância dessa ação. As-
sim como os Municípios nordestinos precisam de um cuidado maior, de um olhar diferenciado do Governo
Federal, o norte de minas também necessita, porque os Municípios do norte de Minas apresentam índices de
desenvolvimento socioeconômico similares aos da maioria dos Municípios nordestinos. Sendo assim, ali tam-
bém se faz necessário o estímulo a investimentos, especialmente nas áreas de infraestrutura, como é o caso
da energia elétrica.
A MP 677/15 sem dúvida vai ser um ferramenta importante para alavancar esses investimentos, vai, so-
bretudo, colaborar na redução das desigualdades regionais, já que vai permitir que indústrias da região tenham
56 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

acesso à energia com um custo que garanta a sobrevivência delas. Essa sobrevivência implica a garantia de
emprego para milhares de pessoas, de famílias inteiras que trabalham nessas indústrias.
Assim como no Nordeste, no norte de Minas foram concedidos benefícios tarifários a empresas que
aceitassem se instalar na região, que é tão carente quanto o Nordeste brasileiro. Esses parques industriais, que
estão instalados, por exemplo, em cidades como Montes Claros e Pirapora, criam renda e emprego para quem
vive na região. O aumento das tarifas de energia elétrica estava inviabilizando o funcionamento das indústrias,
que, se fechassem as portas, contribuiriam para o aumento dos índices do desemprego no nosso País, que hoje
já atinge números alarmantes.
Diante disso, a MP 677/15, que permitiu a criação do Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste –
FESC, que tem características e objetivos similares aos do Fundo de Energia do Nordeste – FEN, traz alívio aos
que vivem e aos que trabalham no norte de Minas.
Além de evitar o fechamento de importantes indústrias na região, de garantir a manutenção de muitos
empregos, essa medida provisória vai levar alento aos consumidores norte-mineiros, gente que já sofre com a
falta de água e que vem sendo ainda mais penalizada com as altas tarifas de energia elétrica.
Não posso deixar de citar que também a agroindústria, um setor que tem sido fundamental para a eco-
nomia do Brasil, neste momento de fragilidade, será beneficiada com a MP 677/15. Os nossos produtores ru-
rais, agricultores e pecuaristas, estavam quase sucumbindo, em função das altas tarifas da energia elétrica, que
representa um custo significativo dentro dessa cadeia produtiva.
O fato, senhoras e senhores, é que o preço da energia passou a ser um fator de desestímulo aos que
produzem no Brasil e, mais ainda, aos que produzem na região norte-mineira. A MP 677/15 vem, então, reor-
ganizar essas questões, vem estimular a produção em vários setores e, por consequência, garantir um ganho
para a nossa economia.
A MP 677/15 é, ainda, não podemos nos esquecer, através dos seus fundos, uma alavanca, um fator de
incentivo para a instalação de novos empreendimentos energéticos, muitos deles, certamente, voltados para
o que chamamos de energia limpa, como a eólica e a solar. Esse incentivo vai levar mais desenvolvimento para
essas regiões e vai, ainda, aumentar a oferta futura de energia no País, fazendo com que as tarifas de energia
voltem a caber no bolso dos brasileiros.
Por tudo isso, pela importância que MP 677/15 representa para a nossa região, mais uma vez, em nome
dos cidadãos norte-mineiros, agradeço a essa Comissão a inclusão no norte de Minas nesse dispositivo legal,
através da Emenda nº 88, de 2015, de minha autoria.
Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Zé Carlos, do PT do Maranhão.
O SR. ZÉ CARLOS (PT-MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, na
última segunda-feira, após quase 2 semanas de paralisação, encerrou-se a greve dos Correios, uma greve que
foi muito justa. Os trabalhadores, além de recomposição salarial, buscavam fortalecer a segurança da atividade,
inclusive com propostas que visavam à qualidade de vida dos funcionários dos Correios.
Nós sabemos da situação econômica pela qual o País passa, mas isso não pode ser impeditivo para que
as classes trabalhadoras possam reivindicar, justamente, os seus benefícios. Eu quero compartilhar com V.Exas.
esse entendimento que houve entre o Governo e a classe, que se configurou com ganhos de 6,5%, incluindo
os demais benefícios, como a manutenção do plano salarial. Mas há muitas pautas que precisam ser definidas
e debatidas com a categoria.
Na semana passada, Sr. Presidente, eu recebi toda a alta cúpula do sindicato e pedi o apoio para que nós
aqui buscássemos, junto aos Correios, à sua central, a discussão de questões regionais e questões também de
caráter nacional. Que buscássemos a discussão, por exemplo, da colocação de 400 trabalhadores no Maranhão,
que não são novos empregados, mas apenas substitutos daqueles que se aposentaram ou que participaram
de plano de incentivo à aposentadoria.
Uma alteração importante para todo o Nordeste é a alteração do horário de entrega das correspondên-
cias, não na parte da tarde, quando o sol no Nordeste é causticante. Que a entrega seja na parte da manhã,
Sr. Presidente, para que os carteiros possam realmente fazer seu trabalho, trabalhando um pouco melhor a
questão da saúde.
Portanto, quero parabenizar o Governo e a direção da greve dos Correios por esse entendimento. Te-
mos que continuar nessa luta. A saúde do empregado e os benefícios já adquiridos não podem ser alterados.
Eram essas as minhas considerações, Sr. Presidente.
Eu gostaria que o meu pronunciamento fosse registrado nos Anais desta Casa.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 57

O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Rodrigo de Castro, por 1 minuto.
O SR. RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamen-
tares, quero aqui repercutir a notícia que recebemos sobre a perda de competitividade do Brasil, que agora é
o 75º numa lista de 140 países do mundo. Ou seja, nós estamos mais longe da Suíça, que está em primeiro, e
mais perto do Chade e da Guiné, países paupérrimos da África, que ocupam a última posição.
Mais uma vez, somos vítimas da incompetência e da inoperância do Governo Federal. A nossa queda foi
atribuída aos altíssimos índices de corrupção do Governo do PT e à quebra de confiança do País. Num mundo cada
vez mais competitivo, Sr. Presidente, essa queda de 18 posições do Brasil mostra que realmente o PT nos leva à
contramão da história, que o PT faz os brasileiros perderem emprego e serem vítimas da inflação e da corrupção.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu que agradeço, Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues, por 1 minuto.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas registrar
meu apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 186, de 2007, que procura constituir o sistema do Fisco em
âmbito nacional, inclusive nos Municípios com 500 mil habitantes ou mais. Num país onde ainda há trabalho
escravo e muita sonegação fiscal, é fundamental constituir esse sistema nacional.
Parabéns aos trabalhadores auditores fiscais!
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todo Parlamentar verdadeiramente comprometido com o combate
à sonegação, à corrupção e ao trabalho escravo deve apoiar a aprovação da Proposta de Emenda à Constitui-
ção nº 186, de 2007. Essa proposta estabelece normas gerais aplicáveis à administração tributária da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Tais dispositivos dispõem inclusive sobre direitos, deveres,
garantias e prerrogativas dos cargos de sua carreira específica, assegurando autonomia administrativa, finan-
ceira e funcional, e as iniciativas de suas propostas orçamentárias.
Venho a esta tribuna dar meu apoio irrestrito aos auditores fiscais do trabalho e ao SINDIFISCO. Apoio
porque acredito que para se exigirem autonomia e imparcialidade de uma autoridade tributária – como se
exige de um promotor público e um magistrado – é preciso haver um modelo sistêmico de organização ad-
ministrativa. Somente com essa estrutura é que será suprimida a fragilidade institucional das administrações
tributárias, garantindo autonomia para que se possam combater a sonegação do FGTS, o trabalho escravo, for-
malizar vínculos empregatícios, prevenir acidentes de trabalho e recuperar créditos acidentários previdenciários.
Apoio essa PEC porque, ao prever a Lei Orgânica Nacional da Administração Tributária, promove a ins-
titucionalização e o aperfeiçoamento desse órgão de controle da corrupção e da sonegação, proporcionan-
do ganho de eficiência administrativa expresso, por exemplo, na melhoria da arrecadação sem aumento de
impostos, no tratamento isonômico aos contribuintes e no combate mais efeito à concorrência desleal, que é
prejudicial ao mercado, aos consumidores e aos contribuintes.
Se nós pretendemos construir um país livre do trabalho escravo e com condições mais humanas de tra-
balho do povo, se pretendemos livrar o Brasil da corrupção, da sonegação e equilibrar as contas públicas, é
nosso dever apoiar e aprovar a PEC 186/07.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Ronaldo Nogueira, do Rio Grande do Sul.
V.Exa. tem 3 minutos na tribuna.
O SR. RONALDO NOGUEIRA (Bloco/PTB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, um dos papéis mais relevantes do Poder Legislativo é deliberar a respeito das matérias que lhe
são vinculadas. Na deliberação das matérias legislativas, o Poder Legislativo não pode ter um posicionamento
postergador ou de inércia com relação a essas deliberações nesta Casa.
Eu quero citar aqui o exemplo da necessidade da votação dos vetos. Foi anunciada para o dia de hoje a
realização da sessão do Congresso Nacional para deliberar sobre vetos: o veto que trata da fórmula 85/95, que
impactará diretamente na vida dos aposentados do nosso País; o Veto nº 26, que trata da recomposição salarial
para os servidores do Judiciário.
Não é concebível que esta Casa, Sr. Presidente, trate a sociedade brasileira, categorias ou cidadãos, como
é o caso dos aposentados, com total desrespeito. Esta Casa precisa ter a coragem de deliberar tempestivamen-
te a respeito dos assuntos que lhe são correlatos. Nós estamos fazendo um pedido especial ao Senador Renan
Calheiros e ao Presidente Eduardo Cunha, para que definam essas questões. Não é possível que os servidores
do Judiciário e os aposentados permaneçam na expectativa, sem a devida deliberação desta Casa.
58 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Eu cito outro exemplo, Sr. Presidente, que é o caso da Proposta de Emenda à Constituição nº 186, que
tramita nesta Casa desde 2007. Esta PEC tem uma iniciativa extraordinária, porque dá autonomia às institui-
ções de natureza tributária do nosso País. Sem interferência governamental e política, essas instituições com
autonomia administrativa, orçamentária e financeira, com certeza, darão resultado muito mais efetivo para a
nossa Nação, dentro daquilo que é a sua natureza: arrecadação e fiscalização. Nós acreditamos e conversamos
com muitos dos Srs. Deputados, e eles são convergentes com essa iniciativa.
A sociedade brasileira espera de nós, Deputados, dos membros do Poder Executivo e do Judiciário uma
iniciativa que corresponda à expectativa da sociedade brasileira.
Sr. Presidente, eu agradeço a V.Exa. a generosidade. Peço que este pronunciamento seja divulgado nos
órgãos de comunicação da Casa.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – O pedido de V.Exa. será atendido, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Daniel Coelho.
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro minha
preocupação com as notícias divulgadas hoje, e que estão em toda a imprensa, sobre o cancelamento do Far-
mácia Popular ou a falta de recursos para o programa.
Já observei que vários Deputados, de diversos partidos, estão preocupados com o tema. Talvez o Progra-
ma Farmácia Popular seja um dos poucos acertos do Governo Federal no momento. E não é aceitável, de forma
alguma, que, ao mesmo tempo em que se negocia o Ministério da Saúde com partidos políticos em troca de
apoio de base parlamentar, não se dê prioridade ao atendimento à população nas farmácias.
Então, deixo registrada aqui a minha revolta. Inclusive, apelo para que esta Casa e o Governo Federal
façam todo esforço possível a fim de que seja mantido esse programa, que é extremamente importante para
atender à população carente do País.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Cabuçu Borges.
O SR. CABUÇU BORGES (Bloco/PMDB-AP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, falo de um assunto
que já foi debatido nesta Casa e no Senado Federal: os preços abusivos das passagens, principalmente na Re-
gião Norte. No nosso Estado, o Amapá, o acesso só é possível por via fluvial ou aérea.
Aproveito também para falar sobre a ANA – Avaliação Nacional da Alfabetização, do Ministério da Educa-
ção, que trata do analfabetismo no Brasil. Sr. Presidente, peço a V.Exa. que considere lidos esses dois discursos.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Vamos registrar os discursos no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado, nobre Deputado.
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estado do Amapá faz limite ao sul com o Estado do Pará, ao no-
roeste com a Guiana Francesa e a leste com o Suriname. Temos também uma rede hidrográfica bastante com-
plexa, que banha o leste pelo Oceano Atlântico e ainda pelos Rios Amazonas, Apurema, Araguari, Jari, Maracá,
Matapi, Oiapoque, Pedreira, Vila Nova, entre outros. Desta forma, podemos nos considerar uma ilha.
É lamentável que várias cidades do norte do nosso Brasil, em especial a cidade de Macapá, onde cente-
nas de pessoas são obrigadas a pagar preços abusivos, não tenham alternativa de transporte, a não ser o aéreo.
Ou pagam, ou desistem ou adiam suas viagens.
Famílias que necessitam, por exemplo, de buscar algum tipo de tratamento de saúde fora do Estado en-
contram dificuldades inenarráveis com o alto custo das passagens aéreas.
As tarifas para as rotas que apenas três Companhias Aéreas operam com exclusividade são iguais e fa-
cilmente seriam consideradas como cartel, se os órgãos de controle fossem mais atuantes. Embora o mercado
seja livre, o Governo, por meio da Agência Reguladora, precisa entender que cidades como Macapá, Belém,
Cuiabá, Manaus, Marabá, Boa Vista, Rio Branco, entre outras, são dependentes do avião, e a exploração dessas
concessões não poderia ficar à deriva da lógica do mercado, que, como já falei, em alguns trechos, funciona
em sistema de cartel e atendendo ao interesse apenas de quem explora as rotas, dentro de suas conveniências.
Contudo, as restrições de valores de passagens não se justificam e, em alguns casos, beira o absurdo. Par-
tes dos acentos poderiam ser reservados a preços acessíveis sem prejuízos para as companhias, ao considerar
que boa parte dos voos decolam vazios em baixa temporada, ao contrário do que sugerem as tarifas cobradas
especialmente por essas empresas de transporte aéreo.
O oportunismo das companhias aéreas nos períodos de alta temporada é algo incompreensível e que,
na maioria das vezes, não se justifica. No período entre dezembro e fevereiro, ao emitir um bilhete no trecho
Macapá-Brasília, o preço da passagem oferecido por uma dessas empresas me deixou perplexo. A tarifa cobrada
para esse trecho estava 400% mais cara do que se cobra por ela em períodos normais durante todo o ano. Para
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 59

minha surpresa, ao entrar no avião, deparei-me com acentos vazios na aeronave. Ou seja, a empresa prefere voar
com um número incompleto de passageiros a usar uma tarifa mais barata em períodos de grande demanda.
Dessa forma, a regulamentação das tarifas para cidades onde o avião é um gênero de primeira necessi-
dade torna-se imprescindível, salvaguardando assim o acesso a um transporte que permita aos menos favo-
recidos, que dependem do avião para chegar a outras regiões do País, o direito de viajar durante todo o ano,
inclusive, nos períodos de alta temporada.
Srs. e Srs. Deputados, hoje é muito mais barato voar para Miami e Paris do que voar para várias capitais
do Brasil, devido aos preços exorbitantes praticados pelas companhias aéreas. Isso é um atentado ao consu-
midor brasileiro.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ouvintes da Rádio Câmara e telespectadores da TV Câmara, boa tarde!
No Brasil, 1 a cada 5 alunos do 3º ano do ensino fundamental, não está alfabetizado! Essa foi uma das manche-
tes de jornal que li nos últimos dias, e é o assunto que me traz hoje a esta tribuna, Sr. Presidente, e nobres colegas.
Refiro-me à recente divulgação, pelo Ministério da Educação, dos dados da Avaliação Nacional de Alfa-
betização – ANA, números esses que nos deixam muito assustados!
Sr. Presidente, o levantamento aponta que ao menos um a cada cinco estudantes no 3º ano do ensino
fundamental da escola pública não atinge níveis mínimos de alfabetização em leitura, escrita e matemática.
Vejamos então esses números em percentuais por nível de capacidade: em leitura, 22,21% estão no ní-
vel 1, o que significa que 1 a cada 5 alunos não está no padrão mínimo. Na área de escrita, 34,46% deles estão
nos níveis 1, 2 e 3, ou seja, 1 a cada 3 estudantes também não atende o padrão mínimo. Já em matemática, o
resultado é ainda mais dramático: pasmem, Sras. e Srs. Deputados, são 57,07% nos níveis 1 e 2. Nesse caso, o
aluno abaixo do nível 4 não é capaz de fazer contas com números de três algarismos.
Para que possamos compreender melhor o levantamento, uma criança que esteja no nível 3 de escrita já
consegue escrever uma frase, mas não é capaz de produzir um texto. Em leitura, um aluno no nível 1 consegue
ler as palavras, mas não compreende o texto.
A avaliação foi aplicada a todos os alunos do 3º ano do ensino fundamental, ano que finaliza o ciclo de
alfabetização nos padrões do Governo. O aluno dessa etapa teria 8 anos, caso não tivesse sido reprovado ou
abandonado os estudos.
Os resultados divulgados referem-se a avaliações aplicadas em 2001, e o MEC cancelou a avaliação de
2015. Segundo a Pasta, o cancelamento ocorreu por motivos pedagógicos, gerando uma grande preocupa-
ção entre os especialistas da área, que chamam a atenção para o abandono, por parte do Governo Federal, do
PANIC – Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa.
Diante desses fatos, extremamente assustadores, Sr. Presidente e meus nobres pares, conclamo a todos,
e coloco-me à disposição do Ministro da Educação, Prof. Renato Janine Ribeiro, para buscarmos medidas enér-
gicas e urgentes, visando à erradicação do analfabetismo no Brasil.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Vanderlei Macris, do PSDB de São Paulo,
a quem agradeço a gentileza de ter aguardado. S.Exa. tem até 3 minutos na tribuna.
O SR. VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a
despeito das reivindicações das petroleiras, a Agência Nacional do Petróleo – ANP, felizmente, manteve no pré
-edital da 13ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios para concessão de exploração e produção de petró-
leo e gás natural os mesmos percentuais de conteúdo local fixados na 11ª Rodada, realizada em 2013. Portanto,
fica aqui a minha saudação à ANP pela manutenção, nas licitações, dos mesmos percentuais de conteúdo local.
A PETROBRAS já não é a mesma empresa que foi há anos, quando esteve entre as maiores do mundo.
Hoje, ocupa um melancólico 32º lugar. No entanto, mesmo com a derrocada da companhia, é importante que
os contratos assegurem a continuidade e o aprimoramento da tecnologia aqui produzida.
Essa valorização das políticas de conteúdo local é fundamental para que o Brasil se mantenha tecnolo-
gicamente forte e, mais do que isso, alcance de maneira competitiva o mercado externo. Portanto, a política
de conteúdo local é, acima de tudo, uma política industrial, de interesse do País.
Reino Unido e Noruega são exemplos de nações desenvolvidas que souberam valorizar seus projetos para
que o petróleo descoberto em grande quantidade no Mar do Norte se traduzisse, efetivamente, em progresso
industrial. Essas direções foram fortemente bem-sucedidas, como demonstram a qualidade e a quantidade de
fornecedores da cadeia de exploração e produção de petróleo existentes nesses dois países.
No Brasil, Sr. Presidente, Srs. Deputados, a política de conteúdo local começou a ser implementada em 1999 e
tem sido aperfeiçoada a cada rodada de leilões para exploração de petróleo. Estima-se que tenham sido contratados
mais de 14 bilhões de dólares em produtos e serviços do mercado nacional, o que gerou cerca de 640 mil empregos.
60 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Longe de ser perfeita, até hoje a política de conteúdo local adotada para a exploração e produção de
petróleo e gás ainda não beneficiou plenamente a indústria de bens de capital e de tecnologia. O problema
é que as regras atuais permitem que os índices de nacionalização sejam atingidos com a compra de matéria
-prima e construção dos cascos das plataformas, etapas do processo que requerem pouca tecnologia e não
agregam tanto valor à indústria.
Com 16 anos de implementação da política, o Brasil precisa, agora, dedicar-se ao aprimoramento do sis-
tema, em face do volume de investimentos e empregos promovidos.
Nós, na verdade, nos empenhamos em formar um país industrializado, exportador de tecnologia. Não
podemos ser apenas exportadores de commodities. Desta maneira, é imperioso remover os entraves que criam
abismos para empresas brasileiras competirem internacionalmente e não abandoná-las à própria sorte.
É preciso enfatizar para as companhias petrolíferas que atuam no Brasil que nossas regras são justas
e existem para serem respeitadas. Não devemos permitir que os órgãos competentes mudem essas normas
ao menor sinal de resistência. Só assim os recursos do pré-sal deixarão um legado virtuoso, que beneficiará
a sociedade brasileira por muitos anos, gerando frutos e proporcionando respeito internacional ao Brasil por
décadas e décadas.
Vamos fazer a indústria brasileira verdadeiramente forte. Esse é o compromisso que a Casa deve sempre
ter como bandeira de luta no nosso País.
Peço a V.Exa., Sr. Presidente, que meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da
Casa e no programa A Voz do Brasil.
Agradeço a V.Exa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido na íntegra, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Em permuta com este Presidente, concedo a palavra ao Deputado
Hélio Leite, por 3 minutos.
O SR. HÉLIO LEITE (DEM-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, primeiro, quero agradecer a V.Exa. a cessão de seu tempo para eu usar a tribuna.
Quero registrar que, mesmo com todo o otimismo que tenho, com toda a força de vontade que existe
em mim e em milhares de brasileiros, estamos preocupados com o Brasil.
Primeiro, o Governo Federal, mais uma vez, joga na mesa do pobre, do consumidor, do empresário, de
todos aqueles da classe média mais um aumento. Enquanto no mundo estão abaixando o preço do petróleo, o
Brasil está na contramão, no inverso: aumenta os preços da gasolina, do óleo diesel. Isso nos traz um transtorno
muito grande, porque sabemos que esse efeito cascata vai chegar à mesa do brasileiro, à mesa do consumidor.
Digo isso porque vai aumentar o preço do frete, digo isso porque vai aumentar o preço da mercadoria;
digo isso porque nós, mais uma vez, vamos pagar a conta desse Governo que está postado aí, que está aca-
bando com o Brasil e com os brasileiros.
O Governo, na campanha política, segurou o aumento da energia, e neste ano colocou esse aumento,
exasperando cada vez mais a vida dos brasileiros.
Passamos por uma recessão muito grande, em que a economia dá sinais de abalo, em que o desempre-
go está gradativamente aumentando no País. Nós precisamos mudar isso!
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, eu não sei se fatiar ou dividir os Ministérios ou passar para um partido vai
resolver. Precisamos, por parte da Presidência, de um compromisso muito maior, de um compromisso com o Bra-
sil, com os brasileiros, para buscar um mecanismo que faça crescer a economia, aumente a geração de emprego
e renda, busque condição de fazer o Brasil flutuar, como antes, naquele patamar de crescimento muito grande.
Nossa preocupação é enorme, porque está tomando conta do Brasil um pessimismo muito grande. Isso
não é bom para nós, não é bom para as famílias, não é bom para o País, não é bom para a Casa, não é bom
para ninguém.
Precisamos sim, por parte da Presidência, de um compromisso voltado para o País. Esse Governo está
precisando fazer uma política de crescimento diferenciada.
Vejo a saúde sem dinheiro para medicamento; vejo a educação com vários cortes.
É preciso não só dividir os Ministérios, mas ter uma política de crescimento. Precisamos estar unidos,
pedindo proteção a Deus, a fim de buscar a solução para os problemas cruciais que estão acontecendo no País.
Este aumento no preço do combustível veio num momento inoportuno, porque consegue mais uma
vez, como disse anteriormente, frear a economia e fazer com que soframos cada vez mais.
Precisamos fazer avançar o País, discutir uma solução com responsabilidade, mas acima de tudo com
respeito a todos os brasileiros.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu que agradeço, nobre Deputado Hélio Leite.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 61

O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Rocha, do PSDB do Acre.
V.Exa. tem até 3 minutos na tribuna.
O SR. ROCHA (PSDB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Polícia Federal, nas in-
vestigações da Operação Lava-Jato, começa a fechar o cerco, começa a desvendar o funcionamento, a trama
de toda essa organização criminosa que saqueou o Brasil nos últimos 13 anos.
Matéria publicada no jornal O Globo de hoje, estampada na primeira página, tem o seguinte título: Lula
fez lobby para a Odebrecht, diz ministro em e-mail. Essa matéria foi amplamente divulgada em todos os veículos
de comunicação. Ela fala da troca de e-mails – que foram interceptados pela Polícia Federal – entre o empresário
Marcelo Odebrecht, que está preso, e pessoas ligadas à Presidência da República, nos Governos Lula e Dilma.
A Polícia Federal começa a revelar as funções que desempenhava essa quadrilha que se instalou no Pa-
lácio do Planalto. Essa quadrilha saqueou bilhões de reais do maior banco brasileiro e tinha como seu garoto
de recados, como seu lobista um Presidente da República.
A população brasileira acompanha indignada tudo o que aconteceu ao longo desses últimos 13 anos:
bilhões de recursos públicos, que hoje fazem falta para o Brasil, foram surrupiados, com a participação ativa
do exPresidente Lula e da Presidente Dilma Rousseff.
A matéria cita diversas obras financiadas pelo BNDES – obras de 2,3 bilhões, obras de 650 milhões de dó-
lares –, que tiveram intermediação do exPresidente Lula, como construção de portos, de aeroportos, de metrô e
pavimentação de estradas. Essas obras seriam muito bemvindas no Brasil. Esses recursos trariam trabalho para
quem precisa, mas foram desviados, através do BNDES, para construir obras em outros países.
Eu não poderia deixar de constatar isso. Indago às autoridades judiciárias do Brasil, ao Ministério Público
e à própria polícia se não está faltando concluir essa operação, se não está faltando prender o principal men-
tor desse esquema de corrupção. Pergunto ao Ministério Público e ao Poder Judiciário: quando vão prender
o ex-Presidente Lula? Quando ele vai se juntar a Marcelo Odebrecht e a outros tantos que desviaram recursos
públicos da PETROBRAS, dos fundos de pensão, do BNDES? Quando será a prisão dele?
Sr. Presidente, quero aproveitar o tempo que me resta para falar sobre a sessão que estava marcada para
hoje, às 11 horas. Hoje, nos corredores, os jornalistas e os próprios Parlamentares indagam se serão necessá-
rios mais três ou quatro Ministérios para que o Governo tenha confiança e coloque em votação os vetos. Esta
Casa não pode ser palco de uma barganha desse tamanho! Ministérios, como o da Saúde, não podem servir
de instrumentos para manter a governabilidade!
Sr. Presidente, chegou a hora de o Congresso brasileiro reagir! Está na hora de mudar a política brasileira!
Está na hora de prender os corruptos!
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Com a palavra o Deputado Luiz Lauro Filho, por 1 minuto.
O SR. LUIZ LAURO FILHO (PSB-SP. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, nobre Deputado Carlos
Manato.
Sr. Presidente, eu quero registrar em 1 minuto a importantíssima audiência pública que acontecerá em
Campinas, promovida pela Subcomissão Permanente de Comércio Exterior, criada por este Deputado, da Co-
missão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, para discutir a pauta das exportações no País. Nós da Co-
missão chegamos à conclusão de que a exportação é uma das ferramentas para o Brasil sair da crise.
A audiência foi requerida pela Subcomissão e acontecerá no Salão Vermelho da Prefeitura Municipal,
contando com representantes de quatro Ministérios, Deputados, o Prefeito de Campinas e representantes do
Aeroporto de Viracopos. Eu convido todos os Deputados e os interessados para participar.
Sr. Presidente, eu gostaria de dar meu discurso como lido.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – V.Exa. será atendido.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhoras e senhores, esta semana li na Internet uma
frase que me chamou a atenção: “Exportação é o resultado de uma decisão e não o fruto de uma oportunidade”.
Percebo que, em meio à crise que enfrentamos, acabamos perdendo o foco e a segurança para tomarmos
as decisões que impactarão, de forma definitiva, a economia do País. Precisamos nos decidir se vamos exportar
a fim de fomentar as vendas de bens e serviços brasileiros ao exterior, com foco na sua ampliação, diversifica-
ção e consolidação, ou se queremos apenas apaziguar a crise que o País enfrenta.
Sr. Presidente, é de conhecimento de todos que o comércio exterior brasileiro possui grande potencial
de crescimento, com benefícios imediatos e relevantes para a economia. Segundo o PNE 2015-2018 – Plano
Nacional de Exportações:
62 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

“O Brasil é a sétima maior economia do mundo, mas sua participação no comércio internacional ainda
não traduz essa posição. Como referência, apenas em 2014, as exportações brasileiras de bens geraram
US$ 225,1 bilhões em divisas e envolveram cerca de 11,2 milhões de empregos. o Brasil tem atualmente
uma participação de apenas 1,2% no volume total de exportações de bens no mundo e de 0,7%, se con-
siderados os manufaturados.”
Senhoras e senhores, foi divulgado pela grande imprensa o resultado da balança comercial que registrou
em 2014 o primeiro déficit desde 2000. As importações superaram as exportações em 3,9 bilhões de dólares.
“Entre as 30 maiores economias do mundo, o Brasil apresentou a maior retração nas exportações, com
queda de 7%, enquanto a média mundial foi uma pequena expansão de 1%. Para 2015 e 2016, a previ-
são é de que as economias sul-americanas terão o pior desempenho do mundo, com aumento de ape-
nas 0,2% neste ano e de 1,6% no ano que vem. Enquanto isso, a expansão mundial será de 3,3% e 4%. O
Brasil será o grande responsável pelo pior desempenho.”
Como todos sabem, estou neste Parlamento representando o povo brasileiro, principalmente minha que-
rida Campinas, detentora do maior hub exportador do País, que é o Aeroporto de Viracopos, e que ainda possui
grande potencial de expansão. Mas, mesmo sendo tão expressiva, a região apresentou, em balanço divulgado
em maio deste ano pelo CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, uma impressionante queda de
23,1% nas exportações em 19 Municípios da região. Também as importações sofreram uma retração de 23%.
Nobres pares, não quero tomar o precioso tempo dos senhores com repetidas informações prestadas aqui
sobre os enormes gargalos que o Brasil enfrenta no tocante à exportação. Definitivamente, não podemos cruzar
os braços e permitir que este quadro permaneça e que as previsões catastróficas sobre nosso futuro se cumpram.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, como Parlamentar e titular da Comissão de Relações Exteriores e de
Defesa Nacional – CREDN, e ainda Presidente da Subcomissão destinada a acompanhar a execução da política
de comércio exterior, venho a esta tribuna pedir aos senhores apoio para que seja aprovado o Requerimento
nº 2736, de 2015, de minha autoria, para a criação da Agenda Brasil de Exportações.
Por meio do Requerimento nº 2.735, de 2015, também de minha autoria, foi objeto a aprovação da Mo-
ção de Apoio ao MERCOSUL – Mercado Comum do Sul, e a criação de um grupo de trabalho, já previsto no
Regimento da Casa, a fim de consolidar e sistematizar as proposições apresentadas acerca desse assunto tão
importante para a economia brasileira. Não podemos fechar os olhos.
O País precisa de fato de uma agenda Brasil de exportações que reforce seus laços comerciais, acabe
com as barreiras de exportação e incentive o comércio exterior. Cabe a nós, Parlamentares eleitos e legítimos
representantes do povo, decidirmos e legislarmos de forma correta e convicta sobre esse assunto de interesse
de todos, que pode com certeza ser um feixe de luz diante deste tempo de trevas em que vivemos.
Acredito verdadeiramente que para o Brasil a exportação não seja apenas o fruto de uma oportunidade,
mas o melhor caminho para que nosso País retome a geração de empregos, renda e desenvolvimento de que
tanto precisamos para viver de forma digna.
Sr. Presidente, gostaria que meu discurso fosse transmitido no programa A Voz do Brasil e em todos os
veículos de comunicação da Casa.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Pedro Cunha Lima, do PSDB da Paraíba.
V.Exa., Deputado, tem até 3 minutos na tribuna.
O SR. PEDRO CUNHA LIMA (PSDB-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres colegas, no último
final de semana, de sextafeira até domingo, houve 17 assassinatos no Estado da Paraíba.
A situação da segurança pública da Paraíba se agrava, e não encontramos resposta por parte do Governo
do Estado, que não procura fazer sequer a reposição do contingente da Polícia Militar.
Trago aqui informações do Instituto SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas: o efetivo da Polí-
cia Militar, em junho de 2010, era de 9.587 mil homens; e, em junho de 2015, de 9.370 homens. O Governo do
Estado não consegue sequer repor o contingente da polícia, e a situação da segurança pública só se agrava.
Faço uma cobrança ao Governador Ricardo Coutinho: tenha a grandeza e a disciplina de debater esse
tema específico de segurança pública, apresentando um programa de governo em que se combata essa falha.
No mês de setembro – até segunda-feira passada, dia 28 –, já ocorreram 132 assassinatos em nosso Estado,
com maior concentração em João Pessoa e em Campina Grande.
Portanto, deixo essa cobrança em nome dos paraibanos, que não aguentam mais, que estão tendo medo
de sair de suas casas por conta da falta de combate a esse caos na segurança pública, por falta de uma resposta
à altura, do Governo do Estado, que não enfrenta a situação como deveria.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 63

O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Alberto Fraga, do Democratas do Distri-
to Federal, nobre Presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública. S.Exa. dispõe de até 3 minutos na tribuna.
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há
vários meses a revista Veja, semanalmente, vem trazendo uma denúncia. É impressionante como neste País a
Justiça leva a sério algumas coisas e não leva a sério outras.
Na última edição, o ex-Deputado Pedro Corrêa diz o local, o dia, a hora e as pessoas que se encontraram
para criar o petrolão. O interessante é que nós conhecemos algumas delações premiadas que têm valor, e ou-
tras não. Ou seja, são dois pesos, duas medidas.
Quando se pode chegar ao verdadeiro mentor do petrolão, o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula
da Silva, todo mundo faz ouvido de mercador. É como se nada tivesse acontecido. Vêm denúncias, vão denún-
cias, e a coisa permanece do jeito que está. Chegou-se ao absurdo de alguém, quando a Polícia Federal disse
que vai investigar e ouvir o ex-Presidente Lula, questionar na Justiça essa convocação, para que ele não seja
ouvido como indiciado, mas sim como testemunha.
O que há por trás disso? Nós sabemos que muita gente vai cair na hora em que esse castelo de cartas desmo-
ronar. Agora, eu não consigo entender a Justiça, que só tem olhos para aqueles que não conseguem se defender.
Eu quero dizer, Sr. Presidente – já fiz meu pronunciamento a respeito disso –, que me denunciaram no
Supremo Tribunal Federal por ouvir dizer de um bandido que disse que mandou dinheiro ao Governador e
ao Secretário de Transportes. Eu nem sequer fui ouvido! As provas estão aí contra Lula e sua quadrilha, e nada
acontece. Eu tenho brincado, Presidente, que é bem provável até que eu seja condenado sem nenhuma prova,
e essa novela de Lula e sua quadrilha continue rolando, enrolando o povo brasileiro.
Eu concluo dizendo que eu, que o povo brasileiro espera verdadeiramente que alguma coisa de concre-
to aconteça. Se a delação premiada vale para A, tem que valer para B. E me parece que a imprensa, de forma
muito parcial, só tem olhos para aquilo que quer enxergar.
Então, aqui fica o pedido para que as pessoas leiam a revista Veja, mais uma vez, trazendo data, hora,
personagens de quando foi criado o petrolão. Está na hora de corrupto ficar na cadeia.
Muito obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Eu que agradeço, nobre Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Cabo Sabino, do PR de Sergipe,
por 3 minutos.
O SR. CABO SABINO – Sergipe é excepcional, mas sou...
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – Do Ceará!
O SR. ALBERTO FRAGA – Nós não tivemos a honra de tê-lo nascido na minha terra.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Manato) – É porque nós amamos tanto o Ceará!
O SR. CABO SABINO (PR-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sergipe é
uma terra maravilhosa, gosto demais dela, tenho irmãos lá, mas o meu Ceará, a Terra da Luz, é brilhante. Eu não
posso deixar jamais de dizer que sou do meu Ceará.
Sras. e Srs. Deputados, o nono Anuário Brasileiro de Segurança Pública traz os números de 2014. Por incrível
que pareça, Deputado Alberto Fraga, traz Fortaleza como a capital mais violenta do Brasil, e isso é preocupante.
É preocupante, acima de tudo, quando esses números chegam principalmente àqueles que fazem turismo, que
se deslocam para o Nordeste brasileiro, principalmente para a Terra da Luz. A conhecida Fortaleza, de praias bri-
lhantes, povo acolhedor, uma terra magnífica, com esses números é tida como a capital mais violenta do País.
É necessário que se diga que esses números não trazem a realidade de 2015. Esses números são a realidade
de 2014, do ano passado, quando nós tínhamos um governo que caçava os profissionais de segurança pública,
quando nós tínhamos um governo que guerreava com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, com os operadores
da segurança pública. Em vez de ajudar, de trabalhar, de dar condições de trabalho, o próprio Governo cercea-
va o direito desses profissionais de desenvolverem e praticarem uma segurança pública de qualidade ao povo
daquele Estado, daquela Capital, e principalmente aos turistas que visitavam aquela cidade.
Essa realidade mudou com o novo Governo, com as políticas de governo que são ofertadas hoje.
A Polícia Militar do Estado do Ceará tem valorizado os profissionais e tem conseguido, por sete meses
consecutivos, reduzir os números de homicídios na Capital cearense e na sua Região Metropolitana. Dessa ma-
neira, Fortaleza começa a caminhar em direção ao degrau onde ela deve estar, que é o degrau de uma cidade
pacífica, ordeira, zelosa, e cuidadora do povo, de seus pares e dos que nos visitam.
Por isso, é necessária esta explicação ao povo brasileiro, para que não tenham medo de ir à Fortaleza, a
Capital cearense. Nós estamos mudando esses números. Os profissionais de segurança pública hoje têm dado
o seu melhor para bater a criminalidade, para fazer com que Fortaleza seja realmente a Capital da Luz; o Ceará,
64 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

a Terra do Sol, não é apenas para os cearenses, mas principalmente para aqueles que nos visitam e, quando
chegam, são recebidos de forma calorosa e acolhedora.
Tenho por certo que vamos continuar nessa luta, nessa batida contra o crime naquela cidade, naquele
Estado. Assim também deve o Governo do Estado continuar com a política de valorização dos profissionais que
diuturnamente saem às ruas para combater o crime, muitas vezes expondo a sua vida para fazer esse combate.
Dessa forma, fica registrado aqui o meu apelo ao Governo do Estado para que procure cada vez mais va-
lorizar os profissionais de segurança pública, sejam eles da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros ou
qualquer que seja o segmento, como os agentes penitenciários, peritos forenses e guardas municipais. Assim,
poderemos continuar combatendo e controlando os números da violência naquela Capital, assegurando ao
povo que nos visita e ao povo local uma segurança pública digna de qualidade, à altura não só do povo cea-
rense, mas também de todo o povo brasileiro.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Muito obrigado, Deputado.
Durante o discurso do Sr. Cabo Sabino, o Sr. Carlos Manato, nos termos do § 2° do art. 18 do Regimento
Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Alberto Fraga, nos termos do § 2° do art.
18 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Concedo a palavra ao Deputado Carlos Manato. S.Exa. dispõe de
3 minutos.
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem a nossa Presidenta san-
cionou a reforma política infraconstitucional. A nossa tristeza é que ela podia ter feito isso há 20 dias.
Os telefones de todos nós, Deputados, não pararam de tocar nestes últimos dias. Prefeitos, candidatos a
Prefeito, Vereadores, candidatos a Vereador e lideranças ligaram para nós para saber o que estava acontecen-
do, o que ia acontecer. Havia uma incerteza muito grande. Mas finalmente, ontem, nós tivemos um desfecho.
E aí, Sr. Presidente, aqui vão os comentários. Primeiro, vetaram o voto impresso. O voto impresso, Presiden-
te, é uma garantia a mais de que não está havendo fraude na urna eletrônica. Qual é o problema de se ter uma
garantia a mais de que não está havendo fraude? A nobre Presidenta foi lá e canetou, porque não quer essa ga-
rantia. Todos nós sabemos o que aconteceu nessa última eleição. Está claro para todo mundo o que aconteceu.
Também houve o veto, que é questionável – o Judiciário tem uma opinião, alguns Deputados têm outra
opinião, e nós temos outra opinião –, à doação de recursos, pelas empresas privadas, para os partidos políticos.
Sr. Presidente, não vamos tapar o sol com a peneira. Eu gostaria que aqueles Deputados que são contra
continuassem sendo contra. Vêm aqui e falam: “Eu sou contra. Na última eleição, eu não recebi recurso de empre-
sa nenhuma, não”. Aí recebem muitos recursos de empresas, e, agora, querem posar de bonzinhos e dizer que
são contra a doação dessas empresas.
Então, Sr. Presidente, este é o nosso questionamento, esta é a nossa colocação.
E ficamos, também, Sr. Presidente, muito tristes, porque, na calada da noite, na hora em que a luz esta-
va se apagando, às 23 horas, anunciou-se o aumento do óleo diesel em 4% e o aumento da gasolina em 6%.
Sr. Presidente, isso é mais uma tragédia, mais um crime, mais uma medida altamente inflacionária que
a Presidente Dilma promoveu contra aqueles que mais trabalham, contra aqueles que mais se dedicam, que é
a população que transporta, que leva nossos alimentos para todo o Brasil. A Presidenta comete um crime au-
mentando a inflação, em aumentando a gasolina e aumentando o óleo diesel.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Concedo a palavra ao Deputado Valdir Colatto.
O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, na verdade, nós também ocupamos esta tribuna para falar sobre a questão da economia, do
aumento do diesel e da gasolina, que, por sua vez, leva ao aumento do quê? Do custo da produção, contrariando
aquilo que nós sempre pregamos aqui, que é apoiar o setor produtivo brasileiro, Deputado Darcísio Perondi.
Não é possível que o Governo não entenda que a saída do Brasil é o investimento, é o setor produtivo, é
a geração de empregos e de postos de trabalho, e não o contrário, onerando o setor produtivo com os aumen-
tos de combustível e de energia e com os juros mais escandalosos deste País e do mundo. Os juros do cartão
de crédito chegam a mais de 300%. Eu não sei como o Brasil aceita isso!
Há também a questão dos impostos, da criação de mais impostos em cima da sociedade, que não tem
mais como sobreviver, porque, quando se aumenta o imposto, tira-se dinheiro de circulação, tira-se dinheiro
do investimento.
E ressalto, Sr. Presidente, a insegurança jurídica que nós estamos vivendo hoje. O setor público não fun-
ciona. Agora mesmo estamos enfrentando uma greve dos fiscais agropecuários, que está paralisando a expor-
tação. O único setor que está funcionando neste País é o agronegócio, que está sustentando o Brasil, e ainda
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 65

assim tem dificuldades de toda a sorte. Agora, o empresário, com o produto elaborado, com as carnes já in-
dustrializadas, com os cereais para exportar, para cumprir contratos internacionais, tem que enfrentar a greve
dos fiscais, que estão dificultando as exportações.
Estamos discutindo, e esperamos que o Ministro do Planejamento resolva essa pendência com os fiscais
agropecuários, para que, amanhã, nós tenhamos a greve findada e possamos continuar trabalhando.
Cito também, Sr. Presidente, a dificuldade que os agricultores estão tendo agora para financiar o custeio
da safra. Nós temos notícia de que há burocracia. A venda casada que se está exigindo para obter recursos
com juros subsidiados – bancos estão fazendo isso – é um crime que cometem contra o País. O agricultor está
tentando plantar a safra e está com dificuldade de buscar os recursos dos bancos.
Nós vamos pedir à Ministra Kátia Abreu que convoque, convide o setor bancário do Brasil para fazer um
relato sobre o que está acontecendo com o financiamento do custeio agrícola brasileiro. Nós precisamos dos
recursos para plantar essa safra.
Eu acho que o Governo está na contramão, trabalhando contra o setor produtivo, onerando-o cada vez
mais, dificultando que aqueles que produzem, trabalham e pagam a conta se mantenham em pé neste País.
Isso é a contramão da história. Não é por acaso que o Brasil está com essa dificuldade de tocar a economia. Que
o Governo tenha credibilidade para que os seus atos possam ser aplicados em todo o Brasil.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Tem a palavra, por 1 minuto, o Deputado Moroni Torgan.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Deputado.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu quero falar sobre o veto ao reajuste salarial dos servidores do
Judiciário, que espero seja votado hoje, que não haja mais delongas nesse sentido, que todos os Parlamenta-
res estejam presentes.
Quero falar também, Sr. Presidente, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 443, de 2009, que vai
beneficiar as carreiras jurídicas. Que ela esteja na nossa pauta e que nós possamos votá-la, beneficiando as
carreiras jurídicas da AGU, entre outras.
Por fim, Sr. Presidente, quero dizer que é um absurdo acabar com o status de Ministério da Controladoria-
-Geral da União. Esse absurdo vai deixá-la muito enfraquecida. É um órgão que deveria lutar contra a corrupção.
Eram esses os três pontos.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Muito obrigado, Deputado.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Com a palavra a Deputada Carmen Zanotto, por 1 minuto.
A SRA. CARMEN ZANOTTO (PPS-SC. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu queria dar como lido
meu pronunciamento a respeito dos cortes no Orçamento da União, em especial na área social.
Gostaria também de convidar todos os Deputados e Deputadas a estarem conosco, a partir das 14 horas,
no Auditório Nereu Ramos. Nós iniciamos hoje as comemorações do Outubro Rosa, com o Seminário Principais
Tipos de Câncer entre as Mulheres, com a presença de vários especialistas. Essa doença está avançando muito, e
nós precisamos efetivamente trabalhar esse tema aqui, na nossa Casa. Portanto, quero convidar todos os Par-
lamentares para estarem conosco no Auditório Nereu Ramos, a partir das 14 horas.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. que seja dado como lido e divulgado o meu pronunciamento.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – V.Exa. será atendida na forma regimental.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, são preocupantes os anúncios de cortes orçamentários divulgados
pelo Governo Federal, inclusive em áreas sociais, que sempre foram prioridade nos governos do Partido dos
Trabalhadores, o que soa uma incoerência.
Foram cortados R$25,5 bilhões nos programas sociais previstos para 2016, em relação ao orçamento de
2015, conforme dados do Ministério do Planejamento e Gestão.
Destaco que no orçamento de 2015 o corte foi de R$ 59,7 bilhões. A primeira previsão para o orçamento
de 2016 é de R$ 42,7 bilhões. Desse montante, a primeira degola teve a cifra de R$ 16,94 bilhões. O segundo
alcançou R$ 12,4 bilhões.
Os programas mais afetados foram: Minha Casa, Minha Vida: R$ 4.388 bilhões; Construção de Creches e
Pré-Escolas: R$ 3.314 bilhões; PAC Mobilidade Urbana: R$ 2.362 bilhões; PRONATEC: R$ 2,362 bilhões; Ciência
sem Fronteira, R$ 2.087 bilhões; Construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS): R$ 135 milhões.
Os cortes em áreas tão importantes demonstram que, por um lado, o Governo precisa cortar, mas, por
outro, que áreas fundamentais para a população mais carente estão sendo seriamente afetadas.
66 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O único programa beneficiado, conforme os jornalistas Murilo Rodrigues Alves e Adriana Fernandes, no
artigo intitulado Governo corte R$ 25 bi em gasto social, foi o FIES (Financiamento Estudantil), que teve um pe-
queno aumento de 5,5% para 2016
Segundo o cientista político Murilo Aragão, “os cortes terão como consequência a desaceleração no ritmo
de inclusão social e redução da desigualdade entre as classes”. O mesmo especialista destaca que “são necessários
para que o ambiente econômico volte a ser favorável”.
É inadmissível que tenham sido prejudicadas áreas como a do PAC (creches e pré-escola), onde o
orçamento previsto foi reduzido em 85,8%, caindo de R$ 3,8 bilhões para R$ 550 milhões entre 2015 e 2016.
Conforme informações veiculadas, o dinheiro somente dará para pagar as obras de cerca de 5 mil cre-
ches, das 6 mil prometidas ainda na primeira campanha eleitoral da Presidente.
Para os gestores na área, a medida vai comprometer a obrigatoriedade de matrícula, a partir de 2016, de
todas as crianças de 4 e 5 anos, prevista na legislação desde 2009. Segundo dados de 2013, os mais recentes,
a taxa de atendimento dessa faixa etária é de 87,9%.
Ficam as perguntas. Como poderemos ser uma pátria educadora sem financiamento? Como atendere-
mos à demanda crescente por creches e préescolas? Como ficam os direitos de nossas crianças estabelecidos
na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente?
Era o que tinha a dizer.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Concedo a palavra ao Deputado Arnaldo Jordy, por 5 minutos.
O SR. ARNALDO JORDY (PPS-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria fazer dois breves registros.
Primeiro, quero lamentar o discurso da Presidenta Dilma com relação aos desafios da COP 21. A posição
do Brasil estava sendo aguardada. O Brasil, que foi protagonista em Copenhagen e em diversos outros encon-
tros internacionais, tem uma matriz energética relativamente equilibrada e promete, até 2020, combater o
desmatamento ilegal na Amazônia, que é o principal fator de produção de gases que comprometem o aque-
cimento global. O Brasil tem condições de ter um protagonismo infinitamente maior do que esse anunciado
pela Presidente Dilma.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se comprometeu a reduzir, até 2030, em mais de 40%
a emissão de gases; a União Europeia, em mais de 60%, Deputado Giovani Cherini. E, lamentavelmente, nós
temos essa postura tímida em relação a esses desafios. E mais: para combater o desmatamento ilegal é preciso
haver uma presença maior do Estado na Amazônia. O IBAMA, por exemplo, não pode ter menos de 20 fiscais
fazendo fiscalização da extração ilegal de madeira.
Então, eu queria fazer aqui este apelo: que os órgãos governamentais brasileiros, Deputado Darcísio Pe-
rondi, o Ministério do Meio Ambiente e todos aqueles que são afetos à área possam melhorar esta posição do
Brasil agora na COP 21. O Brasil tem condição de ser um dos protagonistas nesse desafio, que é global e civi-
lizatório, de garantir a sobrevivência de milhares de espécies da fauna e da flora e do ser humano no planeta.
Por fim, Sr. Presidente, eu queria fazer um comentário aqui. Assistimos nos noticiários, agora, mais uma
vez, ao Presidente desta Casa – e eu quero me solidarizar com o Presidente do Senado – ponderando essa
questão da volta do financiamento empresarial privado de campanhas eleitorais.
Por favor! Essa matéria já foi derrotada nesta Casa. Houve uma pedalada regimental, produzida em menos
de 24 horas, para recompor a votação no que ela foi derrotada. O Senado praticamente liquidou essa matéria
na votação de um projeto da Senadora Vanessa Grazziotin. O Supremo Tribunal Federal, quase à unanimidade,
declarou pacífico o entendimento da inconstitucionalidade, e nós ainda voltamos a ela?! As instituições repu-
blicanas do Brasil, este Congresso, a opinião pública, as entidades estão reféns da vontade de um personagem.
Não é possível que ainda queiramos aprová-la!
A grande coisa que foi aprovada nesta reforma política, na opinião do PPS, foi o fim do financiamento
empresarial de campanha, para reduzir o custo absurdo das campanhas no Brasil.
Sr. Presidente, peço que autorize a divulgação deste registro nos veículos de comunicação desta Casa e,
em especial, no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – V.Exa. será atendido.
O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Concedo a palavra à Deputada Flávia Morais.
A SRA. FLÁVIA MORAIS (PDT-GO. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, convido os nobres colegas
para sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Idoso, amanhã.
A sessão solene foi proposta por mim, pela Deputada Cristiane Brasil e pelo Deputado Arnaldo Faria de
Sá. Estaremos aqui prestando nossas homenagens a todos os idosos do Brasil. Estão todos convidados para
participar conosco.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 67

O SR. PRESIDENTE (Alberto Fraga) – Concedo a palavra ao Deputado Major Olimpio. S.Exa. dispõe de 1 minuto.
O SR. MAJOR OLIMPIO (PDT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Secretário de Segurança Pú-
blica de São Paulo reuniu-se ontem com as entidades representativas das Policiais Militares para dizer o óbvio:
a Polícia de São Paulo não vai ter revisão salarial nenhuma.
Eu vinha dizendo, em relação à data-base, estabelecida em lei sancionada por Geraldo Alckmin, que, se
ele não cumpre o que diz, cumprirá muito menos o que assina. Ontem caiu a ficha de vez para as entidades
que estavam sendo enganadas, ou fazendo de conta que estavam sendo enganadas.
Agora nós teremos que ter atitudes. Não vai haver revisão salarial nenhuma para a segurança pública
de São Paulo. O Governador e o Secretário estavam empurrando com a barriga e ontem deram a sentença de
morte à dignidade dos policiais civis e militares de São Paulo, comunicando às entidades o reajuste zero e o
trabalho dobrado.
O Sr. Alberto Fraga, nos termos do § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência,
que é ocupada pelo Sr. Eduardo Cunha, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Darcísio Perondi.
O SR. DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo do Rio
Grande do Sul paga aos funcionários da rede hospitalar os atrasados do Governador anterior e parte de agora, no
valor de R$ 270 milhões, em uma operação que envolve os hospitais, o Banco do Estado e o Governo do Estado.
Parabéns ao meu Governador!
Quero agradecer à Secretaria de Direitos Humanos, sob o comando de Pepe Vargas, o convite, feito a
mim no mês passado, para ir a Genebra representar o Parlamento no Comitê sobre os Direitos da Criança, onde
o Brasil prestou contas da sua política nos últimos 10 anos.
Muito obrigado, Ministro Pepe Vargas!
Muito obrigado, Sr. Presidente Eduardo Cunha, que entendeu a importância de o Parlamento lá estar. Eu
tive a oportunidade de falar, inclusive, sobre a política direta de direitos humanos de crianças e adolescentes.
E quero ressaltar a excelente equipe técnica da Secretaria, que lá foi, na pessoa do Rodrigo Morais, seu
assistente internacional; do Rodrigo Torres, que comandou a delegação como Secretário Substituto; da Dra.
Heloiza Egas, Coordenadora-Geral de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes; da
Dra. Alice Santos, consultora para temas internacionais. A equipe foi maravilhosa, como também o foi a Embai-
xadora Regina Dunlop, que deu atenção especial a toda a delegação brasileira e ao Parlamento.
Sr. Presidente, muito obrigado pela oportunidade que V.Exa. me concedeu.
Parabéns à equipe do Ministro Pepe Vargas!

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:


Total de Parlamentares: 304
RORAIMA
Abel Mesquita Jr. PDT
Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Maria Helena PSB
Remídio Monai PR
Total de RORAIMA 4
AMAPÁ
Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de AMAPÁ 2
PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Beto Salame PROS
Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Chapadinha PSD
68 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Hélio Leite DEM


Joaquim Passarinho PSD
José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Lúcio Vale PR
Nilson Pinto PSDB
Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARÁ 11
AMAZONAS
Átila Lins PSD
Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Hissa Abrahão PPS
Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 5
RONDÔNIA
Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério PDT
Mariana Carvalho PSDB
Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 5
ACRE
Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Angelim PT
César Messias PSB
Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rocha PSDB
Total de ACRE 5
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Vicentinho Júnior PSB
Total de TOCANTINS 4
MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eliziane Gama PPS
Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Castelo PSDB
João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Reinaldo PSB
Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rubens Pereira Júnior PCdoB
Victor Mendes PV
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 13
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 69

CEARÁ
Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cabo Sabino PR
Danilo Forte PSB
Domingos Neto PROS
Gorete Pereira PR
Leônidas Cristino PROS
Odorico Monteiro PT
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de CEARÁ 11
PIAUÍ
Átila Lira PSB
Heráclito Fortes PSB
Júlio Cesar PSD
Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo Martins PSB
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 7
RIO GRANDE DO NORTE
Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Felipe Maia DEM
Rafael Motta PROS
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 4
PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Damião Feliciano PDT
Efraim Filho DEM
Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Cunha Lima PSDB
Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 8
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Augusto Coutinho Solidaried
Betinho Gomes PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PCdoB
Daniel Coelho PSDB
Fernando Coelho Filho PSB
Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Fernando Coutinho PSB
Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marinaldo Rosendo PSB
70 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Pastor Eurico PSB


Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Tadeu Alencar PSB
Wolney Queiroz PDT
Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 17
ALAGOAS
Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Vilela PSDB
Total de ALAGOAS 3
SERGIPE
Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Mitidieri PSD
Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Laercio Oliveira Solidaried
Valadares Filho PSB
Total de SERGIPE 7
BAHIA
Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Antonio Imbassahy PSDB
Bebeto PSB
Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Claudio Cajado DEM
Daniel Almeida PCdoB
Elmar Nascimento DEM
Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Félix Mendonça Júnior PDT
Fernando Torres PSD
João Carlos Bacelar PR
João Gualberto PSDB
José Carlos Araújo PSD
José Nunes PSD
José Rocha PR
Jutahy Junior PSDB
Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Azi DEM
Ronaldo Carletto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de BAHIA 20
MINAS GERAIS
Ademir Camilo PROS
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Caio Narcio PSDB
Carlos Melles DEM
Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Andrade PSD
Domingos Sávio PSDB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 71

Eduardo Barbosa PSDB


Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Ramalho PV
Gabriel Guimarães PT
Jaime Martins PSD
Jô Moraes PCdoB
Júlio Delgado PSB
Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Monteiro PT
Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lincoln Portela PR
Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Montes PSD
Marcus Pestana PSDB
Mário Heringer PDT
Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Misael Varella DEM
Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Paulo Abi-Ackel PSDB
Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo de Castro PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Stefano Aguiar PSB
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Weliton Prado PT
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 41
ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Dr. Jorge Silva PROS
Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Max Filho PSDB
Paulo Foletto PSB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 7
RIO DE JANEIRO
Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Aureo Solidaried
Cabo Daciolo S.Part.
Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Floriano PR
Hugo Leal PROS
Indio da Costa PSD
Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
72 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcelo Matos PDT
Miro Teixeira REDE
Paulo Feijó PR
Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Rodrigo Maia DEM
Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sóstenes Cavalcante PSD
Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 21
SÃO PAULO
Alexandre Leite DEM
Andres Sanchez PT
Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Antonio Carlos Mendes Thame PSDB
Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bruna Furlan PSDB
Bruno Covas PSDB
Capitão Augusto PR
Dr. Sinval Malheiros PV
Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Eduardo Cury PSDB
Evandro Gussi PV
Flavinho PSB
Gilberto Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
João Paulo Papa PSDB
Luiz Lauro Filho PSB
Major Olimpio PDT
Mara Gabrilli PSDB
Miguel Haddad PSDB
Miguel Lombardi PR
Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Orlando Silva PCdoB
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Samuel Moreira PSDB
Silvio Torres PSDB
Tiririca PR
Vanderlei Macris PSDB
Vitor Lippi PSDB
Walter Ihoshi PSD
Total de SÃO PAULO 34
MATO GROSSO
Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabio Garcia PSB
Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ságuas Moraes PT
Total de MATO GROSSO 5
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 73

DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Augusto Carvalho Solidaried
Izalci PSDB
Ronaldo Fonseca PROS
Total de DISTRITO FEDERAL 4
GOIÁS
Alexandre Baldy PSDB
Célio Silveira PSDB
Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Sousa PSDB
Flávia Morais PDT
Giuseppe Vecci PSDB
Heuler Cruvinel PSD
João Campos PSDB
Lucas Vergilio Solidaried
Marcos Abrão PPS
Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de GOIÁS 13
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dagoberto PDT
Tereza Cristina PSB
Total de MATO GROSSO DO SUL 3
PARANÁ
Alfredo Kaefer PSDB
Aliel Machado PCdoB
Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Evandro Roman PSD
Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Luciano Ducci PSB
Luiz Carlos Hauly PSDB
Luiz Nishimori PR
Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rubens Bueno PPS
Sandro Alex PPS
Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zeca Dirceu PT
Total de PARANÁ 21
SANTA CATARINA
Carmen Zanotto PPS
74 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Cesar Souza PSD
Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabricio Oliveira PSB
Jorginho Mello PR
Marco Tebaldi PSDB
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de SANTA CATARINA 11

RIO GRANDE DO SUL


Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Afonso Motta PDT
Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Marroni PT
Giovani Cherini PDT
Heitor Schuch PSB
Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Derly PCdoB
José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jose Stédile PSB
Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Maria do Rosário PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Pimenta PT
Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 18
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A lista de presença registra o comparecimento de 304 Senhoras
Deputadas e Senhores Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Comunico às Sras. e aos Srs. Deputados que chegou à Câmara
dos Deputados o Ofício nº 426, de 2015, do Congresso Nacional, que encaminha, nos termos do § 8º do art.
62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, o processado da Medida
Provisória nº 686, de 2015, que “abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educação, de encargos fi-
nanceiros da União e de operações oficiais de crédito, no valor de R$9.820.639.868,00, para os fins que especifica, e
dá outras providências”.
À Medida foram oferecidas seis emendas, e a Comissão Mista emitiu o Parecer nº 57, de 2015, do Congresso
Nacional, que conclui pelo PLV 14/15.
Comunico às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados que chegou à Câmara dos Deputados o Ofício nº 427,
de 2015, do Congresso Nacional, que encaminha, nos termos do § 8º do art. 62 da Constituição Federal, com a
redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, o processado da Medida Provisória nº 677, de 2015, que “au-
toriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de Energia do Nordeste, com o objetivo
de prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de
maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004”.
À Medida foram oferecidas 120 emendas, e a Comissão Mista emitiu o Parecer nº 72, de 2015, do Congresso
Nacional, que conclui pelo PLV 16/15.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vamos passar ao item 1 da pauta.
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, poderia V.Exa.
começar pela medida provisória? O Líder Mendonça Filho, que não está presente, pediu que, em vez de discu-
tirmos primeiro a urgência, nós já começássemos pela medida provisória e, em seguida...
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 75

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu sou obrigado a começar pela medida provisória, porque as
urgências existentes são de matérias com trancamento de pauta. Havendo medida provisória, eu, em qualquer
circunstância, não posso deliberar requerimento de urgência sobre matéria sujeita a trancamento.
O SR. ALBERTO FRAGA – Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante
da Ordem do Dia.
Item 1.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 676, DE 2015


(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 676, de 2015, que altera a Lei nº 8.213, de
24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social; tendo
parecer da Comissão Mista pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência; pela
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação financeira e or-
çamentária; e no mérito, pela aprovação desta, e pela aprovação total ou parcial, nos termos
do Projeto de Lei de Conversão nº 15, de 2015, das Emendas nºs 2, 3, 13, 17, 18, 26 a 29, 34, 37,
38, 42, 44, 46, 49 a 52, 59, 62, 66, 74, 77 a 79, 92, 97, 105, 106, 108, 113, 114, 118, 124, 127, 130,
155, 156, 172, 175 e 182; e pela rejeição das Emendas nºs 1, 4 a 12, 14, 16, 19 a 25, 30 a 33, 35,
36, 39 a 41, 43, 45, 47, 48, 53 a 58, 60, 61, 63 a 65, 67 a 73, 75, 76, 80 a 91, 93 a 96, 98, 99, 107,
109 a 112, 115, 117, 119 a 123, 125, 126, 128, 129, 131 a 142, 145 a 153, 157 a 171, 173, 174,
176 a 181, 183 e 184. As Emendas de nºs 15, 100 a 104, 116, 143, 144 e 154 foram retiradas pelo
autor (Relator: Deputado Afonso Florence e Relator Revisor: Senador Garibaldi Alves Filho).
PRAZO NA CÂMARA: 15/07/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 02/08/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 16/08/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 15/10/2015
Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à discussão da matéria.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço um escla-
recimento, por gentileza.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não.
O SR. AFONSO FLORENCE – Eu estou inscrito e sou o Relator. Na oportunidade em que for possível, eu
peço que me ceda a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – No período de discussão, infelizmente, pela mudança de modelo
de apreciação das medidas provisórias, os Relatores só falam em caso de parecer de emenda ou de inscrição
normal.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contrariamente à matéria, concedo a palavra ao Depu-
tado Edmilson Rodrigues.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, foi de fundamental
importância a sinalização que demos à sociedade brasileira aprovando aqui, ainda que de forma indireta, por-
que não era o tema central, uma emenda, parece-me que de iniciativa do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que
dá fim ao fator previdenciário.
É injusto que um trabalhador, após as várias reformas da Previdência – além do tempo de trabalho, que
antes era o único requisito para a aposentadoria, passou-se a considerar outros elementos, como uma média
da idade –, seja penalizado após a aposentadoria. O fator previdenciário retira o poder de compra, num curto
espaço de tempo, no momento em que a pessoa idosa mais necessita, depois de ter contribuído com o País.
Se conversarmos com qualquer pessoa com mais de 65 anos, vamos saber que é grande a incidência de
hipertensão e, portanto, as pessoas precisam de medicamentos. As pessoas têm que ter controlar o colesterol,
além de necessitarem de uma série de outros medicamentos. Às vezes, há um problema de postura que gera
dores na região lombar ou em outras regiões do corpo.
76 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Então, tudo isso tem que ser remediado, porque não há outro jeito. São exatamente essas pessoas que,
às vezes, tomam dez medicamentos que têm o seu salário reduzido. Aposentam-se com 5 salários e, em pouco
tempo, estão ganhando 1 salário mínimo.
É uma crueldade essa invenção brasileira do fator previdenciário!
Eu sei que há o argumento do déficit previdenciário, eu sei que a população tem aumentado a sua ex-
pectativa de vida e que este é um problema a ser enfrentado. Agora, é até bom que o País envelheça, no sen-
tido de que a pessoas vivam mais, de que a mortalidade infantil seja cada vez menor e de que a longevidade
seja cada vez maior. Isso gera problemas? Gera. Nós temos que ver que, quando discutimos, por exemplo, a
PEC da Bengala aqui, que nós estamos tentando responder a essa questão de alguma forma. Mas não se pode
tirar direitos, especialmente daqueles que efetivamente contribuíram com o seu trabalho por décadas a fio
para o desenvolvimento deste País.
Eu apenas queria fazer uma observação. Quando se fala da comprovação de união estável como entida-
de familiar, já há consolidado pelo Supremo Tribunal Federal uma negação desse princípio.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar favoravelmente, concedo a palavra ao Deputado Fábio
Sousa. (Pausa.)
Para falar favorável, concedo a palavra ao Deputado Daniel Coelho. (Pausa.)
Para falar favorável, concedo a palavra ao Deputado Rocha. (Pausa.)
Para falar favorável, concedo a palavra ao Deputado Alberto Fraga. (Pausa.)
Para falar favorável, concedo a palavra ao Cabo Sabino. (Pausa.)
Para falar favorável, concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, essa
não é a solução que nós queríamos. Nós queríamos que caísse o fator previdenciário e que isso fosse perma-
nente. Mas essa é a solução menos ruim para os aposentados, já que, num escalonamento, ela vem cumprir
aquele percentual que nós queríamos.
Aliás, ter o aposentado como o vilão das contas públicas é a maior mentira que existe. Tudo quanto é
Ministro da Fazenda sempre vai falar que a questão da aposentadoria, da Previdência, é o grande rombo deste
País, e vai ter esse chororô todo. O grande rombo deste País é o que os bancos estão sempre ganhando. Esse é
o rombo deste País. Banco não deixa de ganhar dinheiro neste País. Aqui é o lugar no mundo onde banqueiro
mais ganha dinheiro!.
Eu acredito que Ministro da Fazenda deveria se preocupar muito menos com os banqueiros e muito mais
com os aposentados. Ele deveria cuidar muito mais daqueles que deram a sua vida por este País e que agora
precisam desses recursos. Parece que aposentado não precisa de dinheiro; pelo contrário, vão comprar medi-
camento para ver o preço em que está, vão pagar plano de saúde depois dos 60 anos para ver quanto é. Vão
fazer todos esses gastos e, aí, vão ver que se vai gastar muito mais dinheiro.
Está na hora de termos respeito muito maior pelos nossos aposentados. Nós não podemos tratá-los como
se fossem problema. Eles não são problema para o nosso País. Pelo contrário, no tempo deles, eles participa-
ram de várias soluções, as quais, infelizmente, hoje nós não copiamos. Se copiássemos a boa índole, a hones-
tidade, a vontade de trabalhar que esses aposentados tinham, talvez hoje o País não estivesse nesta condição
terrível em que se encontra.
Está na hora de honrarmos os nossos aposentados, está na hora de honrarmos aqueles que trabalharam
por nós. Entre ganhar nada e ganhar isso que aí está, claro que nós preferimos algum ganho para o aposen-
tado. Por isso, vamos trabalhar no sentido de que esse ganho seja aprovado. Mas não é nem sombra daquilo
que nós queremos para respeitar os aposentados.
Obrigado.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Há várias
Comissões funcionando, Presidente. Já começou a Ordem do Dia, e V.Exa. deve determinar a suspensão de
qualquer Comissão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu não preciso determinar a suspensão. Quaisquer deliberações
de Comissão feitas após o anúncio do início da Ordem do Dia são nulas.
Todo Presidente de Comissão sabe, porque acende a luz na mesa dele, que estamos em Ordem do Dia.
Basta qualquer Parlamentar verificar na Taquigrafia o horário do início da Ordem do Dia. Qualquer deliberação
a posteriori está anulada.
Com a palavra o Deputado Afonso Florence.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 77

O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esse PLV
em discussão é fruto de um acordo na Comissão, e esse acordo, no plenário da Câmara, aliás, no plenário do
Congresso Nacional, na última sessão do Congresso, em que se apreciou o veto da Presidenta da República, o
fator previdenciário, a fórmula 85/95, virou um acordo de patamar superior.
O Deputado Arnaldo Faria de Sá, que está aqui, era o autor do destaque e, na tentativa de derrubar o
veto, retirou o destaque – e isso que eu estou dizendo foi testemunhado pelo Brasil –, em função de um acor-
do construído através do Líder do Governo na Câmara, José Guimarães, e do Líder do Governo no Congresso
Nacional, José Pimentel. O Ministro Berzoini entrou na linha telefônica e se comprometeu com o Deputado
Arnaldo – e não era eu que estava na linha telefônica – a respeito desse texto do PLV.
O texto do PLV garante a saúde financeira...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sem veto.
O SR. AFONSO FLORENCE – Sem veto, registra o Deputado Arnaldo Faria de Sá.
O texto do PLV, primeiro, garante a saúde financeira do Regime Geral de Previdência; garante parâme-
tros de cálculos atuariais compatíveis com essa saúde financeira; garante direitos que tinham sido retirados
em momentos anteriores da história recente deste Parlamento; inclui emendas de Parlamentares, como do
Deputado Arnaldo, mas também da Deputada Mara Gabrilli, do Deputado Eduardo Barbosa, do Senador Wal-
ter Pinheiro, da Senadora Lúcia Vânia.
Ele, portanto, garante uma série de conquistas para os trabalhadores e as trabalhadoras, para os hoje
aposentados e aposentadas e para o povo do Brasil como um todo, porque, como eu disse, no fundamental
contempla a expectativa do Governo, acenando para o mercado e para a sociedade brasileira uma política de,
cada vez mais, saúde financeira para o Regime Geral da Previdência, além de preservar direitos, repor direitos.
Portanto, o nosso pronunciamento, na condição inclusive de Relator da MP 676 na Comissão Mista, é
favorável à aprovação do texto do PLV. Solicitamos de V.Exas. o maior cuidado possível para evitarmos que
destaques impeçam a aprovação do texto do PLV.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Declaro encerrada a discussão. (Pausa.)
O SR. CHICO ALENCAR – Tempo de Líder, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Chico Alencar, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PSOL.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-
lamentares, servidores, todos os que acompanham esta sessão; e esta sessão fria mal esconde uma situação
quente no Congresso Nacional.
Todos nós aqui estávamos convocados, a partir de 11h30min, para uma sessão do Congresso, ao que sei,
rigorosamente de acordo com o Regimento Comum das duas Casas, gerado em 1970.
Essa norma diz que o Presidente do Congresso Nacional, do Senado Federal, convoca sessão conjunta do
Congresso Nacional, quando não aquelas fixadas ordinariamente, e seria o caso dessa, à sua excepcionalidade,
após a audiência com a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados
Pelo que eu li e vi, esta sessão estava mantida para dar continuidade à apreciação dos vetos, aqueles
destacados, que não só nós, aqui, Congressistas, Deputados e Senadores, independentemente da posição, e
parece que o Governo quer se livrar do fantasma da derrubada de alguns vetos, outros de nós queremos exa-
tamente derrubá-lo. E há uma expectativa da sociedade, da população, dos servidores do Judiciário para que
a sessão passada, aquela que varou a madrugada, se complemente.
Entretanto, ontem, na reunião de Colégio de Líderes, o Presidente da Câmara e vários Líderes partidá-
rios manifestaram uma posição estranha – com cheirinho de chantagem! Olha, se não apreciarmos o que não
estava previsto nem programado – e o veto de Dilma nem tinha sido aposto ainda, naquele momento, pelo
menos não publicado – à lei ordinária que garantia o financiamento empresarial de partidos e campanhas...
Aliás, financiamento considerado inconstitucional, porque fere a cláusula pétrea da igualdade de oportunida-
des, pelo Supremo Tribunal Federal, por 8 votos contra 3. Se essa matéria não for apreciada amanhã, dizia-se
ontem, nós vamos obstruir a própria sessão.
Isso seria muito mais adequado, e é legítima a obstrução. Muitas vezes, nós não a fazemos porque não
temos número para isso, mas, convocar uma sessão agora, e mais outra, e mais outra vira uma espécie de se-
questro do plenário da Câmara para impedir a sessão do Congresso e, quem sabe, atender a interesses até de
não derrubar vetos e, efetivamente, frustrar a dinâmica legislativa, atender a esta verdadeira obsessão: fora do
dinheiro milionário de empresas não há política possível.
Eu, como procuro fazer sempre – isto não é mérito nenhum –, pela necessidade da sinceridade e da
transparência, manifestei que o PSOL não compactua com essa tática estranha para uma causa ruim que é o
78 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

financiamento empresarial de campanha. Mudem a decisão do Supremo sei lá como, tentem votar a PEC para
criar um conflito entre a decisão do Legislativo e a decisão do Supremo, mas, dessa maneira, levar à exaustão
para inviabilizar a sessão do Congresso, é uma ofensa à parte significativa da população que tinha a expecta-
tiva de a sessão se concluir hoje.
Quero lembrar isto, Deputado Moroni: esta sessão é conclusão da anterior do Congresso Nacional. Então,
quem sabe, o Presidente Renan vai chamar a sessão do Congresso para o Nereu Ramos, para o gramado em
frente ao prédio do Congresso. Parece que a confusão, a bagunça, a instabilidade do lado de lá, do Planalto,
do Executivo, se transferiu para cá também. Ninguém está se entendendo!
E olhem: quem quer boquinha no Governo deve estar gostando disso. Quanto mais demora, mais a pe-
tição e o apetite aumentam. Tem muita coisa estranha, tem muita carne não muito saudável embaixo desse
angu de caroço, em que todos estamos metidos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se ao encaminhamento de votação.
A favor, Deputado Moroni Torgan.
HÁ SOBRE A MESA OS SEGUINTES DESTAQUES DE BANCADA:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 79

\,0 ,.'"' . EXCELENT(SSIMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

~'"~;
~·· DESTAQUE DE BANCADA
n
'·.

Requer destaque para votação em


separado.

Requeiro, nos termos do art. 161 , J, e § 2°, combinado com o art. 117, IX,
RICO, destaque para votação em separado do art. 4° do PLV n° 15/2015 apresentado
à Medida Provisória n° 676/2015.

Sala das Sessões, em 29/9/2015.

A FAVOR

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N1 ~~ /l1D 0
80 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

LIDERANÇA DO PARTIDO VERDE

DESTAQUE DE BANCADA

Requer destaque.

Senhor Presidente,

Requeiro, nos termos do artigo 117, inçiso IX. . .ele com o a,rtigo
do Regimento Interno, destaque C\, C'\
cV\(~ · \'\ i!t\
Sala da Sessao, em Jv de At W /'0 de ~~ / .

PV/MA

}ttw~ :
DET- ~~v
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 81

REQUERIMENTÇ) N°
(Bancada) ,.

.·Requer destaque. para votação .em


-··separado.

Senhor Presidente,

Requeiro nos termos dos arts. 117, ·IX .c/c 161, inciso~ e § 2° do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado
- '-
da(o) ElVlftJOA tv~ l65 óF&~CYJ- A N\P b·T6 o& 2015,

· líd~f"'d0PSB
{
82 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

REQUERIMENTO DE DESTAQUE
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 83

REQUERIMENTO N°
(Bancada)

Requer destaque para votação em


separado. ' i ,'

Senhor Presidente,

Requeiro nos termos dos arts. 117, IX ele 161, inciso _fi_ e § 2° do
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado
·do (a) ErntlúDfi · ~ nJ ~ J 3 AfeG56 n ffl íJ.4 · · À f11 P
c·:r0t1s

Sala
.
das Sessões, em -!JO tO~
- 120- IS . '• .
84 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só para ocupar rapidamen-
te o tempo, eu quero dizer que isso não é o que nós, nem o Deputado Arnaldo Faria de Sá, queríamos, mas
foi aquilo que foi possível, conforme todas as negociações. Nós gostaríamos que os aposentados fossem mais
respeitados neste País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para encaminhar contra, Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.)
Para encaminhar a favor, Deputado Arnaldo Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, rapidamente, nós
queremos logo, logo essa MP. O Deputado Afonso Florence já explicou todo o acordo que foi celebrado, quando da
votação do veto da MP 664. Na verdade, nós queremos garantir, até porque está estendido o 85/95 até o final de
2018, o que é uma grande conquista; e, a partir daí, a cada 2 anos, aumenta um pouco. Há também a questão da
soma das frações, em que, às vezes, os quebrados de idade e os quebrados de contribuição acabam dando mais de
1 ano. Isto é extremamente importante. A questão dos pescadores também foi definida e é uma grande conquista.
Então, sem dúvida nenhuma, devemos votar rapidamente, porque essa medida provisória decai no dia 15
de outubro. Nós esperamos que o Senado possa votar e garantir alguma coisa menos ruim àqueles que vão se
aposentar, como a fórmula 85/95, a soma da idade mais o tempo de contribuição, incluídas as frações. A soma
da idade mais o tempo de contribuição do homem, mais as frações, dá um total de 95. A fórmula permite que
fujamos desse maldito fator previdenciário. Hoje, quando o fator é aplicado ao trabalhador homem, depois de
35 anos, há perda de 30% a 40% do valor do seu benefício – um verdadeiro roubo!
E, no caso da mulher, pela melhor expectativa de vida que se tenha, depois de 30 anos de contribuição,
ela perde de 40% a 50%. Os espertinhos dos economistas vivem dizendo que o trabalhador tem que pagar a
conta. Eles é que paguem a conta! O aposentado não pode pagar.
Vamos aprovar logo essa medida provisória!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para encaminhar a favor, Deputado Celso Pansera.
O SR. CELSO PANSERA (Bloco/PMDB-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu fiz questão de fazer
este encaminhamento, porque participei da Comissão Mista que analisou a MP, e tive a satisfação de sair da Co-
missão com um acordo. É um grande ganho, porque não é um acordo qualquer. É um acordo de uma MP que vai
virar lei e que vai acabar com o famigerado cálculo, o fator previdenciário, que levava o trabalhador aposentado,
a trabalhadora aposentada, depois de cumprir 30, 35 anos de trabalho, a perder valores na sua aposentadoria.
Então, é muito importante o ganho que obtivemos no processo de amalgamar ideias para concluir esse
projeto de lei.
Destaque para o Deputado Arnaldo Faria de Sá, que tem conhecimento na área, que é um militante na
defesa dos direitos dos aposentados e que ajudou a construir esse consenso. Destaque também para o Minis-
tro da Previdência, que participou dos debates e ajudou na negociação com o Governo, para que nós pudés-
semos chegar a esse consenso.
O grande ganho no cálculo da fórmula 85/95 foi nós termos conseguido levá-lo até 2018, o que permite
ao trabalhador e à trabalhadora planejarem melhor a sua aposentadoria, planejarem melhor como se aposen-
tar, por que se aposentar e o momento da sua aposentadoria. Além disso, a escadinha, que encerrava a sua
progressão em 90/100 até 2022, foi para 2026, dando fôlego aos trabalhadores, para que consigam planejar a
sua aposentadoria.
E é importante, Presidente, chamarmos os colegas Deputados e as colegas Deputadas à responsabi-
lidade. Nós temos que ter uma preocupação estratégica de longo prazo. É importante que participemos do
debate do grupo de trabalho que está analisando uma lei nova, uma lei estratégica e de longo prazo para a
Previdência Social brasileira, porque esse grande ganho dos trabalhadores e das trabalhadoras não pode se
perder. Portanto, nós precisamos participar ativamente do debate, para que, quando chegar aqui o projeto de
reforma da Previdência, nós já tenhamos clareza daquilo que nós queremos para a Previdência Social brasileira.
Parabéns aos Deputados e às Deputadas. Conseguimos agora chegar ao fim do famigerado fator previ-
denciário, criado ainda nos anos 1990 para prejudicar os trabalhadores.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que ma-
nifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e
de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para encaminhar a favor, concedo a palavra ao Deputado Arnal-
do Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-
mentares, depois de muita discussão no âmbito da Comissão Especial, houve a possibilidade de alargarmos o
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 85

prazo de vigência da fórmula 85/95, que estava prevista até 2016. Conseguimos um acordo com o Relator, o
Deputado Afonso Florence – celebrado inclusive com o Ministro Ricardo Berzoini –, de não vetá-lo, para que
o 85/95 fosse até 2018 e, a partir daí, aumentasse 1 ponto a cada 2 anos. Também conseguimos a garantia da
soma das frações.
Não é o ideal, mas foi o possível. Diante daquilo que hoje acontece – no caso dos homens, o trabalhador
perde de 30% a 40%, depois de 35 anos de trabalho; já as mulheres, depois 30 anos de trabalho, pela maior ex-
pectativa de vida, chegam a perder até 50% –, é o que foi possível conseguir. Já tínhamos tentado na Emenda
à MP 664, quando aprovada essa emenda. Lamentavelmente, a Presidenta Dilma Rousseff a vetou. Agora, na
MP 676, temos um avanço. Não é o ideal, mas, sem dúvida nenhuma, é o possível.
Portanto, encaminho a favor, respeitando o esforço dos membros da Comissão.
Aproveito para parabenizar o Deputado Pauderney Avelino, que não se encontra no momento, e o Depu-
tado Celso Pansera. Estávamos presentes no dia votação, e S.Exa. abriu mão de pedir vista, para dar oportunidade
de a matéria voltar logo ao plenário.
Meu receio, desde o início, era de que essa medida provisória pudesse decair no seu prazo, e aí não se
conseguiria nada. Pelo menos, vamos continuar lutando, tentando garantir nesta votação a manutenção do
acordo. Reafirmo que há o compromisso, por parte do Governo, de não haver veto em todo o texto que veio
da Comissão Especial. Eventuais emendas que aqui forem aprovadas poderão ter a apreciação livre, mas em
relação àquele texto originário da Comissão Especial, que é o estamos votando e ao qual encaminho favora-
velmente, existe o compromisso do Governo em não vetar.
Estaremos lutando agora na sessão do Congresso para derrubar o veto àquela questão do aumento real
para os aposentados, na Medida Provisória nº 672. Nesse caso, lamentavelmente, foi descumprido o acordo,
porque o Senado usou de má-fé e fez uma emenda de redação, quando era para ser uma emenda de mérito,
na questão da aprovação do texto da Câmara que incluiu o RGPS – Regime Geral da Previdência Social no caput
do art. 1º da medida provisória que tratava do salário mínimo.
Nós estaremos atentos a essa matéria. Vamos votar logo, para garantir que a MP 676 vá para o Senado, e
que este a vote nos mesmos termos, para que, a partir daí, nós possamos dar um alívio, pelo menos, aos apo-
sentados e pensionistas. Inclusive, na hora em que virar lei, pelo princípio da isonomia, isso criará o direito a
todos aqueles que se aposentaram antes da vigência dessa medida provisória, em 18 de junho, de reclamarem
na Justiça, se tiverem na soma do tempo atingido a fórmula 85/95.
Portanto, encaminhamos a favor, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que ma-
nifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e
de sua adequação financeira e orçamentária, nos temos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Orientação de bancada.
Como vota o Bloco PMDB?
O SR. CELSO JACOB (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Quero fazer uma consulta, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado Hauly.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu tenho reuniões nas Co-
missões. Fico no plenário ou vou para as Comissões?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Qualquer reunião de Comissão, a menos que seja de audiência
pública ou que seja não deliberativa, não tem efeito. Não se pode deliberar enquanto o Plenário estiver fun-
cionando.
Provavelmente haverá um intervalo entre um período e outro, quando nós daremos um tempo para as
Comissões ainda funcionarem um pouco, ao término da votação desta medida provisória. Mas, enquanto hou-
ver Ordem do Dia em vigor, não é possível.
Como vota o PT?
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco PRB?
O SR. ALAN RICK (Bloco/PRB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PRB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. DR. JOÃO (PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD? (Pausa.)
86 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Como vota o PSB? (Pausa.)


Como vota o Democratas?
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é evidente que
ainda não é o ideal, mas eu acho que o PLV foi um avanço em relação ao texto, eis que, dessa forma, melhora
um pouco a vida do nosso aposentado.
O Democratas vai votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT, pelo acordo e pelo avanço
para os aposentados, vota “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós também con-
cordamos e vamos votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quando o
fator previdenciário foi criado no Governo Fernando Henrique Cardoso, eu fui Relatora da matéria e fui derro-
tada em plenário pela maioria da então base do Governo.
Passamos todos esses anos com grandes prejuízos aos trabalhadores brasileiros.
Quando a emenda veio à pauta, o PCdoB votou a favor da emenda, que foi vetada e, em substituição,
veio essa medida provisória, sobre a qual nós nos sentimos confortáveis para dar o voto a favor.
Primeiro, o Governo incorporou a decisão do Congresso, incorporou a fórmula 85/95, deu uma progres-
sividade bastante larga, até 2024, para a mudança dessa fórmula, e ainda entrou por outras questões de favo-
recimento dos trabalhadores, como o próprio tempo para pedir pensão por morte e tantas outras medidas que
não estavam e que foram incorporadas à medida provisória, melhorando bastante o texto da medida original.
Quero parabenizar, inclusive, o Deputado Afonso Florence, que foi o Relator da medida provisória.
Quero dizer que é um avanço importante para a realidade de hoje a aprovação feita por acordo constru-
ído pelo conjunto de membros da Comissão, e também por acordo com o nosso partido.
Portanto, essa medida provisória resgata muitos erros cometidos durante todos esses anos e aponta uma
perspectiva real para os trabalhadores, particularmente os do Regime Geral de Previdência Social.
O PCdoB vota “sim”.
O SR. FRANCISCO CHAPADINHA (PSD-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “sim”, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
A SRA. KEIKO OTA (PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PSB encaminha o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – PSD “sim” e PSB “sim”.
Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
O SR. ALEX MANENTE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS vota “sim”,
porque acredita que a matéria atende aos pressupostos constitucionais de relevância e de urgência. Então,
somos favoráveis.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV?
A SRA. LEANDRE (PV-PR. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PV orienta o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL queria es-
tar votando, por exemplo, o veto aposto ao reajuste dos aposentados pela Presidente Dilma Rousseff na sessão
do Congresso Nacional, aqui prevista.
Mas quero elogiar o Deputado Afonso Florence pelo imenso esforço, mais valioso ainda em se conside-
rando que ele é do partido do Governo, considerando inclusive que o PT é partido do Governo ainda. Estou
cheio de senões!
De toda forma, o Projeto de Lei de Conversão é muito positivo, na medida em que ele traz uma aposen-
tadoria mais benéfica para o trabalhador, mitigando o fator previdenciário. E a única opção que sobraria era
o sistema atual. Então, é positivo.
Nós queremos, ao dizer “sim”, para além do destaque que fizemos, que envolve até um conceito de fa-
mília muito limitador, falar também da obrigatoriedade do FUNPRESP – o Governo quer obrigar o trabalha-
dor a colocar recursos num fundo arriscado, de acordo com os sabores do mercado – e da questão do crédito
consignado nos lucrativos cartões de crédito para os bancos, num percentual de 35%. Mas eu espero que nos
destaques a gente possa melhorar ainda mais o projeto.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 87

O nosso voto é “sim”.


Parabéns, Deputado Afonso Florence!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quanto à admis-
sibilidade, vamos dizer apenas “sim”. E aprofundaremos o debate no julgamento, na votação da matéria, com
os seus destaques. Então, é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Minoria re-
conhece o trabalho do Deputado Afonso Florence e a boa vontade que teve com relação a esse tema. Mas
tem as mesmas preocupações do Deputado Arnaldo Faria de Sá, de que nada disso seja vetado, porque é um
acordo que não permite vetos. Se os vetos acontecerem, sem dúvida nenhuma haverá uma grande cobrança
no plenário desta Casa.
A Minoria é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo? (Pausa.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que ma-
nifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e
de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão nº 15, de 2015, adota-
do pela Comissão Mista, à Medida Provisória nº 676, de 2015, ressalvados os destaques.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Orientação de bancada.
Como vota o Bloco do PMDB?
O SR. CELSO JACOB (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB entende que é um
avanço importante esse movimento e votamos a orientação “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. LOBBE NETO (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB?
O SR. CELSO RUSSOMANNO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PRB
entende que esse foi o acordo firmado pelo Governo de atender a discussão do fator previdenciário.
Por isso, nós votamos “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. DR. JOÃO (PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”.
Como vota o PSD?
O SR. FERNANDO TORRES (PSD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
A SRA. KEIKO OTA (PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “sim”, mas
quer, antes, fazer uma ressalva e elogiar o esforço do Deputado Arnaldo Faria de Sá. Se S.Exa. não tivesse plan-
tado essa semente, nada disso estaria acontecendo.
Portanto, ficam os nossos elogios ao Deputado Arnaldo Faria de Sá por essa iniciativa. Evidentemente,
o Governo melhorou, através do Relator, a vida do nosso aposentado.
Portanto o Democratas vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade,
na mesma linha, vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB? (Pausa.)
Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
88 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. ALEX MANENTE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS acredita que
essa medida tem o objetivo importante de valorizar os aposentados, depois de muita luta. E o PPS sempre se
manteve firme para acabar com os detalhes do fator previdenciário.
Por isso, nós votamos “sim”, ressalvados os destaques.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PCdoB vota “sim”, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”.
Como vota o PV?
A SRA. LEANDRE (PV-PR. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PV vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”.
Como vota o PSOL?
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL
vota “sim”, mas gostaria de observar que a expressão “que comprove união estável como entidade familiar”, que
vem sendo debatida no Estatuto da Família, acabará prejudicando, reduzindo o acesso. Nós vamos apresentar
um destaque sobre isso.
Mas é “sim” à proposta global.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu penso que, com
a aprovação desse substitutivo, ficará reduzida a tensão daquele vai e vem de o Congresso aprovar melhorias
para aposentados e o Executivo vetá-las. Depois, o veto é submetido ao voto, e o veto é mantido. Acaba esse
pingue-pongue que desgasta todos, especialmente os aposentados.
Não chegamos ainda ao ideal dessa discussão previdenciária no Brasil, mas demos um passo, um pe-
queno passo.
Votamos “sim”, ressalvados os destaques.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Minoria tam-
bém quer reconhecer o trabalho do Deputado Arnaldo Faria de Sá. Ele é o grande Líder nessa matéria, traba-
lhou muito também para que houvesse esse acordo. Então, queremos reconhecer esse trabalho dele e dizer
que S.Exa. tem valorizado o aposentado, e nós temos nos agregado a essa valorização. E voltamos a fazer a
ressalva de que não haja nenhum veto nesse projeto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo. (Pausa.)
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, o PTB quer encaminhar.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Arnaldo Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, lo-
gicamente que a gente tem alguns ganhos nessa matéria. Lamento que o Relator não tenha aceitado a nossa
emenda para incorporar aqueles que se aposentaram antes da vigência da Medida Provisória nº 676 e que já
tenham atingido o 85/95. Tentamos conseguir essa possibilidade, mas não foi possível. Conseguimos a ques-
tão da fração. Mas, na isonomia, temos certeza de que na hora em que virar lei essa condição, nós poderemos
estender essa situação a todos aqueles que se aposentaram antes de 18 de junho de 2015, garantindo àqueles
que tiverem a fórmula 85/95 a possibilidade de ser atendidos.
Sem dúvida nenhuma, é um avanço possível levar o 85/95 até o ano de 2018, permitindo, daqui a 3 anos
de contribuição mais 3 anos de idade, a somatória de 6. Um fator positivo, portanto, a favor da votação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão nº 15 de 2015, adotado
pela Comissão Mista, à Medida Provisória nº 676, de 2015, ressalvados os destaques.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 12. .................................................................................................................................................................................
§ 9º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e
.................................................................................................................................................................................................
§ 10. .......................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 89

V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente,


membro de conselho de administração ou fiscal, de cooperativa rural constituída exclusivamente por
segurados especiais, ou de cooperativa de crédito rural, observado o disposto no § 13 deste artigo;
....................................................................................................................................................................................... ” (NR)
Art. 2º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 11. .................................................................................................................................................................................
§ 8º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e
.................................................................................................................................................................................................
§ 9º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
V – exercício de mandato de vereador do município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente,
membro de conselho de administração ou fiscal, de cooperativa rural constituída exclusivamente por
segurados especiais, ou de cooperativa de crédito rural, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991;
........................................................................................................................................................................................ ” (NR)
“Art. 16. .................................................................................................................................................................................
I – o cônjuge;
II – o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia
estabelecida judicialmente;
III – o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;
IV – o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:
a) seja menor de 21 (vinte e um) anos;
b) seja inválido;
c) tenha deficiência grave; ou
d) tenha deficiência intelectual ou mental;
V – a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do segurado; e
VI – o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do segurado e atenda a um
dos requisitos previstos no inciso IV.
§ 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficiários
referidos nos incisos V e VI.
.................................................................................................................................................................................................
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas nos inciso I a IV é presumida e a das demais deve
ser comprovada.”(NR)
“Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição po-
derá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total
resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de reque-
rimento da aposentadoria, for:
I – igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição
de trinta e cinco anos; ou
II – igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observado o tempo mínimo de contribuição de
trinta anos.
§ 1º Para os fins do disposto no “caput”, serão somadas as frações em meses completos de tempo de
contribuição e idade.
§ 2º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão majoradas em um ponto em:
I -31 de dezembro de 2018;
II – 31 de dezembro de 2020;
III – 31 de dezembro de 2022;
IV – 31 de dezembro de 2024; e
V – 31 de dezembro de 2026.
§ 3º Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 2º, o tempo mínimo de contribuição do professor
e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio será de, respectivamente, 30 (trinta) e 25 (vinte e cinco) anos,
e serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição.
90 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 4º Ao segurado que alcançar o requisito necessário ao exercício da opção de que trata o “caput” e deixar
de requerer aposentadoria, será assegurado o direito à opção com a aplicação da pontuação exigida na
data do cumprimento do requisito nos termos deste artigo.
§ 5º O INSS deverá fornecer ao segurado que solicitar a aposentadoria por tempo de contribuição, de
maneira clara e em linguagem de fácil compreensão, as seguintes informações:
I – estimativa da data em que o segurado poderá se aposentar sem a incidência do fator previdenciário,
de acordo com os requisitos previstos no caput e nos §§ 2º e 3º deste artigo;
II – estimativa da data em que o fator previdenciário aplicável ao segurado deverá ser igual ou superior
a 1,00 (um inteiro);
III – estimativa da renda mensal do benefício do segurado para cada ano adicional de contribuição, até
atingir a data prevista no inciso I.”
“Art. 29-D É garantido ao segurado que optar por permanecer em atividade, se mais vantajoso, o direito ao
cálculo do salário-de-benefício com base na expectativa de sobrevida presente na tábua de mortalidade
vigente na data de cumprimento dos requisitos necessários à aposentadoria por tempo de contribuição,
considerando-se sua idade e seu tempo de contribuição no momento de requerimento do benefício.”
“Art. 74. .................................................................................................................................................................................
I – do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;
............................................................................................................................................................................................”(NR)
“Art. 77. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 2º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 (vinte e um)
anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
.................................................................................................................................................................................................
§ 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não
impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência
intelectual ou mental ou com deficiência grave.”(NR)
“Art. 115. ...............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mer-
cantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades
fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando expressamente auto-
rizado pelo beneficiário, até o limite de trinta e cinco por cento do valor do benefício, sendo cinco por
cento destinados exclusivamente para:
a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou
b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.
...........................................................................................................................................................................................” (NR)
Art. 3º A Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 6º A concessão do benefício não será extensível às atividades de apoio à pesca, excetuadas as exercidas
pelos familiares do pescador artesanal que satisfaçam os requisitos e as condições estabelecidos nesta
Lei e desde que o apoio seja prestado diretamente pelo familiar ao pescador artesanal e não a terceiros.
............................................................................................................................................................................................”(NR)
“Art. 2º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 2º .........................................................................................................................................................................................
I – registro como pescador profissional, categoria artesanal, ou assemelhado ao pescador artesanal, nos
termos do § 10, devidamente atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), emitido pelo
Ministério da Pesca e Aquicultura com antecedência mínima de 1 (um) ano, contado da data de reque-
rimento do benefício;
.................................................................................................................................................................................................
§ 10 Considera-se assemelhado ao pescador artesanal, para os fins do disposto nesta Lei, o familiar que
realiza atividade de apoio à pesca, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 91

de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da


pesca artesanal, prestada a membro do grupo familiar registrado como pescador profissional, categoria
artesanal.” (NR)
Art. 4º O art. 1º da Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos,
renumerando-se o atual parágrafo único para §1º:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
§ 2º Os servidores e os membros referidos no caput deste artigo com remuneração superior ao limite
máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, que venham a ingressar
no serviço público a partir do início da vigência do regime de previdência complementar de que trata
esta Lei, serão automaticamente inscritos no respectivo plano de previdência complementar desde a
data de entrada em exercício.
§ 3º Fica assegurado ao participante o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua
inscrição, nos termos do regulamento do plano de benefícios.
§ 4º Na hipótese do cancelamento ser requerido no prazo de até noventa dias da data da inscrição, fica
assegurado o direito à restituição integral das contribuições vertidas, a ser paga em até sessenta dias do
pedido de cancelamento, corrigidas monetariamente.
§ 5º O cancelamento da inscrição previsto no § 4º não constitui resgate.
§ 6º A contribuição aportada pelo patrocinador será devolvida à respectiva fonte pagadora no mesmo
prazo da devolução da contribuição aportada pelo participante.” (NR)
Art. 5º A Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003, passa a vigorar acrescida do seguinte dispositivo:
“Art. 6º-A Equiparam-se, para os fins do disposto no art. 1º e no art. 6º, às operações neles referidas, as
que são realizadas com entidades abertas ou fechadas de previdência complementar pelos respectivos
participantes ou assistidos.”
Art. 6º Esta Lei entra em vigor:
I – em 3 de janeiro de 2016, quanto à redação dada ao art. 16 e inciso II do §2º do art. 77 da Lei nº 8.213, de 1991;
II – em 1º de julho de 2016, quanto à redação dada ao § 5º do art. 29-C da Lei nº 8.213, de 1991;
III – na data de sua publicação, para os demais dispositivos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADA A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 676, DE 2015, NA FORMA DO PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO,
RESSALVADOS OS DESTAQUES.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Destaque nº 5.
“Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, inciso I, do Regimento Interno, destaque para vo-
tação em separado da expressão “que comprove união estável como entidade familiar”, constante no
inciso III do art. 16 da Lei nº 8.213/91, alterado pelo art. 2º do Projeto de Lei de Conversão.”
Sala das Sessões, 30 de 09 de 2015. – Chico Alencar, Líder do PSOL
Assina o Deputado Chico Alencar.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Afonso Florence.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o
destaque em questão diz respeito a um inciso do texto que reporta a direito de companheiro ou companheira
da entidade familiar.
A expressão “entidade familiar” tem origem na jurisprudência, e essa resolução do Congresso Nacional,
sancionada pela Presidenta da República, vem cotejar a legislação na qual está previsto o direito ao benefício
previdenciário, com a jurisprudência consagrada vigente.
Por isso, houve uma interpretação da assessoria, e avoco a mim essa responsabilidade, no sentido de nós
mantermos o texto do PLV – inciso III do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, alterado pelo art. 2º do PLV –, porque
ele tem por objetivo viabilizar o acesso a direitos, por exemplo, quando um companheiro ou uma companheira
tem um cônjuge a ser beneficiado.
Por isso, a minha posição é pela manutenção do texto, obviamente no espírito constituído na Comissão.
E, para construirmos um acordo, nós vamos continuar dialogando com os Parlamentares que apresentaram o
destaque. O nosso objetivo é aprovar o texto do PLV que veio da Comissão.
92 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Nesse sentido, nossa orientação é contrária ao destaque, mas continuamos abertos à negociação.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Glauber Braga.
O SR. GLAUBER BRAGA (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a discussão que está se esta-
belecendo aqui e que estamos tendo a oportunidade de fazer é exatamente a preocupação de que venha para
a atual legislação o desdobramento da aprovação já ocorrida na Comissão Especial de um modelo único, de
um monopólio de modelo de família, que inclusive vai contra aquilo que já foi decidido pelo Supremo Tribunal
Federal e pelo Conselho Nacional de Justiça e que retira o direito de milhões de brasileiros.
É exatamente em função dessa preocupação que está sendo dialogada, esclarecida, discutida e debatida
com o Deputado Afonso Florence e com os demais Parlamentares que têm acúmulo na discussão desse tema,
que o PSOL apresentou este destaque. A intenção é deixar claro que nós não queremos trazer o conceito de
entidade familiar aprovado na Comissão do chamado Estatuto – entre aspas – “da Família”, em detrimento de
uma discussão mais ampla, como tem sido realizada no Senado Federal, que discute a garantia de direitos do
Estatuto das Famílias.
Por esse motivo, o PSOL apresentou este destaque, com a preocupação de que não haja, repito, um des-
dobramento do conceito que foi aprovado na Comissão Especial e que vai contra as determinações e o julga-
mento já realizado pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Conselho Nacional de Justiça.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à orientação de bancada.
Os Srs. Deputados que votarem “sim” mantêm o texto; os que votarem “não” suprimem o texto.
Como vota o Bloco PMDB?
O SR. CELSO JACOB (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB orienta o voto “sim”
para manter o texto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PMDB orienta o voto “sim”.
Como vota o PT? (Pausa.)
Como vota o PSDB?
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSDB orienta o voto “sim”.
Como vota o Bloco PRB?
O SR. ALAN RICK (Bloco/PRB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB mantém o texto, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PRB mantém o texto.
Como vota o PR?
O SR. LINCOLN PORTELA (PR-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR mantém o texto, até para
não quebrar a Previdência, Sr. Presidente. Imaginem se alguém vive 2 meses com outra pessoa e diz que vive
com essa pessoa há 2 ou 3 anos, sem comprovação. Quer arrebentar com a Previdência!
O PR mantém o texto, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD?
O SR. FERNANDO TORRES (PSD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB? (Pausa.)
Como vota o Democratas?
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas
vai votar “sim”, porque é claro que tem que se comprovar essa união estável. É inadmissível não ficar isso es-
clarecido no texto.
Portanto, o DEM mantém o texto e vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade? (Pausa.)
Como vota o PCdoB? (Pausa.)
Como vota o PT? (Pausa.)
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – PDT vota “sim”.
Como vota o Solidariedade?
Como vota o PCdoB? (Pausa.)
Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS? (Pausa.)]
Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL? (Pausa.)
Como vota a Rede? (Pausa.)
O SR. MAINHA (SD-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Solidariedade vota “sim”, Sr. Presidente.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 93

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Solidariedade vota “sim”.


O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O que está em votação aqui, Sr.
Presidente, é a parte do inciso III do art. 16. Que parte é essa? Primeiro, diz quem é beneficiário: o companheiro
ou companheira. Aí vem a parte que se pretende suprimir: “que comprove união estável como entidade familiar”
– como entidade familiar.
Essa é uma discussão que está sendo travada lá no Estatuto da Família, e a Rede já se posicionou muito
duramente contra esse conceito de que a entidade familiar é exclusivamente aquela resultante da união ho-
mem/mulher. Nós não vivemos mais nessa realidade.
Então, nós vamos votar “não” ao texto, até porque há uma definição neste substitutivo que melhor aten-
de ao objetivo do autor.
Então, votaremos “não”.
A SRA. JANDIRA FEGHALI – PCdoB, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – A Minoria, Sr. Presidente, con-
firma que o Relator botou nada mais, nada menos do que aquilo que é o preceito constitucional, art. 226 da
Constituição. Ele só respeitou o preceito constitucional, nada mais do que isso. Consequentemente, o texto
deve ser mantido.
Votamos “sim”, Sr. Presidente.
O SR. GLAUBER BRAGA – Sr. Presidente, peço a palavra para orientar pelo PSOL.
A SRA. JANDIRA FEGHALI – PCdoB, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, a questão da
união estável já está bastante definida, seja na Constituição, seja em outras leis. Portanto, quando agregamos
à união estável ainda o termo adjetivo entidade familiar, de fato, isso pode dar confusão jurídica.
Assim, o PCdoB vota com o destaque, vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB? (Pausa.)
Como vota o PT?
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputadas e
Deputados, nós fizemos um esforço para levar em consideração a postulação do PSOL no destaque. Eu estava
ali, dizendo ao Líder da Minoria, Deputado Moroni Torgan, que trouxe um acordo da Comissão e da sessão do
Congresso Nacional. A nossa interpretação é que o texto do PLV dá segurança jurídica. E cogita a hipótese de
aprovação do Estatuto da Família, que viria a restringir a união homoafetiva, é imaginar o futuro de uma apro-
vação que nós não temos como certa. A assessoria, inclusive dividida, considerou que a presença deste texto
coteja a jurisprudência vigente.
Então, com a responsabilidade de um Relator que buscou construir um acordo, não posso cogitar uma
hipotética aprovação de outro texto posteriormente e preterir o acordo, e preterir o esforço de que o que apro-
varmos, sancionado, coteje a jurisprudência vigente.
Por isso, quero registrar que estive e estou aberto a toda negociação. Infelizmente, esta postulação só
chegou aqui – e não considero que em tempo hábil – para politicamente mudar a orientação, com a respon-
sabilidade de aprovar o texto do PLV do acordo.
Por isso, o PT orienta o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PT orienta o voto “sim”.
Como vota o PPS? (Pausa.)
O SR. BEBETO (PSB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB orienta o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSB orienta o voto “sim”.
Como vota o PPS?
O SR. ROBERTO FREIRE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não vamos anteci-
par uma disputa política que vai se dar inclusive com muita força ideológica na questão do Estatuto da Família,
até porque nós já temos uma definição importante no Supremo Tribunal Federal quanto a essa questão e na
própria Previdência Social já há o entendimento de que a entidade familiar – a comprovação da estabilidade
companheiro e companheira – atende ao pensamento daqueles que estão vinculados ao século XXI, e não ao
atraso, ao preconceito e ao fundamentalismo.
Nesse sentido, o PPS segue a orientação do Relator e vota pela manutenção do texto, vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSC?
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC
quer a permanência do texto, até porque acho que o PSOL, que apresentou o destaque, não leu direito o desta-
94 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

que apresentado. Se este destaque for aprovado, ele retira direitos de verdade daquela que é considerada como
união estável, como já foi decidido, inclusive, mesmo que de maneira estranha, pelo Supremo Tribunal Federal.
Nós somos contra o destaque, para que permaneça o texto como ele está.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV?
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “sim”, Sr. Pre-
sidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Governo vota “sim”.
Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PROS vota “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PROS vota “sim”.
O SR. GLAUBER BRAGA (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL tem a
posição clara de que o conceito de companheiro e companheira já está consagrado não só na legislação, mas,
mais do que isso, nas decisões dos tribunais, assim como o de união estável.
O que a lei faz como elemento novo é trazer o tema da entidade familiar, que pode sim ter uma proje-
ção a partir do momento em que já foi aprovado em Comissão Especial um conceito de família que não leva
em conta a amplitude e a diversidade da família brasileira, como no Senado Federal vem sendo discutido o
Estatuto das Famílias.
Exatamente por esse motivo, para que possamos garantir os direitos de todos os brasileiros, o PSOL
orienta e vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Destaque nº 5.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que forem favoráveis à manutenção do texto
permaneçam como se acham. (Pausa.)
MANTIDO O TEXTO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência informa que o Destaque nº 6 foi retirado.
DESTAQUE A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
Senhor Presidente,
Requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, inciso II e § 2° do Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados, destaque para votação em separado do (a) Emenda nº 19 apresentada à MP 676/15.
Sala das Sessões, 30/09/2015. – André Figueiredo, Líder do PDT
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se ao Destaque nº 1:
“Senhor Presidente:
Requeiro a V.Exa., nos termos do art. 161, II, c/c § 2º do Regimento Interno, destaque para votação em
separado da Emenda nº 65 apresentada à Medida Provisória nº 676/2015, com vistas à inclusão no texto
final do PLV constante da Ordem do Dia.”
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Rubens Bueno, Líder do PPS.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, tem a palavra o Deputado Afonso Florence.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputa-
dos, esta emenda destacada tem por objetivo assegurar o recálculo da aposentadoria, tomando como base o
período contributivo e o valor dos salários de contribuição, respeitando o teto máximo, como forma de assegurar
uma opção pelo valor da renda mensal, a forma mais vantajosa. Nós consideramos essa hipótese, obviamente.
Entretanto, na defesa original e na construção do acordo, nós vimos acatando emendas, como eu disse,
da Deputada Mara Gabrilli, da Senadora Lúcia Vânia, do Deputado Eduardo Barbosa, do Deputado Gonzaga
Patriota, do Deputado Arnaldo Faria de Sá, inclusive patrocinando não só emendas acatadas, mas também o
acordo acerca da regra 85/95 para 31 de dezembro de 2018.
Também buscamos acatar emendas que dessem, digamos assim, segurança orçamentária ao Regime
Geral. Aí acatamos a possibilidade da soma das frações: os meses de contribuição e os meses de idade. Acata-
mos também a garantia do direito ao benefício, quando a mulher, por exemplo, atingir os 85 e continuar tra-
balhando – não incidirá sobre o benefício dela. Quando ela solicitar o gozo, há, digamos assim, a defasagem
da escadinha da projeção da expectativa de vida. Ela terá direito a 85. Portanto, nós fomos àquelas emendas
de menor impacto buscar a garantia da sanção presidencial ao conjunto do texto.
Na busca desse esforço, nós não acatamos esta emenda. Faço um apelo a todos os partidos, inclusive a
todos os contemplados no PLV, no sentido de que votemos pela manutenção do texto, contra a absorção da
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 95

emenda, porque não foi possível no equilíbrio construído do consenso na Comissão Mista e no plenário do
Congresso Nacional.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, tem a palavra o Deputado Rubens Bueno. (Pausa.)
Passa-se à orientação de bancada.
Como vota o Bloco PMDB à Emenda nº 65?
O SR. CELSO JACOB (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela manu-
tenção do texto, “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
O SR. CARLOS ZARATTINI (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta matéria é importante
para os trabalhadores que se desaposentam. Exatamente para poderem continuar trabalhando, deixam de
receber a aposentadoria, e nada mais justo do que depois de 60 meses seja recalculada a sua aposentadoria.
Portanto, nós votamos também “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSDB vota “sim”.
Como vota o Bloco PRB? (Pausa.)
Como vota o PR? (Pausa.)
Como vota o PSD? (Pausa.)
Como vota o Democratas?
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós vamos votar
“sim”, por uma razão muito simples: é um cálculo que vai ser refeito levando em consideração o tempo em que
o trabalhador exerceu suas atividades, e, quando ele volta ao trabalho, evidentemente precisa que seu salário
seja atualizado. Nada mais é do que uma atualização do salário daquele que se aposentou, mas resolveu voltar
à ativa. O seu salário não pode ficar defasado.
Para favorecer o trabalhador, o Democratas vai votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a desaposen-
tação, na verdade, é uma tese que nós defendemos. Compreendemos que este PLV, da forma como está sen-
do votado aqui, é um grande avanço que corrige várias distorções, que prejudicavam historicamente aqueles
que iriam se aposentar.
Entretanto, mesmo ressaltando a posição de apoiar a desaposentação, inclusive tínhamos um destaque
nesse sentido, vamos apresentar um projeto de lei que vise discutir esta tese muito proximamente.
Mas neste caso votamos “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PDT vota “não”.
Como vota o Bloco PRB? (Pausa.)
Como vota o PR? (Pausa.)
Como vota o PSD? (Pausa.)
O SR. MARCELO SQUASSONI (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PRB
vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. MAINHA (SD-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Solidariedade vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, este é um
tema que precisa ser debatido com muita calma. Não dá para entrar de afogadilho no final de um acordo em
uma medida provisória.
O PCdoB vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a bancada do PPS
vota “sim”, porque este destaque atende a mais de 120 mil ações no Supremo Tribunal Federal. É a desaposen-
tação. Devido a sua importância hoje, este tema tem que ser tratado por esta Casa com o cuidado devido de
não deixar milhares e milhares de famílias e tantos outros milhões que sequer deram entrada na Justiça, mas
estão aguardando a possibilidade de trabalhar e receber na fase da desaposentação.
Portanto, nós votamos “sim”, em nome da bancada do PPS.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
96 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Como vota o PSOL?


O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apesar
do esforço respeitável aqui expresso pelo Deputado Afonso Florence, a emenda do PPS tem um papel impor-
tante, e não tumultua financeiramente, pelo menos significativamente, porque permite a desaposentadoria e
um recálculo baseado, naturalmente, nas novas condições estabelecidas pela lei. Eu creio que essa seja uma
posição que faria mais justiça aos aposentados, sem necessariamente tumultuar o acordo global aqui feito.
Votamos “sim”, com o PPS.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PROS orienta o voto “sim”, Pre-
sidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PROS orienta o voto “sim”.
Como vota o PPS? (Pausa.)
Como vota o PV? (Pausa.)
O SR. BEBETO (PSB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB, analisando o texto,
em verdade, gostaria que tivéssemos derrotado o veto aposto pela Presidenta da República à regra 85/95. No
entanto, não tendo sido possível e considerando essa MPV, nós queremos orientar o voto “não”, porque, sem
sombra de dúvida, a emenda apresentada pelo PPS reduz danos e promove de certa forma equilíbrio para os
trabalhadores na medida adotada.
O nosso voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós vamos votar
“sim”, embora entendamos que ainda não se alcançou uma fórmula que acabe de vez com todas as divergên-
cias existentes, inclusive em ambiente do Poder Judiciário. Há diversos processos que ainda não permitiram
a fixação de uma jurisprudência.
Mas, neste momento, entendemos que a votação “sim” permitirá a evolução do debate.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Minoria orienta
o voto “sim”, sabendo que o destaque faz ressalvas às aposentadorias por questões de saúde e às aposentado-
rias especiais, ressalvas essas que deveriam existir.
Consequentemente, somos favoráveis.
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, a Previdência do
Brasil tem dois sistemas: o sistema da União, com 1 milhão de aposentados, e o regime geral, com 30 milhões
de aposentados. Neste ano nós vamos ter um déficit de 125 milhões.
Essa Oposição está dizendo que esta emenda deles beneficia 120 mil brasileiros. Se for verdade que está
beneficiando 120 mil brasileiros, se aprovada, prejudicará 31 milhões de brasileiros. O Governo prefere ficar
com 31 milhões de brasileiros ou o Governo diz não?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. REMÍDIO MONAI (PR-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PR vota “não”.
Como vota o PSD?
O SR. HERCULANO PASSOS (PSD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSD vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o destaque da Emenda nº 65.
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, modificada pela Medida Provisória nº 676, de 17 de junho de 2015, pas-
sa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 18. ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que permanecer em atividade sujeita a
este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a outra aposentadoria deste Regime em consequência
do exercício dessa atividade, sendo-lhe assegurado, no entanto, o recálculo de sua aposentado-
ria tomando-se por base todo o período contributivo e o valor dos seus salários de contribuição,
respeitando-se o teto máximo pago aos beneficiários do RGPS, de forma a assegurar-lhe a opção
pelo valor da renda mensal que for mais vantajosa.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 97

§ 2º-A São também assegurados ao aposentado pelo Regime Geral da Previdência Social que
permanecer em atividade neste Regime ou a que a ela retornar os seguintes benefícios e serviços,
observadas as condições e os critérios de concessão previstos nesta lei:
I – auxílio-doença;
II – auxilio-acidente;
III – serviço social; e
IV – reabilitação profissional.
“Art. 25. ....................................................................................................................................................................................
§ 1º ............................................................................................................................................................................................
§ 2º Para requerer o recálculo da renda mensal da aposentadoria, previsto no art. 18, § 2º, desta Lei,
o beneficiário deverá comprovar um período de carência correspondente a, no mínimo, sessenta
novas contribuições mensais (NR).”
“Art. 28-A O recálculo da renda mensal do benefício do aposentado do Regime Geral de Previdência So-
cial, previsto no art. 18, § 2º desta Lei, terá como base o salário de benefício calculado na forma dos arts.
29 e 29-B desta Lei.
§ 1º Não será admitido recálculo do valor da renda mensal do benefício para segurado aposentado
por invalidez.
§ 2º Para o segurado que tenha obtido aposentadoria especial não será admitido o recálculo com
base em tempo e salário de contribuição decorrente do exercício de atividade prejudicial à saúde
ou à integridade física.
§ 3º O recálculo do valor da renda mensal do benefício limitar-se-á ao cômputo de tempo de
contribuição e salários adicionais, não sendo admitida mudança na categoria do benefício previamente
solicitado.
“Art. 54. ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 1º Os aposentados por tempo de contribuição, especial e por idade do Regime Geral de Previdência
Social, poderão, a qualquer tempo, ressalvado o período de carência previsto no § 2º do Art. 25 desta
Lei, renunciar ao benefício, ficando assegurada a contagem do tempo de contribuição que serviu
de base para a concessão do benefício.
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º deste artigo, não serão devolvidos à Previdência Social os valores
mensais percebidos enquanto vigente a aposentadoria inicialmente concedida “(NR). “
“Art.96. .....................................................................................................................................................................................
III – Não será contado por um regime previdenciário o tempo de contribuição utilizado para fins de apo-
sentadoria concedida por outro, salvo na hipótese de renúncia ao benefício, prevista no § 1º do art. 54
desta Lei.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os que forem favoráveis à emenda permaneçam como se acham. (Pausa.)
REJEITADA A EMENDA.
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR) – Peço verificação, Sr. Presidente.
O SR. IZALCI (PSDB-DF) – Peço verificação, Sr. Presidente.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA) – Peço verificação conjunta, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Verificação conjunta solicitada concedida.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem os seus lu-
gares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico.
Está iniciada a votação.
Queiram seguir a orientação do visor de cada posto.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC
quer reorientar porque discordamos da orientação do Bloco.
O PSC orienta o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSC orienta o voto “sim”.
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vamos votar pelo aposentado, dizendo “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sras. e Srs. Deputados, venham ao plenário.
Com a palavra o Deputado Deley.
O SR. DELEY (Bloco/PTB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu só queria registrar
nossa alegria e parabenizar o Deputado Arnaldo Faria de Sá, que tem sido nosso grande líder na luta pela me-
lhoria da vida dos aposentados.
98 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Como já foi dito aqui, obviamente não é aquilo que gostaríamos e entendemos – não é, Deputado
Arnaldo Faria de Sá? – que os aposentados merecem. Mas vamos continuar nossa luta, sempre seguindo
aquele lema.
Esse segmento já pagou muito a conta deste País. Eles merecem ser tratados da melhor maneira pos-
sível. Chega de pagarem a conta dos erros de Governos como este e anteriores, que sempre sacrificaram os
aposentados no Brasil.
Então, parabenizo o Deputado Arnaldo Faria de Sá e todos aqueles que trabalharam em benefício deste
pequeno passo para a melhoria da vida do aposentado no Brasil.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. IZALCI – Quem vota “sim” vota com os aposentados, Sr. Presidente.
O SR. MORONI TORGAN – Sr. Presidente...
O SR. RUBENS BUENO – Sr. Presidente...
O Sr. Eduardo Cunha, Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Delegado Edson
Moreira, nos termos do § 2° do art. 18 do Regimento Interno.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Edson Moreira) – Só 1 minutinho, Deputado Rubens Bueno.
Com a palavra o Deputado Moroni Torgan.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu apenas gos-
taria de chamar a atenção deste Plenário e do Senado também para que nós votássemos hoje os vetos que es-
tão faltando. A carreira jurídica do Judiciário está aguardando a votação desses vetos. E nós estamos aqui para
votar. Consequentemente, espero que não haja nenhum acordo para que essa votação não aconteça hoje. A
votação deve acontecer hoje.
Por isso, nós estamos aqui conclamando todas as Sras. e Srs. Deputados para que nos ajudem a fortale-
cer o Congresso Nacional no que tange a realizarmos essa votação.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, eu queria ter a oportunidade de aqui registrar...
O SR. PRESIDENTE (Delegado Edson Moreira) – Com a palavra o Deputado Rubens Bueno.
O SR. RUBENS BUENO – Sr. Presidente, quero apenas registrar...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Srs. Deputados, se
sair no Diário Oficial alguma nomeação de Ministro, não acreditem. Não se deixem enganar por falsos Di-
ários Oficiais.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Edson Moreira) – Com a palavra o Deputado Rubens Bueno.
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas falar
sobre a emenda apresentada pela bancada do PPS que busca permitir o cálculo do benefício para aqueles tra-
balhadores que aposentaram e que permaneceram exatamente no emprego, ou para aqueles que retornaram.
Eles tiveram substancial queda na sua qualidade de vida, com perdas de benefícios, e o valor de aposentadoria
está abaixo daquilo que define o texto do Regime Geral da Previdência Social. O PPS sabe que esse teto não
pode ficar da forma como está. Daí a desaposentação, voltar a contribuir, no mínimo, durante 60 meses, para
ter o direito de melhorar o valor da sua aposentadoria.
Então, é por isso, Sr. Presidente, que esta emenda inova. Ao inovar, busca a solução reclamada por mi-
lhares e milhares de trabalhadores brasileiros, sem nenhuma preocupação, ou com total preocupação, porque
não atinge nenhum trabalhador brasileiro. Quando se fala que o Governo prefere 31 milhões de trabalhado-
res, evidentemente não se está tratando disso. Não há nenhum prejuízo aos 31 milhões de trabalhadores, até
porque prejuízo já existe com o ajuste fiscal e a política do Governo, que está destruindo as finanças públicas
do País e atingindo na pele os trabalhadores e aposentados brasileiros.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Edson Moreira) – Com a palavra o combativo Deputado Arnaldo Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu
queria, por lealdade, deixar registrada a postura do Deputado Afonso Florence, que, apesar de ser do Partido
dos Trabalhadores, procurou contemplar todos os partidos. Trata-se de uma luta importante. Cumprimento, de
público, o Deputado Afonso Florence, que, por sua insistência, persistência e trabalho, nos permitiu fazer este
acordo e votar a Medida Provisória nº 676, de 2015, na Comissão na semana passada.
Também quero cumprimentar o Deputado Carlos Zarattini, Relator da Medida Provisória nº 664, de 2014,
que, discordando inclusive da orientação do partido, apoiou a emenda que nós apresentamos, com a fórmula
85/95.
Portanto, por lealdade, quero deixar registrado, primeiro, a luta importante do Deputado Afonso
Florence na consecução deste texto que estamos aprovando. Que o Senado possa aprova-lo na semana
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 99

que vem, inclusive ratificando aquilo que já foi definido, com o compromisso de não haver veto por parte
do Governo.
Portanto, Deputado Zarattini, Deputado Florence, meus cumprimentos a ambos os Relatores, que, tanto
na MP 664/14 quanto na MP 676/15, cumpriram os desígnios, respeitando sem dúvida nenhuma os trabalha-
dores brasileiros. Cumprimento publicamente o Deputado Zarattini e o Deputado Florence, porque foi extre-
mamente importante poder garantir a extensão da fórmula 85/95 até o final de 2018, e a partir daí, a cada 2
anos, um novo ponto. Aqueles que viviam alardeando que o que íamos fazer já na MP 664/14 geraria déficit
de 3,02 trilhões enfiem a viola no saco e vão reclamar em outro lugar.
Parabéns, Deputado Florence!
O Sr. Delegado Edson Moreira, nos termos do § 2° do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da
Presidência, que é ocupada pelo Sr. Eduardo Cunha, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Valdir Colatto.
O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero
registrar que eu sou o autor da Emenda nº 93, de 2015, apresentada à Medida Provisória nº 676, de 2015. Com
isso, procurei sanar uma injustiça que está se fazendo com o produtor rural que tem acima de quatro módulos
fiscais. Ele está pagando sobre tudo que vende um valor salarial de referência e mais o FUNRURAL – Fundo de
Assistência ao Trabalhador Rural, o que são 2,3 da sua produção.
Sr. Presidente, propomos retirar a contribuição de 20%. Que o produtor pague sobre aquilo que fatura,
2,4, o que já é bastante, e que a média dos pagamentos seja levada em conta para sua aposentadoria.
Infelizmente, o Deputado Afonso Florence não aceitou nossa emenda, que iria sanar uma injustiça que
se está praticando ao produtor com acima de quatro módulos fiscais, porque ele realmente paga bastante e
não tem direito à aposentadoria, apenas ao salário mínimo, quando é pequeno produtor.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Alan Rick.
O SR. ALAN RICK (Bloco/PRB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar
que os Deputados Alan Rick e Ronaldo Martins, ambos do PRB, entendemos que a nova regra do cálculo da
aposentadoria beneficia essa categoria que tanto contribuiu com o País.
Portanto, nós votamos “sim”, embora a orientação do partido seja “não”.
A SRA. CHRISTIANE DE SOUZA YARED – Sr. Presidente...
O SR. ALBERTO FRAGA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra a Deputada Christiane de Souza Yared.
A SRA. CHRISTIANE DE SOUZA YARED (Bloco/PTN-PR. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr.
Presidente, quero deixar registrado o agradecimento ao apoiamento que tive ontem em relação a um
projeto de lei e dizer aos Srs. Líderes que estamos juntos para promover a mudança deste País em que
nós acreditamos.
Muito obrigada.
O SR. EDMILSON RODRIGUES – Sr. Presidente, posso fazer um registro?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Alberto Fraga, primeiro.
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero apenas
deixar registrado o repúdio à atitude do Governo de querer praticamente extinguir a Controladoria-Geral da
União – CGU.
Isso está na contramão dos fatos. Trata-se de um órgão independente que poderia auxiliar o Governo
no combate à corrupção. Mas o Governo quer reduzir o status da Controladoria-Geral da União. Com isso, evi-
dentemente, vai permitir que esta corrupção se alastre.
É lamentável que o Governo não enxergue que a Controladoria-Geral da União precisa do status que tem
hoje – de igualdade – para apontar as irregularidades e até mesmo procurar saná-las. De forma inexplicável,
ele quer jogar para debaixo do tapete toda essa sujeira que aí está.
Mais uma vez, acho lamentável essa atitude de querer acabar com a Controladoria-Geral da União.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Luis Carlos Heinze.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, co-
legas Parlamentares, o Deputado Evandro Roman é Presidente da Comissão Especial que discute a Lei de
Proteção de Cultivares. O Deputado Luiz Nishimori, aqui presente, está fazendo uma discussão juntamente
com o Deputado Valdir Colatto e outros colegas sobre o pagamento de royalties que os produtores têm que
fazer pelas sementes de soja, de milho, de trigo, de arroz, de feijão, de algodão, de cana, etc. Nós precisa-
mos discutir essa lei.
100 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A grande preocupação que nos move – e chamamos a atenção dos produtores de todo o Brasil – é que
não fiquemos naquela concentração de produção. O milho já está extremamente concentrado. Não queremos,
Deputado Luiz Nishimori, que, da mesma forma que ocorre com soja, arroz e trigo, seja concentrado em quatro
ou cinco grandes empresas multinacionais.
Todo investimento será bem-vindo. Temos que recebê-lo para a tecnologia, mas muito mais para os
produtores de sementes, os obtentores do Brasil, as empresas estaduais de pesquisa, a própria EMBRAPA. Este
nosso povo tem que receber também.
Essa é uma questão que nós estamos discutindo na Lei de Proteção de Cultivares.
O SR. EDMILSON RODRIGUES – Sr. Presidente, V.Exa. me permite um registro?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a FUNAI
foi chamada a construir um acordo pelo Ministério Público no oeste do Pará, na região de Itaituba, depois que
um contrato que visa acesso ao direito autoral dos índios kayapós, assinado em português, começou a ser
questionado pelos indígenas, que, a rigor, por não terem sua língua respeitada, acabaram tendo prejuízos em
produção artesanal, músicas e sabedoria, o que já foi discutido aqui neste Parlamento.
Eu queria parabenizar a Procuradoria da República e pedir à FUNAI que faça a tradução, que acompanhe
esses contratos, para que empresas nacionais ou estrangeiras ou interessados individuais não se apropriem
desse saber e da produção artística indígena sem a clareza que as comunidades de língua indígena têm direi-
to a exercer.
Obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaríamos de saudar a iniciativa do Ministério Público Fe-
deral em Itaituba, no Pará, que encaminhou notificação à FUNAI em que recomenda à autarquia atuação
efetiva na defesa do patrimônio material e imaterial relacionados à imagem, criações artísticas e culturais
indígenas.
Como apontou o próprio Ministério Publico, o objetivo da recomendação é garantir que opções como
utilização da língua materna ou acesso a serviço de tradução intercultural sejam usados efetivamente em
favor dos povos indígenas, possibilitando às partes envolvidas nos contratos de concessão de direitos au-
torais terem todas as condições necessárias para estabelecer uma negociação sem que quaisquer direitos
sejam prejudicados.
A inciativa é uma resposta à constatação de que contratos de concessão de direitos autorais de indíge-
nas kayapós ocorreram sem o auxílio de intérpretes culturais ou qualquer outro tipo de assistência por parte
da FUNAI, possibilitando, mais uma vez, que os interesses econômicos pudessem obter vantagens sobre os
povos indígenas vulneráveis em negociações contratuais. O Ministério Público também recomendou à FUNAI
que providencie a tradução da recomendação para a língua kayapó, para que as artesãs indígenas possam ter
acesso ao conteúdo do documento.
Nosso mandato parabeniza a atuação das promotorias envolvidas e reforça a necessidade de preservar-
mos e fomentarmos as criações artísticas e culturais indígenas. A FUNAI não deve se omitir do seu papel estatal
de defesa do patrimônio material e imaterial indígena!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sras. e Srs. Deputados, venham ao Plenário. Nós vamos encerrar
a votação.
Com a palavra o Sr. Deputado Luiz Carlos Hauly.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, entrando na
discussão da Controladoria-Geral da União, eu tenho a avaliação de que, se realmente funcionasse, ela pode-
ria ter evitado muitos escândalos do atual Governo. O fato é que, com a importância que tem, foi mal gerida,
permitindo, com a conivência do próprio Governo, tantas falcatruas, tanto desvio.
O que a CGU fez bem foi pegar pequenos Prefeitos do interior e puni-los, mas as baleias jubartes, os tu-
barões, poupava, fazia vista grossa, para que, no complô dela com esse Governo ineficiente e incompetente,
chegássemos à pior situação fiscal e econômica da história do Brasil.
Nunca antes na história deste País tivemos tantos problemas por culpa da CGU.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Delegado Edson Moreira.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-
dente, Sras. e Srs. Deputados, eu entendo que a Controladoria, para funcionar, tem que ser independente, tem
que ser ligada ao Executivo. Com todo o respeito que tenho pelo meu amigo Deputado Alberto Fraga, quem
administra o País é a Presidente. Por enquanto, o povo a elegeu. Minhas escusas, grande companheiro Alberto
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 101

Fraga, mas isso é a mesma coisa de eu chegar ao quartel que V.Exa. comandou ou à Secretaria em que esteve
à frente e querer dar ordens.
Para funcionar, a Controladoria deveria sim ser independente. Enquanto ela for subordinada, não funcio-
nará, como não funcionou até agora. É só balela. É como o Deputado Luiz Carlos Hauly disse: só pegou Prefeito
pequeno, e o grande escândalo da PETROBRAS ela não pegou.
Então, Deputado Alberto Fraga, vá tomar conta do seu quartel.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Posso encerrar a votação? Todos já votaram? Vou encerrar a votação.
Sras. e Srs. Deputados, venham ao plenário. Haverá muitas votações.
O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, quero parabe-
nizar o Estado de São Paulo pelo combate à violência neste País. Ao contrário do que o Governo Federal
anuncia, tanto São Paulo quanto Rio de Janeiro mostram claramente que suas Capitais não são tão vio-
lentas como a mídia faz questão de mostrar: São Paulo tem 11% de crimes violentos na Capital, ou seja, é
o Estado na última posição em violência, Rio de Janeiro deve estar perto da 23ª posição, ao contrário do
que a mídia mostra.
Isso mostra também que não é por questão de haver mais armas que vai haver mais crimes. Nós vamos
dar uma resposta logo, logo, neste plenário, revogando este malfadado Estatuto do Desarmamento, que só
desarmou o cidadão de bem e deixou o bandido armado.
O SR. MAX FILHO (PSDB-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela ordem.
Ontem, as Comissões de Educação e de Viação e Transportes, de forma conjunta, realizaram audiência
pública em que se discutiu a segurança do transporte escolar.
O CONTRAN tem estabelecido resoluções unilaterais, afastadas da realidade da população brasileira,
como as que exigiram kits de primeiros socorros, extintores ABC. Agora, com a resolução que exige as cadeiri-
nhas, penaliza o transporte escolar no Brasil.
Não há registro, em transporte escolar, de nenhum sinistro. Pelo contrário, os transportadores escolares
transportam as crianças brasileiras com muito carinho, com muita integridade, com muito respeito, com muito
cuidado. Nós defendemos a votação de decreto legislativo para sustar essa malfadada resolução.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nós vamos ter que encerrar a votação, porque eu vou ter que...
(Manifestação no Plenário.)
Eu consolido na seguinte. Não temos muita alternativa, porque eu vou ter que encerrar a sessão.
Todos que estão em plenário já votaram? (Pausa.)
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, V.Exa. pode
prorrogar por 1 hora?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É que eu quero chamar com as medidas provisórias que eu li.
O SR. AFONSO FLORENCE – As outras.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Senão eu vou ter... Eu prorrogo e...
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria ver se nós consegui-
mos fechar a Medida Provisória nº 676, de 2015, sem precisar de outra nominal.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas isso é inevitável. Isso é...
Vou encerrar a votação. Eu consolido na próxima! Não se preocupem.
Vou encerrar a votação e consolidar na próxima. Já estamos aqui há 20 minutos esperando a votação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está encerrada a votação.
Resultado da votação:
SIM: 174;
NÃO: 166;
ABSTENÇÃO: 1;
TOTAL: 341.
Art. 17: 1.
QUÓRUM: 342.
A EMENDA FOI APROVADA.

LISTAGEM DE VOTAÇÃO:
Proposição: MPV Nº 676/2015 – DTQ 1: PPS – EMENDA Nº 65 – Nominal Eletrônica
Início da votação: 30/09/2015 14:41
Encerramento da votação: 30/09/2015 14:59
Presidiram a Votação: Eduardo Cunha – Delegado Edson Moreira
102 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Resultado da votação

Sim: 174

Não: 166

Abstenção: I

Total da Votação: 341

Art. 17: 1

Total Quorum: 342

Orientação

PmdbPpPtbPscPhsPen: ão

PT: Não

PSDB: Sim

Prb Ptn Pm n Prp Psdc Prtb PtcPsiPtdo B: ão

PR: Não

P SD: Não

PSB: Sim

DE M : Sim

PDT: Não

Solidaried: Sim

PCdoB: Não

PROS: Sim

PPS: Sim

PSOL: Sim

Repr.REDE : Sim

Min oria: Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 103

GOV.: ão

Parlamentar Partido Bloco Voto

Roraima (RR)

Abel Mesquita Jr. PDT Não

Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Sim

Maria He Ie na PSB Sim

Rem ídio Monai PR Não

Shéridan PSDB Sim

Total Roraima: 6

Amapá (AP)

Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Professora Marcivania PT Não

Tota l Amapá: 2

Pará (PA)

Arnaldo Jordy PPS Sim

Beto Faro PT Não

Beto Salame PROS Sim

Delegado Éder Mauro PSD Sim

Edmilson Rodrigues PSOL Sim

Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Francisco Chapad inha PSD Não

Hé lio Le ite DEM Sim

Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim


104 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Lúcio Vale PR Não

ilson Pinto PSDB Sim

Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Total Pará: 12

Amazonas (AM)

Alfredo Nascimento PR Não

Arthur Virgí lio B isneto PSDB Sim

Átila Lins PSD ão

Conceição Sampaio pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Hissa Abrahão PPS Sim

Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Total Amazonas: 6

Rondonia (RO)

Expedito etto Solidaried Sim

Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsP en Não

Lucio Mosqu ini PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Luiz C láudi o PR Não

Marcos Rogéri o PDT Não

Mariana Carvalho PSDB Sim

Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPbsPen Não

ilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Total Rondonia: 8

Acre (A C)

Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 105

Parlamentar Partido Bloco Voto

Angelim PT Não

César Messias PSB Não

Leo de Brito PT Não

Rocha PSDB Sim

Sibá Machado PT Não

Total Acre: 6

Tocantins (TO)

Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Josi N unes PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Sim

Yicentinho Júnior PSB Sim

Total Tocantins : 5

Maranhão (MA)

Alberto F i lho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsiPtdoB Não

André Fufuca P EN PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Eliziane Gama PPS Sim

Hil do Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

João Caste lo PSDB S im

João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Abstenção

José Reinaldo PSB Sim

Pedro Fernandes P TB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rosânge la Curado PDT ão


106 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Rubens Pereira Júnior PCdoB Não

Victor Mendes PV Não

Zé Carlos PT Não

Total Maranhão: 13

Ceará (CE)

Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

André Figueiredo PDT Não

Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Cabo Sabino PR Sim

Chico Lopes PCdoB Não

Danilo Forte PSB Sim

José Airton Cirilo PT Não

José Guimarães PT Não

Leônidas Cri stino PROS Sim

Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Moroni Torgan DEM Sim

Ra imundo Gomes de Matos PSDB Sim

Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPitbPtcPsiPtdoB Sim

Vicente Arruda PROS Não

Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Total Ceará: 15

Piauí (Pl)

Assis Carvalho PT Não

Mainha Solidaried Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 107

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Rodrigo Martins PSB Sim

Silas Freire PR Sim

Total Piau í: 6

Rio Grande do Norte (RN)

Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcP•tbPtcPslPtdoB Sim

Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Zenaide Maia PR ão

Total Rio Grande do Norte: 3

Paraíba (PB)

Efraim Fil ho DEM Sim

Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Luiz Couto PT ão

Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Pedro C unha L ima PSDB Sim

Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Wilson Fi lho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Total Paraíba: 7

Pernambuco (PE)

Augusto Coutinho Solidaried Sim

Betinho Gomes PSDB Sim

Carlos Eduardo Cadoca PCdoB ão

Daniel Coelho PSDB Sim


108 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Fernando Coelho Fil ho PSB Sim

Fernando Monte iro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jorge Côrte Rea l PTB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Luciana Santos PCdoB ão

Pastor Eurico PSB Sim

Rau l Jungmatm PPS Sim

Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Tadeu A lencar PSB Sim

Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Total Pernambuco: 16

Alagoas (AL)

C ícero Almeida PRTB PrbPtn PmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pau lã o PT Não

Pedro Vile la PSDB Sim

Total Alagoas: 4

Sergipe (SE)

Fabio Re is PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Danie l PT Não

Jony Marcos PRB PrbPtn Pm nPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Laerc io Oli ve ira Solidaried Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 109

Parlamentar Partido Bloco Voto

Valadares Fi lho PSB Sim

Total Sergipe: 5

Ba hi a (BA)

Afonso Florence PT ão

Alice Portuga l PCdoB Não

Anton io Brito PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Bacelar PT PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Bebe to PSB Sim

Cacá Leão pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Caetano PT Não

Claud io Cajado DEM Sim

Danie l Almeida PCdoB Não

Davidson Magalhães PCdoB Não

E Imar Nascimento DEM Sim

Erivelton Santa na PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Félix Mendonça Júnio r PDT Não

Fernando Torres PSD ão

João Gualberto PSDB Sim

José Car los Araúj o PSD Não

Jutahy Jun ior PSDB Sim

Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP rtbPtcPslPtdoB Não

Mário Negromonte Jr. pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Moema G ramacho PT ão

Paulo Azi DEM Sim


110 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Roberto Britto pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Ronaldo Carletto pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Sérgio Brito PSD Não

Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Valmir Assunção PT Não

Wa ldenor Pereira PT Não

Total Bahia : 27

Minas G erais (MG)

Adelmo Carneiro Leão PT Não

Ademir Camilo PROS Não

Aelton Freitas PR Não

Bilac Pinto PR Sim

Caio areio PSDB Sim

Carlos Melles DEM Sim

Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Domi ngos Sávio PSDB Sim

Eduardo Barbosa PSDB Sim

Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jô Moraes PCdoB Não

Júlio Delgado PSB Sim

Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leonardo Monteiro PT Não

Leonardo Quintão PMDB Pmd bPpPtbPscPhsPen Sim

Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 111

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Marcos Montes PSD ão

Marcus Pestana PSDB Sim

Margarida Salomão PT Não

Misael Varella DEM Sim

Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Odelmo Leão pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pastor Frankl in PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Reginaldo Lopes PT Não

Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rodrigo de Castro PSDB Sim

Sara iva Feli pe PM DB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Stefano Aguiar PSB Sim

Subtenente Gonzaga PDT Sim

Tenente Lúcio PSB Sim

Toninho Pinheiro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Wadson Ribe iro PCdoB Não

Weliton Prado PT Sim

Zé S ilva Solidaried Sim

Total Minas Gerais: 36

Espírito Santo (ES)

Carlos Manato Solidaried Sim

Dr. Jorge Silva PROS Sim


112 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Helder Salomão PT ão

Marcus Vicente pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Max F ilho PSDB Sim

Sergio Vidigal PDT ão

Total Espírito Sa nto: 6

Rio de Janeiro (RJ)

Alessandro Molon REDE Sim

Alexandre Serfi otis PSD Sim

Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Benedita da Silva PT Não

Cabo Dacio lo S .Part. Sim

Ce lso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Chi co Alencar PSOL Sim

Chico D Angelo PT Não

Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Dr. Joã o PR Sim

Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen A1t. 17

G lauber Braga PSOL Sim

lndi o da Costa PSD Sim

Jair Bolsonaro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jandira Fegha l i PCdoB Não

Jean Wyllys PSOL Sim

Leonardo P iccian i PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 113

Parlamentar Partido Bloco Voto

Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Luiz Sérgio PT ão

Marcelo Matos PDT ão

Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Miro Teixeira REDE Sim

Paulo Feijó PR Sim

Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Sergio Zveiter PSD Sim

Sóstenes Cavalcante PSD Sim

Wadih Damous PT Não

Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Tota l Rio de Janeiro: 29

São Paulo (SP)

Alex Manente PPS Sim

Alexandre Leite DEM Sim

Ana Perugini PT Não

Andres Sanchez PT Não

Anton io Carl os Mendes Thame PSDB Sim

Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Bruna Furlan PSDB Sim

Bruno Covas PSDB Sim

Carlos Zarattini PT Não

Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB Não


114 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Dr. Sinva l Malheiros PV Sim

Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Eduardo Cwy PSDB Sim

Eli Corrêa Fil ho DEM Sim

Evandro Gussi PV Não

Flavinho PSB Sim

Goulart PSD Sim

Herculano Passos PSD Não

Ivan Valente PSOL Sim

Keiko O ta PSB Sim

Lobbe Neto PSDB Sim

Luiz Lauro Fil ho PSB Sim

Luiza Erund ina P SB Sim

Major O limpio PDT ão

Mara Gabrilli PSDB Sim

Marcelo Sq uassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Não

Mig ue l Haddad PSDB Sim

Mig ue l Lombard i PR ão

M il ton Monti PR Não

Missionário José O limp io PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

N il to Tatto PT Não

Orlando Sil va PCdoB ão

Paulo Teixeira PT Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 115

Parla mentar Partido Bloco Voto

Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Ricardo Izar PSD Sim

Ri cardo T ripoli PSDB Sim

Roberto Alves PRB PrbPtn Pmn PrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Roberto Freire PPS Sim

Samue l More ira PS DB Sim

Sil vio Torres PS DB Sim

Tiririca PR Não

Valmir Prascide lli PT ão

Vanderle i M acris PSDB Sim

Vicenti nho PT Não

Vinic ius Carvalho PRH PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Sim

Vitor Lippi PSDB Sim

Total São Pau lo: 48

Mato Grosso (MT)

Ezequ iel Fonseca pp PmdbPpPtbPscP hsPen Sim

Fabio Garcia PSB Sim

Ságuas Mo raes PT ão

Valtenir Pereira PROS Não

Tota l Mato Grosso: 4

Distrito Federal (DF)

Alberto Fraga DEM Sim

Augusto Carvalho Solidaried S im

Eri ka Ko kay PT Não


116 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Lzalci PSDB Sim

Ronaldo Fonseca PROS ão

Total Distrito Federal: 5

Goiás (GO)

Fábio Sousa PSDB Sim

Flávia Morais PDT Não

Giuseppe Yecci PSDB Sim

João Campos PSDB Sim

Lucas Yergilio Solidaried Sim

Marcos A brão PPS Sim

Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Roberto Balestra pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Rubens Otoni PT ão

Sandes Júnior pp PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Total Goiás: 10

Mato Grosso do Sul (MS)

Dago berto PDT Não

E lizeu Dionizio Solidari ed Sim

Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Mandetta DEM Sim

Tereza Cristina PSB Sim

Total Mato Grosso do Sul: 5

Paraná (PR)

Alex Canziani PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 117

Parlamentar Partido Bloco Voto

Ali ei Machado PCdoB Sim

Assis do Couto PT Não

Christiane de Souza Yared PTN P rbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Dilceu Sperafi co pp P mdbPpPtbPscPhsPen Não

En io Yerri PT Não

Evandro Roman PSD Não

Fernando F ranc ischi ni Solidaried Sim

João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Leandre PV Sim

Leopoldo Meyer PSB Sim

Luciano Ducci PSB Sim

Luiz Carlos Hau ly PSDB S im

Luiz N is himori PR Não

Marcelo Beli nat i PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Nelson Meurer pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Os mar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Rossoni PSDB Sim

Rubens Bueno PPS Sim

Sandro A lex PPS Sim

Serg io Souza PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Toninho Wandscheer PT Não

Total Para ná: 24


118 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Santa Catarina (SC)

Car men Zanotto PPS Sim

Celso Maldaner PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Sim

Décio Lima PT Não

Edin ho Bez PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Esperidião Am in PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fabricio Oliveira PSB Sim

Jorginho Mello PR Não

Marco Tebaldi PSDB Sim

Mauro Mariani PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Pedro Uczai PT Não

Rogéri o Peni nha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Rona ldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Valdir Co latto PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Total Sa nta Catarina : 13

Rio Grande do Sul (RS)

Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Afonso Motta PDT Não

Car los Gomes PRB P rbPtnPmnPrpPsdcP ttbPtcPsiPtdoB Não

Covatti Fil ho PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Darcísio Perond i PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Fernando Marron i PT Não

Giovani C herini PDT ão

He itor Sc huch PSB Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 119

Parlamentar Partido Bloco Voto

Henrique Fontana PT Não

Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

João Derly PCdoB Sim

José Fogaça PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Jose Stédile PSB Sim

Luis Carlos Heinze pp PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Marcon PT Não

Maria do Rosário PT Não

Mauro Pereira PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Não

e lson Marchezan Junior PSDB Sim

Onyx Lorenzon i DEM Sim

Os mar Terra PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Sim

Paulo Pimenta PT Não

Tota l Rio Grande do S ul: 21

CENIN - Coordenação do Sistema E letrônico de Votação


120 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vitória dos aposentados deste
País, que precisam deste Parlamento para falar em seu nome, Sr. Presidente.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Parabéns ao Plenário.
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO
O SR. DR. SINVAL MALHEIROS (PV-SP. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras.
e Srs. Deputados, gostaria de cumprimentar todas as secretárias e secretários do Brasil pela passagem do dia
30 de setembro, o Dia da Secretária.
Esta é uma data simbólica, uma vez que assinala também os 30 anos de regulamentação da profissão.
De fato, a atividade foi regulamentada pela Lei nº 7.377, de 30 de setembro de 1985, um marco legal de gran-
de importância para o reconhecimento dos profissionais, a fixação de suas atribuições e, consequentemente,
o estabelecimento de uma orientação básica para os cursos técnicos e superiores de formação de secretários.
Os secretários são profissionais que dominam um conjunto de conhecimentos e habilidades multidis-
ciplinares para atender às organizações. Entre suas atribuições, podemos citar: planejamento, organização e
direção de serviços de secretaria; assistência e assessoramento direto a executivos; coleta de informações para
a consecução de objetivos e metas de empresas; redação de textos profissionais, inclusive em idioma estran-
geiro; interpretação e sintetização de textos e documentos; taquigrafia; versão e tradução em idioma estran-
geiro; registro e distribuição de expedientes e outras tarefas correlatas; orientação da avaliação e seleção da
correspondência.
Como todas as profissões, o secretariado passou por mudanças profundas em virtude do grande desen-
volvimento tecnológico das últimas décadas. Com efeito, ao secretário é indispensável a familiaridade com
computadores, redes, mídias sociais, telefonia celular, dispositivos e aplicativos móveis, videoconferência, voz
sobre IP e tantas outras tecnologias que a cada dia o espírito humano desenvolve. Eu digo que é indispensável
porque, muitas vezes, o executivo não tem domínio dessas ferramentas e acaba recorrendo a quem? A suas
secretárias ou seus secretários, evidentemente.
Mais do que qualquer coisa, o secretário é uma pessoa de extrema confiança do executivo, talvez a pes-
soa em quem mais ele confie em toda a empresa. Não é à toa que frequentemente um secretário assessora o
mesmo dirigente por longo período.
Sabemos, por meio da convivência com os jovens, tanto em Brasília quanto em São Paulo, que a ativida-
de é uma das que mais fortemente os atraem. Uma das razões, sem dúvida, é o mercado de trabalho: o Brasil
precisa de bons secretários. De acordo com a publicação Radar: tecnologia, produção e comércio exterior, de
abril de 2015, elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, secretário executivo está en-
tre as dez profissões de nível superior com maior aumento de empregos formais de 2008 a 2013. Houve nada
menos de que 28% de incremento no número de empregos formais no período. Não tenho dúvida de que a
demanda por técnicos em secretariado acompanha esses números.
Sr. Presidente, termino com uma saudação calorosa a todos os secretários e secretárias do Brasil, profis-
sionais da mais alta competência e que colaboram de modo decisivo com o desempenho de empresas, órgãos
públicos e todos os tipos de organizações espalhadas em nosso País.
Muito obrigado.
O SR. LUCIANO DUCCI (PSB-PR. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e
Srs. Deputados, venho a esta tribuna criticar o tratamento desigual dado pelo Governo Federal ao Estado do
Paraná na área da saúde.
A situação á grave. O Paraná, por exemplo, não é contemplado em todas as suas regiões com recursos
para o programa Mãe Paranaense, também conhecido como Rede Cegonha, projeto que assegura às mulheres
o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério. Também há
dívidas não honradas pela União relativas à Rede de Urgência e Emergência, à área de saúde mental, à compra
de medicamentos e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU.
Se o Governo Federal implantasse o custeio e os investimentos previstos nas portarias do Rede Cegonha
em todas as regiões do Estado em que o Mãe Paranaense já está implantado, o Paraná teria R$ 60 milhões a
mais ao ano para o gerenciamento de leitos de alta complexidade e UTIs adulto e neonatal.
Na vizinha Santa Catarina, o Ministério da Saúde implantou a política do Rede Cegonha em todo o ter-
ritório, e não apenas nas regiões metropolitanas, como acontece no Paraná.
Toda essa situação foi discutida segunda-feira, dia 28 de setembro, em Curitiba, com Prefeitos parana-
enses, liderados pelo Presidente da Associação dos Municípios do Paraná e Prefeito de Assis Chateaubriand,
Marcel Micheletto, e o Secretário Estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, que fizeram um diagnóstico da
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 121

crise da saúde no Estado e elencaram alguma das reivindicações prioritárias que serão apresentadas para o
Ministro da Saúde.
O consenso foi no sentido de que a crise enfrentada pelos Municípios na saúde é séria e sofreu um agra-
vamento tanto pela redução de receitas quanto pelo aumento dos encargos das Prefeituras – na grande maioria
dos casos, os Municípios investem muito mais que os 15% do orçamento exigidos por lei na área.
Um dos dados mais preocupantes foi o de que o Ministério da Saúde não repassará os valores devidos
aos Municípios referentes ao MAC (Assistência Ambulatorial de Média e Alta Complexidade) em novembro e
dezembro. O rombo estimado é de R$ 5 bilhões apenas em 2015, podendo chegar a R$ 16 bilhões em 2016.
Além disso, a União teve, neste ano, uma perda de receita de 4,5% e um aumento de despesas de 18%.
Defendo que seja feita a revisão da distribuição de recursos entre os entes federados, já que, de tudo o
que se arrecada no Brasil, 50% são destinados ao pagamento da dívida pública e outros 25%, à Previdência, o
que inviabiliza a realização de investimentos maciços em outras áreas.
Em 1993, por exemplo, a União respondia por 73% dos gastos com a saúde; em 2014, o número chegou
a 42%. Além disso, o Brasil gasta apenas 3,9% do PIB com a saúde, em vez dos 9,5% recomendáveis.
Acredito que nós, da bancada federal, devemos nos unir e levar uma proposta escalonada, de consen-
so, feita a partir de agora, ao Ministro da Saúde. É preciso haver consenso e união na defesa dos interesses da
população paranaense.
Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que este pronunciamento seja inserido no programa A Voz do Brasil e nos
canais de comunicação desta Casa.
O SR. CARLOS BEZERRA (Bloco/PMDB-MT. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, venho a esta tribuna externar minha preocupação com o futuro do crédito para habi-
tação em nosso País.
Matéria veiculada pelo jornal Valor Econômico, do último 22 de agosto, intitulada As perspectivas (som-
brias) para o crédito habitacional, traça um quadro nada alentador para o financiamento do setor imobiliário.
Em primeiro lugar, ocorre uma queda expressiva na captação líquida da poupança, que é uma das princi-
pais fontes de recursos para habitação. De janeiro a agosto, as retiradas de recursos superaram os ingressos em
quase R$ 50 bilhões. De acordo com o Banco Central, este é o pior resultado da caderneta de poupança para o
período desde o início da série histórica, em 1995. Somente em agosto, a saída líquida fechou em R$ 7,5 bilhões.
Em razão disso, e considerando ainda outros fatores, a articulista suspeita que aumentará a pressão para
que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS venha ao socorro da redução dos financiamentos habita-
cionais da poupança. Prossegue afirmando que o fundo tem condições de aumentar seu aporte no setor, uma
vez que seu patrimônio líquido saltou de R$ 66,6 bilhões em 2013 para R$ 77,5 bilhões em 2014. Uma vez que
o FGTS visa à remuneração dos quotistas e ao financiamento social, não faria sentido o acúmulo de patrimônio.
Sem embargo, o artigo sustenta que há uma tendência do FGTS em aplicar seus recursos em aplicações
de risco maior do que em títulos públicos, que tem, portanto, rentabilidade superior. Afirma, então, que essa
maior rentabilidade deveria ser utilizada para financiar empréstimos habitacionais a juros menores, benefician-
do especialmente as pessoas de menor renda.
Ponto que considero importante no artigo diz respeito à taxa de administração cobrada pela Caixa Eco-
nômica Federal, que é a operadora do FGTS. Corresponde a 1% dos ativos, que representou R$ 3,5 bilhões em
2013. Embora o assunto necessite de um estudo mais aprofundado, parece-me que este é um valor muito ele-
vado, que tem impacto nas taxas de juros envolvidas nos financiamentos do FGTS.
A matéria termina indicando que as perspectivas são de alta nas taxas de juros do crédito habitacional,
o que excluirá muitas famílias da possiblidade de adquirir a casa própria.
Sr. Presidente, não é possível que se tenha deixado a situação chegar a este ponto. Os indicadores todos
de nossa economia estão se deteriorando. Quero exortar o Poder Executivo a tomar medidas urgentes e firmes
para permitir que os brasileiros tenham acesso ao financiamento habitacional por um preço justo. O déficit
habitacional no País é superior a 5 milhões de moradias. Não podemos nos omitir.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.

VI – ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
Lembro que foi convocada a 3ª Sessão Deliberativa Extraordinária para hoje, quarta-feira, dia 30 de se-
tembro, após a 2ª Sessão Deliberativa Extraordinária, com as proposições remanescentes da sessão anterior.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – COMPARECEM MAIS OS SRS.:
Total de Parlamentares: 118
122 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

RORAIMA
Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Shéridan PSDB
Total de RORAIMA 3

AMAPÁ
Professora Marcivania PT
Total de AMAPÁ 1

PARÁ
Beto Faro PT
Delegado Éder Mauro PSD
Edmilson Rodrigues PSOL
Total de PARÁ 3

AMAZONAS
Alfredo Nascimento PR
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Total de AMAZONAS 2

RONDÔNIA
Expedito Netto Solidaried
Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 3

ACRE
Leo de Brito PT
Sibá Machado PT
Total de ACRE 2

TOCANTINS
Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de TOCANTINS 2

MARANHÃO
Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Rosângela Curado PDT
Total de MARANHÃO 3

CEARÁ
André Figueiredo PDT
Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico Lopes PCdoB
José Airton Cirilo PT
José Guimarães PT
Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Moroni Torgan DEM
Vicente Arruda PROS
Total de CEARÁ 8
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 123

PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Mainha Solidaried
Total de PIAUÍ 2
RIO GRANDE DO NORTE
Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO NORTE 2
PARAÍBA
Luiz Couto PT
Wellington Roberto PR
Total de PARAÍBA 2
PERNAMBUCO
Luciana Santos PCdoB
Raul Jungmann PPS
Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 3
ALAGOAS
Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulão PT
Total de ALAGOAS 2
SERGIPE
João Daniel PT
Total de SERGIPE 1
BAHIA
Afonso Florence PT
Alice Portugal PCdoB
Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Caetano PT
Davidson Magalhães PCdoB
Irmão Lazaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Moema Gramacho PT
Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sérgio Brito PSD
Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 13
MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Margarida Salomão PT
Padre João PT
Reginaldo Lopes PT
Subtenente Gonzaga PDT
Wadson Ribeiro PCdoB
Total de MINAS GERAIS 7
124 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ESPÍRITO SANTO
Helder Salomão PT
Total de ESPÍRITO SANTO 1

RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon REDE
Alexandre Serfiotis PSD
Benedita da Silva PT
Chico Alencar PSOL
Chico D Angelo PT
Dr. João PR
Glauber Braga PSOL
Jandira Feghali PCdoB
Jean Wyllys PSOL
Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Sérgio PT
Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Sergio Zveiter PSD
Wadih Damous PT
Total de RIO DE JANEIRO 14

SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Ana Perugini PT
Carlos Zarattini PT
Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eli Corrêa Filho DEM
Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Goulart PSD
Keiko Ota PSB
Lobbe Neto PSDB
Luiza Erundina PSB
Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Milton Monti PR
Nilto Tatto PT
Paulo Pereira da Silva Solidaried
Paulo Teixeira PT
Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Ricardo Izar PSD
Roberto Freire PPS
Valmir Prascidelli PT
Vicentinho PT
Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Total de SÃO PAULO 22

MATO GROSSO
Valtenir Pereira PROS
Total de MATO GROSSO 1

DISTRITO FEDERAL
Erika Kokay PT
Total de DISTRITO FEDERAL 1
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 125

GOIÁS
Rubens Otoni PT
Total de GOIÁS 1

MATO GROSSO DO SUL


Elizeu Dionizio Solidaried
Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Mandetta DEM
Total de MATO GROSSO DO SUL 3

PARANÁ
Alex Canziani PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Assis do Couto PT
Enio Verri PT
Fernando Francischini Solidaried
João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rossoni PSDB
Toninho Wandscheer PT
Total de PARANÁ 7

SANTA CATARINA
Décio Lima PT
Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Uczai PT
Total de SANTA CATARINA 3

RIO GRANDE DO SUL


Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Henrique Fontana PT
Marcon PT
Nelson Marchezan Junior PSDB
Onyx Lorenzoni DEM
Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 6
DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:
Total de Parlamentares: 91

RORAIMA
Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RORAIMA 1

AMAPÁ
André Abdon PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Janete Capiberibe PSB
Jozi Araújo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Góes PDT
Vinicius Gurgel PR
Total de AMAPÁ 5

PARÁ
Josué Bengtson PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wladimir Costa Solidaried
Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 3
126 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

AMAZONAS
Silas Câmara PSD
Total de AMAZONAS 1
ACRE
Flaviano Melo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de ACRE 1
TOCANTINS
César Halum PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Irajá Abreu PSD
Total de TOCANTINS 2
MARANHÃO
Sarney Filho PV
Waldir Maranhão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MARANHÃO 2
CEARÁ
Genecias Noronha Solidaried
Luizianne Lins PT
Moses Rodrigues PPS
Total de CEARÁ 3
PIAUÍ
Iracema Portella PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PIAUÍ 1
RIO GRANDE DO NORTE
Fábio Faria PSD
Rogério Marinho PSDB
Total de RIO GRANDE DO NORTE 2
PARAÍBA
Benjamin Maranhão Solidaried
Rômulo Gouveia PSD
Total de PARAÍBA 2
PERNAMBUCO
Adalberto Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bruno Araújo PSDB
Eduardo da Fonte PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Gonzaga Patriota PSB
Mendonça Filho DEM
Total de PERNAMBUCO 5
ALAGOAS
Givaldo Carimbão PROS
JHC Solidaried
Maurício Quintella Lessa PR
Ronaldo Lessa PDT
Total de ALAGOAS 4
BAHIA
Arthur Oliveira Maia Solidaried
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 127

Jorge Solla PT
José Carlos Aleluia DEM
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Magalhães PSD
Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Total de BAHIA 6
MINAS GERAIS
Bonifácio de Andrada PSDB
Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Dimas Fabiano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Silas Brasileiro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MINAS GERAIS 5
ESPÍRITO SANTO
Evair de Melo PV
Givaldo Vieira PT
Total de ESPÍRITO SANTO 2
RIO DE JANEIRO
Altineu Côrtes PR
Clarissa Garotinho PR
Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ezequiel Teixeira Solidaried
Felipe Bornier PSD
Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Soares PR
Otavio Leite PSDB
Simão Sessim PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Soraya Santos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 11
SÃO PAULO
Arlindo Chinaglia PT
Beto Mansur PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Carlos Sampaio PSDB
Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jefferson Campos PSD
Jorge Tadeu Mudalen DEM
José Mentor PT
Marcelo Aguiar DEM
Marcio Alvino PR
Paulo Freire PR
Paulo Maluf PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto de Lucena PV
Sérgio Reis PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vicente Candido PT
Total de SÃO PAULO 14
MATO GROSSO
Adilton Sachetti PSB
Nilson Leitão PSDB
Total de MATO GROSSO 2
128 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

DISTRITO FEDERAL
Laerte Bessa PR
Rogério Rosso PSD
Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de DISTRITO FEDERAL 3

GOIÁS
Delegado Waldir PSDB
Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Magda Mofatto PR
Total de GOIÁS 3

MATO GROSSO DO SUL


Vander Loubet PT
Zeca do Pt PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 2

PARANÁ
Giacobo PR
Takayama PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARANÁ 2

SANTA CATARINA
Geovania de Sá PSDB
João Rodrigues PSD
Total de SANTA CATARINA 2

RIO GRANDE DO SUL


Alceu Moreira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bohn Gass PT
Danrlei de Deus Hinterholz PSD
Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marco Maia PT
Pompeo de Mattos PDT
Sérgio Moraes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 7
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerro a sessão, convocando a 2ª Sessão Deliberativa Extraordi-
nária para hoje, quarta-feira, dia 30 de setembro, às 15h02min, com a seguinte

ORDEM DO DIA

MATÉRIA SOBRE A MESA


Requerimento nº 1.538/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Resolução nº 13, de 2015, da Sra. Moema
Gramacho, que dá ao Plenário 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados a denominação “Zezéu Ribeiro”.
(NT 62 e NT 64)
Requerimento nº 2.964/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Inter-
no da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei Complementar nº 251, de 2005,
do Sr. Roberto Gouveia, que inclui parágrafos no art. 19 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
(Aumenta o gasto com pessoal na área de saúde para até 75% (setenta e cinco por cento) dos recursos
financeiros destinados à saúde) (NT 62 e T 64)
Requerimento nº 3.117/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 3.075, de 2015, do Sr. Mendonça
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 129

Filho, que concede anistia aos condutores de veículos automotores multados pelo não uso de extintor
de incêndio ou pelo uso de equipamento vencido. (T 62 e T 64)
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
Recurso nº 234/13, do Sr. Eduardo Cunha, que recorre contra parecer terminativo da Comissão de Finan-
ças e Tributação ao Projeto de Lei nº 2.633, de 2011, do Poder Executivo, que altera o art. 2º do Decreto-Lei
nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, que altera as disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e regula a
Zona Franca de Manaus.
URGÊNCIA
(Art. 62, § 6º da Constituição Federal)

Votação

1
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 676, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Continuação da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 676, de 2015, que altera a
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social; tendo parecer da Comissão Mista pelo atendimento dos pressupostos de relevância e
urgência; pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação fi-
nanceira e orçamentária; e no mérito, pela aprovação desta, e pela aprovação total ou parcial,
nos termos do Projeto de Lei de Conversão nº 15/15, das Emendas nºs 2, 3, 13, 17, 18, 26 a 29,
34, 37, 38, 42, 44, 46, 49 a 52, 59, 62, 66, 74, 77 a 79, 92, 97, 105, 106, 108, 113, 114, 118, 124,
127, 130, 155, 156, 172, 175 e 182; e pela rejeição das Emendas nºs 1, 4 a 12, 14, 16, 19 a 25,
30 a 33, 35, 36, 39 a 41, 43, 45, 47, 48, 53 a 58, 60, 61, 63 a 65, 67 a 73, 75, 76, 80 a 91, 93 a 96,
98, 99, 107, 109 a 112, 115, 117, 119 a 123, 125, 126, 128, 129, 131 a 142, 145 a 153, 157 a 171,
173, 174, 176 a 181, 183 e 184. As Emendas de nºs 15, 100 a 104, 116, 143, 144 e 154 foram re-
tiradas pelo autor (Relator: Dep. Afonso Florence e Relator Revisor: Sen. Garibaldi Alves Filho)
PRAZO NA CÂMARA: 15/07/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 02/08/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 16/08/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 15/10/2015
Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
Discussão

2
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 677, de 2015, que autoriza a Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de Energia do Nordeste, com o objetivo
de prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a
Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004; tendo parecer
da Comissão Mista, pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência; pela consti-
tucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação financeira e orçamen-
tária; e, no mérito, pela aprovação desta, e, parcialmente das Emendas de nºs 20, 23, 46; 49 a
61; 64, 88 a 90, 92, 100, 103, 105, 106, 112, 116 e 117; e pela rejeição das Emendas de nºs 1 a
19, 21, 22; 24 a 45; 47, 48, 62, 63, 65 a 87, 91; 93 a 99; 101, 102, 104; 107 a 111; 113 a 115, 118
a 120 nos termos do Projeto de Lei de Conversão nº 16 de 2015, adotado. (Relator: Senador
Eunício Oliveira e Relator Revisor: Deputado Leonardo Monteiro)
PRAZO NA CÂMARA: 20/07/15
130 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 07/08/2015


PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 21/08/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 20/10/2015
Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
3
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 686, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 686, de 2015, que abre crédito extraordi-
nário, em favor do Ministério da Educação, de Encargos Financeiros da União e de Operações
Oficiais de Crédito, no valor de R$ 9.820.639.868,00, para os fins que especifica, e dá outras pro-
vidências; tendo parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, pelo
atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância, urgência; pela adequação finan-
ceira e orçamentária, e, no mérito, pela aprovação desta e pela rejeição das Emendas de nºs 1 e
5, nos termos do Projeto de Lei de Conversão nº 14, de 2015, adotado. As Emendas de nºs 2, 3,
4 e 6 foram inadmitidas. (Relator: Sen. Benedito de Lira; e Relator Revisor Dep. Wadson Ribeiro)
PRAZO NA CÂMARA: 27/08/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/09/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 28/09/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 27/11/2015
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
URGÊNCIA
(Art. 155 do Regimento Interno)

Discussão

4
PROJETO DE LEI Nº 2.750-A, DE 2015
(Do Sr. André Figueiredo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.750-A, de 2015, que aplica o disposto nos art.
3º, I, “a” e “b”, e art. 4º, § 2º, I, “a” e II “a”, “b” e “c”, e § 4º da Lei nº 7.998/1990, com a redação dada
pela Lei nº 13.134/2015, aos trabalhadores desempregados que, no período de vigência do art.
1º e do art. 4º, III, da Medida Provisória nº 665/2014, compreendido entre 28 de fevereiro e 16
de junho de 2015, atendiam às condições, requisitos e exigências previstos naquela lei, para
fins de obtenção, majoração ou ampliação do número de parcelas do benefício do seguro de-
semprego, assegurando-se os direitos adquiridos; tendo parecer da Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator:
Dep. Marcos Rogério). Pendente de parecer das Comissões: de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e de Finanças e Tributação. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 2.786/15, EM 26/08/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
5
PROJETO DE LEI Nº 7.645-B, DE 2014
(Dos Srs. Subtenente Gonzaga e Jorginho Mello)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 7.645-B, de 2014, que altera o art. 18 do Decre-
to-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, que extingue a pena de prisão disciplinar para as polícias
militares e os corpos de bombeiros militares, dos estados, dos territórios e do Distrito Federal,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 131

e dá outras providências; tendo parecer das Comissões: de Segurança Pública e Combate ao


Crime Organizado, pela aprovação, com emendas (Relator: Dep. Lincoln Portela); e de Cons-
tituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,
no mérito, pela aprovação deste e das Emendas da Comissão de Segurança Pública e Combate
ao Crime Organizado. (Relator: Dep. Félix Mendonça Júnior) (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU N° 1.920/15, EM 10/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
6
PROJETO DE LEI Nº 959-A, DE 2003
(Da Comissão de Legislação Participativa)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 959-A, de 2003, que dispõe sobre a regula-
mentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista; tendo parecer: da
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação deste e dos de nºs
998/03, 1.824/03, 1.862/03 e 3.805/04, apensados, com substitutivo (Relator: Dep. Luiz Anto-
nio Fleury); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade,
juridicidade e técnica legislativa deste, dos Projetos de Lei apensados de nºs 998/03, 3.805/04,
1.824/03 e 1.862/03, com emendas, e do substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administra-
ção e Serviço Público, com subemenda (Relator: Dep. Odair Cunha) (T 62 e T 64)
Tendo apensados (6) os PLs nºs 998/03, 1.824/03, 1.862/03, 3.805/04, 7.933/14 e 2.332/15.
APROVADO O RQU Nº 3.111/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
7
PROJETO DE LEI Nº 2.430-A, DE 2003
(Do Sr. Carlos Eduardo Cadoca)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.430-A, de 2003, que altera a redação do art. 10
da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980; tendo pareceres: da Comissão de Relações Exteriores e
de Defesa Nacional, pela aprovação deste, com substitutivo (Relator: Dep. Arnon Bezerra); e da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica
legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do Substitutivo da Comissão de Relações Exteriores
e de Defesa Nacional, com substitutivo (Relator: Dep. Antonio Carlos Magalhães Neto). (Dispen-
sa o visto para entrada de turistas nacionais dos Estados Unidos da América – EUA) (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.101/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
8
PROJETO DE LEI Nº 5.559, DE 2009
(Do Sr. Otavio Leite)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 5.559, de 2009, que estabelece que os programas
de fomento, apoio e incentivo à cultura, empreendidos pela administração federal, possam se es-
tender a atividades e projetos que objetivem o desenvolvimento do Turismo Receptivo Brasileiro,
nos termos desta Lei. Pendente dos pareceres das Comissões: de Educação e Cultura; de Turismo
e Desporto; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.103/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
9
PROJETO DE LEI Nº 2.892, DE 2015
(Do Sr. Alex Manente)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.892, de 2015, que dispõe sobre a dedução
do lucro tributável para fins do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) das despesas
realizadas em Programas de Capacitação dos Trabalhadores do Setor de Turismo e altera a
132 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Lei nº 12.974, de 15 de maio de 2014. Pendente dos pareceres das Comissões: de Turismo; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.104/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
MATÉRIA SUJEITA A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
(Art. 202 c/c art. 191 do Regimento Interno)

Discussão

10
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 215-B, DE 2003
(Do Sr. Alberto Fraga e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 215-B, de 2003, que


acrescenta o § 3º ao art. 42 da Constituição Federal que dispõe sobre os militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Odair Cunha); e da Comissão Especial, pela
aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Odair Cunha). (Possibilita aos militares dos Esta-
dos, Distrito Federal e dos Territórios a acumulação remunerada de cargo de professor, cargo
técnico ou científico ou de cargo privativo de profissionais de saúde) (NT 62 e NT 64)
11
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 488-B, DE 2005
(Da Sra. Maria Helena e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 488-B, de 2005, que dá


nova redação ao art. 31 da Emenda Constitucional nº 19, de 1998; tendo pareceres: da Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Fernando Coruja); e
da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Luciano Castro). (Inclui os
empregados do extinto Banco de Roraima, cujo vínculo funcional tenha sido reconhecido, no qua-
dro em extinção da Administração Federal. Altera a Constituição Federal de 1988) (NT 62 e NT 64)

12
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 209-B, DE 2012
(Da Sra. Rose de Freitas e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 209-B, de 2012, que


insere o § 1º ao art. 105, da Constituição Federal, e renumera o parágrafo único; tendo pare-
cer: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep.
Sandro Mabel); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Sandro
Mabel). (Para atribuir requisito de admissibilidade ao recurso especial no âmbito do STJ – PEC
da relevância das questões de direito infraconstitucional) (NT 62 e NT 64)
ORDINÁRIA

Discussão

13
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 14-A, DE 1999
(Do Sr. Marcos Afonso)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 14-A, de 1999, que cria o Grupo Par-
lamentar Brasil-Costa Rica; tendo parecer da Mesa, pela aprovação (Relator: Dep. Heráclito
Fortes). (NT 62 e NT 64)
(Encerra-se a sessão às 15 horas.)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 133

Ata da 289ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa


Extraordinária, Vespertina, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária,
da 55ª Legislatura, em 30 de setembro de 2015
Presidência dos Srs.: Eduardo Cunha, Presidente, Gilberto Nascimento, 2º Suplente de Secretário,
Heráclito Fortes, nos termos do § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 15 HORAS E 2 MINUTOS COMPARECEM À CASA OS SRS.:


Eduardo Cunha
Waldir Maranhão
Beto Mansur
Mara Gabrilli
Alex Canziani
Mandetta
Gilberto Nascimento
Luiza Erundina
Ricardo Izar
Total de Parlamentares: 452
RORAIMA
Abel Mesquita Jr. PDT
Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Maria Helena PSB
Remídio Monai PR
Shéridan PSDB
Total de RORAIMA 8
AMAPÁ
Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Marcivania PT
Total de AMAPÁ 3
PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Beto Faro PT
Beto Salame PROS
Delegado Éder Mauro PSD
Edmilson Rodrigues PSOL
Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Chapadinha PSD
Hélio Leite DEM
Joaquim Passarinho PSD
José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Lúcio Vale PR
Nilson Pinto PSDB
Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 15
134 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

AMAZONAS
Alfredo Nascimento PR
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Átila Lins PSD
Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Hissa Abrahão PPS
Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 7
RONDÔNIA
Expedito Netto Solidaried
Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério PDT
Mariana Carvalho PSDB
Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 8
ACRE
Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Angelim PT
César Messias PSB
Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leo de Brito PT
Rocha PSDB
Sibá Machado PT
Total de ACRE 7
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Irajá Abreu PSD
Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Vicentinho Júnior PSB
Total de TOCANTINS 7
MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eliziane Gama PPS
Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Castelo PSDB
João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Reinaldo PSB
Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rosângela Curado PDT
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 135

Rubens Pereira Júnior PCdoB


Sarney Filho PV
Victor Mendes PV
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 17
CEARÁ
Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
André Figueiredo PDT
Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cabo Sabino PR
Chico Lopes PCdoB
Danilo Forte PSB
Domingos Neto PROS
Gorete Pereira PR
José Airton Cirilo PT
José Guimarães PT
Leônidas Cristino PROS
Luizianne Lins PT
Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Moroni Torgan DEM
Odorico Monteiro PT
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vicente Arruda PROS
Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de CEARÁ 20
PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Átila Lira PSB
Heráclito Fortes PSB
Júlio Cesar PSD
Mainha Solidaried
Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo Martins PSB
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 9
RIO GRANDE DO NORTE
Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Felipe Maia DEM
Rafael Motta PROS
Rogério Marinho PSDB
Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 7
PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Damião Feliciano PDT
Efraim Filho DEM
Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
136 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Luiz Couto PT
Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Cunha Lima PSDB
Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wellington Roberto PR
Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 10
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Augusto Coutinho Solidaried
Betinho Gomes PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PCdoB
Daniel Coelho PSDB
Fernando Coelho Filho PSB
Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Fernando Coutinho PSB
Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Luciana Santos PCdoB
Marinaldo Rosendo PSB
Pastor Eurico PSB
Raul Jungmann PPS
Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Tadeu Alencar PSB
Wolney Queiroz PDT
Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 20
ALAGOAS
Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
JHC Solidaried
Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulão PT
Pedro Vilela PSDB
Ronaldo Lessa PDT
Total de ALAGOAS 7
SERGIPE
Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Mitidieri PSD
Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Daniel PT
Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Laercio Oliveira Solidaried
Valadares Filho PSB
Total de SERGIPE 8
BAHIA
Afonso Florence PT
Alice Portugal PCdoB
Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 137

Antonio Imbassahy PSDB


Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Bebeto PSB
Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Caetano PT
Claudio Cajado DEM
Daniel Almeida PCdoB
Davidson Magalhães PCdoB
Elmar Nascimento DEM
Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Félix Mendonça Júnior PDT
Fernando Torres PSD
Irmão Lazaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
João Carlos Bacelar PR
João Gualberto PSDB
José Carlos Araújo PSD
José Nunes PSD
José Rocha PR
Jutahy Junior PSDB
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Moema Gramacho PT
Paulo Azi DEM
Paulo Magalhães PSD
Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Carletto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sérgio Brito PSD
Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 36
MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Ademir Camilo PROS
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Caio Narcio PSDB
Carlos Melles DEM
Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Andrade PSD
Domingos Sávio PSDB
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Ramalho PV
Gabriel Guimarães PT
Jaime Martins PSD
Jô Moraes PCdoB
Júlio Delgado PSB
Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Monteiro PT
138 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Lincoln Portela PR
Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Montes PSD
Marcus Pestana PSDB
Margarida Salomão PT
Mário Heringer PDT
Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Misael Varella DEM
Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Padre João PT
Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Paulo Abi-Ackel PSDB
Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Reginaldo Lopes PT
Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo de Castro PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Stefano Aguiar PSB
Subtenente Gonzaga PDT
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Wadson Ribeiro PCdoB
Weliton Prado PT
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 49
ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Dr. Jorge Silva PROS
Helder Salomão PT
Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Max Filho PSDB
Paulo Foletto PSB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 8
RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon PT
Alexandre Serfiotis PSD
Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Altineu Côrtes PR
Aureo Solidaried
Benedita da Silva PT
Cabo Daciolo S.Part.
Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico Alencar PSOL
Chico D Angelo PT
Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 139

Dr. João PR
Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Floriano PR
Glauber Braga PSOL
Hugo Leal PROS
Indio da Costa PSD
Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jandira Feghali PCdoB
Jean Wyllys PSOL
Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Luiz Sérgio PT
Marcelo Matos PDT
Marcos Soares PR
Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Miro Teixeira REDE
Paulo Feijó PR
Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Rodrigo Maia DEM
Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sergio Zveiter PSD
Sóstenes Cavalcante PSD
Wadih Damous PT
Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 39
SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Alexandre Leite DEM
Ana Perugini PT
Andres Sanchez PT
Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Antonio Carlos Mendes Thame PSDB
Arlindo Chinaglia PT
Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bruna Furlan PSDB
Bruno Covas PSDB
Capitão Augusto PR
Carlos Zarattini PT
Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Dr. Sinval Malheiros PV
Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Eduardo Cury PSDB
Eli Corrêa Filho DEM
Evandro Gussi PV
Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Flavinho PSB
Goulart PSD
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
João Paulo Papa PSDB
Keiko Ota PSB
Lobbe Neto PSDB
140 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Luiz Lauro Filho PSB


Major Olimpio PDT
Marcelo Aguiar DEM
Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcio Alvino PR
Miguel Haddad PSDB
Miguel Lombardi PR
Milton Monti PR
Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilto Tatto PT
Orlando Silva PCdoB
Paulo Pereira da Silva Solidaried
Paulo Teixeira PT
Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Roberto Freire PPS
Samuel Moreira PSDB
Silvio Torres PSDB
Tiririca PR
Valmir Prascidelli PT
Vanderlei Macris PSDB
Vicente Candido PT
Vicentinho PT
Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vitor Lippi PSDB
Walter Ihoshi PSD
William Woo PV
Total de SÃO PAULO 57
MATO GROSSO
Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabio Garcia PSB
Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ságuas Moraes PT
Valtenir Pereira PROS
Total de MATO GROSSO 6
DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Augusto Carvalho Solidaried
Erika Kokay PT
Izalci PSDB
Rogério Rosso PSD
Ronaldo Fonseca PROS
Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de DISTRITO FEDERAL 7
GOIÁS
Alexandre Baldy PSDB
Célio Silveira PSDB
Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Delegado Waldir PSDB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 141

Fábio Sousa PSDB


Flávia Morais PDT
Giuseppe Vecci PSDB
Heuler Cruvinel PSD
João Campos PSDB
Lucas Vergilio Solidaried
Marcos Abrão PPS
Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rubens Otoni PT
Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de GOIÁS 15
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dagoberto PDT
Elizeu Dionizio Solidaried
Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Tereza Cristina PSB
Vander Loubet PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 6
PARANÁ
Alfredo Kaefer PSDB
Aliel Machado REDE
Assis do Couto PT
Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Enio Verri PT
Evandro Roman PSD
Fernando Francischini Solidaried
Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Luciano Ducci PSB
Luiz Carlos Hauly PSDB
Luiz Nishimori PR
Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rossoni PSDB
Rubens Bueno PPS
Sandro Alex PPS
Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Toninho Wandscheer PT
Zeca Dirceu PT
Total de PARANÁ 27
SANTA CATARINA
Carmen Zanotto PPS
Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cesar Souza PSD
142 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Décio Lima PT
Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabricio Oliveira PSB
João Rodrigues PSD
Jorginho Mello PR
Marco Tebaldi PSDB
Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Uczai PT
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de SANTA CATARINA 15
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Afonso Motta PDT
Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Marroni PT
Giovani Cherini PDT
Heitor Schuch PSB
Henrique Fontana PT
Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Derly PCdoB
José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jose Stédile PSB
Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcon PT
Maria do Rosário PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marchezan Junior PSDB
Onyx Lorenzoni DEM
Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Pimenta PT
Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 25

I – ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 452
Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

III – EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido)


O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se às
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 143

IV – BREVES COMUNICAÇÕES
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Sem revisão do orador.) – Novo painel, Sr. Presidente!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Novo painel.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O painel pode per-
manecer. Qual é o problema? Estamos numa sequência de votação.
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Foi o Deputado Celso Jacob que
pediu novo painel?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Não, nós queremos conhecer as novas MPs,
e o novo painel permite isso.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Mas quem pediu, por favor?
O SR. CHICO ALENCAR – Só quem estiver aqui.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Eu estou a favor, mas eu só queria... Eu não percebi quem pediu.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Quem pediu foi o Delegado Edson Moreira.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O Delegado Edson Moreira poderia reconsiderar. Nós temos várias me-
didas provisórias para votar, e há acordo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas o quórum se atinge rapidamente, isso não é problema.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Espero que não seja pau mandado, não.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Isso não é problema, Deputado. Rapidamente vai-se atingir o
quórum.
Eu aproveito para alertar que duas medidas provisórias que foram lidas na sessão anterior precisam real-
mente de um preparo de quem queira fazer inscrição, destaque... Há uma medida complexa, e é importante
que todos tenham conhecimento da matéria quando começarmos a deliberação.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, enquanto nós aguardamos quórum, V.Exa. me permite
usar da palavra?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – V.Exa. já está usando.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Sr. Presidente.
O acordo em torno da Medida Provisória nº 676, de 2015, ele teve aspectos importantes. Um deles eu já
lamentei. Não foi possível atender, mas temos a certeza de que, indo à Justiça depois de sancionada a lei, todos
aqueles que tiveram, ao se aposentar antes de 18 de junho de 2015, a somatória 85/95, pelo princípio isonômi-
co, terão direito a esse benefício. Teria sido preferível fazer o ajuste já na própria lei, mas o Relator não aceitou,
e o Governo também não concordou. Sem dúvida nenhuma, isso é algo que nós temos que lamentar, apesar
da proposta do Governo de não vetar o texto do acordo da Comissão Especial, que, sem dúvida nenhuma, vai
permitir que até 2018 nós tenhamos a possibilidade de usar a fórmula 85/95, inicialmente prevista apenas até
o final de 2016. Esses 2 anos a mais representam, na somatória, 4 pontos, porque são 2 anos de contribuição e
2 anos de idade. A cada ano, portanto, se contam 2, e sem dúvida nenhuma isso é extremamente importante.
Nasceu essa proposta de uma emenda que eu apresentei à Medida Provisória nº 664, de 2015, e que o
Governo vetou, depois emitiu a Medida Provisória nº 676. Minha preocupação é que, como a matéria não ti-
nha sido votada na Comissão Especial até a semana passada, ela poderia decair e causar um grande prejuízo
a todos os trabalhadores.
Votada a tempo, final de setembro, na Câmara dos Deputados, haverá tempo suficiente para se votar a
matéria também no Senado Federal e para se convalidar esse acordo, de forma que não haja veto e as pessoas
que tenham a somatória 85/95 até o final de 2018 possam fugir deste maldito fator previdenciário, que rouba
de 30% a 40% da aposentadoria do trabalhador homem depois de 35 anos de contribuição e de 40% a 50% da
trabalhadora depois 30 anos, pela expectativa de vida. Isso estará resolvido com a sanção da lei.
Queremos a sessão do Congresso Nacional para votar a Medida Provisória nº 672, de 2015, que dispõe
sobre aumento real para os aposentados. Há uma grande expectativa, pois o Senado, utilizando-se de uma ar-
timanha, aprovou uma emenda de redação, que foi uma emenda de mérito, e tirou dos aposentados, deslocan-
do do caput, onde estava garantido aumento real para os aposentados, o RGPS e separando-o em alíneas, de
modo a permitir que a Presidente fizesse esse veto inimaginável, indigno para os aposentados e pensionistas.
Estamos cobrando que aposentados e pensionistas tenham tratamento digno, porque aqueles que du-
rante longo tempo contribuíram para a Previdência Social estão recebendo hoje apenas um salário mínimo,
jogados na chamada “vala comum”. Ora, até quem nunca contribuiu têm direito a um salário mínimo.
Ouvem-se por aí murmúrios de que o Governo está querendo desvincular os benefícios assistenciais do
salário mínimo. Isso é uma excrecência! Vão tirar o dinheiro do pagamento de juros, do pagamento do serviço
da dívida, não do aposentado e da pensionista, não dos benefícios assistenciais!
144 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Esta postura nós vamos exigir aqui dentro desta Casa: respeito a todo aposentado ou pensionista! E vá
para o inferno quem pensa diferente!
A SRA. LEANDRE – Sr. Presidente, o PV apresentou um destaque.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Deputado Raimundo Gomes de Matos vai falar primeiro.
O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como Relator
da Comissão Especial oficializada por V.Exa. para avaliar os reais motivos da não conclusão do projeto da refi-
naria do Maranhão e da refinaria do Ceará, vou entrar com requerimento pedindo a V.Exa. mais prazo para a
conclusão dos nossos trabalhos, até porque somente o Ministro de Minas e Energia só compareceu à Comissão
na última reunião de audiência pública. E o Ministro Eduardo Braga afirmou que essa oficialização das refinarias
do Ceará e do Maranhão não foi feita em sua gestão.
No último final de semana, o jornal Valor afirmou numa matéria assinada pelo jornalista Juliano que o
Tribunal de Contas da União realmente identificou em levantamentos praticamente 2 bilhões de reais investi-
dos na refinaria do Maranhão e na refinaria do Ceará, que não se concretizaram.
Nós esperamos até o final de outubro concluir os trabalhos da Comissão e poder apresentar o relatório
a V.Exa. e ao Plenário da Comissão oficializada por V.Exa. para avaliar o cancelamento das duas refinarias.
A Comissão esteve no Maranhão e esteve no Estado do Ceará, reunida nas Assembleias Legislativas para
investigar os reais motivos que levaram a PETROBRAS a dar praticamente um calote no povo do Maranhão
e do Ceará, com o cancelamento dessas refinarias. Apesar de o Brasil ter a matéria-prima que é o petróleo, e
tecnologia, o Brasil não possui uma política de refino que garanta a instalação das duas refinarias, a do Ceará
e a do Maranhão.
Era essa a nossa observação.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra a Deputada Leandre.
A SRA. LEANDRE (PV-PR. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PV apresentou um destaque, o
Destaque nº 3. No entanto, nós nos sentimos contemplados com a emenda aprovada agora, por se tratar de
um benefício que os contribuintes pagavam e não tinham nenhum tipo de retorno.
Nós questionamos isso porque sabemos que o INSS não poderia se apropriar desse dinheiro, que não
é um imposto, não trazia nenhum benefício. Mas nos sentimos contemplados com a emenda do PPS e retira-
mos o destaque.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – V.Exa. retira o Destaque nº 3? (Pausa.)
Retirado o destaque.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nós vamos consolidar na próxima votação ou pela presença nesta
sessão a presença de quem porventura perdeu a votação na sessão anterior.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Izalci.
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, gostaria de
pedir atenção especial para esse destaque.
Em primeiro lugar, o texto original dessa medida provisória não contemplava esse assunto. Esse assunto
nasceu de uma emenda. E de que trata essa emenda? Hoje, os novos concursados não têm mais aposentadoria
integral. Esse projeto e essa emenda obrigam os novos servidores a optarem automaticamente e contribuírem
para a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal – FUNPRESP.
Ora, qual é a justificativa da emenda? Apenas 15% dos novos concursados, 60 mil servidores, aderiram
ao novo sistema. Ora, por que os outros não aderiram? Porque isso aqui precisa de credibilidade. O Governo, já
há algum tempo, perdeu essa credibilidade. Basta ver os demais fundos. Estão aí os fundos POSTALIS e Petros.
Por que o servidor agora vai optar por ser gerenciado pelo Governo, que não tem credibilidade? Então, tem
que continuar opcional. O servidor tem que ter opção. Isso não tem que ser obrigatório, até porque não dá
para exigir e depois dizer que ele pode sair. Ora, ele está em estágio probatório. Ele tem medo de questionar.
Portanto, peço a atenção dos Parlamentares para manter o original da medida provisória com relação a
essa obrigatoriedade. Esse é o pedido do PSDB, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sras. e Srs. Deputados, venham ao plenário. (Pausa.)
Enquanto não atingirmos o quórum para a Ordem do Dia, concederei a palavra a quem pedi-la.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Afonso Florence.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Depu-
tados, a emenda à qual o Deputado Izalci, que me antecedeu, se refere está no texto a partir de uma emenda
apresentada pelo Deputado Gonzaga Patriota.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 145

Fui procurado por diversas associações de servidores, inclusive de funcionários da Casa, que reivindicam
a inclusão no texto com o propósito de dar sustentabilidade à Fundação de Previdência Complementar do Ser-
vidor Público Federal – FUNPRESP, com a possibilidade de adesão. Ela está mantida. A adesão está garantida
apenas com o ingresso do concursado ou da concursada no serviço.
Segundo os servidores que me procuraram, um número muito expressivo, ao ingressar no turbilhão
dos acontecimentos da nova carreira, só toma conhecimento disso após expirar o prazo de adesão. Com esse
dispositivo, a adesão será imediata, com a possibilidade legal de solicitação de retirada, inclusive com ressar-
cimento integral, se tiver havido.
Então, isso é parte do acordo, atendendo o Deputado Gonzaga e atendendo às reivindicações das enti-
dades que me procuraram.
Por isso, nós, sabedores da decisão do Presidente de não dar a prejudicialidade, entendemos que isso é
do interesse geral dos trabalhadores e trabalhadoras e acatamos a emenda.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Luis Carlos Heinze.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós estivemos hoje
com o Ministro da Defesa, Jaques Wagner, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.
Vamos reiterar que já entramos com requerimento e também com um projeto de decreto legislativo para
cancelar o Decreto nº 8.515, de 2015. Nós entendemos que ele deve ser revogado.
Discutimos hoje pela manhã, em audiência pública na Comissão, e estamos novamente agora reiteran-
do nossa posição. Citamos para o Ministro o caso da NR 83, ligada ao Ministério do Trabalho e ao INCRA, com
relação à expropriação de propriedades privadas, de que nem a Casa Civil sabia e nem a Advocacia-Geral da
União sabiam. Da mesma forma, o Ministro não tinha conhecimento desse decreto, talvez muito menos a pró-
pria Presidenta.
Por isso, nós vamos voltar a insistir que seja revogado o Decreto nº 8.515, de 2015, porque entendemos
que há segundas intenções, principalmente no caso do comando do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra, aqui do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estamos perto de terminar
uma votação a favor dos aposentados. Falta ainda quórum para terminarmos a votação.
Faço um apelo a todos os Deputados e Deputadas para que venham ao plenário, a fim de que possamos
concluir essa votação. Ainda teremos outras votações pela frente. Eu acredito que temos mais dois destaques
para essa votação dos aposentados e, logo em seguida, nós a concluiremos.
Então, que todos os Deputados e todas as Deputadas venham a plenário para que possamos estabele-
cer o quórum e concluir a votação!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Giovani Cherini.
O SR. GIOVANI CHERINI (PDT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares,
nós apresentaremos amanhã, nesta Casa, um projeto de lei que extingue o regime semiaberto. Essa definição
ocorreu a partir de um trabalho que a bancada gaúcha vem realizando a esse respeito com o Movimento Paz
Novo Hamburgo.
O Movimento Paz Novo Hamburgo é composto por mais de 40 entidades que se reuniram e estão pes-
quisando quais os benefícios que esse regime traz para a sociedade, para a ressocialização dos presos. A con-
clusão é muito triste: mais de 70% dos roubos e assassinatos acontecem por existir esse regime semiaberto.
Por isso, nós protocolaremos o projeto de lei amanhã. Todos os Parlamentares da bancada gaúcha que
quiserem assiná-lo serão autores. Os regimes abertos e semiabertos incentivam a impunidade e a criminalida-
de no País. Com isso, os números da violência não param de crescer.
O assunto é tratado desde os primeiros meses do ano, quando a Coordenadora do Movimento Paz Novo
Hamburgo, Andrea Schneider, procurou a coordenação da bancada gaúcha.
Tão logo ocorra o protocolo do projeto de lei, cópias serão encaminhadas ao Presidente da Câmara dos
Deputados, Deputado Eduardo Cunha, e ao Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, com o objetivo
de o deixarem a par da proposta.
Também poderá ser criada uma Comissão Especial para analisar o texto do projeto. E nós queremos pedir
ao Presidente Eduardo Cunha mais celeridade na sua tramitação e apreciação em plenário.
Protocolaremos amanhã o projeto de lei que visa acabar com o regime semiaberto, que é fonte de cri-
minalidade e de bandidagem.
146 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Sr. Presidente, gostaria que este pronunciamento fosse registrado nos Anais da Casa e divulgado no
programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Chico Alencar, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PSOL.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, servidores, todos que acompanham esta sessão, o Barão de Itararé, Apparício Torelly, foi um gaúcho
radicado no Rio, onde foi Vereador pelo Partido Comunista do Brasil, ou Brasileiro, à sua escolha, Deputado
Wadson Ribeiro, em 1945, na chamada democratização após o Estado Novo.
Entre muitas frases que ficaram conhecidas e famosas, ele cunhou uma que me vem agora à mente, ao
observar este ambiente do plenário, talvez similar ao que esteja acontecendo no Senado: “Há algo no ar, além
dos aviões de carreira”.
Está esquisito! Estava prevista sessão do Congresso Nacional para apreciação dos vetos destacados na
sessão do Congresso Nacional da semana passada. Aposentados e servidores do Judiciário, em especial, estão
nessa grande expectativa. Mas parece que entrou aqui, como uma cunha – sem trocadilho, ou com, se quise-
rem –, o financiamento empresarial de campanhas.
Quer-se que o Senado, inclusive desrespeitando o interstício, vote a PEC que saiu da Câmara, que não
trata só disso, para garantir, em âmbito de mudança constitucional, um confronto com a decisão corretíssima
do Supremo.
A maioria dos partidos desta Casa cobra – e poderia assumir isso com toda a clareza –, quer que se apre-
ciem os vetos que interessam a parcelas importantes da população e que começaram a ser apreciados na se-
mana passada. Junto com eles se exige que se coloque também o veto proferido ontem pela Presidenta Dilma,
correto, na nossa avaliação, contra a lei que autoriza o financiamento empresarial de partidos, que depois será
repassado, de maneira oculta, o que piora um pouco a situação de antes da decisão correta do Supremo. En-
tão, quer-se apreciar esse veto também.
Daí o impasse que eu não me recordo de já ter acontecido: o Presidente do Senado e do Congresso con-
voca a sessão, e ela não acontece, porque o plenário da Câmara está ocupado e assim ficará.
Estão vendo que o Presidente está hoje numa calma, numa lentidão pouco costumeira. S.Exa. é acelera-
do. Parece que tirou a celeridade, por azar, do nosso time comum, o Flamengo, depois que foi assistir ao jogo
aqui no Estádio Mané Garrincha.
V.Exa. vai me desculpar, mas, de lá para cá, o Flamengo só perdeu, Sr. Presidente. Eu já nem vou a jogo,
para não sofrer a pecha de “pé frio”.
De qualquer forma, a celeridade que queremos no futebol moderno – e que o Presidente às vezes tem,
ou quase sempre, às vezes até atropelando – hoje nós não a temos. S.Exa. está numa paz, numa calma. Por quê?
Porque estamos aqui nesta condição: teremos sessões sucessivas até que a do Congresso se inviabilize, a não
ser que se vote lá a PEC do financiamento empresarial e outras mudanças, ou que se coloque, na apreciação
dos vetos, o veto presidencial ao financiamento empresarial, que é corretíssimo – repito. Quando ele vier a ser
apreciado aqui, terá o nosso aval.
Como se vê, em relação à Presidente Dilma, ninguém dá 100%.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Peço que conclua, Deputado.
O SR. CHICO ALENCAR – Vou concluir, Sr. Presidente. Portanto, o PSOL não pactua com esse jogo meio
oculto que está acontecendo, que se está urdindo aqui.
De qualquer forma, é inusitado, é inédito sessão do Congresso que não se realiza por falta de espaço,
porque a Câmara está muitíssimo ocupada nesta pauta que, como se vê, entusiasma S.Exas.
Obrigado.

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:


Total de Parlamentares: 266
RORAIMA
Abel Mesquita Jr. PDT
Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 147

Remídio Monai PR
Shéridan PSDB
Total de RORAIMA 5
AMAPÁ
Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Marcivania PT
Vinicius Gurgel PR
Total de AMAPÁ 4
PARÁ
Beto Salame PROS
Delegado Éder Mauro PSD
Edmilson Rodrigues PSOL
Francisco Chapadinha PSD
Hélio Leite DEM
Joaquim Passarinho PSD
Lúcio Vale PR
Nilson Pinto PSDB
Total de PARÁ 8
AMAZONAS
Alfredo Nascimento PR
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Átila Lins PSD
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 4
RONDÔNIA
Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério PDT
Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 4
ACRE
Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Angelim PT
Leo de Brito PT
Rocha PSDB
Total de ACRE 4
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Irajá Abreu PSD
Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Vicentinho Júnior PSB
Total de TOCANTINS 6
MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
148 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

João Castelo PSDB


José Reinaldo PSB
Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rosângela Curado PDT
Rubens Pereira Júnior PCdoB
Victor Mendes PV
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 10
CEARÁ
Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
André Figueiredo PDT
Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cabo Sabino PR
Domingos Neto PROS
Gorete Pereira PR
José Airton Cirilo PT
Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Moroni Torgan DEM
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vicente Arruda PROS
Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de CEARÁ 14
PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Átila Lira PSB
Iracema Portella PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 6
RIO GRANDE DO NORTE
Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Fábio Faria PSD
Rafael Motta PROS
Rogério Marinho PSDB
Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO NORTE 5
PARAÍBA
Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Couto PT
Pedro Cunha Lima PSDB
Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 4
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Augusto Coutinho Solidaried
Daniel Coelho PSDB
Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 149

Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


João Fernando Coutinho PSB
Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Luciana Santos PCdoB
Pastor Eurico PSB
Raul Jungmann PPS
Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 13
ALAGOAS
Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Vilela PSDB
Total de ALAGOAS 2
SERGIPE
Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Mitidieri PSD
Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Daniel PT
Laercio Oliveira Solidaried
Total de SERGIPE 5
BAHIA
Afonso Florence PT
Alice Portugal PCdoB
Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Antonio Imbassahy PSDB
Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Claudio Cajado DEM
Davidson Magalhães PCdoB
Elmar Nascimento DEM
Fernando Torres PSD
José Rocha PR
Jutahy Junior PSDB
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Paulo Azi DEM
Paulo Magalhães PSD
Sérgio Brito PSD
Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 19
MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Caio Narcio PSDB
Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Andrade PSD
Jaime Martins PSD
Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Monteiro PT
Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lincoln Portela PR
150 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen


Marcos Montes PSD
Marcus Pestana PSDB
Margarida Salomão PT
Mário Heringer PDT
Misael Varella DEM
Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Padre João PT
Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Reginaldo Lopes PT
Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo de Castro PSDB
Stefano Aguiar PSB
Subtenente Gonzaga PDT
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Wadson Ribeiro PCdoB
Weliton Prado PT
Total de MINAS GERAIS 28

ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Max Filho PSDB
Paulo Foletto PSB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 5

RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon REDE
Alexandre Serfiotis PSD
Aureo Solidaried
Cabo Daciolo S.Part.
Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico Alencar PSOL
Dr. João PR
Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Glauber Braga PSOL
Hugo Leal PROS
Indio da Costa PSD
Jandira Feghali PCdoB
Jean Wyllys PSOL
Luiz Sérgio PT
Marcelo Matos PDT
Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Miro Teixeira REDE
Paulo Feijó PR
Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sergio Zveiter PSD
Sóstenes Cavalcante PSD
Wadih Damous PT
Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 23
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 151

SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Alexandre Leite DEM
Ana Perugini PT
Andres Sanchez PT
Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bruna Furlan PSDB
Bruno Covas PSDB
Capitão Augusto PR
Carlos Zarattini PT
Dr. Sinval Malheiros PV
Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Eli Corrêa Filho DEM
Evandro Gussi PV
Flavinho PSB
Goulart PSD
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
Lobbe Neto PSDB
Major Olimpio PDT
Marcelo Aguiar DEM
Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcio Alvino PR
Miguel Lombardi PR
Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilto Tatto PT
Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Izar PSD
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Roberto Freire PPS
Tiririca PR
Valmir Prascidelli PT
Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vitor Lippi PSDB
Total de SÃO PAULO 36
MATO GROSSO
Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MATO GROSSO 2
DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Augusto Carvalho Solidaried
Izalci PSDB
Ronaldo Fonseca PROS
Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de DISTRITO FEDERAL 5
GOIÁS
Alexandre Baldy PSDB
Célio Silveira PSDB
152 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Delegado Waldir PSDB


Fábio Sousa PSDB
Giuseppe Vecci PSDB
Heuler Cruvinel PSD
João Campos PSDB
Lucas Vergilio Solidaried
Marcos Abrão PPS
Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rubens Otoni PT
Total de GOIÁS 12
MATO GROSSO DO SUL
Dagoberto PDT
Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MATO GROSSO DO SUL 2
PARANÁ
Aliel Machado PCdoB
Assis do Couto PT
Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Enio Verri PT
Evandro Roman PSD
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rossoni PSDB
Rubens Bueno PPS
Sandro Alex PPS
Toninho Wandscheer PT
Zeca Dirceu PT
Total de PARANÁ 15
SANTA CATARINA
Décio Lima PT
Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Rodrigues PSD
Jorginho Mello PR
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de SANTA CATARINA 7
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Afonso Motta PDT
Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Giovani Cherini PDT
Heitor Schuch PSB
Henrique Fontana PT
Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Derly PCdoB
José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Jose Stédile PSB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 153

Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen


Marcon PT
Maria do Rosário PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Onyx Lorenzoni DEM
Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 18
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante
da Ordem do Dia.
Item 1.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 676, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Continuação da votação, em turno único, da Medida Provisória nº 676, de 2015, que altera a
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência
Social; Social; tendo parecer da Comissão Mista pelo atendimento dos pressupostos de rele-
vância e urgência; pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela ade-
quação financeira e orçamentária; e no mérito, pela aprovação desta, e pela aprovação total
ou parcial, nos termos do Projeto de Lei de Conversão nº 15/15, das Emendas nºs 2, 3, 13, 17,
18, 26 a 29, 34, 37, 38, 42, 44, 46, 49 a 52, 59, 62, 66, 74, 77 a 79, 92, 97, 105, 106, 108, 113,
114, 118, 124, 127, 130, 155, 156, 172, 175 e 182; e pela rejeição das Emendas nºs 1, 4 a 12,
14, 16, 19 a 25, 30 a 33, 35, 36, 39 a 41, 43, 45, 47, 48, 53 a 58, 60, 61, 63 a 65, 67 a 73, 75, 76,
80 a 91, 93 a 96, 98, 99, 107, 109 a 112, 115, 117, 119 a 123, 125, 126, 128, 129, 131 a 142, 145
a 153, 157 a 171, 173, 174, 176 a 181, 183 e 184. As Emendas de nºs 15, 100 a 104, 116, 143,
144 e 154 foram retiradas pelo autor (Relator: Deputado Afonso Florence e Relator Revisor:
Senador Garibaldi Alves Filho)
PRAZO NA CÂMARA: 15/07/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 02/08/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 16/08/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 15/10/2015
Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência informa que o Destaque nº 3 foi retirado.
DESTAQUE A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
Senhor Presidente,
Requeiro, nos termos do artigo 117, inciso IX, c/c com o artigo 161, 2º, do Regimento Interno, destaque
da Emenda 64 à MP 676/15, (art. 161, II)
Sala da Sessão, 30 de setembro de 2015. – Sarney Filho, Líder do PV
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Destaque nº 2.
“Requeiro, nos termos do art. 161, I e § 2º, combinado com o art. 117, IX, do RICD, destaque para votação
em separado do art. 4º do PLV nº 15/2015, apresentado à Medida Provisória nº 676/2015.
Sala das Sessões, 29/9/15. – Marcus Pestana, Vice-Líder do PSDB”
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra o requerimento, concedo a palavra ao Deputa-
do Afonso Florence.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. De-
putados, usando o tempo no período das Breves Comunicações, já me referi a este destaque. Ele diz respeito
a uma emenda apresentada pelo Deputado Gonzaga Patriota.
154 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Vale registrar que não fui procurado pelo Deputado. Fui procurado por entidades representativas de
trabalhadores do serviço público reivindicando a aprovação da emenda. Mais tarde, encontrei-me com S.Exa.,
que defendeu a inclusão da emenda que garante ao servidor ou à servidora recém-aprovada no serviço públi-
co a oportunidade de fazer a adesão à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal
– FUNPRESP.
Segundo eles, quando as pessoas constatam que têm um prazo de adesão o prazo já passou e elas não
conseguem optar.
Com esse novo texto, as pessoas terão a adesão automática, mantida no texto legal – como está aí, pode ser
lido –, e a prerrogativa de pedido de saída com ressarcimento, caso tenha havido algum recolhimento, integral.
Por isso eu incluí o texto, fez parte do acordo na Comissão, e aqui, portanto, eu tenho que defender o
texto do PLV, registrando e reiterando que não é nem original da medida provisória – é fato, foi dito aqui pelo
Deputado Izalci –, não é oriundo do Governo e não é do PLV; não é deste autor, é de um Parlamentar com re-
presentações de entidades de trabalhadores e trabalhadoras interessadas.
Portanto, eu registro que, para que possamos manter o acordo, para que possamos contemplar o Depu-
tado Gonzaga Patriota, para que possamos contemplar os trabalhadores e para que possamos garantir a saúde
da FUNPRESP – porque isso também permitirá maior adesão, permitindo uma aposentadoria mais confortável
para os trabalhadores e trabalhadoras –, nós rejeitamos este destaque.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, Deputado Max Filho.
O SR. MAX FILHO (PSDB-ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, nós vamos votar
aqui a adesão compulsória do servidor público à chamada Fundação de Previdência Complementar do Servi-
dor Público Federal – FUNPRESP.
Na verdade, hoje, o servidor tem essa faculdade de fazer a sua complementação da aposentadoria de-
positando na FUNPRESP. Mas essa medida provisória, o projeto de conversão, está tornando obrigatória essa
inclusão do servidor, esse desconto do servidor.
Nós não achamos isso razoável. Defendemos que a adesão seja mantida como opcional, seja uma opção
do servidor. A matrícula do servidor nesse fundo não deve ser compulsória, obrigatória.
Se esse fundo não tem recebido a adesão espontânea do servidor – e representa uma parcela ínfima do
serviço público no Brasil – é porque ninguém tem tido confiança nas instituições geridas pelo Governo. Não
se trata de uma crítica ao atual Governo, porque o Estado brasileiro é o pior gerente que existe. Na verdade,
ninguém quer depositar suas finanças num fundo gerido pelo Estado brasileiro.
Então, não acho isso razoável. Nós estamos aqui, inclusive, reunidos, votando essa medida provisória,
quando deveríamos estar reunidos em sessão do Congresso Nacional para fazer justiça a uma categoria que
tem sofrido muito, que são os servidores do Judiciário Federal. Não foi o servidor público, sem reajuste salarial
há 9 anos, que quebrou o Estado brasileiro. Na verdade, ele é vítima, é uma das principais vítimas desse modelo
de gestão que nós temos atualmente.
Oxalá haja concórdia, porque na briga entre o mar e o rochedo quem paga é o marisco. Ou seja: na in-
definição, na falta de consenso entre o Presidente da Câmara e o Presidente do Senado, não se votam os vetos.
E continua a categoria aguardando ansiosamente a votação do veto ao aumento dos servidores do Judiciário
federal.
Então, Sr. Presidente, nosso encaminhamento é contrário à manutenção deste texto, nosso encaminha-
mento é para que a filiação do servidor público à FUNPRESP, que é uma previdência complementar, não deva
ser obrigatória, não deva ser compulsória, deva se manter como uma alternativa, uma opção do servidor.
É esse o nosso encaminhamento. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Orientação de bancada.
Lembro que ao votarem “sim” V.Exas. mantêm o texto do art. 4º do PLV; se votarem “não”, suprimem o texto.
Como vota o Bloco do PMDB?
O SR. CELSO JACOB (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “sim”, man-
tendo o texto.
Como vota o PT?
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, é importante registrar que não se trata, como foi dito anteriormente, de adesão obrigatória, porque
está garantida a prerrogativa de saída com ressarcimento integral. Trata-se da garantia de que não haverá per-
da do prazo para adesão, porque é assim que funciona hoje.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 155

Quero dizer, só para registrar, que eu fui construtor do acordo com vários Parlamentares. Inclusive exis-
tem várias emendas da Deputada Mara Gabrilli e do Deputado Eduardo Barbosa. Espero que pelo menos nos
pontos do acordo não haja destaque do PSDB.
Então, eu quero fazer um apelo para que nós mantenhamos o acordo, pela manutenção do texto PLV.
Por isso o PT vota “sim”. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, desculpe-me, mas é com-
pulsório, é obrigatório. E no sistema atual, se o servidor quiser aderir, ele pode fazer a opção. Há um prazo de
60 dias inclusive.
Então, não podemos, num regime democrático, tentar impor uma condição, ainda mais de um Estado
que não consegue realmente administrar bem os seus fundos. Basta ver a CPI dos Fundos de Pensão. Basta
ver a interferência do Governo utilizando esse fundo para custeio, o que aconteceu agora. O funcionário em
estágio probatório não vai querer discutir. Com isso, acaba sendo coagido. Nós não queremos isso. No regime
democrático, ele tem a opção de fazer. E é isso que nós defendemos.
O PSDB vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB?
O SR. CARLOS GOMES (Bloco/PRB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PRB orien-
ta “sim”. Porém, na condição de Deputado, eu quero dizer que vamos estudar uma forma, um mecanismo, via
projeto de lei ou proposta de emenda constitucional, de asseguramos esse recurso, a fim de que os Governos
não metam a mão nesses recursos dos servidores. Nós vamos encaminhar o voto “sim”, mas com a condição de
assegurarmos que não se mexa nesses recursos, a fim de dar segurança a esse fundo dos servidores públicos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR? (Pausa.)
Como vota o PSD?
O SR. HERCULANO PASSOS (PSD-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD encaminha “sim”, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o § 3º diz: “Fica asse-
gurado ao participando o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua inscrição, nos termos do
regulamento”.
Por isso, nós encaminhamos “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. ALEXANDRE LEITE (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas
vota “sim”, porque entende que essa é uma segurança financeira para o contribuinte. Ela é uma obrigação, mas
não é uma obrigação completa. O contribuinte, a partir do momento em que decide contribuir complementar-
mente com outro órgão, ainda tem 90 dias para tomar essa decisão. Ele vai ser ressarcido integralmente, com
reajuste. Não é uma obrigatoriedade completa.
Do contrário, se ele não for obrigado e não tiver a segurança do ressarcimento, poderá perder, durante
esse tempo, até pela morosidade do sistema público, o período de contribuição e não ser ressarcido.
O Democratas vota “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Pelo acordo, o PDT vota “sim”, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade,
na mesma linha, concorda com essa posição e vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. LINCOLN PORTELA (PR-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR encaminha o voto “sim”,
Sr. Presidente, avaliando inclusive que o contribuinte terá uma liberdade muito maior nesse sentido.
Encaminhamos o voto “sim”, para manter o texto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
O SR. WADSON RIBEIRO (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, com a garantia
de que não haverá perda para o trabalhador, o PCdoB encaminha o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
O SR. RAUL JUNGMANN (PPS-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS entende
que essa emenda assegura ao servidor a possibilidade de contar com o valor da aposentadoria acima do teto,
156 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

além da garantia, se ele desejar mudar de opção, de que não haverá nenhum tipo de perda. Portanto, é uma
garantia dupla para o servidor, para o seu futuro, para a sua aposentadoria.
Por isso, o PPS vota “sim” ao texto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSC?
O SR. EDMAR ARRUDA (Bloco/PSC-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC vai vo-
tar “sim”. Quero só pedir para corrigir o meu tempo no painel, Sr. Presidente. Está no tempo do orador anterior.
O PSC vai votar “sim”, mas consciente de que, no § 2º, é obrigatório o ingresso no Fundo de Previdência
Complementar. É obrigatório! Agora, nós vamos votar “sim”, porque o § 3º diz que o assegurado poderá soli-
citar a sua saída.
Nós temos de votar conscientemente. Não adianta o PT dizer que não é assim, porque é isso que está
escrito. Na verdade, estão tentando uma forma para a pessoa aderir e depois ficar – e é bom que ela fique mes-
mo. Mas nós temos de votar com consciência.
O PSC vai votar “sim”, sabendo que é obrigatório o ingresso, mas é facultativa, após o ingresso, a saída.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL?
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabe-
nizo mais uma vez os Parlamentares por esse esforço de acordo. O Deputado Afonso Florence defende pontos
positivos, reduzindo perdas. Refiro-me, particularmente, ao direito restabelecido pela proposta às mulheres
de pescadores.
O Deputado Afonso Florence sabe que o PSOL tem uma questão de princípios contra os fundos de pre-
vidência complementar. Desde Fernando Henrique, com a reforma da Previdência, nós assumimos posição
contrária a isso, principalmente porque esses fundos permitem a aplicação dos recursos do trabalhador nos
mercados de ações, nas bolsas de valores. De repente, na hora da aposentadoria, pode-se ter uma notícia como
a da falência do Eike Batista, cuja riqueza era falsa.
Caíram as ações, e não se pode pagar aquele valor sonhado. Como essa expectativa negativa é uma pos-
sibilidade no momento em que especulação financeira tomou conta, o capital acaba sendo um capital fictício,
como disse Lauro Campos, ex-Senador deste Poder.
Nós encaminhamos o voto “não.”
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, sendo compulsório
– e é compulsório –, o voto é “não”, até porque existe a administração dos recursos. Sendo compulsório e sen-
do um fundo, a rigor, dos servidores, como serão nomeados esses administradores? A experiência em outros
fundos revelou-se agora razoavelmente ruim.
Ninguém deve ser obrigado. Aliás, a Constituição veda qualquer tipo de obrigatoriedade de associação.
Então, eu carrego, por arrastamento, esse princípio para o que se pretende. Obrigatório, não; voluntariamente o
servidor pode optar por esse fundo ou por algum outro que ofereça taxas melhores para os seus investimentos.
O Rede vota “não”.
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo
vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Governo vota “sim”.
Como vota a Minoria?
O SR. BRUNO ARAÚJO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nitidamente há
uma divergência entre os partidos que compõem a Minoria. Portanto, a Minoria libera o voto.
Sr. Presidente, eu queria registrar para V.Exa., sobretudo a pedido de funcionários, boa parte deles pres-
tadora de serviço na Câmara dos Deputados, especialmente na Chapelaria, a situação daqueles que são sub-
metidos a um incessante protesto com as chamadas vuvuzelas, por parte dos que trabalham pela derrubada
do veto judiciário.
Pessoalmente, eu voto a favor desse veto no momento em que ele tiver de acontecer. Mas há um grande
desrespeito com os funcionários da Câmara dos Deputados, os funcionários do Senado Federal, concursados
e prestadores de serviços, que têm sofrido grande dano na qualidade do seu dia a dia.
Eu estou registrando isso, Sr. Presidente, para que haja clareza de que nós, Parlamentares, estamos pron-
tos para fazer o devido acompanhamento, o enfrentamento dos protestos da população – mas não os funcio-
nários aqui contratados e que servem ao País.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Destaque nº 2, para a manutenção do art. 4º do PLV.
Art. 4º O art. 1º da Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos,
renumerando-se o atual parágrafo único para §1º:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 157

“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
§ 2º Os servidores e os membros referidos no caput deste artigo com remuneração superior ao limite
máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, que venham a ingressar
no serviço público a partir do início da vigência do regime de previdência complementar de que trata
esta Lei, serão automaticamente inscritos no respectivo plano de previdência complementar desde a
data de entrada em exercício.
§ 3º Fica assegurado ao participante o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua
inscrição, nos termos do regulamento do plano de benefícios.
§ 4º Na hipótese do cancelamento ser requerido no prazo de até noventa dias da data da inscrição, fica
assegurado o direito à restituição integral das contribuições vertidas, a ser paga em até sessenta dias do
pedido de cancelamento, corrigidas monetariamente.
§ 5º O cancelamento da inscrição previsto no § 4º não constitui resgate.
§ 6º A contribuição aportada pelo patrocinador será devolvida à respectiva fonte pagadora no mesmo
prazo da devolução da contribuição aportada pelo participante.” (NR)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que aprovam a manutenção do art. 4º do PLV
permaneçam como se encontram. (Pausa.)
MANTIDO O ARTIGO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Raul Jungmann, para uma
Comunicação de Liderança, pela Liderança da Minoria.
O SR. RAUL JUNGMANN (PPS-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-
tados, o assunto que me traz hoje a esta tribuna diz respeito ao Decreto nº 8.515, de 3 de setembro deste ano
de 2015. Como sabem as Sras. e os Srs. Deputados, na ausência do Ministro da Defesa, foi editado um decreto
que retirava dos comandantes militares das Três Forças, Deputado Augusto Coutinho, aquilo que lhes era ga-
rantido, através de lei complementar, exatamente a questão da movimentação de pessoal.
Eu peço atenção das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados, porque este assunto está se tornando uma
crise de confiança entre o Ministro da Defesa, Jaques Wagner, que ora deixa o Ministério da Defesa, e os co-
mandantes militares das Três Forças do Brasil.
Em primeiro lugar, este decreto é ilegal, haja vista que a Lei Complementar nº 97, de junho de 1999, no
seu art. 4º, determina que a gestão e direção das Forças singulares é competência do comandante daquela
Força, fortalecida pela Lei Complementar nº 136, de agosto de 2010, da qual, Deputado Major Olimpio, eu fui
Relator. Nesse mesmo art. 4º, Deputado Subtenente Gonzaga, permanece atribuição dos comandantes de
Força a movimentação de pessoal.
Portanto, o primeiro aspecto a destacar é que esse decreto é ilegal, como muito bem o disse o ex-Minis-
tro da Defesa e ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, que em artigo no jornal Zero Hora
deixou absolutamente clara e transparente a ilegalidade, porque um decreto não pode colidir com um projeto
de lei complementar, projeto esse enviado durante o Governo Lula, em 2010.
Mas, se o problema fosse esse, restaria evidentemente a revogação do decreto, o que não aconteceu.
Houve uma retificação do decreto, subdelegando a movimentação de pessoal do Ministro da Defesa para os
comandantes militares.
Ora, a ilegalidade, Sr. Presidente Eduardo Cunha, permanece no mesmo nível na medida em que lei com-
plementar, reitero, não pode ser contrariada por um decreto presidencial.
Acresce-se a isso que o Sr. Ministro da Defesa comprometeu-se com os comandantes militares a revogar
o decreto em um prazo de 15 dias, o que não aconteceu até o presente momento.
Ora, isso tem levado os comandantes militares a um sentimento de que eles foram, na verdade, iludidos,
que não se tratava de um deslize, de que aquilo não correspondia a um erro e que estaria para ser revogado.
Diante dessa situação, hoje, em audiência pública, eu reiterei ao Sr. Ministro da Defesa, até então, Jaques
Wagner, apelo para que revogue esse decreto porque, a continuar, permaneceria e se agravaria a relação de
desconfiança que hoje existe entre os comandantes militares e o comande da pasta.
É imprescindível que se diga que esse ato, no momento em que nós vivemos, desserve não apenas ao
Governo, mas a todos nós, por introduzir na crise que aí está, nessa crise que é política, econômica e social, um
componente que até aqui não tinha se verificado e que, nós esperamos, venha a ser debelado a tempo, mas
que poderá passar de uma crise de confiança para uma crise entre Ministério da Defesa e Forças Armadas do
Brasil, o que, em absoluto, a nenhum de nós interessa.
158 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na medida em que o Governo, a Presidente Dilma e o Mi-
nistro da Defesa não se manifestam pela revogação do Decreto nº 8.515, esta Casa – Sr. Presidente, faço-lhe um
apelo –, urge que se vote com máxima brevidade e urgência o cancelamento desses decretos. É fundamental
que os Srs. Líderes se compenetrem no sentido de que nós precisamos colocar em regime de urgência aqueles
projetos de decreto legislativo que suspendem, revogam a continuidade deste decreto, para que esta crise de
confiança seja resolvida e possa ser mediada pelo Congresso Nacional.
Esta nossa responsabilidade é indeclinável, e nós temos que assumir esta liderança. Hoje inquiri o Sr.
Ministro da Defesa Jaques Wagner, que nos disse que ficou de analisar e efetivamente de tomar uma decisão.
Mas, se essa decisão não vier, se ela não ocorrer até o início da próxima semana, creio eu, Líder Bruno Araújo,
que nós temos o dever, sobretudo nós da Oposição, de coletar as assinaturas necessárias das Lideranças, para
revogar este decreto – um decreto da cizânia, um decreto que não poderia ter ocorrido, um decreto que sur-
preendeu inclusive o Comandante da Marinha, um decreto que teve a palavra do Ministro devidamente asse-
verada de que haveria a sua revogação, o que não aconteceu até aqui.
De flagrante ilegalidade, de indevida oportunidade e, sobretudo, de elemento de crise, é fundamental
que esse decreto seja revogado, Líder Bruno Araújo, para que nós não venhamos, amanhã, a amargar o recru-
descimento dessa crise, que a nenhum de nós interessa, particularmente às Forças Armadas, que têm tido até
aqui um comportamento impecável, que têm tido um comportamento exemplar no seu papel profissional, no
seu papel constitucional. E isso, evidentemente, deve ser respaldado por este Congresso Nacional.
Era isso que tinha a dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigado a todas e a todos pela atenção.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Carlos Zarattini, pela Liderança do PT.
O SR. CARLOS ZARATTINI (PT-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, tivemos hoje, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, a presença do Ministro da
Defesa, Jaques Wagner, para tratar exatamente dessa questão abordada pelo Deputado que me antecedeu, o
Deputado Raul Jungmann, a respeito do decreto que discute, que coloca em questão a situação dos comandos
das Forças Armadas e da sua autoridade para execução de remoções, promoções e tantas outras atividades.
É importante dizer aqui da nossa preocupação com a forma como vem sendo abordada essa questão
por alguns Deputados e por outras pessoas. Nossa preocupação é de que a promulgação desse decreto se deu
numa situação de confusão burocrática bem traduzida, bastante bem explicada pelo Ministro Jaques Wagner.
Essa confusão já foi devidamente reparada pela averiguação que o Ministro fez dentro do seu Ministé-
rio e também pela edição de uma portaria que deixa muito clara a competência dos comandantes das Forças
Armadas para tratar dessas questões.
Eu digo isso porque nos preocupa essa polarização que se tenta criar nos discursos nesta Casa. Em ne-
nhum momento o Governo da Presidenta Dilma ou o Governo do Presidente Lula buscaram dar alguma co-
notação a algum ato que tirasse a autoridade e a competência dos comandantes das Forças Armada naquilo
que lhes é constitucionalmente determinado. Em nenhum momento, qualquer ato do Governo Dilma foi neste
sentido. Muito ao contrário! Muito ao contrário! Tanto o Governo Lula como o Governo Dilma sempre buscaram
fortalecer a atuação das Forças Armadas em nosso País e lhes dar o valor e a importância que têm neste País.
Portanto, nós não consideramos correto que aquelas pessoas, em algum momento, traduzam aqui o
que seria o pensamento dos comandos militares. Efetivamente, o que tem feito o Ministro Jaques Wagner é
procurar explicar e resolver a questão, ou qualquer pendência que tenha ficado de pé depois de todo esse
processo de explicação.
É evidente que o Ministro da Defesa não quer retirar competências dos comandos, de forma alguma,
muito pelo contrário, até porque seria uma atitude equivocada retirá-las – essas competências, em boa parte,
são delegadas por leis e pela própria Constituição. E são delegadas porque o comando efetivo, o comando
supremo das Forças Armadas, de fato, é da Presidente da República.
Portanto, nós aqui, em nome do Partido dos Trabalhadores, queremos deixar claro que, no nosso modo
de ver, não existe nenhum motivo para que se coloque divergência entre o Ministro e os comandantes, ou en-
tre o Governo e os comandantes.
Queremos, sim, deixar claro que esse antagonismo que muitos querem criar, na verdade, faz parte da-
quele antagonismo que querem criar em todo o País. Querem colocá-lo como mais uma nova crise onde não
existe crise, onde não existe divergência.
As novas decisões do Ministro Jaques Wagner – tenho certeza – pretendem deixar claras as competências
dos comandantes das Forças Armadas, no sentido de fazer com que elas tenham cada vez melhor atuação em
nosso País e protejam efetivamente o nosso povo, as nossas fronteiras e as nossas riquezas.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 159

Portanto, é isso que nós queríamos deixar claro aqui. Não existe motivo, nem intenção, nem nenhum
tipo de visão de qualquer membro do Governo no sentido de criar esse antagonismo. Pelo contrário, nós pre-
cisamos é valorizar cada vez mais as nossas Forças Armadas.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Destaque nº 4.
“Senhor Presidente,
Requeiro, nos termos dos arts. 117, IX, c/c 161, inciso II e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos De-
putados, destaque para votação em separado da Emenda nº 168, oferecida à MP 676, de 2015.
Sala de Sessões, em 30/09/15. – Heitor Schuch, Vice-Líder do PSB”
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Afonso Florence.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este
destaque, no mérito, diz respeito a um tema que já foi objeto de veto. Fizemos um esforço para acatá-lo. Trata-
se de uma emenda do Senador Paulo Rocha, do PT. Entretanto, não vimos ambiente político, nem fiscal, nem
da saúde, nem do Regime Geral de Previdência, do seguro-desemprego nesse caso, para acatarmos. Ele diz
respeito a seguro-desemprego para trabalhador rural dispensado sem justa causa.
Entendemos que se trata de um tema muito sensível e que devemos, em outra oportunidade, voltar a
tratar dele. Mas, neste momento, não temos condições de acatá-lo. Por isso, não foi objeto da inclusão no PLV,
no acordo construído.
Quero fazer um apelo a V.Exas., Deputadas e Deputados, para que mantenhamos o texto do PLV. Falo
contra, infelizmente, à emenda do Senador Paulo Rocha, do PT.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor da matéria, Deputado Heitor Schuch.
O SR. HEITOR SCHUCH (PSB-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, saúdo V.Exa. e os colegas De-
putados e Deputadas. Nessa relação capital-trabalho, o capital sempre vence o trabalho, sempre vence os tra-
balhadores, que são a ponta mais frágil desse processo.
Quero aqui falar em nome da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, que
representa a agricultura familiar e os assalariados rurais do Brasil inteiro, que faz as negociações coletivas, faz
os acordos, faz essa discussão há muitos anos para garantir o pão nosso na mesa dos trabalhadores, com um
pouco mais de dignidade.
Diante disso, viemos aqui para referendar essa posição do Senador Paulo Rocha, do PT, que fez a emenda
lá no Senado, a qual foi debatida aqui.
Eu quero dizer que este é um tema de fundamental importância, uma vez que 60% dos assalariados ru-
rais estão na informalidade. E não é por culpa do trabalhador, pois não é ele que assina a carteira. Quem tem
essa função é justamente quem contrata, e quem precisa fiscalizar, que é o Ministério do Trabalho, também
não tem pernas para tudo.
Portanto, esse tema aqui nos é caro. Nós vamos defender isso, já defendemos. Queremos reiterar que esta-
mos falando de algo que tem critério, de algo que tem requisitos básicos. Não se fala de qualquer situação, não.
Nós estamos falando aqui de um trabalhador que, efetivamente, tenha recebido salário de pessoa jurí-
dica ou de pessoa física a ela equiparada, relativo a cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data da
dispensa, tendo trabalhado durante, pelo menos, 15 meses, nos últimos 24 meses.
Portanto, nós estamos falando de 2 anos, com a restrição de não ter ele exercido no período aquisitivo
atividade remunerada fora do âmbito rural.
Nós estamos falando do trabalho estritamente rural. Trata-se do assalariado, do trabalhador que levan-
ta cedo, pega ônibus, vai ao interior fazer o corte das árvores, faz o manejo do gado e tantas e tantas outras
tarefas inerentes a esse trabalho e se encontra em situação de desemprego involuntário, bem como também
sem nenhum benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada e que não possua renda própria
de qualquer natureza.
Portanto, Srs. Deputados, eu quero pedir aqui o voto favorável a essa emenda, em respeito a quem tra-
balha, a quem produz, a quem, efetivamente, faz com que se tenha o pão nosso de cada dia na mesa dos nos-
sos irmãos brasileiros.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à orientação de bancada.
Como vota o Bloco do PMDB à Emenda 168?
O SR. CELSO JACOB (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “não”, para
manter o texto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
160 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “não”, reconhecendo
o valor, o mérito do trabalho do trabalhador rural, mas, infelizmente, não é nesta oportunidade que nós vamos
poder aprovar esse dispositivo de seguro-desemprego para trabalhador rural.
Existe a política de proteção ao emprego, que está sendo discutida. Estamos vendo se essa previsão en-
tra lá. Vamos ver se é possível.
Aqui o PT vota “não”.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É evidente que é aqui mesmo
que se vota “não”. A emenda, inclusive, é de um Senador do PT.
O PSDB entende que o trabalhador rural merece os mesmos direitos e as mesmas prerrogativas do tra-
balhador urbano. Então, o PSDB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim” à emenda? Trata-se de emenda.
O SR. DANIEL COELHO – “Sim” à emenda.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – V.Exa. é a favor da emenda?
O SR. DANIEL COELHO – Sou a favor da emenda.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k.
Como vota o Boco PRB? (Pausa.)
Como vota o PR? (Pausa.)
Como vota o PSD? (Pausa.)
Como vota o PSB?
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB é claro que
vota “sim”, sempre ao lado dos trabalhadores, nesse caso em especial dos trabalhadores rurais. Essa emenda
pode tirar 60% dos trabalhadores rurais da informalidade. É bom para os trabalhadores; é bom para o Brasil.
Por isso, “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas? (Pausa.)
Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT reconhece o mérito da
proposta, mas como estamos acordados, no geral, quanto a essa matéria, vamos votar “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSB é “sim”. O PSD não orientou.
O SR. ALUISIO MENDES (Bloco/PSDC-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – PRB encaminha “não”,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – PRB encaminha “não”.
Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade
vota “sim”.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSD vota ‘sim”.
Como vota o PCdoB?
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, apesar do
mérito, achamos que não é matéria para esta medida provisória. O PCdoB cumpre o acordo e vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. DOMINGOS NETO (PROS-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mesmo achando
importante o mérito da matéria, não podemos fazer isso, correndo o risco de, mais uma vez, aumentarmos custos.
Já aprovamos no ajuste fiscal medidas que tratam do seguro-desemprego. É um retrocesso esse ponto!
Por isso, o PROS vota “não”.
O SR. ALEXANDRE LEITE – Democratas, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Democratas.
O SR. ALEXANDRE LEITE (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “sim”, Pre-
sidente, em favor do trabalhador rural, uma vez que reduz de 12 meses para 6 meses e diminui critérios para o
trabalhador rural poder pedir o seguro-desemprego. Então, o Democratas é favorável, Presidente.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR encaminha “não”, Presi-
dente, pela manutenção do texto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PR encaminha “não”.
Como vota o PPS?
O SR. ALEX MANENTE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS, Presidente, vota “sim”, para
proteger o trabalhador rural desempregado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 161

Como vota o PSOL?


O SR. GLAUBER BRAGA (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, Deputados, Depu-
tadas, essa é uma garantia de direito aos trabalhadores rurais. A medida provisória original, por si só, quando
fez o ajuste, já retirou, sim, direitos, já teve a oportunidade de suprimir garantias do conjunto dos trabalhado-
res. Então, ter a oportunidade, através dessa emenda, de fazer com que os trabalhadores rurais tenham seus
direitos respeitados é o mínimo que nós podemos fazer neste momento de ajuste.
O PSOL é contra o ajuste, é contra o arrocho e considera que quem tem que pagar essa conta são exata-
mente as grandes fortunas. Por isso, nós batemos na tecla de que precisa haver a regulamentação do imposto
sobre grandes fortunas. A garantia de direitos dos trabalhadores rurais é o mínimo que o Parlamento brasileiro,
que a Câmara dos Deputados, tem que acatar, e essa emenda faz isso.
Por isso, o PSOL vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vamos votar “sim”, Presidente,
porque é uma garantia para aqueles períodos, especialmente os de entressafra, em que uns que trabalham em
colheitas e outros que trabalham em muitas atividades do campo ficam sem uma possibilidade de emprego e
não têm como sustentar a própria família.
Os pescadores têm o defeso, que é pouco, é pequeno, mas garante a cobertura daquele período, garan-
te a alimentação do pescador. O trabalhador rural, não. Foi essa a preocupação da Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura – CONTAG ao coordenar essa emenda, que não é também uma coisa aleatória.
Vem um conjunto de exigências para reconhecimento daquele que passa a ter o direito.
Por essa razão, a Rede encaminha “sim”.
O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, essa é uma das
pequenas vantagens que o trabalhador rural pode ter. Agora, é difícil entender que tipo de acordo foi feito en-
tre PT, PCdoB e tudo mais, para não darem essas vantagens ao trabalhador rural. Eu não entendo muito isso.
Eu gostaria até de poder entender.
A Minoria, ao lado dos trabalhadores rurais, defendendo que eles precisam ter esse mínimo de garantia,
sem dúvida nenhuma, vai encaminhar o voto “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Primeiro, vejam bem os Srs. e
Sras. Parlamentares: aqueles que estão encaminhando o voto “sim” e que participaram da Comissão Especial
fizeram o acordo na Comissão Especial do Senado em torno do PLV, inclusive o PSB. Todos os partidos fizeram
o acordo para aprovar o PLV, Deputado Moroni Torgan – o PSDB, o DEM.
O SR. MORONI TORGAN – Eu não fiz esse acordo não.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Essa emenda sequer foi acolhida pela Comissão Especial, porque houve um
acordo na Comissão Especial para votar o PLV negociado pelo Senador Pimentel e pelo Relator da matéria, o
Deputado Afonso Florence.
Portanto, se houve acordo na Comissão, nós temos que reproduzi-lo aqui no Plenário da Câmara.
Segundo, que história é essa? Estamos criando um seguro-desemprego para um trabalhador rural que já
tem aposentadoria? O trabalhador rural, como todo mundo sabe, já tem aposentadoria rural. Basta ele comple-
tar a idade. E digo isso até porque o nosso Governo não permitiu que a aposentadoria rural fosse desvinculada
da Previdência, como queriam no passado.
Portanto, o momento não pode permitir que se crie uma regra que vai impactar a Previdência em bilhões.
Isso não é possível num momento desses. E falam tanto em cortar gastos!
É claro que, se nós estivéssemos numa situação diferente, poderíamos até analisar isso. Aliás, essa matéria
já foi tratada na MP que discutiu aqueles pontos da reforma da Previdência.
Por isso, Sr. Presidente, apelo para os Líderes da base porque não foi isso que a Comissão Especial vo-
tou. A Comissão Especial votou um texto – e o Deputado Arnaldo Faria de Sá sabe disso, porque nos cobrou a
votação do texto como foi acordado no Senado –, e nós não podemos, de uma hora para outra, aprovar uma
emenda que vai mudar tudo aqui, inclusive vai fazer voltar a medida provisória para o Senado.
Portanto, orientamos pela manutenção do texto que o Governo encaminha, Sr. Presidente. Faço um apelo
aos demais Líderes da base para encaminharem o voto “não” à emenda, porque destoa totalmente do acordo
que foi feito, e nós não podemos impactar em alguns bilhões a mais a Previdência Social.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a economia só
não está pior porque o setor do agronegócio tem segurado as pontas deste País.
162 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

E é exatamente nesse sentido, sem quebrar absolutamente nenhum acordo e pela responsabilidade que
o partido tem com o País, que o partido encaminha o voto “sim”, Sr. Presidente.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido
Progressista vai votar majoritariamente “sim” a esse destaque.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação a Emenda nº 168, oferecida à Medida Provisória nº
676, de 2015.
Inclua-se, na Medida Provisória nº 676, de 17 de junho de 2015, o seguinte artigo
Art. 1º – A Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:
“Art. 4º-A. Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador rural desempregado dispensa-
do sem justa causa que comprove :
I – ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a cada um dos
6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa;
II – não ter exercido, no período aquisitivo, atividade remunerada fora do âmbito rural;
II – encontrar-se em situação de desemprego involuntário;
IV – não estar em gozo de nenhum benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, ex-
ceto pensão por morte e auxílio-acidente;
VI – não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente para sua manutenção e de sua família.
§ 1º O período computado para a concessão do benefício não poderá ser utilizado para pleitear novo
benefício de seguro-desemprego previsto nesta Lei.
§ 2º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador rural desempregado, por período
máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo
de 16 (dezesseis) meses, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação.
§ 3º O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo, satisfeitas
as condições arroladas no caput;
§ 4º O valor do benefício será fixado nos termos do art. 5º desta Lei.
§ 5º Sobre os valores do seguro-desemprego pagos ao empregado rural deverá ser descontada a contri-
buição previdenciária, com alíquota de 8% (oito por cento), devendo esse período ser contado para efeito
de concessão de benefícios previdenciários.
§ 6º A comprovação referida no caput e os critérios para a definição do número de parcelas serão deter-
minados em Resolução do CODEFAT”
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
REJEITADA.
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE) – Sr. Presidente, peço verificação.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS) – Sr. Presidente, peço verificação.
O SR. ALEXANDRE LEITE (DEM-SP) – Sr. Presidente, peço verificação.
O SR. HEITOR SCHUCH (PSB-RS) – Sr. Presidente, peço verificação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Verificação concedida.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem os seus lu-
gares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico.
Está iniciada a votação.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós gos-
taríamos de pedir à Liderança do Bloco que respeite a posição majoritária do Partido Progressista e bote ali
“liberado”, para nos deixar mais à vontade.
O SR. PR. MARCO FELICIANO (Bloco/PSC-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC
quer encaminhar o voto “sim”, divergindo do bloco, porque acredita que os trabalhadores precisam ser bene-
ficiados através dessa emenda.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente...
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, chamamos os
Deputados de todas as bancadas da base para votar “não”, até porque, Sr. Presidente, todo mundo sabe que o
impacto disso na Previdência é de alguns bilhões. A Casa precisa saber disso.
Essa matéria foi discutida na medida provisória, nós acordamos votar naquele momento e, depois, fazer
a reforma da Previdência. Eu nem sei se os Deputados sabem o tamanho e o que isso significa para a Previ-
dência, Sr. Presidente.
Portanto, é o tipo da emenda que arrebenta, quebra a Previdência Social brasileira, Sr. Presidente.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 163

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência vai consolidar nesta votação a presença de quem
não votou na outra.
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é impressionante
o Governo vir falar agora em reforma da Previdência, quando eles governam há 13 anos e até hoje não tiveram
coragem de sentar à mesa com a sociedade brasileira para discutir o tema.
O PSDB convoca todos os seus Deputados e também faz um apelo ao Plenário para que nós mostremos
hoje que não há diferença entre o trabalhador rural e o trabalhador urbano. O PSDB está do lado de todos os
trabalhadores rurais, daqueles que produzem no campo e estão segurando o Brasil nessa crise criada pelo Go-
verno e pelo PT.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente...
O SR. JAIR BOLSONARO (Bloco/PP-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quanto à
questão do veto da Sra. Presidente ao voto impresso, a imprensa vem anunciando que o TSE diz que o custo
de apensar – vamos assim dizer – a impressora ao lado da urna eletrônica seria de 1,8 bilhão de reais. Mas, di-
vidindo esse valor, Sr. Presidente, pelas 530 mil urnas que foram utilizadas no ano passado, chegamos ao valor
de 3.400 reais para cada impressora. Isso é uma impressora a laser térmica, com energia solar até, se for o caso.
É um absurdo o Governo, em cima dessa premissa, querer vetar o voto impresso. O voto impresso é a garantia
de eleições limpas para o ano que vem.
Apelo para todos os colegas, por ocasião da votação do veto, que venham derrubar esse veto em nome
da democracia e em nome da lisura das eleições.
O SR. DÉCIO LIMA – Sr. Presidente...
O SR. LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra, primeiro, o Deputado Décio Lima.
O SR. DÉCIO LIMA (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente Eduardo Cunha, permita-me
apenas fazer um registro da audiência que tivemos com V.Exa. na manhã de hoje, extremamente esclarecedo-
ra. Também quero fazer o registro da audiência pública realizada no Auditório Nereu Ramos, em que tratamos
da Proposta de Emenda à Constituição nº 186, de 2007, e reunimos praticamente todas as representações do
Fisco brasileiro. Aproveito para agradecer a V.Exa. por receber as entidades sindicais brasileiras.
Sr. Presidente, peço a divulgação deste registro nos meios de comunicação da Casa.
Muito obrigado.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, gostaria de dar como lido pronunciamento que faço referente à audiência pública, ocor-
rida na manhã de hoje no auditório Nereu Ramos, sobre o Projeto de Emenda à Constituição nº 186, de minha
autoria. A PEC é um importante instrumento que tem como objetivo combater a sonegação, a corrupção e o
trabalho escravo no Brasil.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, promovemos nesta manhã em parceria com a Federação Nacional
do Fisco Estadual e Distrital, aqui na Câmara dos Deputados, no auditório Nereu Ramos, debate sobre a PEC
186, que trata das normais gerais e autonomia das administrações tributárias no País.
O debate reuniu cerca de 400 pessoas de entidades representativas dos auditores fiscais do País para
tratar da matéria de minha autoria que tramita no Congresso Nacional.
A PEC 186 acrescenta dois parágrafos ao art. 37 da Constituição Federal e prevê uma lei complementar
que estabelecerá as normas gerais aplicáveis à Administração Tributária da União, dos Estados, do Distrito Fe-
deral e dos Municípios, dispondo também sobre direitos, deveres, garantias e prerrogativas dos cargos de suas
carreiras específicas e assegurando autonomia administrativa, financeira, orçamentária e funcional às Admi-
nistrações Tributárias, evidenciando, assim, a necessidade de uma LOF – Lei Orgânica do Fisco tanto no âmbito
federal quanto para as unidades federativas.
Esse projeto sem a menor dúvida significa um importante instrumento para combater a sonegação, a
corrupção e o trabalho escravo no Brasil. Na prática, a PEC estabelece a necessidade de um Fisco forte e ins-
trumentalizado, capaz de arrecadar recursos suficientes para a promoção de políticas públicas que venham
beneficiar a sociedade brasileira.
Já pronta para apreciação neste plenário, os colegas auditores fiscais esperam a compreensão dos Sr.
Líderes partidários para colocá-la em pauta para votação.
Queria agradecer a todos os Deputados dos mais diversos partidos que estiveram no encontro manifes-
tando sua posição de apoio. E tenho certeza de que ela contará com o apoio dos demais Parlamentares desta
Casa, que tem o compromisso com o combate a corrupção e sonegação fiscal.
164 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Cada vez que o povo brasileiro consome um produto ou serviço, paga impostos automaticamente. Quan-
do uma empresa sonega, é o dinheiro do cidadão que está sendo roubado. Quando o assunto é o trabalho,
então, uma fiscalização sem autonomia, impedida de realizar seu trabalho por interferência de interesses eco-
nômicos, é o motivo pelo qual, em pleno século XXI, o País está longe ainda de erradicar o trabalho escravo. A
aprovação da PEC 186 não vai garantir apenas mais recursos para o Brasil investir em seu crescimento sem au-
mentar ou criar novos impostos. Uma fiscalização autônoma garante também mais igualdade e justiça social.
Sras. e Srs. Deputados, estou percorrendo diversos Estados do Brasil para destacar a importância da PEC.
Quero agradecer de forma muito especial a FENAFISCO, que tem sido uma verdadeira parceira nesta tão im-
portante luta para um Brasil mais igual e justo para todos.
Gostaria que estas minhas palavras fossem aproveitadas e divulgadas nos Anais e pelos meios de comu-
nicação desta Casa de Leis, em especial no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Heinze.
O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós estamos
encaminhando o voto “sim” e vamos votar “sim”, porque entendemos que esse é um setor que está dando certo
no Brasil. É o único setor que ainda não teve desemprego maciço. Nós tivemos 1 milhão de desempregados nos
últimos 12 meses, e é o setor rural, o trabalhador rural, o empregador rural, que tem dado sustentação a este País.
Por isso nós votamos “sim”. O Deputado Amin também fez esse encaminhamento, em nome da nossa bancada.
É extremamente importante que nós possamos valorizar o produtor rural, em especial o nosso trabalhador rural.
Votamos “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Caio Narcio.
O SR. CAIO NARCIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é fundamental que
nós possamos, aqui, prestigiar o trabalhador rural. Eu disse isso nesta semana ao Ministro do Planejamento.
Em virtude dos cortes do Governo, eu dizia que é um erro cortar os subsídios do meio rural, da agricultura e da
pecuária, porque isso pode causar o efeito inverso. Cortar o investimento nessa área pode resultar em menos
exportações, maior desemprego e, além de tudo, desaceleração da nossa economia.
Nessa mesma oportunidade, Sr. Presidente, eu perguntei ao Ministro se ele não achava que era muito
ruim para a população e para a economia ter uma Presidente mentirosa – usei essas palavras –, uma Presidente
que mentiu para a população brasileira, ao dizer que não iria trazer de volta a CPMF. Ele disse que não achava
que ela mentiu, mas que foi corajosa.
Então, o PT acha que mentira é coragem. Por isso, o Brasil não vai para frente!
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Sr. Presidente...
O SR. JOSE STÉDILE – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Esperidião Amin.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Os Parlamentares do PSDB que
têm que responder na Justiça renunciem aos mandatos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Esperidião Amin.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gosta-
ria apenas de registrar que a Comissão de Finanças e Tributação aprovou requerimento de autoria minha e do
Deputado Júlio Cesar para discutirmos, Deputado José Guimarães, uma proposta construtiva neste momento
de dificuldade financeira.
Pergunto: qual é o valor da dívida ativa, ou seja, dos créditos que a União tem? Garanto que o Deputado
Heráclito Fortes não sabe. E respondo: 2 trilhões e 100 bilhões de reais.
O Governo se esquece de quem não paga e quer criar um imposto para quem paga. Nós vamos propor
uma discussão ampla sobre formas de arrecadar pelo menos parte desse dinheiro e nos livrar da...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. JOSE STÉDILE (PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo está di-
zendo aqui que esse recurso é da Previdência. Em primeiro lugar, é do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT.
E nada mais justo para toda a Nação brasileira do que a valorização dos trabalhadores rurais, que, sob chuva,
sob sol, no frio e no calor, ajudam a produzir as riquezas da Nação brasileira.
O PSB, mais uma vez, reitera o voto “sim”.
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, sinceramente,
a cada dia eu me decepciono mais com a maioria deste Parlamento. No momento em que o Brasil está discu-
tindo ajuste fiscal, no momento em que o Brasil precisa sinalizar para a comunidade internacional que tem
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 165

um Parlamento responsável, nós estamos aqui brincando com a Previdência, enganando o trabalhador rural,
criando mais um rombo de 6 bilhões de reais para a Previdência do nosso País, em detrimento de 30 milhões
de trabalhadores.
Eu não tenho outro nome a usar a não ser irresponsabilidade, falta de respeito com o País! Nós não podemos
ter este tipo de comportamento! Que exemplo estaremos dando ao Brasil para o ajuste fiscal, para um País me-
lhor, se aprovarmos uma baboseira como esta, enrolando o trabalhador rural, mentindo para o trabalhador rural?
Nós temos que votar “não”!
O SR. RAUL JUNGMANN – Sr. Presidente...
O SR. ROGÉRIO ROSSO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Rogério Rosso.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com todo o res-
peito ao Deputado Silvio Costa, estamos falando de segurodesemprego, e é importante registrar que a Presi-
denta Dilma, que o Governo Federal editou medida provisória que cria o PPE – Programa de Proteção ao Em-
prego utilizando recursos do FAT para a proteção do trabalhador, essencialmente o da área urbana. Portanto,
seguindo uma forma isonômica de pensamento, V.Exa., que sempre tem sabedoria, desta vez está equivocado.
O SR. ROCHA – Sr. Presidente...
O SR. RAUL JUNGMANN – Sr. Presidente, por favor!
O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, eu não disse aqui o nome do Deputado Rogério Rosso, mas, já que
ele citou meu nome...
V.Exa. é um irresponsável – um irresponsável! –, sobretudo porque V.Exa. é da base do Governo e está
trabalhando contra o Governo! Deveria ter vergonha de tomar partido.
V.Exa. é um irresponsável, sim! Não sei como V.Exa. foi Governador de Brasília. (Apupos.)
O SR. DOMINGOS NETO – Sr. Presidente...
O SR. RAUL JUNGMANN – Sr. Presidente...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Era o que faltava nesta Casa: Silvio Costa como moralista (ininteligível)!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Deputado Rogério Rosso está com a palavra.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu não considero V.Exa. irres-
ponsável. Não sou irresponsável e não considero nenhum dos 513 Deputados irresponsável. Eu me considero
amigo do povo brasileiro. Enquanto eu tiver as minhas convicções – e o povo do Distrito Federal me elegeu
por –, vou continuar defendendo o povo do Distrito Federal e o povo brasileiro.
O SR. SILVIO COSTA – V.Exa. é demagogo! Demagogo da pior categoria!
O SR. ALEXANDRE LEITE – O Deputado Silvio Costa não tem convicção, é funcionário da Presidente
Dilma, cavalo cego.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Sr. Presidente, o Deputado Silvio Costa está querendo ser general de um
certo estilo muito perigoso.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou pedir a manutenção do respeito entre os Parlamentares
no plenário, para que não percamos o controle, o equilíbrio. Cada um é senhor do seu mandato, é responsável
por ele e exerce o seu direito ao voto na forma como a Constituição e o povo brasileiro lhe asseguram. Ninguém
tem o direito de recriminar quem quer que seja aqui no Plenário.
O SR. RAUL JUNGMANN – Sr. Presidente...
O SR. DOMINGOS NETO – Sr. Presidente...
O SR. PASTOR EURICO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Raul Jungmann, que havia pe-
dido primeiro.
O SR. RAUL JUNGMANN – Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. MORONI TORGAN – É desse jeito que o Governo respeita a base, é? É desse jeito? O Líder do Go-
verno tem que se manifestar nesta ocasião.
O SR. RAUL JUNGMANN – Por favor, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Deputado Raul Jungmann está com a palavra.
O SR. RAUL JUNGMANN (PPS-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Obrigado.
Sr. Presidente, eu fui informado de que este destaque que nós estamos votando é de autoria do Senador
do PT Paulo Rocha.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não é verdade. Ele é de autoria do Líder do PSB.
O SR. RAUL JUNGMANN – É emendado.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O destaque. Mas a emenda é do Senador Paulo Rocha, sim, a emenda original.
O SR. RAUL JUNGMANN – De quem é a autoria da emenda, Presidente?
166 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – A autoria da emenda.


O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A autoria da emenda?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Senador Paulo Rocha.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não há assinatura na emenda.
O SR. RAUL JUNGMANN – É do Senador Paulo Rocha.
O SR. PASTOR EURICO – Sr. Presidente...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Eu estou afirmando: a autoria é do Senador Paulo Rocha.
O SR. RAUL JUNGMANN – Então, Sr. Presidente, em nome do mínimo de coerência, de consistência, de
respeito a este Plenário, que a Liderança do Governo e do PT não venham nos cobrar aqui o que não cobraram
do PT no Senado, o que não cobraram do Senador Paulo Rocha.
Vamos arguir de forma diferente. Salvo numa crise de esquizofrenia, não é possível que o PT vote lá a favor
do destaque e aqui queira exigir responsabilidade em razão da irresponsabilidade que teve o PT no Senado Federal.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Pastor Eurico.
O SR. PASTOR EURICO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta emenda é de
um Senador do PT, e o destaque é do PSB. Nós não podemos aceitar este desrespeito do Deputado Silvio Cos-
ta, que chama de baboseira o destaque que apresentamos. Por outro lado, isso é um desrespeito também aos
trabalhadores rurais.
Não basta o que ele fez aqui há 2 dias, quando chamou o Plenário de bandido, Sr. Presidente? A propó-
sito, entramos com uma representação contra o Deputado na Corregedoria, porque não podemos admitir que
ele chame os Deputados de bandidos. Chamou tanto os Deputados do PT como os da Oposição. Isso está nas
notas taquigráficas desta Casa.
Ele costuma fazer isso. Nós não podemos aceitar essas ações do Deputado Silvio Costa nesta Casa, Sr. Presidente.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Domingos Neto, Líder do PROS.
O SR. DOMINGOS NETO (PROS-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós só podemos
assistir atônitos a estes momentos. Será mesmo que eu acabei de ouvir um Vice-Líder do Governo chamar um
Líder da Base, que em diversas votações de suma importância assumiu o ônus político de defender o Governo,
de irresponsável, demagogo, hipócrita, como se o Governo estivesse na melhor das situações de relação ins-
titucional com esta Casa? Em alguns momentos, nós não podemos separar o Deputado e sua opinião pessoal
do cargo que ele ocupa.
É preciso que o Deputado Silvio Costa – falo com todo o respeito e amizade que temos – perceba que ele é
Vice-Líder do Governo e que, quando abre a boca para perder todas as estribeiras, ele não só comete um grande
equívoco e desrespeito a um grande tribuno desta Casa, que é o Deputado Rogério Rosso, como também assume
a pecha – é importante que a Liderança do Governo perceba isso – de estar falando em nome do Governo Federal.
É importante insistir nisto. Não será com o chicote na mão ou com a crença de que é mais do que os
outros – os 513 aqui somos iguais – que o Governo vai conseguir conquistar a unidade necessária. Mais uma
vez, a base, por causa do gesto de um Vice-Líder do Governo, vai passar para a sociedade o total descrédito na
relação do Governo com a sua base na Câmara dos Deputados.
Nossa total solidariedade ao Líder do PSD, Deputado Rogério Rosso.
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE – Presidente...
O SR. ORLANDO SILVA – Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Rocha. (Pausa.)
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Sr. Presidente, antes de mais nada, peço a palavra pela Liderança do Governo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vamos deixar o Deputado Rocha usar a palavra, pois eu já o ha-
via chamado.
O SR. ROCHA (PSDB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria, em primeiro
lugar, solidarizar-me com o Deputado Rogério Rosso e dizer que lamento muito o nível em que alguns Parla-
mentares fazem o debate nesta Casa. Certas vezes eu fico pensando que alguns Parlamentares precisam de
um tratamento urgente com psicólogo.
Quero constatar também que o Governo trata como baboseira o segurodesemprego para o trabalhador rural.
Faço este registro lamentando que, no seu desespero, o Governo do PT trate a extensão do seguro-de-
semprego ao trabalhador rural como baboseira.
Sr. Presidente, nós temos que elevar o nível. Não será tratando como baboseira uma matéria que está
sob a apreciação desta Casa que nós iremos ajudar o Brasil a superar a crise em que se encontra.
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE – Presidente...
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 167

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Presidente...


O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado José Guimarães, Líder do Governo.
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE (PSD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Enquanto ele se enca-
minha à tribuna, Sr. Presidente, eu gostaria, como membro do PSD, de agradecer a todos os colegas que se
solidarizaram com o nosso Líder.
E, já que o Líder do Governo está se dirigindo à tribuna, que ele corrija a lambança feita pelo Deputado
Silvio Costa, que foi desrespeitoso com o nosso Líder, o Líder de um partido da base.
Nós pedimos ao Governo um mínimo de consideração e respeito à Liderança do PSD, que é legítima.
A emenda que nós estamos votando é de um Senador do PT, da base do Governo. Como o Senador que
apresenta a emenda é Vice-Líder do Governo, espero que V.Exa., Sr. Líder do Governo, corrija o erro desse Vice
-Líder irresponsável que o Governo tem na Casa.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado José Guimarães pela Liderança do
Governo. (Pausa.)
O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, eu quero palavra!
O SR. ORLANDO SILVA – Sr. Presidente...
O SR. CÉLIO SILVEIRA – Sr. Presidente...
(Manifestações simultâneas ininteligíveis.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu concedo a palavra a V.Exas. depois da palavra do Líder.
O SR. ORLANDO SILVA – Sr. Presidente, 1 minuto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A palavra está com o Líder do Governo, pela Liderança. (Pausa.)
O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, eu fui citado quatro vezes.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Na sequência eu concedo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Líder José Guimarães.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-
mentares, primeiro, vamos deixar as coisas transparentemente ditas aqui.
A primeira coisa a esclarecer é que o Deputado Silvio Costa não chamou nenhum Deputado de irrespon-
sável em nome do Governo. Se tivesse feito isso, eu faria imediatamente a minha...
(Manifestação no plenário.)
O SR. CÉLIO SILVEIRA – Falou, falou.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Não, eu sei que ele fez.
O SR. CÉLIO SILVEIRA – Mentiroso!
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Eu estou dizendo que, se ele o fez – e o fez –, não representa a posição do
Governo. É isso o que eu estou dizendo.
Em segundo lugar...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Peça desculpas, então, Líder.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Em segundo lugar, Deputado Esperidião Amin, eu tenho todo o direito de
discordar da forma e, sobretudo, do conteúdo da manifestação do Líder Rogério Rosso. Se ele encaminha uma
matéria diferentemente da orientação do Governo, o fato de ele ser Líder da base do Governo não me obriga
a concordar com ele.
Na primeira manifestação, Deputado Rogério Rosso, o Deputado Silvio não representou a posição do
Governo, nem desta Liderança.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Peça desculpas em nome do Governo, Deputado.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – O Deputado não falou em nome do Governo.
Em segundo lugar, Deputado Rogério Rosso, eu lhe faço um apelo. Nós não podemos aprovar esta emen-
da. Eu acabei de analisar os dados. Esta matéria tem impacto imediato na Previdência de 6 bilhões de reais.
Nós não podemos, num momento como este, aprovar isto. Não temos esse direito, Deputado Marcos Montes,
dado o diálogo que nós mantemos.
O argumento de que a emenda é do Senador Paulo Rocha não é razoável nem é suficiente para que
nós a aprovemos. Está errado, Deputados, o Senador Paulo Rocha! Não é o momento de nós aprovarmos uma
emenda destas, que tem este impacto. Nós estamos discutindo a situação fiscal do País, meus caros Deputa-
dos. Como é que nós vamos criar uma despesa desta, gerar 6 bilhões de impacto imediato nas contas da Pre-
vidência? Não é razoável fazer isso.
168 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Peço a compreensão dos Líderes da base para que não permitamos a aprovação desta emenda. O De-
putado Arnaldo Faria de Sá está aqui, e eu recorro a ele, porque nós fizemos, Deputado Marcos Montes, um
acordo para o PLV. É isto o que eu estou pedindo: que todos banquem o acordo.
O Senador Pimentel bancou esse acordo na Comissão Especial do Senado. Dialogou com todos. Lá os
partidos votaram favoravelmente ao PLV, e nós estamos aqui votando várias emendas.
O SR. MARCOS MONTES – Deputado José Guimarães, só 1 minuto, por favor.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Pois não, Deputado Marcos Montes.
Durante o discurso do Sr. José Guimarães, assumem sucessivamente a Presidência os Srs. Heráclito Fortes,
nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, e Eduardo Cunha, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não cabe aparte em Comunicação de Liderança.
O SR. MARCOS MONTES – Eu só quero um aparte no tempo dele. Ele permitiu.
O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente...
O SR. MARCOS MONTES (PSD-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Deputado José Guimarães, nós
podemos até fazer a discussão do mérito de outra forma, como sempre fizemos, V.Exa. e nós que representamos
o agronegócio – e eu aqui represento o PSD. Nessa discussão do mérito, é claro que V.Exa. vai me arguir e que
eu vou contradizê-lo. Mas nós sempre chegaremos a um acordo em torno do que é melhor para o Brasil. Aliás,
já votamos muitas matérias favoráveis ao Governo, apesar das minhas convicções pessoais. O que nós não
aceitamos – tenho muito respeito pelo Deputado Silvio Costa e quero continuar tendo – é a forma agressiva
como o Governo, na pessoa de um Vice-Líder, se dirigiu ao nosso Líder, que tem sido um baluarte na defesa do
Governo até mesmo dentro do nosso partido.
Por isso, peço a V.Exa., como Líder do Governo, que nós mantenhamos o alto nível no debate das maté-
rias inerentes ao País, não ao Governo.
O Deputado Silvio Costa, com certeza, usará o microfone para pedir desculpas publicamente ao Depu-
tado Rogério Rosso. Eu o conheço. Nós não podemos ter esse tipo de diálogo.
Amanhã vamos conversar sobre uma matéria polêmica e vamos buscar o acordo. O que nós não pode-
mos aceitar é a forma demagógica e irresponsável como o Governo se dirigiu ao nosso Líder. Porque o Depu-
tado Silvio Costa falava em nome do Governo.
É só isto.
Desculpe-me, mas, por favor, não faça isso com este Plenário.
O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, eu quero a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Se o Deputado conceder.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Sr. Presidente, eu não vou dar aparte mais a ninguém e vou concluir a minha fala.
Em primeiro lugar, o Deputado Silvio Costa não falou em nome do Governo. O Governo não trata o De-
putado Rogério Rosso com esses adjetivos, até porque reconhece nele um aliado. Portanto, fica aqui a posição
do Governo.
Eu discordo, Deputado Marcos Montes, é do conteúdo da matéria, e isto num nível bastante razoável.
Estou recorrendo a duas questões centrais. A primeira delas é que nós fizemos um acordo sobre o PLV na Co-
missão Especial do Senado, e não alteraríamos nada aqui, atendendo a um apelo do Deputado Arnaldo Faria
de Sá, na negociação passada. Mas, chegando aqui a matéria, começa-se a apresentar emenda para alterar
aquilo que a própria Oposição nos ajudou a aprovar na Comissão Especial.
O discurso foi este: “Vamos deixar como está, não vamos apresentar emenda nem de um lado nem de outro,
para não complicar a situação fiscal da previdência pública”. Esta foi a minha fala em nome do Governo e este é o
pedido que eu estou fazendo, porque a matéria tem impacto imediato nas contas da Previdência e nós temos
uma enorme responsabilidade com o País.
Quero também dizer aos Líderes, Deputado Rogério Rosso, que nós temos vários Vice-Líderes, e todos
nos ajudam bastante, mas sempre há que prevalecer nesta Casa – falo em nome do Governo – a posição do
Líder. Quem fala em nome do Governo aqui é o Líder. Quem está falando sobre esta matéria em nome do Go-
verno é o Líder do Governo, Deputado José Guimarães.
O que eu estou pedindo, Deputado Rogério Rosso, é que V.Exa. nos ajude, porque esta emenda, Deputado
Marcos Montes, tem impacto brutal nas contas da Previdência. É isso o que eu quero argumentar, pedagogica-
mente, com esta Casa. Esta emenda pode complicar as contas da Previdência, por isso eu pedi a não aprovação.
Tudo o mais, Deputado Marcos Montes, nós negociamos politicamente e aprovamos. Já negociamos
matérias extremamente divergentes e sempre buscamos o acordo. Quem sabe, num outro momento, nós não
negociaremos politicamente esta emenda, em outra matéria. Agora, seria um mau sinal. Sequer votamos os
vetos hoje, dados os problemas que V.Exas. conhecem. Estamos votando agora uma medida provisória que
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 169

vai ter grande impacto, e a conta cai sobre esta Casa, a Câmara dos Deputados. O Presidente Eduardo Cunha
sabe disso, sabe do impacto que a matéria tem.
Este é o apelo que eu faço. Podemos dar um tiro no pé com as contas da Previdência neste momento.
Deputado Rogério Rosso, fica o registro do meu respeito a V.Exa., independentemente das nossas diver-
gências com relação a este ponto.
Muito obrigado.
O SR. ROGÉRIO ROSSO – Obrigado, Deputado. Continue com essa postura, porque só ganha o Governo
com a postura de V.Exa.
O SR. SILVIO COSTA – Sr. Presidente, eu fui citado quatro vezes.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou conceder a palavra a V.Exa., mas primeiro tenho que dar a
palavra ao Líder Deputado Domingos Neto. Em seguida, falarão o Deputado Rubens Bueno e V.Exa.
O SR. ORLANDO SILVA – Sr. Presidente, 1 minuto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Agora não dá.
O SR. DOMINGOS NETO (PROS-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu só quero mudar
a orientação, para “abstenção”. Nós vamos fazer isso num gesto de solidariedade ao Deputado Rogério Rosso.
Com todo o respeito ao Deputado José Guimarães, que falou por quase 10 minutos mas não transmitiu a
este Plenário a mensagem que era necessária, não existe isto de um Vice-Líder do Governo falar pelo Governo
quando lhe convém e falar sem ser pelo Governo quando lhe convém. Enquanto o Deputado estiver investido
como Vice-Líder do Governo, é lógico que suas palavras têm respaldo do Governo.
Aos demais Líderes da base, quero dizer o seguinte sobre esse gesto. O é Líder do PSD, mas amanhã este
Governo poderá patrocinar o mesmo tratamento contra qualquer outro Líder da base, ainda mais porque isso
está sendo feito no debate de um projeto, entre tantos em que o PSD ajudou este Governo.
Portanto, em solidariedade, nós vamos mudar a nossa orientação para “abstenção”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Silvio Costa, por 1 minuto.
O SR. SILVIO COSTA (Bloco/PSC-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiro, eu
quero dizer a todos os Deputados que me criticaram que eles precisam ler o Regimento, porque eles não en-
tendem do Regimento. Quando o Líder está presente, só quem pode falar pelo Governo é o Líder. Então, é evi-
dente que eu falei como Deputado Federal. Este é o primeiro ponto.
Segundo, eu quero ratificar tudo o que eu disse. (Apupos.) É irresponsabilidade, sobretudo de um partido
do Governo. São irresponsáveis e estão dando um prejuízo de 6 bilhões ao País. Da Oposição até que dá para
tolerar, pois ela está no seu papel. É irresponsabilidade, sim! E eu estou falando enquanto Deputado Silvio Costa
– eles sabem disso. Leiam o Regimento.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Rubens Bueno, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PPS.
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, nós estamos acompanhando no dia a dia ações de um Governo que faz uma trapalhada atrás da outra. É
tanta trapalhada, que ninguém podia imaginar que, na figura da Presidente da República, chegássemos a tanto.
Agora mesmo estamos vendo um veto a matéria da reforma político-eleitoral, se é que podemos chamar
de reforma. Na última hora, os vetos chegaram para constranger o Parlamento brasileiro, que tem a prerrogati-
va de dar a última palavra sobre a lei. Mesmo que o Supremo diga que é inconstitucional a lei A ou B, ou parte
dela ou delas, cabe ao Senado, formalmente, dizer se aquela decisão de fato tem que ser colocada em prática
e retirar do texto o que o Supremo decidiu.
Então, a última palavra sobre a lei é do Parlamento brasileiro.
Mas a trapalhada de S.Exa. vai muito mais longe. Há pouco tempo, quando a Presidente era Ministra de
Minas e Energia, dizia-se que ela era a “gerentona” da energia e que ia mudar a realidade do País. Pois fez tan-
ta lambança, tanta trapalhada, que criou uma defasagem de mais de 100 bilhões de reais – segundo alguns
cálculos, de cerca de 130 bilhões de reais – e agora precisa arrecadar com a faixa vermelha, à custa do bolso e
do lombo do povo brasileiro, depois de brincar com a energia, com esse setor vital, essencial para o povo bra-
sileiro, sobretudo para a economia do País.
A Presidente Dilma chegou ao limite do limite do possível e do impossível. Nós não temos mais capaci-
dade de imaginar o que essa mulher pode fazer.
O Brasil está aí. Batemos 1 milhão de desemprego nos últimos 12 meses. Esse número está batendo na
porta do trabalhador. O custo de vida aumenta todo o dia. A tarifa de energia elétrica duplicou, triplicou, para
o consumidor, para a empresa, para a indústria, para todos. Este é o Governo da Presidente Dilma.
E tem mais, Sr. Presidente. Na sexta-feira eu li um documento da jornalista Cláudia Safatle. Ela escreveu no
jornal Valor Econômico que, em março do ano passado, o Ministro Mantega teria levado a S.Exa. um documen-
170 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

to sobre a situação crítica da economia brasileira e sobre providências imediatas que precisavam ser tomadas,
senão o País entraria numa crise de que dificilmente sairia em pelo menos alguns anos.
Nessa conversa do Ministro Mantega com a Presidente Dilma sobre medidas importantes para a eco-
nomia do País, em março de 2014, a Presidente disse: “Então, Ministro Mantega, você não quer que eu ganhe a
eleição”. Esta é a Presidente Dilma, a rainha do estelionato eleitoral, coroada em 2014.
Um fato da maior gravidade é achar que alguém tem que vencer a eleição para Presidente da República
a qualquer preço, mesmo que tenha que mentir. Ela sabia da crise a que iria levar o País, e está levando, uma
situação da maior gravidade, não só aqui como lá fora. O resultado nós estamos vendo.
Lamentavelmente, o Brasil está sendo governado por uma mulher desastrada, inconfiável, que não tem
compromisso, que não tem verdade, que só quer o poder, junto com o seu partido e seus apaniguados.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou encerrar a votação.
O SR. CÉLIO SILVEIRA – Sr. Presidente...
O SR. ORLANDO SILVA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Primeiro vou dar a palavra ao Deputado Célio, depois aos Depu-
tados Orlando Silva e Arnaldo Faria de Sá.
Com a palavra o Deputado Célio Silveira, por 1 minuto.
O SR. CÉLIO SILVEIRA (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas
manifestar todo o nosso apoio aos produtores rurais, que fazem muito por este País e não podem ser prejudi-
cados mais uma vez.
Quero dizer também que, pelo que eu conheço do Deputado Rogério Rosso, que foi um grande Gover-
nador de Brasília e um grande Secretário de Estado, respeitado em todo o Entorno de Brasília, amanhã S.Exa.
deixa a base do Governo. Ele é um homem honrado e não permitirá que um Deputado da qualidade do De-
putado Silvio Costa o desonre.
E o Deputado Silvio Costa não fala mais nada aqui, porque o Líder do Governo o desautorizou.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Orlando Silva, depois o Deputado Ar-
naldo Faria de Sá. Em seguida vou encerrar a votação.
O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu insisti em
falar porque faço questão de deixar um registro.
Primeiro, o meu respeito ao Líder Rogério Rosso e à bancada do PSD. Eu me preocupei com a orientação
do PSD e fui dialogar democraticamente com ele – o Líder Rosso é testemunha disso. Apresentei meus argu-
mentos como membro da base do Governo que reconhece o papel do PSD na sustentação do Governo. Che-
guei a fazer um apelo ao Líder do PSD, para que mudasse a orientação, em razão da necessidade de apoiarmos
a posição política do Governo no plenário.
Mas não posso, Sr. Presidente, assistir calado a essa agressão injusta sofrida pelo Líder Deputado Rogé-
rio Rosso e pela bancada do PSD.
Fico feliz de ouvir a coragem do Líder Deputado José Guimarães de dizer quem fala pelo Governo e vou
reivindicar ao nosso Líder que façamos um debate no Colégio de Vice-Líderes, para que não se repita uma
agressão como a que ouvimos hoje a partido da base.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Arnaldo Faria de Sá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, faço
questão de usar a palavra para desagravar o Líder Deputado Rogério Rosso. E lembro um detalhe: o impacto
da medida que vai ser aprovada – e será aprovada por causa de toda esta confusão que foi estabelecida aqui
–, será sobre o FAT e não sobre a Previdência Social. É lamentável que as pessoas não saibam desse detalhe.
Quero cumprimentar o Deputado Rogério Rosso. Mesmo que em outras oportunidades ele tenha enca-
minhado contra emendas de meu interesse, reconheço a lisura da sua posição.
Parabéns, Deputado Rogério Rosso, também pela maneira como V.Exa. respondeu, com flores, àquele
que o atacava com paus e pedras!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Todos já votaram? (Pausa.) Nós já estamos há 32 minutos nesta
votação por causa da confusão. É muito tempo. Votaram 408, mas há na Casa 467.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Eles não querem contrariar o Governo, Sr. Presidente.
O SR. MORONI TORGAN – Peço a palavra, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Moroni Torgan, por 1 minuto.
O SR. MORONI TORGAN – Primeiro, Sr. Presidente, eu quero dizer que...
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 171

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Perdão. Desculpem-me. Eu cometi um erro. Concedo a palavra
ao Deputado Arthur Oliveira Maia, pela Liderança do Solidariedade. Eu tinha que tê-lo chamado como Líder.
Desculpe-me. Em seguida concederei a palavra à Deputada Jandira Feghali. Eu errei aqui.
O SR. MORONI TORGAN – Enquanto eles não chegam à tribuna, Sr. Presidente, eu gostaria de fazer um registro.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eles estão chegando rápido, Deputado.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas
fazer um desagravo ao Deputado Rogério Rosso. Ele tem sido um dos homens sérios da base do Governo e
não merece esse joguinho de quando alguém insulta não é o Governo, quando alguém alisa é o Governo. Esse
joguinho não cabe, e a base é bem inteligente para saber disso.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Arthur Oliveira Maia.
O SR. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD-BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Depu-
tados, começo esta fala fazendo minhas as palavras do Deputado Moroni Torgan. O Deputado Rogério Rosso
é um dos grandes Parlamentares desta Casa e merece o nosso respeito, o respeito da Oposição e o respeito
dos Deputados do Governo, não só pelo seu caráter, pela sua história, mas também pelo seu preparo. Então,
também quero me solidarizar com S.Exa.
Mas, Sr. Presidente, eu assomo a esta tribuna na tarde de hoje como Líder do Solidariedade para me ma-
nifestar sobre colocações tão díspares que estão sendo feitas em relação à economia do País, à tentativa de
recomposição do nosso arranjo fiscal e, do outro lado, a essa ideia de que a Câmara vem fazendo pautas-bom-
bas, aumentando com a cada votação o gasto público.
Eu venho aqui, Sr. Presidente, para dizer de maneira muito clara ao Brasil, através da TV Câmara, que o
Solidariedade votará para derrubar os vetos ao aumento do Judiciário. Nós votaremos pela derrubada dos ve-
tos porque entendemos que a Presidente Dilma não tem o direito de pedir sacrifício ao povo brasileiro. Ela não
tem esse direito porque em momento nenhum se preocupou em fazer economia, em momento nenhum pen-
sou em demitir a companheirada do PT que está ocupando dezenas de milhares de cargos de livre nomeação
apenas para atender à militância de um partido que está destruindo o Brasil.
A Presidente Dilma, apesar da promessa de cortar Ministérios, apesar desta reforma chula – nunca vi uma
reforma ministerial ser tratada de maneira tão baixa, tão rasteira –, não apresenta à Nação nenhuma alternativa
que atinja os gastos do Governo.
Presidente Dilma, a crise pela qual o Brasil está passando tem uma responsável que tem nome. Essa res-
ponsável é a senhora, que, no ano passado, quando deveria ter tomado medidas saneadoras, preferiu mentir
durante a campanha eleitoral, enganar o povo brasileiro, e agora está dizendo que o que pode quebrar o Brasil
é a derrubada do veto ao aumento do Judiciário.
Sr. Presidente, nós não fazemos coro com essa compreensão. Os servidores do Judiciário merecem, sim,
o seu aumento. É melhor a Presidente demitir quem não é concursado, demitir esses militantes que estão ocu-
pando cargos de livre nomeação no Governo Federal, nomeados numa canetada da Presidente para atender
um companheiro aqui e outro acolá. É melhor ela demitir essa gente que presta um desserviço ao Brasil e dar
ao servidor do Judiciário o justo direito ao seu aumento.
Sr. Presidente, nossa bancada votará pela derrubada deste veto e manifesta esta posição com toda a
tranquilidade, porque estamos cumprindo o nosso papel de votar por justiça, e justo é derrubar esse veto.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra à Deputada Jandira Feghali, pela Liderança
do PCdoB. Em seguida vou encerrar a votação. (Pausa.)
O SR. JOSÉ CARLOS ARAÚJO (PSD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a pa-
lavra por 1 minuto.
É lamentável o que aconteceu. Um Governo que tem um Vice-Líder como o Deputado Silvio Costa não
precisa ter adversário. O próprio Deputado já é adversário do Governo.
Nós não podemos aceitar o que aconteceu. A bancada do PSD vai votar contra exatamente em home-
nagem ao que está fazendo o Deputado Silvio Costa. Ele está prestando um desserviço ao Governo. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra a Deputada Jandira Feghali.
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, em pri-
meiro lugar, eu gostaria de me associar a todos que desagravaram o Líder Rogério Rosso. Na minha opinião,
independentemente da posição de mérito do PSD, o tratamento aqui deve ser respeitoso; com divergência
política, mas qualificado. Portanto, como eu testemunho a atitude sempre cordial, gentil e firme do Deputado
Rogério Rosso, quero me somar nesse desagravo. Acho que não é dessa forma que tratamos as divergências,
muito menos dentro da base do Governo. Então, o Deputado Rogério Rosso tem a nossa solidariedade. (Palmas.)
172 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Em segundo lugar, Sr. Presidente, eu gostaria de registrar aqui o incômodo que muitos partidos da Opo-
sição sentem com o movimento que a Presidenta Dilma faz para recompor a sua base. Ora, é isso mesmo o que
ela tem que fazer, e não apenas por uma questão de preservação da estabilidade política, mas também para
viabilizar um projeto político para o Brasil.
Há uma agenda! Há um programa! Há uma proposta! Isso precisa ser viabilizado com a colaboração do
Congresso Nacional.
A Oposição se incomoda, provavelmente, porque a Presidenta Dilma está acertando. Ela está recompon-
do a sua base política com os partidos que a elegeram, com os partidos que compõem a base necessária para
que se cumpra uma agenda para o Brasil. Essa deve ser a razão que move o Governo a fazer uma reforma mi-
nisterial, que, obviamente, dará a ele estabilidade política para conduzir um programa para o Brasil para evitar
dissenções daqueles que ajudaram a elegê-lo.
A Presidenta da República governa com coalizão. Neste País, nenhum partido consegue isoladamente
conduzir a política. Isso não é possível nem aqui nem em lugar algum, mas principalmente não é possível em
um país deste tamanho, com tamanha diversidade e com tamanhas desigualdades regionais.
Portanto, a Presidenta Dilma acerta ao recompor seu Ministério, ouvindo as bancadas e os partidos po-
líticos da sua coalizão.
Em terceiro lugar, eu queria, rapidamente, voltar a uma questão democrática. Eu assisti ao programa de tele-
visão do PSDB, que propõe, claramente, um golpe institucional. Aliás, eles incitam a Presidenta a sair do Governo,
como se tivessem autoridade para tal, ou como se houvesse a possibilidade de se pedir isso a uma Presidenta eleita.
Eu estava lendo aqui um discurso e gostaria de reproduzir um trecho seu:
“Está absolutamente claro que alguns Parlamentares, mais uma vez abrindo mão do espaço que deveria
ser utilizado para apresentar propostas sérias e consequentes para este País, preferem o caminho fácil
do denuncismo vazio que, sabem eles próprios, a nenhum propósito levará.
(...)
Estamos buscando agora algo muito além dessa pinimba pequena e dessas propostas absolutamente
inconsequentes e fazendo um esforço hercúleo, que não deveria ser apenas dos partidos de oposição,
para garantir a estabilidade e reativar o crescimento da economia e da geração de empregos, o que de-
veria unir todos os brasileiros.”
Sabem de quem é esse discurso? É do ex-Deputado Aécio Neves, em maio de 1999. Ele fazia aqui um
discurso para a Oposição, na tentativa de garantir a estabilidade política e aquilo que na época se denunciava
e que tinha razão de ser.
Naquele momento, o Ministério Público pediu investigação sobre o Presidente do Banco Central, Fran-
cisco Lopes, e também sobre a operação feita com o Marka e o FonteCindam, dois bancos que foram benefi-
ciados ilegalmente pelo Banco Central. O então Presidente Fernando Henrique Cardoso interferiu o pedido e
demitiu o Superintendente da Polícia Federal, que naquele momento queria investigar o que o Ministério Pú-
blico pedia. Posteriormente, todos eles foram condenados pela ilegalidade cometida. O Presidente do Banco
Marka era o Salvatore Cacciola.
É preciso entender que um discurso é coerente quando há uma coisa concreta pedindo aos Deputados que
se preocupem com coisas maiores, e é denúncia vazia quando não há uma coisa concreta contra a Presidenta.
Há até pedido de renúncia e proposta de golpe institucional!
Portanto, vamos ter coerência. Vamos trabalhar pelo Brasil, pela unidade do povo brasileiro, para que
este País se desenvolva.
Muito obrigada, Presidente.
O SR. JOÃO FERNANDO COUTINHO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou encerrar a votação.
O SR. JOÃO FERNANDO COUTINHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu
queria apenas registrar que, na noite de ontem, em Washington, Estados Unidos, na sede do Banco Interame-
ricano de Desenvolvimento, uma plataforma brasileira, a startup Colab, ganhou o prêmio de plataforma de
maior impacto social de 2015 e também de maior potencial de globalização no ano de 2015.
O Colab, um aplicativo corporativo presente em mais de 80 cidades brasileiras, este ano recebe das Nações
Unidas um prêmio por ser uma das cinco melhores plataformas digitais do mundo voltadas para a cidadania.
Agradeço a V.Exa. a paciência e a atenção.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Já estamos há 44 minutos nesta votação, com 421 votos regis-
trados e 468 Deputados e Deputadas presentes à Casa. Isto já é tempo de votação de emenda à Constituição.
Não há mais como eu segurar a votação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 173

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está encerrada a votação. (Pausa.)


Resultado da votação:
SIM:  214;
NÃO:  199;
ABSTENÇÕES:  7;
TOTAL:  420.
ART. 17: 1.
QUÓRUM: 421.
LISTAGEM DE VOTAÇÃO:
Proposição: MPV Nº 676/2015 – DTQ 4: PSB – EMENDA Nº 168 – Nominal Eletrônica
Início da votação: 30/09/2015 16:10
Encerramento da votação: 30/09/2015 16:55
Presidiram a Votação: – Eduardo Cunha – Heráclito Fortes
174 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

GOV.: Não

Parlamentar Partido Bloco Voto

Roraima (RR)

Abel Mesquita Jr. PDT Sim

Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Sim

Jhonatan de Jesus PRH PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Maria He Ie na PSB Sim

Remídio Monai PR Não

Shéridan PSDB Sim

Tota l Roraima: 8

Amapá (AP)

Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Professora Marcivania PT Não

Vinic ius Gurgel PR Não

Tota l Amapá: 4

Pará (PA)

Arnaldo Jordy PPS Sim

Beto Faro PT Não

Beto Salame PROS Abstenção

De legado Éder Mauro PSD Sim

Edmilson Rodrigues PSOL Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 175

Parlamentar Partido B loco Voto

Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Francisco Chapadinha PSD Sim

Hélio Leite DEM Sim

Joaquim Passarinho PSD Sim

José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

il son Pinto PSDB Sim

Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Zé Geraldo PT ão

Tota l Pará: 14

Amazonas (AM)

Alfredo ascimento PR ão

Arthur Virgílio Bisneto PSDB Sim

Átila Lins PSD ão

Conceição Sampaio pp PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Hissa Abrahão PPS Sim

Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Pauderney Avelino DEM Sim

Total Amazonas: 7

Rondonia (RO)

Expedito Netto Solidaried Sim

Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Luiz Cláudio PR Abstenção


176 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marcos Rogé rio PDT ão

Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

N ilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rondonia: 7

Acre (A C)

Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPitbPtcPsiPtdoB Sim

Ange li m PT ão

César Messias PSB Sim

Jéssica Sale s PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leo de Brito PT Não

Rocha PSDB Sim

Total Acre: 6

Tocantins (TO)

Carlos Hem ique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Irajá Abreu PSD Sim

Josi N unes PM DB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Lázaro Bote lho PP PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Sim

Vicentinho Jún ior PSB ão

Total Tocantins: 7

Maranhão (MA)

Alberto Fi lho PM DB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsiPtdoB Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 177

Parlamentar Partido Bloco Voto

André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Não

E liz iane Gama PPS Sim

Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

João Castelo PSDB Sim

João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

José Reina ldo PSB Sim

Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB Sim

Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rosângela Curado PDT ão

Rubens Pereira Júnior PCdoB ão

Sarney F i lho PV Não

Victor Mendes PV Sim

Zé Carl os PT Sim

Total Maranhão: 16

Ceará (CE)

Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Não

André F igue iredo PDT Não

Aní bal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Cabo Sabino PR ão

Chico Lopes PCdoB ão

Danilo Forte PSB Sim

Domingos e to PROS Abstenção


178 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido B loco Voto

Gorete Pere ira PR Não

José A irton C irilo PT Não

José Guimarães PT Não

Leôn idas Cristino PROS Não

Luiz ianne Lins PT Não

Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Moroni Torgan DEM Sim

Odorico Monte iro PT Não

Raimundo Gomes de Matos PSDB Sim

Rona ldo Martins PRB P rbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Sim

Vicente Arruda PROS Não

Vitor Vali m PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Total Ceará: 20

Piauí (Pl)

Assis Carvalho PT Não

Átila L ira PSB Sim

Herác lito Fortes PSB S im

Iracema Portella PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Jú lio Cesar PSD Sim

Mainha Solidaried Não

Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Rodrigo Martins PSB Sim

Silas Freire PR Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 179

Parlamentar Partido Bloco Voto

Total Piauí: 10

Rio Grande do Norte (RN)

Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Felipe Maia DEM Sim

Rafael Motta PROS Abstenção

Rogério Marinho PSDB Sim

Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Zenaide Maia PR Não

Total Rio Grande do Norte: 7

Paraíba (PB)

Ag uinaldo Ribe iro pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Dam ião Felic iano PDT Não

Efi·aim Fi lho DEM Sim

Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Luiz Couto PT Não

Pedro Cunha Lima PSDB Sim

Veneziano V ital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

We lli ngton Roberto PR Não

Wi lson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Tota l Paraíba: 9

Pernambuco (PE)

Augusto Coutinho Solidaried Sim

Betinho Gomes PSDB Sim


180 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido B loco Voto

Carlos Eduardo Cadoca PCdoB Não

Dan ie l Coelho PSDB Sim

Fernando Coelho F il ho PSB Sim

Fernando Monteiro PP Pmdb Pp Ptb PscPhs Pen Não

Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Fernando Coutinho PSB Sim

Jorge Côrte Real PTB Pmdb Pp Ptb PscPhs Pen Não

Ka io Man içoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Luciana Santos PCdoB ão

Marinaldo Rosendo PSB Sim

Pastor Eurico PSB Sim

Rau l Jungmann PPS Sim

Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Si lvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Tadeu Alencar PSB Sim

Wo lney Queiroz PDT Não

Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Total Pernambuco: 19

Alagoas (AL)

Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Cícero A lme ida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

JHC Solidarie d Sim

Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Maurício Quintell a Lessa PR Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 181

Parla mentar Partido Bloco Voto

Pau lã o PT ão

Ronaldo Lessa PDT Não

Total A lagoas: 7

Sergipe (SE)

Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fábio Mitid ieri PSD Sim

Fabio Re is PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

João Danie l PT Sim

Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsiPtdoB Não

Valadares F ilho PSB Sim

Total Sergipe: 6

Ba hi a (BA)

Afonso Florence PT Não

Alice Portuga l PCdoB Não

Anton io Brito PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Anton io l mbassahy PSDB Sim

Arthur O liveira Maia Solidaried Sim

Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Bebe to PSB Sim

Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Cacá L eão pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Caetano PT Não

Claudio Caja do DEM Sim

Danie l A lm eida PCdoB Não


182 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Davidson Magalhães PCdoB Não

E Imar N ascimento DEM Sim

Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Félix Mendonça Júnior PDT Não

Fernando Torres PSD Sim

João Carlos Bacelar PR Não

João G ualberto PSDB Sim

José Carlos Araújo PSD ão

José N unes PSD Sim

José Rocha PR Não

Jutahy Junior PSDB Sim

Mári o Negromonte Jr. pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Moema Gramacho PT Não

Paulo Az i DEM Sim

Paulo Magalhães PSD Não

Roberto Britto pp Pmdb Pp Ptb Psc Phs Pen Não

Ronaldo Carl etto pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Sérgio Brito PSD Sim

Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB Não

Uldurico Junio r PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Não

Valmir Assunção PT Sim

Wa ldenor Pereira PT Não

Tota l Bahia: 34

Minas Gerais (MG)


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 183

Parla mentar Partido Bloco Voto

Adelmo Carneiro Leão PT ão

Adem ir Camilo PROS Não

Aelton Freitas PR Não

Bilac Pinto PR ão

Bonifác io de Andrada PSDB Sim

Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB ão

Caio areio PSDB Sim

Carlos Melles DEM Sim

Delegado Edson Moreira PT PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB ão

D iego Andrade PSD Sim

D imas Fabiano pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Eduardo Barbosa PSDB Sim

Eros B iondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fábio Ramalho PV ão

Gabriel Guimarães PT ão

Jaime Martins PSD Sim

Jô Moraes PCdoB ão

Jú li o De lgado PSB Sim

Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsP en Sim

Leonardo Monteiro PT ão

Leo nardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

L incoln Portela PR Não

Luis T ibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Luiz Fernando Fari a pp PmdbPpPtbPscPhsP en Sim


184 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marcelo Álvaro Antônjo PRP P rbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB S im

Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Marcos Montes PSD Sim

Marcus Pestana PSDB Sim

Margarida Sa lomão PT Não

Mário Heringer PDT Não

Mauro Lopes PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Misael Varella DEM Sim

Newton Cardoso Jr P M DB P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Padre João PT Não

Pastor F rankl in P TdoB P rbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Sim

Regina ldo Lopes PT ão

Renzo Braz pp P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rodrigo de Castro PSDB Sim

Sara iva Fe li pe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Stefa no Aguiar PSB Sim

Subtenente Gonzaga PDT Sim

Tenente Lúc io PS B Sim

Toninho Pinheir o pp PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Wadson Ribeiro PCdoB Não

We liton Prado PT Sim

Zé S ilva Solidarie d Sim

Total Min as Gerais: 47


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 185

Parlamentar Partido Bloco Voto

Espírito Santo (ES)

Carlos Manato Solidaried Sim

Dr. Jorge Silva PROS Não

Helder Salomão PT Não

Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Max Filho PSDB Sim

Paulo Foletto PSB Sim

Sergio Vidigal PDT Não

Total Espírito Santo: 7

Rio de Janeiro (RJ)

Alessandro Molon REDE Sim

Alexandre Serfi otis ~D s~

Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Altineu Côrtes PR Não

Aureo Solidari ed Sim

Benedita da Sil va PT Não

Cabo Daciolo S.Part. Sim

Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPsc Phs Pen Não

Chi co Alencar PSOL Sim

Chico D Angelo PT Não

Deley PTB PmdbPpPtbPsc Phs Pen Sim

Dr. João PR Sim

Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Att. 17


186 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Francisco Floriano PR Sim

G lauber Braga PSOL Sim

Hugo Lea l PROS Não

lndio da Costa PSD Sim

Jair Bolsonaro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jandira Feghal i PCdoB ão

Jean Wyllys PSOL Sim

Juli o Lopes pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leonardo Piccian i PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Luiz Sérgio PT Não

Marcelo Matos PDT ão

Marqu inho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Miro T eixeira REDE Sim

Paulo Feijó PR ão

Roberto Sales PRB PrbPtnP mnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Rodrigo Maia DEM Sim

Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Sergio Zveiter PSD Sim

Sóstenes Cavalcante PSD Sim

Wadih Damous PT Não

Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rio de Janeiro: 36

São Paulo (SP)


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 187

Parlamentar Partido Bloco Voto

Alex Manente PPS Sim

Alexandre Leite DEM Sim

Ana Perugini PT Não

Andres Sanchez PT ão

Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP ttbPtcPslPtdoB Não

Arlindo Chinaglia PT ão

Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Beto Mansur PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsl PtdoB ão

Bruna F url an PSDB Sim

Bruno Covas PSDB Sim

Capitão Aug usto PR ão

Carlos Zarattini PT Não

Dr. Sinval Malhe iros PV Sim

Eduardo Bo lsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Eduardo C wy PSDB Sim

Evandro Gussi PV Sim

Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtc Psl PtdoB Sim

F lav inho PSB Sim

Gil be tto ascimento PSC Pmdb PpPtbPscPhs Pen Sim

Goulart PSD Sim

Herculano Passos PSD Sim

Ivan Valente PSOL Sim

João Paulo Papa PSDB Sim


188 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido B loco Voto

Keiko Ota PSB Sim

Lobbe Neto PSDB Sim

Luiz Lauro Fi lho PSB Sim

Luiza Erundina PSB Sim

Major Oli mpio PDT Não

Marcelo Aguiar DEM Sim

Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Mareio Alvino PR Não

Miguel Haddad PSDB Sim

M iguel Lombardi PR Não

M il ton Monti PR Não

Missionári o José Oli mpio pp PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

N il to Tatto PT Não

Orlando S iIv a PCdoB Não

Paulo Pereira da Sil va Solidaried S im

Paulo Teixe ira PT Não

Pr. Marco Felici ano PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcP siPtdoB Não

Ricardo Tripoli PSDB Sim

Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcP siPtdoB Sim

Roberto de Lucena PV Sim

Roberto Freire PPS Sim

Samue l More ira PSDB Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 189

Pa rla mentar Partido Bloco Voto

Silvio Torres PSDB Sim

Tiririca PR Não

Valmir Prasc ide lli PT Não

Vanderle i Macris PSDB Sim

Vicente Candido PT Não

Vicentinho PT Não

Vinic ius Carva lho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Vitor Lippi PSDB Sim

T otal São Paulo: 56

Ma to G r osso (MT )

Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Ezequiel Fonseca pp PmdbPpPtbPscP hsPen Sim

Fabio Garcia PSB Sim

Professor Victório Galli PSC P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Ságuas Moraes PT Não

Valteni r Pereira PROS Não

Tota l Mato Grosso: 6

Distrito Federa l (DF)

Alberto Fraga DEM Sim

Augusto Carvalho Solidaried S im

Erika Kokay PT Sim

lzalci PSDB Sim

Rogéri o Rosso PSD Sim

Rona ldo Fonseca PROS Abstenção


190 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parla mentar Partido B loco Voto

Roney emer PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Tota l Distr ito Federa l: 7

Goiás (GO)

Alexandre Baldy PSDB Sim

Cé lio Silveira PSDB Sim

Dan ie l V ile la PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Delegado Wald ir PSDB Sim

Fábio Sousa PSDB Sim

Flávia Mo rais PDT Não

Giuseppe Vecci PSDB Sim

Heuler Cruv ine l PSD Sim

João Campos PSDB Sim

Jovair Arantes PTB P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Lucas Vergilio Solidaried Sim

Marcos Abrão PPS Sim

Pedro Chaves PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Não

Roberto Balestra pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Rubens Otoni PT Não

Sandes Júnior pp P md bPpPtbPscPhsPen Não

Tota l Goiás: 16

Mato Grosso do S ul (MS)

Carlos Marun PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Não

Dagoberto PDT Não

Elizeu D ioniz io Solidaried S im


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 191

Parlamentar Partido Bloco Voto

Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen S im

Mandetta DEM Sim

Total Mato Grosso do Sul: 5

Paraná (PR)

Alex Canzian i PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Assis do Couto PT Abstençãc

Christiane de Souza Yared PTN P rbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB N ão

Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Dilceu Sperafi co pp P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

En io Yerri PT Não

Fernando F ranc ischi ni Solidar ied Sim

João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Leandre PV Sim

Leopoldo Meyer PSB Sim

Luciano Ducci PSB Sim

Luiz Carl os Hau ly PSDB S im

Luiz N is himo ri PR Não

Marcelo Beli nat i pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Nelson Meurer pp P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Os mar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Rossoni PSDB Sim

Rubens Bueno PPS Sim

Sandro Alex PPS Sim


192 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Toninho Wandscheer PT Não

Zeca Dirceu PT Não

Total Paraná: 22

Santa Catarina (SC)

Carmen Zanotto PPS Sim

Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Cesar Souza PSD Sim

Décio L ima PT Não

Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Esperidião Amin pp PmdbPpPtbPscPhsPen Si m

Fabric io O Iiveira PSB Sim

João Rodri g ues PSD Sim

Jo rg inho Me llo PR Sim

Marco Tebald i PSDB Sim

Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Pedro Ucza i PT Não

Rogé rio Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Santa Catarina: 15

Rio Grande do Sul (RS)

Afonso Hamm pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Afonso Motta PDT ão

Carlos Gomes PRB PrbPtnP mnPrpPsdcP ttbPtcPsiPtdoB Abstenção


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 193

Parlamentar Partido Bloco Voto

Covatti F ilho pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Fernando Marroni PT ão

G iovani Cherini PDT Não

Heitor Schuch PSB Sim

Henriq ue Fontana PT Não

Jerônimo Goergen pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Derly PCdoB Sim

José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jose Stédile PSB Sim

Luis Carl os Heinze pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Marcon PT ão

Maria do Rosário PT Não

Mauro Pere ira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Onyx Lorenzo ni DEM Sim

Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Paulo Pimenta PT Não

Renato Molling pp PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Ronaldo Nogue ira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rio Grande do Su l: 23

CENlN- Coordenação do S istema Eletrônico de Votação


194 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. CAIO NARCIO – Parabéns, Deputado Silvio Costa! V.Exa. é o maior auxiliar do trabalhador do campo.
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE – Homenagem ao nosso Líder Rogério Rosso!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
REDAÇÃO FINAL

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 676-A DE 2015

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 15 DE 2015

Altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.213, de 24 de julho de 1991, para tratar
da associação do segurado especial em cooperativa de crédito rural e, ainda essa última, para
atualizar o rol de dependentes, estabelecer regra de não incidência do fator previdenciário,
regras de pensão por morte e de empréstimo consignado, a Lei nº 10.779, de 25 de novem-
bro de 2003, para assegurar pagamento do seguro-defeso para familiar que exerça atividade
de apoio à pesca, a Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, para estabelecer regra de inscrição
no regime de previdência complementar dos servidores públicos federais titulares de cargo
efetivo, a Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003, para dispor sobre o pagamento de em-
préstimos realizados por participantes e assistidos com entidades fechadas e abertas de pre-
vidência complementar e a Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990; e dá outras providências.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 12. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 9º..........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e
.................................................................................................................................................................................................
§ 10. .......................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
V – exercício de mandato de vereador do Município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente,
membro de conselho de administração ou fiscal, de cooperativa rural constituída exclusivamente por
segurados especiais, ou de cooperativa de crédito rural, observado o disposto no § 13 deste artigo;
.............................................................................................................................................................................................”(NR)
Art. 2º A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 11. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 8º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e
.................................................................................................................................................................................................
§ 9º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
V – exercício de mandato de vereador do Município onde desenvolve a atividade rural, ou de dirigente,
membro de conselho de administração ou fiscal, de cooperativa rural constituída exclusivamente por
segurados especiais, ou de cooperativa de crédito rural, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991;
..............................................................................................................................................................................................”(NR)
“Art. 16. .................................................................................................................................................................................
I – o cônjuge;
II – o cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de pensão alimentícia
estabelecida judicialmente;
III – o companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade familiar;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 195

IV – (revogado);
V – o filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos:
a) seja menor de vinte e um anos;
b) seja inválido;
c) tenha deficiência grave; ou
d) tenha deficiência intelectual ou mental;
VI – a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do segurado; e
VII – o irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do segurado e atenda a um
dos requisitos previstos no inciso V.
§ 1º A concessão de pensão aos beneficiários de que tratam os incisos I a III e V do caput exclui os
beneficiários referidos nos incisos VI e VII.
.................................................................................................................................................................................................
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas nos incisos I a III e V é presumida e a das demais
deve ser comprovada.”(NR)
“Art. 29-C. O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição po-
derá optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo de sua aposentadoria, quando o total
resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de reque-
rimento da aposentadoria, for:
I – igual ou superior a noventa e cinco pontos, se homem, observando o tempo mínimo de contribuição
de trinta e cinco anos; ou
II – igual ou superior a oitenta e cinco pontos, se mulher, observado o tempo mínimo de contribuição de
trinta anos.
§ 1º Para os fins do disposto no caput, serão somadas as frações em meses completos de tempo de
contribuição e idade.
§ 2º As somas de idade e de tempo de contribuição previstas no caput serão majoradas em um ponto em:
I – 31 de dezembro de 2018;
II – 31 de dezembro de 2020;
III – 31 de dezembro de 2022;
IV – 31 de dezembro de 2024; e
V – 31 de dezembro de 2026.
§ 3º Para efeito de aplicação do disposto no caput e no § 2º, o tempo mínimo de contribuição do professor
e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio será de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos, e serão
acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição.
§ 4º Ao segurado que alcançar o requisito necessário ao exercício da opção de que trata o caput e deixar
de requerer aposentadoria será assegurado o direito à opção com a aplicação da pontuação exigida na
data do cumprimento do requisito nos termos deste artigo.
§ 5º O INSS deverá fornecer ao segurado que solicitar a aposentadoria por tempo de contribuição, de
maneira clara e em linguagem de fácil compreensão, as seguintes informações:
I – estimativa da data em que o segurado poderá aposentar-se sem a incidência do fator previdenciário,
de acordo com os requisitos previstos no caput e nos §§ 2º e 3º deste artigo;
II – estimativa da data em que o fator previdenciário aplicável ao segurado deverá ser igual ou superior
a 1,00 (um inteiro);
III – estimativa da renda mensal do benefício do segurado para cada ano adicional de contribuição, até
atingir a data prevista no inciso I.”
“Art. 29-D. É garantido ao segurado que optar por permanecer em atividade, se mais vantajoso, o direito
ao cálculo do salário de benefício com base na expectativa de sobrevida presente na tábua de mortalidade
vigente na data de cumprimento dos requisitos necessários à aposentadoria por tempo de contribuição,
considerando-se sua idade e seu tempo de contribuição no momento de requerimento do benefício.”
“Art. 74. .................................................................................................................................................................................
I – do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;
........................................................................................................................................................................................”(NR)
“Art. 77. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 2º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
196 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II – para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos
de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
.................................................................................................................................................................................................
§ 6º O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não
impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência
intelectual ou mental ou com deficiência grave.”(NR)
“Art. 115. ...............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mer-
cantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades
fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando expressamente auto-
rizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor do benefício, sendo 5%
(cinco por cento) destinados exclusivamente para:
a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou
b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.
........................................................................................................................................................................................”(NR)
Art. 3º A Lei nº 10.779, de 25 de novembro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 6º A concessão do benefício não será extensível às atividades de apoio à pesca, excetuadas as exercidas
pelos familiares do pescador artesanal que satisfaçam os requisitos e as condições estabelecidos nesta
Lei e desde que o apoio seja prestado diretamente pelo familiar ao pescador artesanal e não a terceiros.
.........................................................................................................................................................................................”(NR)
“Art. 2º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 2º .........................................................................................................................................................................................
I – registro como pescador profissional, categoria artesanal, ou assemelhado ao pescador artesanal, nos
termos do § 10, devidamente atualizado no Registro Geral da Atividade Pesqueira – RGP, emitido pelo
Ministério da Pesca e Aquicultura com antecedência mínima de um ano, contado da data de requeri-
mento do benefício;
.................................................................................................................................................................................................
§ 10. Considera-se assemelhado ao pescador artesanal, para os fins do disposto nesta Lei, o familiar que
realiza atividade de apoio à pesca, exercendo trabalhos de confecção e de reparos de artes e petrechos
de pesca e de reparos em embarcações de pequeno porte ou atuando no processamento do produto da
pesca artesanal, prestada a membro do grupo familiar registrado como pescador profissional, categoria
artesanal.”(NR)
Art. 4º O art. 1º da Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos,
renumerando-se o atual parágrafo único para § 1º:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
§ 2º Os servidores e os membros referidos no caput deste artigo com remuneração superior ao limite
máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, que venham a ingressar
no serviço público a partir do início da vigência do regime de previdência complementar de que trata
esta Lei, serão automaticamente inscritos no respectivo plano de previdência complementar desde a
data de entrada em exercício.
§ 3º Fica assegurado ao participante o direito de requerer, a qualquer tempo, o cancelamento de sua
inscrição, nos termos do regulamento do plano de benefícios.
§ 4º Na hipótese do cancelamento ser requerido no prazo de até noventa dias da data da inscrição, fica
assegurado o direito à restituição integral das contribuições vertidas, a ser paga em até sessenta dias do
pedido de cancelamento, corrigidas monetariamente.
§ 5º O cancelamento da inscrição previsto no § 4º não constitui resgate.
§ 6º A contribuição aportada pelo patrocinador será devolvida à respectiva fonte pagadora no mesmo
prazo da devolução da contribuição aportada pelo participante.”(NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 197

Art. 5º A Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 6º-A:
“Art. 6º-A Equiparam-se, para os fins do disposto nos arts. 1º e 6º, às operações neles referidas as que são
realizadas com entidades abertas ou fechadas de previdência complementar pelos respectivos partici-
pantes ou assistidos.”
Art. 6º A Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 18. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que permanecer em atividade sujeita a esse
Regime, ou a ele retornar, não fará jus a outra aposentadoria desse Regime em consequência do exercício
dessa atividade, sendo-lhe assegurado, no entanto, o recálculo de sua aposentadoria tomando-se por
base todo o período contributivo e o valor dos seus salários de contribuição, respeitando-se o teto máxi-
mo pago aos beneficiários do RGPS, de forma a assegurar-lhe a opção pelo valor da renda mensal que
for mais vantajosa.
§ 2º-A São também assegurados ao aposentado pelo Regime Geral da Previdência Social que permanecer
em atividade nesse Regime, ou ao que a ela retornar, os seguintes benefícios e serviços, observadas as
condições e os critérios de concessão previstos nesta Lei:
I – auxílio-doença;
II – auxílio-acidente
III – serviço social; e
IV – reabilitação profissional.
.............................................................................................................................................................................................”(NR)
“Art. 25. .................................................................................................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
§ 2° Para requerer o recálculo da renda mensal da aposentadoria, previsto no § 2º do art. 18 desta Lei,
o beneficiário deverá comprovar um período de carência correspondente a, no mínimo, sessenta novas
contribuições mensais.”(NR)
“Art. 28-A. O recálculo da renda mensal do benefício do aposentado do Regime Geral de Previdência So-
cial, previsto no § 2º do art. 18 desta Lei, terá como base o salário de benefício calculado na forma dos
arts. 29 e 29-B desta Lei.
§ 1° Não será admitido recálculo do valor da renda mensal do benefício para segurado aposentado por
invalidez.
§ 2° Para o segurado que tenha obtido aposentadoria especial, não será admitido o recálculo com
base em tempo e salário de contribuição decorrente do exercício de atividade prejudicial à saúde ou à
integridade física.
§ 3° O recálculo do valor da renda mensal do benefício limitar-se-á ao cômputo de tempo de contribuição
e salários adicionais, não sendo admitida mudança na categoria do benefício previamente solicitado.”
“Art. 54. .................................................................................................................................................................................
§ 1º Os aposentados por tempo de contribuição, especial e por idade do Regime Geral de Previdência
Social poderão, a qualquer tempo, ressalvado o período de carência previsto no § 2° do art. 25 desta Lei,
renunciar ao benefício, ficando assegurada a contagem do tempo de contribuição que serviu de base
para a concessão do benefício.
§ 2° Na hipótese prevista no § 1° deste artigo, não serão devolvidos à Previdência Social os valores mensais
percebidos enquanto vigente a aposentadoria inicialmente concedida.”(NR)
“Art. 96. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
III – não será contado por um regime previdenciário o tempo de contribuição utilizado para fins de apo-
sentadoria concedida por outro, salvo na hipótese de renúncia ao benefício, prevista no § 1º do art. 54
desta Lei.
........................................................................................................................................................................................”(NR)
Art. 7º A Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 4º-B:
“Art. 4º-B Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador rural desempregado dispensado
sem justa causa que comprove:
198 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I – ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a cada um dos
seis meses imediatamente anteriores à data de dispensa;
II – não ter exercido, no período aquisitivo, atividade remunerada fora do âmbito rural;
III – encontrar-se em situação de desemprego involuntário;
IV – não estar em gozo de nenhum benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, ex-
ceto pensão por morte e auxílio-acidente;
V – não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente para sua manutenção e de sua família.
§ 1º O período computado para a concessão do benefício não poderá ser utilizado para pleitear novo
benefício de seguro-desemprego previsto nesta Lei.
§ 2º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador rural desempregado, por período
máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de
dezesseis meses, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação.
§ 3º O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo, satisfeitas
as condições arroladas no caput.
§ 4º O valor do benefício será fixado nos termos do art. 5º desta Lei.
§ 5º Sobre os valores do seguro-desemprego pagos ao empregado rural deverá ser descontada a
contribuição previdenciária, com alíquota de 8% (oito por cento), devendo esse período ser contado para
efeito de concessão de benefícios previdenciários.
§ 6º A comprovação referida no caput e os critérios para a definição do número de parcelas serão
determinados em Resolução do Codefat.”
Art. 8º Esta Lei entra em vigor:
I – em 3 de janeiro de 2016, quanto à redação do art. 16 e do inciso II do § 2º do art. 77 da Lei nº 8.213, de 24
de julho de 1991;
II – em 1º de julho de 2016, quanto à redação do § 5º do art. 29-C da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
III – na data de sua publicação, para os demais dispositivos.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Deputado Afonso Florence, Relator
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o processado.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O cabeça é o Deputado Silvio Costa!
O SR. ALBERTO FRAGA – Proíba Silvio Costa de falar, Sr. Presidente!
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é preciso
registrar, além da solidariedade ao Deputado Rogério Rosso, uma advertência ao Governo: não adianta bater
com a mão direita e afagar com a esquerda, sendo a mesma pessoa a agressora e a que tenta afagar. Esta vo-
tação foi uma boa resposta.
O SR. ARNALDO JORDY – O Deputado Silvio Costa está convocado a fazer todas as defesas!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Por favor! Por gentileza!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Item 2.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 677, de 2015, que autoriza a Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de Energia do Nordeste, Nordeste, com
o objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica,
e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004; ten-
do parecer da Comissão Mista, pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência;
pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação financeira
e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação desta, e, parcialmente das Emendas de nºs 20,
23, 46; 49 a 61; 64, 88 a 90, 92, 100, 103, 105, 106, 112, 116 e 117; e pela rejeição das Emendas
de nºs 1 a 19, 21, 22; 24 a 45; 47, 48, 62, 63, 65 a 87, 91; 93 a 99; 101, 102, 104; 107 a 111; 113
a 115, 118 a 120 nos termos do Projeto de Lei de Conversão nº 16 de 2015, adotado. (Relator:
Senador Eunício Oliveira e Relator Revisor: Deputado Leonardo Monteiro)
PRAZO NA CÂMARA: 20/07/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 07/08/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 21/08/2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 199

PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 20/10/2015


Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sobre a mesa requerimento de retirada de pauta, do PSB.
“Senhor Presidente,
Requeiro, nos termos dos arts. 83, parágrafo único, II, ‘c’; 101, I, ‘a’, 1, e 117, VI, do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, retirada de pauta da Ordem do Dia da Medida Provisória 677, de 2015.”
Sala de Sessões, 30/09/15. – Fernando Coelho Filho, Líder do PSB
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não há oradores inscritos para falar.
Orientação de bancada. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Fabio Garcia.
O SR. FABIO GARCIA (PSB-MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, raramen-
te subo a esta tribuna, mas hoje me sinto obrigado a fazê-lo, em defesa de todos os consumidores de energia
elétrica do Brasil, para pedir a retirada de pauta deste projeto.
Este projeto, Sr. Presidente, não foi discutido adequadamente na Comissão Especial. Eu fiz parte da Co-
missão. Aliás, a Comissão não fez nenhuma reunião para discutir esta matéria. A primeira reunião já foi para
apresentação do relatório, e a segunda para a votação do relatório. Os senhores sabem por quê? Porque este
projeto contém um subsídio a algumas indústrias do Brasil. E a conta desse subsídio será transferida a todos os
consumidores de energia elétrica do País, que este ano já sofreram com aumentos abusivos na conta de energia.
Mas o Governo não trouxe aqui o valor dessa conta, não disse quanto vai custar aos consumidores de
energia elétrica o subsídio previsto na Medida Provisória nº 677, nem disse quanto vai aumentar a tarifa de
energia elétrica cobrada do cidadão, do trabalhador, em casa e no comércio, se aprovarmos aqui esta medida
provisória. Ninguém trouxe ao Plenário, junto à medida provisória, essa informação.
Cabe a nós a responsabilidade de discutir a matéria. Não podemos repetir o mesmo erro cometido na
votação, por exemplo, da Medida Provisória nº 579, de 2012, que desestruturou o setor energético brasileiro.
Hoje pagamos uma conta absurda por não termos discutido exaustivamente aquela medida.
É desnecessária a votação da matéria que chega hoje ao plenário. Ontem nós votamos o relatório na
Comissão Especial, e hoje ela já chega ao Plenário. Garanto que ninguém sabe, com profundidade, de que trata
esta medida, nem conhece os jabutis que ela contém.
Será que não assiste a todos os Parlamentares o direito de compreender esta medida provisória, de saber
quais são os jabutis que estão lá dentro, de entender o seu impacto sobre cada consumidor de energia elétrica,
antes de apreciar a matéria? Isso é nossa responsabilidade com os consumidores de energia elétrica do Brasil,
sobretudo com o setor de energia elétrica brasileiro.
Peço a todos que votem a favor da retirada de pauta da matéria, para que possamos discuti-la melhor.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra a matéria, tem a palavra o Deputado Rodrigo
de Castro.
Antes, quero só alertar o Deputado Fabio, por quem eu tenho o maior carinho, de que a medida provisó-
ria, quando chega, entra imediatamente em votação, porque tranca a pauta. Então, não se trata de se colocar
ou não na pauta. É perfeitamente normal votar um dia na Comissão e estar na pauta do outro dia. Portanto,
não se trata de ter ou não ter açodamento. Trata-se de dispositivo constitucional de trancamento de pauta.
Com a palavra o Deputado Rodrigo de Castro.
O SR. RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamenta-
res, quero chamar a atenção para a importância de nós votarmos e aprovarmos esta matéria. Ela cria o Fundo
de Energia do Nordeste, e, portanto, vai beneficiar com milhares de empregos aquela região, que é a que mais
precisa de apoio em nosso País, Sr. Presidente.
Na verdade, irá equacionar a questão do suprimento de energia para o setor eletrointensivo, que é quem
mais consome energia no País. Hoje, por causa dos absurdos feitos pelo Governo Federal, as empresas desse
setor estão em situação de fechamento, de falência. Só no Nordeste, são mais de 200 mil empregos ameaçados.
Da mesma maneira, quero chamar a atenção porque nós negociamos exaustivamente esta medida
nos últimos meses, dialogamos com o Ministério de Minas e Energia, inclusive com o próprio Ministro Eduar-
do Braga, e incluímos a Região Centro-Oeste e Sudeste. Por quê? Porque são as Regiões do País em que mais
200 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

existem empresas do setor eletrointensivo. Em Minas Gerais, na região norte, no Vale do Jequitinhonha – está
aqui a Deputada Raquel Muniz, que é testemunha disso –, milhares de empregos já foram afetados. Sras. e
Srs. Parlamentares, há cidades em que de 40% a 80% da força produtiva já foi mandada embora por conta do
fechamento de empresas, que perderam inteiramente a competitividade por causa do aumento de energia.
Quando o Ministro Eduardo Braga facultou essa medida às empresas do Nordeste – portanto, chamo a
atenção para o fato de que esse é um pleito que atende a todo o Nordeste brasileiro –, ele próprio abriu ali a
opção para que outras empresas, de outras regiões, também fossem beneficiadas.
Por parte do PSDB, estive, junto com o Deputado Domingos Sávio, em audiências no Ministério de Mi-
nas e Energia, negociamos com o Relator Eunício Oliveira. Essa matéria foi, sim, debatida, votada e aprovada
na Comissão ontem, onde houve intenso debate. Ela está pronta para ser decidida pelo Plenário.
Repito: quem votar a favor vai votar pela manutenção do emprego de mais de 400 mil pais e mães de
família, que estão ameaçados. Muitos deles já estão na rua, mas esta medida permitirá, inclusive, a recontrata-
ção de dezenas de milhares de trabalhadores.
Portanto, nós queremos que ela seja votada e aprovada, Sr. Presidente.
Muito obrigado, Sras. e Srs. Parlamentares.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Rogério Rosso, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PSD.
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, povo brasileiro que nos assiste pela TV Câmara, eu gostaria, primeiramente, claro, de agradecer e abraçar,
com todo o carinho, todos aqueles que nos prestaram apoio, que nos prestaram solidariedade e quero dizer
também que, enquanto eu estiver vivo, jamais V.Exas., 512 Parlamentares desta Casa, receberão uma ofensa
pessoal de minha parte. (Palmas.)
O povo brasileiro, nas 27 Unidades da Federação, nos deu uma procuração em branco para que, durante
4 anos, aqui no Parlamento, aqui na Câmara dos Deputados, nós travássemos bons debates, de modo que, nas
divergências existentes entre bancadas, a resultante, a convergência fosse sempre em prol do povo brasileiro.
É por isso que eu, como Líder do PSD, onde tenho 35 amigos, e como Líder de um partido da base, posso
e devo divergir daquilo que, com convicção, pela experiência pessoal, pela visão da bancada ou pelo povo
brasileiro, nós entendemos que o Governo encaminha de forma errada.
É por isso que, com todo o respeito, divirjo, sim, da política econômica do Ministro Levy. Como o setor
produtivo brasileiro vai conseguir ser competitivo, vai conseguir ser produtivo, com essa taxa de juros elevada?
Como o povo brasileiro, como o setor produtivo brasileiro vai gerar empregos? Como o setor produtivo brasileiro
vai gerar divisas e renda, quando nós aumentamos a carga tributária?
Mas eu devo e posso divergir porque fui eleito – nós fomos eleitos – para travar o combate das boas
ideias, esse combate de alto nível acerca das divergências em prol da sociedade.
É por isso que não me senti ofendido em nenhum momento e agradeço do fundo do meu coração,
Deputado Orlando, a V.Exas.
Quero dizer que sempre V.Exas. terão em mim a verdade. Vou divergir do Governo quando tiver convic-
ção de que o nosso ponto de vista é maior que o ponto de vista do Governo.
Nenhum de V.Exas. é irresponsável, porque o povo brasileiro não foi irresponsável ao colocar todos nós aqui.
Dito isso, quero dizer, mais uma vez, muito obrigado.
Vou seguir neste mesmo caminho como Líder do PSD, porque o PSD, juntamente com este Parlamento,
também tem o desafio de tirar o País desta grave crise econômica e política pela qual nós não fomos os res-
ponsáveis. Mas não interessa. O que nós precisamos é encontrar o caminho e as soluções e não sermos sub-
servientes a uma indicação sobre a qual eventualmente nós tenhamos divergência.
Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência reitera o seu apreço pelo Deputado Rogério Rosso.
É um Parlamentar gentil, bastante cioso da sua posição dentro desta Casa. Sempre agiu com distinção e com
educação e dirigiu-se a todos com respeito.
A Presidência parabeniza V.Exa. pelo seu comportamento. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à orientação de bancada para votação de requerimento
de retirada de pauta da MP 677.
Como vota o bloco do PMDB? (Pausa.)
Como vota o PT?
O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PMDB?
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 201

O SR. CARLOS HENRIQUE GAGUIM (Bloco/PMDB-TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB
vota “não” à retirada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. ALEXANDRE BALDY (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “não” à retira-
da, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB?
O SR. CARLOS GOMES (Bloco/PRB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR? (Pausa.)
Como vota o PSD?
O SR. MARCOS MONTES (PSD-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. FABIO GARCIA (PSB-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. ALEXANDRE LEITE (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “não” Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. EZEQUIEL TEIXEIRA (SD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Solidariedade vota“não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PCdoB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
O SR. ROBERTO FREIRE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Essa MP chegou agora. Nós que-
remos examiná-la melhor. Ela mexe com energia elétrica, tarifaço, uma série de questões delicadas. Não precisa
ter esse açodamento. Isto é matéria para encher de conteúdo as sessões e evitar que o Congresso Nacional se
reúna, a não ser que se reverta, no plano legislativo, a decisão do Supremo, como se fosse possível, em rela-
ção a financiamento empresarial de partidos e campanhas. É isso que está meio em jogo aqui. É o substrato.
O nosso voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PROS?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PROS vota “não” Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, nós somos absolu-
tamente favoráveis à votação. Então, votamos “não” ao requerimento de retirada de pauta, porque esse é um
reforço enorme que se dá à Companhia Hidroelétrica do São Francisco, a famosa CHESF, que conseguiu sobre-
viver àquela volúpia de certas privatizações naquele momento dramático do Brasil em que muitas pessoas –
não se pode dizer que foi a Esquerda, mas a Esquerda, a Direita, o centro, o alto, o baixo, todos os brasileiros –,
preocupadas com o Nordeste, defenderam a CHESF como empresa estatal.
Então, acho que a participação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste vai fortalecer mais a CHESF,
o que vai dar ao Fundo ativos mais expressivos para a sua vida financeira. Portanto, votamos “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta repactua-
ção é essencial inclusive para garantir empregos que hoje estão quase na berlinda, principalmente na Região
Nordeste, que sempre precisou desse tipo de incentivo. E isso não é favor, porque esse tipo de incentivo já foi
concedido a outras regiões. Foi assim que elas se desenvolveram.
Agora, está na hora de desenvolver o Nordeste. Consequentemente, a Minoria, respeitando o voto do
PSB, encaminha o voto “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Governo vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o requerimento de retirada de pauta.
202 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se
acham e os contrários se manifestem. (Pausa.)
REJEITADO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passamos ao item.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 677, de 2015, que autoriza a Companhia
Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de Energia do Nordeste, com o objetivo
de prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica e altera a
Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004; tendo parecer
da Comissão Mista, pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência; pela consti-
tucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação financeira e orçamen-
tária; e, no mérito, pela aprovação desta, e, parcialmente das Emendas de nºs 20, 23, 46; 49 a
61; 64, 88 a 90, 92, 100, 103, 105, 106, 112, 116 e 117; e pela rejeição das Emendas de nºs 1 a
19, 21, 22; 24 a 45; 47, 48, 62, 63, 65 a 87, 91; 93 a 99; 101, 102, 104; 107 a 111; 113 a 115, 118
a 120, nos termos do Projeto de Lei de Conversão nº 16 de 2015, adotado. (Relator: Senador
Eunício Oliveira e Relator Revisor: Deputado Leonardo Monteiro)
PRAZO NA CÂMARA: 20/07/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 07/08/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 21/08/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 20/10/2015
Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à discussão da matéria.
Para falar contra a matéria, concedo a palavra ao Deputado Glauber Braga.
O SR. GLAUBER BRAGA (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o re-
querimento que foi aqui defendido pelo Deputado Fábio era correto. Esta medida provisória tinha, sim, que
ser retirada de pauta.
Do que estamos tratando aqui? De aditamento de contrato, de fornecimento de energia de elétrica e
de criação de fundo. Só que é importante dizermos que houve um aumento, a partir da medida provisória, de
22,5% nas contas de energia elétrica distribuídas aos consumidores, aos cidadãos brasileiros.
E mais do que isso: trata-se da criação de um fundo que gera recurso público para que os investimentos
privados sejam realizados, levando o risco para próximo de zero. Para fazer uma comparação, isso me lembra
o que aconteceu com o Maracanã, no Estado do Rio de Janeiro: o Governo pegou mais de 1 bilhão de reais de
investimento público para reforma do estádio com o BNDES, ou seja, utilizando recurso público, e, logo depois,
disponibilizou a exploração do Maracanã para o setor privado, que cobra ingressos a preços que a maioria do
povo não pode pagar para assistir ao espetáculo do futebol.
Esta medida provisória trata, sim, desse tema, que precisava de uma discussão mais ampla. Exatamente
por este motivo, nós do PSOL estamos votando “não” a esta medida provisória.
Eu quero também abordar não só o mérito, mas o método. Esta sessão não deveria estar acontecendo.
Existia uma convocação do Congresso Nacional. Começou com a chantagem pública do PMDB com o Governo.
Agora, é a chantagem pública do PMDB com o próprio PMDB, ou seja, se Renan Calheiros não coloca em votação
lá no Senado Federal o financiamento empresarial das campanhas eleitorais, o Presidente da Casa, Deputado
Eduardo Cunha, convoca para o mesmo momento da sessão do Congresso Nacional uma outra sessão. Isso
é um absurdo! É a institucionalização da chantagem. Daqui a pouco, vai ter que apresentar um projeto de lei
com os artigos 1º, 2º, 3º das formas de chantagear não só privadamente, mas publicamente. Isso o Parlamento
brasileiro não pode e não deve aceitar.
Nós votamos “não” ao mérito desta medida provisória e ao método da chantagem que vem sendo utili-
zada agora não só nos bastidores, mas também publicamente.
Nós do PSOL votamos “não”.
O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero esclarecer
ao Deputado Glauber que a posição colocada por V.Exa. engloba a maioria dos Líderes desta Casa. Eu estava na
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 203

reunião. V.Exa. não tomou essa decisão. V.Exa. tomou essa decisão em conjunto com vários Líderes, começando
pelo maior partido da Casa, o PMDB, chegando ao meu partido, o Democratas, também.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan.
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta medida provisória cria um
fundo para incentivar empresas do Nordeste. Nós somos favoráveis. Ela cria um fundo que permite que não haja um
comprometimento tão grande com o item energia por parte dessas empresas e permite que, além de poder haver
a repactuação, as outras empresas selecionadas possam participar desse fundo. Para o Nordeste, é um fundo bom.
A única coisa que nós temos a dizer contra esta medida é justamente o fato de ela não ser aberta a todas
as empresas. Algumas empresas foram escolhidas para ser beneficiadas. Nós gostaríamos que todas as empre-
sas pudessem ser beneficiadas.
Muitas vezes se diz que o Nordeste está sendo beneficiado e tal, mas isso é o que deve acontecer mesmo.
Na verdade, já houve muito incentivo para o Sul e para o Sudeste, e não para o nordeste. Agora chegou a hora
de pensarmos no desenvolvimento do Nordeste, que se faz necessário para que saiamos daquela condição de
ter o pires na mão. Sempre vou defender, e defendo, rigorosamente, qualquer benefício que vá para o Nordeste.
Quero aproveitar também meu tempo e falar, Sr. Presidente, sobre esse problema da Controladoria-Geral da
União. Foi prometido na campanha que esse órgão seria valorizado. Eu acho que entendem que valorizar é tirar
o patamar dele de Ministério e ir para segundo escalão; é diminuir todas as suas atribuições e o seu orçamento.
É dessa forma que o Governo quer combater corrupção? Acabando com um órgão que combate
diretamente a corrupção, um órgão que já fechou acordos de leniência cuja consequência é a devolução para
os cofres públicos de cerca de 3 bilhões?
Esse órgão não está dando prejuízo. A Controladoria-Geral da União não deve ser mexida; deve continuar
do jeito que está, para que possa fazer um trabalho inclusive preventivo em nosso País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra a matéria, concedo a palavra ao Deputado Fa-
bio Garcia.
O SR. FABIO GARCIA (PSB-MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu vou tentar, brevemente, ex-
plicar o que está incluído nesta medida provisória.
Nós estamos tratando de duas questões que são separadas, distintas: uma é uma extensão dos contratos
de alguns consumidores conectados à CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e de alguns consu-
midores de Furnas; a outra é a criação de dois fundos, sendo um inconstitucional.
É importante que digamos isso, Sr. Presidente, porque esse fundo não foi de iniciativa do Executivo, mas
do Legislativo. Entretanto, o Legislativo não pode criar fundo. Então, aqueles que estão achando que o Sudeste
e o Centro-Oeste terão direito a um fundo estão enganados: não terão direito a um fundo; ele é inconstitucional.
Esse fundo de energia, Sr. Presidente, que está sendo criado, na verdade, captura um valor que não é
dessas empresas selecionadas pelo Governo para ter esse benefício. Esse valor é do consumidor de energia
elétrica brasileiro. E esse recurso, Sr. Presidente, para amenizar a dor do consumidor de energia elétrica brasi-
leiro, deveria ser repassado para uma conta chamada Conta de Desenvolvimento Energético, que hoje custa
mais de 20 bilhões de reais aos consumidores de energia elétrica do Brasil, para amenizar o seu tamanho. Esse
subsídio que nós estamos dando custará, ao longo do tempo, mais de 20 bilhões de reais aos consumidores
brasileiros de energia elétrica.
Isso não tem nada a ver – não tem nada a ver! – com a renegociação dos contratos. Podem-se renegociar
os contratos, e não se cria fundo para privilegiar uma empresa ou outra no setor, em detrimento de todos os
consumidores. Pega-se o possível benefício que esse fundo teria e joga-o na Conta de Desenvolvimento Energé-
tico, para que possamos diminuir o tamanho da conta de todos os consumidores brasileiros de energia elétrica.
Nós resolveremos o problema do desemprego do Norte e do Nordeste e também poderemos amenizar a
dor e o sofrimento daqueles que estão pagando essa conta no valor de mais de 20 bilhões de reais, levando, pelo
menos, parte desse benefício para um fundo que se chama Conta de Desenvolvimento Energético, Sr. Presidente.
É esse ajuste que precisa ser feito nesta matéria, porque, com ela, está-se tentando, na verdade, resolver
dois problemas: o problema das indústrias e o problema de caixa de distribuidoras. Nas costas de quem? Nas
costas do consumidor brasileiro de energia elétrica, que não aguenta mais pagar essas contas.
Vamos ser justos com o consumidor! Não vamos transferir essa conta ao consumidor. Amanhã, se a
energia elétrica subir, nós teremos votado por essa subida e seremos cobrados por todos os consumidores de
energia elétrica brasileiros, Sr. Presidente.
Então, eu peço uma reflexão desta Casa para que não joguemos mais uma vez a conta da falta de plane-
jamento nas costas do consumidor de energia elétrica brasileiro.
Obrigado, Sr. Presidente.
204 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, tem a palavra o Deputado Leonardo Monteiro.
O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
quero também defender a Medida Provisória nº 677.
Como se diz popularmente, nós não podemos tratar os desiguais de forma igual; nós temos que tratar
os desiguais de forma desigual. Com base esse princípio, foi editada a Medida Provisória nº 677, de 2015, para
atender a uma região importante do nosso País, que é o Nordeste brasileiro, e trabalhar a questão da produ-
ção de energia no Nordeste.
Para tanto, está-se propondo a instituição do Fundo Nacional de Energia, que vai incentivar os produto-
res de energia dessa Região, ampliando-o inclusive para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste, no sentido de ga-
rantir um incentivo aos grandes produtores de energia. Neste momento em que o País atravessa, sem dúvida
nenhuma, isso vai incentivar a geração de emprego e renda nessas regiões e em todo o País.
Portanto, nós queremos defender a votação favorável à Medida Provisória nº 677, de 2015. Conclamamos
todos os Deputados e Deputadas, de todos os partidos, independentemente de região, a votarem a favor des-
ta medida provisória, que vai fortalecer o setor energético, sobretudo nas regiões mais pobres do nosso País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra a matéria, com a palavra o Deputado Edmilson
Rodrigues, do PSOL do Pará.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
por que ser contra?
Em primeiro lugar, é um tema complexo, mas há de se enfrentar os temas complexos.
Em segundo lugar, a complexidade deixa de ser o problema, quando o objetivo que, em tese, seria po-
sitivo acaba sendo criar benefícios restritivos para uma parcela pequena do segmento econômico do País.
Aqui já foi mencionada, até por quem defendeu a medida provisória, a restrição ao fato de o incentivo
ser direcionado a algumas corporações. Por outro lado, permite-se a formação de sociedades de objetivo es-
pecífico, envolvendo recursos das empresas concessionárias da área de geração de energia.
Tudo bem. Acontece que ninguém falou ainda num aspecto sobre o qual o PSOL precisa falar. Limita-se
a participação de uma estatal, por exemplo, a 49% do capital. Sabe o que significa isso? De repente, os recursos
públicos, esses 49%, de uma única fonte, forjada pelo esforço da sociedade, que são fundamentais para formar
uma sociedade, são utilizados numa empresa na qual os outros 51%, fragmentados entre outros acionários,
vão ter o poder de nomear direção, de definir metas etc.
Nós sabemos que as sociedades de economia mista têm ações ordinárias ou preferenciais. Muitos têm
apenas interesse em participar dos lucros. Mas o Estado não pode abrir mão da determinação, da definição, do
poder de decidir sobre a política. Então, como justificar? Capitalizar uma sociedade com fins específicos, mas,
ao mesmo tempo, abrir mão do exercício do poder sobre a política que ela tem que desenvolver em favor de
uma política energética e de um processo produtivo para o País?
Por outro lado, o fundo que será criado será regulamentado posteriormente. Mas seria necessário que
desde já se definisse a participação da sociedade civil, porque nós temos vários exemplos em que, como os
principais beneficiários são empresas, você tem 22 anos de prorrogação, porque até 2037 já ficam embutidos
22,5% de aumento nas tarifas.
Então, é o capitalista sem risco. Sempre será o lucro. São dadas todas as garantias possíveis para alguns
setores que se julgam prioritários para o desenvolvimento nacional, contra, na verdade, o verdadeiro desen-
volvimento nacional. Por isso, somos contra.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor da matéria, concedo a palavra ao Deputado
Rodrigo de Castro.
O SR. RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
voltamos a esta tribuna e, sempre, em todos os nossos pronunciamentos, somos contrários às posições gover-
nistas, às quais fazemos oposição. Mas, desta vez, o Deputado Leonardo Monteiro, do PT, e eu temos a mesma
bandeira, e fico muito feliz com isso, porque, Sr. Presidente, na verdade, o que nós estamos defendendo é a
manutenção e a criação de milhares de empregos, que estão ameaçados.
Eu sou um crítico feroz – e tem sido essa a minha posição, como Presidente da Comissão de Minas e Ener-
gia – da política energética do Governo do PT, dos mandatos de Lula, dos mandatos da Presidenta Dilma, mas
neste momento nós não temos coloração partidária. Nós estamos junto com os nossos irmãos do Nordeste,
que, de maneira adequada e corajosa, defendem essa medida. Afinal, nós temos lá no Nordeste uma indústria
que começa realmente a se fortalecer, a ter dinamismo, mas agora, com o aumento da conta de luz, viu-se in-
viabilizada. Com isso – repito – milhares de empregos estão ameaçados.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 205

O Ministro Eduardo Braga, por meio da CHESF, negociou e encontrou uma solução para essas empresas,
com a criação do Fundo de Energia para o Nordeste. Essa mesma condição que foi dada ao Nordeste não foi
dada às empresas e aos trabalhadores, portanto, do Sudeste e do Centro-Oeste.
Por isso, nós fomos – e contamos com o apoio imprescindível do Deputado Domingos Sávio – ao Ministro
de Minas e Energia, Eduardo Braga, com o qual negociamos exaustivamente – quero agradecer o apoio do Mi-
nistério –, e ao Relator, Deputado Eunício Oliveira, e foram incluídas a Região Sudeste e a Região Centro-Oeste.
Falo aqui, Sr. Presidente, como quem representa os mineiros. Estou vendo em Pirapora, em Várzea da
Palma, na região de Divinópolis, perto de Santa Bárbara, empresas sendo fechadas e pais de famílias desespe-
rados com a possibilidade de perderem seus empregos.
Então, na verdade, essa medida faz justiça com essas empresas. Nós estamos aqui lutando, meus senho-
res e minhas senhoras, por empregos no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Espírito Santo, no Nordeste brasileiro,
em toda a Região Centro-Oeste. Somente aí nós estamos falando de mais de 400 mil empregos.
É claro que ninguém gosta de ver essa situação. É claro que nós defendemos, repito, que todas as famílias
brasileiras tenham a conta de luz...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. RODRIGO DE CASTRO – Peço que me conceda tempo para concluir, Sr. Presidente, da mesma
maneira que foi dado tempo a outro orador.
Nós torcemos para que todas essas famílias sejam beneficiadas. Lá mesmo, na Comissão, contamos com
a ajuda do Deputado Fabio Garcia nessa luta sem tréguas para termos tarifas de energia elétrica mais baixas
para todas as famílias brasileiras.
Mas me causa estranheza o PSB votar contra uma medida que irá beneficiar Pernambuco, que irá bene-
ficiar a Bahia, ou seja, Estados que desde cedo se preocupam com a manutenção de empregos.
Portanto, Sr. Presidente, quero aqui, ao encerrar minhas palavras, chamar a atenção dos Parlamentares e
pedir que votem “sim” à criação desse fundo, “sim” aos empregos brasileiros, “sim” a mais justiça.
É claro que a luta e o desafio em relação à tarifa de energia para todo o Brasil continuam, mas, neste
momento, nós precisamos de união em torno do emprego...
O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Sr. Presidente, eu preciso saber...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar, Deputado...
Vejam bem, nós estamos aqui... Não há requerimento de encerramento. Senão, vai demorar muito o processo.
Vou ser rigoroso no cumprimento do tempo.
Com a palavra o Deputado Newton Cardoso Jr., para tentar não haver requerimento de encerramento.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Vai ter que fazer uma rebelião do sul do Brasil aqui agora.
O SR. ALEXANDRE LEITE – Vamos prosseguir, Sr. Presidente.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Está excluído do Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – V.Exa. faça em outro momento; não agora.
O SR. LUIZ CARLOS HAULY – V.Exas. vão alimentar...
O SR. ALEXANDRE LEITE – Vamos seguir com a pauta.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Newton Cardoso Jr.
O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-
lamentares, gostaria de chamar a atenção de todos para a importância da aprovação desta medida provisória.
Em primeiro lugar, somos todos sabedores de que o Brasil perdeu, apenas este ano, 500 mil vagas de em-
prego, que, principalmente na indústria, foram ceifadas – foram empregos perdidos, e o FGTS que está sendo
pago para esses desempregados se encerra agora no fim do ano.
O que faremos com 500 mil pessoas a mais desempregadas e necessitadas em nosso País? Ainda não
sabemos. Sabemos, no entanto, que é responsabilidade desta Casa preservar a indústria e o desenvolvimento
do nosso País, ou pelo menos assim é que pauto o meu mandato.
Sr. Presidente, esta medida provisória permite a recriação de uma parte importante desses empregos em
duas regiões insólitas do nosso País. Uma delas é a região onde existem grandes setores eletrointensivos, mas
que geram muitos empregos no Nordeste. A outra é a minha terra natal, Minas Gerais, especialmente a região
norte do Estado, onde o setor eletrointensivo é gerador de pelo menos 80 mil empregos. São Municípios inteiros
que vivem à mercê desse setor, mas não vivem dependentes; vivem em uma grande e importante conjugação
de fatores positivos, pois são indústrias sólidas, indústrias tradicionais, cujos contratos de energia foram rompi-
dos de forma unilateral e sem opção para voltar a preservar os seus negócios e, principalmente, esses empregos.
Ao aprovarmos esta medida hoje, com a criação dos fundos constitucionais, iremos, de forma muito res-
ponsável, garantir que esses contratos sejam renovados, ou que pelo menos sejam reconstituídos em condições
206 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

econômicas equilibradas, de forma a garantir que os negócios sejam retomados, que as exportações de quase
4 bilhões de reais sejam retomadas e que tributos da ordem de quase 10 bilhões de reais sejam garantidos por
esse setor, que é pujante e forte na cadeia produtiva do setor siderúrgico em Minas Gerais.
Conclamo todos a lerem com atenção o que está escrito na medida provisória. Prestem atenção à impor-
tância de restabelecermos esse setor, mas, principalmente, de garantirmos que os empregos sejam preservados
e que voltem para essa nossa importante região do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Afonso Florence. (Pausa.)
Com a palavra o Deputado Domingos Sávio, último orador inscrito.
O SR. DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Parlamentares, eu
peço a atenção de todos. Eu poderia dizer que peço, primeiro, a atenção dos colegas do Nordeste, do Sudeste
e do Centro-Oeste, porque, claro, são as regiões mais diretamente atingidas positivamente por esta MP, mas
100% do Brasil tende a ganhar com ela. É uma solução inteligente para um setor que se encontra em grave crise.
Na verdade, se não aprovarmos esta MP, será uma tragédia da Bahia para cima com relação a uma boa
parte das indústrias que recebem energia da CHESF. A iniciativa partiu de lá.
Nós mineiros percebemos que caminhávamos para a mesma situação com relação a algumas indústrias,
especialmente no setor de ferroliga, que é fundamental em Minas Gerais. De repente, nós identificamos isso
também no Centro-Oeste, em Goiás, no Pará.
O certo é que se criaram dois fundos, para os quais irão parte dos recursos para financiar o desenvolvi-
mento do setor energético. Mas os recursos não serão aplicados só nessas regiões: 50% deles serão aplicados,
obrigatoriamente, no caso do fundo da CHESF, no Nordeste, e o resto, em qualquer parte do País, sempre em
energia alternativa, em desenvolvimento do setor energético. No caso do fundo do Sudeste e no do Centro-
-Oeste, 50% devem ser aplicados ali e 50% no restante do País, em qualquer parte.
Quem vai gerir esse fundo? Uma instituição financeira pública Federal – o BNDES ou outra instituição
pública Federal –, com um conselho, que terá a missão de verificar a eficiência desses projetos que serão finan-
ciados. Não é dinheiro dado para A, B ou C. Então, é algo bem planejado, bem construído.
Há outras questões que também foram acolhidas pelo Senador Eunício e que são frutos do entendimen-
to suprapartidário.
Eu vejo, pela primeira vez, nos últimos dias, uma matéria que reúne um sentimento absolutamente su-
prapartidário. O Deputado Leonardo Monteiro, do PT, lá de Minas Gerais, fez a defesa; em seguida, o Deputado
Rodrigo de Castro, do PSDB; agora, falou o Deputado Newton Cardoso Jr, do PMDB; e eu sou do PSDB. Estamos
comungando do mesmo sentimento. E não é bairrismo de Minas, não; o benefício é para o Brasil. Afinal, começa-
-se a resolver um pouco do estrago que causou a Medida Provisória nº 579, aquela MP que desorganizou o setor
elétrico; começa-se a corrigir de uma maneira mais dirigida a alguns setores que estão em colapso absoluto.
Se nós não aprovarmos esta medida provisória, será um desastre para o Nordeste. Em Minas Gerais, se-
rão mais de 100 mil empregos perdidos de imediato.
Esta MP não tira um centavo do Tesouro e não aumenta a conta de luz de ninguém e é uma engenharia
financeira inteligente, correta. Sua aprovação vai estimular investimentos no setor elétrico e garantir contratos.
Contrato garantido é sinal de estabilidade, de planejamento para um país.
Portanto, eu peço o apoio de todos os colegas, de maneira suprapartidária, de norte a sul do Brasil, para
nós aprovarmos a MP 677 na íntegra do projeto de conversão – na íntegra! Se o mudarmos, rompe-se o acor-
do construído, e perde o Brasil.
Sou a favor da aprovação, na íntegra, da MP 677.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Declaro encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Esta Presidência gostaria de anunciar a presença de alunos do
curso de Direito da Faculdade Estácio de Alagoas – FAL participantes do projeto Direito vai a Brasília, acompa-
nhados do Deputado Marx Beltrão. (Palmas nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à votação.
Vamos ao encaminhamento de votação.
Para falar contra a matéria, concedo a palavra ao Deputado Glauber Braga. (Pausa.)
Para falar contra a matéria, concedo a palavra ao Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.)
Para falar a favor da matéria, concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan. (Pausa.)
Para falar a favor da matéria, concedo a palavra ao Deputado Rodrigo de Castro. (Pausa.)
HÁ SOBRE A MESA OS SEGUINTES DESTAQUES DE BANCADA:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 207

DESTAQUE DE BANCADA
DEMOCRATAS

Senhor Presidente,

Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art.. 161 e § 2°, do


Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do(a)

Salas das Sessões, emJJ de ·~- f , de 2015.

Deputado Mendonça Filho


Líder do Democratas

A FAVOR:

f(Jd-L~71t~~
14~~ ~ ' fie ,
208 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

REQUERIMENTO N°
(Bancada)

Requer destaque para votação em


separado.

Senhor Presidente,

Requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, inciso I e § 2° do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da emenda
0
n. 36, apresentada à Medida Provisória 677, de 2015 de autotia do deputado Fábio
Garcia. ·

Sala de Sessões, em .30 I 0Dr1 /5

Afavor: FAsi6 ~i~


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 209

REQUERIMENTO DE DESTAQUE
(BANCADA DO PT)

Senhor Presidente:

Requeremos, nos termos do art. 161, inciso J: e§ 2°, do Regimento Interno,


destàque para votação em separado do( a)

c# lA{ 1:2 do PLV ~ à M/ nq hrt}5

Sala das essões, 30/oq/15


210 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

REQUERIMENTO DE DESTAQUE
(BANCADA DO PT)

Senhor Presidente:

Requeremos, nos termos do art. 161, inciso .! e § 2°, do Regimento Interno,


destaque para votação em separado · do(a) .

do 1hi;. 13 do fL V ~ q MP 11 :? Dtf/151
. . . I .

~·. m ~o Jlvi.1r;.

Sala das Sessões, 3!?/c?Cfj6 .


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 211

REQUERIMENTO DE DESTAQUE
(BANCADA DO PT)

Senhor Presidente:

Requeremos, nos termos do art. 161 , inciso'! e§ 2°, do Regimento Interno,

destaque para votação em separado do(a)

do .1All5c=Ú7 f>f-V · ~ c7J Mf n q_ 01-7-/15


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..... .
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Sala das Ses ões 30/O q/ 15


'
212 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

~' •.Liderança do PSD .

~. \G .. DESTAQUE DE BANCADA
(PSD)

Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 161, inciso 'JI c/c seu .

§ 2º, ' do Regimento Interno, destaque cb.-~ tYnfff100/V1~ 13


I

ªf4LI>úYtdcv ~ 11/V G-7~/ ~

Sala das Sessões, em ,:J) de Jc~ de 2015.

D putado
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 213

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista, na parte em que manifes-
ta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua
adequação financeira e orçamentária, nos termos do artigo 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à orientação de bancada.
Como vota o PMDB?
O SR. LEONARDO PICCIANI (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “sim”,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. ALEXANDRE BALDY (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB? (Pausa.)
O SR. JHONATAN DE JESUS (Bloco/PRB-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD?
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE (PSD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Demo-
cratas orienta a sua bancada a votar “sim”, ressalvados os destaques, porque entendemos que esta medida
provisória é importante, mas temos ainda que votar os destaques.
O Relator suprimiu uma matéria extremamente importante, um artigo que nós vamos destacar, e peço
a ajuda do Plenário para que possamos restabelecer o texto, sem o qual ficará incompleto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. BEBETO (PSB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB, desde o início do ano,
quando aqui tivemos uma sessão do Congresso Nacional, debateu a recontratação das empresas de energia
eletrointensiva como uma necessidade de manter as indústrias que no Nordeste têm gerado empregos. É uma
medida necessária. Não tivemos êxito. O Senador Walter Pinheiro, inclusive, fez aqui uma intervenção muito
contundente exigindo do Governo um pronunciamento em torno deste assunto.
Em boa hora, nós estamos aqui analisando essa recontratação. O Nordeste precisa de medidas que pro-
movam o seu desenvolvimento. Não é um pedido; é uma necessidade.
A Região Nordeste tem contribuído decisivamente para o País, e essas medidas, sem sombra de dúvidas,
ajudarão as empresas a manter os empregos.
Portanto, o PSB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT, em reconhecimento ao
Nordeste, vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade
também acompanha os demais partidos e vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta
medida provisória é importantíssima para manter os contratos, principalmente nas indústrias eletrointensivas
do Nordeste e de todo o País, que precisam de um tratamento diferenciado.
Quero dizer que isso não implica nenhum aumento na conta de luz para o consumidor brasileiro, mas
sim uma política diferenciada que esse setor precisa ter para o seu desenvolvimento.
É claro que política industrial, em um país da extensão do Brasil, significa tratamento diferenciado e
significa, acima de tudo, honrar os contratos para garantir que esse setor funcione de maneira coerente e positiva.
Portanto, em nome do emprego, em nome da industrialização brasileira e especialmente do Nordeste,
da Bahia, o PCdoB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PROS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PPS?
O SR. MARCOS ABRÃO (PPS-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em respeito a mi-
lhares de empregos no Brasil, o PPS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
214 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Como vota o PSOL?


O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vamos
remar contra a maré. Estranhamos, até, porque, quando se trata do interesse de grandes corporações, as te-
ses neoliberais predominam, e não há oposição ao Governo, mas, quando se trata do interesse dos pobres, há
proselitismo, e as coisas ficam cada vez mais contra os humildes.
Então, vamos votar contra, porque esta medida é a favor do desequilíbrio social.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós, pelas razões
já apresentadas anteriormente, vamos votar “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. RODRIGO DE CASTRO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quem vota
“sim” não está votando pelas grandes corporações; quem vota “sim” está votando pelo trabalhador brasileiro. E
nos causa estranheza essa posição do PSOL de dar as costas aos trabalhadores de todo o País.
Por outro lado, queremos nos congratular com o PSB, que mudou sua posição para “sim”, porque votar
“sim” é votar por mais emprego no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sudeste brasileiros, Sr. Presidente. Aquelas
cidades e aquelas pessoas que estão desesperadas com a falta de perspectivas, com as empresas fechando,
agora ganham novo alento.
Portanto, Sr. Presidente, a Minoria está unida e vota “sim” pelos empregos no Brasil, “sim” por justiça so-
cial, “sim” por uma energia elétrica mais barata.
Gostaríamos que assim fosse para todos os brasileiros, mas, não sendo possível, manteremos os empregos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “sim”, Sr. Presiden-
te, lembrando que esta é uma medida provisória fundamental para as regiões do Brasil, especialmente para a
Região Nordeste. Ela vai garantir a criação do fundo, vai permitir a prorrogação dos contratos de concessões e,
portanto, vai gerar oportunidades de investimento em vários empreendimentos.
Esta é a posição do nosso Governo, que teve essa iniciativa dado o compromisso que tem com as regi-
ões do Brasil, principalmente com aquelas onde há investimentos pesados e importantes por parte da CHESF.
Portanto, o Governo vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSC?
A SRA. RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSC
vota “sim”, com muita alegria, porque será muito importante para o norte de Minas, minha região.
Eu faço parte da Comissão Externa de Transposição do Rio São Francisco, e lutamos muito junto ao Pre-
sidente da Comissão Mista, Deputado Manoel Junior, e junto ao Relator, Senador Eunício Oliveira, para que os
Municípios do norte de Minas fossem contemplados. Fizemos uma emenda que foi incorporada ao texto da
medida provisória.
Por isso, o PSC vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que manifesta
opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua
adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. FABIO GARCIA (PSB-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Gostaria de registrar meu voto
contrário, obviamente, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão nº 16, de 2015, adota-
do pela Comissão Mista à Medida Provisória nº 677, de 2015, ressalvados os destaques.
O CONGRESSO NACIONAL Decreta:
Art. 1° Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco Chesf autorizada a participar do Fundo de Ener-
gia do Nordeste – FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de energia
elétrica, conforme regulamento.
Art. 2° O FEN será criado e administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indi-
retamente.
Art. 3° Serão recursos do FEN aqueles previstos no § 16 do art. 22 da Lei n° 11.943, de 28 de maio de 2009.
§ 1º Os recursos do FEN deverão ser investidos em empreendimentos de energia elétrica na seguinte
proporção:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 215

I – no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste; e


II – até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde que em fontes com preços inferiores aos
praticados na Região Nordeste.
§ 2° Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as decisões deliberadas por seu Conselho Gestor.
§ 3° Os recursos do FEN serão de titularidade das concessionárias geradoras de serviço público, inclusive
aquelas sob controle federal que atendam ao disposto no art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, para
implantação de empreendimentos de energia elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais
as concessionárias tenham participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital próprio das
sociedades a serem constituídas.
§ 4° Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1°, a rentabilidade estimada dos recursos
aplicados pelos acionistas nas sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo, ao
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das concessionárias geradoras de serviço
público de que trata o § 3°, referenciada nos planos de negócio associados.
Art. 4° O Conselho Gestor do FEN – CGFEN será um colegiado de caráter deliberativo, cuja composição
e funcionamento serão definidos em regulamento.
§ 1° Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar os membros do CGFEN, indicados pelos
titulares das organizações as quais representem.
§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o Presidente do CGFEN.
§ 3° O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.
§ 4° O CGFEN contará com apoio técnico e administrativo do órgão ou entidade da administração pública federal.
§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes no CGFEN correrão à conta de dotações
orçamentárias dos respectivos entes nele representados.
§ 6° A participação nas atividades do CGFEN será considerada prestação de serviço relevante, não
remunerada.
Art. 5º A Lei n° 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras
de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais, vigentes à data de
publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no art. 3° da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão aditados a partir de 1º de julho de 2015, desde que atendidas às condições estabelecidas
neste artigo, mantidas as demais condições contratuais.
§ 1° Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8 de fevereiro de 2037.
§ 2° As reservas de potência a serem contratadas de 1º de julho de 2015 a 8 de fevereiro de 2032
corresponderão a montante de energia igual à soma das parcelas a seguir:
I – totalidade da parcela da garantia física vinculada ao atendimento dos contratos de fornecimento
alcançados pelo caput, a qual não foi destinada à alocação de cotas de garantia física de energia e de
potência, nos termos do art. 1°, § 10, § 11 e § 12, da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de 2013; e
II – parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho, no centro
de gravidade do submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.
§ 3° A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência contratadas serão reduzidas uniformemente
à razão de um sexto a cada ano, observado o disposto no § 1°.
§ 4º Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos a alocação de cotas de garantia física de energia
e de potência para as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia
elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos termos do art. 1° da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de
2013, os montantes de energia correspondentes a:
I – redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 3°, no período de 9 de fevereiro de 2032 a
8 de fevereiro de 2037; e
II – qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua vigência, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 12.
§ 5° Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o inciso II do § 2° será prorrogada
pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 2013.
§ 6° A garantia física da usina de que trata o inciso Il do § 2° não está sujeita à alocação de cotas de
garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1° da Lei n° 12.783, de 2013,
no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 4°.
§ 7° O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada a variação do índice
de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização até 30 de junho de 2015.
216 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 8° Em 1° de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do § 7° será majorado em vinte e dois
inteiros e cinco décimos por cento.
§ 9° A partir de 1° de julho de 2016, o valor da tarifa será reajustado anualmente em 1° de julho, conforme
índice de atualização disposto a seguir:
I – setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, publicado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de
reajuste da tarifa; e
II – trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data de reajuste
da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do
Tesouro Nacional – LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B – NTN-B ou entre títulos equivalentes
que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.
§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2° será rateado entre os consumidores de que trata o caput
na proporção do consumo médio apurado entre 1° de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015.
§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus contratos de fornecimento
poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias geradoras de
serviço público a que se refere o caput.
§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em aditar total ou parcialmente seus
contratos, nos termos deste artigo, ou decidirem peja rescisão ou redução de seus contratos ao longo de
sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores
para rateio.
§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1° de julho de cada ano, conforme definido no § 9°, as
tarifas de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7° e § 8° serão objeto das seguintes condições:
I – a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional tarifário de doze inteiros e sete déci-
mos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1° de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015;
II – as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão redução de oito in-
teiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de janeiro de 2016 a 31
de janeiro de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata o inciso I;
III – nos reajustes anuais, a partir de 1° de julho de 2016 até 1° de julho de 2021, inclusive, serão conside-
radas como base de incidência as tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso II; e
IV – a partir de 1° de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e demanda serão calculadas a partir dos va-
lores estabelecidos nos termos dos § 7° e § 8°, acrescidos dos reajustes anuais.
§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes referenciais de energia contratada a cada ano:
l – para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva de potência contratada neste segmento
considerando o fator de carga unitário’, e
II – para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor entre:
a) a reserva de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga unitário; e
b) noventa por cento da reserva de potência contratada no segmento fora de ponta.
§ 15. Observado o disposto nos §§ 10, 11 e 12, a reserva de potência a ser contratada anualmente poderá
ser alterada pelo consumidor com antecedência de sessenta dias antes do inicio do ano civil subsequen-
te, nos seguintes termos:
I – o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de potência anual contratada para o ano se-
guinte em cada segmento horosazonal;
II – a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior estabelecido pelo montante de energia
contratado;
III – a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá respeitar o limite inferior de noventa por
cento da reserva de potência contratada neste segmento, exclusivamente para os consumidores que
tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência contratada nos segmentos de ponta e
fora de ponta;
IV – não será admitida redução de reserva de potência anual no segmento fora de ponta; e
V – não se aplica o disposto no inciso II do § 40 e no § 12 à eventual redução anual de reserva de potência.
§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no Fundo de Energia
do Nordeste – FEN, a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa
calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei na 12.783, de 11 de janeiro de 2013, dedu-
zidos, proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a
Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei na 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 217

e encargos setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou alíquotas alteradas,
relativa aos seguintes montantes de energia, observado o disposto nos §§ 3°, nos termos do § 17:
I – na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso I do § 2° nos seguintes termos:
a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período de 10 de janeiro de 2016 a 8 de fevereiro
de 2022;
b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de
fevereiro de 2030; e
c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de
2037; e
II – noventa por cento da garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2° no centro de gravidade
do submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:
a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de
fevereiro de 2030; e
b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de
2037.
§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FEN, o valor correspondente aos tributos devidos
sobre o resultado da concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e o valor
que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada nos termos do § 16.
§ 18. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a companhia por ações titular
da concessão de geração de que trata o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada
exercício, a movimentação financeira dos aportes realizados ao FEN por ocasião das demonstrações
financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas nos termos do § 17, devendo ser evidenciados
os eventuais ajustes nos valores apertados ao FEN, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FEN do
exercício subsequente.
§ 19. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015, não será destinado
à alocação de cotas de garantia física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da
Lei da nº 12.783, de 2013, o montante de cotas de garantia física de energia e de potência correspondente
a três vezes o montante de energia estabelecido no inciso I do § 2°, sendo alocado às concessionárias
geradoras de serviço público de que trata o caput.
§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores
finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor com quem contratará
sua compra de energia elétrica.» (NR)
Art. 6º Fica Furnas Centrais Elétricas S.A. – FURNAS autorizada a participar do Fundo de Energia do Su-
deste e do Centro-Oeste PESC, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
geração e transmissão de energia elétrica, conforme regulamento.
Art. 7° O FESC será criado e administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou in-
diretamente.
Art. 8° Serão recursos do FESC aqueles previstos no art. 10 desta Lei.
§ 1° Os recursos do FESC deverão ser investidos em empreendimentos de geração e transmissão de
energia elétrica, respeitado o mínimo de cinquenta por cento no Sudeste e no Centro-Oeste.
§ 2° Os recursos do FESC serão aplicados de acordo com as decisões deliberadas por seu Conselho Gestor,
preferencialmente em projetos apresentados pela concessionária de que trata o art. 6°.
§ 3° Os recursos do PESC serão de titularidade da concessionária geradora de serviço público de que
trata art. 6º , para implantação de empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica através de
Sociedades de Propósito Específico nas quais tenha participação acionária de até 49% (quarenta e nove por
cento) do capital próprio das sociedades a serem constituídas.
§ 4° Para a seleção dos projetos de que trata o § 1º, a rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos
acionistas nas Sociedades de Propósito Específico constituídas deve atender no mínimo ao custo de capital
próprio estabelecido pelos acionistas controladores das concessionárias geradoras de serviço público de que
trata o art. 6º referenciada nos planos de negócio associados.
Art. 9º O Conselho Gestor do FESC – CGFESC será um colegiado de caráter deliberativo, cuja composição
e funcionamento será definida em regulamento.
§ 1º Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar os membros do CGFESC, indicados pelos
titulares das organizações as quais representem.
218 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o Presidente do CGFESC.


§ 3° O Presidente do CGFESC exercerá o voto de qualidade.
§ 4° O CGFESC contará com apoio técnico c administrativo de órgão ou entidade da administração pública
federal, conforme regulamento.
§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes no Conselho Gestor do FESC correrão
à conta de dotações orçamentárias dos respectivos entes nele representados.
§ 6º A participação nas atividades do CGFESC será considerada prestação de serviço relevante, não
remunerada.
Art. 10. Serão celebrados contratos de suprimento de energia elétrica entre a concessionária de gera-
ção de energia elétrica de que trata o art. 6° c os consumidores finais cujas unidades consumidoras localizadas
no submercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que atendidas as condições estabelecidas
neste artigo.
§ 1º Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e registrados no Ambiente de Contratação Livre –
ACL até 27 de fevereiro de 2020.
§ 2º Os contratos de que trata o caput terão início em 10 de janeiro de 2016 e término em 26 de fevereiro
de 2035 e, observado o disposto no § 5°, início de suprimento em:
a) 1° de janeiro de 2016;
b) 1° de janeiro de 2017; e
c) 1° de janeiro de 2018.
§ 3° Os montantes de energia a serem contratados equivalem às parcelas de energia vinculadas à garantia
física da Usina Hidrelétrica ltumbiara, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as perdas
elétricas e o consumo interno, conforme disposto a seguir:
I – em2016, vinte por cento da garantia física da usina deduzidas as perdas e o consumo interno;
II – em 2017, cinquenta por cento da garantia física da usina deduzidas as perdas e o consumo interno; e
III – a partir de 2018, oitenta por cento da garantia física da usina deduzidas as perdas e o consumo in-
terno, observado o disposto no § 4°.
§ 4° A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de energia contratada serão reduzidos uniformemente
à razão de um sexto a cada ano, observado o término de suprimento disposto no § 2°.
§ 5° As revisões ordinárias de garantia física da usina de que trata o § 3° que impliquem redução da
garantia física ensejarão redução proporcional dos montantes contratados.
§ 6º Para a contratação de que trata o caput, a concessionária geradora de serviço público de que trata o
art. 6° deverá realizar leilão no prazo de sessenta dias contados da publicação dessa Lei, nos termos do inciso
I do § 5° do art. 27 da Lei n° 10.438, de 26 de abril de 2002, observadas as seguintes diretrizes:
I – o preço de referência do leilão será o preço médio dos contratos aditivados em 1° de julho de 2015,
nos termos do art. 22 da Lei n° 11.943, de 28 de maio de 2009, acrescido de cinco inteiros e quatro décimos
por cento, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, ou outro que o substitua,
do mês de agosto de 2015 até o mês de realização do leilão;
Il – o critério de seleção será o de maior preço ofertado;
III – o montante de energia a ser contratada será rateado com base na declaração de necessidade dos
consumidores de que trata o caput, vencedores do leilão, limitada, no total a ser suprido, ao consumo médio
apurado entre 1° de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2012;
IV – poderão contratar energia nos leilões exclusivamente os consumidores de que trata o caput cujas
unidades consumidoras são atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maior ou igual a 500
kW (quinhentos quilowatts), desde que:
a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de magnésio; ou
b) cujas unidades consumidoras tenham fator de carga de no mínimo 0,95, apurado no período de
que trata o inciso III.
V – a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com frequência mínima semestral, para aten-
dimento a partir do início do semestre subsequente, até que a energia de que trata o § 3° esteja totalmente
contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro.
§ 7° O preço dos contratos será reajustado anualmente em janeiro, conforme índice de atualização
disposto a seguir:
I – setenta por cento da variação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA, publicado pelo Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de reajuste da tarifa; e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 219

II – trinta por cento da expectativa da variação do lPCA para os doze meses seguintes à data de reajuste
da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesou-
ro Nacional – LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B – NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a
substituí-los, conforme dispuser o regulamento.
§ 8° A energia contratada terá sazonalização e modulação uniforme e o pagamento dar-se-á pela energia
contratada ao valor resultante dos leilões de que trata o § 6°, atualizado nos termos do § 7°.
§ 9° A diferença entre a energia contratada média e a energia consumida média será apurada mensalmente,
calculada para cada consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:
I – a média móvel de doze meses da energia contratada; e
Il – a média do consumo de energia dos doze meses precedentes ao mês de apuração, contabilizado na
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, considerado o rateio de perdas na Rede Básica.
§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à energia contratada média, será devido pelo
consumidor ao concessionário de geração, o valor a ser calculado conforme disposto a seguir:
I – a diferença entre a energia contratada média e a energia consumida média será valorada, considerado
o período de dozes meses anteriores ao mês de apuração, pela diferença positiva entre:
a) o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD médio, do submercado Sudeste/Centro-Oeste; e
b) o preço médio dos contratos de que trata o caput:
II – não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for inferior ou igual ao preço médio dos contratos;
III – será devido mensalmente o valor correspondente a um doze avos do valor calculado nos termos do inciso I;
IV – o pagamento da primeira parcela de que trata o inciso III dar-se-á após decorridos vinte e quatro
meses do inicio de suprimento do contrato;
V – as parcelas de que trata o inciso III serão devidas até a completa quitação das diferenças entre a ener-
gia contratada média e a energia consumida média.
§ 11 A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus contratos de suprimento
poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras contratadas com a concessionária de geração.
§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua
vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.
§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação de cotas de garantia física de
energia e de potência para as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia
elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN, nos termos do art. 1º da Lei n° 12.783, de 2013, os montantes
de energia correspondentes a:
I – redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 4°, no período 27 de fevereiro de 2030 a
26 de fevereiro de 2035;
Il – qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua vigência, no
período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no § 12; e
III – qualquer parcela de energia de que trata o § 3°, inciso Ill, que não tiver sido contratada nos termos
do § 6°, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.
§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o § 3° será prorrogada pelo
prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 2013.
§ 15. A garantia física da usina de que trata o § 3° não estará sujeita à alocação de cotas de garantia física
de energia e potência estabelecida no inciso II do § Iº do art. 1° da Lei n° 12.783, 11 de janeiro de 2013, no pe-
ríodo de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no § 13.
§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que trata o caput aportará, no Fundo de Energia do
Sudeste e do Centro-Oeste – FESC, a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação
da tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de 2013,
deduzidos, proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa
e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou alíquotas alteradas, relativa ao montante
de energia contratada nos termos dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, nos termos dos §§ 17 e 18.
§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no PESC o valor correspondente aos tributos devidos
sobre o resultado da concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e o valor que
exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada nos termos do § 16.
220 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 18. O aporte ao FESC da diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela ANEEL, nos termos dos §§ 15 e 16, relativa ao montante de energia contratado nos termos
dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, dar-se-á considerando o disposto a seguir:
I – oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26
de fevereiro de 2030;
II – cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 27 de fevereiro de 2030 a 26 de feve-
reiro de 2035; e
lII – cem por cento da receita adicional prevista no § 8°, realizadas as deduções previstas nos §§ 15 e 16,
no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.
§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a companhia por ações titular da
concessão de geração de que trata o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada exercício,
a movimentação financeira dos aportes realizados ao FESC por ocasião das demonstrações financeiras anuais,
inclusive quanto às deduções realizadas nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes
nos valores apartados ao FESC, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FESC do exercício subsequente.
§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores
finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor com quem contratará sua
compra de energia elétrica.
Art. 11 A Lei na 9.491, de 9 de setembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 6° ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 10. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL autorizada a anuir com a repactuação, que
venha a gerar benefícios potenciais à prestação do serviço público de distribuição de energia, de
dívidas setoriais em moeda estrangeira, das empresas incluídas no Programa Nacional de Desesta-
tização (PND), para que seja convertida em moeda nacional, com remuneração mensal pela varia-
ção da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC e prazo máximo de 120 meses
considerando períodos de carência e de amortização.
§ 11. Será considerado como data base da repactuação, de que trata o § 10, o primeiro dia útil do
ano em que se deu a inclusão da empresa no PND.» (NR)
Art. 12. Não se aplicam os limites constantes dos artigos 15 e 16 da Lei na 9.065, de 20 de junho de 1995
às sociedades empresariais que pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial, nos
termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, até o trânsito em julgado da sentença
disposta no artigo na 63 da referida Lei.
Art. 13. O art. 10A da Lei na 10.522, de 19 de julho de 2002, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 10-A O empresário ou sociedade empresarial que pleitear ou tiver deferido o processamento da
recuperação judicial, nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, po-
derão parcelar seus débitos com a União, inclusive os constituídos posteriormente ao processamento
da recuperação judicial, em cento e vinte parcelas mensais e consecutivas, calculadas observando-se
os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da dívida consolidada:
I – 1ª (primeira) à 24ª (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco décimos por cento);
II – da 25ª (vigésima quinta) à 48ª (quadragésima oitava) prestação: 0,7% (sete décimos por cento);
III – da 49ª (quadragésima nona) à 119ª (centésima décima nona) prestação: 1% (um por cento); e
IV – 120ª (centésima vigésima) prestação: saldo devedor remanescente.
..........................................................................................................................................................................................” (NR)
Art. 14. O art. 4° da Lei n° 12.111, de 9 de dezembro de 2009, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
3° e 4º:
“Art. 4° ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§3° As bandeiras tarifárias homologadas pela ANEEL não são aplicadas aos consumidores finais aten-
didos nos Sistemas Isolados por serviço público de distribuição de energia elétrica.
§4° Os agentes que, em 31 de dezembro de 2014, operavam no âmbito dos Sistemas Isolados serão
considerados plenamente integrados ao SIN após a adequação plena dos sistemas de transmissão e
distribuição associados, conforme decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE». (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 221

Art. 15. Fica revogado o parágrafo único do art. 6° da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000.
Art. 16. Fica revogado o parágrafo 1º do art. 10-A da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.
Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à orientação de bancada.
Como vota o Bloco do PMDB? (Pausa.)
Como vota o PT?
O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. ALBERTO FILHO (Bloco/PMDB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PMDB vota “sim”.
Como vota o PSDB?
O SR. ALEXANDRE BALDY (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB? (Pausa.)
Como vota o PR?
O SR. WELITON PRADO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero registrar o voto do Depu-
tado Weliton Prado na votação anterior: voto contrário.
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PR vota “sim”.
Como vota o PSD? (Pausa.)
O SR. JHONATAN DE JESUS (Bloco/PRB-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. JOAQUIM PASSARINHO (PSD-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSD vota “sim”.
Como vota o PSB?
O SR. BEBETO (PSB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Mais uma vez, ressalvando
os destaques, em homenagem sobretudo ao Nordeste brasileiro, para que se gere energia elétrica que venha
a suprir a necessidade dessa região brasileira, o nosso voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade? (Pausa.)
Como vota o PCdoB?
O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PCdoB, Sr. Presiden-
te, vota “sim”, não em nome das grandes corporações, mas em nome do desenvolvimento nacional.
Desestruturar o desenvolvimento nacional não é uma grande causa para os trabalhadores e para o povo
brasileiro. Por isso, o PCdoB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PPS?
O SR. MARCOS ABRÃO (PPS-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.) Como vota o PSOL?
O SR. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Solidariedade vota
“sim”, Sr. Presidente.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais uma
vez, “não”. E é bom que se diga: não usemos os nomes dos trabalhadores para justificar o uso de recursos públi-
cos sem controle público para favorecer o capital intensivo e empresas que usam energia de forma intensiva.
Nós temos que ter recursos públicos aplicados na pequena indústria, na micro e pequena empresa, na
agricultura familiar, porque essas atividades geram emprego. As grandes empresas usam altíssima tecnologia.
Por isso, precisam de quantidade pequena de mão de obra; a força de trabalho é restrita.
Então, com todo o respeito a quem não conseguiu compreender, mesmo tendo uma visão social – al-
guns ou se fazem de bobos, ou, efetivamente, querem ludibriar os trabalhadores brasileiros –, o voto é “não”,
para manter a coerência.
Parabéns ao Deputado Fábio, do PSB.
O SR. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Solidariedade vota
“sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Rede Sustentabilidade?
222 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Pelas mesmas razões, votamos “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Minoria vai
votar “sim”, mas eu quero registrar aqui, porque fui testemunha, o esforço do Relator, Senador Eunício Oliveira.
Venho acompanhando essa luta desde a votação da Medida Provisória nº 670, da qual S.Exa. também havia sido
Relator – e não pôde acolher algumas emendas àquela ocasião porque ainda não havia acordo com o Governo.
À Medida Provisória nº 677 eu apresentei a Emenda nº 20, que foi base para criação do Fundo do Sudeste e do
Centro-Oeste, que vai beneficiar não só essas duas regiões, mas todo o País com investimentos no setor elétrico. De
um modo especial, vai beneficiar o setor de ferroliga, um setor importantíssimo para Minas Gerais e para todo o Brasil.
Parabéns ao Senador Eunício Oliveira.
A Minoria vota “sim”, a favor do Brasil e do setor elétrico.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaríamos de
firmar a seguinte posição com a Oposição, que defendeu a medida provisória, com a Liderança do PMDB e
com os demais partidos da base: foram apresentados destaques para os arts. 12, 13 e 16 da medida provisória.
Deputado Leonardo Picciani, o Governo orientou a retirada desses destaques para votar o PLV. Apresentaria
apenas destaque para retirar o art. 15, que é outra história, porque trata da questão das agências reguladoras.
Estou dizendo isso porque há um acordo. Nós inclusive dialogamos com quem trabalhou na elaboração
do PLV na Comissão Especial, tanto o Senador José Pimentel como o Senador Eunício Oliveira.
Portanto, esta é a posição do Governo. Peço a todos que trabalhem nessa direção.
Portanto, o Governo vota...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há destaque.
Eu preciso saber se todos os destaques estão retirados. O Democratas tem o destaque do art. 15 do PLV.
Esse destaque está mantido? Gostaria de saber.
O SR. RODRIGO MAIA (DEM-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Está mantido.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está mantido.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão nº 16, de 2015, adota-
do pela Comissão Mista, à Medida Provisória nº 677, de 2015, ressalvados os destaques.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
ESTÁ APROVADA A MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015, NA FORMA DO PROJETO DE LEI DE CONVER-
SÃO, RESSALVADOS OS DESTAQUES.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Fica prejudicado o Destaque nº 2.
A Presidência comunica que os Destaques nºs 3 e 4 foram retirados.
DESTAQUES A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
DESTAQUE Nº 2

Senhor Presidente,
Requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, inciso I e § 2° do Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados, destaque para votação em separado da Emenda nº 36, apresentada à Medida Provisória
677, de 2015, de autoria do deputado Fábio Garcia.
Sala de Sessões, 30/09/15. – Fernando Coelho Filho, Líder do PSB
DESTAQUE Nº 3
Senhor Presidente,
Requeremos, nos termos do art. 161, inciso I e § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação em se-
parado do Art. 12 do PLV apresentado à MP nº 677/15
Sala das Sessões, 30/09/15. – Ságuas Moraes, 1º Vice-Líder do PT
DESTAQUE Nº 4
Senhor Presidente,
Requeremos, nos termos do art. 161, inciso I e § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação em se-
parado do(a) Art. 13 do PLV apresentado à MP 677/15, e por consequência o Art. 16
Sala das Sessões, 30/09/15. – Ságuas Moraes, 1º Vice-Líder do PT
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 223

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Destaque nº 1.


“Senhor Presidente,
Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161 e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos De-
putados, destaque para votação em separado do (a) artigo 15 do PLV à MP 677/2015.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015.” – Mendonça Filho, Líder do Democratas.
DESTAQUE A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
“Senhor Presidente,
Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161 e § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos De-
putados, destaque para votação em separado do artigo 15 do PLV à MP 677/2015.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015.” – Alexandre Leite, Vice-Líder do Democratas
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Domingos Sá-
vio. (Pausa.)
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSD retira o
Destaque nº 6, pois o Governo informa que vai inserilo na Medida Provisória nº 688.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É de emenda? (Pausa.)
Por ser de emenda, pode ser retirado. Está retirado.
DESTAQUE A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 161, inciso II c/c seu § 2º, do Regimento Interno, des-
taque da Emenda nº 13, apresentada à MPV 677/2015.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Rogério Rosso, Líder do PSD.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Destaque nº 1, do Democratas – art. 15 do PLV.
Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Domingos Sávio. (Pausa.)
Não vai mais falar contra. Desistiu.
Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Pauderney Avelino.
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, eu peço a atenção de V.Exas. para que analisem este destaque.
O Relator incluiu aqui o art. 5º, que é matéria estranha a esta medida provisória. Não só coloca matéria
estranha como suprime o parágrafo único, que diz o seguinte:
“Art. 6º ......................................................................................................................................................................................
Parágrafo único. Em caso de vacância no curso do mandato, este será completado por sucessor in-
vestido na forma prevista no art. 5º.”
E o que diz o art. 5º?
“Art. 5º O Presidente ou o Diretor-Geral ou o DiretorPresidente (CD II) e os demais membros do Con-
selho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e
elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, devendo
ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Fe-
deral” – grifo: após aprovação pelo Senado Federal –, “nos termos da alínea f do inciso III do art. 52
da Constituição Federal.”
Significa que o Relator simplesmente está querendo permitir que os membros que forem nomeados
para esses conselhos possam ser substituídos sem a anuência do Senado Federal, sem passar por votação no
Senado Federal. Isso vem acontecendo sistematicamente no âmbito das empresas do Governo.
Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, com este destaque – que nós estamos pedindo a V.Exas. para vota-
rem a favor, pela manutenção do texto –, queremos evitar que fique uma lacuna, que ocorra um ato incons-
titucional. Por isso é que nós não devemos ter conselheiros que não sejam sabatinados pelo Senado Federal.
Eu peço, portanto, a V.Exas. que, com muita responsabilidade, votem pela manutenção do texto, contra
o próprio Relator, que suprimiu esse artigo, criando uma lacuna que é inconstitucional.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à votação do destaque.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Orientação de bancada.
Se votarem “sim”, mantém-se o texto. Se votarem “não”, suprime-se o texto.
224 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Como vota o Bloco do PMDB?


O SR. LEONARDO PICCIANI (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós
vamos votar “não”, porque as agências reguladoras têm muitas prerrogativas, têm autonomia e devem ter, cada
vez mais, construída a sua autonomia. Mas autonomia pressupõe responsabilidade. Então, é imprescindível, evi-
dentemente, que os seus diretores sejam sabatinados, na forma da lei e da Constituição, pelo Senado Federal.
Portanto, votamos “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT também entende, Sr.
Presidente, que a pessoa tem que ser sabatinada – seja o efetivo, seja o substituto.
Portanto, o PT vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. ALEXANDRE BALDY (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB? (Pausa.)
Como vota o PR?
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD?
O SR. ROGÉRIO ROSSO (PSD-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. FABIO GARCIA (PSB-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB vota “não”, tendo
em vista que os novos diretores que assumiriam teriam as mesmas prerrogativas dos diretores que foram sabati-
nados. Então, para guardar a isenção e a imparcialidade necessária para aqueles que ocupam cargo em agências
reguladoras, é necessário que eles passem, sim, pelo mesmo procedimento, pela sabatina no Senado, inclusive.
Então, o PSB orienta o voto “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Conforme acabei de dizer,
Sr. Presidente, o nosso voto será “não”, pela retirada desse artigo do texto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. ANDRÉ FIGUEIREDO (PDT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. ARTHUR OLIVEIRA MAIA (SD-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”, Sr. Presidente.
A SRA. ROSANGELA GOMES – Sr. Presidente, pelo PRB.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PRB?
A SRA. ROSANGELA GOMES (Bloco/PRB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – “Não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
O SR. DAVIDSON MAGALHÃES (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PPS?
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós já votamos
esta matéria no plenário desta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É verdade.
O SR. RUBENS BUENO – Exatamente com o mesmo sentido, com a mesma coerência, com a mesma
certeza da transparência da sabatina, das condições profissionais, do seu preparo para o exercício de um cargo
como esse, é de fundamental importância a sabatina.
Por isso, nós votamos “não” ao texto desta proposta, que só falta indicar a fotografia daqueles que estão
querendo que isso seja incluído na medida provisória.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL?
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votamos
“não”. Realmente é um absurdo retirar o parágrafo único do art. 6º, que remete ao art. 5º. O art. 5º é que define
a forma clara, transparente, lícita e de controle popular sobre quem vai ocupar um papel importante numa
agência reguladora.
Por isso, o voto é “não”. É “sim” à proposta comandada pelo DEM, pelo Deputado Pauderney Avelino, e é
“não”, em favor da melhoria de um projeto que, na nossa avaliação, é negativo para o Brasil.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Rede? (Pausa.)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 225

Como vota a Minoria?


O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela transpa-
rência, pela isonomia, todos aqueles que forem substitutos terão que passar pelo mesmo procedimento; e te-
rão que passar, sim, pela aprovação do Senado. Tem de haver total transparência nessas agências. Isso é vital,
inclusive, para que possamos evitar quaisquer distorções.
Consequentemente, a Minoria vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “não” Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Destaque do art. 15 do PLV.
Art. 15. Fica revogado o parágrafo único do art. 6° da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que forem favoráveis à manutenção do artigo
permaneçam como se encontram; os contrários se manifestem (Pausa.)
SUPRIMIDO O ARTIGO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Fica prejudicado o Destaque nº 5.
Senhor Presidente,
Requeremos, nos termos do art. 161, inciso I e § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação em se-
parado do art. 15 do PLV apresentado à MP nº 677/15.
Sala das Sessões, 30/09/15. – Ságuas Moraes, 1º Vice-Líder do PT
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
REDAÇÃO FINAL

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677-A DE 2015

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 16 DE 2015

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e a Furnas Centrais Elétricas a partici-
par, respectivamente, do Fundo de Energia do Nordeste e do Fundo de Energia do Sudeste
e do Centro-Oeste, com o objetivo de prover recursos para a implementação de empreendi-
mentos de energia elétrica; altera as Leis nºs 11.943, de 28 de maio de 2009, 9.491, de 9 de
setembro de 1997, 10.522, de 19 de julho de 2002, e 12.111, de 9 de dezembro de 2009; e dá
outras providências.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF autorizada a participar do Fundo de
Energia do Nordeste – FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.
Art. 2º O FEN será criado e administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou in-
diretamente.
Art. 3º Serão recursos do FEN aqueles previstos no § 16 do art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009.
§ 1º Os recursos do FEN deverão ser investidos em empreendimentos de energia elétrica na seguinte
proporção:
I – no mínimo, 50% (cinquenta por cento) na região Nordeste; e
II – até 50% (cinquenta por cento) nas demais regiões do País, desde que em fontes com preços inferio-
res aos praticados na região Nordeste.
§ 2º Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as decisões deliberadas por seu Conselho Gestor.
§ 3º Os recursos do FEN serão de titularidade das concessionárias geradoras de serviço público, inclusive
daquelas sob controle federal que atendam ao disposto no art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009,
para implantação de empreendimentos de energia elétrica por meio de sociedades de propósito específico
nas quais as concessionárias tenham participação acionária de até 49% (quarenta e nove por cento) do capital
próprio das sociedades a serem constituídas.
§ 4º Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1º, a rentabilidade estimada dos recursos
aplicados pelos acionistas nas sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo, ao
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das concessionárias geradoras de serviço
público de que trata o § 3º, referenciada nos planos de negócio associados.
226 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 4º O Conselho Gestor do FEN – CGFEN será um colegiado de caráter deliberativo, cuja composição
e funcionamento serão definidos em regulamento.
§ 1º Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar os membros do CGFEN, indicados pelos
titulares das organizações as quais representem.
§ 2º O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o Presidente do CGFEN.
§ 3º O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.
§ 4º O CGFEN contará com apoio técnico e administrativo de órgão ou entidade da administração pública federal.
§ 5º As despesas relacionadas à participação dos representantes no CGFEN correrão à conta de dotações
orçamentárias dos respectivos entes nele representados.
§ 6º A participação nas atividades do CGFEN será considerada prestação de serviço relevante, não
remunerada.
Art. 5º A Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras
de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais, vigentes à data de
publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão aditados a partir de 1º de julho de 2015, desde que atendidas as condições estabelecidas
neste artigo, mantidas as demais condições contratuais.
§ 1º Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8 de fevereiro de 2037.
§ 2º As reservas de potência a serem contratadas de 1º de julho de 2015 a 8 de fevereiro de 2032
corresponderão ao montante de energia igual à soma das parcelas a seguir:
I – totalidade da parcela da garantia física vinculada ao atendimento dos contratos de fornecimento
alcançados pelo caput, a qual não foi destinada à alocação de cotas de garantia física de energia e de
potência, nos termos dos §§ 10, 11 e 12 do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013; e
II – parcela vinculada a 90% (noventa por cento) da garantia física da Usina Hidrelétrica de Sobradinho,
no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidos as perdas elétricas e o consumo interno.
§ 3º A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência contratadas serão reduzidas uniformemente
à razão de um sexto a cada ano, observado o disposto no § 1º.
§ 4º Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação de cotas de garantia física de energia
e de potência para as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia
elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN, nos termos do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de
2013, os montantes de energia correspondentes a:
I – redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 3º, no período de 9 de fevereiro de 2032 a
8 de fevereiro de 2037; e
II – qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua vigência, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 12.
§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o inciso II do § 2º será prorrogada
pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei nº 12.783, de 11
de janeiro de 2013.
§ 6º A garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2º não está sujeita à alocação de cotas de
garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de
janeiro de 2013, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 4º.
§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada a variação do índice
de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização até 30 de junho de 2015.
§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do § 7º será majorado em 22,5% (vinte
e dois inteiros e cinco décimos por cento).
§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa será reajustado anualmente em 1º de julho, conforme
índice de atualização disposto a seguir:
I – 70% (setenta por cento) da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, pu-
blicado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referente aos doze meses
anteriores à data de reajuste da tarifa; e
II – 30% (trinta por cento) da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data de
reajuste da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da
Letra do Tesouro Nacional – LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B – NTN-B ou entre títulos equi-
valentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 227

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que trata o caput
na proporção do consumo médio apurado entre 1º de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015.
§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus contratos de fornecimento
poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias geradoras de
serviço público a que se refere o caput.
§ 12. Na hipótese de os consumidores não manifestarem interesse em aditar total ou parcialmente seus
contratos, nos termos deste artigo, ou decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de
sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores
para rateio.
§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido no § 9º, as
tarifas de energia e de demanda calculadas nos termos dos §§ 7º e 8º serão objeto das seguintes condições:
I – a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional tarifário de doze inteiros e sete déci-
mos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015;
II – as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão redução de 8,8% (oito
inteiros e oito décimos por cento), que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de janeiro de 2016 a 31
de janeiro de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata o inciso I;
III – nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive, serão conside-
radas como base de incidência as tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso II; e
IV – a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e demanda serão calculadas a partir dos va-
lores estabelecidos nos termos dos §§ 7º e 8º, acrescidos dos reajustes anuais.
§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes referenciais de energia contratada a cada ano:
I – para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva de potência contratada nesse segmento
considerando o fator de carga unitário; e
II – para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor entre:
a) a reserva de potência contratada nesse segmento considerando o fator de carga unitário; e
b) 90% (noventa por cento) da reserva de potência contratada no segmento fora de ponta.
§ 15. Observado o disposto nos §§ 10, 11 e 12, a reserva de potência a ser contratada anualmente poderá
ser alterada pelo consumidor com antecedência de sessenta dias antes do início do ano civil subsequente,
nos seguintes termos:
I – o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de potência anual contratada para o ano se-
guinte em cada segmento horo-sazonal;
II – a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior estabelecido pelo montante de energia
contratado;
III – a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá respeitar o limite inferior de 90% (noven-
ta por cento) da reserva de potência contratada nesse segmento, exclusivamente para os consumidores
que tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência contratada nos segmentos de ponta
e fora de ponta;
IV – não será admitida redução de reserva de potência anual no segmento fora de ponta; e
V – não se aplica o disposto no inciso II do § 4º e no § 12 à eventual redução anual de reserva de potência.
§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão no Fundo de Energia
do Nordeste – FEN a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa
calculada pela Aneel, nos termos do inciso I do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013,
deduzidos, proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos
setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e
relativos a pesquisa e desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros
tributos e encargos setoriais que venham a ser criados ou que tenham suas bases de cálculo ou alíquotas
alteradas, relativa aos seguintes montantes de energia, observado o disposto no § 3º, nos termos do § 17:
I – na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso I do § 2º nos seguintes termos:
a) 30% (trinta por cento) da diferença prevista no caput, no período de 1º de janeiro de 2016 a 8 de fe-
vereiro de 2022;
b) 88% (oitenta e oito por cento) da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2022 a
8 de fevereiro de 2030; e
c) 100% (cem por cento) da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2030 a 8 de fe-
vereiro de 2037; e
II – 90% (noventa por cento) da garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2º no centro de gravi-
dade do submercado da usina, deduzidos as perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:
228 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

a) 88% (oitenta e oito por cento) da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2022 a
8 de fevereiro de 2030; e
b) 100% (cem por cento) da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2030 a 8 de fe-
vereiro de 2037.
§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FEN o valor correspondente aos tributos devidos
sobre o resultado da concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e o valor
que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, calculada nos termos do § 16.
§ 18. Nos termos do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a companhia por ações titular
da concessão de geração de que trata o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada
exercício, a movimentação financeira dos aportes realizados ao FEN por ocasião das demonstrações
financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas nos termos do § 17, devendo ser evidenciados
os eventuais ajustes nos valores aportados ao FEN, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FEN do
exercício subsequente.
§ 19. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015, não será destinado
à alocação de cotas de garantia física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da
Lei da nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, o montante de cotas de garantia física de energia e de potência
correspondente a três vezes o montante de energia estabelecido no inciso I do § 2º, sendo alocado às
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput.
§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, e os consumidores
finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor com quem contratará
sua compra de energia elétrica.”(NR)
Art. 6º Fica Furnas Centrais Elétricas S.A. – FURNAS autorizada a participar do Fundo de Energia do Su-
deste e do Centro-Oeste – FESC, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos
de geração e transmissão de energia elétrica, conforme regulamento.
Art. 7º O FESC será criado e administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou in-
diretamente.
Art. 8º Serão recursos do FESC aqueles previstos no art. 10 desta Lei.
§ 1º Os recursos do FESC deverão ser investidos em empreendimentos de geração e transmissão de
energia elétrica, respeitado o mínimo de 50% (cinquenta por cento) no Sudeste e no Centro-Oeste.
§ 2º Os recursos do FESC serão aplicados de acordo com as decisões deliberadas por seu Conselho Gestor,
preferencialmente em projetos apresentados pela concessionária de que trata o art. 6º.
§ 3º Os recursos do FESC serão de titularidade da concessionária geradora de serviço público de que
trata o art. 6º, para implantação de empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica por meio
de sociedades de propósito específico nas quais tenha participação acionária de até 49% (quarenta e nove por
cento) do capital próprio das sociedades a serem constituídas.
§ 4º Para a seleção dos projetos de que trata o § 1º, a rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos
acionistas nas sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo, ao custo de capital
próprio estabelecido pelos acionistas controladores das concessionárias geradoras de serviço público de que
trata o art. 6º, referenciada nos planos de negócio associados.
Art. 9º O Conselho Gestor do FESC – CGFESC será um colegiado de caráter deliberativo, cuja composição
e funcionamento serão definidos em regulamento.
§ 1º Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar os membros do CGFESC, indicados pelos
titulares das organizações as quais representem.
§ 2º O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o Presidente do CGFESC.
§ 3º O Presidente do CGFESC exercerá o voto de qualidade.
§ 4º O CGFESC contará com apoio técnico e administrativo de órgão ou entidade da administração pública
federal, conforme regulamento.
§ 5º As despesas relacionadas à participação dos representantes no Conselho Gestor do FESC correrão
à conta de dotações orçamentárias dos respectivos entes nele representados.
§ 6º A participação nas atividades do CGFESC será considerada prestação de serviço relevante, não
remunerada.
Art. 10. Serão celebrados contratos de suprimento de energia elétrica entre a concessionária de geração de
energia elétrica de que trata o art. 6º e os consumidores finais com unidades consumidoras localizadas no sub-
mercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que atendidas as condições estabelecidas neste artigo.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 229

§ 1º Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e registrados no Ambiente de Contratação Livre –


ACL até 27 de fevereiro de 2020.
§ 2º Os contratos de que trata o caput terão início em 1º de janeiro de 2016 e término em 26 de fevereiro
de 2035 e, observado o disposto no § 5º, início de suprimento em:
I – 1º de janeiro de 2016;
II – 1º de janeiro de 2017; e
III – 1º de janeiro de 2018.
§ 3º Os montantes de energia a serem contratados equivalem às parcelas de energia vinculadas à garantia
física da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidos as perdas
elétricas e o consumo interno, conforme disposto a seguir:
I – em 2016, 20% (vinte por cento) da garantia física da usina deduzidos as perdas e o consumo interno;
II – em 2017, 50% (cinquenta por cento) da garantia física da usina deduzidos as perdas e o consumo interno; e
III – a partir de 2018, 80% (oitenta por cento) da garantia física da usina deduzidos as perdas e o consu-
mo interno, observado o disposto no § 4º.
§ 4º A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de energia contratada serão reduzidos uniformemente
à razão de um sexto a cada ano, observado o término de suprimento disposto no § 2º.
§ 5º As revisões ordinárias de garantia física da usina de que trata o § 3º que impliquem redução da
garantia física ensejarão redução proporcional dos montantes contratados.
§ 6º Para a contratação de que trata o caput, a concessionária geradora de serviço público de que trata o
art. 6º deverá realizar leilão no prazo de sessenta dias contados da publicação desta Lei, nos termos do inciso
I do § 5º do art. 27 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, observadas as seguintes diretrizes:
I – o preço de referência do leilão será o preço médio dos contratos aditivados em 1º de julho de 2015, nos
termos do art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, acrescido de 5,4% (cinco inteiros e quatro décimos
por cento), atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, ou outro que o substitua,
do mês de agosto de 2015 até o mês de realização do leilão;
II – o critério de seleção será o de maior preço ofertado;
III – o montante de energia a ser contratada será rateado com base na declaração de necessidade dos
consumidores de que trata o caput, vencedores do leilão, limitada, no total a ser suprido, ao consumo médio
apurado entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2012;
IV – poderão contratar energia nos leilões, exclusivamente, os consumidores de que trata o caput cujas
unidades consumidoras são atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maior ou igual a 500
kW, desde que:
a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de magnésio; ou
b) as unidades consumidoras tenham fator de carga de no mínimo 0,95, apurado no período de que
trata o inciso III;
V – a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com frequência mínima semestral, para aten-
dimento a partir do início do semestre subsequente, até que a energia de que trata o § 3º esteja totalmente
contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro.
§ 7º O preço dos contratos será reajustado anualmente em janeiro, conforme índice de atualização
disposto a seguir:
I – 70% (setenta por cento) da variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, publicado
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, referente aos doze meses anteriores à data
de reajuste da tarifa; e
II – 30% (trinta por cento) da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data de
reajuste da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra
do Tesouro Nacional – LTN e das Notas do Tesouro Nacional série B – NTN-B ou entre títulos equivalentes que
vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.
§ 8º A energia contratada terá sazonalização e modulação uniforme, e o pagamento dar-se-á pela ener-
gia contratada ao valor resultante dos leilões de que trata o § 6º, atualizado nos termos do § 7º.
§ 9º A diferença entre a energia contratada média e a energia consumida média será apurada mensalmente,
calculada para cada consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:
I – a média móvel de doze meses da energia contratada; e
II – a média do consumo de energia dos doze meses precedentes ao mês de apuração, contabilizado na
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, considerado o rateio de perdas na Rede Básica.
230 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à energia contratada média, será devido pelo
consumidor ao concessionário de geração o valor a ser calculado conforme disposto a seguir:
I – a diferença entre a energia contratada média e a energia consumida média será valorada, considerado
o período de dozes meses anteriores ao mês de apuração, pela diferença positiva entre:
a) o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD médio, do submercado Sudeste/Centro-Oeste; e
b) o preço médio dos contratos de que trata o caput;
II – não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for inferior ou igual ao preço médio dos contratos;
III – será devido mensalmente o valor correspondente a um doze avos do valor calculado nos termos
do inciso I;
IV – o pagamento da primeira parcela de que trata o inciso III dar-se-á após decorridos vinte e quatro
meses do início de suprimento do contrato;
V – as parcelas de que trata o inciso III serão devidas até a completa quitação das diferenças entre a ener-
gia contratada média e a energia consumida média.
§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus contratos de suprimento
poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras contratadas com a concessionária de geração.
§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua
vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.
§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação de cotas de garantia física de
energia e de potência para as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia
elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN, nos termos do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013,
os montantes de energia correspondentes a:
I – redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 4º, no período de 27 de fevereiro de 2030
a 26 de fevereiro de 2035;
II – qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua vigência, no
período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no § 12; e
III – qualquer parcela de energia de que trata o inciso III do § 3º que não tiver sido contratada nos termos
do § 6º, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.
§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o § 3º será prorrogada pelo prazo
de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013.
§ 15. A garantia física da usina de que trata o § 3º não estará sujeita à alocação de cotas de garantia física
de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, no
período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no § 13.
§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que trata o caput aportará no Fundo de Energia do
Sudeste e do Centro-Oeste – FESC a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela Aneel, nos termos do inciso I do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013,
deduzidos, proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a pesquisa
e desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou alíquotas alteradas, relativa ao montante
de energia contratada nos termos dos §§ 3º e 5º, observado o disposto nos §§ 4º e 13, nos termos dos §§ 17 e 18.
§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FESC o valor correspondente aos tributos devidos
sobre o resultado da concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e o valor que
exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos do § 16.
§ 18. O aporte ao FESC da diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela Aneel, nos termos dos §§ 15 e 16, relativa ao montante de energia contratado nos termos
dos §§ 3º e 5º, observado o disposto nos §§ 4º e 13, dar-se-á considerando o disposto a seguir:
I – 88% (oitenta e oito por cento) da diferença prevista no caput, no período de 27 de fevereiro de 2020
a 26 de fevereiro de 2030;
II – 100% (cem por cento) da diferença prevista no caput, no período de 27 de fevereiro de 2030 a 26 de
fevereiro de 2035; e
III – 100% (cem por cento) da receita adicional prevista no § 8º, realizadas as deduções previstas nos §§
15 e 16, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.
§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a companhia por ações
titular da concessão de geração de que trata o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de
cada exercício, a movimentação financeira dos aportes realizados ao FESC por ocasião das demonstrações
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 231

financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas nos termos do § 17, devendo ser evidenciados
os eventuais ajustes nos valores aportados ao FESC, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FESC do
exercício subsequente.
§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, e os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor com quem contratará sua compra
de energia elétrica.
Art. 11. A Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 6º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 10. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL autorizada a anuir com a repactuação, que
venha a gerar benefícios potenciais à prestação do serviço público de distribuição de energia, de dívidas
setoriais em moeda estrangeira, das empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização –
PND, para que seja convertida em moeda nacional, com remuneração mensal pela variação da taxa do
Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC e prazo máximo de cento e vinte meses considerando
períodos de carência e de amortização.
§ 11. Será considerado como data-base da repactuação de que trata o § 10 o primeiro dia útil do ano em
que se deu a inclusão da empresa no PND.”(NR)
Art. 12. Não se aplicam os limites constantes dos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995,
às sociedades empresariais que pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial, nos
termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, até o trânsito em julgado da sentença
disposta no art. 63 da referida Lei.
Art. 13. O art. 10-A da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 10-A. O empresário ou sociedade empresarial que pleitear ou tiver deferido o processamento da re-
cuperação judicial, nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, poderão
parcelar seus débitos com a União, inclusive os constituídos posteriormente ao processamento da recupe-
ração judicial, em cento e vinte parcelas mensais e consecutivas, calculadas observando-se os seguintes
percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da dívida consolidada:
I – primeira à vigésima quarta prestação: 0,5% (cinco décimos por cento);
II – da vigésima quinta à quadragésima oitava prestação: 0,7% (sete décimos por cento);
III – da quadragésima nona à centésima décima nona prestação: 1% (um por cento); e
IV – centésima vigésima prestação: saldo devedor remanescente.
§ 1º (Revogado).
........................................................................................................................................................................................”(NR)
Art. 14. O art. 4º da Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§
3º e 4º:
“Art. 4º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 3º As bandeiras tarifárias homologadas pela Aneel não são aplicadas aos consumidores finais atendidos
nos Sistemas Isolados por serviço público de distribuição de energia elétrica.
§ 4º Os agentes que, em 31 de dezembro de 2014, operavam no âmbito dos Sistemas Isolados serão
considerados plenamente integrados ao SIN após a adequação plena dos sistemas de transmissão e
distribuição associados, conforme decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE.”(NR)
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 16. Fica revogado o § 1º do art. 10-A da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Deputado Leonardo Monteiro, Relator
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o processado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Item 3.
232 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 686, DE 2015


(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 686, de 2015, que “abre crédito extraordi-
nário, em favor do Ministério da Educação, de Encargos Financeiros da União e de Operações
Oficiais de Crédito, no valor de R$ 9.820.639.868,00 (nove bilhões, oitocentos e vinte milhões,
seiscentos e trinta e nove mil e oitocentos e sessenta e oito reais), para os fins que especifica,
e dá outras providências; tendo parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância, urgência e
imprevisibilidade das despesas; pela adequação financeira e orçamentária, e, no mérito, pela
aprovação desta e pela rejeição das Emendas de nºs 1 e 5, nos termos do Projeto de Lei de
Conversão nº 14, de 2015, adotado. As Emendas de nºs 2, 3, 4 e 6 foram inadmitidas. (Relator:
Senador Benedito de Lira; e Relator Revisor Deputado Wadson Ribeiro).
PRAZO NA CÂMARA: 27/08/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/09/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 28/09/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 27/11/2015
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à discussão da matéria.
Para falar contra, Deputado Rogério Marinho.
O SR. ROGÉRIO MARINHO (PSDB-RN. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, é evi-
dente que nós não somos contrários a que haja mais dinheiro para a educação, não somos contrários a que
haja recursos para tocar as ações que são importantes para o nosso País, mas não podemos deixar de registrar
aqui que o Governo, novamente, ao longo do processo orçamentário, tem cometido equívocos, cometido er-
ros, como este que agora se afigura.
O Governo estabelece um Orçamento, em 2013, ano que antecede o processo eleitoral, para o FIES, por
exemplo – é uma das ações que vão ser contempladas com essa suplementação de 4 bilhões a 5 bilhões de
reais – e, no ano subsequente, que é ano eleitoral, isso estoura para 14 bilhões.
Nós estamos, desde o começo do ano, com uma crise instalada – de um lado, as empresas de educação
que acreditaram na palavra do Governo e, de outro, os estudantes, com a expectativa frustrada em relação à
possibilidade de ingressar em cursos de nível superior.
É evidente que nós não podemos ficar calados diante da situação que se configura, da incompetência
do Governo de sequer fazer o orçamento de acordo com o tamanho do Estado.
É oito ou oitenta. Ou o Governo manda para esta Casa um Orçamento com as receitas superavitárias,
acima da capacidade real que o País tem de arrecadar, criando, de forma artificial, condições para continuar
alavancando programas que, no fundo, têm um interesse eleitoral; ou ele faz, como aconteceu recentemente,
uma enorme barbeiragem: entrega à Nação um orçamento com um déficit de 30 bilhões de reais, com a
expectativa de dar um aceno para este Congresso sobre a necessidade de aprovar aumento de impostos. Mas,
ao mesmo tempo, acena para os credores internacionais que não terá recurso suficiente para fazer frente à
amortização do serviço da dívida.
E aí está o resultado: o dólar acima de 4 reais; rebaixamento do ranking do Brasil; e a possibilidade de
que, a curto prazo, os fundos de investimento retirem recursos do País, porque não podem, até por condições
próprias desses fundos, investir em países que não têm nível de investimento.
Infelizmente, nós estamos numa situação em que o Governo nos demonstra que não sabe que rumo dar
ao País. E, quando há falta de confiança nos rumos do País por parte do Governo, isso repercute de maneira ne-
gativa na economia. Aí está a inflação, aí estão os impostos. Ainda há pouco comemoramos mais um aumento
no imposto da gasolina, que vai prejudicar o conjunto da população brasileira.
Por isso, registramos que somos favoráveis a mais recursos para a educação, mas nós repudiamos a po-
lítica econômica...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar favoravelmente à matéria, concedo a palavra ao Depu-
tado Bacelar. (Pausa.)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 233

Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan. (Pausa.)


Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Wadson Ribeiro.
O SR. WADSON RIBEIRO (PCdoB-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria, na verdade,
valorizar o grande esforço que houve na Comissão Mista de Orçamento, que resultou numa votação unânime,
tanto por parte da base do Governo como da Oposição. Abre-se crédito para o Ministério da Educação no que
diz respeito ao FIES, um dos grandes programas nacionais que têm possibilitado o ingresso de milhares de
estudantes no ensino superior.
A Comissão, por entender a importância desse programa e os percalços que nós enfrentamos com o
FIES no início do ano, adotou uma posição consensual de aprovação desta matéria e também da que trata do
crédito destinado à recuperação de cidades que passaram por catástrofes e desastres naturais.
Fui Revisor desta medida provisória. Peço o apoio dos nobres Deputados para aprovarmos a matéria,
o que significará a continuidade e o reforço do FIES. Peço, também, apoio para o atendimento de outras de-
mandas, especialmente as voltadas para Municípios que passam por recuperação de catástrofes e para finan-
ciamentos que serão aportados a outras áreas do Ministério – não apenas ao FIES, mas também a programas
ligados à avaliação do ensino superior.
Por isso, Sr. Presidente, venho aqui pedir aos nobres Deputados e Deputadas que aprovemos esta me-
dida provisória, que não recebeu nenhum destaque, o que demonstra a sensibilidade deste Plenário com um
tema tão relevante para o Brasil, que diz respeito a uma área tão delicada, que é a área da educação, especial-
mente ao FIES.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Edmilson Rodrigues.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há um problema de
origem, que não é propriamente sobre o conteúdo anunciado como o principal da medida provisória. É sobre
o desrespeito à Lei Complementar nº 95, de 1998, porque a medida provisória trata de temas distintos. Aqui se
fala em educação e, de repente, fala-se em aumentar o endividamento externo do País para viabilizar a compra
de caças para as Forças Armadas.
Eu sou um dos que defendem a valorização das nossas Forças Armadas. Alguns perguntarão: “O Edmil-
son do PSOL?” Sim. Nós temos posição crítica ao período de ditadura militar, mas sabemos da importância da
modernização das Forças Armadas para a garantia da soberania do território nacional.
No entanto, nós vivemos um momento de crise profunda. O Governo tem oficializado as dimensões dessa
crise. A sociedade, especialmente os pobres e os trabalhadores, está enfrentado derrotas, perdas de conquis-
tas históricas. Por que, então, misturar temas tão importantes? Por que abrir créditos externos, endividamento
externo para uma atividade que é relevante, mas que pode esperar, em nome de contratos preestabelecidos,
em condições favoráveis – e podem ser perdidas essas condições –, com governos estrangeiros? Isso não jus-
tifica a aprovação desta medida provisória.
Por outro lado, a educação deve ser prioridade. Quando se discute aqui educação, há de se falar na edu-
cação não como uma mercadoria, mas como um bem social. E se ela é um bem social, a universidade pública,
a educação pública, as escolas públicas devem ser prioridade.
O Governo criou o FIES, que é um financiamento a estudantes de instituições privadas com recursos
públicos. Isso possibilitou que muitos trabalhadores e filhos de trabalhadores cursassem uma graduação, é
verdade. No entanto, as universidades públicas é que têm que ser a prioridade no Governo, e aqui estão pre-
vistos mais de 5 bilhões para o FIES.
Por conta dessas contradições, ainda que se evoque a educação como mote, não dá para votar a favor.
O PSOL tem posição crítica e contrária a esta medida provisória.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, com a palavra o Deputado Glauber Braga. (Pausa.)
Para falar a favor, Deputado Afonso Florence. (Pausa.)
Para falar contra, com a palavra o Deputado Ivan Valente.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o PSOL vai
votar contra esta medida provisória. Ela chegou aqui neste momento, não tem prioridade, mistura autorização para
compra de caças com verba para o FIES. Enquanto o Governo corta 7 bilhões para as universidades federais, o gasto
com o FIES passou de 1 bilhão para 14 bilhões – arrumou 9 bilhões aqui, agora, e é preciso saber para onde vão.
Neste momento, quero pedir à Presidência que encerre esta sessão, para que nós possamos votar, na
sessão do Congresso, os vetos presidenciais, principalmente o do Judiciário. Assim, vamos liquidar essa ques-
tão e acabar com a chantagem que está acontecendo aqui e no Senado.
234 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Exatamente aqueles que perderam, no Supremo Tribunal Federal, o fim do financiamento empresarial
de campanha querem, novamente, de maneira golpista, reverter a situação, porque o Senado já havia votado,
na lei ordinária, contra o financiamento empresarial de campanha. O Supremo, por 8 votos a 3 votos, acabou
com o financiamento empresarial.
O Presidente desta Casa não se conforma com a derrota. Já havia manobrado aqui nesta Casa, na primei-
ra votação. E agora, novamente, há uma chantagem para que o veto seja votado, para que se constitua uma
nova maioria no Senado Federal, a fim de garantir a manutenção do financiamento empresarial de campanha.
Não se pode admitir esse comportamento chantagista. Não se pode atropelar o processo. Setenta e oito
por cento da população são contra o financiamento empresarial de campanha, raiz da corrupção. Dezenas de
empresários estão presos e condenados na Lava-Jato. Inclusive, o Presidente da Casa tem seis delatores pre-
miados contra ele. Há casos de corrupção sendo discutidos, e esta Casa continua querendo implementar o fi-
nanciamento privado, raiz da corrupção aqui!
Por isso, quero pedir, em nome do PSOL, que nós fechemos esta sessão, que os partidos encerrem esta
sessão, e que convoquemos a próxima, para derrubar os vetos relativos ao Judiciário e outros que prejudicam
os trabalhadores.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Declaro encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à votação.
Encaminhamento de votação.
Para encaminhar contra, com a palavra o Deputado Rodrigo de Castro. (Pausa.)
Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.)
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Sr. Presidente, todo mundo retira.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Afonso Florence.
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta me-
dida provisória é muito importante.
Nós vimos, no período do primeiro semestre, quando o Governo procedeu aos ajustes, por exemplo, no
FIES, muitos Deputados – inclusive os de oposição – que estão se posicionando contra a medida provisória
reivindicarem aqui no plenário a retomada desse importante programa.
Esta medida provisória garante recursos para pagamento, inclusive, de vencidos, para aditivos de con-
tratos com os alunos das instituições privadas, inclusive para programas de pós-graduação. Além disso, ela
também autoriza a contratação de operação de crédito no âmbito do Projeto FX-2, a cargo do Ministério da
Defesa, que é a conclusão da aquisição das 36 aeronaves de caça, aviões de caça.
Portanto, este é um texto fundamental para o Brasil, fundamental para os nossos jovens estudantes. E
todos aqueles Deputados e Deputadas de oposição que vieram aqui, durante todo o semestre, reivindicar apor-
te de recursos para que os alunos carentes que estão no setor privado tenham a continuidade do seu ensino
garantido devem votar agora neste texto, porque é este o mérito. Eu peço a sua aprovação.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Glauber, tem V.Exa. a palavra. (Pausa.)
O Deputado Edmilson Rodrigues abriu mão, não é isso? (Pausa.)
Eu havia chamado V.Exa. Então, chamo o Deputado Edmilson Rodrigues. (Pausa.) Abriu mão? (Pausa.)
Concedo a palavra ao Deputado Moroni Torgan. (Pausa.)
Concedo a palavra ao Deputado Ivan Valente, para encaminhamento de votação.
O SR. IVAN VALENTE (PSOL-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, eu quero dizer
que, em relação ao FIES, o PSOL tem uma posição antiga, uma posição firmada de que todos os estudantes do
ensino médio que saem da escola pública têm o direito de reivindicar chegar à universidade, ao terceiro grau.
Nós entendemos que o Governo tinha que apostar nos 10% do PIB, tinha que apostar no financiamento
público, para garantir que cada estudante tenha direito a universidade pública, gratuita e de qualidade, com
ensino, pesquisa e extensão. Por isso, nós sempre defendemos a ampliação de vagas no ensino superior pú-
blico para os estudantes.
O FIES virou uma maneira de salvar as universidades privadas, que tinham 50% de inadimplência. Foi
de 1 bilhão para 14 bilhões o gasto com o FIES. E agora a Presidente Dilma está cortando as verbas do FIES. E
mais: cortou 7 bilhões das universidades públicas também. Arroxo fiscal!
É óbvio que nós estamos aqui para dizer que o Governo não tem esses 9 bilhões; é mais dinheiro para o
setor privado que não foi para o público.
Então, a nossa posição, certamente, é contrária a essa questão, mas a favor dos estudantes, que devem
ter garantida a sua educação pública.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 235

Eu aproveito para dizer que nós deveríamos encerrar esta sessão e começar a sessão do Congresso Na-
cional, para derrubar os vetos. Quero dizer que o PSOL não aceitará chantagem para reverter o quatro relativo
ao fim do financiamento empresarial de campanhas.
Não admitimos que o Congresso Nacional queira marchar contra a corrente, contra a opinião da socie-
dade civil, contra a sociedade consciente, que viu que a raiz da corrupção está no financiamento empresarial
de campanha, no financiamento que está aí pela Lava-Jato, mesmo com as identificações que estão chegando
das contas no exterior, com as denúncias dos delatores, com dezenas de Deputados e Senadores envolvidos,
denunciados ou não no Supremo Tribunal Federal.
Querem continuar com o financiamento empresarial de campanha na marra, porque não sabem fazer
campanha olhando no olho do eleitor, não sabem fazer campanha sem milhares de cabos eleitorais e mar-
queteiros pagos a preço de ouro.
O que se está fazendo é uma chantagem para virar o jogo no Senado Federal, com uma emenda cons-
titucional contra a decisão do Supremo Tribunal Federal. Isso é uma vergonha para este País! É uma manobra
inaceitável que está sendo feita pelo Presidente da Casa! Inaceitável de qualquer forma!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerrado o encaminhamento.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que manifesta
opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua
adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para orientação de bancada, com a palavra o Bloco do PMDB.
O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB enca-
minha o voto “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, contrariamente ao que o
Líder do PT disse, Deputado Afonso Florence, o PSDB não é contra esta medida. Nós apoiamos os recursos para
a educação. Nós somos contra é à forma como este Governo trabalha. Primeiro, o Governo não cumpre acordo.
Nós aprovamos isso na Comissão Mista de Orçamento, condicionando que aqui no plenário o Relator colocaria
a origem. E a origem que está aqui é excesso de arrecadação. Que excesso de arrecadação é esse? Não sabemos.
Já vou avisar: na CMO não tem mais esse tipo de acordo, porque sabemos que não cumprem. Nós va-
mos votar porque é importante a matéria, mas, de fato, o Governo não trabalha corretamente a questão do
orçamento. Não seria nem medida provisória. Medida provisória não é para isso, mas para caso de calamidade.
Isso aqui tem que ser um projeto de lei.
Então, o PSDB vai votar “sim”, mas ressalvando esse acordo que foi feito e que não foi cumprido.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB? (Pausa.)
Como vota o PR?
O SR. JOSÉ ROCHA (PR-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR encaminha o voto “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD?
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE (PSD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSD orienta o voto
“sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com vota o PSB, Partido Socialista Brasileiro?
O SR. FLAVINHO (PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSB, assim como foi
dito pelo Deputado que falou anteriormente, vai encaminhar o voto “sim”; porém, não concordando com a
forma que o Governo está fazendo.
O FIES realmente precisa ser apoiado. Muitos estudantes estão desesperados com esta realidade. Em
vez de comprar caças, poderíamos nos preocupar com as fronteiras que estão desguarnecidas, com maconha,
cocaína e armamento pesado entrando em nosso País. E o Governo não está fazendo nada em relação a isso.
Então, nós vamos votar “sim” para que os estudantes do nosso País possam ser realmente preservados
de um mal maior, que já aconteceu por esses desmandos do Governo Federal.
O PSB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós entende-
mos que este Governo, em matéria de orçamento, é igual a biruta de aeroporto: ele vai para onde bate o vento.
Acho que há uma questão meritória: a destinação de créditos, de recursos para o FIES – o Governo qua-
se acabou com ele. Inclusive, o FIES não aceita inscrições novas. Isso é um verdadeiro absurdo! Mais uma vez,
a Presidente da República engana o povo brasileiro.
236 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Há aqui uma questão que a nossa consultoria levanta sobre o fato de se estar abrindo crédito para a
contratação de operação de crédito externo, para o financiamento do Projeto F-X2, dos caças. Há uma contes-
tação, e nós vamos...
(Desligamento automático do microfone.)
A SRA. ROSANGELA GOMES – Sr. Presidente, para encaminhar, pelo PRB.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Um minutinho. Deixemos o Líder do Democratas concluir. Con-
clua, Deputado, por favor.
O SR. PAUDERNEY AVELINO – Concluo, Sr. Presidente, dizendo que há essa ressalva e que, quanto ao
mérito do crédito para a educação, em razão de estar na mesma medida provisória, nós iremos votar “sim”, com
esta ressalva: que isso não se torne praxe, até porque acreditamos ser inconstitucional.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PRB?
A SRA. ROSANGELA GOMES (Bloco/PRB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, pri-
meiro, quero pedir desculpas ao orador que me antecedeu. Segundo, quero dizer que nós encaminharemos o
voto “sim”, por ser uma matéria mais benéfica para a educação e também para a Defesa.
Encaminho o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade
também acha que a educação merece mais recursos, precisa de mais recursos. Temos nisso aí o FIES, temos o
envolvimento com a construção de creches, escolas, ginásios de esportes.
Então, o Solidariedade encaminha o voto “sim”.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
O SR. WADSON RIBEIRO (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero en-
caminhar o voto “sim”. E, na condição de Relator Revisor desta matéria, quero saudar aqui os Deputados que,
mesmo com ressalvas ao método, têm se manifestado favoravelmente a esta medida provisória e a esse cré-
dito que atende especialmente ao Ministério da Educação, atende a um programa importante, que é o FIES.
No início deste ano, o FIES sofreu uma série de problemas, de instabilidades, que deixaram milhares de
estudantes sem saber se poderiam ou não continuar estudando nas universidades. Eu acho que esta medida
provisória vai garantir a esses estudantes a continuação dos seus estudos, dos seus sonhos.
Então, Sr. Presidente, em defesa desses estudantes, em defesa do FIES, o PCdoB orienta o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS? (Pausa.)
Como vota o PPS?
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não há relevância
nem urgência. A medida provisória, quando atende a relevância e urgência, fala da imprevisibilidade para po-
der atender a demanda da urgência.
Neste caso, teria que ser projeto de lei. Tanto é verdade que, dos 4,6 bilhões de reais que aqui estão sendo
solicitados, no Orçamento deste ano já tem 2,2 bilhões de reais. Ora, pedir mais 4,6 bilhões de reais é o atestado
de um Governo incompetente, despreparado, que não tem o mínimo de previsibilidade em relação ao seu Orça-
mento e à sua forma de planejar. Daí a razão de a gestão do PT levar o País ao caos em que estamos metidos hoje.
Sr. Presidente, nós vamos votar “não” para deixar claro que aqui não há a questão da imprevisibilidade.
Portanto, seria por projeto de lei, e não por medida provisória.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PROS orienta o
voto “sim”, em favor dos estudantes, em favor do FIES, em favor do aprimoramento do financiamento da classe
estudantil nas universidades. O PROS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSOL vota “não” e apresenta a
razão, que é plural. Primeiro, medida provisória não pode ter objetos tão distintos assim: crédito externo para
financiamento de compra de caças – aqueles aviões para matar gente – suecos e financiamento estudantil.
Claro que o financiamento estudantil é necessário, só que o mesmo Governo subtraiu, Deputado Bebe-
to, mais de 10 bilhões do orçamento de custeio da educação pública no Brasil. Muitas universidades federais
estão paradas, estão à míngua, reivindicando o básico para sua função de extensão, pesquisa e ensino. Ora,
isso não é aceitável. Temos que votar globalmente.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 237

Nosso voto é “não”.


O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu ouvi vários nú-
meros, para lá e para cá, mas o que está escrito aqui é que é um crédito de R$ 9.820.639.868,00. Para quê? Para
a educação.
Então, a Rede vai votar “sim”, com uma dúvida enorme: será que, do começo de outubro, praticamente,
até dezembro, esse dinheiro vai ser realmente gasto? Porém, não restará uma responsabilidade ao Congres-
so Nacional pela não aplicação do dinheiro. O Congresso Nacional está destinando dinheiro para a educação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria? (Pausa.)
O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, se V.Exa. me permitir...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado.
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Como agora estão sendo votados
os pressupostos de relevância e urgência...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Isso.
O SR. MIRO TEIXEIRA – ...que V.Exa. já considere o voto “sim” na votação do mérito da matéria.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não.
Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, respeito o voto
do PPS, que vota “não”, mas todos os demais partidos da Minoria votam “sim”.
É dinheiro para a educação. Sempre que é dinheiro para educação, apesar de termos uma base educacional
toda equivocada, que não prioriza o ensino básico, enquanto em todos os países desenvolvidos o grande
investimento é no ensino básico, e no nosso não é, nós também...
Por que esse crédito a mais para a Aeronáutica? Porque a parte econômica do Governo é incompetente,
e o dólar subiu. Mas só aí já dá para pagar o aumento do salário dos servidores do Judiciário. Espero que termi-
nemos a sessão e iniciemos a sessão do Congresso Nacional para votarmos o aumento do salário do Judiciário.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados,
vejam bem as coisas aqui. Há quem esteja reclamando até desse crédito extraordinário. Há Liderança que está
encaminhando o voto “sim”, mas reclamando.
Desses 9 bilhões, 4,2 bilhões são para o FIES, que só este ano já tem 1,9 milhão de alunos inscritos; e no
segundo semestre criará mais de 300 mil vagas.
Quanto a essa ineficiência a que a Liderança do PPS se refere, só se for no Governo deles, no Paraná,
porque nós estamos garantindo esse crédito extraordinário exatamente para garantir o pagamento do FIES.
Metade desse crédito é para o FIES, para os alunos que têm direito a esse benefício, Deputado Chico Alencar.
O Governo está mantendo o FIES em 100%, ninguém se prejudicou até agora. O que houve no início do
ano foi que as escolas particulares estavam majorando as mensalidades em até, 20% 25%. Isso, sim, era um
assalto aos cofres públicos. Portanto, quem votar contrariamente a esse crédito, quem reclamar dele, estará
dizendo: “Eu não quero o FIES”.
Sr. Presidente, 50% desse recurso são para pagamento do FIES. Portanto, o Governo encaminha, em boa
hora, com competência e com eficiência, o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSC?
A SRA. RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu gos-
taria de lembrar aqui no Plenário que a nossa Comissão de Educação foi espaço para inúmeras reclamações,
quando diminuíram o aporte de recursos do FIES. E agora a Câmara dos Deputados dá uma resposta de forma
ágil, para que possamos ter esse aporte de recursos.
Vale lembrar que educação é prioridade, que educação é tudo. Os estudantes, agora, têm essa resposta
do Congresso e poderão realizar o sonho de cursar o ensino superior.
Vale lembrar também que as instituições privadas têm um papel muito importante no Brasil, na educação.
Tanto é que muitas delas já existiam antes de existir o FIES ou o antigo Crédito Educativo. É claro que, com o FIES,
elas se ampliaram e, com isso, deram oportunidade para que muitos jovens pudessem cursar o ensino superior.
Portanto, o PSC vota “sim” pela educação, que é tudo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que manifesta
opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua
adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
238 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o parecer da Comissão Mista na parte em que mani-
festa opinião pelo não atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua ade-
quação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão nº 14, de 2015, adota-
do pela Comissão Mista, à Medida Provisória nº 686, de 2015.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Orientação de bancada.
Como vota o Bloco do PMDB?
O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota
“sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT? (Pausa.)
Como vota o PSDB? (Pausa.)
Como vota o Bloco do PRB? (Pausa.)
Como vota o PR? (Pausa.)
Como vota o PSD?
O SR. GOULART (PSD-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente.
O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PT vota “sim”.
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – PSDB, “sim”.
Como vota o PR?
O SR. JOSÉ ROCHA (PR-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. JOÃO FERNANDO COUTINHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB vota“sim”, Sr. Presidente.
O SR. ALAN RICK (Bloco/PRB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – PRB, “sim”.
Como vota o Democratas?
O SR. ALEXANDRE LEITE (DEM-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas
vota “sim”.
No entanto, eu gostaria de chamar a atenção deste Parlamento para o seguinte: nós estamos aprovan-
do crédito para o Fundo de Financiamento Estudantil – FIES estimados em 4,2 bilhões. Na compra dos caças
Gripen, entre a aprovação da resolução no Senado e a aprovação nesta Casa no dia de hoje, tamanha tem sido
a insustentabilidade cambial do Brasil, que a diferença do valor cambial nesse meio tempo aumentou a com-
pra dos caças Gripen em 3 bilhões. Nesse meio tempo dava para pagar quase todo o crédito que nós estamos
aprovando hoje para o FIES, tamanha é a instabilidade econômica e cambial do Brasil e do Governo do PT.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade? (Pausa.)
Como vota o PCdoB?
O SR. WADSON RIBEIRO (PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PCdoB, mais
uma vez, vem aqui manifestar o seu voto “sim”, e dizer que um dos maiores avanços que nós experimentamos
nas últimas duas décadas foi a verdadeira revolução na educação brasileira, especialmente no ensino superior.
Quero dizer que, para o PCdoB, a educação pública tem que ser perseguida, tem que haver mais inves-
timentos, tem que ser aprimorada, e sempre foi motivo de nossa defesa.
Compreendemos que esta medida provisória, especialmente no que diz respeito a verbas para o Minis-
tério da Educação para atender o FIES, atenderá a milhares e milhares de estudantes que não podem ter o seu
futuro em dúvida, que não podem ter a dúvida de permanecerem ou não no ensino superior.
Uma das maiores conquistas do Brasil foi possibilitar que mais jovens chegassem à universidade, tanto
universidades públicas, como também – uma parte deles – universidades particulares.
Desse modo, Sr. Presidente, em nome da Comissão Mista de Orçamento, eu quero agradecer o amplo apoio
aos partidos, aos Parlamentares, que, com sensibilidade, entenderam a urgência e a importância desta matéria.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 239

Encaminho o voto “sim”, em defesa dos estudantes, em defesa do FIES, em defesa de uma educação bra-
sileira que possa cada vez avançar mais.
Muito obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PROS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PPS?
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é evidente que,
quanto ao mérito, o PPS vota “sim”.
Nós estamos falando de FIES e de outras propostas que o Governo está apresentando. Quando votamos
a questão da urgência e da relevância, falando da imprevisibilidade, nós estávamos dizendo que, na admissibi-
lidade da medida provisória, há uma falha muito grande. Governo que toda hora baixa medida provisória não
governa, não tem planejamento, não sabe o que está fazendo.
Tanto é verdade que, com relação ao FIES, nós estamos retrocedendo. O Governo cortou, tirou dinheiro
do financiamento para os estudantes. E quantos perderam no início? Quantos estão perdendo no PRONATEC?
E o Ministério da Educação como um todo?
Agora, o Ministério da Educação virou um balcão de negócios para buscar apoio no Congresso Nacional?
É um Governo em liquidação! É um Governo em liquidação! Está entregando a qualquer preço, para se manter
a qualquer custo na Presidência.
Daí, Sr. Presidente, votamos “sim”, a favor do FIES, no mérito da questão.
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade
também vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Solidariedade vota “sim”.
Como vota o PV?
O SR. EVANDRO GUSSI (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PV vota “sim”.
Como vota o PSOL?
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, discutiu-
se a relevância, mas se deixou de atentar para a inconstitucionalidade dessa medida provisória, já que o art.
62 da Constituição não admite esse tipo de – aspas – “imprevisibilidade”. Como é que programas da educação
não estão previstos na Lei Orçamentária anual? Como é que um programa tão importante como o FIES não
está previsto? E por que o Governo resolve cortar 10,2 bilhões da educação?
Todos sabem, ainda que a imprensa tente negar, que todas as universidades brasileiras estão em greve há
120 dias: servidores sem reajuste salarial, laboratórios parados, limpeza parada, porque as empresas terceiriza-
das não recebem. Há um caos na educação! Então, por que abrir crédito extraordinário para alguns dos itens?
É bom que fique claro para a sociedade brasileira que tirar dinheiro de um setor para dar a outro significa
que alguns programas serão esvaziados. Agora, não é admissível que se descumpra a lei complementar e se
coloquem assuntos díspares, muitos menos numa situação em que o câmbio é desfavorável ao real, e tenhamos
aqui licença para um empréstimo externo que não vai comportar a compra dos caças e, portanto, cria problemas
ainda maiores do ponto de vista do equilíbrio financeiro do País.
O voto é “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Rede já tinha deixado a orientação “sim”.
Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós temos mui-
tos tipos de discurso, mas, na verdade, os jovens do FIES querem saber se vão pagar a faculdade deles. Então,
isso na prática tem que ser resolvido. E esse crédito vai resolver justamente nesse sentido.
Queremos dizer também, quanto aos caças da Aeronáutica, que eu espero que fiquem na fronteira an-
dina do Brasil para derrubar avião de traficante que está entrando no nosso País às centenas, trazendo crack e
todo tipo de porcaria daquela fronteira andina, principalmente da Bolívia, Venezuela, Colômbia e Peru. Que os
nossos caças possam ficar lá patrulhando e derrubando esses aviões que vêm cheios de cocaína e crack para
o Brasil! Eu espero que isso aconteça e que tenhamos um pouquinho de bom senso – aí, sim – para proteger
a nossa juventude.
Obrigado, Sr. Presidente.
A Minoria vota “sim”.
A SRA. RAQUEL MUNIZ – O PSC, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo?
240 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo, Sr. Presidente, quer
comentar duas coisas.
Primeiro, os caças são essenciais. Portanto, fortalece o Ministério da Defesa.
No caso do MEC, evidentemente que é um recurso muito necessário para o FIES. Quantas vezes a Oposição
ficou dizendo que o Governo estava acabando com o FIES? Vou repetir: os alunos do FIES são os grandes benefi-
ciados desse crédito extraordinário, porque 4,2 bilhões são para o pagamento dos alunos do FIES, Sr. Presidente.
Esse é um Governo que tem compromisso com aqueles que fazem a educação pública no Brasil.
O Governo vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o projeto...
A SRA. RAQUEL MUNIZ – O PSC, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Perdão, Deputada Raquel Muniz. Como vota o PSC?
A SRA. RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSC
vota “sim” e, no mérito da matéria, pelo aporte de recursos no FIES, medida tão necessária, comprovadamente.
Os estudantes que estiveram aqui na Comissão de Educação, os representantes das instituições de en-
sino, os Parlamentares que receberam essas comissões de alunos em seus gabinetes, todos estão de parabéns
com essa resposta dada pela Câmara dos Deputados.
Eu tenho certeza de que o norte de Minas Gerais, região tão carente e tão necessitada do FIES, também
está feliz, nesta noite, participando agora dessa solução apresentada pela Câmara dos Deputados.
Parabéns, estudantes! Educação é tudo! Que bom que o FIES retornou com esse aporte de recursos. A
FUNORTE, em Montes Claros, mais uma vez está de parabéns por ter acolhido os alunos, mesmo com a tem-
pestade de que o FIES poderia acabar.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Projeto de Lei de Conversão nº 14, de 2015, adota-
do pela Comissão Mista, à Medida Provisória nº 686, de 2015.
Outubro de 2015
ÓRGÃO: 26000 - Ministério da Educação
UNIDADE: 26290- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
ANEXO !Crédito Extraordinário
PROGRAMA DE TRABALHO (APLICACÃO)Recurso de Todas as Fontes R$ 1,00

FUNCIONAL PROGRAMÁTICA PROGRAMA/AÇÃO/LOCALIZADORIPRODUTO VALOR

2032Ed - s Grad 'Y Pós-Grad ~


E p Ext - 35.862.575
' '
ATIVIDADES
12 364 2032 20RN Avaliação da Educação Superior e da P_ós-Graduaç_ão F 3 2 90 o 188 35.862.575
12 364 2032 20RN 6500 Avaliação da Educação Superior e da Pos-Graduaçao - 35.862.575
Nacional (Crédito Extraordinário) 35.862.575

TOTAL FISCAL 35.862.575


TOTAL SEGURIDADE o
TOTAL- GERAL 35.862.575

DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


ORGÃO: 71000 - Encargos Financeiros da União
UNIDADE: 71101 -Recursos sob Supervisão do Ministério da Fazenda
ANEXO !Crédito Extraordinário
PROGRAMA DE TRABALHO (APLICACÃO)Recurso de Todas as Fontes R$ 1,00

FUNCIONAL PROGRAMÁTICA PROGRAMA/AÇÃO/LOCALIZADORIPRODUTO VALOR

0909°
---- t""-·~ --- E
_ _,,..., _ _ _ _ ___ Out
- - ·· -- E
-·· ---~--
E
_ _ . . 4.606.500.000
,..., _ _ ____

OPERAÇÕES ESPECIAIS
28 846 0909 OOOK Subvenção Econômica em Operações de Financiamento no F 3 1 90 o 100 4.606.500.000
28 846 0909 OOOK 6500 âmbito do Programa de Sustentação do Investimento e do 4 .606.500.000
Programa Emergencial de Reconstrução de Municípios 4.606.500.000
Afetados por Desastres Naturais (Leis n°
12.096, de 2009, e n° 12.409, de 2011)
Subvenção Econômica em Operações de Financiamento no
âmbito do Programa
de Sustentação do Investimento e do Programa Emergencial de
o. - ... . . . .<. r. -... .
TOTAL - FISCAL 4 .606.500.000
TOTAL- SEGURIDADE o
TOTAL - GERAL 4 .606.500.000
ORGAO: 74000- Operações Oficiais de Crédito
UNIDADE: 74902- Recursos sob Supervisão do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior/FIEES- Min. da Educação

Quinta-feira 1º
ANEXO !Crédito Extraordinário
PROGRAMA DE TRABALHO (APLICAÇÃO)Recurso de Todas as Fontes R$ 1,00

241
242
FUNCIONAL PROGRAMÁTICA PROGRAMA/AÇÃO/LOCALIZADO R/ PRODUTO VALOR

Quinta-feira 1º
0902°
--- - r""-·-•y--- E
- -'r----- -- - F
-·-- - --- - -- t Retorno4.200.
- -- - -- - - -000.000
------ - - - - -·-- - - - -------
O PERAÇÕES ESPECIAIS
12 694 0902 OOIG Concessão de Financiamento Estudantil - FIES FFF 5 o 90 o 100 4.200.000.000
12 694 0902 OOIG 6500
Concessão de Financiamento Estudantil - FIES - Nacional 5 o 90 o 118 4.200.000.000
(Crédito Extraordinário) 5 o 90 o 380 3.557.059.961
90.646.039
552.294.000

0909°perações Especiais:
0909° E Out
Outros Encargos
E Especiais400.000.000
Esoeciais400.000.000
O PERAÇOES ESPECIAIS
12 846 0909 OOM2 Integralização de cotas do Fundo de Garantia de Operações de F 5 2 90 o 380 400.000.000
12 846 0909 OOM2 6500 Crédito Educativo - FGEDUC 400.000.000
400.000.000

DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


Integralização de cotas do Fundo de Garantia de Operações de
Crédito
Educativo - FGEDUC - Nacional (Crédito Extraordinário)
21 09Programa de Gest-
2109P - do Minist
Gestão e Manutenção
M ·
Ministério da Ed - 578.277.293
Educação
ATIVIDADES
12 123 2109 20RZ Administração do Financiamento Estudantil - FIES F 3 2 90 o 100 578.277.293
12 123 2109 20RZ 6500 Administração do Financiamento Estudantil - FIES - Nacional 578.277.293
(Crédito Extraordinário) 578.277.293

TOTAL - FISCAL 5.178.277.293


TOTAL- SEGURIDADE o
TOTAL- GERAL 5.178.277. 293
ORGÃO: 26000 - Ministério da Educaçao
UNIDA DE: 26298 - Fundo Nacional de Desenvolvi mento da Educação
ANEXO IICrédito Extraordinário
PROGRAMA DE TRABALHO (CANCELAMENTO)Recurso de Tod as as Fontes R$ 1,00
E
FUNCIONAL I PROGRAMÁTICA I PROGRAMAIAÇÃO/LOCALIZADOR/PRODUTO I S F VALOR

2030Edu cação Básica 578.277.293


I I ATIVIDADES I I I I I I I

Outubro de 2015
Outubro de 2015
12 368 2030 20RQ Produção, Aquisição e Distribuição de Livros e Materiais F 3 2 90 o 100 116.426.176
12 368 2030 20RQ 0001 Didáticos e Pedagógicos para Educação Básica 116.426.176
Produção, Aquisição e Distribuição de Livros e Materiais 116.426.176
Didáticos e
Pedaqóqicos para Educação Básica - Nacional

DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


PROJETOS
12 368 2030 12KV
Implantação e Adequação de Estruturas Esportivas Escolares
FF 4 3 30 o 100 461.851.117
12 368 2030 12KV 0001 Implantação e Adequação de Estruturas Esportivas Escolares - 4 3 40 o 100 461 .851 .117
Nacional 150.000.000
311 .851.11 7

TOTAL- FISCAL 578.277.293


TOTAL - SEGURIDADE o
TOTAL - GERAL 578.277.293

Quinta-feira 1º
243
244 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham.
(Pausa.)
APROVADO.
Está aprovada a Medida Provisória nº 686, de 2015, na forma do projeto de lei de conversão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) - Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte
REDAÇÃO FINAL:
Outubro de 2015
ÓRCÃO: 16000 - .\1inistirio da Edueaf.lo
UNIOAOJ,;: 26290 - I IL~tit•to Natioul dt Estud os e Pesquisas t.:duuc.iona isA.aUio Teixeira
ANE...\ :0 I Cridito I::xtraordin:irio
. ..... . . . . . - · ~ · · · ·- - . ... . __...__... . . . .... _... ._. ."'
..._ ·- ..._. , _ ..._ ·-
_.
.. --d' ...... .._.. ·- • ...
~~.-

E G .M F
R I
!FUNCIONAL PROGRAMATICA PROGRAMAIAÇÃOILOCALIZADORIPRODUTO s N p
o u T VALOR
F o o E
l.OJl Ed u~çio S uperior - Gndu.a~•o.. Pós - Gradu~io., Ensino. Pesquisa t Extendo 35.862.57 5
ATIVIDADES
12364 lz032 201LI'I \nliaçi o dA J,;ducaçi .o Superior e da Põs-Gradu..~ o 35.862.575
12 364 1!032 20RN 6:500 <\.vahaçoo da Educação Supc-nor c da Pôs-Gmduação - Noc tonal (Crôdiro 35.íl62.575
~mâno)
F 3 2 90 o 188 35.íl62.575
TOTAL- FISCAL 35.862...57 5
TOTA L - St.:C l iRlOAOE o

DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS


TOTAL- (;ERAL 35.86.1.575

ÓRGÃO! 71000- En~rgos Financei ros da Uniio


UN IOAD.:.: 71101 - Rtcursos sob Supen-islo do .\1inist~rio dA .-a.unda
.'\.NEXO I
-.• -------
,. · - ~- ... - ··-- - .. ·-- - -·· - ., E G
R
M
I
., ____ .... _.
..-
-- --Cridito
... -- .. __ -- ... . .-
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Outubro de 2015
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248 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)
APROVADA.
A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o processado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à apreciação de matérias sobre a mesa, que agora saem
do trancamento de pauta.
Item I.
Requerimento de urgência nº 1.538/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento In-
terno da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Resolução nº 13, de 2015, da Sra. Moema
Gramacho, que dá ao Plenário 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados a denominação “Zezéu Ribeiro”.
REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
Senhor Presidente,
Nos termos do art. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeremos a Vossa Excelência
URGÊNCIA URGENTÍSSIMA na apreciação do Projeto de Resolução nº 13, de 2015, de autoria da Senho-
ra Deputada Moema Gramacho (PT/BA), que dá ao Plenário 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados
a denominação “Zezéu Ribeiro”,
Sala das Sessões, 27 de abril de 2015. – Eduardo da Fonte, Líder do PP; Leonardo Picciani, Líder do Bloco
Parlamentar PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN; Jandira Feghali, Líder do PCdoB; Rogério Rosso, Líder do PSD.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Alguém gostaria de usar da palavra?
O SR. CAETANO – Para orientar, Sr. Presidente.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer uma
homenagem.
Fomos nós que sugerimos a inclusão desse projeto de requerimento, para prestar uma homenagem a
um cidadão brasileiro, o baiano Zezéu Ribeiro, que partiu e deixou um legado de extraordinários serviços pres-
tados ao Brasil, ao Estado da Bahia.
Daí essa homenagem que nós fazemos. Aproveitamos até para pedir uma salva de palmas em memória
do nosso querido Zezéu Ribeiro, Deputado da Bahia.
(O Plenário presta a homenagem solicitada.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Foi um Parlamentar com quem tive a honra de conviver.
O SR. CAETANO – O PT quer orientar, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Caetano.
O SR. CAETANO (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dizer que para nós
é motivo de muita alegria, muito orgulho que esta Casa aprove esta homenagem ao grande Deputado Zezéu
Ribeiro, que foi Secretário, Vereador de Salvador, Deputado aqui, Presidente de Comissão, uma grande figura.
Nós temos muito orgulho de ter Zezéu Ribeiro como um grande arquiteto que, consequentemente, deu uma
grande contribuição ao País, ao Estado da Bahia. Nós, hoje, agradecemos a esta Casa todo apoio a essa home-
nagem a Zezéu Ribeiro.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer
um esclarecimento. Eu só gostaria de indagar à Deputada Moema Gramacho, porque eu não vi o processo, se
foi cumprida a Súmula nº 1 da Comissão de Cultura, pelos circunstantes, no caso os integrantes da Comissão
que ocupam o Plenário 16, que eu acho que é a CDU – Comissão de Desenvolvimento Urbano.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Isso é mérito, Deputado, é parte do mérito. Estamos votando a
urgência somente.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Esclareço que, se não houver o cumprimento da Súmula nº 1, de 2013, da
Comissão de Cultura, que o Dr. Sílvio e V.Exa. conhecem também, o processo estará incompleto, segundo o
Regimento da Casa.
O SR. LUCIO VIEIRA LIMA – Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Lucio Vieira Lima, pelo PMDB.
O SR. LUCIO VIEIRA LIMA (Bloco/PMDB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fala-
ram aqui dois Deputados do PT em relação a Zezéu Ribeiro. Então, eu, que sou do PMDB e fui adversário dele
na Bahia, quero dizer que, além de um grande Parlamentar, foi uma grande figura humana, grande pai, gran-
de esposo. Eu parabenizo esta Casa por estar prestando esta justa homenagem ao Deputado Zezéu Ribeiro.
A SRA. ALICE PORTUGAL – Sr. Presidente, pelo PCdoB.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra a Deputada Alice Portugal, pelo PCdoB.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 249

A SRA. ALICE PORTUGAL (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, eu gostaria
também de me juntar, em nome da bancada do PCdoB, aos que prestam esta justa homenagem ao arquiteto,
urbanista, exdirigente do IABBahia, ao qual dedicamos audiência pública da Comissão de Cultura na última
quinta-feira, quando debatemos a demolição de casarões tombados no centro histórico de Salvador, que me-
rece toda a nossa reverência como ser humano, como Deputado Federal e, sem dúvida alguma, como militante
das cidades brasileiras.
Parabéns à autoria da matéria. E votamos pela urgência.
O SR. BOHN GASS – Sr. Presidente, quero fazer um registro.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Bohn Gass.
O SR. BOHN GASS (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se estivesse presente – e
eu estava em outra atividade em razão da função partidária –, eu teria votado com o partido. Eu peço a V.Exa.
o registro da minha votação com o partido.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Requerimento nº 1.538, de 2015.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encon-
tram. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Item II.
Requerimento nº 2.964, de 2015, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei Complementar nº 251, de 2005, do Sr. Rober-
to Gouveia, que inclui parágrafos no art. 19 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. (Aumenta o gasto
com pessoal na área de saúde para até 75% (setenta e cinco por cento) dos recursos financeiros destinados à saúde.
REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
Senhor Presidente,
Nos termos do art. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeremos a Vossa Excelência
URGÊNCIA na apreciação do Projeto de Lei Complementar nº 251, de 2005, de autoria do Senhor De-
putado ROBERTO GOUVEIA (PT/SP), que aumenta o gasto com pessoal na área de saúde para até 75%
(setenta e cinco por cento) dos recursos financeiros destinados à saúde.
Sala das Sessões, 08 de setembro de 2015. – Roberto Britto, PP/BA; Cacá Leão, Vice-Líder do Bloco Par-
lamentar PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN; Leonardo Picciani, Líder do Bloco Parlamentar PMDB, PP, PTB,
PSC, PHS, PEN; Arthur Oliveira Maia, Líder do Solidariedade; Mendonça Filho, Líder do Democratas;
Rogério Rosso, Líder do PSD; Fernando Coelho Filho, Líder do PSB.
O SR. PAUDERNEY AVELINO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Pauderney Avelino.
O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós entendemos
que esta matéria traz implicações profundas na Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso aqui não foi avaliado. É preciso
fazer uma avaliação, Sr. Presidente, porque, se se aumenta o gasto com saúde, obviamente terá que se reduzir...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nós estamos votando a urgência, Deputado. Nós não estamos
votando o mérito.
O SR. PAUDERNEY AVELINO – Eu sei que é a urgência, mas peço a V.Exa. que retire de pauta esta maté-
ria, porque precisamos analisá-la. Não analisamos esta matéria.
Com relação a tudo o que diz respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, temos que ter cuidado absoluto
para fazer qualquer tipo de votação.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu conversei com
o Líder Leonardo Picciani, que nos autorizou – está aqui o Vice-Líder do PMDB –, e com o grande mineiro, o
nosso saudoso Governador.
O SR. NEWTON CARDOSO JR – Saudoso não, ele está vivo, Deputado José Guimarães. Está tudo bem,
graças a Deus. O Deputado Newton Cardoso continua vivo.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – Perdão, Newtinho. Saudoso na presença aqui entre nós.
Há um acordo para nós retirarmos esta urgência de pauta e discutirmos melhor esta matéria nos próxi-
mos dias, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É acordo de todos?
O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente,
reitero as palavras do Deputado José Guimarães, exceto quanto à questão do saudosismo, para a retirada de
pauta, com certeza.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. A Presidência concorda com a solicitação, mas a matéria
continuará na pauta das urgências na semana que vem, porque, quando a colocamos em pauta, divulgamos
250 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

e os Líderes assinam, ninguém fala nada. Aí chega ao plenário... É melhor derrotar o requerimento. Não há ne-
nhum problema.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Item III.
Requerimento nº 3.117, de 2015, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 3.075, de 2015, do Sr. Mendonça Filho, que
“concede anistia aos condutores de veículos automotores multados pelo não uso de extintor de incêndio ou pelo
uso de equipamento vencido”.
REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE:
Senhor Presidente:
Requeremos a V. Exa., com base no art. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, urgência
para a apreciação do PL nº 3.075, de 2015, que “concede anistia aos condutores de veículos automotores
multados pelo não uso de extintor de incêndio ou pelo uso de equipamento vencido”.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Mendonça Filho, Líder do Democratas; Leonardo Picciani,
Líder do Bloco Parlamentar PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN; Maurício Quintella Lessa, Líder do PR; Ru-
bens Bueno, Líder do PPS; Celso Russomanno, Líder do Bloco Parlamentar PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC,
PRTB, PTC, PSL, PTdoB; Rogério Rosso, Líder do PSD.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Mendonça Filho.
O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu vou usar de forma mui-
to breve o tempo para defender a aprovação do requerimento, até porque imagino que não há quem possa
discordar da tese.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, através de resolução, estabeleceu a obrigatoriedade de
aquisição de extintores de incêndio ABC. Isso impôs a vários detentores de automóveis no Brasil a necessida-
de de adquirir esse tipo de equipamento. Ocorre que, recentemente, uma ou duas semanas atrás, o mesmo
CONTRAN aprovou uma nova resolução que revoga a anterior, ou seja, desobriga os motoristas do Brasil de
adquirirem os extintores de incêndio.
Então, não faz sentido que quem tenha sido multado por DETRANs estaduais tenha essa obrigação man-
tida. Eu peço anistia para esses motoristas que foram penalizados de forma absolutamente abusiva.
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero só fazer um
registro. Quero dizer a V.Exa. e a esta Casa que eu acho isso uma palhaçada, porque as pessoas foram obrigadas,
da forma que foram, a usar esses extintores, e ai daquele que não cumprisse a ordem. Vi pessoas pobres, que
ainda têm um carrinho utilitário para poder ir trabalhar, terem que correr para comprar esse extintor, e agora
simplesmente dizem que não precisa mais.
Deixo aqui apenas um registro e um desabafo. Nós vamos acompanhar o projeto do DEM, porque, sim-
plesmente, daqui para frente, quando chegar matéria desta natureza, o Congresso tem que se reportar.
Sr. Presidente, eu quero dizer que isso é uma palhaçada!
O SR. MENDONÇA FILHO – Sr. Presidente, só esclarecendo. A palhaçada a que ele está se referindo é em
relação ao CONTRAN, não ao projeto de nossa autoria, evidentemente.
O SR. EDMILSON RODRIGUES – Sr. Presidente, o PSOL queria manifestar sua posição sobre a urgência.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues.
O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL é
favorável à urgência, mas eu creio que é necessário debater mais, porque não há aqui espaço temporal definido.
O projeto propõe anistiar. Quem não pagou não tem que pagar, mas quem pagou terá direito a ressarci-
mento. Quem não pagou uma multa no ano de 1970, quando começou a viger a cobrança de multa pelo não
uso de extintor, poderá recorrer exigindo correção monetária sobre o valor pago 40 anos atrás?
Então, há um grau de complexidade, apesar da emoção do Líder do PT, que é importante ser avaliado,
para que não façamos algo que crie problemas, depois irreversíveis, de difícil solução.
Imaginem o montante de pessoas que, recorrendo ou não, pagando ou não, serão anistiadas? Mas aque-
les bilhões e bilhões em recursos que foram pagos poderão ser reivindicados, justamente porque nós estare-
mos avalizando essa reivindicação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Peço a V.Exa. que conclua, Deputado.
O SR. EDMILSON RODRIGUES – Então, somos a favor da urgência, mas nós temos que dar um tempo
para aperfeiçoar o projeto. Já que o Conselho Nacional de Trânsito desmoralizou, deixando de exigir extintor,
nós temos que aprovar a anistia, mas temos que ter cuidado com o tempo.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o Requerimento nº 3.117, de 2015.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 251

O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu vou vo-
tar contra, porque não está bem explicada qual é a intenção.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas se V.Exa. é contra temos que levar à votação nominal.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Vamos votar contra.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – V.Exa. quer nominal, então?
Se V.Exa. for contrário, eu sou obrigado a levar à votação nominal. É requerimento de urgência.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Sr. Presidente, eu sou contra esta urgência e contra o mérito dela.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita a todas as Sras. Deputadas...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Sou contra esta urgência e contra o mérito dela.
A SRA. RAQUEL MUNIZ – O PSC quer orientar, Sr. Presidente.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O PTB quer encaminhar.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita a todas as Sras. Deputadas e aos Srs. Depu-
tados que tomem os seus lugares a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico.
Está iniciada a votação.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O PTB quer encaminhar.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu vou pedir o encaminhamento a todos.
Está iniciada a votação.
Como vota o PMDB?
O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota
“sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PT?
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente. Já
fiz o desabafo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PT vota “sim”.
Como vota o PSDB?
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco do PRB?
O SR. ALAN RICK (Bloco/PRB-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PR?
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD?
O SR. JOÃO RODRIGUES (PSD-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Por uma questão lógica, Sr.
Presidente, se o extintor não é exigido mais, então, anistia neles!
Por isso o PSD vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. BEBETO (PSB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Democratas?
O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PCdoB?
A SRA. ALICE PORTUGAL (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Vota “sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PPS?
O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiro é preciso
dizer que nós temos uma ação junto à Procuradoria-Geral da República para vestir a investigação do CONTRAN
no que diz respeito à adoção de extintor de incêndio por tanto tempo e, depois, por alterar a sua qualificação
e estabelecer prazo para cumpri-la. E aqueles que a cumpriram? E aqueles que foram multados por não cum-
pri-la? E as empresas que adquiriram extintores para poder revender dentro do prazo?
É lamentável o que nós estamos vendo, em termos de Governo, em termos de planejamento e gestão. Por
isso, a bancada do PPS acompanha a votação de acordo com o pronunciamento do Deputado Sibá Machado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV? (Pausa.)
Como vota o PSOL? (Pausa.)
252 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O PSOL já havia orientado o voto “sim”.


Como vota a Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o voto é “sim”.
Agora, seria uma ótima oportunidade – o Ministério Público Federal pode estar acompanhando, pelos
seus assessores, esta sessão – de, num procedimento administrativo, se investigar o que se passa nesse tal de
CONTRAN. Há uma história, por exemplo, de que foi entregue o monopólio do cadastramento de veículos para
uma determinada empresa, que, logo depois, foi vendida por milhões de reais.
Então, eu penso que é uma boa oportunidade para se colocar em evidência o CONTRAN.
Vamos votar “sim”.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, o PTB quer encaminhar.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PTB?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na ver-
dade, nós vamos encaminhar o voto “sim”, mas, sem dúvida nenhuma, há necessidade de que tomem cuidado,
não só o CONTRAN, o DENATRAN, mas todos os órgãos de Governo. Baixam portaria, baixam resolução, fazem
o que querem, fazem o que bem entendem. Depois de tanto tempo, acabam agora com a obrigatoriedade do
extintor de incêndio; criam agora a obrigatoriedade da cadeirinha no transporte escolar.
Em uma audiência pública realizada na Casa ontem, todo o mundo viu a inexequibilidade dessa exigência,
mas está estabelecido que, a partir de 1º de fevereiro, isso será cobrado. Não sei como vão fazer CONTRAN e DE-
NATRAN para possibilitar que todos os carros de transporte escolar tenham cadeirinha, com cinto de três pontas.
Então, chamo a atenção e voto “sim” agora, para que não se dê com a cadeirinha o que se deu com o
extintor de incêndio e com aquele kit de primeiros socorros, que depois deixou de existir. É hora de tomar cui-
dado com portarias e resoluções, e esta Casa tem que dar uma resposta à altura.
O voto é “sim”.
A SRA. RAQUEL MUNIZ – Como vota o PSC, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSC?
A SRA. RAQUEL MUNIZ (Bloco/PSC-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSC
orienta o voto “sim”, lembrando que, quando há consenso nesta Casa, as coisas acontecem. Por isso, eu queria
lembrar a todos os Parlamentares aqui presentes que hoje, na Comissão de Educação, tivemos um exemplo dis-
so. O nosso Presidente, o experiente médico e ex-Ministro da Saúde Deputado Saraiva Felipe, conduziu muito
bem a nossa reunião, e o projeto de autoria do experiente Deputado Mandetta, também médico, do qual tive
a oportunidade de ser Relatora, foi aprovado por unanimidade.
O projeto permite que os médicos voltem a ter escrito, em seu diploma, a terminologia “médico” e não
o termo “bacharel em Medicina”, que era o que queriam. É uma conquista dos médicos do Brasil.
Parabéns à nossa importante Comissão de Educação por manter essa terminologia, que é utilizada há
mais de 200 anos e reconhecida por tratados internacionais e concursos públicos de que os médicos participam.
Parabéns, médicos!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a lei não retroa-
ge para prejudicar, mas pode retroagir para beneficiar, consequentemente, isso é um princípio jurídico. E essa
emenda vem para beneficiar aqueles que outrora tiveram um requisito hoje reconhecido como não necessário.
Faço um apelo, Sr. Presidente. Vejo que a sessão do Senado acabou e que há Senadores circulando por
aqui, para que possamos acabar esta sessão e votar o veto do Judiciário. É necessário que votemos o veto do
Judiciário, para derrubá-lo e fazer justiça aos funcionários do Judiciário.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Governo? (Pausa.)
Em seguida, quando terminar esta votação, vou chamar uma sessão extraordinária, para apreciarmos
apenas a Proposta de Emenda à Constituição nº 209, de 2012.
O SR. BETO SALAME (PROS-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria que fosse
registrada a orientação “sim” do PROS.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Do PROS, por favor.
O SR. BETO SALAME – Faltou o registro “sim” do PROS no painel.
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. acha que,
tecnicamente, é impossível votarmos hoje os vetos na sessão do Congresso?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Não haverá sessão do Congresso.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Há essa alternativa para hoje?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, não há alternativa. Pelo que eu estou sabendo, não
há alternativa, não há acordo por parte dos Líderes da Câmara. Essa não foi uma decisão minha. Essa foi uma
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 253

decisão dos Líderes. A maioria deles tiveram esse posicionamento. Eu apenas segui aquilo que foi decidido
pelas Lideranças.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Agora, haveria a possibilidade de V.Exa... Esse assunto interessa a muita gente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Já foi anunciado pelo Senado que a sessão para apreciar os vetos
será na terça-feira.
O SR. DANIEL ALMEIDA – Sr. Presidente, 1 minuto, por favor.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Terça-feira, às...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Acho que anunciaram o horário, eu não sei.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Está bem.
Obrigado.
O SR. DANIEL ALMEIDA – Sr. Presidente, 1 minuto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado.
O SR. DANIEL ALMEIDA (PCdoB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado
Eduardo Cunha, no primeiro semestre deste ano, eu estive aqui neste microfone exatamente para lamentar
o fato de uma matéria, veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo, mostrar o atendimento das famílias cearenses,
fortalezenses, no chão do Hospital José Frota, que é a nossa grande assistência municipal.
Hoje, novamente, o jornal Folha de S.Paulo traz um levantamento, um estudo, uma pesquisa que revela
que Fortaleza é a campeã de assassinatos no Brasil. São 77,3 mortos para cada 100 mil habitantes, o que perfaz
o dobro da média nacional das grandes cidades brasileiras. Isso é um fato lamentável, que mostra o descaso
da segurança pública, o que tem levado a criminalidade principalmente às periferias das grandes cidades. A
cidade de Fortaleza, capital do Estado, está chegando a um ponto deplorável como esse.
Eu não poderia deixar de registrar o nosso lamento, o nosso descontentamento, a nossa insegurança. As
famílias de bem muitas vezes se sentem prisioneiras de si mesmas, são obrigadas a ter grades nas suas casas.
Está aqui dito por uma jovem moradora do Conjunto Esperança: “Não ando na pracinha do bairro, por
exemplo, e tenho muita vontade. Tenho receio de falar com os meninos com quem eu brincava”. O Parque Jerusa-
lém é onde há o maior índice de criminalidade.
Isso demonstra exatamente que essa juventude está totalmente desguarnecida do seu direito, da sua liber-
dade de ir e vir, de constituir grupos, de poder ter lazer, de poder ter educação e, muitas vezes, ter até um trabalho,
um estudo. Eles não têm como voltar para casa, devido à insegurança que foi gerada, que está transformando For-
taleza numa das cidades mais violentas do Brasil. Isso é lamentável. Nós esperamos imediatamente uma postura...
(Desligamento automático do microfone.)
O SR. EVANDRO GUSSI (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, Sr. Presidente. O
PV vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PV vota “sim”.
Como Líder, concedo a palavra ao Deputado Mendonça Filho. Antes, o Delegado Edson Moreira falará
rapidamente.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente,
todos os dias, nós falamos sobre a violência que há em nosso País. Aliás, Fortaleza perdeu uma grande oportu-
nidade de eleger para Prefeito o Deputado Moroni Torgan, um profundo conhecedor da segurança pública. Na
cidade até poderia ter menos violência. Mas é como falamos no dia a dia: nós somos os responsáveis por isso,
somos nós que estamos ajudando esse povo a matar. A verdade é essa. E isso se dá pela nossa anomia. Vamos
usar o português claro, pela falta de legislação que nós deveríamos ter feito e não fizemos.
Portanto, Sr. Presidente, vamos trabalhar mais na legislação, principalmente na Lei nº 7.210, de 1984.
Muito obrigado, Sr. Presidente. Muito obrigado, Deputado Mendonça Filho, pela paciência.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Mendonça Filho, para uma
Comunicação de Liderança, pelo DEM.
O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, hoje foi divulgada pesquisa contratada pela Confederação Nacional da Indústria – CNI ao IBOPE, pesquisa essa
que demonstra o enorme nível de insatisfação da população brasileira com a Presidenta Dilma e o seu Governo.
Houve uma pequena oscilação no nível de popularidade da Presidenta Dilma, foi quase igual aos 9%
registrados em junho, agora em setembro foi de 10%. A desaprovação ao seu Governo oscilou de 68% para
69%. Apesar de todo o esforço da mídia, de toda a articulação política por parte Presidenta Dilma, a população
está e permanece absolutamente insatisfeita, infeliz, com o Governo que tem, o Governo da Presidenta Dilma.
A Presidenta Dilma Rousseff está tentando, de todo modo, promover no seu Governo algumas mudanças
que possam corresponder à expectativa da sociedade brasileira. Só que há uma distância muito grande entre
a vontade, a disposição e a prática da Presidenta Dilma e aquilo que a sociedade brasileira quer.
254 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O povo brasileiro quer, por exemplo, que o Governo arque com a maior parte da conta do ajuste, que
corte na carne, que reduza o número de Ministérios, que faça com que a máquina funcione melhor a serviço
da população, que reduza o número de cargos comissionados, em grande número, aparelhados pelo Partido
dos Trabalhadores.
O que está fazendo a Presidenta Dilma Rousseff? É justamente o inverso, é uma reforma ministerial para
atender a partidos políticos, na tentativa de salvar o seu mandato presidencial. Ela não quer um Ministério da
Saúde que atenda melhor à população. Ela não quer um Ministério da Saúde que, por exemplo, promova me-
lhoras nos hospitais públicos e nas unidades de saúde de todo o Brasil. Ela quer tão somente entregar o Mi-
nistério da Saúde, como se estivesse num balcão de negócios, numa feira livre, para qualquer partido político,
principalmente o PMDB, partido que pode garantir à Presidenta tranquilidade para governar por mais 3 anos,
estar à frente da Presidência da República. Ela não quer restaurar a credibilidade perdida, o que seria uma mis-
são impossível para quem sucumbiu às mentiras praticadas.
Esta semana eu assisti a uma cena, pode-se dizer tragicômica, que foi o discurso da Presidenta Dilma
Rousseff na ONU.
Ela não se conforma em mentir para o povo brasileiro, em mentir para o Parlamento do nosso País e vai à
ONU repetir as mesmas inverdades diante dos países estrangeiros, falando de crise internacional, de repercus-
são da crise internacional no crescimento do Brasil, crise essa que aconteceu em 2008. Em 2015, a Presidenta
Dilma ainda está atribuindo o fracasso do seu Governo à crise de 2008. O mundo está crescendo mais de 3%
ao ano, e a Presidenta Dilma está atribuindo o crescimento negativo de 3% à crise de 2008.
Ela quer transformar os brasileiros em bobos, em otários, em ignorantes, em pessoas que não têm a mí-
nima percepção.
Nesta semana, tivemos a triste notícia da subida, mais uma vez, do preço da gasolina e do diesel. O que
isso significa? Que os preços do transporte público, para quem usa ônibus, vão subir novamente; os preços
dos alimentos também, porque todas as mercadorias são transportadas em caminhões e carretas, que são o
principal meio de transporte do nosso País. Essa é a realidade. A inflação está chegando a 10% ao ano, penali-
zando os mais pobres; o desemprego está tomando conta do Brasil, e a situação está cada vez mais crítica. No
entanto, a Presidenta age de manhã, de tarde e de noite não para resolver os problemas do Brasil, mas apenas
para salvar o seu mandato.
Então, ela convoca o seu tutor. Quem é o tutor da Presidenta Dilma? É o ex-Presidente Lula. Agora, ele
tem que vir toda semana a Brasília para dizer a ela o que deve fazer, o caminho que ela deve seguir com relação
à reforma ministerial. A Presidenta está perdida no Palácio, sem saber o que faz. Ela precisa recorrer ao ex-Pre-
sidente Lula, para que ele diga a ela o que deve fazer. Ele já disse que tem que entregar todos os Ministérios. O
que tiver de Ministério o PT vai entregar, desde que salve o mandato da Presidenta Dilma.
Nós não podemos viver, infelizmente, num país onde a democracia e a Presidência da República são
conduzidas dessa maneira. A Presidenta tem que governar para as pessoas. Ela tem que dirigir o seu Governo
para atender as necessidades da população desempregada, que está abandonada. Nem o programa de medi-
camentos populares se atende mais no serviço público.
Então, diante desse quadro, eu tenho que subir, mais uma vez, à tribuna para dizer que os números da
pesquisa CNI-IBOPE refletem justamente o sentimento de insatisfação e de revolta do povo brasileiro.
Durante o discurso do Sr. Mendonça Filho, assumem sucessivamente a Presidência os Srs. Gilberto Nas-
cimento, 2° Suplente de Secretário, e Eduardo Cunha, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou encerrar a votação.
O SR. SANDRO ALEX – Sr. Presidente, peço a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem V.Exa. a palavra, Deputado Sandro Alex.
O SR. SANDRO ALEX (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.
Quero dar conhecimento ao Plenário de que eu sou autor de um projeto de decreto legislativo para sus-
tar uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.
Além do kit de primeiros socorros, dos extintores, o CONTRAN, mais uma vez – nós já derrubamos isso
no mandato anterior –, está exigindo o simulador em todas as autoescolas do Brasil, ou seja, a compra de um
videogame para os Centros de Formação de Condutores do Brasil. Isso deverá acontecer até janeiro.
Então, eu quero o apoio da Casa, Sr. Presidente, para colocar em votação esse projeto que susta mais
uma resolução do CONTRAN, que exorbita das suas atribuições. Este Plenário já derrubou essa resolução no
mandato passado. Não satisfeito, o CONTRAN reeditou a resolução, exigindo a compra desses simuladores. E
mais uma vez nós vamos dizer “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está encerrada a votação. (Pausa.)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 255

Resultado da votação:
SIM:  409;
NÃO:  5;
TOTAL:  414.
ART. 17: 1.
QUÓRUM: 415.
O REQUERIMENTO FOI APROVADO.
LISTAGEM DE VOTAÇÃO:
Proposição: REQ Nº 3117/2015 – URGÊNCIA PARA APRECIAÇÃO DO PL Nº 3.075/2015 – Nominal Eletrônica
Início da votação: 30/09/2015 19:00
Encerramento da votação: 30/09/2015 19:18
Presidiu a Votação: Eduardo Cunha
256 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlame ntar Parti do Bloco Voto

Roraima ( RR)

Abel Mesqu ita Jr. PDT Sim

Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscP hsPen Sim

Hiran Gonçal ves PM PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Maria He lena PSB Sim

Rem ídio Monai PR Sim

Shéri dan PSDB Sim

Total Roraima: 7

Amapá (AP)

Cabuçu Borges PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Marcos Reategui PSC PmdbPp Ptb PscPhs Pen Sim

Professora Marcivania PT Sim

Total Amapá : 3

Pará (PA)

Arnaldo Jo rdy PPS Sim

Beto Faro PT Sim

Beto Salame PROS Sim

De legado Éder Mauro PSD Sim

Edm ílson Rodrigues PSOL Sim

Franc isco Chapadinha PSD Sim

Hé lio Le ite DEM Sim

José Priante PMDB PmdbPp PtbPscPhsPen Sim

Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscP hsPen Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 257

Parlamentar Partido Bloco Voto

Lúcio Vale PR Sim

Nilson Pinto PSDB Sim

Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Zé Geraldo PT Sim

Total Pará: l3

Amazonas (AM)

Alfredo ascimento PR Sim

Arthur Virgílio Bisneto PSDB Sim

Áti la Lins PSD Sim

Conceição Sampaio pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Hissa Abrahão PPS Sim

Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pauderney Avelino DEM Sim

Total Amazonas: 7

Rondonia (RO)

Expedito Netto Solidaried Sim

Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Luiz Cláudio PR Sim

Mariana Carvalho PSDB Sim

Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rondonia: 7

Acre (A C)
258 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Alan R ick PRB PrbPtnPm nPrpPsdcPrtbPtcPsiP tdoB S im

Angeli m PT S im

César Messias PSB S im

Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Leo de Brito PT S im

Rocha PSDB S im

Sibá Mac hado PT S im

Total Acre: 7

Tocanti ns (TO)

Carl os Henriq ue Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Iraj á Abreu PSD S im

Josi unes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Lázaro Bote lho pp PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Professo ra Dorinha Seabra Rezende DEM S im

Vicentin ho Júnior PSB Sim

Total Toca ntins: 7

Mara nhão (MA)

Alberto Fil ho PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcP rtbPtcPs lPtdoB S im

An d ré Fufuca PE PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPs iPtdoB S im

E liz iane Gama PPS S im

Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 259

Parlamentar Partido Bloco Voto

João Castelo PSDB S im

João Marce lo Souza PM DB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

José Re inaldo PS B Sim

Ju nior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsP en Sim

Jusceli no Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB S im

Pedro F ernandes PTB Ptnd bPpPtbPscPhsP en Sim

Rubens P ere ira Jú nior PCdoB S im

Victor Mendes PV S im

Waldir Maranhão pp Ptnd bPpPtbPscPhsP en S im

Zé Carlos PT S im

Total Maranhão: 16

Ceará (CE)

Ada il Carneiro PH S PmdbPpPtbPscPhsPen S im

André Fig ue iredo PDT S im

An íbal Go mes P MDB PmdbPpPtbPscP hsP en S im

Arno n Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Cabo Sabino PR S im

Chico Lopes PCdoB S im

Danilo Forte PS B S im

Genecias Noronha Solidaried S im

José G uimarães PT S im

Leô nidas C risti na PROS S im

Luizianne L ins PT S im

Macedo PS L PrbPtnPm nPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim


260 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Moroni Torgan DEM S im

Odori co Monteiro PT S im

Ra imundo Gomes de Matos PSDB S im

Vicente Arruda PROS S im

Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Total Ceará: 17

Pia uí (Pl)

Assis Carvalho PT S im

Átila Lira PSB S im

Heráclito Fortes PSB Sim

Iracema Portella pp PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Mainha Solidaried S im

Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPe n S im

Paes Landim PTB PmdbPpPtbPsc PhsPen Sim

Rodri go Martins PSB S im

Sila s Freire PR S im

Total Piauí: 9

Rio Gra nde do Norte (RN)

Fábio Faria PSD S im

Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPsc PhsPen S im

Total Rio Grande do Norte: 2

Paraíba (PB)

Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPsc PhsPen S im

Dam ião Felic iano PDT S im


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 261

Parl ame ntar Partido Bloco Voto

Efi·a im Filho DEM Sim

Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Luiz Couto PT Sim

Manoel Jun ior PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Pedro Cunha Lima PSDB Sim

Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

We lli ngton Roberto PR Sim

Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Paraíba: 10

Pernam buco (PE)

Augusto Coutinho Solidaried Sim

Betinho Gomes PSDB Sim

Carlos Eduardo Cadoca PCdoB Sim

Daniel Coelho PSDB Sim

Fernando Coelho Fil ho PSB Sim

Fernando Monteiro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Fernando Coutinho PSB Sim

Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Kaio Maniçoba PH S PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Luciana Santos PCdoB Sim

Marinaldo Rosendo PSB Sim

Mendonça Fil ho DEM Sim

Pastor Eurico PSB Sim


262 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido B loco Voto

Rau l Jungmann PPS S im

R icardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Sil vio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Tadeu A lencar PSB S im

Wo lney Q ue iroz PDT S im

Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Total Pernam buco: 20

A lagoas (AL)

Arthur Lira pp PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

C ícero A lmeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslP tdoB Sim

G ivaldo Carimbão PROS S im

Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Mauríc io Quinte lla Lessa PR S im

Pedro Vile la PSDB S im

Ronaldo Lessa PDT S im

Total A lagoas: 7

Sergipe (SE)

Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsP en S im

Fábio Mitidieri PSD S im

Fabio Re is PMDB PmdbPpPtbPscPhsP en S im

João Danie l PT Sim

Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB S im

Laerc io O li ve ira Solidaried S im


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 263

Parlamentar Partido Bloco Voto

Valadares Fi lho PSB Sim

Total Sergipe: 8

Bahia (BA)

Alice Portuga l PCdoB Sim

Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Antonio lmbassahy PSDB Sim

Arthur O li veira Maia Solidaried Sim

Bacelar PTN P rbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPs iPtdoB Sim

Bebeto PSB Sim

Ben ito Gama PTB PmdbPpPtbPscP hsPen Sim

Cacá Leão pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Caetano PT Sim

Danie l A lme ida PCdoB Sim

Davidson Magalhães PCdoB Sim

E Imar Nascimento DEM Sim

Eri velton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fernando Torres PS D Sim

João Carl os Bace lar PR Sim

João Gualberto PSDB Sim

José Carlos Araújo PS D Sim

José N unes PSD Sim

José Rocha PR Sim

Jutahy Junior PS DB Sim

Luc io Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen Sim


264 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlame ntar Partido Bloco Voto

Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Mário egromonte Jr. pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Moema Gramacho PT Sim

Paulo Azi DEM Sim

Paulo Magalhães PSD Sim

Roberto Britto pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Sérgio Brito PSD Sim

Tia Eron PRB PrbPtnPmn PrpPsdcPrtbPtc Psl PtdoB Sim

Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Valmir Assunção PT Sim

Waldenor Pereira PT Sim

Total Bahia: 32

Minas Gerais (MG)

Adelmo Carneiro Leão PT Sim

Ademir Camilo PROS Sim

Aelton Freitas PR Sim

Bilac Pinto PR Sim

Bonifác io de Andrada PSDB Sim

Brunny PTC PrbPtn Pmn PrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Sim

Caio Narcio PSDB Sim

Carlos Melles DEM Sim

Delegado Edson Moreira PT PrbPtn Pmn PrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Sim

Diego Andrade PSD Sim

Dimas Fabiano PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 265

Parlamentar Partido Bloco Voto

Domingos Sávio PSDB Sim

Eduardo Barbosa PSDB Sim

Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Gabriel Guimarães PT Sim

Jaime Marti ns PSD Sim

Jô Moraes PCdoB Sim

Júli o De lgado PSB Sim

Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leonardo Monteiro PT Sim

Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Lincoln Portela PR Sim

Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Luiz Fernando Faria pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Marcos Montes PSD Sim

Marcus Pestana PSDB Sim

Margarida Salomão PT Sim

Mário Heringer PDT Sim

Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Misael Varella DEM Sim

Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Odelmo Leão pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Padre João PT Sim

Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim


266 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Paulo Abi-Ackel PSDB S im

Raque l M uniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Rodri go de Castro PSDB S im

Saraiva Feli pe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Stefano Aguiar PSB S im

Subtenente Gonzaga PDT S im

Tenente Lúcio PSB Sim

To ni nho P inhe iro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Wadson Ribe iro PCdoB S im

We liton Prado PT S im

Zé Sil va Solidaried S im

Total Minas Gerais : 47

Espírito Santo (ES)

Carlos Manato Solidaried S im

Dr. Jorge Sil va PROS S im

Helder Salomão PT Sim

Le io Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsP en S im

Marcus Vicente pp PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Max f ilho PSDB S im

Paulo Foletto PS B S im

Sergio Vid igal PDT S im

Total Espíri to Sa nto: 8

Rio de Janeiro (RJ)


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 267

Parlamentar Partido Bloco Voto

Alessandro Molon REDE Sim

Alexandre Serfi otis PSD Sim

Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Aureo Solidaried Sim

Benedita da Silva PT Sim

Cabo Daciolo S. Part. Sim

Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Chico Alencar PSOL Sim

Chico D Angelo PT Sim

Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Art. 17

Glauber Braga PSOL Sim

Hugo Leal PROS Sim

lndio da Costa PSD Sim

Jair Bolsonaro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Jandira Feghal i PCdoB Sim

Jean Wyllys PSOL Sim

Juli o Lopes pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Luiz Carlos Ra mos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Luiz Sérgio PT Sim

Marquin ho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Miro Teixeira REDE Sim

Otavio Leite PSDB Sim


268 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Roberto Sales PRB PrbPtnPm nPrpPsdcP rtbPtcPs iP tdoB S im

Rodrigo Maia DEM S im

Rosangela Gomes PRH Prb Ptn Pm n Prp Psdc Prtb Ptc PslPtdo B Sim

Sergio Zveiter PSD S im

Sóstenes Cavalcante PSD Sim

Wadih Damo us PT S im

Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Washington Re is PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Total Rio de Janeiro: 32

São Paulo (SP)

Alex Manente PPS S im

Alexand re Leite DEM S im

Ana Perugini PT S im

An dres Sanchez PT S im

Anto nio BuU1ões PRB PrbPtnPm nPrpPsdcP rtbPtcPs iPtdoB S im

Anton io Carl os Mendes Thame PS DB Sim

Arlindo Chi naglia PT S im

Arna ldo Faria de Sá P TB PmdbPpPtbPscP hsP en S im

Ba leia Rossi PM DB PmdbPpPtbPscPhs Pe n S im

Bruna F url an PSDB S im

Bruno Covas PSDB S im

Capitão Aug usto PR S im

Carlos Zaratt ini PT S im

Celso Russoma nno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB S im


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 269

Parla me ntar J>arti do Bloco Voto

Dr. Sinval Malheiros PV Sim

Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Eduardo Cury PSDB Sim

Evandro Gussi PV Sim

Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Fia vinho PSB Sim

Gil be1to Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Goulart PSD Sim

Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Herculano Passos PSD Sim

Ivan Valente PSOL Sim

João Paulo Papa PSDB Sim

Keiko Ota PSB Sim

Lobbe Neto PSDB Sim

Luiz Lauro Fi lho PSB Sim

Luiza Erundina PSB Sim

Major Oli mpio PDT Sim

Mara Gabrilli PSDB Sim

Marcelo Aguiar DEM Sim

Marcelo Squassoni PRB PrbPtn Pmn PrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Sim

Mareio Alvino PR Sim

Miguel Haddad PSDB Sim

Miguel Lombardi PR Sim

Milton Monti PR Sim


270 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parla me ntar Partido Bloco Voto

M issionári o José O li mpio pp P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

e lson Marq uezelli PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

N ilto Tatto PT Sim

Orlando S il va PCdoB Sim

Paulo Teixe ira PT Sim

Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Ricardo T ri poli PSDB Sim

Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Sim

Roberto de Lucena PV Sim

Roberto Fre ire PPS Sim

Samue l Mo re ira PSDB Sim

Sil vio Torres PS DB Sim

Tiririca PR Sim

Valmir P ra sc ide lli PT Sim

Vanderle i Mac ris PSDB Sim

Vicente Cand ido PT Sim

Vicentinho PT Sim

Vinic ius Carvalho PRB PrbPtnPmn PrpPsdcPrtbPtc Ps l PtdoB Sim

Vito r Lippi PSDB Sim

T ota l São Pau lo: 58

Mato Grosso (M T)

Carlos Bezerra PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Sim

Ezequ iel Fonseca pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 271

Parlamentar Partido Bloco Voto

Fabio Garcia PSB Sim

Professor Victório Gall i PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Ság uas Moraes PT Sim

Valtenir Pereira PROS Sim

Total Mato Grosso: 6

Distrito Federal (DF)

Alberto Fraga DEM Sim

Augusto Carvalho Solidaried Sim

Erika Kokay PT ão

lzalci PSDB Sim

Rona ldo Fonseca PROS Sim

Roney emer PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Tota l Distrito Federal: 6

Goiás (GO)

Alexandre Ba ldy PSDB Sim

Dan ie l Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

De legado Wa ldir PSDB Sim

Fábio Sousa PSDB Sim

Fláv ia Mo ra is PDT Sim

Giuseppe Vecci PSDB Sim

Heuler Cruvine l PSD Sim

João Campos PSDB Sim

Jovair Arantes PTB PmdbPp PtbPscPhs Pen Sim

Lucas Vergilio Solidari ed Sim


272 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marcos A brão PPS Sim

Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Roberto Ba lestra pp PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Rubens Oton i PT S im

Sandes Júni or pp PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Total Goiás: 15

Mato Grosso do Su l (MS)

Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Dagoberto PDT S im

E lizeu Dioniz io Solidaried S im

Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Mandetta DEM S im

Tereza C ristina PSB S im

Vander Loubet PT Sim

Total Mato Grosso do S ul: 7

Paraná (PR)

Alex Canziani PTB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Alfredo Kaefer PS DB S im

Alie i M achado PCdoB S im

Assis do Couto PT Sim

Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcP rtbPtcPsiPtdoB Sim

D iego Garc ia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Edmar A rruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 273

Parlamentar Partido Bloco Voto

Enio Verri PT S im

Evandro Roman PSD S im

Fernando Franc isch ini Solidaried S im

Hermes Parciane llo PM DB PmdbPpPtbPscPhsPen N ão

João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

Leandre py S im

Leopoldo Meyer PSB S im

Luciano Ducci PSB S im

L ui z Carlos Hauly PSDB S im

Luiz N ishi mori PR S im

Marcelo Beli nati PP PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Nelson Meurer pp PmdbPpPtbPscPhsPe n S im

Osmar Serragl io PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen S im

R icardo Barros pp PmdbPpPtbPscPhsP en Sim

Rubens Bueno PPS S im

Sandro A lex PPS S im

Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsP en S im

Toni nho Wan dscheer PT S im

Zeca Dirceu PT S im

Total Paraná: 27

Sa nta Catarina (SC)

Carmen Zanotto PPS S im

Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsP en S im

Cesar Souza PS D S im
274 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Esperi dião Am in pp PmdbPpPtbPscPhsPen N ão

Fabric io O Iiveira PSB S im

João Rodrigues PSD S im

Jorg inho Mello PR S im

Mauro Marian i PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Pedro Uczai PT S im

Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Tota l Santa Catarina: 13

Rio Grande do Sul ( RS)

Afonso Ham m pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Afonso Motta PDT S im

Bohn Gass PT S im

Carl os Gomes PRB PrbPtnPm nPrpPsdcP rtbPtcPslPtdoB S im

Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen S im

Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im

G iovani Cherini PDT S im

Heitor Schuch PSB S im

Hem ique Fontana PT S im

Jerônimo Goergen pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

João Derly PCdoB S im

José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen S im


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 275

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO

O SR. PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, quem acompanha o noticiário sabe que este Governo, como todos os Governos do PT,
nunca teve um programa econômico consistente.
O Partido dos Trabalhadores recusou-se a colaborar com o Governo de transição de Itamar Franco, votou
contra a Responsabilidade Fiscal e contra o Plano Real. Após três tentativas fracassadas de se eleger com um
discurso de ódio, o marqueteiro Duda Mendonça criou um produto chamado “Lulinha Paz e Amor”.
A possibilidade de Lula ganhar as eleições fez com que o Risco Brasil ficasse altíssimo, bem como a in-
flação e a desesperança. Para acalmar o Mercado, Lula assinou a famosa Carta ao Povo Brasileiro, apelidada de
Carta aos Banqueiros, em que o PT renegava todo o seu histórico: dizia que respeitaria contratos, a proprieda-
de privada e as regras do mercado. Os banqueiros, empresários e outras pessoas atentas à economia real só
começaram a se acalmar, porém, quando Lula nomeou o exPresidente do Banco de Boston, o peessedebista
Henrique Meirelles, para o Banco Central.
Lula ganhou a eleição com uma herança bendita: responsabilidade fiscal, bancos públicos saneados,
moeda estável.
O Brasil e o mundo já estavam vivendo o período de maior sucesso do capitalismo mundial, que retirou
centenas de milhões de pessoas da pobreza na China, na Índia, na América Latina e na África. O Brasil cresceu
até menos do que a média mundial, mas os ventos estavam tão favoráveis que a União pode levar adiante pro-
gramas antes chamados de neoliberais e assistencialistas, como o Bolsa-família.
Veio a crise do subprime, e a receita do Governo foi facilitar o crédito e gastar o que não tinha. Lula elegeu
Dilma Rousseff, que, durante anos, aplicou a receita de uma “Nova Matriz Econômica”, que era a mesma receita
nacionaldesenvolvimentista do Regime Militar: fechamento do mercado, favorecimento de oligopólios com
dinheiro do BNDES, isenções fiscais para as indústrias automobilísticas, subsídios à gasolina.
276 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A receita não funcionou, e, como nos tempos dos militares, resultou em déficit fiscal. Mas as contas fo-
ram disfarçadas com crimes fiscais chamados de pedaladas. Além disso, houve o crime comum de roubo de
empresas públicas e achaque de empresas privadas num contexto maior de crime eleitoral. Graças a esses cri-
mes, o PT foi reeleito.
Toda essa roubalheira e incompetência estão sendo denunciadas pelo que o PT chama de “complô da mídia”.
Mas o complô é dos fatos, e não adianta a Presidente, depois de disfarçar as contas, dizer que não sabia de nada.
O Governo prometeu o paraíso, na campanha eleitoral. Eleito, ficou meses prometendo superávit fiscal.
Apresentou, porém, um déficit bilionário ao Congresso; isso fez com que a nota de crédito do Brasil fosse re-
baixada. Aí, em mais um movimento, improvisado, o Governo faz, num final de semana, um pacote para ten-
tar reverter o cenário. O pacote fala de cortes nos gastos sem especificar quais, mas confia principalmente no
aumento da arrecadação, por meio da CPMF e de outros tributos.
Ora, a situação que vivemos foi causada por sucessivos crimes fiscais (sem falar em crimes comuns, de
corrupção) cometidos pelo PT. A provável reprovação das contas de Dilma pelo TCU significa que a atual Presi-
dente não demonstrou idoneidade para lidar com o dinheiro público. Como é possível, nessa situação de total
falta de credibilidade, que ela nos venha pedir ainda mais tributos?
Sras. e Srs. Deputados, não podemos assinar mais cheques em branco em nome da corrupção e da in-
competência. É absurdo pensar na volta da CPMF nessas condições. Eu e meu partido, o DEM, certamente vo-
taremos contra.
Obrigado.
A SRA. IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP-PI. Pronunciamento encaminhado pela oradora.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, apresentei nesta Casa o Projeto de Lei nº 3.118, de 24 de setembro de 2015, para aper-
feiçoar o Código de Defesa do Consumidor, adequando-o aos novos tempos.
Nossa proposta tem o intuito de assegurar ao consumidor o imediato cancelamento, por meio da Inter-
net, de adesão a contrato de fornecimento de produtos ou serviços.
A oferta de produtos e serviços em grande escala tem sido viabilizada, entre outras razões, pela ampla
adoção dos contratos de adesão, que simplificam as negociações entre provedor e consumidor, permitindo a
rápida expansão da base de usuários a custos módicos.
No entanto, os contratos de adesão contêm, com certa frequência, cláusulas prejudiciais ao consumidor,
especialmente nas situações em que este deseje fazer o cancelamento de serviços.
Essa é uma das principais razões de reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor e às centrais
de atendimento de agências reguladoras.
Serviços bancários, de telefonia, prestação de acesso à Internet, planos de saúde e oferta de cartões de
crédito são recordistas em reclamações nos PROCONs localizados nas capitais brasileiras.
Tais serviços ou produtos são, em todos os casos, objeto de contratos de adesão cujas cláusulas, muitas
vezes, são mal compreendidas pelos consumidores. Isso provoca insatisfação com o serviço prestado e o justo
desejo de cancelamento de sua contratação.
Com o objetivo de assegurar ao consumidor canais de ampla disponibilidade em todo o território nacio-
nal, como telefone e Internet, para cancelar o contrato de adesão, apresentamos o referido projeto de lei, que
poderá ser mais discutido nas Comissões temáticas.
Entendemos que o procedimento de cancelamento, ainda que de contratos de adesão, deve ser gratuito
e seguro, como forma de proteger o consumidor.
A garantia de um cancelamento imediato e fácil dos contratos de adesão permitirá maior segurança ao
consumidor para empreender a contratação do produto ou serviço, melhorando, em última instância, o de-
sempenho do próprio mercado.
Acreditamos que essa proposta trará inquestionáveis benefícios ao consumidor brasileiro na manutenção
de seus direitos. Por isso, esperamos contar com o apoio de todos os Deputados e Deputadas para a discussão
e aprovação da matéria na Câmara dos Deputados.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.
O SR. VINICIUS CARVALHO (Bloco/PRB-SP. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, a crise econômica pela qual vem passando nosso País está gerando transtornos na vida
dos brasileiros que podem lhes trazer problemas de saúde. A angústia que aflige quem tem dívidas atrasadas não
é pequena, e o contingente de inadimplentes no Brasil está muito elevado. A ansiedade, sensação subjacente a
essa angústia, é apontada por psicanalistas como a raiz dos traumas e, como tal, pode levar a pessoa ao colapso.
Uma das características sociais mais evidentes da crise econômica brasileira atual é a escalada do de-
semprego. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego realizada pelo IBGE, não falta muito para a taxa do
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 277

desemprego no Brasil dobrar. Em dezembro do ano passado, foi apurada em 4,3%, enquanto em julho já esta-
va em 7,5%. Ora, considerando que em nenhum mês deixou de crescer e que o aumento mensal médio foi de
0,45%, não é implausível que a taxa já tenha dobrado hoje.
Agora, por importante que seja para dar um panorama da situação, a frieza dos números não revela
a situação dramática por que passam diversas famílias brasileiras. As pessoas com dívidas atrasadas relatam
vergonha, tristeza e insegurança decorrente de sua condição de inadimplência. Receber telefonema com nú-
mero desconhecido no início da noite não raro traz ansiedade bastante para tirar do devedor a noite de sono.
Ocorre que Freud nos legou teoria psicanalítica que põe a ansiedade no centro dos problemas psicológi-
cos. Aliás, ansiedade e depressão são males psicológicos que costumam estar relacionados, ou seja, se apresen-
tam como comorbidades, de acordo, inclusive, com a Organização Mundial de Saúde. Vale dizer, também, que a
mesma OMS reconhece que diversas doenças que acometem o corpo têm origem em desordens psicológicas.
E ainda há o agravante de boa parte dos endividados serem pessoas que já se encontram em fase bastante
adiantada da vida. De acordo com levantamento Mosaic Serasa Experian, cerca de um terço dos idosos está regis-
trado no cadastro de inadimplentes dos serviços de proteção ao crédito. De acordo com os especialistas que reali-
zaram a pesquisa, a inadimplência chega aos idosos porque se endividam para ajudar a família. A estabilidade da
aposentadoria lhes confere facilidade para obter crédito consignado, cujas dívidas, ao fim, não conseguem saldar.
Veja, Sr. Presidente, como é perversa a lógica subjacente a este momento de crise. Diante da fragilidade
dos mais idosos, atribuímos-lhes garantias legais para lhes dar a segurança patrimonial necessária para aten-
der às diversas despesas de saúde que crescem naturalmente com a idade. Ocorre que o desemprego de seus
familiares os faz sacrificar essas seguranças e se pôr em situações que a todos prejudica.
Em suma, o que estamos vendo é a população ter sua qualidade de vida drasticamente reduzida pela
crise econômica, chegando mesmo a atentar contra sua saúde.
Muito obrigado.
O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras.
e Srs. Deputados, na qualidade de Deputado Federal, pelo sexto mandato consecutivo, membro das Comissões
de Viação e Transportes e de Fiscalização Financeira e Controle, membro também da Frente Parlamentar Mista
da Infraestrutura Nacional, ex-Secretário de Estado de Infraestrutura de Santa Catarina, no primeiro governo
do saudoso ex-Governador Luiz Henrique da Silveira, tomo a palavra para falar sobre a audiência que tivemos
com o Ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, na última quarta-feira, 16 de setembro, a convite
do coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Deputado Mauro Mariani.
Nobres Deputados, na oportunidade, questionei o andamento das obras na BR-285, que liga Timbé do
Sul, em Santa Catarina, ao Município de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, com menos de 30 quilô-
metros de extensão, e que vai interligar 750 quilômetros de pavimentação, ligando BR-101, em Santa Catarina,
a Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, com o Uruguai e Argentina.
As obras, Presidente e caros colegas Parlamentares, já deveriam ter sido iniciadas em 2013. Vale lembrar
que, em novembro de 2013, foi assinada a ordem de serviço, quando o Ministro assumiu o compromisso de re-
alizar tal ação. Entretanto, já estamos em 2015, e até agora não houve progresso nessa ação lamentavelmente.
Na próxima semana, vamos cobrar mais uma vez uma resposta concreta ao Ministro dos Transportes e
ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT sobre o porquê de ainda não ter sido ini-
ciada a pavimentação, uma vez que já foi acordado para iniciar até 30 de junho passado, com os Prefeitos de
Timbé do Sul e São José dos Ausentes, com as empresas vencedoras do edital de licitação e com este Deputado.
Após mais uma reunião que terei, na qualidade também de Presidente da Frente Parlamentar em Defesa
da BR-285 e da Ferrovia Litorânea, farei uma analise e tomarei com os colegas outras providencias.
Sr. Presidente, solicito a ampla divulgação do meu pronunciamento nos veículos de comunicação desta
Casa, em especial no programa A Voz do Brasil, pela importância dessa obra.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigado.
O SR. ALFREDO NASCIMENTO (PR-AM. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, são muito graves as consequências da crise econômica em todos os setores da socie-
dade e em todas as regiões do País. A desaceleração da economia, que se vem agravando desde o começo
deste ano, resultou no que todos temiam: forte desvalorização do real, acentuada redução da demanda e da
produção, juros estratosféricos, cortes nos programas sociais e demissões em massa. A taxa de desocupação
no Brasil ficou em 8,6% no trimestre maio-julho, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios – PNAD Contínua, o maior índice desde 2012, quando a série teve início.
No meu Estado, o Amazonas, a situação ainda é mais grave, por conta do Polo Industrial da Zona Franca
de Manaus, esteio da nossa economia, que é impactado negativamente por produzir basicamente bens de
278 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

consumo considerados supérfluos em tempos de crise. As vendas despencaram e hoje a comercialização é 30%
menor que a verificada no mesmo período do ano passado. As fábricas faturaram, nos sete primeiros meses
deste ano, US$14,6 bilhões, uma perda de US$ 6,1 bilhões em relação a igual momento de 2014.
Manaus foi a sétima capital do País que mais demitiu, segundo o IBGE. Perdemos milhares de empregos
e hoje o Polo Industrial tem apenas 101,5 mil trabalhadores empregados diretamente pelas fábricas. Esse nú-
mero foi superior a 130 mil no ano passado.
E as perspectivas não são nada animadoras, por conta da elevada cotação do dólar. A indústria da ZFM
produz com consideráveis índices de insumos importados. A alta do dólar, que rompeu a casa dos 4 reais, ele-
va os custos das empresas e, consequentemente, o preço final do produto. Em períodos de recessão, produtos
mais caros significam vendas menores, faturamento em queda, o que é extremamente preocupante.
O aumento da atividade industrial, que costuma se intensificar a partir de agosto para atender às ven-
das de fim de ano, até o momento não deu sinais de evolução. Números de agosto revelam que a utilização da
capacidade instalada da indústria ficou em 66%.
As perspectivas para os próximos 6 meses são de redução tanto da demanda quanto do número de em-
pregados e das compras de matérias-primas.
Em outra ponta, temos o Governo do Estado e as Prefeituras fazendo cortes gigantescos para se ajustar à
crise. O Governo do Estado reduziu as projeções de despesas em mais de R$ 1 bilhão e a Prefeitura de Manaus,
em R$ 500 milhões. As Prefeituras do interior também estão demitindo. A situação só se agrava.
Portanto, faz-se cada vez mais urgente o País promover os ajustes necessários para recolocar a economia
nos trilhos do crescimento econômico, do controle dos gastos públicos. Temos que ter consciência de que não
devemos criar novas despesas; de que é necessário buscar urgentemente o equilíbrio das contas governamen-
tais e criar as condições necessárias para reduzir as taxas de juros e controlar a inflação para que a economia
volte a respirar ares mais saudáveis.
De minha parte e do Partido da República, do qual sou Presidente nacional, os brasileiros podem espe-
rar ações nesse sentido. Temos que estancar o quanto antes todos os furos, todas as distorções macroeconô-
micas para que o País volte a crescer, para que o desemprego diminua, a produção aumente, a inflação e os
juros voltem a patamares aceitáveis e nossa moeda tenha valor justo e não seja um complicador econômico.
Nada mais pode ser postergado, adiado. Nossa prioridade, independentemente de bandeiras ideológi-
cas ou partidárias, deve ser o bem-estar dos brasileiros.
Era o que eu tinha a dizer.
O SR. SANDES JÚNIOR (Bloco/PP-GO. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras.
e Srs. Deputados, neste último domingo, dia 27 de setembro, a Presidente Dilma Rousseff afirmou, durante a
Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de
gases do efeito estufa até 2030. O ano base, segundo ela, é 2005. Esta é a proposta que o Brasil deve levar para
a Cúpula do Clima de Paris, a COP 21, a ser realizada em dezembro.
Se compararmos com outros países que são grandes emissores, o Brasil é um dos que está se propondo
a fazer mais. Se as propostas dos países para 2030 anunciadas até o momento forem concretizadas, o planeta
ainda deve chegar a um aquecimento entre 3ºC e 4ºC, segundo estimativas. Para o Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas, o ideal seria limitar o aquecimento global a 2ºC.
A proposta brasileira, até agora, é melhor do que as dos outros grandes emissores do mundo. Levando
em conta que o total de emissões em 2005 foi de mais de 2 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, a meta
representaria emitir 1,28 bilhões de toneladas em 2025 e 1,15 bilhões de toneladas em 2030.
Em seu pronunciamento, a Presidente também detalhou metas do País no combate ao desmatamento
e no reflorestamento de áreas degradadas. De acordo com a Chefe do Executivo brasileiro, até 2020, o Brasil
pretende, primeiro, o fim do desmatamento ilegal no País; segundo, a restauração e o reflorestamento de 12
milhões de hectares; terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; quarto, a
integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta.
Durante seu pronunciamento, a Presidente enfatizou ainda a importância da COP 21. A Conferência de
Paris é uma oportunidade única de construirmos uma resposta comum ao desafio global de mudanças do
clima. O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa sem comprometer
nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social, e isto será dito na capital francesa.
Outra proposta apresentada pela Presidente Dilma Rousseff foi em relação a metas do Brasil para a área
de energia. Um dos objetivos, segundo ela, é estabelecer um limite de 45% de fontes renováveis no total da
matriz energética e a participação de 66% da fonte hídrica na geração de eletricidade. Outra proposta é au-
mentar para 23% a participação das fontes renováveis – eólica, solar e biomassa, na geração de energia elétrica.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 279

As adaptações necessárias frente à mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações
importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo. E
isto podemos já ver em nosso pujante agronegócio, hoje uma área com fortes preocupações ambientais, mas
que precisam chegar à pecuária, ainda atrasada em relação a este tipo de preocupação.
Para tudo isto, o Governo Federal, certamente, precisará do apoio e respaldo desta Casa para a redação
e aprovação de leis que ajudem a chegar a essas metas ambiciosas e necessárias.
O Congresso, com certeza, está pronto para dar sua parcela de contribuição para a melhoria do clima no
Brasil e no mundo. Assim contribuirá decisivamente para que o mundo possa atender às recomendações do pai-
nel de mudança do clima, que estabelece limite máximo de 2°C de aumento de temperatura neste nosso século.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O SR. ROBERTO BALESTRA (Bloco/PP-GO. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Câmara e pela Rádio Câmara, todos nós sabe-
mos que a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para que soframos menos os efeitos, quando
somos acometidos por qualquer enfermidade. Inicio minhas palavras com essa premissa meus colegas, para
afirmar que, infelizmente, estamos acompanhando, no dia a dia, que a nossa economia está doente, sofre de
um mal que não foi tratado, e definha a cada dia.
Da mesma forma que a maioria dos males a que os seres humanos estão sujeitos, este momento da eco-
nomia do nosso País poderia ter sido prevenido, poderia ter sido diagnosticado precocemente, mas não o foi.
O Governo que aí está insistiu em negar, durante toda a campanha eleitoral, que estivesse no caminho errado
na política econômica. Insistiu em não corrigir a rota. E agora começamos a sofrer os efeitos desse mal. E quan-
do é muito tarde, como todos sabemos, é mais difícil tratar o mal, e os seus efeitos são cada vez mais nocivos.
Muitos de nós já alertavam, até mesmo antes da campanha, que o País caminhava para a recessão, que
era preciso rever os rumos da economia para preservar os empregos dos trabalhadores e o crescimento do
País. No entanto, só agora, depois de mais de 9 meses de um Governo que caminha sem apoio popular, sem
apoio político e sem planejamento para sair da crise, é que a Presidente admite, em visita aos Estados Unidos,
o esgotamento do nosso modelo de desenvolvimento, que nos últimos anos não prezou a melhoria da infra-
estrutura e a produtividade, ou a qualificação da mão de obra, apenas tentou oxigenar o consumo, por meio
de incentivos ocasionais a alguns setores.
Triste ironia, nobres colegas, que esse reconhecimento da Presidente venha um dia antes da divulgação
de um índice de desemprego de 8,6% no trimestre terminado em julho, a maior taxa desde 2012, o que repre-
senta 8,6 milhões de pessoas sem alternativa de colocação no mercado de trabalho, número maior do que a
população do meu Estado, Goiás.
Não bastasse essa situação que aflige o povo, como confiar em uma melhora que parta de uma admi-
nistração responsável pelo pior resultado nas contas públicas nos 8 primeiros meses desde 1997, segundo o
próprio Tesouro Nacional? As contas do Governo registraram, até agosto deste ano, déficit primário, quando as
despesas são maiores do que as receitas, sem contar os juros da dívida pública, de mais de 14 bilhões de reais.
A falta de confiança e a queda na arrecadação, devido à recessão, só pioram esse quadro e levam deses-
perança a milhares de brasileiros. Ao menos, colegas, o Governo parece começar a admitir que a situação é gra-
ve. Como já disse, no princípio, o diagnóstico é o primeiro passo para nos curarmos desse momento doentio.
Resta saber se os que conduzem o País vão aceitar o remédio capaz de nos livrar desse mal. Esse remédio passa
por uma mudança de paradigma que valorize o empreendedor, a estruturação do País, a livre iniciativa, que se
confronta com a ideologia festiva de quem ainda vê o brasileiro que produz e movimenta o Brasil como inimigo.
Sr. Presidente, peço a V.Exa. a divulgação do meu pronunciamento nos meios de comunicação da Casa
e no programa A Voz do Brasil.
Muito obrigado.
O SR. ALEX CANZIANI (Bloco/PTB-PR. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras.
e Srs. Deputados, hoje, data de criação da Rede Ferroviária Federal – RFFSA, comemora-se o Dia do Ferroviário.
Quero fazer aqui uma saudação a todos os ferroviários que contribuíram para o desenvolvimento do nosso
País e que merecem um tratamento mais justo na garantia dos seus direitos. Se não tivesse sido extinta em
1994, a RFFSA estaria completando 58 anos de criação. Essa estatal, orgulho de mais de 150 mil empregados
que nela trabalharam, cumpriu a relevante missão de padronizar, normatizar, planejar, otimizar a operação de
trens, ampliar sucessivamente a produção, expandir o numero de usuários e formar mão de obra especializa-
da. E hoje não só os ferroviários mas também usuários e apaixonados sentem saudades dos tempos da RFFSA.
O início dessa história foi na década de 30, durante o Governo de Getúlio Vargas, que promoveu um am-
plo processo de estatização das ferrovias, que estavam nas mãos de empresas nacionais e estrangeiras em má
280 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

situação financeira. Na década de 50, as 18 estradas de ferro da União, que totalizavam 37.000 quilômetros de
linhas espalhadas pelo País, foram unificadas administrativamente, o que culminou na criação da sociedade
anônima Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA em 30 de setembro de 1957.
No ano de 1976, foram criadas pela RFFSA as Superintendências Regionais, em número de 10, poste-
riormente ampliado para 12, com atividades orientadas e coordenadas por uma Administração Geral, sediada
no Rio de Janeiro.
De 1980 a 1992, os sistemas ferroviários pertencentes à Rede Ferroviária Federal S.A. – RFFSA e à FEPA-
SA – Ferrovia Paulista S.A. foram afetados de forma dramática, quando os aportes orçamentários do Governo
Federal para manter transporte de passageiros subsidiado e operação de ramais antieconômicos reduziram-se
substancialmente, atingindo, na RFFSA, em 1989, apenas 19% do valor aplicado na década de 1980.
Em 1994, o BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social deu início ao processo de
desestatização, quando a matriz de transportes tinha 23% da movimentação de cargas sobre trilhos. A meta
era modernizar o sistema de transporte ferroviário, ampliar os volumes movimentados por trens e redução dos
fretes para baratear a produção agrícola e industrial, aumentando a viabilidade tanto para o consumo interno
no Brasil quanto para as exportações.
Passados 20 anos, o que se vê é bem diferente do que previa o BNDES. Os fretes ferroviários já superam
em 10 % o dos caminhões, segundo apuração da FAEP – Federação da Agricultura do Paraná, quando os cus-
tos operacionais sobre trilhos devem ser 30% menores que o transporte de cargas por rodovias; Houve queda
na velocidade dos trens em grande parte dos trechos concessionados, o que reduziu consideravelmente a ca-
pacidade do sistema ferroviário; com o fechamento de mais de 40% dos ramais, houve uma dilapidação das
edificações, sucateamento de linhas férreas, canibalização de locomotivas e demissões em massa. Médios e
pequenos clientes tradicionais das ferrovias ficaram isolados e, com o aumento dos custos logísticos, tiveram
inviabilizados seus negócios. Segundo dados da CNT – Confederação Nacional do Transporte, a participação
da ferrovia na matriz nacional de transportes encolheu para 19%. Para a retomada do crescimento o Brasil
precisa transformar o discurso das últimas décadas em ações efetivas de aporte de recursos na infraestrutura,
privilegiando investimentos nos modais mais eficientes energeticamente e de menor custo, o que acarretaria
a redução das despesas de logística de cargas, assim como do preço das passagens do transporte de pessoas.
A ampliação do transporte ferroviário tanto de cargas quanto de passageiros traz ganhos.
– O modal ferroviário reduz o consumo de combustíveis em relação ao rodoviário, diminuindo os gastos
com produção e importação de diesel e gasolina. Em consequência, queima menos combustíveis, reduzindo
o impacto ambiental provocado pelo segmento dos transportes; diminui o fluxo de veículos nas rodovias, re-
duzindo acidentes com menos perdas precoces de vidas, despesas hospitalares, afastamentos de serviço, etc.
Também, reduz a necessidade de aportes na manutenção das rodovias; reduz os fretes, impactando diretamente
na diminuição dos preços dos produtos no mercado nacional, tornando-os mais competitivos na exportação;
amplia as oportunidades no segmento do turismo; induz a interiorização de empresas, contribuindo para a
fixação das populações fora das capitais; viabiliza o setor agrícola, garantindo transporte regular de maiores
volumes e de média e longa distâncias.
Para o Brasil crescer, precisamos de mais trens, seguindo a tendência mundial. Enfim, o Brasil precisa
voltar aos trilhos!
O SR. DR. JOÃO (PR-RJ. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, a campanha Setembro Amarelo, de combate ao suicídio, chega ao fim formal neste dia 30. Contudo, pela
relevância do tema, precisa ser lembrada todos os dias do ano.
Na condição de médico, empenhei-me na campanha Setembro Amarelo, uma campanha da Organização
Mundial de Saúde e da ONU para conscientizar a população mundial sobre a realidade do suicídio, uma ação
trágica que pode afetar pessoas de qualquer nível social e cultural.
Embora seja um problema público de saúde, o suicídio é ainda cercado de tabu, o que dificulta o trata-
mento. A morte autoinfligida é mais frequente do que parece. Segundo a Associação Internacional pela Pre-
venção do Suicídio (IASP), no mundo ocorre 1 suicídio a cada 45 segundos.
No Brasil, ocorre algo em torno de 12 mil suicídios por ano, o que projeta uma média de 32 casos ao dia
– números que deveriam chocar, mas que são encobertos por puro preconceito.
“O Brasil é o oitavo país em número de suicídios. Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198
homens e 2.623 mulheres (taxa de 6,0 para cada grupo de 100 mil habitantes). Entre 2000 e 2012, houve
um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens.
O país com mais mortes é a Índia (258 mil óbitos), seguido de China (120,7 mil), Estados Unidos (43 mil),
Rússia (31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul (17 mil) e Paquistão (13 mil).”
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 281

A OMS constata ainda que a maioria dos suicídios poderia ser evitada se as causas, geralmente decor-
rentes de doenças de ordem psicológicas diagnosticáveis e tratáveis, forem entendidas e tratadas em tempo.
Assim, é possível salvar muitas vidas.
Dentre as principais causas estão a depressão, esquizofrenia, uso de drogas, problemas sociais graves,
dentre outros. O diálogo sincero que leve à procura de atendimento profissional é o melhor caminho.
Se você conhece alguém com comportamento autodestrutível, entre em contato um profissional da
saúde ou com o Centro de Valorização da Vida (www.cvv.org.br).
Todos juntos contra o suicídio!
Muito obrigado.
O SR. KAIO MANIÇOBA (Bloco/PHS-PE. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, quero homenagear o Município pernambucano de Santa Filomena, aniversariante nes-
te 29 de setembro.
Santa Filomena está no extremo oeste pernambucano, bem no meio da fronteira que meu Estado faz com
o Piauí. Apesar de, naquela região, haver agricultores e engenhos desde os tempos coloniais, sua história oficial
começa em 1895, quando se registra um terreno de posse da igreja Nossa Senhora dos Remédios. Lá surgiu um
povoado, embrião da cidade que, em 1934, ganhou o nome de Santa Filomena. Nos anos de 1955 e 1956, o nome
foi brevemente mudado para Munduri, mas, em 1956, o nome de Santa Filomena foi homologado oficialmente.
Apenas em 29 de setembro de 1995, depois de muita pressão popular, o Município foi emancipado, ten-
do sua primeira eleição para Prefeito em 1996. Comemoramos agora, portanto, os 20 anos dessa terra onde
moram cerca de 14 mil habitantes, dos quais apenas 16% vivem na área urbana. Na cidade, a administração
pública é a maior empregadora, com 317 funcionários. O comércio emprega 26 pessoas, e os serviços apenas 3.
A grande maioria dos habitantes, cerca de 84%, mora na área rural, um sertão onde não há nenhum cur-
so d’água permanente. Mesmo assim, os sertanejos conseguem fazer mover a economia com a produção de
feijão, milho, caju, banana, mandioca, cana de açúcar e também bois, ovelhas, cabras, galinhas e até porcos.
Santa Filomena produziu 910 mil litros de leite e 12 mil litros de mel em 2010.
Em 2014, a renda média da população urbana era de R$949,42, e a da população rural era de R$ 619,20.
Mas apenas 25% da população está acima da linha de pobreza, com meio salário mínimo mensal. Outros 25%
estão abaixo dessa linha de pobreza, mas acima da linha de indigência, que corresponde a um quarto de salá-
rio mínimo por mês. A maioria dos habitantes, quase 50%, estão abaixo da linha de indigência. A Bolsa Família
é recebida em 2.734 casas, quase todas de alvenaria, que abrigam em média 3,7 pessoas cada uma.
É meu dever pensar em formas de estimular as economias das pequenas cidades pernambucanas, e, no
caso de Santa Filomena, creio que seus atrativos históricos e culturais já existentes poderiam ser combinados
com um roteiro de turismo ecológico pela caatinga. Há uma igreja colonial e diversos engenhos da mesma
época, e uma antiga casa de farinha onde é possível comer tapioca feita na hora num forno de pedra.
Em alguns engenhos são produzidas rapaduras temperadas com coco, cravo e outros temperos regionais.
Há também o chamado “mel garapa,” que é um caldo de cana misturado com laranja e limão.
Esses e outros produtos do artesanato local poderiam, com o apoio do Estado, ganhar o mercado nacional,
ou até internacional. É isso que países como a França fazem: valorizam o típico, o autêntico, o exclusivo de uma
determinada cidade. É muito mais rentável vender um vinho ou um queijo com denominação de origem do que
persistir no erro de vender principalmente commodities, como o Brasil tem feito desde o tempo dos portugueses.
Não devemos vender açúcar simplesmente. Devemos investir em produtos como o mel garapa ou as ra-
paduras temperadas de Santa Filomena. É por esse caminho que valorizaremos a cultura das pequenas cidades
do sertão, estimulando o turismo e o consumo das especialidades regionais.
Parabéns, Santa Filomena! Desejamos-lhes um futuro próspero e feliz.
Obrigado.

VI – ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – COMPARECEM MAIS OS SRS.:
Total de Parlamentares: 200
RORAIMA
Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Maria Helena PSB
Total de RORAIMA 3
282 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Beto Faro PT
Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 7

AMAZONAS
Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Hissa Abrahão PPS
Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de AMAZONAS 3

RONDÔNIA
Expedito Netto Solidaried
Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Mariana Carvalho PSDB
Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 4

ACRE
César Messias PSB
Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Sibá Machado PT
Total de ACRE 3

TOCANTINS
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Total de TOCANTINS 1

MARANHÃO
Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eliziane Gama PPS
Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sarney Filho PV
Waldir Maranhão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MARANHÃO 8

CEARÁ
Chico Lopes PCdoB
Danilo Forte PSB
Genecias Noronha Solidaried
José Guimarães PT
Leônidas Cristino PROS
Luizianne Lins PT
Odorico Monteiro PT
Total de CEARÁ 7
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 283

PIAUÍ
Heráclito Fortes PSB
Júlio Cesar PSD
Mainha Solidaried
Rodrigo Martins PSB
Total de PIAUÍ 4
RIO GRANDE DO NORTE
Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Felipe Maia DEM
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 3
PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Damião Feliciano PDT
Efraim Filho DEM
Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wellington Roberto PR
Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 6
PERNAMBUCO
Betinho Gomes PSDB
Bruno Araújo PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PCdoB
Eduardo da Fonte PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Coelho Filho PSB
Marinaldo Rosendo PSB
Mendonça Filho DEM
Tadeu Alencar PSB
Wolney Queiroz PDT
Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 10
ALAGOAS
Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Givaldo Carimbão PROS
JHC Solidaried
Maurício Quintella Lessa PR
Paulão PT
Ronaldo Lessa PDT
Total de ALAGOAS 7
SERGIPE
Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valadares Filho PSB
Total de SERGIPE 3
BAHIA
Arthur Oliveira Maia Solidaried
Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Bebeto PSB
284 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen


Caetano PT
Daniel Almeida PCdoB
Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Félix Mendonça Júnior PDT
João Carlos Bacelar PR
João Gualberto PSDB
José Carlos Araújo PSD
José Nunes PSD
Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Moema Gramacho PT
Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Carletto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Total de BAHIA 17
MINAS GERAIS
Ademir Camilo PROS
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Bonifácio de Andrada PSDB
Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Carlos Melles DEM
Dimas Fabiano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Domingos Sávio PSDB
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Ramalho PV
Gabriel Guimarães PT
Jô Moraes PCdoB
Júlio Delgado PSB
Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Abi-Ackel PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 23
ESPÍRITO SANTO
Dr. Jorge Silva PROS
Helder Salomão PT
Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de ESPÍRITO SANTO 3
RIO DE JANEIRO
Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Altineu Côrtes PR
Benedita da Silva PT
Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico D Angelo PT
Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 285

Ezequiel Teixeira Solidaried


Francisco Floriano PR
Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Otavio Leite PSDB
Rodrigo Maia DEM
Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 17
SÃO PAULO
Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Antonio Carlos Mendes Thame PSDB
Arlindo Chinaglia PT
Beto Mansur PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Carlos Sampaio PSDB
Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eduardo Cury PSDB
Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Gilberto Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Paulo Papa PSDB
Keiko Ota PSB
Luiz Lauro Filho PSB
Luiza Erundina PSB
Mara Gabrilli PSDB
Miguel Haddad PSDB
Milton Monti PR
Orlando Silva PCdoB
Paulo Pereira da Silva Solidaried
Paulo Teixeira PT
Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Roberto de Lucena PV
Samuel Moreira PSDB
Silvio Torres PSDB
Vanderlei Macris PSDB
Vicente Candido PT
Vicentinho PT
Total de SÃO PAULO 27
MATO GROSSO
Fabio Garcia PSB
Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ságuas Moraes PT
Valtenir Pereira PROS
Total de MATO GROSSO 4
DISTRITO FEDERAL
Erika Kokay PT
Rogério Rosso PSD
Total de DISTRITO FEDERAL 2
GOIÁS
Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Flávia Morais PDT
Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
286 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen


Total de GOIÁS 4
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Elizeu Dionizio Solidaried
Mandetta DEM
Tereza Cristina PSB
Vander Loubet PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 5
PARANÁ
Alex Canziani PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Alfredo Kaefer PSDB
Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Francischini Solidaried
Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luciano Ducci PSB
Luiz Carlos Hauly PSDB
Luiz Nishimori PR
Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARANÁ 13
SANTA CATARINA
Carmen Zanotto PPS
Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cesar Souza PSD
Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabricio Oliveira PSB
Marco Tebaldi PSDB
Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Uczai PT
Total de SANTA CATARINA 8
RIO GRANDE DO SUL
Bohn Gass PT
Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Marroni PT
José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marco Maia PT
Nelson Marchezan Junior PSDB
Paulo Pimenta PT
Total de RIO GRANDE DO SUL 8
DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:
Total de Parlamentares: 47
AMAPÁ
André Abdon PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Janete Capiberibe PSB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 287

Jozi Araújo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen


Roberto Góes PDT
Total de AMAPÁ 4

PARÁ
Josué Bengtson PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wladimir Costa Solidaried
Total de PARÁ 2

AMAZONAS
Silas Câmara PSD
Total de AMAZONAS 1

ACRE
Flaviano Melo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de ACRE 1

TOCANTINS
César Halum PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Total de TOCANTINS 1

CEARÁ
Moses Rodrigues PPS
Total de CEARÁ 1

PARAÍBA
Benjamin Maranhão Solidaried
Rômulo Gouveia PSD
Total de PARAÍBA 2

PERNAMBUCO
Adalberto Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Gonzaga Patriota PSB
Total de PERNAMBUCO 2

BAHIA
Irmão Lazaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Jorge Solla PT
José Carlos Aleluia DEM
Total de BAHIA 3

MINAS GERAIS
Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Silas Brasileiro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MINAS GERAIS 2

ESPÍRITO SANTO
Evair de Melo PV
Givaldo Vieira PT
Total de ESPÍRITO SANTO 2

RIO DE JANEIRO
Clarissa Garotinho PR
Felipe Bornier PSD
288 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Marcos Soares PR
Simão Sessim PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Soraya Santos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 6

SÃO PAULO

Jefferson Campos PSD


Jorge Tadeu Mudalen DEM
José Mentor PT
Paulo Freire PR
Paulo Maluf PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sérgio Reis PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Walter Ihoshi PSD
Total de SÃO PAULO 7

MATO GROSSO

Adilton Sachetti PSB


Nilson Leitão PSDB
Total de MATO GROSSO 2

DISTRITO FEDERAL

Laerte Bessa PR
Total de DISTRITO FEDERAL 1

GOIÁS

Magda Mofatto PR
Total de GOIÁS 1

MATO GROSSO DO SUL

Zeca do Pt PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 1

PARANÁ

Giacobo PR
Takayama PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARANÁ 2

SANTA CATARINA

Geovania de Sá PSDB
Total de SANTA CATARINA 1

RIO GRANDE DO SUL

Alceu Moreira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Danrlei de Deus Hinterholz PSD
Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pompeo de Mattos PDT
Sérgio Moraes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 5
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerro a sessão, antes convocando a 3ª Sessão Deliberativa Ex-
traordinária para hoje, quarta-feira, dia 30 de setembro, às 19h20min, com a seguinte
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 289

ORDEM DO DIA

MATÉRIA SOBRE A MESA


Requerimento nº 1.538/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Resolução nº 13, de 2015, da Sra. Moema
Gramacho, que dá ao Plenário 16 do Anexo II da Câmara dos Deputados a denominação “Zezéu Ribeiro”.
(NT 62 e NT 64)
Requerimento nº 2.964/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Inter-
no da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei Complementar nº 251, de 2005,
do Sr. Roberto Gouveia, que inclui parágrafos no art. 19 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
(Aumenta o gasto com pessoal na área de saúde para até 75% (setenta e cinco por cento) dos recursos
financeiros destinados à saúde) (NT 62 e T 64)
Requerimento nº 3.117/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 3.075, de 2015, do Sr. Mendonça
Filho, que concede anistia aos condutores de veículos automotores multados pelo não uso de extintor
de incêndio ou pelo uso de equipamento vencido. (T 62 e T 64)
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
Recurso nº 234/13, do Sr. Eduardo Cunha, que recorre contra parecer terminativo da Comissão de Finan-
ças e Tributação ao Projeto de Lei nº 2.633, de 2011, do Poder Executivo, que altera o art. 2º do Decreto-Lei
nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, que altera as disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e regula a
Zona Franca de Manaus.

URGÊNCIA
(Art. 62, § 6º da Constituição Federal)

Discussão

1
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 676, DE 2015
(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 676, de 2015, que altera a Lei nº 8.213, de
24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social; tendo
parecer da Comissão Mista pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência; pela
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação financeira e orça-
mentária; e no mérito, pela aprovação desta, e pela aprovação total ou parcial, nos termos do
Projeto de Lei de Conversão nº 15/15, das Emendas nºs 2, 3, 13, 17, 18, 26 a 29, 34, 37, 38, 42,
44, 46, 49 a 52, 59, 62, 66, 74, 77 a 79, 92, 97, 105, 106, 108, 113, 114, 118, 124, 127, 130, 155,
156, 172, 175 e 182; e pela rejeição das Emendas nºs 1, 4 a 12, 14, 16, 19 a 25, 30 a 33, 35, 36,
39 a 41, 43, 45, 47, 48, 53 a 58, 60, 61, 63 a 65, 67 a 73, 75, 76, 80 a 91, 93 a 96, 98, 99, 107, 109
a 112, 115, 117, 119 a 123, 125, 126, 128, 129, 131 a 142, 145 a 153, 157 a 171, 173, 174, 176
a 181, 183 e 184. As Emendas de nºs 15, 100 a 104, 116, 143, 144 e 154 foram retiradas pelo
autor (Relator: Dep. Afonso Florence e Relator Revisor: Sen. Garibaldi Alves Filho)
PRAZO NA CÂMARA: 15/07/15
PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 02/08/2015
PRAZO DO CONGRESSO NACIONAL: 16/08/2015
PRORROGAÇÃO PELO CONGRESSO NACIONAL: 15/10/2015
Alteração de prazo em razão de não haver recesso (§ 2º do art. 57 da CF)
COMISSÃO MISTA: Declaração incidental de inconstitucionalidade do art. 5º, caput, art. 6º, §§ 1º e
2º, da Resolução do Congresso Nacional nº 1/2002, com eficácia ex nunc – Ação Direta de Inconsti-
tucionalidade nº 4.029 (DOU de 16/3/12).
290 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

URGÊNCIA
(Art. 155 do Regimento Interno)
Discussão
2
PROJETO DE LEI Nº 2.750-A, DE 2015
(Do Sr. André Figueiredo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.750-A, de 2015, que aplica o disposto nos art.
3º, I, “a” e “b”, e art. 4º, § 2º, I, “a” e II “a”, “b” e “c”, e § 4º da Lei nº 7.998/1990, com a redação dada
pela Lei nº 13.134/2015, aos trabalhadores desempregados que, no período de vigência do art.
1º e do art. 4º, III, da Medida Provisória nº 665/2014, compreendido entre 28 de fevereiro e 16
de junho de 2015, atendiam às condições, requisitos e exigências previstos naquela lei, para
fins de obtenção, majoração ou ampliação do número de parcelas do benefício do seguro de-
semprego, assegurando-se os direitos adquiridos; tendo parecer da Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator:
Dep. Marcos Rogério). Pendente de parecer das Comissões: de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e de Finanças e Tributação. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 2.786/15, EM 26/08/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
3
PROJETO DE LEI Nº 7.645-B, DE 2014
(Dos Srs. Subtenente Gonzaga e Jorginho Mello)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 7.645-B, de 2014, que altera o art. 18 do Decre-
to-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, que extingue a pena de prisão disciplinar para as polícias
militares e os corpos de bombeiros militares, dos estados, dos territórios e do Distrito Federal,
e dá outras providências; tendo parecer das Comissões: de Segurança Pública e Combate ao
Crime Organizado, pela aprovação, com emendas (Relator: Dep. Lincoln Portela); e de Cons-
tituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,
no mérito, pela aprovação deste e das Emendas da Comissão de Segurança Pública e Combate
ao Crime Organizado. (Relator: Dep. Félix Mendonça Júnior) (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU N° 1.920/15, EM 10/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
4
PROJETO DE LEI Nº 959-A, DE 2003
(Da Comissão de Legislação Participativa)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 959-A, de 2003, que dispõe sobre a regula-
mentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista; tendo parecer: da
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação deste e dos de nºs
998/03, 1.824/03, 1.862/03 e 3.805/04, apensados, com substitutivo (Relator: Dep. Luiz Anto-
nio Fleury); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade,
juridicidade e técnica legislativa deste, dos Projetos de Lei apensados de nºs 998/03, 3.805/04,
1.824/03 e 1.862/03, com emendas, e do substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administra-
ção e Serviço Público, com subemenda (Relator: Dep. Odair Cunha) (T 62 e T 64)
Tendo apensados (6) os PLs nºs 998/03, 1.824/03, 1.862/03, 3.805/04, 7.933/14 e 2.332/15.
APROVADO O RQU Nº 3.111/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
5
PROJETO DE LEI Nº 2.430-A, DE 2003
(Do Sr. Carlos Eduardo Cadoca)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.430-A, de 2003, que altera a redação do art.
10 da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980; tendo pareceres: da Comissão de Relações Exte-
riores e de Defesa Nacional, pela aprovação deste, com substitutivo (Relator: Dep. Arnon Be-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 291

zerra); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juri-


dicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do Substitutivo da Comissão
de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, com substitutivo (Relator: Dep. Antonio Carlos
Magalhães Neto). (Dispensa o visto para entrada de turistas nacionais dos Estados Unidos da
América – EUA) (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.101/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
6
PROJETO DE LEI Nº 5.559, DE 2009
(Do Sr. Otavio Leite)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 5.559, de 2009, que estabelece que os programas
de fomento, apoio e incentivo à cultura, empreendidos pela administração federal, possam se es-
tender a atividades e projetos que objetivem o desenvolvimento do Turismo Receptivo Brasileiro,
nos termos desta Lei. Pendente dos pareceres das Comissões: de Educação e Cultura; de Turismo
e Desporto; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.103/15, EM 29/09/15.
Tendo apensado o PL nº 5.724/09.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
7
PROJETO DE LEI Nº 2.892, DE 2015
(Do Sr. Alex Manente)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.892, de 2015, que dispõe sobre a dedução
do lucro tributável para fins do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) das despesas
realizadas em Programas de Capacitação dos Trabalhadores do Setor de Turismo e altera a
Lei nº 12.974, de 15 de maio de 2014. Pendente dos pareceres das Comissões: de Turismo; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.104/15, EM 29/09/15.
MATÉRIA A SER DELIBERADA APÓS SUPERADO O SOBRESTAMENTO.
MATÉRIA SUJEITA A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
(Art. 202 c/c art. 191 do Regimento Interno)

Discussão

8
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 215-B, DE 2003
(Do Sr. Alberto Fraga e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 215-B, de 2003, que


acrescenta o § 3º ao art. 42 da Constituição Federal que dispõe sobre os militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Odair Cunha); e da Comissão Especial, pela
aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Odair Cunha). (Possibilita aos militares dos Esta-
dos, Distrito Federal e dos Territórios a acumulação remunerada de cargo de professor, cargo
técnico ou científico ou de cargo privativo de profissionais de saúde) (NT 62 e NT 64)

9
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 488-B, DE 2005
(Da Sra. Maria Helena e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 488-B, de 2005, que


dá nova redação ao art. 31 da Emenda Constitucional nº 19, de 1998; tendo pareceres: da Co-
missão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Fernan-
292 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

do Coruja); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Luciano
Castro). (Inclui os empregados do extinto Banco de Roraima, cujo vínculo funcional tenha sido
reconhecido, no quadro em extinção da Administração Federal. Altera a Constituição Federal
de 1988) (NT 62 e NT 64)
10
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 209-B, DE 2012
(Da Sra. Rose de Freitas e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 209-B, de 2012, que


insere o § 1º ao art. 105, da Constituição Federal, e renumera o parágrafo único; tendo pare-
cer: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep.
Sandro Mabel); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Sandro
Mabel). (Para atribuir requisito de admissibilidade ao recurso especial no âmbito do STJ – PEC
da relevância das questões de direito infraconstitucional) (NT 62 e NT 64)

ORDINÁRIA

Discussão

11
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 14-A, DE 1999
(Do Sr. Marcos Afonso)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 14-A, de 1999, que cria o Grupo Par-
lamentar Brasil-Costa Rica; tendo parecer da Mesa, pela aprovação (Relator: Dep. Heráclito
Fortes). (NT 62 e NT 64)

(Encerra-se a sessão às 19 horas e 19 minutos.)

Ata da 290ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa


Extraordinária, Noturna, da 1ª Sessão Legislativa Ordinária,
da 55ª Legislatura, em 30 de setembro de 2015.
Presidência do Sr.: Eduardo Cunha, Presidente.

ÀS 19 HORAS E 20 MINUTOS COMPARECEM À CASA OS SRS.:


Eduardo Cunha
Waldir Maranhão
Beto Mansur
Mara Gabrilli
Alex Canziani
Mandetta
Gilberto Nascimento
Luiza Erundina
Ricardo Izar
Total de Parlamentares: 473
RORAIMA
Abel Mesquita Jr. PDT
Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 293

Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB


Maria Helena PSB
Remídio Monai PR
Shéridan PSDB
Total de RORAIMA 8
AMAPÁ
Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Marcivania PT
Vinicius Gurgel PR
Total de AMAPÁ 4
PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Beto Faro PT
Beto Salame PROS
Delegado Éder Mauro PSD
Edmilson Rodrigues PSOL
Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Chapadinha PSD
Hélio Leite DEM
Joaquim Passarinho PSD
José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Lúcio Vale PR
Nilson Pinto PSDB
Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 15
AMAZONAS
Alfredo Nascimento PR
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Átila Lins PSD
Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Hissa Abrahão PPS
Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 7
RONDÔNIA
Expedito Netto Solidaried
Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério PDT
Mariana Carvalho PSDB
Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 8
ACRE
Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Angelim PT
César Messias PSB
294 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Leo de Brito PT
Rocha PSDB
Sibá Machado PT
Total de ACRE 7
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Irajá Abreu PSD
Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Vicentinho Júnior PSB
Total de TOCANTINS 7
MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eliziane Gama PPS
Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Castelo PSDB
João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Reinaldo PSB
Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rosângela Curado PDT
Rubens Pereira Júnior PCdoB
Sarney Filho PV
Victor Mendes PV
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 17
CEARÁ
Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
André Figueiredo PDT
Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cabo Sabino PR
Chico Lopes PCdoB
Danilo Forte PSB
Domingos Neto PROS
Genecias Noronha Solidaried
Gorete Pereira PR
José Airton Cirilo PT
José Guimarães PT
Leônidas Cristino PROS
Luizianne Lins PT
Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Moroni Torgan DEM
Odorico Monteiro PT
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 295

Vicente Arruda PROS


Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de CEARÁ 21
PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Átila Lira PSB
Heráclito Fortes PSB
Iracema Portella PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlio Cesar PSD
Mainha Solidaried
Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo Martins PSB
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 10
RIO GRANDE DO NORTE
Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Faria PSD
Felipe Maia DEM
Rafael Motta PROS
Rogério Marinho PSDB
Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 8
PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Damião Feliciano PDT
Efraim Filho DEM
Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Couto PT
Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Cunha Lima PSDB
Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wellington Roberto PR
Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 10
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Augusto Coutinho Solidaried
Betinho Gomes PSDB
Bruno Araújo PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PCdoB
Daniel Coelho PSDB
Eduardo da Fonte PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Coelho Filho PSB
Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Fernando Coutinho PSB
Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Luciana Santos PCdoB
296 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Marinaldo Rosendo PSB


Mendonça Filho DEM
Pastor Eurico PSB
Raul Jungmann PPS
Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Tadeu Alencar PSB
Wolney Queiroz PDT
Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 23
ALAGOAS
Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Givaldo Carimbão PROS
JHC Solidaried
Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Maurício Quintella Lessa PR
Paulão PT
Pedro Vilela PSDB
Ronaldo Lessa PDT
Total de ALAGOAS 9
SERGIPE
Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Mitidieri PSD
Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Daniel PT
Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Laercio Oliveira Solidaried
Valadares Filho PSB
Total de SERGIPE 8
BAHIA
Afonso Florence PT
Alice Portugal PCdoB
Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Antonio Imbassahy PSDB
Arthur Oliveira Maia Solidaried
Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Bebeto PSB
Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Caetano PT
Claudio Cajado DEM
Daniel Almeida PCdoB
Davidson Magalhães PCdoB
Elmar Nascimento DEM
Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Félix Mendonça Júnior PDT
Fernando Torres PSD
Irmão Lazaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
João Carlos Bacelar PR
João Gualberto PSDB
José Carlos Araújo PSD
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 297

José Nunes PSD


José Rocha PR
Jutahy Junior PSDB
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Moema Gramacho PT
Paulo Azi DEM
Paulo Magalhães PSD
Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Carletto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sérgio Brito PSD
Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 37
MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Ademir Camilo PROS
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Bonifácio de Andrada PSDB
Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Caio Narcio PSDB
Carlos Melles DEM
Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Andrade PSD
Dimas Fabiano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Domingos Sávio PSDB
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Ramalho PV
Gabriel Guimarães PT
Jaime Martins PSD
Jô Moraes PCdoB
Júlio Delgado PSB
Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Monteiro PT
Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lincoln Portela PR
Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Montes PSD
Marcus Pestana PSDB
Margarida Salomão PT
Mário Heringer PDT
Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Misael Varella DEM
Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Padre João PT
298 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB


Paulo Abi-Ackel PSDB
Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Reginaldo Lopes PT
Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo de Castro PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Stefano Aguiar PSB
Subtenente Gonzaga PDT
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Wadson Ribeiro PCdoB
Weliton Prado PT
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 52
ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Dr. Jorge Silva PROS
Helder Salomão PT
Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Max Filho PSDB
Paulo Foletto PSB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 8
RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon PT
Alexandre Serfiotis PSD
Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Altineu Côrtes PR
Aureo Solidaried
Benedita da Silva PT
Cabo Daciolo S.Part.
Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico Alencar PSOL
Chico D Angelo PT
Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dr. João PR
Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Floriano PR
Glauber Braga PSOL
Hugo Leal PROS
Indio da Costa PSD
Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jandira Feghali PCdoB
Jean Wyllys PSOL
Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Luiz Sérgio PT
Marcelo Matos PDT
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 299

Marcos Soares PR
Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Miro Teixeira REDE
Otavio Leite PSDB
Paulo Feijó PR
Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Rodrigo Maia DEM
Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sergio Zveiter PSD
Sóstenes Cavalcante PSD
Wadih Damous PT
Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 40
SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Alexandre Leite DEM
Ana Perugini PT
Andres Sanchez PT
Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Antonio Carlos Mendes Thame PSDB
Arlindo Chinaglia PT
Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Bruna Furlan PSDB
Bruno Covas PSDB
Capitão Augusto PR
Carlos Sampaio PSDB
Carlos Zarattini PT
Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Dr. Sinval Malheiros PV
Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Eduardo Cury PSDB
Eli Corrêa Filho DEM
Evandro Gussi PV
Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Flavinho PSB
Goulart PSD
Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
João Paulo Papa PSDB
Keiko Ota PSB
Lobbe Neto PSDB
Luiz Lauro Filho PSB
Major Olimpio PDT
Marcelo Aguiar DEM
Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcio Alvino PR
Miguel Haddad PSDB
Miguel Lombardi PR
Milton Monti PR
Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilto Tatto PT
300 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Orlando Silva PCdoB


Paulo Pereira da Silva Solidaried
Paulo Teixeira PT
Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Roberto de Lucena PV
Roberto Freire PPS
Samuel Moreira PSDB
Silvio Torres PSDB
Tiririca PR
Valmir Prascidelli PT
Vanderlei Macris PSDB
Vicente Candido PT
Vicentinho PT
Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vitor Lippi PSDB
Walter Ihoshi PSD
William Woo PV
Total de SÃO PAULO 60
MATO GROSSO
Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabio Garcia PSB
Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ságuas Moraes PT
Valtenir Pereira PROS
Total de MATO GROSSO 6
DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Augusto Carvalho Solidaried
Erika Kokay PT
Izalci PSDB
Rogério Rosso PSD
Ronaldo Fonseca PROS
Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de DISTRITO FEDERAL 7
GOIÁS
Alexandre Baldy PSDB
Célio Silveira PSDB
Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Delegado Waldir PSDB
Fábio Sousa PSDB
Flávia Morais PDT
Giuseppe Vecci PSDB
Heuler Cruvinel PSD
João Campos PSDB
Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lucas Vergilio Solidaried
Magda Mofatto PR
Marcos Abrão PPS
Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 301

Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen


Rubens Otoni PT
Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de GOIÁS 17
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dagoberto PDT
Elizeu Dionizio Solidaried
Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Tereza Cristina PSB
Vander Loubet PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 6
PARANÁ
Alfredo Kaefer PSDB
Aliel Machado REDE
Assis do Couto PT
Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Enio Verri PT
Evandro Roman PSD
Fernando Francischini Solidaried
Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Luciano Ducci PSB
Luiz Carlos Hauly PSDB
Luiz Nishimori PR
Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rossoni PSDB
Rubens Bueno PPS
Sandro Alex PPS
Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Toninho Wandscheer PT
Zeca Dirceu PT
Total de PARANÁ 27
SANTA CATARINA
Carmen Zanotto PPS
Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cesar Souza PSD
Décio Lima PT
Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabricio Oliveira PSB
João Rodrigues PSD
Jorginho Mello PR
Marco Tebaldi PSDB
Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
302 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Pedro Uczai PT
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de SANTA CATARINA 15
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Afonso Motta PDT
Bohn Gass PT
Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Marroni PT
Giovani Cherini PDT
Heitor Schuch PSB
Henrique Fontana PT
Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Derly PCdoB
José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jose Stédile PSB
Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marco Maia PT
Marcon PT
Maria do Rosário PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marchezan Junior PSDB
Onyx Lorenzoni DEM
Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Pimenta PT
Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 27

I – ABERTURA DA SESSÃO
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 473
Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

III – EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido)


O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Podemos manter o painel? (Pausa.)
Mantido o painel.

IV – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:


Total de Parlamentares: 465
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 303

RORAIMA
Abel Mesquita Jr. PDT
Carlos Andrade PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Hiran Gonçalves PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Jhonatan de Jesus PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Maria Helena PSB
Remídio Monai PR
Shéridan PSDB
Total de RORAIMA 8
AMAPÁ
Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Marcivania PT
Vinicius Gurgel PR
Total de AMAPÁ 4
PARÁ
Arnaldo Jordy PPS
Beto Faro PT
Beto Salame PROS
Delegado Éder Mauro PSD
Edmilson Rodrigues PSOL
Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Chapadinha PSD
Hélio Leite DEM
Joaquim Passarinho PSD
José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlia Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Lúcio Vale PR
Nilson Pinto PSDB
Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zé Geraldo PT
Total de PARÁ 15
AMAZONAS
Alfredo Nascimento PR
Arthur Virgílio Bisneto PSDB
Átila Lins PSD
Conceição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Hissa Abrahão PPS
Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pauderney Avelino DEM
Total de AMAZONAS 7
RONDÔNIA
Expedito Netto Solidaried
Lindomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lucio Mosquini PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Cláudio PR
Marcos Rogério PDT
Mariana Carvalho PSDB
Marinha Raupp PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilton Capixaba PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RONDÔNIA 8
304 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ACRE
Alan Rick PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Angelim PT
César Messias PSB
Jéssica Sales PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leo de Brito PT
Rocha PSDB
Sibá Machado PT
Total de ACRE 7
TOCANTINS
Carlos Henrique Gaguim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Irajá Abreu PSD
Josi Nunes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lázaro Botelho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM
Vicentinho Júnior PSB
Total de TOCANTINS 7
MARANHÃO
Alberto Filho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
André Fufuca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Eliziane Gama PPS
Hildo Rocha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Castelo PSDB
João Marcelo Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Reinaldo PSB
Junior Marreca PEN PmdbPpPtbPscPhsPen
Juscelino Filho PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rosângela Curado PDT
Rubens Pereira Júnior PCdoB
Sarney Filho PV
Victor Mendes PV
Waldir Maranhão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Zé Carlos PT
Total de MARANHÃO 18
CEARÁ
Adail Carneiro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
André Figueiredo PDT
Aníbal Gomes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cabo Sabino PR
Chico Lopes PCdoB
Danilo Forte PSB
Domingos Neto PROS
Genecias Noronha Solidaried
Gorete Pereira PR
José Airton Cirilo PT
José Guimarães PT
Leônidas Cristino PROS
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 305

Luizianne Lins PT
Macedo PSL PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Moroni Torgan DEM
Odorico Monteiro PT
Raimundo Gomes de Matos PSDB
Ronaldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vicente Arruda PROS
Vitor Valim PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de CEARÁ 21
PIAUÍ
Assis Carvalho PT
Átila Lira PSB
Heráclito Fortes PSB
Iracema Portella PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Júlio Cesar PSD
Mainha Solidaried
Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo Martins PSB
Silas Freire PR
Total de PIAUÍ 10
RIO GRANDE DO NORTE
Antônio Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Beto Rosado PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Faria PSD
Felipe Maia DEM
Rafael Motta PROS
Rogério Marinho PSDB
Walter Alves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Zenaide Maia PR
Total de RIO GRANDE DO NORTE 8
PARAÍBA
Aguinaldo Ribeiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Damião Feliciano PDT
Efraim Filho DEM
Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Luiz Couto PT
Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Cunha Lima PSDB
Veneziano Vital do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wellington Roberto PR
Wilson Filho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARAÍBA 10
PERNAMBUCO
Anderson Ferreira PR
Augusto Coutinho Solidaried
Betinho Gomes PSDB
Bruno Araújo PSDB
Carlos Eduardo Cadoca PCdoB
Daniel Coelho PSDB
Eduardo da Fonte PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Coelho Filho PSB
306 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Fernando Monteiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen


Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Fernando Coutinho PSB
Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Luciana Santos PCdoB
Marinaldo Rosendo PSB
Mendonça Filho DEM
Pastor Eurico PSB
Raul Jungmann PPS
Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Silvio Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Tadeu Alencar PSB
Wolney Queiroz PDT
Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PERNAMBUCO 23
ALAGOAS
Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Givaldo Carimbão PROS
JHC Solidaried
Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Maurício Quintella Lessa PR
Paulão PT
Pedro Vilela PSDB
Ronaldo Lessa PDT
Total de ALAGOAS 9
SERGIPE
Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Mitidieri PSD
Fabio Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Daniel PT
Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Laercio Oliveira Solidaried
Valadares Filho PSB
Total de SERGIPE 8
BAHIA
Afonso Florence PT
Alice Portugal PCdoB
Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Antonio Imbassahy PSDB
Arthur Oliveira Maia Solidaried
Bacelar PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Bebeto PSB
Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cacá Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Caetano PT
Claudio Cajado DEM
Daniel Almeida PCdoB
Davidson Magalhães PCdoB
Elmar Nascimento DEM
Erivelton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 307

Félix Mendonça Júnior PDT


Fernando Torres PSD
João Carlos Bacelar PR
João Gualberto PSDB
José Carlos Araújo PSD
José Nunes PSD
José Rocha PR
Jutahy Junior PSDB
Lucio Vieira Lima PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Márcio Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Moema Gramacho PT
Paulo Azi DEM
Paulo Magalhães PSD
Roberto Britto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Carletto PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sérgio Brito PSD
Tia Eron PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Uldurico Junior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Valmir Assunção PT
Waldenor Pereira PT
Total de BAHIA 36
MINAS GERAIS
Adelmo Carneiro Leão PT
Ademir Camilo PROS
Aelton Freitas PR
Bilac Pinto PR
Bonifácio de Andrada PSDB
Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Caio Narcio PSDB
Carlos Melles DEM
Delegado Edson Moreira PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Andrade PSD
Dimas Fabiano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Domingos Sávio PSDB
Eduardo Barbosa PSDB
Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fábio Ramalho PV
Gabriel Guimarães PT
Jaime Martins PSD
Jô Moraes PCdoB
Júlio Delgado PSB
Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leonardo Monteiro PT
Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lincoln Portela PR
Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Luiz Fernando Faria PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Montes PSD
Marcus Pestana PSDB
Margarida Salomão PT
Mário Heringer PDT
Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
308 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Misael Varella DEM


Newton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Odelmo Leão PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Padre João PT
Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Paulo Abi-Ackel PSDB
Raquel Muniz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Reginaldo Lopes PT
Renzo Braz PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rodrigo de Castro PSDB
Rodrigo Pacheco PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Saraiva Felipe PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Stefano Aguiar PSB
Subtenente Gonzaga PDT
Tenente Lúcio PSB
Toninho Pinheiro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Wadson Ribeiro PCdoB
Weliton Prado PT
Zé Silva Solidaried
Total de MINAS GERAIS 51
ESPÍRITO SANTO
Carlos Manato Solidaried
Dr. Jorge Silva PROS
Helder Salomão PT
Lelo Coimbra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcus Vicente PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Max Filho PSDB
Paulo Foletto PSB
Sergio Vidigal PDT
Total de ESPÍRITO SANTO 8
RIO DE JANEIRO
Alessandro Molon REDE
Alexandre Serfiotis PSD
Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Altineu Côrtes PR
Aureo Solidaried
Benedita da Silva PT
Cabo Daciolo S.Part.
Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Chico Alencar PSOL
Chico D Angelo PT
Cristiane Brasil PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dr. João PR
Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Francisco Floriano PR
Glauber Braga PSOL
Hugo Leal PROS
Indio da Costa PSD
Jair Bolsonaro PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jandira Feghali PCdoB
Jean Wyllys PSOL
Julio Lopes PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 309

Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Luiz Carlos Ramos PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Luiz Sérgio PT
Marcelo Matos PDT
Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Miro Teixeira REDE
Otavio Leite PSDB
Paulo Feijó PR
Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Rodrigo Maia DEM
Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Sergio Zveiter PSD
Sóstenes Cavalcante PSD
Wadih Damous PT
Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Washington Reis PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 39
SÃO PAULO
Alex Manente PPS
Alexandre Leite DEM
Ana Perugini PT
Andres Sanchez PT
Antonio Bulhões PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Antonio Carlos Mendes Thame PSDB
Arlindo Chinaglia PT
Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Beto Mansur PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Bruna Furlan PSDB
Bruno Covas PSDB
Capitão Augusto PR
Carlos Sampaio PSDB
Carlos Zarattini PT
Celso Russomanno PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Dr. Sinval Malheiros PV
Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Eduardo Cury PSDB
Eli Corrêa Filho DEM
Evandro Gussi PV
Fausto Pinato PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Flavinho PSB
Gilberto Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Goulart PSD
Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Herculano Passos PSD
Ivan Valente PSOL
João Paulo Papa PSDB
Keiko Ota PSB
Lobbe Neto PSDB
Luiz Lauro Filho PSB
Luiza Erundina PSB
Major Olimpio PDT
Mara Gabrilli PSDB
Marcelo Aguiar DEM
Marcelo Squassoni PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
310 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Marcio Alvino PR
Miguel Haddad PSDB
Miguel Lombardi PR
Milton Monti PR
Missionário José Olimpio PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nilto Tatto PT
Orlando Silva PCdoB
Paulo Pereira da Silva Solidaried
Paulo Teixeira PT
Pr. Marco Feliciano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Renata Abreu PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Ricardo Izar PSD
Ricardo Tripoli PSDB
Roberto Alves PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Roberto de Lucena PV
Roberto Freire PPS
Samuel Moreira PSDB
Silvio Torres PSDB
Tiririca PR
Valmir Prascidelli PT
Vanderlei Macris PSDB
Vicente Candido PT
Vicentinho PT
Vinicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Vitor Lippi PSDB
Total de SÃO PAULO 63
MATO GROSSO
Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ezequiel Fonseca PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabio Garcia PSB
Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Ságuas Moraes PT
Valtenir Pereira PROS
Total de MATO GROSSO 6
DISTRITO FEDERAL
Alberto Fraga DEM
Augusto Carvalho Solidaried
Erika Kokay PT
Izalci PSDB
Rogério Rosso PSD
Ronaldo Fonseca PROS
Roney Nemer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de DISTRITO FEDERAL 7
GOIÁS
Alexandre Baldy PSDB
Célio Silveira PSDB
Daniel Vilela PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Delegado Waldir PSDB
Fábio Sousa PSDB
Flávia Morais PDT
Giuseppe Vecci PSDB
Heuler Cruvinel PSD
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 311

João Campos PSDB


Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Lucas Vergilio Solidaried
Marcos Abrão PPS
Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Balestra PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rubens Otoni PT
Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de GOIÁS 16
MATO GROSSO DO SUL
Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Dagoberto PDT
Elizeu Dionizio Solidaried
Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Mandetta DEM
Tereza Cristina PSB
Vander Loubet PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 7
PARANÁ
Alex Canziani PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Alfredo Kaefer PSDB
Aliel Machado REDE
Assis do Couto PT
Christiane de Souza Yared PTN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen
Dilceu Sperafico PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Edmar Arruda PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Enio Verri PT
Evandro Roman PSD
Fernando Francischini Solidaried
Hermes Parcianello PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Leandre PV
Leopoldo Meyer PSB
Luciano Ducci PSB
Luiz Carlos Hauly PSDB
Luiz Nishimori PR
Marcelo Belinati PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Osmar Serraglio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ricardo Barros PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Rossoni PSDB
Rubens Bueno PPS
Sandro Alex PPS
Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Toninho Wandscheer PT
Zeca Dirceu PT
Total de PARANÁ 28
SANTA CATARINA
Carmen Zanotto PPS
Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Cesar Souza PSD
Décio Lima PT
312 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen


Esperidião Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Fabricio Oliveira PSB
João Rodrigues PSD
Jorginho Mello PR
Marco Tebaldi PSDB
Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pedro Uczai PT
Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de SANTA CATARINA 15
RIO GRANDE DO SUL
Afonso Hamm PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Afonso Motta PDT
Bohn Gass PT
Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Covatti Filho PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Fernando Marroni PT
Giovani Cherini PDT
Heitor Schuch PSB
Henrique Fontana PT
Jerônimo Goergen PP PmdbPpPtbPscPhsPen
João Derly PCdoB
José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
José Otávio Germano PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Jose Stédile PSB
Luis Carlos Heinze PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Marco Maia PT
Marcon PT
Maria do Rosário PT
Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Nelson Marchezan Junior PSDB
Onyx Lorenzoni DEM
Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Paulo Pimenta PT
Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 26
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante
da Ordem do Dia.
Item único.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 209-B, DE 2012
(Da Sra. Rose de Freitas e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 209-B, de 2012, que


insere o § 1º ao art. 105 da Constituição Federal e renumera o parágrafo único; tendo parecer:
da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Deputado
Sandro Mabel); e da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Deputado
Sandro Mabel).
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Passa-se à discussão da matéria.
Para falar contra, tem a palavra o Deputado Rubens Pereira Júnior.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 313

O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB-MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, imprensa, galerias, funcionários da Casa, a PEC 209 pode ser chamada de PEC dos Recursos. Qual o
objetivo dessa PEC? É criar o instituto da Arguição de Relevância para ter acesso ao STJ, nos moldes do que
fizeram no Supremo Tribunal Federal com a criação da repercussão geral.
Hoje, para se chegar a um recurso extraordinário, tem que ser demonstrada a repercussão geral. Mas
isso faz sentido pelo perfil do Supremo Tribunal Federal, que tem, Sras. e Srs. Deputados, praticamente as ca-
racterísticas de uma corte constitucional, de dizer o que é ou não constitucional, e, em última instância, de
defender a Constituição.
O STJ não tem a mesma natureza. Ele foi criado para uniformizar a interpretação da legislação federal. E,
mais do que isso, para corrigir as injustiças praticadas pelas justiças estaduais. Esse é o espírito do STJ.
No Direito Comparado, começa-se a criar tanta repercussão geral no Supremo – nós concordamos – que
já se tornou algo parecido ao instituto da arguição de relevância, no que diz respeito ao STJ.
Por que não é razoável dificultar o acesso ao STJ? Quem foi que disse que menos recursos necessaria-
mente traz mais justiça? De onde é que isso veio? Essa lógica é falsa. Na verdade, essa PEC é um instrumento
para limitar o acesso ao STJ.
Vejam, senhores, no Anuário da Justiça de 2012 constata-se que 40% dos recursos especiais, quando
chegam ao STJ, revertem a decisão da Justiça Estadual – 40%. E quem advoga sabe o quanto é difícil subir um
recurso especial. Ainda assim, dos que sobem, 40% revertem a decisão da Justiça Estadual. E agora nós vamos
criar um limitador, que dificulta o acesso do cidadão ao Superior Tribunal de Justiça? Entendo que não é o caso.
E mais: além de, no mérito, ser inoportuno, porque prejudica o cidadão, o momento não é o melhor para
fazer isso. E digo isso porque todos nós concordarmos, o STJ está sobrecarregado.
É por isso que esta Casa, o Congresso Nacional já deu a sua resposta. No novo CPC – Código de Processo
Civil, que ainda nem entrou em vigor – já está criado, mas ainda não entrou em vigor –, já há uma previsão do
chamado incidente de resolução de demandas repetitivas, justamente para isso, para evitar que as mesmas
demandas, a toda hora, cheguem lá. Isso nós aprovamos no novo de Código de Processo Civil.
Antes que o novo Código de Processo Civil entre em vigor, nós vamos alterar, por PEC, o trâmite dos
recursos especiais no STJ? A PEC é de 2012. O momento é outro, ainda mais com a aprovação do novo CPC.
Portanto, não tenho dúvida de que esta Casa não pode analisar o instituto da arguição de relevância, no
recurso especial, isoladamente de todo o sistema recém-implantado pelo Congresso Nacional no novo CPC. Fazer
isso é um erro, é um retrocesso frente à evolução legislativa que nós mesmos apresentamos à sociedade brasileira.
Querem ver outro exemplo, Sras. e Srs. Deputados, do quanto restringe o acesso ao STJ a presente proposta?
O art. 105, § 6º dispõe o seguinte:
“Art. 105. ...............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 6º Se a causa tiver valor menor que 200 salários mínimos,...” – nem vai para o STJ.
E o STJ agora é só para quem é rico? Duzentos salários mínimos? Nem vão para o STJ. Isso impede ou não
impede que o cidadão recorra na busca pelo seu direito? É óbvio que sim.
Portanto, alguém pode dizer: “Mas o STJ está sobrecarregado.” Isso é ir contra os fatos. O que nós temos
que fazer não é diminuir o STJ. Pelo contrário, nós temos é que aumentar o STJ.
A Constituição determina que haja, no mínimo, 33 Ministros. Nós temos apenas 33, está no mínimo.
Querem ver uma saída? Vamos converter os Ministros do Superior Tribunal Militar, que tem 15 Ministros
e que julga 1,2 mil processos por ano, em Ministros do STJ, para poder ajudar a desafogar aquela corte.
Aprovar essa PEC é um erro e quem vai sair prejudicado é o cidadão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Chico Alencar, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PSOL. (Pausa.)
O SR. HUGO MOTTA (Bloco/PMDB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer
um encaminhamento antes de o Deputado Chico Alencar usar a palavra como Líder.
Nós conversamos aqui com alguns Líderes partidários e a discussão não se dá em torno do mérito. Mas,
diante do grande volume de matérias já apreciadas no dia de hoje, nós queríamos fazer um apelo a V.Exa., se
for da concordância das demais Lideranças, no sentido de que possamos evoluir já para a orientação. A dis-
cussão poderá ser feita por todos os que desejarem defender a matéria que está sendo discutida, a fim de que
possamos, uma vez que é a última matéria do dia de hoje, fazer o encaminhamento na votação nominal.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Só se houver a concordância de todos.
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós concordamos.
O SR. FERNANDO COELHO FILHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB concorda, Sr. Presidente.
314 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSDB concorda? Todos concordam?


O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB concorda.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Se concordarem, pode facilitar.
Deixem o Deputado Chico Alencar falar como Líder, e na sequência eu falo.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esse
projeto torna a Justiça elitista.
O SR. CHICO ALENCAR – Olhem, os pequenininhos têm poder de veto, hein? (Risos.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Chico Alencar, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PSOL.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Eu vou lembrar uma passagem
bíblica que é cara a muitos aqui, embora o Parlamento tenha que ser absolutamente laico. Depois que, na tra-
dição do Novo Testamento, a família sagrada fugiu para o Egito para escapar da sanha assassina, genocida, do
Rei Herodes, um anjo lhes apareceu e disse, quando Herodes morreu: “Podem voltar porque já não há mais o
perigo que possa tirar a vida do menino.”
Pois é, podem até encerrar a sessão porque o perigo já passou aqui. Sabem qual era? O de apreciar os
vetos, haver a sessão do Congresso. Agora, vamos agir rapidinho, quem sabe até com o direito de jantar com
as companhias que nos agradam, tanto quanto todas que estão aqui, não é, Deputado Mário Heringer?
Então, é evidente que o PSOL não se oporá a essa celeridade da votação, mas a substância dela é porque
não mais é preciso esticar ou alongar esta sessão para evitar que este espaço aqui, no qual prioritariamente
deve se instalar a sessão do Congresso Nacional, seja utilizado para tal.
O PSOL quer firmar uma posição em função do que os on-line de hoje disseram: “A análise de vetos de-
pende de decisão sobre doações, dizem Deputados.”
Calma, que Deputados disseram isso?
“Câmara diz que só barra pauta-bomba” – que é o termo da mídia grande – “se financiamento empresarial
voltar.” O PSOL diz “não” a essa generalização.
Nós estamos aqui desde as 11 horas da manhã pedindo que a seja instalada a sessão do Congresso Na-
cional, que os vetos sejam apreciados, no mínimo, por respeito aos que nos sustentam e mantêm, que são os
cidadãos e cidadãs lá fora, muitos dos quais aguardam com ansiedade – só isso – a apreciação dos vetos, essa
novela que se encomprida, enfastiante, e parece não ter fim.
Os servidores do Judiciário estão numa mobilização longa e extenuante, com essa expectativa, porque a
pauta é marcada com antecedência; os aposentados, ficam na expectativa, muitas vezes, diante da televisão, e
nada acontece, vai-se adiando. Isso vale Ministério no Governo, cargo em todos os escalões, porteira fechada,
negociações de todo tipo.
Por fim, essa última, da qual sei pelo que vi no Colégio de Líderes, o PCdoB, o PSOL, o PPS – o PT eu não
tenho ouvido muito a sua voz ultimamente, o que é lamentável –, mas pelo menos esses que eu mencionei
não concordam em colocar uma contrapartida: “Só apreciamos os vetos, independentemente até do mérito deles,
se o financiamento empresarial voltar.”
Na forma da PEC, o Senado já decidiu, por unanimidade de seu Colégio de Líderes, que a tramitação da
PEC lá seguirá o rito normal: vai para a CCJ, nomeia-se um relator, os prazos todos serão respeitados.
Portanto, não se vai votar financiamento empresarial lá, como matéria de PEC, até quinta-feira, até sexta-
-feira, até depois de amanhã, dia 2 de outubro. Por outro lado, também não se vai apreciar numa futura sessão
do Congresso – que, desta vez, a gente espera que seja respeitada – a pauta de um veto de um dia anterior, de
uma semana antes, o que seria inédito e inapropriado.
Portanto, o PSOL quer a sessão do Congresso, quer a apreciação dos vetos e diz que hoje desrespeitamos
especialmente os aposentados e os servidores do Judiciário.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sem a concordância do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que en-
trou com requerimento de adiamento da votação, não dá para conduzir a apreciação da PEC da forma como
V.Exa. propôs. Só se ele abrisse mão do requerimento de adiamento da votação, porque eu terei que votar o
requerimento. E eu só posso submetê-lo a voto encerrando a discussão.
Para falar contra, tem a palavra o Sr. Deputado Edmilson Rodrigues.
REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE
“Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos no art. 193, § 1º, combinado com o art. 117, X, do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados, o adiamento da votação da seguinte proposição PEC 209/12 pelo
prazo de 05 sessões (cinco).
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do Bloco Parlamentar PMDB,
PP, PTB, PSC, PHS, PEN”
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 315

O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL-PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vou usar parte do tempo
para dizer que o problema que provoca essa medida é real, que deve ser refletido com cuidado, com carinho.
Eu ouvi os argumentos do Sr. Deputado Rubens Pereira Júnior, que são fortes. Veja só este número: em
2013 nós houve 306 mil processos no Superior Tribunal de Justiça, com os seus 33 Ministros; em 2014 já eram
386 mil. Significa dizer que, em 1 ano, os 33 juízes não conseguiram julgar os 306 mil e já há mais 80 mil para
julgar. Daí, a posição do PSOL caminha no sentido de aprovar medidas jurídicas que permitam fazer um crivo
baseado naquilo que é de competência federal.
Por que eu me inscrevi para falar contrariamente à matéria? Porque, quando se fixa o limite de 200 sa-
lários mínimos como condição de admissibilidade, entra o problema social levantado pelo Deputado Rubens
Pereira Júnior. E não dá para aprovar a PEC desse jeito.
Já preparamos um destaque, porque há causas de 80 mil, de 60 mil que podem ser de competência fe-
deral e que atinjam o pobre ou, senão o miserável, um servidor, um trabalhador de renda baixa, por exemplo,
um conflito relacionado a plano de saúde. Se isso for enquadrado como competência federal, se a causa tem
valor de 100 mil, ficou fora dos 200 salários mínimos.
Se nós mantivermos esse requisito para o corte, estaremos sendo injustos, corroborando com a tese do
Deputado Rubens Pereira Júnior de que o Superior Tribunal de Justiça serviria apenas para os ricos como espaço
recursal, como tribunal recursal. Na verdade, para os que reivindicam causas acima de 160 mil reais, pelo menos.
Então, é esta a nossa posição: somos favoráveis ao projeto, mas destacando esse item do corte econômico.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Edmilson Rodrigues, pelo que eu estou sentindo aqui,
pela experiência que temos, há quase um consenso em apoiar essa supressão. Há o destaque, mas há quase
que um consenso aqui que esse destaque será apoiado.
Deputado Arnaldo Faria de Sá, a motivação de V.Exa. é essa? Se for, podemos conduzir um acordo.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-
mentares, na verdade a minha discordância está no § 6º, que impede o recurso especial nas causas com valor
inferior a 200 salários mínimos.
O STJ virou um tribunal de ricos. Ninguém mais vai poder recorrer. Se pelo menos diminuirmos esse valor,
o acordo é possível. Se não for possível diminuir o valor porque já passou essa fase, então temos que retirar esse
limite, que não tem lógica. Duzentos salários mínimos? Só quem tem bons advogados, quem pode pagar muito
é que vai recorrer, porque ninguém poderá recorrer quando tiver a sua causa abaixo de 200 salários mínimos.
Nós estamos querendo aqui, sem dúvida nenhuma, facilitar o trabalho do STJ, mas estamos marginali-
zando todas as pessoas que têm ações de 40, 50, 70, 90, 100, 120, 140 mil reais, que não poderão apresentar
recurso especial. Que absurdo é esse? Esta Casa vai compactuar com isso? É querer fugir da responsabilidade
de decidir no STJ.
Eu até concordo com a redução das questões em razão dos efeitos repetitivos, mas não se pode impedir
uma pessoa que perdeu uma causa com valor inferior a 160 mil reais de recorrer ao STJ.
O que quer o STJ: não fazer nada? Acho que não é essa a lógica. Só os poderosos é que poderão recor-
rer ao STJ?
Eu concordo, Sr. Presidente, em encaminhar a discussão do destaque do PSOL. E já confirmei com o De-
putado Chico Alencar, que vai manter o destaque. A partir daí eu vou retirar o requerimento de adiamento de
votação, mas todos têm que estar cientes de que, se votarmos de afogadilho o texto como está impediremos
muitas pessoas de irem à Justiça.
Apenas um comparativo. No Juizado Especial Federal o limite é de 60 salários mínimos. Agora, 200? É
querer lavar as mãos, é querer virar as costas para as pessoas.
Portanto, Sr. Presidente, peço a atenção das Sras. e dos Srs. Parlamentares: não podemos aprovar esse
projeto se não aprovarmos concomitantemente o destaque supressivo do PSOL para retirar esse limite de 200
salários mínimos e fixar outro limite oportunamente.
Criar justiça para rico é discriminar muito o coitado do trabalhador brasileiro.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Arnaldo Faria de Sá, V.Exa. retira o requerimento de
adiamento de votação?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Nessa condição, retiro, respeitando a aprovação do destaque do PSOL.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há consenso de que isso pacifica a disputa de Plenário?
O SR. HUGO MOTTA (Bloco/PMDB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB concorda.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O PSDB concorda? Pacifica o Plenário?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só informando: o
nosso destaque é supressivo de qualquer valor fiduciário. É justo, é óbvio. A Justiça é para todos.
316 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É isso, é isso.


O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o des-
taque do PR também é supressivo, igual ao do PSOL.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem o mesmo conteúdo? É do mesmo artigo?
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA – Do mesmo artigo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois é, a minha pergunta é se isso pacifica a discussão.
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA – Pacifica em relação a isso; à PEC, não.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tudo bem, pacifica em relação ao procedimento. Pacifica? (Pausa.)
Então, podemos partir para a orientação de bancada e depois abrir para a discussão de quem está ins-
crito e queira falar?
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Isso. Mas não há entendimen-
to quanto ao mérito do destaque. Não há compromisso de mérito da nossa parte com o destaque do PSOL.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O destaque é supressivo, o que significa que, para a PEC poder
ser aprovada, o destaque terá que ser votado novamente. E para ele valer – o texto é supressivo –, são 308 vo-
tos a favor desse texto.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, que-
remos um DVS supressivo. Esse é o acordo, do inciso I.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – É isso. É o inciso I. É supressivo. Está correto. É por isso que estou
falando isso. Não há possibilidade de ser considerada aprovada essa parte. O § 6º não será aprovado com a
votação. Para o § 6º ser aprovado, na segunda votação, tem que ter 308 votos. E me parece que não há apoia-
mento. Há acordo, então, para o procedimento?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Qual é o procedimento, Sr. Presidente?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Partir para a orientação de bancada e fazer duas votações de 308.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O.k.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Partir para a orientação de bancada. Continuam inscritos os ora-
dores para a discussão, mas, formalmente...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Na segunda não serão necessários 308 votos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Na segunda tem que haver pelo menos quórum de 308 para
concluir a votação.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – O.k.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pode ser assim?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Assim pode.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. Então vamos votar o requerimento de encerramento da discussão.
REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE
“Sr. Presidente,
Requeremos, nos termos no art. 178 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o ENCERRAMEN-
TO DA DISCUSSÃO do (a) PEC 209/12 em apreciação em Plenário..
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Leonardo Picciani, Bloco Parlamentar PMDB, PP, PTB, PSC,
PHS, PEN”
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação requerimento de encerramento da discussão.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Aqueles que forem favoráveis ao requerimento permaneçam
como se acham. (Pausa.)
APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Mas não há prejuízo a que durante a votação continuemos a cha-
mar os oradores inscritos.
Então, vamos lá.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Em votação o substitutivo adotado pela Comissão Especial à Pro-
posta de Emenda à Constituição nº 209, de 2012, em primeiro turno, ressalvados os destaques.

SUBSTITUTIVO ADOTADO À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 209, DE 2012

“Acrescenta os §§ 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º ao art. 105 da Constituição Federal, para atribuir re-
quisito de admissibilidade ao recurso especial no âmbito do Superior Tribunal de Justiça-STJ
e acrescenta o art. 105-A, que cria a súmula impeditiva de recurso.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 317

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, pro-
mulgam a seguinte Emenda ao Texto Constitucional:
Art. 1º O art. 105 da Constitucional Federal passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos primeiro, se-
gundo, terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo, renumerando-se o atual parágrafo único para parágrafo oitavo:
“Art. 105. ...............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 1º O Superior Tribunal de Justiça não admitirá recurso especial sem que o recorrente demonstre a
relevância das questões de direito federal infraconstitucional discutidas no caso.
§ 2º A rejeição da relevância da questão federal depende da manifestação de quatro quintos dos membros
do órgão competente, devendo ser apreciada em até noventa dias.
§ 3º Acolhida a relevância, o recurso especial será submetido a julgamento em até doze meses. Superado
este prazo, os recursos sobrestados na origem deverão ser encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça
para julgamento.
§ 4º Serão tidas como relevantes as questões de direito federal que tenham repercussão econômica,
política, social ou jurídica e que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
§ 5º Incluem-se entre as questões consideradas relevantes a divergência da decisão recorrida com súmula
do Superior Tribunal de Justiça.
§ 6º Não cabe recurso especial nas causas com valor inferior a 200 (duzentos) salários mínimos, salvo se
houver divergência entre a decisão recorrida e súmula do Superior Tribunal de Justiça.
§ 7º Para demonstração da relevância das questões de direito federal infraconstitucional, aplicam-se
as mesmas disposições legais referentes à demonstração de repercussão geral para admissibilidade do
recurso extraordinário.
...................................................................................................................................................................................... (NR).”
Art. 2º A Constituição Federal passa a vigorar acrescida do seguinte art. 105-A:
“Art. 105-A. O Superior Tribunal de Justiça poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de quatro
quintos dos membros do órgão fracionário competente, após reiteradas decisões sobre a matéria, apro-
var súmula que, a partir de sua publicação, constituir-se-á em impedimento à interposição de quaisquer
recursos contra a decisão que a houver aplicado; bem como proceder à sua revisão ou cancelamento.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca
das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, que
acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
§ 2º A aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada originariamente perante
o Superior Tribunal de Justiça por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
§ 3º São insuscetíveis de recurso e de quaisquer meios de impugnação e incidentes as decisões judiciais,
em qualquer instância, que deem a tratado ou lei federal a interpretação determinada pela súmula
impeditiva de recurso. (NR)”
Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco PMDB?
O SR. NEWTON CARDOSO JR (Bloco/PMDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o
PMDB, ressalvados os destaques, vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – “Sim”.
Como vota o PT?
O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT entende que
já fizemos uma mudança muito expressiva no Código de Processo Civil. Essa mudança expressiva já cria um
filtro para os processos que chegam ao STJ. E, ao mesmo tempo, nós estamos fazendo uma alteração no Códi-
go de Processo Civil para retornar a admissibilidade nos Tribunais Regionais. Portanto, nós achamos que essa
mudança constitucional é muito forte para o cidadão brasileiro, impedindo que ele chegue ao STJ.
Por isso, o PT recomenda o voto “não” a essa matéria.
O SR. ARTHUR LIRA (Bloco/PP-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu peço ao Líder
para liberar o Bloco. Há divergências nos partidos.
O PP não concorda com a indicação do voto “sim” e pede ao Líder do PMDB para liberar o Bloco.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSDB?
O SR. DANIEL COELHO (PSDB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB vota “sim”.
318 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco PRB? (Pausa.)


Como vota o PR?
O SR. MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, essa
é uma PEC que tem um efeito extremamente importante na Justiça brasileira. Nós estamos, na prática, restrin-
gindo o direito do cidadão de apresentar um recurso ao STJ. Não totalmente, mas, é claro, é um grande filtro.
Nós aprovamos o novo CPC, que nem em vigor ainda está. No CPC há filtros para diminuir a quantidade
de recursos, como o incidente de resolução de causas repetitivas.
Então, não é prudente, não é o melhor caminho, sem falar no absurdo do artigo que, no § 6º, restringe a
possibilidade de recurso pelo valor da causa, ou seja, o cidadão pode perder uma ação e ter o seu direito res-
tringido porque a sua causa não atinge o valor de 200 salários mínimos. É um assunto muito sério.
O PR encaminhar o voto “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSD?
O SR. MARCOS MONTES (PSD-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, antes de o PSD
expressar o seu voto eu quero comunicar à Casa que viemos de uma reunião agora com o Ministro Nelson
Barbosa, a Frente Parlamentar da Agropecuária, e avançamos muito na negociação para o encerramento da
greve dos fiscais agropecuários.
Esperamos amanhã pela manhã resolver isso definitivamente. Trata-se de um movimento que tem cau-
sado um prejuízo enorme ao País. Amanhã às 9h30min faremos mais uma rodada de negociação e esperamos,
junto com o MAPA e o Ministério do Planejamento, resolver essa questão, que tem causado um grande dissabor
a todo o setor do agronegócio brasileiro.
Em relação ao substitutivo, Sr. Presidente, o PSD encaminha o voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSB?
O SR. FERNANDO COELHO FILHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSB vota “sim”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Bloco Parlamentar PRB? (Pausa.)
Como vota o Democratas?
O SR. FELIPE MAIA (DEM-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu acabo de chegar
da posse do Ministro Marcelo Navarro, justamente no Superior Tribunal de Justiça. A discussão lá entre os Mi-
nistros era a PEC 209, cujo texto principal está, neste momento, sendo discutido. Uma grande queixa dos Mi-
nistros é quanto ao excesso de recursos especiais na pauta daquela corte.
Portanto, o Democratas, atendendo a um apelo do STJ, entendendo que nós não iremos restringir a Jus-
tiça, vota “sim” ao texto principal da matéria.
O SR. VINICIUS CARVALHO – O PRB, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PDT?
O SR. AFONSO MOTTA (PDT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós queremos
valorizar o conteúdo material dessa PEC. O conceito de repercussão geral e o conceito vinculante são funda-
mentais para a celeridade do sistema processual – agora aqui nos referindo ao STJ –, acolhimentos que já são
realidade no Supremo Tribunal Federal.
Entretanto, realmente, o § 3º e o § 6º, que remetem a uma limitação no valor da causa para que o recur-
so tenha acolhimento e estabelecem prazo para o julgamento nos levam a uma grande dúvida, vez que para
a aprovação desses destaques será necessário quórum qualificado.
Portanto, nós temos essa dúvida na nossa bancada, vamos liberá-la, mas são muito respeitáveis os argu-
mentos dessa PEC e devem ser apreciados com profundidade no debate desta Casa.
O SR. VINICIUS CARVALHO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PRB?
O SR. VINICIUS CARVALHO (Bloco/PRB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PRB recomenda vo-
tar “não”, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o Solidariedade?
O SR. CARLOS MANATO (SD-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ressalvando os
destaques, o Solidariedade vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O Solidariedade vota “sim”.
Como vota o PCdoB?
O SR. RUBENS PEREIRA JÚNIOR (PCdoB-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, re-
gistre-se: menos recursos não quer dizer mais Justiça. O Código de Processo Civil já criou o instituto que vai
justamente apreciar as demandas repetitivas. O novo Código de Processo Civil ainda nem entrou em vigor, e
nós já estamos alterando o instituto, desconsiderando todo o sistema.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 319

Portanto, nesse caso, ainda que os destaques venham para retirar a questão dos 200 salários mínimos,
a criação dessa relevância, no que diz respeito a recurso especial, é ruim para o jurisdicionado. Tanto é assim
que a OAB se manifestou contra, e o STJ é a favor. Mas criar uma cláusula restritiva de acesso à Justiça, dando
mais poder às Justiças Estaduais, no nosso modo de pensar, é um equívoco.
Portanto, o PCdoB encaminha vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PROS?
O SR. DOMINGOS NETO (PROS-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, respeitando
aqui quem pensa diferente, o que efetivamente acontece hoje é que existe institucionalizado um triplo grau
de jurisdição. Nós temos hoje aqueles tantos processos quantos tenham ido para o STJ, com a única função
de recorrer ao STJ como meio de atrasar a decisão final. Isso tem feito com que exista um volume imenso de
processos com cada Ministro.
É natural que a OAB, aquela que é a mais beneficiada com o número de processos no nosso País, seja
contra. Mas, para a velocidade da Justiça, respeitando também que, no duplo grau de jurisdição, nós temos,
sim, Tribunais de Justiça que têm capacidade de resolver os problemas que são menores, nós não estamos aqui
acabando com o STJ, mas apenas criando critérios que possam fazer com que os processos que cheguem lá
tenham a devida importância para fazê-lo. Por isso o PROS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PPS?
O SR. ROBERTO FREIRE (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, uma das coisas
fundamentais para se entender a democratização da Justiça está na primeira instância, os Juizados Especiais.
Nós precisamos discutir a Justiça nos Tribunais, pensando inclusive no fortalecimento da Federação, dos
Tribunais Estaduais, das Primeiras Varas das Justiças Federais. Essa proposta vem nesse sentido.
Portanto, o PPS vota “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PV?
O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós vamos votar a
favor da PEC, ressalvados os dois destaques, aos quais nós vamos votar a favor. Somos a favor da PEC e a favor
dos dois destaques, que vão corrigir o que há de excessivo nessa PEC.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota o PSOL?
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSOL defende uma Justiça
horizontal, ágil e, obviamente, justa, sobretudo para com os mais necessitados, desprovidos de direitos.
Entendemos que a PEC contribui para uma racionalização dessa dinâmica jurisdicional, claro, se apro-
varmos – como entendi que é um compromisso aqui – os destaques para suprimir aquele critério de renda, de
valor da causa, melhor dizendo, para determinados recursos.
Vejam que as relevâncias para questões de Direito Federal são aquelas que têm repercussão econômi-
ca, política, social ou jurídica e que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Nós entendemos também
que as instâncias mais básicas da Justiça têm que ser mais ágeis e não sobrecarregar uma corte como o STJ,
que tem 33 Ministros, cujo objetivo principal é fixar teses jurídicas, criar jurisprudência, inclusive. Vejam só um
dado relevante: de 2013 para 2014, a alta de casos distribuídos aos gabinetes dos Ministros do STJ foi de 26%
– saiu de 306 mil para 386 mil casos. Isso significa lentidão, e não se faz justiça. Aliás, também os poderosos
recorrem lá para não fazer essa justiça.
Portanto, garantida a aprovação dos destaques, o nosso voto é “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Rede?
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, hoje já é muito
difícil que um recurso especial seja admitido no Superior Tribunal de Justiça. As pré-condições de admissibili-
dade são muito severas, descritas na Constituição do Brasil. O que faz essa PEC? Não define aqui quais são as
condições para se chegar ao STJ, acrescenta novas. Claro que vai afunilar, cada vez mais, o acesso ao Superior
Tribunal de Justiça. Se nós pudéssemos votar antes esse §6º, que é acrescentado ao art. 105 – e no art. 105 estão
aquelas possibilidades para se chegar ao recurso especial –, e excluí-lo, eu votaria e favor, porque acredito no
bom senso dos juízes. Há também a questão da súmula vinculante por quatro quintos. De repente, nós temos,
infelizmente, no primeiro grau de jurisdição, um instrumento de resolução de demandas repetitivas, de um
lado. Isso está no novo Código de Processo Civil. Já teremos uma redução muito grande de causas no segundo
grau de jurisdição, o que consequentemente repercutirá no Superior Tribunal de Justiça.
Então, eu penso que a súmula vinculante, no caso, a repercussão geral, como tem no Supremo Tribunal
Federal, mais esse § 6º recomendam a rejeição desta PEC, sem prejuízo de examinarmos até outras condições
em um projeto que não tenha esses acréscimos, que a mim parecem perigosos, porque afasta as pessoas de
causas razoáveis. Afinal, 200 salários mínimos são quase 200 mil reais, e isso não é pouca coisa, não. Já se im-
pede, hoje, a subida dos juizados especiais para o Superior Tribunal de Justiça. Hoje, isso já é impedido. Vai ao
Supremo Tribunal Federal direto quando se tratar de violação constitucional ou súmula vinculante.
320 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Então, eu penso que há uma boa capacidade, há uma boa produção dos Ministros do Superior Tribunal
de Justiça. Ninguém pode reclamar de morosidade naquele tribunal. É uma justiça eficiente, que não me pa-
rece precisar desta emenda constitucional, ainda mais com esses dois parágrafos.
Eu considero que devemos dizer “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Miro Teixeira, só para esclarecimento, nós estamos
votando a PEC, ressalvados os destaques, o que significa que esse parágrafo não está sendo votado. Esse pará-
grafo vai ser votado depois. Nós estamos votando sem esse parágrafo. Para esse parágrafo valer tem de haver
a segunda votação, em que vai ser votado o texto do parágrafo.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Se V.Exa. me permitir, aí é que mora o perigo, porque, digamos que eu vote “sim”,
sem esse parágrafo, porque há o destaque para votação em separado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Isso. V.Exa. está votando sem o parágrafo.
O SR. MIRO TEIXEIRA – Eu voto, daqui a pouco, então, contra a volta do parágrafo, mas ele volta. E aí
eu votei a favor.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu acho que há um consenso na Casa, Deputado. Há um consenso na Casa.
O SR. MIRO TEIXEIRA – É isso exatamente. É isso exatamente. É isso.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Se passar aqui, o parágrafo não vai ser extinto.
O SR. MIRO TEIXEIRA – É isso exatamente o que eu estou dizendo. No meu ponto de vista, elimina-se
o risco votando “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN – Sr. Presidente...
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o nosso
companheiro Deputado Arthur Lira já fez um apelo ao Líder do PMDB para liberar. E, agora que chegou o mo-
mento de orientar, em sintonia com o que falou o Deputado Arthur Lira, Presidente da Comissão de Constitui-
ção e Justiça e de Cidadania, eu quero recomendar e pedir aos companheiros do PP – Partido Progressista que
votemos “não”. Por quê? Porque esta cláusula de barreira que está colocada é subjetiva. Ela reduz a conquista
do Código de Processo Civil, que nós votamos, e cuja Comissão eu integrei.
Por isso, a minha recomendação, em consonância com o Deputado Arthur Lira, é votar “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como vota a Minoria?
O SR. MORONI TORGAN (DEM-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu tenho, por
dever de ofício, que indicar o voto “sim”, apesar de haver muitas ressalvas. E eu, particularmente, não estou
convencido de que isso não vai cercear o direito de defesa daqueles que mais precisam, daqueles que não
têm tantas condições econômicas.
Então, com essa dúvida, eu indico votar “sim”, porém ressalvando que o meu voto pessoal não será desse tipo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pela Liderança do PT, concedo a palavra ao Deputado Paulo Teixeira.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES – O PT, não.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Ele pediu agora, eu vou deixar o Deputado Paulo Teixeira.
O SR. JOSÉ GUIMARÃES (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo libera, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Ele exige que seja antes do painel. Então, eu não posso fazer...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pela Liderança do PT, concedo a palavra ao Deputado Paulo Teixeira.
O SR. PAULO TEIXEIRA (PT-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, pedi para falar antes de iniciar o processo de votação porque eu acho que este Parlamento tem de estar
alertado sobre o que está votando nesta noite.
Nós estamos votando aqui uma PEC, um projeto de emenda constitucional que vai criar um filtro muito
forte para os recursos no Superior Tribunal de Justiça.
Este Parlamento fará uma transferência de poder como nunca fez ao Judiciário. Por quê?
Em primeiro lugar, nós, no Código de Processo Civil, já a título de diminuir as ações que subam ao STJ,
demos um poder muito grande ao Superior Tribunal de Justiça. Ele terá, doravante, que organizar a sua jurispru-
dência. E, organizada a sua jurisprudência, os juízes não poderão permitir ações contrariando a jurisprudência.
Esse Código vai entrar em vigor no dia 16 de março de 2016. A partir de 16 de março de 2016, se o ci-
dadão entrar com uma ação em primeiro grau que contrariar a jurisprudência do STJ, essa ação poderá ser
indeferida antes de tramitar. Ele terá o direito de dizer que o seu caso em especial não corresponde à decisão
do STJ – é a chamada “distinção”. Mas se o seu caso se encaixar na jurisprudência, a sua ação não prosperará.
Nós demos esse poder no Código de Processo Civil. Agora, nós já estamos fazendo uma alteração no
Código de Processo Civil, porque o STJ entendeu que vai haver um acúmulo de trabalho se ele fizer o juízo de
admissibilidade das ações. Nós tínhamos tirado o juízo de admissibilidade do segundo grau e remetido ao Su-
perior Tribunal de Justiça, para que este fizesse o alinhamento da sua jurisprudência. Nós já estamos fazendo
essa alteração.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 321

O que nós estamos votando nesta noite é muito importante. É um filtro para o cidadão comum recorrer
ao STJ. Ele terá que apontar, no seu recurso, uma questão relevante, para que o seu recurso possa ser admitido
no STJ. Trata-se de um filtro muito grande que impedirá o cidadão comum de ir ao Superior Tribunal de Justiça
e de ali ter a análise da sua questão de direito ou de sua questão de fato.
Portanto, este Parlamento está renunciando, nesta noite, à aplicação para todos, em todos os graus de
jurisdição, da interpretação da lei feita por ele. Doravante, a interpretação da lei será feita mais fortemente, para
além dos poderes que nós já temos, pela cúpula do Poder Judiciário, no STJ, impedindo que o cidadão possa,
em mais uma hipótese, recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.
Nós estamos estreitando a via recursal do cidadão comum. Ele terá muito mais dificuldade de ir ao STJ.
E, evidentemente, agrava-se a situação quando se diz que só poderão ir ao STJ causas com valor superior a 200
salários mínimos. Portanto, seja pelo valor da causa, seja pela qualidade da advocacia que o cidadão poderá
pagar, nós estamos limitando ainda mais o acesso à justiça no Brasil.
Por isso, o ideal seria que nós não votássemos esta matéria nesta noite e que adiássemos a sua votação,
para um amadurecimento maior, para um debate maior com o Superior Tribunal de Justiça.
Vejo ali o Deputado Arnaldo Faria de Sá, o Deputado Glauber Braga, o Deputado Wadih Damous, o De-
putado Miro Teixeira e tantos outros, e quero dizer que é muito comum que, quando se trata de uma matéria
dessa relevância, o STJ ou o Supremo venham debater com as bancadas. Consultei as bancadas e não consta
que tenha havido um debate de mérito com cada bancada.
Por isso, votar esta matéria, nesta noite, em minha opinião, caracteriza algo que nós não deveríamos fazer aqui.
Sinto que os Deputados têm uma série de dúvidas. Evidentemente, esta Casa deveria permitir que cada
Deputado consultasse operadores do Direito para saber da repercussão desta votação para a sua base, para a
sociedade brasileira e para o cidadão comum.
Quero fazer um alerta aqui. Eu preferiria que adiássemos esta votação. Acho que, por cautela, nós deveríamos
adiá-la para fazer um debate aprofundado que permitisse uma maturação desse tema, para que todo o Plenário
pudesse enfrentá-lo. Mas eu me surpreendi com a pauta e com a sua votação, e quero alertar este Parlamento
dos perigos que isso representa para o cidadão comum. Discutam com os advogados, discutam com os defen-
sores públicos sobre esta repercussão. Todos sabem que o advogado comum terá limitado o seu poder de ação.
Todos sabem que, no Brasil, aquele que consegue pagar um bom advogado é aquele que consegue de-
bater questões de direito e que, se o cidadão comum tem dificuldade de ir à primeira instância, quiçá às ins-
tâncias superiores.
Por isso, Sr. Presidente, o meu apelo, aqui, é no sentido de que não deixemos a votação desta matéria
prosperar nesta noite. O melhor que nós faríamos seria adiar a sua votação para que haja um debate maior das
bancadas, o que exigiria que os Ministros do Superior Tribunal de Justiça viessem visitar as bancadas ou que
os Líderes amadurecessem a matéria junto às suas bancadas.
Agora, se isso for impossível, a minha sugestão é que nós não deixemos esta matéria avançar nesta noite e
que não deixemos atingir o número regimental, para que a matéria não prospere e possa voltar ao plenário com
um nível de maturidade melhor. Essas duas questões que foram discutidas, de valor e de tempo, são fundamentais.
Portanto, eu proponho um duplo encaminhamento: o adiamento da matéria ou, caso não consigamos
adiá-la, o que eu acho mais ponderado a se fazer, que no mérito não venhamos a dar o número suficiente para
que ela possa prosperar.
Nós temos um conjunto de matérias sendo discutidas nessa relação Parlamento e Poder Judiciário, in-
clusive o Deputado Fernando Bezerra é o Relator das mudanças no Código de Processo Civil. Eu creio que não
discuti-las em conjunto é uma temeridade para esta Casa.
Por isso quero sugerir esse duplo encaminhamento aos Líderes nesta noite. O mais ponderado seria adiar
sua votação, porque assim estabeleceríamos os debates com amadurecimento e com uma maior capacidade
de compreensão desta matéria, o que não me parece que tenhamos conseguido obter nesta noite.
O SR. ZÉ SILVA (SD-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Solidariedade muda a
orientação para “não”, até porque nós sabemos que temos que facilitar o acesso do cidadão à Justiça, e não
criar mais filtros e mais dificuldade.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Lembro que nós estamos votando o substitutivo. Caso ele não
seja aprovado, restará o texto original, que obviamente não levaremos à votação hoje, já que é o substitutivo
que está sendo votado.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ouvindo atenta-
mente os partidos, os Líderes que encaminharam votar “não” e ouvindo também, com muita atenção, a ponde-
ração do Deputado Paulo Teixeira, nós consideramos que, na dúvida que se instaurou na bancada em relação
aos prós e contras, é mais prudente manter a Constituição, esperando os efeitos do novo Código de Processo
Civil. É mais prudente.
322 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Portanto, o nosso voto é “não”, entendendo que, se cair o substitutivo, que, sem dúvida, é melhor do que
o projeto original, isso será perigoso. O ideal seria nós adiarmos esta votação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado, o problema é o seguinte: se fosse uma PEC que tives-
se muitas emendas e muitos textos, e se pudesse, porventura, ser construída uma aglutinativa que permitisse
suprir divergências, eu até aconselharia isso, mas não é o caso. Não há emenda. Aqui só temos o substitutivo
e o texto original.
Então, se for o caso de a matéria não passar, depois se vai ao substitutivo, e será construída, em outra
PEC, alguma coisa que possa atender. Há coisas que se acha que se pode consertar. Aqui não tem muito jeito:
ou se concorda ou se discorda.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, eu queria encaminhar pelo PTB.
O SR. MIRO TEIXEIRA (Rede-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu creio que o Presidente tem razão
quanto a assumir o compromisso de, no caso de não passar, em outra PEC fazer o que pode ser considerado ideal.
O SR. ARTHUR LIRA – Sr. Presidente...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu
queria lembrar o detalhe trazido à tribuna pelo Deputado Paulo Teixeira: nem entrou em vigor ainda o novo
Código de Processo Civil. Entrará em vigor só a partir do ano que vem. Portanto, por prudência, eu acho que
nós deveríamos aguardar. E o mais lógico seria realmente não darmos o quórum constitucional e partirmos
para outro texto.
Como tem alguém no PTB que vota a favor, eu vou liberar a bancada, mas eu, particularmente, voto
contra já, na original.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita a todas as Sras. e a todos os Srs. Deputados...
O SR. MARCOS REATEGUI – O PSC, Sr. Presidente...
O SR. ARTHUR LIRA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o PSC.
O SR. ARTHUR LIRA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Espere um momento, o PSC falará primeiro.
O SR. MARCOS REATEGUI (Bloco/PSC-AP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta ma-
téria, como foi ressaltada, é de suma importância. Quem falou em terceiro grau no STJ certamente não militou
nos tribunais superiores.
No primeiro e segundo graus, discutimos matérias de fato, e pouco importa a conclusão a que chega
esse Tribunal de Justiça do Estado. Se ele disser que o preto é vermelho ou que o branco é preto, no STJ isso
não será mais examinado. Lá são examinadas apenas as questões de Direito, ou seja, se o Direito foi aplicado
corretamente no caso, considerando o fato conforme entendimento do tribunal estadual.
E aqui há dois parágrafos que eu considero extremamente perigosos, que precisam de uma análise maior:
o § 4º, que trata da questão da repercussão, e o § 6º; os dois limitam seriamente o acesso à Justiça.
Por isso o PSC vota “não”, Sr. Presidente.
O SR. RICARDO BARROS – Sr. Presidente..
O SR. ARTHUR LIRA – Sr. Presidente...
O SR. RICARDO BARROS – Sr. Presidente, um esclarecimento...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Um minuto, por favor.
O SR. ARTHUR LIRA – Sr. Presidente Eduardo Cunha...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Arthur Lira.
O SR. ARTHUR LIRA (Bloco/PP-AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado. Sr. Presidente.
Longe de qualquer posição deste Deputado ou do nosso partido de criar problemas com relação às
orientações, é a segunda vez que eu venho à tribuna pedir que o Líder do Bloco, Deputado Leonardo Picciani,
libere democraticamente o Bloco do PMDB e do PP.
Se ele não o fizer, estará demonstrando falta de habilidade e de respeito para com o segundo partido do Blo-
co. O PMDB tem na ordem de 60 Deputados, e nós temos 40 e não concordamos com a orientação dada no painel.
O PP vota “não” nessa matéria porque entende que, neste momento, ela não está madura pelas reper-
cussões e subjetividades que podem estar sendo impostas ao Direito brasileiro.
O SR. RICARDO BARROS – Sr. Presidente...
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Peça que libere o PMDB!
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Ricardo Barros.
O SR. RICARDO BARROS (Bloco/PP-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu queria fazer um escla-
recimento aos Srs. Parlamentares. Existe um projeto tramitando aqui na Casa que cria 700 novos cargos no STJ
em função de o novo Código de Processo Civil dispor que todos os recursos têm que subir. Existe no STF um
pedido de 160 funcionários.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 323

É claro que essa matéria tem de ser tratada, porque nós teremos um custo muito grande para analisar
todos esses processos aqui.
Mas também, analisando pelo lado da Lei da Ficha Limpa e pelo fato de os Tribunais de Justiça dos Esta-
dos serem muito políticos, é muito ruim para os agentes políticos ficarem somente com a decisão do Tribunal
de Justiça, sem recorrer. E ainda, Sr. Presidente: 13% das matérias que sobem ao STJ são reformadas. Então,
abrir mão do recurso é abrir mão da justiça.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Leonardo Picciani, V.Exa. tem a palavra.
Eu só posso liberar quando encerrarem.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido
Progressista vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Leonardo Picciani, tem V.Exa. a palavra.
O SR. LEONARDO PICCIANI (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela ordem.
Atendendo à manifestação dos demais partidos do Bloco, nós vamos liberar a bancada. O PMDB vota
“sim”, a favor da proposta construída na Casa, mas respeita a posição dos demais partidos do Bloco. Fica libe-
rada a posição.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem os seus lu-
gares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico.
Está iniciada a votação.
O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço à bancada do
PT que vote “não” a esta matéria e para que todos permaneçam presentes, porque ainda temos dois destaques
para serem apreciados.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para falar pela Liderança da Minoria, Deputado Bruno Araújo tem
a palavra. (Pausa.)
O SR. ALFREDO KAEFER (PSDB-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria dar
aqui a minha manifestação pessoal, enquanto o Deputado Bruno está se dirigindo à tribuna, para dizer que é
muito relativa essa situação da procrastinação. Valores são relativos, para uns 1 milhão é o bastante, para ou-
tros mil reais são o bastante.
O Estado brasileiro tem que dar condições para que a Justiça funcione em todas as instâncias; cada ci-
dadão deve ter direito a buscar a última instância do Judiciário para buscar justiça.
Era isso, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Bruno Araújo, para uma Co-
municação de Liderança, pela Minoria.
O SR. BRUNO ARAÚJO (PSDB-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-
dos, hoje nós assistimos as empresas públicas do setor elétrico informarem à ANEEL – seguramente em sua pró-
pria defesa – que os danos causados ao consumidor e ao setor elétrico, diferentemente do que insistiu em afirmar
a Presidente Dilma ao País, ao dizer que o problema foi causado pela seca, deram-se pela incompetência e pela
ingerência do Governo Dilma Rousseff no sistema elétrico. As estatais assumiram isso por meio de posição oficial.
Ao fazer a retrospectiva, tenho a lembrança de que, por meio de medida provisória, a Presidente Dilma
Rousseff desarrumou todo o sistema elétrico ao propor, de forma artificial, novas tarifas de energia. A Presi-
dente, em rede nacional de rádio e televisão, prometeu algo que à frente se demonstrou num passivo que ex-
plodiu a conta do setor elétrico.
Esse movimento das empresas do setor elétrico – e o Brasil conhece de perto o que houve em relação
à energia, porque no ano de 2015 já houve mais de 70% de aumento – é o mesmo que, para se proteger dos
órgãos de regulação, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público, teve de fazer a Caixa Econômica
Federal, em, processando o Governo Federal, pedir de volta mais de 230 milhões de reais de ativos provenientes
das operações ilegais confirmadas pelo Tribunal de Contas, as chamadas peladas fiscais, que nada mais foram
do que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil emprestarem dinheiro ao seu controlador, emprestarem
dinheiro ao Governo Dilma sem terem autorização ou cobertura legal para que o fizessem.
Esses dois movimentos, o da Caixa Econômica Federal, cobrando o Governo Federal, e agora o das em-
presas do setor elétrico, comunicando à ANEEL que os prejuízos do sistema elétrico foram diretamente cau-
sados pela Presidente Dilma Rousseff, mostram o Governo reconhecendo que o Governo causou um dano ao
patrimônio dos brasileiros e à economia doméstica do País. E, mais ainda, colocam em absoluta incredulidade
investidores que levaram anos para serem atraídos.
Paralelamente a tudo isso, o Brasil assiste ao Orçamento de 2016 vindo com dotação orçamentária zero
para as farmácias populares, acabando com o desconto dos medicamentos que foi constituído nas farmácias
populares como contraponto ao Governo que não quis dar seguimento aos genéricos, um grande sucesso que
pôde dar a uma população menos aquinhoada de recursos acesso a medicamentos.
324 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Com a decisão do Governo Dilma de retirar 25 bilhões de reais da Farmácia Popular, o Governo prati-
camente acaba com o programa. Mantém uma ou duas alternativas, como a distribuição de remédios para
hipertensos e diabéticos. Mas o acesso a desconto que a população pobre vinha tendo em grande parte dos
medicamentos... O Governo da Presidente Dilma, que prometeu construir um ajuste para recompor a econo-
mia dilacerada por incompetência dele e que prometeu que esse ajuste não atingiria as áreas sociais, atingiu
em cheio o coração e a saúde dos brasileiros que menos têm.
Portanto, é obrigação do Governo explicar à sociedade como vai fazer, sobretudo, para permitir que o
SUS receba um número muito maior de brasileiros que não puderam fazer a manutenção de problemas crôni-
cos de saúde com a perda do acesso a esses medicamentos.
E vimos o Ministro do PT no Ministério da Saúde, que foi demitido pelo telefone, dizer que, sem os re-
cursos que estavam inicialmente programados e foram retirados do orçamento, a saúde vai a colapso. Como
fica o Sistema SUS agora, quando milhões de brasileiros não terão mais acesso aos medicamentos da Farmácia
Popular, com os descontos que vinham sendo consagrados? E esses brasileiros vão procurar ainda de forma
mais firme o Sistema SUS, que já não dá conta de atender à absoluta necessidade dos brasileiros, um sistema
absolutamente falido.
Portanto, 2016, além de ser um ano enunciado como outro ano de inflação, de taxa de juros, de não cum-
primento de metas, de desajustes fiscais, mais uma vez confirma a forma absolutamente desonesta, covarde e
mentirosa com que o Governo Federal garantiu que os programas sociais não seriam afetados.
Portanto, fica aqui a nossa resignação de saber que nós vamos ver milhões de brasileiros atingidos em
cheio por mais uma medida dura e maldosa de Dilma Rousseff que, além de ter levado e vir levando o Brasil
para o fundo do poço, agora acelera e cria ainda muito mais dificuldades à saúde dos brasileiros.
O SR. JULIO LOPES (Bloco/PP-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a V.Exa. que
considere lido e faça constar no programa A Voz do Brasil discurso que faço com relação à audiência sobre cor-
redores para ônibus urbanos realizada hoje na Comissão de Desenvolvimento Urbano.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Comissão de Desenvolvimento Urbano debateu hoje pela ma-
nhã, em audiência pública, as formas de implementação de faixas e corredores exclusivos para ônibus urbanos.
A população de nosso País sofre com os entraves à mobilidade urbana. Horas são consumidas pelos
congestionamentos, que representam custos inadmissíveis e, sobretudo, privação de tempo disponível para
dedicar-se a outras atividades produtivas, à família e ao lazer. Essa rotina dos grandes centros urbanos virou um
teste de paciência, sem mencionar os custos ambientais provocados por uma massa desorganizada de veículos.
Estudo recente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos – NTU mostra que, embo-
ra transportem 70% da população, os ônibus ocupam apenas 25% das vias públicas. A gravidade da situação
demanda soluções rápidas, com resultados palpáveis no curto prazo.
A Comissão entende que a priorização do transporte público coletivo por ônibus é talvez a mais im-
portante ação para superar a crise de mobilidade urbana. Nesse teor, um planejamento consistente, em que
figurem corredores exclusivos de ônibus, associados com o mobiliário de trânsito pertinente, pode alcançar
benefícios de curto prazo para os usuários e, ao mesmo tempo, reduzir o fluxo de veículos nas vias públicas.
A implementação de faixas e corredores exclusivos para ônibus urbanos garantirá a segurança viária e
incentivará o uso do transporte coletivo. Essas faixas exclusivas irão assegurar a todos os usuários do trânsito
o direito de utilizar civilizadamente seus devidos espaços para mobilidade urbana.
O debate foi feito com representante do Ministério das Cidades e representantes da sociedade civil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na quinta-feira próxima,
da semana que vem, está prevista, no plenário, a realização de uma Comissão Geral com o Ministro da Saúde.
Pedi à assessoria que preparasse o material. Eu não sei se vamos falar do passado ou do presente. Per-
guntaria ao Líder do Governo: qual Ministro que estará presente na quinta-feira da semana que vem, para pre-
parar o assunto?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – O.k. Se for o caso, nós adiamos a Comissão Geral.
O SR. JULIO LOPES (Bloco/PP-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “não”.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra, como Líder, ao Deputado Capitão Augusto, do PR.
O SR. CAPITÃO AUGUSTO (PR-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, aproveitando a votação, eu gostaria de fazer um pedido especial a todos os Deputados, em especial
às Deputadas, neste mês de outubro agora, destinado principalmente às mulheres, Outubro Rosa. Nós temos
que reparar uma injustiça aqui nesta Casa.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 325

No ano passado, foi aprovada a Lei Complementar nº 144, de 2014, que permitiu a todas as policiais fe-
mininas a aposentadoria aos 25 anos de idade. Porém, nessa Lei Complementar nº 144, de 2014, não foi con-
templada a policial militar feminina. Há uma ausência no texto que está causando para nós até uma surpresa,
porque a policial militar – não desmerecendo as demais policiais – é a que está trabalhando diretamente nas
ruas, trabalhando de noite, sob chuva, sol, atendendo às ocorrências.
Nós fizemos um requerimento de urgência, que já foi assinado pelos Líderes nesta Casa. Já fiz a solicitação
ao nosso Presidente Eduardo Cunha para que, no mês de outubro agora, nós pautemos essa lei complementar,
que incluirá a policial militar feminina, para que tenha direito à aposentadoria aos 25 anos. Não é justo que as
mulheres tendo um amparo constitucional de trabalhar 5 anos a menos que os homens ainda permaneçam
trabalhando o mesmo tempo nas polícias.
Então, fica aqui um pedido especial a todos os Parlamentares, a todos os Deputados, em especial às De-
putadas, para que nós pautemos e aprovemos esse requerimento de urgência, e, em seguida, que consigamos
incluir a policial feminina, com todo o direito também à aposentadoria aos 25 anos de serviço.
Aproveito também a oportunidade para deixar aqui a nossa tristeza por ter sido anunciado, na data de
hoje, pelo Governo de São Paulo, que o índice de reajuste dos policiais militares será de 0% neste ano, sequer
havendo a reposição inflacionária no período. Paralelamente a isso, os policiais militares, civis, polícia técnica
e científica, continuam fazendo seus trabalhos.
O Estado de São Paulo é considerado aquele com menor índice criminal de homicídio, com uma taxa de
10 homicídios por 100 mil habitantes. Os policiais deveriam ao menos ter esse reconhecimento e obter a re-
posição inflacionária do período, já que a nossa data-base, que foi no semestre passado, sequer foi obedecida.
Então, fica a nossa tristeza, a nossa indignação, até o nosso pedido para o nosso Governador, que é bas-
tante sensível, junto com o seu Secretário de Segurança Pública, que fizeram a divulgação da estatística criminal
do Estado de São Paulo, enalteceram o trabalho das polícias: que ao menos reconheçam agora e concedam a
reposição inflacionária.
Temos ainda o final deste semestre, temos mais 2 meses pela frente. Quiçá consigamos sensibilizar o
Governo de São Paulo para que reconheça, premie e contemple os policiais com essa reposição inflacionária!
Muitíssimo obrigado, Sr. Presidente e todos os Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sras. e Srs. Deputados, venham a plenário para encerrarmos logo
esta votação.
Comunico à Casa ofício recebido.
“Senhor Presidente,
Nos termos do art. 2º do Regimento Comum, comunico a V.Exa. e, por seu intermédio, à Câmara dos De-
putados, que está convocada sessão conjunta do Congresso Nacional a realizar-se dia 6 de outubro do
corrente, terça-feira, às onze horas e trinta minutos, no Plenário da Câmara dos Deputados, destinada à
apreciação dos destaques apresentados aos Vetos Presidenciais nºs 21, 25, 26, 29, 31 e 33, de 2015 (em
anexo), dos Vetos Presidenciais nºs 37 e 38, de 2015, dos Projetos de Lei do Congresso Nacional nºs 2, 3 e
4, de 2015, e de outros expedientes.
Atenciosamente, – Senador Renan Calheiros.”
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (Bloco/PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O veto eleitoral
também está, Sr. Presidente?
O SR. SIBÁ MACHADO – Vamos abrir o painel, Sr. Presidente.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – A reforma política está aí? Está pautada a reforma política?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Não?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não. Eu não sei qual é o número do veto – 21, 25, 26, 29, 31 e 33, 37 e 38.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Já passou também o tempo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Como?
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Já passou a hora da reforma política – um ano antes.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. po-
deria esclarecer-me se o primeiro item da possível reunião do Congresso é o item cuja discussão foi iniciada,
houve uma votação e não se alcançou o quórum?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem que ser na ordem cronológica, Deputado. É a ordem cronológica.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Pois é, mas desse inclusive já havia sido iniciada a votação. É o Veto 21, dos
terrenos de marinha.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Não há dúvida de que é por esse que começaremos, se houver sessão.
326 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O SR. ESPERIDIÃO AMIN – Muito obrigado.


O SR. SIBÁ MACHADO (PT-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vamos encerrar a
votação? Se a PEC for vitoriosa, ainda teremos dois destaques pela frente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vamos esperar mais um pouco, Deputado. Eu dei 44 minutos
para um projeto, eu dei 44 minutos para um destaque da medida provisória. Não posso, para uma PEC, deixar...
O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Há 438, e ainda faltam... Há 473 na Casa. Vamos dar mais uns 10 minutos.
O SR. ZÉ GERALDO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Para darmos a possibilidade de votar a quem não votou. É razo-
ável. Até porque eu vou consolidar a votação por esta.
O SR. SIBÁ MACHADO – Nesta aqui? Por esta votação?
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quando V.Exa.
privilegiar os presentes, e não os ausentes, a sua gestão terá ultrapassado a nota 10 e terá a nota perfeita: 11.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Eu espero que chegue a 15.
O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente...
O SR. ZÉ GERALDO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado Zé Geraldo.
O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero aproveitar o
tempo, enquanto mais alguns Parlamentares vêm votar, para dizer ao povo do Estado do Pará, àquelas famí-
lias que estão no interior esperando pelo Luz Para Todos, mesmo àquelas que estão em áreas isoladas, que o
coordenador desse programa nos garantiu hoje que não faltará dinheiro para que a Rede CELPA no Pará ou a
Equatorial possam trabalhar para fazer com que essas aproximadamente 100 mil famílias que não têm ener-
gia do Luz Para Todos possam ter.
E o que me surpreendeu é que a Rede CELPA tem dinheiro para trabalhar, mas está com pouca capacidade
operacional para gastar esses recursos, de forma que a nossa negociação foi para que a empresa pudesse poten-
cializar o seu capital técnico, gerencial e empresarial, para que nós possamos, inclusive, até final de 2018, pelo
menos onde não é área isolada, ter energia elétrica para todas as comunidades do interior do Estado do Pará.
O SR. MAURO PEREIRA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Sr. Deputado Mauro Pereira.
O SR. MAURO PEREIRA (Bloco/PMDB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, no Rio
Grande do Sul, o Governador José Ivo Sartori, com a crise que vem atravessando, atrasou o pagamento dos
hospitais do SUS e das Santas Casas em 300 milhões de reais – atraso esse que vem desde o Governo passado.
De uma maneira inteligente, juntamente com a equipe econômica e com a Direção do Banco do Estado
do Rio Grande do Sul, o Governador José Ivo Sartori repassou hoje o pagamento para os hospitais e as Santas
Casas, trazendo a ordem, fazendo com que esses hospitais possam trabalhar tranquilamente, atendendo as
pessoas mais carentes.
Foi feito um financiamento junto ao BANRISUL, com pagamento em 24 vezes, com o aval, com a garantia
de pagamento do Governo do Estado.
Essa é uma maneira inteligente de administrar usando os recursos públicos, fazendo as coisas devagar e
controlando os gastos. O Governador José Ivo Sartori, juntamente com a equipe econômica e com os nossos
Deputados Estaduais, vai colocar o nosso Rio Grande do Sul no caminho certo, dando àquele povo trabalha-
dor a tranquilidade que merece.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. VALDIR COLATTO – Sr. Presidente...
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Valdir Colatto.
O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero
comunicar à Casa que hoje à noite nós tivemos uma reunião com o Ministro Nelson Barbosa, do Ministério
do Planejamento, junto com a Frente Parlamentar de Agricultura, para tratar da questão da greve dos fiscais.
O encaminhamento foi feito. Foram levadas reivindicações ao Ministro Barbosa, como a transformação
dos fiscais em auditores-fiscais. E ficou para amanhã, às 9h30min, a reunião da Frente Parlamentar, junto com os
fiscais, junto com a área técnica do Ministério do Planejamento, para ver se chegamos a um acordo final, junto
com o Ministério da Agricultura, para que possamos, enfim, acabar com a greve dos fiscais, que está trazendo
grandes dificuldades para o setor agropecuário, para a indústria, para a exportação, para que os contratos de
venda de carnes e grãos sejam honrados pelo Brasil – enfim, para que possamos acabar com a greve. O setor
agropecuário continua trabalhando e sustentando a economia do Brasil.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 327

Esperamos que amanhã acabe a greve dos fiscais agropecuários do Brasil.


Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Delegado Edson Moreira.
O SR. DELEGADO EDSON MOREIRA (Bloco/PTN-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-
dente, a violência, como eu disse na semana passada, chegou a um patamar tão alto aqui no Brasil que até o
Deputado Esperidião Amin está com os cabelos arrepiados. Para deixar o Deputado Esperidião Amin de cabelo
arrepiado, é que o negócio está feio!
Vejam bem, aquele maníaco lá da Zona Sul de São Paulo já havia sido solto, tendo matado duas pesso-
as. Ele foi condenado a 19 anos, cumpriu um sexto da pena, e soltaram o homem. Matou mais sete. Acharam
sete corpos na casa dele. E agora, Sr. Presidente, a suspeita é de que ele tenha matado 30 pessoas. Vejam só a
situação. Tudo por causa de quê? Da Lei nº 7.210, de 1984, a Lei de Execução Penal.
Sr. Presidente, V.Exa. criou uma Comissão Especial para apreciar o Código de Processo Penal. Até agora
essa Comissão Especial não foi instalada. Tem que ser instalada também, Sr. Presidente, para melhorar essa si-
tuação. Se não, acontecerá o que está acontecendo no Rio de Janeiro: os policiais militares estão matando a
torto e a direito. Em São Paulo, também estão executando os criminosos, fazendo justiça com as próprias mãos.
Temos que tomar uma atitude, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O SR. MARCUS VICENTE – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado Marcus Vicente.
O SR. MARCUS VICENTE (Bloco/PP-ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só quero
comunicar a esta Casa sobre uma reunião da qual participamos hoje lá na ANTT – Agência Nacional de Trans-
portes Terrestres, com a Diretoria de Infraestrutura Rodoviária, e que também teve a participação da Diretoria
da Concessionária EcoRodovias, a Eco101. Lá pudemos tratar de muitos detalhes e alinhar os procedimentos
com relação ao contrato de concessão.
Ocupo, então, este momento para dizer aos moradores, aos comerciantes, aos empresários dos trechos
ao longo da BR-101 no Espírito Santo – especialmente no Município de Fundão, no Município de Ibiraçu, no
Município de João Neiva e no Município de Aracruz, Distritos de Jacupemba e Guaraná – que tenham bastan-
te tranquilidade, porque todos os assuntos da duplicação serão tratados no momento certo. A concessionária
tem o compromisso com a Agência Nacional e com este Parlamentar de conduzir da forma mais equilibrada
possível todas as discussões que dizem respeito à duplicação da BR-101 no Espírito Santo.
Então, estou tranquilizando todos os comerciantes e moradores da região da BR-101 no Espírito Santo.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Sóstenes Cavalcante, V.Exa. tem a palavra.
O SR. SÓSTENES CAVALCANTE (PSD-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres
colegas, quero aqui me solidarizar com os brasileiros, que, mais uma vez, têm que enfrentar o pagamento da
conta deste Governo, que ontem decidiu reajustar os combustíveis. É lamentável! E isso num momento em
que nós vemos o preço do barril do petróleo despencar à metade do seu valor. O Governo, então, sem justifi-
cativas, faz o reajuste dos combustíveis. Os brasileiros não podem continuar pagando a conta do desequilíbrio
financeiro deste Governo.
Então, deixo aqui minha solidariedade e meu repúdio à decisão que reajustou os combustíveis deste País.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Deputado Esperidião Amin, V.Exa. tem a palavra.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dar
uma notícia. Não sei se já foi divulgada. O Supremo Tribunal Federal, é o que informa o Congresso em Foco, de-
cidiu, por dez votos a um, manter decisão desta Casa no sentido de que a fusão de partidos só pode ocorrer
depois de 5 anos da existência dos partidos que quiserem fundir-se. Ou seja, considera irregular a chamada
“fusão” ou o casamento oportunista.
O SR. CAIO NARCIO – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado Caio Narcio.
O SR. CAIO NARCIO (PSDB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queria chamar a
atenção para a votação dos vetos. Hoje, durante todo o dia, milhares de brasileiros pediram que nós Parlamen-
tares votássemos os vetos. Depois de passados 6 meses sem qualquer sessão do Congresso, tivemos, na semana
passada, a oportunidade de começar uma votação que não obteve quórum para continuar.
Hoje, mais uma vez, inúmeras pessoas se enfileiraram durante todo o dia ao redor deste Parlamento,
pedindo simplesmente para que se votassem os vetos da Presidenta.
328 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Não podemos viver em um País no qual as votações de vetos presidenciais fiquem esperando uma de-
cisão de reforma ministerial pelo Governo. Não podemos viver num País em que decisões importantes para o
País tenham que esperar para ver qual partido vai para a base ou não.
O SR. CARLOS MARUN – Sr. Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Carlos Marun.
Vou encerrar.
O SR. CARLOS MARUN (Bloco/PMDB-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero
comunicar à Casa que hoje, na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, foi hasteada pela pri-
meira vez a bandeira do Estado Palestino. Isso repara uma injustiça de 68 anos, quando, em Assembleia Geral
da ONU presidida pelo alegretense Oswaldo Aranha, conterrâneo do Deputado Afonso Motta, do PDT, foram
criados o Estado de Israel e o Estado da Palestina. De lá para cá se consolidou o Estado de Israel e, hoje, o povo
palestino luta pela justa causa da existência da sua pátria.
Esse reconhecimento se deu por ampla maioria dos Estados membros da ONU, Sr. Presidente.
Para que se tenha uma ideia, somente seis países foram contrários à decisão. O Brasil votou favoravel-
mente a essa decisão de extrema importância e simbolismo, e nós saudamos esse povo tão sofrido por mais
essa conquista no rumo da justa existência da sua pátria.
Hoje está hasteada em frente à ONU a bandeira do Estado palestino.
O SR. CAETANO – Muito bem, Hezbollah!
O SR. ROGÉRIO MARINHO – Sr. Presidente, peço a palavra por 1 minuto.
O SR. CAETANO – Vamos encerrar, Sr. Presidente!
O SR. ROGÉRIO MARINHO – Sr. Presidente, 1 minuto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Com a palavra o Deputado Rogério Marinho.
O SR. ROGÉRIO MARINHO (PSDB-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só quero
fazer um registro.
Hoje nós tivemos notícia, pelas redes de televisão e pelos jornais, de que a Pátria Educadora, em 9 meses,
vai ter o seu quarto Ministro: Cid Gomes, Luiz Cláudio, Janine Ribeiro e, agora, o Aloizio Mercadante.
Sr. Presidente, se um Governo se inicia com o slogan Pátria Educadora, colocando como se fosse a bússola
do seu mandato a educação, ele vai muito mal porque sequer consegue se entender na escolha dos seus Minis-
tros e daqueles que irão conduzir a política que, no dizer da Presidente da República, é a mais importante do País.
Isso nos leva a indagar qual é a seriedade de um Governo que coloca esse slogan e faz esse tipo de troca,
levando em consideração o critério do fisiologismo e da acomodação política.
Esse registro tinha que ser feito, Sr. Presidente.
Agradeço.
A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Encerre a votação, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Vou encerrar a votação.
Todos os que estão em plenário já votaram?
A SRA. JANDIRA FEGHALI – Todos.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Todos já votaram? (Pausa.)
O painel não se modifica há 4 minutos, 5 minutos.
Vou encerrar a votação.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está encerrada a votação. (Pausa.)
Resultado da votação:
SIM:  139;
NÃO:  304;
ABSTENÇÕES:  3;
TOTAL:  446.
ART. 17: 1.
QUÓRUM: 447.

LISTAGEM DE VOTAÇÃO:
Proposição: PEC Nº 209/2012 – SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO ESPECIAL – PRIMEIRO TURNO – Nominal Eletrônica
Início da votação: 30/09/2015 20:15
Encerramento da votação: 30/09/2015 20:44
Presidiu a Votação: Eduardo Cunha
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 329

Resultado da votação

Sim: 139

Não: 304

Abstenção: 3

Total da Votação: 446

Art. 17: 1

Total Quorum: 447

Orientação

PmdbPpPtbPscPhsPen: Liberado

PT: Não

PSDB: Sim

PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB: ão

PR: Não

PSD: Liberado

PSB: Sim

DEM: Sim

PDT: Liberado

Solidaried: Não

PCdoB: Não

PROS: Sim

PPS: Sim

PV: Sim

PSOL: Não
330 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Repr.REOE: ão

Min oria: Sim

GOV.: Liberado

Parlamentar Partido B loco Voto

Roraima ( RR)

Abel Mesquita Jr. PDT Não

Carl os Andrade PHS P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Edio Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Hiran Gonçalve s PMN P rbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Jhonatan de Jesus PRH PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Maria Helena PSB Sim

Re mídio Monai PR Não

Shéri dan PS DB Sim

Total Roraima: 8

Amapá (AP)

Cabuçu Borges PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Marcos Reategui PSC PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Professora Marcivania PT Não

Total Amapá: 3

Pará (PA)

Arnaldo Jordy PPS Não

Beto Faro PT Não

Beto Salarne PROS Sim

De legado Éder Mauro PSD Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 331

Parlamentar Partido Bloco Voto

Edm ilson Rodrigues PSOL Não

Elcione Barbalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Francisco Chapadinha PSD Não

Hélio Leite DEM Não

Joaquim Passarinho PSD Não

José Priante PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Jú li a Marinho PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Lúcio Vale PR Não

N il son Pinto PSDB ão

Simone Morgado PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Zé Geraldo PT Não

Total Pará : 15

Amazonas (AM)

Alfredo N asc imento PR Não

Arthur Virgílio Bisneto PSDB ão

Átila L ins PSD Sim

Conce ição Sampaio PP PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Hissa Abrahão PPS Sim

Marcos Rotta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Pauderney Aveli no DEM ão

Total Amazonas: 7

Rondonia (RO)

Expedito etto Solidari ed ão

L indomar Garçon PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim


332 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Luc io Mosquini PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Não

Luiz C láud io PR Não

Marcos Rogério PDT Não

Mariana Carvalho PSDB Sim

Marinha Raupp PMDB Pmd b Pp Ptb Psc PhsPen Não

N ilton Capixaba PTB P mdbPpPtbPscP hsPen Não

Total Rondonia: 8

Acre (A C)

Alan R ick PRB P rbPtnPmnPrpPsdcPtt bPtcPsiPtdoB Não

Ange li m PT Não

César Messias PSB Não

Jéssica Sales PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Sim

Leo de Bri to PT Não

Rocha PSDB Não

Sibá Machado PT Não

Total Acre: 7

Tocantins (TO)

Carlos Henrique Gagui m PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Sim

Dulce Miranda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Josi N unes PMDB P mdbPpPtbPscP hsPen Sim

Lázaro Bote lho pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Professora Dorinha Seabra Rezende DEM Não

Vicentinh o Júnior PSB Não

Total Tocantins : 6
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 333

Parla mentar Partido Bloco Voto

Mara nhão (MA)

Alberto Fi lho PM DB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Aluisio Mendes PSDC PrbPtnPmnPrpPsdcP ttbPtcPsl PtdoB Não

André F ufuca PEN P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Cleber Verde PRB PrbPtnPmnPrpPsdc PrtbPtcPsl PtdoB ão

Eliziane Gama PPS Sim

Hildo Rocha P MDB P mdbPpPtbPscP hsPen Sim

João Caste lo PSDB S im

João Marcelo Souza PMDB P mdbPpPtbPscPhsPen Não

José Reinaldo PSB Sim

Jun ior Marreca PE PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Juscelino Fil ho PRP P rbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Pedro Fernandes PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Rosângela C urado PDT Não

Rubens Pereira Júnior PCdoB Não

Sarney Fi lho PV Sim

Victor Mendes PV Não

Wa ld ir Maran hão pp P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Zé Carlos PT Não

Tota l Mara nhão: 18

Cea rá (CE)

Adail Carne iro PH S PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

André F igueiredo PDT Não

Arnon Bezerra PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não


334 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido B loco Voto

Cabo Sabino PR Não

Chico Lopes PCdoB Não

Dan ilo Forte PSB Não

Dom ingos Neto PROS Sim

Genecias Noronha Solidaried Não

José Airton C iri lo PT ão

José Guimarães PT Não

Leônidas Cri stino PROS Sim

Luizianne Lins PT ão

Macedo PSL P rbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Moroni Torgan DEM Não

Odorico Monteiro PT ão

Ra imundo Gomes de Matos PSDB Sim

Rona ldo Martins PRB PrbPtnPmnPrpPsdcP1tbPtcPsl PtdoB ão

Vicente Arruda PROS ão

Vitor Vali m PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen Sim

Total Ceará: 19

Piauí (PJ)

Assis Carvalho PT Não

Átila Lira PSB Sim

Herác lito Fortes PSB Não

Iracema Portella pp PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Júlio Cesar PSD Sim

Mainha Solidaried Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 335

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marcelo Castro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Paes Landim PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Rodrigo Martins PSB Sim

Silas Freire PR Não

Total Piauí: 10

Rio Grande do Norte (RN)

Antôn io Jácome PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Sim

Beto Rosado pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Felipe Maia DEM Sim

Rafael Motta PROS Não

Rogério Marinho PSDB Sim

Wa lter Al ves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Zena ide Maia PR Não

Total Rio Grande do Norte: 7

Paraíba (PB)

Aguinaldo Ribe iro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Damião Feliciano PDT Não

Efraim Filho DEM Sim

Hugo Motta PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Luiz Couto PT Não

Manoel Junior PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Pedro C unha L ima PSDB Não

Veneziano Vita l do Rêgo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

We llington Roberto PR Não


336 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Wilson Fil ho PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Paraíba: 10

Pernambuco (PE)

Anderson Ferreira PR Não

Augusto Coutinho Solidaried ão

Betinho Gomes PSDB Sim

Bruno Araújo PSDB Sim

Carlos Eduardo Cadoca PCdoB ão

Danie l Coelho PSDB Sim

Fernando Coelho Filho PSB Sim

Jarbas Vasconcelos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

João Fernando Coutinho PSB Não

Jorge Côrte Real PTB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Kaio Maniçoba PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Luciana Santos PCdoB Não

Marinaldo Rosendo PSB Sim

Mendonça F ilho DEM Sim

Pastor Eurico PSB Sim

Raul Jungmann PPS Sim

Ricardo Teobaldo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Silv io Costa PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Tadeu A lencar PSB Sim

Wo lney Queiroz PDT Não

Zeca Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 337

Parlamentar Partido Bloco Voto

Total Pernambuco: 21

Alagoas (AL)

Arthur Lira PP PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Cícero Almeida PRTB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

JH C Solidaried ão

Marx Beltrão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Maurício Quintella Lessa PR Não

Pedro Vilela PSDB Sim

Ronaldo Lessa PDT Não

Total Alagoas: 7

Sergipe (SE)

Adelson Barreto PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Andre Moura PSC PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Fábio Mitidieri PSD Não

Fabio Re is PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Daniel PT ão

Jony Marcos PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Laerc io Olive ira Solidaried Não

Vala dares Filho PSB Sim

Total Sergipe: 8

Bahia (BA)

Afonso Florence PT ão

Alice Portugal PCdoB Não

Antonio Brito PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não


338 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Antonio Imbassahy PSDB Sim

Arthur O liveira Maia Solidaried Não

Bacelar PTN PrbPtn PmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Bebe to PSB Não

Benito Gama PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Cacá Leão pp Pmd bPpPtbPscPhsPen Não

Caetano PT Não

Daniel A lmeida PCdoB Não

Davidson Maga lhães P CdoB Não

EImar ascimento DEM Não

Erive lton Santana PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Félix Mendonça Júnior PDT S im

João Carlos Bacelar PR Não

João Gualberto PSDB Sim

José Carlos A raúj o PSD Sim

José N unes PS D Sim

José Rocha PR Não

Jutahy Junio r PSDB Sim

Lucio V ieira Lima PM DB PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Márc io Marinho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcP siPtdoB Não

Mário Negromonte Jr. PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Moema G ramacho PT Não

Paulo Azi DEM Não

Paulo Magalhães PS D Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 339

Parlamentar Partido Bloco Voto

Roberto Britto pp P mdbPpPtbPscPhsPen Não

Sérg io Brito PSD Sim

Tia Eron PRB Prb Ptn Pmn Prp Psdc P1tb PtcPsl Ptdo B ão

Uldurico Ju nior PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Valmir Assunção PT ão

Wa ldenor Pereira PT Não

Total Bahia: 33

Minas Gerais (MG)

Adelmo Carne iro Leão PT Não

Ademir Cam ilo PROS ão

Aelton Freitas PR ão

Bilac Pinto PR Não

Bon ifác io de Andrada PSDB Sim

Brunny PTC PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Ca io Narcio PSDB Sim

Carlos Melles DEM Sim

Delegado Edson Mo reira PTN P rbPtnPmnPrpPsdcP itbPtcP siPtdoB Não

Diego Andrade PSD Sim

Dimas Fabiano PP Pmdb PpPtbPsc Phs Pen ão

Domi ngos Sávio PSDB Sim

Eduardo Barbosa PS DB Sim

Eros Biondini PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Fábio Rama lho py Sim

Ja ime Martins PS D Não


340 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Jô Moraes PCdoB ão

Júlio De lgado PSB Não

Laudivio Carvalho PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Leonardo Mo nteiro PT ão

Leonardo Quintão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Lincoln Portela PR ão

Luis Tibé PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Luiz Fernando Faria pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Marcelo Álvaro Antônio PRP PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB Sim

Marcelo Aro PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Marcos Montes PSD Não

Marcus Pestana PSDB Sim

Margarida Salomão PT Não

Mári o Heringer PDT Não

Mauro Lopes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

M isael Vare lla DEM Não

ewton Cardoso Jr PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Odelmo Leão pp PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Padre João PT Não

Pastor Franklin PTdoB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Paulo Abi-Ackel PSDB Não

Raque l Munjz PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Regina ldo Lopes PT Não

Renzo Braz pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 341

Parlamentar Partido Bloco Voto

Rodrigo de Castro PS DB Sim

Saraiva Feli pe PMDB PmdbPpPtbPscP hsPen S im

Stefano Ag uiar PSB Sim

Subtenente Gonzaga PDT Não

Tenente Lúcio PSB Sim

Toninho Pinheiro pp PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Wadson Ribe iro PCdoB Não

Weliton Prado PT Não

Zé S ilva Solidaried Não

Total Min as Gerais: 49

Espíri to Sa nto (ES)

Carlos Manato Solidarie d Não

Dr. Jo rge Silva P ROS Não

Helder Salomão PT Não

Leio Co imbra PMDB PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Marcus Vicente pp PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Max Fil ho PS DB Sim

Paulo Fo letto PS B Não

Serg io Vidigal PDT Não

Total Espírito Santo: 8

Rio de Ja neiro ( RJ)

Alessandro Molo n REDE Não

Alexandre Se rfiotis PS D Não

Alexandre Valle PRP PrbPtnPmnP rpPsdcPrtbPtcP siPtdoB Não


342 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Altineu Côrtes PR Não

Aureo Solidaried ão

Benedita da Silva PT ão

Cabo Daciolo S.Part. Não

Celso Jacob PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Celso Pansera PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

C hico Alencar PSOL Não

Chico D Angelo PT ão

Cri stiane Brasil PT B PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Deley PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Dr. João PR ão

Eduardo Cunha PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Art. 17

Franc isco Floriano PR Não

Glauber Braga PSOL Não

Hugo Leal PROS Sim

lnd io da Costa PSD Sim

Jair Bolsonaro pp PmdbPpPtbPscPhsPen Abstenção

Jand ira Fegha l i PCdoB Não

Jean Wy llys PSOL Não

Juli o Lopes pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Leonardo Picciani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Luiz Carl os Ra mos PS DC PrbPtn PmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Luiz Sérgio PT Não

Marce lo Matos PDT Não


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 343

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marquinho Mendes PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Miro Teixeira REDE ão

Otavio Leite PSDB Não

Paulo Fe ijó PR Não

Roberto Sales PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsl PtdoB ão

Rodrigo Maia DEM Não

Rosangela Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Sergio Zveiter PSD Sim

Sóstenes Cavalcante PSD Não

Wadih Damous PT ão

Walney Rocha PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Washington Re is PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Total Rio de Janeiro: 39

São Paulo (SP)

Alex Manente PPS Sim

Alexandre Leite DEM Abstenção

Ana Perugini PT Não

Andres Sanchez PT Não

Anton io Bulhões PRB PrbPtn PmnPrpPsdcPttbPtcPsl PtdoB ão

Anton io Carlos Mendes Thame PSDB Sim

AJ-Iindo Chinaglia PT ão

Arnaldo Faria de Sá PTB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Baleia Rossi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Beto Mansur PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsl PtdoB Sim


344 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Bruna Furlan PSDB Sim

Bruno Covas PSDB Não

Capitão Augusto PR Não

Carlos Zarattini PT Não

Ce lso Russomanno PRB P rbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Dr. Sinval Malheiros PV Sim

Eduardo Bolsonaro PSC PmdbPpPtbPscPhs Pen Abstenção

Eduardo Cury PSDB Sim

Eli Corrêa Fil ho DEM Não

Evandro Gussi PV Não

Fausto P inato PRB P rbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Flavinho PSB Não

Gil berto Nascimento PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Goulart PSD Não

Guilherme Mussi PP PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Herculano Passos PSD Não

lvan Valente PSOL Não

João Paulo Papa PSDB Sim

Ke iko Ota PSB Não

Lobbe Neto PSDB Sim

Luiz Lauro Fi lho PSB Não

Luiza E rund ina PSB Não

Major Oli mpio PDT Não

Mara Gabrilli PSDB Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 345

Parlamentar Partido Bloco Voto

Marce lo Ag uiar DEM Sim

Marcelo Squassoni PRB PrbPtn PmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Mareio Alvino PR Não

M ig uel Haddad PSDB Sim

Mig uel Lombardi PR ão

M ilton Monti PR Não

M issionário José O limp io pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

elson Marquezelli PTB PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

N ilto Tatto PT Não

Orlando Silva PC doB Não

Paulo Teixeira PT ão

Pr. Marco Fel ic iano PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Renata Abreu PTN PrbPtn Pmn PrpPsdcPitbPtcPsl PtdoB Não

Ri cardo Izar PSD Não

R icardo Tripol i PSDB Sim

Roberto Alves PRB PrbPtn Pmn PrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB Não

Ro berto de Lucena PV Sim

Ro berto Freire PPS Sim

Samuel More ira PS DB Sim

Sil vio Torres PSDB Sim

T iririca PR ão

Valmir Prasc idelli PT Não

Vanderl e i Macris PSDB Sim

Vice nte Candido PT ão


346 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Vicentinho PT Não

Vi nicius Carvalho PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsl PtdoB ão

Vitor Lippi PSDB Sim

Total São Paulo: 61

Mato Grosso (MT)

Carlos Bezerra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Ezequie l Fonseca pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Fabio Garcia PSB Sim

Professor Victório Galli PSC PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Ságuas Moraes PT ão

Valtenir Pereira PROS ão

Total Mato Grosso: 6

Distrito Federa l (DF)

Alberto Fraga DEM ão

Augusto Carva lho Solidaried Não

Erika Kokay PT ão

lzalci PSDB Sim

Rogério Rosso PSD Não

Ronaldo Fonseca PROS ão

Roney Ne mer PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Total Distrito Federa l: 7

Goiás (GO)

Alexandre Baldy PSDB Sim

Célio S ilveira PSDB Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 347

Parla mentar Partido Bloco Voto

Danie l Vile la PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Delegado Wald ir PSDB Não

Fábio Sousa PSDB Sim

Flávia Morais PDT ão

G iuseppe Vecci PSDB Sim

Heuler Cruvine l PSD Sim

João Campos PSDB Sim

Jovair Arantes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Lucas Yergilio Solidaried ão

Marcos Abrão PPS Sim

Pedro Chaves PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Roberto Balestra pp PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Rubens Otoni PT Não

Sandes Júnior PP PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Tota l Goiás : 16

Mato G rosso do S ul (MS)

Carlos Marun PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Dagoberto PDT ão

Elizeu Dioniz io Solidaried Sim

Geraldo Resende PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Mandetta DEM Sim

Tereza C ristina PSB Não

Yander Loubet PT ão

Tota l Mato Grosso do S ul : 7


348 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido B loco Voto

Paraná ( PR)

Alfredo Kaefer PSDB Não

Ali ei Machado PCdoB Não

Assis do Couto PT Não

Clu·istiane de Souza Yared PTN P rbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPsiPtdoB Não

Diego Garcia PHS PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Dilceu Sperafi co PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Não

Edmar Anuda PSC P md bPpPtbPscPhsPen Não

Enio Yerri PT Não

Evandro Roman PSD Sim

Fernando F ranciscbi ni Solidaried Sim

Hermes Parc iane Ilo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Arruda PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Leandre PV Não

Leopoldo Meyer PS B Não

Luciano Ducci PSB Não

Luiz Carl os Hauly PSDB S im

Luiz is himori PR Não

Marcelo Beli nat i pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não

e lson Meurer PP PmdbPpPtbPscPhs Pen Sim

Osmar SetTag lio PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Ri cardo Barros pp PmdbPpPtbPscP hsPen Não

Rossoni PSDB Não

Rubens Bueno PPS Sim


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 349

Parlamentar Partido Bloco Voto

Sandro Alex PPS Sim

Sergio Souza PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Toninho Wandscheer PT Não

Zeca Dirceu PT ão

Total Paraná: 27

Santa Catarina (SC)

Carmen Zanotto PPS Sim

Celso Maldaner PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Cesar Souza PSD Não

Décio L ima PT Não

Edinho Bez PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Esperidiã o Amin PP PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Fabric io OI iveira PSB Sim

João Rodri gues PSD ão

Jorg inho Mello PR Não

Marco T ebald i PSDB Sim

Mauro Mariani PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Pedro Uczai PT Não

Rogério Peninha Mendonça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Ronaldo Benedet PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Valdir Colatto PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Tota l Santa Catarina: 15

Rio Grande do Sul (RS)

Afonso Hamm pp PmdbPpPtbPscPhsPen Não


350 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Parlamentar Partido Bloco Voto

Afonso Motta PDT Sim

Bohn Gass PT Não

Carlos Gomes PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPttbPtcPsiPtdoB Não

Covatti Fi lho pp PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Darcísio Perondi PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

Fernando Marroni PT Não

Giovan i Cherini PDT Sim

Heitor Schuc h PSB Não

Henrique Fontana PT Não

Jerônimo Goergen pp PmdbPpPtbPscPhsPen Sim

João Derly PCdoB Não

José Fogaça PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Jose Stédile PSB Não

Luis Carlos Heinze pp PmdbPpPtbPscPhsPen ão

Marco Maia PT Não

Marcon PT Não

Maria do Rosário PT ão

Mauro Pereira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Nelson Marchezan Junior PSDB Não

Onyx Lorenzoni DEM Sim

Osmar Terra PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Paulo Pimenta PT Não

Renato Molling PP PmdbPpPtbPscPhs Pen ão

Ronaldo Nogueira PTB PmdbPpPtbPscPhsPen Não

Parlamentar Partido Bloco Voto

Total Ri o Gra nde do Sul: 25

CEN IN - Coordenação do Sistema Eletrônico de Votação


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 351

O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Foi quórum de PEC in reverso.


Ficam prejudicados os Destaques nºs 2 e 3.
DESTAQUES A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE

REQUERIMENTO DE DESTAQUE Nº 2

Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 161 § 2º, inciso I do Regimento Interno destaque para su-
primir o § 6º do art 105 da Constituição Federal, alterado pelo art 1º do Substitutivo da Comissão Especial
à PEC 209 de 2012.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Chico Alencar, Líder do PSOL

REQUERIMENTO DE DESTAQUE Nº 3

Senhor Presidente,
Requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, Inciso I e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados, destaque para votação em separado do § 3º do art. 105 da Constituição Federal, alterado pelo art.
1º do Substitutivo apresentado à PEC 209/ 2012 para fins de suprimi-lo.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Afonso Mota, 1º Vice-Líder do PDT
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Conforme combinado, não vamos submeter a voto o principal.
A Presidência comunica que o Destaque nº 1 foi retirado.
DESTAQUE A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE

DESTAQUE DE BANCADA Nº 1
Requeiro, nos termos do art. 161, I, § 2º, combinado com o art. 117, IX, RICD, destaque para votação
em separado da expressão “do órgão fracionário competente” constante do Art. 105-A, da Cons-
tituição Federal, alterado pelo art 2º do Substitutivo adotado à Proposta de Emenda à Constituição
nº 209, de 2012.
Sala das Sessões, 12/05/2015. – Carlos Sampaio, Líder do PSDB
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos.
O SR. DOMINGOS NETO – Sr. Presidente, antes de encerrar a sessão, peço a V.Exa. que me conceda o
tempo de Líder.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Lembro que amanhã haverá matéria sobre a mesa para delibera-
ção e que haverá Sessão Não Deliberativa Solene, às 9h05min, em homenagem ao Dia Internacional do Idoso.
Deputado Domingos, concederei a palavra a V.Exa. pela Liderança do PROS.
O SR. JORGINHO MELLO – Sr. Presidente, peço a palavra, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado.
O SR. JORGINHO MELLO (PR-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. incluiu o
PL 7.645/14 na pauta de amanhã?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Sim.
O SR. JORGINHO MELLO – Foi incluído?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Está incluído.
O SR. JORGINHO MELLO – Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Domingos Neto, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PROS.
O SR. DOMINGOS NETO (PROS-CE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. e Sras. Par-
lamentares, subo a esta tribuna, primeiro, para agradecer à bancada do PROS a solidariedade que tem tido
comigo desde a última semana.
Como foi veiculado em todos os jornais, nós tivemos mais uma vez um ato da Direção Nacional do PROS
quebrando compromisso, quebrando confiança e fazendo intervenções fortes em nossa base.
No Estado do Ceará – pasmem V.Exas.! –, foi modificada toda uma comissão provisória, e nós só tivemos
acesso à modificação através da imprensa. Mas é bom que este Plenário saiba que não é um fato isolado; isso
acontece desde há muito tempo.
No Estado de Pernambuco, por exemplo, nós tivemos, no ano de 2014, um bravo companheiro, o De-
putado José Augusto Maia, que deixou de ser candidato também porque a Direção Nacional do PROS fez uma
352 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

intervenção e jogou o partido, por interesses quaisquer que fossem, para o lado adverso e não deu a S.Exa.
legenda para ser candidato.
Este ano, quando nós disputamos a Liderança e tivemos dois terços dos votos, no dia da posse eu fui
chamado pelo Presidente Nacional do meu partido, que, durante a reunião, colou o dedo na minha cara e disse:
“Ou você vai agora à Secretaria-Geral da Mesa ou amanhã você está expulso do PROS”. Eu disse a ele: “Presidente,
você tem que pedir para os demais sete Deputados que assinaram minha indicação”.
Em seguida a isso, nós tivemos diversos casos de intervenção da Executiva Nacional em cada um dos
Estados dos Parlamentares. E é importante que este Plenário tome conhecimento, neste momento em que se
avizinha uma possível janela partidária – e eu sei que alguns até pensam em vir para este partido –, que o PROS
é o único partido do Brasil em que nenhum Estado tem autonomia para fazer qualquer filiação.
Eu quero registrar isso porque, quando nós fomos convidados para o partido, o grande compromisso
era o de que teríamos autonomia nos Estados, naturalmente, pelas questões locais. E isso também a nós todos
foi cerceado.
Passamos por diversas outras intervenções. No dia 2 de fevereiro deste ano – portanto, no primeiro dia
em que eu estava como Líder –, a Executiva Nacional baixou uma instrução normativa, dizendo que o Deputa-
do que fizesse uma orientação de bancada, aqui, neste plenário, sem acordo ou a anuência da Nacional seria
considerado infiel. E eu quero aqui agradecer a solidariedade do Colégio de Líderes, que imediatamente colo-
cou a Procuradoria da Casa em nossa defesa.
Subo a esta tribuna, mais uma vez, para agradecer à bancada do PROS, mesmo com qualquer grave
ameaça que cada um possa ter recebido. Desde quando se posicionou em apoiar a nossa Liderança, no mês de
janeiro deste ano, a bancada fez mais um gesto comigo, e 9 de 11 Deputados assinaram, respeitando a nossa
manutenção. Isso é um gesto que demonstra solidariedade mútua.
Nós não queremos aqui e não iremos fazer qualquer gesto contra o que propõe o estatuto do partido.
Nós não divergiremos dos ideais que defende o estatuto do partido. Nós não seremos, jamais, tachados de
infiéis, porque nós seguiremos o que propõe o estatuto do partido ao qual nós somos filiados. Mas nós não
seremos fiéis apenas a interesses políticos formados por uma comissão executiva que não respeita nenhum
dos Deputados da sua base.
Hoje, se alguém quiser ir a algum Município do País e filiar-se ao PROS, nenhuma Direção Estadual tem
autonomia para fazê-lo. Quer fazê-lo? Basta vir à Executiva Nacional do partido e você vai resolver, sem nenhum
tipo de trato ou consentimento da Direção Estadual.
Faço isso, Sr. Presidente, neste plenário, porque nós tomamos uma decisão. Desde o dia 2 de fevereiro,
eu fiz exatamente o inverso. Mesmo sendo eleito Líder, contra a intenção e a vontade do Presidente, que ligou
pessoalmente para cada um dos Deputados Federais da bancada, ameaçando que faria intervenções pelo Bra-
sil caso me apoiassem, eu fiz exatamente o inverso: busquei uma concertação, procurei promover a unidade,
em nenhum momento usei a Liderança para brigar com a Executiva Nacional. Jamais foi essa a nossa intenção,
mas olhem o que aconteceu.
Lembro-me aqui daquela poesia que fala da ingratidão. O poeta dizia:
“Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro da tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
(...)
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que te afaga é a mesma que apedreja.
(...)
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!”
Foi este o tratamento que todos nós recebemos: a ingratidão.
Os Deputados Leônidas Cristino, Antonio Balhmann, Vicente Arruda e eu, Deputados do PROS do Ceará,
ficamos sabendo pelos jornais que foi modificada a comissão provisória do partido. Procurei a Executiva Na-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 353

cional. Falei sobre essa questão. E a resposta que obtive foi: “Ah, mas eu falei com o Deputado que indicou que o
procurasse”. Isso não é qualquer ato de respeito que possa acontecer.
Mas o que nós estamos colocando aqui é uma preocupação de todos nós. O nosso mandato se deu por
eleição proporcional e pelo voto direto em cada um dos nossos Estados. E por essa autonomia nós vamos bri-
gar em qualquer instância que seja.
Nós não vamos romper qualquer compromisso que fizemos com o estatuto do partido, no momento
em que nos filiamos, mas também, a partir da data de hoje, nós declararemos uma posição de independência
perante a Executiva Nacional do partido. E a instância que será diretiva para o caminho das posições do PROS
na Câmara dos Deputados será a bancada federal, que terá 100% de autonomia, independentemente do que
for colocado pela Executiva Nacional. Esse é um registro que nós fazemos.
Chegando ao final desta manifestação, quero agradecer a solidariedade da bancada do PROS, que, mais
uma vez, demonstrou a sua unidade. E quero também abrir os olhos daqueles tantos quantos sejam os Depu-
tados que assistem à janela se aproximar e calculam que este partido possa estar em uma das suas possibilida-
des, como se fosse uma boa possibilidade. Dos 11 que hoje estão no partido – eram 12, 1 já saiu –, 8 procuram
outra agremiação. Portanto, percebam onde é que estão pisando.
Por isso, registro aqui: nós iremos defender toda a autonomia e os interesses dos mandatos de cada um
dos Deputados da bancada federal do PROS. Reafirmo o meu compromisso de que nós não seremos aqui em-
baixadores para defender o interesse de quem quer que seja, acima do interesse da bancada federal.
Como Líder, não expresso aqui uma posição pessoal, expresso uma posição de bancada. Por isso agradeço
à bancada federal do PROS, por me permitir, neste momento, fazer este registro em defesa da nossa bancada.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. JOSÉ AIRTON CIRILO – Sr. Presidente, conceda-me 1 minuto.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Pois não, Deputado.
O SR. JOSÉ AIRTON CIRILO (PT-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero prestar
aqui minha homenagem ao Município de Camocim, no Estado do Ceará, pela passagem dos 136 anos de sua
emancipação política, completados no dia 29 de setembro.
Deixo aqui meus parabéns a toda a população camocinense, em nome do ex-Prefeito Francisco Maciel
de Oliveira, o Chico Vaulino, e no da ex-Primeira-Dama Dona Evaldete Ferro.
Camocim foi fundada em 29 de setembro de 1879 e foi emancipada em 17 de agosto de 1889. É uma
cidade abençoada por Deus, onde a natureza é bela, fascinante, encantadora, com um povo acolhedor, que
recebeu de braços abertos aqueles que escolheram a cidade para viver e aqueles que simplesmente a visitam
para desfrutar de suas riquezas naturais.
Parabéns, Camocim! Um abraço ao povo camocinense!
Muito obrigado pelo apoio que vocês me deram.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Rafael Motta.
O SR. RAFAEL MOTTA (PROS-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero só lembrar
a todos que hoje é o último dia do Setembro Dourado, justamente o período para conscientizar a população
brasileira sobre a suma importância do diagnóstico precoce na cura do câncer infanto-juvenil.
São mais de 10 mil casos relatados anualmente. Se descoberto precocemente o câncer, essas crianças,
adolescentes e jovens têm tempo sim de se curar. As perspectivas de cura são altíssimas.
Então, registro que se encerra hoje o Setembro Dourado, que objetiva conscientizar o brasileiro sobre a
importância do diagnóstico precoce na cura do câncer infanto-juvenil em nosso País.
Obrigado, Sr. Presidente.
PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de aproveitar este momento para falar para todo o País
por meio da TV Câmara e do programa A Voz do Brasil sobre a importância do Setembro Dourado para a cons-
cientização da importância do diagnóstico precoce na cura do câncer infanto-juvenil, que é hoje a doença que
mais mata jovens com até 18 anos no Brasil.
No Rio Grande do Norte, o meu Estado, o Setembro Dourado é promovido todos os anos pela Casa de
Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, pelo Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), pelo Hospital
Infantil Varela Santiago e pela Liga Norte Riograndense contra o Câncer e ajuda a conscientizar as pessoas so-
bre os sintomas da doença e a necessidade de iniciar o tratamento o quanto antes.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, são mais de 10 mil casos novos de câncer registrados nessa fai-
xa etária todos os anos, sendo em torno de 150 só no RN.
354 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A conscientização foi feita por meio da distribuição de panfletos, cartazes, adesivos de carro, de vitrine,
iluminação especial em monumentos de Natal, mostrando que os principais sintomas da doença são: dores
ou aumento na barriga; pressão alta; convulsões; palidez repentina; manchas roxas; dores nos ossos; ínguas;
perda de peso; mancha branca na pupila; dores de cabeça; náuseas; vômitos; e alteração de fala e no andar.
Aqui fica o apoio do nosso mandato a essa causa, que tem salvado milhares de jovens todos os anos.
Afinal, o paciente com câncer tem um índice de cura de 80%, quando o diagnóstico acontece precocemente.
Encerro dizendo o slogan da campanha: Em toda criança com câncer, existe um adulto com grande chance
de viver. Então, vamos ficar atentos e apoiar iniciativas como essa.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra à Deputada Carmen Zanotto, para uma Co-
municação de Liderança, pelo PPS.
A SRA. CARMEN ZANOTTO (PPS-SC. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs.
Deputados, eu ocupo esta tribuna para falar exatamente da questão do câncer, como Presidente da Frente Par-
lamentar de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer. Nós estamos iniciando as atividades do Outubro
Rosa. Já tivemos, no início da noite de hoje, a iluminação aqui do Congresso. Na tarde de hoje, realizamos um
belo seminário, em que destacamos os principais cânceres que acometem as mulheres no mundo e no Brasil.
Lembro que o Outubro Rosa é o mês em que se trabalha a prevenção do câncer de mama. Precisamos,
efetivamente, garantir a todas as mulheres brasileiras, a partir dos seus 40 anos, o acesso a mamografias.
A nossa Casa já aprovou projeto de decreto legislativo de minha autoria que reestabelece o que diz a
Lei nº 11.664, de 2008, que trata da garantia de acesso a todas as mulheres, por meio do Fundo de Ações Es-
tratégicas e Compensações – FAEC, que são os recursos extrateto do Ministério da Saúde. Estamos aguardan-
do a aprovação do Senado. O projeto já está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e tem parecer
favorável da Senadora Ana Amélia.
Mas também queremos lembrar dos outros cânceres: o câncer de pulmão, que foi tão bem relatado pelos
especialistas na tarde de hoje; o câncer de colo de útero, para o qual existe toda a prevenção, como o acesso
ao exame preventivo na rede básica de saúde; o câncer de pulmão, ressaltando que esse câncer está matando
muito as mulheres e os homens também. Nós precisamos, efetivamente, promover a conscientização de que
90%, em média, dos casos de câncer de pulmão estão associados ao cigarro, ao fumo. Já diminuímos bastante
isso no País, mas ainda precisamos trabalhar muito. O mesmo acontece no caso do câncer de intestino.
Então, que o Outubro Rosa sirva para que todos nós, homens e mulheres – em especial, cada Parlamen-
tar – lutemos para que, nos nossos Municípios, a nossa população possa efetivamente ter acesso àquilo que
foi aprovado nesta Casa, como a Lei dos 60 dias, de minha autoria, juntamente com a Deputada Flávia Morais.
Lamentavelmente, em algumas regiões do nosso País, os pacientes não estão esperando só os 60 dias que nós
desejávamos no projeto de lei. Estão esperando, Sr. Presidente, de 6 meses a 1 ano para ter acesso ao trata-
mento do câncer, depois do diagnóstico concluído.
Portanto, esse é um tema que nós precisamos manter sempre na pauta desta Casa, buscando garantir
que os protocolos clínicos de acesso aos medicamentos e de acesso às terapias sejam garantidos de norte a
sul deste País. Que não se perca nenhum homem e nenhuma mulher porque não teve acesso aos exames e
ao tratamento precoce.
Está comprovado que, quando se trabalha a prevenção e se garantem com mais rapidez os procedimen-
tos no tratamento do câncer, com certeza há menos sequelas e menos sofrimento para o paciente e para a
família, e temos uma população mais feliz, porque teve direito ao tratamento.
Quero, mais uma vez, agradecer à Secretaria da Mulher pelo apoio que deu à Frente Parlamentar na tar-
de de hoje.
Lembro que todo dia é dia de fazer prevenção. Lembro aos homens da prevenção do câncer de próstata
e às mulheres da prevenção do câncer de colo de útero e do câncer de mama.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Alexandre Baldy.
O SR. ALEXANDRE BALDY (PSDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu só queria deixar regis-
trado, Sr. Presidente, o desapontamento e a infelicidade que o povo brasileiro vive hoje com o Governo da
Presidente Dilma Rousseff, com o Governo do PT.
Em mais um descaso com a saúde pública, em mais um descompromisso com o cidadão brasileiro, a
Presidente acaba com o programa Farmácia Popular, que permitia o custeio de 90% de alguns medicamentos.
Cidadãos e cidadãs brasileiros portadores de doenças que exigem a administração de medicamentos de uso
contínuo, como problemas cardiovasculares, hipertensão e diabetes, deixarão de tomar os seus medicamentos.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 355

Aqueles que, muitas vezes, quebram o comprimido ao meio ou em quatro pedaços para tomar seu me-
dicamento, com certeza, deverão deixar de tomar, justamente pelo descaso do Governo, que entende que
gastos com outros setores são prioridade e gastos com a saúde não são.
Realmente, é mais uma afronta do Governo Federal, da Presidente Dilma Rousseff, que deixa hoje de
cumprir um compromisso do seu Governo, do Governo do PT, da Presidência da República, principalmente,
com a saúde da população brasileira em todo o Brasil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Concedo a palavra ao Deputado Felipe Maia.
O SR. FELIPE MAIA (DEM-RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dar conheci-
mento a esta Casa de que hoje protocolei o Requerimento nº 3.163, de 2015, que requer Moção de Congratu-
lação à Sociedade dos Cegos do Rio Grande do Norte – SOCERN.
Esse requerimento se justifica porque, há 30 anos, a entidade atua em defesa dos direitos e interesses das
pessoas cegas e de baixa visão, como forma de garantir um resgate da imagem desse segmento, bem como a
construção da cidadania plena. A instituição luta pela inclusão social e igualdade de oportunidades.
Neste mês de setembro, celebra-se o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. Este mês é dedi-
cado à reflexão e à busca de novos caminhos para as lutas do segmento. Para as pessoas com deficiência, se-
tembro é também um período para divulgação das pautas dos portadores de deficiência e para cobrar mais
inclusão social.
Vale ressaltar, por fim, Sr. Presidente, que no Brasil existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiên-
cia visual, sendo 582 mil cegos e 6 milhões com baixa visão. A luta da SOCERN é especialmente importante,
tendo em vista que o meu Estado, o Rio Grande do Norte, é o oitavo entre as Unidades da Federação com o
maior número de pessoas com deficiência em situação de miséria.
Portanto, dou conhecimento a esta Casa da importância do mês de setembro para os deficientes e da
importância do trabalho que a SOCERN realiza no meu Estado, o Rio Grande do Norte.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Tem a palavra o Deputado Bohn Gass.
O SR. BOHN GASS (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na semana passada acon-
teceu uma reunião muito importante entre as entidades do setor das agroindústrias.
Eu já havia falado disso em outro momento na tribuna, mas nós não tínhamos ainda essa construção
entre as integradoras em vários setores – frangos, suínos, sucos, fumo e várias atividades que estão hoje no
processo de integração – e as representações das entidades desses agricultores que estão integrados.
Faltava um ajuste, fundamentalmente, em três pontos de emendas que nós apresentamos – eu sou sig-
natário dessas emendas. Um deles trata da corresponsabilidade ambiental entre integrado e integrador; o se-
gundo determina que exista um preço de referência garantido no custo de produção, que inclua mão de obra,
senão, não faz sentido; e o outro determina que exista essa construção na Comissão de Acompanhamento,
Desenvolvimento e Conciliação da Integração – CADEC, onde essas entidades estão representadas.
Essa reunião foi muito boa, pois as entidades deram o seu “de acordo” a essas emendas. Dessa forma,
esse projeto está pronto para ser votado aqui em plenário.
Então, acredito que possamos caminhar de fato, o mais breve possível, para a votação desse projeto, que
dá segurança jurídica e tranquilidade para a cadeia produtiva como um todo. Além disso, dá garantias para
esse elo mais fraco, que é o produtor, que precisa ter renda e tranquilidade para poder produzir.
Obrigado, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Apenas para que não haja dúvida, a Sessão Não Deliberativa So-
lene amanhã será às 9h05min. Vamos então, para facilitar, em função disso, passar a Sessão Deliberativa Ex-
traordinária para as 10 horas, em vez das 9 horas, o.k.? (Pausa.)
PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO
A SRA. TIA ERON (Bloco/PRB-BA. Pronunciamento encaminhado pela oradora.) – Sr. Presidente, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Câmara e ouvintes da Rádio Câmara que muito nos honram
com sua audiência no Estado da Bahia, foi com muito prazer que ontem o Senado promoveu uma audiência
pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher. O debate faz parte de uma
série de encontros para consolidar a relatoria do Projeto de Lei 5.555, de 2013, de autoria do Deputado João
Arruda, do PMDB do Paraná, que inclui a violação da intimidade da mulher na Lei Maria da Penha.
As discussões desta terça contaram com a participação de autoridades, representantes da sociedade civil
e da Deputada Estadual do PRB fluminense Tia Ju. A nossa preocupação em solicitar a audiência era para poder
montar um relatório que contemple todas as demandas com a finalidade de alterar o Código Penal brasileiro,
que é datado de 1940 e não atende mais às demandas da sociedade atual.
356 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A própria Lei Maria da Penha, que é de 2006, não abordou a questão da violência por meio da Internet.
As mulheres representam 66% dos casos de exposição, sem falar que alguém pode pegar um corpo seminu
ou nu e colocar o rosto de outra pessoa. Quem vai dizer que não é? A lei precisa regular isso também. Estamos
falando de meninos e meninas entre 11 e 14 anos, a faixa etária mais vulnerável em termos de Internet, que
ficam com a vida dilacerada após o vazamento de imagens e vídeos íntimos.
Nobres Sras. e Srs. Deputados, os dados da Promotora da Vara de Violência contra a Mulher do Estado da
Bahia, Sara Gama, apontam que oito a cada dez imagens são de mulheres. Segundo ela, entre os crimes “tele-
máticos”, ou seja, crimes cometidos por meio da Internet, a vingança pornô é a segunda violação mais comum,
perdendo apenas para os delitos envolvendo atividades bancárias.
Essa é uma questão também de saúde pública. A maioria das mulheres que passa por essa humilhação
desenvolve doenças psicológicas como síndrome do pânico, depressão e isolamento, sem citar os casos que
resultaram em suicídio. Isso é perfeitamente caracterizado como lesão corporal.
A Deputada Estadual Tia Ju destacou a importância da educação no debate. Vejo a escola como um grande
centro de informação e formação que nos permite uma redução significativa da violação da privacidade. Podemos
utilizar o ambiente escolar para orientar essas meninas e meninos a não se envolverem nesse tipo de problema.
Para a Delegada de Polícia Civil da Bahia Isabel Alice de Jesus, a violência contra a mulher trocou de esfera
de atuação, mas não diminuiu a intensidade. A covardia, a vileza e a maldade continuam as mesmas. Segundo
ela, esse tipo de violência contra as mulheres é ainda mais grave, uma vez que os crimes cometidos por meio
da Internet têm natureza anônima, sendo, na maioria das vezes, impossível a identificação do autor e, conse-
quentemente, a punição dos culpados. A delegada disse que a impessoalidade nos torna também, do ponto
de vista da aplicação da lei, impotentes. Por fim, a coordenadora do Programa de Pesquisa e Extensão da Clí-
nica de Diretos Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Camila Nicácio, alertou para o fato
de que o relatório incluísse, ainda, punição às pessoas que participam da disseminação de material privado
sem, no entanto, serem motivados por vingança, e sim por curiosidade, uma vez que não possuem qualquer
ligação com a vítima.
Era o que tinha a dizer.
Muito obrigada.
O SR. ALFREDO NASCIMENTO (PR-AM. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras.
e Srs. Deputados, férias é um dos direitos mais esperados de um trabalhador. Após trabalhar no mínimo 1 ano,
espera-se um período de 1 mês de descanso. O direito a férias surgiu no Reino Unido, em pleno desenvolvimen-
to da segunda revolução industrial, no século XIX. No Brasil, só foi praticado em algumas empresas em 1925.
Em 1943, a concessão de férias foi convertida em lei para todos os empregados. De acordo com a CLT,
um indivíduo pode tirar férias depois de trabalhar 12 meses. Durante esse tempo, o funcionário continuará
recebendo sua remuneração e um adicional de um terço do salário normal.
No entanto, há uma questão importante que me fez apresentar um projeto sobre o assunto. Hoje, esse
período de descanso não é concedido por meio de acordo entre as partes, e sim de acordo com o interesse do
empregador. Estabelece o art. 136 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT):
“Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador”.
Já o art. 10 da Convenção nº 132, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), revista em 1970 e ra-
tificada pelo Brasil em 23 de setembro de 1998, estabelece:
“Artigo 10
1 – A ocasião em que as férias serão gozadas será determinada pelo empregador, após consulta à pessoa
empregada interessada em questão ou seus representantes, a menos que seja fixada por regulamento,
acordo coletivo, sentença arbitral ou qualquer outra maneira conforme a prática nacional.
2 – Para fixar a ocasião do período de gozo das férias serão levadas em conta as necessidades do traba-
lho e as possibilidades de repouso e diversão ao alcance da pessoa empregada.”
Com base nisso, apresentei o Projeto de Lei nº 2.700, de 2015, no qual proponho que seja feito um acor-
do entre empregador e empregado, e a concessão das férias seja sempre precedida de consulta à pessoa em-
pregada interessada.
Como se sabe, o direito ao gozo de um período de férias a cada ano de trabalho tem fundamentos de
natureza biológica, pois visa a neutralizar os problemas psicofisiológicos oriundos da fadiga decorrentes do
trabalho; de caráter social, porquanto possibilita ao trabalhador viver, como ser humano, na comunidade a que
pertence, praticando atividades recreativas, culturais ou físicas, aprimorando seus conhecimentos e convivendo
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 357

mais estreitamente com sua família; e, finalmente, de índole econômica, na medida em que o descanso gera
um melhor rendimento na execução do trabalho.
Ainda que a concessão das férias seja um ato exclusivo do empregador, não necessitando, portanto, de
pedido ou anuência do empregado, este deve, sem dúvida alguma, ser consultado sobre o período em que ele
poderá melhor gozá-las. E por isso propomos este projeto. O acordo é sempre mais benéfico a todos.
Dessa forma, prevendo que, na fixação do período de gozo das férias, sejam levadas em conta não só as
necessidades do trabalho e do empregador, mas também as possibilidades de repouso e diversão ao alcance
do empregado, propusemos a consulta ao trabalhador com 45 dias de antecedência do gozo das férias. Acre-
ditamos ser mais justo tanto com o trabalhador, que pode programar seu período de descanso, quanto com o
empregador, que também se programa e consegue substituir aquele trabalhador em tempo hábil. Um acordo
é sempre bom para ambas as partes.
Essa proposta já está tramitando na Câmara dos Deputados e encontra-se na Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público (CTASP), apensada a um outro projeto do mesmo tema, o Projeto de Lei 1.093,
de 2015. Espero que logo seja apreciada por este Plenário e possamos dar aos trabalhadores este benefício.
Era o que eu tinha a dizer.
O SR. MARCOS ROTTA (Bloco/PMDB-AM. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados, gostaria de agradecer a oportunidade de me pronunciar e aproveitá-la para reforçar
meu posicionamento sobre a audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor sobre o
Marco Civil da Internet.
Quero me colocar a favor das considerações feitas pelos convidados e destacar que concordo que a
neutralidade de rede, que permite a liberdade de acesso a qualquer usuário, indiscriminadamente, com a pri-
vacidade e com a regulamentação, bem como com a capacidade de gerenciamento de dados. Essas são, sem
dúvida, as principais questões a serem avaliadas, quando levamos em consideração as vantagens e os riscos
dessa lei que prevê a padronização de normas e condutas de utilização da Internet.
Quero dizer ainda, Sr. Presidente, que, durante a audiência presidida pelo colega Deputado Federal Chico
Lopes, os convidados compartilharam preocupações em comum com todos nós, membros da CDC, relaciona-
das a: excelência no fornecimento dos serviços de Internet; segurança jurídica na utilização da rede; dinâmica
comercial; liberdade do usuário; e liberdade de publicação de conteúdo, bem como seu bloqueio.
Diante disso, gostaria de colocar a seguinte certeza: muito ainda precisa ser avaliado e revisado. Precisa-
mos ter atenção em preservar a liberdade de conteúdo, mas também em garantir a segurança no tráfego de
informações, com foco em prevenir e punir crimes no ambiente digital. Estamos atentos, focados em soluções
e resultados, levando em consideração a opinião pública e os melhores interesses da população em geral.
Isso é tudo, por enquanto.
Muito obrigado.
O SR. PROFESSOR VICTÓRIO GALLI (Bloco/PSC-MT. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr.
Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicio minha fala nesta tarde aqui no Parlamento Federal, dizendo em alto
e bom tom que respeito a pessoa do homossexual em qualquer de suas variantes, contudo, reafirmo o meu
compromisso com a defesa dos princípios e ideais cristãos e da família brasileira.
Não misturo alho com bugalho. O Governador do Estado de Mato Grosso, Dr. Pedro Taques, homem íntegro
e de reputação ilibada, entrou numa seara perigosa, ao editar semana passada o Decreto nº 253, de 21 de setem-
bro de 2015, para criar um Conselho Estadual LGBT, com o propósito de combater a discriminação a esse público.
Quero dizer, Sras. e Srs. Parlamentares, que com essa decisão o Governo do Estado de Mato Grosso está
privilegiando a minoria e desprestigiando a maioria, que são todas as famílias constituídas com base no Códi-
go Civil e a na Constituição que apoiaram sua candidatura ao Governo Estadual.
Tal Decreto agride todas as famílias e o meio cristão como um todo. Não é possível deixarmos de lado
todo um costume e a tradição de família em favor de uma minoria. O argumento utilizado no decreto: “Todos
são iguais perante a lei”, expresso na Constituição da República de 1988, não permite extinguir os direitos ad-
quiridos, expressos também na Constituição Federal de 1988. Ou seja, tem de ser respeitado o modelo de fa-
mília adotado pelo Estado brasileiro e pela Bíblia, que é a Palavra de Deus!
Portanto, sou contra qualquer forma de agressão ao direito dos cristãos, que são maioria em meu Estado,
bem como no Brasil. Firmo meu compromisso com o povo e com a família brasileira e irei lutar para derrubar
qualquer ato que atente contra os direitos dos cristãos e da família, sempre me baseando nas Escrituras Sagra-
das, que são a palavra de Deus para nossas vidas.
O SR. ORLANDO SILVA (PCdoB-SP. Pronunciamento encaminhado pelo orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-
putados, eu quero registrar aqui a importância da sanção, pela Presidenta da República, da lei que alterou o sistema
eleitoral do nosso País, a chamada reforma política, que ficou muito aquém daquilo que desejava a sociedade brasileira.
358 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Todos recordam que, em junho de 2013, foi produzida uma grande mobilização no País, questionando
a legitimidade da política e dos políticos. A partir de então, muitos debates surgiram sobre reforma política e
fortalecimento dos partidos. E o que vimos, ao final desse processo, foram poucas medidas efetivas para dar
maior legitimidade ao sistema político brasileiro.
Entretanto, ao fim e ao cabo, vetado o financiamento empresarial de campanhas, a partir de uma deci-
são do Supremo Tribunal Federal, mantidas as coligações, dando-se liberdade aos partidos de se associarem e
impedindo a criação de cláusulas de barreira proibitivas para o funcionamento democrático dos partidos do
Brasil, nós temos como resultado uma lei eleitoral que vai permitir, sim, que a democracia brasileira avance,
que se consolide e, quem sabe, um dia possamos fazer de fato uma verdadeira reforma política, que exigirá
participação direta da sociedade brasileira, um controle social efetivo das políticas públicas realizadas pelos
Governos, o fortalecimento efetivo dos partidos, de programas, com votos não em pessoas, mas em ideias.
Então, manifesto aqui minha posição de que poucos foram os avanços nesse processo, mas, felizmente,
o mal maior não aconteceu, porque houve risco de restringirmos ainda mais a nossa débil democracia.

V – ENCERRAMENTO
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando
que haverá Sessão Não Deliberativa Solene amanhã, quinta-feira, dia 1º de outubro, às 9h05min, em homena-
gem ao Dia Internacional do Idoso.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – COMPARECEM MAIS OS SRS.:
Total de Parlamentares: 0 DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:
Total de Parlamentares: 48

AMAPÁ
André Abdon PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Janete Capiberibe PSB
Jozi Araújo PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Roberto Góes PDT
Total de AMAPÁ 4

PARÁ
Josué Bengtson PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Wladimir Costa Solidaried
Total de PARÁ 2

AMAZONAS
Silas Câmara PSD
Total de AMAZONAS 1

ACRE
Flaviano Melo PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de ACRE 1

TOCANTINS
César Halum PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Total de TOCANTINS 1

CEARÁ
Moses Rodrigues PPS
Total de CEARÁ 1

PARAÍBA
Benjamin Maranhão Solidaried
Rômulo Gouveia PSD
Total de PARAÍBA 2
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 359

PERNAMBUCO
Adalberto Cavalcanti PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Gonzaga Patriota PSB
Total de PERNAMBUCO 2

BAHIA
Irmão Lazaro PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Jorge Solla PT
José Carlos Aleluia DEM
Total de BAHIA 3

MINAS GERAIS
Dâmina Pereira PMN PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Silas Brasileiro PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de MINAS GERAIS 2

ESPÍRITO SANTO
Evair de Melo PV
Givaldo Vieira PT
Total de ESPÍRITO SANTO 2

RIO DE JANEIRO
Clarissa Garotinho PR
Ezequiel Teixeira Solidaried
Felipe Bornier PSD
Fernando Jordão PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Marcos Soares PR
Simão Sessim PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Soraya Santos PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO DE JANEIRO 7

SÃO PAULO
Jefferson Campos PSD
Jorge Tadeu Mudalen DEM
José Mentor PT
Paulo Freire PR
Paulo Maluf PP PmdbPpPtbPscPhsPen
Sérgio Reis PRB PrbPtnPmnPrpPsdcPrtbPtcPslPtdoB
Walter Ihoshi PSD
Total de SÃO PAULO 7

MATO GROSSO
Adilton Sachetti PSB
Nilson Leitão PSDB
Total de MATO GROSSO 2

DISTRITO FEDERAL
Laerte Bessa PR
Total de DISTRITO FEDERAL 1

GOIÁS
Magda Mofatto PR
Total de GOIÁS 1
360 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MATO GROSSO DO SUL


Zeca do Pt PT
Total de MATO GROSSO DO SUL 1
PARANÁ
Giacobo PR
Takayama PSC PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de PARANÁ 2
SANTA CATARINA
Geovania de Sá PSDB
Total de SANTA CATARINA 1
RIO GRANDE DO SUL
Alceu Moreira PMDB PmdbPpPtbPscPhsPen
Danrlei de Deus Hinterholz PSD
Luiz Carlos Busato PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Pompeo de Mattos PDT
Sérgio Moraes PTB PmdbPpPtbPscPhsPen
Total de RIO GRANDE DO SUL 5
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Cunha) – Encerro a sessão, convocando Sessão Deliberativa Extraordinária
para amanhã, quinta-feira, dia 1º de outubro, às 10 horas, com a seguinte
ORDEM DO DIA

MATÉRIA SOBRE A MESA


Requerimento nº 3.142/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 804, de 2007, do Sr. Lincoln Porte-
la, que altera o art. 1° da Lei n° 11.179 de 22 de setembro de 2005, que “altera os arts. 53 e 67 da Lei nº 8.906,
de 4 de julho de 1994, que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.”
(Institui a eleição direta e o voto secreto para a Diretoria do Conselho Federal da OAB, com a participa-
ção de todos os advogados inscritos na Ordem) (T 62 e T 64)
Requerimento nº 3.174/15, dos Srs. Líderes, que requer, nos termos do art. 155 do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, urgência para apreciação do Projeto de Lei nº 3.161, de 2015, dos Srs. Alex Manente
e Carlos Eduardo Cadoca, que altera a Lei nº 6.815, de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro,
cria o Conselho Nacional de Imigração, para dispor sobre a dispensa unilateral de visto de turista por
ocasião dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Rio – 2016. (T 62 e T 64)
Recurso nº 234/13, do Sr. Eduardo Cunha, que recorre contra parecer terminativo da Comissão de Finan-
ças e Tributação ao Projeto de Lei nº 2.633, de 2011, do Poder Executivo, que altera o art. 2º do Decreto-Lei
nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, que altera as disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e regula a
Zona Franca de Manaus.
URGÊNCIA
(Art. 155 do Regimento Interno)

Discussão

1
PROJETO DE LEI Nº 2.750-A, DE 2015
(Do Sr. André Figueiredo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.750-A, de 2015, que aplica o disposto nos art.
3º, I, “a” e “b”, e art. 4º, § 2º, I, “a” e II “a”, “b” e “c”, e § 4º da Lei nº 7.998/1990, com a redação dada
pela Lei nº 13.134/2015, aos trabalhadores desempregados que, no período de vigência do art.
1º e do art. 4º, III, da Medida Provisória nº 665/2014, compreendido entre 28 de fevereiro e 16
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 361

de junho de 2015, atendiam às condições, requisitos e exigências previstos naquela lei, para
fins de obtenção, majoração ou ampliação do número de parcelas do benefício do seguro de-
semprego, assegurando-se os direitos adquiridos; tendo parecer da Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator:
Dep. Marcos Rogério). Pendente de parecer das Comissões: de Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e de Finanças e Tributação. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 2.786/15, EM 26/08/15.

2
PROJETO DE LEI Nº 7.371, DE 2014
(Do Senado Federal)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 7.371, de 2014, que cria o Fundo Nacional de
Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 10.444/14, EM 09/09/15.

3
PROJETO DE LEI Nº 7.645-B, DE 2014
(Dos Srs. Subtenente Gonzaga e Jorginho Mello)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 7.645-B, de 2014, que altera o art. 18 do Decre-
to-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, que extingue a pena de prisão disciplinar para as polícias
militares e os corpos de bombeiros militares, dos estados, dos territórios e do Distrito Federal,
e dá outras providências; tendo parecer das Comissões: de Segurança Pública e Combate ao
Crime Organizado, pela aprovação, com emendas (Relator: Dep. Lincoln Portela); e de Cons-
tituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,
no mérito, pela aprovação deste e das Emendas da Comissão de Segurança Pública e Combate
ao Crime Organizado. (Relator: Dep. Félix Mendonça Júnior) (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU N° 1.920/15, EM 10/09/15.

4
PROJETO DE LEI Nº 959-A, DE 2003
(Da Comissão de Legislação Participativa)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 959-A, de 2003, que dispõe sobre a regula-
mentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista; tendo parecer: da
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovação deste e dos de nºs
998/03, 1.824/03, 1.862/03 e 3.805/04, apensados, com substitutivo (Relator: Dep. Luiz Anto-
nio Fleury); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade,
juridicidade e técnica legislativa deste, dos Projetos de Lei apensados de nºs 998/03, 3.805/04,
1.824/03 e 1.862/03, com emendas, e do substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administra-
ção e Serviço Público, com subemenda (Relator: Dep. Odair Cunha) (T 62 e T 64)
Tendo apensados (6) os PLs nºs 998/03, 1.824/03, 1.862/03, 3.805/04, 7.933/14 e 2.332/15.
APROVADO O RQU Nº 3.111/15, EM 29/09/15.

5
PROJETO DE LEI Nº 5.559, DE 2009
(Do Sr. Otavio Leite)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 5.559, de 2009, que estabelece que os pro-
gramas de fomento, apoio e incentivo à cultura, empreendidos pela administração federal,
possam se estender a atividades e projetos que objetivem o desenvolvimento do Turismo Re-
ceptivo Brasileiro, nos termos desta Lei. Pendente dos pareceres das Comissões: de Educação
e Cultura; de Turismo e Desporto; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de
Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.103/15, EM 29/09/15.
362 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

6
PROJETO DE LEI Nº 2.892, DE 2015
(Do Sr. Alex Manente)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 2.892, de 2015, que dispõe sobre a dedução
do lucro tributável para fins do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) das despesas
realizadas em Programas de Capacitação dos Trabalhadores do Setor de Turismo e altera a
Lei nº 12.974, de 15 de maio de 2014. Pendente dos pareceres das Comissões: de Turismo; de
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.104/15, EM 29/09/15.
7
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 13, DE 2015
(Da Sra. Moema Gramacho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 13, de 2015, que dá ao Plenário 16 do


Anexo II da Câmara dos Deputados a denominação “Zezéu Ribeiro”. Pendente de parecer da
Mesa Diretora. (NT 62 e NT 64)
APROVADO O RQU N° 1.538/15, EM 30/09/15.
8
PROJETO DE LEI Nº 3.075, DE 2015
(Do Sr. Mendonça Filho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 3.075, de 2015, do Sr. Mendonça Filho, que
concede anistia aos condutores de veículos automotores multados pelo não uso de extintor de
incêndio ou pelo uso de equipamento vencido. Pendente de parecer das Comissões: de Viação
e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (T 62 e T 64)
APROVADO O RQU Nº 3.117/15, EM 30/09/15.
MATÉRIA SUJEITA A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
(Art. 202 c/c art. 191 do Regimento Interno)

Discussão

9
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 215-B, DE 2003
(Do Sr. Alberto Fraga e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 215-B, de 2003, que


acrescenta o § 3º ao art. 42 da Constituição Federal, que dispõe sobre os militares dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Odair Cunha); e da Comissão Especial, pela
aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Odair Cunha). (Possibilita aos militares dos Esta-
dos, Distrito Federal e dos Territórios a acumulação remunerada de cargo de professor, cargo
técnico ou científico ou de cargo privativo de profissionais de saúde) (NT 62 e NT 64)

10
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 488-B, DE 2005
(Da Sra. Maria Helena e Outros)

Discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 488-B, de 2005, que dá


nova redação ao art. 31 da Emenda Constitucional nº 19, de 1998; tendo pareceres: da Comissão
de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade (Relator: Dep. Fernando Coruja); e
da Comissão Especial, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Dep. Luciano Castro). (Inclui os
empregados do extinto Banco de Roraima, cujo vínculo funcional tenha sido reconhecido, no qua-
dro em extinção da Administração Federal. Altera a Constituição Federal de 1988) (NT 62 e NT 64)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 363

ORDINÁRIA

Discussão

11
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 14-A, DE 1999
(Do Sr. Marcos Afonso)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução nº 14-A, de 1999, que cria o Grupo Par-
lamentar Brasil-Costa Rica; tendo parecer da Mesa, pela aprovação (Relator: Dep. Heráclito
Fortes). (NT 62 e NT 64)

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS
1. PROJETOS COM URGÊNCIA – ART. 64, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Ato da Mesa nº 177, de 1989).
PROJETO DE LEI

Nº 3123/2015 (Poder Executivo) – Disciplina, em âmbito nacional, a aplicação do limite máximo remunera-
tório mensal de agentes políticos e públicos de que tratam o inciso XI do caput e os § 9º e § 11 do art. 37 da
Constituição.
SOBRESTA A PAUTA EM: 09/11/2015 (46º dia)
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
II – RECURSOS
1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO – ART. 24, II, DO RICD
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARE-
CERES CONTRÁRIOS), todos do RICD.
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1°, do RICD).
1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
Nº 1958/2002 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza
a Agência de Desenvolvimento Econômico, Social e Cultural de Bom Despacho a executar, pelo prazo de três
anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Bom Despacho, Estado
de Minas Gerais.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 179/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autori-
za a Associação Comunitária Cultural e de Radiodifusão São José do Hortêncio a executar, pelo prazo de dez
anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de São José do Hortên-
cio, Estado do Rio Grande do Sul.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 182/2015 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza
a Associação Cultural, Social, Ambiental e Comunitária de Iporã do Oeste a executar, pelo prazo de dez anos,
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Iporã do Oeste, Estado de
Santa Catarina.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
364 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI

Nº 6773/2006 (Antonio Carlos Mendes Thame) – Altera a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “regula-
menta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública e dá outras providências”, para vedar pagamentos antecipados.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 1715/2007 (Arnaldo Jardim) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Bra-
sileiro – para dispor sobre veículos antigos modificados.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 2347/2007 (Augusto Carvalho) – Altera a Lei nº 7.089, de 23 de março de 1983, que veda a cobrança de
juros de mora nos casos que especifica.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 6299/2009 (Senado Federal – Lúcia Vânia) – Altera o caput do art. 60 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro
de 1994, para reduzir o período sem registro na junta comercial que caracteriza a inatividade do empresário
ou da sociedade empresária.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 7843/2010 (Elcione Barbalho) – Institui o Dia Nacional dos Rosacruzes, a ser comemorado, anualmente,
no dia 02 de agosto.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 1526/2011 (Manato) – Acrescenta o art. 259-A à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dispondo sobre
a prescrição das multas de trânsito.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 1702/2011 (Jose Stédile) – Determina a obrigatoriedade de matrícula em instituição de ensino aos atle-
tas com menos de 18 anos e que não tenham concluído o ensino médio, vinculados a entidades desportivas
profissionais ou entidades de prática desportiva formadoras de atleta, bem como beneficiários da Bolsa-Atleta.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 3931/2012 (Osmar Serraglio) – Confere ao Município de Castro, no Estado do Paraná, o título de “Capital
Nacional do Leite”.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 5732/2013 (Senado Federal – Paulo Paim) – Regulamenta o exercício das profissões de transcritor e de
revisor de textos em braille.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 204/2015 (Pompeo de Mattos) – Dispõe sobre a impenhorabilidade de máquinas e equipamentos hospi-
talares e dá outras providências.
DECURSO: 2ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 06/10/2015
1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS
PROJETO DE LEI
Nº 5031/2013 (Benedita da Silva) – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a fixação dos dispositivos de retenção de crianças.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 365

Nº 7017/2013 (Andre Moura) – Altera a Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, para estabelecer uma po-
lítica pública para o percentual mínimo do excedente em óleo da União.
DECURSO: 2ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 06/10/2015
Nº 7492/2014 (Zé Geraldo) – Veda a presença de ondulações transversais em rodovia.
DECURSO: 3ª SESSÃO
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
Nº 709/2015 (Alan Rick) – “Acrescenta os incisos I e II e altera o § 2º do art. 26 da Lei n° 10.233, de 5 de junho
de 2001.”
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 01/10/2015
1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUNTA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E/OU
CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVERGENTES; E/OU PELA INCONSTITUCIONALIDADE; E/OU INJURIDICIDADE
PROJETO DE LEI

Nº 1014/2011 (Ronaldo Fonseca) – Acrescenta parágrafo ao art. 280 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre comprovação de infração por aparelho ele-
trônico ou por equipamento audiovisual.
Apensados: PL 1864/2011 (Otoniel Lima) PL 2936/2011 (Domingos Sávio)
DECURSO: 3ª SESSÃO
COM PARECER FAVORÁVEL: PL 1.014/2011, principal.
COM PARECER PELA INJURIDICIDADE: PLs 1.864/2011 e 2.936/2011, apensados.
PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 05/10/2015
366 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

07 4il-feira 15:00 Nilto Tatto (PT - SP)

15:25 Clarissa Garotinho (PR - RJ)

08 Sil-feira 15:00 Leopoldo Meyer (PSB - PR)

15:25 Bilac Pinto (PR- MG)

09 Gil-feira 10:00 Tadeu A lenca r (PSB - PE)

10:25 Mário Heringer (PDT - MG)

10:50 Roney Nemer (PMDB- DF)

11:15 Assis do Couto (PT - PR)

11:40 Fábio Mitidieri (PSD- SE)

13 3il-feira 15:00 Jorge Solla (PT- BA)

15:25 Rona ldo Benedet (PMDB - SC)

14 4il-feira 15:00 João Campos (PSDB- GO)

15:25 Soraya Santos (PMDB- RJ)

15 Sil-feira 15:00 Aguinaldo Ribeiro (PP - PB)

15:25 Sergio Souza (PMDB- PR)

1G Gil-feira 10:00 Geovan ia de Sá (PSDB- SC)

10:25 Gonzaga Patriota (PSB - PE)

10:50 João Dan ie l (PT - SE)

11:15 Eli Corrêa Filho (DEM - SP)

11:40 Arthur O liveira M aia (SD - BA)

19 2il-feira 15:00 Zé Carlos (PT - MA)

15:25 Beto Sa lame (PROS - PA)

15:50 Ped ro Uczai (PT - SC)

16:15 Afonso Florence (PT - BA)

16:40 Beto Mansur (PRB - SP)


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 367

20 3!!-feira 15:00 Pr. Marco Feliciano (PSC- SP)

15:25 Chico D'a ngelo (PT - RJ)

21 4!!-feira 15:00 Sergio Vidigal (PDT- ES)

15:25 Alex Canziani (PTB- PR)

22 5!!-feira 15:00 Elmar Nascime nto (DEM - BA)

15:25 Va lmir Assunção (PT - BA)

23 6!!-feira 10:00 Eros Biondini (PTB- MG)

10:25 Luiz Carlos Hau ly (PSDB- PR)

10 :50 Dimas Fabian o (PP- MG)

11:15 Leo de Brito (PT - AC)

11:40 Cabo Daciolo (S.PART.- RJ )

26 2!!-feira 15:00 Flavinho (PSB- SP)

15:25 Alan Rick (PRB - AC)

15:50 Zé Ge raldo (PT - PA)

16:15 Mauro Pereira (PMDB- RS)

16:40 Otavio Leite (PSDB- RJ)

27 3!!-feira 15:00 Esperidi ão Amin (PP- SC)

15:25 Renzo Braz (PP - MG)

28 4!!-feira 15:00 Bo nifácio de Andrada (PSDB - MG)


15:25 Rosângela Curado (PDT - MA)

29 5!!-feira 15:00 José Priante ( PMDB - PA)

15:25 Ezequiel Teixeira (SD - RJ)


368 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: Anexo II, Plenário 06
HORÁRIO: 10h
A – Audiência Pública:
Tema:
“Instruir o Projeto de Lei nº 1.670/2015, que Institui o Sistema Brasileiro de Vigilância Agropecuária Internacio-
nal – Vigiagro e a Taxa de Vigilância Agropecuária Internacional; estabelece sanções administrativas e penais;
altera a Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009; e dá outras providências, em trâmite neste colegiado.”
Convidados:
ANA JUNQUEIRA PESSOA – Diretora do Departamento de Competitividade no Comércio Exterior – DECOE/
MDIC;(confirmada)
MARCOS EIELSON PINHEIRO DE SÁ – Fiscal Federal Agropecuário, da Coordenação Geral da Vigilância Agrope-
cuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;(confirmado)
JOHN EDWIN MEIN – Presidente da Aliança Pró-Modernização Logística do Comércio Exterior – Instituto
PROCOMEX;(confirmado);
OSCAR DE AGUIAR ROSA FILHO – Fiscal Federal Agropecuário/DF, representando a ANFFA Sindical;(confirmado)
MÁRCIA YOSHIMI AKISUE – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais – ANEC; (confirmada)
CARLOS ALBERTO CARDOSO ALCÂNTARA – Assessor de Assuntos Institucionais do Aeroportos Brasil
Viracopos;(confirmado)
ALEXANDRE RAMOS – Assessor Jurídico do Aeroportos Brasil Viracopos;(confirmado)
REGINA TEREZIN – Representante do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de São Paulo –
SINDASP;(confirmada)
Prof. Dr. CRISTIANO BARROS DE MELO – Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária
da Universidade de Brasília (UnB); (confirmado)
PEDRO FARIA – CEO do Brasil Foods – BRF; e
MARIO SERGIO CUTAIT – Diretor do Departamento do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (DEAGRO/FIESP).(não virá)
Autores do Requerimento n° 158/2015 – CAPADR:
Deputado Daniel Vilela – PMDB/GO;
Deputado Luis Carlos Heinze – PP/RS; e
Deputado Carlos Henrique Gaguim – PMDB/TO.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 334/15 – do Sr. Marco Tebaldi – que “altera o art. 4º da Lei nº 1283 de 18 de dezembro de
1.950, regulamentado pelo decreto nº 30.691 de 29 de março de 1952, que dispõe sobre a inspeção industrial
e sanitária dos produtos de origem animal, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado ROBERTO BALESTRA.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 369

PROJETO DE LEI Nº 1.356/15 – do Sr. Danilo Forte – que “concede remissão nas operações de crédito rural rea-
lizadas por agricultores familiares, cujo empreendimento esteja localizado em municípios da área de abran-
gência da Sudene com decretação de estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecidos
pelo Poder Executivo”.
RELATOR: Deputado BETO FARO.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

SUBCOMISSÃO ESPECIAL DOS SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVEL E TV POR ASSINATURA

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: sala de reuniões da cctci
HORÁRIO: 09h30min
A – Reunião:
Reunião de trabalho (interna)

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 02/10/2015)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.974/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “ Acrescenta o art. 47-A à Lei n° 10.741, de 1º de ou-
tubro de 2003, e o art. 21-A à Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, para criar serviços telefônicos gratuitos
de emergência para o atendimento a idosos e a pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida”.
RELATORA: Deputada LUIZA ERUNDINA.
PROJETO DE LEI Nº 3.041/15 – do Sr. Cesar Souza – que “acrescenta parágrafo ao artigo 3º da Lei nº 5.070, de 7
de julho de 1966, para destinar valores de multas e outras fontes de receita do Fundo de Fiscalização das Tele-
comunicações – FISTEL – exclusivamente à Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel”.
RELATOR: Deputado JORGE TADEU MUDALEN.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.803/15 – do Sr. Carlos Bezerra – que “limita a dois anos o prazo de análise das demonstra-
ções de cumprimento de contrapartidas relativas aos benefícios aplicáveis ao setor de informática, e dá outras
providências”.
RELATOR: Deputado CABUÇU BORGES.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 671/15 – do Sr. William Woo – que “obriga as operadoras de telefonia fixa e móvel ao paga-
mento de multa em razão de danos decorrentes da ineficiência em garantir a privacidade de seus usuários”.
RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEIRA.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 01
HORÁRIO: 10h
370 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A – Requerimentos:
REQUERIMENTO Nº 67/15 Do Sr. Capitão Augusto – (PEC 430/2009) – que “requer complementação do Reque-
rimento nº 52/2015 já aprovado no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara
dos Deputados”.
B – Redações Finais:
REDAÇÃO FINAL PARA SEGUNDO TURNO DE DISCUSSÃO DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº
443/09 – do Sr. Bonifácio de Andrada – que “fixa parâmetros para a remuneração dos advogados públicos”.
RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.
C – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário:

PRIORIDADE

PROJETO DE LEI Nº 3.740/00 – do Senado Federal – José Roberto Arruda – (PLS 30/1999) – que “altera disposi-
tivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências””.
EXPLICACAO DA EMENTA: Dispensa de licitação para concessão de direito real de uso de bens públicos as en-
tidades religiosas ou filosóficas sem fins lucrativos.
RELATOR: Deputado DÉCIO LIMA.
PARECER VENCEDOR: a proferir.
Proferido o Parecer. Vista conjunta aos Deputados Fabio Trad, Luiz Couto e Pedro Uczai, em 25/10/2011.
Discutiram a matéria os Deputados Décio Lima (PT-SC) e Mainha (SD-PI). Encerrada a discussão. Em votação,
foi rejeitado o Parecer. Designado Relator do Vencedor, Deputado Décio Lima. Por solicitação do Relator Ven-
cedor, o Presidente concedeu prazo até a Reunião Ordinária seguinte para proferir seu Parecer, nos termos do
inciso XII, art. 57, do Regimento Interno, em 29/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 4.325/12 – do Sr. Bonifácio de Andrada – que “estabelece normas acerca de data de realiza-
ção de eleições e dá outras providências”.
EXPLICACAO DA EMENTA: A eleição não poderá, nos 15 (quinze) dias que antecedem o pleito, ser suspensa ou
cancelada.
RELATOR: Deputado BETINHO GOMES.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.
Proferido o Parecer. Discutiram a Matéria: Dep. Esperidião Amin (PP-SC) e Dep. Marcos Rogério (PDT-RO). Encerrada
a discussão. Vista conjunta aos Deputados Esperidião Amin, Marcos Rogério e Rodrigo Pacheco, em 29/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 139/99 – do Sr. Alberto Goldman – que “altera a Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996, que “regula
direitos e obrigações relativos à propriedade industrial”, modificando dispositivos que dispõem sobre direitos con-
feridos pela patente e a concessão de licença compulsória”. (Apensados: PL 3562/2000 (Apensados: PL 5176/2009
e PL 3945/2012), PL 303/2003, PL 7066/2002, PL 2846/2011, PL 3944/2012, PL 5402/2013, PL 2511/2007 (Apen-
sado: PL 3995/2008), PL 3709/2008 (Apensados: PL 7965/2010 e PL 3943/2012), PL 8090/2014 e PL 8091/2014)
RELATOR: Deputado ANDRE MOURA.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do PL
5402/2013, apensado, com Substitutivo; e pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mé-
rito, pela rejeição do PL 3562/2000, do PL 303/2003, do PL 2511/2007, do PL 3709/2008, do PL 2846/2011, do
PL 3944/2012, do PL 8090/2014, do PL 8091/2014, do PL 5176/2009, do PL 3945/2012, do PL 7066/2002, do PL
3995/2008, do PL 7965/2010 e do PL 3943/2012, apensados.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 04/08/2015, 08/09/2015, 09/09/2015 e 23/09/2015.
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 124/12 – do Sr. José Carlos Araújo – que “altera a redação do § 4º do art. 7º e de
incisos do § 4º do art. 14 da Resolução nº 25, de 10 de outubro de 2001, com a redação dada pela Resolução
nº 2, de 27 de maio de 2011, que instituiu o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados”.
RELATOR: Deputado MARCOS ROGÉRIO.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e da
Emenda de Plenário nº 1/2012, na forma do Substitutivo apresentado.
Proferido o Parecer. Vista conjunta aos Deputados Arnaldo Faria de Sá, Célio Silveira, Elmar Nascimento, Evan-
dro Gussi e Max Filho, em 01/09/2015.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 371

(Avulso Nº 735)
PROJETO DE LEI Nº 2/15 – do Sr. Ricardo Barros – que “modifica a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, que
estabelece normas para as eleições, a fim de permitir a veiculação de pesquisas eleitorais somente até quinze
dias antes das eleições”. (Apensado: PL 674/2015)
RELATOR: Deputado VENEZIANO VITAL DO RÊGO.
PARECER: pela inconstitucionalidade deste e do PL 674/2015, apensado.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 29/09/2015.
O Deputado Marcos Rogério apresentou voto em separado, em 29/09/2015.

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 493/10 – do Sr. Eduardo Cunha – que “altera art. 63 da Constitui-
ção Federal, impedindo a tramitação de projetos que impliquem em aumento de despesa no período eleitoral”.
RELATOR: Deputado MANOEL JUNIOR.
PARECER: pela admissibilidade.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 29/09/2015.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 369/13 – do Sr. Carlos Sampaio – que “acrescenta o § 5º ao art. 64
da Constituição Federal”.
RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR.
PARECER: pela admissibilidade.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 29/09/2015.

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 215/15 – do Sr. Hildo Rocha – que “acrescenta inciso V ao art. 141 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940”. (Apensados: PL 1547/2015 e PL 1589/2015)
EXPLICACAO DA EMENTA: Pune os crimes contra a honra praticados nas redes sociais.
RELATOR: Deputado JUSCELINO FILHO.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, do PL
1547/2015, e do PL 1589/2015, apensados.
Proferido o Parecer. Vista ao Deputado Alessandro Molon, em 13/08/2015.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 08/09/2015.
Discutiram a Matéria: Dep. Luiz Couto (PT-PB), Dep. Alessandro Molon (PT-RJ), Dep. Hildo Rocha (PMDB-MA),
Dep. Marcos Rogério (PDT-RO), Dep. Betinho Gomes (PSDB-PE), Dep. Ronaldo Fonseca (PROS-DF), Dep. Evandro
Gussi (PV-SP), Dep. Fausto Pinato (PRB-SP), Dep. Capitão Augusto (PR-SP), Dep. Cristiane Brasil (PTB-RJ), Dep.
Esperidião Amin (PP-SC), Dep. Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), Dep. Sérgio Souza (PMDB-PR), Dep. José Fogaça
(PMDB-RS), Dep. Chico Alencar (PSOL-RJ), Dep. André Fufuca (PEN-MA), Dep. Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA),
Dep. Delegado Éder Mauro (PSD-PA), Dep. Delegado Waldir (PSDB-GO), Dep. Nelson Marchezan Junior (PSDB-
RS), Dep. Maria do Rosário (PT-RS), Dep. Felipe Maia (DEM-RN) e Dep. Juscelino Filho (PRP-MA). Apresentada,
oralmente, Complementação de Voto pelo Relator. Encerrada a discussão. Encerrada a Reunião em virtude do
início da ordem do dia do plenário da Câmara dos Deputados, em 30/09/2015.
Os Deputados Luiz Couto, Alessandro Molon, Marcos Rogério e Betinho Gomes apresentaram votos em separado.
PROJETO DE LEI Nº 3.836/08 – do Sr. Valdir Colatto – que “obriga os fornecedores de produtos e de serviços a
darem o troco das frações da unidade do Sistema Monetário Nacional em moeda metálica”. (Apensados: PL
504/2011, PL 6023/2013 e PL 7135/2014)
RELATOR: Deputado COVATTI FILHO.
PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste; do Subs-
titutivo da Comissão de Defesa do Consumidor; do PL 504/2011, do PL 6023/2013 e do PL 7135/2014, apensados.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 29/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 1.019/11 – do Sr. Mandetta – que “acrescenta o art. 128-A ao Decreto-lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940, Código Penal, para criminalizar a recusa dos genitores a submeter-se a tratamento médico
que possa evitar a transmissão de doença infecciosa ao feto”.
RELATOR: Deputado RODRIGO PACHECO.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.
372 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Designado Relator Substituto, Deputado Rodrigo Pacheco, que acatou, na íntegra, o Parecer apresentado, em 19/5/2015,
pelo Relator anteriormente designado, Deputado Luciano Ducci, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica le-
gislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo. Proferido o Parecer. Vista conjunta aos Deputados Aguinal-
do Ribeiro, Capitão Augusto, Felipe Maia, Luiz Couto, Mainha, Marcos Rogério e Rodrigo Pacheco, em 24/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 373/15 – do Sr. Delegado Éder Mauro – que “acrescenta inciso V ao art. 302 do Decreto-Lei
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, Código de Processo Penal, para tipificar mais uma hipótese de flagrante, o
denominado “flagrante provado””. (Apensados: PL 446/2015 e PL 984/2015)
RELATOR: Deputado INDIO DA COSTA.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, do PL
446/2015 e do PL 984/2015, apensados, com Substitutivo.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Índio da Costa, pelo Deputado José Fogaça. Vista conjunta aos De-
putados Alessandro Molon, Bruno Covas, Célio Silveira, Elmar Nascimento, Fausto Pinato, Marcos Rogério e
Ronaldo Fonseca, em 08/09/2015.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 22/09/2015 e 23/09/2015.
Os Deputados Marcos Rogério, Wadih Damous e Rodrigo Pacheco apresentaram votos em separado.
D – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões:
PRIORIDADE

PROJETO DE LEI Nº 1.489/99 – do Sr. Paes Landim – que “regulamenta o § 2º do art. 74 da Constituição Federal”.
EXPLICACAO DA EMENTA: Estabelece que qualquer cidadão, partido politico, associação ou sindicato e parte
legitima para denunciar, verbalmente, por escrito ou atraves de registro magnetico, irregularidades ou ilegali-
dades de seu conhecimento contra o bom emprego de
recursos publicos; regulamenta a Constituição Federal de 1988.
RELATOR: Deputado JUTAHY JUNIOR.
PARECER: pela inconstitucionalidade, injuridicidade e, no mérito, pela rejeição.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Jutahy Junior, pelo Deputado Pr. Marco Feliciano. Vista ao Deputado
Marcos Rogério, em 29/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 1.398/07 – do Senado Federal – Álvaro Dias – (PLS 91/2007) – que “altera o art. 47 da Lei nº
8.171, de 17 de janeiro de 1991, que dispõe sobre política agrícola”.
EXPLICACAO DA EMENTA: Definie como prioridade o investimento público em infra-estrutura nos assenta-
mentos da reforma agrária.
RELATOR: Deputado ALCEU MOREIRA.
PARECER: pela inconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Lei 1398/07.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Alceu Moreira, pelo Deputado Max Filho. Vista ao Deputado Max Fi-
lho, em 22/09/2015.
O Deputado Max Filho apresentou voto em separado em 29/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 6.530/09 – do Senado Federal – Francisco Dornelles – (PLS 411/2009) – que “altera as Leis nºs
4.502, de 30 de novembro de 1964, 9.779, de 19 de janeiro de 1999, 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833,
de 29 de dezembro de 2003, 11.116, de 18 de maio de 2005, e 11.457, de 16 de março de 2007, para estender
o direito a crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social e da Contribuição para o PIS/Pasep à aquisição dos bens que especifica, para prever a inci-
dência da taxa Selic sobre valores objeto de ressarcimento e para permitir que a pessoa jurídica exportadora
compense créditos dessas contribuições com a Contribuição para a Seguridade Social a seu cargo”.
RELATOR: Deputado MANOEL JUNIOR.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade, regimentalidade e técnica legislativa, com emendas.
Vista ao Deputado Luiz Couto, em 14/12/2010.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 29/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 6.014/13 – do Senado Federal – Marcelo Crivella – (PLS 491/2011) – que “determina a rea-
lização periódica de inspeções em edificações e cria o Laudo de Inspeção Técnica de Edificação (Lite)”. (Apen-
sados: PL 6382/2013 e PL 6841/2013)
RELATOR: Deputado COVATTI FILHO.
PARECER: pela inconstitucionalidade deste, das Emendas aprovadas pela Comissão de Desenvolvimento Ur-
bano, do PL 6382/2013 e do PL 6841/2013, apensados.
O Deputado Décio Lima apresentou voto em separado, em16/06/2015.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 373

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 273/07 – do Sr. Ciro Pedrosa – que “dispõe sobre o incentivo ao sistema orgânico de pro-
dução agropecuária, ao financiamento de projetos de conversão a este sistema e à certificação de produtos
orgânicos, alterando a Lei nº 10.831, de 23 de dezembro 2003”. (Apensados: PL 1694/2007 e PL 3827/2008)
EXPLICACAO DA EMENTA: Altera a Lei nº 10.831, de 2003.
RELATOR: Deputado BETINHO GOMES.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste; do PL 1694/2007, com emenda, e
do PL 3827/2008, apensados; e do Substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desen-
volvimento Rural, com Subemenda.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 08/09/2015 e 10/09/2015.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Betinho Gomes, pelo Deputado Pedro Cunha Lima. Vista ao Deputado
Luiz Couto, em 22/09/2015.
Discutiu a Matéria o Dep. Padre João (PT-MG). Encerrada a discussão. Verificação de votação do Parecer do Rela-
tor solicitada pelo Deputado Ságuas Moraes, 1º Vice-Líder do PT, em razão do resultado, em votação simbólica,
proclamado pela Mesa: “Aprovado o Parecer do Relator”. Passou-se à votação pelo processo nominal. Encerrada a
Reunião em virtude da falta de quórum durante a verificação de votação do Parecer do Relator, em 29/09/2015.
O Deputado Padre João apresentou voto em separado, em 30/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 6.788/13 – do Sr. Leopoldo Meyer – que “regula a fabricação, a importação, a exportação,
a comercialização, o armazenamento, o tráfego, a posse e a utilização de armas e munições que permitam o
disparo de balas de borracha”.
RELATOR: Deputado JERÔNIMO GOERGEN.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Jerônimo Goergen, pelo Deputado Bruno Covas. Vista à Deputada
Maria do Rosário, em 08/09/2015.
Discutiram a Matéria: Dep. Capitão Augusto (PR-SP), Dep. Marcos Rogério (PDT-RO) e Dep. Luiz Couto (PT-PB).
Suspensa a Discussão em virtude da retirada de pauta, de ofício, por acordo, em 22/09/2015.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 29/09/2015.
O Deputado Capitão Augusto apresentou voto em separado, em 15/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 1.332/07 – do Sr. Beto Mansur – que “altera o art. 4º, da Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de
2001, que instituiu o Fundo Nacional de Segurança Pública, para incluir o serviço telefônico de recebimento de
informações e a premiação dos que oferecerem informações que auxiliem nas investigações policiais”. (Apen-
sado: PL 1432/2007)
RELATOR: Deputado SILAS CÂMARA.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda, do PL 1432/2007, apen-
sado, e do Substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com subemenda.
Proferido o Parecer. Vista ao Deputado Luiz Couto, em 23/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 1.632/07 – do Sr. Osmar Serraglio – que “suprime e altera dispositivos da Lei nº 10.406, de
10 de janeiro de 2002 – Código Civil Brasileiro”.
EXPLICACAO DA EMENTA: Estabelece que as modificações do contrato social podem ser decididas por maioria
absoluta de votos.
RELATOR: Deputado EVANDRO GUSSI.
PARECER: Parecer com Complementação de Voto, Dep. Evandro Gussi (PV-SP), pela constitucionalidade, juridi-
cidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.
Proferido o Parecer, com Complementação de Voto. Vista à Deputada Maria do Rosário, em 22/09/2015.
(Avulso Nº 1088)
PROJETO DE LEI Nº 2.805/08 – do Sr. Silas Câmara – que “dispõe sobre a divulgação à população de informações
sobre os Fundos Constitucionais”.
RELATOR: Deputado BONIFÁCIO DE ANDRADA.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, na forma do Substitutivo da Comis-
são de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Bonifácio de Andrada, pelo Deputado Luiz Couto. Vista ao Deputado
Capitão Augusto, em 22/09/2015.
374 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 5.987/09 – do Sr. Roberto Britto – que “dispõe sobre destinação para arborização ur-
bana de parte dos recursos arrecadados por aplicação de multa por infração ambiental”. (Apensado: PL
6557/2009)
RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do PL 6557/2009, apensado, na
forma do Substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Efraim Filho, pelo Deputado Francisco Floriano. Vista conjunta aos De-
putados Capitão Augusto e Luiz Couto, em 22/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 816/11 – do Sr. Rubens Bueno – que “dispõe sobre a regulamentação de novas pro-
fissões”
RELATOR: Deputado MENDONÇA FILHO.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 08/09/2015, 10/09/2015 e 22/09/2015.
Leitura do Parecer do Relator, Deputado Mendonça Filho, pelo Deputado Elmar Nascimento. Vista conjunta aos
Deputados Capitão Augusto e Marcos Rogério, em 23/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 2.323/11 – do Sr. João Paulo Lima – que “acrescenta parágrafo ao art. 142 da Consolidação
das Leis do Trabalho para dispor sobre o pagamento de férias vencidas ao empregado aposentado por inva-
lidez”. (Apensado: PL 2344/2011)
EXPLICACAO DA EMENTA: Altera o Decreto-lei nº 5.452, de 1943.
RELATOR: Deputado ALCEU MOREIRA.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, do PL 2344/2011, apensado, e do
Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
PROJETO DE LEI Nº 3.616/12 – do Sr. Félix Mendonça Júnior – que “altera a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de
1994, que “Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências”,
para incluir o art. 60-A, com o objetivo de dispor sobre a gratuidade na baixa de empresas que não apresentem
qualquer atividade por, no mínimo, 3 (três) anos”.
RELATOR: Deputado MARCOS ROGÉRIO.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação.
PROJETO DE LEI Nº 3.778/12 – da Sra. Iracema Portella – que “dispõe sobre as embalagens destinadas ao acon-
dicionamento de produtos hortícolas “in natura””.
RELATOR: Deputado JERÔNIMO GOERGEN.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, da Emenda nº 1 da Comissão de
Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, com subemenda, e do Substitutivo da Comis-
são de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, com subemendas; e pela inconstitucionalidade da
Emenda nº 2 da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
PROJETO DE LEI Nº 4.118/12 – do Sr. Eduardo Cunha – que “altera as Leis nºs 8.625, de 12 fevereiro de 1993 e
8.906, de 4 de julho de 1994”.
EXPLICACAO DA EMENTA: Dispõe sobre a forma de escolha do representante do Ministério Público e do Advo-
gado, pelos seus pares, para preenchimento do cargo, nos tribunais, do quinto constitucional.
RELATOR: Deputado SERGIO ZVEITER.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa, com emenda, e, no mérito, pela aprovação.
Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 10/09/2015, 22/09/2015 e 23/09/2015.
PROJETO DE LEI Nº 5.035/13 – do Sr. Antonio Bulhões – que “altera a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964,
que “Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias”, para que o rateio das despe-
sas condominiais seja feito de acordo com o número de unidades da edificação”.
RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR.
PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, com
Substitutivo.
PROJETO DE LEI Nº 1.554/15 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “eleva a manifestação popular denominada Ro-
deio Crioulo à condição de patrimônio cultural imaterial do Brasil”. (Apensado: PL 1767/2015)
RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.
PARECER: a proferir.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 375

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: Anexo II, Plenário 01
HORÁRIO: 14h
A – Audiência Pública:
Tema:
Debater o PL 5069/2013, que tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas es-
pecíficas para quem induz a gestante à prática de aborto.
Requerimentos:
Requerimento nº 58/2015, de autoria das Deputadas Erika Kokay, Maria do Rosário e Cristiane Brasil.
Requerimento nº 66/2015, de autoria do Deputado Evandro Gussi.
Convidados:
1) Senhor Bernardo Campinho, presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ (Confirmado);
2) Senhor Olímpio Barbosa Moraes Filho, Vice-Presidente da Federação Brasileira das Associações de Gineco-
logia e Obstetrícia – FEBRASGO (Confirmado );
3) Senhora Maria do Socorro de Souza, presidente do Conselho Nacional de Saúde (A confirmar);
4) Senhor Rodrigo Pedroso, representante da União dos Juristas Católicos de São Paulo – UJUCASP (Confirmado);
5) Senhora Liliana Bittencourt, Juíza de Direito do 4° Juizado Especial Criminal do Estado de Goiás (Confirmada );
6) Senhora Marina Valadão, Procuradora do Município de Goiânia – GO (Confirmada ).
AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 02/10/2015)


Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):


PROJETO DE LEI Nº 2.255/15 – do Sr. Esperidião Amin – que “inscreve o nome de Joaquim Francisco da Costa
no Livro dos Heróis da Pátria”.
RELATOR: Deputado LUIZ COUTO.
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 166/15 – do Sr. Aelton Freitas – que “dá nova redação ao título do capítulo IV e aos artigos
15, 16 e 17 da Lei nº 8.906/94 de 4 de julho de 1994, para permitir a constituição da sociedade individual do
advogado”. (Apensado: PL 1041/2015)
RELATOR: Deputado WADIH DAMOUS.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 5.588/13 – do Sr. Missionário José Olimpio – que “dispõe sobre a transferência temporária
e simbólica da sede do Governo Federal para a cidade de Itú, Estado de São Paulo”.
RELATOR: Deputado PAULO MALUF.
PROJETO DE LEI Nº 7.361/14 – do Sr. Alceu Moreira – que “altera a redação do art. 2º, inciso V da Lei nº 6.634, de
2 de maio de 1979, para inserir os §§ 1º, 2º e 3º”.
RELATOR: Deputado NELSON MARCHEZAN JUNIOR.
376 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 669/15 – do Sr. William Woo – que “altera o art. 14 da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980,
para autorizar a concessão de visto por dois anos a estrangeiro que venha desenvolver atividades religiosas
no Brasil”.
RELATOR: Deputado PASTOR EURICO.
PROJETO DE LEI Nº 1.144/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “altera o § 3º do art. 21 da Lei nº 9.307, de 23 de setem-
bro de 1996, para tornar obrigatória a presença de advogado no procedimento arbitral”.
RELATOR: Deputado JERÔNIMO GOERGEN.
PROJETO DE LEI Nº 1.592/15 – do Sr. Simão Sessim – que “altera o Art. 3º do Decreto Lei nº 4.657, de 04 de setem-
bro de 1942, com redação dada pela Lei nº 12.376 de 2010 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro”.
RELATOR: Deputado COVATTI FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 1.593/15 – do Sr. Simão Sessim – que “altera o Art. 1º, incluindo o § 4° da Lei nº 12.016, de
07 de agosto de 2009 – Lei do Mandado de Segurança”.
RELATOR: Deputado EVANDRO GUSSI.
PROJETO DE LEI Nº 1.617/15 – do Sr. Simão Sessim – que “altera o parágrafo 1° e cria o parágrafo 2º do art. 53
da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, Código Civil Brasileiro”.
RELATOR: Deputado JOSÉ FOGAÇA.
PROJETO DE LEI Nº 2.161/15 – do Sr. Davidson Magalhães – que “dá nova redação ao inciso III, do artigo 82, da
Lei Nº 5.869, de 11 de Janeiro de 1973 (Código de Processo Civil)”. (Apensado: PL 2164/2015)
RELATORA: Deputada CRISTIANE BRASIL.
PROJETO DE LEI Nº 2.846/15 – do Sr. Mainha – que “altera o art. 943 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
que institui o Código Civil”.
RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.
B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, I):
PROJETO DE LEI Nº 673/07 – do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “dispõe sobre a obrigatoriedade da utilização,
conservação, comercialização e fornecimento de canudos hermeticamente lacrados nos locais que especifica,
e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 840/11 – do Sr. Chico Alencar – que “altera a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, a Lei nº
11.445, de 5 de janeiro de 2007, e a Lei nº 12.340, de 1º de dezembro de 2010, tendo em vista assegurar medi-
das de prevenção de enchentes, deslizamentos de terra e eventos similares”. (Apensado: PL 1385/2011)
RELATOR: Deputado RUBENS PEREIRA JÚNIOR.
PROJETO DE LEI Nº 868/11 – do Sr. Giovani Cherini – que “dispõe sobre a criação de política de desenvolvimento
do ecoturismo e do turismo sustentável em âmbito nacional, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado COVATTI FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 2.141/11 – do Senado Federal – Gerson Camata – (PLS 324/2010) – que “altera o art. 580
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para
fixar o valor da contribuição sindical anual dos agentes e trabalhadores autônomos e dos profissionais liberais
e para dispor sobre a sua atualização”. (Apensado: PL 1491/2011)
RELATOR: Deputado ELMAR NASCIMENTO.
PROJETO DE LEI Nº 4.127/12 – do Sr. Edinho Bez – que “denomina “Prefeito Dilney Chaves Cabral” o viaduto du-
plo de acesso aos Bairros São João e Morrotes localizado no quilômetro 336,35, da BR-101 no Estado de Santa
Catarina”.
RELATOR: Deputado OSMAR SERRAGLIO.
PROJETO DE LEI Nº 4.131/12 – do Sr. Roberto de Lucena – que “dispõe sobre a regulamentação da profissão de
Corretor de Veículos Automotores”.
RELATOR: Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA.
PROJETO DE LEI Nº 5.856/13 – do Senado Federal – Inácio Arruda – (PLS 299/2010) – que “institui o Dia Nacio-
nal de Doação de Cordão Umbilical”.
RELATORA: Deputada TIA ERON.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 377

PROJETO DE LEI Nº 5.954/13 – do Senado Federal – Cristovam Buarque – (PLS 186/2008) – que “altera a Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de diretrizes e bases da educação nacional), para dispor sobre a avalia-
ção na educação indígena”.
RELATOR: Deputado PEDRO CUNHA LIMA.
PROJETO DE LEI Nº 6.176/13 – do Sr. Padre João – que “institui a Política Nacional de Incentivo à Formação de
Bancos Comunitários de Sementes e Mudas de Variedades e Cultivares Locais, Tradicionais ou Crioulos”.
RELATOR: Deputado COVATTI FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 296/15 – do Sr. Valmir Assunção – que “determina que o dia Nacional da Consciência Negra,
20 de novembro, seja feriado nacional”.
RELATOR: Deputado CHICO ALENCAR.
PROJETO DE LEI Nº 489/15 – do Sr. Zé Silva – que “denomina “Rodovia Frei Jorge” o trecho da rodovia BR-251
localizado no perímetro urbano da cidade de Unaí, Estado de Minas Gerais”.
RELATOR: Deputado JORGINHO MELLO.
PROJETO DE LEI Nº 664/15 – do Sr. Adail Carneiro – que “regulamenta a profissão de Corretor de Moda”.
RELATOR: Deputado MARCELO ARO.
PROJETO DE LEI Nº 916/15 – da Sra. Renata Abreu – que “altera o Código Brasileiro de Telecomunicações, Lei
no 4.117, de 27 de agosto de 1962, instituindo como direito do radiodifusor ser informado sobre o término de
sua outorga no prazo que estipula”. (Apensado: PL 1107/2015)
RELATOR: Deputado JUSCELINO FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 1.320/15 – do Sr. Daniel Vilela – que “altera a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que “Dis-
põe sobre as Restrições ao Uso e à Propaganda de Produtos Fumígeros, Bebidas Alcoólicas, Medicamentos, Te-
rapias e Defensivos Agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição Federal”, para vedar o patrocínio
ou apoio, pela administração pública, a evento relacionado ao consumo daqueles produtos”.
RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 1.361/15 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “ Considera pessoa com deficiência aquela com
perda auditiva unilateral”.
RELATOR: Deputado ROGÉRIO ROSSO.
PROJETO DE LEI Nº 1.700/15 – do Sr. Lucas Vergilio – que “altera e revoga dispositivos da Lei nº 4.594, de 29 de
dezembro de 1964, que “Regula a profissão do corretor de seguros””.
RELATOR: Deputado ARTHUR OLIVEIRA MAIA.

COMISSÃO DE CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 02/10/2015)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.727/15 – do Sr. Nilson Pinto – que “denomina “Aeroporto de Carajás/ Pará – Comandante
Pedro Mendonça Filho” o Aeroporto de Carajás/Pará”.
RELATOR: Deputado CABUÇU BORGES.
PROJETO DE LEI Nº 2.978/15 – do Sr. Evandro Gussi – que “declara a cidade de Tupã, no Estado de São Paulo,
Capital Nacional da Fotografia”.
RELATOR: Deputado SÉRGIO REIS.
PROJETO DE LEI Nº 3.006/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera dispositivo da Lei nº 9.610, de 19 de
fevereiro de 1998”.
RELATOR: Deputado CABUÇU BORGES.
PROJETO DE LEI Nº 3.009/15 – do Sr. José Priante – que “fica a Festa do Sairé, realizada no distrito de Alter do
Chão, município de Santarém, Estado do Pará, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, de
acordo com o Artigo 215 e o Artigo 216 da Constituição Federal”.
RELATOR: Deputado CABUÇU BORGES.
378 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 3.024/15 – do Sr. Marcelo Belinati – que “dispõe sobre antecipação de comemoração de fe-
riados com o objetivo de trazer benefícios para a economia nacional e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR.
PROJETO DE LEI Nº 3.048/15 – do Sr. Rogério Rosso – que “declara as Obras do Maestro Cláudio Santoro Patri-
mônio Cultural Imaterial do Brasil”.
RELATORA: Deputada ERIKA KOKAY.
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.673/15 – do Sr. Valdir Colatto – que “altera a Lei nº 9.875, de 25 de novembro de 1999, para
dar a denominação suplementar – Trecho Antonio Carlos Seraglio – ao trecho da rodovia BR-282 localizado no
perímetro urbano da cidade de Xanxerê, Estado de Santa Catarina”.
RELATORA: Deputada GEOVANIA DE SÁ.
PROJETO DE LEI Nº 1.830/15 – do Sr. Pedro Uczai – que “denomina João Batista Menegatti o viaduto na Rodovia
BR-282, na travessia urbana de Xanxerê/SC”.
RELATORA: Deputada GEOVANIA DE SÁ.
PROJETO DE LEI Nº 1.860/15 – do Sr. Major Olimpio – que “altera a denominação do túnel “Mata Fria”, que faz
a divisa dos municípios de Mairiporã e São Paulo, na Rodovia Fernão Dias (BR 381), para Túnel Salatiel Pereira
do Valle”.
RELATOR: Deputado SÉRGIO REIS.
PROJETO DE LEI Nº 2.437/15 – do Sr. Silas Freire – que “denomina “Vereador Marcos Silva” a BR 343, no trecho
Teresina – PI / Parnaíba – PI”
RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.
PROJETO DE LEI Nº 2.480/15 – do Sr. Mauro Mariani – que “denomina “Rodovia Governador Luiz Henrique da
Silveira” o trecho da BR-116 em todo o Estado de Santa Catarina”.
RELATOR: Deputado DIEGO GARCIA.
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 2ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 06-10-15
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 2.092/15 – do Sr. Augusto Coutinho – que “acrescenta novos §§ 2º e 3º ao art. 31 da Lei nº
8.078, de 11 de setembro de 1990, que “dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”, para
disciplinar as informações devidas ao consumidor relativas a majorações de preços de serviços continuados,
e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado RICARDO IZAR.
DECURSO: 5ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.855/10 – do Sr. Milton Monti – que “obriga as concessionárias de serviços públicos a enca-
minharem por escrito, contrato com informações detalhadas sobre produtos e serviços ofertados via telefone
através de telemarketing e call’’s center’’s”. (Apensados: PL 2741/2011 e PL 4388/2012)
RELATOR: Deputado HERCULANO PASSOS.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 379

PROJETO DE LEI Nº 229/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “obriga a entrega de veículo automotor novo, em
substituição ao defeituoso, nas condições que especifica”.
RELATOR: Deputado MARCOS ROTTA.
PROJETO DE LEI Nº 2.849/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990,
para obrigar os fornecedores a informar o histórico de preços dos produtos e serviços ofertados em promoção”.
RELATOR: Deputado GUILHERME MUSSI.
COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.995/15 – do Senado Federal – Cássio Cunha Lima – (PLS 46/2015) – que “altera a Lei nº
12.711, de 29 de agosto de 2012, para dispor sobre o ingresso de pessoas com deficiência nas universidades
federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio”.
RELATORA: Deputada PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE.
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 02/10/2015)


Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 648/15 – do Sr. Luiz Nishimori – que “cria Área de Livre Comércio no Município de Guaíra,
Estado do Paraná”.
RELATOR: Deputado MARCOS SOARES.
PROJETO DE LEI Nº 3.016/15 – do Sr. Laercio Oliveira – que “modifica o art. 2º da Lei 10.101, de 19 de dezembro de 2000”.
RELATOR: Deputado AUGUSTO COUTINHO.
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.636/15 – do Sr. Ronaldo Lessa – que “altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943
(CLT) para dispensar microempresas, firmas individuais, empresas de pequeno porte e pessoas físicas do de-
pósito recursal”.
RELATOR: Deputado JORGE CÔRTE REAL.
PROJETO DE LEI Nº 1.762/15 – do Sr. Carlos Bezerra – que “torna opcional a Contribuição Previdenciária sobre
a Receita Bruta”. (Apensado: PL 1950/2015)
RELATOR: Deputado WALTER IHOSHI.
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.442/15 – da Sra. Clarissa Garotinho – que “altera o artigo 289 e parágrafos da Lei nº 6.404,
de 15 de dezembro de 1976, e a Lei nº 8.639, de 31 de março de 1993”.
RELATOR: Deputado MAURO PEREIRA.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
380 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.833/12 – do Sr. Onofre Santo Agostini – que “ Dispõe sobre a obrigatoriedade dos bares,
restaurantes e similares de fazer constar de seus cardápios porções reduzidas para as pessoas que foram sub-
metidas a cirurgia bariátrica”. (Apensado: PL 6024/2013)
RELATOR: Deputado EDUARDO CURY.
PROJETO DE LEI Nº 7.583/14 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “obriga a que os produtos importa-
dos comercializados tragam informações a respeito da submissão às normas de certificação de conformidade
da Regulamentação Técnica Federal”.
RELATOR: Deputado MAURO PEREIRA.
PROJETO DE LEI Nº 2.184/15 – da Sra. Dulce Miranda – que “acrescenta parágrafo ao art. 93 da Lei nº 8.213, de
24 de julho de 1991, que “dispõe sobre o Plano de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências”
para possibilitar o fornecimento de bolsas de estudo para pessoas com deficiência, quando não alcançada a
cota mínima de contratação desses trabalhadores, nas condições que estabelece”.
RELATORA: Deputada CONCEIÇÃO SAMPAIO.
PROJETO DE LEI Nº 2.902/15 – da Sra. Soraya Santos – que “institui a padronização de tamanho de peças de
vestuário”.
RELATOR: Deputado MARCOS REATEGUI.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 338/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “disciplina a oferta de peças e componentes de veí-
culo automotor de via terrestre ao consumidor”. (Apensado: PL 1154/2015)
RELATOR: Deputado LUIZ LAURO FILHO.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA COM A PARTICIPAÇÃO DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO


LOCAL: Anexo II, Plenário 16
HORÁRIO: 10h
A – Audiência Pública:
TEMA: CERTIFICAÇÃO DAS ARENAS NA COPA DE 2014
Requerimentos nº 17/2015(CMADS) e 24/2015 (CDU), do Sr. Deputado Nilto Tatto
EXPOSITORES:
* CLÁUDIO LANGONE, Consultor do Ministério do Esporte e Coordenador da Câmara Temática de Meio Am-
biente e Sustentabilidade (CONFIRMADO)
* FELIPE FARIA, Diretor do Green Building Council Brasil (CONFIRMADO)

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 02/10/2015)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.722/15 – do Sr. Hildo Rocha – que “acrescenta novo art. 4º-A à Lei nº 10.998, de 15 de de-
zembro de 2004, que “Altera o Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social”, para os fins de discipli-
nar o direcionamento de montante mínimo de recursos a serem aplicados nas habitações de interesse social”.
RELATOR: Deputado CARLOS MARUN.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 381

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 1.805/15 – do Sr. Jerônimo Goergen – que “dispõe sobre a localização dos depósitos dos
estabelecimentos revendedores e/ou distribuidores de agrotóxicos”.
RELATOR: Deputado HEULER CRUVINEL.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.534/15 – do Sr. Chico D’Angelo – que “determina a instalação de fraldários nos banheiros
de uso público masculinos”. (Apensado: PL 1754/2015)
RELATORA: Deputada MOEMA GRAMACHO.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.559/15 – da Sra. Tia Eron – que “acrescenta § 9º ao art. 4º da Lei nº 8.313, de 23 de dezem-
bro de 1991 – Lei Rouanet -, para dispor que pelo menos 40% (quarenta por cento) do Fundo Nacional de Cul-
tura deverão ser empregados em projetos vinculados à cultura e à arte negras”.
RELATORA: Deputada PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA – CANCELADA


LOCAL: Anexo II, Plenário 10
HORÁRIO: 09h30min
A – Audiência Pública:
TEMA: Debater a Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre o Estágio de Estudantes.
(REQ 90/2015 da Deputada Josi Nunes – PMDB/TO)
Convidados:
Representante do Ministério da Educação – MEC
PAULO MOL
Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi – IEL
ALESSIO COSTA LIMA
Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação UNDIME
EDUARDO DESCHAMPS
Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação CONSED
LUIZ GONZAGA BERTELLI
Presidente do Conselho do Centro de Integração Empresa-Escola CIEE
BÁRBARA MELO
Presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
382 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.414/15 – do Sr. Vander Loubet – que “torna obrigatória a manutenção de exemplar do
Estatuto da Criança e do Adolescente nas escolas e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado GERALDO RESENDE.
COMISSÃO DO ESPORTE

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA COM A PARTICIPAÇÃO DA SUBCOMISSÃO ESPECIAL PARA A REALIZAÇÃO


DAS OLIMPÍADAS E PARALIMPÍADAS DE 2016
LOCAL: A Definir
HORÁRIO: 09h30min
A – Audiência Pública:
“Debater a preparação da delegação dos atletas para as Olimpíadas de 2016 com as Confederações Brasileiras
de Ciclismo e Boxe”
Requerimento nº 33/2015
Iniciativa: Deputado João Derly
Convidados:
· Mauro José da Silva, Presidente da Confederação Brasileira de Boxe;
· José Luiz Vasconcellos, Presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo; *
*presença NÃO confirmada
REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA COM A PARTICIPAÇÃO DA SUBCOMISSÃO ESPECIAL PARA A REALIZAÇÃO DAS


OLIMPÍADAS E PARALIMPÍADAS DE 2016
LOCAL: A Definir
HORÁRIO: 09h30min
A – Audiência Pública:
“Debater a preparação da delegação dos atletas para as Olimpíadas de 2016 com as Confederações Brasileiras
de Ciclismo e Boxe”
Requerimento nº 33/2015
Iniciativa: Deputado João Derly
Convidados:
· Mauro José da Silva, Presidente da Confederação Brasileira de Boxe;
· José Luiz Vasconcellos, Presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo; *
*presença NÃO confirmada
COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

REUNIÃO
LOCAL: Sala da Presidência da CFT
HORÁRIO: 09h
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 383

A – Outro Evento:
REUNIÃO MENSAL, RESERVADA AOS PARLAMENTARES, COM O SECRETÁRIO DO TESOURO NACIONAL, SR. MAR-
CELO BARBOSA SAINTIVE
Pauta: Discutir e analisar a execução orçamentária da União, bem como o desempenho das transferências cons-
titucionais dos Fundos de Participação dos Estados, Distrito Federal e Municípios (FPE, FPM, FNE, FNNO e FCO).

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 05
HORÁRIO: 10h
A – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário:

PRIORIDADE

PROJETO DE LEI Nº 5.738/09 – do Senado Federal – Fátima Cleide – (PLS 398/2008) – que “autoriza o Poder
Executivo a criar a Escola Agrotécnica Federal do Vale do Anari, com sede no Município do Vale do Anari, no
Estado de Rondônia”.
RELATORA: Deputada TEREZA CRISTINA.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária.
PROJETO DE LEI Nº 7.276/10 – do Senado Federal – Rosalba Ciarlini – (PLS 298/2009) – que “autoriza o Poder
Executivo a implantar campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte no Município de Assú -RN”.
RELATOR: Deputado MENDONÇA FILHO.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária.
PROJETO DE LEI Nº 7.546/10 – da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público – que “concede
anistia aos ex-empregados de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista demitidos em virtude de
adesão a programas de incentivo ou desligamento voluntário”.
RELATOR: Deputado EDMILSON RODRIGUES.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária.
Não deliberado face o encerramento da reunião, em 02/09/2015
Vista ao Deputado Hildo Rocha, em 09/09/2015.
Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes por 20 dias, em 09/09/2015
PROJETO DE LEI Nº 8.332/15 – do Tribunal Superior do Trabalho – que “dispõe sobre a criação de cargos de Juiz
do Trabalho Substituto e de cargos de provimento efetivo no Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região e dá
outras providências”.
RELATOR: Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária, com emenda.
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 39/11 – do Sr. Izalci – que “modifica a Lei de Responsabilidade Fiscal, para
instituir Programas de Metas qualitativas e quantitativas nos governos estaduais e municipais”.
EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Altera a Lei nº 101, de 04 de maio de 2000.
RELATOR: Deputado PAUDERNEY AVELINO.
PARECER: pela incompatibilidade financeira e orçamentária.
Não Deliberado face o encerramento da reunião por acordo dos Srs. Líderes, em 15/04/2015
Não deliberado face o encerramento da reunião por falta de quorum, em 11/03/2015 e 31/03/2015
Não Deliberado face o início da Ordem do Dia do Plenário, em 08/04/2015
Retirado de pauta em virtude da aprovação de requerimento do Deputado Luiz Carlos Hauly, em 16/04/2015
Retirado de pauta em virtude da aprovação de requerimento do Deputado Mandetta, em 22/04/2015
Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes, em 25/03/2015
Vista ao Deputado Edmilson Rodrigues, em 28/04/2015.

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 695/11 – do Sr. Andre Moura – que “dispõe sobre a criação de Escola Técnica Federal de Ja-
paratuba / SE”.
RELATOR: Deputado ENIO VERRI.
384 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do Projteto de Lei nº 695/2011 e


das emendas da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
Não Deliberado, em 09/09/2015
Não Deliberado face o encerramento da reunião, em 26/08/2015 e 02/09/2015
Retirado de pauta em virtude da aprovação de requerimento do Deputado Pauderney Avelino, em 24/09/2015
B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões:
PRIORIDADE

PROJETO DE LEI Nº 4.743/05 – do Poder Executivo – (MSC 4/2005) – que “dispõe sobre a transformação de car-
gos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e Funções Gratificadas – FG, no âm-
bito do Poder Executivo Federal”.
RELATOR: Deputado ROGÉRIO ROSSO.
PARECER: pela inadequação financeira e orçamentária.
PROJETO DE LEI Nº 1.217/07 – do Senado Federal – Romeu Tuma – (PLS 37/2006) – que “altera o inciso XIV do
art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, para incluir a pneumopatia grave e a fibrose cística (muco-
viscidose) entre os agravos à saúde a cujos portadores é concedida a isenção do imposto de renda sobre os
proventos de aposentadoria ou reforma. “. (Apensados: PL 5409/2005 (Apensados: PL 5682/2005, PL 6005/2005
(Apensados: PL 6700/2006 e PL 3186/2008), PL 6869/2006, PL 7458/2006, PL 7496/2006, PL 7511/2006, PL
389/2007, PL 335/2007, PL 1882/2007, PL 1970/2007 e PL 2703/2007 (Apensado: PL 2920/2008)), PL 3476/2008,
PL 3815/2008, PL 4231/2008, PL 4639/2009, PL 5481/2009 e PL 5737/2009)
RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.
PARECER: pela adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei 1.217/2007, dos PL’s 5.682/2005,
6.005/2005, 6.700/2006, 6.869/2006, 7.458/2006, 7.496/2006, 7.511/2006, 335/2007, 389/2007, 1.882/2007,
1.970/2007, 3.186/2008, 3.476/2008, 4.231/2008, 5.409/2005, 5.481/2009, 5.737/2009, apensados, do Substi-
tutivo da Comissão de Seguridade Social e Família e da Emenda a ele apresentada na Comissão de Finanças e
Tributação; pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária dos PL’s nºs 2.703/2007, 2.920/2008 e
4.639/2009, apensados, nos termos da emenda de adequação; e pela não implicação da matéria em aumento
ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira
e orçamentária do PLnº 3 .815/2008, apensado; e, no mérito, pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.217/2007,
dos PL’s nºs 5.682/2005, 6.005/2005, 6.700/2006, 6.869/2006, 7.458/2006, 7.496/2006, 7.511/2006, 335/2007,
389/2007, 1.882/2007, 1.970/2007, 3.186/2008, 3.476/2008, 4.231/2008, 5.409/2005, 5.481/2009, 5.737/2009,
2.703/2007, 2.920/2008, 4.639/2009 e 3.815/2008, apensados, nos termos do Substitutivo da CSSF e da emen-
da a ele apresentada na CFT.
PROJETO DE LEI Nº 1.468/07 – do Senado Federal – Cristovam Buarque – (PLS 4/2006) – que “altera os arts. 4º,
9º, 11 e 67 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacio-
nal, com vistas a garantir atendimento médico e odontológico ao educando no ensino fundamental público,
dispor sobre a incumbência da União na avaliação do ensino, prever a avaliação das escolas no âmbito munici-
pal e assegurar licença periódica de capacitação para os profissionais da educação”. (Apensado: PL 1831/2007)
RELATOR: Deputado AFONSO FLORENCE.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 1.468/2007, do
PL nº 1.831/2007, apensado, e do Substitutivo da Comissão de Educação; e pela adequação financeira e orça-
mentária das Emendas nºs 1/2007 e 2/2007 apresentadas na Comissão de Seguridade Social e Família.
Não deliberado face o encerramento da reunião, em 20/05/2015 e 08/07/2015
Retirado de pauta em virtude da aprovação de requerimento do Deputado Enio Verri, em 12/08/2015
Retirado de pauta em virtude da ausência do relator, em 10/06/2015, 17/06/2015, 15/07/2015 e 05/08/2015
Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes, em 24/06/2015
PROJETO DE LEI Nº 7.990/14 – do Tribunal Superior Eleitoral – que “cria cargos efetivos nos quadros de pessoal
dos tribunais eleitorais, destinados às unidades de tecnologia da informação”.
RELATOR: Deputado MANOEL JUNIOR.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária, com emenda.
PROJETO DE LEI Nº 1.179/15 – do Superior Tribunal de Justiça – que “dispõe sobre a criação de cargos de pro-
vimento efetivo no Quadro de Pessoal do Superior Tribunal de Justiça e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado MANOEL JUNIOR.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária, com emenda.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 385

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 3.336/08 – do Sr. Luis Carlos Heinze – que “altera a Lei nº 11.116, de 18 de maio de 2005,
para incentivar a produção de biocombustível para o consumo do próprio produtor rural e de associados de
cooperativas agropecuárias”.
RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do Projeto, na forma do Substitutivo
da Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Submenda da Comissão
de Minas e Energia; e, no mérito, pela aprovação do Projeto, na forma do Substitutivo da CAPADR e da Sub-
menda da CME.
Vista ao Deputado Afonso Florence, em 12/12/2012.
Não Deliberado, em 09/09/2015
Não Deliberado face o encerramento da reunião, em 19/08/2015, 26/08/2015 e 02/09/2015
Retirado de pauta em virtude da ausência do relator, em 24/09/2015
PROJETO DE LEI Nº 2.607/11 – do Sr. Felipe Bornier – que “concede isenção do Imposto de Renda sobre a
remuneração de professores, nas condições que estabelece”. (Apensados: PL 6167/2013, PL 7209/2014 e PL
2630/2015)
EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Altera a Lei nº 7.713, 1988.
RELATOR: Deputado EDMILSON RODRIGUES.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 2.607/2011, dos
PL’s nºs 6.167/2013, 7.209/2014, 2.630/2015, apensados, com Substitutivo; e, no mérito, pela aprovação do PL
nº 2.607/2011 e dos PL’s nºs 6.167/2013, 7.209/2014, 2.630/2015, apensados, com Substitutivo.
Retirado de pauta a pedido do relator, em 08/07/2015 e 24/09/2015
Retirado de pauta, de ofício, em 15/07/2015
Não Deliberado, em 09/09/2015
Não deliberado face o encerramento da reunião, em 24/06/2015, 01/07/2015, 26/08/2015 e 02/09/2015
PROJETO DE LEI Nº 4.742/12 – do Senado Federal – Sérgio Zambiasi – (PLS 179/2008) – que “autoriza o Poder
Executivo a instituir o adicional por atividade de risco para os vigilantes de instituições federais de educação
superior e de pesquisa científica e tecnológica”. (Apensado: PL 4863/2009)
RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.
PARECER: pela adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 4.742/2012 e do PL nº 4.863/2009,
apensado, com emendas.
Não Deliberado, em 09/09/2015
Não deliberado face o encerramento da reunião, em 02/09/2015
Retirado de pauta em virtude da ausência do relator, em 24/09/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.601/04 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “altera o cálculo de apuração do im-
posto de renda sobre ganho de capital referente à alienação de imóvel realizada por pessoa física”. (Apensa-
dos: PL 3855/2004, PL 4815/2005, PL 4093/2008 (Apensados: PL 4513/2008, PL 7094/2010, PL 5631/2013, PL
5639/2013, PL 1951/2015 e PL 2271/2015), PL 5526/2009, PL 6618/2009 e PL 4658/2012)
EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Altera a Lei nº 8.981, de 1995.
RELATOR: Deputado JOÃO GUALBERTO.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei 3.601/2004 e
dos PL’s nºs 3.855/2004, 4.815/2005, 4.093/2008, 4.513/2008, 5.526/2009, 6.618/2009, 7.094/2010, 4.658/2012,
5.631/2013, 5.639/2013, 1.951/2015 e 2.271/2015, apensados.
Vista ao Deputado Antonio Cambraia, em 10/11/2004.
PROJETO DE LEI Nº 436/07 – da Sra. Elcione Barbalho – que “torna obrigatória a contratação de seguro contra
o rompimento de barragens”.
RELATOR: Deputado BENITO GAMA.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária.
PROJETO DE LEI Nº 1.299/07 – do Sr. Márcio França – que “estabelece programa de certificação para o etanol e
a participação governamental sobre a sua produção”. (Apensados: PL 1943/2007 e PL 1040/2011)
386 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

EXPLICACAO DA EMENTA: Establece programa de qualidade do álcool combustível.


RELATOR: Deputado MAURO PEREIRA.
PARECER: pela incompatibilidade financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 1299/2007, do PL nº 1.040/2011,
apensado, e pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas,
não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do PL nº 1.943/2007, apensado;
e, no mérito, pela rejeição do PL nº 1.943/2007, apensado.
PROJETO DE LEI Nº 2.092/07 – do Sr. Marcos Montes – que “dispõe sobre o Programa de Reestruturação do Pas-
sivo do Setor Rural Brasileiro, de operações originárias de crédito rural, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado RICARDO BARROS.
PARECER: pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do PL nº 2.092/07, da Emenda
1/2007 apresentada na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR)
e do Substitutivo da CAPADR.
PROJETO DE LEI Nº 4.293/08 – do Sr. Leonardo Picciani e outros – que “concede anistia aos ex-servidores da
Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional, exonerados em virtude de adesão, a partir de
21 de novembro de 1996, a programas de desligamento voluntário”. (Apensados: PL 4499/2008 (Apensado: PL
5149/2009) e PL 5447/2009)
EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Refere-se a Programas de Desligamento Voluntário (PDV), que ocorreram a partir
de 21 de novembro de 1996, data de vigência da Medida Provisória nº 1.530-7, de 1997, convertida na Lei nº
9.468, de 1997.
RELATOR: Deputado MIRO TEIXEIRA.
PARECER: pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 4.293/2008 e dos
PL’s nºs 4.499/2008, 5.149/2009 e 5.447/2009, apensados, com emendas, e do Substitutivo da Comissão de Tra-
balho, de Administração e Serviço Público, com subemenda.
Vista ao Deputado Enio Verri, em 26/08/2015.
Não deliberado face o encerramento da reunião, em 02/09/2015
Retirado de pauta por acordo dos Srs. Líderes por 15 dias, em 09/09/2015
PROJETO DE LEI Nº 88/11 – do Sr. Weliton Prado – que “dispõe sobre a inclusão de municípios do Estado de
Minas Gerais na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste – ADENE”.
EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Inclui municípios mineiros que integram a microrregião do médio Rio das Velhas na
área de abrangência da ADENE.
RELATOR: Deputado LEONARDO QUINTÃO.
PARECER: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não
cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária; e no mérito pela aprovação.
Retirado de pauta em virtude da aprovação de requerimento do Deputado Enio Verri, em 13/05/2015
Retirado de pauta em virtude da ausência do relator, em 28/04/2015

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 02/10/2015)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito:
PROJETO DE LEI Nº 202/15 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “acrescenta parágrafo único ao artigo 15 da Lei nº
8.383, de 30 de dezembro de 1991 dá outras providências”.
RELATORA: Deputada LEANDRE.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 387

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 1.910/15 – do Sr. Heráclito Fortes – que “dispõe sobre o pagamento de compensação finan-
ceira aos Estados, aos Municípios, ao Distrito Federal e a órgãos da administração direta da União pelo uso de
potenciais eólicos para geração de energia elétrica, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado DAVIDSON MAGALHÃES.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito:


PROJETO DE LEI Nº 6.533/09 – da Sra. Alice Portugal – que “dispõe sobre a proibição de alienação de bens
imóveis, de valor artístico, histórico e/ou cultural, pertencentes a instituições religiosas, que tenham recebido
quaisquer imunidades, isenções e benefícios do Governo Federal, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado EDMILSON RODRIGUES.
PROJETO DE LEI Nº 2.708/07 – do Sr. Luiz Carlos Busato – que “altera a legislação do imposto de renda das pes-
soas jurídicas e da organização e custeio da previdência social para desonerar a remuneração de férias e o dé-
cimo terceiro salário”. (Apensados: PL 5003/2009, PL 5932/2009, PL 1186/2011, PL 3600/2012, PL 4799/2012, PL
4965/2013, PL 5610/2013, PL 5910/2013, PL 6087/2013, PL 6571/2013 (Apensados: PL 6781/2013 e PL 425/2015),
PL 1585/2015 e PL 1785/2015)
RELATOR: Deputado BENITO GAMA.
PROJETO DE LEI Nº 1.345/15 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “institui o Fundo Nacional de Apoio à Re-
gião do Jalapão – Funjalapão, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado HILDO ROCHA.
PROJETO DE LEI Nº 1.737/15 – da Sra. Renata Abreu – que “autoriza o aproveitamento dos incentivos fiscais
da Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991 (Lei Rouanet), pelas empresas optantes pelo lucro presumido na
apuração do imposto de renda”.
RELATOR: Deputado ALUISIO MENDES.
PROJETO DE LEI Nº 2.738/15 – do Sr. Subtenente Gonzaga – que “altera as Leis nº 9.532, de 10 de dezembro de
1997, nº 8.069, de 13 de julho de 1990, nº 8.685, de 20 de julho de 1993, nº 12.213, de 20 de janeiro de 2010, e
nº 12.715, de 17 de setembro de 2012; e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado GIOVANI CHERINI.
PROJETO DE LEI Nº 2.740/15 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “altera a Lei nº 10.485, de 3 de ju-
lho de 2002, para excluir de sua aplicação os produtos descritos no Capítulo 84 da TIPI não autopropulsados”.
RELATOR: Deputado PAUDERNEY AVELINO.
PROJETO DE LEI Nº 2.784/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “institui isenção do IOF para as operações de cré-
dito de até R$ 10.000,00”.
RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY.
PROJETO DE LEI Nº 2.798/15 – da Sra. Maria Helena – que “dispõe sobre a desoneração tributária de equipa-
mentos de combate e prevenção de incêndios”.
RELATORA: Deputada LEANDRE.
PROJETO DE LEI Nº 2.856/15 – do Sr. Marco Maia – que “dispõe sobre o pagamento dos tributos relativos ao
ingresso de bens de procedência estrangeira, nas condições que menciona, e dá outras providências”
RELATOR: Deputado RAFAEL MOTTA.
B – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária (art. 54):
PROJETO DE LEI Nº 4.614/09 – do Sr. Otavio Leite – que “altera o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615 de 1998, para as-
segurar, ao Comitê Olímpico Brasileiro, ao Comitê Paraolímpico Brasileiro e aos Clubes Desportivos Brasileiros
Formadores de Atletas Olímpicos a destinação dos recursos financeiros resultantes do percentual de que trata
o inciso VI de seu caput”. (Apensados: PL 5818/2009, PL 1709/2011, PL 1682/2011 (Apensado: PL 6219/2013),
PL 7002/2013 e PL 2018/2015)
RELATOR: Deputado JOAQUIM PASSARINHO.
388 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 328/11 – do Sr. Hugo Leal – que “dispõe sobre a obrigatoriedade do fornecimento de fral-
das descartáveis aos portadores de necessidade especial e idosos”. (Apensados: PL 823/2011 (Apensado: PL
540/2015), PL 6216/2013 e PL 6872/2013)
RELATOR: Deputado FÉLIX MENDONÇA JÚNIOR.
PROJETO DE LEI Nº 832/15 – do Sr. Fabio Garcia e outros – que “altera o art. 13 da Lei nº 10.438, de 26 de abril
de 2002, que “Dispõe sobre a expansão da oferta de energia elétrica emergencial, recomposição tarifária ex-
traordinária, cria o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), a Conta de De-
senvolvimento Energético (CDE), dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, dá
nova redação às Leis nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, no 9.648, de 27 de maio de 1998, nº 3.890-A, de 25
de abril de 1961, nº 5.655, de 20 de maio de 1971, nº 5.899, de 5 de julho de 1973, no 9.991, de 24 de julho de
2000, e dá outras providências.”” (Apensado: PL 1483/2015)
RELATOR: Deputado HILDO ROCHA.
PROJETO DE LEI Nº 1.970/15 – do Sr. Daniel Coelho – que “torna obrigatória e gratuita a realização de testes
para a detecção de Mormo em equídeos, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado ALEXANDRE BALDY.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
A – Da Análise da Adequação Financeira e Orçamentária e do Mérito:
PROJETO DE LEI Nº 7.719/14 – do Sr. Rubens Bueno – que “altera a legislação tributária facultando que as mer-
cadorias vendidas com fim específico de exportação sejam enviadas às empresas exportadoras ou às zonas
alfandegárias”.
RELATOR: Deputado JUNIOR MARRECA.

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: Anexo II, Plenário 15
HORÁRIO: 10h
A – Audiência Pública:
Discutir a Regularização Fundiária da BR 163.
Em atendimento ao Requerimento n° 52/2015, de autoria do Deputado Zé Geraldo.
Convidados:
· Sr. Wajdi Rashad Mishmish – Chefe de Gabinete da Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária na
Amazônia Legal, representando o Ministério do Desenvolvimento Agrário;
· Sr. Leonardo Góes Silva – Presidente Substituto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA); e
· Sra. Patrícia da Silva – Coordenadora Geral de Consolidação Territorial da Diretoria de Ações Socioambien-
tais e Consolidação Territoriais em Unidades de Conservação (CGTER/DISAT), representando o Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 389

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.918/15 – do Sr. Silas Câmara – que “altera o artigo 2º do Decreto Lei nº 288, de 28 fevereiro
de 1967, que altera as disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e regula a Zona Franca de Manaus”.
RELATOR: Deputado DELEGADO ÉDER MAURO.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA COM A PARTICIPAÇÃO DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO


LOCAL: Anexo II, Plenário 16
HORÁRIO: 10h
A – Audiência Pública:
TEMA: CERTIFICAÇÃO DAS ARENAS NA COPA DE 2014
Requerimentos nº 17/2015(CMADS) e 24/2015 (CDU), do Sr. Deputado Nilto Tatto
EXPOSITORES:
* CLÁUDIO LANGONE, Consultor do Ministério do Esporte e Coordenador da Câmara Temática de Meio Am-
biente e Sustentabilidade (CONFIRMADO)
* FELIPE FARIA, Diretor do Green Building Council Brasil (CONFIRMADO)

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 612/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “dispõe sobre a contratação de energia elétrica pro-
veniente da fonte solar em instalações geradoras situadas na região Nordeste”.
RELATOR: Deputado JOÃO CARLOS BACELAR.
PROJETO DE LEI Nº 2.988/15 – do Senado Federal – Lídice da Mata – (PLS 86/2015) – que “institui normas gerais
para a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco”.
RELATOR: Deputado RODRIGO DE CASTRO.

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 196/15 – do Sr. Capitão Augusto – que “regula as ações de Polícia Administrativa exercida
pelos Corpos de Bombeiros Militares dentro das suas atribuições de prevenção e extinção de incêndio, e pe-
rícias de incêndios e ações de defesa civil, de busca salvamento, de resgate e atendimento pré-hospitalar e
de emergência; e pelas Polícias Militares no exercício da Polícia Ostensiva e Polícia de Preservação da Ordem
Pública, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado MAJOR OLIMPIO.
390 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA


AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 6.892/10 – do Sr. Roberto Santiago – que “altera o art. 20 da Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de
1993, que dispõe sobre a Organização da Assistência Social, e dá outras providências”. (Apensados: PL 7774/2010,
PL 723/2011 (Apensados: PL 5882/2013 e PL 299/2015), PL 890/2011 (Apensados: PL 6188/2013, PL 1402/2015, PL
1764/2015 e PL 2153/2015), PL 777/2011 (Apensado: PL 5724/2013), PL 5933/2013, PL 7015/2013 e PL 270/2015)
RELATOR: Deputado GERALDO RESENDE.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 117/11 – do Sr. Hugo Leal – que “altera dispositivos da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993, que dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências, para elevar para ½ (meio)
salário mínimo per capita para concessão do benefício de prestação continuada e dos benefícios eventuais”.
(Apensados: PL 130/2011, PL 289/2011 (Apensado: PL 6166/2013), PL 747/2011, PL 911/2011 (Apensados: PL
1389/2011 e PL 1629/2011 (Apensado: PL 7608/2014)), PL 2238/2011, PL 561/2011, PL 2543/2011, PL 3035/2011,
PL 5836/2013 (Apensados: PL 6489/2013, PL 8150/2014 e PL 2266/2015), PL 1132/2015 e PL 2429/2015)
RELATORA: Deputada BENEDITA DA SILVA.
PROJETO DE LEI Nº 7.333/14 – do Sr. Valadares Filho – que “altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000,
para dispor sobre a acessibilidade de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida a lan houses, cyber-
cafés e demais estabelecimentos de prestação de serviços de internet”.
RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSA.
PROJETO DE LEI Nº 4.558/12 – do Sr. Valdir Colatto – que “dispõe sobre isenção do Imposto sobre Produtos In-
dustrializados (IPI) nas aquisições de automóveis de passageiros, veículos de uso misto ou ambulâncias feitas
pelas instituições de assistência social, sem fins lucrativos, inclusive as Associações de Pais e Amigos dos Ex-
cepcionais (APAE)”. (Apensados: PL 5457/2013 e PL 7381/2014)
RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSA.
PROJETO DE LEI Nº 5.976/13 – do Sr. Márcio Macêdo – que “acrescenta inciso ao art. 2º da Lei nº 12.513, de 26
de outubro de 2011, para inserir as mulheres em situação de violência doméstica ou familiar entre os destina-
tários prioritários do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)”. (Apensados: PL
7546/2014 e PL 8017/2014 (Apensado: PL 2182/2015))
RELATORA: Deputada BENEDITA DA SILVA.
PROJETO DE LEI Nº 239/15 – do Sr. Luiz Couto – que “altera a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, que “dispõe
sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados
em áreas urbanas”, aperfeiçoando o cálculo da renda familiar para efeitos de definição dos beneficiários do
Programa”. (Apensados: PL 295/2015 e PL 1882/2015)
RELATORA: Deputada BENEDITA DA SILVA.
PROJETO DE LEI Nº 297/15 – do Sr. João Fernando Coutinho – que “dá nova redação aos dispositivos da Lei nº
8.010, de 29 de março de 1990 que dispõe sobre importações de bens destinados à pesquisa científica e tec-
nológica, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSA.
PROJETO DE LEI Nº 866/15 – do Sr. Izalci – que “cria o Fundo Nacional de Apoio ao Sistema Socioeducativo”
RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSA.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 391

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 1.999/15 – do Sr. Uldurico Junior – que “proíbe o uso de equipamento de proteção indivi-
dual, por profissionais da área da saúde, fora do ambiente laboral”.
RELATORA: Deputada CONCEIÇÃO SAMPAIO.
COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO
AVISOS
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 2.369/15 – do Sr. Domingos Neto – que “dá nova redação ao artigo 67 da Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre o período
máximo para fruição pelo empregado, da folga coincidente com o Domingo”.
RELATOR: Deputado ADEMIR CAMILO.
COMISSÃO DE TURISMO
REUNIÃO ORDINÁRIA
AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: A Definir
HORÁRIO: 09h
A – Audiência Pública:
Tema: “Debater a importância do turismo LGBT”
(Em atenção ao Requerimento 57/15 de autoria da Deputada Luizianne Lins)
Convidados:
· Sr. Henrique Eduardo Alves – Ministro de Estado do Turismo (a confirmar);
· Sr. Vinicius Lummertz – Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur (a confirmar);
· Sra. Rafaela Lehmann – Coordenadora-Geral Substituta de Programas de Incentivo a Viagens do Ministério
do Turismo (confirmada);
· Sr. Rafael Felismino – Coordenador-geral de acompanhamento e estruturação de produtos do Instituto Bra-
sileiro de Turismo – Embratur (confirmado);
· Marta Dalla Chiesa – Presidente da Associação Brasileira de Turismo para gays, lésbicas e simpatizantes –
ABRAT (a confirmar);
· Symmy Larrat – Coordenadora-Geral de promoção dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e tran-
sexuais da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (confirmado);
· Carlos Tufvesson – Coordenador Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro. (a confirmar)
AVISOS
PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)
DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15
Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.031/15 – do Sr. Capitão Augusto – que “institui a região de Angra Doce, nos termos que
especifica, como Área Especial de Interesse Turístico”.
RELATORA: Deputada MAGDA MOFATTO.
DECURSO: 4ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15
392 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.892/15 – do Sr. Alex Manente – que “dispõe sobre a dedução do lucro tributável para fins
do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) das despesas realizadas em Programas de Capacitação dos
Trabalhadores do Setor de Turismo e altera a Lei nº 12.974, de 15 de maio de 2014”
RELATOR: Deputado RONALDO LESSA.
COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: A Definir
HORÁRIO: 14h
A – Audiência Pública:
Tema:
“Discutir o modelo de concessão ferroviária: open access ou exploração exclusiva”.
Convidados:
· Ministério da Fazenda;
· Ministério dos Transportes;
· Agencia Nacional de Transporte Terreste – ANTT;
· Engenharia, Construções e Ferrovias – VALEC;
· Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários – ANTF; e
· Confederação Nacional do Transporte – CNT.
REUNIÃO

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DOS PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS


LOCAL: Santa Catarina
HORÁRIO: 15h
A – Outro Evento:
COMITIVA:
Parlamentares:
· Deputada Clarissa Garotinho – PR/RJ – Presidente da Comissão de viação e Transportes;
· Deputado Milton Monti – PR/SP – Presidente da Subcomissão;
· Deputado Edinho Bez – PMDB/SC – Relator da Subcomissão;
· Deputado João Paulo Papa – PSDB/SP;
· Deputado Alexandre Valle – PRP/RJ;
· Deputado Juscelino Filho – PRP/MA;
· Deputado Hugo Leal – PROS/RJ; e
· Deputado Mauro Mariani – PMDB/SC;
ANTAQ
· Mario Povia – Diretor-Geral;
· Bruno Pinheiro – Superintendente de Fiscalização; e
· Mauricio Souza – Chefe da Unidade Regional de Florianópolis.
FIESC
· Egídio Antônio Martorano – representante
Objetivo da missão oficial:
Conhecer a situação dos portos catarinenses, discutindo seus problemas e reunindo esforços para encontrar
soluções.
Compromissos da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis em Santa Catarina nos portos de Navegante, Itajaí,
São Francisco do Sul, Itapoá e Imbituba:
Dia 01/10/2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 393

– Portonave (Navegantes)
-Visita ao porto
· Apresentação da Portonave aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis
· Espaço para debate com parlamentares
Dia 02/10/2015
· Porto de Itajaí
· Visita ao porto
· Apresentação do Porto de Itajaí aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis
· Espaço para debate com parlamentares
– Porto de São Francisco do Sul
· Visita ao porto
· Apresentação do Porto de São Francisco do Sul aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis
· Espaço para debate com parlamentares
· Porto de Itapoá
· Visita ao porto
· Apresentação do Porto de Itapoá aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis
· Espaço para debate com parlamentares
Dia 03/10/2015
· Porto de Imbituba
· Visita ao porto
· Apresentação do Porto de Imbituba aos membros da Subcomissão de Portos e Vias Navegáveis
· Espaço para debate com parlamentares

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)


DECURSO: 1ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 07-10-15

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.753/09 – da Sra. Gorete Pereira – que “modifica o Código de Trânsito Brasileiro, dispon-
do sobre a composição das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações – JARI”. (Apensado: PL 7039/2010
(Apensado: PL 4955/2013))
RELATOR: Deputado HUGO LEAL.
PROJETO DE LEI Nº 7.988/14 – do Sr. Rogério Peninha Mendonça – que “altera a Lei nº 9.503, de 23 de se-
tembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o julgamento das penalida-
des decorrentes de infrações cometidas por condutores de veículos de socorro e fiscalização, quando em
serviço de urgência”.
RELATOR: Deputado MAURO MARIANI.
DECURSO: 3ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 05-10-15

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.712/13 – do Sr. Luiz Couto – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de
1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, os trechos rodoviários que especifica”.
RELATOR: Deputado SILAS FREIRE.
PROJETO DE LEI Nº 6.919/13 – do Sr. Wilson Filho – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de
1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”.
RELATOR: Deputado SILAS FREIRE.
PROJETO DE LEI Nº 7.424/14 – do Sr. Hugo Motta – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de
1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”.
RELATOR: Deputado SILAS FREIRE.
394 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 7.466/14 – do Sr. Hugo Motta – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de
1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”.
RELATOR: Deputado SILAS FREIRE.
PROJETO DE LEI Nº 8.312/14 – do Sr. Diego Andrade – que “altera a Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a
reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de
Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado GOULART.
PROJETO DE LEI Nº 1.591/15 – do Sr. Ezequiel Fonseca – que “inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro
de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o trecho rodoviário que especifica”.
RELATOR: Deputado SILAS FREIRE.
Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO
PROJETO DE LEI Nº 5.141/13 – do Sr. Camilo Cola – que “altera a Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, para
isentar da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comerciali-
zação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível os produtos utili-
zados em serviços públicos de transporte coletivo urbano municipal e transporte coletivo urbano alternativo”
(Apensados: PL 5804/2013, PL 6949/2013 e PL 954/2015)
RELATOR: Deputado AUREO.
II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABORAR PROPOSTA DE
LEI ORGÂNICA DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 10
HORÁRIO: 09h30min
Apresentação da Versão Preliminar do texto da Lei Orgânica de Segurança Pública do Brasil com as sugestões
acatadas pelo Relator, Deputado Ronaldo Benedet.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ESTUDAR E APRESENTAR PROPOSTAS COM
RELAÇÃO AO FINANCIAMENTO DA ATIVIDADE SINDICAL

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Auditório Nereu Ramos
HORÁRIO: 10h
A – Reunião de Instalação:
I – Instalação da Comissão;
II – Eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ESTUDAR E APRESENTAR PROPOSTAS DE
REFORMULAÇÃO DA LEI PELÉ (LEI Nº 9.615, DE 1998), DO ESTATUTO DE DEFESA DO TORCEDOR
(LEI Nº 10.671, DE 2003) E DAS DEMAIS LEGISLAÇÕES APLICADAS AO FUTEBOL E AO ESPORTE

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: Anexo II, Plenário 04
HORÁRIO: 09h30min
A – Audiência Pública:
Tema: Formação de atletas de futebol
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 395

Convidados:
· MANOEL MACHADO BATISTA, representante do Esporte Clube Vitória – confirmado;
· GENDERSON SILVEIRA LISBOA, Procurador do Ministério Público do Trabalho – confirmado;
· ERASMO MARCELO DAMIANI, Coordenador das Seleções de Base da Confederação Brasileira de Futebol –
confirmado;
· RODRIGO FONSECA, representante do UNICEF – Brasil – confirmado.
Em atendimento ao Req. 9/15, do Dep. Rogério Marinho.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Nº 2-A, DE 2015, DO SR. HÉLIO LEITE E OUTROS, QUE “ALTERA O ART. 166 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
PARA TORNAR OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA QUE ESPECIFICA”

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES)


DECURSO: 10ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15
Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2/15 – do Sr. Hélio Leite – que “altera o art. 166 da Constituição
Federal, para tornar obrigatória a execução da programação orçamentária que especifica”.
RELATOR: Deputado CARLOS HENRIQUE GAGUIM.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À
CONSTITUIÇÃO Nº 74-A, DE 2015, DO SR. CARLOS SAMPAIO E OUTROS, QUE “ACRESCENTA
PARÁGRAFOS AO ARTIGO 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DISPONDO SOBRE O REGIME DE
PAGAMENTO DE DÉBITOS PÚBLICOS DECORRENTES DE CONDENAÇÕES JUDICIAIS, E ACRESCENTA
DISPOSIÇÕES AO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, INSTITUINDO REGIME
ESPECIAL DE PAGAMENTO PARA OS CASOS EM MORA”

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 10
HORÁRIO: 12h
A – Reunião de Instalação e Eleição:
· Instalação da Comissão e eleição do presidente e vices-presidentes.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À
CONSTITUIÇÃO Nº 80-A, DE 2015, DO SR. VALTENIR PEREIRA E OUTROS, QUE “ACRESCENTA O
ARTIGO 132-A À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, E OS PARÁGRAFOS 1º, 2º E 3º AO ARTIGO 69 DO
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, ESTABELECENDO AS PROCURADORIAS
AUTÁRQUICAS E FUNDACIONAIS E REGULANDO A TRANSIÇÃO DAS ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA,
ASSESSORAMENTO E CONSULTORIA JURÍDICA PARA O SISTEMA ORGÂNICO DAS PROCURADORIAS
GERAIS DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS”

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES)


DECURSO: 9ª SESSÃO
ÚLTIMA SESSÃO: 02-10-15
Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 80/15 – do Sr. Valtenir Pereira e outros – que “”Acrescenta o artigo
132-A à Constituição da República, e os parágrafos 1º, 2º e 3º ao artigo 69 do Ato das Disposições Constitucio-
nais Transitórias, estabelecendo as procuradorias autárquicas e fundacionais e regulando a transição das ativi-
396 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

dades de assistência, assessoramento e consultoria jurídica para o sistema orgânico das Procuradorias Gerais
dos Estados, Distrito Federal e Municípios””
RELATOR: Deputado ODORICO MONTEIRO.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE
LEI Nº 1775, DE 2015, DO PODER EXECUTIVO, QUE “DISPÕE SOBRE O
REGISTRO CIVIL NACIONAL (RCN) E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”

SEMINÁRIO
LOCAL: Anexo II, Plenário 03
HORÁRIO: 09h30min
A – Seminário:
PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO NACIONAL.
Data: 1º de outubro de 2015 – quinta-feira
Hora: Das 09:30 às 13:00 horas
Local: Anexo II da Câmara dos Deputados, no Plenário 03.
Tema: – Debate sobre o Projeto de Lei nº 1.775/2015 que “dispõe sobre o Registro Civil Nacional (RCN)”.
Presidente da Comissão Especial: Deputado Rômulo Gouveia.
Autor do Requerimento nº 16/15: Deputado Sóstenes Cavalcante.
Relator: Deputado Júlio Lopes
Participarão do evento os membros da Comissão Especial.
Convidados:
1 – Desembargador GETÚLIO DE MORAES OLIVEIRA, Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios – TJDFT;
2 – Dr. MARCUS VINÍCIUS FURTADO COELHO, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/Nacional – OAB/Nacional;
3 – Dr. CARLOS BRUNO FERREIRA DA SILVA, Procurador da República, representando o Dr. Rodrigo Janot Mon-
teiro de Barros, Procurador-Geral da República;
4 – Dr. PAULO CÉSAR BHERING CAMARÃO, Assessor de Gestão Estratégica do Tribunal Superior Eleitoral – TSE;
5 – Dr. HUMBERTO MONTEIRO DA COSTA, representando o Dr. Eduardo Ramos Corrêa Luiz, Diretor da Associa-
ção de Registradores de Pessoas Naturais do Brasil – ARPEN/BR;
6 – Ex-Senador PEDRO SIMON, Autor da Lei do Registro Civil Único (Lei 9.454/1997);
7 – Ministra NANCY ANDRIGHI, Corregedora Nacional de Justiça.
Site: www.camara.leg.br
Comissões Temporárias – Comissão Especial
E-mail: ce.registrocivilnacional@camara.leg.br
(Bsb., 24/9/15)
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 3968, DE 1997,
DO SR. SERAFIM VENZON, QUE “ISENTA OS ÓRGÃOS PÚBLICOS E AS ENTIDADES FILANTRÓPICAS
DO PAGAMENTO DE DIREITOS AUTORAIS PELO USO DE OBRAS MUSICAIS E LÍTERO-MUSICAIS
EM EVENTOS POR ELES PROMOVIDOS”, E APENSADOS

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 09
HORÁRIO: 10h
A – Reunião Deliberativa:
I – Eleição dos 2º e 3º vice-presidentes
II – Definição do roteiro de trabalho
III – Deliberação de requerimentos
B – Requerimentos:
REQUERIMENTO Nº 1/15 Da Sra. Jandira Feghali – (PL 3968/1997) – que “requer a realização de audiências públicas
para debater o PL 3.968/97 e apensados, com a participação do Senhor Marcos Alves Souza, Diretor de Direito
Intelectual/MinC e a Senhora Flávia Matos, Diretora Executiva do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil”.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 397

REQUERIMENTO Nº 2/15 Do Sr. Sandro Alex – (PL 3968/1997) – que “requer a realização de Audiência Pública
com o Ministro de Estado da Cultura, Sr. Juca Ferreira”.
REQUERIMENTO Nº 3/15 Da Sra. Jandira Feghali – (PL 3968/1997) – que “requer a realização de audiência pú-
blica para debater o PL 3.968/97 e apensados, com a participação da Senhora Vanisa Santiago, advogada atu-
ante na área de direitos autorais”.
REQUERIMENTO Nº 4/15 Do Sr. Sandro Alex – (PL 3968/1997) – que “requer a realização de Audiência Pública
com representantes da Associação Brasileira de Música e Artes – ABRAMUS; União Brasileira de compositores
– UBC e Sociedade Brasileira de Administração e Proteção dos Direitos Intelectuais – SOCINPRO”.
REQUERIMENTO Nº 5/15 Dos Srs. Sandro Alex e Sandro Alex – (PL 3968/1997) – que “requer a realização de Au-
diência Pública com os artistas Marisa Monte, Frejat e Emicida, representantes da Associação PROCURE SABER”.
REQUERIMENTO Nº 6/15 Do Sr. Otavio Leite – (PL 3968/1997) – que “requer a realização de audiências públi-
cas para debater o PL 3.968/97 e apensados, com a participação do Sr. Hildebrando Pontes, vice-presidente da
Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA); Sra. Sandra de Sá e Sr. Ronaldo Bastos, da União Brasileira de
Compositores (UBC) e um representante da Sociedade Arrecadadora”.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO


PROJETO DE LEI Nº 6583, DE 2013, DO SR. ANDERSON FERREIRA, QUE
“DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA FAMÍLIA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”, E APENSADO

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 12
HORÁRIO: 09h30min
Reunião Deliberativa
· Continuação da Votação (votação dos destaques)
A – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões:

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 6.583/13 – do Sr. Anderson Ferreira – que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras
providências”. (Apensado: PL 6584/2013)
RELATOR: Deputado DIEGO GARCIA.
PARECER: Parecer com Complementação de Voto do Relator, Dep. Diego Garcia (PHS-PR), pela constitucionali-
dade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, e da Emenda ao projeto 1/2014: pela
constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição do PL 6584/2013, apensado; e
pela inconstitucionalidade, injuridicidade e, no mérito, pela rejeição da Emenda ao Substitutivo 1/2015.
Vista conjunta aos Deputados Erika Kokay e Marcelo Aguiar, em 17/09/2015.
As Deputadas Manuela D’ávila e Erika Kokay apresentaram votos em separado.

COMISSÃO ESPECIAL PARA ANÁLISE, ESTUDO E FORMULAÇÃO DE


PROPOSIÇÕES RELACIONADAS À REFORMA TRIBUTÁRIA

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 11
HORÁRIO: 10h
Reunião Deliberativa
A – Audiência Pública
Tema: Discussão sobre os rumos do sistema tributário nacional, especialmente sobre alterações constitucio-
nais para a fusão de impostos de base de consumo e de base de renda
Convidado:
· Marcos Cintra, ex-Deputado Federal e Pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (PRESENÇA CONFIRMADA)
Requerimento nº 2/15, do Sr. Luiz Carlos Hauly
398 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

B – Requerimentos:
REQUERIMENTO Nº 14/15 Do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “solicita realização de Audiência Pública, com a pre-
sença do Presidente da Confederação Nacional de Serviço, Luigi Nese”.
REQUERIMENTO Nº 15/15 Do Sr. Fabricio Oliveira – que “requer a realização de Audiência Pública, com a pre-
sença do Desembargador Federal Leandro Paulsen do Tribunal Regional Federal da 4ª Região”.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR A PRÁTICA DE


ATOS ILÍCITOS E IRREGULARES NO ÂMBITO DA EMPRESA PETRÓLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS),
ENTRE OS ANOS DE 2005 E 2015, RELACIONADOS A SUPERFATURAMENTO E GESTÃO TEMERÁRIA NA
CONSTRUÇÃO DE REFINARIAS NO BRASIL; À CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS E
SOCIEDADES DE PROPÓSITO ESPECÍFICO PELA PETROBRAS COM O FIM DE PRATICAR ATOS ILÍCITOS;
AO SUPERFATURAMENTO E GESTÃO TEMERÁRIA NA CONSTRUÇÃO E AFRETAMENTO DE NAVIOS DE
TRANSPORTE, NAVIOS-PLATAFORMA E NAVIOS-SONDA; A IRREGULARIDADES NA OPERAÇÃO DA
COMPANHIA SETE BRASIL E NA VENDA DE ATIVOS DA PETROBRAS NA ÁFRICA

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 02
HORÁRIO: 09h
A – Deliberação de Requerimento:
1 – REQUERIMENTO Nº 1.130/15 Dos Srs. Luiz Sérgio, Antonio Imbassahy, Celso Pansera, Fernando Monteiro
e João Carlos Bacelar – (RCP 3/2015) – que “requer a convocação do Sr. Aldemir Bendine, Presidente da Petro-
bras – Petróleo Brasileiro S/A para prestar esclarecimentos a esta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI – PE-
TROBRAS)”.
B – Tomada de depoimento dos Senhores:
Antonio Carlos Pinto de Azeredo, ex-Presidente da Transportadora Gasene (Requerimento 45/2015 – Depu-
tados Izalci, Antonio Imbassahy e Bruno Covas);
Maurício Moscard Grillo, Delegado de Polícia Federal (Requerimentos nºs. 924/2015 – Deputado Aluisio Men-
des e 929/2015 – Deputada Maria do Rosário);
Rosalvo Ferreira Franco, Delegado de Polícia Federal (Requerimentos nºs. 924/2015 – Deputado Aluisio Men-
des e 931/2015 – Deputado Wadih Damaous); e
José Washington Luiz Santos , Delegado de Polícia Federal (Requerimento nº 924/2015 – Deputado Aluisio
Mendes).

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR A PRÁTICA DE CRIMES


CIBERNÉTICOS E SEUS EFEITOS DELETÉRIOS PERANTE A ECONOMIA E A SOCIEDADE NESTE PAÍS,
TENDO EM VISTA (I) QUE A POLÍCIA FEDERAL REALIZOU EM 2014 A OPERAÇÃO BATIZADA DE IB2K
PARA DESARTICULAR UMA QUADRILHA SUSPEITA DE DESVIAR PELA INTERNET MAIS DE R$ 2 MI-
LHÕES DE CORRENTISTAS DE VÁRIOS BANCOS, QUADRILHA ESTA QUE USAVA PARTE DO DINHEIRO
DESVIADO PARA COMPRAR ARMAS E DROGAS; (II) O ÚLTIMO RELATÓRIO DA CENTRAL NACIONAL
DE DENÚNCIAS DE CRIMES CIBERNÉTICOS QUE APONTA UM CRESCIMENTO, ENTRE 2013 E 2014, DE
192,93% NAS DENÚNCIAS ENVOLVENDO PÁGINAS NA INTERNET SUSPEITAS DE TRÁFICO DE PESSOAS,
E (III) OS GASTOS DE US$ 15,3 BILHÕES COM CRIMES CIBERNÉTICOS NO BRASIL EM 2010

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 08
HORÁRIO: 09h30min
A – Reunião Deliberativa:
B – Requerimentos:
REQUERIMENTO Nº 59/15 Do Sr. Fábio Sousa – (RCP 10/2015) – que “requer seja submetido à deliberação do
Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVITE aos senhores delega-
dos da Polícia Federal Pablo Bergmann e Luiz Augusto Pessoa Nogueira, para abordarem sobre a Operação
Darkode, realizada pela PF em parceria com a FBI”.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 399

REQUERIMENTO Nº 60/15 Do Sr. Odorico Monteiro – (RCP 10/2015) – que “requer que seja convidado o senhor
Pablo Ximenes, para prestar informações que possam auxiliar os parlamentares membros dessa comissão, ten-
do em vista o objeto de investigação da mesma”.
REQUERIMENTO Nº 68/15 Do Sr. Daniel Coelho – (RCP 10/2015) – que “requer seja submetido à deliberação do
Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVITE a JOAQUIM BENEDITO
BARBOSA GOMES, para prestar depoimento”.
REQUERIMENTO Nº 71/15 Do Sr. Fábio Sousa – (RCP 10/2015) – que “requer seja submetido à deliberação do
Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVITE aos senhores Diego de
Freitas Aranha, Pedro Antônio Dourado de Rezende, e à senhora Maria Aparecida da Rocha Cortiz, membros
do Comitê Multidisciplinar Independente (CMind), para prestarem informações sobre possíveis crimes ciber-
néticos relacionados ao voto eletrônico”.
REQUERIMENTO Nº 76/15 Do Sr. Sandro Alex – (RCP 10/2015) – que “requer a convocação de representante do
Conar para prestar esclarecimentos sobre publicidade na internet”.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR INDÍCIOS DE APLICAÇÃO
INCORRETA DOS RECURSOS E DE MANIPULAÇÃO NA GESTÃO DE FUNDOS DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR DE FUNCIONÁRIOS DE ESTATAIS E SERVIDORES PÚBLICOS, OCORRIDAS ENTRE 2003
E 2015, E QUE CAUSARAM PREJUÍZOS VULTOSOS AOS SEUS PARTICIPANTES

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: Anexo II, Plenário 07
HORÁRIO: 09h30min
· Tomada de depoimento dos Senhores:
· LEONARDO PORCIÚNCULA GOMES PEREIRA – Presidente da Comissão de Valores Mobiliários – CVM (Re-
querimento nº 187/2015); e
· JULYA SOTTO MAYOR WELLISCH – Procuradora-Chefe da Procuradoria Federal Especializada junto à Comis-
são de Valores Mobiliários – CVM (Requerimentos nºs. 312 e 343, ambos de 2015).
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR OS FATOS DETERMINADOS
COMO MAUS-TRATOS DE ANIMAIS

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA
LOCAL: Anexo II, Plenário 13
HORÁRIO: 09h
Tema: Dificuldades da defesa dos animais nos pequenos municípios.
Convidados palestrantes:
1 – Juiz Anderson Furlan – Presidente da Associação Paranaense dos Juízes Federais;
2 – Flávio Mantovani – Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais – OAB de Maringá/PR –
(Req. 70/15).
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR SUPOSTAS IRREGULARIDADES
ENVOLVENDO O BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES), OCORRI-
DAS ENTRE OS ANOS DE 2003 E 2015, RELACIONADAS À CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS SUSPEITOS E
PREJUDICIAIS AO INTERESSE PÚBLICO

REUNIÃO ORDINÁRIA
LOCAL: Anexo II, Plenário 14
HORÁRIO: 09h30min
400 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A – Reunião Deliberativa:
Deliberação de Requerimentos.
B – Requerimentos:
REQUERIMENTO Nº 54/15 Do Sr. Carlos Melles – (RCP 14/2015) – que “solicita a convocação do Sr. Miguel Jorge,
ex-ministro do MDIC, para prestar depoimento nesta CPI”.
REQUERIMENTO Nº 90/15 Do Sr. Betinho Gomes – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação
do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido, ora formulado, de CONVOCAÇÃO do Sr. PEDRO
BARUSCO para, na condição de testemunha, prestar depoimento”.
REQUERIMENTO Nº 114/15 Do Sr. Arnaldo Jordy – (RCP 14/2015) – que “requer sejam tomadas as providências
necessárias à convocação do Senhor Ricardo dos Santos Guedes”.
REQUERIMENTO Nº 195/15 Do Sr. José Rocha – (RCP 14/2015) – que “requer que o excelentíssimo senhor Ar-
mando Monteiro Neto, Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) seja convidado a
colaborar com os esforços desta CPI para esclarecer aspectos das operações de crédito firmadas pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”.
REQUERIMENTO Nº 214/15 Dos Srs. Caio Narcio e Betinho Gomes – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido
à deliberação do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVOCAÇÃO
ao Sr. VAGNER FREITAS DE MORAES, Membro do Conselho de Administração do BNDES, para, na condição de
testemunha, prestar depoimento”
REQUERIMENTO Nº 218/15 Do Sr. André Fufuca – (RCP 14/2015) – que “requer, que o Ministro do Desenvolvi-
mento, Indústria e Comércio Exterior, Senhor Armando Monteiro Neto, preste informações sobre o patrocínio
e outras despesas efetuadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES para com
o evento intitulado “Marcha das Margaridas””.
REQUERIMENTO Nº 220/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação
do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVOCAÇÃO ao Sr. VAGNER
FREITAS DE MORAES, Membro do Conselho de Administração do BNDES, para, na condição de testemunha,
prestar depoimento”.
REQUERIMENTO Nº 242/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação
do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de REQUISIÇÃO, ao BANCO DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (BNDES) de cópia inteiro teor da Ata da Reunião Ordinária da Di-
retoria do BNDES em 09.11.2010”.
REQUERIMENTO Nº 244/15 Do Sr. Caio Narcio – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação do
Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de REQUISIÇÃO, ao BNDES, de cópia
em inteiro teor dos registros contidos nas agendas institucionais de compromissos de todos os Presidentes, Vice-
-Presidentes e Diretores do Banco, além de documentos que especifica, referentes ao período de 2003 a 2015”.
REQUERIMENTO Nº 246/15 Do Sr. Carlos Zarattini – (RCP 14/2015) – que “requer que seja submetido à delibe-
ração do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVOCAÇÃO do Se-
nhor Fabio Bicudo, Presidente do Conselho de Administração da empresa Eneva, ex-MPX Energia, para prestar
esclarecimentos”.
REQUERIMENTO Nº 250/15 Do Sr. José Rocha – (RCP 14/2015) – que “requer sejam convocados o Presidente e o
Diretor Financeiro BRF BRASIL, para que prestem esclarecimentos sobre as relações contratuais mantidas entre
as sociedades que dirigem e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. “
REQUERIMENTO Nº 253/15 Do Sr. André Fufuca – (RCP 14/2015) – que “requer informações sobre as despesas
efetuadas pelo BNDES para os movimentos sindicais e sociais entre 2003 e 2015”.
REQUERIMENTO Nº 258/15 Do Sr. Arnaldo Jordy – (RCP 14/2015) – que “requer ao Ministério Público o com-
partilhamento dos documentos que fundamentaram a denúncia de crime financeiro, lavagem de dinheiro e
formação de quadrilha representada contra o deputado federal Paulinho da Força junto ao STF”.
REQUERIMENTO Nº 260/15 Do Sr. Adail Carneiro – (RCP 14/2015) – que “requer à Presidência do Banco Nacio-
nal de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, cópia, em meio eletrônico, da relação de todas as obras
financiadas com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, e demais documetnos afins, no período
de 2003 a 2015”.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 401

REQUERIMENTO Nº 261/15 Do Sr. Adail Carneiro – (RCP 14/2015) – que “requer à Presidência do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, cópias em meio eletrônico, de modo pesquisável, de to-
dos os contratos de financiamento e respectivos aditivos para exportação de serviços de engenharia firmados
com as empreiteiras Andrade Gutierrez, Camargo Correia, Queiroz Galvão, Norberto Odebrecht e OAS, entre
os anos de 2003 a 2015”.
REQUERIMENTO Nº 266/15 Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – (RCP 14/2015) – que “requer que o Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) encaminhe a esta Comissão Parlamentar de Inqué-
rito cópias de todos os contratos firmados no exterior, conforme questionamentos que seguem”.
REQUERIMENTO Nº 267/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção da Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas, na Venezuela, e requer
ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 268/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção do Abastecimento de Água da Capital Peruana – Projeto
Bayovar e da Hidroelétrica de Chaglla, ambas no Peru, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 269/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção da Hidrelétrica de San Francisco e da Hidrelétrica Mandu-
riacu, ambas no Equador, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 270/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção do Arqueduto de Chaco e do Soterramento do Ferrocarril
Sarmiento, ambas na Argentina, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 271/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção do Aeroporto de Nacala, da Barragem de Moamba Major e
da BRT da Capital Maputo, ambas em Moçambique, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 272/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção do Projeto Hacia El Norte – Rurrenabaque-El-Chorro, na Bo-
lívia, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 273/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção da Hidrelétrica de Tumarín, em Nicarágua, e requer ainda a
realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 274/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção do Metrô Cidade do Panamá e da Autopista Madden-Colón,
ambos no Panamá, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 275/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção da Renovação da Rede de Gasodutos em Montevideo, no
Uruguai, e requer ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 276/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção da Via Expressa Luanda/Kifangondo, em Angola, e requer
ainda a realização de visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 277/15 Da Sra. Cristiane Brasil – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES a relação de todos
os contratos firmados pelo Banco para construção do Porto de Mariel, em Cuba, e requer ainda a realização de
visita técnica a essas obras”.
REQUERIMENTO Nº 280/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “ Requer seja submetido à delibera-
ção do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de REQUISIÇÃO à 10ª. VARA
FEDERAL da Seção Judiciária do Distrito Federal de cópia de inteiro teor dos autos e todos os apensos do PRO-
CESSO Nº 0026185-75.2012.4.01.3400”.
REQUERIMENTO Nº 290/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação
do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de REQUISIÇÃO, ao Conselho
de Controle de Atividades Financeiras -COAF, de cópias de inteiro teor dos documentos especificados, além
de outras informações”.
REQUERIMENTO Nº 292/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “nos termos das disposições cons-
titucionais (§ 3º do art. 58 da CF/88), legais (art. 2º da Lei 1.579/52) e regimentais (arts. 35 a 37 do Regimento
402 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Interno da Câmara dos Deputados) de regência, requeremos seja submetido à deliberação do Plenário desta
Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado, de dados relativos a todas as operações de aqui-
sição de debêntures, período 2008/2015, inclusive as repactuações, quais os valores em ações, quais os valores
pactuados para conversão, relação de todos os contratos firmados e cópias de inteiro teor”.
REQUERIMENTO Nº 293/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “requer, nos termos do item 6 do
Acordo de Procedimento desta CPIBNDES, que seja submetido à deliberação do Plenário desta Comissão Par-
lamentar de Inquérito o pedido de REQUISIÇÃO de informações e documentos, em inteiro teor, relacionados
às operações de financiamento do BNDES , ficando desde já autorizada, caso necessário, a transferência a esta
CPI-BNDES das informações protegidas por sigilo bancário”.
REQUERIMENTO Nº 294/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “ Nos termos das disposições cons-
titucionais (§ 3º do art. 58 da CF/88), legais (art. 2º da Lei 1.579/52) e regimentais (arts. 35 a 37 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados) de regência, requeremos seja submetido à deliberação do Plenário desta
Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de ENCAMINHAMENTO DE ESTUDO REALIZADO
PELO BNDES DOS IMPACTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DE CADA PROJETO, SEJA FINANCIADENTO SEJA AQUISI-
ÇÃO DE PARTICIPAÇÃO, DOS INVESTIMENTOS REALIZADOS, BEM COMO O RETORNO ECONÔNOMICO EM TER-
MOS DE GERAÇÃO DE EMPREGOS ENTRE OUTROS BENEFÍCIOS, EM ESPECÍFICO INVESTIMENTO A FRIGORÍFICOS
NO ESTADO DE GOIÁS. Período 2003/2015”.
REQUERIMENTO Nº 295/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “ Nos termos das disposições cons-
titucionais (§ 3º do art. 58 da CF/88), legais (art. 2º da Lei 1.579/52) e regimentais (arts. 35 a 37 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados) de regência, requeremos seja submetido à deliberação do Plenário desta
Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de informações relativas a todas as operações en-
volvendo as empresas em que a BNDESPar tem participação, bem como dados relativos a essas participações
como valores, datas do investimentos/desinvestimentos, número e tipo dos ativos. Período 2008/2015”.
REQUERIMENTO Nº 296/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “ Nos termos das disposições cons-
titucionais (§ 3º do art. 58 da CF/88), legais (art. 2º da Lei 1.579/52) e regimentais (arts. 35 a 37 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados) de regência, requeremos seja submetido à deliberação do Plenário desta
Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de: 1. O VALOR TOTAL DAS OPERAÇÕES QUE BE-
NEFICIARAM AS EMPRESAS DO GRUPO X; 2. A RELAÇÃO DE TODAS AS EMPRESAS DO GRUPO EBX QUE FORAM
BENEFICIADAS COM RECURSOS DE OPERAÇÕES CONTRATADAS COM O BNDES E BNDESPar;”
REQUERIMENTO Nº 297/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “ Nos termos das disposições cons-
titucionais (§ 3º do art. 58 da CF/88), legais (art. 2º da Lei 1.579/52) e regimentais (arts. 35 a 37 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados) de regência, requeremos seja submetido à deliberação do Plenário desta
Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de: 1. O VALOR TOTAL DAS OPERAÇÕES QUE BE-
NEFICIARAM AS EMPRESAS DO GRUPO X; 2. A RELAÇÃO DE TODAS AS EMPRESAS DO GRUPO EBX QUE FORAM
BENEFICIADAS COM RECURSOS DE OPERAÇÕES CONTRATADAS COM O BNDES E BNDESPar;”
REQUERIMENTO Nº 299/15 Do Sr. Betinho Gomes – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação do
Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de CONVOCAÇÃO dos Srs LUIZ ANTONIO
MAMERI e ERNESTO BAIARDI, executivos da ODEBRECHT, para prestar depoimento, na condição de testemunha”.
REQUERIMENTO Nº 301/15 Do Sr. Betinho Gomes – (RCP 14/2015) – que “requer seja submetido à deliberação
do Plenário desta Comissão Parlamentar de Inquérito o pedido ora formulado de REQUISIÇÃO, ao BNDES da
transferência do sigilo bancário, fiscal e de dados no âmbito da aprovação, execução e acompanhamento do
contrato de financiamento, e respectivos aditivos, do BNDES, com a RENEST e PETROBRÁS. para implantação
da Refinaria Abreu e Lima, no período de 2009 a 2015”.
REQUERIMENTO Nº 302/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “requer, nos termos do item 6 do Acor-
do de Procedimento desta CPIBNDES, que seja submetido à deliberação do Plenário desta Comissão Parlamen-
tar de Inquérito o pedido de REQUISIÇÃO de informações e documentos, em inteiro teor, com a transferência
das informações protegidas por sigilo bancário, relacionados às operações de financiamento e participações
societárias do BNDES – “transferência de sigilo” conforme relacionado abaixo”.
REQUERIMENTO Nº 303/15 Do Sr. Alexandre Baldy – (RCP 14/2015) – que “requer, nos termos do item 6 do Acor-
do de Procedimento desta CPIBNDES, seja submetido à deliberação do Plenário desta Comissão Parlamentar
de Inquérito o pedido ora formulado de REQUISIÇÃO, à SECRETARIA DOS PORTOS DA PRESIDENCIA DA REPU-
BLICA, informações e documentos relacionados com a instalação da Empresa Brasileira de Terminais Portuários,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 403

EMBRAPORT, em Santos-SP, projeto financiado com repasses de recursos do BNDES, com a transferência das
informações protegidas por sigilo bancário”.
REQUERIMENTO Nº 304/15 Do Sr. Bilac Pinto – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES relação de todas as atas
de reuniões dos órgãos e entidades listadas abaixo, onde tenham sido tomadas decisões relacionadas às ope-
rações de crédito do BNDES: – Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) – Comitê de Financiamento e Garantia
das Exportações (COFIG) – Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A (ABGF)”
REQUERIMENTO Nº 305/15 Do Sr. Bilac Pinto – (RCP 14/2015) – que “requer ao BNDES relação de seus vinte
maiores devedores, com indicação dos montantes devidos por cada um deles”.
III – COMISSÕES MISTAS
COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS À DESPESA E RECEITA (20 DIAS)


DECURSO: 1º DIA*
ÚLTIMO DIA: 20/10/2015
* Nova Redação do Art. 82 da Resolução nº 1, de 2006-CN.
Projetos de Lei

PROJETO DE LEI (CN) Nº 7/15 – da Presidência da República – que “estima a receita e fixa a despesa da
União para o exercício financeiro de 2016”.
RELATOR: Deputado RICARDO BARROS.
IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES
ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 30/09/2015:
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural:
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 107/2015
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania:
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216/2015
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 218/2015
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 219/2015
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 221/2015
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 222/2015
PROJETO DE LEI Nº 5.559/2009
PROJETO DE LEI Nº 2.892/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.023/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.025/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.056/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.072/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.080/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.087/2015
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 137/2015
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 141/2015
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 142/2015
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 145/2015
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 146/2015
Comissão de Cultura:
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 221/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.048/2015
Comissão de Defesa do Consumidor:
PROJETO DE LEI Nº 970/2015
404 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 2.059/2015


PROJETO DE LEI Nº 2.405/2015
PROJETO DE LEI Nº 2.987/2015
Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio:
PROJETO DE LEI Nº 341/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.062/2015
Comissão de Educação:
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 222/2015
PROJETO DE LEI Nº 2.936/2015
PROJETO DE LEI Nº 2.965/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.037/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.044/2015
Comissão de Finanças e Tributação:
PROJETO DE LEI Nº 5.559/2009
PROJETO DE LEI Nº 2.892/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.063/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.106/2015
Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável:
PROJETO DE LEI Nº 2.990/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.091/2015
Comissão de Minas e Energia:
PROJETO DE LEI Nº 2.980/2015
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional:
PROJETO DE LEI Nº 3.051/2015
Comissão de Seguridade Social e Família:
PROJETO DE LEI Nº 2.976/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.010/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.015/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.053/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.054/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.074/2015
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público:
PROJETO DE LEI Nº 2.945/2015
PROJETO DE LEI Nº 2.975/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.028/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.076/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.084/2015
Comissão de Turismo:
PROJETO DE LEI Nº 5.559/2009
Comissão de Viação e Transportes:
PROJETO DE LEI Nº 3.038/2015
PROJETO DE LEI Nº 3.085/2015

(Encerra-se a sessão às 21 horas e 6 minutos.)

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

MENSAGEM
Nº 221/2015 – do Poder Executivo – Submete à apreciação do Congresso Nacional o texto da Medida
Provisória nº 677/2015, que “Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos de ener-
gia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004”.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 405

Nº 293/2015 – do Poder Executivo – Submete à apreciação do Congresso Nacional o o texto da Medida


Provisória nº 686, de 30 de julho de 2015, que “ Abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educa-
ção, de Encargos Financeiros da União e de Operações Oficiais de Crédito, no valor de R§ 9. 820.639.868.00,
para fins que especifica, e dá outras providências”.
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO
Nº 149/2015 – do Sr. Danilo Forte – Altera o parágrafo único do art. 158, o inciso I, o inciso II e o § 2º do
art. 159; insere parágrafo único no art. 193, inciso IX no art. 206 e o art. 212-A na Constituição Federal; dá nova
redação ao art. 42 e revoga o art. 60, ambos do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
PROJETO DE LEI
Nº 3147/2015 – do Sr. Sóstenes Cavalcante – Altera a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e a Lei
13.146, de 6 de julho de 2015, para estabelecer que as praias urbanas deverão dispor de acessos adaptados
para permitir a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Nº 3148/2015 – do Sr. Sóstenes Cavalcante – Altera a Lei nº 9.492, de 10 de setembro de 1997, para dis-
por sobre o protesto de títulos e outros documentos.
Nº 3149/2015 – do Sr. Sóstenes Cavalcante – Dispõe sobre a dedução, do imposto devido pelas pessoas
jurídicas tributadas com base no lucro real ou presumido, de um salário mínimo mensal por funcionário egres-
so do sistema prisional.
Nº 3150/2015 – do Sr. Fernando Torres – Dá nova redação Artigo 41 da Lei 10.741 de 1º de outubro de
2003(Estatuto do Idoso).
Nº 3151/2015 – do Sr. Fernando Torres – Cria a Isenção de Pagamento de Taxas de Inscrição de Concursos Pú-
blicos e Vestibulares em Instituições Federais para doadores de sangue e Plaquetas em todo o Território Nacional.
Nº 3152/2015 – do Sr. Aureo – Inclui novos §§ 3º a 7º ao art. 54 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991,
que “Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes”, para fins de disci-
plinar auditoria a ser realizada pelo empreendedor de shopping center sobre as contas referentes às despesas
cobradas de seus locatários.
Nº 3153/2015 – do Sr. Cleber Verde – DISPÕE SOBRE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A DEFICIENTES AU-
DITIVOS E SURDOCEGOS EM SUPERMECARDOS E SIMILARES.
Nº 3154/2015 – do Sr. Cleber Verde – DISPÕE SOBRE VIGILANTES NAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO DE
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS.
Nº 3155/2015 – do Sr. Carlos Bezerra – Altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política
Nacional de Mobilidade Urbana, entre outras providências, para exigir sinalização informativa sobre itinerários
e horários no serviço de transporte público coletivo.
Nº 3156/2015 – do Sr. Carlos Bezerra – Altera a redação do parágrafo único do art. 456 da Consolidação
das Leis do Trabalho, para dispor que o empregado está obrigado a desempenhar apenas a função para a qual
foi contratado, salvo cláusula contratual expressa em contrário.
Nº 3157/2015 – da Srª. Mariana Carvalho – Altera a Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, estabele-
cendo multa a ser paga aos usuários pelos concessionários de serviços de energia elétrica.
Nº 3158/2015 – da Srª. Iracema Portella – Tipifica a exposição pública da intimidade física ou sexual, mo-
dificando o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal.
Nº 3159/2015 – do Sr. Vinicius Carvalho – Acrescenta §3º ao art. 75 do Decreto-Lei n.° 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 – Código Penal.
Nº 3160/2015 – do Sr. Alex Manente – Dispõe sobre a obrigatoriedade dos órgãos públicos captarem
número ilimitado de doadores de Medula Óssea, acrescentando parágrafo quarto ao artigo 2º da Lei nº 11.930,
de 22 de abril de 2009
Nº 3161/2015 – do Sr. Alex Manente – Altera a Lei no 6.815, de 1980, que define a situação jurídica do
estrangeiro, cria o Conselho Nacional de Imigração, para dispor sobre a dispensa unilateral de visto de turista
por ocasião dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Rio – 2016.
Nº 3162/2015 – da Srª. Cristiane Brasil – Altera a Lei nº. 11.977, de 7 de Julho de 2009 que dispõe sobre o Pro-
grama Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.
Nº 3163/2015 – do Sr. Danilo Forte – Define como crime a corrupção praticada no âmbito do setor pri-
vado, e dá outras providências.
Nº 3164/2015 – do Sr. João Rodrigues – Dispõe sobre a concessão de benefícios fiscais relativos ao Im-
posto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) às pessoas físicas
que assumirem, oficialmente, os encargos de guarda, tutela ou adoção de crianças ou de adolescentes, assim
406 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

definidos pelo art. 2º da Lei nº 8.069 – Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990, abando-
nados ou desassistidos, que necessitem de guarda enquanto menores e dá outras providências.
Nº 3165/2015 – do Sr. Onyx Lorenzoni – Institui o Programa de Incentivo à Revelação de Informações de
Interesse Público e dá outras providências.
Nº 3166/2015 – do Sr. Pedro Chaves – Institui o Fundo Nacional de Apoio à Região de Terra Ronca – Fun-
ter, e dá outras providências.
Nº 3167/2015 – do Sr. Cabo Daciolo – Altera a Lei nº 11.977, de 7 de junho de 2009, que “dispõe sobre o
Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV, para assegurar que 10% (dez por cento) do programa sejam des-
tinados aos Militares das Forças Armadas e Agentes de Segurança Pública.
Nº 3168/2015 – da Srª. Mariana Carvalho – Altera a Lei nº 8.248, de 1991, para dispor sobre estágio re-
munerado em atividades fabris ou intensivas em tecnologia da informação.
Nº 3169/2015 – da Srª. Mariana Carvalho – Dispõe sobre a obrigatoriedade de fornecimento de medica-
mentos pelo Sistema Único de Saúde para as mulheres com câncer de mama metastático.
Nº 3170/2015 – do Sr. Diego Garcia – Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, para garantir o direito
a acompanhamento e orientação à mãe com relação à amamentação.
Nº 3171/2015 – do Sr. Goulart – Dispõe sobre a microchipagem de animais domésticos dá outras pro-
vidências.
Nº 3172/2015 – do Sr. Goulart – Acrescenta dispositivo ao artigo. 256 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasileiro”, para proibir a penalidade de multa pecuniária, aplicando-
-se a suspensão do direito de dirigir por seis meses quando o infrator atingir a contagem de quinze pontos, no
prazo de vinte e quatro meses, pelo cometimento de infrações de natureza leve, média, grave ou gravíssima.
Nº 3173/2015 – do Sr. Pedro Chaves – Institui o Fundo Nacional de Apoio à Região da Chapada dos Vea-
deiros – Funveadeiros, e dá outras providências.
INDICAÇÃO
Nº 988/2015 – do Sr. Fabricio Oliveira – Sugere à Excelentíssima Senhora Presidente da República para que
seja adotada providências relativa a redução dos Ministérios em no mínimo 50% da atual administração direta e
a redução em gastos com passagens aéreas, contas de luz e telefones, serviços de limpeza e alugueis de imóveis.
Nº 989/2015 – do Sr. Laudivio Carvalho – Sugere, a Excelentíssima Senhora Presidenta da República, Dil-
ma Rousseff, a adoção de providências, no sentido de enviar Projeto de Lei, ao Congresso Nacional, propondo
a redução da carga horária de servidor público civil, que seja responsável legal e que cuide diretamente de
portador de necessidade especial.
Nº 990/2015 – do Sr. Laudivio Carvalho – Sugere, a Excelentíssima Senhora Presidenta da República, Dilma
Rousseff, a adoção de providências, no sentido de propor a criação de Delegacias Especializadas, nas principais
capitais, para atender pessoas com necessidades especiais.
Nº 991/2015 – do Sr. Sergio Vidigal – Sugere ao Ministério da Saúde a promoção de ação informativa
urgente sobre a existência de uma epidemia de sífilis no Brasil, a escassez da penicilina benzatina para seu tra-
tamento, e a necessidade do uso de preservativo para sua prevenção.
Nº 992/2015 – do Sr. Capitão Augusto – Sugere ao Ministério da Cultura que seja reconhecido o rodeio,
bem como suas manifestações artístico-culturais, como patrimônio cultural imaterial do Brasil.
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO
Nº 1208/2015 – da Srª. Leandre – Solicita informações ao Ministro da Saúde, com cópia à Agência Nacional
de Vigilância Sanitária e à Fundação Oswaldo Cruz, acerca da possibilidade de utilização da substância química
denominada fosfoetanolamina como alternativa terapêutica para o tratamento de diversos tipos de neoplasias.
Nº 1209/2015 – do Sr. Lobbe Neto – Solicita informações do Sr. Ministro de Estado da Saúde, acerca da
notícia de que o Governo Federal irá zerar o repasse para o Programa Aqui Tem Farmácia Popular em 2016.
Nº 1210/2015 – do Sr. Lobbe Neto – Solicita informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado
da Educação, Renato Janine Ribeiro referentes à continuidade do Programa Ciência
Nº 1211/2015 – do Sr. Sergio Vidigal – Solicita informações ao Ministro da Saúde sobre os cortes orçamen-
tários previstos para aos programas Farmácia Popular do Brasil e sua extensão, Aqui Tem Farmácia Popular, às
Unidades de Pronto Atendimento – UPAs e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU.
Nº 1212/2015 – do Sr. Arthur Virgílio Bisneto – Solicita do Sr. Ministro de Estado das Cidades, informações
quanto a retirada de imóveis dos beneficiários mais carentes do programa Minha Casa Minha Vida.
Nº 1213/2015 – do Sr. Arthur Virgílio Bisneto – Solicita do Sr. Ministro de Estado da Educação, informa-
ções quanto aos péssimos resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 407

Nº 1214/2015 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – Requer, nos termos consti-
tucionais e regimentais, que seja encaminhado, por meio da Mesa Diretora desta Casa, pedido de informações
ao Excelentíssimo Ministro de Estado da Justiça, Senhor José Eduardo Cardozo, e demais órgãos competentes,
sobre a situação do imigrante senegalês CheCheikh Oumar Foutyou Diba, vítima de queimaduras na cidade
de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro do ano em curso, nos termos em que especifica.
Nº 1215/2015 – do Sr. Ronaldo Carletto – Solicita informações a Sra. Ministra do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome sobre a eventual realização de cortes de beneficiários no Programa Bolsa Família nos últi-
mos dois anos, as razões para exclusão e a relação das cidades atingidas em que houve redução do contingen-
te de beneficiários do programa
Nº 1216/2015 – do Sr. Lucio Mosquini – Requer informações ao Senhor Ministro de Estado do Desen-
volvimento Agrário Patrus Ananias, sobre a Portaria 327 de 11/09/2015, que Dispõe sobre o procedimento de
reversão de imóveis rurais na Amazônia Legal à União.
Nº 1217/2015 – do Sr. Rodrigo Maia – Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Trabalho e Emprego,
Manoel Dias, que preste esclarecimentos sobre o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
– FGTS na revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro.
REQUERIMENTO
Nº 3156/2015 – do Sr. João Campos – Requer a redistribuição do Projeto de Lei nº 215, de 2015, para in-
cluir, em sua tramitação, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Nº 3157/2015 – do Sr. Fábio Sousa – Solicita a redistribuição do Projeto de Lei nº 5.050/2009, para que
seja incluída a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) no rol de Comissões Per-
manentes que devem manifestar-se sobre o mérito da proposição.
Nº 3158/2015 – da Srª. Flávia Morais – Requer inclusão na Ordem do dia PEC nº 186, de 2007.
Nº 3159/2015 – do Sr. Renato Molling – Requer a redistribuição do Projeto de Lei nº 6986, de 2013, para
análise de mérito na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio
Nº 3160/2015 – do Sr. Fábio Sousa – Solicita a redistribuição do Projeto de Lei nº 215/2015, para que seja
incluída a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) no rol de Comissões Perma-
nentes que devem manifestar-se sobre o mérito da proposição.
Nº 3161/2015 – do Sr. Sergio Vidigal – Requer a criação de Comissão Especial destinada a proferir pare-
cer à Proposta de Emenda à Constituição nº 13, de 2007, que “Acrescenta o inciso VIII ao artigo 208 da Consti-
tuição Federal de 1988.”
Nº 3162/2015 – do Sr. Arthur Virgílio Bisneto – Voto de Regozijo pelo transcurso do 104° aniversário do
município de Carauari, no Estado do Amazonas.
Nº 3163/2015 – do Sr. Felipe Maia – Requer moção de congratulação para a Sociedade dos Cegos do Rio
Grande do Norte – SOCERN.
Nº 3164/2015 – do Sr. Vitor Valim – Requer a inclusão na Ordem do Dia do plenário o PEC nº 186 de 2007,
Acrescenta os §13 e §14, ao art. 37 da Constituição Federal.
Nº 3165/2015 – da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição
nº 187-A, de 2012, do Sr. Wellington Fagundes e outros, que “dá nova redação às alíneas “a” e “b” do inciso I do
art. 96 da Constituição Federal, renomina as suas alíneas subsequentes e acrescenta-lhe um parágrafo único,
dispondo sobre a eleição dos órgãos diretivos dos Tribunais de 2º grau” – Requer a prorrogação do prazo da
Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 187-A, de 2012, que “dá
nova redação às alíneas ‘’a’’ e ‘’b’’ do inciso I do art. 96 da Constituição Federal, renomina as alíneas subsequentes
e acrescenta-lhe um parágrafo único, dispondo sobre a eleição dos órgãos diretivos dos Tribunais de 2º Grau”
Nº 3166/2015 – da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constitui-
ção nº 19-A, de 2011, do Sr. Wilson Filho e outros, que “altera o art. 40 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias para estabelecer a criação da Zona Franca do Semiárido Nordestino” – Requer a prorrogação do
prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 19, de 2011,
do deputado Wilson Filho e outros, que altera o art. 40 do ato das disposições constitucionais transitórias para
estabelecer a criação da zona franca do semiárido nordestino.
Nº 3167/2015 – da Srª. Jéssica Sales – Requer a inclusão na pauta da Ordem do Dia a Proposta de Emenda
à Constituição nº 186 de 2007, que “Acrescenta os §§ 13 e 14 ao art. 37 da Constituição Federal”.
Nº 3168/2015 – do Sr. Alan Rick – “Requer, nos termos do § 6º do art. 114, inciso XIV do Regimento da
Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da PEC 186 de 2007.”
Nº 3169/2015 – do Sr. Antônio Jácome – Requer nos termos regimentais, VOTOS DE CONGRATULAÇÕES
a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte-RN-UERN, pelos 47 anos de fundação.
408 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Nº 3170/2015 – do Sr. Lindomar Garçon – Requer inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 186 de 2007, que
altera o art. 37 da Constituição Federal.
Nº 3171/2015 – do Sr. Marx Beltrão – “Requer, nos termos do § 6º do art. 114, inciso XIV do Regimento
da Câmara dos Deputados a inclusão na Ordem do Dia da PEC 186 de 2007.”
Nº 3172/2015 – do Sr. Nilton Capixaba – Requer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à
Constituição nº 186 de 2007, que “aterá o art. 37 da Constituição Federal”.
Nº 3173/2015 – do Sr. Sergio Zveiter – Requer a retirada de tramitação de proposição.
Nº 3174/2015 – do Sr. Rubens Bueno – Requer urgência na apreciação do PL nº 3161/2015, de autoria
do Dep. Alex Manente.
Nº 3175/2015 – do Sr. Roberto Freire – Requer a inclusão do Projeto de Decreto Legislativo nº 102/2015,
que aprova o texto do Tratado entre a República Federativa do Brasil e o Japão sobre Transferência de Pessoas
Condenadas, na Ordem do Dia do Plenário.
Nº 3176/2015 – da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição
nº 299-A, de 2013, do Sr. Eduardo Cunha e outros, que “altera o art. 88 da Constituição Federal” (limita o núme-
ro de ministérios) – Solicita prorrogação do prazo da Comissão.
Nº 3177/2015 – da Srª. Professora Dorinha Seabra Rezende – Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC
186/2007, que “Determina que lei complementar definirá as normas aplicáveis à Administração Tributária da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”.
Nº 3178/2015 – do Sr. Rodrigo Maia – Requer a retirada de assinatura de proposição.
Nº 3179/2015 – do Sr. Remídio Monai – Requerimento de tramitação conjunta dos Projetos de Lei n’’s
2.960/15, do Poder Executivo e 113/03, do Sr. Luciano Castro.
Nº 3180/2015 – do Sr. Sergio Zveiter – Requer a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à
Constituição nº 186, de 2007, que “altera o art. 37 da Constituição Federal”.
Nº 3181/2015 – do Sr. Marcus Vicente – Requer a instalação de Comissão Temporária Externa destinada
a fazer o acompanhamento “in loco” e fiscalizar os planos de trabalho, obras realizadas, intervenções futuras,
investimentos, obrigações e direitos adquiridos pela Concessionária ECO 101, que administra o trecho da BR
101 que corta o Estado do Espírito Santo.
Nº 3182/2015 – do Sr. Alexandre Serfiotis – Requer inclusão na Ordem do Dia da PEC 186, de 2007
Nº 3183/2015 – do Sr. Irmão Lazaro – Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Cons-
tituição nº 53 de 2007 que da nova redação ao § 3º do Art. 39 da Constituição Federal.
Nº 3184/2015 – do Sr. Professor Victório Galli – Requer a retirada de pauta do PL nº 2.935/2015.
Nº 3185/2015 – do Sr. Professor Victório Galli – Requer a retirada de tramitação do PL nº 659/2015
Nº 3186/2015 – do Sr. Professor Victório Galli – Requer a inclusão na Ordem do Dia do Plenário da PEC
186/2007.
PROPOSIÇÕES DESPACHADAS

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 165, DE 2015


(Do Sr. Mainha)

Altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe sobre o Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá
outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PLP-129/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, passa a vigorar com as seguintes modificações:
“Art. 3º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento do tomador ou
intermediário do serviço exceto nas hipóteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto será devi-
do no local:
I – do domicílio do tomador ou intermediário, na falta de estabelecimento, inclusive na hipótese do § 1º
do art. 1º desta Lei Complementar;
............................................................................................................................................................................................” (NR)
Art. 2º Esta lei complementar entra em vigor no primeiro dia do exercício subsequente ao de sua publicação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 409

Justificação
Os meios de comunicação reiteradamente noticiam que se trava, no Brasil, uma verdadeira “guerra fiscal”
relativa ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transportes Interestadual, Intermuni-
cipal e de Comunicações (ICMS).
A origem desta “guerra” encontra-se no fato de que o imposto é cobrado no Estado no qual se originam
as operações de circulação das mercadorias, enquanto, muitas vezes, o destinatário final destas encontra-se
em outro Estado, de modo que uma solução que se desenha é a mudança na metodologia da apuração e co-
brança do imposto, o qual deixaria de ser cobrado na origem e passaria a sê-lo no destino.
Ao lado desta “guerra”, há outra menos noticiada, relativa ao imposto sobre serviços. Em muitos casos, o
prestador dos mesmos está domiciliado nas capitais ou nos grandes centros urbanos, enquanto o tomador ou
intermediário se localiza em municípios de menor porte, os quais, como se nota, perdem duas vezes.
A primeira perda se dá em virtude do fato de que os pequenos municípios não têm condições de, por
si só, atrair grandes investimentos empresariais para seus territórios, investimentos esses que acabam ficando
concentrados nas grandes cidades, em virtude, por exemplo, do melhor desenvolvimento dessas.
A segunda perda, por seu turno, se dá em virtude que os pequenos municípios acabam não arrecadando
nenhum real sobre os serviços prestados em seus territórios.
O presente projeto de lei complementar visa a corrigir a segunda dessas injustiças. Acreditamos que ele
não trará desequilíbrio às finanças das grandes cidades porque estas continuarão com toda a receita do impos-
to sobre serviços nas operações em que o prestador e o tomador dos serviços encontram-se no mesmo mu-
nicípio, bem como porque parte do imposto de renda gerado devido pelo prestador dos serviços continuará
exclusivamente com o município do domicílio da sede empresarial.
Temos a certeza de contar com o apoio de todos para a aprovação da presente proposição.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Mainha
PROJETO DE LEI Nº 7.221-D, DE 2010
(Do Sr. Angelo Vanhoni)
Ofício nº 1.362/15 – SF

SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL AO PROJETO DE LEI Nº 7221-C, DE 2010, que “Institui


o ano de 2011 como o Ano da Ucrânia no Brasil.”
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
Autógrafos do PL 7221-C/10, aprovado na Câmara dos Deputados em 15/12/11
Institui o ano de 2011 como o Ano da Ucrânia no Brasil.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Fica instituído o ano de 2011 como o Ano da Ucrânia no Brasil.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Câmara dos Deputados, em
SUBSTITUTIVO DO SENADO FEDERAL

Substitutivo do Senado ao Projeto de Lei da Câmara nº 134, de 2011 (PL nº 7.221, de 2010, na
Casa de origem), que “Institui o ano de 2011 como o Ano da Ucrânia no Brasil”.
Substitua-se o Projeto pelo seguinte:
Institui data comemorativa destinada a celebrar a Amizade Brasil-Ucrânia e a Imigração Ucra-
niana no Brasil.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei institui data comemorativa destinada a celebrar a Amizade Brasil-Ucrânia e a Imigração
Ucraniana no Brasil, como reconhecimento da contribuição daquele povo para o fortalecimento dos laços de
amizade e de cooperação entre as duas nações.
Art. 2º No dia 25 de outubro subsequente ao ano de publicação desta Lei, data da assinatura, em 1995,
do Tratado sobre as Relações de Amizade e Cooperação, firmado entre o Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo da Ucrânia, serão reverenciadas a Amizade Brasil-Ucrânia e a Imigração Ucraniana no Brasil.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 22 de setembro de 2015. – Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal
410 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 2.936, DE 2015


(Do Sr. João Rodrigues)
Altera a Lei no 5.700, de 1o de setembro de 1971, para determinar a obrigatoriedade do en-
sino dos Símbolos Nacionais e dá outras providências.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE EDUCAÇÃO E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO
E ART. 54, RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º O artigo 39 da Lei nº 5.700, de 1 de setembro de 1971 passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 39. É obrigatório o ensino do desenho e do significado dos Símbolos Nacionais, bem como do canto
e da interpretação da letra do Hino Nacional em todos os estabelecimentos de ensino, públicos ou par-
ticulares que atendam a Educação Básica, sendo que serão desenvolvidas políticas educacionais, inte-
grantes do currículo escolar, para realização do ensino dos Símbolos Nacionais.
Parágrafo único. As Escolas Públicas e Privadas das Redes Municipais, Estaduais e Federais de Ensino, que
atendam a Educação Básica, obrigatoriamente promoverão o hasteamento das Bandeira Nacional, do
respectivo Estado e Município e executarão o Hino Nacional e o Hino do respectivo Estado, no mínimo
uma vez por mês.”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A presente proposição objetiva a alteração da Lei Federal nº 5.700, de 1971 que dispõe sobre a forma e
a apresentação dos Símbolos Nacionais e dá outras providências.
Vivemos na atual conjuntura nacional um momento em que nossa pátria e seus Símbolos nacionais dei-
xaram de ser entendidos, reverenciados e observados como modelos de uma pátria livre, democrática e que
acolhe todos os cidadãos que a congregam.
Muito disto está na ausência do ensino dos Símbolos Nacionais em nossas escolas, as quais são o berço
da formação dos futuros cidadãos brasileiros.
Neste sentido, o presente Projeto de Lei tem como intuito tornar obrigatório o ensino dos Símbolos Na-
cionais, o hasteamento das Bandeira Nacional, do respectivo Estado e Município e executarão o Hino Nacional
e o Hino do respectivo Estado, em todos os estabelecimentos de ensino público ou privado que atendam a
Educação Básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, conforme o artigo 21
da Lei federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Neste sentido, esta proposta visa resgatar, em nossa sociedade, a importância e o amor ao civismo e aos
símbolos de nossa pátria, tornando as futuras gerações conhecedoras destes Símbolos Nacionais e defensoras
dos ideais de nosso país.
Pelo exposto, conto com o apoio dos nobres deputados para a aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, 09 de setembro de 2015. – Deputado João Rodrigues
PROJETO DE LEI Nº 2.938, DE 2015
(Do Sr. Miguel Lombardi)
Acrescenta o § 6º ao art. 56, e o Anexo Único à Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “Re-
gulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e con-
tratos da Administração Pública e dá outras providências”.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1242/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 56, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Cons-
tituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”,
passa a vigorar acrescido dO § 6º, com a seguinte redação:
“Art. 56. ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 6º Após a homologação da licitação o licitante vencedor terá cinco dias para apresentar a caução de
garantia da obra e a declaração constante do Anexo único desta lei, lavrada em escritura pública pelo
proprietário da empresa.”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 411

Justificação
O móvel que nos impulsionou a apresentar a presente proposição foram as incessantes e, infelizmen-
te, até mesmo rotineiras notícias publicadas pela imprensa dos mais longínquos rincões deste país e até dos
maiores centros econômicos ultradesenvolvidos situados nos Estados mais ricos do Brasil dando conta de um
incontável número de problemas em obras públicas.
À vista deste quadro há anos repetido ininterruptamente, é de nos parecer existir, pois, uma lacuna le-
giferante a permitir que, mesmo em locais onde presumivelmente estão situadas as melhores e mais prepa-
radas empresas e as administrações públicas contam com um material humano altamente preparado, ainda
assim, haja casos de obras mal executadas e até mesmo inacabadas sem que, diante disso, sejam as empresas
devida e rapidamente responsabilizadas pela sua desídia, elevando, muitas vezes, em “n” vezes o valor orçado
inicialmente de uma obra ou serviço em grave prejuízo ao planejamento, às finanças públicas e, em ultima
instância, à população em geral.
Urge, então, que se busque estreitar ou se extinguir os pontos através dos quais se esgueiram as más
empresas e os maus administradores de molde a se evitar que sejamos obrigados a assistir, uma vez mais, aos
lamentáveis espetáculos que nos fornecem os casos de obras mal executadas ou inacabadas em face da im-
punidade que uma legislação leniente acaba por permitir.
Destarte, como se vê com facilidade, a presente proposição visa minimizar os prejuízos que a adminis-
tração pública experimenta com serviços defeituosos e mal executados pelas empreiteiras que vencem certa-
mes licitatórios e, visando obter mais lucro, negligenciam seu trabalho e acabam por deixar, por vezes, defeitos
ocultos nas obras que somente aparecerão passados meses e anos de seu encerramento e se esquivam de sua
responsabilidade pelos meandros da legislação.
Enfim, em face de todos os motivos expostos, tenho a convicção de poder contar com os nobres pares
na votação e aprovação da presente proposição.
Sala das Sessões, 9 de setembro de 2015. – Deputado Miguel Lombardi
ANEXO ÚNICO
SAIBAM quantos esta pública escritura de declaração bastante virem que ...................................................,
compareceu como outorgante a empresa .............................................................., com sede à ........................................,
na cidade de ..........................., Estado de ......................................., inscrita no CNPJ do MF sob nº ..................................,
devidamente representada, na forma do seu contrato social, pelo sócio ........................................................................., ..
........................................ (nacionalidade),.............................................(estado civil), ............................... (profissão), portador
do RG ............................ e do CPF do MF ........................................, nº ............, Bairro .................................., nesta cidade e
comarca de ........................................ Pelo outorgante, reconhecido por mim, escrevente autorizado e do tabelião
que esta subscreve, ante os documentos exibidos de cuja identidade e capacidade jurídica dou fé. Então, pelo
outorgante, uniforme e sucessivamente me foi dito que de livre e espontânea vontade, sem qualquer induzi-
mento e/ou coação, vem pela presente escritura declarar 1) que foi vencedora em certame licitatório promo-
vido pela .................................... (entidade licitante), a saber, ........................... (modalidade e número), adjudicado e
homologado em ............... (data); 2) que em razão disso foi convocada para assinar o contrato no prazo de 05
(cinco) dias a contas de ............(data); 3) que, nos termos do edital, é condição para a assinatura do contrato
a apresentação da presente escritura pública de declaração0 em seu translado original; 4) que, assim sendo,
vem declarar para todos os efeitos legais, em especial para fins de cumprimento do disposto no art. 618, caput,
do Código Civil. Nos contratos de empreitada de edifícios e outras construções consideráveis, o empreiteiro
de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do
trabalho, assim em razão dos materiais, como de solo; 5) que durante o prazo mínimo de 05 (cinco) anos ga-
rantirá as obras e serviços de engenharia a serem executados e objeto do contrato entre ................... (empresa)
e ........................... (contratante), em obediência ao transcrito preceito legal. Assim disse e dou fé. Declarações de
estilo................................
PROJETO DE LEI Nº 2.943, DE 2015
(Do Sr. Covatti Filho)

Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro,
para dispor sobre obrigatoriedade de câmera de monitoramento do trânsito em veículos de
transporte coletivo de passageiros.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-879/2003.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
412 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O Congresso Nacional decreta:


Art.1º Esta Lei acrescenta dispositivos ao art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui
o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre obrigatoriedade de câmera de monitoramento do trânsito
em veículos de transporte de passageiros com mais de dez lugares, utilizados no serviço de transporte cole-
tivo de passageiros.
Art. 2º O art. 105 Lei nº 9.503, de 1997, passa a vigorar acrescido dos seguintes inciso VIII e § 7º:
Art. 105. ................................................................................................................................................................................
VIII – para os veículos de transporte de passageiros com mais de dez lugares, câmera de monitoramento
do trânsito, conforme condições estabelecidas pelo CONTRAN.
.................................................................................................................................................................................................
§ 7º A câmera de monitoramento de trânsito de que trata o inciso VIII deverá ser posicionada na cabine
dos respectivos veículos, de forma a registrar a via, durante todo o trajeto de cada viagem. (NR)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos noventa dias de sua publicação oficial.
Justificação
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, traz, em
seu art. 105, o rol dos equipamentos considerados obrigatórios para veículos. São itens de segurança consa-
grados, cuja correta utilização pode evitar acidentes ou minimizar os seus efeitos, como o cinto de segurança
e o encosto de cabeça, por exemplo.
Para os veículos de transporte de passageiros com mais de dez lugares, ou seja, ônibus e micro-ônibus
utilizados nos serviços de transporte coletivo de passageiros, em suas várias vertentes, o inciso II do referido
art. 105 já exige o equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo, conhecido como
tacógrafo, que também é obrigatório para os veículos de transporte e de condução de escolares e os de carga
com peso bruto total superior a 4.536 quilogramas.
A lista do CTB não pretende ser exaustiva, tanto que o legislador teve o cuidado de atribuir ao Conselho
Nacional de Trânsito (CONTRAN) a competência para exigir outros equipamentos obrigatórios, à medida que os
avanços da tecnologia assim o recomendarem. De fato, o CONTRAN dispõe de câmaras temáticas capazes de ava-
liar a eficiência de novos equipamentos e a conveniência de sua adoção pela indústria automobilística nacional.
Não obstante, consideramos ser perfeitamente possível a adequação da lista de equipamentos obri-
gatórios por meio de projeto de lei de iniciativa parlamentar. Pode-se apontar, por exemplo, o precedente da
aprovação da Lei nº 11.910, de 2009, que introduziu o inciso VII ao art. 105 do CTB, com a exigência de equipa-
mento suplementar de retenção (air bag) frontal para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.
Com esse intuito em mente, estamos oferecendo à apreciação da Casa este projeto de lei que pretende
acrescentar, entre os equipamentos obrigatórios para os veículos de transporte de passageiros com mais de dez
lugares, a exigência de câmera de monitoramento do trânsito. Essa câmera deverá ser posicionada na cabine
dos respectivos veículos, de forma a registrar a via, durante todo o trajeto de cada viagem, funcionando como
uma espécie de “caixa preta” dos aviões, que registra as conversas entre piloto e copiloto na cabine. O objetivo
da iniciativa é criar meios para facilitar a elucidação de acidentes e, até mesmo, de crimes, como assaltos aos
veículos de transporte coletivo de passageiros, os quais, infelizmente, são comuns no Brasil.
O texto proposto prevê que o CONTRAN, no uso de suas atribuições, defina as condições para a adoção do
novo equipamento, como por exemplo, o cronograma que as empresas vão dispor para atender à exigência. Esse
tipo de regulamentação é corriqueiro em toda inovação de frota, para permitir as devidas adequações. Para per-
mitir a regulamentação, estamos prevendo um prazo de noventa dias para a entrada em vigor da nova norma.
No mais, consideramos a proposta bastante simples e de fácil adoção, uma vez que os aplicativos de
comunicação via internet e o preço das câmeras que operam nesses aplicativos estão cada vez mais acessíveis.
Por esse motivo, esperamos contar com o apoio de todos para a sua rápida aprovação.
Sala das Sessões, 09 de setembro de 2015. – Covatti Filho, Deputado Federal PP/RS
PROJETO DE LEI Nº 2.945, DE 2015
(Do Sr. Augusto Coutinho )

Altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade
Urbana, entre outras providências, para dispor sobre a prestação do serviço de transporte
individual de passageiros.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2631/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 413

O Congresso Nacional decreta:


Art. 4º Esta Lei altera a redação do art. 12-A da Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política
Nacional de Mobilidade Urbana, entre outras providências, para dispor sobre a prestação do serviço de trans-
porte individual de passageiros, incluindo condições para outorga e transferência de autorização, permissão
ou concessão no âmbito do referido serviço.
Art. 5º O art. 12-A da Lei nº 12.587, de 2012, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 12-A. O direito à exploração de serviços de táxi poderá ser outorgado a qualquer interessado que
satisfaça os requisitos exigidos pelo poder público municipal.
§ 1º Será expedida uma única autorização, permissão ou concessão para uso exclusivo do condutor do
veículo, vedada a transferência a terceiros, sob pena de cancelamento da licença e impossibilidade de
nova obtenção.
§ 2º Em caso de falecimento do outorgado, o direito à exploração do serviço será transferido a seus
sucessores legítimos, na 1ª linha de sucessão hereditária, nos termos dos arts. 1.829 e seguintes do Título
II do Livro V da Parte Especial da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
§ 3º Aplicam-se as regras sucessórias do § 2º às transferências por aposentadoria ou invalidez permanente
do titular da outorga.
§ 4º As transferências de que tratam os §§ 2º e 3º dar-se-ão pelo prazo da outorga e são condicionadas à
prévia anuência do poder público local e ao atendimento dos requisitos fixados para a outorga.
§ 5º Quando da permissão em utilizar a outorga de outrem, o detentor da outorga pode autorizar a
condução do veículo em até três turnos de oito horas cada, desde que o detentor conduza o veículo por
pelo menos um dos turnos.
§6º Nos caos de permitir que terceiros utilizem a outorga concedida, nos termos do parágrafo anterior,
o tipo de contratação dar-se-á tanto por contrato de terceirização, como por vínculo empregatício nos
termos da Consolidação das Leis do Trabalho. (NR)
Art. 6º Esta Lei entra em vigor após decorridos noventa dias de sua publicação oficial.
Justificação
A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU),
representou um grande passo para a disciplina dessa área tão relevante nos dias atuais. Além de regular os
serviços de transporte público coletivo de passageiros, ainda traça os princípios, as diretrizes e os objetivos da
PNMU, estabelecendo as atribuições de cada Ente da Federação em relação a essa política.
No que concerne ao serviço de transporte individual de passageiros (táxi), entretanto, a referida norma de-
dica pouca atenção, limitando-se a definir esse serviço como o transporte remunerado de passageiros aberto ao
público, por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas (art. 4º, inciso VIII).
Considera, ainda, atribuição do Poder Público municipal organizar, disciplinar e fiscalizar o serviço de utilidade
pública de transporte individual de passageiros, com base nos requisitos mínimos de segurança, de conforto, de
higiene, de qualidade dos serviços e de fixação prévia dos valores máximos das tarifas a serem cobradas (art. 12).
Posteriormente, por meio da Lei nº 12.865, de 2013, houve a introdução do art. 12-A, trazendo algu-
mas poucas regras para a outorga do serviço de transporte individual, tema que correspondia a uma lacuna
no texto legal. Entendemos que, embora essa inserção tenha sido um avanço, ainda há o que aperfeiçoar no
texto em vigor.
De fato, a realidade atual dos taxistas é desconcertante. Muitos têm encontrado dificuldade em obter
a licença para trafegar com seus veículos. Essa dificuldade ocasionou uma espécie de comércio paralelo, pois
atualmente há pessoas que possuem mais de uma licença e negociam essas licenças com quem não conseguiu
obter a autorização do poder público concedente.
A proposição que ora oferecemos à apreciação da Casa tem como escopo disciplinar melhor o exercício da
atividade de taxista, de forma que o exercício da profissão fique restrito ao próprio autorizado, vedada a trans-
ferência a terceiros, o que, certamente, contribuirá para trazer segurança aos usuários desse tipo de transporte.
Outro objetivo do presente projeto é coibir a exploração dos motoristas que não possuem a autoriza-
ção e, para garantir seu sustento e de suas famílias, são contratados por empresários do ramo e obrigados a se
sujeitar a jornadas de trabalho extremamente cansativas, visto que não têm vínculo empregatício. Finalmen-
te, também estamos prevendo a possibilidade de sucessão por aposentadoria ou invalidez permanente, nos
mesmos termos da sucessão causa mortis, o que trará maior segurança à família do outorgado, em caso de
alguma intercorrência de força maior.
414 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Na certeza da importância dessa proposta para a melhoria das condições de trabalho dos taxistas, o que,
sem dúvida, reverterá em melhoria da qualidade do serviço prestado aos usuários, esperamos contar com o
apoio de todos para sua rápida aprovação.
Sala das Sessões, 09 de setembro de 2015. – Deputado Augusto Coutinho, Solidariedade/PE
PROJETO DE LEI Nº 2.947, DE 2015
(Do Sr. Veneziano Vital do Rêgo)

Dispõe sobre remição da pena pela leitura.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-7973/2014.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei estabelece a remição da pena pela leitura.
Art. 2º A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, passa a vigorar acrescida do se-
guinte Art. 126 A:
“Art. 126 A A remição da pena por estudo pode se dar pela leitura e será assegurada quando compatível
com as horas de remição por trabalho ou estudo.
§1º Para fins de remição da pena, o preso custodiado alfabetizado poderá escolher somente uma obra
literária dentre os títulos selecionados para leitura e elaboração de um relatório de leitura ou resenha, a
cada trinta dias.
§ 2º O relatório de leitura ou a resenha deverá ser elaborado individualmente, de forma presencial, em
local adequado, providenciado pela Direção do Estabelecimento Penal.
§ 3º A remição da pena pela leitura será declarada pelo juiz competente para a execução da pena, ouvi-
dos o Ministério Público e a defesa.”
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Já está em vigor em alguns estados, notado o pioneirismo do estado do Paraná, a quem rendemos ho-
menagem neste projeto, a possibilidade de remição da pena pela leitura de obras literárias significativas.
Cremos que todas as possibilidades devem ser exploradas para conseguir que a pena privativa de liber-
dade crie mecanismos de reinserção do apenado na sociedade. Nada mais importante para que isso ocorra do
que desenvolver nele espírito crítico, cultura e informação abalizada.
O hábito da leitura é extremamente importante na composição de uma personalidade integrada á rea-
lidade social. O condenado que utiliza parte da pena para aprender e ampliar seus conhecimentos é mais um
que provavelmente conseguirá retornar ao convívio social em condições melhores do que o deixou.
Para tanto, propomos esta alteração na lei de Execução Penal, de forma geral, cabendo os detalhes sobre
as formas de escolha das obras e avaliação das resenhas a cada Estado, quando da implantação desses progra-
mas de leitura nos estabelecimentos carcerários.
Acreditamos que esta proposição beneficiará a todos, criando um modo de combater a indolência e a
inatividade nos presídios, que tanto prejudicam a função de recuperação da pena.
Por todo o exposto, conclamamos os Nobres Pares a aprovarem este projeto.
Sala das Sessões, 09 de setembro de 2015. – Deputado Veneziano Vital do Rego
PROJETO DE LEI Nº 2.965, DE 2015
(Do Sr. Alan Rick)

Institui o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas, esta-
belece a sua avaliação e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-708/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Capítulo I
Do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas
Art.1º Esta Lei institui o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas e
estabelece a sua avaliação e dá outras providências.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 415

Art.2º Fica instituído o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas.
§ 1º O plano de que trata o caput terá a duração de dez anos e será coordenado e executado, de forma
compartilhada, pelos órgãos do Poder Executivo Federal responsáveis pela educação, pela saúde e pela segu-
rança pública, na forma a ser definida em regulamento.
§ 2º A partir das diretrizes desta Lei, a União deverá elaborar os objetivos, as ações estratégicas, as metas,
as prioridades, os indicadores e definir as formas de financiamento e gestão das políticas de enfrentamento à
violência e ao uso de drogas nas escolas.
Capítulo II
Das Diretrizes
Art. 3º O Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas obedecerá às se-
guintes diretrizes gerais:
I – elaborar ações que incidam nas populações escolares, nos atores governamentais e nos territórios
para desconstruir a cultura de violência;
II – garantir a inclusão, as oportunidades sociais e econômicas e os direitos da população alvo das ações
do Plano de que trata o caput;
III – visar à transformação dos territórios por meio da promoção de ações, projetos e programas que te-
nham efeito nas causas da violência;
IV – promover o aperfeiçoamento institucional dos órgãos educacionais no sentido de efetivar medidas
de enfrentamento à violência, às práticas discriminatórias e às suas consequências sobre os indivíduos;
V – desenvolver programas setoriais e intersetoriais destinados ao atendimento das necessidades espe-
cíficas das populações escolares vulneráveis à violência;
VI – adotar estratégias de articulação entre órgãos públicos e entidades privadas, com organismos in-
ternacionais e estrangeiros para a implantação de parcerias para a execução das políticas de enfrentamento à
violência e ao uso de drogas nas escolas;
VII – realizar a integração das ações dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, se-
xualidade, planejamento familiar, educação, trabalho, assistência social, previdência social, habitação, cultura,
desporto e lazer, visando ao enfrentamento à violência e ao uso de drogas nas escolas;
VIII – viabilizar a ampla participação social na formulação, implementação e avaliação das políticas en-
frentamento à violência e ao uso de drogas nas escolas;
IX – ampliar as alternativas de inserção social dos familiares dos integrantes das populações-alvo, pro-
movendo programas que priorizem a sua educação e a qualificação profissional;
X – promover o acesso dos integrantes das populações-alvo e de seus familiares a todos os serviços pú-
blicos oferecidos à comunidade;
XI – proporcionar atendimento individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de
serviços à população visando a prevenção da violência escolar, simultaneamente nos campos educacional,
político, econômico, social, cultural e ambiental;
XII – garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das políticas de enfrentamento à violência
e ao uso de drogas nas escolas; e
IX – promover a avaliação das políticas de enfrentamento à violência e ao uso de drogas nas escolas;
X – garantir o acesso à justiça.
Capítulo II
Das Competências
Art. 4º Compete à União:
I – estabelecer diretrizes específicas para a elaboração dos Planos Estaduais e Municipais de Enfrenta-
mento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas e suas normas de referência;
II – elaborar o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas, em parceria
com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, a comunidade internacional e a sociedade;
III – prestar assistência técnica e suplementação financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;
IV – instituir e manter um sistema de avaliação de acompanhamento;
V – financiar, com os demais entes federados, a execução das ações dos planos de enfrentamento à vio-
lência e abuso de drogas nas escolas;
VI – estabelecer formas de colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a execu-
ção das ações dos planos de enfrentamento à violência e abuso de drogas nas escolas;
Art. 5º Compete aos Estados:
416 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I – elaborar o Plano Estadual de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas em conformi-
dade com o Plano Nacional, e em colaboração com a sociedade;
II – criar, desenvolver e manter programas, ações e projetos para a execução dos planos de enfrentamen-
to à violência e abuso de drogas nas escolas;
III – estabelecer, com a União e os Municípios, formas de colaboração para a execução das ações dos
planos de enfrentamento à violência e abuso de drogas nas escolas;
VI – prestar assessoria técnica e suplementação financeira aos Municípios;
V – fornecer regularmente os dados necessários ao povoamento e à atualização do sistema de avaliação
e acompanhamento da execução dos planos de enfrentamento à violência e abuso de drogas nas escolas; e
VIII – co-financiar a execução de programas, ações e projetos dos planos de enfrentamento à violência
e abuso de drogas nas escolas nas parcerias federativas.
Art. 6º Compete aos Municípios:
I – elaborar o Plano Municipal de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas, em confor-
midade com o Plano Nacional, o respectivo Plano Estadual, e em colaboração com a sociedade;
III – criar, desenvolver e manter programas, ações e projetos para a execução dos planos de enfrenta-
mento à violência e abuso de drogas nas escolas;
V – fornecer regularmente os dados necessários ao povoamento e à atualização do sistema de avaliação e ;
VI – co-financiar a execução de programas, ações e projetos dos planos de enfrentamento à violência e
abuso de drogas nas escolas nas parcerias federativas; e
VII – estabelecer mecanismos de cooperação com os Estados e a União para a execução das ações dos
planos de enfrentamento à violência e abuso de drogas nas escolas.
§ 1º Para garantir a articulação federativa com vistas ao efetivo cumprimento das ações dos planos de
enfrentamento à violência e abuso de drogas nas escolas, os Municípios podem instituir os consórcios dos
quais trata a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios
públicos e dá outras providências, ou qualquer outro instrumento jurídico adequado, como forma de compartilhar
responsabilidades.
Art. 7º As competências dos Estados e Municípios cabem, cumulativamente, ao Distrito Federal.
Art. 8º A partir da vigência desta Lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, com base no Plano
Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas, elaborarem planos correspondentes e
constituírem, no prazo de dois anos, órgãos gestores e conselhos estaduais, municipais ou distrital, serão be-
neficiados, prioritariamente, com os programas e projetos coordenados e apoiados pelo Poder Público Federal.
Art. 9º A União, em articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as organizações edu-
cacionais, procederá avaliações, no mínimo, a cada quatro anos sobre a implementação do Plano Nacional de
Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas.
§ 1º As avaliações serão apresentadas em Conferências Nacionais, precedidas de conferências regionais e
locais, cujas deliberações serão encaminhadas ao órgão gestor do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência
e Abuso de Drogas nas Escolas para aprimoramento das suas diretrizes e metas e inserção no Plano Plurianual
(PPA) que as aprova.
§ 2º A realização da Conferência Nacional coincidirá com o ano de votação do PPA.
Art. 10. Os órgãos colegiados nacionais, estaduais, distrital e municipais, responsáveis pela promoção de
políticas públicas educacionais, empenharão esforços para a divulgação e efetivação deste Plano.
Art. 11. O Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas deverá estar ela-
borado em 180 dias contados a partir da publicação desta Lei.
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A presente proposta tem por finalidade estabelecer o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência e
Abuso de Drogas nas Escolas. Uma das principais sugestões que trazemos é a realização de uma articulação
intersetorial que envolva educação, saúde e segurança pública.
Além disso, vislumbramos que o Poder Executivo é o único detentor das condições para definir objetivos,
metas globais e setoriais, os programas e recursos necessários, que são elementos que, de fato, caracterizam
um plano.
Partimos, portanto, do pressuposto que um documento denominado Plano Nacional de Enfrentamento
à Violência e Abuso de Drogas nas Escolas é uma peça a ser elaborada pelo Poder Executivo, em estreita co-
laboração com a sociedade e os demais Poderes. Nesse sentido, a principal contribuição do Poder Legislativo
reside em apresentar um documento de diretrizes, estas construídas a partir da demanda existente a partir dos
atores escolares, processo que vem ocorrendo de forma intensa em debates ocorridos nesta Casa.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 417

Nesse contexto, foram elaboradas diretrizes para que o Poder Executivo possa dispor de uma orienta-
ção geral para iniciar o seu trabalho de articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Essas
diretrizes incluem:
a) a necessidade da elaboração de ações que incidam nas populações escolares, nos atores gover-
namentais e nos territórios para desconstruir a cultura de violência;
b) a garantia da inclusão social e econômica dos familiares da população alvo;
c) a inclusão de ações que visem à transformação física dos territórios de forma a causar um efeito
de diminuição da violência;
d) a promoção do aperfeiçoamento institucional dos órgãos educacionais no sentido de efetivar
medidas de enfrentamento à violência, às práticas discriminatórias e às suas consequências sobre
os indivíduos;
e) a adoção estratégias de articulação entre órgãos públicos e entidades privadas, com organismos
internacionais e estrangeiros para a implantação de parcerias para a execução das políticas de en-
frentamento à violência e ao uso de drogas nas escolas;
f) a integração das ações dos órgãos e entidades públicas e privadas nas áreas de saúde, sexualidade,
planejamento familiar, educação, trabalho, assistência social, previdência social, habitação, cultura,
desporto e lazer, visando ao enfrentamento à violência e ao uso de drogas nas escolas;
g) a promoção do acesso dos integrantes das populações-alvo e de seus familiares a todos os servi-
ços públicos oferecidos à comunidade;
h) a promoção da avaliação das políticas de enfrentamento à violência e ao uso de drogas nas escolas; e
i) a garantia do acesso à justiça.
Cada Estado ou Município também deverá elaborar seu respectivo plano de forma articulada entre si.
Com essa medida, espera-se que Municípios vizinhos, os Estados e a União convirjam esforços em prol da di-
minuição da violência escolar de forma efetiva, eficaz e eficiente.
Estamos certos de que a proposta se constitui em avanço para o ordenamento jurídico nacional, con-
tamos com o apoio dos Pares para a aprovação desta proposição em benefício da melhoria dos índices de se-
gurança pública.
Sala das Sessões, 10 de setembro de 2015. – Alan Rick, Deputado Federal/PRB-AC
PROJETO DE LEI Nº 2.975, DE 2015
(Do Sr. Alberto Fraga)

Altera a Lei nº 4.898 de 9 de Dezembro de 1965, que regula o direito de representação e o


processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-644/2015.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta lei altera dispositivos da lei nº 4.898 de 1965, ampliando as hipóteses de abuso de autorida-
de e prevendo o seu processamento.
Art. 2º A Lei nº 4.898 de 1965, que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade
administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, passa a vigorar com as seguintes alterações.
“Art. 3º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
i) a integridade física e moral do indivíduo;
............................................................................................
k) a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem.” (NR)
“Art. 4º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
j) Denunciar pessoa física ou jurídica sem os elementos essenciais à denúncia, assim reconhecido
por decisão judicial de arquivamento.
k) Condenar pessoa física ou jurídica sem os elementos essenciais à condenação, assim reconhecido
por decisão superior que determinar a reforma da sentença ou acórdão.
l) Deixar a autoridade policial que efetuar a prisão, de lavrar o respectivo auto de prisão de flagrante
e encaminhar o preso em até vinte e quatro horas à presença da autoridade judicial.
m) Deixar de conceder ao defensor acesso aos autos de investigação preliminar, termo circunstan-
ciado, inquérito ou qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou adminis-
trativa, ou obtenção de cópias, ressalvadas as diligências cujo sigilo seja imprescindível.” (NR)
418 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

“Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta Lei, o ocupante de cargo, função ou empre-
go público da Administração Pública direta, autárquica ou fundacional, o membro de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, do Ministério Público ou da
Defensoria Pública e o detentor de mandato eletivo.” (NR)
“Art. 7º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 4º A representação administrativa contra os membros do Ministério Público ou do Poder Judiciário,
se dará perante o respectivo Conselho Nacional, que poderá aplicar as sanções previstas no § 1º deste
dispositivo, no que couber.” (NR)
“Art. 9º ......................................................................................................................................................................................
Parágrafo Único: Os processamentos cível, penal e administrativo são independentes, porém faz coisa
julgada no processo cível e no âmbito administrativo-disciplinar a sentença penal que reconhecer
ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do
dever legal, no exercício regular de direito, ou ainda que concluir pela negativa da autoria ou ine-
xistência do fato.” (NR)
“Art. 13. ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 2º Se a representação for contra ato praticado por membro do próprio Ministério Público ou
do Poder Judiciário, o membro que a receber, não sendo competente para dar prosseguimento
ao feito, deverá autuar a representação e encaminhá-la à autoridade competente para o devido
processamento.” (NR)
Art. 3º Essa Lei entrará em vigor na data da sua publicação.
Justificação
A lei nº 4.898 que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa
civil e penal, nos casos de abuso de autoridade, é do ano de 1965, carecendo assim de diversas revisões com
o intuito de torna-la compatível com a Constituição cidadã de 1988, que busca maiormente salvaguardar os
direitos individuais e coletivos e assegurar mecanismos de garantia desses direitos.
Neste sentido é que as alterações constantes no presente Projeto de Lei se fazem de máxima urgência,
trazendo maior responsabilidade para os agentes do Estado e mais garantias aos cidadãos brasileiros, pois até
mesmo o conceito de autoridade trazido pela lei encontra-se incompleto e carece de reforma, evitando-se as-
sim ineficiência na aplicabilidade da citada legislação.
O direito de representar contra violações à intimidade, a vida privada, a honra e a imagem, a integridade
física e moral do indivíduo, não constam expressamente da atual legislação ora reformada, tal qual a devida
responsabilização do Membro do Ministério Público ou do Poder Judiciário que extrapolar sua competência
atuando ilegitimamente em desfavor daqueles direitos, assim reconhecido por decisão de arquivamento de
denúncia ou de reforma de sentença ou acórdão.
Ademais, a preocupação com os Direitos dos cidadãos tem sido uma constante nos trabalhos dos di-
versos poderes, podendo-se citar as audiências de custódias que estão em fase de implementação pelo Poder
Judiciário e regulamentação por esta casa legislativa, sendo assim, é uma medida essencial, prever que a po-
lícia que efetuar a prisão, deverá lavrar seu respectivo auto de prisão em flagrante e encaminhar o preso, em
até vinte e quatro horas à autoridade judicial. Busca-se com essa previsão, uma medida de aperfeiçoamento
dos direitos humanos, e sua inobservância, onde for possível fazê-lo, deve acarretar responsabilização cível,
penal e administrativa.
Assim, esse projeto vem cumprir os princípios constitucionais da moralidade, probidade e legalidade, e
os nobres pares com certeza farão os aperfeiçoamentos necessários a sua aprovação.
Sala das sessões, 15 de Setembro de 2015. – Alberto Fraga, Deputado Federal DEM-DF
PROJETO DE LEI Nº 2.976, DE 2015
(Da Sra. Leandre)

Altera a redação do inciso VII do artigo 3º da Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, que “dispõe
sobre a impenhorabilidade do bem de família”, para excepcionar condições em que persista
a cláusula de impenhorabilidade do bem de família do fiador nas hipóteses de obrigação de-
corrente de fiança concedida em contrato de locação.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-987/2011.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 419

O Congresso Nacional decreta:


Art. 1º Esta lei altera o inciso VII do art. 3º da Lei nº 8.009, de 1990, excepcionando condições em que
persista a cláusula de impenhorabilidade do bem de família do fiador nas hipóteses de obrigação decorrente
de fiança concedida em contrato de locação.
Art. 2º O inciso VII do art. 3º da Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VII – por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação, ressalvadas as hipóteses em
que o fiador seja portador de doença degenerativa devidamente comprovada ou pessoa maior de 60
(sessenta) anos que possua renda inferior a 2 (dois) salários mínimos.”
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
A possibilidade de penhora do bem de família, na hipótese de obrigação decorrente de fiança concedida
em contrato de locação, atualmente prevista pelo inciso VII do art. 3º da Lei nº 8.009, de 29 de março de 1990,
vem sido bastante criticada pela doutrina e, em alguns casos, pela jurisprudência nacional.
Boa parte dessa crítica reside no fato de que bem do locatário – que é parte efetiva no contrato – encon-
tra-se protegido pela cláusula de impenhorabilidade. Já o fiador, que possui mera função acessória no contrato,
acaba não possuindo essa prerrogativa. Trata-se, em nosso sentir, de solução nitidamente equivocada.
Entretanto, face à dificuldade em se proceder a uma alteração que possa, de forma mais célere, corrigir
tal iniquidade, propomos medida que visa excepcionar da regra determinados indivíduos que se situem em
condições que demandem tratamento diferenciado por parte do legislador.
Assim é que entendemos plausível que os maiores de 60 (sessenta) anos de idade que possuam renda
inferior a 2 (dois) salários mínimos, e as pessoas portadoras de doenças degenerativas devidamente comprova-
das não venham a sofrer indevida interdição em seus imóveis gravados com a cláusula de um bem de família.
A importância da proposta revela-se evidente. Não se mostra razoável que pessoas idosas e possuidoras
de rendimentos por vezes insuficientes para a sua própria subsistência, ou ainda que portadoras de doenças
degenerativas, pelas próprias limitações que a idade, a carência financeira e uma eventual moléstia impõem,
venham a ser retiradas de sua residência em virtude do inadimplemento de obrigações por parte do locatário.
Trata-se de um ônus incompatível com as condições físicas, psicológicas e financeiras dessa importante par-
cela da população.
Com efeito, no confronto entre a garantia da higidez de um contrato de locação e a preservação da dig-
nidade da pessoa humana daqueles que mais necessitam de um arcabouço normativo que os protejam, não
resta dúvidas de que esta última deve prevalecer.
Assim, cientes de que a presente proposta representa importante garantia para determinados cidadãos
que apresentam vulnerabilidades que demandam proteção, solicitamos apoio dos nobres paras para a apro-
vação deste relevante projeto de lei.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Leandre, Deputada Federal PV/PR

PROJETO DE LEI Nº 2.979, DE 2015


(Do Sr. Sóstenes Cavalcante)

Dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nos locais destinados ao cumprimento de


penas de ordem criminal, e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2873/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º. Todos os direitos constitucionais relacionados à liberdade religiosa são garantidos à pessoa presa,
notadamente os de consciência, crença e expressão, observando-se os seguintes princípios:
I – garantia do direito de profecia de todas as religiões, e o de consciência aos agnósticos e adeptos de
filosofias não religiosas;
II – garantia da atuação de diferentes confissões religiosas em igualdades de condições, majoritárias ou
minoritárias;
420 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – vedação da disputa agressiva por fiéis e qualquer forma de constrangimento à mudança de religião,
inclusive através de discriminação;
IV – a assistência religiosa não pode ser instrumentalizada para fins de disciplina, correcionais ou para
estabelecer qualquer tipo de regalia, benefício ou privilégio, e é garantida mesmo à pessoa presa submetida
a sanção disciplinar;
V – à pessoa presa é assegurado o direito à expressão de sua consciência, filosofia ou prática de sua reli-
gião, de forma individual ou coletiva, devendo ser respeitada a sua vontade de participação, ou de abster-se de
participar de quaisquer atividades de cunho religioso, sendo desnecessária sua manifestação prévia à direção
do estabelecimento prisional no qual esteja cumprindo pena;
VI – garantia à pessoa presa do direito de mudar de religião, consciência ou filosofia, a qualquer tempo,
sem prejuízo da sua situação prisional;
VII – o conteúdo da prática religiosa deve ser definido pelo grupo religioso e pelas pessoas presas, sem
qualquer tipo de interferência estatal;
VIII – à pessoa presa é garantida a satisfação das exigências de sua vida religiosa, garantindo-se o acesso
a todos os serviços ministrados bem como a posse de livros e outros meios de instrução religiosa;
IX – caso a pessoa presa não tenha o necessário discernimento para o ato ou esteja impossibilitada de
manifestar sua vontade, seu representante legal poderá solicitar que lhe seja prestada a assistência religiosa.
Art. 2º. Constituem atribuições da assistência religiosa, promover, entre outras:
I – atividades pastorais;
II – aconselhamentos;
III – orações;
IV – estudos;
V – atendimentos individuais e coletivos;
VI – evangelização;
VII – unção de enfermo;
VIII – ministração de práticas litúrgicas e ritualísticas dos mais diversos credos.
Art. 3º Os espaços próprios de assistência religiosa deverão ser isentos de objetos, arquitetura, desenhos
ou outros tipos de meios de identificação de qualquer religião específica.
§ 1° Será permitido o uso de símbolos e objetos religiosos durante a atividade de cada segmento religioso,
salvo itens que comprovadamente oferecerem risco à segurança.
§ 2º A definição dos itens que oferecem risco à segurança será feita pelo Departamento Penitenciário
Nacional – DEPEN –, que deverá demonstrar a absoluta necessidade da medida e a inexistência de meio
alternativo para atingir o mesmo fim, devendo, para tanto, ouvir as matrizes religiosas interessadas.
Art. 4º É imprescindível que a assistência religiosa seja prestada em local adequado para este fim, conside-
rando-se, inclusive, a participação nas atividades coletivas e o resguardo do sigilo nos atendimentos individuais.
§ 1º Nos estabelecimentos em que este local inexiste, a secretaria estadual ou departamento do sistema
penitenciário deverá providenciar a construção ou a adequação de local compatível no prazo máximo de 90 dias.
§ 2º Enquanto não se procede nos termos do § 1º, o diretor do estabelecimento deverá, ouvidos os
agentes religiosos que ali atuam, escolher um espaço entre os locais mais apropriados para tais atividades.
§ 3º A assistência religiosa deve ser realizada em ambiente de respeito, de modo a não incomodar os
internos que deles não participem, sendo proibida a sua celebração, com ou sem utilização de microfone, em
volume incompatível com o local.
Art. 5º É vedada a revista íntima nos agentes religiosos.
Parágrafo Único. O agente religioso pode ser revistado por instrumentos eletrônicos, sendo que, em caso
de falta, insuficiência ou inoperância destes, poderá ser submetido ao mesmo tipo e forma de revista pela qual
passa o servidor do estabelecimento.
Art. 6º A administração prisional deverá garantir meios para que se realize a entrevista pessoal privada
da pessoa presa com o agente religioso, garantindo-se o sigilo desse atendimento.
Art. 7º Será vedada a comercialização de itens religiosos, garantindo-se à pessoa presa o pagamento es-
pontâneo e voluntário de contribuições religiosas ínsitas à sua crença.
Art. 8º Será permitida a doação de itens às pessoas presas por parte das organizações religiosas, desde que
respeitadas as regras do estabelecimento prisional quanto ao procedimento de entrega e de itens autorizados.
Parágrafo Único. A doação de itens religiosos pode ser direcionada pela organização religiosa a deter-
minada pessoa presa.
Art. 9º O cadastro das organizações será mantido pela secretaria estadual ou departamento do sistema
penitenciário, anualmente atualizado e realizado em todos os dias úteis do ano.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 421

§ 1º As organizações religiosas e/ou não governamentais que desejem prestar assistência religiosa e
humana às pessoas presas, independentemente da quantidade de pessoas a serem atendidas, deverão ser
legalmente constituídas, não se exigindo prazo mínimo de constituição.
§ 2º Para o cadastro das organizações referidas no parágrafo anterior deverão ser apresentados apenas
os seguintes documentos:
a) requerimento do dirigente da organização ou de seu representante competente ou majoritário,
acompanhado de cópia do documento de identidade pessoal válido nacionalmente, do CPF e Título
de Eleitor, se for o caso;
b) cópia dos estatutos sociais, da ata de eleição da última diretoria e do CNPJ;
c) cópia do comprovante de endereço atualizado da organização.
§ 3º Solicitada a renovação do cadastro pelo menos dois meses antes do término da validade do mes-
mo, será garantida a continuidade dos trabalhos independentemente na análise dos documentos, a tempo e
modo, pelo órgão competente.
Art. 10. A assistência religiosa deverá ser prestada por agentes religiosos, maiores de 18 anos e residen-
tes no país, devidamente credenciados pelas organizações cadastradas.
§ 1º Os estrangeiros, desde que estejam regularmente no país, podem ser credenciados pelas organizações
religiosas.
§ 2º O credenciamento dos agentes deverá ser solicitado mediante requerimento subscrito pelo diri-
gente da organização, atestando a idoneidade do agente e o fato de o mesmo ser seu membro, relacionando
as unidades prisionais nas quais o agente pretende prestar a assistência, acompanhado apenas dos seguintes
documentos:
a) cópia do documento de identidade pessoal válido nacionalmente;
b) cópia do Cadastro de Pessoa Física;
c) cópia do Título de Eleitor;
d) cópia do comprovante atualizado de endereço residencial ou declaração de residência na forma
legal;
e) 2 fotos 3x4 iguais e recentes.
§ 2º Não será exigido Atestado ou Certidão de Antecedentes Criminais, nem a ausência de condenação
criminal, podendo ser requerido que o agente religioso não esteja cumprindo pena, em qualquer regime pri-
sional, ou não esteja gozando de livramento condicional.
§ 3º Não será exigido o exercício dos direitos políticos nem formação teológica.
§ 4º Cada agente religioso poderá prestar assistência em número ilimitado de estabelecimentos, vedando-
se sua atuação em local no qual tenha parentesco, até o quarto grau, com qualquer pessoa ali previamente
encarcerada.
§ 5º A credencial terá validade de dois anos, observando-se o § 3º do artigo anterior.
Art. 11. Os documentos indicados nos artigos 9º e 10 poderão ser entregues diretamente nos estabelecimen-
tos penais, por cópia simples, facultada a exigência de que os originais sejam mostrados para efeito de conferência.
Parágrafo Único. Os diretores dos estabelecimentos procederão à análise dos mesmos ou remetê-los-ão
ao setor competente, conforme as regulamentações estaduais e do Distrito Federal, havendo prazo máximo
de 20 dias para análise e, se o caso, emissão das credenciais.
Art. 12. A assistência religiosa pode ser prestada no mesmo dia das visitas social e/ou íntima, casos em
que os agentes religiosos terão prioridade na fila de entrada.
Art. 13. Será permitido que os trabalhos religiosos se realizem fora do estabelecimento penal, desde que
haja prévia autorização do Juízo da Execução.
§ 1º Nos casos de atividades cúlticas coletivas, estando o preso submetido ao regime semiaberto com
direito a trabalho externo ou ao regime aberto, será garantida a participação nessas atividades extra muros
por, no mínimo, duas vezes por semana, exigindo-se do representante religioso o envio trimestral de relatório
das atividades desenvolvidas pela pessoa presa.
§ 2º Nos casos de atividades religiosas que, em razão das práticas de fé, se realizem uma única vez, será garantida
a participação a todas as pessoas presas, desde que possuidoras de bom comportamento nos últimos seis meses.
Art. 14. O diretor do estabelecimento pode limitar o quantitativo de eventos religiosos extraordinários,
como batismos e casamentos, desde que o número atenda a todas as organizações religiosas.
Art. 15. Em havendo interesse das pessoas presas, é vedado à administração dos estabelecimentos limi-
tar o quantitativo de organizações religiosas do mesmo credo.
422 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 16. A assistência religiosa pode ser prestada às pessoas presas, seus familiares e servidores penitenciá-
rios, desde que haja interesse e independentemente de serem adeptos ou não de determinada religião ou crença.
Art. 17. Os agentes religiosos poderão ser submetidos a um curso de capacitação para prestarem a assis-
tência, do qual constará, dentre outras, instruções sobre códigos internos de segurança, sendo vedada quais-
quer interferências de conteúdo religioso.
Art. 18. Os agentes religiosos serão previamente cientificados, pelos diretores de segurança dos estabe-
lecimentos, a respeito das situações internas que impliquem riscos à sua segurança, vedando-se à administra-
ção prisional a proibição de ingresso dos aludidos agentes.
Parágrafo Único. Em situações excepcionais, como de motins e rebeliões instalados, e não havendo se-
gurança mínima no estabelecimento, os agentes religiosos deverão ser informados, por escrito, sobre os riscos
à integridade, apondo ciência.
Art. 19. À pessoa presa será garantida pelo menos uma visita semanal de religiosos da religião que pro-
fesse, podendo requerer, ainda, a visita de religiosos de outras matrizes.
§ 1º As atividades de assistência religiosa serão prestadas, por cada organização, por pelo menos quatro
horas semanais, tempo que deve ser ampliado a fim de se garantir que os trabalhos sejam acompanhados por
todas as pessoas presas que desejarem fazê-lo.
§ 2º Os horários mencionados no parágrafo anterior serão estipulados, de comum acordo, pelos
representantes religiosos e pala direção dos estabelecimentos.
§ 3º Os casos de urgência justificam que a assistência religiosa seja prestada fora dos horários normais.
Art. 20. Será assegurado o ingresso dos agentes religiosos a todos os espaços de permanência das pes-
soas presas no estabelecimento prisional, devidamente acompanhados de pelo menos um servidor, respon-
sável por lhes assegurar a integridade.
§ 1º O número de agentes religiosos deverá ser proporcional ao número de pessoas presas, observando-
se os seguintes critérios:
I – nos estabelecimentos com capacidade para até 200 pessoas, cada entidade religiosa poderá creden-
ciar e ingressar simultaneamente com até 5 agentes;
II – nos estabelecimentos com capacidade para até 400 pessoas, cada entidade religiosa poderá creden-
ciar e ingressar simultaneamente com até 10 agentes;
III – nos estabelecimentos com capacidade para até 600 pessoas, cada entidade religiosa poderá creden-
ciar e ingressar simultaneamente com até 15 agentes;
IV – nos estabelecimentos com capacidade para até 800 pessoas, cada entidade religiosa poderá creden-
ciar e ingressar simultaneamente com até 20 agentes;
IV – nos estabelecimentos com capacidade acima de 801 pessoas, cada entidade religiosa poderá cre-
denciar e ingressar simultaneamente com até 30 agentes.
§ 2º Nos dias festivos ou nos quais haja comemorações especiais será permitido o ingresso de pessoas
não cadastradas previamente, desde que seus nomes e número de documentos pessoais sejam informados à
direção do estabelecimento no prazo de até 15 dias antes do evento.
§ 3º A organização religiosa, dentre seus agentes, designará dois representantes – coordenador e vice –
por estabelecimento, que poderão, pessoalmente ou por meio de agentes que indiquem, ingressar nos mesmos
a qualquer hora do dia ou da noite para prestar a assistência, especialmente nos casos de urgência.
Art. 21. As situações excepcionais, que demandem urgência na prestação da assistência religiosa po-
derão ser identificadas por quaisquer dos envolvidos, incluindo os presos e seus familiares, a administração
prisional e os agentes religiosos.
Art. 22. São deveres das organizações que prestam assistência religiosa, bem como de seus agentes:
I – agir de forma cooperativa com as demais denominações religiosas, vedando-se a imposição do ecu-
menismo ou qualquer outro procedimento que, no entender da organização, viole sua liberdade de crença;
II – cumprir os procedimentos normativos editados pelo estabelecimento prisional;
III – comunicar a administração do estabelecimento prisional sobre eventual impossibilidade de realiza-
ção de atividade religiosa prevista, preferencialmente com 24 horas de antecedência;
IV – comunicar a administração do estabelecimento prisional sobre propostas de ampliação das ativi-
dades de assistência humanitária, como oficinas de trabalho e profissionalização, educacional, de saúde, cul-
turais ou esportivas, bem como atuar de maneira cooperativa com os programas já existentes, respeitando-se
a liberdade de crença e outras garantias constitucionais;
V – não se envolver sentimentalmente com algum dos internos;
VI – não formular queixa ou reclamação infundada, de sorte a pregar animosidade entre servidores res-
ponsáveis pelos serviços carcerários;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 423

VII – não veicular críticas infundadas à administração prisional;


VIII – trajar-se de maneira adequada ao ambiente, com vestimentas de cores diferentes das utilizadas no
sistema prisional e com dizeres legíveis, identificadores da organização religiosa;
IX – não trajar uniformes privativos das Forças Armadas, Polícias, Corpos de Bombeiros e de servidores
do sistema prisional;
X – não portar celulares e similares;
XI – portar crachá de identificação de agente religioso;
XII – não se apresentar sob o efeito de álcool ou de substância entorpecente;
XIII – portar objetos religiosos indispensáveis e condizentes com a natureza da assistência religiosa, des-
de que não representem risco à segurança do preso e da unidade prisional.
Parágrafo Único. Os projetos referidos no inciso IV deverão apoiar na recuperação moral dos internos e
facilitar o acompanhamento de seus familiares.
Art. 23. No caso de comportamento incompatível do agente religioso com as finalidades do credencia-
mento, a autorização poderá ser suspensa pelo prazo de até 90 (noventa) dias, garantido o direito de ampla
defesa ao imputado.
§ 1º Na mesma suspensão poderá incorrer o agente religioso que provocar disputa ou confronto com
membros de outra entidade religiosa.
§ 2º A suspensão do credenciamento será comunicada à entidade à qual pertença o religioso.
§ 3º O prazo de suspensão poderá ser interrompido por ato do Secretário da respectiva Pasta mediante
requerimento da organização religiosa.
§ 4º Na hipótese de reincidência, o credenciamento poderá ser cancelado.
Art. 24. O não comparecimento injustificado às atividades agendadas nos estabelecimentos, por 45 (qua-
renta e cinco) dias consecutivos, implicará em desligamento da organização religiosa cadastrada.
Art. 25. A administração penitenciária deverá oferecer informação e formação aos profissionais do sis-
tema prisional sobre as necessidades específicas relacionadas às religiões, consciência e filosofia, bem como
suas respectivas práticas, incluindo rituais, objetos, datas sagradas e comemorativas, períodos de oração, hi-
giene e alimentação.
Parágrafo Único. As escolas penitenciárias ou entidades similares deverão, no prazo de seis meses, adap-
tar a matriz curricular dos cursos de formação quanto aos temas desta Lei.
Art. 26. A administração penitenciária considerará as necessidades religiosas na organização do cotidia-
no dos estabelecimentos prisionais, buscando adaptar aspectos alimentares, de higiene, de horários, de corte
de cabelo e de barba, entre outros.
Art. 27. Problemas de conteúdo, prática ou de relacionamento do agente religioso com as pessoas presas
deverão ser tratados pelas organizações religiosas em consonância com a administração prisional.
Art. 28. Cabe ao Estado garantir a plenitude da assistência religiosa e colaborar na realização das ativida-
des e no cumprimento integral da presente Lei, sendo vedada a exposição dos agentes à espera prolongada
e às más condições climáticas.
Parágrafo Único. Os agentes estatais, na ausência de colaboração, serão punidos na forma prevista nos
Estatutos e demais regramentos legais.
Art. 29. Em caso de dissenso, contra as decisões administrativas decorrentes desta Lei observar-se-á o
procedimento judicial previsto nos artigos 194 e seguintes da Lei de Execução Penal.
Art. 30. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 31. Revogam-se as disposições em contrário.
Justificação
O presente projeto visa regulamentar a prestação de assistência religiosa nos locais destinados ao cumpri-
mento de penas de ordem criminal.
Sua fundamentação encontra respaldo no livro Deus na prisão: uma análise jurídica, sociológica e teológica
da capelania prisional, publicado em 2013 pela Editora Betel. Seu autor, Antonio Carlos da Rosa Silva Junior, é
Bacharel em Direito, Especialista em Ciências Penais e Mestre e Doutorando em Ciência da Religião, o primeiro
e os dois últimos junto à Universidade Federal de Juiz de Fora. Saliente-se que desde 2007 se dedica a estudar
e pesquisar sobre a assistência religiosa destinada aos encarcerados.
Especialmente nos últimos anos, Silva Junior tem refletido de forma mais aguçada sobre os elementos
jurídicos envolvidos na capelania prisional. Tanto que na 2ª edição do livro suso referido avaliou as normatiza-
ções nacional, do Distrito Federal e de mais 12 (doze) Estados – Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
424 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Ante o exposto, é ele o “autor intelectual” deste projeto, cabendo frisar que sua fundamentação ainda
mais aprofundada pode ser encontrada na obra acima mencionada. Pois bem.
A Constituição da República de 1988, em seu art. 5º, inciso VII, dispõe que “é assegurada, nos termos da
lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. Esse direito é con-
siderado uma cláusula pétrea (CRFB/1988, art. 60, § 4º, IV), o que equivale a dizer que, no atual ordenamento
jurídico, inexiste a possibilidade de sua supressão.
Visando dar concretude ao direito constitucionalmente exposto, entrou em vigor a Lei nº 9.982/2000, que
“dispõe sobre a prestação de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como
nos estabelecimentos prisionais civis e militares”.
Além disso, ainda nesse plano normativo que vigora nacionalmente, temos o Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/1990), que aloca como obrigação das “entidades que desenvolvem programas de
internação (...): propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças” (art. 94, XII).
No mesmo passo, o Estatuto declara entre os “direitos do adolescente privado de liberdade (...): receber assis-
tência religiosa, segundo a sua crença, e desde que assim o deseje” (art. 124, XIV).
Idênticos parâmetros são encontrados na Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984):
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permi-
tindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de
livros de instrução religiosa.
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa.
Ocorre que, como vimos, o art. 5º, VII, da Constituição da República dispõe que “é assegurada, nos ter-
mos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. A mesma
Carta aponta que “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: direito
(...) penitenciário” (art. 24, I). Assim, no caso de competência legislativa concorrente, a União deve se limitar a
estabelecer “normas gerais” (art. 24, § 1º), cabendo aos Estados suplementar a legislação nacional, sem con-
trariá-la (art. 24, § 4º).
Justamente essa adoção de um “poder regulamentar local” fez com que, em vários Estados da federa-
ção, fossem erigidas disposições diversas. Visando “estabelecer (...) diretrizes para a assistência religiosa nos
estabelecimentos prisionais” e, com isso, minorar as discrepâncias, o Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária (CNPCP) instituiu a Resolução nº 8, de 09 de novembro de 2011.
Toda essa variedade normativa tem provocado inúmeras supressões de direitos das pessoas presas à
assistência religiosa. Mesmo porque a própria Resolução do CNPCP viola, em vários dispositivos, a plenitude
daquilo que está constitucionalmente assegurado. E isso fica ainda mais evidente nos regulamentos estaduais
e do Distrito Federal.
Ou seja, como até o momento a União não se prestou a, de forma eficiente, estabelecer as normas gerais so-
bre essa questão penitenciária, cada Estado acaba por surrupiar direitos básicos do cidadão preso.
Diante desse quadro, reitere-se, este projeto visa estabelecer essas diretrizes gerais, capazes de salva-
guardar a plena manifestação da liberdade religiosa nos cárceres brasileiros.
Dito isso, passemos a justificá-lo em seus pormenores.
Os encarcerados, privados da ampla liberdade de ir e vir – essa é uma consequência lógica do enclausu-
ramento –, mantêm resguardados os demais direitos inatos a toda pessoa: “O preso conserva todos os direitos
não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física
e moral.” (Código Penal, art. 38)
No mesmo sentido, essa assistência é também um direito das igrejas ou, noutros termos, das instituições
religiosas. As liberdades de manifestação do pensamento e de consciência e crença (CRFB/1988, art. 5º, IV e VI,
respectivamente) já são suficientes para que os religiosos realizem seus trabalhos. Mas, além disso, os entes fede-
rativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) podem “manter com eles [igrejas] ou seus representantes
relações de dependência ou aliança” em prol do interesse público, tudo “na forma da lei” (CRFB/1988, art. 19, I).
E será que haveria algum interesse público na prestação desse amparo espiritual? A mais alta Corte do
país, o Supremo Tribunal Federal decidiu que “a justiça deve estimular no criminoso, notadamente o primário e
recuperável, a prática da religião, por causa do seu conteúdo pedagógico” (RE nº 92916/PR). Essa interpretação
foi acompanhada, por exemplo, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, para o qual “a religião é ne-
cessária e imprescindível na reeducação do condenado, constituindo um dos fatores decisivos na ressocializa-
ção e reinserção deste na convivência com a sociedade (...).” (Recurso de Agravo nº 1.0000.00.240952-2/000(1))
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 425

Todo esse arcabouço significa que o Estado não pode criar qualquer tipo de embaraço à prestação da
assistência religiosa prisional, tanto através de suas normatizações quanto na efetivação da capelania. Cabe
ao Estado, portanto, garantir que a assistência religiosa seja prestada de forma ampliada, sem comprometer a
dignidade humana e outras liberdades constitucionais.
Ademais, nada mais natural que, num Estado Democrático de Direito, as várias matrizes tenham a mes-
ma oportunidade de realizar o amparo espiritual. Ainda, dado que a todos é franqueado o filiar-se, ou não, a
uma determinada religião, os internos são livres para escolher se e o que querem receber, não lhes podendo
ser imposta nenhuma visita assistencial. Tal é a expressão de ser “inviolável a liberdade de consciência e cren-
ça” (CRFB/1988, art. 5º, VI).
No que toca ao risco à vida ou à saúde, do interno ou do religioso, não cabe ao Poder Público, em caráter
terminativo, decidir sobre a questão. Nossa perspectiva, inclusive, é alcançada pela norma mineira, segundo a
qual “Os agentes religiosos serão previamente cientificados, pelos Diretores de Segurança das Unidades Prisionais,
a respeito das situações internas que impliquem riscos à sua segurança.” (Resolução nº 1.020/2009, art. 10, § 3º)
Propomos, ainda, o mínimo de uma visita semanal de cada entidade religiosa porque, com o veto ao art.
3º da Lei nº 9.982/2000, que preconizava o mesmo sentido, há casos em que dada igreja ingressa no presídio
quinzenalmente ou, até, uma vez ao mês, comprometendo sobremodo a vinculação institucional e as possibi-
lidades de ressocialização extra muros.
Queremos vedar a disputa agressiva por novos fiéis ou o uso de subterfúgios não éticos (como o cons-
trangimento) à mudança de religião. Ao mesmo tempo, não se pode impedir a realização de doutrinação ou
catequese, ou mesmo o empenho no anúncio de uma mensagem de conversão religiosa – que inclui, no caso
do cristianismo, a alteração de convicções –, pois essa vedação feriria o art. XVIII da Declaração Universal dos
Direitos Humanos da ONU, da qual o Brasil é signatário:
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a li-
berdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino,
pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular.
Outrossim, pelo menos desde 1984, época da aprovação da atual Lei de Execução Penal, se prevê exis-
tência de locais adequados. Contudo, conforme apontou o relatório da CPI do Sistema Carcerário, realizado pela
Câmara dos Deputados em 2009,
Há necessidade de serem contemplados, de forma obrigatória na arquitetura prisional, espaços para
prática de atividades religiosas. No atual ambiente carcerário, as organizações religiosas correm riscos
de vida, tendo suas atividades limitadas.
A deficiência na assistência social e a limitação às atividades religiosas deixam espaço para a barbárie
e o domínio do crime organizado no sistema carcerário. (p. 241)
Informações mais atuais, divulgadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público no documento A vi-
são do Ministério Público sobre o sistema prisional brasileiro, nos dão conta de que, nacionalmente, dos 1.598
estabelecimentos inspecionados, em 878 não havia local destinado à realização dos cultos religiosos, ou seja,
quase 55% dos casos. No sudeste, dos 569 estabelecimentos, 254 não tinham aludidos locais, o que representa
44,6%; particularizando, em Minas Gerais, dos 286 estabelecimentos, 160 não o tinham (quase 56% dos casos).
Mas, vale destacar, não se revela em que medida se consideraram adequados, ou não, os espaços específicos
existentes. Por isso nossa tônica no art. 4º deste projeto.
Ainda, vedar ao preso que entregue, em estrito caráter de voluntariedade, seus dízimos e ofertas é ofensivo
às suas consciência e liberdade religiosas, já que tais preceitos estão no âmago, por exemplo, das convicções cristãs.
Outrossim, é certo que há desafios de convivência não violenta entre as diversas concepções morais e
filosóficas na sociedade atual. Contudo, exigir a cooperação religiosa em matérias confessionais e cúlticas acaba
por, em nome da defesa da laicidade, do ecumenismo e da inter-religiosidade, violar a identidade da maioria
das igrejas cristãs, pelo que tal postura deve ser eliminada.
Ademais, os agentes religiosos podem ingressar em todos os espaços que podem receber presos nas
unidades prisionais, bem como oferecer amparo aos presos submetidos a qualquer forma de sanção discipli-
nar. Tal dispositivo serve justamente para que seja viabilizada uma fiscalização mais eficaz sobre possíveis tra-
tamentos desumanos ou degradantes pelos quais passam os presos.
No mais, as instituições religiosas atuam eficazmente no reestabelecimento e fortalecimento dos vínculos
familiares dos presos, pelo que temos mais uma razão para permitir que os capelães ingressem nas unidades
prisionais quando das visitas familiares.
426 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Quanto às saídas das unidades prisionais para atividades religiosas, alguns tribunais pátrios, ante a au-
sência de norma expressa nesse sentido, têm decidido, em casos específicos, pela impossibilidade; por isso tais
questões devem restar legislativamente delimitadas.
No tocante ao horário destinado à assistência religiosa, há Estados que permitem por uma hora (como
em Minas Gerais, na Resolução nº 1.020/2009) e, outros, que o fazem por quatro horas (como na Paraíba, atra-
vés da Resolução nº 002/13). Entretanto, as quatro horas consignadas podem se tornar ínfimas a depender da
estrutura da unidade, da alocação e da quantidade de presos. Ademais, deve-se sempre ressalvar os ingressos
excepcionais, visando justamente atender às situações de urgência.
Outro ponto de grande divergência estadual se dá no número máximo de agentes religiosos que podem ser
cadastrados e que ingressam simultaneamente em cada unidade. O coerente é levar em consideração a quanti-
dade de detidos que já optou por ser atendido por determinado segmento religioso, o quantitativo da população
carcerária em geral e a necessidade de particularizar a assistência prestada. Nossa proposta, ainda, encontra ampa-
ro na conjugação das normas estaduais e na perspectiva de implantar uma capelania cada vez mais abrangente.
Considerando a finalidade ressocializadora da pena, nada mais salutar a propagação da mensagem reli-
giosa por alguém que, tendo enfrentado as agruras do cárcere, se posta como exemplo de reintegração social
bem sucedida. Por isso, descabida a exigência de antecedentes criminais do agente religioso.
E mais. Entendemos razoável a limitação de que o agente religioso não preste assistência tão somente na
unidade em que possua interno com parentesco (do contrário, familiares poderiam requerer a atuação como
capelães com o intuito exclusivo de conseguir maior contato com o parente encarcerado), mas desde que o
aprisionamento seja anterior ao requerimento de atuação como agente religioso. Se assim não for, o Estado
poderia obstaculizar qualquer trabalho já desenvolvido unicamente com a transferência de internos entre as
unidades prisionais, minando sua continuidade. Além disso, obstruir a assistência em todo o complexo peni-
tenciário é desproporcional na medida em que restringe sobremodo as ações de capelania, inerentes à liber-
dade religiosa escrita constitucionalmente.
Cada capelão, outrossim, deve se cadastrar em quantas unidades julgar conveniente, ainda mais porque,
em algumas instituições religiosas, há pessoas que exercem exclusivamente essa função.
A continuidade da assistência é o principal motivo de nossa proposta inscrita no art. 9º, § 3º.
Tendo em vista que o recebimento de assistência religiosa deve ser condizente com a crença e pertença
institucional do recluso, descabe ao Estado interferir na capelania de modo a excluir qualquer instituição pelo
simples fundamento de que já há outra denominação que a preste.
No mesmo sentido, apenas situações excepcionalíssimas podem provocar o desligamento de uma ins-
tituição religiosa, situações essas abarcadas neste projeto.
Findamos essa justificativa invocando, mais uma vez, o relatório da CPI do Sistema Carcerário: “em alguns
Estados, foi denunciado o cerceamento das atividades religiosas. Situação injustificável diante da importância
das atividades religiosas como meio de amenizar o inferno em que vive a população carcerária.”
Pelo exposto, pedimos o apoio nos nobres pares para a aprovação deste Projeto de Lei que ora apresen-
tamos nesta casa.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Deputado Sóstenes Cavalcante
PROJETO DE LEI Nº 2.980, DE 2015
(Do Sr. Luciano Ducci)

Dispõe sobre a adição obrigatória de vinte por cento de biodiesel ao diesel consumido por
ônibus de transporte coletivo.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3029/2011.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 1º da Lei nº 13.033, de 24 de setembro de 2014, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
§ 2º Ficam estabelecidos os seguintes percentuais de adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel
comercializado para uso em ônibus de transporte coletivo movidos a motores a ciclo diesel, medidos em
volume, em qualquer parte do território nacional:
I – 15% (quinze por cento), a partir de 1º de janeiro de 2017;
II – 20% (vinte por cento), a partir de 1º de janeiro de 2018.”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor a partir da data de sua publicação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 427

Justificação
Inicialmente cumpre salientar que o uso do biodiesel pode diminuir a poluição entre 65% e 72% se com-
parado ao diesel de petróleo1. Além de ser isento de enxofre, reduz significativamente os demais poluentes
emitidos pelo diesel fóssil, inclusive os cancerígenos.
O uso do B20 (20% de biodiesel adicionado ao óleo diesel derivado de petróleo) representa uma dimi-
nuição de 15% de material particulado e de monóxido de carbono (CO). Reduz, ainda, em 20% o teor de po-
liaromáticos condensados, material particulado considerado o mais maléfico.
O impacto positivo do uso B20 no transporte público não fica limitado somente às questões ambientais.
A substituição gradual e crescente do diesel fóssil pelo biodiesel também produzirá economia de divisas para
o País com a redução das importações de diesel e permitirá importantes ganhos sociais pela geração de renda
com a inclusão produtiva de agricultores familiares no fornecimento de matérias-primas.
Segundo o professor e coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (USP), Dr. Paulo Saldiva, o Brasil registra cerca de 4 mil mortes por ano, em de-
corrência de doenças cardiovasculares derivadas de poluentes atmosféricos.
Apenas a poluição provocada pelos veículos mata, indiretamente, em média, quase 20 pessoas por dia
na capital paulista. Segundo ele, a redução em 10% da poluição na cidade de São Paulo causaria, em um perío-
do de 20 anos, a economia de US$ 10 bilhões pelo efeito na saúde e na capacidade laboral. O Dr. Paulo Saldiva
diz, ainda, que a população de menor renda é a que mais sofre com o efeito da poluição em São Paulo, pois é
ela que fica mais tempo nos corredores de ônibus e passa mais tempo no trânsito.
Segundo o professor da USP, quatro mil pessoas morrem por ano devido à poluição do ar na cidade de
São Paulo, ressaltando que 40% da poluição são causadas pelas emissões do diesel. Por isso, é importante a
substituição desse combustível por um menos prejudicial à saúde.
É importante ressaltar que a Petrobras concluiu, em 9 de novembro de 2012, os testes de desempenho de
veículos com o uso do biodiesel B20 (mistura com adição de 20% de biodiesel ao óleo diesel). Os testes serviram
para avaliar a eficiência e o impacto nos motores do aumento na concentração de biodiesel de 5% para 20%.
Em nota2, a Petrobras explicou que a frota, composta por oito veículos, sendo quatro com B20 e quatro
com B5, rodou 100 mil quilômetros desde 2011, passando pelos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de
Minas Gerais, de São Paulo e do Paraná, em circuitos urbanos e rodoviários, e foi submetida a diferentes con-
dições climáticas.
De acordo com essa nota, a próxima fase é a avaliação de emissões e do desempenho dos motores em
bancada de testes, seguida de análise do comportamento das peças e componentes.
Também é importante mencionar alguns resultados dos testes autorizados pela Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP3. A empresa Vale S.A. foi autorizada pela ANP para o uso expe-
rimental de óleo diesel B25 (75% de óleo diesel e 25% de biodiesel) em quatro de suas locomotivas, nas ins-
talações do Complexo de Tubarão, em Vitória (ES), conforme Autorização nº 221, de 04 de maio de 2010, e nº
188, de 25 de abril de 2011.
Os testes mostraram que as condições dos componentes dos conjuntos de força que utilizaram diesel
B25 se assemelharam às condições dos componentes de conjunto de força de motores que utilizaram óleo
diesel B5 (95% de óleo diesel e 5% de biodiesel). Isto é, não foi observado nenhum aspecto de desgaste, car-
bonização ou qualquer outra falha que poderia ser oriunda da utilização de Biodiesel em maior concentração.
A empresa Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. foi autorizada pela ANP para o uso experimen-
tal de óleo diesel B10 em oito equipamentos de sua propriedade no município de Águas de Chapecó (SC),
conforme Autorização nº 364, de 28 de julho de 2009. Os equipamentos selecionados foram: três caminhões,
duas carregadeiras, uma escavadeira e duas carretas. Além disso, foi autorizado o uso experimental de B20 em
quatro equipamentos de sua propriedade conforme autorização nº 498, de 12 de agosto de 2010. Os quatro
equipamentos selecionados pertenciam a diferentes tipos de motores, de forma a promover um estudo mais
representativo: carregadeira, caminhão basculante, caminhão betoneira e caminhão reboque.
Para o parâmetro desgaste dos componentes do motor, foi feito o acompanhamento das análises rea-
lizadas em amostras de óleo, que foram retiradas do motor durante a substituição do óleo nas manutenções
preventivas realizadas a cada 250 horas. Na avaliação do parâmetro desempenho, verificou-se que os equi-
pamentos não sofreram qualquer tipo de alteração no seu comportamento, independente da atividade que
estava sendo realizada.
1 www.ubrabio.com.br/1891/noticias/maisbiodieselnotransportecoletivoesaudeeeconomiapara_193776/
2 www.ebc.com.br/2012/11/petrobras-conclui-testes-de-desempenho-com-combustivel-que-usa-20-de-biodiesel-no-diesel
3 www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1399574667.pdf
428 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A companhia Martin-Brower foi autorizada pela ANP para uso experimental de B20 em frota cativa de
veículos e equipamentos de refrigeração de sua propriedade, na cidade de Osasco (SP), conforme autorização
nº 416 de 1° de setembro de 2009.
Não foi observada qualquer alteração no funcionamento dos veículos quanto ao sistema de combustível,
componentes do motor e sistema de injeção. Além disso, não foi relatada qualquer redução no desempenho
dos veículos durante os testes e nenhum motorista dos veículos observou perda de potência que possa ser
relacionada diretamente à utilização do biodiesel.
No caso das carretas, o aumento de consumo anotado foi aumentos de 12,04% e 27,42% com relação ao
equipamento acoplado à carreta que consumia B5. Importa ressaltar que a carreta movida a B5 rodou em rotas
mais longas, o que ajuda a reduzir o consumo de combustível, uma vez que as paradas e abertura do compar-
timento de carga se tornam menos frequentes, com consequente economia de combustível.
O óleo lubrificante dos equipamentos de refrigeração movidos a biodiesel (B20 e B100) não foi especifi-
camente analisado, porém não foi constatada qualquer diferença significativa com relação ao óleo lubrificante
utilizado nos equipamentos de refrigeração movidos a diesel comercial B5. De maneira geral, todos os equipa-
mentos de refrigeração movidos a biodiesel funcionaram normalmente, não tendo sido constatada qualquer
irregularidade relacionada à utilização de combustível.
Com relação ao B100, a empresa Urbanização de Curitiba – URBS foi autorizada pela ANP a utilizá-lo em
30 ônibus urbanos de frota cativa de empresas regulares do transporte municipal no município de Curitiba
(PR). A autorização foi a de nº 291, de 28 de junho de 2011.
Esses ônibus eram da marca Volvo e Scania, de propriedade das empresas Auto Viação Redentor Ltda. e
Viação Cidade Sorriso Ltda. Durante o período de testes não foram constatadas anormalidades no sistema de
injeção de combustível. Além disso, não foram identificadas variações significativas nas propriedades quími-
cas do óleo lubrificante utilizado quando submetido ao B100. Segundo os dados fornecidos pelos operadores,
verificou-se um consumo de combustível de cerca de 8 a 10% maior quando comparado como o consumo de
combustível do veículo utilizando B5.
No entanto, houve um ganho ambiental significativo, com a diminuição da emissão de gases nocivos e
materiais particulados. Apenas a emissão do NOx teve seu valor aumentado em 20% com o uso do B100 em
relação aos testes de bancada realizados com combustível B5. A emissão de HC, CO e materiais particulados
tiveram uma redução de 45%, 25% e 51%, respectivamente, em relação ao B5.
Em suma, são muitos os motivos para a apresentação deste projeto de Lei. Espero, então, contar com
apoio dos nobres Pares do Congresso Nacional para sua rápida conversão em lei.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Luciano Ducci, Deputado Federal PSB/PR

PROJETO DE LEI Nº 2.983, DE 2015


(Do Sr. Professor Victório Galli)

Altera a Lei 7.102 de 20 de junho de 1983 que dispõe sobre segurança para estabelecimentos
financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particula-
res que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2456/2011.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

O CONGRESSO NACIONAL decreta:


Art. 1º O inciso III do art. 16º da Lei 7.102 de 20 de junho de 1983 passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 16º ....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
III – Comprovação de conclusão do ensino médio, devidamente reconhecido pelo MEC.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
O vigilante é um profissional especializado em segurança, grande parte da população conhece e res-
peita tal profissional, pois é ele quem atua em empresas, condomínios, hospitais, shoppings e outros locais,
exercendo a atividade de manter a segurança atraves da sua presença nestes locais.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 429

Elevar o nível de escolaridade para a classe só trará benefícios para esses profissionais bem como para a
população em geral, que passar a gozar de maior segurança, aja vista o conceito de que quanto maior a esco-
laridade maior a capacidade de perceber o verdadeiro sentido dessa profissão .
Nesse sentido, somos a favor da alteração do inciso III, do Art 16, da lei 7.102/1983, para que o Brasil possa
sair do ensino basico e adentrar no ensino médio com relação a essa classe, que tem hoje na nossa sociedade
papel importante em nossa segurança .
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Deputado Professor Victório Galli, PSC-MT
PROJETO DE LEI Nº 2.986, DE 2015
(Do Sr. Mauro Lopes)

Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a infração de transporte
remunerado de pessoas ou bens, e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-272/2007.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Art. 1º Os artigos 231 e 312 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 passam a vigorar com a seguinte
alteração:
“ Art. 231. ..............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VIII – efetuando os seguintes tipos de transporte remunerado:
a) transporte de pessoas, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com
permissão da autoridade competente:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa – remoção do veículo, recolhimento do documento de habilitação, e em caso de
reincidência, perdimento do veículo.
b) transporte de cargas, quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior ou com per-
missão da autoridade competente.
Infração – grave;
Penalidade – multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa – remoção do veículo
.................................................................................................................................................................................................
Art. 312-A – Efetuar transporte remunerado de pessoas, quando não for licenciado para esse fim, salvo
com permissão de autoridade competente:
Pena – detenção de seis meses a três anos e multa.”
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Um dos maiores problemas enfrentados no trânsito das cidades brasileiras é a prática do transporte ile-
gal de passageiros
Este transporte ilegal de passageiros, ou mais conhecido como transporte clandestino, é basicamente
constituído por proprietários individuais que atuam com veículos não projetados para este fim em horários e
linhas por eles estabelecidos, geralmente de maior fluxo de passageiros e rentabilidade. Em uma disputa pre-
datória com o sistema de transporte público legalizado, estes transportadores colocam em risco de vida os
usuários transportados.
A verdade é que os transportadores clandestinos vendem a falsa ideia de um transporte seguro, confor-
tável e rápido aos seus inocentes usuários, e camuflam a triste realidade de um número crescente de acidentes
de trânsito e vítimas envolvendo esta modalidade, contribuindo diretamente para o aumento das estatísticas
de mortos em acidentes de trânsito no Brasil,
Esses veículos clandestinos, além de transportarem passageiros em excesso e sem qualquer segurança,
encontram-se, na sua grande maioria, em péssimo estado de conservação, e, para agravar a situação, são con-
duzidos por pessoas sem a devida habilitação, o que certamente estão mais propensos a se envolverem em
acidentes de trânsito.
Ao colocar em risco de vida inocentes passageiros, estes transportadores estão cometendo um crime, o
qual deve ser qualificado como crime de trânsito.
430 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Assim, o presente projeto de lei visa capacitar às autoridades públicas com procedimentos que garantam
a segurança necessária no trânsito das cidades e nas rodovias permitindo uma repressão eficaz do transporte
ilegal de passageiros.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Deputado Federal Mauro Lopes, PMDB-MG
PROJETO DE LEI Nº 2.987, DE 2015
(Do Senado Federal)
PLS nº 237/2014
Ofício nº 1.305/2015-SF

Altera a Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, para prever a ampliação do Mercado Livre de
Energia Elétrica.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE DEFESA DO CONSUMIDOR; MINAS E ENERGIA E CONSTITUIÇÃO E
JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APENSE-SE A ESTE A(O)PL-970/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 16. É de livre escolha de consumidores do Grupo A, novos e existentes, cuja carga seja igual ou maior
que 3.000 (três mil) kW, atendidos em qualquer nível de alta tensão, o fornecedor com quem contratará
sua compra de energia elétrica.
§ 1º Um ano após a aprovação desta Lei, a livre escolha de que trata o caput deste artigo se aplicará
também a todos os consumidores do Grupo A cuja carga seja igual ou maior que 2.000 (dois mil) kW.
§ 2º Dois anos após a aprovação desta Lei, a livre escolha de que trata o caput deste artigo se aplicará
também a todos os consumidores do Grupo A cuja carga seja igual ou maior que 1.000 (mil) kW.
§ 3º Para fins dos limites de carga expostos, é permitida a agregação de cargas menores pertencentes a
um mesmo grupo econômico.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 15 de setembro de 2015. – Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal
PROJETO DE LEI Nº 2.990, DE 2015
(Do Senado Federal)
PLS nº 326/2015
Ofício nº 1.307/2015-SF

Altera o art. 2º da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Re-
cursos Hídricos, para incluir o aproveitamento de águas pluviais como um de seus objetivos.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CONSTITUI-
ÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O caput do art. 2º da Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:
“Art. 2º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
IV – incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal, 15 de setembro de 2015. – Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal
PROJETO DE LEI Nº 3.000, DE 2015
(Do Sr. Roberto Alves)

Altera a Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que dispõe sobre o Código Brasileiro de Ae-
ronáutica, para estabelecer a obrigação de o transportador indenizar o consumidor por can-
celamento ou interrupção de voo, atraso da partida e preterição no embarque.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4323/2012.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 431

O Congresso Nacional decreta:


Art. 1º A Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, passa a vigorar acrescida dos seguintes dispositivos:
Art. 231 – A. Em caso de cancelamento ou interrupção do voo, atraso da partida por mais de 4 (quatro)
horas e preterição no embarque, fica o transportador obrigado a indenizar o passageiro no valor corres-
pondente a três vezes à quantia paga em razão da aquisição do bilhete de passagem.
§ 1º A indenização de que trata o caput deste artigo deverá ser paga em moeda corrente nacional, me-
diante pagamento em espécie ou depósito em conta bancária indicada pelo passageiro, no prazo má-
ximo de 30 (trinta) dias úteis.
§ 2º O dever de indenizar não exclui o pagamento de reembolso do valor do bilhete ou quaisquer outros
direitos previstos na legislação, não sendo aplicado quando o cancelamento, atraso ou interrupção do
voo se der por condições meteorológicas desfavoráveis e oficialmente comunicadas pelo transportador
por meio das regras estabelecidas pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A Resolução nº 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em vigor desde julho de 2010, veio
facilitar a vida do passageiro ao obrigar as companhias aéreas a fornecer, por escrito, informações sobre atra-
sos, cancelamentos e preterição – quando o passageiro tem a reserva confirmada, mas não consegue viajar.
Em razão dos constantes atrasos registrados nas partidas dos voos em diversos aeroportos do País nos
últimos tempos, acreditamos que além dos direitos já estabelecidos é importante estabelecermos medidas
que garantam a indenização pecuniária para disciplinar as companhias aéreas em suas responsabilidades as-
sumidas perante os consumidores.
Hoje, o passageiro que não comparece ao embarque deve pagar uma tarifa com valores acima dos
acordados contratualmente caso queira utilizar o mesmo bilhete em outro voo. Se o passageiro que precisa
remarcar o bilhete já comprado, deve pagar uma multa, é legitimo o mesmo direito caso a companhia aérea
não proceda o estabelecido no objeto do serviço ofertado.
A justificativa das companhias aéreas é que o não comparecimento do passageiro inviabiliza a confirma-
ção de outro cliente, representando efetivo prejuízo. Porém, quando a companhia aérea cancela, atrasa, inter-
rompe um voo, ou, ainda, pretere o embarque do passageiro, não há nenhuma espécie de sanção.
Como afirmo no primeiro parágrafo desta justificação, o reembolso, a acomodação, o fornecimento de
alimentação e de hospedagem, em determinados casos, não são espécies de sanções, mas sim, direitos míni-
mos do consumidor.
Ante o exposto, é de suma importância a aprovação deste projeto, razão pela qual contamos com o
apoio dos nobres pares.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Roberto Alves, Deputado Federal – PRB/SP
PROJETO DE LEI Nº 3.007, DE 2015
(Da Comissão de Legislação Participativa)
Sugestão nº 6/2015
Ofício Pres. Int. nº 036/2015 – CLP

Altera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim de instituir o abono de fal-
tas ao trabalho, em razão de acompanhamento hospitalar de filhos menores de sete anos de
idade, em caso de internação.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3738/2012.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.254, de 1º
de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do inciso X com a seguinte redação:
“Art. 473. ...............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
X – pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que acompanhar filho menor de sete anos de idade,
em situação de internação hospitalar.”
Art.2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
432 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Justificação
A Constituição Federal de 1988 inclui como direito social fundamental “a educação, a saúde, a alimenta-
ção, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a as-
sistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (art. 6º) e assegura que “a família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado” (art. 226).
No entanto, temos notícias da dificuldade concreta enfrentada pelas famílias de trabalhadores celetistas,
quando vivenciam situações de internação de crianças em tenra idade, diante da inexistência de norma legal
que autorize o abono das faltas ao trabalho em tal situação.
Nesse momento, os filhos pequenos demandam a presença, o conforto, o carinho que só o amor familiar
pode proporcionar. Uma criança com até sete anos de idade não tem capacidade para estar desacompanha-
da em um leito hospitalar, por vezes nem mesmo apresenta condições para solicitar o apoio necessário dos
profissionais em serviço. A presença dos genitores a seu lado, além de proporcionar-lhe estabilidade emocio-
nal para vivenciar um momento difícil, supre aquela incapacidade e pode contribuir significativamente para
o processo de cura.
Por essa razão, a partir de Sugestão encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais
Onshore e Offshore de Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carape-
bus – RJ, esta Comissão apresenta o presente projeto de lei, confiando em seu voto pela aprovação da matéria.
Sala das Sessões, 16 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Ramalho, Presidente
SUGESTÃO Nº 6, DE 2015
(Do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé, Casimiro de Abreu,
Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ)

Sugere Projeto de Lei que altera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim
de instituir o abono de faltas ao trabalho, em razão de acompanhamento hospitalar de filhos
menores de 7 (sete) anos de idade, em caso de internação.

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

I – Relatório
A SUG nº 6, de 2015, encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Of-
fshore de Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus – RJ (SIN-
TEPSGAP), pretende instituir o abono de faltas ao trabalho, em razão de acompanhamento hospitalar de filhos
menores de 7 (sete) anos de idade, em caso de internação, por meio de alteração do art. 473 da CLT.
A Sugestão vem acompanhada de justificativa calçada na dificuldade que as famílias de trabalhadores
enfrentam quando atravessam situações que levam à internação de seus filhos pequenos, uma vez que não há
norma legal que autorize o abono das faltas decorrentes do necessário acompanhamento hospitalar das crianças.
A SUG nº 6, de 2015 cumpre os devidos requisitos formais, nos termos de Declaração expedida pelo
Secretário da Comissão de Legislação Participativa.
Fomos designada relatora da matéria em 31 de março do corrente ano.
É o relatório.
II – Voto da Relatora
O Regulamento Interno da Comissão de Legislação Participativa, ao estabelecer as normas para orga-
nização dos seus trabalhos, disciplina a tramitação das sugestões de iniciativa legislativa apresentadas pelas
entidades a que se refere o inciso XII do art. 32 do Regimento Interno desta Casa Legislativa.
Dentre os requisitos formais ali enumerados, encontra-se a exigência da apresentação do documento
legal comprobatório da composição da diretoria efetiva e responsável, judicial e extrajudicialmente, pela enti-
dade à época da sugestão (art. 2º, b), exigência devidamente atestada pela Secretária-Executiva da Comissão.
A alteração sugerida pelo SINTEPSGAP tem como objetivo instituir o abono de faltas ao trabalho, em
razão de acompanhamento hospitalar de filhos menores de sete anos de idade, em caso de internação, por
meio de alteração do art. 473 da CLT.
Entendemos que a sugestão se faz procedente.
A Constituição Federal de 1988 inclui como direito social fundamental “a educação, a saúde, a alimen-
tação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 433

assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (art. 6º) e assegura que “a família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado” (art. 226).
No entanto o relato trazido pelo Sindicato-Autor da Sugestão dá conta da dificuldade concreta enfrentada
pelas famílias de trabalhadores celetistas, quando vivenciam situações de internação de crianças. Nesse momen-
to, os filhos pequenos demandam a presença, o conforto, o carinho que só o amor familiar pode proporcionar.
Uma criança com até sete anos de idade não tem capacidade para estar desacompanhada em um leito
hospitalar, por vezes nem mesmo apresenta condições para solicitar o apoio necessário dos profissionais em
serviço. A presença dos genitores a seu lado, além de proporcionar-lhe estabilidade emocional para vivenciar
um momento difícil, supre aquela incapacidade e pode contribuir significativamente para o processo de cura.
Portanto, a inexistência de norma legal que autorize o abono das faltas ao trabalho em tal situação é
uma lacuna a ser sanada.
Para tanto, procuramos produzir um texto fiel à Sugestão que nos foi oferecida, por entendermos que a
esta Comissão cumpre respeitar, tanto quanto possível, a iniciativa legislativa dos proponentes, para que tra-
mite nesta Casa projeto de lei que autorize a ausência ao trabalho quando necessário acompanhamento hos-
pitalar de filhos menores de 7 anos de idade.
Com essas ponderações e com fundamento no art. 254 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados
e art. 6º do Regulamento desta Comissão, propomos o acolhimento da sugestão apresentada pelo SINTEPSGAP,
nos termos do projeto de lei anexo.
Sala da Comissão, 10 de junho de 2015. – Deputada Benedita da Silva, Relatora
PROJETO DE LEI Nº , DE 2015
(Da Comissão de Legislação Participativa)

Altera o art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim de instituir o abono de fal-
tas ao trabalho, em razão de acompanhamento hospitalar de filhos menores de sete anos de
idade, em caso de internação.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 473 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.254, de 1º
de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do inciso X com a seguinte redação:
“Art. 473. ...............................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
X – pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que acompanhar filho menor de sete anos de idade,
em situação de internação hospitalar.”
Art.2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A Constituição Federal de 1988 inclui como direito social fundamental “a educação, a saúde, a alimen-
tação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (art. 6º) e assegura que “a família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado” (art. 226).
No entanto, temos notícias da dificuldade concreta enfrentada pelas famílias de trabalhadores celetistas,
quando vivenciam situações de internação de crianças em tenra idade, diante da inexistência de norma legal
que autorize o abono das faltas ao trabalho em tal situação.
Nesse momento, os filhos pequenos demandam a presença, o conforto, o carinho que só o amor familiar
pode proporcionar. Uma criança com até sete anos de idade não tem capacidade para estar desacompanha-
da em um leito hospitalar, por vezes nem mesmo apresenta condições para solicitar o apoio necessário dos
profissionais em serviço. A presença dos genitores a seu lado, além de proporcionar-lhe estabilidade emocio-
nal para vivenciar um momento difícil, supre aquela incapacidade e pode contribuir significativamente para
o processo de cura.
Por essa razão, a partir de Sugestão encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Ge-
rais Onshore e Offshore de Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã
e Carapebus – RJ, esta Comissão apresenta o presente projeto de lei, confiando em seu voto pela aprovação
da matéria.
Sala da Comissão, 10 de junho de 2015. – Deputada Benedita da Silva
434 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Legislação Participativa, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente a
Sugestão nº 6/2015, nos termos do parecer da relatora, Deputada Benedita da Silva.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Sarney Filho e Glauber Braga – Vice-Presidentes, Benedita
da Silva, Celso Jacob, Luiza Erundina, Maria do Rosário, Nelson Marquezelli, Efraim Filho, Júlia Marinho, Leonar-
do Monteiro, Lincoln Portela e Nilto Tatto.
Sala da Comissão, 9 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Ramalho, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 3.010, DE 2015
(Dos Srs. Carmen Zanotto e Dr. Jorge Silva)

Dispõe sobre ações do Outubro Rosa


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2981/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Serão realizadas anualmente, durante o mês de outubro, atividades para a conscientização sobre
o câncer de mama.
Parágrafo único. A critério dos gestores devem ser desenvolvidas atividades incluindo, dentre outras;
I – Iluminação de prédios públicos com luzes de cor rosa;
II – Promoção de palestras, eventos e atividades educativas;
III – Veiculação de campanhas de mídia, colocando-se à disposição da população informações “em ban-
ners, folders e outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção ao câncer, contemplado à ge-
neralidade do tema”.
IV – Outros atos de procedimentos lícitos e úteis para a consecução dos objetivos desta campanha.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Outubro é o Mês de Conscientização sobre Câncer de Mama. O movimento popular internacionalmente co-
nhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza,
mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.
Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao
câncer de mama e ou mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Ameri-
cano o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa, foi lança-
do pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura,
realizada em Nova York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade (www.komen.org).
A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros surgiu posteriormente, e não
há uma informação oficial, de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação. O importante é que foi
uma forma prática para que o Outubro Rosa tivesse uma expansão cada vez mais abrangente para a população.
A popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma elegante e feminina, motivando e unindo
diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso faz que a iluminação em rosa assuma importante papel, pois
tornou-se uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo.
O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo, com cerca de
520 mil mortes estimadas por ano. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima para 2014 e 2015, que sejam
diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil com um risco estimado de 56,09 casos a cada
100 mil mulheres.
Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico, se diagnosticado e tratado
oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavel-
mente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados.
Esta matéria é originária de uma proposta apresentada em 2013 pela ex-deputada federal Sandra Rosa-
do que justifica a proposição na importância de incorporar ações para conscientizar sobre o câncer de mama.
Em razão do exposto, pedimos aos nobres parlamentares o apoio necessário para a aprovação deste
projeto de lei.
Sala das Sessões, 16 de setembro de 2015. – Deputada Carmen Zanotto Deputado Dr. Jorge Silva, PPS/
SC PROS/ES
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 435

PROJETO DE LEI Nº 3.013, DE 2015


(Do Sr. Vinicius Carvalho)

Obriga a empresa administradora de cartão de crédito a inscrever, no cartão de crédito en-


tregue ao consumidor, seu endereço para fins de citação e o número de telefone para atendi-
mento de reclamações.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4804/2001.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A empresa administradora de cartão de crédito fica obrigada a inscrever seu endereço, de forma
clara e legível, no cartão de crédito entregue ao consumidor, para fins de citação e o número de telefone, para
atendimento de reclamações.
Art. 2º Esta lei entra em vigor 90 (noventa) dias após sua publicação.
Justificação
Os consumidores dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito encontram enorme
dificuldade em descobrir o endereço destas empresas. Sempre que um consumidor sente-se lesado por uma
delas e resolve defender-se em juízo, depara-se com essa dificuldade, ou seja, não consegue obter o endereço
a ser usado na citação da empresa. O mesmo ocorre quando alguém resolve fazer uma reclamação: não con-
segue descobrir um meio de reclamar, nem mesmo mediante a utilização do telefone.
Considerando o histórico de desrespeitos ao consumidor nesse ramo de atividade, tais como: enviar cartões
sem solicitação, cobrar anuidades sem prévio aviso, cobrar juros escorchantes, incluir serviços não solicitados na
fatura, e outros, seria ingenuidade acreditar que a ausência de informações tão relevantes é fruto do desleixo
dessas empresas. Pelo contrário, acreditamos que se trata de prática deliberada para impedir os consumido-
res de defenderem seus legítimos direitos. Uma vez que a citação nos juizados especiais de pequenas causas é
feita por via postal, o desconhecimento do endereço constitui obstáculo intransponível, a impedir o acesso do
consumidor a esse eficiente meio de obter justiça, especialmente aqueles consumidores de renda mais baixa.
Assim, como forma de viabilizar o acesso dos consumidores à justiça, bem como de preservar seu direi-
to de reclamar diretamente com o fornecedor, propomos que as administradoras de cartão de crédito fiquem
obrigadas a divulgar seu endereço e telefone, inscrevendo-os nos cartões que entregam ao consumidor.
Pelo acima exposto, contamos com o indispensável apoio dos nobres Pares para a aprovação da pre-
sente proposição.
Sala das Sessões, 16 de setembro de 2015. – Deputado Vinicius Carvalho
PROJETO DE LEI Nº 3.015, DE 2015
(Do Sr. Laercio Oliveira)

Altera o artigo 59 da Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-7689/2006.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Esta lei atualiza a Consolidação das Leis do Trabalho para adequá-lo ao que disciplina a Consti-
tuição Federal no que diz respeito ao valor da remuneração do serviço extraordinário.
Art. 2º A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, em seu artigo 59, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 59 – A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não
excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato
coletivo de trabalho.
§ 1º – Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância
da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos 50% (cinquenta por cento) superior à da
hora normal.
§ 2º – A remuneração das horas suplementares do mês da prestação será apurada e paga na folha de
pagamentos do mês seguinte ao da prestação, com base na remuneração vigente na data do efetivo
pagamento.
436 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 3º – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de
trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia,
de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
§ 4º – Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da
jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas
extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
§ 5º – Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.
........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Primeiramente, a presente proposta visa atualizar o texto do § 1º do artigo 59, da Consolidação das Leis
do Trabalho, e adequá-lo ao que disciplina a Constituição Federal, no inciso XVI, do seu artigo 7º. Ou seja, ao
invés do que está escrito na CLT, o que vale é o disposto na CF, a qual disciplina que a remuneração do serviço
extraordinário deve ser superior a, no mínimo, em cinquenta por cento à do serviço normal.
E ainda, a proposta visa acrescentar novo parágrafo ao artigo 59 da Consolidação das Leis do Trabalho,
para disciplinar expressamente que o pagamento das horas extras realizadas pelo empregado, quando remu-
neradas, considerando o mês da prestação das mesmas, será efetuado na folha de pagamentos do mês sub-
sequente ao da prestação, tendo como base de cálculo a remuneração vigente na data do efetivo pagamento.
A alteração visa constar expressamente na legislação trabalhista que o pagamento das horas extras terá
como base de cálculo a remuneração do mês do efetivo pagamento, protegendo o trabalhador contra possível
defasagem de valor das horas extraordinárias trabalhadas.
E ainda, procura resguardar os empregadores de contratempos operacionais, dado que a folha de pa-
gamentos do mês da prestação das horas extras pode já ter sido fechada quando estas tiverem sido apuradas
pelo gestor ou pela área que o empregado trabalhe, o que gera problema ou até óbice à gestão da folha de
pagamentos, caso o pagamento destas tenha que ser realizado no mesmo mês da prestação de serviços.
O presente projeto de lei tem a intenção explicitar tema obscuro nas relações de trabalho, em consonân-
cia com o já disciplinado no § 3º vigente do artigo 59 da CLT, quando este já disciplina que em caso de rescisão
do contrato de trabalho, sem que tenha havido compensação integral das horas extras prestadas, estas serão
calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
Nestes termos, rogo o apoio dos nobres pares à aprovação da matéria.
Sala das Sessões, 16 de setembro de 2015. – Deputado Laércio Oliveira, Solidariedade/SE
PROJETO DE LEI Nº 3.019, DE 2015
(Do Sr. Baleia Rossi)

Determina que as empresas de telefonia e operadoras de Serviço Móvel Pessoal instalem Blo-
queadores de Sinais de Telecomunicações, Radiocomunicações e de Internet nos estabeleci-
mentos penais e socioeducativos, e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-5437/2013.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º As empresas de telefonia e operadoras de Serviço Móvel Pessoal deverão instalar, no prazo má-
ximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação desta Lei, equipamentos tecnológicos ou solução
tecnológica hábil a bloquear sinais de telecomunicações e radiocomunicações nos estabelecimentos penais e
também naqueles estabelecimentos socioeducativos que abrigam adolescentes infratores, de modo a impedir
a comunicação por telefones móveis e a utilização de Internet por detentos e por menores apreendidos, no
interior dos referidos estabelecimentos.
Parágrafo único. As operadoras estão igualmente obrigadas a prestar todos os serviços de manutenção,
troca e atualização tecnológica dos equipamentos e soluções tecnológicas tratados no caput deste artigo.
Art. 2º A inobservância do dever estabelecido nesta Lei sujeita todas as operadoras, individualmente, à
pena de multa mínima de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e máxima de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais),
por cada estabelecimento penal ou socioeducativo no qual o referido equipamento ou solução tecnológica
não esteja em pleno funcionamento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 437

§ 1º Compete à Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) editar Regulamento para o cumprimento


desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias, bem como fiscalizar a instalação e as condições de funcionamento
dos citados equipamentos ou soluções tecnológicas.
§ 2º As irregularidades constatadas em fiscalizações ensejam a aplicação das multas previstas no caput
deste artigo, que serão arbitradas e arrecadadas pela ANATEL na forma de Regulamento.
§ 3º As obrigações aqui previstas, de responsabilidade das empresas de telefonia e operadoras de Serviço
Móvel Pessoal, deverão constar de todos os contratos de concessão firmados a partir da publicação desta Lei.
§ 4º As empresas de telefonia e operadoras de Serviço Móvel Pessoal existentes em uma mesma área de
cobertura respondem solidariamente pelas obrigações aqui previstas, devendo cumprir as disposições desta
Lei mesmo que o respectivo contrato de concessão ainda não contenha tais cláusulas.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
É notório o fato de que o crime organizado tem se beneficiado da omissão estatal em impedir a comunicação
telefônica, e até mesmo o acesso à internet, por parte dos detentos do sistema prisional.
De fato, o crime torna-se a cada dia mais organizado, utilizando-se da facilidade das telecomunicações
para permitir e aperfeiçoar suas práticas ilegais, dentro e fora dos estabelecimentos prisionais.
Nesse contexto, são comuns as denúncias de criminosos encarcerados que mantêm contato com seus
parceiros do crime fora dos presídios, com o intuito de planejar e comandar ações criminosas. Além de ferra-
menta útil de comunicação, eles utilizam tais meios para praticar crimes diretamente, seja aplicando golpes ou
ameaçando cidadãos desavisados com o objetivo de arrecadar recursos financeiros de forma ilícita.
Cientes desse problema, alguns Estados da Federação já aprovaram Leis Estaduais com o objetivo de
impor às operadoras de telefonia o dever de instalar bloqueadores de Sinais de Telecomunicações para evitar
a comunicação dentro dos presídios. É o caso do Paraná, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e Mato Grosso do Sul.
Entretanto, tais Leis Estaduais tem sido questionadas em Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIN’s)
perante o Supremo Tribunal Federal, por meio da Associação das Operadoras Celulares (ACEL). O argumento
principal das ações vem sendo acatado pela corte constitucional: compete privativamente à União legislar so-
bre telecomunicações, consoante dispõe o inciso IV do art. 22 da Constituição Federal.
O presente projeto de lei, nesse sentido, pretende colocar um fim a este impasse. Com amparo na com-
petência privativa da União para dispor sobre telecomunicações, compete ao Congresso Nacional aprovar a
Lei ora proposta, tomando para si a responsabilidade inarredável de contribuir para o combate à criminalida-
de, dentro e fora dos presídios.
Sala das Sessões, 16 de setembro de 2015. – Baleia Rossi, Deputado Federal PMDB/SP
PROJETO DE LEI Nº 3.022, DE 2015
(Do Sr. Pompeo de Mattos)

Altera o § 1º do art. 261, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre a sus-
pensão do direito de dirigir, na forma que específica.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1690/2011.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º – O § 1º do art. 261 da Lei 9.503, de 23/09/1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 261. ................................................................................................................................................................................
§ 1º Além dos casos previstos em outros artigos deste Código e excetuados aqueles especificados no art.
263, a suspensão do direito de dirigir será aplicada quando o infrator atingir, no período de 12 (doze)
meses, a contagem de 20 (vinte) pontos, sendo que no caso dos motoristas profissionais, a suspensão
ocorrerá quando estes atingirem a contagem de 30 pontos, conforme pontuação indicada no art. 259.
Art. 2° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
O presente projeto de lei visa dar nova redação ao § 1º do art. 261 do Código de Trânsito Nacional, de
modo a estabelecer que a suspensão do direito de dirigir para os motoristas profissionais ocorrerá, quando
estes atingirem a contagem de 30 pontos em infrações de trânsito.
438 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Esta proposição altera a atual disposição legal, ao estabelecer que a suspensão do direito de dirigir dos
motoristas profissionais, se dará quando estes atingirem 30 pontos em infrações de transito, motivado pelo
fato, de que estes profissionais, caminhoneiros, taxistas, motoristas de ônibus, entre outros, tem pela natureza
do seu trabalho, a obrigação de conduzirem veículos por um período de tempo que pode chegar até dez ou
doze horas diárias.
Não parece justo, que se dê o mesmo tratamento jurídico aos motoristas profissionais e aqueles condu-
tores que dirigem por uma ou duas horas ao dia, numa clara afronta aos princípios da igualdade e da propor-
cionalidade.
Por fim, a aprovação desta proposição importa numa medida de justiça para os motoristas profissionais,
que sofrem diuturnamente com a sanha arrecadatória dos diferentes governos, que tem nas infrações de trân-
sito, uma importante e injusta fonte de receita.
Certo de contar com o apoio dos nobres colegas, espero pela rápida aprovação do presente Projeto de Lei.
Sala de Sessões, 16 de setembro de 2015. – Pompeo de Mattos, Deputado Federal Vice-líder PDT/RS
PROJETO DE LEI Nº 3.023, DE 2015
(Do Sr. Ronaldo Carletto)

Modifica a Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988, para dispor sobre a contribuição social
sobre o lucro líquido incidente sobre o lucro das empresas que fabriquem charutos, cigarri-
lhas e cigarros, de tabaco ou dos seus sucedâneos e bebidas alcóolicas.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-192/2007.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988, passa a vigorar com as seguintes modificações:
“Art. 3º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 1º No caso de pessoas jurídicas que fabriquem charutos, cigarrilhas, cigarros e bebidas alcóolicas, a
contribuição será acrescida de adicional de alíquota de 11%.
§ 2º A receita decorrente do adicional previsto no § 1º deste artigo será destinada a ações de prevenção,
tratamento e recuperação de dependentes de tabaco e álcool.”
Art. 2º Esta lei entra em vigor noventa dias após a sua publicação.
Justificação
A dependência do álcool e do tabaco são problemas bastante atuais na sociedade brasileira. O uso in-
discriminado desses produtos gera problemas crônicos e debilitações de saúde que acabam por onerar o sis-
tema de saúde pública.
Com efeito, na lógica do regime de seguridade social previsto pela Constituição, entendemos justo que
o lucro das empresas que fabricam essa classe de produtos seja onerado por contribuição para financiamento
da recuperação dos consumidores.
Como mecanismo, escolhemos criar um adicional da CSLL no montante de 11%, igualando o total da
alíquota para empresas fabricantes de cigarros e bebidas alcóolicas àquele aplicável às instituições financeiras.
Na permissibilidade dos arts. 194 e 195, inciso I, alínea “c”, da Constituição Federal, o produto do adicio-
nal será destinado ao sistema de saúde pública, especificamente a programas de prevenção, tratamento e re-
cuperação de dependentes de álcool e tabaco.
Sala das Sessões, 16 de setembro de 2015. – Deputado Ronaldo Carletto
PROJETO DE LEI Nº 3.025, DE 2015
(Do Sr. Carlos Manato)

Inclui Parágrafo único ao art. 16 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-5097/2013.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º A presente lei inclui Parágrafo único ao art. 16 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 439

Art. 2º O art. 16 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, passa a vigorar com o seguinte Parágrafo único:
“Art. 16. .................................................................................................................................................................................
Parágrafo único. Será pública incondicionada a ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante
de violência doméstica e familiar contra a mulher.” (AC)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
O presente Projeto de Lei consolida a Súmula nº 542 do STJ, editada em 31 de agosto de 2015. A referida
Súmula informa que “A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência contra a mulher
é pública incondicionada”.
O referido verbete foi editado tendo em vista as sucessivas decisões do STJ quanto à natureza da ação
penal nos crimes de lesão corporal contra a mulher no âmbito doméstico.
As decisões do STJ tiveram como base a decisão do STF na ADI 4424, que, em interpretação conforme
dos arts. 12, I, e 16, da Lei Maria da Penha, decidiu que a ação penal deverá ser pública incondicionada quan-
do for praticada violência contra a mulher no ambiente familiar, que resulte lesão corporal, independente do
grau da extensão da lesão.
A necessidade da apresentação da presente proposição repousa no fato de que o direito deve ser apre-
sentado de forma sistemática, formando um ordenamento. Assim, como a própria Constituição Federal esta-
belece a necessidade de compilação das leis, nada mais salutar de que trazer para o âmbito da lei as decisões
sumuladas dos tribunais, mormente quando estas decisões repousam em decisões do Supremo Tribunal Fe-
deral em controle concentrado de normas.
Conto com o apoio dos pares para a aprovação dessa importante medida legislativa.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Manato, SD/ES
PROJETO DE LEI Nº 3.028, DE 2015
(Do Sr. Marcelo Belinati)
Altera o inciso I e inclui os incisos V e VI, no § 2º, do art. 7º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei de
licitações e contratos públicos), para alterar os procedimentos de início de obras públicas e inclui o inciso 6,
do art.11 da Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, para tornar crime de responsabilidade o ato de iniciar obras
públicas que não estejam completamente viabilizadas.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1213/2015.TENDO EM VISTA ESTA APENSAÇÃO, DETERMINO QUE
A CCJC DEVERÁ SE MANIFESTAR QUANTO AO MÉRITO DO PL 1213/15 E SEUS APENSADOS, E QUE
OS MESMOS TRAMITARÃO SUJEITOS À APRECIAÇÃO DO PLENÁRIO.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. O inciso I do parágrafo segundo do art. 7º, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, seja alterado
e incluídos os incisos V e VI, com as seguintes redações:
“Art. 7º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 2º .........................................................................................................................................................................................
I – houver projeto executivo aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interes-
sados em participar do processo licitatório;
.................................................................................................................................................................................................
V – Todas as licenças necessárias para a execução total da obra tiverem sido concedidas pelos órgãos
públicos responsáveis, especialmente as ambientais.
VI – Não houver qualquer obra, de responsabilidade do mesmo ente público que pretenda iniciar uma
nova, injustificadamente parada por mais de 3 (três) meses, salvo se a nova obra for para atender neces-
sidade urgente e justificável da população, nas áreas de saúde, transporte e educação” (NR).
Art. 2º Seja acrescentado o inciso 6, no art.11 da Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 com a seguinte redação:
“6 – Iniciar qualquer obra, salvo as emergenciais, em caso de calamidade pública, sem obter todos os
licenciamentos necessários para sua conclusão, o projeto executivo e os estudos que demonstrem de
forma inequívoca sua necessidade e viabilidade técnica e econômica” (NR).
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
440 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Justificação
O objetivo do presente Projeto de Lei, é apresentar uma solução para alguns dos mais graves problemas
que assolam a nação: as obras paradas ou abandonadas e a indústria dos aditivos. Bilhões de reais foram, e
ainda são, desperdiçados em nosso país com obras que, uma vez iniciadas, não se mostraram viáveis, possíveis
ou necessárias.
A página eletrônica do Jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria, em abril de 2015, onde listou
11 obras de grande porte que estão paradas ou quase parando no país1. Essas obras, que já consumiram bi-
lhões de reais, são:
1. Transposição do Rio São Francisco. Prevista para ser concluída em 2012.
2. Duplicação da BR-101 em Pernambuco. Prevista para ser concluída em 2011.
3. Trecho Ouro Verde (GO) – Estrela d’Oeste (SP) da Ferrovia Norte-Sul. Previsão de entrega: 2012.
4. Arco Metropolitano do Rio. Deveria ter sido concluída em 2010.
5. Restauração e pavimentação da BR-163 entre Pará e Mato Grosso. Conclusão prevista para 2013.
6. Estação Morumbi da linha 4-Amarela do metrô de São Paulo. A promessa era de finalização em 2014.
7. COMPERJ – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. As obras estão paralisadas por conta do envolvi-
mento das empreiteiras responsáveis em irregularidades apontadas na operação “Lava Jato” da Polícia Federal,
que apura desvios de recursos públicos.
8. Refinaria Premium 1, de Bacabeira, Maranhão. As obras, cuja pedra fundamental foi lançada em 2010,
e previstas para serem concluídas em 2016, sequer começaram.
9. Trecho Ilhéus – Barreiras (BA) da Ferrovia Oeste-Leste. Deveria ter sido entregue em 2012.
10. Corredor de ônibus na avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, em São Paulo. Com previsão de entre-
ga para julho de 2015, está longe de ser concluída, gerando um imenso transtorno para quem trafega no local.
11. Lote 1 do Rodoanel Norte, em São Paulo. Inicialmente prevista para janeiro de 2016, sua conclusão
só deve ocorrer em 2018, se não ocorrerem novos contratempos.
Não existem números atualizados sobre os prejuízos causados por essas paralisações de obras, porém, no
ano de 1995, ou seja, 20 anos atrás, foi criada a Comissão Temporária do Senado Federal destinada a inventariar
as obras inacabadas custeadas com recursos federais. A Comissão identificou graves falhas no gerenciamento
das obras no país. Como demonstração deste descontrole, ao final dos trabalhos, a Comissão cadastrou 2.214
obras como paralisadas, cujo custo aos cofres públicos era superior a R$ 15 bilhões2.
Muitas causas podem ser apontadas para a paralisação destas obras, dentre elas destacamos a falta de
recursos para dar continuidade, erros de execução, intermináveis pedidos de aditivos, problemas de licen-
ciamento ambiental, problemas técnicos só detectados na fase de execução da obra e até mesmo o simples
abandono da obra, por conta de divergências políticas.
Nosso projeto visa atacar este grave problema, apresentando soluções que, se não irão eliminá-lo total-
mente, o amenizarão consideravelmente, poupando bilhões de reais do suado dinheiro do contribuinte. Essas
medidas exigirão um planejamento muito maior para se iniciar uma obra pública e impedirão que isso seja
feito sem que exista a real necessidade e enquanto outras obras estiverem paradas. Ainda as obras deverão
estar de acordo com as necessidades que visarão atender. Essas medidas, abaixo descritas, são:
Determinação para que uma obra pública só possa ser licitada caso exista projeto executivo, buscando assim,
evitar que problemas facilmente detectáveis por este tipo de projeto aconteçam. Hoje só é necessária a existên-
cia de projeto básico, muito superficial para determinar o valor final da obra e se a mesma será realmente viável.
Algumas obras de grande porte em nosso país, como a ferrovia Norte-Sul, encontram-se com sérios pro-
blemas de cronograma por conta de questões relativas a licenciamentos ambientais. Tal problema foi tratado
em nosso projeto, pois nele fica determinado que só serão licitadas obras que tenham todas suas licenças de-
vidamente liberadas. Para isso, os órgãos envolvidos na obra terão de estabelecer quais aspectos dos projetos
deverão ser apresentados para que as licenças necessárias sejam concedidas.
Visando ainda evitar as paralisações de obras por conta de recursos redirecionados para outras obras,
apresentamos a determinação de que novas obras só possam ser iniciadas quando nenhuma outra, tocada pelo
mesmo ente público, estiver parada. Deste modo, acreditamos que uma prefeitura, por exemplo, não poderá
iniciar novas obras enquanto outras se encontrarem injustificadamente paradas. Este problema é muito comum
nas mudanças de administração, quando o novo político que assume o executivo, prefere iniciar uma nova obra
que concluir outra que foi iniciada (e muitas vezes inaugurada sem estar concluída) por outra administração.
1 http://www1.folha.uol.com.br/asmais/2015/04/1612007-onze-obras-paradas-ou-quase-parando-no-brasil.shtml

2 http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/177761/MonografiaEduardoNery.pdf?sequence=7
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 441

Também esperamos coibir o início de obras desnecessárias e inviáveis, tanto do ponto de vista econô-
mico, quanto técnico. Para atingir este importante objetivo, acrescentamos um inciso na Lei dos crimes de res-
ponsabilidade. Por esta norma, os administradores públicos que se aventurarem a fazer obras que não caibam
nas possibilidades financeiras dos municípios e nem se adequem às necessidades da população que visem
atender, serão responsabilizados. Com isso, esperamos que os projetos extravagantes sejam extintos, assim
como aqueles desnecessários.
Portanto, tendo em vista o dever de todos, em especial dos membros desta Nobre Casa, de zelar pelo
desenvolvimento do país e pelo bem estar da população, vimos apresentar a presente preposição.
Por todo o exposto, esperamos contar com o apoio de nossos ilustres Pares para aprovação da medida,
que busca livrar nosso país de um de seus grandes males: o desperdício de recursos públicos.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Marcelo Belinati, Deputado PP/PR

PROJETO DE LEI Nº 3.037, DE 2015


(Do Sr. Mário Heringer)

Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que “Estabelece as diretrizes e bases da edu-
cação nacional”, e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-708/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Os arts. 3º, 4º, 5º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passam a vi-
gorar com as seguintes alterações:
“Art. 3º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
IV – respeito à liberdade, à alteridade e apreço à tolerância;
.................................................................................................................................................................................................
XIII – cultura de paz.” (NR).
“Art. 4º. ..................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
XI – atenção à segurança em estabelecimento de ensino oficial.” (AC)
“Art. 5º ...................................................................................................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência, pelo comportamento e pela disciplina na
escola;
IV – zelar pela segurança em estabelecimento de ensino de altíssimo e alto risco.
.................................................................................................................................................................................................
§4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino
obrigatório e para a atenção à segurança em estabelecimento de ensino de altíssimo e alto risco,
poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
................................................................................................................................................................................................” (NR).
“Art. 9º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................‘
X – apoiar os sistemas de ensino no saneamento das unidades escolares consideradas de altíssi-
mo e alto risco, respeitados os limites orçamentários.” (AC).
“Art. 10. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VIII – sem prejuízo de outras obrigações, manter registro de ocorrência de atos infracionais, crimes
e contravenções penais em estabelecimentos de ensino da educação básica para fins de classifi-
cação de risco das unidades escolares, na forma do regulamento;
IX – produzir diagnóstico das unidades escolares de altíssimo e alto risco e elaborar plano de sa-
neamento prioritário com a participação da comunidade escolar.
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
442 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§2º O plano de saneamento prioritário de que trata o inciso IX deve contemplar a articulação com outros
serviços, no que couber, sendo obrigatório o apoio de serviço psicológico especializado e de assistência
social.” (AC).
“Art. 11. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VII – sem prejuízo de outras obrigações, manter registro de ocorrência de atos infracionais, cri-
mes e contravenções penais nos estabelecimentos de ensino para fins de classificação de risco
das unidades escolares, na forma do regulamento;
VIII – produzir diagnóstico das unidades escolares de altíssimo e alto risco e elaborar plano de
saneamento prioritário com a participação da comunidade escolar.
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
§2º O plano de saneamento prioritário de que trata o inciso VIII deve contemplar a articulação
com outros serviços, no que couber, sendo obrigatório o apoio de serviço psicológico especiali-
zado e de assistência social”. (AC).
“Art. 12. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, so-
bre frequência, rendimento e comportamento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta
pedagógica da escola;
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da Comarca, ao respectivo repre-
sentante do Ministério Público e ao respectivo sistema de ensino a relação dos alunos que apresentem
quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei e dos alunos que
cometam ato infracional, na forma do art. 103 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, no esta-
belecimento de ensino.
IX – notificar ao Ministério Público e ao respectivo sistema de ensino a relação de alunos que co-
metam crime ou contravenção penal no estabelecimento de ensino.
X – nas hipóteses descritas nos incisos VIII e IX, no art. 13, inciso VII e no art. 13-A, acionar a
autoridade competente para proteção e demais providências, afastar o docente ou trabalha-
dor em educação se necessário e enquanto perdurar a situação de risco, sem prejuízo salarial,
e suspender o infrator, no mínimo, até o comparecimento dos pais ou responsáveis, caso me-
nor de dezoito anos;
XI – para o ensino fundamental e médio, instituir e manter comissão escolar de mediação de con-
flitos, no âmbito dos esforços de paz na escola, na forma do regulamento;
XII – favorecer a capacitação de membro do respectivo quadro de pessoal ou estudante volunta-
riado a participar da comissão escolar de mediação de conflitos; e
XIII – acionar a comissão escolar de mediação de conflitos sempre que provocada e, dispensada
a provocação, em caso de sabida ameaça ou iminência de violência contra docente, profissional
em educação ou aluno.” (NR).
“Art. 13. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VII – comunicar a direção da respectiva unidade escolar iminência ou prática de ato infracional,
crime ou contravenção penal em sala de aula ou em face do exercício de sua profissão.” (AC).
“Art. 61. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
Parágrafo único. .................................................................................................................................................................
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e
sociais de suas competências de trabalho, e que contemple, obrigatoriamente, conteúdo relativo a
mediação e conciliação de conflito em ambiente escolar.” (NR).
Art. 2º. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida de art. 13-A com a seguinte redação:
“Art. 13-A. Os trabalhadores em educação devem comunicar a direção da respectiva unidade es-
colar iminência ou prática de ato infracional, crime ou contravenção penal no estabelecimento
de ensino ou em face do exercício de sua profissão.” (AC).
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 443

Justificação
A violência tem se tornado elemento cotidiano na escola brasileira. Profissionais em educação e profes-
sores ameaçados e agredidos por estudantes; estudantes agredidos por seus colegas; estudantes agredidos
por professores, coordenadores, diretores. De um campo de convivência cotidiana, sujeito aos conflitos natu-
rais dos relacionamentos humanos, solucionáveis por meio da qualificação das relações interpessoais, a escola
caminha para se tornar uma praça de guerra, na qual não se vislumbram caminhos para a paz.
Enquete realizada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2014,
com mais de 100 mil professores e diretores de escolas com alunos entre 11 e 16 anos, em 34 países, exibe o
Brasil como primeiro da lista. Aqui, 12,5% dos professores ouvidos declararam ser vítimas de agressões verbais
ou intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. A média entre os 34 países é de 3,4%, havendo
alguns, inclusive, onde o índice é igual a zero.
A reversão desse vergonhoso quadro e a tessitura de uma escola forte e segura é o que pretendemos
com o presente Projeto de Lei.
Com esse objetivo, cuidamos de registrar como princípios do ensino no Brasil, o respeito à alteridade,
que se expressa no reconhecimento do outro como sujeito de direitos, e o ensino com base na cultura de paz.
Ações educacionais fundadas nesses dois princípios ganham, assim, o necessário norte legal, não sendo mais
iniciativas deste ou daquele professor, diretor ou escola, isoladamente.
Oferecemos, ainda, para a apreciação dos pares, uma série de alterações na Lei 9.394, de 20 de dezem-
bro de 1996, com vistas a tornar inequívoco o papel do poder público na garantia da segurança em ambiente
escolar, mais especialmente naquelas escolas onde a violência já se encontra instalada.
Se acatada nossa proposta, os casos de violência ou ameaças sofridos ou testemunhados por professo-
res ou servidores – ainda que contra terceiros ou contra o patrimônio escolar – passam a ser comunicados à
direção da escola, que fica obrigada a repassar essas informações ao Ministério Público, ao juiz de menores, ao
Conselho Tutelar – quando se tratar de ato infracional cometido por menor de dezoito anos – e à respectiva
Secretaria de Educação, à qual restará a obrigação de classificar suas unidades escolares quanto ao risco, apre-
sentar diagnóstico e, junto com a comunidade escolar, elaborar plano de saneamento prioritário das escolas
classificadas como de altíssimo e alto risco. Tal plano deverá contemplar, obrigatoriamente, serviço social e
psicológico especializados, sem prejuízo de outros serviços.
Nessa engrenagem, competirá ao Ministério da Educação o desenvolvimento de metodologia para ava-
liação de risco das escolas brasileiras, a ser seguida pelos respectivos sistemas de ensino, enquanto à União
caberá o apoio à implantação dos respectivos planos de saneamento prioritários, respeitados seus limites orça-
mentários. Cremos que sem o apoio da União, municípios pequenos ou que concentrem elevado percentual de
escolas violentas restarão impossibilitados de realizarem o devido saneamento das escolas mais problemáticas.
Pensando na escola como espaço de socialização para a civilidade, propomos, ainda, a criação de meca-
nismo de autorregulação dos conflitos escolares – sobretudo os latentes e de menor potencial ofensivo – como
uma ferramenta adicional na luta pela paz na escola.
Em muitas escolas do País, a solução de conflitos tem ocorrido a partir de juntas, conselhos ou comis-
sões de mediação e conciliação estabelecidas pela comunidade escolar, com a participação de estudantes,
pais, professores e corpo diretivo. O estímulo ao diálogo e à cultura da paz tem se mostrado suficientemente
eficaz para nos motivar à difusão da experiência desses conselhos no território nacional, tornando-os estrutura
comum e obrigatória em todas as escolas de ensino fundamental e médio do Brasil.
Entendemos que os estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, devem ser responsáveis pela
instituição e manutenção de suas próprias comissões de mediação de conflitos, bem como por favorecer a
capacitação de seus membros para a tarefa específica da mediação. Esse favorecimento pode se dar por meio
da promoção direta de cursos e outras modalidades de formação ou capacitação, ou pela simples liberação de
estudante ou funcionário à participação em eventos dessa natureza.
Acreditamos, ainda, que as comissões de mediação devem responder às provocações apresentadas pela
comunidade escolar – professores, equipe de coordenação/direção, estudantes e familiares –, agindo com o
objetivo de contenção de conflito manifesto, mas deve, igualmente, atuar preventivamente, independente-
mente de solicitação ou denúncia, sempre que se tenha ciência de caso de ameaça a professor, servidor ou
estudante, ou outra situação que indique conflito latente.
A fim de incorporar em definitivo a competência para mediação de conflito em ambiente escolar aos
profissionais da educação básica, propomos, ainda, tornar obrigatória a presença desse conteúdo específico
na totalidade dos cursos destinados à formação dos referidos profissionais. Entendemos que a inclusão de con-
teúdo relativo a mediação de conflito em ambiente escolar nos cursos de licenciatura é passo decisivo para a
444 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

consolidação de uma nova cultura de percepção das relações interpessoais na escola, cujos corolários serão a
melhor administração dos conflitos intrínsecos à comunidade escolar e a redução das situações extremas des-
ses conflitos, caracterizadas como violência.
Por fim, por enxergarmos a escola como uma comunidade formada por alunos, profissionais e famílias,
tentamos resgatar o papel de mães e pais como agentes corresponsáveis pelo comportamento de seus filhos
no ambiente escolar, que merecem e devem ser informados a esse respeito e não apenas a respeito da fre-
quência de seus filhos à escola.
Em linhas gerais, esses são os pressupostos e objetivos do Projeto de Lei que ora submetemos ao juízo
dos nobres pares e ao qual esperamos apoio com vistas à obtenção da paz na escola.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Deputado Mário Heringer, PDT/MG

PROJETO DE LEI Nº 3.038, DE 2015


(Do Sr. Baleia Rossi)

Denomina “Viaduto Alcides de Freitas Assunção” o viaduto localizado na BR-153 na cidade de


São José do Rio Preto, Estado de São Paulo.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E
DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O viaduto localizado no km 61, 600 metros, da BR-153, na cidade de São José do Rio Preto, Estado
de São Paulo, passa a ser denominado “Viaduto Alcides de Freitas Assunção”.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
O Sr. Alcides de Freitas Assunção nasceu em 15 de outubro de 1933. Cidadão paulista, tornou-se um em-
preendedor reconhecido em todo o Estado de São Paulo ao fundar a Transportadora Assunção, uma empresa
de transporte rodoviário de cargas que se destacava entre as demais.
Trabalhador sério, ainda bem jovem Alcides foi absorvendo o conhecimento de várias atividades téc-
nicas e administrativas ligadas ao setor de transportes, o que o levou, aos trinta anos de idade, a fundar sua
própria empresa.
Enquanto ampliava o seu negócio, Alcides acompanhava todos os procedimentos comerciais por consi-
derar o transporte de cargas um serviço essencial. Seu conhecimento era intuitivo e seus resultados demons-
travam a sua imensa capacidade de resolver os problemas que eventualmente ocorriam em sua empresa.
Trata-se, portanto, de empresário com destacada atuação no transporte rodoviário de cargas, cuja em-
presa é amplamente conhecida pelos bons serviços prestados.
É significativo, portanto, homenagear o Sr. Alcides de Freitas Assunção, falecido no dia 1º de maio de
2007, dando o seu nome ao viaduto em questão, razão pela qual solicitamos o apoio dos nobres Parlamentares
para sua aprovação.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Deputado Baleia Rossi

PROJETO DE LEI Nº 3.044, DE 2015


(Do Sr. Takayama)

Dispõe sobre a possibilidade de escolha pelo conselho de pais e de mestres de cada institui-
ção educacional sobre o conteúdo a ser ministrado na disciplina de ensino religioso na rede
educacional
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-309/2011.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Constitui-se ensino religioso a disciplina da área de conhecimento de estudo da religiosidade inse-
rida no sistema de educação em benefício da formação básica do cidadão e da educação de jovens e de adultos.
Art. 2º O conteúdo curricular com a orientação e as linhas religiosas relativas ao ensino religioso será de-
finida no início do ano letivo pelo conselho de pais e de mestres de cada instituição de ensino.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 445

Art. 3º O ensino religioso será ministrado dentro do horário normal de aula e sua carga horária integrará
as horas previstas para o ano letivo.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A Constituição da República de 1988 firmou no seu art. 210, § 1º o ensino religioso como disciplina edu-
cacional, a saber:
“Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar forma-
ção básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental
(...)”
Note-se que há a controvérsia plena sobre a questão do conteúdo de tal disciplina, sendo que tal vincu-
lação está intimamente ligada a questão do norteamento religioso e doutrinário de cada família.
Desta forma, dentro da boa regra do diálogo com a população, e de que deve haver a plena participação
dos pais sobre a vida dos filhos, necessário é que seja observado o conteúdo a ser abordado no ensino religioso.
Note-se que não se trata de mera “orientação” religiosa, mas sim de efetivar a participação dos pais com
as “doutrinas” recebidas por ensinamentos a seus filhos.
O ensino religioso e o estudo da religiosidade certamente é um mecanismo eficaz para desenvolver a
cidadania e o próprio ser humano.
É cediço que a renovação do conceito de ensino religioso é medida mais que necessária, e a participação
do conselho de pais e mestres certamente assegurará a amplitude do diálogo, e a participação dos pais na
educação de seus filhos.
Note-se que a presente proposição tem caráter indicativo podendo ser utilizada pelos cidadãos para
efetivarem sua participação com a educação de seus filhos.
Ante o exposto, requeiro o apoio dos nobres pares para aprovação do projeto que se apresenta.
Sala das Comissões, 17 de setembro de 2015. – Deputado Federal Takayama
PROJETO DE LEI Nº 3.045, DE 2015
(Do Sr. Luiz Couto)

Institui a obrigatoriedade da presença de comissário(a) de bordo, na cabine de aeronaves, na


ausência de piloto ou copiloto.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2191/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei estabelece a obrigatoriedade da presença de comissário(a) de bordo na cabine de aero-
naves, de qualquer Empresa da Aviação Civil, na ausência de piloto ou copiloto.
Parágrafo único. A obrigatoriedade a que se refere esta Lei aplica-se a toda e qualquer aeronave, de qual-
quer Empresa da Aviação Civil, destinada ao transporte aéreo de passageiros, durante todo o trajeto de voo
e independente de sua duração.
Art. 2º O comissário de bordo autorizado a substituir o piloto ou copiloto em suas ausências na cabine
da aeronave deve receber treinamento adequado, no mínimo, durante 60 (sessenta) dias em simulador de voo,
sob a responsabilidade da empresa aérea.
Art. 3º O descumprimento desta norma acarretará o pagamento de multa no valor de R$ 30.000,00 (trin-
ta mil reais), reajustados anualmente pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a ser cobrada pela
Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, por força do art. 6º, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, da
empresa responsável pelo transporte aéreo, para pagamento em até 30 (trinta) dias, a contar da notificação
do auto de infração.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Recentemente, assistimos ao trágico acidente aéreo com a aeronave da empresa alemã Germanwings,
ocorrido em 24 de março de 2015. No referido episódio, cujas causas ainda estão sendo investigadas, o copiloto
446 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

teria aproveitado a saída do piloto da cabine de comando e trancado a porta internamente, momento em que
teria programado a perda de altitude da aeronave, que veio a chocar-se contra os Alpes franceses.
A intenção do presente projeto de lei é obrigar a permanência de um comissário de bordo, devidamen-
te treinado em simulador de voo, na cabine da aeronave nas ausências do piloto ou copiloto, a fim de que
haja pelo menos duas pessoas autorizadas na cabine de comando das aeronaves das empresas operadoras
de transporte aéreo de passageiros, durante todo o voo, sendo que ao menos uma dessas pessoas seja piloto.
Pretendemos que eventos, como o ocorrido na Europa, não se repita em território nacional, sendo justo
exigir que as empresas aéreas adotem essa medida em prol da segurança do voo e da vida dos passageiros.
Pelo exposto, peço apoio dos nobres congressistas para a aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, 21 de setembro de 2015. – Luiz Albuquerque Couto, Deputado Federal PT/PB

PROJETO DE LEI Nº 3.046, DE 2015


(Do Senado Federal)
PLS nº 502/2011
Ofício nº 1347/2015-SF

Altera o art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, para estabelecer a obrigatorie-


dade de a administração pública divulgar os nomes, currículos, endereços, telefones e ende-
reços eletrônicos de seus dirigentes.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO E CONSTITUI-
ÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º ......................................................................................................................................................................................
§ 1º ............................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
VII – nomes completos e currículos de seus dirigentes e assessores de nível superior, bem como os
meios de contato com esses profissionais, incluindo, no mínimo, endereços completos, telefones e
endereços eletrônicos (e-mails) institucionais.
....................................................................................................................................................................................................
§ 5º Para os fins do inciso VII do § 1º, considera-se:
I – dirigente: profissional que exerça funções de direção e chefia, do nível máximo de direção do ór-
gão ou entidade até o terceiro nível hierárquico inferior;
II – assessor de nível superior: profissional que preste assessoria aos dirigentes referidos no inciso I.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor após decorridos 45 (quarenta e cinco) dias de sua publicação oficial.
Senado Federal, 21 de setembro de 2015. – Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal

PROJETO DE LEI Nº 3.048, DE 2015


(Do Sr. Rogério Rosso)

Declara as Obras do Maestro Cláudio Santoro Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.


DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei tem como objetivo reconhecer a importância cultural da história da produção musical
brasileira através das Obras do Maestro Claudio Franco de Sá Santoro.
Art. 2º As Obras do Cláudio Franco de Sá Santoro ficam constituídas como Patrimônio Cultural Imaterial
do Brasil.
Art. 3º Competirá ao Poder Público Federal, por seus órgãos específicos, cooperar, estreitamente, com
o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, na preservação, restauração e utilização das Obras do
Cláudio Franco de Sá Santoro.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 447

Justificação
O músico Cláudio Santoro teve uma existência profundamente criativa e atuante. Nasceu no estado do
Amazonas, viveu parte de sua existência no exterior, em alguns casos por perseguições políticas como ocor-
reram com seus dez anos de exílio na Alemanha, e se tornou brasiliense por opção a partir do ano de 1960
quando chegou na cidade para criação do Departamento de Música da Universidade de Brasília (UnB). De volta
do exílio ajudou a fundar a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, em 1979. Em 27 de março de 1989, aos 69
anos, quando regia a orquestra, realizou seu último ensaio.
O acervo do maestro tem fotos, cartas trocadas com intelectuais do mundo todo, até mesmo pinturas
produzidas por Santoro durante o exílio na Alemanha. Muitas partituras são de obras nunca interpretadas.
A grande quantidade desses materiais está guardada em caixas e pastas embaixo do sofá, do piano em
que ele trabalhou e em armários na casa da família. O acervo é composto de mais de 400 obras musicais, como
partituras de sinfonias, quadros pintados por Santoro, correspondências, publicações sobre a carreira dele e
prêmios.
O acervo está em dificuldades porque permanece na casa da família do maestro, sem o mínimo de con-
dições de conservação. Alguns materiais correm o risco de se perderem, como toda a produção eletroacústica,
feita diretamente em fita magnética que, com o tempo, se deteriora, perdendo a informação nela gravada. Os
manuscritos estão dentro dos armários e também correm o risco de se perderem porque muitos foram feitos
a lápis. Além disso, a obra fica de difícil acesso para pesquisadores e músicos.
Mesmo tendo sido tombada como patrimônio imaterial em 2009, pelo governo do Distrito Federal (DF),
ela encontra-se ameaçada por se encontrar em lugar não tanto apropriado para sua conservação.
A umidade relativa e a temperatura em índices inadequados são as principais causas de degradação do
acervo, e a ação em conjunto destes fatores contribuem para desencadear ou acelerar o processo de degra-
dação desse material.
Em reservas técnicas e espaços de exposições o indicado é que os índices de umidade relativa e tem-
peratura permaneçam o mais estável possível, pois as variações destas condições são as principais causas de
deterioração de acervos.
No Brasil, a memória tem muito pouco valor, é muito pouco preservada. O patrimônio material ainda é
preservado, mas o patrimônio imaterial cai no esquecimento de todos. O patrimônio imaterial representa um
povo, o grau de civilização e cultura que atingiu.
Com o intuito de eternizar a obra desse renomado artista é que apresento essa proposição, para assim
propiciar condições adequadas para a conservação de sua obra.
Por todo o exposto, conto com o apoio dos meus nobres pares nessa Casa do Povo para que a presente
proposição, de importante relevância cultural e social seja aprovada.
Sala das Comissões, em 21 de setembro de 2015. – Deputado Rogério Rosso, (PSD/DF)
PROJETO DE LEI Nº 3.051, DE 2015
(Do Sr. Cabo Daciolo)

Acresce o art. 225-A ao Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar)
para tipificar como crime a redução à condição análoga à de escravo de Militares.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL E CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º Acresce ao Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 – Código Penal Militar, o art. 225-A,
com a seguinte redação:
“Art. 225-A. Reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados
ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o à condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por
qualquer meio, sua locomoção em razão de ordem proferida por superior que, implique em prática de
ato humilhante e desrespeitoso.
Pena – reclusão, de três a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do militar, com o fim de retê-lo no local de
trabalho;
II – se apodera de documentos ou objetos pessoais do militar, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
448 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 2º A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido por motivo de preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou origem.
Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Justificação
No Brasil, o trabalho escravo é definido pelo Artigo 149 do Código Penal. O trabalho escravo não é ca-
racterizado tão somente por meras infrações trabalhistas. Ele é um crime contra a dignidade humana. A cons-
tatação de qualquer um dos quatro elementos vistos abaixo é suficiente para configurar a exploração de tra-
balho escravo:
– TRABALHO FORÇADO: o indivíduo é obrigado a se submeter a condições de trabalho em que é
explorado, sem possibilidade de deixar o local, seja por ameaça e violências física ou psicológica;
– JORNADA EXAUSTIVA: expediente desgastante que vai além de horas extras e coloca em risco a
integridade física do militar, já que o intervalo entre as jornadas é insuficiente para a reposição de
energia;
– CONDIÇÕES DEGRADANTES: um conjunto de elementos irregulares que caracterizam a precarie-
dade do trabalho e das condições de vida sob a qual o militar é submetido, atentando contra a sua
dignidade.
O trabalho escravo ainda não é tratado pelo Código Penal Militar. Infelizmente, percebe-se aqui e acolá
que a redução à condição análoga à de escravo não é uma prática incomum nas instituições militares. O prin-
cípio da legalidade adotado pela Carta Magna constitui uma garantia para os militares, uma vez que impede
abusos e arbítrio por parte da Administração Pública Militar ao aplicar sansões disciplinares que podem con-
figurar cerceamento do direito fundamental de liberdade dos mesmos.
Ante o exposto, submetemos aos nobres pares a presente proposição, e contamos com o apoio para
sua aprovação.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Cabo Daciolo, Deputado Federal Sem Partido/RJ

PROJETO DE LEI Nº 3.053, DE 2015


(Da Sra. Christiane de Souza Yared)

Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasilei-
ro”, para incluir na multa reparatória às vítimas de crimes de trânsito parcela indenizatória às
despesas realizadas pelo Sistema Único de Saúde – SUS.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; VIAÇÃO E TRANSPORTES E CONS-
TITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 297 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º:
“§ 4º Ao valor da multa reparatória será acrescida parcela referente às despesas realizadas pelo Sistema
Único de Saúde – SUS para o tratamento da vítima, que será inteiramente revertida ao orçamento do SUS.”
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
É notória a crônica dificuldade que o Estado Brasileiro tem para financiar adequadamente o Sistema
Único de Saúde. Um dos componentes que pesam de modo importante no orçamento da saúde são os
acidentes automobilísticos com vítimas. Em 2013 foram quase 170 mil internações hospitalares por acidentes
de trânsito, com gasto de aproximadamente R$ 230 milhões, uma soma vultosa sob qualquer ponto de vista
que, se empregada em outras necessidades do sistema de saúde, poderia fazer grande diferença.
Há acidentes que são obra do infeliz acaso, há acidentes evitáveis e há acidentes que são resultantes de
crimes de trânsito. No caso destes, seria simplesmente correto que as despesas efetuadas pelo SUS fossem res-
sarcidas pelo perpetrador. O Código de Trânsito, Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997, já prevê em seu art.
297, a multa reparatória, devida pelo culpado de crime de trânsito à vítima que sofreu dano.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 449

O presente projeto visa a acrescer àquela multa uma parcela específica destinada a indenizar o SUS nes-
ses casos. Uma vez que a aplicação da multa existente depende da determinação da culpa, não haveria maio-
res trâmites a cumprir para efetuar a cobrança da parcela destinada ao SUS que, como prevê o projeto, seria
inteiramente recolhida ao orçamento da saúde.
Convencida do mérito do presente projeto de lei, apresento-o aos nobres pares e peço seus votos para
sua aprovação.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputada Christiane de Souza Yared

PROJETO DE LEI Nº 3.054, DE 2015


(Da Sra. Moema Gramacho)

Institui o Programa de Registro Civil na Maternidade, e dá outras providências.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3056/2011.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica instituído, no âmbito Federal, o Programa de Registro Civil na Maternidade, destinado a au-
xiliar os Oficiais de Registro Civil de Pessoas Naturais a realizarem seu trabalho de colheita de declarações de
nascido vivo, na própria maternidade, para efetuar o registro de nascimento e conceder a respectiva Certidão
de Nascimento.
Art. 2º Para atender aos fins previstos nesta lei, a direção das maternidades públicas e particulares man-
terão, em suas dependências internas, local adequado para abrigar os serventuários que estiverem realizando
o trabalho de colheita de declarações. Além de equipamentos necessários ao registro e impressão da Certidão
de Nascimento.
Art. 3º Os pais, ao receberem o atestado de nascido vivo, deverão ser informados pela maternidade do
hospital que podem realizar o registro, dirigindo-se ao local designado, nos dias e horários a serem estabelecidos.
Art. 5º Todos os Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais deverão designar serventuários às ma-
ternidades públicas e particulares de sua circunscrição para realizar a colheita de declarações de nascido vivo.
Art. 6º A prestação dos serviços de registro na maternidade é obrigatória em relação ao oficial do Cartório
do local em que está situada a maternidade; devendo, também, ser realizados os registros no próprio Cartório
Art. 7º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
O Programa de Registro Civil na Maternidade tem a missão de desenvolver, disponibilizar e gerenciar um
sistema informatizado que interligue cartórios e maternidades para a emissão de registro de nascimento, logo
após o parto, ainda no estabelecimento de saúde, e que se constitua uma ferramenta gratuita aos oficiais de
registro civil para organização de um banco de dados de nascimento, óbito e casamento.
O registro civil e a certidão de nascimento são direitos de cada criança brasileira, garantidos pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente no artigo 102. A lei federal 9.534 de 1997 obriga os cartórios a fazerem o registro
civil e emitirem a primeira via da certidão de nascimento gratuitamente.
Além de privar a criança do direito a um nome e sobrenome, a falta de registro compromete o planeja-
mento de políticas públicas de saúde, educação e assistência social. A ausência do registro de nascimento difi-
culta o acesso de crianças a serviços nessas áreas, aumentando, ainda, sua vulnerabilidade ao trabalho infantil,
à exploração sexual e ao tráfico de crianças.
Vale ressaltar que é por meio do registro civil de nascimento que a criança passa a ter uma identidade e a
exercer os direitos políticos, sociais e civis. Só a certidão de nascimento permite o acesso a outros documentos
básicos, como Carteira de Identidade (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Carteira de Trabalho (CTPS), além
da matrícula na escola e do cadastro em programas sociais do Governo Federal.
É sabido que a responsabilidade de registrar a criança logo após o nascimento é da família, porém,
dificuldades com transporte, desconhecimento sobre o direito e sua gratuidade, distância dos cartórios,
incompreensão sobre a importância do registro e outros motivos resultam no sub-registro.
Dessa forma, a fim de solucionar todas essas dificuldades, o Programa oferece aos cidadãos a comodi-
dade de saírem da maternidade com a certidão de nascimento de seus filhos em mãos, diminuindo assim, o
número de crianças sem o registro de nascimento no Brasil, além de contribuir com a paternidade responsável.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Moema Gramacho, Deputada Federal – PT/BA
450 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 3.056, DE 2015


(Do Sr. Fausto Pinato)

Altera a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para que todos os entes federados possam atu-
alizar os valores fixados para as modalidades licitatórias.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6751/2013.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei dá nova redação ao art. 120 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, outorgando aos es-
tados, ao Distrito Federal e aos municípios a competência para revisar os valores fixados para as modalidades
licitatórias.
Art. 2º O art. 120 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação e acres-
cido do seguinte parágrafo único:
“Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente atualizados, no âmbito da União, pelo
Poder Executivo Federal e, no âmbito dos demais entes federativos, pelo Poder Executivo Estadual, Distri-
tal e Municipal, respectivamente, que os farão publicar em veículo de comunicação oficial, observando
como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período. (NR)
Parágrafo único. Na edição do primeiro ato permitido pelo art. 2º, os entes federados poderão aplicar a
variação geral dos preços do mercado acumulada desde 1.999.”
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
A redação atual do art. 120 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, atribui ao Poder Executivo federal a
prerrogativa exclusiva de revisar os valores fixados para as modalidades licitatórias, o que, por força dos incisos
I e II do art. 24, repercute diretamente na obrigação ou não de processo de licitação para pequenas compras.
Ora, a última atualização desse valor foi efetuada pelo Poder Executivo federal, por meio da Lei nº 9.648,
de 27 de maio de 1998, ou seja, há mais de dezessete anos.
Em um país de dimensões continentais, como é o Brasil, não se pode ignorar que o custo de aquisição
de produtos de pequeno valor varia enormemente de região para região. Há cidades no Brasil cujo único meio
para se levar uma mercadoria é o aéreo, o que encarece significativamente os produtos.
A fixação dos mesmos valores para as modalidades de licitação, independentemente do ente federativo
que a realiza, é critério contraproducente, antieconômico, ineficiente e injusto.
Essas distorções são decorrentes do entendimento equivocado de que o administrador público não pode
ter qualquer discricionariedade, pois a utilizaria para locupletar-se do erário público. Foi esse espírito de des-
confiança que norteou a elaboração da Lei nº 8.666/93, e talvez fizesse sentido naquela época. Hoje, contudo,
verifica-se que essas restrições normativas trazem mais problemas do que benefícios, pois desnecessariamente
engessa a atuação dos gestores públicos, principalmente nos Municípios mais pobres.
A prática vem demonstrando que as revisões previstas no art. 120 não vêm ocorrendo no mesmo ritmo
do desenvolvimento do País, nem atenta para a corrosão monetária decorrente da inflação acumulada nesses
últimos dezessete anos. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, calculado
pelo IBGE, a inflação acumulada entre maio de 1998 a maio de 2014, ou seja, após a última revisão dos valores,
chega a quase 170 % (cento e setenta por cento).
A alteração que propomos atende a lógica de que os gestores dos Estados, Distrito Federal e Municípios
estão muito mais próximos de suas peculiaridades e aptos para melhor discernir as necessidades de revisão
daqueles valores. É importante lembrar que, segundo o inciso XXVII do art. 22 da Constituição Federal, a Lei nº
8.666/93 é – ou pelo menos deveria ser – uma norma caráter geral, reservando-se aos demais entes da Fede-
ração a competência para dispor sobre questões específicas dessa matéria.
Concluindo, com essa singela ação legislativa os Estados e Municípios brasileiros, principalmente os mais
pobres, estarão mais preparados para o atendimento de situações emergenciais de menor grau, que não chegam
a configurar “calamidade pública”, para a qual há previsão específica (inciso IV do art. 24 da Lei de Licitações).
Pelo exposto, conto com o apoio de meus ilustres Pares para a célere aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Fausto Pinato, PRB/SP
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 451

PROJETO DE LEI Nº 3.062, DE 2015


(Do Sr. Carlos Bezerra)

Acrescenta inciso ao art. 157 da Consolidação das Leis do Trabalho, para estabelecer a obri-
gatoriedade de adoção e de aplicação de tecnologias de eliminação ou de redução da insalu-
bridade e da periculosidade do trabalho.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO; TRABALHO,
DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 157 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, passa a viger acrescido do seguinte inciso:
Art. 157. ...................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
V – aplicar e atualizar todas as tecnologias disponíveis no mercado para reduzir ou eliminar a peri-
culosidade e a insalubridade no trabalho.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Os incisos XXII e XXIII do art. 7º da Constituição Federal de 1988 garantem ao trabalhador o direito à re-
dução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, e o adicional de
remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas.
O adicional garantido por lei não pode, evidentemente, ser entendido como um substituto da garantia
da redução ou da eliminação da insalubridade e da periculosidade. Trata-se de um instrumento de compensa-
ção de danos, de caráter provisório.
O verdadeiro objetivo do Direito do Trabalho não é e nem poderia ser o de indenizar a saúde arruinada
ou as vidas perdidas dos trabalhadores.
Desse modo, chama-nos a atenção a ausência de um dispositivo legal que deixe expressa a obrigação de
os empregadores investirem de forma permanente nas tecnologias que favorecem a redução ou a eliminação
de agentes que afetam a saúde e a integridade física de seus empregados.
Vista por outro lado, a questão também interessa às empresas, que podem deixar de pagar o adicional de
insalubridade se comprovarem a eliminação do risco ou mantê-lo sob o limite de tolerância, pois a supressão
dessa parcela não afetará o princípio da irredutibilidade salarial, uma vez que a verba decorre da existência de
risco ou de agente insalubre. Sendo esses fatores eliminados ou mantidos sob os limites legais de tolerância,
o ônus financeiro deixa a existir, proporcionando a efetiva redução de custos.
Assim, analisando a questão tanto do ponto de vista do empregador quanto do empregado, o investi-
mento na segurança do trabalho é extremamente compensador.
Em razão disso, propomos uma pequena alteração no dispositivo celetista em destaque, de modo que a
lei passe a prever expressamente a obrigação de o empregador adotar toda a tecnologia disponível de modo
a alcançar os maiores patamares possíveis de segurança e de saúde no ambiente de trabalho.
A mudança proposta permitirá que a responsabilidade do empregador, em caso de acidente do trabalho
ou de doença laboral, seja analisada não só em razão do emprego efetivo do equipamento e das tecnologias
disponíveis no estabelecimento, mas também em face daqueles que estão disponíveis no mercado e que po-
deriam ter sido incorporados ao processo de trabalho adotado na empresa.
Em razão do exposto, pedimos aos nobres Pares o apoio necessário para a aprovação da matéria.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Bezerra
PROJETO DE LEI Nº 3.063, DE 2015
(Do Sr. Carlos Bezerra)

Dispõe sobre a inscrição do CPF ou do CNPJ do devedor na Certidão de Dívida Ativa.


DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
452 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O Congresso Nacional decreta:


Art. 1º A Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, passa a vigorar com a seguinte modificação:
“Art. 2º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 5º .........................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
VI – o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
do devedor e dos responsáveis.” (NR)
Art. 2º Esta lei entra em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação.
Justificação
Atualmente, pela Lei de Execução Fiscal, não há obrigatoriedade de constar no Termo de Inscrição e na
Certidão de Dívida Ativa o número de CPF ou CNPJ do devedor.
O Superior Tribunal de Justiça, inclusive, já decidiu reiteradamente no sentido de que a ausência de in-
dicação do CPF ou CNPJ do devedor não importa em nulidade da CDA.
A ausência dessa informação dificulta a defesa do executado e até mesmo a gestão da execução fiscal,
pois possibilita o ajuizamento da ação em face de homônimos. Outrossim, com a paulatina informação da
Justiça, a inscrição do CPF ou CNPJ ganham quase que um condão de autoridade para permitir a identificação
eletrônica do devedor.
Desta feita, entendemos que a inclusão dessa informação é imprescindível para a devida gestão da exe-
cução fiscal.
Concedemos prazo de vacatio legis alongado para possibilitar aos órgãos da Administração Tributária
tempo suficiente para atualizar seus sistemas informáticos à nova exigência.
Forte nessas premissas, confio na aprovação do projeto pelos eminentes pares.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado CARLOS BEZERRA
PROJETO DE LEI Nº 3.064, DE 2015

(Do Sr. Moroni Torgan)


Define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julga-
mento e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2462/1991.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
TÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 1º – Este Estatuto prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:
I – a integridade territorial e a soberania nacional;
Il – o Estado de Direito;
III – a forma federativa do Estado;
IV – o voto direto, secreto, universal e periódico;
V – a separação, a harmonia e o livre exercício dos Poderes da República Federativa do Brasil;
VI – o livre exercício dos direitos e garantias constitucionais, em especial por parte de grupos minoritá-
rios, em todo o território nacional;
VII – a segurança, a ordem e a paz públicas no território nacional;
Art. 2º – Quando o fato estiver também previsto como crime em outros diplomas penais, levar-se-ão em
conta, para a aplicação deste estatuto o dolo de lesão real ou potencial aos bens jurídicos mencionados no
artigo anterior.
Parágrafo Único. Também se aplica o presente estatuto aos crimes onde o agente seja membro dos gru-
pos descritos nos artigos 19 e 20, independente do dolo específico do crime em questão.
Art. 3º – Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, reduzida de um a dois
terços, quando não houver expressa previsão e cominação específica para a figura tentada.
Parágrafo único. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução, ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 453

Art. 4º – São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não elementares do crime, ter o agen-
te praticado o crime com o auxílio, de qualquer espécie, de governo, organização internacional ou grupos
estrangeiros ou promovido, organizado ou dirigido a atividade dos demais, no caso do concurso de agentes.
Parágrafo único – Os crimes previstos neste estatuto equiparam-se para fins penais, processuais penais
e de execução penal àqueles arrolados como hediondos na legislação específica quando, mesmo se elemen-
tares do crime:
I – cometidos nas circunstâncias descritas no caput deste artigo;
II – cometidos com o emprego de violência ou grave ameaça;
III – deles resultem lesão corporal ou morte;
IV – deles resultem guerra, hostilidades internacionais ou invasão do território brasileiro.
Art. 5º – Na aplicação deste estatuto, observar-se-á, no que couber, a Parte Geral do Código Penal e, sub-
sidiariamente, a sua Parte Especial.
TÍTULO II
Da Competência, do Processo e das normas Especiais de Procedimentos
Art. 6º – Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes previstos neste estatuto, com observância
das normas estabelecidas na legislação processual penal, no que não colidirem com disposição deste estatuto,
ressalvada a competência originária dos Tribunais Superiores nos casos previstos na Constituição
§ 1º – A ação penal é pública e incondicionada, promovendo-a o Ministério Público.
§ 2º – Também compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes cometidos por agente que seja
membro dos grupos descritos nos artigos 19 e 20, independente do diploma legal onde esteja tipificado.
Art. 7º – Respeitados os princípios e normas do Direito Internacional, ficam sujeitos à lei brasileira, mesmo
que cometidos no estrangeiro, todos os crimes capitulados neste estatuto, independentemente da nacionali-
dade do agente, sendo este punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Art. 8º – Para apuração de fato que configure crime previsto neste estatuto, instaurar-se-á inquérito po-
licial, pela Polícia Federal:
I – de ofício;
II – mediante requisição do Ministério Público;
III – mediante requisição do Ministro da Justiça.
Parágrafo único – Poderá a União delegar, mediante convênio, a Estado, ao Distrito Federal ou a Territó-
rio, atribuições para a realização do inquérito referido neste artigo.
Art. 9º – Será instaurado Inquérito Policial Militar se o agente for militar ou assemelhado, ou quando o
crime:
I – lesar patrimônio sob administração militar;
II – for praticado em lugar diretamente sujeito à administração militar ou contra militar ou assemelhado
em serviço;
III – for praticado nas regiões alcançadas pela decretação do estado de emergência ou do estado de sítio.
Parágrafo único – As penas previstas neste estatuto aumentar-se-ão até o dobro quando o agente for
militar ou assemelhado.
Art. 10. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade previstas neste estatuto não pode
ser superior a 50 (cinquenta) anos, aplicando-se subsidiariamente as normas de unificação de penas previstas
no Código Penal.
§ 1º – As penas previstas neste estatuto aumentar-se-ão até o dobro quando o agente for uma das
autoridades mencionadas no artigo 26.
§ 2º – Não se aplicam aos crimes previstos neste estatuto ou àqueles cometidos em concurso material
ou formal com os previstos neste estatuto os dispositivos da legislação penal geral concernentes a concurso
formal, sendo as penas sempre aplicadas cumulativamente.
§ 3º – Não se aplicam aos crimes previstos nesta estatuto ou àqueles cometidos em concurso material
ou formal com os previstos nesta estatuto os dispositivos da legislação penal geral concernentes a crimes con-
tinuados, sendo cada ato culpável considerado individualmente para a aplicação da legislação penal.
TÍTULO III
Dos Crimes e das Penas
Art. 11. Entrar em entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes,
para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa.
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Parágrafo único. Ocorrendo a guerra ou sendo desencadeados os atos de hostilidade, a pena aumenta-
se até o triplo.
Art. 12. Tentar submeter o território nacional, ou parte dele, ao domínio ou à soberania de outro país.
Pena: reclusão, de 4 (quatro) a 20 (vinte) anos, e multa.
Parágrafo único – Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até um terço; se resulta
morte aumenta-se até a metade, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente.
Art. 13. Aliciar indivíduos de outro país para invasão do território nacional.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
Parágrafo único. Ocorrendo a invasão, a pena aumenta-se até o triplo.
Art. 14. Tentar desmembrar parte do território nacional para constituir país independente.
Pena: reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, e multa.
Art. 15. Fabricar, vender, transportar, receber, ocultar, manter em depósito, importar ou introduzir no
território nacional, por qualquer forma, sem autorização da autoridade competente, armamento ou material
militar privativo das Forças Armadas.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
Art. 16. Praticar espionagem, comunicando, entregando ou permitindo a comunicação ou a entrega, a
governo ou grupo estrangeiro, ou a organização ou grupo de existência ilegal, de dados, documentos ou có-
pias de documentos, planos, códigos, cifras ou assuntos que, no interesse do Estado brasileiro, são classifica-
dos como sigilosos.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
I – com o objetivo de realizar os atos previstos neste artigo, mantém serviço de espionagem ou dele
participa;
II – com o mesmo objetivo, realiza atividade aerofotográfica, de sensoreamento remoto ou de georrefe-
renciamento em qualquer parte do território nacional;
III – oculta ou presta auxílio a espião, sabendo-o tal, para subtraí-lo à ação da autoridade pública;
IV – obtém ou revela, para fim de espionagem, desenhos, projetos, fotografias, notícias ou informações
a respeito de técnicas, de tecnologias, de componentes, de equipamentos, de instalações ou de sistemas de
processamento automatizado de dados, em uso ou em desenvolvimento no País, que, reputados essenciais
para a sua defesa, segurança ou economia, devem permanecer em segredo.
Art. 17. Facilitar, culposamente, a prática de qualquer dos crimes previstos nos artigos 15 e 16.
Pena: detenção, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.
Art. 18.– Praticar sabotagem ou atentado contra instalações militares ou de segurança pública, insta-
lações governamentais, casas legislativas, tribunais, instituições públicas ou privadas de ensino e/ou de pes-
quisa, meios de comunicações, vias ou meios de transporte de cargas ou passageiros interestaduais ou inter-
nacionais, serviços de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública, hospitais, estaleiros,
portos, aeroportos, estações ferroviárias, instalações industriais, comerciais ou empresariais em geral, usinas,
barragens, poços petrolíferos, oleodutos, instalações de mineração, outras instalações congêneres ou locais
de aglomeração pública de pessoas.
Pena: reclusão, de 10 (cinco) a 30 (trinta) anos, e multa.
§ 1º – Não se considera sabotagem ou atentado a ocupação pacífica dos locais descritos no caput neste
artigo, mesmo se pelo número de pessoas ou por sua disposição se inviabilize a utilização do local para o fim
a que comumente se destina, desde que não haja violência, grave ameaça ou dano patrimonial grave, mesmo
que sem prévia comunicação ou anuência de quaisquer autoridades civis ou militares.
§ 2º – Incorre nas mesmas penas, a autoridade de segurança pública que, havendo comunicação prévia à
mesma com uma antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, deixar de garantir, mesmo se por omissão,
a segurança das pessoas envolvidas nas atividades descritas no parágrafo anterior.
§ 3º – Se do fato resulta:
a) lesão corporal, a pena aumenta-se até a metade, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente;
b) dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança; paralisação, total ou par-
cial, de atividade ou serviços essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do País, a pena
aumenta-se até o dobro;
c) morte, a pena aumenta-se até o triplo, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente.
§ 4º – Punem-se os atos preparatórios de sabotagem ou atentado com as penas deste artigo reduzidas
à metade, se o fato não constitui crime mais grave.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 455

§ 5º – Nas mesmas penas incorre quem apoderar-se ou exercer o controle desses locais com emprego
de violência, grave ameaça ou dano patrimonial grave.
§ 6º – Nas mesmas penas incorre quem praticar sabotagem ou atentado contra reuniões sindicais e
eventos culturais, esportivos ou religiosos, impedindo ou perturbando a sua realização.
§ 7º – Nas mesmas penas incorre quem sublevar, praticar sabotagem ou atentado contra instalações
prisionais e congêneres.
Art. 19. Integrar ou manter grupo ou associação de 3 (três) ou mais pessoas, mesmo que de forma tem-
porária, para o fim de cometer os crimes previstos neste estatuto ou, de qualquer outra forma, atentar contra
os bens jurídicos protegidos por este estatuto.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas.
Parágrafo único. Se o grupo ou associação se caracterizar como organização criminosa, na forma da
legislação específica, a pena aumenta-se até o triplo, aplicando-se subsidiariamente os dispositivos penais e
processuais penais daquela legislação.
Art. 20. Constituir, integrar ou manter organização ou grupo ilegal de tipo militar, paramilitar ou asseme-
lhado, de qualquer forma ou natureza, armados ou não, com ou sem fardamento, com a finalidade de cometer
os crimes descritos neste estatuto ou, de qualquer outra forma, atentar contra os bens jurídicos protegidos
por este estatuto..
Pena: reclusão, de 6 (seis) a 15 (quinze) anos, e multa.
Art. 21. Cometer infrações penais, tais como devastar, saquear, extorquir, roubar, furtar, sequestrar, man-
ter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, envenenar, ou praticar atentado pessoal ou
coletivo, para obtenção de fundos, bens ou capitais destinados à criação ou manutenção de organizações ou
grupos de que tratam os artigos 19 e 20.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e multa.
§ 1º – Punem-se os atos de tentativa ou ameaça com relação aos fatos tipificados neste artigo com a
mesma pena reduzida à metade, se não constituírem crime mais grave.
§ 2º – Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; se resulta morte, aumenta-
se até o triplo, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente.
§ 3º – Nas mesmas penas incorre quem fornecer fundos, bens ou capitais, mesmo que de origem lícita,
para a criação ou manutenção dos grupos de que tratam os artigos 19 e 20;
§ 4º – Nas mesmas penas incorre quem, usurpando atribuição exclusiva do Estado, fornecer fundos, bens
ou capitais, mesmo que de origem lícita, para a manutenção ou custeio de vida ou interesses patrimoniais de
pessoas condenadas pelos crimes descritos neste estatuto;
§ 5º – Nas mesmas penas, majoradas até o dobro, incorre quem falsificar moeda ou assimilados, papéis,
selos, sinais ou documentos públicos de qualquer tipo, inclusive aqueles mantidos em meios eletrônicos ou
telemáticos, para as finalidades descritas neste artigo.
Art. 22. Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, dos crimes previstos no artigo 21.
Pena: reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
infrações penais praticadas e aplicando-se subsidiariamente os dispositivos penais e processuais penais da le-
gislação específica sobre lavagem de dinheiro.
Art. 23. Apoderar-se ou exercer o controle de aeronave, embarcação, comboio ou veículo de transporte
de cargas ou coletivo de passageiros, com emprego de violência ou grave ameaça à tripulação ou a passageiros.
Pena: reclusão, de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos, e multa.
§ 1º – Se o agente era membro ou se fazia passar por membro da tripulação da aeronave, embarcação,
comboio ou veículo, a pena aumenta-se até o dobro.
§ 2º – Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; se resulta morte, aumenta-
se até o triplo, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente.
Art. 24. Revelar segredo obtido em razão de cargo, emprego ou função pública, relativamente a planos,
ações ou operações militares ou policiais.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 10 (dez) anos, e multa.
Art. 25. Fazer, em público, propaganda:
I – de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social;
II – de organizações ou grupos de que tratam os artigos 19 e 20;
III – de discriminação relativa a raça, cor, etnia, gênero, religião, origem ou a condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência;
456 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

IV – de guerra;
V – de qualquer dos crimes previstos neste estatuto.
Pena: detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º – A pena é aumentada do dobro quando a propaganda for feita em local de trabalho ou por qualquer
meio de comunicação de massa.
§ 2º – Sujeita-se à mesma pena quem distribui ou redistribui:
a) fundos destinados a realizar a propaganda de que trata este artigo;
b) ostensiva ou clandestinamente boletins ou panfletos contendo a mesma propaganda.
§ 3º – Não constitui propaganda criminosa a exposição, a crítica ou o debate de quaisquer doutrinas.
Art. 26. Tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos
Poderes, em qualquer esfera federativa.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa, sem prejuízo da pena pela violência ou ameaça.
Art. 27. Tentar mudar, com emprego de violência ou grave ameaça, a ordem, o regime vigente ou o Es-
tado de Direito.
Pena: reclusão, de 5 (cinco) a 20 (vinte) anos, e multa, sem prejuízo da pena pela violência ou ameaça.
Parágrafo único. – Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade; se resulta
morte, aumenta-se até o dobro, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente.
Art. 28. Incitar:
I – a subversão da ordem política ou social;
II – a animosidade entre as Forças Armadas ou policiais ou entre estas e as classes sociais ou as institui-
ções civis;
III – a prática de qualquer dos crimes previstos neste estatuto.
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 29. Caluniar ou difamar os chefes do Poder Executivo ou os presidentes de Casas Legislativas ou
Tribunais Judiciários, em qualquer das esferas federativas, imputando-lhes fato definido como crime ou fato
ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º – A pena é aumentada do dobro quando a propaganda for feita em local de trabalho ou por qualquer
meio de comunicação de massa.
§ 2º – Na mesma pena incorre quem, conhecendo o caráter ilícito da imputação, a propala ou divulga.
Art. 30. Privar ou atentar contra a liberdade pessoal, a integridade corporal, a saúde, ou a vida de qual-
quer das autoridades referidas no artigo 26.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 15 (quinze) anos, e multa, sem prejuízo da pena pelo crime correspondente.
TÍTULO IV
Das Disposições Transitórias
Art. 31. Este estatuto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 32. Revoga-se a LEI Nº 7.170, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983.
Justificação
A atual Lei de Segurança Nacional, editada durante o período de redemocratização de nosso país, mas
ainda sob a égide constitucional autoritária, é resquício de valores que não são caros à nova ordem democrá-
tica implantada pela Constituinte Cidadã de 1998.
Nesse diapasão, faz-se mister atualizar tal Lei, adequando-a às novas realidades, incluindo assim como
temas de Segurança Nacional, além da integridade territorial e a soberania de nossa nação, também aqueles
valores que o Constituinte entendeu serem cláusulas pétreas, tais como o Estado de Direito, a forma federativa
do Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação, a harmonia e o livre exercício dos Poderes
da República Federativa do Brasil e o livre exercício dos direitos e garantias constitucionais.
Mais ainda, frente a diversos tratados internacionais firmados pelo Brasil, bem como nossa realidade in-
terna recente, também é necessária, com urgência, uma lei que coíba a prática e o financiamento do terrorismo,
esse espectro que assombra não apenas a nossa Segurança Nacional, mas a de todo o planeta.
Por se tratar de tema inerente à Federação como um todo, mas ainda tendo em vista a necessidade de
democratizar a leitura desse mesmo tema, optamos por retirar da Justiça Militar a competência para processar
esses crimes, mantendo-os, no entanto, ainda na esfera da Justiça Federal, mantendo na esfera militar apenas
aqueles crimes cometidos por militares ou contra suas instalações.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 457

Ainda no campo da competência, em analogia com o Artigo 7º. Inciso I, do Código Penal, optamos por
dar à justiça brasileira jurisdição universal sobre os crimes aqui descritos, mantendo-se, claro, os princípios e
normas do Direito Internacional.
Também, dada a gravosidade dos crimes aqui descritos, e considerando o aumento da expectativa de
vida da população brasileira, optamos por ampliar o limite máximo das penas de reclusão, exclusivamente para
os crimes descritos neste projeto, para 50 (cinquenta) anos.
Pelos mesmos motivos, optamos por dar tratamento análogo ao dos crimes hediondos àqueles aqui des-
critos quando cometidos com o emprego de violência ou grave ameaça, com o auxílio, de qualquer espécie,
de governo, organização internacional ou grupos estrangeiros, promovido, organizado ou dirigido a atividade
dos demais, no caso do concurso de agentes.
Não está no texto proposto, por desnecessário, mas cabe ressaltar que muitos dos crimes aqui tipifica-
dos se enquadrarão na hipótese do Artigo 5º, Inciso XLIV da CF, que diz constituir “crime inafiançável e impres-
critível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”.
Muitos dos tipos penais elencados neste projeto se sobrepõem, total ou parcialmente, a outros já des-
critos em diversos diplomas penais. A diferenciação, aqui, se dá pelo dolo de lesão real ou potencial aos bens
jurídicos aqui protegidos.
Nessa direção, tipifica-se então o crime de terrorismo, no artigo 18, quando, com esse dolo, alguém sa-
botar ou atentar contra instalações essenciais ao funcionamento da sociedade democrática brasileira.
Também se apena mais gravosamente, nos artigos 19 e 20, os delitos de associação criminosa, organi-
zação criminosa e milícia armada, quando tiverem por finalidade a consecução dos demais crimes elencados
no diploma que ora propomos.
O artigo 21 tipifica o crime de financiamento de terrorismo, e o 22 onera a lavagem dos capitais assim
obtidos, respeitando a legislação específica no que tange ao processamento desses delitos.
Os demais delitos tipificados são atualizações, para a ordem democrática, daqueles já elencados na atu-
al Lei de Segurança Nacional. Nem todos foram mantidos, tendo em vista o ranço autoritário de alguns deles.
Também optamos, em homenagem ao pacto federativo previsto na CF 88, por dar tratamento isonômico às
autoridades constituídas em todas as esferas federativas, não apenas àquelas da União.
Por todo o exposto, e crendo que a sociedade brasileira clama por mais segurança e pela manutenção
dos valores que são caros aos cidadãos de bem, conclamamos os Nobres Pares a apoiarem nossa proposição.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Moroni Torgan
PROJETO DE LEI Nº 3.066, DE 2015
(Do Sr. Rubens Pereira Júnior)

Dispõe sobre a criação da Universidade Federal da Região da Baixada Maranhense e dá ou-


tras providências.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; EDUCAÇÃO;
FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Universidade Federal da Baixada Maranhense – UF-
BAM, no Estado do Maranhão.
Parágrafo Único. A UFBAM será uma entidade de natureza pública, vinculada ao Ministério da Educação
e com sede e foro no Município de Pinheiro, no Estado do Maranhão.
Art. 2º A Universidade Federal da Baixada Maranhense – UFBAM terá por objetivos ministrar ensino su-
perior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas de conhecimento dos cursos efetivamente oferecidos e pro-
mover a extensão universitária.
Art. 3º A estrutura organizacional e a forma de funcionamento da UFBAM, observado o princípio consti-
tucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, serão definidas nos termos desta Lei, do seu
estatuto e das demais normas pertinentes.
Art. 4º O patrimônio da UFBAM será constituído por:
I – bens e direitos que adquirir ou incorporar;
II – doações ou legados que receber;
III – incorporações que resultem de serviços realizados pela UFBAM, observados os limites da legislação
de regência.
§ 1º Só será admitida a doação à UFBAM de bens livres e desembaraçados de quaisquer ônus.
458 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 2º Os bens e direitos da UFBAM serão utilizados ou aplicados exclusivamente para a consecução de


seus objetivos, não podendo ser alienados, exceto nos casos e nas condições permitidos em lei.
Art. 5º O Poder Executivo fica autorizado a transferir para a UFBAM bens móveis e imóveis integrantes
do patrimônio da União necessários ao seu funcionamento.
Art. 6º Os recursos financeiros da UFBAM serão provenientes de:
I – dotações consignadas no Orçamento Geral da União;
II – auxílios e subvenções concedidos por entidades públicas e particulares;
III – receitas eventuais, a título de remuneração, por serviços prestados a entidades públicas e particula-
res, compatíveis com a finalidade da UFBAM, nos termos do estatuto e do regimento geral;
IV – convênios, acordos e contratos celebrados com entidades ou organismos nacionais e internacionais.
V – outras receitas eventuais.
Parágrafo único. A implantação da UFBAM fica sujeita à existência de dotação específica no Orçamento
Geral da União.
Art. 7º A administração superior da UFBAM será exercida pelo Reitor e pelo Conselho Universitário, no
âmbito de suas respectivas competências, a serem definidas no estatuto e no regimento geral.
§ 1º A presidência do Conselho Universitário será exercida pelo Reitor da UFBAM.
§ 2º O Vice-Reitor substituirá o Reitor em suas ausências ou impedimentos legais.
§ 3º O Estatuto da UFBAM disporá sobre a composição e as competências do Conselho Universitário.
Art. 8º A UFBAM encaminhará ao Ministério da Educação proposta de estatuto para aprovação pelas ins-
tâncias competentes, no prazo de cento e oitenta dias contados da data de provimento dos cargos de Reitor
e Vice-Reitor pro tempore.
Justificação
O presente Projeto de Lei visa autorizar a criação da Universidade Federal da Baixada Maranhense – UF-
BAM, no Estado do Maranhão, com sede e foro no Município de Pinheiro, no aludido Estado do Maranhão.
A citada mesorregião engloba um quantitativo de 21municípios, com uma população estimada em
1.000.000 habitantes – o que corresponde a um quarto da população maranhense, e não conta com nenhuma
Universidade Federal a atender a essa demanda populacional.
Ressalte-se que tal região é uma com um menores IDHs (índice de desenvolvimento Humano), do Brasil,
que conta porém com um imenso potencial Hídrico em que pode se desenvolver uma pungente industria pes-
queira, bem como um imenso potencial turístico, que porém não vem se desenvolvendo a contento em face da
inexistência de uma Universidade Federal com potencial de formação humanística e técnica que possibilitem
com que esses potenciais se desenvolvam, gerando assim emprego e renda o que indubitavelmente mudará
substancialmente a situação sócio-econômica, desfavorável, das populações abrangidas.
Ademais a criação de uma Universidade – como centro e irradiação do saber – ensino, pesquisa e ex-
tensão – pode, indubitavelmente, ter papel crucial para a melhoria dos risíveis índices de desenvolvimento
humano da região.
Modos que nobres pares, a proposta que ora apresentamos vem no sentido não só de buscar a institui-
ção de uma Universidade Federal, mas de dar concretude a um desejo, que sem dúvidas de todos os brasileiros
e especialmente do Estado do Maranhão.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Rubens Pereira Júnior, PCdoB/MA
PROJETO DE LEI Nº 3.067, DE 2015
(Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Altera regras de recolhimento do imposto de renda incidente sobre operações realizadas em


bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O recolhimento do imposto de renda incidente sobre operações realizadas em bolsas de valores,
de mercadorias, de futuros e assemelhadas fica transferido para o momento do resgate dos recursos da con-
ta investimento, permitindo que todas as operações com perdas realizadas até aquele momento possam ser
compensadas.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 459

Art. 2º As pessoas físicas ficam sujeitas ao recolhimento do imposto sobre a renda apurado sobre ganhos
líquidos nas operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas quando
efetivarem o resgate de recursos de sua conta investimento.
§ 1º O valor do imposto a recolher fica limitado ao montante de recursos resgatados, devendo permanecer
contabilizado o eventual saldo excedente de imposto apurado para ser tributado em resgates posteriores.
§ 2º Permanecem vigentes as demais regras de apuração do imposto devido.
Art. 3º O Poder Executivo regulamentará esta lei em até 60 dias.
Art. 4º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir da publicação da
regulamentação prevista no art. 3º.
Justificação
A legislação tributária em vigor exige a apuração e o recolhimento – em uma base mensal – do imposto
sobre a renda incidente sobre operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e asse-
melhadas. As operações com prejuízo podem ser compensadas com ganhos futuros, porém, não com ganhos
de operações anteriores.
O projeto ora apresentado aperfeiçoa essas regras ao adiar o momento de recolhimento do imposto
devido para quando houver o resgate dos recursos da conta investimento para a conta corrente do investidor.
Dessa forma, os prejuízos poderão ser compensados com todos os ganhos obtidos anteriormente ao momento
do resgate, de modo que o contribuinte pague imposto sobre o saldo líquido de todos os seus investimentos
em renda variável, verificável até aquele momento.
Trata-se de uma regra mais razoável na medida em que se evita a eventual tributação ganhos fictícios.
Por outro lado, a medida serve de estímulo para que também o pequeno investidor permaneça reinvestindo
os lucros obtidos em suas aplicações financeiras.
Atualmente, a legislação já contempla essa possibilidade de apuração do imposto sobre o saldo líquido
de diversos investimentos no caso dos Fundos de Investimento em Participação – FIP. Porém, trata-se de uma
modalidade de investimento mais complexa e que exige um considerável custo para sua constituição, ficando
restrita aos grandes investidores.
Peço assim o apoio de todos os pares para discutirmos os méritos desse projeto e buscarmos o aper-
feiçoamento da legislação, de modo a que possamos incentivar cada vez mais o desenvolvimento de nosso
mercado de capitais.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Luiz Carlos Hauly, Deputado Federal PSDB-PR
PROJETO DE LEI Nº 3.069, DE 2015
(Da Sra. Professora Dorinha Seabra Rezende)

Altera a redação do inciso III do art. 580 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprova-
da pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a contribuição sindical
dos empregadores, independentemente de possuírem ou não empregados e de seu porte.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2204/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O inciso III do art. 580 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943, passa a viger com a seguinte redação:
“Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá:
.................................................................................................................................................................................................
III – para pessoas jurídicas e equiparados, independente do porte, numa importância proporcional ao
capital social, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplica-
ção de alíquotas, conforme a seguinte tabela progressiva:
........................................................................................................................................................................................ (NR)”
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A presente alteração na legislação trabalhista pretende deixar clara a incidência da contribuição sindical
sobre as empresas que não possuem empregados. Desse modo, assegura-se o equilíbrio e a isonomia entre
460 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

as entidades sindicais laborais e patronais quanto à garantia das fontes de custeio, corrigem-se as distorções
da contribuição sindical patronal em razão da redação do texto celetista em vigor e preserva-se o sentido das
disposições constitucionais sobre sistema sindical.
A proposta protege a legítima contribuição dos sindicatos e, ao mesmo tempo, garante recursos à “Conta
Especial Emprego e Salário”, administrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, na forma do previsto
no art. 589 da CLT.
Além disso, a proposta acompanha o consolidado entendimento do STF em decisão prolatada nos autos
do RE 547435, publicado, 28/02/2012, cuja ementa se transcreve:
Ementa: EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. Artigo 195, I. COFINS. Su-
jeição Passiva. Pessoa Jurídica sem empregados. Legitimidade. 1. Esta Corte já assentou o entendi-
mento de que o conceito constitucional de empregador deve ser entendido no sentido amplo de
pessoa jurídica potencialmente empregadora, sendo devida a contribuição por todas as pessoas
jurídicas e entidades a ela equiparadas, inclusive aquelas que não possuem empregados. 2. Os fun-
damentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas
inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação juris-
dicional. 3. Agravo regimental não provido.
Queremos destacar que o presente projeto de forma alguma cria tributo. Ele apenas ratifica a exigibi-
lidade da contribuição sindical das empresas e dos empresários, como fonte de custeio do sistema sindical
conforme previsto na Constituição Federal e na própria CLT.
Em razão do interesse social da matéria, solicita-se dos nobres pares o apoio necessário para a aprova-
ção do Projeto.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, DEMO-
CRATAS/TO
PROJETO DE LEI Nº 3.072, DE 2015
(Do Sr. Rômulo Gouveia)

Acrescenta inciso ao art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, para tornar ato de impro-
bidade administrativa a exibição de números, símbolos, nomes ou imagens que caracterizem
promoção de partidos políticos ou autoridades, em placas ou outras formas de publicização
de atos, obras, programas, serviços ou campanhas de órgãos ou entes públicos.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6410/2005.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei acrescenta inciso X ao art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, para tornar ato de
improbidade administrativa a exibição de números, símbolos, nomes ou imagens que caracterizem promoção
de partidos políticos ou autoridades, em placas ou outras formas de publicização de atos, obras, programas,
serviços ou campanhas de órgãos ou entes públicos, em todo o território nacional.
Art. 2º O art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, passa a vigorar acrescido do inciso X, com a se-
guinte redação:
“Art. 11. .................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
X – exibir número, símbolo, nome ou imagem que caracterize promoção de partido político ou pessoal
de autoridade, em placa ou outra forma de publicização de ato, obra, programa, serviço ou campanha
de órgão ou ente público”. (NR)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Temos já quase 27 anos de vigência da Constituição Cidadã, que impõe à Administração Pública direta
e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a obediência
aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Ainda são, no entanto, comuns atos de improbidade administrativa, atos ilegais ou contrários aos prin-
cípios básicos da Administração Pública, cometidos por agentes públicos (pessoas que exercem, por eleição,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 461

nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandatos, cargos,
empregos ou funções na Administração), durante o exercício de função pública ou decorrente desta.
Embora a Lei n° 8429/92 trate dos atos de improbidade praticados por qualquer agente público, ela não
é exaustiva e urge incluir na previsão legal, entre os “atos que atentam contra os princípios da Administração Pú-
blica” algo comum, sobretudo em pequenos municípios, que é as Prefeituras exibirem o número e/ou símbolos
de partidos políticos em placas de propaganda da própria municipalidade ou de suas obras, fato que influencia
ilegitimamente a mente do cidadão, principal, mas não exclusivamente, em época eleitoral.
À efetividade da norma, não bastaria, pois, apenas a proibição no art. 73 da Lei das Eleições (Lei nº
9.504/97), que lista as condutas vedadas aos agentes públicos em época de eleições, e cuja violação importaria,
de per si, em ato de improbidade. Impõe-se a alteração da própria Lei n° 8.429/92, que tutela a impessoalidade
na Administração Pública a todo tempo.
Certos de estarmos contribuindo para o aperfeiçoamento da nossa democracia, contamos com o apoio
dos nobres pares para aprovação da presente proposição.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Rômulo Gouveia, PSD/PB
PROJETO DE LEI Nº 3.074, DE 2015
(Do Sr. Hélio Leite)

Cria o instituto da família hospedeira, destinado ao estabelecimento de vínculos entre crian-


ças e adolescentes vivendo em abrigos com pessoas da comunidade.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2729/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1°. As pessoas maiores de 21 anos que não queiram ou não possam assumir a guarda, a tutela ou a
adoção, mas que desejem partilhar seu tempo e afeto com os menores vivendo em abrigos podem se cadas-
trar no Juízo da Infância e Juventude, a fim de integrar o programa família hospedeira.
Art. 2° O cadastro independe do estado civil do candidato ou de parentesco com a criança e o adolescente.
Art. 3° O papel dos cadastrados no programa é proporcionar às crianças e aos adolescentes vínculos ex-
ternos ao abrigo como visitas, passeios nos fins de semana, comemoração de aniversários ou datas especiais,
além de prestar assistência moral, afetiva e educacional, ou, quando possível, colaborar na qualificação pessoal
e profissional da criança e do adolescente.
Art. 4° O candidato não pode apresentar incompatibilidade com a natureza do programa e deve possuir
um ambiente familiar adequado e receptivo à criança e ao adolescente.
§ 1°. O candidato deve apresentar a documentação exigida pela Vara de Infância e Juventude, possuir
pelo menos dezesseis anos a mais do que a criança ou o adolescente, passar por uma entrevista preliminar e
participar, previamente, de uma oficina de sensibilização.
§ 2° A pessoa já inscrita no cadastro de adoção estará pré-aprovada para ingresso no cadastro voltado
ao programa de família hospedeira, dispensada a apresentação de nova documentação;
§ 3° Assistentes sociais ou psicólogos devem participar do processo de avaliação dos candidatos sempre
que possível.
§ 4° Encerrada a avaliação técnica por meio de parecer conclusivo, o Ministério Público terá vista dos
autos. Após, a habilitação será homologada pelo magistrado.
Art. 4° A criança e o adolescente deve estar em situação jurídica definida com a destituição do poder
familiar bem como possuir possibilidades remotas ou inexistentes de adoção.
§ 1° A inclusão de criança ou de adolescente no cadastro próprio depende de autorização judicial.
§ 2° A fim de salvaguardar a preservação dos vínculos familiares, o não desmembramento de grupos de
irmãos será observado.
Art. 5° A retirada da criança e do adolescente do abrigo bem como a realização com ele de viagens para
outras cidades depende de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
Parágrafo único. Deferida a retirada do abrigado pelo requerente, será lavrado termo de compromisso
de bem e fielmente desempenhar a guarda temporária no prazo concedido, não inferior a um dia.
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data da publicação.
Justificação
Há inúmeros projetos em curso nos Tribunais de Justiça de diferentes Estados brasileiros que buscam
criar vínculos afetivos seguros e duradouros entre crianças e adolescentes e pessoas da comunidade que, em-
bora não queiram adotar ou assumir a guarda de uma criança, se dispõem a disponibilizar parte de seu tempo
para dar-lhes afeto e apoio moral.
462 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A finalidade destes projetos é criar para crianças e adolescentes oportunidades de entretenimento, even-
tuais viagens bem como proporcional uma pessoa que possa auxiliá-la nas tarefas escolares ou mesmo que
possa contribuir financeiramente para seus estudos.
Intitulados de “Família Hospedeira”, tais projetos têm como alvo, geralmente, crianças maiores de dez
anos, cujas chances de adoção já são mais remotas. Desse modo, gera-se a possibilidade de alguém se tornar
uma referência na vida da criança, mas sem os ônus impostos pela guarda ou adoção. O guardião continua
sendo a instituição de acolhimento.
Conforme a Carta da República, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder
Público garantir, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convi-
vência familiar e comunitária.
Ante o exposto, peço a colaboração dos ilustres parlamentares para aprovar a proposta que ora apresento.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Hélio Leite, DEM
PROJETO DE LEI Nº 3.076, DE 2015
(Do Senado Federal)
PLS nº 540/2011
Ofício nº 1.363/2015 (SF)

Altera a Lei nº 8.427, de 27 de maio de 1992, para vedar a concessão de subvenções econômi-
cas de qualquer natureza a produtores e cooperativas rurais condenados em sentença penal
transitada em julgado por submeterem trabalhadores a condições análogas à de escravo.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-5016/2005.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 1º da Lei nº 8.427, de 27 de maio de 1992, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º:
“Art. 1º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 3º É vedada a concessão de subvenções econômicas de qualquer natureza a produtores e cooperativas
rurais condenados em sentença penal transitada em julgado pela prática do crime previsto no art.
149 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial.
Senado Federal, 22 de setembro de 2015. – Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal
PROJETO DE LEI Nº 3.079, DE 2015
(Do Sr. Victor Mendes)

Acrescenta artigo à Lei nº 12.711, de 2012, para dispor sobre critério que prioriza a regiona-
lidade de domicílio do candidato nos processos seletivos de ingresso nos cursos das institui-
ções federais de ensino.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE EDUCAÇÃO E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:
“Art. 5º-A. O candidato a curso nas instituições federais de ensino que comprovar manter domicílio há
pelo menos cinco anos na macrorregião do País em que se encontra sediada a instituição na qual pleiteia
vaga, terá direito a um adicional de 10% (dez por cento) na sua pontuação final no respectivo processo
seletivo”. (NR)
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
O objetivo do presente projeto é oferecer solução para uma distorção não desejável na atual dinâmica
de ampliação, para abrangência nacional, dos processos seletivos para ingresso nas instituições federais de
educação técnica e superior.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 463

Candidatos oriundos de regiões ou estados com redes de educação básica mais desenvolvidas têm ocupa-
do, nos mais distintos locais do País, vagas que, de outra forma, seriam destinadas a residentes nas localidades em
que se situam as instituições de ensino. É fato que se estabelece certa mobilidade estudantil, o que é interessante.
No entanto, corre-se o risco de que os estudantes de determinadas regiões, educacionalmente mais avançadas,
dominem o acesso à educação ofertada pela União, em detrimento dos jovens que nasceram ou residem, há longo
tempo, no entorno das universidades e escolas federais das regiões menos favorecidas econômica e socialmente.
Ademais, cabe ressaltar que a mudança de domicílio para estudar requer disponibilidade de recursos
financeiros próprios. A falta de um componente regional na sistemática de acesso pode estar representando
privilégio para aqueles integrantes das famílias mais abastadas.
Essa a razão para propor a inserção, na atual Lei das Cotas, de um dispositivo que prioriza o residente na
região em que se situa a instituição de ensino, uma quase-cota regional.
Estou seguro de que o mérito da iniciativa haverá de receber o apoio dos ilustres Pares para sua aprovação.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Victor Mendes, PV/MA
PROJETO DE LEI Nº 3.080, DE 2015
(Do Sr. Capitão Augusto)

Dispõe sobre o crime de manter relações sexuais ou eróticas com animais.


DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-966/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei criminaliza o ato de manter relações sexuais ou eróticas com animais.
Art. 2º A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, Lei de Crimes Ambientais, passa a vigorar acrescida do
seguinte artigo 32-A:
“Art. 32-A. Manter relações sexuais ou eróticas com animais:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se em razão do ato ocorre morte do
animal.”(NR)
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Justificação
Trata-se de Projeto de Lei cuja finalidade é avançar na regulamentação dos direitos dos animais, por meio
da criminalização de atos sexuais ou eróticos entre humanos e animais. O escopo dessa proposição legislativa
guarda consonância com o que de mais moderno existe na salvaguarda do bem-estar dos animais, como se
pode verificar nas legislações da Alemanha e dos Estados Unidos da América.
O Estado Brasileiro deve propor medidas que busquem a convivência harmônica entre os seres humanos
e os animais, não podendo ser permitida a prática sexual ou erótica, vez que fere a integridade física daqueles
que não têm poder de consentir, nem se defender de tais práticas.
Nesse contexto, a criminalização de determinadas condutas consubstancia-se Política Criminal que visa
prevenir condutas socialmente reprovadas, na medida em que atua no psicológico do indivíduo através da
intimidação sobre a gravidade e da imperatividade da pena, retirando o eventual incentivo quanto à prática
de infrações penais.
Diante disso, a presente proposição legislativa objetiva proteger os animais contra atos sexuais e eróticos
com humanos, sendo um importante avanço na legislação pátria na guarda dos direitos dos animais.
Sendo essa a razão pela qual propomos o presente Projeto de Lei, esperando contar com o decisivo
apoio dos nobres Parlamentares.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Capitão Augusto, Deputado Federal PR-SP
PROJETO DE LEI Nº 3.084, DE 2015
(Do Sr. Danrlei de Deus Hinterholz)

Dispõe sobre a condicionalidade de participação em curso de educação profissional ou tec-


nológica no Programa Bolsa-Família.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2105/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
464 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O CONGRESSO NACIONAL decreta:


Art. 1º Altera-se a redação do art. 3° da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, acrescendo parágrafo e
renumerando-se os demais:
“Art. 3o A concessão dos benefícios dependerá do cumprimento, no que couber, de condicionalidades
relativas ao exame pré-natal, ao acompanhamento nutricional, ao acompanhamento de saúde, à fre-
quência escolar de 85% (oitenta e cinco por cento) em estabelecimento de ensino regular, à inscrição e
à participação em curso de educação profissional ou tecnológica, sem prejuízo de outras previstas em
regulamento.
§ 1° .........................................................................................................................................................................................
§ 2° O benefício de que trata o caput será suspenso para o beneficiário que não apresentar certificado de
conclusão de curso de educação profissional ou tecnológica em até dois anos contados a partir do início
da percepção do benefício. ”(NR)

Justificação
Apesar da grande crise pela qual passa o país, não resta dúvida de que o Programa Bolsa Família ocupou
um papel importantíssimo nos últimos anos. Com pouco mais de 10 anos de Programa, pode-se dizer que o
número de famílias que vive em situação de pobreza e extrema pobreza diminuiu importantemente. Apesar
disso, para avançar no sentido do desenvolvimento economicamente sustentável, há necessidade de começar
a implantar mudanças para que o país possa seguir adiante rumo à sua plenitude como nação.
Exemplo dessa visão pode ser encontrado em documento produzido em 2010 por pesquisadores da
ONU, com o título “Combating Poverty and Inequality” (Combatendo a Pobreza e a Desigualdade). Nele, os es-
tudiosos apontam as limitações do programa Bolsa Família, seu forte apelo político, e alertam que o governo
brasileiro ainda não conseguiu lidar com as causas estruturais da pobreza e da desigualdade.
O relatório admite que os programas assistenciais no Brasil foram positivos, mas a desigualdade conti-
nua importante e, para avançar, são necessárias medidas para integrar a população à economia formal, gerar
empregos e produtividade. Conforme o relatório, os esforços deveriam se concentrar no desenvolvimento de
estratégias para melhorar a renda das famílias mais pobres, e não meramente complementá-las.
Tal objetivo pode ser alcançado em médio prazo com investimentos em educação, notadamente em
educação profissional técnica, o que já está sendo contemplado por uma série de iniciativas do governo, como
é o caso do Pronatec, do Sistema S, e no incentivo à formalização do emprego.
Nesse sentido, o projeto de lei proposto busca um duplo-ganho: manter o benefício bolsa família, mas
aliá-lo à construção de um planejamento profissional para a família, para que tenham apoio e assessoramento
na construção de um futuro sustentável, digno e promissor no mercado de trabalho.
Com isso buscamos transformar o programa em uma intervenção mais estrutural para dar oportunida-
des de emprego, autonomia, dignidade e soluções de longo prazo para a pobreza, e não meramente manter
as pessoas com o mínimo para a sobrevivência.
Sabemos que este Projeto de Lei oferecido à apreciação pode ser aperfeiçoado e é nesse sentido que
contamos com a contribuição dos nobres pares para a sua aprovação.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Danrlei DE Deus Hinterholz, PSD/RS

PROJETO DE LEI Nº 3.085, DE 2015


(Do Sr. Danrlei de Deus Hinterholz)

Altera o art. 4º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento
do Solo Urbano e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-5851/2013.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1° O inciso III do art. 4º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar acrescido do
seguinte parágrafo único:
“Art. 4º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
III – ............................................................................................................................................................................................
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 465

Parágrafo único. Nos trechos de rodovia situados em áreas urbanas e em áreas de expansão
urbana, caberá aos municípios disciplinar e fiscalizar a ocupação e o uso das faixas não-edifi-
cáveis de 15 (quinze) metros de que trata o caput deste inciso. (NR)”
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
O inciso III do art. 4º da Lei 6.766/1979 determina que, ao longo das faixas de domínio público das ro-
dovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado,
salvo maiores exigências da legislação específica.
A faixa de domínio é a base de uma pista e nela ficam os canteiros, os acostamentos e a sinalização da
faixa de segurança até o alinhamento das cercas que separam a estrada dos imóveis próximos à via. A partir da
faixa de domínio, conta-se mais 15 (quinze) metros, denominando-se tal área de faixa não-edificável.
Ocorre que, em muitas ocasiões a faixa não-edificável está situada em uma área urbana ou de expansão
urbana. Inúmeras cidades se desenvolveram, e se desenvolvem, em função das estradas. Existem nessas áreas
não-edificáveis construções de toda ordem, inclusive em bairros e condomínios recém construídos. As próprias
prefeituras, com raras exceções, licenciam obras sem considerar o disposto na aludida Lei.
Em decorrência do citado dispositivo legal, se houver seu fiel cumprimento, nenhuma obra pode ser
implantada, reformada, ampliada ou modernizada nessas áreas. As indústrias, o comércio, os prestadores de
serviços e as próprias residências que já estejam estabelecidos nesse perímetro estão destinados a virar ruínas.
Umas das causas do descumprimento generalizado da lei é que praticamente não houve e não há fisca-
lização. Entretanto, é quase que unânime a posição dos municípios de intentar a busca de uma solução para
o problema.
Quando o assunto é contemplado na esfera judicial, a decisão é geralmente a mesma: as construções
devem ser demolidas. São inimagináveis as extensões dos problemas decorrentes de tais decisões. Os prejuí-
zos, a obstacularização ao crescimento econômico das comunidades, os transtornos causados às pessoas, às
empresas e ao próprio poder público, etc.
Assim, busca-se através da proposição aqui apresentada, o melhoramento da legislação, transferindo aos
municípios o disciplinamento e a fiscalização das áreas adjacentes às faixas de domínios das estradas – áreas
não-edificáveis – nos trechos situados no perímetro urbano e nas áreas de expansão urbana.
Considerando-se, ainda, a histórica ineficiência dos órgãos federais e estaduais na fiscalização de tais
áreas, configura-se em valiosa e recomendável alternativa a ambicionada transferência.
Trata-se, portanto, de tema de máxima importância, de um problema que se estende por todo o territó-
rio nacional. Tendo em vista os relevantes interesses de que se reveste esta proposição, espero contar com o
apoio dos nobres pares do Congresso Nacional.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Dep. Danrlei de Deus Hinterholz, PSD/RS

PROJETO DE LEI Nº 3.086, DE 2015


(Do Sr. Bilac Pinto)

Isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados veículos e maquinaria de uso exclusivo de


Prefeituras, na forma que estabelece.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1205/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Esta lei estabelece hipótese de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veí-
culos e maquinaria adquiridos por Prefeituras.
Art. 2º. Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os produtos de fabricação nacio-
nal, identificados por sua classificação na Tabela do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 2011, quando
adquiridos por Prefeituras, para utilização exclusiva em atividades próprias:
I – máquinas, aparelhos, equipamentos e instrumentos específicos para construção e preparação de ter-
renos, códigos 84.29 e 84.30 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM; e
II – veículos automóveis para transporte de pessoas e de mercadorias, códigos 87.02, 8703.2, 8704.21,
8704.22 e 8704.23, caminhões, códigos 8704.31 e 8704.32, caminhões guindastes, código 8705.10, caminhões–
betoneiras, código 8705.40.00, tratores, código 87.01, e ambulâncias, código 87.03, todos da NCM.
466 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 3º A destinação dos bens e veículos para atividades que não sejam próprias das Prefeituras sujeita
os adquirentes ao pagamento do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.
Parágrafo único. No caso de comprovação de destinação diversa dos bens e veículos adquiridos com
isenção, os adquirentes serão submetidos ao pagamento de multa e juros moratórios previstos na legislação
em vigor para a hipótese de fraude ou falta de pagamento do imposto devido.
Art. 4º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
É no município que se desenvolve a vida de todos nós: aí nascemos, estudamos, trabalhamos e até
morremos. E é da competência dos Municípios organizar e prestar direta ou indiretamente, sob concessão ou
permissão, os serviços públicos de interesse local, além de manter, com a cooperação técnica e financeira da
União e do Estado, programas de educação infantil, ensino fundamental e serviço de atendimento à saúde.
Mas também compete aos Municípios o ordenamento territorial, por meio de planejamento e controle
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.
Malgrado tantas atribuições, 80% de nossos municípios vivem sem receitas específicas, incapazes de ar-
recadar recursos próprios, dependentes quase exclusivamente dos repasses constitucionais.
Neste sentido, o presente projeto de lei busca redução do custo de veículos, máquinas e equipamentos
destinados às atividades próprias das Prefeituras, por meio da isenção do IPI, de modo a viabilizar a execução
de obras públicas e manutenção de serviços essenciais.
Muito embora a desoneração do IPI sobre grande parte da maquinaria tenha prevalecido nos últimos
anos, isto não garante a manutenção de baixa carga tributária, que somente advém da isenção tributária.
Pela importância da medida e seu alcance social, estamos seguros do apoio dos nobres Pares desta Casa
para a aprovação do presente projeto de lei.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Bilac Pinto
PROJETO DE LEI Nº 3.087, DE 2015
(Do Sr. Celso Jacob)

Dá nova redação ao art. 90, 94, 96 e 98 para incluir o parágrafo, na Lei nº 8.666, de 31 de ju-
nho de 1993.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1525/1999.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. Incluir o parágrafo único nos artigos 90, art.94, art. 96 e art. 98 da Lei nº 8.666/93, a seguinte redação:
“Art. 90. ....................................................................................................................................................................................
Parágrafo Único: A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime for cometido por membros ou
presidente da Comissão de licitação; por quem administra os pedidos de material ou serviços; por
quem recebe; armazena os materiais ou por quem empenha, paga e contabiliza ou por procurado-
res das empresas vencedoras de certames licitatórios
Art. 94. .....................................................................................................................................................................................
Parágrafo Único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime for cometido por membros e
presidente da Comissão de licitação; por quem administra os pedidos de material ou serviços; por
quem recebe; armazena os materiais ou por quem empenha, paga e contabiliza ou por procurado-
res das empresas vencedoras de certames licitatórios
Art. 96. .....................................................................................................................................................................................
Parágrafo Único: A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime for cometido por membros e
presidente da Comissão de licitação; por quem administra os pedidos de material ou serviços; por
quem recebe; armazena os materiais; por quem empenha, paga e contabiliza ou por procuradores
das empresas vencedoras de certames licitatórios.
Art. 98. .....................................................................................................................................................................................
Parágrafo Único: A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime for cometido por membros e
presidente da Comissão de licitação; por quem administra os pedidos de material ou serviços; por
quem recebe; armazena os materiais ou por quem empenha, paga e contabiliza ou por procurado-
res das empresas vencedoras de certames licitatórios.
Art. 2º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 467

Justificação
Considerado que a corrupção alcançou um lugar de destaque nos noticiários, sendo possível identifi-
car o modus operandi desses tipos de corrupção e que, após o registro desse tipo de corrupção na execução
da despesa pública, buscou-se verificar as fragilidades relacionadas nas demais etapas do ciclo orçamentário:
elaboração, aprovação, avaliação e controle do orçamento e, no pagamento das compras à terceiros (procura-
dores) e das pessoas diretamente envolvidas.
O objetivo da inclusão do parágrafo único sugerido nos crimes já tipificados é dar a extensão desses ti-
pos aos diretamente envolvidos, com vistas a fortalecer o acompanhamento do orçamento e a impedir a ma-
nipulação do orçamento por esquemas de corrupção de desvio de recursos públicos. Prestigia-se os princípios
esculpidos no artigo 37 da Lei Maior. Também deve ser dada atenção aos procuradores das empresas vence-
dores de certames licitatórios, pois as empresas que participam de fraudes em processos licitatórios, sejam
reais ou fantasmas, necessitam de procuradores para realizar o saque do dinheiro em caixa bancário, ou para
pegar os cheques na prefeitura.
Pode ocorrer a “coincidência” de um mesmo procurador ser o representante de diversas empresas, ou
até mesmo acontecer de o mesmo procurador ser o representante de uma empresa em um certame e, depois,
representar a empresa concorrente em outro certame. Estamos certos de que incluir esta sanção na lei geral
licitatória no rol já existente e deixar que fique ao arbítrio da interpretação do juiz, como o mecanismo de dar
mais segurança jurídica e de aproximar o julgador ao caso em tela, evitando a aplicação de possíveis interpre-
tações quando de qual aplicação legislativa, e dos seus envolvidos. Além disso, o que se desenha no sistema
jurídico é a integração plena entre os dispositivos, merecedora de fomento e de apoio do poder público.
A ideia, portanto, é criar regras estáveis que deem previsibilidade às relações jurídicas, ressalvados os
nítidos casos de abuso de direito ou de má-fé. Pedimos, assim, o apoio a nossa iniciativa, na esperança de que
a importância e o mérito desta proposta sejam também reconhecidos pelos nobres pares.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Celso Jacob, PMDB/RJ.

PROJETO DE LEI Nº 3.090, DE 2015


(Do Sr. Marcelo Matos)

Dispõe sobre a exploração da atividade de cassino, institui a Contribuição para o Financia-


mento da Seguridade Social (Cofins) devida em decorrência da exploração da atividade de
cassino, e dá outras providências.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2826/2008.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:

CAPÍTULO I
DA EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE DE CASSINO
Art. 1º É permitida, mediante autorização dos Estados e do Distrito Federal, a exploração da atividade de
cassino em hotéis-cassino e em hotéis, que para tanto venham a se adequar.
Art. 2º Na determinação das localidades onde serão exploradas as atividades de cassino serão consideradas:
I – existência de patrimônio turístico a ser valorizado;
II – a carência de alternativas para o seu desenvolvimento econômico social;
§ 1º As localidades de que trata o caput serão definidas pelos Estados e pelo Distrito Federal e subme-
tidas ao órgão federal a que se refere o art. 12, inciso II, desta lei, de modo que, quando do credenciamento,
a exploração da atividade mencionada no caput se compatibilize com o desejado incremento da indústria do
turismo e com as políticas nacionais ou regionais de desenvolvimento.
Art. 3º A autorização será concedida pelo prazo de 20 (vinte) anos, renováveis.
Parágrafo único. São requisitos mínimos a serem observados pela autoridade competente para a con-
cessão da autorização:
I – integração do empreendimento às condições de sustentabilidade ambiental da área escolhida para
sua implantação;
II – utilização, preferencialmente, de mão-de-obra local;
III – realização de investimentos, pelo autorizado, na construção, ampliação, reforma ou reequipamento
de hotéis-cassinos e hotéis que venham a se adequar para o desenvolvimento de atividades típicas de cassino;
468 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

IV – programas de formação e treinamento com efetivo aproveitamento de profissionais em hotelaria,


turismo e serviços afins.
Art. 4º A sociedade autorizada deverá preencher, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I – ser constituída sob as leis brasileiras, com sede e administração no País;
II – comprovar capacidade econômica e financeira;
III – comprovar qualificação técnica;
IV – regularidade fiscal em relação aos tributos e contribuições de competência da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1º A exigência de que trata o inciso III deste artigo poderá ser satisfeita:
I – com a existência, no quadro de pessoal permanente da sociedade autorizada, de profissional com
comprovada experiência na atividade; ou
II – por meio da contratação de serviços de sociedade especializada com comprovada experiência na atividade.
§ 2º Em relação ao sócio na condição de pessoa física:
I – a apresentação da declaração de ajuste anual do imposto de renda relativa aos três últimos exercícios;
II – certidão de regularidade fiscal em relação aos tributos e contribuições de competência da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
III – as atividades exercidas nos últimos 24 (vinte e quatro) meses;
IV – a existência de certidões negativas de cartórios de distribuição civil e criminal das justiças federal
e estadual, e dos cartórios de registros de protestos das comarcas da sede da empresa, de suas filiais e do do-
micílio do sócio.
§ 3º Tratando-se de sócio na condição de pessoa jurídica, além dos documentos referidos nos incisos II
e IV do § 2º deste artigo, serão exigidos também os documentos comprobatórios de constituição da empresa
e eventuais alterações, devidamente arquivados no Registro Público de Empresas.
§ 4º Não podem ser administradores, acionistas controladores ou diretores de sociedades que exploram
atividade de cassino, aqueles que:
I – dentro ou fora do País, tenham sido condenados, mediante sentença transitada em julgado, por crime
doloso cuja pena seja superior a seis meses;
II – estão investidos de funções públicas permanentes, remuneradas, originadas por eleição ou por no-
meação a serviço do Estado, das autarquias locais ou de quaisquer pessoas jurídicas de direito público;
III – sejam diretores, administradores de sociedades, associações, fundações e demais pessoas jurídicas de
direito privado cujo capital seja constituído, em parte ou no todo, direta ou indiretamente, por recursos estatais;
IV – sejam servidores dos órgãos encarregados pela fiscalização, controle e normatização dos jogos de fortuna;
V – tenham sido administrativa, civil ou penalmente declarados responsáveis por atos de má gestão
como diretores, administradores ou representantes de pessoas jurídicas.
Art. 5º As atividades de cassino somente poderão ser exploradas por hotel-cassino ou hotel que para
tanto venha a se adequar, cujo estabelecimento, além de outros requisitos, disponha de áreas, padrões cons-
trutivos, instalações, equipamentos e serviços destinados à hospedagem, prática de jogos de azar, entreteni-
mento e lazer dos usuários.
Parágrafo único. O hotel-cassino e os hotéis que para tanto venham a se adequar devem possuir e man-
ter permanentemente estrutura mínima compatível com a classificação 4 (quatro) estrelas ou mais, de acordo
com as regras estabelecidas no Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem, elaborada pelo
Ministério do Turismo.
Art. 6º Será da competência exclusiva do órgão federal mencionado no art. 12, inciso II, desta lei, a con-
cessão da autorização para explorar as atividades de cassino.
§ 1º Os pedidos de autorização perante o órgão federal somente serão deferidos se acompanhados de
prévia declaração da autoridade estadual ou distrital manifestando sua intenção de autorizar, em seu território,
a instalação de hotel-cassino ou a adequação de hotel para que exerça atividades de cassino.
§ 2º Para análise e julgamento de cada pedido de credenciamento, taxa de serviço, não reembolsável, será
recolhida pelos interessados, junto ao órgão federal competente, na forma e no valor que por este vierem a ser fixados.
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal, no procedimento voltado a formalizar a declaração prévia de anuência
com a autorização para exploração de atividades de cassino em seu território, deverão considerar os critérios
mínimos de reputação, capacidade técnica e econômica da empresa interessada que deverá ser compatível
com o empreendimento; bem como o porte do empreendimento e sua avaliação, principalmente, quanto aos
resultados pretendidos e relativos ao incremento do turismo, à criação de novos empregos e à geração de receitas.
Art. 7º Nenhuma pessoa física ou jurídica poderá deter, direta ou indiretamente, o controle acionário de
mais de três hotéis-cassinos ou hotéis que, para tanto, venham a se adequar.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 469

Art. 8º É vedado às sociedades autorizadas a explorar a atividade de cassino transferir a autorização e os


direitos a ela conexos, salvo sob condições a serem determinadas em regulamentação.
Parágrafo único. A transferência não excederá o prazo de autorização original, observando-se o estabe-
lecido no art. 3º desta lei.
Art. 9º É vedado aos dirigentes e aos funcionários das empresas autorizadas a explorar a atividade de cassino:
I – participar nos jogos de azar que explorem;
II – ter sua remuneração, ou qualquer parcela de sua remuneração, calculada sobre o movimento das apostas.
Art. 10 É vedado às sociedades autorizadas a explorar a atividade de cassinos:
I – fazer empréstimos ou financiamentos, sob qualquer forma, seja em moeda nacional ou estrangeira,
seja em valores convencionais que as representem;
II – ter acesso a benefícios fiscais federais;
III – receber empréstimos ou financiamentos de instituições financeiras oficiais.
Art. 11. As sociedades autorizadas a explorar a atividade de cassinos ficam obrigadas a:
I – manter permanentemente os padrões e especificações fixados em normas pelo órgão federal competen-
te, obras de conservação e reparação dos edifícios, mobiliário, utensílios e equipamentos dos locais onde funcio-
nam os cassinos, sem prejuízo de exigências complementares estabelecidas pelos demais órgãos competentes;
II – colaborar com iniciativas oficiais que objetivem o fomento ao turismo na área ou região onde esti-
verem localizadas, promovendo e patrocinando exposições, espetáculos ou provas esportivas segundo calen-
dários a serem estabelecidos com órgãos oficiais de turismo;
III – promover, em áreas para este fim destinadas, programas artísticos, privilegiando artistas nacionais;
IV – manter fundo de reserva para atender pagamento decorrente do movimento estimado do jogo.
Art. 12. O Poder Executivo regulamentará a exploração das atividades de cassino, observando:
I – o estabelecimento de um conjunto de diretrizes, estratégias e ações que vincule, efetivamente, a
exploração da atividade de cassino ao estímulo e incremento da indústria do turismo e ao desenvolvimento
socioeconômico do País;
II – a definição do órgão federal, existente ou a ser criado, responsável pela:
implementação das diretrizes e ações referidas no inciso anterior;
consecução de seus objetivos;
concessão de autorização para explorar atividade de cassino;
III – a atribuição de competência ao órgão federal mencionado no inciso anterior que lhe permitam a
regulação do setor de exploração das atividades de cassino, exigir o cumprimento desta lei, e da legislação
pertinente, fiscalizar as empresas autorizadas, aplicando-lhes, quando for o caso, as penalidades previstas;
IV – a atribuição de poderes ao órgão federal para imprescindível habilitação, no que couber, e sem prejuí-
zo dos demais órgãos competentes, das empresas fabricantes de equipamentos e acessórios utilizados em jogos
de cassino, que sejam interessadas no respectivo fornecimento aos autorizados a explorar atividades de cassino;
V – a atribuição de poderes ao órgão federal para o estabelecimento das condições complementares
para aprovação dos diretores, sócios e pessoal empregado, a qualquer título, nas salas de jogos e na gerência
das empresas autorizadas;
VII – as condições e requisitos operacionais, técnicos e financeiros dos autorizados a explorar atividades
de cassino;
VIII – os serviços que as empresas autorizadas poderão ou deverão prestar ao público;
IX – as modalidades de jogos de azar permitidas, inclusive os eletrônicos, bem como as condições para
o acesso do público às salas de jogo;
X – a forma e a periodicidade das informações estatísticas, contábeis, financeiras e patrimoniais a serem
submetidas ao órgão federal, de que trata o inciso II deste artigo, e às demais autoridades competentes, bem
como os critérios de sua padronização e publicidade;
XI – a composição do órgão federal, de que trata o inciso II deste artigo, no qual ficará assegurada, tam-
bém, a participação dos órgãos de classe devidamente constituídos em decorrência da exploração da ativi-
dade de que trata o art. 1º desta lei, bem como, entre outros, de representantes do Ministério do Turismo, da
Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Polícia Federal.
CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 14. O não cumprimento das obrigações e disposições estabelecidas nesta lei e em seus regulamen-
tos sujeitará as pessoas jurídicas autorizadas a explorar as atividades, mencionadas nos arts. 1º e 13 desta lei,
às seguintes penalidades:
470 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I – advertência;
II – multa simples;
III – multa diária;
IV – apreensão dos instrumentos, documentos e demais objetos e componentes destinados ao funcio-
namento das máquinas e instalações;
V – suspensão parcial ou total das atividades,
VI – interdição temporária ou permanente do estabelecimento;
VII – cassação da autorização, com declaração de inidoneidade para a exploração da atividade.
§ 1° As multas serão fixadas entre os valores de, no mínimo, R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e, no máximo,
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), por infração, conforme tabela divulgada em regulamento.
§ 2° Os valores das multas estão sujeitos à revisão anual, segundo critérios estabelecidos em regulamento.
§ 3° Para a fixação do valor da multa serão considerados, cumulativa ou alternativamente, dentre outros critérios:
I – a primariedade do infrator;
II – a gravidade da falta frente aos efeitos gerados, ou que possam gerar, perante terceiros:
III – a reincidência em infração da mesma natureza;
IV – a contumácia na prática de infrações administrativas.
§ 4° As multas podem ser aplicadas cumulativamente com outras penalidades.
§ 5° A multa diária será mantida e cobrada até que seja corrigida a ocorrência que deu causa a sua
aplicação, não podendo ultrapassar o prazo máximo de 60 (sessenta) dias, após o qual será aplicada a pena de
suspensão das atividades desenvolvidas, por prazo não superior a 120 (cento e vinte) dias.
§ 6° Não sendo sanada a ocorrência, nos prazos do § 5º deste artigo, sobrevirá a cassação da autorização.
§ 7° A penalidade de multa também se aplica às pessoas físicas que, na qualidade de sócios ou administradores
da sociedade autorizada a explorar atividade de cassino, tenham praticado atos ilícitos ou concorrido, direta
ou indiretamente, para o cometimento de infrações a esta Lei.
Art. 15. A pessoa jurídica e seus administradores respondem civil, penal e administrativamente pelo exer-
cício irregular da exploração da atividade de cassino.
Art. 16. Ficam impedidos de formular apostas e jogos em cassinos:
I – menores e aqueles declarados incapazes nos termos da lei civil;
II – aqueles cujos nomes estejam inscritos em cadastros de proteção ao crédito;
III – sócios, acionistas controladores ou administradores de sociedade autorizada a explorar atividades
de cassino;
IV – agentes públicos envolvidos com a regulação, normatização ou fiscalização das sociedades autorizadas
a explorar a atividade de cassino;
V – aqueles que tenham ou possam ter acesso aos sistemas técnicos dos jogos e apostas;
VI – desde a posse, membros do Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública;
VII – desde a posse, presidente e vice-presidente da República, ministros de Estado, senadores, deputa-
dos federais, deputados estaduais e distritais, vereadores; e,
VIII – aquele que, direta ou indiretamente, tenha ou possa ter qualquer acesso ou interferência no resul-
tado dos jogos e apostas.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos III, IV, V e VIII, a proibição à percepção do prêmio se estende
ao cônjuge e aos parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção.

CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Art.17. A sociedade que explorar atividade de cassino deverá manter o Registro Especial na Secretaria
da Receita Federal do Brasil.
Parágrafo único. Fica atribuída à Secretaria da Receita Federal do Brasil a competência para:
I – expedir normas complementares relativas ao Registro Especial de que trata o caput e ao cumprimento
de exigências a que estarão sujeitas as pessoas jurídicas para sua concessão;
II – estabelecer a periodicidade e a forma de comprovação da regularidade fiscal em relação a tributos e
contribuições de competência da União, Estados, Municípios e do Distrito Federal, inclusive mediante a insti-
tuição de obrigação acessória destinada ao controle da prestação do serviço de que trata o caput.
Art. 18. O não cumprimento da obrigação prevista no inciso II do art. 17 sujeitará a pessoa jurídica à multa
de 5% (cinco por cento), não inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) e não superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões
de reais), do valor da receita bruta anual da empresa no exercício anterior ao do descumprimento da obrigação.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 471

§1º Apresentada a informação fora do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício, a multa de
que trata o caput deste artigo será reduzida a um terço.
§2º Caso o valor da receita bruta da pessoa jurídica não seja conhecido, a autoridade fiscal poderá arbitrar
o valor da base de cálculo para a aplicação da multa de que trata o caput, de acordo com critérios a serem es-
tabelecidos em regulamento.
Art. 19. O autorização para exploração da atividade de cassino poderá ser cassada, a qualquer tempo,
por solicitação da Secretaria da Receita Federal do Brasil ao órgão competente se, durante a vigência da auto-
rização, ocorrer uma das seguintes hipóteses:
I – desatendimento dos requisitos que condicionaram a sua concessão;
II – situação irregular da pessoa jurídica perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ;
III – atividade econômica declarada para efeito da concessão do Registro Especial divergente da infor-
mada perante o CNPJ ou daquela regularmente exercida pela pessoa jurídica;
IV – situação cadastral irregular de algum de seus sócios ou administradores; ou
V – descumprimento de exigência constante em norma complementar expedida pela Secretaria da Re-
ceita Federal do Brasil, conforme o disposto no artigo 17, parágrafo único, inciso I, desta Lei.
§ 1º Fica vedada a concessão de novo Registro Especial, pelo prazo de 5 (cinco) anos-calendário, à pessoa
jurídica enquadrada nas hipóteses descritas nos incisos I a V do caput deste artigo.
§ 2º A vedação de que trata o § 1º deste artigo também se aplica à concessão de Registro Especial a
pessoas jurídicas que possuam em seu quadro societário pessoa física que tenha participado, na qualidade de
sócio, diretor, gerente ou administrador, de pessoa jurídica que teve Registro Especial cancelado em virtude
do disposto nos incisos I a V do caput deste artigo.
Art. 20. O quadro societário de pessoa jurídica que explorar atividade de cassino deverá ser composto
apenas de pessoas físicas de nacionalidade brasileira.
Art. 21. A pessoa jurídica que explorar atividade de cassino deverá fornecer mensalmente à Secretaria
da Receita Federal do Brasil uma relação contendo o nome de todas as pessoas físicas que realizaram jogos e
apostas utilizando seu serviço.
§ 1º A Secretaria da Receita Federal do Brasil regulamentará a forma e periodicidade que as informações
de que trata o caput serão prestadas.
§ 2º Por solicitação da Secretaria da Receita Federal do Brasil ou do Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (COAF), a pessoa jurídica que explore atividade de cassino será obrigada a fornecer qualquer
informação que conste em seu banco de dados sobre usuários de seus serviços.
Art. 22. A pessoa jurídica que explorar atividade de cassino deverá reter 1% (um por cento) dos valores
das premiações pagas a título de antecipação do imposto de renda devido pelo usuário do serviço.
Art. 23. O valor das premiações recebidas por apostador ou jogador do cassino deverá ser declarado
como renda tributável na Declaração de Ajuste Anual da Pessoa Física do ano-calendário em que ocorrer o
recebimento.
Art. 24. Os valores das premiações recebidas por apostador ou jogador do cassino deverão ser depositados
diretamente em conta corrente ou em conta de cartão de crédito de mesma titularidade do usuário do serviço.
CAPÍTULO IV
DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (COFINS)
DEVIDA PELA EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE DE CASSINO
Art. 25. Fica instituída a cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
devida em decorrência da exploração da atividade de cassino, devendo o produto de sua arrecadação ser pre-
ferencialmente aplicado na prevenção e tratamento do câncer no âmbito da rede pública de saúde.
Art. 26. A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) devida em decorrência da
exploração das atividades previstas nesta lei será apurada em conformidade com o disposto na Lei nº 9.718,
de 27 de novembro de 1998, não sendo aplicáveis as disposições dos arts. 1º a 8º da Lei nº 10.833, de 29 de
dezembro de 2003.
Parágrafo único. Aplica-se à Cofins de que trata este artigo a alíquota de 3 (três) por cento prevista no
inciso IV do art. 4º da Lei nº 9.718, de 1998, acrescida de adicional à alíquota de 10 (dez) por cento sobre as re-
ceitas referidas no caput.
Art. 27. A receita decorrente da exploração da atividade de cassino, arrecadada com o adicional previsto
no parágrafo único do art. 26 desta lei terá a seguinte destinação:
I – 40% (quarenta por cento) para a União;
II – 40% (quarenta por cento) para os Estados;
472 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – 20% (vinte por cento) para os Municípios onde se localizarem os hotéis-cassinos e os hotéis que para
tanto venham a se adequar.
Art. 28. Fica acrescentado o item 41, à Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho
de 2003, com a seguinte redação:
“41 – jogos de fortuna praticados em cassinos, com prêmio pago em dinheiro.”

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 29. A União, os Estados e o Distrito Federal poderão, nos termos do art. 37, inciso XXII, da Constitui-
ção Federal, firmar convênio para estabelecer os requisitos de controles fiscais necessários para a fiscalização
da atividade de cassino.
Art. 30. A Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, passa a vigorar acrescida do seguinte inciso XIX:
“Art. 9º ......................................................................................................................................................................................
Parágrafo único. ...................................................................................................................................................................
XIX – as sociedades autorizadas a explorar atividade de cassino.” (NR)
Art. 31. O art. 50 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público ou acessível ao público, mediante o pa-
gamento de entrada ou sem ele, ressalvados os casos previstos em lei.
Pena – prisão simples, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 1º .........................................................................................................................................................................................
§ 2º .........................................................................................................................................................................................
§ 3º .........................................................................................................................................................................................
§ 4º .........................................................................................................................................................................................
a) ............................................................................................................................................................................................‘
b) ............................................................................................................................................................................................
c) ............................................................................................................................................................................................
d) ...........................................................................................................................................................................................”
Art. 32. Esta lei entra em vigor no prazo de 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação oficial.
Justificação
Esta proposição visa a trazer de volta ao nosso País a possibilidade de que as atividades de cassino se-
jam exploradas por sociedades aptas a tanto, ou seja, aquelas que cumpram as disposições deste Projeto de
Lei e tenham obtido a necessária autorização junto ao órgão competente. A ideia de trazer para legalidade a
prática de jogos de fortuna praticados no âmbito de cassinos se justifica por questões socioeconômicas, as
quais buscaremos explicitar adiante.
Inicialmente, gostaríamos de fazer um breve resgate histórico da existência de cassinos no País. Anterior-
mente à proibição de operar cassinos, ocorrida em 1946, os cassinos brasileiros viveram uma época de esplendor
durante o Estado Novo. Dentre os de maior destaque, merecem menção duas casas que marcaram a história
e a cultura nacionais, por proporcionarem apresentações musicais de altíssima qualidade, como também por
terem sido pontos de encontro de intelectuais, turistas, políticos, personalidades e artistas.
No Cassino da Urca e no Palácio Quintandinha, no Rio de Janeiro, por exemplo, passaram estrelas inter-
nacionais como Bing Crosby, Jean Sablon, Martha Eggerth, Pedro Vargas, Carmen Miranda, Toni Bennett, Edith
Piaf e Amália Rodrigues. Além de orquestras e músicos, como Grande Otelo, Emilinha Borba, Linda e Dircinha
Batista e Heleninha Costa, entre outras celebridades da música realizaram em suas dependências espetáculos
memoráveis. No tocante ao cinema, Orson Welles chegou a filmar cenas do documentário “It’s All True” em um
dos cassinos.
Percebe-se, portanto, que longe de representarem locais desabonadores dos bons costumes, os cassinos
brasileiros, geralmente associados a hotéis sofisticados, atraíam como clientela toda sorte de personagens e
ajudaram a catapultar a cultura brasileira, por permitirem, num mesmo ambiente, contato entre músicos, ci-
neastas, artistas e poetas.
Sua proibição, em 1946, levou diversos empresários do setor à falência, causou a perda de inúmeros em-
pregos e fez com que jogadores internacionais simplesmente procurassem outros países para jogarem, o que
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 473

estimulou a prática ilegal do jogo no país. Pôs fim, portanto, a um período alegre da nossa história, relatado
saudosamente em crônicas e livros.
É de destacar, ainda que, a decisão de se proibir o funcionamento de cassinos e todas as suas consequências
econômicas e culturais, não foi objeto de uma deliberação democrática por parte da população brasileira ou de
uma reflexão profunda por parte do Estado. Antes, foi obra unilateral do então Presidente Eurico Gaspar Dutra,
(e, relata-se: imbuído unicamente do desejo de agradar sua esposa Carmela Teles Leite Dutra, a Dona Santinha).
A partir de então, o que se percebeu foi o desenvolvimento dos jogos ilegais, que favorecem a criminali-
dade, a corrupção e impossibilitam a tributação da atividade. De acordo com dados do Instituto Jogo Legal, a
legalização das apostas injetaria mais de R$ 15 bilhões de reais na economia brasileira sob a forma de tributos.
Em outras palavras, não legalizar os jogos é optar por deixar de investir em educação e saúde.
A preocupação com o estado da saúde brasileira foi justamente a força motriz da apresentação deste
projeto de Lei. Estando meus Nobres Pares cientes do quanto o sistema de saúde nacional encontra-se debi-
litado, é dever desta Casa propor soluções alternativas para seu financiamento. Acreditamos, ainda, que, de
modo a otimizar a alocação de recursos e considerados os diversos problemas de saúde pública a serem en-
frentados, a criação de uma nova forma de contribuição elevaria a arrecadação e promoveria desenvolvimento
nacional e regional.
Nesse sentido, proponho nesta projeto de lei regular a cobrança da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) devida em decorrência da exploração de jogos de azar em cassinos e hotéis-cassinos.
A prevenção, controle e diagnóstico de doenças e a expansão dos postos de atendimento demandam
recursos superiores aos que o Estado tem hoje destinado para financiar pesquisas ou para fazer chegar até co-
munidades carentes tratamento tempestivo e de qualidade. Com recursos provenientes da taxação das ativi-
dades desenvolvidas pelo cassino, seria possível considerável ampliação e melhoraria da assistência a diversos
pacientes de classes sociais menos favorecidas.
Dentre os diversos problemas de saúde pública existentes, acreditamos que o tratamento de câncer é
uma questão de máxima urgência e que, por isso, deve receber prioritariamente os recursos advindos da ar-
recadação da Cofins. Nesse sentido, inserimos no art. 25 do projeto de lei a determinação de que os recursos
que, pela natureza da contribuição, já serão destinados à saúde, sejam preferencialmente aplicados na pre-
venção e tratamento da doença.
A escolha não é aleatória. Antes, dados do Instituto Nacional do Câncer revelam que, em 2014, mais de
500 mil novos casos de câncer seriam detectados na população brasileira. Acreditamos que, ao transforma-
mos em recursos adicionais para saúde a futura receita tributada de cassinos, estaremos transformando em
mais qualidade de vida para população brasileira as riquezas que, atualmente, somente beneficiam exploram
ilegalmente jogos de fortuna.
Devemos lembrar que, ainda que exista a proibição da instalação de cassinos em território brasileiro,
permanece a vontade dos brasileiros em jogar. Esse descompasso entre realidade e possibilidade, faz com que
diversos cruzeiros aportem em nossa costa e, em alto-mar, abram as portas de seus cassinos para cidadãos
brasileiros.
Agências de turismo e empresas operadoras de cruzeiros anunciam abertamente a possibilidade de bra-
sileiros poderem jogar em seus navios. De fato, os mais luxuosos navios a navegarem as águas brasileiras ofe-
recem jogos que incluem tabuleiro com baralho, Black Jack, pôquer, roletas e caça-níqueis. É comum observar,
por diversas vezes, navios que contam com mais de um cassino em suas instalações.
Além dos destinos próximos como Punta del Este (Uruguai) e Buenos Aires (Argentina), também a cidade
norte-americana de Las Vegas, se tornam ainda mais atrativos aos apostadores brasileiros. Impossibilitados de
apostar no território nacional, deslocam-se a outros países e lá consomem elevadas quantias, incentivam a ge-
ração de empregos e contribuem para o incremento da arrecadação tributária naqueles Estados estrangeiros.
Vale mencionar que a prática de jogos e apostas é mundialmente disseminada. De acordo com dados
do Instituto Jogo Legal, entre os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), 75,52% têm
o jogo legalizado e regulamentado. Já entre os 156 países que compõem a Organização Mundial do Turismo,
71,16% tem o jogo legalizado; dentre os 28,84% (45 países) que não legalizaram a atividade, 75% são islâmi-
cos e tem a motivação na religião.
Dos 34 países que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ou Econômico – OCDE,
chamados de grupo dos países ricos ou desenvolvidos, apenas a Islândia não permite jogos em seu território.
Já na perspectiva do G20 – grupo de países que o Brasil pertence –, 93% das nações têm os jogos legalizados
em seus territórios, sendo que apenas 6,97% ou três países não permitem: Brasil, Arábia Saudita e Indonésia.
Nesse contexto, fica claro o quanto a situação brasileira é peculiar, sendo a exploração de jogos e apostas uma
fonte de receita não ignorada pela maioria dos países do globo.
474 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Os números acima encontram reflexo na realidade e se justificam pelos diversos modelos de sucesso,
verificados com o início ou reforço da exploração de cassinos em diversos países.
Exemplo emblemático é o caso de Atlantic City, situada na costa leste dos Estados Unidos. A cidade, que
entrou em decadência a partir da década de 40, com a autorização para que ali funcionassem cassinos, tornou-
se hoje o maior exemplo de explosão turística registrado no mundo nos últimos 80 anos. Tendo recebido, em
1975, apenas 400 mil visitantes, aquela cidade, em 1976, foi visitada por 2 milhões, número este que, em 1985,
alcançou 30 milhões de visitantes.
Devemos destacar que a exploração de cassinos associada a modelos de desenvolvimento econômico
sustentável é uma outra ideia a ser estudada. Novamente retomando o exemplo de Atlantic City, a combina-
ção de taxação, criação de um fundo específico e obrigação de reinvestimento, fizeram com que as riquezas
provenientes da exploração dos jogos não ficassem restritas àqueles diretamente envolvidos com a prática.
Antes, determinou-se que parte das taxas dos lucros da atividade fossem transferidas a um fundo (o Casino
Revenue Fund), que financia programas de apoio a pessoas com deficiência e idosos. Além disso, cassinos tem
a obrigação de investir parte das receitas dos jogos em projetos voltados à revitalização de centros urbanos e
em projetos de infraestrutura, habitação, cultura e desenvolvimento social.
Experiências similares são verificadas em Las Vegas (EUA), Monte Carlo, Macau, Moçambique, dentre outros,
e nos fazem questionar, uma vez mais, o motivo de a proibição dos cassinos ter ocorrido e se mantido no país.
Outro aspecto que reforça a importância da instalação dos cassinos no tocante à sua potencialidade de
incentivo ao turismo, foi mencionado em trecho de lucidez ímpar, proferido pelo Dep. Aracely de Paula, en-
tão relator da Comissão Especial para Liberação dos Jogos de 1995, no sentido de que “enquanto o turismo se
caracteriza por fluxos diferenciados, em períodos denominados como baixa, média e alta temporadas, o jogo con-
tribui, com a sua presença, para o aumento desses fluxos turísticos e para a sua ocorrência de forma permanente
e estável”. Essa estabilização no fluxo de visitantes ao longo do ano ajuda a criar empregos perenes e favorece
investimentos em infraestrutura.
Conforme relatado acima, destacamos que essa não seria a primeira vez em nossa história recente que
o tema da legalização dos cassinos é rediscutido no âmbito do Congresso brasileiro. Consta, na memória ins-
titucional desta Casa que, na década de 90 houve iniciativa similar por parte de nossos parlamentares: uma
Comissão Especial foi criada com o intuito de estudar o tema da legalização de jogos no Brasil. Como fruto de
seus trabalhos, foi apresentado o Substitutivo ao PL nº 4.652/1994, que instituía a permissão, mediante autori-
zação dos Estados e do Distrito Federal, para a exploração dos jogos de azar em hotéis-cassino, em hotéis, que
para tanto venham a se adequar e em cassinos.
Tal Substitutivo foi aprovado pela Câmara dos Deputados. Enviado ao Senado Federal, onde passou a
tramitar como PLC nº 91/96, tendo recebido parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e da Co-
missão de Assuntos Econômicos. No entanto, o PLC nº 91/96 foi arquivado no Senado Federal por não ter sido
apreciado definitivamente ao longo de duas legislaturas, conforme estabelece o Regimento daquela Casa. O
mesmo poderia ter retornado à sua tramitação normal, por mais uma legislatura, desde que o seu desarqui-
vamento tivesse sido solicitado, por um terço dos senadores, até o dia 18 de abril de 2003, o que não ocorreu.
Ainda que os esforços expendidos pelos deputados na elaboração e aprovação de tal PL não tenha tido
o mesmo êxito de tramitação entre senadores, acreditamos que o momento delicado pelo qual passa a eco-
nomia do País seja o incentivo necessário para vermos aprovada a matéria nessa renovada empreitada.
Lembramos, ainda, que já se encontra em tramitação no Senado Federal um projeto de lei que visa a
permitir a exploração de jogo do bicho, cassinos, bingos e apostas na internet em todo o território nacional.
Da leitura do texto do PLS nº 186/2014, de autoria do Sen. Ciro Nogueira, percebemos que o seu texto, no to-
cante a cassinos, não foge muito da redação do PLC nº 91/96 (nos termos aprovados por esta Casa). Concor-
damos com as razões apresentadas pelo Nobre Parlamentar em sua justificação ao projeto, no sentido de que
“é preciso deixar o discurso demagógico de lado e agir com coerência e responsabilidade diante de um fato
social irreversível: a prática de jogos de azar”.
Entendimento similar passa a ser disseminado também no Poder Executivo. Ciente do fato de que os
recursos gastos por brasileiros como jogos de fortuna são elevados e estão à margem da tributação e da fisca-
lização estatal, a receptividade ao tema parece ter sido incrementada pelo momento de crise e a legalização
tem sido vista como uma dentre várias soluções para reanimar a economia nacional.
Desse modo, acreditamos ser esse o momento adequado para que a discussão democrática sobre a le-
galização dos jogos de fortuna no âmbito de cassinos seja retomada por parte do Congresso Brasileiro. Soli-
citamos, portanto, a contribuição dos Nobres Parlamentares para que este projeto de lei seja aperfeiçoado e
contamos com o apoio desta Casa para sua aprovação.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Marcelo Matos
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 475

PROJETO DE LEI Nº 3.091, DE 2015


(Do Sr. Adalberto Cavalcanti)

Altera a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, para estabelecer a alocação de recursos de efici-
ência energética prioritariamente para fomentar a instalação, nas unidades consumidoras, de
equipamentos que utilizem fontes renováveis de energia a fim de reduzir a energia demanda-
da e aumentar a eficiência energética do sistema elétrico nacional.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1897/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, para estabelecer a alocação de recursos de
eficiência energética prioritariamente para fomentar a instalação, nas unidades consumidoras, de equipamen-
tos que utilizem fontes renováveis de energia a fim de reduzir a energia demandada e aumentar a eficiência
energética do sistema elétrico nacional.
Art. 2º O art. 5º da Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º ...................................................................................................................................................................................
I – os investimentos em eficiência energética, previstos no art. 1º, serão aplicados de acordo com regula-
mentos estabelecidos pela ANEEL, devendo ser aplicados prioritariamente para subsidiar e incentivar a
implantação, nas unidades consumidoras, de equipamentos objetivando:
a) a redução da energia demandada pela unidade consumidora à rede da distribuidora, tais como aque-
cedores solares de água, ou lâmpadas e geladeiras mais eficientes;
b) a geração de energia elétrica distribuída a partir de fontes de energia renováveis, tais como painéis
fotovoltaicos e turbinas eólicas.
.......................................................................................................................................................................................” (NR)
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
De acordo com a Resenha Energética Brasileira – Exercício de 2014 – Edição de Junho de 20151, na matriz
energética brasileira, 39,4% provém de fontes renováveis, contra apenas 9,8% nos países da OCDE (Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e 13,8% na média mundial. Essa é, sem sombra de dúvida,
uma vantagem competitiva para o Brasil, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental.
Entretanto, o mesmo relatório informa que, em 2013, a participação das fontes renováveis na matriz
energética brasileira era de 40,4%. Consequentemente, em apenas um ano, houve uma redução de 1% na par-
ticipação das fontes renováveis na matriz energética nacional.
Parte dessa redução da participação das fontes renováveis na matriz energética nacional, ocorrida entre
2013 e 2014, pode ser atribuída a ocorrência de condições hidrológicas desfavoráveis nos reservatórios das
usinas hidrelétricas nacionais.
Contudo, de acordo com dados do relatório Balanço Energético Nacional – BEN 20142, produzido pela
Empresa de Pesquisa Energética – EPE, no ano 2000, as fontes renováveis respondiam por 44% da oferta in-
terna de energia. O mesmo relatório informa que a participação das fontes renováveis na matriz energética
brasileira chegou a atingir, em 2009, o percentual de 47,3%. Porém, desde então, esse percentual vem caindo
a cada ano, chegando em 2014 aos 39,4% anteriormente citados.
A fim de reverter essa indesejável tendência de queda da participação das fontes renováveis na oferta
interna de energia, estamos propondo o presente Projeto de Lei que objetiva fomentar a instalação, nas uni-
dades consumidoras, de equipamentos que utilizem fontes renováveis de energia, contribuindo também para
o aumento da eficiência energética do sistema elétrico nacional.
Em razão de todo o exposto, contamos com o apoio dos nobres Pares para a rápida conversão desta
proposição em lei.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Adalberto Cavalcanti
1 Disponível na Internet, no endereço:
http://www.mme.gov.br/documents/1138787/1732840/Resenha+Energ%C3%A9tica+-+Brasil+2015.pdf/4e6b9a34-6b2e-48fa-9ef8-
-dc7008470bf2, consultado em 06/07/2015.

2 Disponível na Internet, no endereço: https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2014.pdf, consultado em 06/07/2015.


476 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 3.094, DE 2015


(Do Sr. Pompeo de Mattos)

Dispõe sobre a criação do Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT, em complemento


aos programas de saúde assistencial ou ocupacional.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4145/2012.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º – Fica instituído o Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT, em complemento aos pro-
gramas de saúde assistencial ou ocupacional.
Art. 2º – Estarão qualificadas para participar do Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT, todas
as empresas estabelecidas no país, desde que preencham a totalidade dos requisitos jurídicos e fiscais e dis-
ponham-se a custar parte das despesas com medicamentos adquiridos por seus empregados.
Art. 3º – São beneficiários do Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT os empregados, e seus
respectivos dependentes em primeiro grau (cônjuge e filhos), das empresas regularmente inscritas no programa.
Art. 4º – Todos os medicamentos cobertos pelo Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT, serão
custeados em regime de co-participação, parte pela empresa participante, parte pelos empregados usuários
e a Operadora de Plano de Saúde, obedecendo os seguintes percentuais:
I – Patologias Crônicas : 80% da Empresa , 10% do Plano de Saúde e 10% do Trabalhador;
II – Patologias Eventuais : 40% da Empresa e 60% do Trabalhador;
Parágrafo Único. A parcela de valores despendida pela empresa participante do Programa de Medica-
mentos ao Trabalhador-PMT, com medicamentos para seus empregados, não deverá incorporar ao salário dos
mesmos, nem sobre esta parcela deverá incidir encargos trabalhistas;
Art. 5º – Considerar-se-ão medicamentos cobertos pelo Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT
os produtos farmacêuticos registrados na ANVISA.
§ 1º – Somente deverão ser cobertas pelo PMT as aquisições de medicamentos efetivadas mediante
apresentação de receituários prescritos por médicos, com os respectivos CRMs;
§ 2º – Não serão objeto de cobertura do PMT as medicações para os seguintes tratamentos:
I – emagrecimento com finalidade estética ou para portadores de Índice de Massa Corporal-IMC abaixo
de 30;
II – ortomolecular;
III – dermatológico com finalidade estética;
IV – rejuvenescimento;
V – impotência sexual;
VI – de fertilização;
VII – suplementação vitamínica;
VIII – fitoterapêuticos industrializados.
Art. 6º – A administração do Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT será realizada por empre-
sas devidamente cadastradas junto à órgão do Poder Executivo, atendendo os seguintes requisitos:
I – tempo de experiência na atividade de gerenciamento de Beneficio Medicamento-BM;
II – operacionalidade do processo de controle da aquisição de medicamentos;
III – automação do sistema operacional;
IV – estrutura de rede de farmácias conveniadas, devidamente dimensionadas para atendimento aos
beneficiários do PMT nos locais de atuação das empresas contratantes.
Art. 7º – As administradoras de Benefício Medicamento-BM terão como atividades-afim:
a) o gerenciamento de todo o processo de aquisição dos medicamentos, feita pelos beneficiários
de suas contratantes, na sua rede de farmácias conveniadas.
b) a produção de relatórios com informações estatísticas e financeiras da utilização do Programa de
Medicamentos ao Trabalhador-PMT, bem como o levantamento e geração de informações clínico-
-epidemiológicas relacionadas aos medicamentos adquiridos.
§ 1º – Compreende-se como o processo de aquisição, todas as etapas, desde a identificação do usuário
do PMT até a entrega do medicamento, passando pelas seguintes revalidações sistêmicas:
I – status do cartão – verificando a condição de ativo ou bloqueado para compras;
II – elegibilidade pessoal – verificando a matrícula, o sexo, a idade, o tipo de abrangência do programa;
III – elegibilidade financeira – verificando os limites (mensais e/ou anuais) permitidos para compra, o
saldo disponível, os valores unitários e total da compra e a co-participação no custeio;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 477

IV – elegibilidade clínica – verificando os medicamentos, as quantidades prescrita e adquirida, a data da


receita, o CRM do médico prescritor.
§ 2º – A empresas participantes do PMT terão que contratar os serviços de administração sistêmica do
PMT de uma das empresas credenciadas pelo Poder Executivo.
Art. 8º – Caberá ao Poder Executivo, a instituição e regulação do Programa de Medicamentos ao Traba-
lhador-PMT.
Art. 9º – À título de incentivo à implementação do Programa de Medicamentos ao Trabalhador-PMT pelas
empresas, fica permitida a dedução das despesas com medicamentos, limitada a 5% do Imposto de Renda de
Pessoa Jurídica, condicionada ao abatimento máximo permitido pela legislação em vigor.
Justificação
Trata-se a presente proposta de reapresentação do Projeto de Lei nº 863, de 2003, de minha autoria, que
tem por objetivo a criação do Programa de Medicamentos ao Trabalhador – PMT, em complemento aos pro-
gramas de saúde assistencial ou ocupacional.
Referido projeto foi arquivado nos termos do artigo 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
mas mantém-se oportuno e atual, como se pode ver das razões que o justificaram à época de sua apresentação:
“A Revista Isto É, desta semana, apresenta importante matéria intitulada, “Qual o remédio?”. Nela des-
taca-se que usar remédio no Brasil chega a ser luxo para boa parte da população. Diz a Isto É: “Para os
brasileiros acostumados a fazer malabarismos com o dinheiro em nome da sobrevivência, é pratica-
mente impossível separar alguns reais e comprar os produtos que tratam uma doença crônica, como hi-
pertensão. A saída para eles seria recorrer aos medicamentos distribuídos pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). Seria, porque outro problema afeta a vida dessas pessoas: o desabastecimento da rede pública.
Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), apenas 55,4% das drogas consideradas essenciais
estão disponíveis nas farmácias do SUS. É um número que impressiona. Afinal, a legislação garante ao
brasileiro o direito a receber remédios indispensáveis. Deve-se esperar, portanto, que esses produtos se-
jam plenamente ofertados. Mas não é isso que vem acontecendo. O Idec informa que entre os produtos
em falta estão remédios simples como um analgésico ou preparações vitais, caso da insulina, que precisa
ser reposta por diabéticos.”
Nesse contexto, cabe destacar que o processo de controle ou cura das patologias inicia-se com o diag-
nóstico (exames clínicos e complementares) e finaliza-se com o efetivo tratamento das doenças. Con-
tudo, o que se observa é que para a maioria dos indivíduos este processo não se completa, em virtude
da insuficiência econômica para a aquisição ou manutenção da terapia medicamentosa, requerida ao
tratamento ou a cura definitiva dos problemas.
Dentro deste contingente encontra-se uma expressiva massa de trabalhadores, com salários insuficientes
para lhes garantir acessos além dos produtos e serviços de primeira necessidade.
Quando as necessidades ultrapassam estes limites, abrangendo tratamentos de saúde, aos medicamentos
são destinados o pouco que sobra dos recursos financeiros, que, quando chega a permitir a aquisição de
todos os medicamentos prescritos na receita médica, por muitas vezes não dá ao assalariado condições
de continuidade das aquisições de todos os medicamentos pelo tempo necessário ao tratamento. Desse
modo, em muitas vezes não se alcança o resultado terapêutico esperado e em muitas outras as condições
patológicas até se complicam pela descontinuidade da terapia.
Neste ponto instala-se uma questão social dilemática. Por terem renda declarada superior ao salário
mínimo e acesso a consultas e exames pelos planos de assistência à saúde privados, mantidos por suas
empresas, essa expressiva população de empregados fica também impedida do acesso ao programa
de medicamentos gratuitos do governo, como que ocupando uma espécie de limbo do direito à saúde.
A Criação do Programa de Medicamentos ao Trabalhador, tem como objetivo proporcionar maior con-
dição de acesso aos medicamentos necessários ao tratamento de saúde dos empregados e seus familia-
res, através da participação das suas empresas no custeio do tratamento medicamentoso, em comple-
mentaridade ao processo de assistência diagnóstica já proporcionado pelos seus programas de saúde
assistencial ou ocupacional.
Em contrapartida, as empresas participantes do PMT contariam com incentivos fiscais do Governo e
passariam a receber das suas respectivas administradoras de Programas de Medicamentos, informações
estatísticas, financeiras e clínico-epidemiológicas (oriundas do processo de aquisição dos medicamen-
tos pelos seus beneficiários), que se transformariam em importante ferramenta de controle e redução
de custos dos seus planos de saúde.
a) Para o trabalhador, o PMT propicia:
I – melhoria das condições de acesso ao tratamento medicamentoso e de qualidade de vida;
478 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II – redução de riscos de acidentes de trabalho;


III – redução do custo do medicamento.
b) Para a empresa, as vantagens são :
I – aumento de produtividade;
II – maior integração entre empresa e administradora do Plano de Saúde (redução da sinistralidade;);
III – redução do absentismo;
IV – redução da rotatividade;
V – isenção de encargos sociais sobre o valor da medicação fornecida;
VI – incentivo fiscal (dedução de até 5% -cinco por cento – no imposto de renda devido.).
c) Para as empresas operadoras do Plano de Saúde destacam-se:
I – redução de eventos clínicos (redução da sinistralidade;)
II – informações para gerenciamento da doença;
III – programa de gerenciamento de doença (buscando evitar a evolução);
IV – informações clinica epidemiológica da sua massa usuária;
V – certeza da aquisição do medicamento prescrito;
d) Para o Governo os avanços são significativos:
I – redução de despesas na área de Saúde;
II – menor custo na aquisição de medicamentos para a população trabalhadora;
III – maior oferta de leitos hospitalar;
IV – melhor conhecimento da morbidade.
Diante desse quadro de verdadeiro clamor social, apresento esta proposta com a convicção de que a
mesma pode ser um importante caminho para a diminuição dos gastos governamentais com cirurgias e
tratamentos de grande porte em hospitais públicos em decorrência de mais pessoas da população terem
acesso a tratamentos medicamentosos ininterruptos e completos, impactando na redução das possibi-
lidades de agravamento das patologias e conseqüentes gastos públicos com transplantes, amputações,
tratamentos de hemodiálises, etc. e com exames complementares de alta complexidade e custo.
Importará, também, em redução nos custos das apólices das operadoras de planos/seguros-saúde, em
virtude da queda da taxa de sinistralidade dos planos, pela retração do número de re-consultas, exames
e internações hospitalares. Tal política resultará em aumento da disponibilidade de leitos hospitalares
decorrente da redução na demanda por internações para tratamentos clínicos.”
Desta forma, por achar oportuno e tempestivo, e por sua demonstrada necessidade, espero aprovação
rápida do presente Projeto de Lei
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Pompeo de Mattos, Deputado Federal Vice-Líder PDT/RS
PROJETO DE LEI Nº 3.098, DE 2015
(Do Sr. Carlos Manato)

Disciplina a devolução de valores no caso de resolução de contrato de promessa de compra


e venda de imóvel.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1220/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º A presente lei disciplina a devolução de valores no caso de resolução de contrato de promessa
de compra e venda de imóvel.
Art. 2º No caso de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel, a devolução atua-
lizada das parcelas pagas pelo promitente comprador deverá ocorrer imediatamente.
Art. 3º Quando a resolução contratual ocorrer por culpa exclusiva do promitente vendedor ou construtor
a restituição deverá ser integral.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
A presente proposta legislativa tem o condão de disciplinar a devolução de valores nos casos de resolu-
ção contratual nas promessas de compra e venda de imóvel.
São inúmeras as ações na Justiça sobre o tema. O Superior Tribunal de Justiça editou recentemente a
Súmula nº 543, que orienta a devolução imediata dos valores pagos pelo promitente comprador.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 479

No caso em que ocorre a culpa exclusiva do empreendedor os valores, além de serem pagos imediata-
mente, devem ser integrais.
A presente proposta visa ao estancamento de ações judiciais sobre o assunto. Não se pode aceitar que,
no caso de resolução contratual de promessa de compra e venda de imóvel, os promitentes vendedores esta-
beleçam como data inicial para a devolução dos valores o termo da obra.
Busco o apoio dos nobres pares para disciplinar esse importante tema.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Manato, SD/ES
PROJETO DE LEI Nº 3.105, DE 2015
(Da Sra. Christiane de Souza Yared)

Altera a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, que “dispõe sobre Seguro Obrigatório de
Danos Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pes-
soas transportadas ou não”, para reajustar os valores das indenizações.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4043/2012.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º O art. 3º da Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
I – R$ 25.000,000 (vinte e cinco mil reais) – no caso de morte;
II – até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) – no caso de invalidez permanente;
III – até R$ 5.200,00 (cinco mil e duzentos reais) como reembolso à vítima – no caso de despesas de
assistência médica e suplementares devidamente comprovadas.
....................................................................................................................................................................................................
§ 2º Assegura-se à vítima o reembolso, no valor de até R$ 5.200,00 (cinco mil e duzentos reais), previsto
no inciso III do caput deste artigo, de despesas médico-hospitalares, desde que devidamente com-
provadas, efetuadas pela rede credenciada junto ao Sistema Único de Saúde, quando em caráter
privado, vedada a cessão de direitos.
..............................................................................................................................................................................................” (NR)
Art. 2º Esta lei entra em vigor no primeiro dia do exercício seguinte ao de sua publicação oficial.
Justificação
O objetivo de nossa proposta é atualizar os valores pagos pelo “seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não”, conhe-
cido pela sigla de DPVAT.
A última atualização dos valores das indenizações ocorreu em 2007, por alteração da Lei nº 6.194, de
1974, pela Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007. Na ocasião, foram estabelecidos os valores de R$ 13.500,00,
para as coberturas de morte e invalidez permanente, e de R$ 2.700,00, para cobertura de despesas de assis-
tência médica e suplementares.
Os valores acima substituíram as coberturas estipuladas pela Lei nº 6.194/1974, que tinham como in-
dexador o salário mínimo. A mudança visou, ademais, a adequar a legislação à Constituição de 1988, que, em
seu art. 7º, inc. IV, veda a vinculação do salário mínimo para qualquer fim.
Ocorre que o poder aquisitivo dos valores estipulados pela Lei nº 11.482, de 2007, já se encontra bastante
reduzido, por força da desvalorização da moeda ocorrida desde aquela data. Se tomarmos a variação do IPCA
como índice, teremos uma variação de 63,29% entre maio de 2007 e agosto de 2015, o que implica corrigir os
valores para R$ 22.044,00 e R$ 4.408,00 respectivamente.
Na prática, os valores de cobertura vigentes já não conseguem cumprir seu objetivo de assegurar mini-
mamente a sobrevivência temporária de uma família cujo provedor tenha morrido ou se tornado inválido, nem,
por outro lado, custear os cuidados médicos e hospitalares necessários à recuperação das vítimas dos sinistros.
Por conta disso, achamos por bem propor os valores de R$ 25.000,00 e R$ 5.200,00, tendo em conta o
trâmite deste projeto e a projeção desses valores para o futuro.
Diante do exposto, solicito aos nobres Pares o necessário apoio para a aprovação e aperfeiçoamento do
presente projeto de lei.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputada Christiane de Souza Yared
480 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 3.106, DE 2015


(Do Sr. Bruno Araújo)

Veda aos candidatos, aos partidos políticos e às suas fundações receber, direta ou indiretamen-
te, sob qualquer forma ou pretexto, doação, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável
em dinheiro, procedente de pessoas físicas que exerçam cargos ou funções de livre nomeação
e exoneração na Administração Pública direta e indireta.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1467/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º. É vedado aos candidatos, aos partidos políticos e às suas fundações receber, direta ou indiretamente,
sob qualquer forma ou pretexto, doação, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, procedente
de pessoas físicas que exerçam cargos ou funções de livre nomeação e exoneração na Administração Pública
direta e indireta, incluídas as empresas públicas e sociedades de economia mista.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Este projeto de lei visa vedar que os candidatos e os partidos políticos exijam doação, auxílio pecuniá-
rio ou contribuição diferenciada das pessoas que exerçam cargo ou função de livre nomeação e exoneração
na Administração Pública direta e indireta, incluídas as empresas públicas e sociedades de economia mista.
Tal proibição tem por objetivo evitar que a ocupação de cargos e funções públicas seja voltada a benefi-
ciar candidatos e partidos políticos em detrimento do interesse público. Segundo a revista Época publicada em
02/10/2014, o Brasil tem 22.700 cargos de confiança em nível federal, 115 mil em nível estadual e cerca de meio
milhão na esfera municipal. Grande parte dos ocupantes desses cargos é obrigada a contribuir com uma por-
centagem de seu salário para o partido ao qual é filiado ou a simular doações à agremiação que está no poder.
O momento atual mostra-se amplamente favorável à discussão do tema. O Brasil atravessa grave crise
econômica e política causada, entre outros fatores, por grande escândalo de corrupção que envolve justamen-
te o financiamento de partidos políticos.
Com a declaração de inconstitucionalidade pelo STF das doações de pessoas jurídicas a partidos polí-
ticos, teme-se que o financiamento por meio de contribuições dos filiados que ocupam cargos em comissão
seja ampliado, inchando ainda mais o Estado e agravando a situação fiscal do país.
Além disso, este meio de financiamento mostra-se lesivo também à isonomia do processo eleitoral, uma
vez que se restringe ao partido que está no poder e a seus aliados, causando notável desequilíbrio financeiro
em relação aos demais.
O Tribunal Superior Eleitoral, atento ao problema, editou, em 30 de dezembro de 2014, a Resolução nº
23.432, que proíbe que autoridades públicas que exerçam cargos de chefia ou direção na Administração Pú-
blica direta ou indireta, filiadas ou não a partido, façam doações a partidos políticos.
O presente projeto amplia a vedação a qualquer ocupante de cargo de livre nomeação e exoneração, já
que a instabilidade característica desse cargo frequentemente coloca seu ocupante em posição de submissão
em relação aos interesses do partido. Assim, pretendemos evitar a criação de cargos com o objetivo de au-
mentar a arrecadação partidária.
Por fim, a proibição de doações e auxílios pecuniários se justifica para evitar que a cobrança atualmente
realizada por contribuições diferenciadas dos filiados ocupantes de cargos de confiança seja substituída por
doações simuladas ou auxílios pecuniários.
Em face ao exposto, pedimos aos nobres pares o apoio para aprovação deste projeto de lei.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Deputado Bruno Araújo, PSDB/PE
PROJETO DE LEI Nº 3.161, DE 2015
(Dos Srs. Alex Manente e Carlos Eduardo Cadoca)

Altera a Lei no 6.815, de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro, cria o Conselho
Nacional de Imigração, para dispor sobre a dispensa unilateral de visto de turista por ocasião
dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Rio – 2016.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; TURISMO E CONS-
TITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 481

O Congresso Nacional decreta:


Art. 1o Esta Lei altera a Lei nº 6.815, de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro, cria o Conse-
lho Nacional de Imigração, para dispor sobre a dispensa unilateral do visto de turista por ocasião dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Rio – 2016, a serem realizados na Cidade do Rio de Janeiro.
Art. 2o A Lei no 6.815, de 1980, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo 130-A:
“Art. 130-A Tendo em vista os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, a serem realizados na Cidade do
Rio de Janeiro, Rio – 2016, portaria conjunta dos Ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e do Tu-
rismo poderá dispor sobre a dispensa unilateral da exigência de visto de turismo previsto nesta Lei, para
os nacionais de países nela especificados, que venham a entrar em território nacional até a data de 18
de setembro de 2016, com prazo de estada de até 90 (noventa) dias, improrrogáveis, a contar da data de
primeira entrada em território nacional.
Parágrafo único. A dispensa unilateral prevista no caput não estará condicionada à comprovação de
aquisição de ingressos para assistir a qualquer evento das modalidades desportivas dos Jogos Rio-2016.”
(NR)
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Há muito se discorre sobre o potencial turístico do Brasil e sua capacidade de alavancar a economia do país.
Segundo dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), em 2014, o setor de turismo foi
responsável pela participação de 9,6% na formação do Produto Interno Bruto, com um movimento de R$ 492
bilhões.
Não obstante a expectativa seja de crescimento, é certo que alguns entraves ainda mantêm esse pro-
missor setor da nossa economia abaixo de suas potencialidades.
Neste sentido, esta Casa pode e deve atuar para tentar minimizar os obstáculos a este setor que emprega
mais de três milhões de pessoas, e é o quinto item da pauta de exportações do país, atrás de minério de ferro,
soja, petróleo e açúcar.
Assim sendo, e tendo em vista a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, Rio – 2016,
apresentamos o presente projeto de lei com o intuito de eliminar uma das barreiras para a entrada de turistas
estrangeiros no Brasil: a exigência de visto aos turistas nacionais de países que, atualmente, necessitam obter
visto prévio para entrar em território nacional.
Cumpre observar que a presente proposição visa a uma concessão unilateral de alcance limitado, so-
mente a nacionais de países que atenderem aos pressupostos do interesse nacional, nos termos dispostos no
Art. 2º da Lei nº 6.815, de 1980, e por tempo também limitado, permitindo a entrada desses turistas, sob esse
regime especial, somente até a data de 18 de setembro de 2016, data prevista para o encerramento dos Jogos
Paralímpicos de 2016.
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, realizados a cada quatro anos, representam o congraçamento dos
povos e são motivo de júbilo para toda a comunidade internacional. Nesse sentido, o país em que se situa a
Cidade-Sede desses jogos deve envidar todos os esforços para bem acolher todos os estrangeiros que venham
para participar ou assistir aos diversos eventos, distribuídos em várias modalidades esportivas.
Sabemos que todo Estado é soberano para dispor sobre o regime de entrada, saída ou permanência de
estrangeiros em seu território, nesse contexto, a presente iniciativa, fundamentada no caput do art. 48 c/c o
inciso XV do Art. 22 da Constituição Federal, representará mais um contributo do Congresso Nacional para o
total êxito dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
A entrada de um número maior de turistas estrangeiros em território nacional nesse período contribuirá
não só para propiciar um brilho ainda maior ao Jogos do Rio-2016, como também para favorecer o desenvol-
vimento da indústria nacional do turismo.
Diante desse duplo propósito da proposição, optamos por não condicionar a referida dispensa unilateral à
comprovação de aquisição de ingressos para os eventos do Jogos Rio-2016, pois o estrangeiro beneficiado que
não adquiriu previamente tais ingressos poderá, não só participar de eventos paralelos aos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016, como também aproveitar o ensejo para visitar outras localidades turísticas de nosso país.
Feitas essas considerações, solicito o apoiamento dos Nobres Pares para a aprovação desse relevante
Projeto de Lei.
Sala das Sessões, 30 de setembro de 2015. – Deputado Alex Manente, PPS/SP – Deputado Carlos Eduardo
Cadoca
482 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MEDIDA PROVISÓRIA N.º 677, DE 2015


(Do Poder Executivo)

Mensagem nº 221/2015
Aviso nº 266/2015 - C. Civil

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de


Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de
2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004; tendo parecer da Comissão Mista,
pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência; pela
constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa; e pela adequação
financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação desta, e, parcialmente das
Emendas de nºs 20, 23, 46; 49 a 61; 64, 88 a 90, 92, 100, 103, 105, 106, 112, 116 e
117; e pela rejeição das Emendas de nºs 1 a 19, 21, 22; 24 a 45; 47, 48, 62, 63, 65
a 87, 91; 93 a 99; 101, 102, 104; 107 a 111; 113 a 115, 118 a 120 nos termos do
Projeto de Lei de Conversão nº 16 de 2015 adotado. (relator: SEN. EUNÍCIO
OLIVEIRA e relator revisor: DEP. LEONARDO MONTEIRO).

DESPACHO:
AO PLENÁRIO PARA LEITURA. PUBLIQUE-SE.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a


participar do Fundo de Energia do Nordeste, com o
objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº
11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15
de março de 2004.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art.


62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf autorizada a


participar do Fundo de Energia do Nordeste - FEN, com o objetivo de prover
recursos para a implantação de empreendimentos de energia elétrica, conforme
regulamento.

Art. 2º O FEN será criado e administrado por instituição financeira controlada


pela União, direta ou indiretamente.

Art. 3º Serão recursos do FEN aqueles previstos no § 16 do art. 22 da Lei nº


11.943, de 28 de maio de 2009.

§ 1º Os recursos do FEN deverão ser investidos em empreendimentos de


energia elétrica na seguinte proporção:

I - no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste; e

Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_7172


CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 483

II - até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde que em fontes
com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

§ 2º Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as decisões


deliberadas por seu Conselho Gestor.

§ 3o Os recursos do FEN serão de titularidade das concessionárias geradoras


de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, que atendam ao disposto
no art. 22 da Lei no 11.943, de 2009, para implantação de empreendimentos de
energia elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais as
concessionárias tenham participação acionária de até quarenta e nove por cento do
capital próprio das sociedades a serem constituídas.

§ 4o Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1o, a rentabilidade


estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas sociedades de propósito
específico constituídas deve atender no mínimo ao custo de capital próprio
estabelecido pelos acionistas controladores das concessionárias geradoras de
serviço público de que trata o § 3o, referenciada nos planos de negócio associados.

Art. 4º O Conselho Gestor do FEN - CGFEN será um colegiado de caráter


deliberativo, cuja composição e funcionamento serão definidos em regulamento.

§ 1º Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar os membros


do CGFEN, indicados pelos titulares das organizações as quais representem.

§ 2º O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o Presidente do


CGFEN.

§ 3º O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 4º O CGFEN contará com o apoio técnico e administrativo de órgão ou


entidade da administração pública federal.

§ 5º As despesas relacionadas à o9articipação dos representantes no


Conselho Gestor do FEN correrão à conta de dotações orçamentárias dos
respectivos entes nele representados.

§ 6º A participação nas atividades do CGFEN será considerada prestação de


serviço relevante, não remunerada.

Art. 5º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados


entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob
controle federal, com consumidores finais, vigentes à data de publicação
desta Lei e que tenham atendido o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de
17 de dezembro de 2002, serão aditados a partir de 1º de julho de 2015,
desde que atendidas as condições estabelecidas neste artigo, mantidas as
demais condições contratuais.
Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_7172
CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
MPV 677/2015
484 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 1º Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8 de


fevereiro de 2037.

§ 2º As reservas de potência a serem contratadas de 1º de julho de


2015 a 8 de fevereiro de 2032 corresponderão a montante de energia igual
à soma das parcelas a seguir:

I - totalidade da parcela da garantia física vinculada ao atendimento


dos contratos de fornecimento alcançados pelo caput, a qual não foi
destinada à alocação de cotas de garantia física de energia e de potência,
nos termos do art. 1º, § 10, § 11 e § 12, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro
de 2013; e

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina


Hidrelétrica Sobradinho, no centro de gravidade do submercado da usina,
deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.

§ 3º A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência


contratadas serão reduzidas uniformemente à razão de um sexto a cada
ano, observado o disposto no § 1º.

§ 4º Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação


de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, nos termos do art. 1º
da Lei nº 12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes a:

I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 3º, no


período de 9 de fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 9 de fevereiro de 2022
a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 12.

§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que


trata o inciso II do § 2º será prorrogada pelo prazo de até trinta anos,
afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei nº 12.783, de
2013.

§ 6º A garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2º não está


sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência
estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o
disposto no § 4º.

§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será


atualizado, considerada a variação do índice de atualização previsto
contratualmente, desde a data de sua última atualização até 30 de junho
de 2015.

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CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
MPV 677/2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 485

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos


do § 7º será majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa será reajustado


anualmente em 1º de julho, conforme índice de atualização disposto a
seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao


Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de
reajuste da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze


meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa
de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro
Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B - NTN-B ou entre
títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o
regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre


os consumidores de que trata o caput na proporção do consumo médio
apurado entre 1º de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de fornecimento poderá ser rateado entre
suas unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias geradoras
de serviço público a que se refere o caput.

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em


aditar total ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou
decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua
vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados
aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de


cada ano, conforme definido no § 9º, as tarifas de energia e de demanda
calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão objeto das seguintes
condições:

I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional


tarifário de doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará,
excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015;

II - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora


de ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que
vigorará, exclusivamente, no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de
janeiro de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata o
inciso I;

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CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
MPV 677/2015
486 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de


julho de 2021, inclusive, serão consideradas como base de incidência as
tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e


demanda serão calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos
dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes anuais.

§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes


referenciais de energia contratada a cada ano:

I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva de


potência contratada neste segmento considerando o fator de carga unitário;
e

II - para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor


entre:

a) a reserva de potência contratada neste segmento considerando o


fator de carga unitário; e

b) noventa por cento da reserva de potência contratada no segmento


fora de ponta.

§ 15. Observado o disposto nos § 10, § 11 e § 12, a reserva de


potência a ser contratada anualmente poderá ser alterada pelo consumidor
com antecedência de sessenta dias antes do início do ano civil
subsequente, nos seguintes termos:

I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de


potência anual contratada para o ano seguinte em cada segmento horo-
sazonal;

II - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior


estabelecido pelo montante de energia contratado;

III - a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá


respeitar o limite inferior de noventa por cento da reserva de potência
contratada neste segmento, exclusivamente para os consumidores que
tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência contratada
nos segmentos de ponta e fora de ponta;

IV - não será admitida redução de reserva de potência anual no


segmento fora de ponta; e

V - não se aplica o disposto no inciso II do § 4º e no § 12 à eventual


redução anual de reserva de potência.

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CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
MPV 677/2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 487

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o


caput aportarão, no Fundo de Energia do Nordeste - FEN, a receita dos
contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a receita bruta e os
encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela
Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e
Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, no
valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos do
art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa
aos seguintes montantes de energia, observado o disposto no § 3º:

I - na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso I do §


2º nos seguintes termos:

a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período de 1º de


janeiro de 2016 a 8 de fevereiro de 2022;

b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período


de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de


fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037; e

II - noventa por cento da garantia física da usina de que trata o inciso


II do § 2º no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as
perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:

a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período


de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de


fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037.

§ 17. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a 31 de


dezembro de 2015, não será destinado à alocação de cotas de garantia
física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da
Lei da nº 12.783, de 2013, o montante de cotas de garantia física de
energia e de potência correspondente a três vezes o montante de energia
estabelecido no inciso I do § 2º, sendo alocado às concessionárias
geradoras de serviço público de que trata o caput.

§ 18. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica.” (NR)

Art. 6º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de junho de 2015; 194º da Independência e 127º da República.

Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_7172


CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
MPV 677/2015
488 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

DILMA ROUSSEFF
Eduardo Braga

REPUBLICAÇÃO

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a


participar do Fundo de Energia do Nordeste, com o
objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº
11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15
de março de 2004.

No § 5º do art. 4º da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015, onde


se lê: "o9articipação", leia-se "participação".

(*) Republicação parcial do § 5º do art. 4º da Medida Provisória nº 677, de 22


de junho de 2015, por ter constado incorreção quanto ao original no Diário Oficial da
União de 23 de junho de 2015, Seção 1.

Coordenação de Comissões Permanentes - DECOM - P_7172


CONFERE COM O ORIGINAL AUTENTICADO
MPV 677/2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 489

EM n~ 00019/20.15 MME

Brasília, 18 de Junho de 2015

Excelentíssima Senhora Presidenta da República,

1. Submeto à elevada consideração de Vossa Excelência projeto de Medida Provisória que


autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf a participar em Fundo de Energia do
Nordeste - FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, e determina o aditamento dos contratos vigentes firmados entre consumidores
industriais e a Chesf sob a égide do art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, com base no
art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002.

2. Cumpre informar que, como os contratos têm vencimento em 30 de junho deste ano, a
sociedade nordestina, inclusive seus representantes no Congresso Nacional, está mobilizada para
manter o fornecimento de energia elétrica.
3. Dessa forma, buscou-se solução definitiva para os contratos de energia elétrica de
consumidores industriais no Nordeste, que atualmente são atendidos diretamente pela Chesf. Isso
porque há entendimento de que a solução a ser implementada não pode apenas beneficiar esses
consumidores em detrimento dos demais. As propostas apresentadas para a manutenção do
atendimento aos consumidores industriais, significam, na prática, que a energia que os atende,
proveniente em usinas depreciadas e amortizadas, deixará de ser alocada aos consumidores das
distribuidoras do País inteiro quando do vencimento da concessão, que ocorreria num fi.1turo
próximo, sem gerar o beneficio de redução tarifária previsto pela Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de
2013.
4. Sendo assim, o que se propõe, por ora, é uma solução que conciliará os interesses desses
consumidores industriais e elos demais consumidores de energia, qual seja: manter os contratos de
fornecimento dos consumidores industriais com a Chesf em condições similares às atuais por mais
alguns anos, prevendo uma descontratação escalonada ao longo de um período de modo que eles
possam se adaptar gradativamente a novos cenários de preços e de fornecimento de energia.

5. Em contrapartida, a diferença entre o valor pago por esses consumidores e aquele ao


qual a Chesf faz jus, pela geração da energia, será a portada a um fundo que realizará investimentos
em empreendimentos do setor de energia, prioritariamente no Nordeste. Com isso, fomentar-se-á a
expansão do sistema elétrico na região, diversificando-se a matriz elétrica brasileira e aumentando a
confiabilidade do Sistema Interligado Nacional - SIN, o que beneficia a sociedade brasileira como
um todo. Trata-se ele objetivo que vem sendo perseguido pelas políticas setoriais desde a edição da
Lei nº I 0.848, de 2004.
6. Adicionalmente, o aumento ela oferta ele energia, que será o resultado desta iniciativa,
além de propiciar a garantia de suprimento, reforça, em última instância, o princípio da modicidade
tarifária, de modo que a estratégia está alinhada com o princípio que norteo~é'bf'é\~~& f!t!g1~~tlvºa do
Congresso Nacional
M (JV no (, 1-1/ )JY!S
Fls. 1O Rubrica: ~
490 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

12.783, de 2013, ou seja, trata-se de uma contrapartida dos consumidores industriais que agrega
energia nova ao SIN.

7. Isso posto, a proposta de criação do FEN tem por objetivo dar efetividade à aplicação
dos recursos resultantes da diferença entre o preço dos contratos em tela e o valor ao qual a Chesf
faz jus, nos termos ela Lei nº 12.783, de 2013, em investimentos de energia, de modo que se garanta
a expansão ela oferta de energia no Nordeste e no resto do País, até como forma de suprir esses
consumidores atualmente atendidos pelos contratos firmados com a Chesf.

8. Nesse sentido, os recursos aplicados no FEN seguirão uma política de investimentos


estabelecida por um Comitê Gestor, cuja composição e funcionamento serão definidos em
regulamento.

9. Ademais, considerada a origem dos recursos que serão destinados ao FEN, trata-se de
fundo ele natureza privada que será criado e administrado por instituição financeira controlada pela
União, direta ou indiretamente.

1O. Adicionalmente, uma vez que a prorrogação desses contratos não pode ser caracterizada
como onerosa para a Chest: que tinha a expectativa de poder dispor livremente da energia gerada
pela UHE Sobradinho, a partir de julho de 2015 até o vencimento de sua concessão em 2022, os
dispositivos propostos contemplam as seguintes premissas:

I - os contratos com vencimento em 30 de junho de 2015 passam a vencer em 8 ele


fevereiro de 2037 (em contraposição às propostas apresentas por emendas que estendem o prazo
desses contratos até 2042);

li - o montante de energia contratada é reduzido significativamente para que a Chesf possa


atender os contratos com lastro próprio;

1li - o montante de energia contratada será reduzido a partir de 2032, de maneira


escalonada, a uma razão de l/6 por ano, ao longo de 5 anos, de modo a permitir uma adaptação
gradual desses consumidores aos níveis de preço ele mercado; e
IV - a tarifa dos contratos passa a ser reajustada em julho, a partir de 2015, com aumento
no momento da assinatura dos aditivos contratuais, em consonância com o que ocorre com todos os
consumidores na atual conjuntura.

11. Considerando-se que o montante ele energia contratado pelos consumidores industriais
da Chesf terá significativa redução em função da solução apresentada, fica facultado a esses
consumidores as seguintes opções:

I - o rateio elo montante de energia disponível nos contratos de fornecimento de cada


consumidor entre suas unidades consumidoras; e

II- a aquisição pelos demais consumidores participantes do arranjo de qualquer redução de


montantes que porventura ocorra ao longo da vigência dos contratos, no caso de rescisões ou
reduções contratuais por quaisquer um desses consumidores.

12. Além de possibilitar a expansão ela oferta ele energia, com o objetivo ele preservar o
interesse do consumidor elas distribuidoras, estabeleceu-se que a garantia fisica das usinas da Chest:
que for se liberando da obrigação contratual com esses consumidores ao longo dos últimos cinco
anos elo contrato ou em caso ele redução ou rescisão contratual por parte ele quaisquer deles, será
alocada como cota ele garantia fisica ele energia e ele potência ils distribuidoras conforme disciplina
a Lei nº 12.783, de 2013. Assim, constata-se que a proposta não afasta os princípios da referida Lei.

13. Adicionalmente, como forma ele neutralizar a perda de fluxo de caixa aue a LChesf tçriad
:secrerana eg1sfat1va o
Congresso Nacional
~{Y)P\J. n° 6'tt/loA5

Fls._ i_1__ Rubrica:~


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 491

por não poder dispor mais livremente dessa energia após o fim dos referidos contratos em 30 de
junho de 2015, propõe-se que a Chesf passe a apropriar-se de parte da receita equivalente à
diferença entre o preço dos contratos em tela e o valor que realmente faz jus, nos termos da Lei nº
12.783, de 2013, sem contudo comprometer o FEN.

14. Nesse sentido, com o intuito de evitar que a prorrogação desses contratos seja
caracterizada como onerosa para fins ele demonstrações financeiras c contábeis ela Chesf, sugere-se
que os consumidores industriais em questão devam efetuar um pré-pagamento ela energia
contratada, no segundo semestre deste ano, associado à não alocação de cotas de garantia fisica de
energia e potência aos consumidores das distribuidoras, com consequcnte alocação à Chesf, também
estritamente para o segundo semestre deste ano, face a um balanço energético superavitário no
Ambiente de Contratação Regulada - ACR, em termos globais, neste período.

15. Com as medidas propostas poderão ser criadas oportunidades para que esses
consumidores industriais do Nordeste deixem de contar, quase que exclusivamente, com os
contratos da Chesf para manter suas atividades na região. Dessa forma, a partir elo vencimento elos
referidos contratos de fornecimento de energia será ele livre escolha desses consumidores o
fornecedor com quem contratará sua compra ele energia elétrica.

16. Por fim, além da relevância da matéria está caracterizada a sua urgência, tendo em vista
que os referidos contratos vencem no dia 30 de junho corrente, justificando a edição da proposta ele
Medida Provisória em comento.
17. Essas são, Senhora Presidenta, as considerações a respeito do projeto de Medida
Provisória que levo à superior deliberação de Vossa Excelência.

Respeitosamente,

Assinado por: Carlos Eduardo de Sou<.a Braglt

Secretaria Legislativa do
Congresso Nacional

Fls.
-
1.2
- ~~
-
f'YlPv' n° 0H I :J.J}15
Rubrica:
492 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Mensagem nº 221

Senhores Membros do Congresso Nacional,

Nos termos do art. 62 da Constituição, submeto à elevada deliberação de Vossas


Excelências o texto ela Medida Provisória nº 677 , de 22 de junho de 2015, que
"Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de Energia do
Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica, e altera a Lei n2 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei n~ 10.848, de 15 de
março de 2004".

Brasília, 22 de junho de 2015.

Secretaria Legislativa do
Congresso Nacional
IYIPV n° b11 /.W4~
Fls. fJ Rubrica: ~~
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 493

(CN) Brasília, em JO de ,;efetn0ro de 2015.

A Sua Excelência o Senhor


Deputado Eduardo Cunha
Presidente da Câmara dos Deputados

Assunto: Encaminha processado de Medida Provisória.

Senhor Presidente,

Encaminho a Vossa Excelência, nos termos do § 8° do art. 62 da


Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional no 32, o processado
da Medida Provisória n° 677, de 2015, que "Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco a pmticipar do Fundo de Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos
para a implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei 11° 11.943,
de 2 8 de maio de 2009, e a Lei l1° 1O. 848, de 15 de março de 2004".
À Medida foram oferecidas 120 (cento e vinte) emendas e a Comissão
Mista emitiu o Parecer no 72, de 20 15-CN, que conclui pelo PLV n° 16, de 2015.
Esclareço a Vossa Excelência que o texto da matéria foi
disponibilizado, em meio digital, por intermédio do autenticador no sítio dessa Casa.

Atenciosamente,

Senador enan Calheiros


Presidente da Me a do Congresso Nacional

mlc/mpv15-677
494 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CONGRESSO NACIONAL
EMENDAS
Apresentadas perante a Comissão Mista destinada a apreciar a Medida Provisória Nº 677,
de 2015, que “Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo
de Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a
Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004.”

PARLAMENTARES EMENDAS Nº S
Deputado LUIZ CARLOS HAULY 001;
Senador FLEXA RIBEIRO 002;
Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA 003; 004; 005; 006; 107; 108;
Deputado JOÃO DERLY 007;
Deputado MENDONÇA FILHO 008; 009; 010; 011; 012; 028;
029; 030;
Deputado CARLOS ZARATTINI 013; 048;
Senador OTTO ALENCAR 014;
Deputado DANILO FORTE 015; 016;
Senadora GLEISI HOFFMANN 017; 018;
Deputada JOZI ROCHA 019;
Deputado DOMINGOS SÁVIO 020;
Deputado EVANDRO ROMAN 021;
Deputado TENENTE LÚCIO 022; 023;
Deputado RONALDO BENEDET 024;
Senador WALTER PINHEIRO 025; 026; 027;
Deputado FABIO GARCIA 031; 032; 033; 034; 035; 036;
037;
Deputado JOSÉ ROCHA 038;
Deputada GORETE PEREIRA 039; 092;
Deputado GIVALDO CARIMBÃO 040; 041;
Deputado BETO ROSADO 042;
Senadora LÚCIA VÂNIA 043; 044; 045;
Senador ANTONIO ANASTASIA 046; 047;
Deputado GIACOBO 049; 050; 051; 052; 053; 054;
055; 056; 057; 058; 059; 060;
Deputado NEWTON CARDOSO JR 061; 062; 063; 064; 065;
Deputado MANOEL JUNIOR 066; 067; 068; 069; 070; 071;
072; 073; 074; 075; 076; 077;
078; 079; 080; 081; 082; 083;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 495

PARLAMENTARES EMENDAS Nº S
103; 104; 105;
Deputado PEDRO VILELA 084; 085; 086;
Senador WILDER MORAIS 087;
Deputada RAQUEL MUNIZ 088;
Deputado LEONARDO MONTEIRO 089;
Deputado REGINALDO LOPES 090;
Deputado COVATTI FILHO 091;
Senador ROMERO JUCÁ 093; 094; 095;
Deputado POMPEO DE MATTOS 096; 097; 098; 099;
Deputado ANTONIO CARLOS MENDES THAME 100;
Senador PAULO ROCHA 101;
Deputado JOÃO DANIEL 102;
Deputado NILSON LEITÃO 106;
Senadora ANA AMÉLIA 109;
Deputado LEONARDO QUINTÃO 110;
Senador EUNÍCIO OLIVEIRA 111; 112; 115;
Deputado JORGE CÔRTE REAL 113; 114;
Senadora SANDRA BRAGA 116; 117;
Senador ROBERTO ROCHA 118; 119; 120;

TOTAL DE EMENDAS: 120


496 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CONGRESSO NACIONAL MPV 677


00001

1 ETIQUETA

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

2 DATA 3 PROPOSIÇÃO
24/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA nº 677 de 22 de junho de 2015
4 AUTOR 5 N. PRONTUÁRIO
Dep. Luiz Carlos Hauly – PSDB/PR
454
6

SUPRESIVA 2- SUBSTITUTIVA 3- MODIFICATIVA 4- X ADITIVA 9- SUBSTITUTIVO


GLOBAL

0 ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

TEXTO

EMENDA ADITIVA

A Medida Provisória nº 677 passa a vigorar acrescida


do seguinte artigo:

Art. Ficam revogados o inciso XL do parágrafo 12, do art


8º e o inciso XXXVII do art. 28 da Lei n° 10.865, de 2004 , com a
redação dada pelo art. 1º da Lei nº 13.097, de 2015.

JUSTIFICATIVA
A presente proposta de Emenda visa a contemplar o setor
eólico que se encontra em situação emergencial, com enorme
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 497

montante de créditos acumulados de PIS e COFINS, devido a


promulgação do artigo 1º da Lei nº 13.097, de 2015, que se
pretende revogar.
A revogação do artigo permitirá o retorno do investimento no
setor, fundamental para a base energética brasileira.

ASSINA

Dep. LUIZ CARLOS HAULY – PSDB/PR


498 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00002

EMENDA Nº – CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 2015, onde couber,


os seguintes artigos:
Art. X O art. 3º da Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, passa
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 3º O valor da compensação financeira corresponderá:
I – a um fator percentual do valor da energia constante da fatura,
excluídos os tributos e empréstimos compulsórios;
II – a um percentual da garantia física da energia da hidrelétrica.
..........................................................................................
§ 3º A parcela de compensação financeira de que trata o inciso II
do caput será integralmente rateada entre os Estados em cujos territórios
se localizar o aproveitamento hidrelétrico, na forma do art. 5º.
§ 4º A parcela de compensação financeira de que trata o inciso II
do caput será devida apenas por aproveitamento hidrelétrico que tiver
sua concessão outorgada ou prorrogada a partir de 1º de janeiro de
2016.” (NR)

Art. Y O art. 17 da Lei nº 9.648, de 27 de maio de 1998, passa a


vigorar com a seguinte redação:
“Art. 17. A compensação financeira pela utilização de recursos
hídricos de que trata o inciso I do art. 3º da Lei nº 7.990, de 28 de
dezembro de 1989, será de seis inteiros e setenta e cinco centésimos por
cento sobre o valor da energia elétrica produzida, a ser paga por titular
de concessão ou autorização para exploração de potencial hidráulico aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios em cujos territórios se
localizarem instalações destinadas à produção de energia elétrica, ou
que tenham áreas invadidas por águas dos respectivos reservatórios, e a
órgãos da administração direta da União.
...................................................................................” (NR)

Art. Z Inclua-se o seguinte art. 17-A na Lei nº 9.648, de 27 de


maio de 1998:
“Art. 17-A. A compensação financeira pela utilização de recursos
hídricos de que trata o inciso II do art. 3º da Lei nº 7.990, de 28 de
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 499

dezembro de 1989, será de cinco inteiros por cento da garantia física da


energia do aproveitamento hidrelétrico, cuja titularidade será transferida
aos Estados onde estiver localizado.
Parágrafo único. O risco hidrológico da parcela transferida de que
trata o caput, considerado o Mecanismo de Realocação de Energia –
MRE, será assumido pelos Estados titulares da energia.”

JUSTIFICAÇÃO

A imunidade tributária referente a energia elétrica tem trazido


grandes prejuízos aos estados produtores de energia de origem hidrelétrica. A
Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH),
destinada a compensar estados e municípios pelos severos impactos
socioambientais de usinas hidroelétricas é muito inferior ao valor de ICMS que
seria devido aos estados produtores na ausência da imunidade.
Todos os esforços visando a alterar a Constituição Federal para
que a tributação sobre energia elétrica siga a regra geral têm sido em vão. Resta
a via do realinhamento da participação dos estados – os principais prejudicados
com a imunidade – no resultado da exploração das usinas hidroelétricas.
Dessa forma, proponho que a CFURH seja realinhada para que os
estados possam ser devidamente indenizados pelos elevados impactos
socioambientais de que têm sido vítimas durante a após a construção de
barramentos em rios de todo o País. A nova parcela da CFURH virá sob a
forma de energia, para que os estados possam fazer políticas industriais que
promovam o seu desenvolvimento.
Para que contratos já assinados não sejam negativamente
impactados pelo aumento da CFURH, proponho que apenas novos
empreendimentos se submetam às novas disposições.

Sala da Comissão,

Senador FLEXA RIBEIRO

ru2015-06275
500 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00003

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Democratas/BA
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. Modificativa 4. X Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se o seguinte § 2º ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015, renumerando-se os demais:

“Art. 3º ………………………………….………………...………................................

…………………………………………………………….....……….................................

§ 1º .......................................................................................................

§ 2º No mínimo, cinquenta por cento dos investimentos de que trata


o § 1º deste artigo deverão ser aplicados em fontes alternativas de
geração elétrica, destinando-se um mínimo de vinte por cento à
geração solar.

......................................................................................................... .”

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente,
e terá como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do
nordeste brasileiro e de outras regiões do País.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 501

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco –


Chesf e receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho
Gestor definir a política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a


execução de novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais
gradualmente a partir de 2032.

Nesse sentido, buscamos com a presente emenda assegurar que um mínimo


de cinquenta por cento dos futuros investimentos com recursos do FEN sejam
aplicados em fontes alternativas de geração elétrica, de forma a promover maior
diversificação da matriz energética nacional.

Por oportuno, vale ressaltar que o índice de radiação solar do Brasil é um dos
mais altos do mundo. Grande parte do território brasileiro está localizada
relativamente próxima à linha do Equador, de forma que não se observam grandes
variações de radiação solar durante o dia. A região nordeste do Brasil, por estar ainda
mais próxima do que as demais regiões, é a que possui maior área de radiação solar e
também onde ela é mais eficaz.

Ante o exposto, gostaria de poder contar com o apoio do nobre Relator para a
incorporação desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida
Provisória.

PARLAMENTAR
502 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00004

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Democratas/BA
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. X Modificativa 4. Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação ao art. 4º da Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015:

“Art. 4º ……………………………………….………………...………................................

………………………………………………………………….....……….................................

§ 1º A composição do CGEFEN deverá observar a participação paritária do


Governo e do setor empresarial.

§ 2º Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar o


Presidente do CGFEN e os membros representantes do Governo,
indicados pelos titulares das organizações as quais representem.

§ 3º O Senado Federal designará os membros do CGFEN representantes


do setor empresarial, vedada a designação de membros do Poder
Legislativo Federal.

§ 4º O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 5º O CGFEN contará com o apoio técnico e administrativo de órgão ou


entidade da administração pública federal.

§ 6º As despesas relacionadas à participação dos representantes do


Conselho Gestor do FEN correrão à conta dos respectivos entes nele
representados.

§ 7º A participação nas atividades do CGFEN será considerada prestação


de serviço relevante, não remunerada.” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 503

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente, e terá
como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica
que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do nordeste brasileiro e de outras
regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf e


receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho Gestor definir a
política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a execução de


novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais gradualmente a partir de
2032.

Nesse sentido, buscamos com a presente emenda assegurar igualdade de


participação entre o Governo e o setor empresarial no Conselho Gestor do FEN, visto que, em
última instância, são esses os grandes demandantes e destinatários finais dos novos
investimentos. Esse equilíbrio na composição do FEN visa principalmente adequar os
objetivos dos diversos agentes, promover e necessária sinergia e desenvolver a infraestrutura
energética do País.

Por sua vez, ao atribuirmos ao Senado Federal a incumbência de designar os


membros do CGFEN representantes do setor empresarial, buscamos assegurar uma maior
participação do Poder Legislativo na política energética do País.

Ante o exposto, gostaria de poder contar com o apoio do nobre Relator para a
incorporação desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
504 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00005

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Democratas/BA
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. X Modificativa 4. Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação ao art. 4º da Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015:

“Art. 4º ……………………………………….………………...………................................

………………………………………………………………….....……….................................

§ 1º A composição do CGEFEN deverá observar a participação paritária do


Governo e do setor empresarial.

§ 2º Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar o


Presidente do CGFEN e os membros representantes do Governo,
indicados pelos titulares das organizações as quais representem.

§ 3º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal designarão, mediante


representação paritária de cada uma das Casas, os membros do CGFEN
representantes do setor empresarial, vedada a designação de membros
do Poder Legislativo Federal.

§ 4º O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 5º O CGFEN contará com o apoio técnico e administrativo de órgão ou


entidade da administração pública federal.

§ 6º As despesas relacionadas à participação dos representantes do


Conselho Gestor do FEN correrão à conta dos respectivos entes nele
representados.

§ 7º A participação nas atividades do CGFEN será considerada prestação


de serviço relevante, não remunerada.” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 505

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente, e terá
como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica
que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do nordeste brasileiro e de outras
regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf e


receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho Gestor definir a
política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a execução de


novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais gradualmente a partir de
2032.

Nesse sentido, buscamos com a presente emenda assegurar igualdade de


participação entre o Governo e o setor empresarial no Conselho Gestor do FEN, visto que, em
última instância, são esses os grandes demandantes e destinatários finais dos novos
investimentos. Esse equilíbrio na composição do FEN visa principalmente adequar os
objetivos dos diversos agentes, promover e necessária sinergia e desenvolver a infraestrutura
energética do País.

Por sua vez, ao atribuirmos à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal a


incumbência de designar os membros do CGFEN representantes do setor empresarial,
buscamos assegurar uma maior participação do Poder Legislativo na política energética do
País.

Ante o exposto, gostaria de poder contar com o apoio do nobre Relator para a
incorporação desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
506 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00006

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Democratas/BA
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. Modificativa 4. X Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se o seguinte § 2º ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015, renumerando-se os demais:

“Art. 3º ………………………………….………………...………................................

…………………………………………………………….....……….................................

§ 1º .......................................................................................................

§ 2º No mínimo, cinquenta por cento dos investimentos de que trata


o § 1º deste artigo deverão ser aplicados em empreendimentos de
energia eólica e solar.

......................................................................................................... .”

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente,
e terá como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do
nordeste brasileiro e de outras regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco –


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 507

Chesf e receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho


Gestor definir a política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a


execução de novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais
gradualmente a partir de 2032.

Nesse sentido, buscamos com a presente emenda assegurar que um mínimo


de cinquenta por cento dos futuros investimentos com recursos do FEN sejam
aplicados em fontes alternativas de geração elétrica, de forma a promover maior
diversificação da matriz energética nacional. Como exemplo, podemos citar o caráter
de complementaridade existente entre a geração hidrelétrica e a geração eólica na
Região Nordeste do Brasil, visto que o maior potencial eólico ocorre durante o período
de menor disponibilidade hídrica.

Por outro lado, o índice de radiação solar do Brasil é um dos mais altos do
mundo. Grande parte do território brasileiro está localizada relativamente próxima à
linha do Equador, de forma que não se observam grandes variações de radiação solar
durante o dia. A região nordeste do Brasil, por estar ainda mais próxima do que as
demais regiões, é a que possui maior área de radiação solar e também aonde ela é
mais eficaz.

Ante o exposto, gostaria de poder contar com o apoio do nobre Relator para a
incorporação desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida
Provisória.

PARLAMENTAR
508 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00007
EMENDA Nº
______________/______
APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015
24/06/2015

TIPO
1 [ ] SUPRESSIVA 2 [ ] AGLUTINATIVA 3 [ ] SUBSTITUTIVA 4 [ ] MODIFICATIVA 5 [x] ADITIVA

AUTOR PARTIDO UF PÁGINA


DEPUTADO .................JOÃO DERLY...............................................
PCdoB RS 01/01

EMENDA ADITIVA

Inclua-se, onde couber, o seguinte artigo:


“Art. XX. O art. 1º da Lei nº 11.438, de 29 de dezembro de 2006, passam a
vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º A partir do ano-calendário de 2007 e até o ano-calendário de 2022,


inclusive, poderão ser deduzidos do imposto de renda devido, apurado na Declaração de Ajuste
Anual pelas pessoas físicas ou em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa
jurídica tributada com base no lucro real os valores despendidos a título de patrocínio ou doação,
no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do
Esporte”.

JUSTIFICATIVA

Em dezembro de 2006, foi publicada a Lei nº 11.438, destinada a fomentar as atividades


de caráter desportivo. Em seu art. 1º, possibilita que, até o ano-calendário de 2015, pessoas físicas
e jurídicas deduzam do imposto de renda devido os valores despendidos a título de patrocínio ou
doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos previamente aprovados pelo
Ministério do Esporte.
A Lei de Incentivo foi um grande sucesso, por isso, entendemos fundamental a ampliação
do prazo para incentivarmos ainda mais o esporte nacional.

24/06/2015 ___________________________________________________
DATA ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 509

MPV 677
00008

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data: Proposição:
Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015.
Autor: Nº do prontuário
Dep. Mendonça Filho – Democratas/PE
1. [ ]supressiva 2. [ ] substitutiva 3. [ ] modificativa 4. [X] aditiva 5. [ ] substitutivo global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

“Art. Ganhos de escala decorrentes do aumento de demanda por energia elétrica


absorvidos indevidamente pelas Concessionárias Distribuidoras a partir de 2002, relacionados
à falta de neutralidade da Parcela A das tarifas, deverão ser integralmente ressarcidos ao
consumidor final de energia, na forma e prazos a serem definidos pela Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL.”

JUSTIFICATIVA

De acordo com cálculos do TCU, algo em torno de R$ 7 bilhões foram pagos


indevidamente, entre 2002 e 2009, pelo consumidor de energia elétrica. A discussão sobre a
cobrança indevida na conta de luz teve início quando o Tribunal de Contas da União (TCU)
identificou uma distorção no mecanismo de cálculo dos reajustes anuais que garantiram para
as distribuidoras um ganho de aproximadamente R$ 1 bilhão por ano.

Muito embora a Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel tenha reconhecido o erro
e reformulado a metodologia de cálculo nos contratos com as empresas, o novo sistema,
entretanto, só vale para os reajustes ocorridos a partir de 2010.

Este fato provocou a criação, em 27 de maio de 2009, de uma Comissão Parlamentar de


Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. O relatório final aprovado trouxe a recomendação
de que fosse determinado à Aneel:

“no prazo de 60 (sessenta) dias, desenvolva mecanismo de devolução, seja


mediante pagamento em espécie, seja mediante compensação futura, aos
consumidores dos valores injustamente cobrados em decorrência da falta de
510 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

neutralidade da Parcela A, durante os últimos anos.”

Não obstante, os consumidores não receberão o dinheiro de volta extrajudicialmente.


A decisão foi tomada pela própria diretoria da Aneel, apesar de o próprio órgão ter
reconhecido a existência de um erro na fórmula de cálculo dos reajustes tarifários.

A presente emenda busca garantir ao consumidor brasileiro o direito ao legítimo


ressarcimento dos valores cobrados indevidamente. De se notar que o próprio relator da
matéria no TCU, Ministro Valmir Campelo, já opinou formalmente no sentido de que os valores
cobrados indevidamente devem retornar aos clientes das distribuidoras de energia elétrica.
PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 511

MPV 677
00009

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data: Proposição:
Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015.
Autor: Nº do prontuário
Dep. Mendonça Filho – Democratas/PE
1. [ ]supressiva 2. [ ] substitutiva 3. [ ] modificativa 4. [X] aditiva 5. [ ] substitutivo global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

“Art. X Ficam reduzidas a 0% (zero) as alíquotas da Contribuição para os


Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de energia
elétrica.

§ 1º A tarifa de energia elétrica deverá ser reduzida proporcionalmente ao


valor que deixar de ser pago em razão do disposto no caput, nos termos do
disposto no art. 9º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

§ 2º Na hipótese do não cumprimento do disposto no § 1º, as contribuições


deverão ser pagas, acrescidas de multa, de mora ou de ofício, e juros, na
forma da legislação aplicável.

§ 3º As vendas efetuadas com alíquota 0% (zero) da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos
créditos vinculados a essas operações.

§ 4º O saldo credor apurado na forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de


dezembro de 2002, e no art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003,
acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude do
disposto no caput poderá, observada a legislação específica aplicável à
matéria, ser objeto de:

I - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a


outros tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; ou

II - pedido de ressarcimento em dinheiro.

§ 5º O disposto neste artigo produzirá efeitos pelo prazo de 5 (cinco) anos,


512 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

contados do primeiro dia do ano subsequente ao de sua entrada em vigor.”

JUSTIFICATIVA

Esta emenda tem por objetivo reduzir a tarifa de energia elétrica paga pelas
famílias e pelas indústrias brasileiras. A redução perseguida pelo Governo por meio da
desastrosa MP 579, de 2012, ficou muito aquém da prometida e pode avançar via desoneração
dos tributos que incidem sobre o setor.
A redução da tarifa será consequência da desoneração tributária prevista no art. 1º
da proposição, que consiste na redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a
receita decorrente da venda de energia elétrica das distribuidoras.
O benefício fiscal ora proposto garantirá duplo benefício às famílias brasileiras. O
primeiro com a redução no valor da conta de energia elétrica que pagam mensalmente. O
segundo, benefício indireto, virá com a redução dos custos da indústria instalada no País, com o
consequente aumento da competitividade frente ao mercado internacional e a manutenção ou,
até mesmo, a ampliação dos postos de trabalho.
Há que se destacar o altíssimo custo da energia elétrica fornecida à indústria no
Brasil, aproximadamente 50% superior à tarifa média internacional. Com essa diferença gritante
de custos arcados pela indústria nacional, a capacidade de os produtos brasileiros concorrerem
no mercado internacional fica extremamente prejudicada, afetando inclusive o nível de
emprego.
Diante do exposto e tendo em vista a importância social e econômica de que se
reveste o incentivo fiscal proposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação
desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 513

MPV 677
00010

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data: Proposição:
Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015.
Autor: Nº do prontuário
Dep. Mendonça Filho – Democratas/PE
1. [ ]supressiva 2. [ ] substitutiva 3. [ ] modificativa 4. [X] aditiva 5. [ ] substitutivo global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

“Art. X Ficam reduzidas a 0% (zero) as alíquotas da Contribuição para os


Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de energia
elétrica.

§ 1º O disposto no caput do art. X aplica-se às geradoras de energia elétrica,


qualquer que seja a forma de sua geração.

§ 2º A tarifa de energia elétrica deverá ser reduzida proporcionalmente ao


valor que deixar de ser pago em razão do disposto no caput, nos termos do
disposto no art. 9º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

§ 3º Na hipótese do não cumprimento do disposto no § 1º, as contribuições


deverão ser pagas, acrescidas de multa, de mora ou de ofício, e juros, na
forma da legislação aplicável.

§ 4º As vendas efetuadas com alíquota 0% (zero) da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos
créditos vinculados a essas operações.

§ 5º O saldo credor apurado na forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de


dezembro de 2002, e no art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003,
acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude do
disposto no caput poderá, observada a legislação específica aplicável à
matéria, ser objeto de:

I - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a


outros tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; ou
514 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II - pedido de ressarcimento em dinheiro.

§ 6º O disposto neste artigo produzirá efeitos pelo prazo de 5 (cinco) anos,


contados do primeiro dia do ano subsequente ao de sua entrada em vigor.”

JUSTIFICATIVA

Esta emenda tem por objetivo reduzir a tarifa de energia elétrica paga pelas
famílias e pelas indústrias brasileiras. A redução perseguida pelo Governo por meio da
desastrosa MP 579, de 2012, ficou muito aquém da prometida e pode avançar via desoneração
dos tributos que incidem sobre o setor.
A redução da tarifa será consequência da desoneração tributária prevista no art. 1º
da proposição, que consiste na redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a
receita decorrente da venda de energia elétrica das distribuidoras.
O benefício fiscal ora proposto garantirá duplo benefício às famílias brasileiras. O
primeiro com a redução no valor da conta de energia elétrica que pagam mensalmente. O
segundo, benefício indireto, virá com a redução dos custos da indústria instalada no País, com o
consequente aumento da competitividade frente ao mercado internacional e a manutenção ou,
até mesmo, a ampliação dos postos de trabalho.
Há que se destacar o altíssimo custo da energia elétrica fornecida à indústria no
Brasil, aproximadamente 50% superior à tarifa média internacional. Com essa diferença gritante
de custos arcados pela indústria nacional, a capacidade de os produtos brasileiros concorrerem
no mercado internacional fica extremamente prejudicada, afetando inclusive o nível de
emprego.
Diante do exposto e tendo em vista a importância social e econômica de que se
reveste o incentivo fiscal proposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação
desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 515

MPV 677
00011

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data: Proposição:
Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015.
Autor: Nº do prontuário
Dep. Mendonça Filho – Democratas/PE
1. [ ]supressiva 2. [ ] substitutiva 3. [ ] modificativa 4. [X] aditiva 5. [ ] substitutivo global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

“Art. X Ficam reduzidas a 0% (zero) as alíquotas da Contribuição para os


Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de energia
elétrica.

§ 1º O disposto no caput do art. X aplica-se às transmissoras de energia


elétrica.

§ 2º A tarifa de energia elétrica deverá ser reduzida proporcionalmente ao


valor que deixar de ser pago em razão do disposto no caput, nos termos do
disposto no art. 9º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

§ 3º Na hipótese do não cumprimento do disposto no § 1º, as contribuições


deverão ser pagas, acrescidas de multa, de mora ou de ofício, e juros, na
forma da legislação aplicável.

§ 4º As vendas efetuadas com alíquota 0% (zero) da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos
créditos vinculados a essas operações.

§ 5º O saldo credor apurado na forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de


dezembro de 2002, e no art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003,
acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude do
disposto no caput poderá, observada a legislação específica aplicável à
matéria, ser objeto de:

I - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a


outros tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; ou
516 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II - pedido de ressarcimento em dinheiro.

§ 6º O disposto neste artigo produzirá efeitos pelo prazo de 5 (cinco) anos,


contados do primeiro dia do ano subsequente ao de sua entrada em vigor.”

JUSTIFICATIVA

Esta emenda tem por objetivo reduzir a tarifa de energia elétrica paga pelas
famílias e pelas indústrias brasileiras. A redução perseguida pelo Governo por meio da
desastrosa MP 579, de 2012, ficou muito aquém da prometida e pode avançar via desoneração
dos tributos que incidem sobre o setor.
A redução da tarifa será consequência da desoneração tributária prevista no art. 1º
da proposição, que consiste na redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a
receita decorrente da venda de energia elétrica das distribuidoras.
O benefício fiscal ora proposto garantirá duplo benefício às famílias brasileiras. O
primeiro com a redução no valor da conta de energia elétrica que pagam mensalmente. O
segundo, benefício indireto, virá com a redução dos custos da indústria instalada no País, com o
consequente aumento da competitividade frente ao mercado internacional e a manutenção ou,
até mesmo, a ampliação dos postos de trabalho.
Há que se destacar o altíssimo custo da energia elétrica fornecida à indústria no
Brasil, aproximadamente 50% superior à tarifa média internacional. Com essa diferença gritante
de custos arcados pela indústria nacional, a capacidade de os produtos brasileiros concorrerem
no mercado internacional fica extremamente prejudicada, afetando inclusive o nível de
emprego.
Diante do exposto e tendo em vista a importância social e econômica de que se
reveste o incentivo fiscal proposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação
desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 517

MPV 677
00012

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data: Proposição:
Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015.
Autor: Nº do prontuário
Dep. Mendonça Filho – Democratas/PE
1. [ ]supressiva 2. [ ] substitutiva 3. [ ] modificativa 4. [X] aditiva 5. [ ] substitutivo global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

“Art. X Ficam reduzidas a 0% (zero) as alíquotas da Contribuição para os


Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor
Público - PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social - COFINS incidentes sobre a receita decorrente da venda de energia
elétrica.

§ 1º O disposto no caput do art. X aplica-se às distribuidoras de energia


elétrica.

§ 2º A tarifa de energia elétrica deverá ser reduzida proporcionalmente ao


valor que deixar de ser pago em razão do disposto no caput, nos termos do
disposto no art. 9º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

§ 3º Na hipótese do não cumprimento do disposto no § 1º, as contribuições


deverão ser pagas, acrescidas de multa, de mora ou de ofício, e juros, na
forma da legislação aplicável.

§ 4º As vendas efetuadas com alíquota 0% (zero) da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos
créditos vinculados a essas operações.

§ 5º O saldo credor apurado na forma do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de


dezembro de 2002, e no art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003,
acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude do
disposto no caput poderá, observada a legislação específica aplicável à
matéria, ser objeto de:

I - compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a


outros tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; ou
518 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II - pedido de ressarcimento em dinheiro.

§ 6º O disposto neste artigo produzirá efeitos pelo prazo de 5 (cinco) anos,


contados do primeiro dia do ano subsequente ao de sua entrada em vigor.”

JUSTIFICATIVA

Esta emenda tem por objetivo reduzir a tarifa de energia elétrica paga pelas
famílias e pelas indústrias brasileiras. A redução perseguida pelo Governo por meio da
desastrosa MP 579, de 2012, ficou muito aquém da prometida e pode avançar via desoneração
dos tributos que incidem sobre o setor.
A redução da tarifa será consequência da desoneração tributária prevista no art. 1º
da proposição, que consiste na redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP
e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes sobre a
receita decorrente da venda de energia elétrica das distribuidoras.
O benefício fiscal ora proposto garantirá duplo benefício às famílias brasileiras. O
primeiro com a redução no valor da conta de energia elétrica que pagam mensalmente. O
segundo, benefício indireto, virá com a redução dos custos da indústria instalada no País, com o
consequente aumento da competitividade frente ao mercado internacional e a manutenção ou,
até mesmo, a ampliação dos postos de trabalho.
Há que se destacar o altíssimo custo da energia elétrica fornecida à indústria no
Brasil, aproximadamente 50% superior à tarifa média internacional. Com essa diferença gritante
de custos arcados pela indústria nacional, a capacidade de os produtos brasileiros concorrerem
no mercado internacional fica extremamente prejudicada, afetando inclusive o nível de
emprego.
Diante do exposto e tendo em vista a importância social e econômica de que se
reveste o incentivo fiscal proposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação
desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 519

MPV 677
00013

Congresso Nacional

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

Data: Proposição:
25.06.2015 Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015

Autor: Nº do Prontuário
CARLOS ZARATTINI - PT/SP 398

Supressiva Substitutiva Modificativa X Aditiva Substitutiva Global

Artigo: Parágrafo: Inciso: Alínea:


Pág.

TEXTO

Adiciona-se artigo, onde melhor couber, na Medida Provisória nº 677, de 22


de junho de 2015, a seguinte redação:

“Art. XX. As medições de consumidores que prestam serviço de


transporte público coletivo de tração elétrica deverão ser
integralizada, para fins de faturamento, desde que atendidas as
seguintes condições, cumulativamente:
I - os pontos de medição ocorram em municípios conurbados;
II - os medidores estejam localizados em uma mesma área de
concessão ou permissão; e
III - o fornecimento de energia seja feito na mesma tensão”.

JUSTIFICATIVA

A inclusão do artigo ora proposto visa assegurar ao serviço público de


transporte urbano por meio de tração elétrica o correto e justo faturamento de
energia elétrica. Os modais de transporte público ferroviário eletrificado
alcançam toda a sociedade, desde os trens urbanos que deslocam grandes
massas das periferias às áreas centrais dos grandes centros, notadamente
as classes sociais C e D, até as linhas de Metrô que atendem a todos os
segmentos do tecido social.

Conforme amplamente divulgado pela mídia nacional e testemunhado pelo


Congresso Nacional, em meados de 2013 ocorreram várias manifestações
populares contra o aumento das tarifas do transporte público. A energia
elétrica representa 25% dos custos do transporte público de tração elétrica.
Caso a sua cobrança não ocorra de forma integralizada, as concessionárias
520 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Congresso Nacional

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

Data: Proposição:
25.06.2015 Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015

Autor: Nº do Prontuário
CARLOS ZARATTINI - PT/SP 398

Supressiva Substitutiva Modificativa X Aditiva Substitutiva Global

Artigo: Parágrafo: Inciso: Alínea:


Pág.

de transporte sofrerão um acréscimo no custo de energia em um patamar de


cerca de 30% que inexoravelmente onerará a tarifa do transporte. Por outro
lado, o faturamento adequado das concessionárias de transporte não causará
ônus aos demais consumidores de energia elétrica, uma vez que a ligação
das diversas subestações a uma mesma rede de distribuição malhada não
causa aumento de custos para a distribuidora de energia elétrica.

O transporte público por tração elétrica é uma carga móvel e dependente do


fluxo de passageiros com maior demanda nos horários de maior movimento,
devido ao deslocamento da população trabalhadora urbana e suburbana para
o trabalho e para casa, possuindo múltiplos acessos paralelos à fonte de
energia elétrica, geograficamente distribuídos ao longo de toda a sua
extensão (chegando a centenas de quilômetros). Apesar de possuir mais de
um ponto de conexão ao sistema elétrico, o serviço público de tração elétrica
é caracterizado por uma única carga composta por diversos trens se
deslocando no espaço e no tempo, com uma operação naturalmente
interligada.

Assim, a cobrança da energia de forma integralizada é a que melhor atende


ao interesse público e a população trabalhadora, sem ônus adicional aos
demais consumidores de energia elétrica.

Sala das Sessões, 25 de junho de 2015

Deputado CARLOS ZARATTINI


PT/SP
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 521

MPV 677
00014

EMENDA Nº - CMMPV 677/2015


(à MPV nº 677, de 2015)

Dê-se a seguinte redação ao art. 3º da Medida Provisória nº


677, de 2015:
Art. 3º ......................................................
§ 1º Os recursos do FEN deverão ser investidos da seguinte
forma:
I – no mínimo, 50% (cinquenta por cento) em
empreendimentos de geração de energia elétrica na Região
Nordeste;
II – até 30% (quarenta por cento) em empreendimentos de
geração de energia elétrica nas demais regiões do País, desde que
em fontes com preços inferiores aos praticados na Região
Nordeste; e
III – 20% (dez por cento) em projetos de revitalização do Rio
São Francisco
...............................................................

JUSTIFICAÇÃO

Da capacidade de geração da Companhia Hidro Elétrica do


São Francisco (CHESF), 10,6 Gw de potência instalada, cerca de 94%
provêm de aproveitamentos hidroelétricos situados no Rio São Francisco.
O “Velho Chico”, contudo, sofre terrivelmente com a ocupação humana e
as atividades econômicas ao longo de seu percurso. A derrubada das matas
ciliares, o uso consuntivo da água e a destruição de inúmeras nascentes que
abastecem o rio e seus tributários, entre outros problemas, provocam a
redução de seu caudal. A queda da vazão hídrica, evidentemente, implica
menor geração de energia hidrelétrica.
Torna-se, então, fundamental revitalizar o Rio São Francisco,
para aumentar a geração de seu parque hidroelétrico. De fato, aplicar2
recursos na revitalização do Rio São Francisco produz o mesmo resultado
final de investir em Sala
novasdaunidades geradoras: mais energia elétrica para o
Comissão,
Brasil. Com esse propósito, apresentamos esta emenda e esperamos o apoio
dos nobres Parlamentares para a sua aprovação.
2

Sala da Comissão,

Senador Otto Alencar


522 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00015

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data
Medida Provisória nº 677/2015
26/06/2015

Autor Nº do Prontuário
Deputado Danilo Forte (PMDB/CE)
1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _X_Aditiva 5. __Substitutivo Global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se à Medida Provisória, onde


couber, os seguintes artigos:

Art. XX - As empresas titulares de projetos aprovados pelas extintas Superintendência do


Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia
(SUDAM), beneficiárias de recursos incentivados sob a forma de debêntures, conversíveis ou não-
conversíveis, subscritas em favor do Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR) ou do Fundo de
Investimentos da Amazônia (FINAM), relativamente às debêntures vencidas e vincendas a partir da data
de publicação desta lei, poderão, dispensados os juros moratórios e multas previstos nas respectivas
escrituras de emissão:

I – quitar, total ou parcialmente o saldo atualizado das debêntures vencidas e vincendas, com
encargos de situação de normalidade, em moeda corrente do país, com redução de 30% (trinta por cento)
sobre o montante de pagamento à vista, ou redução de 15%( quinze por cento) sobre o montante
parcelado no prazo máximo de 10 anos, não podendo a parcela inicial ser inferior a 5%(cinco por cento); II
– quitar total ou parcialmente o montante dos encargos contratuais incorporados ao saldo devedor,
considerado em situação de normalidade, mediante a utilização de Precatórios Federais, Créditos Fiscais
junto a RFB passíveis de restituição, Títulos da Dívida Agrária - TDA ou de outros titulos de créditos não
prescritos de responsabilidade do Banco Central do Brasil ou do Tesouro Nacional, próprios ou de
terceiros, tomando por base os respectivos valores atualizados até o mês anterior ao da data de
formalização da repactuação;

III – converter em ações preferenciais nominativas, total ou parcialmente, o saldo devedor


inadimplido e o vincendo, atualizado com encargos de situação de normalidade;

IV – renegociar, total ou parcialmente, o saldo devedor inadimplido e o vincendo, apurado com


encargos de situação de normalidade, mediante a emissão de novas debêntures não conversíveis, com
prazo de carência e de amortização máximos de dois e dez anos, respectivamente, conforme capacidade
de pagamento de cada empresa, aplicando-se a taxa de juros praticada pelos Fundos Constitucionais
FNE e FNA, na ocasião da formalização do novo contrato.

§ 1º As disposições estabelecidas neste artigo não se aplicam às empresas que, durante a


execução de seus projetos, comprovadamente apresentaram desvios ou fraudes na aplicação dos
recursos incentivados.

§ 2º As empresas poderão se utilizar, a seu critério, de uma ou mais das alternativas elencadas
no caput deste artigo, desde que procedam à total regularização dos respectivos débitos vencidos junto
aos Fundos credores.

Art. XX - Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 1º ao Fundo de Recuperação Econômica


do Estado do Espírito Santo (FUNRES) e ao Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Espírito
Santo (GERES).”
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 523

JUSTIFICATIVA

A política de incentivos fiscais e creditícios à iniciativa privada nas regiões Norte e Nordeste do Brasil foi
instituída pelo Governo Federal há cerca de 60 anos, com o objetivo de estimular e atrair investimentos
produtivos, possibilitando a redução das disparidades socioeconômicas historicamente verificadas entre citadas
regiões e as Regiões Sul e Sudeste.

Nesse mister, foram instituídos vários organismos regionais, como o BNB e a SUDENE, no Nordeste, e
o BASA, a SUDAM e a SUFRAMA, no Norte. No âmbito da SUDAM e da SUDENE, foram criados programas
especiais de fomento aos setores agropecuário e industrial, de modo a suprir a reduzida taxa de poupança
interna e compensar as desvantagens locacionais dos empreendimentos que se instalassem naquelas áreas.

Particularmente merece enfoque especial o mecanismo de participação acionária no capital das


empresas titulares dos projetos beneficiários desses recursos incentivados. Originários da renúncia fiscal de
parte do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas em todo o território nacional, a dedução opcional era
convertida em investimento acionário a favor da empresa contribuinte optante dessa modalidade.

Referido mecanismo sofreu várias alterações ao longo do tempo, sendo uma das mais relevantes a
ocorrida em 1974, através do Dec. Lei nº 1.376/74, quando foi instituída a sistemática dos Fundos de
Investimentos Regionais, denominados de FINAM e FINOR, com atuação nas regiões Norte e Nordeste,
respectivamente, alterada pelo Decreto-Lei nº 2.304/86. Entretanto, este mecanismo de fomento sofreu
modificação radical em 1991, com a edição da Lei nº 8.167/91, regulamentada pelo Decreto nº 101/91, tornando
compulsória a aplicação dos recursos incentivados exclusivamente sob a forma de debêntures conversíveis e
não conversíveis. Posteriormente, a Lei nº 8.167 foi modificada pela Lei nº 9.808/99 e pelas MPs nos 2.058/2000
e 2.119-14/2001.

Este novo formato foi imposto a todos os projetos anteriormente aprovados pela SUDAM e SUDENE
sob a égide da legislação anterior, desvirtuando sua concepção original. As empresas beneficiárias que não
pretendessem aderir ao novo regime teriam seus projetos cancelados, independentemente do estágio em que se
encontrassem, em frontal ofensa ao direito adquirido.

Nessa nova sistemática, regulamentada internamente pela Resolução SUDAM nº 7.077, de 16/08/1991,
e pela Portaria SUDENE nº 855, de 15/12/1994, a cada liberação de recursos, a empresa beneficiária emitia as
debêntures correspondentes, parte delas conversíveis em ações quando seu projeto fosse declarado concluído,
subordinando-se, porém, à incidência de juros desde a data de sua emissão.

Ocorreram, desde então, duas comprometedoras incongruências: de um lado, os recursos previstos nos
cronogramas financeiros dos projetos eram liberados com acentuado e habitual atraso, em contrapartida aos
prévios aportes de recursos próprios dos controladores, sem que estes merecessem qualquer tipo de atualização
monetária; de outro, os recursos incentivados, sob a forma de debêntures, passaram a sofrer a incidência de
juros desde sua emissão ou liberação. É de fácil compreensão as distorções acarretadas por aqueles perversos
e equivocados procedimentos ao longo do efetivo período de implantação dos projetos, não inferior a cinco anos,
fato agravado pela economia vivenciando elevado nível de inflação.
Ademais, há de considerar-se, ainda, a má prática adotada pelos então gestores do FINAM e do FINOR,
em decorrência da insuficiência dos recursos disponíveis em relação ao montante demandado pelos
empreendimentos aprovados, ou seja, a de negociar a prematura emissão do Certificado de Empreendimento
Implantado – CEI, em troca da liberação de alguma parcela de recursos incentivados, já recomendada em nível
de fiscalização físico-contábil, mas normalmente de valor inferior ao requerido pelo projeto.

É evidente que referidas distorções comprometeram a estabilidade financeira e operacional das


empresas incentivadas, afetando significativamente sua capacidade de pagamento e resultando na generalizada
inadimplência quando do vencimento das debêntures emitidas, então com valor bastante acrescido pela
acumulação dos juros ao longo dos anos.

Consoante informações emanadas do Ministério da Integração Nacional, existem atualmente 1.180


empresas beneficiárias de incentivos em situação de irregularidade junto aos fundos FINAM e FINOR, cujo
passivo, representado por debêntures, conforme balanços em 31.12.2013 dos Bancos operadores BASA e BNB,
é da ordem de R$ 23,5 bilhões, parte dos quais poderá ser recuperável, desde que oferecidas condições
excepcionais compatíveis. Caso contrário, em prevalecendo as condições contratuais firmadas nas escrituras de
emissão daqueles títulos, referida dívida permanecerá impagável, em face da incapacidade das empresas de
liquidá-la.

Para ilustrar referido cenário, são apresentados a seguir os dados relativos ao FINAM e ao FINOR,
operados pelo Banco da Amazônia e pelo Banco do Nordeste do Brasil:
524 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

FINAM:
· Número total de projetos beneficiários de recursos do fundo:
· Número total de empresas emissoras de debêntures:
· Número total de empresas inadimplentes junto ao fundo: 668
· Valor atualizado das debêntures vencidas: R$ 6,3 bilhões
· Índice de inadimplência:
FINOR : CD/14092.05901-77
· Número total de projetos beneficiários de recursos do fundo: 1.120
· Número total de empresas beneficiárias emissoras de debêntures: 519
· Número total de empresas inadimplentes junto ao fundo: 512
· Índice de inadimplência: 99%
· Valor atualizado das debêntures vencidas (em 31.12.2014): R$ 19 bilhões.

Observa-se, pela abrangência da inadimplência, que o problema tem origem na perversa sistemática
operacional adotada na forma de concessão dos incentivos. Há de se convir que sua magnitude é por demais
significativa para continuar seguindo sem uma solução adequada, “status quo” que não interessa a nenhuma das
partes, conforme se justifica adiante:

a) Não interessa aos fundos FINAM e FINOR manter tão elevada soma de recursos contabilizada como
prejuízo, mormente face à real possibilidade de recuperar parte dela e realimentar suas disponibilidades e
ampliar suas operações;

b) Igualmente, não interessa aos Bancos Operadores BASA e BNB apresentarem balanços negativos
em suas carteiras relativas aos respectivos Fundos geridos;
c) Muito menos às empresas beneficiárias interessa a manutenção de suas inadimplências, haja vista
que se encontram inscritas no CADIN e acionadas judicialmente pelos Bancos operadores, permanecendo
consequentemente impedidas de contratarem operações de crédito junto à rede de bancos oficiais para
expansão de suas atividades produtivas;

d) Tampouco interessa ao Ministério da Integração Nacional, responsável maior pelas políticas de


desenvolvimento regional e ao qual estão subordinadas a SUDAM, a SUDENE, o BASA e o BNB, manter
“engessadas” centenas de empresas produtivas e viáveis, prejudicadas que foram pelas distorções já
mencionadas, inviabilizando a recuperação de recursos de remoto retorno, quando poderia reintegrá-los ao
sistema.

Cabe observar, por oportuno, que grandes avanços foram registrados nas Regiões Norte e Nordeste em
decorrência desta e de outras políticas regionais de desenvolvimento, a exemplo da redução das taxas de
analfabetismo, mortalidade infantil, natalidade e desemprego, seguidas da elevação da renda “per capita” e do
padrão de vida das populações residentes nas regiões incentivadas.

Entretanto, apesar do esforço envidado ao longo de mais de meio século, a renda per capita das
regiões incentivadas continua defasada em relação à média nacional. No caso específico da Região Nordeste,
por exemplo, ela tem-se mantido relativamente inalterada, nos últimos 50 anos, correspondendo a cerca de 50%
da média nacional.

Referida constatação, em respeito aos preceitos constitucionais estatuídos no art. 43, § 2º, inciso II, e
art. 151, inciso I, impõe a necessidade da continuidade das políticas de concessão de incentivos fiscais e
creditícios às regiões menos desenvolvidas do país, justificando, inclusive, a adoção de normas especiais de
correção das distorções incorridas.

Face ao exposto, requeremos a aceitação da presente Emenda, haja vista sua relevância e benefícios
para as economias das Regiões Norte e Nordeste, a exemplo das recentes medidas para renegociação de
débitos com os Fundos Constitucionais.

PARLAMENTAR

Deputado DANILO FORTE


PMDB/CE
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 525

MPV 677
00016

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data
Medida Provisória nº 677/2015
26/06/2015

Autor Nº do Prontuário
Deputado Danilo Forte (PMDB/CE)
1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _X_Aditiva 5. __Substitutivo Global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se à Medida Provisória,


onde couberem, os seguintes artigos:

Art. X. Fica autorizada a remissão das dívidas oriundas de


crédito rural, contratadas em 2013 e 2014, de valor originalmente contratado até R$
50.000,00 (cinquenta mil reais), por agropecuaristas inscritos no Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf, cujo empreendimento esteja
localizado em municípios da área de abrangência da Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste – Sudene com decretação de estado de calamidade
ou situação de emergência reconhecidos pelo Poder Executivo.

Parágrafo Único. A remissão de que trata este artigo não


importará a devolução de valores aos beneficiários.

Art. XX. Fica autorizada a renegociação das dívidas oriundas


de crédito rural, contratadas em 2013 e 2014, por pessoas jurídicas de direito
privado, cujo empreendimento esteja instalado ou em instalação nos municípios de
abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene, cuja
produção e funcionamento decorram da utilização de matérias-primas oriundas de
épocas invernosas.
526 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda à Medida Provisória tem por objetivo


resgatar a capacidade de pagamento dos agricultores familiares de municípios do
semiárido brasileiro afligidos pela severa seca dos últimos anos.

Diante do gravíssimo quadro de prolongada estiagem na


região, o plantio e colheita foram prejudicados, colocando em risco a subsistência de
milhares de famílias que vivem em situação de extrema vulnerabilidade social. Além
disso, a seca arrasou as pastagens, comprometendo a criação animal e aumentando
os prejuízos dos produtores rurais, que tiveram que adquirir empréstimos para
custear a compra de ração. Ainda assim, diante das sérias dificuldades enfrentadas,
grande parte do rebanho veio a perecer.

São inúmeros os apelos de agricultores dos municípios do


semiárido brasileiro onde foi decretado estado de calamidade ou situação de
emergência para que uma medida nesse sentido seja programada diante do
gravíssimo quadro apresentado.

Nota-se que os efeitos da seca colocaram em risco tanto a


população como as atividades econômicas ali desenvolvidas, provocando a redução
da renda de produtores rurais e afetando negativamente sua capacidade de
pagamento. Portanto, a adoção dessa medida é crucial para se garantir a
continuidade das atividades econômicas de milhares de agricultores familiares,
recorrentemente castigados pela estiagem.

Portanto, a remissão das dívidas dos pequenos e médios


agricultores e pecuaristas familiares inscritos no Pronaf é medida justa, uma vez que
sua capacidade produtiva viu-se comprometida pelos efeitos de eventos climáticos
extremos, inviabilizando o cumprimento dos compromissos financeiros anteriormente
firmados.

Salienta-se que a referida remissão produzirá impacto pouco


significativo no orçamento da União, ao passo que representará vigorosa consolação
para os agricultores do semiárido brasileiro, que terão a possibilidade de recomeçar
seus plantios e demais atividades tão logo as adversidades climáticas sejam
perpassadas.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 527

Assim sendo, faz-se necessária a declaração da remissão por


meio da presente emenda à Medida Provisória 677 de 2015, a fim de amenizar as
adversidades causadas pelo longo período de estiagem, o que representaria o
recomeço para os afetados pela seca na região de abrangência da Sudene.

Pelas razões expostas, esperamos contar com o apoio das


Senhoras e Senhores Deputados para aprovação da presente emenda.

PARLAMENTAR

Deputado DANILO FORTE


PMDB/CE
528 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
SENADO FEDERAL
00017
GABINETE DA SENADORA GLEISI HOFFMANN

EMENDA Nº CN.
(à Medida Provisória nº 677, de 2015).

Acrescente-se onde couber o seguinte artigo à Medida


Provisória nº 677, de 2015:
“Art....... O artigo 26 da lei nº 9.427, de 26 de dezembro de
1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art.26. ..............................................................................
............................................................................................
§ 10. Para o aproveitamento referido no inciso I do caput
deste artigo, para os empreendimentos hidrelétricos com
potência igual ou inferior a 3.000 kW (três mil quilowatts)
e para aqueles com base em fontes solar, eólica,
biomassa e cogeração qualificada, conforme
regulamentação da ANEEL, cuja potência injetada nos
sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou
igual a 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e que entrarem
em operação comercial a partir de 1º de janeiro de 2016,
a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a
50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de
uso dos sistemas elétricos de transmissão e de
distribuição, incidindo na produção e no consumo da
energia, proveniente de tais empreendimentos, destinada
à autoprodução.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO
Trata de proposta que viabiliza a autoprodução de energia elétrica a
partir de fontes alternativas, importante fator de competitividade da indústria
brasileira e que contribui para o desenvolvimento sustentável da economia
nacional.
Importantes projetos de expansão de autoprodução preveem a
exploração de fontes alternativas, como eólica, biomassa, solar, cogeração
qualificada e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
De acordo com o art. 26 da Lei 9.427, de 1996, todas essas fontes têm
seu desenvolvimento incentivado por meio de uma política governamental
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 529

SENADO FEDERAL
GABINETE DA SENADORA GLEISI HOFFMANN

que oferece descontos nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de


transmissão e de distribuição.
No entanto, quando editado pela Lei nº 10.438, de 2002, o art. 26 foi
alterado e o desconto passou a incidir na produção e no consumo da energia
comercializada pelos aproveitamentos. Como autoprodutores não
comercializam energia, estes acabaram privados dos incentivos oferecidos ao
desenvolvimento das fontes alternativas, o que inviabilizou a sua expansão.
Assim, a proposta busca justamente corrigir essa injustiça, incluindo a
energia destinada a autoprodução como passível do desconto, permitindo
que a indústria investidora em geração própria também possa auferir dos
benefícios que a política de governo ofereceu para o desenvolvimento das
fontes limpas de energia.
A proposta vale apenas para os empreendimentos que entrarem em
operação a partir de 1º de janeiro de 2016, o que garante o estímulo à
expansão do parque gerador nacional.
Importa destacar que a política de governo teve como foco o incentivo
na utilização das fontes – e não da classe de investidores – o que torna
discriminatória a exclusão dos autoprodutores. Além disso, potenciais
energéticos existem e, caso o autoprodutor continue sem o incentivo,
qualquer empresa geradora poderá construí-los, auferindo dos descontos
proporcionados pela política de governo.
Ressalta-se que em 1998, quando foi editada a Lei nº 9.648, que
instituiu o §1° no art. 26, o desconto incidia na energia ofertada pelo
empreendimento, o que proporcionava oportunidade para todos os agentes,
inclusive autoprodutores.
Dessa forma, a alteração do artigo da forma aqui proposta permitirá o
retorno a uma condição original de isonomia – intenção primordial do
legislador – admitindo que todos os investidores possam ser abrangidos pela
política governamental. Ademais, a proposta tem o condão de beneficiar a
economia nacional, tendo em vista que o investimento em autoprodução de
fontes alternativas contribui sobremaneira para a competitividade da indústria
e do país.
Sala da Comissão,

Senadora GLEISI HOFFMANN


530 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
SENADO FEDERAL
00018
GABINETE DA SENADORA GLEISI HOFFMANN

EMENDA Nº CN.
(à Medida Provisória nº 677, de 2015).

Acrescente-se onde couber o seguinte artigo à Medida


Provisória nº 677, de 2015:

“Art...... O artigo 26 da Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007,


passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 26 ................................................................................
............................................................................................
§ 4º A participação no empreendimento de que trata o §1º
será calculada como o menor valor entre:
I - a proporção das ações com direito a voto detidas pelos
acionistas da sociedade de propósito específico
outorgada; e
II - o produto da proporção das ações com direito a voto
detidas pelos acionistas da sociedade diretamente
participante da sociedade de propósito específico
outorgada pela proporção estabelecida no inciso I.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

O artigo 26 da lei nº 11.488, de 2007, ao equiparar a autoprodutor de


energia elétrica o consumidor participante de sociedade de propósito
específico (SPE), permitiu o desenvolvimento de projetos de geração própria
utilizando o modelo de Project Finance, estruturação financeira mais
apropriada à execução de empreendimentos de infraestrutura.

No entanto, a legislação – ao não especificar o tipo de participação


que deveria ser considerada quando da análise dos limites para equiparação
– acabou causando efeito colateral sobre a estrutura de negócios dos
empreendimentos de autoprodução, impedindo o desenvolvimento de
modelos financeiros já consagrados e trazendo desvantagens para a indústria
autoprodutora nacional.

A legislação acabou impossibilitando o autoprodutor de utilizar o


mercado de ações para a captação de recursos, prática comum no ambiente
empresarial, uma vez que eventual emissão de ações acabaria diluindo a
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 531

SENADO FEDERAL
GABINETE DA SENADORA GLEISI HOFFMANN

participação do autoprodutor no capital social da companhia, reduzindo,


consequentemente, sua parcela de geração própria.

Dessa forma, a presente emenda pretende corrigir essa prejudicial e


indesejada consequência advinda da lei nº 11.488/2007, sem perder de vista
os objetivos e anseios do legislador, que buscou estimular e dar isonomia aos
agentes de autoprodução no país.

A proposta determina que a energia de autoprodução, gerada em SPE,


seja alocada proporcionalmente às ações com direito a voto da sociedade, o
que permite a captação de recursos privados de longo prazo por meio da
emissão de ações sem direito a voto.

O mecanismo – bastante difundido no mercado financeiro – já é


utilizado por outros agentes do setor elétrico nacional e busca incentivar o
investimento de longo prazo do país, viabilizando a capitalização e
alavancagem da infraestrutura nacional, redução da dependência por
recursos públicos, ampliação da participação de investidores privados e
qualificados em projetos estruturantes, alivio das contas públicas e
competitividade para a indústria nacional.

Por fim, vale destacar que no cenário atual de aumento da


concorrência em nível global, elevação dos preços e tarifas de energia
elétrica, necessidade de garantia de suprimento e preocupação com o meio
ambiente, a autoprodução de energia surge como fator fundamental de
competitividade da indústria nacional. O investimento em geração própria
permite que a indústria detenha maior controle sobre um de seus principais
insumos – a energia elétrica – garantindo, assim, previsibilidade de custos,
segurança de suprimento e balizamento dos preços na sua geração.

A proposta corrige distorções do passado e cria condições mais


vantajosas para o setor elétrico e para a indústria nacional, contribuindo para
maior desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Sala da Comissão,

Senadora GLEISI HOFFMANN


532 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00019

EMENDA ADITIVA Nº
(à MPV 677/2015)

Inclua-se, onde couber, no Projeto de Lei de Conversão da Medida


Provisória nº 677, de 23 de junho de 2015, o seguinte artigo, renumerando-se
os demais:

Art.___ - O artigo 4º da Lei 9.808, de 20 de julho de 1999, passa a vigorar com


a seguinte redação:

“Art. 4º - Serão concedidos aos empreendimentos que se implantarem


modernizarem, ampliarem ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia
e que sejam considerados de interesse para as regiões, segundo
avaliações técnicas das respectivas Superintendências de
Desenvolvimento, até 31 de dezembro de 2020, o benefício da isenção
do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante -
AFRMM.”(NR)

JUSTIFICATIVA

A presente emenda está em consonância com o objeto principal da


Medida Provisória 677 de 2015, pois trata de prorrogar mecanismo de incentivo
à instalação e operação de empreendimentos industriais no Nordeste e na
Amazônia, com o objetivo de reduzir suas desvantagens comparativas para a
atração e fixação de investimentos produtivos.

O dispositivo proposto amplia o prazo de vigência da isenção do


Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM)
concedido aos empreendimentos que se implantarem, modernizarem,
ampliarem ou diversificarem suas atividades no Nordeste e na Amazônia, e que
sejam considerados de interesse para o desenvolvimento dessas regiões,
segundo avaliações técnicas específicas das respectivas superintendências de
desenvolvimento.

A isenção supramencionada é concedida pela Lei 9.808, de 20 de julho


de 1999, em seu artigo 4º (redação dada pela Lei nº 12.431, de 2011) com
previsão de fruição do benefício até 31 de dezembro de 2015, abrangendo a
região Nordeste e Amazônia:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 533

“Art. 4º- Serão concedidos aos empreendimentos que se implantarem,


modernizarem, ampliarem ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia
e que sejam considerados de interesse para o desenvolvimento destas
regiões, segundo avaliações técnicas específicas das respectivas
Superintendências de Desenvolvimento, até 31 de dezembro de 2015, o
benefício de isenção do Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante.” (AFRMM). (Redação dada pela Lei nº 12.431, de
2011).

Trata-se de medida para a consolidação do objetivo fundamental da


República grafado no artigo 3º da Constituição, que consiste em reduzir as
desigualdades sociais e econômicas existentes nas diversas regiões do país,
senão vejamos no texto reproduzido em seguida:

"Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do


Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades


sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo,


cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

Uma das estratégias propostas na Política Nacional de Desenvolvimento


Regional (PNDR), instituída pelo Decreto 6.047, de 22 de fevereiro de 2007, é
a ativação das potencialidades de desenvolvimento das regiões brasileiras, por
meio do uso de instrumentos que estimulem a formação de capital fixo e social
em regiões menos favorecidas, e que impliquem na geração de emprego e
renda.

Assim, com a finalidade de dar continuidade aos esforços


governamentais para redução das desigualdades regionais, propõe-se a
prorrogação para 31 de dezembro de 2020, do prazo constante no art. 4º da
Lei 9.808, de 1999, para a isenção do AFRMM aos empreendimentos que se
implantarem, modernizarem, ampliarem ou diversificarem nas regiões do
Nordeste e Norte (Amazônia) e que sejam considerados de interesse para o
desenvolvimento destas regiões.

Caso não seja prorrogada a isenção do AFRMM as empresas sediadas


nas regiões Norte e Nordeste, hoje amparadas pela desoneração da SUDENE
e SUDAN, pagarão 25% sobre o frete das cargas de importação diminuindo
fortemente a competitividade dessas empresas, pois dependem fortemente do
suprimento de insumos produzidos em outras regiões do país.
534 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Esta medida torna-se mais urgente devido ao atual quadro de recessão


econômica que o país vem enfrentando, com a acentuada redução da atividade
e produção industrial, retração do mercado consumidor interno e aumento da
carga tributária, com consequências diretas sobre o mercado de trabalho e o
aumento do desemprego.

Como ficou demonstrado, a manutenção da isenção do AFRMM é


fundamental para a viabilidade das empresas na região Norte e Nordeste. Por
esta razão, o Governo e o Congresso Nacional devem priorizar a prorrogação
desse mecanismo para garantir que o processo de desenvolvimento econômico
e social seja contínuo e consistente nessas regiões. Esta isenção tem
representado, em média, cerca de 9% do total arrecadado nos últimos anos.

Ante o exposto, solicito o apoio dos nobres pares para aprovação da


emenda, que é de fundamental relevância para redução das desigualdades
regionais.

Sala das Sessões,

JOZI ROCHA
Deputada Federal
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 535

MPV 677
00020

MEDIDA PROVISÓRIA No- 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015


EMENDA nº. ............

Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 22 de Junho de 2015, onde couber, nova redação
do § 3º e um novo artigo com a seguinte redação:

§ 3o Os recursos do FEN serão de titularidade das concessionárias geradoras de serviço público,


inclusive aquelas sob controle federal, que atendam ao disposto no art. 22 da Lei no 11.943, de
2009 e às concessionárias de que trata o artigo 6º desta medida provisória, para implantação de
empreendimentos de energia elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais as
concessionárias tenham participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital
próprio das sociedades a serem constituídas.

Art. 6º. Serão estendidas aos consumidores finais produtores de ferroligas e silício metálico
instalados em Minas Gerais, com unidades fabris conectadas ao sistema de transmissão e
distribuição de energia elétrica, independentemente de terem exercido ou não a opção prevista
nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, as condições dos contratos de que trata o art. 22 da Lei 11.943,
de 28 de maio de 2009, incluindo tarifas, preços, critérios de reajuste e demais condições de
fornecimento, não se aplicando o disposto no § 8º, do art. 15, da Lei 9.074/95.

§ 1º. O contrato de que trata o caput será celebrado com concessionária de serviço público de
energia a ser definida pelo governo federal, sendo:

I. Preferencialmente celebrado com a concessionária de serviço público de geração de


energia do local em que estão situados os empreendimentos abarcados pelo caput,
neste caso mediante a renovação dos contratos de fornecimento vigentes até 31 de
dezembro de 2014, hipótese em que prevalecerão a forma, preços, montantes
contratuais de energia de 2014, critérios de reajustes e demais condições previstas
nestes contratos, devendo, todavia, ser observados os dispostos nos §§ 1º, 3º, 4º, 11,
12, 16 e 18 do art. 22 da Lei 11.943 de 2009.
II. Por qualquer outra concessionária de serviço público de geração ou distribuição de
energia a ser definida pelo governo federal, em até 30 (trinta) dias após o transcurso
do prazo para exercício da opção de que trata o § 2º deste artigo.

§ 2º. Com vistas a assegurar o atendimento do contrato de que trata o inciso I, do § 1º deste
artigo, a concessionária de serviço público de geração de energia local, poderá, no prazo de 30
dias da publicação desta lei, manifestar o interesse de prorrogação da UHE São Simão nos
termos do artigo 1º da Lei 12.783, de 2013, sendo que, excepcionalmente, a garantia física desta
usina não está sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no
inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013, da data do exercício da opção a 8 de
fevereiro de 2037.

§ 3º. Com vistas a assegurar o atendimento do contrato de que trata o inciso II, do § 1º deste
artigo, caso o governo federal indique concessionária de serviço público de geração de energia,
esta, poderá, no prazo de 30 dias da publicação desta lei, manifestar o interesse de prorrogação
de usinas, a sua escolha, nos termos do artigo 1º da Lei 12.783, de 2013, sendo que,
excepcionalmente, a garantia física destas usinas não estarão sujeitas à alocação de cotas de
garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783,
de 2013, da data do exercício da opção a 8 de fevereiro de 2037.

§ 4º. Aplica-se ao contrato de que trata o § 1º deste artigo o disposto no § 16 do art. 22 da Lei
11.943 de 2009, hipótese em que os referidos recursos serão de titularidade da concessionária de
serviço público a ser definida pelo governo federal, ficando autorizada a sua participação no
Fundo de Energia do Nordeste.
536 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

JUSTIFICATIVA

A inclusão da emenda, ora proposta visa evitar um retrocesso sem precedentes em toda a cadeia
produtiva que tem como seu pilar estratégico o setor industrial brasileiro produtor de ferroligas
e de silício metálico, bem como fortalecer as bases para investimentos em energia renovável.
Isso ocorrerá com a consolidação do regime jurídico específico e diferenciado para os
consumidores industriais a serem atendidos por essa emenda.

A indústria de Ferroligas e Silício Metálico está com a maior parte da sua produção paralisada e
corre o risco de encerrar definitivamente suas atividades, caso não se consiga o suprimento de
energia elétrica vital para o funcionamento das suas fábricas.

As empresas produtoras de ferroligas e de silício metálico empregam mais de 80 mil pessoas no


país e seu desaparecimento oferece riscos graves para os pequenos municípios onde estão
instaladas. Neles, elas são a principal fonte de empregos, tributos e desenvolvimento social,
beneficiando diretamente quase meio milhão de pessoas.

O setor é base de uma cadeia produtiva de alto valor agregado para o Brasil, é um dos mais
superavitários no ranking das exportações nacionais, e tem também papel importante na
substituição de importações. As exportações somam mais de R$4,5 bilhões e as importações
evitadas são R$ 2,2 bilhões.

O setor tem alta tecnologia e gera inovação, sendo detentor de 55 patentes de invenção. A
arrecadação de impostos é superior a R$ 1,4 bilhões/ano.

Essas fábricas estão há décadas desenvolvendo a economia do Brasil e em especial a de Minas


Gerais, gerando emprego e riqueza em municípios, que em alguns casos são as únicas
empregadoras de grande porte.

Dada sua capacidade multiplicadora de riqueza dentro de cada Estado, onde estão outras
empresas fornecedoras e clientes, respondem por um valor agregado à economia local anual
estimado em R$ 32 bilhões.

A viabilidade da manutenção dessas plantas, especialmente no Estado de Minas Gerais,


encontra-se seriamente ameaçada, sendo necessário viabilizar a sua manutenção mediante a
prorrogação dos contratos de fornecimento vigentes. A consolidação do regime jurídico
específico, diferenciado, dos consumidores industriais atendidos diretamente por
concessionárias de geração de serviço público, inclusive as sob controle federal pode
proporcionar via a emenda proposta, a continuidade dos contratos com as indústrias,
viabilizando um aumento significativo dos investimentos em energia renovável. Assim, há a
oportunidade de se criar um ciclo virtuoso. A manutenção dos contratos industriais preserva a
energia hidroelétrica que pode proporcionar adicionalmente a expansão da geração de energia
limpa e renovável , com a energia das hidroelétricas vinculadas à continuidade dos contratos
industriais, assegurando a competitividade das indústrias, e possibilitando firmar energias
renováveis como eólica e solar na matriz energética brasileira. Essa solução corresponde a que
melhor atende ao interesse público, considerando-se a necessidade de desenvolvimento
econômico-social das comunidades onde atuam e a competitividade da energia elétrica para a
indústria brasileira lá instalada.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 537

O fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais produtores de ferroligas e de silício


metálico com unidades fabris conectadas ao sistema brasileiro de transmissão e distribuição de
energia elétrica, e vital para, assegurar, preservar e expandir a sua competitividade,
principalmente no mercado internacional, ante sua relevância na geração de trabalho, renda,
tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Gerando múltiplos benefícios destaca-se, ainda, que a inclusão de todas empresas produtoras de
ferroligas e de silício metálico evita um pernicioso efeito anticoncorrencial. Isto porque, a não
inclusão de todo o segmento possibilita apenas a contratação de energia via regime especial por
determinadas empresas que não se enquadraram como consumidores livres ou especiais ao
longo do tempo, nos termos da legislação do setor elétrico (arts. 15 e 16 da Lei 9.074/1995).
Assim, seja pela importância de fomentar a atividade industrial desenvolvida pelo setor de
ferroligas e de silício metálico, beneficiando toda uma cadeia ‘produtiva de altíssimo valor
agregado para o Brasil contribuindo diretamente para o desenvolvimento sócio-econômico do
nosso pais, seja para manutenção do equilíbrio da competitividade desse setor industrial, a
inclusão da emenda ora apresentada se justifica de forma plena e integral e corresponde ao que
melhor atende ao interesse público.

Sala da Comissão,

Deputado DOMINGOS SÁVIO


PSDB-MG
538 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ETIQUETA
MPV 677
CONGRESSO NACIONAL 00021

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
25/06/2015 Medida Provisória 677/2015
AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Deputado Evandro Roman
TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTIT 3 ( ) MODIFICATIVA 4 ( x ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

EMENDA ADITIVA

Acrescente-se o seguinte artigo ao texto da Medida Provisória nº 677, de 22


de junho de 2015, renumerando-se:

“Art. 6º A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“Art. 1º ................................................................................
................................................................................

§ 10. O risco hidrológico de que trata o inciso VIII do caput não abrange o
deslocamento da geração de usinas hidrelétricas decorrente de:

I – despacho térmico fora da ordem de mérito econômico, independentemente


de sua modalidade;

II – geração das usinas comprometidas com a contratação de energia de


reserva prevista no § 3º do art. 3º;

III – importação de energia elétrica realizada de maneira temporária; e

IV – geração de usina termelétrica sem garantia física para comercialização


de energia elétrica.

§ 11. O deslocamento da geração de usinas hidrelétricas de que trata o § 10


ensejará compensação aos agentes de geração mediante Encargos de Serviços
do Sistema, a incidir sobre o segmento consumo, incluindo os autoprodutores
na parcela do consumo não atendida por geração própria.
§ 12. As regras de comercialização deverão refletir as disposições dos §§ 10 e
ASSINATURA – DEPUTADO EVANDRO ROMAN – PSD / PR

____/____/____ ______________________________________________________________
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 539

11, estabelecendo valoração, pelo Preço de Liquidação das Diferenças –


PLD, dos montantes de energia elétrica que deixaram de ser produzidos pelas
usinas hidrelétricas, descontado o custo de operação e manutenção desses
empreendimentos de geração, dado pela Tarifa de Energia de Otimização –
TEO.”

JUSTIFICAÇÃO

O Setor Elétrico Brasileiro sempre foi marcado pela predominância da


hidreletricidade, uma vocação que o país possui e que permite conciliar (i) geração
de energia limpa e renovável e (ii) modicidade de tarifas e preços, na medida em que
as usinas hidrelétricas têm reduzidos custos de operação.

Todavia, nos últimos anos, constata-se mudança expressiva na matriz


elétrica nacional, com o aumento da participação da termeletricidade. A maior
participação de usinas termelétricas no atendimento das necessidades de energia
elétrica dos consumidores eleva o custo de geração e, por conseguinte, as tarifas de
energia.

Para reverter essa trajetória, é necessário estabelecer ambiente


favorável a investimentos em novas usinas hidrelétricas, o que permitirá, inclusive,
dotar o sistema elétrico nacional de maior robustez em virtude do aumento da
capacidade de armazenamento do conjunto das usinas hidrelétricas.

A consecução de ambiente favorável à hidreletricidade passa,


obrigatoriamente, pela delimitação do risco hidrológico referido no inciso VIII do
art. 1º da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, risco esse que o funcionamento do
Mecanismo de Realocação de Energia – MRE busca mitigar.

Desde 2013, verifica-se que as usinas hidrelétricas integrantes do


MRE passaram a apresentar déficits de geração que não são explicados
exclusivamente pelas condições hidrológicas ocorridas, sendo que esses déficits de
geração, especialmente a partir de 2014, resultaram em expressivos danos
financeiros aos agentes de geração, inclusive aos próprios consumidores cativos em
razão das exposições financeiras associadas à contratação em regime de cotas
estabelecida pela Lei nº 12.783/2013.

As perdas financeiras dos geradores hidrelétricos, além de inibir que


esses agentes tomem decisão de reinvestir parte das receitas auferidas com a
exploração das atuais usinas em novos empreendimentos de geração, comprometem
ASSINATURA – DEPUTADO EVANDRO ROMAN – PSD / PR

____/____/____ ______________________________________________________________
540 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

a atratividade de todo o segmento de geração hidrelétrica, que busca gerar riqueza a


partir de um dos principais bens do país: os potenciais de energia hidráulica.

Conforme apontado em relatórios de auditoria do Tribunal de Contas


da União – TCU, a mudança do perfil de despacho das usinas que compõem o
Sistema Interligado Nacional – SIN, de hidrotérmico para termo-hídrico, afeta toda a
lógica subjacente a operação do sistema, com reflexos comerciais relevantes.

A adoção de despacho térmico fora da ordem de mérito e a geração


das usinas comprometidas com a contratação de energia de reserva de que trata o art.
3º da Lei nº 10.848/2004 reduzem a geração das usinas hidrelétricas.

Ademais, o Ministério de Minas e Energia – MME, diante do


aumento do risco de déficit de energia elétrica em 2015, editou diversos atos no
intuito de ampliar, de maneira temporária e excepcional, a oferta de energia elétrica.
Entre as medidas adotadas, destaca a reativação (i) da importação de energia elétrica
da Argentina e Uruguai e (ii) da operação de usinas termelétricas sem garantia física
para fins de comercialização.

Essas medidas também têm repercussão sobre os geradores


hidrelétricos, dada a redução que se impõe à produção das usinas hidrelétricas, sem
quetal redução possa ser atribuída à seara do risco hidrológico.

Também em 2015, verifica-se a adoção de campanhas midiáticas com


o propósito de promover a racionalização do consumo de energia elétrica. O
resultado almejado com essas campanhas, a redução do nível de consumo, também
afeta o nível de geração das usinas hidrelétricas, pois estas, operando de forma
complementar às usinas termelétricas acionadas a pleno despacho, reduzirão a sua
produção em consequência do arrefecimento do patamar de consumo.

A fim de preservar as balizas que norteiam o funcionamento do


Mecanismo de Realocação de Energia – MRE e fomentar investimentos em novas
usinas hidrelétricas, propõe-se, na presente emenda à Medida Provisória nº
677/2015, a inclusão de dispositivo na Lei nº 10.848/2004 para delimitar a
abrangência do risco hidrológico a que todo gerador hidrelétrico está submetido em
virtude do exercício da atividade econômica de comercialização de energia elétrica.

Para viabilizar a limitação do risco hidrológico, prevê-se que a


redução da geração hidrelétrica nas hipóteses listadas ensejará compensação por
intermédio do já existente “Encargos de Serviços do Sistema – ESS”. Prevê-se,
ASSINATURA – DEPUTADO EVANDRO ROMAN – PSD / PR

____/____/____ ______________________________________________________________
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 541

ainda, que essa compensação será equivalente ao custo de oportunidade incorrido


pelo gerador hidrelétrico, custo esse correspondente ao valor do Preço de Liquidação
das Diferenças – PLD – deduzido pela “Tarifa de Energia de Otimização – TEO”,
calculada pela ANEEL.

Tal delimitação confere segurança e previsibilidade para os geradores


hidrelétricos, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento sustentável do
setor elétrico e para a modicidade de tarifas e preços, dada a mitigação da percepção
de risco pelos seus investidores.

ASSINATURA – DEPUTADO EVANDRO ROMAN – PSD / PR

____/____/____ ______________________________________________________________
542 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00022

EMENDA Nº
______________/______
APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA MEDIDA PROVISÓRIA Nº677, DE 2015.


25/06/2015

TIPO
1 [ ] SUPRESSIVA 2 [ ] AGLUTINATIVA 3 [ ] SUBSTITUTIVA 4 [X ] MODIFICATIVA 5 [ ] ADITIVA

AUTOR PARTIDO UF PÁGINA


DEPUTADO (A) TENENTE LÚCIO
PSB MG 01/01


  
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JUSTIFICAÇÃO
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DATA ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 543

MPV 677
00023

EMENDA Nº
______________/______
APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA MEDIDA PROVISÓRIA Nº677, DE 2015.


25/06/2015

TIPO
1 [ ] SUPRESSIVA 2 [ ] AGLUTINATIVA 3 [ ] SUBSTITUTIVA 4 [ ] MODIFICATIVA 5 [ x] ADITIVA

AUTOR PARTIDO UF PÁGINA


DEPUTADO (A) TENENTE LÚCIO
PSB MG 01/02

  
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JUSTIFICAÇÃO

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544 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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____/____/____ ___________________________________________________
DATA ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 545

ETIQUETA
MPV 677
CONGRESSO NACIONAL 00024

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
25/06/2015 Medida Provisória 677
AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Deputado RONALDO BENEDET
TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTIT 3 ( ) MODIFICATIVA 4 ( x ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

EMENDA ADITIVA

Acrescente-se o seguinte artigo ao texto da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de


2015, renumerando-se:

“Art. 6º A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, passa a vigorar com as seguintes


alterações:
“Art. 1º ................................................................................
................................................................................
§ 5° ................................................................................
................................................................................
IV - não se aplica ao inciso II, para fins de realocação de energia, a redução de geração
hidrelétrica decorrente da geração de energia de reserva, de usinas termelétricas
despachadas para manutenção da segurança do sistema e de importação de energia.”

JUSTIFICAÇÃO

A crise hídrica que o setor elétrico está passando trouxe grandes dificuldades tanto
para os consumidores como para os geradores hidrelétricos de energia elétrica. Neste sentido a
emenda em questão busca manter os incentivos a novos investimentos na fonte hidrelétrica.

A proposta busca delimitar o risco hidrológico referido no inciso VIII do art. 1º da Lei
nº 10.848, de 15 de março de 2004, que está a cargo dos geradores e que tem se tornado
excessivamente pesado para a classe de geração nos últimos anos em função do elevado despacho
das usinas termelétricas fora da ordem de mérito e da importação de energia, não previstas nos
modelos de otimização utilizados no setor elétrico. Deve-se destacar que a decisão do despacho não
é de responsabilidade do agente de geração e sim do Operador Nacional do Sistema. Essa decisão
pode afetar a capacidade de atendimento dos contratos, gerando perdas financeiras.

ASSINATURA

____/____/____ ______________________________________________________________
546 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00025

EMENDA Nº - CM
(à MPV n.º 677, de 2015)

Dê-se ao § 3º do art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015, a seguinte redação:

Art. 3º ..........................

§ 3º Os recursos do FEN serão de titularidade das


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas
sob controle federal, que atendam ao disposto no art. 22 da Lei
no11.943, de 2009, para implantação de empreendimentos de
energia elétrica, diretamente ou através de Sociedades de
Propósito Específico nas quais as concessionárias tenham
participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital
próprio das sociedades a serem constituídas.

JUSTIFICAÇÃO

A redação do § 3º do art. 3º limita a aplicação dos recursos à conformação,


pelas concessionárias, de sociedades de propósito específico para a implantação dos
empreendimentos de energia elétrica. Assim, impede que o façam diretamente, por si
próprias, obrigando-as a se associarem a empresas privadas para a constituição de uma
SPE que é, sobretudo, entidade privada, não integrante da Administração Pública.

Essa solução é questionável e tem viés privatizante, na medida em que


impede que a própria concessionária estatal seja a titular do empreendimento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 547

Ainda que em alguns casos essa solução possa ser adequada, não se pode
impedir que as concessionárias federais atuem diretamente.

A presente emenda visa, assim, assegurar essa possibilidade.

Sala da Comissão,
548 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00026

EMENDA Nº - CM
(à MPV n.º 677, de 2015)

Inclua-se, no art. 3º, o seguinte parágrafo:

“§ 5º No caso da concessionária geradora de serviço público sob


controle federal atuante na região Nordeste, os recursos do FEN
deverão ser aplicados em investimentos de infraestrutura de
transmissão de energia elétrica, conexões elétricas e geração de
energia na região Nordeste, observada a aplicação de pelo menos
cinquenta por cento do total dos recursos em geração de energia
solar.”

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda tem como objetivo resgatar a proposta originalmente


contida na emenda que foi objeto de veto à MPV 656, de 2014, onde se previa no caso da
concessionária geradora de serviço público sob controle federal atuante na região Nordeste,
a parcela de sua receita anual composta pela diferença entre o somatório do valor apurado
considerando a tarifa média de energia aplicável aos respectivos contratos de fornecimento
e a respectiva RAG - Receita Anual de Geração média deveria ser aplicada em
investimentos de infraestrutura de transmissão de energia elétrica, conexões elétricas e
geração de energia a partir de fontes renováveis, tudo na citada região Nordeste.

Contudo, é também necessário definir a aplicação do percentual mínimo de


50% dos recursos na geração de energia solar, que, entre as energias renováveis, é a que
demanda maior investimento e desenvolvimento, e que, na Região Nordeste, apresenta
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 549

enorme potencial de crescimento e capacidade de contribuição para o atendimento da


demanda, inclusive no setor industrial.

Dessa forma, para assegurar o mesmo objetivo e, assim, incentivar e


assegurar recursos para investimentos em fontes renováveis, com especial atenção para a
geração energia solar, consideramos necessária a inserção do parágrafo acima proposto.

Sala da Comissão,
550 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00027

EMENDA Nº - CM
(à MPV n.º 677, de 2015)

Dê-se ao caput do art. 4º da Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015, a seguinte redação:

Art. 4º A política de aplicação dos recursos do Fundo de Energia


do Nordeste – FEN será definida por um Conselho Gestor do
FEN – CGFEN, órgão colegiado de caráter deliberativo, cuja
composição e funcionamento serão definidos em regulamento.

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda visa corrigir falha na formulação do art. 4º, que cria o
Conselho Gestor, mas não define a sua competência. Essa competência, por definição,
deveria ser a de gerir o Fundo, mas o art. 2º define que FEN “será criado e administrado
por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente”, ou seja, não será
o Conselho Gestor quem vai gerir o fundo, mas essa instituição financeira. Por outro lado,
o § 2º do art. 3º prevê que “os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as decisões
deliberadas por seu Conselho Gestor”, o que permite concluir que a esse conselho caberá
definir a política de aplicação dos recursos do Fundo.

Para deixar clara essa competência entendemos necessário ajustar o art. 4º.

Sala da Comissão,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 551

MPV 677
00028

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. MENDONÇA FILHO – Democratas/PE
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. X Modificativa 4. Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação aos incisos I e II do § 1º do art. 3º da Medida


Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015:

“Art. 3º ……………………………………….………………...………................................

………………………………………………………………….....……….................................

§ 1º ...........................................................................................................

I – no mínimo, sessenta por cento na Região Nordeste; e

II – até quarenta por cento nas demais regiões do País, desde que em
fontes com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

......................................................................................................... .” (NR)

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente, e terá
como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica
que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do nordeste brasileiro e de outras
regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf e


552 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho Gestor definir a
política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a execução de


novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais gradualmente a partir de
2032.

Nesse sentido, a redação da MP 677/2015 estabelece que um mínimo de cinquenta


por cento dos recursos do FEN sejam destinados a empreendimentos na Região Nordeste,
destinando a parcela restante às outras regiões do País.

No entanto, entendemos que uma parcela maior dos recursos do FEN deve ser
revertida em benefício do desenvolvimento da infraestrutura energética do nordeste
brasileiro. Tal medida justifica-se não somente pela necessidade de se corrigir desequilíbrios
regionais, garantindo melhores condições de competitividade para as indústrias lá instaladas,
mas também pelo fato de os recursos serem oriundos de aportes do próprio sistema Chesf.

Ante o exposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação desta
Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 553

MPV 677
00029

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. MENDONÇA FILHO – Democratas/PE
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. X Modificativa 4. Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação aos incisos I e II do § 1º do art. 3º da Medida


Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015:

“Art. 3º ……………………………………….………………...………................................

………………………………………………………………….....……….................................

§ 1º ...........................................................................................................

I – no mínimo, setenta e cinco por cento na Região Nordeste; e

II – até vinte e cinco por cento nas demais regiões do País, desde que em
fontes com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

......................................................................................................... .” (NR)

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente, e terá
como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica
que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do nordeste brasileiro e de outras
regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf e


554 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho Gestor definir a
política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a execução de


novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais gradualmente a partir de
2032.

Nesse sentido, a redação da MP 677/2015 estabelece que um mínimo de cinquenta


por cento dos recursos do FEN sejam destinados a empreendimentos na Região Nordeste,
destinando a parcela restante às outras regiões do País.

No entanto, entendemos que uma parcela maior dos recursos do FEN deve ser
revertida em benefício do desenvolvimento da infraestrutura energética do nordeste
brasileiro. Tal medida justifica-se não somente pela necessidade de se corrigir desequilíbrios
regionais, garantindo melhores condições de competitividade para as indústrias lá instaladas,
mas também pelo fato de os recursos serem oriundos de aportes do próprio sistema Chesf.

Ante o exposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação desta
Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 555

MPV 677
00030

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. MENDONÇA FILHO – Democratas/PE
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. X Modificativa 4. Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação aos incisos I e II do § 1º do art. 3º da Medida


Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015:

“Art. 3º ……………………………………….………………...………................................

………………………………………………………………….....……….................................

§ 1º ...........................................................................................................

I – no mínimo, oitenta por cento na Região Nordeste; e

II – até vinte por cento nas demais regiões do País, desde que em fontes
com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

......................................................................................................... .” (NR)

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente, e terá
como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia elétrica
que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do nordeste brasileiro e de outras
regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco – Chesf e


556 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho Gestor definir a
política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a execução de


novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais gradualmente a partir de
2032.

Nesse sentido, a redação da MP 677/2015 estabelece que um mínimo de cinquenta


por cento dos recursos do FEN sejam destinados a empreendimentos na Região Nordeste,
destinando a parcela restante às outras regiões do País.

No entanto, entendemos que uma parcela maior dos recursos do FEN deve ser
revertida em benefício do desenvolvimento da infraestrutura energética do nordeste
brasileiro. Tal medida justifica-se não somente pela necessidade de se corrigir desequilíbrios
regionais, garantindo melhores condições de competitividade para as indústrias lá instaladas,
mas também pelo fato de os recursos serem oriundos de aportes do próprio sistema Chesf.

Ante o exposto, conto com o apoio do nobre Relator para a incorporação desta
Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 557

MPV 677
00031

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. X Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de
2015, onde couber, o seguinte artigo:

“Art. ____. O art. 26 da Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescido do
seguinte parágrafo 10:

“Art. 26. .........................................


........................................................
§ 10. As autorizações para empreendimentos referidos nos incisos I e VI do
caput serão prorrogadas por prazo não superior ao inicialmente estabelecido, mediante
solicitação do empreendedor, atendidos os requisitos definidos pela ANEEL.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição busca estabelecer em Lei a previsão de possibilidade de


prorrogação das autorizações para:

I - aproveitamentos de potencial hidráulico de potência superior a 3.000 kW (três mil


quilowatts) e igual ou inferior a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), destinados a produção
independente ou autoprodução, mantidas as características de pequena central hidrelétrica; e
II - aproveitamentos de potencial hidráulico de potência superior a 3.000 kW (três mil
quilowatts) e igual ou inferior a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts), destinados a produção
independente ou autoprodução, independentemente de terem ou não característica de pequena
central hidrelétrica.

Tais empreendimentos podem visar à produção de energia para consumo pelo próprio
empreendedor (autogeração) ou a comercialização para terceiros, tanto no mercado livre
quanto no mercado cativo (geração independente). Os empreendimentos atingidos pela
emenda constituem-se geradores de energia elétrica de pequeno porte, aos quais a Lei
9.427/1996 estabelece o regime de autorização, que prevê procedimento administrativo
simplificado, sem licitação nem pagamento de contrapartida pelo uso de bem público.

Está claro que a Lei tratou de forma distinta as usinas hidrelétricas de pequeno porte,
558 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

contudo calou-se sobre os procedimentos de renovação ou prorrogação das autorizações. Ante


o silêncio legal, parece caber, discricionariamente, à União ou à Agência Nacional de Energia
Elétrica prorrogar as autorizações quando estas se aproximam de seu termo.

Os processos de autorização destes empreendimentos dispensaram processos


licitatórios e foram realizados com base em estudos realizados pelo autorizatário para que
fosse garantido o aproveitamento ótimo do potencial hidroelétrico. Posteriormente, o
autorizatário construiu e operou o empreendimento por sua conta e risco durante o período de
autorização. Mantida a autorização ate o seu final, fica claramente comprovada a capacidade
do autorizatário em operar o empreendimento em conformidade com a legislação e
regulamentação aplicável. Assim, nada mais lógico que se prorrogar a autorização daquele
que estudou, investiu e comprovou sua capacidade de manter e operar o empreendimento.
Qualquer outro processos para autorização deste potencial, configurar-se-ia então uma
situação em que a prorrogação de um direito é mais incerta e talvez até mais onerosa do que a
outorga inicial desse mesmo direito. Dado que o titular de tal direito cumpriu adequadamente
e por longo prazo – 30 anos – as exigências da autoridade pública para seu usufruto, não é
possível compreender o motivo pelo qual sua simples prorrogação, na vigência do mesmo
marco legal, deveria ser mais gravosa.

Tal situação revela uma grave insegurança jurídica aos empreendedores, que
desconhecem o destino de seus ativos ao final da autorização, e é inadmissível, se o objetivo
da política energética brasileira é de fato fomentar a geração de energia elétrica para atender à
crescente demanda e afastar o risco de desabastecimento. Por que motivo, nas regras atuais,
um empreendedor arriscar-se-ia a começar da fase inicial o projeto de uma pequena central
hidrelétrica, se ele pode comprar uma pronta ao final do prazo de autorização?

A fim de preencher o vazio da legislação vigente, nossa proposta estabelece que as


autorizações serão renovadas, preenchidas duas condições: i. manifestação de interesse do
empreendedor; e ii. atendimento aos requisitos estabelecidos pela agência setorial.

Assim, resta claro que a emenda não visa garantir ao particular o direito certo à
renovação do uso de bem público, mas dar garantias aos empreendedores comprometidos com
a exploração eficiente do recurso. Esperamos, então, o apoio de nossos ilustres Pares para a
aprovação dessa importante proposta.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 559

MPV 677
00032

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. X Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de
2015, onde couber, o seguinte artigo:

“Art. ____. O § 3º do art. 1º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passa a


vigorar acrescido do seguinte inciso XIV:
“Art. 1º ........................................................................
§ 3º .............................................................................
XII - .............................................................................;
XIII - ............................................................................; e
XIV - decorrentes do valor adicional à tarifa de energia elétrica estabelecido
pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a título de bandeira tarifária amarela ou
vermelha, em função da ocorrência de condições menos favoráveis ou críticas para a
geração de energia elétrica.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

As bandeiras tarifárias foram instituídas pela Agência Nacional de Energia Elétrica –


ANEEL para sinalizar ao consumidor os custos da geração de energia elétrica no período
mensal de faturamento.

De acordo com informações divulgadas pela ANEEL, bandeira tarifária é: “o sistema


que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O funcionamento
é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará
mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.”

O órgão regulador setorial explica que: “quando a bandeira está verde, as condições
hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas.
Se as condições são um pouco menos favoráveis, a bandeira passa a ser amarela e há uma
cobrança adicional, proporcional ao consumo, na razão de R$ 2,50 por 100 kWh. Já em
condições ainda mais desfavoráveis, a bandeira fica vermelha e o adicional cobrado passa a
ser proporcional ao consumo na razão de R$ 5,50 por 100 kWh. A esses valores são
acrescentados os impostos vigentes.”

Prosseguindo com a explicação do sistema de bandeiras tarifárias, a ANEEL informa


que, “a cada mês, as condições de operação do sistema são reavaliadas pelo Operador
560 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que define a melhor estratégia de geração de energia
para atendimento da demanda. A partir dessa avaliação, definem-se as térmicas que deverão
ser acionadas. Se o custo variável da térmica mais cara for menor que R$ 200,00/MWh, então
a Bandeira é verde. Se estiver entre R$ 200,00/MWh e R$ 388,48/MWh, a bandeira é
amarela. E se for maior que R$ 388,48/MWh, a bandeira será vermelha.”

Note-se que o pagamento do valor adicional das bandeiras tarifárias amarela e


vermelha somente acontece quando as condições de geração de energia não são favoráveis,
portanto em condições não apropriadas e não planejadas. Para exemplificar tais condições
podemos citar uma hidrologia desfavorável, equívocos no planejamento do setor ou na
execução do mesmo, deficiências na execução das obras para o setor, restrições energéticas ou
elétricas que impeçam a eficiente operação do sistema.

Assim, não é justo que o consumidor de energia, além de ter que pagar pelo aumento
do custo de geração como consequência de condições não favoráveis e totalmente fora de seu
controle ou culpa, tenha que desembolsar um valor ainda maior de recursos para fazer frente
aos tributos incidentes sobre esta parcela adicional.

Torna-se evidente esta injustiça quando olhamos esta cobrança sob o prisma da
administração publica que passa a arrecadar mais quando as condições de geração não são
favoráveis, fazendo com que o 3 consumidor pague duplamente pelo custo adicional da
energia elétrica e pelos tributos incidentes nesta parcela adicional.

Portanto, no intuito de dar um tratamento um pouco mais justo ao consumidor de


energia elétrica brasileiro é que proponho a presente emenda, que isenta de contribuição ao
PIS/PASEP a parcela de energia elétrica cobrada a título de adicional de bandeira tarifária
amarela e vermelha.

Ainda, vale ressaltar que esta proposta não interfere na arrecadação planejada de
tributos do governo federal e dos governos estaduais e municipais já que os mesmos
continuarão cobrando seus tributos sobre a tarifa regular de energia que é a tarifa definida pela
ANEEL, fruto de uma operação planejada e regular, sem anomalias. Com este projeto, os
governos somente não continuarão arrecadando a mais sobre a parcela adicional da tarifa fruto
de condições de geração de energia desfavoráveis e não planejadas.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 561

MPV 677
00033

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. X Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de
2015, onde couber, o seguinte artigo:

“Art. ____. O art. 13 da Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar com as seguintes
alterações:

“Art. 13. .........................................


........................................................
§ 3º As quotas anuais da CDE serão proporcionais aos mercados dos agentes
que comercializam energia elétrica com o consumidor final.
........................................................
§13. A execução dos objetivos dos incisos III, IV, VII, VIII do caput ficam
condicionadas ao aporte dos Recursos do Tesouro Nacional por meio do Orçamento
Geral da União em valores suficientes para o cumprimento integral dos objetivos de
que tratam os incisos mencionados.
§ 14. Fica a União autorizada a emitir, sob a forma de colocação direta, em
favor da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), títulos da Dívida Pública
Mobiliária Federal, a valor de mercado e até o limite dos créditos totais detidos, por
ela e pela Eletrobrás na Itaipu Binacional.
I - As características dos títulos de que trata o caput serão definidas pelo
Ministro de Estado da Fazenda.
II - Os valores recebidos pela União em decorrência de seus créditos na Itaipu
Binacional serão destinados exclusivamente ao pagamento da Dívida Pública Federal.”
(NR)

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição busca alterar o 3º do art. 13 do dispositivo da Lei nº 10.438, de


26 de abril de 2002, e incluir o § 13 ao referido artigo com o objetivo de promover justiça
tarifária e social.

A CDE é um fundo setorial, criado em 2002, que subvenciona alguns agentes ou


atividades econômicas do setor elétrico a partir de recursos do Tesouro Nacional e dos
562 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

consumidores de energia elétrica. Quando criada em 2002, a CDE tinha os seguintes


objetivos:
- Promover a universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional;
- Garantir recursos para atendimento da subvenção econômica destinada à modicidade da
Tarifa Social de Energia Elétrica - TSEE aplicada aos consumidores da subclasse Residencial
Baixa Renda;
- Promover a competitividade da energia produzida a partir da fonte carvão mineral nacional
nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, destinando-se à cobertura do custo de
combustível de empreendimentos termelétricos;

Porém a Medida Provisória nº 579, de 2012, posteriormente convertida na Lei nº


12.783, de 11 de janeiro de 2013 promoveu profundas alterações na CDE incluindo diversos
outros objetivos a mesma entre eles:
- Prover recursos e permitir a amortização de operações financeiras vinculados à indenização
por ocasião da reversão das concessões ou para atender à finalidade de modicidade tarifária;
- Prover recursos para os dispêndios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), referente
à geração de energia em sistemas elétricos isolados;
- Promover a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, termossolar,
fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, outras fontes renováveis e gás natural;
- Prover recursos para compensar descontos aplicados nas tarifas de uso dos sistemas elétricos
de distribuição e nas tarifas de energia elétrica;
- Prover recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões de
geração de energia elétrica, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas das
concessionárias de distribuição.

As alterações propostas pelo governo federal fizeram com que as despesas da CDE
aumentassem em 760% passando de R$ 3.3 bilhões em 2012 para R$ 25,2 bilhões em 2015.

Obviamente, a partir das alterações propostas pelo governo federal, a CDE passou a ter
um impacto significativo na conta de energia de todos os brasileiros.

Vale salientar que ao fazer as alterações na CDE, o Governo Federal concentrou na


CDE uma série de subsídios e obrigações do setor elétrico, alguns inclusive já existentes,
porém anteriormente distribuídos aos consumidores de energia do Brasil de forma totalmente
distinta ao critério da CDE.

Para reduzir o impacto do aumento gigantesco de despesa na CDE e a fim de anunciar


em 2013 uma redução no preço de energia elétrica no Brasil, o Governo Federal decidiu
aportar vultosos recursos financeiros diretos do Tesouro Nacional na conta da CDE. Entre
2013 e 2014, o Governo Federal aportou por meio do Tesouro Nacional mais de R$ 20
bilhões nas contas da CDE.

A problemática envolvendo a CDE se agrava sobremaneira quando o Governo Federal


muda à decisão política feita em 2013 e 2014, e decide em 2015 não aportar mais recursos do
Tesouro Nacional na conta da CDE. Como resultado, a CDE foi o principal motivo do
exorbitante aumento de energia no Brasil de 23,4% em média, anunciado pelo Governo em 27
de fevereiro do correte ano.

Com isto, não somente volta-se atrás na redução tarifária feita em 2013 motivada por
estes aportes do Tesouro, mas o Governo Federal faz com que sobre para os consumidores
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 563

brasileiros a obrigação de pagar uma despesa gigantesca por meio de um critério de


distribuição totalmente injusto.

A redação original da Lei nº 10.438, de 2002, estabeleceu que o critério de distribuição


das despesas da CDE fosse realizado com valor idêntico ao estipulado para o ano de 2001,
mediante aplicação da sistemática de rateio de ônus e vantagens decorrentes do consumo de
combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica para as usinas termelétricas situadas
nas regiões abrangidas pelos sistemas elétricos interligados, em operação em 6 de fevereiro de
1998.

Na prática, a Lei nº 10.438, de 2002, determinou que os consumidores dos


submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul pagassem um valor de cota da CDE, por MWh, 4,5
vezes maior em relação àqueles situados no submercados Norte e Nordeste, ou seja, foi
estabelecido um subsídio cruzado entre consumidores desses submercados, tendo em vista a
participação desses submercados no setor elétrico. Essa regra fez com que os primeiros
respondessem, na média, por 94% das cotas arrecadadas e aos demais caberiam 6%. Vale
ainda salientar que esta distorção gigantesca na distribuição das despesas da CDE se faz
presente entre consumidores de uma mesma região. Por exemplo, os consumidores do Acre
pagam 4,5 vezes mais cotas da CDE do que qualquer outro consumidor do Norte do Brasil.

No final esta regra de distribuição injusta, faz com que as pessoas da mesma classe
social sejam tratadas de forma diferente simplesmente por residirem em regiões geográficas
distintas, no mesmo país. Fazer justiça social significa tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam. E os mato-grossenses, os
gaúchos, os nordestinos, os amazonenses, entre outros, não se desigualam por morarem em
unidades federativas distintas, dentro de um mesmo país.

A Constituição Federal prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza. O princípio da igualdade consagra a igualdade de aptidões e de
possibilidades virtuais dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio
desse princípio são vedadas as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis pelos
valores da Constituição Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do
intérprete ou autoridade pública e do particular. Ele afronta o direito dos brasileiros
insculpidos em artigos da Constituição Federal como o caput do art. 5º, além do art. 150º, II
que veda a União, os Estados, o DF e os Municípios, instituírem tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situações equivalentes.

Dessa forma, nossa proposta prevê primeiramente que a permanência das novas
despesas na conta da CDE, impostas pelo Governo Federal em 2012 ao consumidor brasileiro,
fique condicionada ao aporte do Governo Federal de recursos do Tesouro Nacional para
pagamento das mesmas. Foi dessa forma que o Governo Federal procedeu em 2013 e 2014
imediatamente após realizar essas alterações. Isso assegura estabilidade jurídica e econômica
aos consumidores e tratamento mais igualitário entre todos os consumidores.

A presente emenda prevê também que as quotas anuais da conta de desenvolvimento


energético sejam pagas de forma proporcional aos mercados dos agentes que comercializam
energia elétrica com o consumidor final, respeitando obviamente os subsídios oferecidos
através da CDE, aos consumidores de baixa renda, a energia rural, luz para todos entre outros.

Por último, espera-se com esta proposição, que o governo, a exemplo do que fez anos
564 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

de 2013 e 2014, aporte recursos do Tesouro Nacional nas contas da CDE permitindo uma
redução nas tarifas de energia vigentes em todo o Brasil.

Esperamos, então, o apoio de nossos ilustres Pares para a aprovação dessa importante
proposta.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 565

MPV 677
00034

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. X Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de
2015, onde couber, o seguinte artigo:

“Art. ____. O § 3º do art. 13 da Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar com a
seguinte alteração:

“Art. 13. .........................................


........................................................
§ 3º As quotas anuais da CDE serão proporcionais aos mercados dos agentes
que comercializam energia elétrica com o consumidor final.
.........................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição busca alterar o 3º do art. 13 do dispositivo da Lei nº 10.438, de


26 de abril de 2002, e incluir o § 13 ao referido artigo com o objetivo de promover justiça
tarifária e social.

A CDE é um fundo setorial, criado em 2002, que subvenciona alguns agentes ou


atividades econômicas do setor elétrico a partir de recursos do Tesouro Nacional e dos
consumidores de energia elétrica. Quando criada em 2002, a CDE tinha os seguintes
objetivos:
- Promover a universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional;
- Garantir recursos para atendimento da subvenção econômica destinada à modicidade da
Tarifa Social de Energia Elétrica - TSEE aplicada aos consumidores da subclasse Residencial
Baixa Renda;
- Promover a competitividade da energia produzida a partir da fonte carvão mineral nacional
nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, destinando-se à cobertura do custo de
combustível de empreendimentos termelétricos;

Porém a Medida Provisória nº 579, de 2012, posteriormente convertida na Lei nº


12.783, de 11 de janeiro de 2013 promoveu profundas alterações na CDE incluindo diversos
outros objetivos a mesma entre eles:
566 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

- Prover recursos e permitir a amortização de operações financeiras vinculados à indenização


por ocasião da reversão das concessões ou para atender à finalidade de modicidade tarifária;
- Prover recursos para os dispêndios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), referente
à geração de energia em sistemas elétricos isolados;
- Promover a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, termossolar,
fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, outras fontes renováveis e gás natural;
- Prover recursos para compensar descontos aplicados nas tarifas de uso dos sistemas elétricos
de distribuição e nas tarifas de energia elétrica;
- Prover recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões de
geração de energia elétrica, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas das
concessionárias de distribuição.

As alterações propostas pelo governo federal fizeram com que as despesas da CDE
aumentassem em 760% passando de R$ 3.3 bilhões em 2012 para R$ 25,2 bilhões em 2015.

Obviamente, a partir das alterações propostas pelo governo federal, a CDE passou a ter
um impacto significativo na conta de energia de todos os brasileiros.

Vale salientar que ao fazer as alterações na CDE, o Governo Federal concentrou na


CDE uma série de subsídios e obrigações do setor elétrico, alguns inclusive já existentes,
porém anteriormente distribuídos aos consumidores de energia do Brasil de forma totalmente
distinta ao critério da CDE.

A redação original da Lei nº 10.438, de 2002, estabeleceu que o critério de distribuição


das despesas da CDE fosse realizado com valor idêntico ao estipulado para o ano de 2001,
mediante aplicação da sistemática de rateio de ônus e vantagens decorrentes do consumo de
combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica para as usinas termelétricas situadas
nas regiões abrangidas pelos sistemas elétricos interligados, em operação em 6 de fevereiro de
1998.

Na prática, a Lei nº 10.438, de 2002, determinou que os consumidores dos


submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul pagassem um valor de cota da CDE, por MWh, 4,5
vezes maior em relação àqueles situados no submercados Norte e Nordeste, ou seja, foi
estabelecido um subsídio cruzado entre consumidores desses submercados, tendo em vista a
participação desses submercados no setor elétrico. Essa regra fez com que os primeiros
respondessem, na média, por 94% das cotas arrecadadas e aos demais caberiam 6%. Vale
ainda salientar que esta distorção gigantesca na distribuição das despesas da CDE se faz
presente entre consumidores de uma mesma região. Por exemplo, os consumidores do Acre
pagam 4,5 vezes mais cotas da CDE do que qualquer outro consumidor do Norte do Brasil.

No final esta regra de distribuição injusta, faz com que as pessoas da mesma classe
social sejam tratadas de forma diferente simplesmente por residirem em regiões geográficas
distintas, no mesmo país. Fazer justiça social significa tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam. E os mato-grossenses, os
gaúchos, os nordestinos, os amazonenses, entre outros, não se desigualam por morarem em
unidades federativas distintas, dentro de um mesmo país.

A Constituição Federal prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza. O princípio da igualdade consagra a igualdade de aptidões e de
possibilidades virtuais dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 567

desse princípio são vedadas as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis pelos
valores da Constituição Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do
intérprete ou autoridade pública e do particular. Ele afronta o direito dos brasileiros
insculpidos em artigos da Constituição Federal como o caput do art. 5º, além do art. 150º, II
que veda a União, os Estados, o DF e os Municípios, instituírem tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situações equivalentes.

A presente emenda prevê também que as quotas anuais da conta de desenvolvimento


energético sejam pagas de forma proporcional aos mercados dos agentes que comercializam
energia elétrica com o consumidor final, respeitando obviamente os subsídios oferecidos
através da CDE, aos consumidores de baixa renda, a energia rural, luz para todos entre outros.

Esperamos, então, o apoio de nossos ilustres Pares para a aprovação dessa importante
proposta.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


568 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00035

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. X Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de
2015, onde couber, o seguinte artigo:

“Art. ____. O § 3º do art. 1º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, passa a


vigorar acrescido do seguinte inciso XIII:

“Art. 1º ........................................................................
§ 3º .............................................................................
XI - .............................................................................;
XII - ............................................................................; e
XIII - decorrentes do valor adicional à tarifa de energia elétrica estabelecido
pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a título de bandeira tarifária amarela ou
vermelha, em função da ocorrência de condições menos favoráveis ou críticas para a
geração de energia elétrica.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

As bandeiras tarifárias foram instituídas pela Agência Nacional de Energia Elétrica –


ANEEL para sinalizar ao consumidor os custos da geração de energia elétrica no período
mensal de faturamento.

De acordo com informações divulgadas pela ANEEL, bandeira tarifária é: “o sistema


que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O funcionamento
é simples: as cores das bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará
mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.”

O órgão regulador setorial explica que: “quando a bandeira está verde, as condições
hidrológicas para geração de energia são favoráveis e não há qualquer acréscimo nas contas.
Se as condições são um pouco menos favoráveis, a bandeira passa a ser amarela e há uma
cobrança adicional, proporcional ao consumo, na razão de R$ 2,50 por 100 kWh. Já em
condições ainda mais desfavoráveis, a bandeira fica vermelha e o adicional cobrado passa a
ser proporcional ao consumo na razão de R$ 5,50 por 100 kWh. A esses valores são
acrescentados os impostos vigentes.”

Prosseguindo com a explicação do sistema de bandeiras tarifárias, a ANEEL informa


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 569

que, “a cada mês, as condições de operação do sistema são reavaliadas pelo Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que define a melhor estratégia de geração de energia
para atendimento da demanda. A partir dessa avaliação, definem-se as térmicas que deverão
ser acionadas. Se o custo variável da térmica mais cara for menor que R$ 200,00/MWh, então
a Bandeira é verde. Se estiver entre R$ 200,00/MWh e R$ 388,48/MWh, a bandeira é
amarela. E se for maior que R$ 388,48/MWh, a bandeira será vermelha.”

Note-se que o pagamento do valor adicional das bandeiras tarifárias amarela e


vermelha somente acontece quando as condições de geração de energia não são favoráveis,
portanto em condições não apropriadas e não planejadas. Para exemplificar tais condições
podemos citar uma hidrologia desfavorável, equívocos no planejamento do setor ou na
execução do mesmo, deficiências na execução das obras para o setor, restrições energéticas ou
elétricas que impeçam a eficiente operação do sistema.

Assim, não é justo que o consumidor de energia, além de ter que pagar pelo aumento
do custo de geração como consequência de condições não favoráveis e totalmente fora de seu
controle ou culpa, tenha que desembolsar um valor ainda maior de recursos para fazer frente
aos tributos incidentes sobre esta parcela adicional.

Torna-se evidente esta injustiça quando olhamos esta cobrança sob o prisma da
administração publica que passa a arrecadar mais quando as condições de geração não são
favoráveis, fazendo com que o 3 consumidor pague duplamente pelo custo adicional da
energia elétrica e pelos tributos incidentes nesta parcela adicional.

Portanto, no intuito de dar um tratamento um pouco mais justo ao consumidor de


energia elétrica brasileiro é que proponho a presente emenda, que isenta de Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social a parcela de energia elétrica cobrada a título de
adicional de bandeira tarifária amarela e vermelha.

Ainda, vale ressaltar que esta proposta não interfere na arrecadação planejada de
tributos do governo federal e dos governos estaduais e municipais já que os mesmos
continuarão cobrando seus tributos sobre a tarifa regular de energia que é a tarifa definida pela
ANEEL, fruto de uma operação planejada e regular, sem anomalias. Com este projeto, os
governos somente não continuarão arrecadando a mais sobre a parcela adicional da tarifa fruto
de condições de geração de energia desfavoráveis e não planejadas.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


570 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00036

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2._X_ Substitutiva 3. ____ Modificativa 4. ____ Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
A Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal,
com consumidores finais, vigentes à data de publicação desta Lei e que tenham
atendido o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão
aditados a partir de 1º de julho de 2015, desde que atendidas as condições estabelecidas
neste artigo, mantidas as demais condições contratuais.

§ 1º Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8 de fevereiro de 2037.

§ 2º As reservas de potência a serem contratadas de 1º de julho de 2015 a 8 de


fevereiro de 2032 corresponderão a montante de energia igual à soma das parcelas a
seguir:

I - totalidade da parcela da garantia física vinculada ao atendimento dos contratos


de fornecimento alcançados pelo caput, a qual não foi destinada à alocação de cotas de
garantia física de energia e de potência, nos termos do art. 1º, § 10, § 11 e § 12, da Lei
nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013; e

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica


Sobradinho, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as perdas
elétricas e o consumo interno.

§ 3º A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência contratadas serão


reduzidas uniformemente à razão de um sexto a cada ano, observado o disposto no § 1º.

§ 4º Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação de cotas de


garantia física de energia e de potência para as concessionárias e permissionárias de
serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional -
SIN, nos termos do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013, os montantes de energia
correspondentes a:

I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 3º, no período de 9 de


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 571

fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo


de sua vigência, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037,
observado o disposto no § 12.

§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o inciso


II do § 2º será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação
previsto no art. 12 da Lei nº 12.783, de 2013.

§ 6º A garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2º não está sujeita à


alocação de cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do §
1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de
fevereiro de 2037, observado o disposto no § 4º.

§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado,


considerada a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data
de sua última atualização até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa será reajustado anualmente


em 1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor


Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
referente aos doze meses anteriores à data de reajuste da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses


seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita
na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do
Tesouro Nacional Série B - NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-
los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os


consumidores de que trata o caput na proporção do consumo médio apurado entre 1º de
janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus


contratos de fornecimento poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras
atendidas pelas concessionárias geradoras de serviço público a que se refere o caput.

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em aditar total ou


parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou
redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos
contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano,


conforme definido no § 9º, as tarifas de energia e de demanda calculadas nos termos
572 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

dos § 7º e § 8º serão objeto das seguintes condições:

I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional tarifário de


doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º
de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015;

II - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão


redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no
período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do
adicional tarifário de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021,
inclusive, serão consideradas como base de incidência as tarifas definidas com
aplicação do disposto no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos
reajustes anuais.

§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes referenciais de


energia contratada a cada ano:

I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva de potência


contratada neste segmento considerando o fator de carga unitário; e

II - para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor entre:

a) a reserva de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga


unitário; e

b) noventa por cento da reserva de potência contratada no segmento fora de ponta.

§ 15. Observado o disposto nos § 10, § 11 e § 12, a reserva de potência a ser


contratada anualmente poderá ser alterada pelo consumidor com antecedência de
sessenta dias antes do início do ano civil subsequente, nos seguintes termos:

I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de potência anual


contratada para o ano seguinte em cada segmento horo-sazonal;

II - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior estabelecido pelo


montante de energia contratado;

III - a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá respeitar o limite


inferior de noventa por cento da reserva de potência contratada neste segmento,
exclusivamente para os consumidores que tiverem contratado o mesmo montante de
reserva de potência contratada nos segmentos de ponta e fora de ponta;

IV - não será admitida redução de reserva de potência anual no segmento fora de


ponta; e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 573

V - não se aplica o disposto no inciso II do § 4º e no § 12 à eventual redução anual


de reserva de potência.

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput


aportarão, na Conta de Desenvolvimento Energético, criada pela Lei 10.438, de 26 de
abril de 2002, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a receita
bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei
nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos
na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa
calculada pela Aneel, nos termos do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de
janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes de energia, observado o disposto no §
3º:

I - na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso I do § 2º nos


seguintes termos:

a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período de 1º de janeiro de


2016 a 8 de fevereiro de 2022;

b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de


fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de


2030 a 8 de fevereiro de 2037; e

II - noventa por cento da garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2º no


centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo
interno, nos seguintes termos:

a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de


fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de


2030 a 8 de fevereiro de 2037.

§ 17. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a 31 de dezembro de


2015, não será destinado à alocação de cotas de garantia física de energia e de potência
de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei da nº 12.783, de 2013, o montante de
cotas de garantia física de energia e de potência correspondente a três vezes o montante
de energia estabelecido no inciso I do § 2º, sendo alocado às concessionárias geradoras
de serviço público de que trata o caput.

§ 18. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob
controle federal, com os consumidores finais de que trata esta Lei, será de livre escolha
dos consumidores o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica.”
(NR)

Art. 2º Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.”


574 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição busca alterar a destinação da receita dos contratos de


fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais, vigentes à data de
publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de
dezembro de 2002, o que alcança, basicamente, contratos firmados entre a Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco (Chesf), empresa estatal controlada pela Eletrobras, e alguns
consumidores eletrointensivos localizados na Região Nordeste. Esses contratos, que vencem
em 30 de junho de 2015, foram firmados na década de 70 do século passado para incentivar a
instalação de grandes indústrias na Região Nordeste e, com isso, reduzir desigualdades
regionais.

Em seu texto original, a Medida Provisória 677/2015 destina tais recursos ao Fundo de
Energia do Nordeste – FEN, que:
i. tem como objetivo implantar empreendimentos de energia elétrica por meio de
Sociedades de Propósito Específico;
ii. terá a Chesf como acionista, no limite de 49% do capital próprio dessas sociedades;
iii. será administrado por instituição financeira controlada pela União;
iv. terá seus recursos aplicados conforme as decisões de um Conselho Gestor, cujos
membros serão designados pelo Ministro de Estado de Minas e Energia; e
v. deverá aplicar, no mínimo, 50% dos recursos na Região Nordeste, podendo o
restante ser destinado às demais regiões brasileiras.

Em que pese os benefícios óbvios que o FEN produzirá à Chesf, que contará com uma
fonte de capital subsidiada para seus investimentos em novos empreendimentos, o Fundo
também produz distorções concorrenciais no mercado de geração, na medida em que
privilegia a Chesf, em detrimento das demais geradoras, que continuaram dependendo das
fontes tradicionais de financiamento de longo prazo.

Também se destaca que esse benefício à Chesf representa um custo aos consumidores
brasileiros, uma vez que, caso não fossem renovados os contratos de que trata a MP 677/2015,
a energia destinada a atendê-los seria revertida ao mercado cativo de energia elétrica, ofertada
a todas as distribuidoras brasileiras. Por trata-se de “energia velha”, estima-se que o custo por
MWh dessa energia ficasse abaixo de R$ 30,00, o que representaria uma redução na tarifa
paga pelos consumidores às distribuidoras de energia elétrica. Assim, o agente que arca com o
custo das vantagens oferecidas àquelas indústrias contratantes é o já tão onerado consumidor
de energia elétrica.

Além disso, há que se atentar para a crise enfrentada pelo setor elétrico, em boa parte
causada pelo expressivo crescimento das despesas da Conta de Desenvolvimento Energético –
CDE. A Medida Provisória nº 579, de 2012, posteriormente convertida na Lei nº 12.783, de
11 de janeiro de 2013 promoveu profundas alterações na CDE, alterando seus objetivos a
mesma, entre eles:
- Prover recursos e permitir a amortização de operações financeiras vinculados à indenização
por ocasião da reversão das concessões ou para atender à finalidade de modicidade tarifária;
- Prover recursos para os dispêndios da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), referente
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 575

à geração de energia em sistemas elétricos isolados;


- Promover a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, termossolar,
fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, outras fontes renováveis e gás natural;
- Prover recursos para compensar descontos aplicados nas tarifas de uso dos sistemas elétricos
de distribuição e nas tarifas de energia elétrica;
- Prover recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões de
geração de energia elétrica, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas das
concessionárias de distribuição.

As alterações propostas pelo governo federal fizeram com que as despesas da CDE
aumentassem em 760% passando de R$ 3.3 bilhões em 2012 para R$ 25,2 bilhões em 2015.
Obviamente, a partir das alterações propostas pelo governo federal, a CDE passou a ter um
impacto significativo na conta de energia de todos os brasileiros.

Vale salientar que ao fazer as alterações na CDE, o Governo Federal concentrou na


CDE uma série de subsídios e obrigações do setor elétrico, alguns inclusive já existentes,
porém anteriormente distribuídos aos consumidores de energia do Brasil de forma totalmente
distinta ao critério da CDE.

Para reduzir o impacto do aumento gigantesco de despesa na CDE e a fim de anunciar


em 2013 uma redução no preço de energia elétrica no Brasil, o Governo Federal decidiu
aportar vultosos recursos financeiros diretos do Tesouro Nacional na conta da CDE. Entre
2013 e 2014, o Governo Federal aportou por meio do Tesouro Nacional mais de R$ 20
bilhões nas contas da CDE.

A problemática envolvendo a CDE se agrava sobremaneira quando o Governo Federal


muda à decisão política feita em 2013 e 2014, e decide em 2015 não aportar mais recursos do
Tesouro Nacional na conta da CDE. Como resultado, a CDE foi o principal motivo do
exorbitante aumento de energia no Brasil de 23,4% em média, anunciado pelo Governo em 27
de fevereiro do correte ano.

Com isto, não somente volta-se atrás na redução tarifária feita em 2013 motivada por
estes aportes do Tesouro, mas o Governo Federal faz com que sobre para os consumidores
brasileiros a obrigação de pagar uma despesa gigantesca por meio de um critério de
distribuição totalmente injusto.

A redação original da Lei nº 10.438, de 2002, estabeleceu que o critério de distribuição


das despesas da CDE fosse realizado com valor idêntico ao estipulado para o ano de 2001,
mediante aplicação da sistemática de rateio de ônus e vantagens decorrentes do consumo de
combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica para as usinas termelétricas situadas
nas regiões abrangidas pelos sistemas elétricos interligados, em operação em 6 de fevereiro de
1998.

Na prática, a Lei nº 10.438, de 2002, determinou que os consumidores dos


submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul pagassem um valor de cota da CDE, por MWh, 4,5
vezes maior em relação àqueles situados no submercados Norte e Nordeste, ou seja, foi
estabelecido um subsídio cruzado entre consumidores desses submercados, tendo em vista a
participação desses submercados no setor elétrico. Essa regra fez com que os primeiros
respondessem, na média, por 94% das cotas arrecadadas e aos demais caberiam 6%. Vale
ainda salientar que esta distorção gigantesca na distribuição das despesas da CDE se faz
576 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

presente entre consumidores de uma mesma região. Por exemplo, os consumidores do Acre
pagam 4,5 vezes mais cotas da CDE do que qualquer outro consumidor do Norte do Brasil.

No final esta regra de distribuição injusta, faz com que as pessoas da mesma classe
social sejam tratadas de forma diferente simplesmente por residirem em regiões geográficas
distintas, no mesmo país. Fazer justiça social significa tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam. E os mato-grossenses, os
gaúchos, os nordestinos, os amazonenses, entre outros, não se desigualam por morarem em
unidades federativas distintas, dentro de um mesmo país.

A Constituição Federal prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza. O princípio da igualdade consagra a igualdade de aptidões e de
possibilidades virtuais dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. Por meio
desse princípio são vedadas as diferenciações arbitrárias e absurdas, não justificáveis pelos
valores da Constituição Federal, e tem por finalidade limitar a atuação do legislador, do
intérprete ou autoridade pública e do particular. Ele afronta o direito dos brasileiros
insculpidos em artigos da Constituição Federal como o caput do art. 5º, além do art. 150º, II
que veda a União, os Estados, o DF e os Municípios, instituírem tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situações equivalentes.

Assim, nossa proposta suprime a criação daquele Fundo e realoca os recursos dos
contratos alcançados pela MP 677/2015 na CDE, a fim de mitigar o impacto sobre a renda dos
consumidores de energia das novas despesas que oneram aquela Conta, além de corrigir uma
nova distorção criada pela MPV 677/2015.

Esperamos, então, o apoio de nossos ilustres Pares para a aprovação dessa importante
proposta.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 577

MPV 677
00037

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado FABIO GARCIA PSB-MT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. X Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se ao Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de
2015, onde couber, o seguinte artigo:

“Art. _____. O art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, passa a vigorar


acrescido do seguinte inciso XVIII:

Art. 20. ..................................................................................


..................................................................................................
XVII – .....................................................................................
XVIII – aquisição e instalação de equipamentos destinados à geração de
energia elétrica para uso próprio ou para injeção em sistema de compensação na rede
elétrica de distribuição, desde que:
a) os equipamentos sejam instalados em imóvel residencial próprio do
trabalhador titular da conta vinculada no FGTS; e
b) a geração de energia elétrica ocorra a partir de fonte hidráulica, solar,
eólica, biomassa ou cogeração qualificada.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº


482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes
renováveis e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade.
Trata-se da micro e da minigeração distribuídas de energia elétrica, inovações que podem
aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade.

Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal


modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de
investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto
ambiental, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação
da matriz energética.

De acordo com a resolução citada, os microgeradores são aqueles com potência


instalada menor ou igual a 100 quilowatts (kW), e os minigeradores, aqueles cujas centrais
geradoras possuem de 101 kW a 1 megawatt (MW). As fontes de geração precisam ser
renováveis ou com elevada eficiência energética, isto é, com base em energia solar,
578 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

hidráulica, eólica, biomassa ou cogeração qualificada.

A norma também define o Sistema de Compensação como um arranjo no qual a


energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração ou minigeração distribuída
é cedida à distribuidora local e posteriormente compensada com o consumo de energia
elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma
titularidade. Esse sistema é também conhecido pelo termo em inglês net metering. Nele, um
consumidor de energia elétrica instala pequenos geradores em sua unidade consumidora
(como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas turbinas eólicas) e a energia
gerada é usada para abater o consumo de energia elétrica da unidade. Quando a geração for
maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser utilizado para abater o consumo
em outro posto tarifário ou na fatura do mês subsequente.

A Resolução ANEEL nº 482/2012, aliada ao potencial brasileiro para aproveitamento


da fonte solar, tem despertado o interesse de vários agentes na geração de energia elétrica a
partir de painéis fotovoltaicos. A energia solar é uma fonte de energia limpa e com potencial a
ser explorado no Brasil até maior do que em países que atualmente são líderes no uso dessa
fonte de energia.

De forma direta, a radiação solar pode ser: (i) usada como fonte de energia térmica,
para aquecimento de ambientes e de fluidos e para geração de potência mecânica ou elétrica; e
(ii) convertida diretamente em energia elétrica, por meio de efeitos sobre materiais, dentre os
quais o termoelétrico e fotovoltaico.

O aproveitamento térmico utiliza coletores (como os presentes em residências, hotéis


etc.) para o aquecimento de água ou concentradores solares (para atividades que requerem
temperaturas elevadas, tais como secagem de grãos e produção de vapor). Já a geração de
energia elétrica a partir da radiação solar é obtida pelo efeito fotovoltaico (FV) ou pela
heliotermia (denominada também de termossolar ou concentrated solar power – CSP). Nesse
caso, a radiação solar é captada por coletores, transformada em calor e utilizada para
aquecimento. São os chamados Sistemas de Aquecimento Solar (SAS).

No caso do efeito fotovoltaico, a radiação solar incide sobre materiais semicondutores


e é transformada diretamente em corrente contínua; para transformar a corrente contínua em
corrente alternada, são utilizados aparelhos chamados inversores. Os painéis fotovoltaicos são
formados por um conjunto de células fotovoltaicas e podem ser interconectados de forma a
permitir a montagem de arranjos modulares que, em conjunto, podem aumentar a capacidade
de geração de energia elétrica.

No caso da microgeração e minigeração distribuídas, o prazo da maturação do


investimento é um obstáculo. Embora, no médio prazo, a redução na despesa com energia
elétrica supere o investimento inicial, obter os recursos para promover a instalação dos
equipamentos é um limitador para boa parte dos brasileiros. Soma-se a isso, que os custos de
energia do Brasil têm aumentado de forma exorbitantes, a exemplo do que ocorreu no início
de 2015, e tais equipamentos seriam uma alternativa mais econômica para os consumidores de
energia.

Resta salientar que a proposta não onera os cofres públicos já que utiliza recursos dos
próprios contribuintes depositados em contas vinculadas ao FGTS.

O objetivo da presente emenda é permitir uma forma adicional de utilização dos


recursos da conta vinculada ao FGTS e incentivar que mais investimentos sejam realizados
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 579

para o desenvolvimento das fontes geradoras alternativas de energia elétrica no país,


facilitando a instalação e disseminação de equipamentos fotovoltaicos.

Esperamos, então, o apoio de nossos ilustres Pares para a aprovação dessa importante
inovação em nossa legislação.

ASSINATURA

Deputado FABIO GARCIA


580 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00038
ETIQUETA
APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
EMENDA nº
Data Proposição

26/06/2015 Medida Provisória nº 677, de 2015


Autor Nº do prontuário
DEP. JOSÉ ROCHA PR/BA
( ) 1. Supressiva ( ) 2. Substitutiva ( ) 3. Modificativa ( X ) 4. Aditiva ( ) 5. Substitutivo global

Página Artigo X Parágrafo Inciso Alínea

EMENDA ADITIVA

Acrescente-se, onde couber, no texto da Medida Provisória nº 677, de 2015,


a seguinte redação:

“Art. 1º - Os incisos I, III e V do art. 1º da Lei nº 9.991, de 24 de julho


de 2.000, “que dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias,
permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências”,
passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art.1...............................................................................................

I - até 31 de dezembro de 2022, os percentuais mínimos definidos no caput


do art. 1º desta Lei serão de 0,50% (cinquenta centésimos por cento), tanto
para pesquisa e desenvolvimento como para programas de eficiência
energética na oferta e no uso final da energia;
.......................................................................................................

III – a partir de 1º de janeiro de 2023, para as concessionárias e


permissionárias cuja energia vendida seja inferior a 1.000 (mil) GWh por
ano, o percentual mínimo a ser aplicado em programas de eficiência
energética no uso final poderá ser ampliado de 0,25% (vinte e cinco
centésimos por cento) para até 0,50% (cinquenta centésimos por cento);

.......................................................................................................

V – as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica


poderão aplicar até 60% (sessenta por cento) dos recursos dos seus
programas de eficiência energética para unidades consumidoras de baixa
renda e para unidades consumidoras rurais, na forma do Parágrafo único
do art. 5º desta Lei.”

Art. 2º O art. 5º da Lei 9.991 de 24 de julho de 2000, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 5º - Os recursos de que trata esta Lei serão aplicados da seguinte


forma:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 581

I – 90% (noventa por cento) aplicados pelas próprias concessionárias e


permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica,
conforme regulamentos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia
Elétrica – ANEEL;

II – 10% (dez por cento) destinados ao Programa Nacional de Conservação


de Energia Elétrica (PROCEL), instituído pela Portaria Interministerial n°
1.877, de 30 de dezembro de 1985, e ratificado pelo Dec reto s/n°, de 18
de julho de 1991.

§ 1º Os recursos previstos no inciso II deverão ser disponibilizados e


aplicados pelas concessionárias e permissionárias de serviços públicos de
distribuição de energia elétrica em projetos determinados pelo Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL, administrada
pelas Centrais Elétricas Brasileiras S. A. – Eletrobrás, e pela Agencia
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, obrigatoriamente na área de
concessão de cada distribuidora de acordo com a legislação vigente.

§ 2º Os investimentos em eficiência energética, previstos no art. 1º desta


Lei, deverão priorizar iniciativas da indústria nacional, conforme
regulamentação a ser definida pela ANEEL”.

JUSTIFICATIVA

O Programa de Eficiência Energética – PEE conforme determina a Lei


9.991/2000 e posteriormente alterada pela Lei 12.212/2010 tem como objetivo
estimular o uso eficiente e racional da energia em todos os setores da economia
atendidos pelas distribuidoras de energia elétrica do país, nos seus respectivos
estados com os recursos advindos dos seus consumidores.

A ANEEL na Resolução 556 de 02/07/2013 instituiu procedimentos para


aplicação desses recursos e determina que para assegurar que os recolhimentos dos
consumidores de uma região ou área de concessão sejam revertidos em benefícios
dessas unidades consumidoras, a aplicação dos recursos devam ser realizados
obrigatoriamente na área de concessão ou permissão dessa distribuidora.

A classe industrial continua a ser beneficiada dentro do Programa de


Eficiência Energética, quer recebendo recursos para aprimorar e melhorar suas

-2-
582 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

plantas industriais, ou sendo prioritária na aquisição de equipamentos e materiais


para fazer com que os projetos sejam executados em todo o país.

Além disso, a Resolução ANEEL 556, de 02/07/2013, cria a obrigatoriedade


de que 50% dos recursos remanescentes sejam utilizados nos consumidores das
maiores classes do mercado das distribuidoras o que acaba beneficiado o setor
industrial, pois na maioria das distribuidoras o maior mercado é composto de
consumidores desse setor.

Além do exposto postergou-se nessa alteração a data de 31 de dezembro de


2015 para 31 de dezembro de 2022 (previsto no inciso I do Artigo 1º da Lei
9.991/2000) mantendo a aplicação de 0,5% da receita operacional liquida das
distribuidoras no combate ao desperdício de energia elétrica no país.

Instituído em 30 de dezembro de 1985 pelos Ministérios de Minas e Energia e


da Indústria e Comércio, por meio da Portaria Interministerial nº 1.877, o Procel é
implementado por uma Secretaria Executiva atribuída à Centrais Elétricas
Brasileiras S.A. – Eletrobrás.

Os desafios elencados pelo Plano Nacional de Energia 2030 do MME, e a


ausência de uma fonte de recursos perene para o financiamento das ações do Procel,
justifica a proposição da utilização dos recursos do Programa de Eficiência
Energética (PEE) das distribuidoras como forma de custear projetos da
ELETROBRAS.

Assim, propõe que os recursos previstos no Art. 1º, da legislação em análise,


sejam distribuídos da seguinte forma: 80% (oitenta por cento) aplicados pelas
próprias concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de
energia elétrica; e 20% (vinte por cento) a fim de suportar o Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica (PROCEL).
Cabe ressaltar que é necessário avaliarmos com bastante cuidado a proposta
de repasse de recursos do PEE para a Eletrobrás/Procel, dado que o volume de
recursos, que está sendo solicitado para o Procel está muito acima do que vem sendo
praticado nos últimos anos pelo mesmo, em torno de R$ 30 MM ano (sendo, 60%
custeio e 40% destinados as ações de EE ). O valor proposto (20% do 0,5 da ROL
que equivale a R$ 100 MM) seria cerca de 8 vezes superior ao investimento médio
do Procel nos últimos anos, descontando os valores de custeio e sem RGR.

-3-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 583

A ELETROBRAS como uma empresa publica não tem a mesma agilidade e


meios para execução dos projetos de Eficiencia Energetica junto aos consumidores
de cada estado, a morosidade de contratação e realização dos projetos é notória em
órgãos públicos.
A ELETROBRAS é uma empresa do setor elétrico e como empresa concorre
com as outras distribuidoras, que estariam por Lei obrigadas a repassar verba do
consumidor para ações de promoção da eficiência energética semelhantes as ações
que hoje as próprias distribuidoras executam nos seus estados.
Alertamos também para a fuga de investimentos locais, pagamentos de
impostos municipais e estaduais como ICMS e ISS seriam reduzidos, assim como a
geração de emprego e renda nos diversos estados. A proximidade com os
consumidores e o conhecimentos dos seus desejos e anseios ficariam comprometidos,
visto que a ELETROBRAS está muito distante da realidade e diversidade de cada
região brasileira.

Veja que a ANEEL na Resolução 556 de 02/07/2013 instituiu procedimentos


para aplicação dos recursos do Programa Anual de Eficiência Energética e determina
que para assegurar que os recolhimentos dos consumidores de uma região ou área de
concessão sejam revertidos em benefícios dessas unidades consumidoras, a aplicação
dos recursos devam ser realizados obrigatoriamente na área de concessão ou
permissão da distribuidora. ( PROPEE modulo 1, seção 1.0, item 2.5).

Além disso, não é previsto na proposta do Deputado Dimas Fabiano a


fiscalização do repasse desse recurso pela ANEEL . Esse recurso é do consumidor e
deve ser bem fiscalizado pelo poder concedente, com aplicação de penalidades
quando a legislação não é cumprida pelas distribuidoras.
No âmbito do Ministério de Minas e Energia, que prestará apoio técnico,
administrativo e financeiro ao Procel, Comitê Gestor de Eficiência Energética com a
finalidade de aprovar plano anual de investimentos, acompanhar a execução das
ações e avaliar anualmente os resultados alcançados na aplicação dos recursos de que
trata a alínea b, inciso I do art. 5º da Lei.
Sabemos que hoje a verba do consumidor repassado ao FNDCT ( Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico ) destinado a ações de
Pesquisa e Desenvolvimento ( conforme Lei 9.991 de 24/07/2000 ) também
determina a constituição no âmbito do Ministério da Ciência e Tecnologia da
criação de um Comitê Gestor com a mesma finalidade, mas que nunca se reúne e que

-4-
584 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

não estabelece nenhuma diretriz para uso desse recurso, hoje é utilizado para o
programa ciências sem fronteiras e o restante é contingenciado.
Uma proposta mais adequada e conciliadora seria a participação do Procel no
processo de decisão de parte dos investimentos, em torno de 10%, o que manteria o
nível de investimentos por meio de CPPs pelas distribuidoras e possibilitaria que o
Procel atuasse em parceria com as concessionárias no âmbito do PEE, por meio de
projetos prioritários, piloto, de grande relevância e etc. Por exemplo, algumas
possíveis atribuições em âmbito nacional como pesquisas de posse e hábitos, estudos
para novas tecnologias, estruturação de uma base de informação de M&V para
subsidiar o PEE, avaliação da perenidade das ações do PEE, etc. Todas as propostas
alinhadas com a Agencia Nacional de Energia Elétrica e as distribuidoras com
aplicação garantida dos recursos em cada estado.

_____________________________________
DEP. JOSÉ ROCHA
PR/BA

-5-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 585

MPV 677
00039

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco a participar do Fundo de Energia do Nordeste, com
o objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº
11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de
março de 2004.

EMENDA ADITIVA No

Art. 1º Acrescente-se ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 22 de junho de 2015,


o seguinte dispositivo:

“Art. 5º .............................................................................................

Art. 22-A. As unidades consumidoras eletrointensivas instaladas na


Região Nordeste e classificadas como indústria de fabricação de produtos
têxteis e confeccionados, poderão optar por firmar contratos de fornecimento
de energia elétrica a que se refere o art. 22 e §§ seguintes, observadas as
mesmas condições contratuais.

Parágrafo único. O volume de energia a ser contratado nos termos do


art. 22 deverá ser calculado de forma que a CHESF atenda, de maneira
proporcional, a demanda por energia dos contratos novos e dos contratos
renovados.”

JUSTIFICAÇÃO

A Medida Provisória em tela foi publicada com o intuito de beneficiar indústrias


eletrointensivas instaladas na Região Nordeste, ao renovar, até 2037, contratos de
fornecimento de energia elétrica firmados com a empresa estatal Chesf - Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco. O contrato estabelece preços competitivos de energia elétrica e
contrapartidas das indústrias contratantes para capitalização do Fundo de Energia do Nordeste
- FEN.

A presente emenda estende às indústrias têxteis e de confecção instaladas na Região


Nordeste a possibilidade de aderir a tais contratos de fornecimento de energia, sob as mesmas
condições previstas na Medida Provisória, tanto em termos de valor, quanto em termos de
contrapartidas.

Essa extensão é legítima e necessária. A indústria têxtil é intensiva no uso de energia


elétrica e tem neste insumo um importante componente do processo produtivo. Segundo dados
da Pesquisa Industrial Anual – PIA/IBGE, o custo da energia elétrica na fabricação de produtos
586 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

têxteis representa 5,1% do custo de produção total, mais que o dobro dos 2,5% que representa
na indústria da transformação em termos gerais.

Além de o custo da energia ser um fator vital de competitividade para esse setor, as
variáveis de concorrência externa também merecem destaque. De acordo com dados da Firjan
– Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a indústria brasileira enfrenta, em
média, um custo de R$ 543,81 por cada megawatt-hora consumido, enquanto a média mundial
é de quase a metade desse valor: R$ 257,50 por megawatt-hora.

O setor têxtil nacional é, hoje, o 5º maior do mundo em termos de produção, e a


confecção é a 4ª maior. Ao se comparar o custo da energia no Brasil com o custo nos quatro
maiores produtores e competidores internacionais – China, Índia, Estados Unidos e Paquistão
–, encontramos preços entre 7,3% (no caso da Índia, a R$ 504,10/MWh) e 77,4% (no caso dos
Estados Unidos, a R$ 122,70/MWh) mais baixos que os pagos em nosso País, um peso
adicional no esforço concorrencial da indústria brasileira.

Em pesquisa elaborada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção -


Abit entre suas empresas associadas, em março deste ano, 97% dos 122 respondentes
afirmaram ter percebido aumento de custo da energia elétrica em sua produção nos últimos
meses. Dentre esses, 80% registraram acréscimos de até 50% nos preços pagos. Uma medida
positiva neste momento, em que o País enfrenta níveis baixos de crescimento, seria uma
importante sinalização ao setor produtivo para continuar investindo e empregando
internamente - e esse entendimento reflete a percepção de quem investe e emprega no País.

Em 2014, o comércio internacional de produtos têxteis e confeccionados foi de


aproximadamente US$ 700 bilhões, com ampla participação dos países asiáticos - pelo lado
dos exportadores - e Estados Unidos, Europa e Japão - pelo lado dos importadores. No Brasil,
no mesmo período, as exportações atingiram US$ 1,2 bilhão e as importações US$ 7,1 bilhões.
O setor têxtil e de confecção enfrenta, desde a abertura comercial no início da década de 90,
acirrada concorrência externa, muitas vezes desleal, com países que subsidiam suas indústrias
e que não possuem padrões trabalhistas, sociais e ambientais sequer próximos dos brasileiros.
Quanto à produção, o setor registrou, segundo os dados do IBGE, recuo nos seus índices entre
os anos 2011 e 2014, assim como nos primeiros meses de 2015.

Frente a esse cenário, somado o impacto do custo da energia na competitividade da


indústria têxtil e de confecção brasileira, e aos preços praticados nos demais países com os
quais concorremos no mercado, submeto a Vossas Excelências a presente emenda, que
contribuiu para que essa indústria tradicional no País e no mundo possa manter sua produção
e seus empregos, pagando preços competitivos pela energia que consome.

Sala das Comissões, de junho de 2015

Deputada GORETE PEREIRA


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 587

MPV 677
00040
CÂMARA DOS DEPUTADOS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do


São Francisco a participar do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de
prover recursos para a implementação
de empreendimentos de energia
elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28
de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de
15 de março de 2004.

EMENDA N. , de 2015

Acrescente-se, onde couber, o seguinte dispositivo:

Art. A partir da publicação desta Medida Provisória, as concessões de geração de


energia hidrelétrica alcançadas pelo art. 19 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995,
poderão ser prorrogadas, a critério do poder concedente, uma única vez, pelo prazo de
até trinta anos, de forma a assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do
serviço e a modicidade de tarifas e preços.

§ 1º A prorrogação de que trata este artigo dependerá da aceitação expressa das


seguintes condições pelas concessionárias:

I - remuneração por tarifa calculada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL
para cada usina hidrelétrica;

II - alocação de cotas de garantia física de energia e de potência da usina hidrelétrica às


concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema
Interligado Nacional – SIN e aos consumidores do Ambiente de Contratação Livre -
ACL, a ser definida pela ANEEL, conforme regulamento do poder concedente; e

III - submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela ANEEL.

§ 2º A distribuição das cotas de que trata o inciso II do § 1º e sua respectiva


remuneração obedecerão a critérios previstos em regulamento, devendo buscar o
equilíbrio na redução das tarifas das concessionárias de distribuição do SIN e preços
dos consumidores do Ambiente de Contratação Livre - ACL.

§ 3º As cotas de que trata o inciso II do § 1o serão revisadas periodicamente e a


respectiva alocação às concessionárias de distribuição e aos consumidores do
588 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Ambiente de Contratação Livre – ACL será formalizada mediante a celebração de


contratos, conforme regulamento do poder concedente.

§ 4º Os contratos de concessão e de cotas definirão as responsabilidades das partes e


a alocação dos riscos decorrentes de sua atividade.

§ 5º Nas prorrogações de que trata este artigo, os riscos hidrológicos, considerado o


Mecanismo de Realocação de Energia - MRE, serão assumidos pelas concessionárias de
distribuição do SIN e pelos Consumidores do Ambiente de Contratação Livre - ACL,
com direito de repasse à tarifa e ao preço do consumidor final.

§ 6º Caberá à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE administrar as


cotas dos consumidores do Ambiente de Contratação Livre – ACL.

§ 7º Caberá à ANEEL disciplinar a realização de investimentos que serão considerados


nas tarifas e preços, com vistas a manter a qualidade e continuidade da prestação do
serviço pelas usinas hidrelétricas, conforme regulamento do poder concedente.

§ 8 º O disposto neste artigo se aplica às concessões de geração de energia hidrelétrica


que, nos termos do art. 19 da Lei no 9.074, de 1995, foram ou não prorrogadas, ou que
estejam com pedido de prorrogação em tramitação.

§ 9 º O disposto nesta Medida Provisória também se aplica às concessões de geração


de energia hidrelétrica destinadas à produção independente ou à autoprodução,
observado o disposto no art. 2o.

§ 10º Vencido o prazo das concessões de geração hidrelétrica de potência igual ou


inferior a um MegaWatt - MW, aplica-se o disposto no art. 8o da Lei no 9.074, de 1995.

Art. O poder concedente poderá autorizar, conforme regulamento, a ampliação de


usinas hidrelétricas cujas concessões forem prorrogadas nos termos desta Medida
Provisória, observado o princípio da modicidade de tarifas e preços.

§ 1º A garantia física de energia e potência da ampliação de que trata o caput será


distribuída em cotas, observado o disposto no inciso II do § 1o do art. 1o.

§ 2º Os investimentos realizados para a ampliação de que trata o caput serão


considerados nos processos tarifários.

Art. A partir da publicação desta Medida Provisória, as concessões de geração de


energia termelétrica poderão ser prorrogadas, a critério do poder concedente, uma
única vez, pelo prazo de até vinte anos, de forma a assegurar a continuidade, a
eficiência da prestação do serviço e a segurança do sistema.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 589

CÂMARA DOS DEPUTADOS

§ 1º A prorrogação de que trata o caput deverá ser requerida pela concessionária com
antecedência mínima de vinte e quatro meses do termo final do respectivo contrato
de concessão ou ato de outorga.

§ 2º A partir da decisão do poder concedente pela prorrogação, a concessionária


deverá assinar o contrato de concessão ou o termo aditivo no prazo de até noventa
dias contado da convocação.

§ 3º O descumprimento do prazo de que trata o § 2o implicará a impossibilidade da


prorrogação da concessão, a qualquer tempo.

§ 4º A critério do poder concedente, as usinas prorrogadas nos termos deste artigo


poderão ser diretamente contratadas como energia de reserva.
590 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

JUSTIFICAÇÃO

As inclusões de redação apontadas no texto acima visam estender a concessão


dos benefícios da energia das usinas hidroelétricas depreciadas aos consumidores do
Ambiente de Contratação Livre. Neste ambiente estão as grandes indústrias
brasileiras, que só terão acesso a essa energia, mantido o texto original da MP, quando
migrarem e se migrarem para o mercado cativo, ou seja: em média daqui a cinco anos.
Este é o prazo de contratação médio do mercado livre, segundo a CCEE.

Por uma questão de isonomia e justiça, o benefício da amortização das


instalações de geração deve ser alocado ao conjunto de consumidores que, ao longo
de muitos anos, pagou pela depreciação de tais ativos em troca de um benefício futuro
prometido. Pelas regras anteriores (estabelecimento das tarifas com base nos custos)
as prorrogações levariam naturalmente à modicidade para o conjunto de
consumidores. Essa premissa deve ser preservada, estendendo-se as cotas aos
consumidores do Ambiente de Contratação Livre - ACL.

O fato de que com a evolução das regras alguns consumidores se tornaram


livres não alterou esta lógica, até mesmo porque o conceito de modicidade de tarifas e
preços está colocado no mesmo nível de prioridade na legislação (Lei n° 10.848/04 e
Dec. n° 5.163/04).

Desta forma, propõe-se que a energia das usinas depreciadas seja oferecida no
regime de cotas de forma isonômica para os mercados livre e cativo. O mercado livre é
tão importante e merecedor dos benefícios da energia depreciada quanto o cativo. Os
consumidores do mercado livre são fundamentais na geração de empregos, divisas e
no custeio da máquina pública com a arrecadação fiscal.

____________________________

Deputado GIVALDO CARIMBÃO

(PROS/AL)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 591

MPV 677
00041
CÂMARA DOS DEPUTADOS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do


São Francisco a participar do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de
prover recursos para a implementação
de empreendimentos de energia
elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28
de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de
15 de março de 2004.

EMENDA N. , de 2015

Acrescente-se, onde couber, o seguinte dispositivo:

Art. O Artigo 15 da Lei n 9074, de 7 de julho de 1995, passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art.15...................................................................................................

(...)

§ 2º A partir da publicação dessa lei, os consumidores com carga igual ou superior a


2.000 kW, atendidos em qualquer tensão, poderão optar pela compra de energia
elétrica a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do
mesmo sistema interligado.

(...)”

Art. Incluir no Artigo 15 da Lei n 9074, de 7 de julho de 1995, os seguintes parágrafos:

“Art.15...................................................................................................

§1º A partir de 01 de janeiro de 2016, os consumidores com carga igual ou superior a


500 kW, atendidos em qualquer tensão, poderão optar pela compra de energia elétrica
a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do mesmo
sistema interligado.

§2º A partir de 01 de janeiro de 2017, os consumidores com carga igual ou superior a


50 kW, atendidos em qualquer tensão, poderão optar pela compra de energia elétrica
a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de energia elétrica do mesmo
sistema interligado.

§3º A partir de 01 de janeiro de 2018, os consumidores supridos em alta tensão


poderão optar pela compra de energia elétrica a qualquer concessionário,
permissionário ou autorizado de energia elétrica do mesmo sistema interligado.
592 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

§4º A partir de 01 de janeiro de 2019, os consumidores com consumo superior a 1.000


kWh, poderão optar pela compra de energia elétrica a qualquer concessionário,
permissionário ou autorizado de energia elétrica do mesmo sistema interligado.

§5º A partir de 01 de janeiro de 2020, os consumidores com carga igual ou superior a


300 kWh, poderão optar pela compra de energia elétrica a qualquer concessionário,
permissionário ou autorizado de energia elétrica do mesmo sistema interligado.

§6º A partir de 01 de janeiro de 2022 todos os consumidores poderão optar pela


compra de energia elétrica a qualquer concessionário, permissionário ou autorizado de
energia elétrica do mesmo sistema interligado. ”

Art. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 593

CÂMARA DOS DEPUTADOS

JUSTIFICATIVA

O objetivo da emenda é permitir a Portabilidade da Conta de Luz para todos os


consumidores. A publicação do Código de Proteção e Defesa do Consumidor foi uma
conquista de todo o povo brasileiro. Sancionada em 1990, a Lei 8.078, de 11 de
setembro de 1990, estabelece as normas de proteção e defesa do consumidor, fixa a
política nacional de relações de consumo e, enfim, cuida daqueles que são os direitos
básicos dos nossos consumidores. Hoje, mais de 22 anos depois, o Código já faz parte
da cultura nacional, pois em todas as classes sociais a cidadania está devidamente
atenta aos seus benefícios e à proteção que a Lei oferece.

Em sua essência, o Código trata do respeito entre fornecedores e


consumidores, mas não é apenas algo que veio para punir. Tem também um caráter
pedagógico, de modo que toda a sociedade possa aprender como é possível equilibrar
as relações de consumo, sem que exista apenas um caráter punitivo na Lei.

Trata-se de um avanço extraordinário nas relações de consumo no Brasil.


Afinal, desde o final da década de 90, os consumidores de telecomunicações podem
livremente escolher os fornecedores de serviços de telefonia fixa e celular. Todos nós
somos testemunhas que, hoje, se um consumidor não está satisfeito com a sua
operadora de telecomunicações, ele simplesmente faz a opção por outra empresa.
Essa liberdade de escolha infelizmente não é permitida, ainda, aos mesmos
consumidores brasileiros de energia elétrica. Aqueles que ainda são classificados como
consumidores cativos, ou seja, que não pertencem ao mercado livre, são obrigados,
por conta de uma legislação antiquada e que desconhece a modernidade das relações
entre fornecedores e consumidores, a comprar a energia elétrica da empresa local de
distribuição.

Já está mais do que na hora de oferecer aos consumidores brasileiros de


energia elétrica a opção de serem livres. Afinal, neste aspecto o Brasil está na
contramão da História e ainda insiste em aprisionar a maior parte dos consumidores
brasileiros de energia elétrica (todos os residenciais e a maior parte dos industriais e
comerciais) no mercado cativo das concessionárias de energia elétrica, a partir de uma
legislação antiquada que ainda enxerga a energia elétrica apenas sob o prisma da
Engenharia, como ocorria há 100 anos. Existe hoje uma figura chamada consumidor,
que tem os seus direitos garantidos pela Lei 8.078/1990, e que as autoridades do setor
elétrico simplesmente insistem em desconhecer. Assim, os consumidores cativos de
energia elétrica ainda são obrigados, por força de lei, a comprar a sua energia de uma
única empresa, o fornecedor local, sem que possa usufruir dos benefícios gerados pela
competição no mercado livre.

A emenda propõe medidas de incentivo à expansão do mercado livre, operado


no Ambiente de Contratação Livre (ACL), ampliando o universo de consumidores
elegíveis para o ACL. O mercado livre é o ambiente em que os consumidores podem
escolher seu fornecedor de energia, negociando livremente um conjunto de variáveis
como prazo contratual, preços, variação do preço ao longo do tempo e serviços
594 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

associados à comercialização. Ao participar do mercado livre o consumidor assume


responsabilidades em relação a sua exposição aos preços da energia, mas tem
oportunidade ser atendido de forma individual, conforme suas características de
consumo, o que é impossível no mercado cativo. O mercado livre, com sua capacidade
de reconhecer a individualidade de cada consumidor em lidar com os riscos e
oportunidades da comercialização de energia promove a inovação e o equilíbrio entre
oferta e demanda com decisões descentralizadas sobre o consumo e a produção de
energia. Portanto, a Portabilidade da Conta de Luz é um direito do cidadão que vem
sendo negado no Brasil há anos pelas autoridades, muito embora o Congresso
Nacional tenha aprovado dispositivo na Lei nº 9.074 que procurava estende o
dispositivo a todos os consumidores.

A ampliação do mercado livre, por meio da alteração dos critérios de


elegibilidade, proposto pela Presente Emenda, põe fim à falta de isonomia entre
consumidores abaixo de 3.000 KW conectados antes e depois de julho de
1995. Adicionalmente, possibilita a livre escolha do segmento do consumo que reage
a preço, o que contribui para o uso eficiente da energia elétrica. Os efeitos esperados
no mercado livre brasileiro trarão o benefício de escolha a cerca de 6500
consumidores, ampliando o mercado em 4600 MW-médios.

A expansão do mercado livre induzirá o uso eficiente da energia elétrica,


permitindo o permanente equilíbrio entre oferta e demanda. Assim, durante períodos
de abundância do insumo energia elétrica, situação vivida no pós-racionamento de
2001, ocorre o natural aumento do consumo pela queda dos preços. Por outro lado,
para períodos de escassez, como acontece agora, o consumo desse segmento se retrai
pelo aumento de preço. Sem este comportamento do mercado livre, durante o
período de abundância, o custo do excesso de oferta seria repassado a todos os
consumidores na forma de aumento tarifário. Por outro lado, durante o período de
escassez, a não reação ao preço poderia empurrar o sistema para a falta de
suprimento. Ademais, a permissão para que um universo maior de consumidores
possa escolher livremente seus fornecedores possibilitará desindexação de preços à
inflação uma vez que os preços serão definidos pelo mercado.

A possibilidade de negociar preços e condições de suprimento flexíveis,


ajustadas às reais necessidades do consumo, permite um adequado gerenciamento de
risco, o que torna o setor industrial brasileiro mais competitivo com reflexos positivos
na exportação e geração de empregos. A propósito, a adesão de quase 30% do
consumo ao mercado livre não é por acaso; esta decisão é guiada pela busca do
insumo energia elétrica a preços e condições de suprimento adequadas ao consumo
industrial. Adicionalmente, consumidores que optaram pelo mercado livre dificilmente
retornam a condição de consumidor cativo, em virtude de contar com novos produtos
e um tratamento diferenciado por parte dos seus novos fornecedores.

É importante observar que muitos países que são competidores do Brasil no


mercado internacional, têm ampliado os benefícios do mercado livre a um número
maior de consumidores. Importa destacar que no Brasil essa ampliação de forma
alguma afeta a segurança do suprimento, pois de acordo com o inciso I do Art. 2° do
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 595

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Decreto 5.163/2004, toda a energia comercializada deve ser 100% lastreada em


capacidade de geração, independente do ambiente de contração, seja ele livre ou
regulado.

Na Europa todos os consumidores industriais podem optar deste julho de 2004


e os residenciais desde julho de 2007. Nos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e
Austrália, os requisitos de elegibilidade variam de região para região, mas sempre com
a tendência de permitir a livre escolha para os consumidores de maior porte.
Particularmente, na América do Sul os limites de elegibilidade são: 30 kW na
Argentina, 100 kW na Colômbia, Guatemala e Panamá, 250 kW no Uruguai, 1 000 KW
no Peru e Bolívia, 2 000 KW no Chile de 3000 KW.

Desta forma, não há motivos para que o Brasil também não crie condições
objetivas para ampliar a competitividade de suas indústrias no mercado internacional,
por meio de maior acesso dos consumidores ao ACL, evitando o cerceando do direito
de escolha de parte dos consumidores. Conforme mencionado anteriormente, o ACL,
representado pelo consumidor livre e a autoprodução, tem um consumo que totaliza
cerca de 14.000 MW-médios, representando 27% do mercado total. Entretanto, o
mercado livre de fato (que exclui a auto-produção), chega apenas a 10.000 MW, isto é,
19% da demanda total. Por outro lado, o mercado industrial representa 43% do
mercado total. Logo, aumentar o limite de elegibilidade ao mercado livre significa dar
possibilidades objetivas da nossa indústria ampliar a sua competitividade, em
particular no mercado internacional.

____________________________

Deputado GIVALDO CARIMBÃO

(PROS/AL)
596 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
ETIQUETA
00042
CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
25/06/2015 Medida Provisória 677/2015
AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Deputado BETO ROSADO 122
TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTIT 3 ( ) MODIFICATIVA 4 ( x ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

EMENDA ADITIVA

Adiciona-se artigo, onde melhor couber, a Medida Provisória nº 677, de 22 de junho


de 2015, passando a vigorar com a seguinte redação:

Art. X A Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, passa a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 3º-A. No caso de venda ou de importação de máquinas, aparelhos,


instrumentos e equipamentos,novos, e de materiais de construção para utilização
ou incorporação em obras de infraestrutura, destinadas ao ativo imobilizado, no
setor de geração de energia a partir de fonte solar, também fica suspensa a
exigência:

I – do Imposto sobre produtos industrializados - IPI quando os referidos


bens ou materiais de construção forem adquiridos por pessoa jurídica beneficiária
do Reidi; e
II – do imposto de importação - II quando os referidos bens ou materiais de
construção forem adquiridos por pessoa jurídica beneficiária do Reidi.

Parágrafo único. Nas vendas ou importações de que trata o caput deste


artigo aplica-se o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 3º desta Lei.” (NR)

“Art. 5º O benefício de que tratam os arts. 3º, 3º - A e 4º desta Lei poderá


ser usufruído nas aquisições e importações realizadas no período de 5 (cinco)
anos,contado da data da habilitação da pessoa jurídica, titular do projeto de
infraestrutura.............................................................................” (NR)

Art. XX Para efeito de apuração do imposto de renda, as pessoas jurídicas


produtoras de energia elétrica a partir de fonte solar, sem prejuízo da depreciação
normal, terão direito à depreciação acelerada, calculada pela aplicação da taxa de
depreciação usualmente admitida, multiplicada por 4 (quatro), das máquinas,
equipamentos, aparelhos e instrumentos, novos, adquiridos a partir da data de
publicação desta Lei,destinados ao ativo imobilizado e empregados em projeto de
geração de energia aprovado de acordo com o § 6º deste artigo.

§ 1º A depreciação acelerada de que trata o caput deste artigo constituirá


exclusão do lucro líquido para fins de determinação do lucro real e será escriturada
no livro fiscal de apuração do lucro real.

§ 2º O total da depreciação acumulada, incluindo anormal e a acelerada,


não poderá ultrapassar o custo de aquisição do bem.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 597

§ 3º A partir do período de apuração em que for atingido o limite de que trata


o § 2º deste artigo, o valor da depreciação normal, registrado na escrituração
comercial, será adicionado ao lucro líquido para efeito de determinação do lucro
real.
§ 4º Os bens de capital e as máquinas, equipamentos,aparelhos e
instrumentos de que trata este artigo serão relacionados em regulamento.

§ 5º A depreciação acelerada de que trata o caput deste artigo deverá ser


calculada antes da aplicação dos coeficientes de depreciação acelerada previstos
no art. 69 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958.

§ 6º Compete ao Ministério de Minas e Energia a definição dos projetos que


se enquadram nas disposições do caput e a aprovação de projeto apresentado
pela pessoa jurídica interessada, conforme regulamento.

JUSTIFICAÇÃO

A alteração traz incentivos importantes para o fortalecimento das fontes renováveis


no Brasil. A isenção do Imposto sobre produtos industrializados - IPI e Imposto de
importação - II, poderá permitir a viabilização da fonte solar nos leilões de energia, pois
apesar do avanço da participação desta fonte nos últimos leilões federais ocorridos, ainda
não é possível concorrer com outras fontes como hidro e eólica.

Atualmente, a fonte solar apresenta altos custos para sua implantação, tendo em
vista que os principais componentes para implantação de uma usina solar não são
produzidos no Brasil. O incentivo para a importação viabilizaria a redução dos custos dessa
energia, de forma a torná-la competitiva nos próximos leilões de energia. Com isso, cria-se
um incentivo para a produção de tecnologia nacional e a iniciativa de projetos privados e
governamentais promoverá a redução de custos e a proliferação dessa fonte energética.

Este destaque para a energia solar no Brasil faz bastante sentido, principalmente
devido às características de insolação e terra disponível no país, além de contribuir para a
diversificação da matriz energética brasileira, de forma a alcançar uma expansão
equilibrada e desejável no ponto de vista da segurança sistêmica, buscando a desejada
complementaridade de fontes, garantindo o abastecimento eficiente, ao menor custo e com
mínimo impacto ambiental.

BETO ROSADO
Deputado Federal
598 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00043

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 2015, onde


couber, o seguinte artigo:

Art. X O art. 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, passa a


vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º A partir de 12 de setembro de 2012, as concessões
de geração de energia hidrelétrica alcançadas pelo art. 19
da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, poderão ser
prorrogadas, a critério do poder concedente, uma única
vez, pelo prazo de até trinta anos, de forma a assegurar a
continuidade, a eficiência da prestação do serviço e a
modicidade de tarifas e preços.
§1º.......................................................................................
.............................................................................................
II - alocação de cotas de garantia física de energia e de
potência da usina hidrelétrica às concessionárias e
permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica e, a partir de 1º de janeiro de 2017, aos
consumidores enquadrados nos arts. 15 e 16 da Lei nº
9.074, de 7 de julho de 1995, do Sistema Interligado
Nacional - SIN, a ser definida pela Aneel, conforme
regulamento do poder concedente;
..........................................................................................
§ 2º A distribuição das cotas de que trata o inciso II do §1º
e respectiva remuneração obedecerão a critérios previstos
em regulamento, devendo buscar o equilíbrio na redução
das tarifas das concessionárias e permissionárias de
distribuição do SIN e dos preços dos consumidores
enquadrados nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de
julho de 1995.
...........................................................................................
§ 5º Nas prorrogações de que trata este artigo, os riscos
hidrológicos, considerado o Mecanismo de Realocação de
Energia - MRE, serão assumidos pelas concessionárias e
permissionárias de distribuição do SIN, com direito de
repasse à tarifa do consumidor final, e pelos consumidores
enquadrados nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de
julho de 1995.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 599

..................................................................................". (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, resultado da


conversão da Medida Provisória nº 579, de 11 de setembro de 2012,
garantiu a energia barata das usinas hidrelétricas com ativos amortizados
apenas para os consumidores do Ambiente de Contratação Regulada
(ACR). Privou, dessa forma, os consumidores livres, dentre os quais
indústrias, do acesso a essa energia elétrica.
A assimetria em questão precisa ser corrigida porque prejudica
o setor produtivo, que gera emprego e renda, e reduz a competitividade da
economia brasileira. Em um mundo cada vez mais globalizado, para
mantermos emprego no Brasil, é imperativo o aumento da produtividade do
nosso País. E só faremos isso se corrigirmos as distorções existentes no
setor elétrico, como é o caso da destinação da energia elétrica de usinas
amortizadas apenas para o ACR, já que energia elétrica é um insumo
estratégico e essencial para muitos setores produtivos.
A fim de haver tempo para o ajuste em questão, propomos que
a redistribuição das cotas ocorra apenas a partir de 1º de janeiro de 2017.

Sala da Comissão,

Senadora LÚCIA VÂNIA

ru2015-06352
600 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00044

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 2015, onde


couber, o seguinte artigo:
Art. X A Lei nº 5.899, de 5 de julho de 1973, passa a vigorar
acrescida dos seguintes arts. 11-A e 11-B:
“Art. 11-A A partir de 1º de janeiro de 2017, a totalidade
dos serviços de eletricidade da ITAIPU será utilizada por
todas as empresas concessionárias e permissionárias de
serviço público de distribuição de energia elétrica do
Sistema Interligado Nacional – SIN, com base nos
mercados de energia elétrica de suas respectivas áreas de
atuação.
Parágrafo único. A fim de atender o disposto no caput
deste artigo, as empresas concessionárias e
permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN
terão prazo até 30 de junho de 2016 para celebrar ou
revisar os contratos com a Eletrobras ou suas subsidiárias
para utilização em conjunto da totalidade da potência
contratada pela Eletrobras ou suas subsidiárias, com
ITAIPU, e da totalidade da energia vinculada a essa
potência contratada dentro do mesmo espírito do Tratado
firmado entre a República Federativa do Brasil e a
República do Paraguai, em 26 de abril de 1973, anexo C.
Art. 11-B A partir de 1º de janeiro de 2017, a potência
contratada pelas empresas concessionárias e
permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN
será rateada na proporção da energia por elas vendida em
2015.
Parágrafo único. O rateio da potência contratada pelas
empresas concessionárias e permissionárias de serviço
público de distribuição de energia elétrica do Sistema
Interligado Nacional – SIN será revista a cada 5 (cinco)
anos, tendo como base a energia comercializada por tais
empresas nos 5 (cinco) anos anteriores ao ano em que for
realizada a revisão da potência contratada.”
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 601

JUSTIFICAÇÃO

A Lei nº 5.899, de 5 de julho de 1973, prevê que somente as


distribuidoras de energia elétrica dos submercados Sul e Sudeste/Centro-
Oeste contratem a energia elétrica gerada pela Usina Hidrelétrica Itaipu.
Entretanto, todo o Brasil se beneficia da segurança energética propiciada
pela energia elétrica gerada por essa importante usina hidrelétrica, um dos
orgulhos brasileiros. A energia elétrica gerada pela Usina Hidrelétrica
Itaipu, diretamente ou indiretamente, garante o abastecimento de todo o
Sistema Interligado Nacional.
Considerando o fato exposto, sugerimos que todas as
distribuidoras de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional
contratem a energia elétrica gerada pela Usina Hidrelétrica Itaipu. Trata-se
de um reconhecimento da importância dessa usina para todo o Brasil.
Além disso, a medida faz com que se corrija uma assimetria
existente no setor elétrico. Como o preço da energia elétrica vendida pela
Usina Hidrelétrica Itaipu é em dólar e como apenas os submercados Sul e
Sudeste/Centro-Oeste contratam a energia elétrica gerada pela Usina
Hidrelétrica Itaipu, os impactos, positivos e negativos, da variação do dólar
se concentram nos consumidores dessas localidades. Trata-se de distorção
que precisa ser corrigida a fim de tratarmos igualmente todos os brasileiros
que se beneficiam igualmente, de forma direta ou indireta, da segurança
energética propiciada pela Usina Hidrelétrica Itaipu.
É importante ressaltar que a energia elétrica gerada pelas
Usinas Termonucleares Angra I e Angra II, localizadas no Estado do Rio
de Janeiro, já é rateada entre todas as distribuidoras de energia elétrica do
Sistema Interligado Nacional. Trata-se de algo justo porque esses
empreendimentos beneficiam todo o Sistema Interligado Nacional. Dessa
forma, o que propomos para a energia elétrica gerada pela Usina
Hidrelétrica de Itaipu é semelhante ao que já existe para as Usinas
Termonucleares Angra I e Angra II.

Sala da Comissão,

Senadora LÚCIA VÂNIA

ru2015-06349
602 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00045

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Dê-se ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a


seguinte redação:
“Art. 5º ..............................................................................................
............................................................................................................
§ 18. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de
energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de
serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com os
consumidores finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos
consumidores o fornecedor com quem contratará sua compra de
energia elétrica, nos termos dos arts. 15 e 16 de Lei nº 9.074, de 7
de julho de 1995, do § 5o do art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de
dezembro de 1996, e da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004.
§ 19. Deverão ser tornadas públicas, em sítio da rede mundial de
computadores, com atualização mensal, as seguintes informações
relativas aos consumidores contratantes do fornecimento de energia
de que trata este artigo:
I – a razão social e o número de inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica – CNPJ; e
II – a garantia física contratada e o valor pago, individualmente.
§ 20. Anualmente, deverá ser disponibilizada, em sítio da rede
mundial de computadores, avaliação que demonstre os impactos
econômicos e sociais da atividade produtiva dos consumidores
contratantes do fornecimento de energia elétrica de que trata este
artigo no que se refere a:
I - emprego e renda, direta e indiretamente;
II – produção; e
III - arrecadação de tributos”. (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A Medida Provisória nº 677, de 2015, busca manter incentivos que


garantam a redução desigualdades regionais, ainda existentes no Brasil.
Nesse contexto, prorroga contratos firmados entre a Chesf e
algumas indústrias instaladas na Região Nordeste ainda na década de 70 do
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 603

século passado. Além disso, garante recursos para que a Chesf continue
investindo nessa Região e em todo o Brasil.
Para tanto, a Medida Provisória nº 677, de 2015, retira dos
consumidores do mercado regulado parte da energia elétrica barata que recebem
ou receberiam de usinas hidrelétricas amortizadas, com concessão prorrogada ou
licitada nos termos da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013.
Diante do exposto, julgamos que são pertinentes alguns ajustes que
não alteram o mérito da Medida Provisória nº 677, de 2015.
O primeiro ajuste tem relação com a previsão de que, ao final dos
contratos de fornecimento de energia elétrica, será de livre escolha dos
consumidores alcançados pela Medida Provisória nº 677, de 2015, o fornecedor
de energia elétrica. Entendemos, nesse aspecto, ser necessário explicitar que a
liberdade de escolha em questão se dará nos termos dos arts. 15 e 16 de Lei nº
9.074, de 7 de julho de 1995, e do § 5º do art. 26 da Lei nº 9.427, de 26 de
dezembro de 1996. Os dispositivos mencionados estabelecem as condições para
que um consumidor escolha livremente o seu fornecedor de energia elétrica. Com
o ajuste proposto, é mitigado o risco de interpretação de que mesmo os
consumidores que não preencham os requisitos estabelecidos pelos arts. 15 e 16
de Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, e pelo § 5º do art. 26 da Lei nº 9.427, de
26 de dezembro de 1996, poderiam exercer a livre escolha do fornecedor, o que
configuraria tratamento não isonômico entre consumidores de energia elétrica.
Por fim, quanto ao segundo ajuste, o fato de a Medida Provisória nº
677, de 2015, alcançar apenas algumas indústrias instaladas na Região Nordeste
pode ser interpretado como um tipo de subsídio, já que os demais consumidores
de energia elétrica arcarão, diretamente ou indiretamente, com o custo dessa ação
de desenvolvimento regional. Dessa forma, consideramos importante que (i) seja
dada total transparência quanto aos beneficiários, ao preço e ao montante da
energia elétrica negociada e (ii) sejam divulgadas avaliações periódicas dos
impactos no emprego, renda, produção e tributos.

Sala da Comissão,

Senadora LÚCIA VÂNIA

ru2015-06456
604 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00046

EMENDA Nº – CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Modifique-se o inciso I do § 1º do art. 3º da Medida Provisória nº


677, de 2015, para conferir-lhe a seguinte redação:

"Art. 3º - .............................................................................
.............................................................................................

§ 1º ......................................................................................
I - no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste e nos
municípios do Estado de Minas Gerais abrangidos pela área de atuação
da SUDENE, nos termos do art. 2º da Lei Complementar nº 125, de 3 de
janeiro de 2007;
.........................................................................................." (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Esta emenda pretende incluir os municípios mineiros da região


norte do Estado, já equiparados aos da Região Nordeste por força da Lei
Complementar nº 125/2007, na política de fomento aos empreendimentos de
energia elétrica e utilização dos recursos provenientes do Fundo de Energia
do Nordeste – FEN criado pela Medida Provisória 677, uma vez que não há
justificativa para estes municípios recebam tratamento desigual.

Sala da Comissão,

Senador ANTONIO ANASTASIA


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 605

MPV 677
00047

EMENDA Nº – CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acrescente-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, artigo


com a seguinte redação:

Art. A Lei nº 10.438, de 2002, passa a vigorar com a


seguinte alteração:
“Art. 25..........................................................................................
.......................................................................................................
§3º Nos domingos e feriados serão garantidos os descontos
especiais previstos no caput sem restrição de horário.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Atualmente, os descontos especiais nas tarifas de fornecimento


de energia elétrica, estabelecidos no art. 28 da Lei nº 10.438, de 2002,
ficam restritos ao período compreendido entre 21h30 (vinte e um horas e
trinta minutos) e 6h (seis horas) do dia seguinte.

Entretanto, durante os domingos e feriados, essa restrição não


faz sentido uma vez que, nesses dias, não há restrição da demanda de ponta
para atendimento do mercado, tal como ocorre nos demais dias úteis.

Tendo em vista que essa restrição implica mão de obra mais


cara para atender rotina de trabalho em descompasso com o considerado
ideal pelos que atuam no ramo dessas atividades, é necessária a adequação
que ora se propõe.

Sala da Comissão,

Senador ANTONIO ANASTASIA


606 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00048
ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
26/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA 677/2015
Autor nº do prontuário
DEP. CARLOS ZARATTINI – PT/SP 398

1. ( ) Supressiva 2. ( ) Substitutiva 3. ( ) Modificativa 4. (X ) Aditiva 5. ( ) Substitutivo global

Inclua-se uma nova redação ao § 5o do art. 22 da Lei nº 11.943, de 2009, alterado pelo art.5o da Medida Provisória e
inclua-se um novo art. 6o na Medida Provisório, renumerando-se os subsequentes:

Art. 5º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22..........
.............
§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o inciso II do § 2º, bem como as autorizações
outorgadas para os aproveitamentos de que tratam os incisos I e IV, art. 26, da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, serão
prorrogadas pelo prazo de trinta anos, afastado, no que se aplicar, o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei nº 12.783,
de 2013.
.............”

Art. 6º Os aproveitamentos que tratam os inciso I e IV, art 26, da Lei no 9.427 de 26 de dezembro de 1996, atingidos
pelo dispositivo do § 5o, do art. 22 da Lei nº 11.943, de 2009, deverão destinar mensalmente 10% (dez por cento) da sua receita
líquida, durante todo o período da prorrogação da autorização, às prefeituras dos municípios atingidos pelos empreendimentos,
na proporção da área inundada, recursos estes que deverão ser utilizados nas áreas de saúde, educação e meio-ambiente.
(NR)

As autorizações administrativas previstas nos incisos I e VI, caput, art. 26 da Lei nº 9.427, de 1996, são consideradas
pela doutrina jurídica e pelo próprio órgão regulador federal – a ANEEL – como uma espécie de autorização administrativa
denominada de “autorização qualificada”, em consequência de suas características peculiares e distintas da autorização
administrativa comum.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 607

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
26/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA 677/2015
Autor nº do prontuário
DEP. CARLOS ZARATTINI – PT/SP 398

1. ( ) Supressiva 2. ( ) Substitutiva 3. ( ) Modificativa 4. (X ) Aditiva 5. ( ) Substitutivo global

JUSTIFICAÇÃO

Dentre essas características próprias, ressalte-se, que ao contrário da possibilidade de revogação a qualquer instante e
ao critério exclusivo da autoridade responsável pela outorga, a autorização qualificada tem regras pré-estabelecidas para que
possa ser extinta, tem prazo compatível com a necessidade de amortização e remuneração dos altos investimentos realizados
pelo agente autorizado, enfim, sua estrutura e processos de outorga e extinção mais se assemelham a um contrato
administrativo do que a um ato administrativo precário.
Exemplo disso são exatamente as autorizações concebidas no art. 26 da Lei nº 9.427, de 1966, especialmente as
referidas nos incisos I e VI, que tratam da implantação de instalações de geração hidrelétrica até 50.000 kW.
Ocorre que em todo o conjunto de leis federais que tratam do setor elétrico, não está disposto de forma clara quais os
parâmetros temporais relativo à uma previsível prorrogação, ao contrário do que está disposto para o caso de instalações de
geração hidrelétrica contratadas mediante o instituto jurídico da concessão.
Esta Emenda, aplica a mesma lógica de renovação definida para a UHE Sobradinho, criando para as centrais
autorizadas uma obrigação após a renovação da autorização. Fazendo com que estas destinem 10% da receita líquida aos
municípios atingidos pelo empreendimento. A divisão dos recursos deverá ser feita na proporção das áreas inundadas pelo
reservatório do empreendimento. Além disto, define que estes recursos devam ser aplicados nas áreas de saúde, educação e
meio-ambiente.
Sala das Sessões, 26 de junho de 2015.
608 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00049

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, a CEMIG GT


– CEMIG Geração e Transmissão S.A. e FURNAS – Centrais Elétricas
S.A., a participarem do Fundo de Energia da SUDENE – FEN, com o
objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos
de energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a
Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004.

Art. 1º. Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf, CEMIG GT – CEMIG Geração e
Transmissão S.A. e FURNAS – CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. autorizadas a participarem do Fundo de
Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho
de propriedade da COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO, da Usina de
Miranda de Propriedade da CEMIG GT – CEMIG Geração e Transmissão S.A. e da Usina de
Itumbiara de propriedade de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., no centro de gravidade do
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 609

submercado de cada usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
anuais.
610 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 611

MPV 677
00050

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e a CEMIG GT


– CEMIG Geração e Transmissão S.A., a participarem do Fundo de
Energia da SUDENE – FEN, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

Art. 1º . Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf e CEMIG GT – CEMIG Geração
e Transmissão S.A. autorizadas a participarem do Fundo de Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de
prover recursos para a implantação de empreendimentos de energia elétrica, conforme regulamento.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho
de propriedade da COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO e da Usina de
Miranda de Propriedade da CEMIG GT – CEMIG Geração e Transmissão S.A., no centro de
612 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

gravidade do submercado de cada usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo


interno.

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada a
variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do § 7º será majorado em


vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento. Os preços praticados nos contratos que vigoraram
até 31 de dezembro de 2014 deverão ser os mesmos das tarifas praticadas com os consumidores
descritos no parágrafo anterior e atualizados nas mesmas condições, conforme disposto nos
parágrafos abaixo.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
no inciso II; e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 613

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
anuais.

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


614 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00051

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e FURNAS –


Centrais Elétricas S.A., a participarem do Fundo de Energia da
SUDENE – FEN, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

Art. 1º . Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf e FURNAS – CENTRAIS
ELÉTRICAS S.A. autorizadas a participarem do Fundo de Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de
prover recursos para a implantação de empreendimentos de energia elétrica, conforme regulamento.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho
de propriedade da COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO e da Usina de
Itumbiara de propriedade de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., no centro de gravidade do
submercado de cada usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 615

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
anuais.
616 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 617

MPV 677
00052

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e a CEMIG GT


– CEMIG Geração e Transmissão S.A., a participarem do Fundo de
Energia da SUDENE – FEN, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

Art. 1º . Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf e CEMIG GT – CEMIG Geração
e Transmissão S.A. autorizadas a participarem do Fundo de Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de
prover recursos para a implantação de empreendimentos de energia elétrica, conforme regulamento.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho
de propriedade da COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO e da Usina de
Miranda de Propriedade da CEMIG GT – CEMIG Geração e Transmissão S.A., no centro de
618 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

gravidade do submercado de cada usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo


interno.

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 619

anuais.

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


620 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00053

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, a CEMIG GT


– CEMIG Geração e Transmissão S.A. e FURNAS – Centrais Elétricas
S.A., a participarem do Fundo de Energia da SUDENE – FEN, com o
objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos
de energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a
Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004.

Art. 1º. Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf, CEMIG GT – CEMIG Geração e
Transmissão S.A. e FURNAS – CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. autorizadas a participarem do Fundo de
Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho
de propriedade da COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO, da Usina de
Miranda de Propriedade da CEMIG GT – CEMIG Geração e Transmissão S.A. e da Usina de
Itumbiara de propriedade de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., no centro de gravidade do
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 621

submercado de cada usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada a
variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do § 7º será majorado em


vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento. Os preços praticados nos contratos que vigoraram
até 31 de dezembro de 2014 deverão ser os mesmos das tarifas praticadas com os consumidores
descritos no parágrafo anterior e atualizados nas mesmas condições, conforme disposto nos
parágrafos abaixo.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


622 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
anuais.

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 623

MPV 677
00054

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e FURNAS –


Centrais Elétricas S.A., a participarem do Fundo de Energia da
SUDENE – FEN, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

Art. 1º . Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf e FURNAS – CENTRAIS
ELÉTRICAS S.A. autorizadas a participarem do Fundo de Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de
prover recursos para a implantação de empreendimentos de energia elétrica, conforme regulamento.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica Sobradinho
de propriedade da COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO e da Usina de
Itumbiara de propriedade de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., no centro de gravidade do
submercado de cada usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.
624 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
anuais.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 625

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


626 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00055

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( X) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. Os consumidores finais instalados em regiões abrangidas pela Superintendência


de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas
à Rede Básica ou Demais Instalações de Transmissão de energia elétrica com tensões
iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil quilovolts) com contratos de
fornecimento de energia elétrica que vigoraram até 31 de dezembro de 2014, tem direito à
contratação/restabelecimento de fornecimento de energia elétrica na forma definida neste
artigo.
§1º As concessionárias geradoras de serviço público, inclusive as sob controle
federal, deverão, a partir da publicação desta lei, firmar contratos de fornecimento com os
consumidores finais de que trata o caput para vigorarem até 08 de fevereiro de 2037,
respeitando-se as mesmas condições estabelecidas nos contratos de fornecimento de
energia elétrica que vigoraram até 31 de dezembro de 2014, incluindo preços, tarifas,
critérios de reajuste e demais condições de fornecimento.

I - Os contratos descritos no parágrafo primeiro acima deverão ser celebrados,


preferencialmente, com a concessionária de serviço público de geração de energia com a
qual os consumidores finais mantinham seus contratos que vigoraram até 31 de dezembro
de 2014.

II - Na hipótese de, em 30 dias após a publicação desta Lei, a concessionária de


serviço público de geração de energia com a qual os consumidores finais mantinham seus
contratos não celebrar o respectivo contrato, deverá o Governo Federal definir, em até 30
dias, outra concessionária de serviço público de geração de energia para efetivação do
contrato de fornecimento de energia, nas mesmas condições definidas no parágrafo primeiro
do presente artigo.

§ 2º O montante de energia para atendimento dos contratos referidos no §1º será


composto pela garantia física hidráulica complementada por parcela a qual não foi destinada
à alocação de cotas de garantia física de energia e de potência, nos termos do art. 1º, § 10,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 627

§ 11 e § 12, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013 pelas respectivas concessionárias


de geração.

§ 3º Observado o disposto neste artigo, a concessão das usinas de que trata o §2º,
que forem utilizadas para atendimento destes consumidores será prorrogada pelo prazo de
até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei nº 12.783, de
2013.

§ 4º A reserva ou demanda de potência a ser contratada anualmente poderá ser


alterada pelo consumidor com antecedência de sessenta dias antes do início do ano civil
subsequente, nos seguintes termos:
I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva ou demanda de potência
anual contratada para o ano seguinte em cada segmento horo-sazonal;
II - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite total de 90% da garantia
física hidráulica complementada por parcela a qual não foi destinada à alocação de cotas de
garantia física de energia e de potência das usinas conforme § 2º.

JUSTIFICATIVA

A presente emenda aditiva apresenta importante medida para manutenção de emprego e


renda na Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do
cenário hidrológico adverso, os preços no mercado livre de energia aumentaram, impedindo
que as empresas que possuem contratos celebrados entre concessionárias geradoras de
serviço público os substituam por outros com preços condizentes com a normalidade do
setor elétrico.
Entendemos, contudo, que são necessários ajustes para conferir maior efetividade à
medida, considerando que o citado cenário adverso engloba também o polígono das secas -
área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE
(municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à
Rede Básica ou Demais Instalações de Transmissão – DIT, de energia elétrica com tensões
iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para, ao assegurar e preservar a sua
competitividade, manter esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante
sua relevância na geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades
regionais. Além da manutenção do emprego e Renda.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


628 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00056

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco CHESF,


a participar do Fundo de Energia da SUDENE – FEN, com o
objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de
28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004.

Art. 1º . Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF autorizada a participar
do Fundo de Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de
empreendimentos de energia elétrica, conforme regulamento.

§1º Com vistas a assegurar o atendimento dos contratos de que trata o art. 5º da Lei nº
11.943, de 2009, a CHESF poderá manifestar o interesse na concessão das Usinas de Jaguara e São
Simão, pelo período de 30 anos, após a devolução das mesmas à União, sendo que,
excepcionalmente, a garantia física destas usinas não está sujeita à alocação de cotas de garantia
física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013.
.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com
consumidores finais instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à
Rede Básica ou Demais Instalações de Transmissão de energia elétrica com tensões iguais
ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil quilovolts), que vigoraram até 31 de
dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação desta Lei, e que tenham
atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão
restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde que
atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições
contratuais.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 629

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................

I ..........................................................................................................................

II .........................................................................................................................

III - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física das Usinas
Hidroelétricas de São Simão e Jaguara, no centro de gravidade do submercado de cada
usina respectivamente, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno, após
implementação do § 1º do art. 1º.

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última
atualização até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento. Os preços praticados nos
contratos que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 deverão ser os mesmos das tarifas
praticadas com os consumidores descritos no caput e atualizados nas mesmas condições,
conforme disposto nos parágrafos abaixo.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado


anualmente em 1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor


Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
referente aos doze meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses


seguintes à data de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação
implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das
Notas do Tesouro Nacional Série B - NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a
substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores


de que trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de
janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer,


aditar total ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela
rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia
dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme
630 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

definido no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos §
7º e § 8º serão objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de


doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de
julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de


ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará,
exclusivamente, no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para
compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021,
inclusive, serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com
aplicação do disposto no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda


serão calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos
dos reajustes anuais.

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput


aportarão, no Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os
tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de
Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e
Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, no valor que exceder
à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº
12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes de energia, observado o
disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no
centro de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o
consumo interno, nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e


renda na Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário
hidrológico adverso, os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 631

que possuem contratos celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam
por outros com preços condizentes e competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando
que o cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo), cujo fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em
operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais
ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e preservar a sua competitividade, mantendo
esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões notadamente críticas, marcadas por
múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na geração de trabalho, renda,
tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


632 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00057

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( ) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( X ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa, ao artigo 1º e ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco a participar do


Fundo de Energia da SUDENE – FEN, com o objetivo de prover
recursos para a implementação de empreendimentos de energia
elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº
10.848, de 15 de março de 2004.

Art. 1º . Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf autorizada a participar do Fundo
de Energia da SUDENE - FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

§1º Com vistas a assegurar o atendimento dos contratos de que trata o art. 5º da Lei nº 11.943, de
2009, a CHESF poderá manifestar o interesse na concessão das Usinas de Jaguara e São Simão, pelo período de
30 anos, após a devolução das mesmas à União, sendo que, excepcionalmente, a garantia física destas usinas
não está sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do
art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013.

.....................................................................................................................................................

Art. 5º. A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais Instalações de
Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2014 e aqueles vigentes na data de publicação
desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro
de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º de julho de 2015, desde
que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e mantidas as demais condições contratuais.

..........................................................................................................................

§2º .....................................................................................................................
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 633

I ..........................................................................................................................

II .........................................................................................................................

III - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física das Usinas Hidroelétricas de São
Simão e Jaguara, no centro de gravidade do submercado de cada usina respectivamente, deduzidas
as perdas elétricas e o consumo interno, após implementação do § 1º do art. 1º.

.............................................................................................................................

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última atualização
até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B -
NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 10. O montante de energia estabelecido no § 2º será rateado entre os consumidores de que


trata o caput na proporção do maior consumo médio mensal apurado entre 1º de janeiro de 2011 e
30 de junho de 2015.

.............................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31 de
dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º de
janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do disposto
634 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos reajustes
anuais.

.............................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia da SUDENE - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a
receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº
5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos
do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes
de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º no centro
de gravidade do submercado da respectiva usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno,
nos seguintes termos:

...........................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A presente emenda modificativa apresenta importante medida para manutenção de emprego e renda na
Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso,
os preços de energia aumentaram consideravelmente impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por outros com preços condizentes e
competitivos com a normalidade do setor elétrico.

Faz-se premente e necessário ajustes para conferir maior efetividade à medida, considerando que o
cenário adverso engloba também o polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo fornecimento de
energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão - DIT com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para assegurar e
preservar a sua competitividade, mantendo esses consumidores e suas plantas industriais nessas regiões
notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na
geração de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.

Brasília, 26 de junho de 2015 Deputado Giacobo


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 635

MPV 677
00058

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( X) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. Os consumidores finais instalados em regiões abrangidas pela


Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, com unidades fabris
em operação conectadas ao sistema de transmissão e distribuição de energia
elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), independentemente de terem exercido ou não a opção prevista nos arts.
15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, tem direito à contratação de
fornecimento de energia na forma definida neste artigo.
§1º As concessionárias geradoras de serviço público, inclusive as sob
controle federal, deverão, a partir da publicação desta lei, firmar, quando solicitado
pelo consumidor final de que trata o caput, contrato de fornecimento, com vigência
até 31 de dezembro de 2035, nas mesmas condições estabelecidas nos contratos
de fornecimento descritos no art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009,
incluindo tarifas, preços, critérios de reajuste e demais condições de fornecimento.
§ 2º O montante de energia que será disponibilizado por cada concessionária
geradora para atendimento aos respectivos contratos de fornecimento será
calculado, mediante a transformação das reservas contratuais de demanda em
energia, considerando a operação de cada unidade consumidora com fator de carga
unitário.
§ 3º O montante de energia referido no §2º deste artigo será composto pela
garantia física hidráulica complementada por parcela a ser retirada das cotas de
garantia física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da
Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013, alocadas às distribuidoras pelas respectivas
concessionárias de geração.
§ 4º A garantia física hidráulica, mencionada no §3º deste artigo
corresponderá àquelas vinculadas aos empreendimentos de geração de energia
hidrelétrica da concessionária geradora de serviço público em operação comercial
em 1º de junho de 2014, além da parcela de garantia física de que trata o § 10 do
art. 1º da Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013.
636 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 5º A parcela a ser retirada das cotas de garantia física hidráulica e de


potência de que trata o § 3º deste artigo deverá considerar, além do montante
necessário para o complemento da garantia física hidráulica, uma quantidade de
energia equivalente a 5% (cinco por cento) do montante destinado ao atendimento
desses consumidores, visando à mitigação do risco hidrológico.
§6º Os contratos de fornecimento previstos neste artigo poderão ser
rescindidos ou ter seus montantes reduzidos caso o consumidor prescinda da
energia elétrica da concessionária de geração em decorrência da autoprodução de
energia elétrica, compra de outro fornecedor ou desativação da sua unidade
industrial, desde que manifestado com 18 (dezoito) meses de antecedência, ficando,
porém, assegurado às concessionárias de geração a manutenção das respectivas
parcelas de garantia física mencionadas nos §§ 3º, 4º e 5º deste artigo.
§ 7º Os contratos de que trata este artigo poderão ser rescindidos ou ter seus
montantes contratuais reduzidos caso as concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive as sob controle federal, tenham, respectivamente, suprimidas ou
reduzidas quaisquer das parcelas consideradas no §3º.
§ 8º Caberá à Aneel a regulamentação dos procedimentos de que tratam os
§§ 2º, 3º, 4º e 5º deste artigo em um prazo máximo de 60 (sessenta dias) contados
da publicação desta Lei.
§ 9º. Com vistas a assegurar o atendimento dos contratos de fornecimento de
energia elétrica alcançados por este artigo e garantir o equilíbrio econômico-
financeiro das concessões, as usinas hidrelétricas, em operação comercial em 1º de
junho de 2014, das respectivas concessionárias geradoras de serviço público,
inclusive as sob controle federal, terão seus prazos de concessão prorrogados nos
termos da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, a critério das concessionárias,
não se destinando, excepcionalmente, as correspondentes garantias físicas
vinculadas a esses contratos de fornecimento à alocação de cotas de garantia física
de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783,
de 11 de janeiro de 2013
§10 Na aplicação deste artigo, salvo as alterações necessárias para
constituição dos contratos de conexão e uso dos sistemas elétricos, as decorrentes
de dispositivos legais supervenientes e as livremente pactuadas pelas partes, é
vedado à concessionária e permissionária introduzir unilateralmente nos contratos
de fornecimento outras alterações.

JUSTIFICATIVA

A presente emenda aditiva apresenta importante medida para manutenção de


emprego e renda na Região Nordeste. Em virtude do cenário hidrológico adverso, os
preços no mercado livre de energia aumentaram, impedindo que as empresas que
possuem contratos celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público
os substituam por outros com preços condizentes com a normalidade do setor
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 637

elétrico. Entendemos, contudo, que são necessários ajustes para conferir maior
efetividade à medida, considerando que o citado cenário adverso engloba também o
polígono das secas - área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento
do Nordeste – SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e
Espírito Santo), cujo fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais com
unidades fabris em operação conectadas ao sistema de transmissão e distribuição
de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138Kv denota-se essencial
para, ao assegurar e preservar a sua competitividade, manter esses consumidores e
suas plantas industriais nessas regiões notadamente críticas, marcadas por
múltiplas carências nas áreas social e econômica, ante sua relevância na geração
de trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais

Brasília, 23 de junho de 2015 Deputado Giacobo


638 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00059

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( X) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. Os consumidores finais instalados em regiões abrangidas pela


Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, com unidades fabris
em operação conectadas ao sistema de transmissão ou distribuição de energia
elétrica com tensões iguais ou superiores a 138kV (cento e trinta e oito mil
quilovolts), tem direito à contratação de fornecimento de energia elétrica na forma
definida neste artigo.
§1º As concessionárias geradoras de serviço público, inclusive as sob
controle federal, deverão, a partir da publicação desta lei, aditar os contratos de
fornecimento firmados com os consumidores finais de que trata o caput e que
estiveram vigentes até 31 de dezembro de 2014, para vigorarem até 31 de
dezembro de 2035, respeitando-se as mesmas condições estabelecidas nos
contratos originais, incluindo preços, tarifas, critérios de reajuste e demais condições
de fornecimento.
§ 2º O montante de energia que será disponibilizado por cada concessionária
geradora para atendimento aos respectivos contratos de fornecimento será
calculado, mediante a transformação das reservas contratuais de demanda em
energia, considerando a operação de cada unidade consumidora com fator de carga
unitário.
§ 3º O montante de energia referido no §2º será composto pela garantia física
hidráulica complementada por parcela a ser retirada das cotas de garantia física de
energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei 12.783, de 11
de janeiro de 2013, alocadas às distribuidoras pelas respectivas concessionárias de
geração.
§ 4º A garantia física hidráulica, a que se refere o §3º, corresponderá àquelas
vinculadas aos empreendimentos de geração de energia hidrelétrica da
concessionária geradora de serviço público em operação comercial em 1º de junho
de 2014, além da parcela de garantia física de que trata o § 10 do art. 1º da Lei
12.783, de 11 de janeiro de 2013.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 639

§ 5º A parcela a ser retirada das cotas de garantia física de energia e de


potência de que trata o § 4º deste artigo deverá considerar, além do montante
necessário para o complemento da garantia física hidráulica, uma quantidade de
energia equivalente a 5% (cinco por cento) do montante destinado ao atendimento
desses consumidores, visando à mitigação do risco hidrológico.
§ 6º Os contratos de fornecimento previstos neste artigo poderão ser
rescindidos ou ter seus montantes reduzidos caso o consumidor prescinda da
energia elétrica da concessionária de geração em decorrência da autoprodução de
energia elétrica, compra de outro fornecedor ou desativação da sua unidade
industrial, desde que manifestado com 18 (dezoito) meses de antecedência, ficando,
porém, assegurado às concessionárias de geração a manutenção das respectivas
parcelas de garantia física mencionadas nos §§ 3º, 4º e 5º deste artigo.
§7º Os contratos de que trata este artigo poderão ser rescindidos ou ter seus
montantes contratuais reduzidos caso as concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive as sob controle federal, tenham, respectivamente, suprimidas ou
reduzidas quaisquer das parcelas consideradas no §3º.
§ 8º Caberá à Aneel regulamentar os procedimentos de que tratam os §§ 2º,
3º, 4º e 5º deste artigo, no prazo máximo de 60 (sessenta dias) contados da
publicação desta Lei.
§ 9. Com vistas a assegurar o atendimento dos contratos de fornecimento de
energia elétrica alcançados por este artigo e garantir o equilíbrio econômico-
financeiro das concessões, as usinas hidrelétricas, em operação comercial em 1º de
junho de 2014, das respectivas concessionárias geradoras de serviço público,
inclusive as sob controle federal, terão seus prazos de concessão prorrogados nos
termos da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, a critério das concessionárias,
não se destinando, excepcionalmente, as correspondentes garantias físicas
vinculadas a esses contratos de fornecimento à alocação de cotas de garantia física
de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783,
de 11 de janeiro de 2013.

JUSTIFICATIVA

A presente emenda aditiva apresenta importante medida para manutenção de


emprego e renda na Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do
Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso, os preços no mercado livre de
energia aumentaram, impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por
outros com preços condizentes com a normalidade do setor elétrico. Entendemos,
contudo, que são necessários ajustes para conferir maior efetividade à medida,
considerando que o citado cenário adverso engloba também o polígono das secas -
área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
640 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,


Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo
fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em
operação conectadas ao sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica
com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para, ao assegurar e
preservar a sua competitividade, manter esses consumidores e suas plantas
industriais nessas regiões notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências
nas áreas social e econômica, ante sua relevância na geração de trabalho, renda,
tributos e diminuição das desigualdades regionais. Além da manutenção do emprego
e Renda.

Brasília, 23 de Junho de 2015 Deputado Giacobo


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 641

MPV 677
00060

Emenda Nº

__________________________/_____________
CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROPOSIÇÃO CLASSIFICAÇÃO
( ) SUPRESSIVA ( ) SUBSTITUTIVA ( X) ADITIVA

MP 677/2015 ( ) AGLUTINATIVA ( ) MODIFICATIVA --------------------

PLENÁRIO
AUTOR PARTIDO UF PÁGINA

1/1
TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. A Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS, por meio de suas


subsidiarias, deverá, na forma definida neste artigo, firmar ou aditar, conforme o
caso, contrato de fornecimento de energia elétrica com os consumidores finais
instalados em regiões abrangidas pela Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste – SUDENE, com unidades fabris em operação conectadas ao sistema de
transmissão ou distribuição de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a
138kV (cento e trinta e oito mil quilovolts).
§1º O contrato de fornecimento de energia elétrica a que se refere o caput
vigorará até 31 de dezembro de 2035, e terá como preço de energia inicial o mesmo
obtido para a UHE São Manoel no 2º Leilão de Energia A-5 realizado no ano de
2013.
§2º Incumbe às subsidiárias da ELETROBRAS a que se refere o art. 2º da Lei
5.899 de 05 de julho de 1973, firmar os respectivos contratos de fornecimento de
energia, observando-se as diretrizes estabelecidas neste artigo, podendo o
consumidor final, com receita bruta anual de exportação superior a
R$150.000.000,00 (cento e cinqüenta milhões de reais), optar pelo reajuste anual
vinculado ao IPCA ou à variação cambial, ficando, neste último caso, a
ELETROBRAS autorizada a utilizar cotas de energia provenientes da ITAIPU para
atendimento a estes consumidores.
§3º O montante de energia que será disponibilizado por cada concessionária
geradora para atendimento aos respectivos contratos de fornecimento será
calculado, mediante a transformação das reservas contratuais de demanda em
energia, considerando a operação de cada unidade consumidora com fator de carga
unitário.
§4º O montante de energia de que trata o §3º deste artigo será composto pela
garantia física hidráulica das cotas de energia da ITAIPU ou das cotas de garantia
física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei
12.783, de 11 de janeiro de 2013, alocadas às distribuidoras pelas respectivas
concessionárias de geração.
§ 5º A garantia física hidráulica, a que se refere o §4º deste artigo,
corresponderá àquelas vinculadas aos empreendimentos de geração de energia
hidrelétrica da concessionária geradora de serviço público em operação comercial
642 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

em 1º de junho de 2014, da parcela de garantia física de que trata o §10 do art. 1º


da Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013, além das cotas de energia de ITAIPU.
§ 6º A parcela a ser retirada das cotas de garantia física de energia e de
potência de que trata o §4º deste artigo deverá considerar, além do montante
necessário para o complemento da garantia física hidráulica, uma quantidade de
energia equivalente a 5% (cinco por cento) do montante destinado ao atendimento
desses consumidores, visando à mitigação do risco hidrológico.
§ 7º Os contratos de fornecimento previstos neste artigo poderão ser
rescindidos ou ter seus montantes reduzidos caso o consumidor prescinda da
energia elétrica da concessionária de geração em decorrência da autoprodução de
energia elétrica, compra de outro fornecedor ou desativação da sua unidade
industrial, desde que manifestado com 18 (dezoito) meses de antecedência, ficando,
porém, assegurado às concessionárias de geração a manutenção das respectivas
parcelas de garantia física mencionadas nos §§ 4º, 5º e 6º deste artigo.
§ 8º Os contratos de que trata este artigo poderão ser rescindidos ou ter seus
montantes contratuais reduzidos caso as concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive as sob controle federal, tenham, respectivamente, suprimidas ou
reduzidas quaisquer das parcelas consideradas no §4º.
§ 9º Caberá à Aneel a definição dos procedimentos de que tratam os §§ 3º,
4º, 5º e 6º deste artigo em um prazo máximo de 60 (sessenta dias) contados da
publicação desta Lei.
§ 10. Com vistas a assegurar o atendimento dos contratos de fornecimento de
energia elétrica alcançados por este artigo e garantir o equilíbrio econômico-
financeiro das concessões, as usinas hidrelétricas, em operação comercial em 1º de
junho de 2014, das respectivas concessionárias geradoras de serviço público,
inclusive as sob controle federal, terão seus prazos de concessão prorrogados nos
termos da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, a critério das concessionárias,
não se destinando, excepcionalmente, as correspondentes garantias físicas
vinculadas a esses contratos de fornecimento à alocação de cotas de garantia física
de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783,
de 11 de janeiro de 2013.

JUSTIFICATIVA

A presente emenda aditiva apresenta importante medida para manutenção de


emprego e renda na Área da SUDENE, uma das áreas mais pobres e carentes do
Brasil. Em virtude do cenário hidrológico adverso, os preços no mercado livre de
energia aumentaram, impedindo que as empresas que possuem contratos
celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público os substituam por
outros com preços condizentes com a normalidade do setor elétrico. Entendemos,
contudo, que são necessários ajustes para conferir maior efetividade à medida,
considerando que o citado cenário adverso engloba também o polígono das secas -
área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –
SUDENE (municípios do Estado do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo), cujo
fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais com unidades fabris em
operação conectadas ao sistema de transmissão e distribuição de energia elétrica
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 643

com tensões iguais ou superiores a 138kV denota-se essencial para, ao assegurar e


preservar a sua competitividade, manter esses consumidores e suas plantas
industriais nessas regiões notadamente críticas, marcadas por múltiplas carências
nas áreas social e econômica, ante sua relevância na geração de trabalho, renda,
tributos e diminuição das desigualdades regionais. Além da manutenção do emprego
e Renda.
No que concerne às Centrais Elétricas Brasileiras S. A. - ELETROBRÁS, a emenda
observa os limites de sua competência institucional definida pela Lei nº 5.899, de 5
de julho de 1973, que dispõe sobre a aquisição dos serviços de eletricidade da
ITAIPU e dá outras providências, uma vez que a ELETROBRÁS configura órgão de
coordenação técnica, financeira e administrativa do setor de energia elétrica, ao qual
compete promover a construção e a respectiva operação, através de subsidiárias de
âmbito regional, de centrais elétricas de interesse supra-estadual e de sistemas de
transmissão em alta e extra-alta tensões, que visem a integração interestadual dos
sistemas elétricos, bem como dos sistemas de transmissão destinados ao transporte
da energia elétrica produzida em aproveitamentos energéticos binacionais.
Quanto à contratação de reajuste vinculado à variação cambial, oportuno esclarecer
que não há vedação legal para este tipo de contratação, desde que devidamente
autorizada por lei federal, conforme estabelece o art. 6º da Lei nº 8.880, de 27 de
maio de 1994. Neste caso, a emenda, ainda, pretende conferir autorização legal
para esse tipo de contratação, notadamente essencial para se assegurar
competitividade às empresas exportadoras, que tem na energia elétrica um dos seus
principais insumos.

Brasília, 23 de Junho de 2015 Deputado Giacobo


644 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00061
ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677/2015

AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Dep. NEWTON CARDOSO JR
TIPO
1 () SUPRESSIVA 2 () SUBSTITUTIVA 3 () MODIFICATIVA 4 (X) ADITIVA 5 () SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

Acrescenta os arts. 6º, 7º e 8º, e renumera o art. 6º para art. 9º, com a seguinte
redação:

"Art. 6º A concessão da Usina Hidrelétrica São Simão poderá


ser prorrogada por trinta anos, contados a partir de 12 de janeiro de
2015, desde que atendidas as condições estabelecidas neste artigo.
§ 1º A parcela correspondente a noventa por cento da
garantia física da usina será destinada, por meio de contratos bilaterais,
a consumidores finais de energia produtores de ferroligas e silício
metálico, independente de terem exercido ou não a opção prevista
nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995.
§ 2º A partir de 1º de janeiro de 2032, os montantes de
energia contratados de acordo com o § 1º serão reduzidos à razão de um
quinto a cada ano, encerrando os contratos em 31 de dezembro de 2035.
§ 3º Estarão sujeitos à alocação de cotas de garantia física
de energia e de potência para as concessionárias e permissionárias de
serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado
Nacional – SIN, nos termos do inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº
12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes à:
I - diferença entre a quantidade disponibilizada conforme §§2º
e 3º e a contratada com os consumidores referidos no §1º;
II - redução de que trata o § 2º; e
III - totalidade da garantia física da usina entre 1º de janeiro
de 2036 até o fim do prazo da concessão.

ASSINATURA

____/____/____ ______________________________________________________________

2015_12330
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 645

§ 4º A garantia física da usina de que trata o caput não está


sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência
estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013,
observado o disposto no § 3º.
§ 5º As condições dos contratos previstos em § 1º, incluindo
valores de tarifa e critérios de reajuste, serão as mesmas dos contratos
de que trata o art. 22 da Lei nº 11.943, de 2009.
§ 6º A receita dos contratos previstos no § 1º, deduzidos os
tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais relativos à
Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de
1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991,
de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada
pela Aneel, nos termos do art. 1º, § 1º, inciso I, daLei nº 12.783, de 11 de
janeiro de 2013, será destinada como crédito à Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE), contribuindo para a modicidade tarifária.

§ 7º O cálculo do valor da indenização correspondente às


parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não
amortizados ou não depreciados, utilizará como base a metodologia de
valor novo de reposição, conforme critérios estabelecidos em
regulamento do poder concedente.
Art. 7º O art. 13 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002,
passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 13. ..........................................................................
........................................................................................
§1º Os recursos da CDE serão provenientes das
quotas anuais pagas por todos os agentes que comercializem
energia com consumidor final, mediante encargo tarifário
incluído nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão ou de
distribuição, dos pagamentos anuais realizados a título de uso
de bem público, das multas aplicadas pela Aneel a
concessionárias, permissionárias e autorizadas, dos créditos
da União de que tratam os arts. 17 e 18 da Lei nº 12.783, de
2013, e dos créditos de que trata o § 6º do art 6º da Medida
Provisória nº 677, de 2015;
...........................................................................”(NR)
Art. 8º No caso de não renovação da concessão da Usina
Hidrelétrica São Simão nos termos do art. 6º, o Poder Concedente
poderá assegurar a destinação da energia elétrica de que trata o §1º do
art. 6º na licitação da concessão das usinas de que trata o art. 8º da Lei
nº 12.783, de 2013.

ASSINATURA

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2015_12330
646 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 9º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.”

JUSTIFICAÇÃO

A proposta de emenda visa minimizar um retrocesso sem


precedentes em toda a cadeia produtiva que tem como um de seus
principais setores o industrial brasileiro produtor de ferroligas e de silício
metálico.

A indústria de ferroligas e silício metálico se encontra com a


maior parte de sua produção paralisada, correndo sério risco de encerrar
definitivamente suas atividades, o que afetaria fortemente o grande
número de empregos gerados pelo setor. Tais empresas empregam mais
de 80 mil pessoas no país. Considerando a sua capacidade
multiplicadora de riqueza na economia, é essencial que sejam tomadas
providências para solucionar os problemas enfrentados atualmente.

A proposta de emenda visa garantir o fornecimento de


energia elétrica a esses consumidores nas mesmas condições
estabelecidas aos demais consumidores alcançados pela Lei nº 11.943,
de 2009.

Ressalta-se que as indústrias de ferroligas e silício metálico


possuem características particulares que justificam o tratamento proposto
na emenda. Tais consumidores possuem parcela significativa, cerca de
40%, dos seus custos associados à energia elétrica. Além disso, os
elevados fatores de carga e de potência das unidades consumidoras
permitem flexibilidade na modulação da carga, o que certamente
contribui para a segurança no fornecimento de energia elétrica na região.

Além de incentivar esse setor da economia, a proposta visa


solucionar impasse criado em torno da renovação da concessão da usina
hidrelétrica São Simão, sendo permitida a sua renovação condicionada à
contribuição para modicidade tarifária e ao incentivo aos consumidores
produtores de ferroligas e silício metálico.

ASSINATURA

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2015_12330
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 647

A proposta contribui para a modicidade tarifária dos


consumidores de todo o país, pois a diferença entre a receita da
concessionária de geração com os contratos de energia e a tarifa
calculada pela ANEEL para as cotas, conforme Lei nº 12.783, de 2013,
será integralmente utilizada como crédito da Conta de Desenvolvimento
– CDE, diminuindo, portanto, a necessidade de aporte de recursos pelos
consumidores através das cotas da CDE.

Também é importante ressaltar que a diferença entre a


capacidade de energia da usina e a energia vinculada aos consumidores
industriais, será destinada às distribuidoras de energia do país, nos
termos da Lei nº 12.783, contribuindo também para o fornecimento de
energia barata para os consumidores de todo o país.

Apelamos, portanto, a nossos nobres pares deste Parlamento


pela aprovação da emenda que ora propomos, por representar um
enorme ganho econômico e social, não apenas para um determinado
setor da economia, mas para todo o país.

ASSINATURA

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2015_12330
648 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00062

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica


do São Francisco a participar do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de
prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e
altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de
2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

EMENDA ADITIVA

Inclua-se o seguinte artigo na Medida Provisória nº 677,


de 22 de junho de 2015:

Art. __ A Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, passa a vigorar com


a seguinte alteração:

“Art. 1º........................................................................

.........................................................................................................

XLIII – preparações dos tipos utilizados na alimentação de


animais vivos classificados nas posições 03.01 e 03.06, classificadas
no código 2309.90 da TIPI.

.........................................................................................................

§ 8º A redução das alíquotas de que trata o caput, para


os produtos previstos no inciso XLIII, não se aplica à receita bruta
auferida nas vendas a varejo e à importação promovida por pessoa
física, salvo, neste último caso, se comprovar exercer atividade
econômica de aquicultura.” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 649

2
JUSTIFICATIVA

Em virtude da atual meta do governo brasileiro de que o País


seja o quinto maior produtor de aquicultura do mundo até 2020, recomendamos
o acatamento da presente emenda, que desonera o principal insumo da cadeia
produtiva.

Segundo exposição do Ministro da Pesca e Aquicultura, o


Ministério espera que o País passe das atuais 480 mil toneladas/ano para 2
milhões de toneladas/ano, sendo que este objetivo não será alcançado sem o
envolvimento do Poder Público.

Uma das características do setor é a alta pulverização da


produção em todo o território nacional. Dessa forma, entendemos que a
redução da alíquota a zero da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
incidentes sobre a receita de venda interna e sobre a importação atingirá
adequadamente todos os produtores, pequenos ou grandes.

Nesse sentido, e corroborando as iniciativas adotadas pelo


Governo, como o Plano Safra da Pesca e Aquicultura, a desoneração da ração
de peixes e crustáceos é medida essencial para fomentar o desenvolvimento
do setor e conferir competitividade à produção brasileira.

Ainda, como benefício da modificação legislativa ora sugerida,


será percebido um consequente aumento no consumo interno de peixes e
crustáceos – o consumo nacional de pescado ainda se situa abaixo do
recomendado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) e bem distante da média mundial.

Por meio da medida proposta, pretendemos não só incentivar o


desenvolvimento da indústria nacional de produção aquífera, mas também
estimular o consumo interno de peixes e crustáceos. Com isso, ganham os
produtores, que ficarão mais competitivos; ganham os cidadãos, que terão um
produto essencial à sua saúde por um preço mais acessível; e ganha o Estado,
que reduzirá seus gastos com a saúde pública, em função de uma população
mais saudável.

Sala da Comissão, de junho de 2015.

Deputado NEWTON CARDOSO JR

2015-12379.docx
650 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00063
ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677/2015

AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Dep. NEWTON CARDOSO JR
TIPO
1 () SUPRESSIVA 2 () SUBSTITUTIVA 3 (X) MODIFICATIVA 4 () ADITIVA 5 () SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA


Dê-se ao art. 5º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a seguinte redação:

"Art. 5º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:
“Art. 22 ........................................................................................
....................................................................................................

§ 12. Na hipótese de os consumidores não manifestarem


interesse em aditar total ou parcialmente seus contratos nos termos
deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao
longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão
ser alocados na forma de cotas de garantia física de energia às
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN, nos termos do
inciso II do § 1º do artigo 1º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013.”
(NR)

JUSTIFICAÇÃO

Considerando que os consumidores alcançados pelo art. 22


da Lei nº 11.943, de 2009, já possuem um tratamento diferenciado em
relação aos demais consumidores industriais e que esse tratamento foi
prorrogado pela MP nº 677, não é razoável que, no caso de redução ou

ASSINATURA

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2015_12400
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 651

suspensão dos montantes de energia contratados, a energia restante


permaneça com esses consumidores industriais.

Por justiça e por coerência com o que dispõe a Lei nº 12.783,


de 2013, é adequado que o eventual montante de energia resultante da
redução dos contratos seja utilizado em prol dos consumidores de todo o
país, contribuindo para a modicidade tarifária, princípio básico do setor
elétrico.

Apelamos, portanto, a nossos nobres pares deste Parlamento


pela aprovação da emenda que ora propomos, visando contribuir para a
modicidade tarifária dos consumidores de todo o país

Sala das Comissões, de junho de 2015.

Deputado NEWTON CARDOSO JR

2015-12379

ASSINATURA

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2015_12400
652 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CONGRESSO NACIONAL MPV 677


ETIQUETA

00064
APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677/2015
AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Dep. NEWTON CARDOSO JR

TIPO
1 () SUPRESSIVA 2 () SUBSTITUTIVA 3 (X) MODIFICATIVA 4 () ADITIVA 5 () SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA


1 3º 1º I

Dê-se ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a seguinte redação:

"Art. 3º ....................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................
I – no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste e municípios de Minas
Gerais atendidos pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste -
SUDENE
.......................................................................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Considerando que os municípios de Minas Gerais atendidos pela


SUDENE sofrem grandes dificuldades socioeconômicas, assim como a grande
maioria dos municípios da região Nordeste, é necessário que sejam estimulados
investimentos em infraestrutura também nesses municípios, especialmente na área
de energia, que possibilitará o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões.

Por isso, é adequado que os recursos do FEN também sejam investidos


nos municípios de Minas Gerais atendidos pela SUDENE.

Apelamos, portanto, a nossos nobres pares deste Parlamento pela


aprovação da emenda que ora propomos, por representar ela um enorme ganho
econômico e social para uma importante parcela de nossa população mais carente
de Minas Gerais.

Sala das Comissões, de junho de 2015.

Deputado NEWTON CARDOSO JR

ASSINATURA

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2015_12329
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 653

ETIQUETA
MPV 677
00065
CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA PROPOSIÇÃO
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677/2015
AUTOR Nº PRONTUÁRIO
Dep. NEWTON CARDOSO JR

TIPO
1 () SUPRESSIVA 2 () SUBSTITUTIVA 3 (X) MODIFICATIVA 4 () ADITIVA 5 () SUBSTITUTIVO GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA


3º 1º

Dê-se ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a seguinte redação:

"Art. 3º ....................................................................................................
§ 1º Os recursos do FEN deverão ser investidos em empreendimentos de
energia elétrica associados à geração de energia a partir de fontes renováveis,
incluindo projetos experimentais, na seguinte proporção:
.......................................................................................................” (NR)
JUSTIFICAÇÃO

O Brasil possui enorme potencial de geração de energia elétrica a partir de


fontes renováveis, especialmente na região Nordeste.
A criação do Fundo de Energia do Nordeste – FEN se apresenta como uma
grande oportunidade para que possamos explorar melhorar esse potencial, além de
desenvolver novas formas de geração de energia elétrica.

Nesse sentido, a emenda proposta visa destinar os recursos do Fundo para


obras de geração de energia a partir de fontes renováveis, incluindo não somente as
usinas, mas também os sistemas de transmissão associados.

Outro aperfeiçoamento resultante da emenda é a possibilidade de utilização


dos recursos do Fundo para o desenvolvimento de outras fontes pouco utilizadas no
país, como a energia maremotriz, e a instalação de painéis fotovoltaicos flutuantes
em reservatórios de usinas hidrelétricas.

Sala das Comissões, de junho de 2015

Deputado Newton Cardoso JR

ASSINATURA

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2015_12401
654 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00066

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
29/06/2015 Proposição
Medida Provisória nº 677/ 2015

Autor Nº Prontuário
DEPUTADO MANOEL JUNIOR- PMDB/PB

1 Supressiva 2. Substitutiva 3 Modificativa 4.X Aditiva 5. Substitutivo Global

Página Artigos Parágrafos Inciso Alínea

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. XX - O sujeito passivo da obrigação referente a tributos de


competência da União, vencida até 31 de dezembro de 2013 poderá liquidar o
débito mediante compensação com créditos contra a União, de que for titular
originário ou por aquisição de terceiros, observado o seguinte:

I – a compensação, que extingue o crédito tributário, sob condição


resolutória de sua ulterior homologação, será efetuada mediante a entrega,
pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas
aos créditos utilizados e aos débitos compensados, bem como:

a) No caso de transferência de créditos de terceiros para compensação


de obrigações vencidas até 31 de dezembro de 2013 as declarações de
compensação de que trata esse inciso, para efeito de controle, deverão ser
acompanhados dos títulos de transferência de titularidade dos créditos, entre
cedentes e cessionários.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 655

II – excetuando-se os créditos de que cogita a Lei nº 1.474, de 26 de


novembro de 1951, e a Lei nº 2.973, de 26 de novembro de 1956, não
poderão ser objeto de compensação:

a) Os créditos representados por títulos públicos;


b) O débito que já tenha sido objeto de compensação não
homologada, exceto se a compensação tiver sido efetuada com base
no previsto nesta Lei ou que venha a ser autorizada por força da
prerrogativa prevista no Art. 7º;
c) O valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento já
indeferido pela autoridade competente da Secretaria da Receita
Federal do Brasil – SRFB, exceto se o pedido se referir a créditos, cuja
autorização de compensação esteja prevista nesta Lei ou que venha a
ser autorizada por força da prerrogativa prevista no Art. 7º;

III – poderão ser compensados os débitos relativos a tributos e


contribuições que já tenham sido encaminhados à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional para a inscrição em Dívida Ativa da União;

IV – na hipótese do inciso anterior, caso a cobrança já tenha sido


ajuizada, a compensação somente poderá se efetuada se o contribuinte
suportar o pagamento da verba de sucumbência decorrente da extinção do
processo em virtude da compensação à razão de um por cento do valor do
débito consolidado, desde que o juízo não estabeleça outro montante;

V – Quaisquer créditos apurados por contribuintes que tenham optado


por Programas de Recuperação Fiscal ou que possuam dívidas submetidas a
parcelamento normal devem, primeiramente, ser compensados com dívidas
habilitadas nesses programas ou parceladas, vedada qualquer compensação
com tributos correntes e transferência para terceiros para efeito do disposto
no art. 1º, enquanto houver dívidas submetidas a regime especial de
pagamento, revogada qualquer disposição de lei em contrário.
656 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§1º. Não se incluem entre as obrigações previstas no caput, as dívidas


do sujeito passivo relativas ao Imposto sobre Produtos Industrializados,
incidentes sobre bebidas e cigarros, bem com, o Imposto Sobre Operações
Financeiras (IOF) e as Contribuições no Domínio Econômico.

§2º. Também não se incluem entre as obrigações previstas no caput,


as dívidas do sujeito passivo submetidas a multa agravada em decorrência da
prática de atos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de
novembro de 1964, até que a decisão administrativa ou judicial, transitada em
julgado, revogue sua imputação.

Art. XX - O deságio correspondente à diferença entre o valor do débito


e o custo de aquisição de direitos de creditos contra a União, referidos no Art.
1º, cedidos por terceiros e utilizados na compensação, não integrarão o lucro
real da pessoa jurídica, sujeitando-se à incidência do imposto sobre a renda à
alíquota de 15% (quinze por cento).

§1º. No caso de compensação efetuada por pessoa física, o deságio


ficará sujeito à incidência exclusiva do imposto sobre a renda à alíquota de
15% (quinze por cento).

§2º. Para efeito deste artigo, considera-se auferida a receita


correspondente ao deságio no mês em que ocorrer a homologação da
compensação.

Art. XX - O ganho ou a perda de capital decorrente da cessão dos


direitos de crédito contra a União, referidos no Art. 1º, não integrará o lucro
real da pessoa jurídica.

§1º. A perda de capital a que se refere o caput não poderá ser


compensada com nenhum tipo de receita, rendimento ou ganho de capital
auferido pelo contribuinte.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 657

§2º. É vedado o pagamento do imposto de que trata este artigo


mediante compensação com os créditos a que se refere o Art. 1º e Art. 7º ou
qualquer outro, independentemente de sua procedência.

Art. XX - O ganho de capital a que se refere o Art. 3º sujeitar-se-á à


incidência do imposto de forma exclusiva.

Art. XX - O imposto sobre a renda a que se referem os Arts. 2º e 3º


serão pagos em parcela única, até o último dia útil do mês subsequente
àquele em que ocorrer a homologação da compensação ato este praticado
sob condição resolutiva de comprovação de pagamento em DARF distinto e
separado dos demais tribunais a serem pagos pelo contribuinte.

§ Único – A Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB deverá


instituir códigos específicos para o pagamento dos tributos a que se refere o
caput.
Art. XX – O disposto nos Arts. 1º a 5º, a critério do Poder Executivo,
poderá ser aplicado, também, em relação aos débitos do contribuinte para
com o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.
Art. XX - Além dos créditos de que cogita a Lei nº 1.474, de 26 de
novembro de 1951, e a Lei nº 2.973, de 26 de novembro de 1956, previstos
nesta Lei para a compensação de dívidas tributárias vencidas até 31 de
dezembro de 2013, fica o Poder Executivo autorizado a estender, a qualquer
espécie de obrigação da União, poder liberatório para dividas tributárias de
sua competência, relativas a tributos e contribuições para o Instituto Nacional
da Seguridade Social – INSS, na forma que estabelecer e a seu critério.

JUSTIFICATIVA
A presente emenda tem como objetivo permitir aos contribuintes,
com débitos relativos a tributos de competência da União, que possam liquida-los
ou amortiza-los, mediante compensação com créditos, contra a própria União, de
que sejam titulares originários ou por aquisição de terceiros.
658 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Atualmente a legislação em vigor permite apenas a compensação de


débitos tributários, vencidos e vincendos, com créditos de titularidade do
contribuinte, entretanto veda a transferência de creditos para terceiros, como
também veda sua utilização para compensação de dívidas submetidas a
parcelamentos especiais ou normais.
Essa vedação, contida na legislação em vigor, faz com que os
créditos a rigor, somente possam ser compensados com tributos correntes, o que
prejudica a realização orçamentária. Essa emenda resolve essa distorção, e, ao
mesmo tempo, garante que o Estado honre, perante os contribuintes, suas próprias
dívidas, sem reflexo na realização do orçamento.
Além disso, e mais importante, é que possibilita a realização de
receita extraordinária de imenso valor, que gerará recursos que poderão ser
utilizados a livre escolha do Poder Executivo, nas três esferas de governo, ao
mesmo tempo desafoga as empresas devedoras. Isso porque a autorização para
as transferências de creditos para terceiros, ocorrerão somente para compensar
débitos vencidos até 31 de dezembro de 2013, o que inibe a utilização, desses
mesmos creditos com dividas correntes do cedente.
Importante ressaltar que essas transferências ocorrem sempre com
deságio, que favorece o cessionário, estabelecendo que essas diferenças de valor,
na pessoa do cessionário serão submentidas a tributação exclusiva e na pessoa do
cedente não produzirão nenhum reflexo na apuração do seu lucro real, regramento
esse que garante a realização da receita extraordinária, tanto para União, quanto
para as demais unidades federadas, visto que a tributação se dará pelo Imposto
sobre Renda, que possui regra constitucional de participação de estados e
municípios.
Essa proposta contempla ainda a utilização de créditos não
alcançados pela decadência cobrados como adicional restituível do IR, desde que
a compensação se faça com débitos de seu titular ou de terceiros vencidos até 31
de dezembro de 2013, ainda que submetidos ao Programa de Recuperação Fiscal
ou parcelamentos especiais, permitindo que o Governo, ao mesmo tempo que
honre dívidas passadas, gere receita adicional de impostos, sem comprometer a
realização do orçamento corrente.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 659

Essa emenda visa, prioritariamente, permitir que os créditos


tributários sejam compensados com dívidas submetidas a parcelamentos
especiais. Isso porque atualmente só permite compensar com dívidas correntes e
veda a compensação com dividas submetidas a parcelamento especiais o que se
constitui flagrante distorção do sistema.

Por outro lado essa vedação de créditos tributários com débitos


tributários de terceiros somente tem sentido quando se trata de tributos correntes,
isso porque o governo não paga ou deixa de receber. Entretanto, se o crédito de
terceiros é utilizado para compensar dívidas submetidas a parcelamentos
especiais, dado os prazos alongados para solver a dívida, sua utilização se mostra
bastante lúcida para a proteção do orçamento. Por estas razões, pedimos o apoio
dos nossos pares para aprovação dessa emenda.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


660 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00067

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. A Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de 2003, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 4º............................................................................

.........................................................................................................

§ 9º Para efeito da habilitação para efetuar consignações


na folha de pagamento dos empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho, os planos de benefícios de caráter
previdenciário e de seguro de pessoas e as operações financeiras
com participantes, assistidos e segurados contratadas junto a
entidades abertas de previdência complementar e seguradoras de
pessoas e previdência equiparam-se às operações de empréstimos,
de financiamentos e de arrendamento mercantil contratadas junto a
instituições financeiras e sociedades de arrendamento.” (NR)

“Art. 6º............................................................................

.........................................................................................................
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 661

§ 7º Para efeito da habilitação para efetuar consignações


na folha de pagamento dos titulares de benefícios de aposentadoria
e pensão do Regime Geral de Previdência Social, nos termos do
caput deste artigo, combinado com o art. 1º desta Lei, os planos de
benefícios de caráter previdenciário e de seguro de pessoas e as
operações financeiras com participantes, assistidos e segurados
contratadas junto a entidades abertas de previdência complementar
e seguradoras de pessoas e previdência equiparam-se às operações
de empréstimos, de financiamentos e de arrendamento mercantil
contratadas junto a instituições financeiras e sociedades de
arrendamento.” (NR)

Art. xx. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar


com a seguinte alteração:

“Art. 115........................................................................

.........................................................................................................

VI – pagamento, quando expressamente autorizado pelo


beneficiário, até o limite de trinta por cento do valor de benefício,
de:

a) empréstimos, financiamentos e operações de


arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e
sociedades de arrendamento mercantil, públicas e privadas; e

b) planos de benefícios de caráter previdenciário e de


seguro de pessoas e as operações financeiras com participantes,
assistidos e segurados contratados junto a entidades abertas de
previdência complementar e seguradoras de pessoas e previdência.

..............................................................................................” (NR)
662 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

JUSTIFICAÇÃO

A fim de resguardar o cumprimento das obrigações relativas


a planos de previdência complementar e seguro de pessoas e com o intuito de
evitar o superendividamento dos consumidores bancários, estamos propondo
essa emenda com o acréscimo de previsões sobre a sua consignação em folha
de pagamento na Lei n.º 10.820, de 2003, que regula a consignação nas folhas
de empregados celetistas e aposentados e pensionistas do Regime Geral de
Previdência Social, e na Lei n.º 8.213, de 1991, que trata da consignação em
folha de beneficiários de aposentadorias e pensões do Regime Geral de
Previdência Social.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 663

MPV 677
00068

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. X. O artigo 26 da lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, passa a


vigorar com a seguinte redação:

Art. 1º O art. 26 da Lei nº 9427, de 26 de dezembro de 1996


passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art.26. ......................................................................................
.....................................................................................................
..........................
§ 10. Para o aproveitamento referido no inciso I do caput deste
artigo, para os empreendimentos hidrelétricos com potência
igual ou inferior a 3.000 kW (três mil quilowatts) e para aqueles
com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração
qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja
potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição
seja menor ou igual a 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e que
entrarem em operação comercial a partir de 1º de janeiro de
2016, a ANEEL estipulará percentual de redução não inferior a
50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos
sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo
na produção e no consumo da energia, proveniente de tais
empreendimentos, destinada à autoprodução.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Trata de proposta que viabiliza a autoprodução de energia elétrica a partir de


fontes alternativas, importante fator de competitividade da indústria brasileira e que
contribui para o desenvolvimento sustentável da economia nacional.

Importantes projetos de expansão de autoprodução preveem a exploração de


fontes alternativas, como eólica, biomassa, solar, cogeração qualificada e
pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
664 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

De acordo com o art. 26 da Lei 9.427/1996, todas essas fontes têm seu
desenvolvimento incentivado por meio de uma política governamental que oferece
descontos nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de
distribuição.

No entanto, quando editado pela Lei nº 10.438/2002, o art. 26 foi alterado e o


desconto passou a incidir na produção e no consumo da energia comercializada
pelos aproveitamentos. Como autoprodutores não comercializam energia, estes
acabaram privados dos incentivos oferecidos ao desenvolvimento das fontes
alternativas, o que inviabilizou a sua expansão.

Assim, a proposta busca justamente corrigir essa injustiça, incluindo a energia


destinada a autoprodução como passível do desconto, permitindo que a indústria
investidora em geração própria também possa auferir dos benefícios que a política
de governo ofereceu para o desenvolvimento das fontes limpas de energia.

A proposta vale apenas para os empreendimentos que entrarem em operação a


partir de 1º de janeiro de 2016, o que garante o estímulo à expansão do parque
gerador nacional.

Importa destacar que a política de governo teve como foco o incentivo na utilização
das fontes – e não da classe de investidores – o que torna discriminatória a
exclusão dos autoprodutores. Além disso, potenciais energéticos existem e, caso o
autoprodutor continue sem o incentivo, qualquer empresa geradora poderá
construí-los, auferindo dos descontos proporcionados pela política de governo.

Ressalta-se que em 1998, quando foi editada a Lei nº 9.648, que instituiu o §1° no
art. 26, o desconto incidia na energia ofertada pelo empreendimento, o que
proporcionava oportunidade para todos os agentes, inclusive autoprodutores.

Dessa forma, a alteração do artigo da forma aqui proposta permitirá o retorno a


uma condição original de isonomia – intenção primordial do legislador – admitindo
que todos os investidores possam ser abrangidos pela política governamental.
Ademais, a proposta tem o condão de beneficiar a economia nacional, tendo em
vista que o investimento em autoprodução de fontes alternativas contribui
sobremaneira para a competitividade da indústria e do país.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 665

MPV 677
00069

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. A Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000, passa a


vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 3º ...........................................................................

.........................................................................................................

§ 16 A instrução do processo de novação de créditos não


será interrompida, caso as instituições financeiras cedentes em
regular funcionamento firmem declaração de responsabilidade
quanto aos débitos previstos nos §§ 14 e 15, sendo os referidos
débitos, depois de apurados, debitados automaticamente na reserva
bancária da instituição financeira e transferidos imediatamente para
o Tesouro Nacional. ” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Estamos propondo a inclusão desse dispositivo na Lei nº


10.150, de 21 de dezembro de 2000, para melhor reger a novação de créditos
nela trazida. A disciplina de débitos e créditos remanescentes da estrutura legal
montada para amparar o funcionamento do Sistema Financeiro de Habitação é
666 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

tema a merecer atenção especial. A existência de dúvidas quanto às relações


jurídicas firmadas sob tal arcabouço jurídico pode despertar grave sensação de
insegurança jurídica, dado o longo período transcorrido entre o nascimento de
obrigações originariamente estabelecidas no SFH e a sua extinção. Em particular,
o tratamento legal da novação dos débitos do Fundo de Compensação de
Variações Salariais para com as instituições financiadoras, prevista na Lei n.
10.150, de 2001, deve ter todos os seus aspectos esclarecidos, extirpando-se,
assim, questionamentos que impeçam a resolução de pendências que se
alongam por anos. Essa é a missão pelo dispositivo que acrescenta parágrafo ao
art. 3º da citada Lei, de modo a regular a compensação de débitos e créditos das
instituições financiadoras junto ao FCVS, notadamente quando se trate da
apuração de débitos de instituições que cederam a outrem seus créditos.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 667

MPV 677
00070

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. O Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, passa


a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 17. .........................................................................

.........................................................................................................

§ 4º Os lucros obtidos por instituição financeira serão


oferecidos à tributação, quando se tratar de instituição controlada
por holding financeira de propósito específico, deduzidos os juros e
outros encargos associados ao empréstimo contraído pelo
controlador com destinação específica de aumento de capital para
saneamento de passivos e viabilização de planos de negócios
desenvolvidos pela instituição financeira adquirida, para fins de
determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição
social sobre lucro líquido de que trata a Lei nº 7.689, de 15 de
dezembro de 1988, mediante ajuste na Parte A do Livro de
Apuração do Lucro Real – LALUR.

§ 5º Na hipótese a que se refere o § 4º, os juros e outros


encargos associados ao empréstimo deverão ser contabilizados pela
668 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

holding financeira de propósito especifico como custo de aquisição


da instituição financeira receptora dos recursos captados mediante
o empréstimo. ” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Estamos propondo essa emenda como medida de


adequação contábil incentivadora de operações societárias entre entidades
financeiras, a previsão da possibilidade de exclusão dos gastos com os juros e
encargos associados a empréstimo contraído por holding financeira de propósito
específico obtido com o fito de aumentar o capital para sanear passivo e viabilizar
plano de negócios para instituição financeira adquirida, da base de cálculo da
contribuição social sobre lucro líquido e da determinação do lucro real. No mesmo
sentido segue a previsão de contabilização dos referidos encargos do empréstimo
como custo de aquisição, pela holding financeira, da instituição financeira
receptora dos recursos obtidos.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 669

MPV 677
00071

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. A Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, passa a


vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 28. ........................................................................
.........................................................................................................
§ 4º-A. As saídas com alíquota zero a que se refere o
caput deste artigo não impedem a utilização dos créditos da
Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS vinculados a essas
operações, para compensação com débitos próprios do contribuinte,
vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições
administrados pela Receita Federal do Brasil.
§ 4º-B. Na impossibilidade da compensação aludida no
§4º-A, fica autorizada a transferência dos créditos da Contribuição
para o PIS/Pasep e da COFINS a outras empresas qualificadas
como controladoras, controladas ou coligadas, diretas ou indiretas,
na forma da legislação em vigor, desde que a condição societária
das empresas, quanto grupo econômico, se verifique até 31 de
dezembro de 2014.
§4º-C. A Secretaria da Receita Federal do Brasil deverá
disciplinar os procedimentos para a transferência de créditos na
forma prevista no § 4-B deste artigo.
..............................................................................................” (NR)
670 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

JUSTIFICAÇÃO

Visando beneficiar a classe de menor renda, o governo federal, por


meio da Lei nº 11.196/2005, instituiu o Programa de Inclusão Digital, que, entre
outros benefícios, reduziu a zero a alíquota da contribuição para o PIS-Pasep e da
Cofins incidente nas vendas de diversos bens de informática e telefones portáteis
que permitem o acesso à internet. Com a referida medida, o governo federal tem por
objetivo facilitar o acesso da população a este importante meio de comunicação e de
informação, aumentando, por outro lado, a produção de equipamentos de
informática, bem como a competitividade das empresas nacionais. Considerando
que para os dias atuais a finalidade social ensejadora da desoneração fiscal no ano
de 2005 permanece incólume, a Medida Provisória nº 656, de 7 de outubro de 2014,
prorrogou o referido benefício fiscal até o fim de 2018.

Acrescenta-se que, visando alcançar os anseios da Lei nº


11.196/2005, conforme pretendeu a MP nº 656/2014, deve ser garantida a
desoneração total da cadeia econômica relacionada aos citados bens, desde a
produção até o consumo. Deste modo, não se justifica que o contribuinte
beneficiado com alíquota zero da contribuição ao PIS/Pasep e a COFINS, sobre a
receita bruta das vendas dos bens elencados no art. 28, da Lei nº 11.196/2005,
suporte o ônus tributário decorrente do acúmulo e manutenção de crédito relativo às
referidas operações. Em razão do exposto, mister se faz reafirmar o direito à
compensação dos créditos do PIS/Pasep e da Cofins com débitos próprios de
tributos administrados pela Receita Federal do Brasil, assegurando, no caso de sua
impossibilidade, a realização de transferência de créditos a empresas integrantes do
mesmo grupo econômico.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 671

MPV 677
00072

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. A Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, passa a


vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 23-A. Para efeito de interpretação do disposto no


art. 3º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, e nos §§ 1º e 2º
do art. 23 desta Lei, a incorporação de ações ou quotas nas
operações de integralização de capital, considerando sua natureza
de permuta, somente se sujeita à apuração do ganho de capital, nas
hipóteses de a pessoa física subscritora:

I – optar por lançar, em sua declaração de bens, as ações


ou quotas recebidas por valor superior ao das ações ou quotas
transferidas a título de integralização; ou

II – receber torna, assim entendida como a percepção


adicional de qualquer valor, em espécie, bens ou direitos distintos
das ações ou quotas representativas do capital da pessoa jurídica
objeto da integralização.
672 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 1º Na hipótese do inciso II do caput, o ganho de capital


será apurado apenas em relação à torna.

§ 2º A condição de permuta não se altera ainda que o


valor pelo qual as ações ou quotas entregues pela pessoa física
tenham ingressado no patrimônio da pessoa jurídica, em
decorrência da avaliação estabelecida pela legislação societária, por
valor superior ao constante da declaração de bens da pessoa física.

§ 3º O registro de ágio, pela pessoa jurídica objeto da


integralização, em relação às operações realizadas pela pessoa
física na forma deste artigo, permanece sujeito à legislação
aplicável às pessoas jurídicas, especialmente em relação à sua
amortização e dedutibilidade, por ser desvinculado do tratamento
tributário aplicável à pessoa física integralizadora.”

JUSTIFICAÇÃO

Com o objetivo de esclarecer a interpretação normativa


adequada referente à apuração de ganho de capital de pessoa física, quando há
integralização de capital mediante incorporação de ações ou quotas, estamos
apresentando a seguinte emenda. Dessa forma, fica nítida a distinção contábil
dos valores escriturados pela pessoa jurídica em relação ao valor lançado pela
pessoa física em sua declaração de bens, aplicando-se a cada pessoa o regime
tributário cabível.

Nas últimas duas décadas, graças, principalmente, à


estabilidade econômica alcançada pelo Brasil e à consequente melhoria do
ambiente de negócios para as empresas nacionais, diversas operações de
reorganização societária resultaram na formação de conglomerados empresariais
fortalecidos e eficientes, gerando, inclusive, maior contribuição aos cofres
públicos. Tal evolução implicou profunda revisão no modelo de gestão
empresarial no País, impondo o profissionalismo e a concentração decisória, mas
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 673

descentralizando e especializando as atividades fins, mediante, principalmente, a


instituição de holdings, fazendo de nossas empresas organismos mais
consistentes para o enfrentamento da forte concorrência de uma economia
globalizada e competitiva. Em muitos casos, para a efetivação das
reorganizações societárias, especialmente nas incorporações de empresas, fez-
se necessário que pessoas físicas, na maioria das vezes de famílias de
empreendedores históricos do Brasil, detentoras de significativas participações
societárias nas empresas envolvidas no processo, se vissem na contingência de,
até para salvaguardar seu patrimônio, integralizar o capital de outras empresas,
mediante o aporte de suas participações. O art. 23 da Lei nº 9.249, de 1995,
guarda perfeita consonância com uma correta política de estímulo à capitalização
das empresas nacionais, dando-lhe o correto tratamento de permuta. Porém,
diante da intensidade das operações, do elevado porte das empresas e das
grandes quantias envolvidas acabaram por despertar a atenção da RFB, que
desencadeou diversas ações de fiscalização, das quais resultaram autuações que
envolvem valores simplesmente impagáveis sob o argumento de um pretenso
ganho de capital. Assim, para preservar os legítimos interesses da Administração
Tributária Federal, bem como fornecer a segurança jurídica necessária aos
contribuintes, a presente proposta elucida as situações pelas quais se faz a
adequada apuração do ganho de capital de pessoa física nas hipóteses do art. 23
da Lei nº 9.249, de 1995, combinado com o que dispõe a Lei nº 7.713, de 1988.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


674 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00073

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. XXº A Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, passa a vigorar


com as seguintes alterações:

“Art. 30. As subvenções para investimento, inclusive


mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como
estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos
econômicos e as doações feitas pelo poder público não serão
computadas na determinação do lucro real ou do lucro presumido,
desde que seja registrada em reserva de lucros a que se refere o art.
195-A da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que somente
poderá ser utilizada para:

...............................................................................................” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 675

JUSTIFICAÇÃO

Estamos propondo que as pessoas jurídicas sujeitas à


apuração por lucro presumido a extensão do método contábil de não se
computarem na apuração do lucro as subvenções para investimento concedidas
como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos,
bem como as doações feitas pelo poder público. Com a medida, pretende-se
apenas estipular método contábil único sobre o assunto, deferindo o tratamento
isonômico apropriado.

Ainda, convém sugerir a possibilidade de ressarcimento, em


dinheiro, de pessoa jurídica que tenha saldo de crédito presumido relacionado a
despesas e encargos com a produção e comercialização de leite, em virtude da
enorme dificuldade que pessoas jurídicas de menor porte têm em compensá-lo.
Nossa proposta condiciona o creditamento majorado ao atendimento a requisitos
de investimento segundo projeto de investimento aprovado pelo Poder Executivo.
Ressaltamos que não haverá impacto financeiro e orçamentário com a medida,
apenas a facilitação do exercício do direito e da recuperação de créditos já
existentes.

ASSINATURA

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


676 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00074

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. Fica autorizada a concessão de subvenção com a


finalidade de promover a equalização de juros para as empresas industriais
exportadoras, visando a manter a competitividade da indústria de exportação
brasileira de produtos manufaturados, que necessitam de capital intensivo.

§ 1º Somente poderão se habilitar à subvenção as empresas


industriais, predominantemente exportadoras, com, no mínimo, 80% (oitenta
por cento) de exportação da sua produção total e cujo faturamento anual seja
de, no máximo, 70% (setenta por cento) do seu ativo permanente.

§ 2º A referida subvenção limitar-se-á à diferença convertida em


reais entre os juros pagos e a taxa LIBOR interbancária, quando o
financiamento for em moeda estrangeira, ou a diferença entre os juros pagos e
a taxa TJLP, quando o financiamento for em moeda nacional.

§ 3º Eventuais receitas financeiras, obtidas com aplicação de sobras


de caixa, serão deduzidas da subvenção na mesma razão do disposto no § 2º.

§ 4º Os custos incorridos com hedge cambial poderão ser


computados na referida subvenção, limitados ao fluxo de pagamento de juros
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 677

e amortizações do exercício corrente.

§ 5º A subvenção de que trata este artigo não será computada na


base de cálculo da apuração do lucro real e nem base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, constituindo-se uma receita não
tributável.

§ 6º O limite anual de dispêndio do Tesouro Nacional, para o


cumprimento do disposto neste artigo, será estabelecido pela Lei
Orçamentária, sendo que no exercício de 2015 será limitado a R$
400.000.000,00 (quatrocentos milhões) de reais.

§ 7º O Ministro de Estado da Fazenda editará regulamento


definindo os parâmetros e limites da respectiva subvenção, observados os
parâmetros estabelecidos neste artigo.

Art. xx. A Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, passa a vigorar


com as seguintes alterações:

“Art. 10-A. O empresário ou sociedade empresária que


pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial,
nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro
de 2005, poderão parcelar seus débitos com a União, inclusive os
constituídos posteriormente ao processamento da recuperação
judicial, em 120 (cento e vinte) parcelas mensais e consecutivas,
calculadas observando-se os seguintes percentuais mínimos,
aplicados sobre o valor da dívida consolidada:

I – da 1ª à 24ª prestação: 0,5% (cinco décimos por cento);

II – da 25ª à 48ª prestação: 0,7% (sete décimos por


cento);
678 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – da 49ª à 119ª prestação: 1,0% (um por cento); e

IV – 120ª prestação: saldo devedor remanescente.

..............................................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A alteração proposta na presente Medida Provisória tem como objetivo o


desenvolvimento econômico do Brasil. Visa conceder incentivo, na forma de subvenção
econômica, para as empresas industriais exportadoras brasileiras, promovendo a
equalização de juros com o fim de garantir a competitividade. A modificação proposta é
fundamental no presente momento, uma vez que indústria apresenta quadro negativo. Os
indicadores mostram uma estagnação do setor industrial brasileiro, que vem apresentando
taxas de crescimento modestas e até negativas. Contribuem para isso os elevados custos
dos insumos, como energia elétrica e mão de obra, e a infraestrutura sabidamente deficiente
no Brasil. Reverter o quadro é urgente para arrecadação de impostos, manutenção de
empregos e desenvolvimento do país. A proposta também é relevante se consideramos os
problemas do setor externo brasileiro. O balanço de pagamentos do país tem se deteriorado
de forma preocupante, com o aumento do déficit em transações correntes, especialmente se
tomado como proporção do PIB. Para isso, tem contribuído a redução do saldo da balança
comercial, com a expansão das importações sem o correspondente incremento das
exportações. O benefício será concedido às empresas industriais, preponderantemente
exportadoras, que tenham no mínimo 80% (oitenta por cento) de exportação da sua
produção total, e cujo faturamento anual seja de no máximo 70% (setenta por cento) do seu
ativo permanente. Garante-se, com isso, que o benefício seja direcionado efetivamente a
indústrias exportadoras, permitindo-lhes financiar-se a um custo menor, mais próximo
daqueles suportados por seus concorrentes estrangeiros. A emenda traz outras salvaguardas
para que o referido objetivo seja alcançado com o menor custo possível. Em primeiro
lugar, limita-se o montante da subvenção: quando se tratar de empréstimo internacional, o
limite será a diferença entre os juros pagos e a taxa LIBOR; quando nacional, a diferença
entre a taxa de juros e a TJLP. Além disso, eventuais receitas financeiras obtidas com
aplicação de sobras de caixa serão deduzidas da subvenção.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 679

Por outro lado, a subvenção não será considerada rendimento tributável


para fins de imposto de renda, nem integrará a base de cálculo da CSLL. Se não fosse
assim, o benefício terminaria por ser devolvido em parte para a própria Tesouro Nacional,
responsável pelo benefício, reduzindo-se seu alcance. Por fim, há um limite global para o
benefício de R$ 400.000.000,00 para 2015, suficiente para alcançar os resultados
esperados, mas que não coloca em risco a responsabilidade fiscal. Inclusive, sempre atento
a seguir as normas legais, ressalto que o recurso orçamentário para a presente medida se
encontra no Orçamento da União, na funcional 28.846.0909.00OB.0001, ação AUXÍLIO À
CONTA DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO (LEIS NºS 10.438, DE 26/04/2002,
E 12.783, DE 11/01/2013) – NACIONAL. Assim, a modificação proposta é relevante e
oportuna tanto por dinamizar a combalida indústria brasileira, quanto por promover uma
melhoria das contas externas do país.
Propomos alongar os prazos do refinanciamento de débitos tributários,
previsto na Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002, das empresas em recuperação judicial,
bem como permitir a utilização de créditos próprios de prejuízos fiscais e de base de
cálculo negativa da CSLL para a quitação antecipada dos débitos parcelados. Muito embora
a reabertura dos programas de parcelamento de débitos federais previstos nas Leis nº
11.941, de 27 de maio de 2009 (“REFIS da Crise”), e nº 12.249, de 11 de junho de 2010
(“REFIS-Autarquias”), tenha representado importante medida para auxiliar a recuperação
de empresas em estado pré-falimentar, faz-se necessário o aperfeiçoamento desses
programas, com o alongamento dos prazos de refinanciamento para as empresas em
recuperação judicial, de forma a manter as empresas em operação e preservar a geração de
empregos.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


680 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00075

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se, onde couber:

Art. xx A Lei n.º 13.043, de 13 de novembro de 2014, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 33. O contribuinte com parcelamento que contenha débitos


de natureza tributária, vencidos até 31 de dezembro de 2014, perante a
Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB ou a Procuradoria – Geral da
Fazenda Nacional – PGFN poderá, mediante requerimento, utilizar créditos
próprios de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL,
apurados até 31 de dezembro de 2013 e declarados até 30 de novembro de
2014, para a quitação antecipada dos débitos parcelados.

§ 1º Os créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa


da CSLL poderão ser utilizados, nos termos do caput, entre empresas
controladora e controlada, de forma direta, ou entre empresas que sejam
controladas diretamente por uma mesma empresa, em 31 de dezembro de
2011, domiciliadas no Brasil, desde que se mantenham nesta condição até a
data da opção pela quitação antecipada.

§ 2º A opção de que trata o caput deverá ser feita até 30 de agosto


de 2015, observadas as seguintes condições:

I – pagamento em espécie equivalente a, no mínimo, 15% (quinze


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 681

por cento) do saldo do parcelamento; e

II- quitação integral do saldo remanescente mediante a utilização de


créditos de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da contribuição
social sobre o lucro líquido.

§ 3º O pagamento em espécie mencionado no inciso I do § 2º deste


artigo, será de no mínimo 10% (dez por cento) quando os débitos objeto da
quitação antecipada forem oriundos do Parcelamento instituído pela Lei nº
12.996 de 18 de junho de 2014.”

................................................................................................................”(NR)

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda visa reduzir o porcentual do valor mínimo


do pagamento em espécie, dos débitos perante a Secretaria da Receita
Federal do Brasil – RFB ou a Procuradoria – Geral da Fazenda Nacional –
PGFN, além da dilação do prazo para a opção pela quitação antecipada.
Com essas alterações, o contribuinte será motivado a optar pela quitação
antecipada.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


682 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00076

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. Os prejuízos fiscais e as bases de cálculo negativas de


contribuição social sobre o lucro líquido apurados por instituições financeiras
que tenham sido gerados antes ou durante o período em que elas estavam sob
intervenção ou liquidação extrajudicial, na forma da Lei nº 6.024, de 13 de
março de 1974, ou sob regime de administração especial temporária, na
forma do Decreto-Lei nº 2.321, de 25 de fevereiro de 1987, ou, ainda, em
processo de saneamento conforme previsto no art. 5º da Lei nº 9.447, de 14
de março de 1997, podem ser compensados sem a limitação prevista pelos
artigos 15 e 16 da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, mesmo após a
cessação dos referidos regimes, de acordo com as alíquotas aplicáveis a cada
pessoa jurídica.

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se também às


sociedades empresárias que pleitearem ou tiverem deferido o processamento
da recuperação judicial, nos termos dos arts. 51, 52 e 70, da Lei nº 11.101, de
9 de fevereiro de 2005, até o trânsito em julgado da sentença disposta no art.
63 da referida Lei.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 683

JUSTIFICAÇÃO

Apresentamos a seguinte Emenda para tornar mais


favorável ao empresário em recuperação judicial o parcelamento de dívidas com
a Fazenda Nacional. Essa modificação segue a linha de entendimento já referida
anteriormente, de garantir condições mais favoráveis de retorno à atividade
econômica às empresas em recuperação judicial. Enfocamos que os beneficiários
dessa proposta extrapolam a sociedade empresária que venha a aderir ao
parcelamento. Usufruirão da medida os trabalhadores, que verão seus empregos
mantidos, e a própria Fazenda Nacional, que potencializará sua arrecadação,
uma vez que haverá melhores condições de a empresa se manter ativa e
contribuinte.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


684 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00077

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. O empresário ou sociedade empresária que pleitear ou


tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos arts.
51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, que tenham
protocolizado tempestivamente requerimento de adesão ao benefício previsto
no artigo 2º da Lei nº 12.996, de 18 de junho de 2014, e que tenham sido
excluídas do referido programa pelo inadimplemento das antecipações
exigidas pelo § 2º do artigo 2º da mesma Lei poderão utilizar-se dos prejuízos
fiscais e base de cálculo negativa para pagamento destes valores, sem
prejuízo da sua utilização para quitação antecipada.

Parágrafo único. O pagamento das antecipações previstas no § 2º


do art. 2º da Lei nº 12.996, de 2014, nos termos do caput, restabelece a
adesão ao parcelamento respectivo.

JUSTIFICAÇÃO

Estamos apresentando essa emenda para tornar mais


favorável ao empresário em recuperação judicial o parcelamento de dívidas com
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 685

a Fazenda Nacional. Essa modificação segue a linha de entendimento já referida


anteriormente, de garantir condições mais favoráveis de retorno à atividade
econômica às empresas em recuperação judicial. Enfocamos que os beneficiários
dessa proposta extrapolam a sociedade empresária que venha a aderir ao
parcelamento. Usufruirão da medida os trabalhadores, que verão seus empregos
mantidos, e a própria Fazenda Nacional, que potencializará sua arrecadação,
uma vez que haverá melhores condições de a empresa se manter ativa e
contribuinte.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


686 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00078

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. A Lei nº 13.043, de 13 de novembro de 2014, passa a


vigorar com a seguinte alteração:

“Art. 22. ........................................................................

.........................................................................................................

§ 8º Caso a pessoa jurídica a que se refere o caput esteja


habilitada em programa de parcelamento incentivado de que tratam
as Leis nº 9.964, de 10 de abril de 2000; nº 10.684, de 30 de maio
de 2003; nº 11.941, de 27 de maio de 2009; nº 12.973, de 13 de
maio de 2014; nº 12.996, de 18 de junho de 2014; e nº 13.043, de
13 de novembro de 2014; e a Medida Provisória nº 303, de 29 de
junho de 2006; na análise de deferimento dos créditos resultantes
de que trata este artigo, é vedada a compensação de ofício em
relação às parcelas vincendas, referentes a créditos com
exigibilidade suspensa.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Estamos propondo a seguinte emenda, em virtude de nossa


preocupação com a efetividade da reinstituição do programa de incentivo à
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 687

exportação REINTEGRA, propomos a vedação à compensação de ofício dos


créditos a serem recebidos pelo programa em face de dívidas tributárias
parceladas. Entendemos que se a empresa está cumprindo tempestivamente
com suas obrigações tributárias parceladas, não há porque a Receita Federal
atropelar o contrato de parcelamento firmado e promover de ofício a
compensação, lançando mão dos créditos que seriam recebidos pelo
REINTEGRA. Não há prejuízo algum à arrecadação financeira; apenas serão
respeitados os prazos para o cumprimento das obrigações tributárias
determinados pelo parcelamento.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


688 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00079

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CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx A Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, passa a vigorar


a seguinte alteração:
“Art. 5º ...........................................................................
.........................................................................................................

Parágrafo único. Consideram-se necessariamente


pertencentes à região natural de que trata o inciso IV do caput
deste artigo os seguintes municípios:

I – No Estado de Alagoas: Belém, Campo Alegre, Campo


Grande, Chã Preta, Colônia, Feira Grande, Igreja Nova, Junqueiro,
Limoeiro de Anadia, Maravilha, Maribondo, Mata Grande, Olho
D’Agua Grande, Paulo Jacinto, Porto Real do Colégio, Santana do
Mundaú, São Braz, São Sebastião, Taguarana, Tanque D’arca, ;

II – No Estado do Ceará: Acarau, Amontada, Aquiraz,


Barroquinha, Beberibe, Bela Cruz, Camocim, Cascavel, Chaval,
Cruz, Fortim, Granja, Guaiuba, Itaitinga, Itarema, Jericoacoara,
Maracanaú, Marco, Martinópole, Moraújo, Morrinhos, Pacatuba,
Paracuru, Paraipaba, Pindoretama, São Gonçalo do Amarante, São
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 689

Luiz do Curu, Senador Sá, Trairi, Tururu, Uruoca, Viçosa do


Ceará;

III – No Estado da Paraíba: Araçagi, Alagoa Grande,


Alagoa Nova, Alagoinha, Areia, Belém, Borborema, Cuitegi, Duas
Estradas, Guarabira, Juarez Távora, Lagoa de Dentro,
Massaranduba, Matinhas, Mulungu, Pilões, Pilõeszinhos,
Pirpirituba, Serra da Raiz, Serra Redonda, Serraria, Sertãozinho,
Gurinhem e Caldas Brandão.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Estamos apresentando essa emenda para fazer justiça com


os municípios que estão no semiárido de fato, mas legalmente não são
amparados pela lei, porque não foram incluídos pela Sudene. Então, com o intuito
de delimitar balizas mínimas para que a Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste – Sudene promova a definição da região natural correspondente ao
semiárido, a que se refere o art. 5º, IV, da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de
1989, indicamos o arrolamento nominal de municípios que necessariamente
pertencerão ao conceito.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


690 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00080

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CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Lei Art. XXº A Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 30. As subvenções para investimento, inclusive


mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como
estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos
econômicos e as doações feitas pelo poder público não serão
computadas na determinação do lucro real ou do lucro presumido,
desde que seja registrada em reserva de lucros a que se refere o art.
195-A da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que somente
poderá ser utilizada para:

...............................................................................................” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 691

JUSTIFICAÇÃO

Estamos propondo essa emenda para que às pessoas


jurídicas sujeitas à apuração por lucro presumido a extensão do método contábil
de não se computarem na apuração do lucro as subvenções para investimento
concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos
econômicos, bem como as doações feitas pelo poder público. Com a medida,
pretende-se apenas estipular método contábil único sobre o assunto, deferindo o
tratamento isonômico apropriado.

Ainda, convém sugerir a possibilidade de ressarcimento, em


dinheiro, de pessoa jurídica que tenha saldo de crédito presumido relacionado a
despesas e encargos com a produção e comercialização de leite, em virtude da
enorme dificuldade que pessoas jurídicas de menor porte têm em compensá-lo.
Nossa proposta condiciona o creditamento majorado ao atendimento a requisitos
de investimento segundo projeto de investimento aprovado pelo Poder Executivo.
Ressaltamos que não haverá impacto financeiro e orçamentário com a medida,
apenas a facilitação do exercício do direito e da recuperação de créditos já
existentes.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


692 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00081

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:


Art. X. O artigo 26 da lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 26 .................................................................
...............................................................................
§ 4o A participação no empreendimento de que trata o § 1o será
calculada como o menor valor entre:
I - a proporção das ações com direito a voto detidas pelos
acionistas da sociedade de propósito específico outorgada; e
II - o produto da proporção das ações com direito a voto detidas
pelos acionistas da sociedade diretamente participante da sociedade
de propósito específico outorgada pela proporção estabelecida no
inciso I.”

JUSTIFICAÇÃO

O artigo 26 da lei nº 11.488, de 2007, ao equiparar a autoprodutor de


energia elétrica o consumidor participante de sociedade de propósito específico
(SPE), permitiu o desenvolvimento de projetos de geração própria utilizando o
modelo de Project Finance, estruturação financeira mais apropriada à execução de
empreendimentos de infraestrutura.
No entanto, a legislação – ao não especificar o tipo de participação que
deveria ser considerada quando da análise dos limites para equiparação – acabou
causando efeito colateral sobre a estrutura de negócios dos empreendimentos de
autoprodução, impedindo o desenvolvimento de modelos financeiros já consagrados
e trazendo desvantagens para a indústria autoprodutora nacional.
A legislação acabou impossibilitando o autoprodutor de utilizar o
mercado de ações para a captação de recursos, prática comum no ambiente
empresarial, uma vez que eventual emissão de ações acabaria diluindo a
participação do autoprodutor no capital social da companhia, reduzindo,
consequentemente, sua parcela de geração própria.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 693

Dessa forma, a presente emenda pretende corrigir essa prejudicial e


indesejada consequência advinda da lei nº 11.488/2007, sem perder de vista os
objetivos e anseios do legislador, que buscou estimular e dar isonomia aos agentes
de autoprodução no país.
A proposta determina que a energia de autoprodução, gerada em SPE,
seja alocada proporcionalmente às ações com direito a voto da sociedade, o que
permite a captação de recursos privados de longo prazo por meio da emissão de
ações sem direito a voto.
O mecanismo – bastante difundido no mercado financeiro – já é
utilizado por outros agentes do setor elétrico nacional e busca incentivar o
investimento de longo prazo do país, viabilizando a capitalização e alavancagem da
infraestrutura nacional, redução da dependência por recursos públicos, ampliação da
participação de investidores privados e qualificados em projetos estruturantes, alivio
das contas públicas e competitividade para a indústria nacional.
Por fim, vale destacar que no cenário atual de aumento da
concorrência em nível global, elevação dos preços e tarifas de energia elétrica,
necessidade de garantia de suprimento e preocupação com o meio ambiente, a
autoprodução de energia surge como fator fundamental de competitividade da
indústria nacional. O investimento em geração própria permite que a indústria
detenha maior controle sobre um de seus principais insumos – a energia elétrica –
garantindo, assim, previsibilidade de custos, segurança de suprimento e balizamento
dos preços na sua geração.
A proposta corrige distorções do passado e cria condições mais
vantajosas para o setor elétrico e para a indústria nacional, contribuindo para maior
desenvolvimento econômico e social do Brasil.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


694 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00082

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. xx. A Lei nº 11.508, de 20 de julho de 2007, passa a vigorar com as


seguintes alterações:
“Art. 9º A empresa instalada em ZPE poderá constituir filial ou
participar de outra pessoa jurídica localizada fora de ZPE, devendo,
entretanto, manter contabilização separada para efeitos fiscais” (NR)

“ Art. 18. Somente poderá instalar-se em ZPE a pessoa jurídica


que assuma o compromisso de auferir e manter, por ano-calendário,
receita bruta decorrente de exportação para o exterior de, no mínimo,
60%(sessenta por cento) de sua receita bruta total de venda de bens e
serviços.
..........................................................................................................
. § 8º O compromisso exportador, estabelecido no caput deste artigo,
quando se tratar de ZPE localizada nas regiões Norte, Nordeste ou
Centro-Oeste, será gradativo até atingir o percentual mínimo, da
seguinte forma:
I – 20% (vinte por cento), no primeiro ano;
II- 40% (quarenta por cento), no segundo ano;
III- 60% (sessenta por cento) para produção industrial, no terceiro
ano” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 695

JUSTIFICAÇÃO

No intuito de aprimorar o debate sobre a matéria, apresentamos uma


importante demanda da sociedade. Ante o exposto, solicito apoio dos nobres
pares na aprovação desta emenda.

ASSINATURA

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


696 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00083

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

“Art. xx O art. 2º, o § 1º e os incisos I e II do § 2º da Lei n.º


12.996, de 18 de junho de 2014, passam a vigorar com as seguintes
alterações.

“Art. 2º Fica reaberto, até o 20º (vigésimo dia) dia após a


publicação da Lei decorrente da Medida Provisória nº 677, de 22 de
junho de 2015, o prazo previsto no § 12 do art. 1º e art. 7º da Lei nº
11.941, de 27 de maio de 2009, bem como o prazo previsto nos § 18
do art. 65 da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, atendidas as
condições estabelecidas neste artigo.

§ 1º Poderão ser pagas ou parceladas na forma deste artigo as


dívidas de que tratam o § 2º do art. 1º da Lei nº 11.941, de 27 de maio
de 2009, e o § 2º do art. 65 da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010,
vencidas até 31 de dezembro de 2014.

§ 2º ..................................................................
.........................................................................

I – antecipação de cinco por cento do montante da dívida objeto


do parcelamento após aplicadas as reduções, na hipótese de o valor
total da dívida ser maior que R$ 1.000,000.00 (um milhão de reais) e
menor ou igual a R$ 10.000.000,00 (dez milhões);

II- antecipação de dez por cento do montante da dívida objeto


do parcelamento, após aplicadas as reduções, na hipótese de o valor
total da dívida ser maior que R$ 10.000.000,00 (um milhão de reais);

.............................................................................................................”(NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 697

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda visa reduzir o porcentual estabelecido para


a antecipação (entrada) do montante da dívida objeto do parcelamento,
para que propicie aos contribuintes melhores condições financeiras para
adesão e manutenção do parcelamento.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


698 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00084

CONGRESSO NACIONAL ETIQUETA

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

Medida Provisória nº 677 de 23 de junho de 2015.

Autor Partido
Deputado Pedro Vilela PSDB

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _x_Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Insiram-se os seguintes artigos à MP 677, de 2015:

..........................................................................................................................................
Art. Xº Fica instituído o Programa de Energia Competitiva para a Indústria – PROIND, com a finalidade
de promover a competitividade de grandes consumidores industriais de energia elétrica.

§ 1º Os consumidores de que trata o caput são aqueles atendidos nos sistemas de transmissão ou
distribuição do Sistema Interligado Nacional - SIN em tensão igual ou superior a 230 KV, cuja carga
seja igual ou superior a 20 MW.

§ 2º A participação no PROIND permitirá a compra de energia no Ambiente de Contratação Regulada


– ACR mediante o pagamento de tarifas competitivas, a serem definidas pela Agência Nacional de
Energia Elétrica - ANEEL.

§ 3º Os consumidores beneficiados firmarão Contratos de Compra de Energia Regulada – CCER


junto às concessionárias de distribuição responsáveis pelo atendimento de suas respectivas áreas
geográficas.

§ 4º O custeio do PROIND dar-se-á mediante a alocação, às concessionárias de distribuição que


firmem CCER com os consumidores beneficiados, de cotas de energia elétrica associadas às
concessões de geração vincendas entre 2015 e 2017 que venham a ser prorrogadas na forma da Lei
nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013.

§ 5º A tarifa aplicável pelas concessionárias de distribuição aos consumidores beneficiados


corresponderá ao valor de aquisição das cotas acrescido dos custos administrativo e operacional das
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 699

distribuidoras, conforme disciplina da ANEEL.

Art. X Caberá ao Ministério de Minas e Energia – MME, no prazo de 30 (trinta) dias a partir da
publicação desta Lei, detalhar os procedimentos para habilitação dos consumidores elegíveis ao
PROIND, bem como estabelecer a forma de cálculo dos montantes de energia passíveis de
contratação no ACR pelos consumidores beneficiados.

Parágrafo Único. O total de energia elétrica destinada aos consumidores beneficiados pelo PROIND
será de 50% (cinquenta por cento) das cotas associadas aos empreendimentos de geração que
tenham suas concessões prorrogadas.

Art. X Na alocação de cotas de que trata o art. 6º do Decreto nº 7.805, de 14 de setembro de 2012, a
ANEEL deverá destinar às concessionárias de distribuição o montante de cotas necessário para
recompor os CCER firmados no âmbito do PROIND.

JUSTIFICAÇÃO

Esta emenda tem por objetivo promover a competitividade das tarifas e preços da energia para os
grandes consumidores industriais, que são as bases das cadeias produtivas do País e que se
encontram, ainda hoje, em desvantagem em relação aos seus competidores internacionais.

A despeito da Medida Provisória nº 579 de 2012 apresentar em sua exposição de motivos o claro
objetivo de “não apenas promover a modicidade tarifária e a garantia de suprimento de energia
elétrica, como também tornar o setor produtivo ainda mais competitivo”, o mesmo não foi plenamente
alcançado para aquelas indústrias que têm na energia um de seus principais custos de produção. O
que se observou como resultado da Medida Provisória é que os grandes consumidores tiveram
redução tarifária inferior àquela que se almejava alcançar com a MP.

Contudo, há uma oportunidade de trazer melhores resultados para estes consumidores, resultados
estes que, por atingirem as bases das cadeias produtivas, se propagarão e apresentarão efeitos
multiplicadores que atingirão, inclusive, consumidores finais.

Trata-se da alocação para os grandes consumidores de 50% do montante de energia associado às


concessões de geração que vencerão entre os anos de 2015 e 2017 e que não foram renovadas no
âmbito da Lei 12.783 de 2013. A Lei 12.783 de 2013 permite que cotas desta energia sejam alocadas
para os grandes consumidores através das distribuidoras. Esta é uma política industrial em benefício
da sociedade.

A política industrial ora proposta, inclusive, baseia-se em medidas adotadas em economias de


mercado que competem diretamente com as indústrias brasileiras pelo mercado doméstico. Países
como França, Alemanha, Canadá e alguns estados dos Estados Unidos, oferecem condições de
700 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

compra de energia mais barata para suas indústrias como forma de estimular a produção e o
emprego locais.

A França aprovou, em 2011, lei que destina 25% da energia produzida pelas usinas nucleares
históricas da EDF (ou seja, com investimento já amortizado), a preços diferenciados para grandes
indústrias. A Alemanha, em apenas um ano, reduziu em 20% os preços da energia exclusivamente
para a produção industrial.

A província de Ontário, no Canadá, renovou em 2013 um programa que reduz em até 25% os custos
da energia da indústria com consumo superior a 50 mil MWh por ano.

Trata-se, portanto, de uma prática comum e que tem como motivação os ganhos econômicos
potenciais decorrentes da destinação de energia a preços competitivos para aqueles consumidores
que mais dependem desse insumo em seus processos produtivos e para os quais a redução de
custos pode incentivar o aumento da produção, permitindo ganhos de competitividade também à
jusante em suas cadeias produtivas.

PARLAMENTAR

29/06/2015 PEDRO VILELA


Deputado Federal
PSDB-AL
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 701

MPV 677
00085

CONGRESSO NACIONAL ETIQUETA

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

Medida Provisória nº 677 de 23 de junho de 2015.

Autor Partido
Deputado Pedro Vilela PSDB

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _x_Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Art. X A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, passa a vigorar acrescida do art. 13-A, com a seguinte
redação:

Art. 13-A A ANEEL, no cálculo do encargo tarifário destinado à arrecadação dos recursos da
CDE, previsto no art. 13 desta Lei, deverá adotar o critério alocativo de custos baseado no uso
dos sistemas de transmissão e de distribuição de energia elétrica para os itens de despesa da
Conta, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo.

§ 1º A adoção do critério alocativo de custos de que trata o caput deverá resultar em


valores unitários de encargo para cada subgrupo tarifário de forma proporcional aos respectivos usos
dos sistemas de transmissão ou de distribuição.

§ 2º Deverão ser atribuídos, somente aos consumidores finais atendidos de forma


regulada por agente de distribuição, os itens de despesa da CDE destinados à redução das tarifas de
energia elétrica praticadas no mercado regulado, entre os quais aqueles relacionados:

I - à compensação do efeito da não adesão à prorrogação das concessões de


geração de energia elétrica de que trata o inciso VIII do art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002;

II - a operações financeiras vinculadas à indenização por ocasião da reversão das


concessões ou para atender à finalidade de modicidade tarifária, conforme disposto no inciso IV do
art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002; e

III - ao repasse de recursos da CDE aos agentes de distribuição para cobertura dos
custos referidos nos arts. 4º, 4º-A e 4º-C do Decreto nº 7.891, de 23 de janeiro de 2013.

JUSTIFICAÇÃO

Por meio da Medida Provisória nº 579, de 11 de setembro de 2012, posteriormente


convertida na Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, foi ampliada a abrangência da Conta de
702 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Desenvolvimento Energético – CDE.

O arcabouço legal instituído resultou no aumento dos itens de despesas da Conta em


virtude:

(i) da transferência de recursos da CDE para cobertura dos dispêndios da Conta de


Consumo de Combustíveis – CCC;

(ii) da previsão de transferência de recursos da Reserva Global de Reversão – RGR


para a CDE;

(iii) da possibilidade de contratação de operações de crédito lastreada no fluxo de


recebimento futuro das quotas de CDE; e

(iv) da utilização de recursos da CDE para promover a amortização de operações


financeiras vinculadas à indenização por ocasião da reversão das concessões ou para atender à
finalidade de modicidade tarifária.

A regulamentação da CDE e as diretrizes para a gestão dos recursos desse fundo


setorial foram alteradas pelos Decretos nº 7.891, de 23 de janeiro de 2013, nº 7.945, de 7 de março
de 2013, nº 8.203, de 7 de março de 2014, e nº 8.221, de 1º de abril de 2014.

Esses diplomas normativos estabeleceram a previsão de repasse de recursos da


CDE às concessionárias de distribuição com o propósito de alcançar a redução das tarifas de energia
elétrica.

As finalidades atribuídas à CDE e a destinação dos recursos arrecadados em favor da


Conta levam à distinção dos consumidores beneficiados segundo o ambiente de contratação:
consumidor cativo, integrante do Ambiente de Contratação Regulada – ACR, e consumidor
livre/especial, que compõe o Ambiente de Contratação Livre – ACL.

Na medida em que as quotas de CDE são pagas por todos os agentes que
comercializam energia elétrica com consumidor final, mediante encargo tarifário incluído nas tarifas de
uso dos sistemas de transmissão ou de distribuição, conforme disposto no § 1º do art. 13 da Lei nº
10.438, de 26 de abril de 2002, a utilização das tarifas de uso como veículo de arrecadação de
recursos destinados a finalidades que não guardam relação direta com a contraprestação pelo serviço
entregue pelas prestadoras de serviços públicos deve observar:

(i) o princípio da causação do custo, segundo o qual os custos devem ser imputados a
quem os causa;

(ii) a utilização racional dos sistemas de transmissão e de distribuição que as tarifas


de uso devem induzir, conforme disposto no art. 7º, inciso IV, do Decreto nº 2.655, de 2 de julho de
1998; e

(iii) a vinculação entre a incidência de encargos setoriais e a manutenção do serviço


adequado pelas concessionárias de distribuição.

Neste contexto, e com fulcro no § 5º do art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002, com


redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013, que estabelece a competência do Poder Executivo de
regulamentar a CDE, encontra-se motivada a Emenda nesta Medida Provisória para estabelecer as
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 703

diretrizes para o cálculo do encargo tarifário destinado à arrecadação dos recursos da Conta.

Nos termos do § 2º do art. 28 do Decreto nº 4.541, de 23 de dezembro de 2002, é


atribuída à ANEEL a definição das quotas anuais de CDE a serem recolhidas mediante aplicação de
encargo tarifário incluído nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição, tarifas essas
cujo cálculo é competência da Agência, conforme estabelecido no art. 3º, inciso XVIII, da Lei nº 9.427,
de 26 de dezembro de 1996.

Desta forma, caberá à ANEEL calcular o encargo tarifário destinado à arrecadação


dos recursos da CDE observando as seguintes diretrizes:

(i) adoção de critério alocativo de custos baseado no uso dos sistemas de


transmissão e de distribuição de energia elétrica;

(ii) distinção dos consumidores por ambiente de contratação para fins de rateio dos
custos relacionados à CDE; e

A adoção de critério alocativo de custos baseado no uso dos sistemas de transmissão


e de distribuição de energia elétrica apresenta convergência com os critérios que norteiam o cálculo
das tarifas de uso:

(i) emprego de sinal locacional na construção das tarifas de uso dos sistemas de
transmissão, de maneira a assegurar maiores encargos para os agentes que mais oneram o sistema
de transmissão, segundo o inciso XVIII, alínea “b”, do art. 3º da Lei nº 9.427, de 1996; e

(ii) garantia de acesso aos sistemas de distribuição mediante tarifas que induzam a
utilização racional desses sistemas, de acordo com o disposto no art. 7º, inciso IV, do Decreto nº
2.655, de 1998.

Ao serem observados os critérios acima destacados, a utilização das tarifas de uso


como instrumento de cobrança da CDE não desvirtua a lógica regulatória, as finalidades e as normas
que disciplinam o cálculo das tarifas de uso.

Ademais, a cobrança da CDE na proporção do uso dos sistemas de


transmissão/distribuição está alinhada com o conceito da causação do custo, conceito esse amparado
em critérios de equidade e que constitui manifestação do princípio da eficiência.

Essa alocação impede, ainda, a ocorrência de subsídios cruzados que não aqueles
relativos a descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de
distribuição de energia elétrica definidos no art. 1º do Decreto nº 7.891, de 2013.

O cálculo do encargo tarifário destinado à arrecadação dos recursos da CDE deve,


portanto, resultar em valores unitários de encargo para cada subgrupo tarifário, segundo a proporção
do respectivo uso dos sistemas de transmissão e de distribuição.

O cálculo do encargo tarifário relacionado à CDE também deve observar a finalidade


de cada item de despesa da Conta e o ambiente de contratação em que estão os consumidores que
se beneficiam dos recursos advindos da CDE. Esses aspectos representam, na prática, uma
decorrência do arranjo comercial introduzido pela Lei nº 12.783 e pelo Decreto nº 7.891, ambos de
2013, cuja concepção é a de utilizar recursos da CDE para promover a modicidade das tarifas dos
consumidores cativos.
704 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Todas as disposições trazidas no ato ora proposto devem produzir


efeitos sobre as quotas de CDE do ano de 2015, devendo a ANEEL realizar o recálculo dessas quotas
e dos valores unitários do respectivo encargo tarifário.

PARLAMENTAR

PEDRO VILELA
29/06/2015 Deputado Federal
PSDB-AL
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 705

MPV 677
00086

CONGRESSO NACIONAL ETIQUETA

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

Medida Provisória nº 677 de 23 de junho de 2015.

Autor Partido
Deputado Pedro Vilela PSDB

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _x_Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Insira-se o seguinte artigo na MP 677, de 2015:

Art. X O artigo 2º da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2014, passa a vigorar


acrescido do § 19, com a seguinte redação:

“Art.2º .............................................................................................

........................................................................................................

§ 19 Os consumidores enquadrados nos artigos 15 e 16 da Lei nº 9.074,


de 7 de julho de 1995, com carga mínima de 10 MW, poderão participar das licitações de que trata o
caput, conforme regulamento, que deverá dispor sobre as condições contratuais de prazos, reajuste,
garantias e qualificação econômico financeira dos compradores.

Justificativa

O mercado de energia no Brasil precisa de aperfeiçoamentos para que possa oferecer condições de
competitividade para a produção nacional, ao mesmo tempo em que seja capaz de atrair
investimentos de forma sustentável para sua expansão ao menor custo de capital possível.
Hoje uma importante parcela dos consumidores de energia, justamente aqueles para a qual a energia
é um fator decisivo de produção – e consequentemente de investimentos e geração de empregos –
não podem participar dos chamados leilões regulados. Estes consumidores, que hoje consomem no
mercado livre, têm condições de assumir responsabilidades de contratação de longo prazo, ajudando
a lastrear a expansão do setor. Ao mesmo tempo precisam da previsibilidade e competitividade que
os contratos dos leilões regulados podem oferecer.
Este aperfeiçoamento criará a condição para que, após o adequado detalhamento
pelo Poder Executivo, recursos energéticos competitivos, resultantes de concessões da União e de
projetos com as condições favoráveis dos leilões regulados, também possam contribuir para a
competitividade de nossa produção e a recuperação do PIB brasileiro em um momento em que a
706 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

indústria tem voltado a patamares da década de 40 em sua participação relativa na produção de


riqueza no País.

PARLAMENTAR

PEDRO VILELA
29/06/2015 Deputado Federal
PSDB-AL
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 707

MPV 677
00087

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 2015, onde couber,


o seguinte artigo:
Art. X A Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, passa viger com
as seguintes alterações:
“Art. 1º As concessionárias e permissionárias de serviços
públicos de distribuição de energia elétrica ficam obrigadas a aplicar,
anualmente, o montante de, no mínimo, setenta e cinco centésimos por
cento de sua receita operacional líquida em pesquisa e
desenvolvimento do setor elétrico e, no mínimo, vinte e cinco
centésimos por cento em programas de eficiência energética no uso
final, incluindo projetos de microgeração distribuída, observado o
seguinte:
...................................................................................................
V - as concessionárias e permissionárias de distribuição de
energia elétrica deverão aplicar, no mínimo, 60% (sessenta por cento)
dos recursos dos seus programas de eficiência para unidades
consumidoras beneficiadas pela Tarifa Social de Energia Elétrica ou
em projetos de microgeração distribuída.
....................................................................................
Art. 1º-A Os recursos destinados aos projetos de microgeração
distribuída de que trata o art. 1º deverão ser aplicados prioritariamente
em unidades consumidoras beneficiadas pela Tarifa Social de Energia
Elétrica e na redução de perdas não técnicas.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2022 (PDEE


2022), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o aumento da
oferta de energia elétrica no Brasil entre 2012 e 2022 será de 63.518 MW.
Desses, 34.344 MW estão previstos na Região Norte. Ainda segundo o PDEE
2022, entre 2013 e 2018, a Região Norte, considerando projetos já contratados
ou em construção, será responsável pelo acréscimo de 20.683 MW de
capacidade de geração de energia elétrica. Para o período de 2018 e 2022, as 5
708 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

maiores hidrelétricas a serem viabilizadas estão na Região Norte, entre as


quais se destaca a Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós. Apesar disso, o
consumo permanecerá concentrado na Região Sudeste e na Região Sul, o que
exigirá a construção de novas e extensas linhas de transmissão. Em
decorrência, as perdas técnicas do setor sofrerão elevação, pois, dentre outros
fatores, estão correlacionadas positivamente com a extensão da linha que
transmite a energia elétrica.
Diante do cenário apresentado, torna-se de suma importância o
incentivo à microgeração distribuída, em que está inserida a geração de
energia elétrica por meio de painéis fotovoltaicos. É uma oportunidade para
que se reduza a necessidade de construção de linhas de transmissão e as
perdas associadas. Ressalta-se que, como consequência, o consumidor
também poderá diminuir o gasto com energia elétrica e se proteger contra
elevações no seu preço pelo acionamento das termelétricas.
A expansão da microgeração distribuída exige, todavia,
investimentos elevados para a grande maioria da população brasileira. Por
exemplo, no caso da energia elétrica gerada por painéis fotovoltaicos, o custo
seria entre R$ 7 mil e R$ 8 mil por Kilowatt de potência em caso de
residências, segundo estimativas da EPE e da Associação Brasileira da
Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) tendo como base o ano de 2012.
Como forma de incentivar a microgeração distribuída,
entendemos ser necessário alterar a obrigação estabelecida pelo inciso V do
art. 1º da Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, para garantir que as
concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica apliquem
um percentual mínimo dos recursos de eficiência energética em projetos de
microgeração distribuída.
Atualmente, a Lei nº 9.991/2000 obriga a aplicação de pelo
menos 60% dos recursos destinados à eficiência energética em unidades
consumidoras beneficiadas pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).
Contudo, a regra provoca ineficiências no setor elétrico, porque impede o
correto dimensionamento entre as necessidades das unidades consumidoras e
a disponibilidade de recursos.
Como forma de manter a prioridade da alocação dos recursos de
eficiência energética na população de menor poder aquisitivo, propomos que
os recursos destinados aos projetos de microgeração distribuída sejam
direcionados prioritariamente às unidades beneficiadas pela Tarifa Social de
Energia Elétrica e à redução de perdas não técnicas.
Assim, considerando que a microgeração distribuída pode
contribuir para a eficiência energética, e sem prejudicar os beneficiários da
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 709

TSEE, nada mais meritório que permitir que o limite de 60% estabelecido
pelo inciso V do art. 1º da Lei nº 9.991/2000 também contemple projetos de
microgeração distribuída.

Sala da Comissão,

Senador Wilder Morais


710 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00088

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
data proposição
29/06/2015 Medida Provisória nº 677/2015
autora nº do prontuário
Deputada Raquel Muniz – PSC/MG
1 � Supressiva 2. � Substitutiva 3. X Modificativa 4. � Aditiva 5. � Substitutivo global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

O art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 2015, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3º ....................................................................................................
§ 1º .........................................................................................................
I – no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste e municípios da mesorregião
norte de Minas Gerais, conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE.
.......................................................................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO
Os municípios do norte de Minas Gerais apresentam índices de
desenvolvimento socioeconômico inferiores aos do restante do estado, similares a
maioria dos municípios da região Nordeste. Portanto, é necessário que sejam
estimulados investimentos também nesses municípios, especialmente nas áreas de
infraestrutura, como energia elétrica, permitindo o desenvolvimento dos municípios.
Solicitamos, portanto, apoio pela aprovação da emenda que ora propomos,
permitindo a destinação dos recursos do FEN nos municípios do norte de Minas Gerais,
proporcionando um enorme ganho econômico e social para uma importante parcela de
nossa população mais carente do estado.
G
PARLAMENTAR

Dep. Raquel Muniz – PSC/MG


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 711

MPV 677
00089

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Deputado Leonardo Monteiro PT

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. __Modificativa 4. ___ Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Modifique-se o § 3º do Art. 3º da MP 677/2015 e acrescenta-se Art. 6º, renumerando-se


os demais, nos termos a seguir expostos:

Art. 3º ......
..........................................................

§ 3o Os recursos do FEN serão de titularidade das concessionárias geradoras de serviço


público, inclusive aquelas sob controle federal, que atendam ao disposto no art. 22 da Lei no
11.943, de 2009 e às concessionárias de que trata o artigo 6º desta medida provisória,
para implantação de empreendimentos de energia elétrica através de Sociedades de Propósito
Específico nas quais as concessionárias tenham participação acionária de até quarenta e nove
por cento do capital próprio das sociedades a serem constituídas.

.......................;

Art. 6º. Serão estendidas aos consumidores finais produtores de ferroligas e silício
metálico instalados em Minas Gerais, com unidades fabris conectadas ao sistema de
transmissão e distribuição de energia elétrica, independentemente de terem exercido ou não a
opção prevista nos artigos 15 e 16 da Lei nº 9.074, as condições dos contratos de que trata o
art. 22 da Lei 11.943, de 28 de maio de 2009, incluindo tarifas, preços, critérios de reajuste e
demais condições de fornecimento.

§ 1º. O contrato de que trata o caput será celebrado com concessionária de serviço público de
geração de energia a ser definida pelo Poder Concedente, sendo:

I. Preferencialmente, celebrado com a concessionária de serviço público de geração


de energia do Estado onde estão situados os empreendimentos abarcados pelo
caput, neste caso mediante a renovação dos contratos de fornecimento vigentes até
31 de dezembro de 2014, hipótese em que prevalecerão a forma, preços, montantes
contratuais de energia de 2014, critérios de reajustes e demais condições previstas
nestes contratos, devendo, todavia, ser observados os dispostos nos §§ 1º, 3º, 4º, 11,
712 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

12, 16 e 18 do art. 22 da Lei 11.943 de 2009.


II. Por qualquer outra concessionária de serviço público de geração ou distribuição de
energia a ser definida pelo Poder Concedente, em até 30 (trinta) dias após o
transcurso do prazo para exercício da opção de que trata o § 2º deste artigo.

§ 2º. Com vistas a assegurar o atendimento do contrato de que trata o inciso I, do § 1º deste
artigo, a concessionária de serviço público de geração de energia local, poderá, no prazo de 30
dias da publicação desta lei, manifestar o interesse de prorrogação da UHE São Simão nos
termos do artigo 1º da Lei 12.783, de 2013, sendo que, excepcionalmente, inicialmente, 90%
(noventa por cento) da garantia física desta usina não está sujeita à alocação de cotas de
garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº
12.783, de 2013.

§ 3º. Com vistas a assegurar o atendimento do contrato de que trata o inciso II, do § 1º deste
artigo, caso o Poder Concedente indique concessionária de serviço público de geração de
energia, esta, poderá, no prazo de 30 dias da publicação desta lei, manifestar o interesse de
prorrogação de usinas, a sua escolha, nos termos do artigo 1º da Lei 12.783, de 2013, sendo
que, excepcionalmente, percentual necessário para atender os consumidores referenciados no
caput deste artigo da garantia física destas usinas não estará sujeitas à alocação de cotas de
garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº
12.783, de 2013, da data do exercício da opção a 8 de fevereiro de 2037.

§ 4º. Aplica-se ao contrato de que trata o § 1º deste artigo o disposto no § 16 do art. 22 da Lei
11.943 de 2009, hipótese em que os referidos recursos serão de titularidade da concessionária
de serviço público a ser definida pelo Poder Concedente, ficando autorizada a sua
participação no Fundo de Energia do Nordeste.

JUSTIFICAÇÃO

Esta emenda pretende modificar a Medida Provisória 677, de 2015, de modo a estender as
condições postas a um conjunto de consumidores industriais do estado de Minas Gerais de
modo que seja mantida sua competitividade e consequentemente postos de trabalho e níveis
de arrecadação tanto para municípios como para o estado. Destaca-se que se mantém a
solução que conciliará os interesses dos consumidores industriais incluídos e consumidores
cativos, isto é, há previsão de descontratação escalonada ao longo de um período de modo que
eles possam se adaptar gradativamente a novos cenários de preços e de fornecimento de
energia, voltando a energia descontratada para o sistema de cotas.

O setor tratado é a indústria de Ferroligas e Silício Metálico que emprega mais de 80 mil
pessoas no País, dos quais mais de 50 mil no estado de Minas Gerais, sendo que em grande
parte dos municípios onde atua é responsável por mais de 40% da população economicamente
ativa. Seu desaparecimento oferece riscos graves para os pequenos municípios onde estão
instaladas. Neles, elas são a principal fonte de empregos, tributos e desenvolvimento social,
beneficiando diretamente quase meio milhão de pessoas. Nesta indústria, a energia elétrica
representa entre 40% e 65% de seus custos e está com a maior parte da sua produção
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 713

paralisada, com fim dos contratos em 31 de dezembro de 2014, correndo o risco de encerrar
definitivamente suas atividades, caso não se consiga o suprimento de energia elétrica vital
para o funcionamento das suas fábricas.

O setor é base de uma cadeia produtiva de alto valor agregado para o Brasil, é um
dos mais superavitários no ranking das exportações nacionais, e tem também papel importante
na substituição de importações. As exportações somam mais de R$ 4,5 bilhões e as
importações evitadas são R$ 2,2 bilhões.

O setor tem alta tecnologia e gera inovação, sendo detentor de 55 patentes de


invenção. A arrecadação de impostos é superior a R$ 1,4 bilhões/ano. Cabe destacar que o
setor tem características que o diferenciam como um consumidor final de energia que traz
benefícios para o sistema elétrico brasileiro, tais como a flexibilidade para desligar quando as
distribuidoras necessitarem de alocar cargas para suprir outras demandas de cunho social ou
em horários de ponta, evitando interrupções que causariam transtornos à sociedade. Tem
fatores de carga superiores a 95%, com alta estabilidade e previsibilidade de consumo.

Essas fábricas, há décadas, desenvolvem a economia do Brasil e em especial a de


Minas Gerais, responsável por mais de 70% da produção nacional de ferroligas, gerando
emprego e riqueza em municípios, que em alguns casos são as únicas empregadoras de grande
porte.

Dada sua capacidade multiplicadora de riqueza dentro de cada Estado, onde estão
outras empresas fornecedoras e clientes, respondem por um valor agregado à economia local
anual estimado em R$ 32 bilhões.

A viabilidade da manutenção dessas plantas, especialmente no Estado de Minas


Gerais, encontra-se seriamente ameaçada, sendo necessário viabilizar a sua manutenção
mediante a prorrogação dos contratos de fornecimento vigentes. A consolidação do regime
jurídico específico, diferenciado, dos consumidores industriais atendidos diretamente por
concessionárias de geração de serviço público, inclusive as sob controle federal pode
proporcionar via a emenda proposta, a continuidade dos contratos com as indústrias,
viabilizando um aumento significativo dos investimentos em energia renovável. Assim, há a
oportunidade de se criar um ciclo virtuoso. A manutenção dos contratos industriais preserva a
energia hidroelétrica que pode proporcionar adicionalmente a expansão da geração de energia
limpa e renovável, com a energia das hidroelétricas vinculadas à continuidade dos contratos
industriais, assegurando a competitividade das indústrias, e possibilitando firmar energias
renováveis como eólica e solar na matriz energética brasileira. Essa solução corresponde a
que melhor atende ao interesse público, considerando-se a necessidade de desenvolvimento
econômico-social das comunidades onde atuam e a competitividade da energia elétrica para a
indústria brasileira lá instalada.

O fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais produtores de ferroligas e


de silício metálico com unidades fabris conectadas ao sistema brasileiro de transmissão e
distribuição de energia elétrica é vital para, assegurar, preservar e expandir a sua
competitividade, principalmente no mercado internacional, ante sua relevância na geração de
trabalho, renda, tributos e diminuição das desigualdades regionais.
714 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Destaca-se, ainda, que a emenda contempla inclusão de todas as empresas produtoras


de ferroligas e de silício metálico evitando um pernicioso efeito anticoncorrencial. Isto
porque, a não inclusão de todo o segmento possibilita apenas a contratação de energia via
regime especial por determinadas empresas que não se enquadraram como consumidores
livres ou especiais ao longo do tempo, nos termos da legislação vigente do setor elétrico.

Assim, seja pela importância de fomentar a atividade industrial desenvolvida pelo setor
de ferroligas e de silício metálico, beneficiando toda uma cadeia ‘produtiva de altíssimo valor
agregado para o Brasil contribuindo diretamente para o desenvolvimento socioeconômico do
nosso País, em especial no estado de Minas Gerais, seja para manutenção do equilíbrio da
competitividade desse setor industrial, a inclusão da emenda ora apresentada se justifica de
forma plena e integral e corresponde ao que melhor atende ao interesse público.

ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 715

MPV 677
00090

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data proposição
29/ 06/ 2015 Medida Provisória nº 677, de 22/ 06/ 2015
Autor nº do prontuário
Reginaldo Lopes
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. Modificativa 4. X Aditiva 5. Substitutivo global

Página Art. Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO
Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 22 de Junho de 2015, onde couber, nova redação do Art
3º § 3º e novo artigo com a seguinte redação:

§ 3o Os recursos do FEN serão de titularidade das concessionárias geradoras de serviço público,


inclusive aquelas sob controle federal, que atendam ao disposto no art. 22 da Lei no 11.943, de 2009 e
às concessionárias de que trata o artigo 6º desta medida provisória, para implantação de
empreendimentos de energia elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais as
concessionárias tenham participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital próprio das
sociedades a serem constituídas.

Art. .... Serão estendidas aos consumidores finais de energia produtores de ferroligas e silício metálico
instalados em Minas Gerais, com unidades fabris conectadas ao sistema de transmissão e distribuição
de energia elétrica, independentemente de terem exercido ou não a opção prevista nos arts. 15 e 16 da
Lei nº 9.074, as condições dos contratos de que trata o art. 22 da Lei 11.943, de 28 de maio de 2009,
incluindo tarifas, preços, critérios de reajuste e demais condições de fornecimento, não se aplicando o
disposto no § 8º, do art. 15, da Lei 9.074/95.

§ 1º. O contrato de que trata o caput será celebrado com concessionária de serviço público de energia a
ser definida pelo governo federal, sendo:

I. Preferencialmente celebrado com a concessionária de serviço público de geração de energia do


local em que estão situados os empreendimentos abarcados pelo caput, neste caso mediante
a renovação dos contratos de fornecimento vigentes até 31 de dezembro de 2014, hipótese
em que prevalecerão as condições já convencionada nestes contratos desde que respeitem o
observado nos §§ 1º, 3º, 4º, 11, 12, 16 e 18 do art. 22 da Lei 11.943 de 2009.

II. Por qualquer outra concessionária de serviço público de geração ou distribuição de energia a
ser definida pelo governo federal, em até 30 (trinta) dias após o transcurso do prazo para
exercício da opção de que trata o § 2º deste artigo.

§ 2º. Com vistas a assegurar o atendimento do contrato de que trata o inciso I, do § 1º deste artigo, a
concessionária de serviço público de geração de energia local, poderá, no prazo de 30 dias da
publicação desta lei, manifestar o interesse de prorrogação da UHE São Simão nos termos do artigo 1º
da Lei 12.783, de 2013, sendo que, excepcionalmente, a garantia física desta usina não está sujeita à
alocação de cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da
Lei nº 12.783, de 2013, da data do exercício da opção a 8 de fevereiro de 2037.

§ 3º. Com vistas a assegurar o atendimento do contrato de que trata o inciso II, do § 1º deste artigo, caso
o governo federal indique concessionária de serviço público de geração de energia, esta, poderá, no
716 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

prazo de 30 dias da publicação desta lei, manifestar o interesse de prorrogação de usinas, a sua escolha,
nos termos do artigo 1º da Lei 12.783, de 2013, sendo que, excepcionalmente, a garantia física destas
usinas não estarão sujeitas à alocação de cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no
inciso II do § 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013, da data do exercício da opção a 8 de fevereiro de
2037.

§ 4º. Aplica-se ao contrato de que trata o § 1º deste artigo o disposto no § 16 do art. 22 da Lei 11.943 de
2009, hipótese em que os referidos recursos serão de titularidade da concessionária de serviço público a
ser definida pelo governo federal, ficando autorizada a sua participação no Fundo de Energia do
Nordeste.

JUSTIFICATIVA

As indústrias de ferroligas e de silício metálico existem há mais de 100 anos no Brasil fazem
parte de um setor estratégico para a economia do país, uma vez que é base de uma cadeia produtiva de
alto valor agregado, produzindo importantes insumos para os setores de metalurgia, siderurgia,
mecânica, elétrica, química e eletrônica, além de sua capacidade de gerar empregos e desenvolver as
regiões onde se instala.

Setor preponderantemente exportador, responde por 7% da balança comercial brasileira, sendo


o sexto segmento mais superavitário no ranking das exportações nacionais dos últimos quatro anos
aproximando se de R$4,5 bilhões em exportações. Hoje as empresas produtoras de Ferroligas e Silício
Metálico que empregam mais de 80 mil pessoas e está em sua maior parte com sua produção paralisada
ou correm o risco de encerrar suas atividades definitivamente. O que mais prejudica hoje o setor é o
suprimento de energia elétrica que é vital para estas indústrias e para os empregos por elas gerados.

Estas empresas são base de uma cadeia produtiva de alto valor agregado no Brasil e de
fundamental importância para a economia de Minas Gerias estimando se um valor de R$32 bilhões
anual para a economia local.

Viabilizar estas condições contratuais para este setor garantirá a competitividade de nossas
empresas no cenário internacional, garantido suas existências como também a manutenção dos
empregos por elas gerados e também possibilitar uma sustentação na balança comercial nacional,
fundamental para nossa economia.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 717

MPV 677
00091

EMENDA ADITIVA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677 DE 2015

Inclua-se o seguinte artigo na Medida Provisória n.º 677, de 2015:

Art. [...]o A Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, passa a vigorar com as


seguintes alterações:
“Art. 4º .............................................................................................................
...................................................................................................

§ 8º Para os efeitos da isenção prevista no art. 26, da Lei nº 9.250, de 26 de


dezembro de 1995, as bolsas concedidas aos preceptores da residência
médica e multiprofissional, e aos bolsistas de projetos de ensino, pesquisa e
extensão, realizados no âmbito dos hospitais universitários, configuram
doação, não importam contraprestação de serviços e não representam
vantagem para o doador ou pessoa interposta.

§ 9º Por não caracterizarem contraprestação de serviços, as bolsas


mencionadas no §8º não integram a base de cálculo das contribuições previstas
na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.”

§ 10º O disposto nos §§ 8º e 9º produz efeitos conforme o disposto no inciso I,


do art. 106 da Lei n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário
Nacional).”

Art. [...]º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

As Fundações de Apoio são instituições de natureza privada, criadas com a finalidade


pública de fornecer amparo na gestão e operacionalização dos projetos de ensino,
pesquisa e extensão, desenvolvidos pelas Instituições Federais de Ensino Superior
(IFES) e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT). Tal sistemática é regulada pela
Lei n.º 8.958/94, que permite a participação voluntária dos servidores das IFES e ICT
nos projetos acadêmicos mencionados.

Para tanto, a própria lei prevê a possibilidade de os servidores atuantes serem


agraciados com bolsas, que serão isentas do Imposto de Renda e da Contribuição
Previdenciária, quando concedidas exclusivamente para atividades de ensino,
pesquisa e/ou extensão, que não tragam vantagem econômica para o doador.

Contudo, a Receita Federal no Rio Grande do Sul tem interpretado as atividades


acadêmicas dos professores da residência médica e pesquisadores de medicina
como prestação de serviços médicos, somente porque estas ocorrem dentro de um
718 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

hospital universitário público, vindo a enquadrar as bolsas como remuneração comum.


Entretanto, neste contexto, o professor no hospital não está exercendo serviços
médicos, apenas realizando a orientação dos médicos residentes e pesquisas
acadêmicas e científicas, de acordo com o que a lei permite para o recebimento da
bolsa, prevista no art. 26 da Lei n.º 9.250/95 e art. 58, XXVI da Instrução Normativa da
RFB n.º 971/2009.

Também não há vantagem econômica a partir do estudo e da pesquisa realizada


pelos bolsistas que atuam em hospitais universitários públicos, tendo em vista que
sua participação está voltada integralmente para os alunos do ensino público federal,
e consequente aprimoramento da saúde pública.

Assim, para se corrigir esta distorção, sugere-se a inclusão da presente emenda, de


caráter interpretativo (“emenda de redação”), com vistas a esclarecer a isenção do
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e Contribuição Previdenciária sobre as
Bolsas de Ensino, Pesquisa e Extensão recebidas pelos preceptores da residência
médica e multiprofissional e pesquisadores que atuam nos hospitais universitários
públicos.

Em vista deste grave equívoco, a Fundação Médica do Rio Grande do Sul, fundação
que apoia o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Universidade Federal do RS,
sofreu diversas autuações, que têm onerado projetos públicos de suma importância
para o desenvolvimento científico e tecnológico da Universidade Federal, bem como
da saúde pública, pois os projetos de residência médica e multiprofissional, de
extensão e as pesquisas realizadas no mencionado hospital são voltados
integralmente para os pacientes do SUS.

A equivocada oneração tributária majora as bolsas em 44% (sem contar as multas e


juros incidentes sobre as autuações), e este custo é dispendido integralmente pelo
Ministério da Educação, que deixa de investir em outras práticas acadêmicas
necessárias para o SUS, para arcar com a tributação indevida das ditas bolsas.

Importante ressaltar que a presente sugestão está de acordo com entendimentos já


manifestados pelo Tribunal de Contas da União e pelo Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, e que tal alteração não isentará a bolsa recebida pelo médico
residente da contribuição previdenciária devida, conforme Lei 6.932/81.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 719

MPV 677
00092

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco a participar do Fundo de Energia do Nordeste, com
o objetivo de prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei nº
11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de
março de 2004.

EMENDA ADITIVA No

Incluir onde couber:

“Os recursos do FEN devem ser depositados e administrados pelo


Banco do Nordeste do Brasil – BNB”.

JUSTIFICAÇÃO

O Fundo de Energia do Nordeste – FEN foi lançado via Medida Provisória - MP 677
com objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos de energia
elétrica. A região Nordeste receberá no mínimo 50% dos recursos do Fundo, que será criado e
administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente -
conforme artigo 2º da Medida Provisória.

Como se tratam de recursos oficiais, voltados, preferencialmente para a região


Nordeste e embasada na defesa da necessidade de recorte regional em todas as políticas
públicas, inclusive as de âmbito nacional, entendemos que os recursos do FEN devem ser
depositados e administrados pelo Banco do Nordeste do Brasil, instituição não apenas
financeira, mas desenvolvimentista, com conhecimento profundo sobre as especificidades da
sua área de atuação e com corpo técnico com expertise no assunto.

Sala das Comissões, de junho de 2015

Deputada GORETE PEREIRA


720 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
SENADO FEDERAL 00093
Gabinete do Senador ROMERO JUCÁ

EMENDA Nº – CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acresça-se, onde couber, no Projeto de Lei de Conversão (PLV)


da Medida Provisória (MPV) nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

Art. ___ O art. 22 da Lei nº 11.943, de 2009, constante no art. 5º


da Medida Provisória nº 667, de 2015, passa a vigorar acrescido da seguinte
redação:

Art. 22 ...........................................................................

........................................

Ҥ 19. Os consumidores enquadrados nos arts. 15 e 16 da


Lei nº 9.074, de 1995, com carga instalada de no mínimo
20 MW (vinte megawatts), poderão participar como
compradores dos leilões regulados, de que trata o art. 2º
da Lei nº 10.848, de 2004, conforme regulamento que
deverá dispor sobre garantias e condições de qualificação
econômico-financeira dos compradores.”

JUSTIFICAÇÃO

A emenda objetiva ampliar a liquidez do mercado de energia no


País utilizando consumidores qualificados de energia elétrica, que necessitam
deste importante fator de produção, para assegurar sua competitividade em
um ambiente industrial de competição global. Cabe destacar que o Parágrafo
proposto remete ao regulamento setorial e consequentemente aos editais dos
leilões de energia elétrica, as condições sobre as garantias e qualificação
econômica e financeira por parte dos compradores, que certamente observarão
as exigências que assegurem a financiabilidade dos projetos de geração de
energia elétrica, notadamente os hidroelétricos.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 721

SENADO FEDERAL
Gabinete do Senador ROMERO JUCÁ

Adicionalmente, especificamente com relação a moderna


indústria de base do Nordeste, cabe destacar que antes da edição da Medida
Provisória nº 677, de 2015, esses consumidores adquiriam mais de 860 MW
de potência e cerca de 800 MW médios de energia da CHESF, passando a
contratar, por meio do aditamento estabelecido pela citada Medida Provisória,
um volume de potência e energia cerca de 30% inferior aos valores
anteriormente contratados. Assim, buscando preservar a competitividade da
indústria nordestina pioneira é imprescindível possibilitar o acesso desses
consumidores, devidamente qualificados sob o ponto de vista econômico e
financeiro, aos leilões regulados, em conjunto com as concessionárias de
distribuição.
O texto publicado do § 18 contém grave vício jurídico pois
conflita com o “caput” do respectivo artigo. Com efeito, o “caput” do art. 22
se refere aos “...consumidores finais ... que tenham atendido o disposto no art.
3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002...”. Por seu turno, o art. 3º da
Lei nº 10.604, de 2002, trata dos “...consumidores de energia elétrica ... que
não exercerem a opção prevista nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de
julho de 1995...”, ou seja, dos consumidores que preferiram continuar
“cativos”. Ora, de acordo com os arts. 10, incisos I e II, e 11, inciso III, alínea
“c”, da Lei Complementar nº 95, de 1998, que dispõe, dentre outras matérias,
sobre os critérios de elaboração das leis, o parágrafo é um desdobramento do
respectivo artigo, devendo expressar “... aspectos complementares à norma
enunciada no caput do artigo...”, logo, não pode um parágrafo contradizer o
“caput” do artigo. Desse modo, não pode o § 18 do art. 22 pretender impor a
migração desses consumidores para o mercado livre, na medida em que o
“caput” do art. 22 delimita sua aplicação a consumidores que não tenham
exercido opção por esse mercado.

Sala da Comissão,

Senador ROMERO JUCÁ


722 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
SENADO FEDERAL 00094
Gabinete do Senador ROMERO JUCÁ

EMENDA Nº – CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Suprima-se o § 18 do art. 22 da Lei nº 11.943, de 2009, alterada


pelo art. 5º da Medida Provisória (MPV) nº 677, de 2015.

JUSTIFICAÇÃO

O texto publicado do § 18 contém grave vício jurídico pois


conflita com o “caput” do respectivo artigo. Com efeito, o “caput” do art. 22
se refere aos “...consumidores finais ... que tenham atendido o disposto no art.
3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002...”. Por seu turno, o art. 3º da
Lei nº 10.604, de 2002, trata dos “...consumidores de energia elétrica ... que
não exercerem a opção prevista nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de
julho de 1995...”, ou seja, dos consumidores que preferiram continuar
“cativos”. Ora, de acordo com os arts. 10, incisos I e II, e 11, inciso III, alínea
“c”, da Lei Complementar nº 95, de 1998, que dispõe, dentre outras matérias,
sobre os critérios de elaboração das leis, o parágrafo é um desdobramento do
respectivo artigo, devendo expressar “... aspectos complementares à norma
enunciada no caput do artigo...”, logo, não pode um parágrafo contradizer o
“caput” do artigo. Desse modo, não pode o § 18 do art. 22 pretender impor a
migração desses consumidores para o mercado livre, na medida em que o
“caput” do art. 22 delimita sua aplicação a consumidores que não tenham
exercido opção por esse mercado.

Sala da Comissão,

Senador ROMERO JUCÁ


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 723

MPV 677
SENADO FEDERAL 00095
Gabinete do Senador ROMERO JUCÁ

EMENDA Nº – CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Inclua-se, onde couber, no Projeto de Lei de Conversão (PLV) da


Medida Provisória (MPV) nº 677, de 2015, o seguinte artigo:

Art. ___ O § 14 do art. 22 da Lei nº 11.943, de 2009, alterado


pelo art. 5º da Medida Provisória nº 667, de 2015, passa a vigorar com a
seguinte redação:
“§ 14. A energia livre mensal será aquela que
ultrapassar os seguintes referenciais de energia
contratada a cada ano:
I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à
reserva de potência contratada neste segmento
considerando o fator de carga unitário; e
II - para o segmento de ponta, a energia associada ao
maior valor entre:
a) a reserva de potência contratada neste segmento
considerando o fator de carga unitário; e
b) noventa por cento da reserva de potência contratada
no segmento fora de ponta.”

JUSTIFICAÇÃO

Especificar no início do parágrafo que se trata da energia livre


mensal, com vistas a ensejar o devido tratamento técnico, face às normas da
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

Sala da Comissão,

Senador ROMERO JUCÁ


724 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00096 ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA
25/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, de 2015.

AUTOR Nº PRONTUÁRIO
DEPUTADO POMPEO DE MATTOS – PDT

TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTITUTIVA 3 ( ) MODIFICATIVA 4 (X ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO
GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

Dê-se a seguinte redação ao artigo 8º da Lei n. 9.250, de 26 de dezembro de 1995:

O art. 8º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 8º .........................................................................

II - .................................................................................

b) ...................................................................................

9. R$ 3.375,83 (três mil, trezentos e setenta e cinco reais e oitenta e três centavos) para o ano-calendário de 2014;

10. R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), a partir do ano-calendário de 2015;

11. valor mínimo a ser calculado pela aplicação de percentual sobre a média de gastos do governo com educação, por
estudante, apurada pelo Instituto de Geografia e Estatística – IBGE com base no montante empenhado no exercício
anterior.

Percentual a ser aplicado sobre a média de gastos com educação, a partir do Ano-Calendário de:

Percentual a ser aplicado sobre a média


A partir do Ano-Calendário de:
de gastos com educação:
2016 60%
2017 70%
2018 80%
2019 90%
2020 100%
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 725

JUSTIFICAÇÃO

Estima-se que o gasto público em educação por aluno no Brasil representa um terço do valor que é investido, em
média, quando comparado com as nações mais desenvolvidas do mundo. Enquanto tal investimento anual no país
gira em torno de R$ 9 mil por estudante, em nações mais desenvolvidas chegam a patamar superior a R$ 27 mil.

O quadro de disparidade no investimento em educação pública no Brasil tem forte relação com a baixa qualidade
do ensino ofertado no País. A educação entrou no radar principalmente das famílias que aumentaram sua renda e
que, pela primeira vez, passaram a ter a chance de buscar mais qualidade de ensino e a apostar em mais anos de
estudo.

Porém, manter o filho na escola ou na faculdade particular ainda é um desafio para as famílias. Pressionadas pelos
aumentos dos custos com mensalidades, despesas com outros itens de consumo e com financiamentos, as famílias de
classe média (aí incluída a “nova” classe média) estão tendo mais dificuldade para manter os gastos com educação
no orçamento.

A alteração da Lei n. 9.250, de 26 de dezembro de 1995 proposta, visa corrigir os valores dedutíveis com gastos em
educação no percentual ínfimo de apenas 5,5%. Em nosso entendimento, se a Constituição diz que é dever do
Estado promover e incentivar a educação seria incompatível vedar ou restringir a dedução de despesas para efeito
do imposto de renda.

Todavia, numa linha de maior prudência fiscal, acreditamos ser perfeitamente possível escalonarmos aumentos do
valor passível de dedução com gastos em educação de forma gradativa, até atingirmos, em 2020, 100% da média de
gastos do governo, por estudante, calculada com base no exercício anterior. No ano-calendário 2015, já
iniciaríamos com o valor de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), equivalente a 50% do gasto público anual
estimado por estudante.

Esta a razão pela qual apresentamos a presente emenda.

ASSINATURA

Brasília, 26 de junho de 2015.


726 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00097 ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA
25/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, de 2015.

AUTOR Nº PRONTUÁRIO
DEPUTADO POMPEO DE MATTOS – PDT

TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTITUTIVA 3 ( ) MODIFICATIVA 4 (X ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO
GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

Inclua-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, onde couber o seguinte artigo:

“Art. Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) os produtos classificados nas posições
9302.00.00, 9303, 9304.00.00 e 93.06 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados –
TIPI, aprovada pelo Decreto 6.006, de 29 de dezembro de 2006, quando adquiridos diretamente na indústria,
para uso pessoal, dos integrantes das Forças Armadas e dos órgãos mencionados no art. 144 da Constituição
Federal.”

Justificativa

A legislação atual apena isenta de IPI os produtos comercializados diretamente às Forças Armadas e órgão de
segurança pública, mas a venda a seus integrantes não contempla mencionado benefício.

Policiais estão em permanente serviço, mesmo fora de seu horário de trabalho, e expostos aos mesmos riscos
existentes durante a jornada de trabalho. Em muitos casos, os riscos são ainda agravados, como demonstra o
Relatório 15 anos da Ouvidoria da Polícia de São Paulo.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 727

Segundo o estudo, os policiais são vitimados majoritariamente quando estão fora de serviço: 71,4% dos
policiais militares e 63,1% dos policiais civis morreram em ocorrências fora da escala de serviço.
Considerando o período de 2001-2009, observa-se que o risco de os policiais militares morrerem fora de
serviço é 2,5 vezes superior ao de morrer durante o serviço.

Atualmente no Brasil, um policial é assassinado a cada 32 horas no Brasil, conforme levantamento feito pela
Folha de São Paulo nas secretarias estaduais de Segurança Pública.

Conforme a reportagem, os dados oficiais apontam que ao menos 229 policiais civis e militares foram mortos
neste ano no país, sendo que a maioria deles, 183 (79%), estava de folga.

Mesmo diante dos riscos a que estão constantemente expostos, estes profissionais, muitas vezes, não recebem
da respectiva instituição o treinamento adequado e suficiente, tendo de arcar, por conta própria, com o devido
aprimoramento, o que geralmente é inviabilizado por conta da alta carga tributária incidente a estes
produtos.

Desta maneira, assim como ocorrem com os órgãos de segurança pública, é primordial conceder a seus
integrantes o referido benefício fiscal.

ASSINATURA

Brasília, 25 de junho de 2015.


728 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00098 ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA
25/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, de 2015.

AUTOR Nº PRONTUÁRIO
DEPUTADO POMPEO DE MATTOS – PDT

TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTITUTIVA 3 ( ) MODIFICATIVA 4 (X ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO
GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

Incluam-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, onde couber o seguinte artigo:

Art. Os arts. 54, 55 e 244 da Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro, passam a
vigorar com a seguinte redação:

“Art. 54. ..................................................................................

I - utilizando capacete de segurança, com prazo de validade não superior a 3 (três) anos, com viseira ou óculos
protetores;

...........................................................................................................(NR)

“Art. 55. ..........................................................................................

I - utilizando capacete de segurança, com prazo de validade não superior a 3 (três) anos;”

........................................................... (NR)

“Art. 244. ........................................................................................

I - sem usar capacete de segurança, dentro do prazo de validade, com viseira ou óculos de proteção e vestuário
de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;

..............................................................................................” (NR)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 729

JUSTIFICATIVA

Se o risco de morrer em uma colisão de automóvel já é significativo, a depender das circunstâncias do


acidente, sobre uma motocicleta essas chances são 20 vezes maiores. Esse número sobe para 60 vezes se a
pessoa não estiver usando o capacete, ou este estiver fora das especificações e cuidados recomendados pelo
fabricante.

Embora obrigatório o uso, a legislação em vigor não fixa um prazo de validade para os capacetes. No entanto,
este equipamento de segurança deve ser trocado regularmente. O principal motivo da substituição do capacete
após três anos, desde que não tenha sofrido nenhuma queda, não está relacionado à perda de suas
características protetivas, e sim à diminuição da altura das espumas, que formam a forração interna do
capacete. O achatamento faz com que o capacete fique folgado na cabeça do usuário, girando em todos os
sentidos e prejudicando, assim, a sua segurança.

No caso dos capacetes importados, em função da formulação diferenciada das espumas, estas se transformam
em pequenos pedaços, como flocos, causando o mesmo efeito comentado no parágrafo anterior após período
curto de uso.

Ainda, pela falta de informação, os capacetes na maioria dos casos não são trocados após as quedas, o que leva
uma enorme quantidade de usuários a terem uma da falsa sensação de segurança, fazendo uso de capacetes
que embora esteticamente não demonstrem, já não suportam os impactos para os quais foram concebidos.
Assim, o estabelecimento de um prazo de validade supriria esta deficiência, fazendo esta parcela de usuários
repor este dispositivo de segurança, reduzindo o número de vítimas em acidentes.

POMPEO DE MATTOS

Brasília, 25 de junho de 2015.


730 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00099 ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

DATA
25/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, de 2015.

AUTOR Nº PRONTUÁRIO
DEPUTADO POMPEO DE MATTOS – PDT

TIPO
1 ( ) SUPRESSIVA 2 ( ) SUBSTITUTIVA 3 ( ) MODIFICATIVA 4 (X ) ADITIVA 5 ( ) SUBSTITUTIVO
GLOBAL

PÁGINA ARTIGO PARÁGRAFO INCISO ALÍNEA

Incluam-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, onde couber o seguinte artigo:

Art. Os arts. 4º e 5º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º .......................................................................

§ 1º O Sinarm concederá licença de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente
estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta licença.

..................................................................................

§ 5º A comercialização de armas de fogo, acessórios e munições entre pessoas físicas somente será efetivada
mediante licença do Sinarm.

§ 6º A expedição da licença a que se refere o § 1º será concedida, ou recusada com a devida fundamentação, no
prazo de

“Art. 5º .......................................................................

§ 1º O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será precedido de licença
do Sinarm.”
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 731

JUSTIFICATIVA

A Lei 10.826/2003 estabelece que mediante o cumprimento das exigências por ela estabelecidas, o Sinarm
concederá autorização para a compra de arma de fogo.

Embora a posse de arma de fogo seja um direito, ratificado nas urnas no Referendo de 2005, onde cerca de 60
milhões de brasileiros disseram “não” à proibição do comércio de armas e munições, as autoridades
responsáveis pela expedição do registro, mesmo após o cumprimento de todas as exigências, têm negado este
direito com a justificativa de que por tratar-se de uma autorização, é ato discricionário que pode ser negado a
qualquer momento mediante juízo de conveniência.

Assim, se a autoridade competente, por convicções pessoais ou por influência de ONGs desarmamentistas, não
quiser conceder o registro de arma de fogo, pode simplesmente negá-lo.

Desta maneira, para que não ocorra esta situação, é necessário que a Lei, ao invés de estabelecer que a
concessão de registro é uma autorização, deve tratá-la como licença, para que uma vez preenchido os
requisitos legais, este direito seja concedido.

A licença é o ato vinculado, unilateral, pelo qual a Administração faculta a alguém o exercício de uma
atividade, uma vez demonstrado pelo interessado o preenchimento dos requisitos legais exigidos.

Assim, o certificado de registro de arma de fogo deve ser concedido pela Polícia Federal, se preenchidos os
requisitos elencados na Lei 10.826/2003.

POMPEO DE MATTOS

Brasília, 25 de junho de 2015.


732 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00100

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
data proposição
29/06/2015 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015
autor nº do prontuário
Deputado MENDES THAME (PSDB/SP) 519
1 Supressiva 2. substitutiva 3. modificativa 4. aditiva 5. Substitutivo global

Parágrafo Inciso Alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Dê-se a seguinte redação à ementa e aos artigos 1º, 2º e 5º da Medida


Provisória 677, de 2015:

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do


São Francisco e a CESP – Companhia
Energética de São Paulo, a
participarem do Fundo de Energia
Nacional, com o objetivo de prover
recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica,
e altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio
de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de
março de 2004.

Art. 1º Ficam a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf e a CESP –


Companhia Energética de São Paulo, autorizadas a participar do Fundo de Energia
Nacional - FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de
empreendimentos de energia elétrica, conforme regulamento.
Art. 2º O Fundo de Energia Nacional – FEN será criado e administrado por
instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.
Art. 3º ..............................................................................................
§ 1º ..................................................................................................
I - no mínimo, cinquenta por cento na Região de origem dos recursos aportados
ao Fundo; e
II - até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde que em fontes
com preços inferiores aos praticados na Região de origem.
.................................................................................................................
Art. 5º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 733

concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal


ou estadual, com consumidores finais, com unidades fabris em operação conectadas
à Rede Básica ou Demais Instalações de Transmissão de energia elétrica com
tensões iguais ou superiores a 138 kV (cento e trinta e oito quilovolts), que vigoraram
até 31 de dezembro de 2012 e aqueles vigentes na data de publicação desta Lei, e
que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de
dezembro de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a partir de 1º
de julho de 2015, desde que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e
mantidas as demais condições contratuais.
§ 2º ......................................................................................................
I - .........................................................................................................
II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física das usinas abrangidas por
esta Lei, nos centros de gravidade de seus respectivos submercados, deduzidas as
perdas elétricas e o consumo interno.
§ 4º ...................................................................................................
II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de
sua vigência, no período compreendido entre o termo final do contrato de concessão
e 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 12.
§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão das usinas de que trata o inciso
II do § 2º será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de
antecipação previsto no art. 12 da Lei nº 12.783, de 2013.
§ 6º A garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º não está sujeita à
alocação de cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do
§ 1º do art. 1º da Lei nº 12.783, de 2013, no período compreendido entre o termo final
do contrato de concessão e 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 4º.

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado,
considerada a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a
data de sua última atualização até 30 de junho de 2015.
§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º
será majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.
§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado
anualmente em 1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:
I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
- IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente
aos doze meses anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e
II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes
à data de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita
na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas
do Tesouro Nacional Série B - NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a
substituí-los, conforme dispuser o regulamento.
............................................................................................................
§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer,
aditar total ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela
rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de
734 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

energia dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.
§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme
definido no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos
dos § 7º e § 8º serão objeto das seguintes condições:
I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de
doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de
1º de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015;
II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de
ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará,
exclusivamente, no período de 1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para
compensação do adicional de que trata o inciso I;
III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021,
inclusive, serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos
com aplicação do disposto no inciso II; e
IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda
serão calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º,
acrescidos dos reajustes anuais.
...........................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput


aportarão, no Fundo de Energia Nacional - FEN, a receita dos contratos, deduzidos
os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva
Global de Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a
Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, no
valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos do art. 1º, §
1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes
montantes de energia, observado o disposto no § 3º:
I - ........................................................................................
II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º nos
centros de gravidade de seus respectivos submercados, deduzidas as perdas
elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:
............................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A exposição de motivos 19/2015 – MME declara expressamente que a solução


proposta para os consumidores industriais atendidos pela Chesf não seria
implementada “em detrimento dos demais” consumidores de energia.

Essa declaração, mais do que mero princípio, é na verdade condição de


constitucionalidade e validade da própria solução proposta pela Medida Provisória.
Isso porque, caso prejudique outros consumidores de energia da Chesf, do
Nordeste ou das demais regiões do país, a MP terá criado uma distinção entre
semelhantes, em clara ofensa ao princípio da isonomia protegido pelo artigo 5º da
Constituição Federal.

Contudo, apesar da preocupação declarada na Exposição de Motivos sobre a


isonomia entre os consumidores, em seu formato atual, a MP instaura tratamento
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 735

diferenciado, sem justificativa, entre consumidores atendidos pela CHESF e


consumidores industriais que possuíam contratos celebrados com concessionárias
de geração de energia elétrica, sob o regime de serviço público.

Tal como os consumidores industriais atendidos pela CHESF e atualmente


beneficiados pela nova MP, há outros consumidores, como os da CESP, cujos
contratos de aquisição de energia elétrica foram celebrados antes da criação do
novo modelo de cotas pela MP 579/2012, que restringiu a oferta de energia elétrica
disponível para venda a consumidores nesse segmento de mercado.

Em especial, consumidores industriais da região Sul e Sudeste também estão


sofrendo os efeitos das adversidades atuais da economia, agravando o risco de
perda de empregos e competitividade industrial, exatos motivos que levaram à
edição da MP ora em discussão, que se reforça com a emenda aqui proposta.

Dessa forma, para atender ao requisito constitucional de tratamento isonômico


entre geradores e consumidores em situações semelhantes, propomos a emenda
anexa, estendendo o benefício a esses consumidores em questão.

PARLAMENTAR
736 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00101

EMENDA
Art. X. O artigo 26 da lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, passa a vigorar
com a seguinte redação:

“Art. 26 .........................................

...............................................................................

§ 4o A participação no empreendimento de que trata o § 1o será calculada


como o menor valor entre:

I - a proporção das ações com direito a voto detidas pelos acionistas da


sociedade de propósito específico outorgada; e

II - o produto da proporção das ações com direito a voto detidas pelos


acionistas da sociedade diretamente participante da sociedade de propósito
específico outorgada pela proporção estabelecida no inciso I.”

JUSTIFICAÇÃO

O artigo 26 da lei nº 11.488, de 2007, ao equiparar a autoprodutor de energia elétrica


o consumidor participante de sociedade de propósito específico (SPE), permitiu o
desenvolvimento de projetos de geração própria utilizando o modelo de Project
Finance, estruturação financeira mais apropriada à execução de empreendimentos de
infraestrutura.

No entanto, a legislação – ao não especificar o tipo de participação que deveria ser


considerada quando da análise dos limites para equiparação – acabou causando efeito
colateral sobre a estrutura de negócios dos empreendimentos de autoprodução,
impedindo o desenvolvimento de modelos financeiros já consagrados e trazendo
desvantagens para a indústria autoprodutora nacional.

A legislação acabou impossibilitando o autoprodutor de utilizar o mercado de ações


para a captação de recursos, prática comum no ambiente empresarial, uma vez que
eventual emissão de ações acabaria diluindo a participação do autoprodutor no capital
social da companhia, reduzindo, consequentemente, sua parcela de geração própria.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 737

Dessa forma, a presente emenda pretende corrigir essa prejudicial e indesejada


consequência advinda da lei nº 11.488/2007, sem perder de vista os objetivos e
anseios do legislador, que buscou estimular e dar isonomia aos agentes de
autoprodução no país.

A proposta determina que a energia de autoprodução, gerada em SPE, seja alocada


proporcionalmente às ações com direito a voto da sociedade, o que permite a
captação de recursos privados de longo prazo por meio da emissão de ações sem
direito a voto.

O mecanismo – bastante difundido no mercado financeiro – já é utilizado por outros


agentes do setor elétrico nacional e busca incentivar o investimento de longo prazo do
país, viabilizando a capitalização e alavancagem da infraestrutura nacional, redução da
dependência por recursos públicos, ampliação da participação de investidores privados
e qualificados em projetos estruturantes, alivio das contas públicas e competitividade
para a indústria nacional.

Por fim, vale destacar que no cenário atual de aumento da concorrência em nível
global, elevação dos preços e tarifas de energia elétrica, necessidade de garantia de
suprimento e preocupação com o meio ambiente, a autoprodução de energia surge
como fator fundamental de competitividade da indústria nacional. O investimento em
geração própria permite que a indústria detenha maior controle sobre um de seus
principais insumos – a energia elétrica – garantindo, assim, previsibilidade de custos,
segurança de suprimento e balizamento dos preços na sua geração.

A proposta corrige distorções do passado e cria condições mais vantajosas para o setor
elétrico e para a indústria nacional, contribuindo para maior desenvolvimento
econômico e social do Brasil.

Senador Paulo Rocha


(PT - PA)
738 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00102

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data
Medida Provisória nº 677/2015
26/06/2015

Autor Nº do Prontuário
Deputado João Daniel (PT-SE)
1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _X_Aditiva 5. __Substitutivo Global

Página Artigo Parágrafo Inciso Alínea

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se à Medida Provisória,


onde couberem, os seguintes artigos:

Art. X. Fica autorizada a remissão das dívidas oriundas de


crédito rural, contratadas entre os anos de 1998 e 2014, de valor originalmente
contratado até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), por agricultores
familiares inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
– PRONAF, no Programa de Reestruturação de Dívida Rural – PESA, no Fundo de
Amparo ao Trabalhador – FAT, no Fundo Nacional de Desenvolvimento do Nordeste
– FNE e no Programa de Aquisição Direta – PROCERA com débitos junto a UNIÃO
com débitos no Banco do Brasil e Banco do Nordeste, cujo empreendimento esteja
localizado na área da SUDENE.
Parágrafo Único. A remissão de que trata este artigo não
importará a devolução de valores aos beneficiários.
Art. XX. Fica autorizada a renegociação das dívidas oriundas
de crédito rural, contratadas entre os anos de 1998 e 2014, por pessoas físicas e
jurídicas de direito privado, cujo empreendimento esteja instalado ou em instalação
nos municípios na área da SUDENE.

JUSTIFICAÇÃO

A presente emenda visa recuperar a capacidade de


pagamento dos agricultores familiares de municípios do semiárido brasileiro que
sofrem com os efeitos da mais cruel estiagem dos últimos trinta anos.
Diante desse gravíssimo quadro, o plantio e colheita foram
comprometidos, tirando qualquer condição que as entidades e associações
pudessem saldar suas dívidas, piorando ainda mais, a situação de extrema
vulnerabilidade social. A seca destruiu as pastagens, dizimando os rebanhos e
aumentando ainda mais os prejuízos dos produtores rurais, uma vez esses
produtores contraíram empréstimos para custear a compra de ração.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 739

Os agricultores dos municípios do semiárido brasileiro clamam


por uma medida minimize esse quadro, pois nessa situação eles estão
impossibilitados contrair novos empréstimos para produzir, ter seus nomes incluídos
em cadastros de inadimplentes e ainda com a possibilidade de perder os seus
imóveis.
A seca definha a lavoura, o rebanho e a população que com
redução dos investimentos nas atividades econômicas, reduzindo a renda de
produtores rurais fazendo com que os produtores não consigam pagar suas dívidas.
Sendo assim, essa medida é necessária para se garantir a continuidade das
atividades econômicas de milhares de agricultores familiares, atingidos pela
estiagem.
A remissão das dívidas dos pequenos e médios agricultores e
pecuaristas familiares inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar – PRONAF, no Programa de Reestruturação de Dívida Rural –
PESA, no Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, no Fundo Nacional de
Desenvolvimento do Nordeste – FNE e no Programa de Aquisição Direta –
PROCERA com débitos junto a UNIÃO com débitos no Banco do Brasil e Banco do
Nordeste fará justiça a esses agricultores uma vez que sua capacidade produtiva foi
comprometida pelos efeitos da seca, comprometendo o pagamento das dívidas
contraídas anteriormente.
A referida remissão terá um impacto pouco significativo no
orçamento da União, uma vez que os agricultores do semiárido brasileiro terão a
possibilidade de recomeçar seus plantios e demais atividades.
Portanto é necessária a declaração da remissão por meio da
presente emenda à Medida Provisória 677 de 2015, a fim de diminuir os problemas
causados pelo mais longo e cruel período de estiagem.
Diante do exposto contamos com o apoio das Senhoras e
Senhores Deputados para aprovação da presente emenda.

PARLAMENTAR

Deputado JOÃO DANIEL


PT/SE
740 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00103

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:


"Art.xx. O art. 10º da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, passa a
vigorar com as seguintes alterações:

'Art. 10A. O empresário ou sociedade empresária que pleitear ou tiver


deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos
arts. 51, 52 e 70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, poderão
parcelar seus débitos com a União, inclusive os constituídos
posteriormente ao processamento da recuperação judicial, em cento e
vinte parcelas mensais e consecutivas,
calculadas observando-se os seguintes percentuais mínimos, aplicados
sobre o valor da dívida consolidada:

I da 1a (primeira) à 24a (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco


décimos por cento);

II da 25a (vigésima quinta) à 48a (quadragésima oitava) prestação: 0,7%


(sete décimos por cento) ;

III da 49a (quadragésima nona) à 119a (centésima décima nona)


prestação: 1% (um por cento); e

IV 120a (centésima vigésima) prestação: saldo devedor remanescente.

........................................................................... ' (NR)

Art.xx. O empresário ou sociedade empresária que pleitear ou tiver


deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos arts. 51, 52 e
70 da Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, que tenham protocolizado
tempestivamente requerimento de adesão ao benefício previsto no art. 2º da Lei
nº 12.996, de 18 de junho de 2014, e que tenham sido excluídos do referido
programa pelo inadimplemento das antecipações exigidas no § 2º do art. 2º
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 741

da mesma Lei poderão utilizar-se dos prejuízos fiscais e base de cálculo


negativa para pagamento destes valores, sem prejuízo da sua utilização para
quitação antecipada.

Parágrafo único. O pagamento das antecipações previstas no § 2º do art.


2º da Lei nº 12.996, de 18 de junho de 2014, nos termos do caput , restabelece a
adesão ao parcelamento respectivo .

Art. 17. Aplica-se também às sociedades empresárias que pleitearem ou


tiverem deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos arts.
51, 52 e 70 da Lei nº 11. 101 de 9 de fevereiro de 2005, até o trânsito em
julgado da sentença disposta no art. 63 da referida Lei."

JUSTIFICAÇÃO

Estamos apresentando essa emenda para tornar mais


favorável ao empresário em recuperação judicial o parcelamento de dívidas com
a Fazenda Nacional. Essa modificação segue a linha de entendimento já referida
anteriormente, de garantir condições mais favoráveis de retorno à atividade
econômica às empresas em recuperação judicial. Enfocamos que os beneficiários
dessa proposta extrapolam a sociedade empresária que venha a aderir ao
parcelamento. Usufruirão da medida os trabalhadores, que verão seus empregos
mantidos, e a própria Fazenda Nacional, que potencializará sua arrecadação,
uma vez que haverá melhores condições de a empresa se manter ativa e
contribuinte.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


742 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00104

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:


"Art xx O art. 10-A da Lei n° 10.522, de 19 de julho de
2002, passa a vigorar com a seguinte redação:

‘Art. 10-A. O empresário ou sociedade empresária


que pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial,
nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro
de 2005, poderão parcelar seus débitos com a União, inclusive os
constituídos posteriormente ao processamento da recuperação judicial,
em cento e vinte parcelas mensais e consecutivas, calculadas
observando-se os seguintes percentuais mínimos, aplicados sobre o
valor da dívida consolidada:
I – da 1a (primeira) à 24a (vigésima quarta) prestação:
0,5% (cinco décimos por cento);
II – da 25a (vigésima quinta) à 48a (quadragésima
oitava) prestação: 0,7% (sete décimos por cento);
III – da 49a (quadragésima nona) à 119a (centésima
décima nona) prestação: 1% (um por cento); e
IV – 120a (centésima vigésima) prestação: saldo
devedor remanescente .
....................................................................................... '(NR)"
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 743

"Art. xx O empresário ou sociedade empresária que


pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos
termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro de
2005, que tenham protocolizado tempestivamente requerimento de
adesão ao benefício previsto no art. 2° da Lei n° 12.996, de 18 de
junho de 2014, e que tenham sido excluídos do referido programa
pelo inadimplemento das antecipações exigidas no § 2° do art. 2° da
mesma Lei, poderão utilizar-se dos prejuízos fiscais e base de cálculo
negativa para pagamento destes valores, sem prejuízo da sua utilização
para quitação antecipada.

Parágrafo único. O pagamento das antecipações previstas no


§ 2° do art. 2° da Lei n° 12.996, de 18 de junho de 2014, nos termos
do caput, restabelece a adesão ao parcelamento respectivo."

JUSTIFICATIVA
Esta emenda resgata texto já aprovado pelo Congresso Nacional,
mas que restou vetado pela Presidência da República. Trata-se de emenda
que favorece o parcelamento de dívidas com a Fazenda Nacional por
empresário ou sociedade empresária que pleitear ou tiver deferido o
processamento da recuperação judicial.

As condições que apresentamos são mais propícias à


recuperação das empresas do que as atualmente em vigor, de sorte a permitir
que se reestruturem e mantenham sua atividade produtiva. Com isso,
entendemos que os beneficiários dessa proposta extrapolam a pessoa do
empresário ou da sociedade empresária que venha a aderir ao parcelamento,
pois a medida beneficia também os trabalhadores, que verão seus empregos
mantidos, e a própria Fazenda Nacional, que potencializará sua arrecadação,
uma vez que haverá melhores condições de a empresa se manter ativa e
contribuinte.
Propomos, ainda, a previsão de que o empresário ou a
sociedade empresária que tiver pleiteado ou deferido o processamento da
recuperação judicial e que tenha efetuado pedido de parcelamento,
tempestivamente, no âmbito do Refis, possa, caso tenha sido excluído por
744 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

falta de pagamento das antecipações exigidas pela lei, utilizar prejuízo fiscal
e base de cálculo negativa para pagamento das referidas antecipações. Esse
pagamento restabeleceria a adesão ao parcelamento, medida que beneficiaria
as empresas e o Fisco, que receberia os recursos no âmbito do referido
programa de parcelamento.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 745

MPV 677
00105

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS

26/06/2015 Medida Provisória nº 677 de 2015

Autor nº do prontuário

Deputado MANOEL JUNIOR– PMDB/PB

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

“Art. X. Não se aplicam os limites constantes dos artigos 15 e 16 da Lei nº


9.065, de 20 de junho de 1995 às sociedades empresárias que pleitearem
ou tiverem deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos
dos arts. 51, 52, 70 da Lei nº 11.101 de 9 de fevereiro de 2005 até o trânsito
em julgado da sentença disposta no artigo 63 da referida Lei” (NR)”

JUSTIFICAÇÃO

Propomos emenda que possibilite às sociedades empresárias que


pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial, nos
termos da Lei nº. 11.101, de 9 de fevereiro de 1995, a utilização de prejuízo fiscal e
base negativa de CSLL sem quaisquer limitações até a decretação de sentença de
encerramento desse processo.
Referida Lei regula a recuperação judicial e tratou de conceituar em
apenas um artigo a essência desse Instituto. Nesse sentido, o objetivo da recuperação
judicial é "viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do
devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos
trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da
empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica".
A legislação em vigor classifica e traz em seu bojo um conjunto
exemplificativo de elementos denominado meios de recuperação judicial.
Destacamos especialmente os meios que dispõem acerca de condições especiais
de pagamento de obrigações vencidas bem como a venda parcial de bens, presentes
indiscutivelmente na quase totalidade das recuperações.
Nesse contexto é que o plano de recuperação apresentado pelo
devedor e aprovado nos parâmetros legais traz invariavelmente a concessão
de descontos ("perdões"), bem como um plano para alienação de ativos da
sociedade. Ambos acontecimentos culminam na geração de receitas e,
eventualmente, ganhos de capital para a sociedade em recuperação.
746 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Pela legislação atual, esses ganhos podem ser abatidos por prejuízo
fiscal e base negativa à razão de 30%. Tal limitação encontra-se em vigor desde a
década de 1990, decorrente da Medida Provisória no. 998, de 19 de maio de 1995,
convertida na Lei no. 9.065, de 20 de junho de 1995, na qual constam ambos
dispositivos mencionados na alteração proposta.
A Exposição de Motivos da Medida Provisória nº 998/95 dispôs
que a limitação constante dos artigos 15 e 16 "garante uma parcela expressiva de
arrecadação, sem retirar do contribuinte o direito a compensar, até integralmente,
num mesmo ano, se essa compensação não ultrapassar o valor do resultado positivo.
"
Ou seja, ao mesmo tempo em que possui caráter arrecadatório, não
cerceia completamente a utilização do prejuízo fiscal e base negativa no tempo, de
forma diferida, à medida em que a sociedade em plano de continuidade segue no
curso normal de suas atividades.
Ocorre que as empresas em recuperação judicial não encontram se
sob curso normal de suas atividades. Pelo contrário, trata-se de última ratioprévia à
potencial e indesejada decretação de falência.
Portanto, a liberação desse limite é essencial para garantir uma melhor
oxigenação e incrementar a probabilidade de sobrevivência das sociedades em emergência
sob tal remédio judicial.
A manutenção do limite, em sentido contrário ao proposto, é danosa,
na medida em que toma mais árdua, e, em alguns casos, até pode inviabilizar a
recuperação efetiva das empresas, o que vai em direção contrária à essência do Instituto,
como também acarreta danos ao erário público.
O insucesso da recuperação e convolação em falência não afeta tão
somente a manutenção da fonte produtora e seus empregados, mas também a manutenção
da fonte de arrecadação. Isso é nítido na medida em que acarreta uma exclusiva
arrecadação fiscal na realização dos ativos possuídos pela sociedade e que resulta em seu
encerramento definitivo.

DEPUTADO MANOEL JUNIOR


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 747

MPV 677
00106
CÂMARA DOS DEPUTADOS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 22 DE JUNHO DE 2015.

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do


São Francisco e a CESP – Companhia
Energética de São Paulo, a participarem do
Fundo de Energia Nacional, com o objetivo
de prover recursos para a implementação
de empreendimentos de energia elétrica, e
altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de
2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

EMENDA N. , de 2015

Dê-se a seguinte redação à ementa e aos artigos 1º, 2º e 5º da Medida Provisória 677, de
2015:

Art. 1º Ficam a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf e a CESP –


Companhia Energética de São Paulo, autorizadas a participar do Fundo de Energia Nacional -
FEN, com o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de energia
elétrica, conforme regulamento.

Art. 2º O Fundo de Energia Nacional – FEN será criado e administrado por instituição
financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 3º .........................................................................................................................

§ 1º .............................................................................................................................

I - no mínimo, cinquenta por cento na Região de origem dos recursos aportados ao


Fundo; e

II - até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde que em fontes com preços
inferiores aos praticados na Região de origem.

................................................................................................................................................

Art. 5º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre concessionárias


geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal ou estadual, com
consumidores finais, com unidades fabris em operação conectadas à Rede Básica ou Demais
Instalações de Transmissão de energia elétrica com tensões iguais ou superiores a 138 kV
(cento e trinta e oito quilovolts), que vigoraram até 31 de dezembro de 2012 e aqueles vigentes
na data de publicação desta Lei, e que tenham atendido ou não o disposto no art. 3º da Lei nº
10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão restabelecidos ou aditados, conforme o caso, a
partir de 1º de julho de 2015, desde que atendidas as condições estabelecidas neste artigo e
mantidas as demais condições contratuais.

§ 2º ...................................................................................................................................

I - ......................................................................................................................................
748 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física das usinas abrangidas por esta Lei,
nos centros de gravidade de seus respectivos submercados, deduzidas as perdas elétricas e o
consumo interno.

§ 4º .....................................................................................................................................

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua


vigência, no período compreendido entre o termo final do contrato de concessão e 8 de
fevereiro de 2037, observado o disposto no § 12.

§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão das usinas de que trata o inciso II do § 2º
será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art.
12 da Lei nº 12.783, de 2013.

§ 6º A garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º não está sujeita à alocação de
cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso II do § 1º do art. 1º da Lei
nº 12.783, de 2013, no período compreendido entre o termo final do contrato de concessão e 8
de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 4º.

§ 7º O valor da tarifa ou preço dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada
a variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última
atualização até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa ou preço atualizado nos termos do § 7º será


majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa ou preço será reajustado anualmente em


1º de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA,
publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses
anteriores à data de reajuste da tarifa ou preço; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à data
de reajuste da tarifa ou preço, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre
as taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B
- NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o
regulamento.

............................................................................................................................................

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em restabelecer, aditar total
ou parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução
de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão
ser facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme definido
no § 9º, as tarifas ou preços de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e § 8º
serão objeto das seguintes condições:

I - a tarifa ou preço de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional de doze inteiros
e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015 a 31
de dezembro de 2015;

II - as tarifas ou preços de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão
redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 749

1º de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional de que trata o


inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas ou preços definidos com aplicação do
disposto no inciso II; e

IV - a partir de 1º de fevereiro de 2022, as tarifas ou preços de energia e demanda serão


calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos § 7º e § 8º, acrescidos dos
reajustes anuais.

.............................................................................................................................................

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, no


Fundo de Energia Nacional - FEN, a receita dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre
a receita bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela
Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na
Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, no valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela
Aneel, nos termos do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa
aos seguintes montantes de energia, observado o disposto no § 3º:

I - ........................................................................................................................................

II - noventa por cento da garantia física das usinas de que trata o inciso II do § 2º nos centros
de gravidade de seus respectivos submercados, deduzidas as perdas elétricas e o consumo
interno, nos seguintes termos:

.......................................................................................................................................................”

JUSTIFICATIVA

A exposição de motivos 19/2015 – MME declara expressamente que a solução proposta


para os consumidores industriais atendidos pela Chesf não seria implementada “em
detrimento dos demais” consumidores de energia.

Essa declaração, mais do que mero princípio, é na verdade condição de constitucionalidade


e validade da própria solução proposta pela Medida Provisória. Isso porque, caso prejudique
outros consumidores de energia da Chesf, do Nordeste ou das demais regiões do país, a
MP terá criado uma distinção entre semelhantes, em clara ofensa ao princípio da isonomia
protegido pelo artigo 5º da Constituição Federal.

Contudo, apesar da preocupação declarada na Exposição de Motivos sobre a isonomia


entre os consumidores, em seu formato atual, a MP instaura tratamento diferenciado, sem
justificativa, entre consumidores atendidos pela CHESF e consumidores industriais que
possuíam contratos celebrados com concessionárias de geração de energia elétrica, sob o
regime de serviço público.

Tal como os consumidores industriais atendidos pela CHESF e atualmente beneficiados


pela nova MP, há outros consumidores, como os da CESP, cujos contratos de aquisição de
energia elétrica foram celebrados antes da criação do novo modelo de cotas pela MP
579/2012, que restringiu a oferta de energia elétrica disponível para venda a consumidores
nesse segmento de mercado.
750 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Em especial, consumidores industriais da região Sul e Sudeste também estão sofrendo os


efeitos das adversidades atuais da economia, agravando o risco de perda de empregos e
competitividade industrial, exatos motivos que levaram à edição da MP ora em discussão,
que se reforça com a emenda aqui proposta.

Dessa forma, para atender ao requisito constitucional de tratamento isonômico entre


geradores e consumidores em situações semelhantes, propomos a emenda anexa,
estendendo o benefício a esses consumidores em questão.

Brasília, 29 de junho de 2015.

DEPUTADO NILSON LEITÃO


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 751

MPV 677
00107

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Democratas/BA
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. Modificativa 4. X Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se, onde couber, o seguinte artigo à Medida Provisória nº 677, de


22 de junho de 2015:

Art. A Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, passa a vigorar com as seguintes


alterações:

“Art. 1º ..................................................................................................

I - até 31 de dezembro de 2022, os percentuais mínimos definidos


no caput deste artigo serão de 0,50% (cinquenta centésimos por cento),
tanto para pesquisa e desenvolvimento como para programas de
eficiência energética na oferta e no uso final da energia;

.................................................................................................................

III - a partir de 1o de janeiro de 2023, para as concessionárias e


permissionárias cuja energia vendida seja inferior a 1.000 (mil) GWh por
ano, o percentual mínimo a ser aplicado em programas de eficiência
energética no uso final poderá ser ampliado de 0,25% (vinte e cinco
centésimos por cento) para até 0,50% (cinquenta centésimos por cento);

.................................................................................................................

V - as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica


poderão aplicar, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos recursos dos
seus programas de eficiência para unidades consumidoras beneficiadas
pela Tarifa Social.

......................................................................................................
752 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 4º ..................................................................................................

I – 40% (quarenta por cento) para projetos de pesquisa e


desenvolvimento de energia solar fotovoltaica, através de Geração
Distribuída, destinados a unidades consumidoras públicas das áreas de
saúde, educação, saneamento municipal, habitação popular e projetos de
geração de emprego e renda;

II - 40% (quarenta por cento) para projetos de pesquisa e


desenvolvimento, aplicados diretamente pelas geradoras, transmissoras e
distribuidoras de energia elétrica, segundo regulamentos estabelecidos
pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL;

III - ......................................................................................................

§ 1o A aplicação dos recursos referidos no inciso I será realizada pelos


próprios agentes contribuintes, mediante fiscalização da ANEEL.

.............................................................................................................

Art. 5º ..................................................................................................

I – os investimentos em eficiência energética previstos no art. 1o desta Lei


serão aplicados diretamente pelas distribuidoras de energia elétrica e
deverão priorizar iniciativas da indústria nacional, conforme
regulamentação a ser definida pela ANEEL.

..................................................................................................

Art. 6º (REVOGADO).

................................................................................................... .” (NR)

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente,
e terá como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do
nordeste brasileiro e de outras regiões do País.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 753

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco –


Chesf e receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho
Gestor definir a política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a


execução de novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais
gradualmente a partir de 2032.

Nesse sentido, buscamos com a presente emenda viabilizar a consecução de


projetos de pesquisa e desenvolvimento de energia solar fotovoltaica, através de
Geração Distribuída, destinados a unidades consumidoras públicas das áreas de saúde,
educação, saneamento municipal, habitação popular e projetos de geração de
emprego e renda.

Ante o exposto, gostaria de poder contar com o apoio do nobre Relator para a
incorporação desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida
Provisória.

PARLAMENTAR
754 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00108

ETIQUETA

CONGRESSO NACIONAL

APRESENTAÇÃO DE EMENDAS
Data Proposição
Medida Provisória nº 677, de 2015.

autor Nº do prontuário
Dep. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Democratas/BA
1 Supressiva 2. Substitutiva 3. Modificativa 4. X Aditiva 5. Substitutiva global

Página Artigo Parágrafo Inciso alínea


TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Acrescente-se, onde couber, o seguinte artigo à Medida Provisória nº 677, de 22 de


junho de 2015:

Art. A Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, passa a vigorar com as seguintes


alterações:

“Art. 4º ..................................................................................................

I – 30% (trinta por cento) para o Fundo de Energia do Nordeste – FEN,


criado pela Lei de Conversão da Medida Provisória nº 677, de 2015, para
financiamento de projetos de Geração Distribuída;

II - 25% (vinte e cinco por cento) para o Fundo Nacional de


Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, criado pelo Decreto-
Lei no 719, de 31 de julho de 1969, e restabelecido pela Lei n o 8.172, de 18
de janeiro de 1991;

III - 25% (vinte e cinco por cento) para projetos de pesquisa e


desenvolvimento, segundo regulamentos estabelecidos pela Agência
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL;

IV - 20% (vinte por cento) para o MME, a fim de custear os estudos e


pesquisas de planejamento da expansão do sistema energético, bem
como os de inventário e de viabilidade necessários ao aproveitamento dos
potenciais hidrelétricos.

§ 1o Para os recursos referidos no inciso II, será criada categoria de


programação específica no âmbito do FNDCT para aplicação no
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 755

financiamento de programas e projetos de pesquisa científica e


desenvolvimento tecnológico do setor elétrico, bem como na eficiência
energética no uso final.

................................................................................................... .” (NR)

JUSTIFICATIVA

A MP 677, de 2015, cria o Fundo de Energia do Nordeste - FEN, que será


administrado por instituição financeira controlada pela União, direta ou indiretamente,
e terá como objetivo prover recursos para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica que futuramente atenderão a grandes consumidores de energia do
nordeste brasileiro e de outras regiões do País.

O FEN contará com a participação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco –


Chesf e receberá aportes das concessionárias geradoras, cabendo ao seu Conselho
Gestor definir a política de aplicação dos recursos do Fundo.

Espera-se, assim, que os recursos aportados no FEN possam viabilizar a


execução de novos projetos, que começarão a substituir os contratos atuais
gradualmente a partir de 2032.

Nesse sentido, buscamos com a presente emenda destinar parcela dos


recursos das concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica,
previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, para o financiamento de projetos de
Geração Distribuída, por meio do Fundo de Energia do Nordeste.
756 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Ante o exposto, gostaria de poder contar com o apoio do nobre Relator para a
incorporação desta Emenda ao texto do Projeto de Lei de Conversão desta Medida
Provisória.

PARLAMENTAR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 757

MPV 677
00109

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Acrescente-se à Medida Provisória nº 677, de 2015, onde couber,


o seguinte artigo:
Art. X O art. 5º da Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, passa a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º ....................................................................................
...................................................................................................
Parágrafo único. Os investimentos em eficiência energética,
previstos no art. 1º, deverão priorizar iniciativas da indústria
nacional.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

Entre outras providências, a Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000,


disciplina os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência
energética pelas empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do
setor de energia elétrica.
No que tange às atividades de pesquisa e desenvolvimento, a lei
determina que as instituições receptoras de recursos deverão ser nacionais e
reconhecidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Contudo, a lei
não contém dispositivo análogo destinado aos programas de eficiência
energética.
Dessa forma, o poder público, acertadamente, estimula as
entidades nacionais voltadas para a pesquisa e o desenvolvimento
tecnológico, mas desperdiça importante oportunidade de, dentro dos limites
do possível, estimular igualmente a indústria brasileira.
Entendemos, nesse contexto, oportuno e conveniente conferir
prioridade às iniciativas da indústria nacional quando dos investimentos em
programas de eficiência energética, feitos por empresas concessionárias,
permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica.
758 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Contamos com o apoio dos nobres Senadores para o


aprimoramento e a aprovação desta emenda, que, temos certeza, constitui
medida fundamental para o estímulo à indústria nacional do setor elétrico,
com reflexos positivos no desenvolvimento do Brasil.

Sala da Comissão,

Senadora Ana Amélia


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 759

MPV 677
00110

EMENDA N° (Modificativa + Aditiva)


(à MPV n° 677/2015)

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Justificativa
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760 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 761

MPV 677
00111
SENADO FEDERAL
Gabinete do SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

EMENDA Nº –
(à Medida Provisória nº 677, de 2015)

Inclua-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, o artigo abaixo com a


seguinte redação:

O art. 2º da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“Art. 2º ...............................................................................................

.............................................................................................................

§ 19. Os consumidores enquadrados no arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de


7 de julho de 1995, com carga de no mínimo 20 MW, poderão participar nas
licitações de que trata o caput, conforme regulamento que deverá dispor sobre
garantias e condições de qualificação econômico-financeiras dos
compradores.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

O Objetivo da presente emenda é possibilitar a participação de grandes


consumidores industriais em leilões de energia no Ambiente de Contratação
Regulada.

A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, teve como um de seus maiores


propósitos garantir que as distribuidoras de energia elétrica estivessem
plenamente contratadas com até cinco anos de antecedência da realização de
seus mercados como forma de sinalizar a expansão da oferta de energia por
meio da implantação de novos projetos de geração.

A expansão da oferta de energia elétrica teve, a partir de então, como base a


contratação da energia de novos projetos de geração por meio de leilões no
Ambiente de Contratação regulada (ACR) para atendimento exclusivamente
das distribuidoras de energia, que, em conjunto, formam, à cada leilão, um pool
comprador da energia negociada.
762 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

SENADO FEDERAL
Gabinete do SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

Como resultado de cada leilão de energia nova, são firmados contratos


bilaterais entre cada distribuidora e cada ofertante (os novos projetos que serão
implementados) e o montante total de energia contratada é rateado entre os
compradores (as distribuidoras) na proporção da sua participação na demanda
declarada para cada certame. Esses contratos têm prazo de duração entre 15
e 30 anos e contam com uma robusta garantia baseada na vinculação de parte
da receita das distribuidoras em contas especificamente criadas como
instrumento de garantia para os financiadores dos projetos de geração que
serão implantados. O risco de inadimplência enfrentado pelos geradores
responsáveis pela implantação dos projetos é pulverizado ao contratar com um
pool de distribuidoras.

Essa forma de contratação se confirmou um sucesso em termos de sinalização


da necessidade de expansão da geração atendendo plenamente aos objetivos
que motivaram sua formulação também em resposta à experiência vivida na
década de 90 quando não se conseguiu fomentar novos investimentos. Tanto é
que desde 2004 foram realizados 21 leilões de energia nova e 3 leilões de
fontes alternativas que contrataram 25.498 MW-médios de novos
empreendimentos.

Não obstante desse sucesso, foi verificado após decorridos mais de 10 anos
desde a instituição do “Novo Modelo do Setor Elétrico”, que, ao contrário do
que ocorreu com o mercado regulado, que se demonstrou muito eficiente em
sinalizar a necessidade de expansão da geração para atender à evolução de
sua demanda, os agentes que atuam no mercado livre, que contratam
livremente energia por meio de contratos bilaterais no Ambiente de
Contratação Livre (ACL), não têm obtido sucesso na sinalização da
necessidade de expansão da geração para o atendimento da evolução de suas
demandas.

Muito embora os consumidores que atuam no mercado livre, grandes


empresas dos segmentos de serviços e industrial, tenham a obrigação de estar
plenamente contratados assim como as distribuidoras, não existe um normativo
específico que estabeleça as condições em que deve se dar essa contratação
até porque, conceitualmente, a contratação entre as partes é livre no ACL.
Também é verdade que o perfil de consumidores no ACL é bastante
heterogêneo e que a “liberdade” que se espera do ACL visa preservar,
inclusive, essas heterogeneidades no sentido de respeitar o perfil de consumo
de cada agente, no que tange inclusive a prazo, disponibilidade a pagar
(preço) e quantidade.

Não obstante desse fato, tem se tornado cada vez mais frequente a demanda
por parte de grandes consumidores industriais, apresentadas também por meio
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 763

SENADO FEDERAL
Gabinete do SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

de emendas parlamentares às Medidas Provisórias, no sentido de alteração da


Lei nº 10.848, de 2004, de modo a possibilitar que consumidores livres possam
contratar energia por meio dos leilões realizados no ACR.

Uma vez que, em termos de planejamento setorial, é importante que se capture


também a evolução da demanda dos agentes que atuam no mercado livre,
entende-se como extremamente positivo que essa demanda seja contratada
com antecedência de modo a viabilizar a implantação de novos
empreendimentos de geração que, por sua vez, sinalizam também a
necessidade de expansão do sistema de transmissão. Isso é tão mais
importante quanto mais escassos forem os recursos (a oferta).

Neste sentido, foi avaliada a relevância e a conveniência de se propor a


alteração da Lei nº 10.848, de 2004, com vistas a facultar a participação de
consumidores livres nos leilões realizados no ACR.

Tendo como base que a maior preocupação do setor é não comprometer a


financiabilidade de novos projetos nem afetar o custo marginal de expansão
por uma eventual maior percepção de risco dos financiadores, o que se propõe
é que seja facultada a participação de grandes consumidores nos leilões,
condicionada a uma comprovada capacidade financeira que os permita
apresentar garantias aos geradores (e aos bancos financiadores dos projetos)
à altura daquelas fornecidas pelas distribuidoras. chegou-se à proposta de
alteração da referida Lei:

Destaca-se que, nos termos do que está sendo proposto, a matéria ainda será
objeto de amadurecimento e de discussões no âmbito do Executivo pois está
sujeita à regulamentação.

Sinalizar a todos os consumidores industriais que têm perfil de contratação de


longo prazo e qualificações econômico-financeiras para tanto, que eles
poderão realizar essa contratação por meio dos leilões do ACR, tende a
atender a um anseio há muito tempo por eles externado.

Sala das Sessões, em

Senador EUNÍCIO OLIVEIRA – PMDB/CE


764 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MPV 677
00112
SENADO FEDERAL
Gabinete do SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

EMENDA Nº –
(à Medida provisória nº 677, de 2015)

Inclua-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, o artigo abaixo com a


seguinte redação:

“Art. ___. Suprima-se o parágrafo único do Art. 6º da Lei 9.986, de 18 de julho


de 2000.

JUSTIFICAÇÃO

A Lei 9.986/2000, que trata da gestão de recursos humanos das


agências reguladoras, estabelece critérios genéricos para a indicação de
Conselheiros e Diretores. Prevê apenas o cumprimento da Constituição
Federal, e estabelece que devem ser brasileiros, de reputação ilibada, com
formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos
cargos para os quais serão nomeados. Os indicados devem ser escolhidos
pelo presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo
Senado.
A presente emenda tem o objetivo de evitar a paralisia das agências no
período de vacância que anteceder a nomeação do novo conselheiro ou
diretor, no caso da Presidência da República não indicar, a tempo, o novo
nome que irá ocupar cargo.
Se aprovada, as agências não ficarão inoperantes, pois ficará
automaticamente prorrogado, sem prazo determinado, o mandato do atual
diretor e o encerramento do mandato ocorrerá na data de posse do novo
diretor.
A emenda é importante e visa o aprimoramento das regras que
disciplinam das agências reguladoras.

Senador EUNÍCIO OLIVEIRA – PMDB/CE

Sala das Sessões, em


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 765

MPV 677
00113

CÂMARA DOS DEPUTADOS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015.


(Do Poder Executivo)

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco a participar do Fundo de Energia do
Nordeste, com o objetivo de prover recursos
para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica, e altera a Lei nº 11.943, de 28
de maio de 2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de
março de 2004.

EMENDA MODIFICATIVA

O §4 do art. 4º da Medida Provisória nº 677, de 2015, passa a ter a


seguinte redação:

“Art. 4º ......................................

§ 4º O CGFEN contará com o apoio técnico e administrativo


de órgão ou entidade da administração pública federal, e de
dois representantes de Associações Setoriais, sendo um
representante da classe de geradores e um representante da
Classe dos consumidores Industriais de energia.

....................................................................” (NR)

1
766 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

JUSTIFICAÇÃO

O objetivo da emenda modificativa é permitir que representantes


da classe de geradores e da classe dos consumidores industriais de energia
possam fornecer apoio técnico e administrativo ao Conselho Gestor do FEN.

Ante o exposto, espero contar com o apoio dos nobres pares para
a aprovação da emenda modificativa.

Sala da Comissão, 29 de junho de 2015.

Deputado Jorge Côrte Real


PTB/PE

2
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 767

MPV 677
00114

CÂMARA DOS DEPUTADOS

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015.


(Do Poder Executivo)

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do


São Francisco a participar do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de
prover recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, e
altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de
2009, e a Lei nº 10.848, de 15 de março de
2004.

EMENDA ADITIVA

Inclua-se, onde couber, na Medida Provisória nº 677, de 2015, o


seguinte artigo:

“Art. O art. 26 da Lei nº 9.427, de 1996, passa a vigorar com a


seguinte alteração:

“Art. 26..........................................................

§10 Fica reduzido para 200 KW o limite mínimo de carga


estabelecido no § 5º deste artigo quando o consumidor ou
conjunto de consumidores se situar no Submercado
Nordeste." (NR)

1
768 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

JUSTIFICAÇÃO

O objetivo da emenda aditiva é aperfeiçoar as condições


previstas no art. 26, da Lei nº 9.427, de 1996, para reduzir o limite mínimo de
carga para 200 KW de modo a permitir que o consumidor do Nordeste possa
adquirir energia diretamente de gerador responsável por Pequena Centrais
Hidroelétrica – PCH ou cuja fonte primária seja a biomassa, energia eólica ou
solar.

Ante o exposto, espero contar com o apoio dos nobres pares para
a aprovação da emenda aditiva.

Sala da Comissão, 29 de junho de 2015.

Deputado Jorge Côrte Real


PTB/PE

2
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 769

MPV 677
00115
SENADO FEDERAL
Gabinete do SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

EMENDA Nº –
(à Medida Provisória nº 677, de 2015)

Inclua-se na Medida Provisória nº 677, de 2015, o artigo abaixo com a


seguinte redação:

Art. 1º O art. 2º da Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, passa a vigorar com


as seguintes alterações:

“Art. 2º
...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

§ 8º-A. Na contratação de geração distribuída prevista no § 8º, inciso II, alínea


“a”, a ANEEL autorizará o repasse integral dos custos de aquisição de energia
elétrica pelos agentes de distribuição para a tarifa de seus consumidores finais,
até o maior valor entre o Valor Anual de Referência - VR e o Valor Anual de
Referência Específico - VRES.

§ 8º-B. O Valor Anual de Referência Específico - VRES será calculado pela


Empresa de Pesquisa Energética - EPE, considerando condições técnicas e
fonte da geração distribuída, e será aprovado pelo Ministério de Minas e
Energia.” (NR)

JUSTIFICATIVA

Na legislação vigente, o repasse para as tarifas dos consumidores, do custo de


aquisição de energia elétrica proveniente de geração distribuída é limitado ao
Valor Anual de Referência – VR. Este, por sua vez, é o preço médio resultante
dos leilões de energia nova realizados nos anos “A-5” e “A-3”.
770 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

SENADO FEDERAL
Gabinete do SENADOR EUNÍCIO OLIVEIRA

Com o advento da contratação da energia eólica a preços competitivos e a


licitação de usinas hidrelétricas na Amazônia a preços ainda mais competitivos,
o limite de repasse para as tarifas, dado pelo VR, que na prática impõe um
preço teto para a contratação da geração distribuída, tem se concretizado em
valores em um patamar de preços que inviabilizam a contratação da geração
distribuída.

No sentido de possibilitar a adoção de um sinal econômico que viabilize a


contratação de geração distribuída, propõe-se que o limite de repasse, e por
consequência, o valor do teto para a contratação dessa energia, seja
estabelecido pelo maior valor entre o VR já utilizado, e o Valor Anual de
Referência Específico – VRES, a ser calculado pela Empresa de Pesquisa
Energética – EPE e aprovado pelo Ministério de Minas e Energia.

Dessa forma, no cálculo do VRES, a EPE considerará as condições técnicas


de contratação da geração distribuída e as especificidades de cada fonte,
obtendo um valor que viabilize a contratação da geração distribuída, que evita
investimentos em redes de transmissão e distribuição, e, ao ser viabilizada,
propiciará maior segurança no suprimento de energia elétrica, pilar do modelo
introduzido pela Lei n. 10.848, de 2004.

Senador EUNÍCIO OLIVEIRA – PMDB/CE

Sala das Sessões, em


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 771

MPV 677
00116

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
SENADORA SANDRA BRAGA PMDB/AM

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _X_Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua-se onde couber:

Art. XX - A Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“As bandeiras tarifárias homologadas pela ANEEL não são aplicadas aos
consumidores finais atendidos nos Sistemas Isolados por serviço público de
distribuição de energia elétrica.” (NR)

JUSTIFICATIVA

Consideramos uma injustiça que um Estado da Federação, sem usufruir


totalmente da interligação do sistema, tenha de pagar por um serviço que
ainda não esta disponível.

Essa injustiça já está sendo praticada em diversos municípios dos Estados do


Pará, Rondônia e Acre que ainda não estão interligados ao Sistema Interligado
Nacional, mas mesmo assim estão pagando as bandeiras tarifárias.

No Acre: são Assis Brasil, Cruzeiro do Sul, Feijó, Marechal Thaumaturgo,


Manoel Urbano, Porto Walter e Tarauacá.

Em Rondônia: Alvorada do Oeste, Arara, Buritis, Campo Novo, Izidolândia,


Machadinho e Rolin de Moura do Guaporé.

No Pará: Aveiro, Bagre, Chaves, Jacareacanga, Melgaço e Santana do Araguaia.

Nos Estados de Roraima e Amapá, inclusive suas capitais, a interligação ainda


772 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

não chegou e por isso seus consumidores de energia estão isentos da aplicação
das bandeiras tarifárias, o que é justo.

A título de exemplo, dos 62 municípios do Amazonas, apenas Manaus,


Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Iranduba e Manacapuru, poderão vir a
pagar bandeiras tarifárias, desde que sua interligação elétrica seja completada.
Quanto aos demais, não há expectativa imediata de interligação. Muitos,
localizados em áreas isoladas, jamais o serão.

Os consumidores dos Sistemas Isolados não são responsáveis pelas despesas


previstas para serem custeadas com os recursos das bandeiras tarifárias. E
também não se beneficiam da geração termelétrica do Sistema Integrado
Nacional - SIN e tampouco da geração liquidada ao Preço de Liquidação das
Diferenças, mesmo em cenários hidrológicos favoráveis. Os únicos
consumidores que se responsabilizam de forma solidária por tais despesas são
aqueles cuja rede de distribuição esteja integrada ao SIN.

Ou seja, isentar do pagamento das bandeiras tarifárias os consumidores dos


Sistemas Isolados, de forma que não venham a subsidiar despesas do SIN, um
critério de justiça pois não é razoável tal cobrança a esses consumidores que
enfrentam atendimento intermitente em Sistemas Isolados e que não se
beneficiam da integração energética propiciada pelo SIN.

Senadora SANDRA BRAGA


PMDB/AM

ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 773

MPV 677
00117

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015

Autor Partido
Senadora Sandra Braga PMDB/AM

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. _x__Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

Inclua se onde couber:

Art.XX - A Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

“ Os agentes que, em 31 de dezembro de 2014, operavam no âmbito dos


Sistemas Isolados serão considerados plenamente integrados ao SIN após a
adequação plena dos sistemas de transmissão e distribuição associados,
conforme decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE.”
(NR)

JUSTIFICATIVA

O Sistema Elétrico Brasileiro encontra-se com mais de noventa e oito por cento
do consumo de energia elétrica no Brasil atendidos por meio de redes
interligadas de transmissão e de distribuição de energia elétrica que compõem
o Sistema Interligado Nacional-SIN, permitindo grande eficiência na gestão dos
recursos e fontes energéticas, além de propiciar maior segurança de
suprimento.

Ainda, dadas as dimensões geográficas do País e a distribuição demográfica da


população, algumas localidades são supridas por unidades de geração e
sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica que não se
encontram interligados ao SIN e, portanto, considerados Sistemas Isolados
eletricamente, com a grande maioria atendida de forma precária, portanto não
isonômica em relação àqueles atendidos pelo SIN.

Tendo em vista os elevados custos da energia elétrica nos Sistemas Isolados, foi
774 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

adotada, nos estudos de planejamento de expansão do SIN, a política de


integrá-los ao Sistema Interligado, desde que apresentassem adequabilidade
técnica e econômica.

Essa política, concomitantemente com a redução dos custos de suprimento dos


Sistemas Isolados, objetiva trazer para os brasileiros que habitam nas regiões
isoladas o mesmo grau de qualidade e de confiabilidade existente no SIN.
Entretanto, o momento de se estabelecer a interligação é decisivo para
assegurar uma transição equilibrada.

Para tanto, de forma a não comprometer as condições de segurança de


atendimento os sistemas a serem interligados necessitam da disponibilização
total dos investimentos em equipamentos de transmissão e distribuição, bem
como da estabilidade do seu funcionamento.

Assim, a presente Emenda pretende que a Interligação dos Sistemas Isolados


ao Sistema Interligado Nacional fique condicionada à efetiva operação
comercial das instalações de transmissão necessárias à interligação plena dos
Sistemas, inclusive as instalações de âmbito da distribuição, com atendimento
de condições técnicas equivalentes às do Sistema Interligado Nacional e
estabelece que o foro adequado para decidir pela nova condição é aquele que
no setor elétrico brasileiro detém a pluralidade das aptidões necessárias para
tal decisão: o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.

Senadora SANDRA BRAGA

ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 775

MPV 677
00118

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº _677_, DE 2015

Autor Partido
SENADOR ROBERTO ROCHA PSB

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. __x__Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Dê-se ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a seguinte redação:


“Art. 3º .............................................................................................
...........................................................................................................

§ 5º O FEN deverá aplicar no mínimo, 5% (cinco por cento) de seus


recursos, sempre que houver interessados, no financiamento para
aquisição e instalação de equipamentos destinados à microgeração
distribuída e à minigeração distribuída.

§ 6º O financiamento de que trato o § 5º deste artigo poderá ser


concedido a:

I - consumidores de energia elétrica; ou

II – empresas especializadas na atividade de instalação de equipamentos


destinados à microgeração distribuída e à minigeração distribuída”. (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A Resolução nº 482, de 17 de abril de 2012, da Agência Nacional de Energia


Elétrica (ANEEL) regulamentou a microgeração distribuída e a minigeração distribuída no
Brasil.
776 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Segundo a Resolução nº 482, de 2012, da Aneel, os consumidores de energia


elétrica podem descontar do consumo de energia elétrica a energia elétrica fornecida à rede
das distribuidoras a partir de centrais geradoras com potência instalada de até 1 MW e de
fontes hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada. Trata-se do sistema de
compensação de energia elétrica.
Dessa forma, a Resolução nº 482, de 2012, da Aneel, possibilitou aos pequenos
consumidores, como os residenciais, uma nova opção para reduzir a fatura de energia elétrica.
A norma também é um incentivo às fontes renováveis de energia, já que o sistema de
compensação mencionado se aplica apenas às centrais geradoras com base em energia
hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada.
Apesar de seu enorme potencial, a microgeração distribuída e a minigeração
distribuída ainda são incipientes no Brasil. Um dos motivos para isso é o investimento inicial
que os pequenos consumidores precisam fazer para instalarem os equipamentos de geração, na
melhor das hipóteses, superior a R$ 10 mil. Aliado a isso, não há linhas de crédito com essa
finalidade.
Em razão do exposto, propomos que o Fundo de Energia do Nordeste (FEN)
também tenha como finalidade financiar a instalação de equipamentos para serem usados na
microgeração distribuída e na minigeração distribuída. Essa medida permitirá superar o
obstáculo do investimento inicial, na medida em que o pequeno consumidor de energia
elétrica poderá, com a redução no valor da conta de luz, quitar o empréstimo contraído junto
ao fundo ou junto às empresas que instalam os equipamentos.

ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 777

MPV 677
00119

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº _677_, DE 2015

Autor Partido
SENADOR ROBERTO ROCHA PSB

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. __x__Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Dê-se ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a seguinte redação:

“Art. 3º .............................................................................................
.........................................................................................................

§ 5º Serão criadas condições mais favoráveis à constituição de


empreendimentos de geração de energia elétrica limitados a 150 MWh.”
(NR)

JUSTIFICAÇÃO

A grande compensação que a medida provisória oferta para a manutenção em


condições favoráveis de contratos de consumo em valores muito inferiores aos praticados no
mercado aberto de energia é a constituição de Fundo para investimento em favor das áreas de
influência da Chesf, a região energética do Nordeste. Trata-se de medida que, conforme se
extrai da Exposição de Motivos nº 00019/2015 MME, visa justamente a estear um projeto de
desenvolvimento que transborda a demanda assegurada por contratos de longo prazo, espraia-
se pelos novos empreendimentos a constituir com os recursos do Fundo de Energia do
Nordeste e avança sobre o aquecimento da economia projetado por esse arranjo institucional.
Nesse sentido, e com vistas a robustecer ainda mais os efeitos socioeconômicos
da medida em benefício da região em processo de desenvolvimento tardio, faz-se oportuno
regulamentar o emprego dos recursos para fomentar investimentos privados mais intensivos
778 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

em mão de obra, de origem local e com maior difusão de benefícios. Uma forma de persegui-
los seria propiciar a entrada ou a consolidação de empreendedores de menor porte no mercado
de geração energética. Ressalte-se que constituição do Fundo esteia-se em condição contratual
ímpar obtida da celebração com uma empresa pública. Portanto, não se submete
exclusivamente às normas de direito privado, e nem tem razão de ser adstrita à esfera
empresarial, do Direito Civil – tem fulcro no interesse público e destina-se também a
persegui-lo, conforme assim o assenta a aludida EM 00019/2015 MME.
Nesses termos, naturalmente, a participação de grandes grupos que
rotineiramente já possuem contratos com entes públicos, como são os casos da Renova e da
Cemig, viabiliza a maximização do retorno ativo do fundo de natureza privada. Entretanto, o
reflexo social na geração de empregos, a dinamicidade econômica com o robustecimento e a
verticalização da cadeia produtiva e a distribuição dos benefícios gerados pelas políticas
públicas estabelecidas por meio da medida provisória serão reforçados por meio do
estabelecimento, em instrumento infralegal, de meios privilegiados de acesso aos recursos, e o
corolário na constituição das SPEs correspondentes com grupos econômicos não hegemônicos
no setor.
Essa, pois, é a razão da proposta que ora apresento e peço o apoio dos meus
pares: conferir maior consistência a um instrumento normativo que terá o condão de somar-se
a outras políticas de desenvolvimento regional, a promover a redução das assimetrias sociais e
inter-regionais.

ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 779

MPV 677
00120

CONGRESSO NACIONAL

EMENDA À MEDIDA PROVISÓRIA Nº _677_, DE 2015

Autor Partido
SENADOR ROBERTO ROCHA PSB

1. ____ Supressiva 2.____ Substitutiva 3. ____Modificativa 4. __x__Aditiva

TEXTO / JUSTIFICAÇÃO

EMENDA Nº - CM
(à MPV nº 677, de 2015)

Dê-se ao art. 3º da Medida Provisória nº 677, de 2015, a seguinte redação:

“Art. 3º .............................................................................................
.........................................................................................................

§ 5º O FEN deverá aplicar, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos seus


recursos, sempre que houver interessados, em projetos de fontes eólica,
termossolar, fotovoltaica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa,
biogás, maremotriz, ondomotriz e hidrogênio.” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

O Brasil é conhecido pelo seu potencial de gerar energia elétrica a partir de


diversas fontes renováveis. Apesar desse potencial, o nosso País ainda está distante de outras
nações em relação ao aproveitamento da maioria dessas fontes. E o pior, está ocorrendo o
aumento da participação das termelétricas movidas por combustível fóssil na nossa matriz de
energia elétrica.
Mesmo reconhecendo a importância das termoelétricas, a elas não deve ser
dado o papel de sustentação da geração elétrica. Esse papel de destaque deve ser atribuído às
fontes renováveis, diante de seu imenso potencial em nosso País.
O desenvolvimento das fontes renováveis em nosso País não beneficia apenas
o setor elétrico e o meio ambiente. Há também ganhos para a geração de emprego e renda, na
780 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

medida em que temos condições de desenvolver internamente a cadeia produtiva dessas


fontes. É o que já está ocorrendo com a fonte eólica.
Nesse contexto, julgamos pertinente garantir que uma parcela do Fundo de
Energia do Nordeste (FEN) seja destinada a projetos de fontes renováveis de energia elétrica.
Trata-se de uma contrapartida pequena que propomos exigir desse fundo, que será formado
com recursos de todos os brasileiros, já que a energia elétrica que seria comercializada no
Ambiente de Contratação Regulada será negociada somente com grandes indústrias da Região
Nordeste.

ASSINATURA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 781

PARECERN° , DE 2015

Da COMISSÃO MISTA, sobre a Medida


Provisória n° 677, de 22 de junho de 2015, que
autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São
-
-I'-
=O?
Francisco a participar do Fundo de Energia do -N
-C'>

Nordeste, com o objetivo de prover recursos para


a implementação de empreendimentos de energia
-.
-~
=::g
-lll
-co
-I()
-I()
elétrica, e altera a Lei no 11.943, de 28 de maio de -~
iiiiiJ::
2009, e a Lei n° I 0.848, de 15 de março de 2004. -(/)

Relator: Senador EUNÍCIO OLIVEIRA

I- RELATÓRIO

V em à análise desta Comissão Mista a Medida Provisória


(MPV) n° 677, de 22 de junho de 2015, que aperfeiçoa os mecanismos de
incentivo para o setor energético nacional. Em consonância com o art. 62, §
9°, da Constituição Federal, cabe a esta Comissão Mista examinar a medida
Provisória em referência e emitir parecer prévio à apreciação por cada uma
éd
das Casas Legislativas. c:
.Õl
•<1)
c..
A Medida Provisória no 677, de 2015, lastreia-se em dois
objetivos: o primeiro é o estabelecimento de cláusula de aditamento de
contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
concessionárias geradoras de serviço público com consumidores finais; o
segundo é a criação do Fundo de Energia do Nordeste (FEN), que visará a
provisão de recursos financeiros para implantação empreendimentos de
energia elétrica por meio de Sociedades de Propósito Específico, de qual a
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) participará com até
49% de seu capital.

A proposta legislativa é composta de seis artigos cujas


disposições principais são a seguir sintetizadas:

• Prevê o aditamento de contratos firmados na década de


70 entre a Chesf e alguns consumidores eletrointensivos
782 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

localizados na Região Nordeste, prorrogando-os até 2037,


prevendo, contudo, a descontratação gradual da energia elétrica
a partir de 2032;

• Prorroga pelo prazo de até 30 anos, a concessão da Usina


Hidrelétrica (UHE) Sobradinho, que vence em 2022, a fim de
viabilizar o arranjo institucional do aditamento contratual para
-=
iiii

grandes consumidores da região nordeste; e

• Estabelece fonte de recursos e cria o Fundo de Energia do


Nordeste (FEN), a ser administrado por instituição financeira
controlada pela União e com o objetivo implantar
empreendimentos de energia elétrica, especialmente na Região
Nordeste.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, recebeu 120 (cento e


vinte) emendas.

Segundo a Exposição de Motivos que a acompanha, buscou-se


solução definitiva para os contratos de energia elétrica de consumidores
industriais na Região Nordeste, que atualmente são atendidos diretamente
pela Chesf.

li-ANÁLISE

11. 1 - Constitucionalidade, Juridicidade, Adequação Financeira e


Orçamentária, Técnica Legislativa da Medida Provisória

Nos termos do art. 5° da Resolução do Congresso Nacional no


1, de 8 de maio de 2002, compete a esta Comissão opinar sobre os aspectos
constitucionais das medidas provisórias, inclusive sobre os pressupostos de
relevância e urgência.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, trata de autorização para


que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco participe do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
n° 11.943, de 28 de maio de 2009, e aLei no 10.848, de 15 de março de 2004.
As matérias objeto da MPV se enquadram no rol daquelas disciplináveis por
lei federal, a teor do art. 22, IV, e 48, caput, da Constituição Federal. E o art.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 783

21, XII, b, da Lei Maior prevê claramente ser de responsabilidade da União,


a exploração dos serviços e instalações de energia elétrica.

Se o assunto deve ser disciplinado em lei federal, não é menos


verdade que ele pode ser objeto de medida provisória, uma vez que não
figura no rol do art. 62, § 1°, da Constituição, que enumera as vedações
materiais à edição de medidas provisórias.
---
Tampouco se aplica ao caso a regra do art. 246 da Carta Magna,
que proíbe a edição de medidas provisórias que regulamentem artigo da
Constituição alterado por emenda promulgada entre 1° de janeiro de 199 5 e
11 de setembro de 2001. Com efeito, nem o já citado art. 21, XII, b, nem o
art. 175, que trata das concessões e permissões de serviço público, foi
alterado por Emenda Constitucional. Tal posicionamento foi assentado pelo
Supremo Tribunal Federal, quando do exame da constitucionalidade da
Medida Provisória n° 144, de 2003, que promovia diversas alterações no
marco legal do setor elétrico brasileiro.

Quanto aos pressupostos constitucionais de relevância e o"


á)
urgência, entendemos que a Medida Provisória n° 677 os atende plenamente. ;I:
o
São notórios os problemas relativos à produção e distribuição de energia lJ")

o(\J
elétrica no país. O Fundo de Energia do Nordeste, do qual a Chesf está sendo õ;
autorizada a participar, e que a própria MPV determina que seja criado e ~
(\J
administrado por uma instituição financeira controlada pela União, tem o (\J

objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de ~


ôi
energia elétrica. Esses empreendimentos são essenciais no esforço por dar c
·c;,
·<tS
segurança aos agentes econômicos para fazer outros investimentos Q.

necessários à garantia da oferta de energia para o setor produtivo e para as


famílias brasileiras.

Resta claro que a Medida Provisória no 677, de 2015, pretende


oferecer condições imediatas para que empreendimentos de energia elétrica
venham a suprir necessidades da Região Nordeste, a de maior carência na
atualidade. No mínimo, cinquenta por cento dos recursos do FEN deverão
ser investidos em empreendimentos de energia elétrica na Região Nordeste.
O restante, nas demais regiões do País, desde que em fontes com preços
inferiores aos praticados na Região Nordeste.

Tudo o que foi mencionado nos leva a concluir, de forma cabal,


pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência.
784 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Antes de passar à análise da adequação orçamentária e


financeira da MPV, cumpre registrar que também a exigência do § 1o do art.
2° da Resolução do Congresso Nacional no 1, de 2002, foi atendida. Segundo
esse dispositivo, o texto da medida provisória deve ser encaminhado ao
Congresso Nacional, no dia de sua publicação no Diário Oficial,
acompanhado das respectivas mensagem e exposição de motivos. -=
-~--­
=~
-C\1
-C')
Também, consideramos atendidos aos quesitos de juridicidade =cn
-
-~
aJ
e de boa técnica legislativa. !!!!u)
-co
- lO
- cn
-~
iiiiiU:
-(/)
11. 2- Adequação Orçamentária e Financeira

O exame de compatibilidade e adequação orçamentária e


financeira das medidas provisórias abrange a análise da repercussão sobre a
receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento
às normas orçamentárias e fmanceiras vigentes, em especial a conformidade
com a Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal), a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e a lei orçamentária da União. Nesse contexto, está claro que
a Medida Provisória n° 677, de 2015, atende aos requisitos orçamentários e
financeiros. Não há criação de despesa ou renúncia de receita. Além disso,
tendo em vista o caráter privado do FEN, é desnecessário de previsão no
orçamento de investimentos das estatais.

11. 3 - Mérito

Como política de incentivo ao desenvolvimento regional, foram


concedidos beneficios tarifários a empresas que aceitassem se instalar na
Região Nordeste, uma das mais carentes do Brasil. Passadas algumas
décadas, lá estão parques industriais que criam renda e emprego à população
daquela região. Foi uma experiência exitosa que não pode ser desconstruída.

Os contratos que materializavam essa política, celebrados entre


consumidores finais e concessionários geradoras de serviço público, após
serem prorrogados, tinham prazo de vigência de 30 de junho de 2015.
Entretanto, era necessário que fossem prorrogados mais uma vez, tendo em
vista a necessidade de continuarmos avançando nas políticas de redução das
desigualdades regionais.

Com o receio de haver uma queda abrupta da atividade


industrial das empresas a partir do fim da vigência contratual, o Congresso
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 785

Nacional aprovou, por meio da Lei n° 13.097, de 19 de janeiro de 2015,


dispositivo que resguardava os grandes consumidores de energia elétrica. A
Excelentíssima Presidenta da República vetou tal dispositivo, no entanto,
comprometeu-se a submeter para apreciação do Poder Legislativo uma
solução definitiva, que trouxesse beneficios não somente para os
consumidores industriais, mas que também criasse condições para transição
para ambiente de livre concorrência. A Medida Provisória n° 677, de 2015,
foi elaborada nesse sentido, com a redução gradual da energia disponível
--
~

-N
....
='?
-C')

para atendimento desses contratos, com regra de reajuste tarifário -.


-~
=t;1
-or>
-oo
-Ir)

estabelecida em lei, e com a criação de fundo de incentivo à instalação de -or>


-~
empreendimentos energéticos na Região Nordeste, o FEN. •u::
-(/)

Quanto ao período de transição, nota-se que o Poder Executivo


sugeriu prazo de quase 17 (dezessete) anos para que as empresas se adequem
à nova realidade e, a partir de então, busquem paulatinamente outras formas
de suprimento, na figura de autoprodutor ou na escolha livre de seus
fornecedores de energia elétrica.

Por sua vez, o FEN foi concebido como motor financeiro para a
ampliação de projetos de energia elétrica, aumentando a oferta futura para os
consumidores dos mercados cativo e livre. Ainda, em face de ser a Chesf a
única responsável por realizar aporte ao fundo, também será a única empresa
titular dos recursos do FEN.

De fato, o mérito da MPV n° 677, de 2015, é indiscutível.


Conforme será demonstrado, entendemos, contudo, que o seu
aperfeiçoamento é possível e desejável, sem que o cerne da proposição seja
comprometido.

A emenda n° 112, de minha autoria, trata de aperfeiçoamento do


mecanismo de nomeação para agências reguladoras. Ela permite que, no caso
de vacância sem o término do mandato do titular, possa o sabatinado para a
vaga permanecer no cargo pelo prazo que estabelece a lei. Esse é o motivo
pelo qual a acolho.

Como emenda de relator, submeto aperfeiçoamento que


permitirá a retomada de investimentos em empresas que vierem a ser
transferidas à iniciativa privada, especialmente para a CELG Distribuição.
Com a repactuação da dívida, a empresa poderá ter novamente capacidade
de realizar os investimentos necessários em sua área de atuação.
786 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Reconhecendo a importância do arranjo original da MPV n°


677, de 2015, aplicado à Chesf e a consumidores industriais da Região
Nordeste, estendo os beneficios criados pela MPV n° 677, de 2015, às
Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Para tanto, proponho a criação do Fundo
de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste (FESC) e a permissão para que iiii
iiiiii
Fumas negocie energia elétrica a preços competitivos com consumidores dos ::
setores de ferro liga, de silício metálico, ou de magnésio ou que tenham fator
de carga de no mínimo 0,95. O FESC, nos moldes do FEN, visará à
ampliação dos investimentos em energia elétrica, especialmente nas Regiões
Sudeste e Centro-Oeste.

É importante ressaltar que, com a criação do FESC e a garantia


de energia elétrica aos consumidores dos setores de ferroliga, de silício
metálico, ou de magnésio, atendemos, no mérito, total ou parcialmente, as
emendas n° 20, 23, 46, 49 a 61, 64, 88 a 90, 92, 100 e 106. Ainda acato as
emendas n° 103 e 105 pela sua relevância frente ao atual cenário econômico.

Por fim, rejeitamos todas as demais emendas apresentadas, por


apresentarem consequências indesejáveis ao setor elétrico ou por tratarem de
temas estranhos à MPV n° 677, de 2015.

IH- VOTO

Pelo exposto, nosso voto é pela constitucionalidade e


juridicidade da Medida Provisória n° 677, de 2015, e pelo atendimento dos
pressupostos de relevância, urgência e adequação financeira e orçamentária.

No mérito, somos pela aprovação Medida Provisória n° 677, de


2015, e, parcialmente, das Emendas n° 20, 23, 46, 49 a 61 , 64, 88 a 90, 92,
100, 103, 105, 106 e 112 nos termos explicitados na análise, e pela rejeição
das demais emendas, na forma do seguinte projeto de lei de conversão.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO N° , DE 2015


(À MEDIDA PROVISÓRIA N° 677, DE 2015)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 787

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco e a Fumas Centrais Elétricas a
participar, respectivamente, do Fundo de Energia
do Nordeste e do Fundo de Energia do Sudeste e
do Centro-Oeste, com o objetivo de prover
recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, altera a Lei
n° 11.943, de 28 de maio de 2009, a Lei no 10.848, -""
=O?
-(\J
de 15 de março de 2004, a Lei n° 9.491, de 9 de -<1)

setembro de 1997, revoga dispositivo da Lei n°


9.986, de 18 de julho de 2000, e dá outras
-.
=.,
-~
-O>
-lt)

-.,
-co
-.,
providências. -~
iiiLJ:
-(J)

O CONGRESSO NACIONAL Decreta:

Art. 1o Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco -


Chesf autorizada a participar do Fundo de Energia do Nordeste - FEN, com
o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

Art. 2° O FEN será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 3° Serão recursos do FEN aqueles previstos no§ 16 do art.


22 da Lei n° 11.943, de 28 de maio de 2009.

§ 1° Os recursos do FEN deverão ser investidos em


empreendimentos de energia elétrica na seguinte proporção:

I- no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste; e

II - até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde


que em fontes com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

§ 2° Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor.

§ 3° Os recursos do FEN serão de titularidade das


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle
federal que atendam ao disposto no art. 22 da Lei n° 11.943, de 28 de maio
788 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

de 2009, para implantação de empreendimentos de energia elétrica através


de Sociedades de Propósito Específico nas quais as concessionárias tenham
participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital próprio das
sociedades a serem constituídas.

§ 4° Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1°, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo, ao
--=
.....
=~
-N
-(')

=lO
-~
-m
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das .!!!!!!!tt)
-co
-10
-lO
concessionárias geradoras de serviço público de que tratao§ 3°, referenciada !!!!!!:::
-u..
nos planos de negócio associados. -(/)

Art. 4° O Conselho Gestor do FEN- CGFEN será um colegiado


de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento serão definidos em
regulamento.

§ 1° Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar


os membros do CGFEN, indicados pelos titulares das organizações as quais
representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


Presidente do CGFEN.

§ 3° O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFEN contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes


no CGFEN correrão à conta de dotações orçamentárias dos respectivos entes
nele representados.

§ 6° A participação nas atividades do CGFEN será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 5° A Lei n° 11.943, de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive
aquelas sob controle federal, com consumidores finais, vigentes à data de
publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no art. 3° da Lei n°
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 789

10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão aditados a partir de 1o de julho de


2015, desde que atendidas às condições estabelecidas neste artigo, mantidas
as demais condições contratuais.

§ 1° Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8


de fevereiro de 2037. -=
iii

§ 2° As reservas de potência a serem contratadas de I 0 de julho


de 2015 a 8 de fevereiro de 2032 corresponderão a montante de energia igual
à soma das parcelas a seguir:

I - totalidade da parcela da garantia fisica vinculada ao


atendimento dos contratos de fornecimento alcançados pelo caput, a qual
não foi destinada à alocação de cotas de garantia fisica de energia e de
potência, nos termos do art. 1°, § IO, § II e§ 12, da Lei n° I2.783, de 11 de
janeiro de 20I3; e

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia fisica da


Usina Hidrelétrica Sobradinho, no centro de gravidade do submercado da
usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.

§ 3° A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência


contratadas serão reduzidas uniformemente à razão de um sexto a cada ano,
observado o disposto no § I 0 .

§ 4° Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia fisica de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos termos do art. I 0
da Lei n° 12.783, de II de janeiro de 2013, os montantes de energia
correspondentes a:

I- redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no§ 3°,


no período de 9 de fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e

li - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 9 de fevereiro de 2022
a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no§ I2.

§ 5° Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de


que trata o inciso II do § 2° será prorrogada pelo prazo de até trinta anos,
afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 2013.

_ ___________ ,,,
790 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

10

§ 6° A garantia fisica da usina de que trata o inciso II do § 2°


não está sujeita à alocação de cotas de garantia fisica de energia e potência
estabelecida no inciso li do § 1° do art. 1° da Lei n° 12.783, de 2013, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o
disposto no § 4°.

§ 7° O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será


atualizado, considerada a variação do índice de atualização previsto
-
-
i ii

==
_,...
=co
-c\J
-C')
=ú)
contratualmente, desde a data de sua última atualização até 30 de junho de =CT?
-oi>
-co
2015. -"'
-"'
!!!!!!;:::
-u..
~(/)

§ 8° Em 1° de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos


termos do § 7° será majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por
cento.

§ 9° A partir de I 0 de julho de 2016, o valor da tarifa será


reajustado anualmente em 1° de julho, conforme índice de atualização
disposto a seguir:

I- setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços


ao Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de
reajuste da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os Oi


c
doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa ·c;,
·al
de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro a..
Nacional- LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B - NTN-B ou entre
títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o
regulamento.

§ 1O. O montante de energia estabelecido no § 2° será rateado


entre os consumidores de que trata o caput na proporção do consumo médio
apurado entre 1° de janeiro de 2011 e 3 O de junho de 2015.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de fornecimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias geradoras de serviço
público a que se refere o caput.

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse


em aditar total ou parcialmente seus contratos, nos termos deste artigo, ou
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 791

11

decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua


vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos
demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1° de julho de iiii

cada ano, conforme definido no § 9°, as tarifas de energia e de demanda


calculadas nos termos dos§ 7° e § 8° serão objeto das seguintes condições: -=....
-<O
:N
-(')
-~

I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um -~


_.,.,
-..,.,
-<O
-.,.,
adicional tarifário de doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que !!!!!::::
vigorará, excepcionalmente, de 1° de julho de 2015 a 31 de dezembro de =(f}
-LI..

2015;

li - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e


fora de ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que
vigorará, exclusivamente, no período de 1° de janeiro de 2016 a 31 de janeiro
de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1° de julho de 2016 até 1o


de julho de 2021, inclusive, serão consideradas como base de incidência as
tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso li; e

IV- a partir de 1o de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e


demanda serão calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos
§ 7° e § 8°, acrescidos dos reajustes anuais. «i
c
.Õ>
·O:S
a..
§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes
referenciais de energia contratada a cada ano:

I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva


de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga
unitário; e

li -para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor


entre:

a) a reserva de potência contratada neste segmento


considerando o fator de carga unitário; e

b) noventa por cento da reserva de potência contratada no


segmento fora de ponta.
792 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

12

§ 15. Observado o disposto nos §§ 1O, 11 e 12, a reserva de


potência a ser contratada anualmente poderá ser alterada pelo consumidor
com antecedência de sessenta dias antes do início do ano civil subsequente,
nos seguintes termos:
iiii

I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de


potência anual contratada para o ano seguinte em cada segmento boro-
sazonal;
-=N
==
=
....
-co
-(')
=u:;
=O?
-ll'>
-co
-"'
-"'
11 - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior !!!!!!!:::
-u.
-rn
estabelecido pelo montante de energia contratado;

111 - a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá


respeitar o limite inferior de noventa por cento da reserva de potência
contratada neste segmento, exclusivamente para os consumidores que
tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência contratada nos
segmentos de ponta e fora de ponta;

IV - não será admitida redução de reserva de potência anual no


segmento fora de ponta; e

V - não se aplica o disposto no inciso 11 do § 4° e no § 12 à


eventual redução anual de reserva de potência.

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que


trata o caput aportarão, no Fundo de Energia do Nordeste- FEN, a diferença
entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa
calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei n° 12.783,
de 11 de janeiro de 2013, deduzidos, proporcionalmente a essa diferença, os
tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais relativos à
Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20 de maio de
1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei n° 9.991 ,
de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos setoriais que
venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou alíquotas alteradas,
relativa aos seguintes montantes de energia, observado o disposto nos§§ 3°,
nos termos do § 17:

I - na totalidade da parcela da garantia fisica referida no inciso


I do § 2° nos seguintes termos:

a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período de


1° de janeiro de 20 16 a 8 de fevereiro de 2022;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 793

13

b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de


9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037; e
-==
iiii

II- noventa por cento da garantia física da usina de que trata o


inciso II do § 2° no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas
as perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:

a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de


9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 203 7.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FEN, o


valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e
o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada
nos termos do § 16.

§ 18. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração de que trata
o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada exercício,
a movimentação financeira dos aportes realizados ao FEN por ocasião das
demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas
nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos
valores apertados ao FEN, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FEN
do exercício subsequente.

§ 19. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a


31 de dezembro de 2015, não será destinado à alocação de cotas de garantia
física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1o do art. 1° da
Lei da n° 12.783, de 2013, o montante de cotas de garantia física de energia
e de potência correspondente a três vezes o montante de energia estabelecido
no inciso I do § 2°, sendo alocado às concessionárias geradoras de serviço
público de que trata o caput.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
794 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

14

de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica." (NR)

Art. 6° Fica Fumas Centrais Elétricas S.A. - FURNAS


autorizada a participar do Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste - -
-=
i iii

FESC, com o objetivo de prover recursos para a implantação de


empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, conforme
regulamento.

Art. 7° O FESC será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 8° Serão recursos do FESC aqueles previstos no art. 1O


desta Lei.

§ 1o Os recursos do FESC deverão ser investidos em


empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, respeitado o
mínimo de cinquenta por cento no Sudeste e no Centro-Oeste.

§ 2° Os recursos do FESC serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor, preferencialmente em
projetos apresentados pela concessionária de que trata o art. 6°.

§ 3° Os recursos do FESC serão de titularidade da


concessionária geradora de serviço público de que trata art. 6°, para
implantação de empreendimentos de geração e transmissão de energia
elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais tenha
participação acionária de até 49% (quarenta e nove por cento) do capital
próprio das sociedades a serem constituídas.

§ 4° Para a, seleção dos projetos de que trata o § 1°, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
Sociedades de Propósito Específico constituídas deve atender no mínimo ao
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o art. 6°,
referenciada nos planos de negócio associados.

Art. 9° O Conselho Gestor do FESC - CGFESC será um


colegiado de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento será
definida em regulamento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 795

15

§ 1o Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar


os membros do CGFESC, indicados pelos titulares das organizações as quais
representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


Presidente do CGFESC. -
iiii

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_,__
=O?
-(\J

§ 3° O Presidente do CGFESC exercerá o voto de qualidade.


-.
=~
-<I>
-"'
_.,
-.,
-co
-.,
§ 4 o O CGFESC contará com apoio técnico e administrativo de -~
iiiiU:
-(/)
órgão ou entidade da administração pública federal, conforme regulamento.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes


no Conselho Gestor do FESC correrão à conta de dotações orçamentárias
dos respectivos entes nele representados.

§ 6° A participação nas atividades do CGFESC será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 1O. Serão celebrados contratos de suprimento de energia


elétrica entre a concessionária de geração de energia elétrica de que trata o
art. 6° e os consumidores finais cujas unidades consumidoras localizadas no
submercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que atendidas
as condições estabelecidas neste artigo.
(li
c
"5>
§ 1o Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e registrados ·<IS
a.
no Ambiente de Contratação Livre- ACL até 27 de fevereiro de 2020.

§ 2° Os contratos de que trata o caput terão início em 1o de


janeiro de 2016 e término em 26 de fevereiro de 203 5 e, observado o disposto
no § 5°, início de suprimento em:

a) 1° de janeiro de 2016;

b) 1° de janeiro de 2017; e

c) 1° de janeiro de 2018.

§ 3° Os montantes de energia a serem contratados equivalem às


parcelas de energia vinculadas à garantia fisica da Usina Hidrelétrica
Itumbiara, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as
perdas elétricas e o consumo interno, conforme disposto a seguir:
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796 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

16

I - em 2016, vinte por cento da garantia física da usina deduzidas


as perdas e o consumo interno;

II - em 2017, cinquenta por cento da garantia fisica da usina


deduzidas as perdas e o consumo interno; e iiiiii

-=
;;;;::

III - a partir de 2018, oitenta por cento da garantia física da usina .....
=o:>
-N
-<')

deduzidas as perdas e o consumo interno, observado o disposto no§ 4°.


-.
-u:;
-O>

-
-U")

-.,.,
-co
-.,.,
§ 4° A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de energia ....
iiiU:
~(f.)
contratada serão reduzidos uniformemente à razão de um sexto a cada ano,
observado o término de suprimento disposto no§ 2°.

§ 5° As revisões ordinárias de garantia física da usina de que


trata o § 3° que impliquem redução da garantia física ensejarão redução
proporcional dos montantes contratados.

§ 6° Para a contratação de que trata o caput, a concessionária


geradora de serviço público de que trata o art. 6° deverá realizar leilão no
prazo de sessenta dias contados da publicação dessa Lei, nos termos do
inciso I do § 5° do art. 27 da Lei n° 1O.43 8, de 26 de abril de 2002, observadas
as seguintes diretrizes:

I - o preço de referência do leilão será o preço médio dos


contratos aditivados em 1° de julho de 2015, nos termos do art. 22 da Lei n°
11.943, de 28 de maio de 2009, acrescido de cinco inteiros e quatro décimos
por cento, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
- IPCA, ou outro que o substitua, do mês de agosto de 2015 até o mês de
realização do leilão;

II - o critério de seleção será o de maior preço ofertado;

III - o montante de energia a ser contratada será rateado com


base na declaração de necessidade dos consumidores de que trata o caput,
vencedores do leilão, limitada, no total a ser suprido, ao consumo médio
apurado entre 1o de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2012;

IV - poderão contratar energia nos leilões exclusivamente os


consumidores de que trata o caput cujas unidades consumidoras são
atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maior ou igual a
500 kW (quinhentos quilowatts), desde que:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 797

17

a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de


magnésio; ou

b) cujas unidades consumidoras tenham fator de carga de no


mínimo 0,95, apurado no período de que trata o inciso III.
--
-
iiiii
:::
V - a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com .....
=co
-c(,
-cn
frequência mínima semestral, para atendimento a partir do início do semestre
subsequente, até que a energia de que trata o § 3° esteja totalmente -.
-~
= Ltl
-O)
-Ltl
-co
-Ltl
-Ltl
contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro. !!!!!!:::
-LL.
~(/)

§ 7° O preço dos contratos será reajustado anualmente em


janeiro, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice de Preço ao


Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de reajuste
da tarifa; e ,...
o
éó
~
o
II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os
doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa
de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro
Nacional- LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B- NTN-B ou entre
títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o
regulamento.

§ 8° A energia contratada terá sazonalização e modulação


uniforme e o pagamento dar-se-á pela energia contratada ao valor resultante
dos leilões de que trata o § 6°, atualizado nos termos do § 7°.

§ 9° A diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será apurada mensalmente, calculada para cada
consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:

I - a média móvel de doze meses da energia contratada; e

II - a média do consumo de energia dos doze meses precedentes


ao mês de apuração, contabilizado na Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica - CCEE, considerado o rateio de perdas na Rede Básica.
798 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

18

§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à


energia contratada média, será devido pelo consumidor ao concessionário de
geração, o valor a ser calculado conforme disposto a seguir:

I - a diferença entre a energia contratada média e a energia iiiiii

consumida média será valorada, considerado o período de dozes meses


anteriores ao mês de apuração, pela diferença positiva entre: =
-.-..
=t\1
-co
-C')

a) o Preço de Liquidação das Diferenças - PLD médio, do -.


-~
=~
-LI")
-co

--
-LI")
-LI")
submercado Sudeste/Centro-Oeste; e -~
-u..
-C/)

b) o preço médio dos contratos de que trata o caput;

11 - não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for


inferior ou igual ao preço médio dos contratos;

III - será devido mensalmente o valor correspondente a um doze


avos do valor calculado nos termos do inciso I;

IV - o pagamento da primeira parcela de que trata o inciso III


dar-se-á após decorridos vinte e quatro meses do início de suprimento do
contrato;

V - as parcelas de que trata o inciso Ill serão devidas até a


completa quitação das diferenças entre a energia contratada média e a
energia consumida média.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de suprimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras contratadas com a concessionária de geração.

§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão ou


redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia
dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia fisica de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional- SIN, nos termos do art. I 0
da Lei n° 12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes a:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 799

19

I- redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no§ 4°,


no período 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035;

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 27 de fevereiro de 2020 iiiiii
;;;;::
a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no§ 12; e =
-r-.
=(\)
-o:>
-C'>
III- qualquer parcela de energia de que trata o § 3°, inciso III,
que não tiver sido contratada nos termos do § 6°, no período de 27 de -.
-~
=L()
-a>
-L()
-co
-L()
-L()
fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035. -~
•u:
~C/)

§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina


de que trata o § 3° será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o
prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 2013.

§ 15. A garantia fisica da usina de que trata o § 3° não estará


sujeita à alocação de cotas de garantia fisica de energia e potência
estabelecida no inciso II do § 1° do art. 1o da Lei n° 12.783, 11 de janeiro de
2013, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035,
observado o disposto no§ 13.

§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que trata


o caput aportará, no Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste- FESC,
a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei n°
12.783, de 11 de janeiro de 2013, deduzidos, proporcionalmente a essa
diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20
de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei
n° 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou
alíquotas alteradas, relativa ao montante de energia contratada nos termos
dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, nos termos dos §§ 17 e
18.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FESC o


valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e
o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada
nos termos do § 16.
800 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

20

§ 18. O aporte ao FESC da diferença entre a receita dos


contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL,
nos termos dos §§ 15 e 16, relativa ao montante de energia contratado nos
termos dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, dar-se-á
=
considerando o disposto a seguir:
--.-..
!!!!!!!!!

I - oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no =N


-CC

-<->
período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2030;
-.
-~
:g;
-ll'>
-CC
-lf)
-lf)

li- cem por cento da diferença prevista no caput, no período !!!!!!!! ~


-il:
-rn
de 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035; e

III - cem por cento da receita adicional prevista no § 8°,


realizadas as deduções previstas nos§§ 15 e 16, no período de 27 de fevereiro
de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.

§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração de que trata
o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada exercício,
a movimentação financeira dos aportes realizados ao FESC por ocasião das
demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas
nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos
valores apertados ao FESC, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao
FESC do exercício subsequente.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica.

Art. 11 A Lei n° 9.491, de 9 de setembro de 1997, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6°............................................................................... .

.................................................................................................

§ 10. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica- ANEEL


autorizada a anuir com a repactuação, que venha a gerar beneficios
potenciais à prestação do serviço público de distribuição de energia, de
dívidas setoriais em moeda estrangeira, das empresas incluídas no Programa
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 801

21

Nacional de Desestatização (PND), para que seja convertida em moeda


nacional, com remuneração mensal pela variação da taxa do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia- SELIC e prazo máximo de 120 meses
considerando períodos de carência e de amortização.

§ 11. Será considerado como data base da repactuação, de que


trata o§ 10, o primeiro dia útil do ano em que se deu a inclusão da empresa
no PND." (NR) -"
="?
-(\J
-C?

-.
-~
=~
_.,
-.,
-.,
-<O

Art. 12. Não se aplicam os limites constantes dos artigos 15 e !!!:::::


-u..
-(/)
16 da Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995 às sociedades empresariais que
pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial, nos
termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.1 O1, de 9 de fevereiro de 2005, até
o trânsito em julgado da sentença disposta no artigo n° 63 da referida Lei.

Art. 13. O art. IOA da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 10-A O empresário ou sociedade empresarial que pleitear


ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos
arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.1 O1, de 9 de fevereiro de 2005, poderão parcelar
seus débitos com a União, inclusive os constituídos posteriormente ao
processamento da recuperação judicial, em cento e vinte parcelas mensais e
consecutivas, calculadas observando-se os seguintes percentuais mínimos,
aplicados sobre o valor da dívida consolidada:

I - 1a (primeira) à 243 (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco


décimos por cento);

3
II - da 25 (vigésima quinta) à 483 (quadragésima oitava)
prestação: 0,7% (sete décimos por cento);

3
III - da 49 (quadragésima nona) à 1193 (centésima décima
nona) prestação: 1% (um por cento); e

3
IV - 120 (centésima vigésima) prestação: saldo devedor
remanescente .

..............................................................."(NR)

Art. 13. Fica revogado o parágrafo único do art. 6° da Lei n°


9.986, de 18 de julho de 2000.
802 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

22

Art. 14. Fica revogado o parágrafo 1° do art. 10-A da Lei n°


10.522, de 19 de julho de 2002.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão,
-
iiii

, Presidente

/J!! 11 /1/\ \
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 803

PARECER No 1-Z, DE 2015 - CN

Da COMISSÃO MISTA, sobre a Medida


Provisória no 677, de 22 de junho de 2015, que
autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco a participar do Fundo de Energia do
Nordeste, com o objetivo de prover recursos para
a implementação de empreendimentos de energia
elétrica, e altera a Lei no 11.943, de 28 de maio
de 2009, e a Lei no 10.848, de 15 de março de
2004.

Relator: Senador EUNÍCIO OLIVEIRA

I- RELATÓRIO

Vem à análise desta Comissão Mista a Medida Provisória


(MPV) n° 677, de 22 de junho de 2015, que aperfeiçoa os mecanismos de
incentivo para o setor energético nacional. Em consonância com o art. 62, §
9°, da Constituição Federal, cabe a esta Comissão Mista examinar a medida
Provisória em referência e emitir parecer prévio à apreciação por cada uma
das Casas Legislativas.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, lastreia-se em dois


objetivos: o primeiro é o estabelecimento de cláusula de aditamento de
contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre
concessionárias geradoras de serviço público com consumidores finais; o
segundo é a criação do Fundo de Energia do Nordeste (FEN), que visará a
provisão de recursos financeiros para implantação empreendimentos de
energia elétrica por meio de Sociedades de Propósito Específico, de qual a
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) participará com até
49% de seu capital.

A proposta legislativa é composta de seis artigos cujas


disposições principais são a seguir sintetizadas:
804 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

• Prevê o aditamento de contratos firmados na década de


70 entre a Chesf e alguns consumidores eletrointensivos
localizados na Região Nordeste, prorrogando-os até 2037,
prevendo, contudo, a descontratação gradual da energia
elétrica a partir de 2032;

• Prorroga pelo prazo de até 30 anos, a concessão da


Usina Hidrelétrica (UHE) Sobradinho, que vence em 2022, a
fim de viabilizar o arranjo institucional do aditamento
contratual para grandes consumidores da região nordeste; e

• Estabelece fonte de recursos e cria o Fundo de Energia


do Nordeste (FEN), a ser administrado por instituição
financeira controlada pela União e com o objetivo implantar
empreendimentos de energia elétrica, especialmente na Região
Nordeste.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, recebeu 120 (cento e


vinte) emendas.

Segundo a Exposição de Motivos que a acompanha, buscou-se


solução definitiva para os contratos de energia elétrica de consumidores
industriais na Região Nordeste, que atualmente são atendidos diretamente
pela Chesf.

li-ANÁLISE

11. 1 - Constitucionalidade, Juridicidade, Adequação Financeira e


Orçamentária, Técnica Legislativa da Medida Provisória

Nos termos do art. 5° da Resolução do Congresso Nacional n°


1, de 8 de maio de 2002, compete a esta Comissão opinar sobre os aspectos
constitucionais das medidas provisórias, inclusive sobre os pressupostos de
relevância e urgência.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, trata de autorização para


que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco participe do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
n° 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei n° 10.848, de 15 de março d~-
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 805

2004. As matérias objeto da :rviPV se enquadram no rol daquelas


disciplináveis por lei federal, a teor do art. 22, IV, e 48, caput, da
Constituição Federal. E o art. 21, XII, b, da Lei Maior prevê claramente ser
de responsabilidade da União, a exploração dos serviços e instalações de
energia elétrica.

Se o assunto deve ser disciplinado em lei federal, não é menos


verdade que ele pode ser objeto de medida provisória, uma vez que não
figura no rol do art. 62, § 1°, da Constituição, que enumera as vedações
materiais à edição de medidas provisórias.

Tampouco se aplica ao caso a regra do art. 246 da Carta


Magna, que proíbe a edição de medidas provisórias que regulamentem
artigo da Constituição alterado por emenda promulgada entre 1° de janeiro
de 1995 e 11 de setembro de 2001. Com efeito, nem o já citado art. 21, XII,
b, nem o art. 175, que trata das concessões e permissões de serviço público,
foi alterado por Emenda Constitucional. Tal posicionamento foi assentado
pelo Supremo Tribunal Federal, quando do exame da constitucionalidade
da Medida Provisória n° 144, de 2003, que promovia diversas alterações no
marco legal do setor elétrico brasileiro.

Quanto aos pressupostos constitucionais de relevância e


urgência, entendemos que a Medida Provisória n° 677 os atende
plenamente. São notórios os problemas relativos à produção e distribuição
de energia elétrica no país. O Fundo de Energia do Nordeste , do qual a
Chesf está sendo autorizada a participar, e que a própria MPV determina
que seja criado e administrado por uma instituição financeira controlada
pela União, tem o objetivo de prover recursos para a implantação de
empreendimentos de energia elétrica. Esses empreendimentos são
essenciais no esforço por dar segurança aos agentes econômicos para fazer
outros investimentos necessários à garantia da oferta de energia para o setor
produtivo e para as famílias brasileiras.

Resta claro que a Medida Provisória n° 677, de 2015, pretende


oferecer condições imediatas para que empreendimentos de energia elétrica
venham a suprir necessidades da Região Nordeste, a de maior carência na
atualidade. No mínimo, cinquenta por cento dos recursos do FEN deverão
ser investidos em empreendimentos de energia elétrica na Região Nordeste.
O restante, nas demais regiões do País, desde que em fontes com preços
inferiores aos praticados na Região Nordeste.
806 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Tudo o que foi mencionado nos leva a concluir, de forma


cabal, pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência.

Antes de passar à análise da adequação orçamentária e


financeira da MPV, cumpre registrar que também a exigência do § 1° do
art. 2° da Resolução do Congresso Nacional n° 1, de 2002, foi atendida.
Segundo esse dispositivo, o texto da medida provisória deve ser
encaminhado ao Congresso Nacional, no dia de sua publicação no Diário
Oficial, acompanhado das respectivas mensagem e exposição de motivos.

Também, consideramos atendidos aos quesitos de juridicidade


e de boa técnica legislativa.

11. 2- Adequação Orçamentária e Financeira

O exame de compatibilidade e adequação orçamentária e


financeira das medidas provisórias abrange a análise da repercussão sobre a
receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto ao
atendimento às normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a
conformidade com a Lei Complementar n° 1O1, de 4 de maio de 2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal), a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e a lei orçamentária da União. Nesse contexto, está claro que
a Medida Provisória n° 677, de 2015, atende aos requisitos orçamentários e
financeiros. Não há criação de despesa ou renúncia de receita. Além disso,
tendo em vista o caráter privado do FEN, é desnecessário de previsão no
orçamento de investimentos das estatais.

11. 3 - Mérito

Como política de incentivo ao desenvolvimento regional,


foram concedidos beneficios tarifários a empresas que aceitassem se
instalar na Região Nordeste, uma das mais carentes do Brasil. Passadas
algumas décadas, lá estão parques industriais que criam renda e emprego à
população daquela região. F oi uma experiência exitosa que não pode ser
desconstruída.

Os contratos que materializavam essa política, celebrados


entre consumidores finais e concessionários geradoras de serviço público,
após serem prorrogados, tinham prazo de vigência de 30 de junho de 2015.
Entretanto, era necessário que fossem prorrogados mais uma vez, tendo em
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 807

vista a necessidade de continuarmos avançando nas políticas de redução


das desigualdades regionais.

Com o receio de haver uma queda abrupta da atividade


industrial das empresas a partir do fim da vigência contratual, o Congresso
Nacional aprovou, por meio da Lei n° 13.097, de 19 de janeiro de 2015,
dispositivo que resguardava os grandes consumidores de energia elétrica. A
Excelentíssima Presidenta da República vetou tal dispositivo, no entanto,
comprometeu-se a submeter para apreciação do Poder Legislativo uma
solução definitiva, que trouxesse beneficios não somente para os
consumidores industriais, mas que também criasse condições para transição
para ambiente de livre concorrência. A Medida Provisória n° 677, de 2015,
foi elaborada nesse sentido, com a redução gradual da energia disponível
para atendimento desses contratos, com regra de reajuste tarifário
estabelecida em lei, e com a criação de fundo de incentivo à instalação de
empreendimentos energéticos na Região Nordeste, o FEN.

Quanto ao período de transição, nota-se que o Poder Executivo


sugeriu prazo de quase 17 (dezessete) anos para que as empresas se
adequem à nova realidade e, a partir de então, busquem paulatinamente
outras formas de suprimento, na figura de autoprodutor ou na escolha livre
de seus fornecedores de energia elétrica.

Por sua vez, o FEN foi concebido como motor financeiro para
a ampliação de projetos de energia elétrica, aumentando a oferta futura para
os consumidores dos mercados cativo e livre. Ainda, em face de ser a Chesf
a única responsável por realizar aporte ao fundo, também será a única
empresa titular dos recursos do FEN.

De fato, o mérito da MPV n° 677, de 2015, é indiscutível.


Conforme será demonstrado, entendemos, contudo, que o seu
aperfeiçoamento é possível e desejável, sem que o cerne da proposição seja
comprometido.

A emenda n° 112, de minha autoria, trata de aperfeiçoamento


do mecanismo de nomeação para agências reguladoras. Ela permite que, no
caso de vacância sem o término do mandato do titular, possa o sabatinado
para a vaga permanecer no cargo pelo prazo que estabelece a lei. Esse é o
motivo pelo qual a acolho.

Como emenda de relator, submeto aperfeiçoamento que


permitirá a retomada de investimentos em empresas que vierem a~
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808 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

transferidas à iniciativa privada, especialmente para a CELG Distribuição.


Com a repactuação da dívida, a empresa poderá ter novamente capacidade
de realizar os investimentos necessários em sua área de atuação.

Reconhecendo a importância do arranjo original da :MPV n°


677, de 2015, aplicado à Chesf e a consumidores industriais da Região
Nordeste, estendo os beneficios criados pela :MPV n° 677, de 2015, às
Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Para tanto, proponho a criação do Fundo
de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste (FESC) e a permissão para que
Fumas negocie energia elétrica a preços competitivos com consumidores
dos setores de ferroliga, de silício metálico, ou de magnésio ou que tenham
fator de carga de no mínimo 0,95. O FESC, nos moldes do FEN, visará à
ampliação dos investimentos em energia elétrica, especialmente nas
Regiões Sudeste e Centro-Oeste.

É importante ressaltar que, com a criação do FESC e a garantia


de energia elétrica aos consumidores dos setores de ferroliga, de silício
metálico, ou de magnésio, atendemos, no mérito, total ou parcialmente, as
emendas n° 20, 23, 46, 49 a 61 , 64, 88 a 90, 92, 100 e 106. Ainda acato as
emendas n° 103 e 105 pela sua relevância frente ao atual cenário
econômico.

Propomos ainda a aceitação das emendas 116 e 117, que


corrigem uma injustiça com os consumidores dos sistemas isolados de
energia elétrica.

Por fim, rejeitamos todas as demais emendas apresentadas, por


apresentarem consequências indesejáveis ao setor elétrico ou por tratarem
de temas estranhos à :MPV n° 677, de 2015.

ID-VOTO

Pelo exposto, nosso voto é pela constitucionalidade e


juridicidade da Medida Provisória n° 677, de 2015, e pelo atendimento dos
pressupostos de relevância, urgência e adequação financeira e
orçamentária.

No mérito, somos pela aprovação Medida Provisória n° 677,


de 2015, e, parcialmente, das Emendas n° 20, 23, 46, 49 a 61 , 64, 88 a 90,
92, 100, 103, 105, 106, 112, 116 e 117 nos termos explicitados na análise, e
pela rejeição das demais emendas, na forma do seguinte projeto de lei de ___,
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 809

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO No, DE 2015


(À MEDIDA PROVISÓRIA No 677, DE 2015)

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco e a Fumas Centrais Elétricas a
participar, respectivamente, do Fundo de Energia
do Nordeste e do Fundo de Energia do Sudeste e
do Centro-Oeste, com o objetivo de prover
recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, altera a Lei
n° 11.943, de 28 de maio de 2009, a Lei n°
10.848, de 15 de março de 2004, a Lei n° 9.491,
de 9 de setembro de 1997, revoga dispositivo da
Lei n° 9.986, de 18 de julho de 2000, e dá outras
providências.

O CONGRESSO NACIONAL Decreta:

Art. 1o Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco -


Chesf autorizada a participar do Fundo de Energia do Nordeste- FEN, com
o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

Art. 2° O FEN será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 3° Serão recursos do FEN aqueles previstos no § 16 do


art. 22 da Lei n° 11.943, de 28 de maio de 2009.

§ 1° Os recursos do FEN deverão ser investidos em


empreendimentos de energia elétrica na seguinte proporção:

I - no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste; e ~-fEJ.J-c:.


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810 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

li- até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde
que em fontes com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

§ 2° Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor.

§ 3° Os recursos do FEN serão de titularidade das


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob
controle federal que atendam ao disposto no art. 22 da Lei n° 11.943, de 28
de maio de 2009, para implantação de empreendimentos de energia elétrica
através de Sociedades de Propósito Específico nas quais as concessionárias
tenham participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital
próprio das sociedades a serem constituídas.

§ 4o Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1o, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo,
ao custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o § 3°,
referenciada nos planos de negócio associados.

Art. 4° O Conselho Gestor do FEN - CGFEN será um


colegiado de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento serão
definidos em regulamento.

§ 1° Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia


designar os membros do CGFEN, indicados pelos titulares das
organizações as quais representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


Presidente do CGFEN.

§ 3° O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFEN contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos


representantes no CGFEN correrão à conta de dotações orçamentárias dos
respectivos entes nele representados.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 811

§ 6° A participação nas atividades do CGFEN será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 5° A Lei n° 11.943, de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive
aquelas sob controle federal, com consumidores fmais, vigentes à data de
publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no art. 3° da Lei n°
10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão aditados a partir de 1o de julho
de 2015, desde que atendidas às condições estabelecidas neste artigo,
mantidas as demais condições contratuais.

§ 1o Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8


de fevereiro de 2037.

§ 2° As reservas de potência a serem contratadas de 1o de julho


de 2015 a 8 de fevereiro de 2032 corresponderão a montante de energia
igual à soma das parcelas a seguir:

I - totalidade da parcela da garantia física vinculada ao


atendimento dos contratos de fornecimento alcançados pelo caput, a qual
não foi destinada à alocação de cotas de garantia física de energia e de
potência, nos termos do art. I 0 , § 1O, § 11 e § 12, da Lei n° 12.783, de 11 de
janeiro de 2013; e

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia fisica da


Usina Hidrelétrica Sobradinho, no centro de gravidade do submercado da
usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno.

§ 3° A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência


contratadas serão reduzidas uniformemente à razão de um sexto a cada ano,
observado o disposto no§ 1°.

§ 4° Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos termos do art.
1° da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de 2013, os montantes de energia
correspondentes a:
812 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

10

I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no §


3°, no período de 9 de fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 9 de fevereiro de 2022
a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no§ 12.

§ 5° Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina


de que trata o inciso II do § 2° será prorrogada pelo prazo de até trinta anos,
afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de
2013.

§ 6° A garantia física da usina de que trata o inciso II do § 2°


não está sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência
estabelecida no inciso II do § 1° do art. 1° da Lei n° 12.783, de 2013, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o
disposto no§ 4°.

§ 7° O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será


atualizado, considerada a variação do índice de atualização previsto
contratualmente, desde a data de sua última atualização até 3O de junho de
2015.

§ 8° Em 1° de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos


termos do § 7° será majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por
cento.

§ 9° A partir de 1° de julho de 20 16, o valor da tarifa será


reajustado anualmente em 1o de julho, conforme índice de atualização
disposto a seguir:

I- setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços


ao Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data
de reajuste da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para


os doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na
taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do
Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B - NTN-
B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme
dispuser o regulamento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 813

11

§ 1O. O montante de energia estabelecido no § 2° será rateado


entre os consumidores de que trata o caput na proporção do consumo
médio apurado entre 1° de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de fornecimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias geradoras de
serviço público a que se refere o caput.

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem


interesse em aditar total ou parcialmente seus contratos, nos termos deste
artigo, ou decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de
sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados
aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1° de julho


de cada ano, conforme definido no § 9°, as tarifas de energia e de demanda
calculadas nos termos dos§ 7° e§ 8° serão objeto das seguintes condições:

I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um


adicional tarifário de doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que
vigorará, excepcionalmente, de 1° de julho de 2015 a 31 de dezembro de
2015;

II - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e


fora de ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que
vigorará, exclusivamente, no período de 1° de janeiro de 2016 a 31 de
janeiro de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata o
inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1o de julho de 2016 até 1o


de julho de 2021, inclusive, serão consideradas como base de incidência as
tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso II; e

IV - a partir de 1° de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e


demanda serão calculadas a partir dos valores estabelecidos nos termos dos
§ 7° e § 8°, acrescidos dos reajustes anuais.

§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes


referenciais de energia contratada a cada ano:
814 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

12

I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva


de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga
unitário; e

II - para o segmento de ponta, a energia associada ao maior


valor entre:

a) a reserva de potência contratada neste segmento


considerando o fator de carga unitário; e

b) noventa por cento da reserva de potência contratada no


segmento fora de ponta.

§ 15. Observado o disposto nos §§ 10, 11 e 12, a reserva de


potência a ser contratada anualmente poderá ser alterada pelo consumidor
com antecedência de sessenta dias antes do início do ano civil subsequente,
nos seguintes termos:

I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de


potência anual contratada para o ano seguinte em cada segmento boro-
sazonal;

II - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite


superior estabelecido pelo montante de energia contratado;

III - a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá


respeitar o limite inferior de noventa por cento da reserva de potência
contratada neste segmento, exclusivamente para os consumidores que
tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência contratada
nos segmentos de ponta e fora de ponta;

IV - não será admitida redução de reserva de potência anual no


segmento fora de ponta; e

V - não se aplica o disposto no inciso II do § 4° e no § 12 à


eventual redução anual de reserva de potência.

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que


trata o caput aportarão, no Fundo de Energia do Nordeste - FEN, a
diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei n°
12.783, de 11 de janeiro de 2013, deduzidos, proporcionalmente a es§"j;)o.-.• ..
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 815

13

diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais


relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei no 5.655, de 20
de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na
Lei no 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou
alíquotas alteradas, relativa aos seguintes montantes de energia, observado
o disposto nos§§ 3°, nos termos do§ 17:

I - na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso


I do § 2° nos seguintes termos:

a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período


de 1o de janeiro de 2016 a 8 de fevereiro de 2022;

b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de


9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 203 7; e

II - noventa por cento da garantia física da usina de que trata o


inciso II do § 2° no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas
as perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:

a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de


9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FEN, o


valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos
e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL,
calculada nos termos do § 16.

§ 18. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de


dezembro de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração
de que trata o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de
cada exercício, a movimentação financeira dos aportes realizados ao FEN
por ocasião das demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às
deduções realizadas nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os.&(6'~::::,.(..._,
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816 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

14

eventuais ajustes nos valores apertados ao FEN, que deverão ser


reconhecidos nos aportes ao FEN do exercício subsequente.

§ 19. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a


31 de dezembro de 2015, não será destinado à alocação de cotas de garantia
fisica de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1o do art. 1o da
Lei da n° 12.783, de 2013, o montante de cotas de garantia fisica de energia
e de potência correspondente a três vezes o montante de energia
estabelecido no inciso I do § 2°, sendo alocado às concessionárias
geradoras de serviço público de que trata o caput.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica." (NR)

Art. 6° Fica Fumas Centrais Elétricas S.A. - FURNAS


autorizada a participar do Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste -
FESC, com o objetivo de prover recursos para a implantação de
empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, conforme
regulamento.

Art. 7° O FESC será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 8° Serão recursos do FESC aqueles previstos no art. 1O


desta Lei.

§ 1o Os recursos do FESC deverão ser investidos em


empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, respeitado o
mínimo de cinquenta por cento no Sudeste e no Centro-Oeste.

§ 2° Os recursos do FESC serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor, preferencialmente em
projetos apresentados pela concessionária de que trata o art. 6°.

§ 3° Os recursos do FESC serão de titularidade da


concessionária geradora de serviço público de que trata art. 6°, para
implantação de empreendimentos de geração e transmissão de energia
elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais tenh\§Õk-t..:.~_
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 817

15

participação acionária de até 49% (quarenta e nove por cento) do capital


próprio das sociedades a serem constituídas.

§ 4° Para a seleção dos projetos de que trata o § 1°, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
Sociedades de Propósito Específico constituídas deve atender no mínimo
ao custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o art. 6°,
referenciada nos planos de negócio associados.

Art. 9° O Conselho Gestor do FESC - CGFESC será um


colegiado de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento será
definida em regulamento.

§ 1° Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia


designar os membros do CGFESC, indicados pelos titulares das
organizações as quais representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


Presidente do CGFESC.

§ 3° O Presidente do CGFESC exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFESC contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal, conforme regulamento.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos


representantes no Conselho Gestor do FESC correrão à conta de dotações
orçamentárias dos respectivos entes nele representados.

§ 6° A participação nas atividades do CGFESC será


considerada prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 10. Serão celebrados contratos de suprimento de energia


elétrica entre a concessionária de geração de energia elétrica de que trata o
art. 6° e os consumidores finais cujas unidades consumidoras localizadas no
submercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que
atendidas as condições estabelecidas neste artigo.

§ 1o Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e


registrados no Ambiente de Contratação Livre- ACL até 27 de fevereiro de ....~6'1-.:. .
2020. ~H ..._~f:}..,
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818 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

16

§ 2° Os contratos de que trata o caput terão início em 1o de


janeiro de 2016 e término em 26 de fevereiro de 2035 e, observado o
disposto no § 5°, início de suprimento em:

a) 1° de janeiro de 2016;

b) 1°dejaneirode2017;e

c) 1o de janeiro de 2018.

§ 3° Os montantes de energia a serem contratados equivalem


às parcelas de energia vinculadas à garantia física da Usina Hidrelétrica
Itumbiara, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as
perdas elétricas e o consumo interno, conforme disposto a seguir:

I - em 20 16, vinte por cento da garantia física da usma


deduzidas as perdas e o consumo interno;

II - em 201 7, cinquenta por cento da garantia física da usina


deduzidas as perdas e o consumo interno; e

III - a partir de 2018, oitenta por cento da garantia física da


usina deduzidas as perdas e o consumo interno, observado o disposto no §
40.

§ 4° A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de


energia contratada serão reduzidos uniformemente à razão de um sexto a
cada ano, observado o término de suprimento disposto no § 2°.

§ 5° As revisões ordinárias de garantia física da usina de que


trata o § 3° que impliquem redução da garantia física ensejarão redução
proporcional dos montantes contratados.

§ 6° Para a contratação de que trata o caput, a concessionária


geradora de serviço público de que trata o art. 6° deverá realizar leilão no
prazo de sessenta dias contados da publicação dessa Lei, nos termos do
inciso I do § 5° do art. 27 da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002,
observadas as seguintes diretrizes:

I - o preço de referência do leilão será o preço médio dos


contratos aditivados em 1o de julho de 2015, nos termos do art. 22 da Lei n°
11.943, de 28 de maio de 2009, acrescido de cinco inteiros e q~E'b-6. .
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 819

17

décimos por cento, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao


Consumidor Amplo - IPCA, ou outro que o substitua, do mês de agosto de
2015 até o mês de realização do leilão;

II - o critério de seleção será o de maior preço ofertado;

III - o montante de energia a ser contratada será rateado com


base na declaração de necessidade dos consumidores de que trata o caput,
vencedores do leilão, limitada, no total a ser suprido, ao consumo médio
apurado entre 1o de janeiro de 201 O e 31 de dezembro de 20 12;

IV - poderão contratar energia nos leilões exclusivamente os


consumidores de que trata o caput cujas unidades consumidoras são
atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maior ou igual
a 500 kW (quinhentos quilowatts), desde que:

a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de


magnésio; ou

b) cujas unidades consumidoras tenham fator de carga de no


mínimo 0,95, apurado no período de que trata o inciso III.

V - a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com


frequência mínima semestral, para atendimento a partir do início do
semestre subsequente, até que a energia de que trata o§ 3° esteja totalmente
contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro.

§ 7° O preço dos contratos será reajustado anualmente em


janeiro, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice de Preço ao


Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data
de reajuste da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para


os doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na
taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do
Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B - NTN-
B ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme
dispuser o regulamento.
820 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

18

§ 8° A energia contratada terá sazonalização e modulação


uniforme e o pagamento dar-se-á pela energia contratada ao valor
resultante dos leilões de que trata o§ 6°, atualizado nos termos do§ 7°.

§ 9° A diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será apurada mensalmente, calculada para cada
consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:

I - a média móvel de doze meses da energia contratada; e

II - a média do consumo de energia dos doze meses


precedentes ao mês de apuração, contabilizado na Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, considerado o rateio de
perdas na Rede Básica.

§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à


energia contratada média, será devido pelo consumidor ao concessionário
de geração, o valor a ser calculado conforme disposto a seguir:

I - a diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será valorada, considerado o período de dozes meses
anteriores ao mês de apuração, pela diferença positiva entre:

a) o Preço de Liquidação das Diferenças - PLD médio, do


submercado Sudeste/Centro-Oeste; e

b) o preço médio dos contratos de que trata o caput;

II - não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for


inferior ou igual ao preço médio dos contratos;

III - será devido mensalmente o valor correspondente a um


doze avos do valor calculado nos termos do inciso I;

IV - o pagamento da primeira parcela de que trata o inciso III


dar-se-á após decorridos vinte e quatro meses do início de suprimento do
contrato;

V - as parcelas de que trata o inciso III serão devidas até a


completa quitação das diferenças entre a energia contratada média e a
energia consumida média.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 821

19

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de suprimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras contratadas com a concessionária de geração.

§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão


ou redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de
energia dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para
rateio.

§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, nos termos do art.
1° da Lei n° 12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes a:

I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no §


4°, no período 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035;

li - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 27 de fevereiro de
2020 a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no§ 12; e

III - qualquer parcela de energia de que trata o § 3°, inciso III,


que não tiver sido contratada nos termos do § 6°, no período de 27 de
fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.

§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina


de que trata o § 3° será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o
prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 20 13.

§ 15. A garantia física da usina de que trata o § 3° não estará


SUJeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência
estabelecida no inciso li do § 1o do art. 1o da Lei n° 12.783, 11 de janeiro de
2013, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035,
observado o disposto no § 13.

§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que


trata o caput aportará, no Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste -
FESC, a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à
aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°,
inciso I, da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de 2013, deduzidos,
proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a receita
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822 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

20

bruta e os encargos setoriais relativos à Reserva Global de Reversão,


instituída pela Lei n° 5.655, de 20 de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e
Desenvolvimento, previstos na Lei n° 9.991, de 24 de julho de 2000, e
quaisquer outros tributos e encargos setoriais que venham a ser criados ou
tenham suas bases de cálculo ou alíquotas alteradas, relativa ao montante
de energia contratada nos termos dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos
§§ 4° e 13, nos termos dos§§ 17 e 18.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FESC o


valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos
e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL,
calculada nos termos do§ 16.

§ 18. O aporte ao FESC da diferença entre a receita dos


contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela
ANEEL, nos termos dos §§ 15 e 16, relativa ao montante de energia
contratado nos termos dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13,
dar-se-á considerando o disposto a seguir:

I - oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2030;

II - cem por cento da diferença prevista no caput, no período


de 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035; e

111 - cem por cento da receita adicional prevista no § 8°,


realizadas as deduções previstas nos §§ 15 e 16, no período de 27 de
fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.

§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de


dezembro de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração
de que trata o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de
cada exercício, a movimentação financeira dos aportes realizados ao FESC
por ocasião das demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às
deduções realizadas nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os
eventuais ajustes nos valores apertados ao FESC, que deverão ser
reconhecidos nos aportes ao FESC do exercício subsequente.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores fina~f6"F.c. __
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 823

21

de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica.

Art. 11 A Lei n° 9.491, de 9 de setembro de 1997, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6°............................................................................... .

§ 1O. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL


autorizada a anuir com a repactuação, que venha a gerar beneficios
potenciais à prestação do serviço público de distribuição de energia, de
dívidas setoriais em moeda estrangeira, das empresas incluídas no
Programa Nacional de Desestatização (PND), para que seja convertida em
moeda nacional, com remuneração mensal pela variação da taxa do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC e prazo máximo de 120
meses considerando períodos de carência e de amortização.

§ 11. Será considerado como data base da repactuação, de que


trata o § 1O, o primeiro dia útil do ano em que se deu a inclusão da empresa
no PND." (NR)

Art. 12. Não se aplicam os limites constantes dos artigos 15 e


16 da Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995 às sociedades empresariais que
pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial,
nos termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.1 O1, de 9 de fevereiro de
2005, até o trânsito em julgado da sentença disposta no artigo n° 63 da
referida Lei.

Art. 13. O art. 1OA da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 10-A O empresário ou sociedade empresarial que


pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos
termos dos arts. 51 , 52 e 70 da Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro de 2005,
poderão parcelar seus débitos com a União, inclusive os constituídos
posteriormente ao processamento da recuperação judicial, em cento e vinte
parcelas mensais e consecutivas, calculadas observando-se os seguintes
percentuais mínimos, aplicados sobre o valor da dívida consolidada:

·.\
·"'., SS A C lv.i
'·····
824 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

22

I- I a (primeira) à 243 (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco


décimos por cento);

II - da 25 3 (vigésima quinta) à 483 (quadragésima oitava)


prestação: 0,7% (sete décimos por cento);

III - da 49a (quadragésima nona) à 1193 (centésima décima


nona) prestação: 1% (um por cento); e

IV - 1203 (centésima vigésima) prestação: saldo devedor


remanescente .

..............................................................."(NR)

Art. 13. O art. 4° da Lei n° 12.111, de 9 de dezembro de 2009,


passa a vigorar acrescido dos seguintes§§ 3° e 4°:

"Art. 4° ..................................................................................... .

§3° As bandeiras tarifárias homologadas pela ANEEL não são


aplicadas aos consumidores finais atendidos nos Sistemas Isolados por
serviço público de distribuição de energia elétrica.

§4° Os agentes que, em 31 de dezembro de 2014, operavam no


âmbito dos Sistemas Isolados serão considerados plenamente integrados ao
SIN após a adequação plena dos sistemas de transmissão e distribuição
associados, conforme decisão do Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico - CMSE". (NR)

Art. 14. Fica revogado o parágrafo único do art. 6° da Lei n°


9.986, de 18 de julho de 2000.

Art. 15. Fica revogado o parágrafo 1° do art. 10-A da Lei n°


10.522, de 19 de julho de 2002.

Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão,

, Presidente
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 825

CONGRESSO NACIONAL
SECRETARIA·GERAL DA MESA
SECRETARIA DE COMISSÕES
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES MISTAS

Ofício n° 008/MPV·677/2015

Brasília, 29 de setembro de 2015.

Senhor Presidente,

Nos termos do mt. 14 do Regimento Comum, comunico a Vossa Excelência que


esta Comissão Mista aprovou em reunião realizada no dia 29 de setembro de 2015, Relatório do
Senador Eunício Oliveira, que passa a constituir Parecer da Comissão, o qual conclui pela
constitucionalidade e juridicidade da Medida Provisória n° 677, de 2015, e pelo atendimento dos
pressupostos de relevância, urgência e adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela
aprovação Medida Provisória n° 677, de 2015, e, parcialmente, das Emendas n° 20, 23, 46, 49 a 61,
64, 88 a 90, 92, 100, 103, 105, 106, 112, 116 e 117, e pela rejeição das demais emendas, na forma
do Projeto de Lei de Conversão apresentado.

Presentes à reunião os Senadores Eunício Oliveira, Sandra Braga, Otto Alencar,


Humberto Costa, Acir Gurgacz, José Pimentel, Lídice da Mata, Hélio José, Lúcia Vânia, Angela
Portela, Donizeti Nogueira, Fátima Bezerra, e Regina Sousa; e os Deputados Manoel Junior,
Benito Gama, Daniel Vilela, Paulão, Leonardo Monteiro, Jutahy Junior, José Rocha, Fabio Garcia,
Fábio Ramalho, Newton Cardoso Jr, Afonso Florence, e Paulo Magalhães.

Respeitosamente,

Excelentíssimo Senhor
Senador RENAN CALHEIROS
Presidente do Congresso Nacional
826 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO No 16, DE 2015


{À MEDIDA PROVISÓRIA No 677, DE 2015)

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco e a Furnas Centrais Elétricas a
pm1icipar, respectivamente, do Fundo de Energia
do Nordeste e do Fundo de Energia do Sudeste e
do Centro-Oeste, com o objetivo de prover
recursos para a implementação de
empreendimentos de energia elétrica, altera a Lei
n° 11.943, de 28 de maio de 2009, a Lei 11° 10.848,
de 15 de março de 2004, a Lei n° 9.491, de 9 de
setembro de 1997, revoga dispositivo da Lei n°
9.986, de 18 de julho de 2000, e dá outras
providências.

O CONGRESSO NACIONAL Decreta:

Art. 1 o Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco -


Chesf autorizada a participar do Fundo de Energia do Nordeste - FEN, com
o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

Art. 2° O FEN será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 3° Serão recursos do FEN aqueles previstos no § 16 do art.


22 da Lei no 11.943, de 28 de maio de 2009.

§ 1o Os recursos do FEN deverão ser investidos em


empreendimentos de energia elétrica na seguinte proporção:

I - no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste; e

II - até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde


que em fontes com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 827

§ 2° Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor.

§ 3° Os recursos do FEN serão de titularidade das


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle
federal que atendam ao disposto no art. 22 da Lei n° 11.943, de 28 de maio
de 2009, para implantação de empreendimentos de energia elétrica através
de Sociedades de Propósito Específico nas quais as concessionárias tenham
participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital próprio das
sociedades a serem constituídas.

§ 4° Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1°, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo, ao
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o § 3°, referenciada
nos planos de negócio associados.

Art. 4° O Conselho Gestor do FEN- CGFEN será um colegiado


de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento serão definidos em
regulamento.

§ I o Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar


os membros do CGFEN, indicados pelos titulares das organizações as quais
representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


Presidente do CGFEN.

§ 3° O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFEN contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal.

§ 5° As despesas relacionadas à patticipação dos representantes


no CGFEN cmTerão à conta de dotações orçamentárias dos respectivos entes
nele representados.

§ 6° A participação nas atividades do CGFEN será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.
828 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 5° A Lei n° 11.943, de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 22. Os contratos de fomecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive
aquelas sob controle federal, com consumidores finais, vigentes à data de
publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no a1t. 3° da Lei n°
10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão aditados a pa1tir de 1o de julho de
2015, desde que atendidas às condições estabelecidas neste a1tigo, mantidas
as demais condições contratuais.

§ 1o Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8


de fevereiro de 203 7.

§ 2° As reservas de potência a serem contratadas de lo de julho


de 2015 a 8 de fevereiro de 2032 con·esponderão a montante de energia igual
à soma das parcelas a seguir:

I - totalidade da parcela da garantia física vinculada ao


atendimento dos contratos de fornecimento alcançados pelo caput, a qual
não foi destinada à alocação de cotas de garantia física de energia e de
potência, nos termos do art. l 0 , § 1O, § 11 e § 12, da Lei n° 12.783, de 11 de
janeiro de 2013; e

II - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da


Usina Hidrelétrica Sobradinho, no centro de gravidade do submercado da
usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo intemo.

§ 3° A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência


contratadas serão reduzidas uniformemente à razão de um sexto a cada ano,
observado o disposto no § 1°.

§ 4° Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos termos do art. 1o
da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro de 2013, os montantes de energia
correspondentes a:

I- redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no§ 3°,


no período de 9 de fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 829

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 9 de fevereiro de 2022
a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no§ 12.

§ 5° Observado o disposto neste mtigo, a concessão da usina de


que trata o inciso II do § 2° será pron-ogada pelo prazo de até trinta anos,
afastado o prazo de antecipação previsto no art. I 2 da Lei n° 12.783, de 2013.

§ 6° A garantia fisica da usina de que trata o inciso 1I do § 2°


não está sujeita à alocação de cotas de garantia fisica de energia e potência
estabelecida no inciso II do§ 1° do art. 1° da Lei n° 12.783, de 2013, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o
disposto no § 4°.

§ 7° O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será


atualizado, considerada a variação do índice de atualização previsto
contratualmente, desde a data de sua última atualização até 30 de junho de
2015.

§ 8° Em 1o de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos


termos do § 7° será majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos por
cento.

§ 9° A partir de 1o de julho de 2016, o valor da tarifa será


reajustado anualmente em 1o de julho, conforme índice de atualização
disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços


ao Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de
reajuste da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os


doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa
de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro
Nacional- LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B - NTN-B ou entre
títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o
regulamento.

§ 1O. O montante de energia estabelecido no § 2° será rateado


entre os consumidores de que trata o caput na proporção do consumo médio
apurado entre 1o de janeiro de 2011 e 30 de junho de 2015. ~{)o i-t:.<-· ,_.
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830 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de fornecimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias geradoras de serviço
público a que se refere o caput.

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse


em aditar total ou parcialmente seus contratos, nos termos deste artigo, ou
decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos ao longo de sua
vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos
demais consumidores para rateio.

§ I3. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em I o de julho de


cada ano, conforme definido no § 9°, as tarifas de energia e de demanda
calculadas nos termos dos § 7° e§ 8° serão objeto das seguintes condições:

I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um


adicional tarifário de doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que
vigorará, excepcionalmente, de 1° de julho de 2015 a 31 de dezembro de
2015;

II - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e


fora de ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que
vigorará, exclusivamente, no período de 1o de janeiro de 2016 a 31 de janeiro
de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata o inciso I;

III - nos reajustes anuais, a partir de 1° de julho de 2016 até I o


de julho de 2021, inclusive, serão consideradas como base de incidência as
tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso II; e

IV - a partir de 1o de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e


demanda serão calculadas a pattir dos valores estabelecidos nos termos dos
§ 7° e § 8°, acrescidos dos reajustes anuais.

§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes


referenciais de energia contratada a cada ano:

I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva


de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga
unitário; e

II -para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor ~~·


entre:
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 831

a) a reserva de potência contratada neste segmento


considerando o fator de carga unitário; e

b) noventa por cento da reserva de potência contratada no


segmento fora de ponta.

§ 15. Observado o disposto nos §§ lO, 11 e 12, a reserva de


potência a ser contratada anualmente poderá ser alterada pelo consumidor
com antecedência de sessenta dias antes do início do ano civil subsequente,
nos seguintes termos:

I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de


potência anual contratada para o ano seguinte em cada segmento hora-
sazonal;

II - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior


estabelecido pelo montante de energia contratado;

III - a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá


respeitar o limite inferior de noventa por cento da reserva de potência
contratada neste segmento, exclusivamente para os consumidores que
tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência contratada nos
segmentos de ponta e fora de ponta;

IV - não será admitida redução de reserva de potência anual no


segmento fora de ponta; e

V - não se aplica o disposto no inciso II do § 4° e no § 12 à


eventual redução anual de reserva de potência.

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que


trata o caput aportarão, no Fundo de Energia do Nordeste - FEN, a diferença
entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa
calculada pela ANEEL, nos termos do ati. 1°, § 1°, inciso I, da Lei n° 12.783,
de I 1 de janeiro de 2013, deduzidos, proporcionalmente a essa diferença, os
tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais relativos à
Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20 de maio de
1971 , e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei n° 9.991,
de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos setoriais que
venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou alíquotas alteradas,
relativa aos seguintes montantes de energia, observado o disposto nos §§ 3°, ..
nos termos do§ 17: fêi>-'0 ° i·~::.a~,
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832 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I - na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso


I do § 2° nos seguintes termos:

a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período de


1o de janeiro de 2016 a 8 de fevereiro de 2022;

b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de


9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037; e

II - noventa por cento da garantia fisica da usina de que trata o


inciso 11 do § 2° no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas
{
as perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes termos:

a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e

b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de


9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser apmtado no FEN, o


valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e
o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada
nos termos do § 16.

§ 18. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração de que trata
o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada exercício,
a movimentação financeira dos aportes realizados ao FEN por ocasião das
demonstrações fmanceiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas
nos termos do § I 7, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos
valores apmiados ao FEN, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FEN
do exercício subsequente.

§ 19. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a


31 de dezembro de 2015, não será destinado à alocação de cotas de garantia
física de energia e de potência de que trata o inciso II do § 1o do a1i. I o da
Lei da n° 12.783, de 2013, o montante de cotas de garantia fisica de energia
e de potência correspondente a três vezes o montante de energia estabelecido ; · ,. c.
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 833

no inciso I do § 2°, sendo alocado às concessionárias geradoras de serviço


público de que trata o caput.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica." (NR)

Art. 6° Fica Furnas Centrais Elétricas S.A. - FURNAS


autorizada a participar do Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste -
FESC, com o objetivo de prover recursos para a implantação de
empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, conforme
regulamento.

Art. 7° O FESC será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 8° Serão recursos do FESC aqueles previstos no art. 1O


desta Lei.

§ 1o Os recursos do FESC deverão ser investidos em


empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, respeitado o
mínimo de cinquenta por cento no Sudeste e no Centro-Oeste.

§ 2° Os recursos do FESC serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor, preferencialmente em
projetos apresentados pela concessionária de que trata o art. 6°.

§ 3° Os recursos do FESC serão de titularidade da


concessionária geradora de serviço público de que trata art. 6°, para
implantação de empreendimentos de geração e transmissão de energia
elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais tenha
participação acionária de até 49% (quarenta e nove por cento) do capital
próprio das sociedades a serem constituídas.

§ 4° Para a seleção dos projetos de que trata o § 1°, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
Sociedades de Propósito Específico constituídas deve atender no mínimo ao
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o art. 6°, ~::-..
referenciada nos planos de negócio associados. \)o f't:{/~

( .SS_l~~)
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834 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 9° O Conselho Gestor do FESC - CGFESC será um


colegiado de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento será
definida em regulamento.

§ 1o Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar


os membros do CGFESC, indicados pelos titulares das organizações as quais
representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


Presidente do CGFESC.

§ 3° O Presidente do CGFESC exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFESC contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal, conforme regulamento.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes


no Conselho Gestor do FESC co11'erão à conta de dotações orçamentárias
dos respectivos entes nele representados.

§ 6° A patiicipação nas atividades do CGFESC será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 10. Serão celebrados contratos de suprimento de energia


elétrica entre a concessionária de geração de energia elétrica de que trata o
art. 6° e os consumidores finais cujas unidades consumidoras localizadas no
submercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que atendidas
as condições estabelecidas neste atiigo.

§ 1o Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e registrados


no Ambiente de Contratação Livre- ACL até 27 de fevereiro de 2020.

§ 2° Os contratos de que trata o caput terão início em 1o de


janeiro de 2016 e término em 26 de fevereiro de 2035 e, observado o disposto
no§ 5°, início de suprimento em:

a) 1o de janeiro de 20 16;

b) 1o de janeiro de 2017; e

c) 1o de janeiro de 2018.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 835

10

§ 3° Os montantes de energia a serem contratados equivalem às


parcelas de energia vinculadas à garantia física da Usina Hidrelétrica
Itumbiara, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as
perdas elétricas e o consumo interno, conforme disposto a seguir:

I- em 2016, vinte por cento da garantia física da usina deduzidas


as perdas e o consumo interno;

II - em 201 7, cinquenta por cento da garantia física da usina


deduzidas as perdas e o consumo interno; e

UI - a partir de 2018, oitenta por cento da garantia física da usina


deduzidas as perdas e o consumo intemo, observado o disposto no§ 4°.

§ 4° A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de energia


contratada serão reduzidos uniformemente à razão de um sexto a cada ano,
observado o término de suprimento disposto no § 2°.

§ 5° As revisões ordinárias de garantia física da usina de que


trata o § 3° que impliquem redução da garantia física ensejarão redução
proporcional dos montantes contratados.

§ 6° Para a contratação de que trata o caput, a concessionária


geradora de serviço público de que trata o art. 6° deverá realizar leilão no
prazo de sessenta dias contados da publicação dessa Lei, nos termos do
inciso I do§ 5° do art. 27 da Lei n° 10.438, de 26 de abril de 2002, observadas
as seguintes diretrizes:

(
'· I - o preço de referência do leilão será o preço médio dos
contratos aditivados em 1° de julho de 2015, nos termos do art. 22 da Lei n°
11.943, de 28 de maio de 2009, acrescido de cinco inteiros e quatro décimos
por cento, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
- IPCA, ou outro que o substitua, do mês de agosto de 2015 até o mês de
realização do leilão;

II - o critério de seleção será o de maior preço ofertado;

III - o montante de energia a ser contratada será rateado com


base na declaração de necessidade dos consumidores de que trata o caput,
vencedores do leilão, limitada, no total a ser suprido, ao consumo médio
apurado entre 1o de janeiro de 201 O e 31 de dezembro de 20 12;
836 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

11

IV - poderão contratar energia nos leilões exclusivamente os


consumidores de que trata o caput cujas unidades consumidoras são
atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maior ou igual a
500 kW (quinhentos quilowatts), desde que:

a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de


magnésio; ou

b) cujas unidades consumidoras tenham fator de carga de no


mínimo 0,95, apurado no período de que trata o inciso III.

V - a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com


frequência mínima semestral, para atendimento a partir do início do semestre
subsequente, até que a energia de que trata o § 3° esteja totalmente
contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro.

§ 7° O preço dos contratos será reajustado anualmente em


janeiro, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice de Preço ao


Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de reajuste
da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os


doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa
de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro
Nacional- LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B- NTN-B ou entre
títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o
regulamento.

§ 8° A energia contratada terá sazonalização e modulação


uniforme e o pagamento dar-se-á pela energia contratada ao valor resultante
dos leilões de que trata o § 6°, atualizado nos termos do § 7°.

§ 9° A diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será apurada mensalmente, calculada para cada
consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:

I - a média móvel de doze meses da energia contratada; e


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 837

12

li - a média do consumo de energia dos doze meses precedentes


ao mês de apuração, contabilizado na Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica - CCEE, considerado o rateio de perdas na Rede Básica.

§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à


energia contratada média, será devido pelo consumidor ao concessionário de
geração, o valor a ser calculado conforme disposto a seguir:

I - a diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será valorada, considerado o período de dozes meses
anteriores ao mês de apuração, pela diferença positiva entre:

a) o Preço de Liquidação das Diferenças - PLD médio, do


submercado Sudeste/Centro-Oeste; e
(

b) o preço médio dos contratos de que trata o caput;

II - não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for


inferior ou igual ao preço médio dos contratos;

III - será devido mensalmente o valor correspondente a um doze


avos do valor calculado nos termos do inciso I;

IV - o pagamento da primeira parcela de que trata o inciso III


dar-se-á após decorridos vinte e quatro meses do início de suprimento do
contrato;

V - as parcelas de que trata o inciso III serão devidas até a


( completa quitação das diferenças entre a energia contratada média e a
energia consumida média.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia


disponível em seus contratos de suprimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras contratadas com a concessionária de geração.

§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão ou


redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia
dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de õ-r .· .
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838 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

13

energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, nos termos do art. 1o


da Lei n° 12.783, de 2013, os montantes de energia cmTespondentes a:

I- redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 4°,


no período 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035;

II - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 27 de fevereiro de 2020
a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto no § 12; e

III - qualquer parcela de energia de que trata o § 3°, inciso III,


que não tiver sido contratada nos termos do § 6°, no período de 27 de
fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.

§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina


de que trata o § 3° será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o
prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 2013.

§ 15. A garantia fisica da usina de que trata o § 3° não estará


sujeita à alocação de cotas de garantia fisica de energia e potência
estabelecida no inciso II do § I o do art. 1o da Lei no I 2. 783, 11 de janeiro de
2013, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035,
observado o disposto no § 13.

§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que trata


o caput aportará; no Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste- FESC,
a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei n°
12.783, de 11 de janeiro de 2013, deduzidos, proporcionalmente a essa
diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20
de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei
n° 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou
alíquotas alteradas, relativa ao montante de energia contratada nos termos
dos§§ 3° e 5°, observado o disposto nos§§ 4° e 13, nos termos dos§§ 17 e
18.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado no FESC o


valor cotTespondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 839

14

o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada


nos termos do§ 16.

§ 18. O apot1e ao FESC da diferença entre a receita dos


contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL,
nos termos dos§§ 15 e 16, relativa ao montante de energia contratado nos
termos dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, dar-se-á
considerando o disposto a seguir:

I -oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no


período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2030;

li- cem por cento da diferença prevista no caput, no período


de 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035; e

III - cem por cento da receita adicional prevista no § 8°,


realizadas as deduções previstas nos §§ 15 e 16, no período de 27 de fevereiro
de 2020 a 26 de fevereiro de 203 5.

§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração de que trata
o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada exercício,
a movimentação financeira dos apmtes realizados ao FESC por ocasião das
demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas
nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos
valores apmtados ao FESC, que deverão ser reconhecidos nos apm1es ao
FESC do exercício subsequente.

§ 20. A pat1ir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fomecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica.

Art. 11 A Lei n° 9.491, de 9 de setembro de 1997, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 6°.............................................................................. ..

·····························································································
840 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

15

§ 1O. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL


autorizada a anuir com a repactuação, que venha a gerar beneficios
potenciais à prestação do serviço público de distribuição de energia, de
dívidas setoriais em moeda estrangeira, das empresas incluídas no Programa
Nacional de Desestatização (PND), para que seja convertida em moeda
nacional, com remuneração mensal pela variação da taxa do Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia- SELIC e prazo máximo de 120 meses
considerando períodos de carência e de amortização.

§ 11. Será considerado como data base da repactuação, de que


trata o § 1O, o primeiro dia útil do ano em que se deu a inclusão da empresa
no PND." (NR)

Art. 12. Não se aplicam os limites constantes dos artigos 15 e


16 da Lei n° 9.065, de 20 de junho de 1995 às sociedades empresariais que
pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial, nos
termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, até
o trânsito em julgado da sentença disposta no artigo n° 63 da referida Lei.

Art. 13. O art. IOA da Lei n° 10.522, de 19 de julho de 2002,


passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 10-A O empresário ou sociedade empresarial que pleitear


ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial, nos termos dos
arts. 51, 52 e 70 da Lei n° 11.1 OI, de 9 de fevereiro de 2005, poderão parcelar
seus débitos com a União, inclusive os constituídos posteriormente ao
processamento da recuperação judicial, em cento e vinte parcelas mensais e
consecutivas, calculadas observando-se os seguintes percentuais mínimos,
aplicados sobre o valor da dívida consolidada:

I- P (primeira) à 243 (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco


décimos por cento);

3
II - da 25 (vigésima quinta) à 483 (quadragésima oitava)
prestação: 0,7% (sete décimos por cento);

3
III - da 49 (quadragésima nona) à 1193 (centésima décima
nona) prestação: 1% (um por cento); e

IV - 120a (centésima vigésima) prestação: saldo devedor


remanescente.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 841

16

..............................................................."(NR)

Art. 14. O art. 4° da Lei no 12.111, de 9 de dezembro de 2009,


passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 3° e 4°:

"Art. 4° ..................................................................................... .

§3° As bandeiras tarifárias homologadas pela ANEEL não são


aplicadas aos consumidores finais atendidos nos Sistemas Isolados por
serviço público de distribuição de energia elétrica.

§4° Os agentes que, em 31 de dezembro de 2014, operavam no


âmbito dos Sistemas Isolados serão considerados plenamente integrados ao
SIN após a adequação plena dos sistemas de transmissão e distribuição
associados, conforme decisão do Comitê de Monitoramento do Setor
Elétrico- CMSE". (NR)

Art. 15. Fica revogado o parágrafo único do art. 6° da Lei n°


9.986, de 18 de julho de 2000.

Art. 16. Fica revogado o parágrafo 1o do art. 1O-A da Lei n°


10.522, de 19 de julho de 2002.

Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 29 de setembro de 2015.

r~ . ~­
~~~-~
Presid~d
Deputa •o ~ oel J/1or

Col'ússão
842 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO MISTA DESTINADA A EMITIR PARECER À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677,


DE 22 DE JUNHO DE 2015, QUE AUTORIZA A COMPANHIA HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO
A PARTICIPAR DO FUNDO DE ENERGIA DO NORDESTE, COM O OBJETIVO
DE PROVER RECURSOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS
DE ENERGIA ELÉTRICA, E ALTERA A LEI Nº 11.943, DE 28 DE MAIO DE 2009,
E A LEI N2 10.848, DE 15 DE MARÇO DE 2004.

VOTO EM SEPARADO AO PROJETO DE LEI CONVERSÃO DO RELATOR


(Do Sr. Fabio Garcia)

I - Relatório

O ilustre Senador Eunício Oliveira, relator desta Comissão, trouxe à apreciação dos
Senhores Parlamentares, em 24.09.2015, o relatório da Medida Provisória n° 677, de 22 de junho
de 2015, que autoriza a Companhia Hídro Elétrica do São Francisco a participar do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a implementação de empreendimentos
de energia elétrica, e altera a Lei n° 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei 11° 10.848, de 15 de
março de 2004.

A Medida provisória no 677, de 2015, como elucida o nobre relator, "lastreia-se em dois
objetivos: o primeiro é o estabelecimento de cláusula de aditamento de contratos de fornecimento
de energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público com
consumidores finais; o segundo é a criação do Fundo de Energia do Nordeste (FEN), que visará a
provisclo de recursosfincmceiros para implantação empreendimentos de energia elétrica por meio
de Sociedades de Propósito Específico, de qual a Companhia Hidro Elétrica do Sào Fmncisco
(CHESF) participará com até 49% de seu capital."

Em sua proposta de Projeto de Lei de Conversão, além dos dispositivos inicialmente


propostos pela Exma. Sra. Presidente da República, o Senador Eunício Oliveira incorporou:

I. a autorização para que Furnas Centrais Elétricas firme contratos com consumidores
eletrointensivos de energia;

11. a criação de um Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste- FESC, a ser


gerido por Furnas;

iii. a alteração das regras sobre a ocupação de cargos em agências reguladoras, no caso
de vacància;

IV . a autorização para que a AneeJ autorize a repactuação de dívidas em moeda


estrangeira de empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização;

v. a vedação à cobrança de bandeiras tarifárias dos consumidores dos sistemas


isolados; e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 843

vi. alterações na legislação tributária federal e na Lei do Cadastro Informativo de


créditos não quitados do setor público federal (Cadin).

li-Análise

Em que pese a inequívoca dedicação do Senador Eunício Oliveira à missão de construir um


relatório sólido e que atenda aos anseios da sociedade Brasileira sobre o setor elétrico nacional, há
que se observar, op01iunamente, que algumas questões essenciais carecem de uma reflexão
aprofundada pelos parlamentares que compõem esta Comissão.

O primeiro aspecto que deve ser observado pelos nossos pares refere-se à
constitucionalidade do dispositivo que cria o FESC. Há que se notar que a criação de um fundo por
meio de emenda a Medida Provisória fere o disposto no Art. 61, § 1°, 11, e, que transcrevemos:

"Art. 61. A iniciativa das leis complemellfares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
Comissclo da Câmara dos Deputados, do S'enado Federal ou do Congresso Nacional,
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores,
ao Procurador-Geral da República e aos cidadâos, na forma e 110s casos previstos
nesta Constituição.
§!"São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

11 - disponham sobre:

e) criação e extinção de Ministérios e órgüos da administraçüo pública, observado o


dL1posto no art. 84, VI;

Neste sentido, citamos decisão do Pretória Excelso:

'É indispensável a ;niciativa do Chefe do Poder Executivo (mediante projeto de lei ou


mesmo, após a EC 32/01, por meio de decreto) na elaboraçüo de normas que de
alguma forma remodelem as atribuições de órgc7o pertencente à estrutura
administrativa de determinada unidade da Federaçc7o. '
(Supremo Tribunal federal, Ação Direta de Inconstitucionalidade 11° 3.254/ES, rei. Min.
Ellen Gracie, Órgão Julgador: Tribunal Pleno, DJ de 02/ 12/2005).

Assim, resta pacínco que, antes mesmo que possamos tecer considerações de mérito acerca
da proposta de criação de um fundo por meio de emenda à Medida Provisória, tal iniciativa nasce
morta, fadada ao veto pelo chefe do Poder Executivo, ou à declaração de inconstitucionalidade pela
Corte Constitucional.

Sobre o mérito do Projeto de Lei de Conversão apresentado pelo nobre relator, não
podemos deixar de registrar o estado de crise em que se encontra o setor elétrico brasileiro. Desde a
edição da Medida Provisória 11° 579, de 2012, os agentes do setor vivem em constante incet1eza,
que afasta investimentos e onera a operação do sistema. Essa realidade penaliza, sobretudo, os
consumidores de energia, tanto os industriais quanto os residenciais.
-.,.,
A evolução das tarifas de energia nos últimos doze meses é a prova incontestável da _ " -· "''
disfunção que atinge o setor elétrico nacional. Em Mato Grosso, por exemplo, os consumidores :
pagam hoje 36,5% a mais pela fatura de energia do que pagavam em 2014. Em São Paulo, _ u

consumidores da Eletropaulo arcaram com um aumento de I 06% em pouco mais de doze meses. •
Em Minas Gerais não é diferente: os mineiros compram hoje uma energia 62,7% mais cara do que
a ofertada no começo de 2014. ~:)Ü F~{5'-·

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°Flc:S- ~
844 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Uma das causas determinantes para a escalada recente das tarifas de energia é a Conta de
Desenvolvimento Energético- CDE, encargo criado pela Lei I 0.438, de 2002, e cobrado de todos
os agentes do setor, com repasse para os consumidores finais. Em 2012, as quotas da CDE a serem
repartidas entre os consumidores somavam R$ 3,7 bilhões. Após a edição da Medida Provisória n°
579, de 2012, diversas despesas novas passaram a ser custeadas pela CDE, em especial as
relacionadas às indenizações pela antecipação da reversão das concessões. A fim de mitigar o
impacto desses custos sobre as faturas de energia pagas pelos consumidores, o Poder Executivo da
União estabeleceu, à época, que o Tesouro Nacional apm1aria recursos públicos na CDE e assim o
fez. Em 20 13 e 2014 tais aportes totalizaram quase R$ 20 bilhões.

Com o cenário de crise fiscal de 20 I 5, a contribuição do Governo Federal à CDE foi


cancelada e R$ 9 bilhões deixaram de ser transferidos do Tesouro Nacional para a Conta. Tal
diferença, por óbvio, foi repassada ao consumidor. Assim, neste ano, a CDE terá um custo total
de R$ 25,2 bilhões, sendo que R$ 4,9 bilhões são destinados a indenizar os titulares das concessões
antecipadamente revet1idas, nos termos da MP 579, de 2012. Aos consumidores caberá prestar uma
contribuição, na forma de quotas, de R$ 22, I bilhões.

Portanto, é inequívoco: o custo da antecipação da reversão das concessões do setor elétrico


está sendo cobrado dos consumidores. O resultado é que as tarifas de energia, que deveriam ser
reduzidas, como alm~java a política pública, subiram.

Com a edição da MP 677, de 20 I 5, temos mais uma proposta de alterações impm1antes.


Inicialmente, não se pode deixar de registrar que a falta de estabilidade no marco legal que rege o
setor elétrico brasileiro, pela edição de tantas medidas provisórias, é, ao mesmo tempo, causa e
resultado, do hiato de planejamento e da crise pela qual passam os seus agentes.

Conforme esclarece o nobre relator, a MP 677, de 20 I 5, veio sanar um problema urgente: o


iminente fim dos contratos de fornecimento de energia elétrica para grandes consumidores da
região nordeste, daí presentes seus pressupostos de urgência e relevância. Tal constatação seria
indiscutível, não fosse o fato de que esses grandes consumidores sabiam, desde 20 I O, que seus
contratos seriam encerrados em 2015 e que, a partir de então, deveriam optar, como todos os
demais grandes consumidores de energia, se contratariam energia no mercado livre ou se iriam
aderir ao mercado regulado. Estranhamente, parece que tais consumidores optaram por uma
terceira alternativa: esperar que o Governo Federal reformasse as regras do sistema elétrico para
atendê-los.

Nesse contexto, surge a Medida que ora analisamos, para renovar tais contratos por mais 22
anos. A fim de garantir tal arranjo, a MP também prorroga a concessão da U HE Sobradinho, por
~

até 30 anos. Caso tivesse sua concessão renovada nos termos da MP 579, de 2012, a energia de ::- ._,.
Sobradinho seria vendida ao mercado regulado, por meio de cotas, ao preço médio de R$
- "
- ...."
33,00/MWh. Já pela regra inaugurada com a MP 677, de 20 I 5, parte dessa energia será destinada a
atender aos grandes consumidores que terão seus contratos renovados, ao preço aproximado de R$ - "'
--=="'
130,00/MWh, o que nos leva a concluir que as condições são favoráveis à CHESF. A diferença, de --== "'
._,.
aproximadamente R$ 97,00/MWh, deverá ser aportada em um fundo também criado pela MP, o N

Fundo de Energia do Nordeste, que proverá capital para os investimentos da CHESF na ampliação
"'
do sistema elétrico. Sem dúvida, trata-se de uma excelente oportunidade para a empresa, que terá - "'
:__ _ lf"\
acesso a condições privilegiadas para concorrer nos mercados de geração e transmissão de energia.
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Da mesma forma, sob a ótica dos grandes consumidores que terão seus contratos
renovados, a MP 677, de 2015, também é bastante vantajosa. Como já afirmamos aqui, tais
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consumidores, diante do encerramento de seus contratos, deveriam optar por comprar a energia de
que necessitam no mercado livre ou com a distribuidora de sua região. Com base nos pr eis;\ ' ,. t... ·
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 845

praticados em setembro de 2015, esses consumidores comprariam a energia por valores entre R$
150,00/MWh (preço médio do ambiente de contratação regulada- ACR) e R$ 227,00/MWh (Preço
para Liquidação das Diferenças- PLD). Assim, a compra de energia por tais empresas torna-se
entre 13% c 42% mais econômica com a prorrogação dos contratos. Como dissemos, um excelente
negócio também para as indústrias beneficiadas.

lntCiizmente, alguém tem que arcar com essa conta. Se o custo não vai recair sobre
nenhuma das partes do contrato - CHESF e indústrias, é ce11o que ele será repassado aos
consumidores de energia brasileiros. Aliás, tal fato foi confirmado pelo representante da Agência
Nacional de Energia Elétrica- ANEEL presente à audiência pública realizada por esta Comissão
em 28.09.2015. A constatação é muito simples: caso a energia de Sobradinho fosse oferecida ao
mercado regulado, por cotas, ao custo aproximado de R$ 33,00/MWh, o preço médio da energia
vendida aos consumidores seria reduzido. Ao destinar essa energia a um grupo específico de
grandes consumidores, o Poder Executivo privou todos os consumidores de energia do Brasil desse
recurso mais barato.

Considerando-se a capacidade de geração de Sobradinho, o que se observa é que o prejuízo


aos consumidores deve ser de, aproximadamente, R$ 477 milhões no ano de 2023, ou quase R$ 6
bilhões ao longo da vigência dos contratos ora prorrogados. Então, como imaginávamos, há uma
conta pesada e ela será paga pelos consumidores.

Sensível aos anseios de outros grandes consumidores de energia, não beneficiados pelo
texto original da Medida Provisória 677, de 20\5, o nobre relator ampliou a ofe11a de energia a
consumidores eletrointensivos das regiões Sudeste e Centro-Oeste, por meio de autorização para
que Furnas Centrais Elétricas venda àqueles consumidores volume de energia proporcional a 80%
da capacidade da UHE ltumbiara. Apesar de reconhecermos as melhores intenções do Senador
Eunício no dispositivo, é necessário registrar que ele tem o mesmo efeito do percebido no caso da
CHESF: a energia a ser destinada aos grandes consumidores deixará de atender ao mercado cativo
e, portanto, o preço médio do ACR será mais alto. No caso de ltumbiara, estima-se que os
consumidores perderão ainda mais: em 2023, serão R$ 832 milhões que deverão ser pagos pelo
mercado regulado para compensar a energia destinada aos grandes consumidores. Ao longo dos
próximos 17 anos, o prejuízo deve atingir R$ l 0,4 bilhões.

Percebemos então que, apenas no ano de 2023, o custo da política pública a ser
implementada, caso seja aprovado o Projeto de Lei de Conversão do nobre relator, somará R$ I ,3
bilhão, valor pago pelos consumidores residenciais, até mesmo pelos de baixa renda. Até 2037,
aproximadamente R$ \6,3 bilhões serão necessários para subsidiar os grandes consumidores de
energia beneficiados pelas novas regras.

Não podemos admitir mais esse duro golpe nos consumidores de energia sem que haja
qualquer compensação. Nossa proposta vem corrigir exatamente esse equívoco, preservando os
benefícios às indústrias, tanto na região Nordeste quanto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O que defendemos é a simples alteração da destinação dos recursos extraordinários obtidos


pela CHESF e por Fumas com a venda de energia para grandes consumidores. Em vez de
comporem fundos, que só beneficiarão as próprias empresas e que estabelecerão condições
desiguais de concorrência no setor elétrico, a diferença entre o preço contratado com os
consumidores industriais e o valor da cota que seria praticado no ACR será destinada à CDE. Com
isso, esse beneficio econômico será repartido com todos os consumidores brasileiros, o que é
inegavelmente justo, na medida em que são esses os consumidores que foram privados de comprar
energia mais barata para privilegiar a indústria e letrointensiva.
846 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Finalmente, entendemos que matérias estranhas à MPY 677, de 2015, não podem ser
recepcionadas no Projeto de Lei de Conversão a ser aprovado por esta Comissão, ainda que
meritórias. Por esta razão, consideramos inoportunas as demais alterações propostas pelo relator.

111-Voto

Ante todo o exposto, e reiterando nosso profundo respeito pelo trabalho desenvolvido pelo
ilustre relator, votamos pela constitucionalidade e jurídicidade da Medida Provisória n° 677, de
2015, e pelo atendimento dos pressupostos de relevância, urgência e adequação financeira e
orçamentária. No mérito, opinamos pela aprovação da Medida Provisória n° 677, de 2015, com
redação dada pela emenda n° 36 c incorporando ao Projeto a sugestão do nobre Senador Eunício
Oliveira para que sejam celebrados contratos de fornecimento de energia elétrica entre Furnas e os
consumidores especificados, de acordo com o Projeto de Lei de Conversão que se segue.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO N!! , DE 2015


(À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 677, DE 2015)

Altera a Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, e


dá outras providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º A Lei nº 11.943, de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 22 . Os contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com
consumidores finais, vigentes à data de publicação desta Lei e que tenham atendido o disposto no
art. 3º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002, serão aditados a partir de 1º de julho de
2015, desde que atendidas as condições estabelecidas neste artigo, mantidas as demais condições
contratuais.

§ 1º Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8 de fevereiro de 2037.

§ 2º As reservas de potência a serem contratadas de 1º de julho de 2015 a 8 de fevereiro


de 2032 corresponderão a montante de energia igual à soma das parcelas a seguir:

I - totalidade da parcela da garantia física vinculada ao atendimento dos contratos de


fornecimento alcançados pelo caput, a qual não foi destinada à alocação de cotas de garantia
física de energia e de potência, nos termos do art. 1º, § 10, § 11 e§ 12, da Lei nº 12.783, de 11 de
janeiro de 2013; e

11 - parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da Usina Hidrelétrica


Sobradinho, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o
consumo interno.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 847

§ 3º A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência contratadas serão


reduzidas uniformemente à razão de um sexto a cada ano, observado o disposto no§ 1º.

§ 4º Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação de cotas de garantia


física de energia e de potência para as concessionárias e permissionárias de serviço público de
distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional- SIN, nos termos do art. 1º da Lei
nº 12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes a:

I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 3º, no período de 9 de


fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e

11- qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua
vigência, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no
§ 12.

§ 5º Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o inciso 11 do§
2º será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art.
12 da Lei nº 12.783, de 2013.

§ 6º A garantia física da usina de que trata o inciso li do§ 2º não está sujeita à alocação de
cotas de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso 11 do § 1º do art. 1º da Lei nº
12.783, de 2013, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o
disposto no§ 4º.

§ 7º O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será atualizado, considerada a
variação do índice de atualização previsto contratualmente, desde a data de sua última
atualização até 30 de junho de 2015.

§ 8º Em 1º de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos termos do§ 7º será majorado
em vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento.

§ 9º A partir de 1º de julho de 2016, o valor da tarifa será reajustado anualmente em 12


de julho, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -


IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze
meses anteriores à data de reajuste da tarifa; e
-----:.
~

11 - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à
data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
=---,._
-""
O>

taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B- NTN-
B ou entre títulos equivalentes que vierem a substitui-los, conforme dispuser o regulamento.
-----
="'
--=0>
= ...
N
. "'
§ 10. O montante de energia estabelecido no§ 2º será rateado entre os consumidores de
que trata o caput na proporção do consumo médio apurado entre 1º de janeiro de 2011 e 30 de - "'
-"'
junho de 2015. -~
... - o
_:.::u
§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus contratos
__...,..--_

de fornecimento poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras atendidas p, ~O F't:!)·~
concessionárias geradoras de serviço público a que se refere o caput. 0' ~
(/) . /"'

FLJL!::l] ~
CoeM / / '

848 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem interesse em aditar total ou


parcialmente seus contratos nos termos deste artigo ou decidirem pela rescisão ou redução de
seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser
facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em 1º de julho de cada ano, conforme
definido no§ 9!1, as tarifas de energia e de demanda calculadas nos termos dos § 7º e§ 8!1 serão
objeto das seguintes condições:

I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um adicional tarifário de doze


inteiros e sete décimos vezes o seu valor, que vigorará, excepcionalmente, de 1º de julho de 2015
a 31 de dezembro de 2015;

11 - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta e fora de ponta, terão


redução de oito inteiros e oito décimos por cento, que vigorará, exclusivamente, no período de 1º
de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2022, para compensação do adicional tarifário de que trata
o inciso I;

111- nos reajustes anuais, a partir de 1º de julho de 2016 até 1º de julho de 2021, inclusive,
serão consideradas como base de incidência as tarifas definidas com aplicação do disposto no
inciso 11; e

IV- a partir de 1!1 de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e demanda serão calculadas a
partir dos valores estabelecidos nos termos dos§ 7º e§ 8º, acrescidos dos reajustes anuais.

§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes referenciais de energia
contratada a cada ano:

I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva de potência contratada


neste segmento considerando o fator de carga unitário; e

11- para o segmento de ponta, a energia associada ao maior valor entre:


a) a reserva de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga unitário; e
b) noventa por cento da reserva de potência contratada no segmento fora de ponta.

§ 15. Observado o disposto nos § 10, § 11 e § 12, a reserva de potência a ser contratada
anualmente poderá ser alterada pelo consumidor com antecedência de sessenta dias antes do
início do ano civil subsequente, nos seguintes termos:

I - o consumidor deverá apresenta r sua revisão de reserva de potência anual contratada


para o ano seguinte em cada segmento hora-sazonal;

11 - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite superior estabelecido pelo


montante de energia contratado;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 849

IV- não será admitida redução de reserva de potência anual no segmento fora de ponta; e

V - não se aplica o disposto no inciso 11 do § 4!! e no § 12 à eventual redução anual de


reserva de potência.

§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput aportarão, na


Conta de Desenvolvimento Energético, criada pela Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, a receita
dos contratos, deduzidos os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, e
relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei n!! 9.991, de 24 de julho de 2000, no
valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela Aneel, nos termos do art. 1e, § 1e, inciso I,
da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, relativa aos seguintes montantes de energia,
observado o disposto no § 3!1:

I - na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso I do § 2º nos seguintes


termos:
a) trinta por cento da diferença prevista no caput, no período de 1º de janeiro de 2016 a 8 de
fevereiro de 2022;
b) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2022 a
8 de fevereiro de 2030; e
c) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2030 a 8 de
fevereiro de 2037; e

11 - noventa por cento da garantia física da usina de que trata o inciso 11 do § 2e no centro
de gravidade do submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno, nos
seguintes termos:
a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2022 a
8 de fevereiro de 2030; e
b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 9 de fevereiro de 2030 a 8 de
fevereiro de 2037.

§ 17. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015,


não será destinado à alocação de cotas de garantia física de energia e de potência de que trata o
inciso 11 do § 1º do art. 1º da Lei da nº 12.783, de 2013, o montante de cotas de garantia física de
energia e de potência correspondente a três vezes o montante de energia estabelecido no inciso I
do§ 2e, sendo alocado às concessionárias geradoras de serviço público de que trata o caput.

§ 18. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle
federal, com os consumidores finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores
o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica." (NR)

Art. 2º Serão celebrados contratos de suprimento de energia elétrica entre Furnas


Centrais Elétricas S.A. - FURNAS e os consumidores finais cujas unidades consumidoras
localizadas no submercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que atendidas as
condições estabelecidas neste artigo.

§ 1º Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e registrados no


Contratação Livre- ACL até 27 de fevereiro de 2020.
850 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 2º Os contratos de que trata o caput terão início em 1º de janeiro de 2016 e término em


26 de fevereiro de 2035 e, observado o disposto no§ 5º, início de suprimento em:
a) 1º de janeiro de 2016;
b) 1º de janeiro de 2017; e
c) 1º de janeiro de 2018.

§ 3º Os montantes de energia a serem contratados equivalem às parcelas de energia


vinculadas à garantia física da Usina Hidrelétrica ltumbiara, no centro de gravidade do
submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno, conforme disposto a
seguir:

I - em 2016, vinte por cento da garantia física da usina deduzidas as perdas e o consumo
interno;

11 - em 2017, cinquenta por cento da garantia física da usina deduzidas as perdas e o


consumo interno; e

111- a partir de 2018, oitenta por cento da garantia física da usina deduzidas as perdas e o
consumo interno, observado o disposto no§ 42.

§ 4º A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de energia contratada serão


reduzidos uniformemente à razão de um sexto a cada ano, observado o término de suprimento
disposto no§ 2º.

§ Sº As revisões ordinárias de garantia física da usina de que trata o § 3º que impliquem


redução da garantia física ensejarão redução proporcional dos montantes contratados.

§ 6º Para a contratação de que trata o caput, a concessionária geradora de serviço público


de que trata o art. 6º deverá realizar leilão no prazo de sessenta dias contados da publicação
dessa Lei, nos termos do inciso I do § 5º do art. 27 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002,
observadas as seguintes diretrizes:

I - o preço de referência do leilão será o preço médio dos contratos aditivados em 1º de


julho de 2015, nos termos do art. 22 da Lei nº 11.943, de 28 de maio de 2009, acrescido de cinco
inteiros e quatro décimos por cento, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo - IPCA, ou outro que o substitua, do mês de agosto de 2015 até o mês de realização do
leilão;

11 - o critério de seleção será o de maior preço ofertado;

111 - o montante de energia a ser contratada será rateado com base na declaração de
necessidade dos consumidores de que trata o caput, vencedores do leilão, limitada, no total a ser
suprido, ao consumo médio apurado entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2012;

IV- poderão contratar energia nos leilões exclusivamente os consumidores de que trata o
caput cujas unidades consumidoras são atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com
carga maior ou igual a 500 kW (quinhentos quilowatts), desde que:
a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de magnésio; ou
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 851

b} cujas unidades consumidoras tenham fator de carga de no mínimo 0,95, apurado no período de
que trata o inciso 111.

V- a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com frequência mínima semestral,


para atendimento a partir do início do semestre subsequente, até que a energia de que trata o§
3º esteja totalmente contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro.

§ 7º O preço dos contratos será reajustado anualmente em janeiro, conforme índice de


atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo - IPCA,


publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses
anteriores à data de reajuste da tarifa; e

11 - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os doze meses seguintes à
data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa de inflação implícita na relação entre as
taxas de juros da Letra do Tesouro Nacional- LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B- NTNB
ou entre títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.

§ 8º A energia contratada terá sazonalização e modulação uniforme e o pagamento dar-


se-á pela energia contratada ao valor resultante dos leilões de que trata o § 6º, atualizado nos
termos do§ 7º.

§ 9º A diferença entre a energia contratada média e a energia consumida média será


apurada mensalmente, calculada para cada consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:

I- a média móvel de doze meses da energia contratada; e

11 - a média do consumo de energia dos doze meses precedentes ao mês de apuração,


contabilizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, considerado o rateio de
perdas na Rede Básica.

§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à energia contratada média,
será devido pelo consumidor ao concessionário de geração, o valor a ser calculado conforme
disposto a seguir:

I - a diferença entre a energia contratada média e a energia consumida média será


valorada, considerado o período de dozes meses anteriores ao mês de apuração, pela diferença
positiva entre :
a} o Preço de Liquidação das Diferenças- PLD médio, do submercado Sudeste/Centro-Oeste; e
b} o preço médio dos contratos de que trata o caput;

11 - não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for inferior ou igual ao preço
médio dos contratos;

111 - será devido mensalmente o valor correspondente a um doze avos do valor calculado
nos termos do inciso I;
852 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

V - as parcelas de que trata o inciso 111 serão devidas até a completa quitação das
diferenças entre a energia contratada média e a energia consumida média.

§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia disponível em seus contratos


de suprimento poderá ser rateado entre suas unidades consumidoras contratadas com a
concessionária de geração.

§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos
ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos deverão ser facultados aos
demais consumidores para rateio.

§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à alocação de cotas de garantia
física de energia e de potência para as concessionárias e permissionárias de serviço público de
distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional- SIN, nos termos do art. lg da Lei
nº 12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes a:

I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 4º, no período 27 de


fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035;

11- qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes contratados ao longo de sua
vigência, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035, observado o disposto
no§ 12; e

111 - qualquer parcela de energia de que trata o § 3º, inciso 111, que não tiver sido
contratada nos termos do§ 6º, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.

§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina de que trata o § 3º será
prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o prazo de antecipação previsto no art. 12 da
Lei nº 12.783, de 2013.

§ 15. A garantia física da usina de que trata o § 3º não estará sujeita à alocação de cotas
de garantia física de energia e potência estabelecida no inciso 11 do § 1º do art. 1º da Lei nº
12.783, 11 de janeiro de 2013, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035,
observado o disposto no§ 13.

§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que trata o caput aportará, na


Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, criada pela Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, a
diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela
ANEEL, nos termos do art. 1º, § 1º, inciso I, da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, deduzidos,
proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos
setoriais relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei nº 5.655, de 20 de maio de
1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000,
e quaisquer outros tributos e encargos setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases
de cálculo ou alíquotas alteradas, relativa ao montante de energia contratada nos termos dos§§
3º e Sº, observado o disposto nos§§ 4º e 13, nos termos dos§§ 17 e 18.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 853

receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada
nos termos do § 16.

§ 18. O aporte à CDE da diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à
aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, nos termos dos §§ 15 e 16, relativa ao montante de
energia contratado nos termos dos §§ 3º e Sº, observado o disposto nos §§ 4º e 13, dar-se-á
considerando o disposto a seguir:

I -oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no período de 27 de fevereiro


de 2020 a 26 de fevereiro de 2030;

11- cem por cento da diferença prevista no caput, no período de 27 de fevereiro de 2030 a
26 de fevereiro de 2035; e
J
111- cem por cento da receita adicional prevista no§ 8º, realizadas as deduções previstas
nos§§ 15 e 16, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035.

§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a companhia
por ações titular da concessão de geração de que trata o caput submeterá aos auditores
independentes, ao final de cada exercício, a movimentação financeira dos aportes realizados à
COE por ocasião das demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas
nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos valores aportados à CDE,
que deverão ser reconhecidos nos aportes à COE do exercício subsequente.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle
federal, com os consumidores finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores
o fornecedor com quem contratará sua compra de energia elétrica.

Art. 32 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

e 2015.

ut~ FABIOJGA Cl;;-~


PSB·MT
J
854 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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Gabinete do Senador RONALDO CAIADO

VOTO EM SEPARADO

Da COMISSÃO MISTA, sobre a Medida


Provisória no 677, de 22 de junho de 2015, que
autoriza a Companhia Hidro Elétrica do Sclo
Francisco a participar do Fundo de Energia do
Nordeste, com o o~jetivo de prover recursos para
a implementaçclo de empreendimentos de energia
elétrica, e altera a Lei 11°11.943, de 28 de maio de
2009, e a Lei 11° 10.848, de 15 de março de 2004.

Autor: Senador RONALDO CAIADO

I-RELATÓRIO

Vem à análise desta Comissão Mista a Medida Provisória


(MPV) no 677, de 22 de junho de 2015, que apel'feiçoa os mecanismos de
incentivo para o setor energético nacional. Em consonância com o art. 62, §
9°, da Constituição Federal, cabe a esta Comissão Mista examinar a Medida
Provisória em referência e emitir parecer prévio à apreciação por cada uma ....~
das Casas Legislativas. :8
~
A Medida Provisória n° 677, de 2015, lastreia-se em dois ~

objetivos: o primeiro, o estabelecimento de cláusula de aditamento de ó
§;
contratos de fornecimento de energia elétrica celebrados entre :o
C\J
concessionárias geradoras de serviço público com consumidores finais; o ~
(')
segundo, a cl'iação do Fundo de Energia do Nordeste (FEN), que visará à m

provisão de recursos financeiros para implantação de empreendimentos de


5;
<8
energia elétrica por meio de Sociedades de Propósito Específico, nas quais a ;;J
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) participará com até -~ ~
49% de seu capital. ~"?·:o° Fto~~co

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Aia Senador Alexandre Costa - Gabinete 2 1 -· Anexo- 131oco A- Senado Federal- llrasília/DF [!] '
CEJ> 70165-900- Telefbne:(61) 3303-6439 e 6440- Fax: (61) 3303-6445
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 855

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A proposta legislativa é composta de seis artigos cujas


disposições principais são a seguir sintetizadas:

-.-'
!!!!!I[)
-~
=r::
• Prevê o aditamento de contratos firmados na década de =~
-<O
70 entre a Chesf e alguns consumidores eletrointensivos -o
=~
!!!!!!.:::
localizados na Região Nordeste, prorrogando-os até 2037, -u._
-(/)

prevendo, contudo, a descontratação gradual da energia elétrica


a partir de 2032;

• Prorroga pelo prazo de até 30 anos, a concessão da Usina


Hidrelétrica (UHE) Sobradinho, que vence em 2022, a fim de
viabilizar o arranjo institucional do aditamento contratual para
grandes consumidores da Região Nordeste; e

• Estabelece fonte de recursos e cria o Fundo de Energia do


Nordeste (FEN), a ser administrado por instituição financeira
controlada pela União e com o objetivo implantar
empreendimentos de energia elétrica, especialmente na Região
Nordeste.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, recebeu 120 (cento e


vinte) emendas.

Segundo a Exposição de Motivos que a acompanha, buscou-se


solução definitiva para os contratos de energia elétrica de consumidores
industriais na Região Nordeste, que atualmente são atendidos diretamente
pela Chesf.

H-ANÁLISE

11. 1 - Constitucionalidade, Juridicidade, Adequação Financeira e


Ot·çamentária, Técnica Legislativa da Medida Provisória

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856 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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iiii
constitucionais das medidas provisórias, inclusive sobre os pressupostos de
relevância e mgência.

A Medida Provisória n° 677, de 2015, trata de autorização para


que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco participe do Fundo de
Energia do Nordeste, com o objetivo de prover recursos para a
implementação de empreendimentos de energia elétrica, e altera a Lei
n° 11.943, de 28 de maio de 2009, e a Lei n° 10.848, de 15 de março de 2004.
As matérias objeto da MPV se enquadram no rol daquelas disciplináveis por
lei federal, a teor do art. 22, IV, e 48, caput, da Constituição Federal. E o art.
21, XII, b, da Lei Maior prevê claramente ser de responsabilidade da União,
a exploração dos serviços e instalações de energia elétrica.

Se o assunto deve ser disciplinado em lei federal, não é menos


verdade que ele pode ser objeto de medida provisória, uma vez que não
figura no rol do art. 62, § 1°, da Constituição, que enumera as vedações
materiais à edição de medidas provisórias.

Tampouco se aplica ao caso a regra do art. 246 da Carta Magna,


que proíbe a edição de medidas provisórias que regulamentem artigo da
Constituição alterado por emenda promulgada entre 1o de janeiro de 1995 e
11 de setembro de 2001 . Com efeito, nem o já citado art. 21 , XII, b, nem o
art. 175, que tratam das concessões e permissões de serviço público, foram
alterados por Emenda Constitucional. Tal posicionamento foi assentado pelo
Supremo Tribunal Federal, quando do exame da constitucionalidade da ~
:g
Medida Provisória no 144, de 2003, que promovia diversas alterações no .D
co
(>')
marco legal do setor elétrico brasileiro. -o
liõ~
-o
Quanto aos pressupostos constitucionais de relevância e o
§;
urgência, entendemos que a Medida Provisória n° 677, de 2015, os atende. :o
São notórios os problemas relativos à produção e distribuição de energia ~
elétrica no país. O Fundo de Energia do Nordeste , do qual a Chesf está sendo ~
autorizada a pmticipar, e que a própria MPV determina que seja criado e 'tJ
administrado por uma instituição financeira controlada pela União, tem o
objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de gJ
i
energia elétrica. Esses empreendimentos são essenciais no esforço por dar ."?.o:O F~~
segurança aos agentes econômicos para fazer outros investimento ~L ~~

• ~!

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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 857

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necessários à garantia da oferta de energia para o setor produtivo e para as iiii

famílias brasileiras.

Resta claro que a Medida Provisória n° 677, de 20 I5, pretende


oferecer condições imediatas para que empreendimentos de energia elétrica
venham a suprir necessidades da Região Nordeste, a de maior carência na
atualidade. No mínimo, cinquenta por cento dos recursos do FEN deverão
ser investidos em empreendimentos de energia elétrica na Região Nordeste.
O restante, nas demais regiões do País, desde que em fontes com preços
inferiores aos praticados na Região Nordeste.

Antes de passar à análise da adequação orçamentária e


financeira da MPV, cumpre registrar que também a exigência do § 1° do art.
2° da Resolução do Congresso Nacional n° I, de 2002, foi atendida. Segundo
esse dispositivo, o texto da medida provisória deve ser encaminhado ao
Congresso Nacional, no dia de sua publicação no Diário Oficial,
acompanhado das respectivas mensagem e exposição de motivos.

Também, consideramos atendidos aos quesitos de juridicidade


e de boa técnica legislativa.

11. 2- Adequação Orçamentária e Financeira

O exame de compatibilidade e adequação orçamentária e


financeira das medidas provisórias abrange a análise da repercussão sobre a
receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento
às normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade
com a Lei Complementar no I O1, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal), a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e a lei orçamentária da União. Nesse contexto, está claro que
a Medida Provisória no 677, de 2015, atende aos requisitos orçamentários e
financeiros. Não há criação de despesa ou renúncia de receita. Além disso,
tendo em vista o caráter privado do FEN, é desnecessário haver previsão no
orçamento de investimentos das estatais.

11. 3 - Mérito

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858 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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Como política de incentivo ao desenvolvimento regional, foram


concedidos benefícios tarifários a empresas que aceitassem se instalar na
Região Nordeste, uma das mais carentes do Brasil. Passadas algumas
décadas, lá estão parques industriais que criam renda e emprego à população
daquela região. Foi uma experiência exitosa que não pode ser desconstruída.

Os contratos que materializavam essa política, celebrados entre


consumidores finais e concessionárias geradoras de serviço público, após
serem prorrogados, tinham prazo de vigência de 30 de junho de 2015.
Entretanto, era necessário que fossem prorrogados mais uma vez, tendo em
vista a necessidade de continuarmos avançando nas políticas de redução das
desigualdades regionais.

Com o receio de haver uma queda abrupta da atividade


industrial das empresas a pa1tir do fim da vigência contratual, o Congresso
Nacional aprovou, por meio da Lei n° 13.097, de 19 de janeiro de 2015,
dispositivo que resguardava os grandes consumidores de energia elétrica. A
Excelentíssima Presidenta da República vetou tal dispositivo. No entanto,
comprometeu-se a submeter à apreciação do Poder Legislativo uma solução
definitiva, que trouxesse benefícios não somente para os consumidores
industriais, mas que também criasse condições para transição para ambiente
de livre concorrência. A Medida Provisória n° 677, de 2015, foi elaborada
nesse sentido, com a redução gradual da energia disponível para atendimento
desses contratos, com regra de reajuste tarifário estabelecida em lei, e com a
criação de fundo de incentivo à instalação de empreendimentos energéticos
na Região Nordeste, o FEN.

Quanto ao período de transição, nota-se que o Poder Executivo


sugeriu prazo de quase 17 (dezessete) anos para que as empresas se adequem
à nova realidade e, a partir de então, busquem paulatinamente outras formas
de suprimento, na figura de autoprodutor ou na escolha livre de seus
fornecedores de energia elétrica.

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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 859

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iii
De fato, o mérito da MPV no 677, de 2015, é indiscutível.
Contudo, conforme será demonstrado, entendemos que o seu
aperfeiçoamento é possível e desejável, sem que o cerne da proposição seja
comprometido.

A Emenda n° 112, de autoria do Senador Eunício Oliveira,


designado para relatar esta Medida Provisória, trata de aperfeiçoamento do
mecanismo de nomeação para agências reguladoras. Ela permite que, no caso
de vacância sem o término do mandato do titular, possa o sabatinado para a
vaga permanecer no cargo pelo prazo que estabelece a lei. Esse é o motivo
pelo qual a acolho.

Reconhecendo a impotiância do arranjo original da MPV n°


677, de 2015, aplicado à Chesf e a consumidores industriais da Região
Nordeste, o Relator estendeu os benefícios criados pela MPV n° 677, de
2015, às Regiões Sudeste e Centro-Oeste. Para tanto, propôs a criação do
Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste (FESC) e a permissão para
que Furnas negocie energia elétrica a preços competitivos com consumidores
dos setores de ferroliga, de silício metálico, ou de magnésio ou que tenham
fator de carga de no mínimo 0,95. O FESC, nos moldes do FEN, visará à
ampliação dos investimentos em energia elétrica, especialmente nas Regiões
Sudeste e Centro-Oeste.

É importante ressaltar que, com a criação do FESC e a garantia


de energia elétrica aos consumidores dos setores de ferroliga, de silício
metálico, ou de magnésio. Assim, o Relator acolheu, total ou parcialmente,
as Emendas n° 20, 23, 46, 49 a 61, 64, 88 a 90, 92, 100 e l 06 e as Emendas
n° 103 e I 05 pela sua relevância frente ao atual cenário econômico.

Propôs, ainda, o acolhimento das Emendas n° 116 e 11 7, que


corrigem uma injustiça com os consumidores dos sistemas isolados de
energia elétrica.

No tocante às demais emendas, foram rejeitadas pelo Relator


sob o argumento de que apresentavam consequências indesejáveis ao setor
elétt·ico ou por tratarem de temas estranhos à MPV n° 677, de 2015 .

Ala Senador Alexandre Costa- Gabinete 2 1 - Anexo - Bloco A - Senndo f ederal - Brasília/DF
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860 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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Como emenda de relator, o Senador Eunício Oliveira incluiu um


dispositivo propondo a repactuação das dívidas setoriais do setor elétrico
contraídas em moeda estrangeira, mencionando especialmente a CELG
Distribuição. Sua alegação foi no sentido de que a renegociação destas
dívidas permitirá a retomada de investimentos, na medida em que objetiva
restabelecer a capacidade da CELG em realizar os investimentos necessários
em sua área de atuação.

Nesse sentido também caminha nosso Voto em Separado, no


entanto aprimorando a sugestão oferecida pelo nobre Relator. Nossa
proposta é de que a data fixada para repactuação das dívidas retroaja a
setembro/20 1O, quando houve a primeira negociação da dívida contraída
com ITAIPU.

A época, o dólar estava cotado em R$ 1,7053, muito mais


favorável que a redação oferecida, a valores de janeiro de 2015 (R$ 2,6929),
quando a empresa foi incluída no PND.

A redação proposta neste Voto em Separado é que se mostra,


sim, atenta às reais necessidades da empresa, permitindo que a mesma se
restabeleça financeiramente para retomar sua linha de investimentos na
manutenção e expansão do setor.

Como forma de proteger tal repactuação, acrescentamos que o


abatimento dessa dívida seja vinculado à condicionante de que a empresa ~
seja fortalecida para novos investimentos no setor. Nesse sentido incluímos
:g
(O
('I)
"O
dispositivo no projeto de lei de conversão para constar que, em sendo ~
!f2
privatizada, o ônus da repactuação seja ressarcido com as devidas correções "'
"O

monetárias. o
~
~
.D

I
gs

111- VOTO
O>

. . . . Pelo e~posto, . n?~so voto é pela constitucio~alidade e 'Vo-F:[{{j ,~


JLU'ldtctdade da Medtda Provtsona 11° 677, de 2015, e pelo atendtmento d 'i>' ~~\
pressupostos de relevância, urgência e adequação financeira e orçamentár & /Q ~-) 5
FL _::_--·~-~ ._, /
'

Ala Senador Alexandre Costa - Gabinete 2 1- Anexo- Bloco A - Senado Federal - Bms ilia/DF
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 861

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No mérito, somos pela aprovação Medida Provisória n° 677, de


2015, e, parcialmente, das Emendas no 20, 23, 46, 49 a 61, 64, 88 a 90, 92,
I 00, I 03, 105, 106, 112, 116 e 117 nos termos explicitados na análise, e pela
rejeição das demais emendas, na forma do seguinte projeto de lei de
conversão.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO No, DE 2015


(À MEDIDA PROVISÓRIA No 677, DE 2015)

Autoriza a Companhia Hidro Elétrica do São


Francisco e Furnas Centrais Elétricas a participar,
respectivamente, do Fundo de Energia do
Nordeste c do Fundo de Energia do Sudeste e do
Centro-Oeste, com o objetivo de prover recursos
para a implementação de empreendimentos de
energia elétrica, altera a Lei 11° I !.943, de 28 de
maio de 2009, a Lei no 9.491 , de 9 de setembro de
1997, a Lei n 12.1 11 , de revoga dispositivos da Lei
n° 9.986, de 18 de julho de 2000, e da Lei no
I 0.522, de 19 de julho de 2002, e dá outras
providências.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1° Fica a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco -


Chesf autorizada a participar do Fundo de Energia do Nordeste- FEN, com
o objetivo de prover recursos para a implantação de empreendimentos de
energia elétrica, conforme regulamento.

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862 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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iii
Art. zo O FEN será criado e administrado por instituição
financeira controlada pela União, direta ou indiretamente. !!!!li)

-~
Art. 3° Serão recursos do FEN aqueles previstos no § 16 do art.
22 da Lei no 11.943, de 28 de maio de 2009.
-.
-~
-li)
=::::
-
-

=~
o
Q)

§ 1o Os recursos do FEN deverão ser investidos em


=tt
-(f)

empreendimentos de energia elétrica na seguinte proporção:

I- no mínimo, cinquenta por cento na Região Nordeste; e

ll - até cinquenta por cento nas demais regiões do País, desde


que em fontes com preços inferiores aos praticados na Região Nordeste.

§ 2° Os recursos do FEN serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor.

§ 3° Os recursos do FEN serão de titularidade das


concessionárias geradoras de serviço público, inclusive aquelas sob controle
federal, que atendam ao disposto no art. 22 da Lei n° 11 .943, de 28 de maio
de 2009, para implantação de empreendimentos de energia elétrica através
de Sociedades de Propósito Específico nas quais as concessionárias tenham
participação acionária de até quarenta e nove por cento do capital próprio das
sociedades a serem constituídas.

§ 4° Para a seleção dos empreendimentos de que trata o § 1°, a


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas
sociedades de propósito específico constituídas deve atender, no mínimo, ao
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o§ 3°, referenciada
nos planos de negócio associados.

Art. 4° O Conselho Gestor do FEN- CGFEN será um colegiado


de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento serão definidos em
regulamento.

.....
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 863

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iiiii
§ I o Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar
os membros do CGFEN, indicados pelos titulares das organizações as quais !!!I!)

representem. -~

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o


-.
~~
-I!)
=~
=~
-<'>
-I!)

Presidente do CGFEN. =~
-(f)

§ 3° O Presidente do CGFEN exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFEN contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes


no CGFEN correrão à conta de dotações orçamentárias dos respectivos entes
nele representados.

§ 6° A participação nas atividades do CGFEN será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 5° A Lei n° 11.943, de 2009, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 22. Os contratos de fornecimento de energia elétrica


celebrados entre concessionárias geradoras de serviço público,
inclusive aquelas sob controle federal, com consumidores finais,
vigentes à data de publicação desta Lei e que tenham atendido o
disposto no art. 3° da Lei n° I 0.604, de 17 de dezembro de 2002,
serão aditados a partir de I 0 de julho de 2015, desde que atendidas
as condições estabelecidas neste artigo, mantidas as demais
condições contratuais.
§ I o Os contratos de que trata o caput terão seu término em 8
de fevereiro de 2037.
§ 2° As reservas de potência a serem contratadas de I 0 de julho
de 2015 a 8 de fevereiro de 2032 corresponderão a montante de
energia igual à soma das parcelas a seguir:
I - totalidade da parcela da garantia física vinculada ao

qual não

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864 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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energia e de potência, nos termos do art. I0 , § I O, § I I e § 12, da Lei iiiii

n° 12.783, de li de janeiro de 20 13; e


11 -parcela vinculada a noventa por cento da garantia física da -.
!!!!O!)
-~
Usina Hidrelétrica Sobradinho, no centro de gravidade do
submercado da usina, deduzidas as perdas elétricas e o consumo
interno.
-.
=r:::
-O/)
=1:::
=:g
=r;s
§ 3° A partir de 9 de fevereiro de 2032, as reservas de potência
=5:
-(/)

contratadas serão reduzidas uniformemente à razão de um sexto a


cada ano, observado o disposto no§ 1°.
§ 4° Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à
alocação de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição
de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), nos
termos do art. 1° da Lei n° 12.783, de li de janeiro de 2013, os
montantes de energia correspondentes a:
I - redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no §
3°, no período de 9 de fevereiro de 2032 a 8 de fevereiro de 2037; e
11 - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes
contratados ao longo de sua vigência, no período de 9 de fevereiro
de 2022 a 8 de fevereiro de 2037, observado o disposto no § 12.
§ 5° Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina
de que trata o inciso I I do§ 2° será prorrogada pelo prazo de até trinta
anos, afastado o prazo de antecipação previsto no mt. 12 da Lei 11°
12.783,de2013.
§ 6° A garantia física da usina de que trata o inciso li do § 2°
não está sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e
potência estabelecida no inciso 11 do § I0 do art. Io da Lei n° 12.783,
de 2013, no período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de
i
(O
('}
"O
2037, observado o disposto no§ 4°.
§ 7° O valor da tarifa dos contratos de que trata o caput será
~....
"O
o
atualizado, considerada a variação do índice de atualização previsto
contratualmente, desde a data de sua última atualização até 30 de
junho de 2015. *
:0
~
('}

§ 8° Em I0 de julho de 2015, o valor da tarifa atualizado nos <»

termos do§ 7° será majorado em vinte e dois inteiros e cinco décimos ~


por cento. ~0(1)

§ 9° A partir de I0 de julho de 2016, o valor da tarità será gJ
reajustado anualmente em Io de julho, conforme índice de l8
atualização disposto a seguir: 0o7Z?z~
I - setenta por cento da variação do Índice Nacional de Preço $'~ . . ~P.\
ao Consumidor Amplo- IPCA, publicado pelo Instituto Brasileir (I,)FL 5L'y,=~)
[!)''~[!] í

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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 865

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de Geografia e Estatística - IBGE, referente aos doze meses iiii

anteriores à data de reajuste da tarifa; e


11 - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para
os doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com
base na taxa de inflação implícita na relação entre as taxas de juros
da Letra do Tesouro Nacional - LTN e das Notas do Tesouro
Nacional Série 8 - NTN-B ou entre títulos equivalentes que vierem
a substituí-los, conforme dispuser o regulamento.
§ I O. O montante de energia estabelecido no § 2° será rateado
entre os consumidores de que trata o caput na proporção do consumo
médio apurado entre Io de janeiro de 20 li e 30 de junho de 2015.
§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia
disponível em seus contratos de fornecimento poderá ser rateado
entre suas unidades consumidoras atendidas pelas concessionárias
geradoras de serviço público a que se retere o cap11t.
§ 12. Na hipótese dos consumidores não manifestarem
interesse em aditar total ou parcialmente seus contratos, nos termos
deste attigo, ou decidirem pela rescisão ou redução de seus contratos
ao longo de sua vigência, os montantes de energia dos contratos
deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.
§ 13. Sem prejuízo da aplicação dos reajustes em I0 de julho
de cada ano, conforme definido no § 9°, as tarifas de energia e de
demanda calculadas nos termos dos § 7° e § 8° serão objeto das
seguintes condições:
I - a tarifa de demanda no segmento fora de ponta terá um
adicional tarifário de doze inteiros e sete décimos vezes o seu valor,
que vigorará, excepcionalmente, de 1o de julho de 20 15 a 3 I de ~
"O
dezembro de 2015; .o
~
"O
li - as tarifas de energia e demanda, nos segmentos de ponta c
fora de ponta, terão redução de oito inteiros e oito décimos por cento, ro~
"O
que vigorará, exclusivamente, no período de lo de jnneiro de 2016 a o
31 de janeiro de 2022, pam compensação do adicional tarifário de
que trata o inciso l;
111 -nos reajustes anuais, a partir de lo de julho de 20 !6 até I o
*
:0
~
~
de julho de 2021, inclusive, serão consideradns como base de ;:::.
~
incidência as tarifas definidas com aplicação do disposto no inciso <D

li; e ~
IV - a partir de Io de fevereiro de 2022, as tarifas de energia e "'O
demanda serão calculadas a partir dos valores estabelecidos nos \"v
F[: :i
-O<S\q
t}f
termos dos § 7° e § 8°, acrescidos dos reajustes anuais.
(I) r ,< 'fi_, I
FL _) _
.J _

----------------~-
m
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866 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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§ 14. A energia livre será aquela que ultrapassar os seguintes iiii

referenciais de energia contratada a cada ano:


-
! !!!U'l
I - para o segmento fora de ponta, a energia associada à reserva -~
de potência contratada neste segmento considerando o fator de carga -~
-lfl

unitário; e -~
=~
-(")
-lfl
11 - para o segmento de ponta, a energia associada ao maior -~
iiiU:
-(f)
valor entre:
a) a reserva de potência contratada neste segmento
considerando o fator de carga unitário; e
b) noventa por cento da reserva de potência contratada no
segmento fora de ponta.
§ I 5. Observado o disposto nos §§ I O, I I e 12, a reserva de
potência a ser contratada anualmente poderá ser alterada pelo
consumidor com antecedência de sessenta dias do início do ano civil
subsequente, nos seguintes termos:
I - o consumidor deverá apresentar sua revisão de reserva de
potência anual contratada para o ano seguinte em cada segmento
hora-sazonal;
II - a reserva de potência anual deverá respeitar o limite
superior estabelecido pelo montante de energia contratado;
111 - a reserva de potência anual no segmento de ponta deverá
respeitar o Iimite inferior de noventa por cento da reserva de potência
contratada neste segmento, exclusivamente para os consumidores
que tiverem contratado o mesmo montante de reserva de potência
contratada nos segmentos de ponta e fora de ponta;
~
IV - não será admitida redução de reserva de potência anual no <t
:g
segmento fora de ponta; e ~
"O

~
V - não se aplica o disposto no inciso 11 do § 4° e no § 12 à
eventual redução anual de reserva de potência. "O
o
§ 16. As concessionárias geradoras de serviço público de que §5
trata o caput aportarão, ao Fundo de Energia do Nordeste- FEN, a :0
(\J
diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder a ~
aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. I0 , § ~
I 0 , inciso I, da Lei n° 12.783, de li de janeiro de 2013, deduzidos, ~
proporcionalmente a essa diferença, os tributos devidos sobre a i
receita bruta c os encargos setoriais relativos à Reserva Global de .o
Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20 de maio de 1971, e ~
relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei n o 9.991, F:: .. · co
0
de 24 de julho de 2000, c quaisquer outros tributos e encargos "?-'O ' C:..~2-\.
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálcu ff r- . "fl7\
(/)FL ') J.JJ___ r r

------------------------------------------------·~-
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"~
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 867

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ou alíquotas alteradas, relativa aos seguintes montantes de energia,


observado o disposto no§ 3°, nos termos do § I 7:
I -na totalidade da parcela da garantia física referida no inciso
I do § 2° nos seguintes termos:
a) trinta por cento da diferença prevista no capul, no período
de I o de janeiro de 20 I 6 a 8 de fevereiro de 2022;
b) oitenta c oito por cento da diferença prevista no caput, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e
c) cem por cento da diferença prevista no capul, no período de
9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037; e
li - noventa por cento da garantia física da usina de que trata o
inciso li do § 2° no centro de gravidade do submercado da usina,
deduzidas as perdas elétricas e o consumo interno, nos seguintes
termos:
a) oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no
período de 9 de fevereiro de 2022 a 8 de fevereiro de 2030; e
b) cem por cento da diferença prevista no caput, no período de
9 de fevereiro de 2030 a 8 de fevereiro de 2037.
§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado ao FEN, o
valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos
contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela
ANEEL, calculada nos termos do § I 6.
§ 18. Nos termos do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, a companhia por ações titular da concessão de
geração de que trata o capul submeterá aos auditores independentes,
ao final de cada exercício, a movimentação financeira dos aportes
realizados ao FEN por ocasião das demonstrações financeiras
anuais, inclusive quanto às deduções realizadas nos termos do § I 7,
devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos valores apartados
ao FEN, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao FEN do
exercício subsequente.
§ 19. Excepcionalmente para o período de 7 de julho de 2015
a 3 I de dezembro de 2015, não será destinado à alocação de cotas de
garantia física de energia e de potência de que trata o inciso 11 do §
1° do art. 1° da Lei da 11° 12.783, de 2013, o montante de cotas de
garantia física de energia e de potência correspondente a três vezes
o montante de energia estabelecido no inciso l do § 2°, sendo alocado
às concessionárias geradoras de serviço pllbl ico de que trata o caput.
§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento
energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras

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868 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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serviço público, inclusive aquelas sob controle federal, com os


consumidores finais de que trata esta Lei, será de livre escolha dos
consumidores o fornecedor com quem contratará sua compra de i!!!!! I()

energia elétrica." (NR) -~


-r.::
-o
-==~
-(O
-o
....
=fri
Art. 6° Fica Furnas Centrais Elétricas S.A. - FURNAS !!!!:::
-u.
-(f)
autorizada a participar do Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste-
FESC, com o objetivo de prover recursos para a implantação de
empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, conforme
regulamento.

Art. 7° O FESC será criado e administrado por instituição


financeira controlada pela União, direta ou indiretamente.

Art. 8° Serão recursos do FESC aqueles previstos no art. 1O


desta Lei.

§ 1o Os recursos do FESC deverão ser investidos em


empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica, respeitado o
mínimo de cinquenta por cento no Sudeste e no Centro-Oeste.

§ 2° Os recursos do FESC serão aplicados de acordo com as


decisões deliberadas por seu Conselho Gestor, preferencialmente em
projetos apresentados pela concessionária de que trata o art. 6°.

§ 3° Os recursos do FESC serão de titularidade da


~
.o
(()
(")
'O
concessionária geradora de serviço público de que trata art. 6°, para
implantação de empreendimentos de geração e transmissão de energia ~
'O

elétrica através de Sociedades de Propósito Específico nas quais tenha ;;


íl!
O>
participação acionária de até 49% (quarenta e nove por cento) do capital T'"
.o
próprio das sociedades a serem constituídas. ft\l
.o
~

§ 4° Para a seleção dos projetos de que trata o § 1°, a ~


rentabilidade estimada dos recursos aplicados pelos acionistas nas .õ
Sociedades de Propósito Específico constituídas deve atender no mínimo ao ~
custo de capital próprio estabelecido pelos acionistas controladores das ,....,-~~, co
concessionárias geradoras de serviço público de que trata o art. 6°, ~~oo F{.,__·~~:~\
referenciada nos planos de negócio associados. ~ . . 1..,. ·
U)Fl j j g ~~
="'==::::= I

~------------------~-----------------------------------------------.
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[!]

• ..
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 869

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Art. 9° O Conselho Gestor do FESC - CGFESC será um


colegiado de caráter deliberativo, cuja composição e funcionamento será
definida em regulamento.

§ 1o Caberá ao Ministro de Estado de Minas e Energia designar


os membros do CGFESC, indicados pelos titulares das organizações as quais
representem.

§ 2° O Ministro de Estado de Minas e Energia designará o =


Presidente do CGFESC.

§ 3° O Presidente do CGFESC exercerá o voto de qualidade.

§ 4° O CGFESC contará com apoio técnico e administrativo de


órgão ou entidade da administração pública federal, conforme regulamento.

§ 5° As despesas relacionadas à participação dos representantes


no Conselho Gestor do FESC correrão à conta de dotações orçamentárias
dos respectivos entes nele representados.

§ 6° A participação nas atividades do CGFESC será considerada


prestação de serviço relevante, não remunerada.

Art. 10. Serão celebrados contratos de suprimento de energia


elétrica entre a concessionária de geração de energia elétrica de que trata o
art. 6° e os consumidores finais cujas unidades consumidoras localizadas no
submercado Sudeste/Centro-Oeste, da classe industrial, desde que atendidas
as condições estabelecidas neste artigo.

§ 1o Os contratos bilaterais deverão ser celebrados e registrados


no Ambiente de Contratação Livre- ACL até 27 de fevereiro de 2020.

§ 2° Os contratos de que trata o caput terão início em 1o de


janeiro de 2016 e término em 26 de fevereiro de 2035 e, observado o disposto
no § 5°, início de suprimento em:

a) 1o de janeiro de 2016;

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870 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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b) 1° de janeiro de 2017; e

c) 1°dejaneirode2018.

§ 3° Os montantes de energia a serem contratados equivalem às


parcelas de energia vinculadas à garantia física da Usina Hidrelétrica
Itumbiara, no centro de gravidade do submercado da usina, deduzidas as
perdas elétricas e o consumo interno, conforme disposto a seguir:

I- em 2016, vinte por cento da garantia física da usina deduzidas


as perdas e o consumo interno;

li - em 2017, cinquenta por cento da garantia física da usina


deduzidas as perdas e o consumo interno; e

III -a partir de 2018, oitenta por cento da garantia física da usina


deduzidas as perdas e o consumo interno, observado o disposto no § 4°.

§ 4° A partir de 27 de fevereiro de 2030, os montantes de energia


contratada serão reduzidos uniformemente à razão de um sexto a cada ano,
observado o término de suprimento disposto no § 2°.

§ 5° As revisões ordinárias de garantia física da usina de que


trata o § 3° que impliquem redução da garantia física ensejarão redução (\J
(\J
proporcional dos montantes contratados. :g
.D
<O
(")
1:)

§ 6° Para a contratação de que trata o caput, a concessionária


geradora de serviço público de que trata o art. 6° deverá realizar leilão no ~
1:)

o
prazo de sessenta dias contados da publicação desta Lei, nos termos do inciso ~
I do § 5° do art. 27 da Lei n° I 0.438, de 26 de abril de 2002, observadas as :0
seguintes diretrizes: 2
~
r::.
I - o preço de referência do leilão será o preço médio dos :2
contratos aditivados em 1o de julho de 2015, nos termos do art. 22 da Lei n° ~
11 .943, de 28 de maio de 2,009, acrescido de cinco inteiros e quatro décimos ~
ro
por cento, atualizado pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 0
o ,;rl~~,..... , _

Fi;·.:..>' ,,
(()

- IPCA, ou outro que o substitua, do mês de agosto de 2015 até o mês de $'?' ~~\
realização do leilão; (J)FL 5'~(t~)

------------------------------------------------------------------··
11)..
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· .
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 871

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li - o critério de seleção será o de maior preço ofertado;

-'-.
!!!!lf)
iii ~
III - o montante de energia a ser contratado será rateado com
=f::
base na declaração de necessidade dos consumidores de que trata o caput, -"'
=f::
vencedores do leilão, limitada, no total a ser suprido, ao consumo médio =~
-(')

=tt
-I[)

apurado entre 1° de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2012;


-(/)

IV - poderão contratar energia nos leilões exclusivamente os


consumidores de que trata o caput cujas unidades consumidoras são
atendidas em tensão superior ou igual a 13,8 kV com carga maiot· ou igual a
500 kW (quinhentos quilowatts), desde que:

a) sejam produtores de ferroligas, de silício metálico, ou de


magnésio; ou

b) cujas unidades consumidoras tenham fator de carga de no


mínimo 0,95, apurado no período de que trata o inciso III.

V - a concessionária deverá realizar um ou mais leilões, com


frequência mínima semestral, para atendimento a pattir do início do semestre
subsequente, até que a energia de que trata o § 3° esteja totalmente
contratada, ou até 31 de dezembro de 2019, o que ocorrer primeiro.

§ 7° O preço dos contratos será reajustado anualmente em


janeiro, conforme índice de atualização disposto a seguir:

I - setenta por cento da variação do Índice de Preço ao


Consumidor Amplo- IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística- IBGE, referente aos doze meses anteriores à data de reajuste
da tarifa; e

II - trinta por cento da expectativa da variação do IPCA para os


doze meses seguintes à data de reajuste da tarifa, estimada com base na taxa
de inflação implícita na relação entre as taxas de juros da Letra do Tesouro
Nacional - LTN e das Notas do Tesouro Nacional Série B- NTN-B ou entre
títulos equivalentes que vierem a substituí-los, conforme dispuser
regulamento.

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872 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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§ 8° A energia contratada terá sazonalização e modulação


uniforme e o pagamento dar-se-á pela energia contratada ao valor resultante
dos leilões de que trata o§ 6°, atualizado nos termos do § 7°.

§ 9° A diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será apurada mensalmente, calculada para cada
consumidor vencedor do leilão pela diferença entre:

I - a média móvel de doze meses da energia contratada; e

II - a média do consumo de energia dos doze meses precedentes


ao mês de apuração, contabilizado na Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica- CCEE, considerado o rateio de perdas na Rede Básica.

§ 10. Na hipótese da energia consumida média ser inferior à


energia contratada média, será devido pelo consumidor ao concessionário de
geração o valor a ser calculado conforme disposto a seguir:

I - a diferença entre a energia contratada média e a energia


consumida média será valorada, considerado o período de dozes meses
anteriores ao mês de apuração, pela diferença positiva entre:

a) o Preço de Liquidação das Diferenças - PLD médio, do


submercado Sudeste/Centro-Oeste; e

b) o preço médio dos contratos de que trata o caput;

li - não haverá qualquer valor devido quando o PLD médio for


inferior ou igual ao preço médio dos contratos;
~
III- será devido mensalmente o valor correspondente a um doze ~
avos do valor calculado nos termos do inciso I; ~

IV - o pagamento da primeira parcela de que trata o inciso III ~


dar-se-á após decorridos vinte e quatro meses do início de suprimento do = -h·-. .. ~
\)o f: f-' ,· .
contrato; $"?' ~o1~\
C/) r /-/ ?-'\
FL ~ J
•.. .. .)
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V - as parcelas de que trata o inciso III serão devidas até a


completa quitação das diferenças entre a energia contratada média e a
!!!!!!!11)
energia consumida média.
-~
-r::
§ 11. A critério de cada consumidor, o montante de energia -.
-I/)

=i:
_co
- o
-(')
-I/)
disponível em seus contratos de suprimento poderá ser rateado entre suas
unidades consumidoras contratadas com a concessionária de geração.
=5:
~if)

§ 12. Na hipótese dos consumidores decidirem pela rescisão ou


redução de seus contratos ao longo de sua vigência, os montantes de energia
dos contratos deverão ser facultados aos demais consumidores para rateio.

§ 13. Nos períodos estabelecidos a seguir, estarão sujeitos à


alocação de cotas de garantia física de energia e de potência para as
concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de
energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN, nos termos do art. 1o
da Lei n° 12.783, de 2013, os montantes de energia correspondentes a:

I- redução uniforme e anual dos contratos estabelecida no § 4°,


no período 27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035;

li - qualquer rescisão ou redução permanente dos montantes


contratados ao longo de sua vigência, no período de 27 de fevereiro de 2020
a 26 de fevereiro de 2035 , observado o disposto no§ 12; e
C\J

~
III - qualquer parcela de energia de que trata o § 3°, inciso III, D
~
que não tiver sido contratada nos termos do § 6°, no período de 27 de ~
fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035 . ~
u
o
§ 14. Observado o disposto neste artigo, a concessão da usina
de que trata o § 3° será prorrogada pelo prazo de até trinta anos, afastado o
*
:c;
C\J
2
prazo de antecipação previsto no art. 12 da Lei n° 12.783, de 11 de janeiro m
;:::
lO
de 2013.

§ 15. A garantia fisica da usina de que trata o § 3° não estará ~..... ~


i
sujeita à alocação de cotas de garantia física de energia e potência ,:. . _1'9 0. F~?.·~)~
estabelecida no inciso li do § I o do art. 1o da Lei n° 12.783, de 11 de janeir r ~ /i
--~ -.2Z
1
FL
.-- .

-- ------------------------·~-
.... .·.,;~
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874 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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de 2013, no período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2035,


observado o disposto no § 13.

§ 16. A concessionária geradora de serviço público de que trata


o caput aportará, ao Fundo de Energia do Sudeste e do Centro-Oeste- FESC,
a diferença entre a receita dos contratos e o valor que exceder à aplicação da
tarifa calculada pela ANEEL, nos termos do art. 1°, § 1°, inciso I, da Lei no
12.783, de 11 de janeiro de 2013, deduzidos, proporcionalmente a essa
diferença, os tributos devidos sobre a receita bruta e os encargos setoriais
relativos à Reserva Global de Reversão, instituída pela Lei n° 5.655, de 20
de maio de 1971, e relativos a Pesquisa e Desenvolvimento, previstos na Lei
n° 9.991, de 24 de julho de 2000, e quaisquer outros tributos e encargos
setoriais que venham a ser criados ou tenham suas bases de cálculo ou
alíquotas alteradas, relativa ao montante de energia contratada nos termos
dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, nos termos dos §§ 17 e
18.

§ 17. Deverá ser deduzido do valor a ser aportado ao FESC o


valor correspondente aos tributos devidos sobre o resultado da
concessionária de geração relativo à diferença entre a receita dos contratos e
o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, calculada
nos termos do § 16.

§ 18. O aporte ao FESC da diferença entre a receita dos


contratos e o valor que exceder à aplicação da tarifa calculada pela ANEEL, ~
nos termos dos §§ 15 e 16, relativa ao montante de energia contratado nos :8
~
termos dos §§ 3° e 5°, observado o disposto nos §§ 4° e 13, dar-se-á "O

considerando o disposto a seguir: ~


"O
o
§;
....
I - oitenta e oito por cento da diferença prevista no caput, no .o
período de 27 de fevereiro de 2020 a 26 de fevereiro de 2030; ~
.o
~
r:
II - cem por cento da diferença prevista no caput, no período de
27 de fevereiro de 2030 a 26 de fevereiro de 2035; e
~
I
III - cem por cento da receita adicional prevista no § 8°, -'F""~
0
realizadas as deduções previstas nos§§ 15 e 16, no período de 27 de fevereiro ~tr9 ~O~
de 2020 a 26 de fevereiro de 2035. {%Fl ) 2 4 f')

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Ala Senador Alexandre Costa - Gabinete 21 - /\nexo- Bloco i\- Senado Fcde1al -- Brasília!DF
CEP 70165-900- Tclcfone:(61) 3303-6439 e 6440 - Fax: (61) 3303-6445
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Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 875

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§ 19. Nos termos do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro


de 1976, a companhia por ações titular da concessão de geração de que trata
o caput submeterá aos auditores independentes, ao final de cada exercício, a
movimentação financeira dos aportes realizados ao FESC por ocasião das
demonstrações financeiras anuais, inclusive quanto às deduções realizadas
nos termos do § 17, devendo ser evidenciados os eventuais ajustes nos
valores ap01tados ao FESC, que deverão ser reconhecidos nos aportes ao
FESC do exercício subsequente.

§ 20. A partir do vencimento dos contratos de fornecimento de


energia elétrica celebrados entre concessionárias geradoras de serviço
público, inclusive aquelas sob controle federal, com os consumidores finais
de que trata esta Lei, será de livre escolha dos consumidores o fornecedor
com quem contratará sua compra de energia elétrica.

Art. 11 A Lei n° 9.491, de 9 de setembro de 1997, passa a


vigorar com as seguintes alterações:

"At'f. 6° .............................................................................. ..

§ I O. Fica a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL


autorizada a anuir com a repactuação, que venha a gerar benefícios
potenciais à prestação do serviço público de distribuição de energia,
de dívidas setoriais em moeda estrangeira, das empresas incluídas no
Programa Nacional de Desestatização (PND), para que seja N
N
convertida em moeda nacional, com remuneração mensal pela ~
D
variação da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - ~
SELIC e pmzo máximo de 120 meses considerando períodos de a::
iE
(ij
carência e de am01tização. "O
o
§ 11 . Será considerada como data base da repactuação de que ~
trata o§ IOo dia 29 de setembro de 20 I O. ..-
D
~
§ 12. Em caso de privatização, o ônus da repactuação de que D
~
trata o § 1O deverá ser ressarcido com as devidas correções r::
monetárias." (NR) 'tJ
<D
o
i
m
Art. 12. Não se aplicam os limites constantes dos artigos 15 e =~-~ ~
16 da Lei n° 9.065, de20 de junho de 1995, às sociedades empresariais que :o..\"0 ° ~-'t-"6%
pleitearem ou tiverem deferido o processamento de recuperação judicial, no ~L ._fQ'if-)
• ,, . • .f'

----------------------~~- -
Ala Senador Alexandre Costa - Gabinete 2 1 - t\nexo - Bloco i\ - Senado Federal - 13msília/D F
CEP 701 65-900 - Tclefone:(6 1) 3303-6439 e 6440 - Pax: (61 ) :1303-6445
876 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

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termos dos arts. 51, 52 e 70 da Lei no 11.1 O1, de 9 de fevereiro de 2005, até iiii

o trânsito em julgado da sentença disposta no artigo n° 63 da referida Lei.


!!!!L!)
iiii ~

-.
-,.:.
=t--
Art. 13. O art. l 0-A da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002, -U)
=f:::
passa a vigorar com as seguintes alterações: =~
=~
!!!!c
-lL
-(/)

"Art. 10-A O empresário ou sociedade empresarial que


pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial,
nos termos dos arts. 51 , 52 e 70 da Lei no I 1.1 OI, de 9 de fevereiro
de 2005, poderão parcelar seus débitos com a União, inclusive os
constituídos posteriormente ao processamento da recuperação
judicial, em cento e vinte parcelas mensais e consecutivas,
calculadas observando-se os seguintes percentuais mínimos,
aplicados sobre o valor da dívida consolidada:
1- I" (primeira) à 24" (vigésima quarta) prestação: 0,5% (cinco
décimos por cento);
li - da 25" (vigésima quinta) à 48" (quadragésima oitava)
prestação: 0,7% (sete décimos por cento);
111 -da 49" (quadragésima nona) à 1193 (centésima décima
nona) prestação: I% (um por cento); e
IV - 120" (centésima vigésima) prestação: saldo devedor
remanescente.
............................................................................. "(NR)

At•t. 14. O art. 4° da Lei n° 12.111 , de 9 de dezembro de 2009, passa a


vigorar acrescido dos seguintes §§ 3° e 4°:

"AI't. 4" .................................................................................. ..


§3° As bandeiras tarifárias homologadas pela ANEEL não são
aplicadas aos consumidores finais atendidos nos Sistemas Isolados
por serviço público de distribuição de energia elétrica.
§4° Os agentes que, em 3 1 de dezembro de 2014, operavam no
âmbito dos Sistemas Isolados serão considerados plenamente
integrados ao SIN após a adequação plena dos sistemas de
transmissão e distribuição associados, conforme decisão do Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico- CMSE." (NR)

Art. 15. Ficam •·cvogados:

Ala Senador Alexandre Costa - Gabinete 2 1- Anexo - Bloco A- Senado Federal - Brasília/DF
CEP 70 I65-900 - Telelo ne:(6 I) 3303-6439 c 6440 - Fax: (6 I) 3303-6445
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 877

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I- o pa•·ágrafo único do art. 6" da Lei n" 9.986, de 18 de julho de 2000;


c

II -o § 1" do art. l 0-A da Lei n" l 0.522, de 19 de julho de 2002.

Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, de setembro de 2015.

naldo Caiado

Ala Senador Alexandre Costa - Gabinete 2 1 - Anexo - Bloco A- Senado Federal - Bra sília!DF
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878 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 214, DE 2015


(Do Sr. Pastor Eurico e outros)

Susta a Portaria nº 916, de 9 de setembro de 2015, do Ministério da Educação, que “Institui


Comitê de Gênero, de caráter consultivo, no âmbito do Ministério da Educação.”.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDC-213/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica sustada a Portaria nº 916, de 9 de setembro de 2015, do Ministério da Educação, que “Institui
Comitê de Gênero, de caráter consultivo, no âmbito do Ministério da Educação.”.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
A Portaria nº 916, de 9 de setembro de 2015, de autoria do Ministério da Educação, que “Institui Comitê
de Gênero, de caráter consultivo, no âmbito do Ministério da Educação.”.
A retro Portaria apresenta a necessidade de enfrentar as desigualdades de gênero, com isso, INSTITUIU
COMITÊ DE GÊNERO, DE CARÁTER CONSULTIVO
Somos favoráveis à defesa da igualdade de todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza –
entendendo-se, aqui, inclusive AS DIFERENÇAS E DIVERSIDADES entre mulheres e homens. No entanto, dis-
cordamos do termo “Gênero”.
O Constituinte sabiamente estabeleceu critérios e objetivos fundamentais que norteiam a República
Federativa do Brasil, a saber:
“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
[...]
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer ou-
tras formas de discriminação.” Grifei.
Nota-se que tais objetivos são considerados cláusula pétrea, só podendo ser alterado para melhorar. O
legislador pontuou alguns nomes, mas sem a intenção de estabelecer um rol taxativo, até porque deixou
aberto o texto do artigo mencionado em seu inciso IV, a fim de outras classes serem protegidas, conforme
a parte in fine, que termina: “...e quaisquer outras formas de discriminação”
Ora, o Constituinte ampliou a proteção a todos aqueles que sofrem algum tipo de discriminação, dado
a impossibilidade de nomear classes, sem fechar o rol das formas de discriminação, deixando os princípios e
conceitos para alcançar todos.
Assim, todos aqueles que se sentirem discriminados, seja gordo, magro, careca, ruivo, desdentados, ne-
gro, índio, podem provocar o judiciário para que analise a sua demanda, caso sejam discriminados em razão
de sua situação física, religiosa entre outras.
A Constituição Federal de 1988 poderia incluir o portador de necessidades especiais mas não o fez, por-
quanto deixou em aberto a possibilidade deste, caso se sentindo discriminado, busque no judiciário o respeito
ao seu direito.
Quando se diz: “quaisquer outras formas de discriminação”, está deixando um vasto campo de clas-
ses de pessoas que possam buscar no judiciário o respeito ao seu direito de não ser discriminado, até porque,
a Constituição Federal homenageia o pluralismo como valor sócio-político-cultural, ou seja, a liberdade para
dispor de suas vontades, desde que respeitado o ordenamento jurídico.
O art. 5º, da Constituição Federal, reforça mais ainda essa garantia, ao estabelecer que “Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...”. Ou seja, em uma interpretação lógico-sistemática, a her-
menêutica jurídica, estabelecida dentro do arcabouço jurídico, garante a proteção das diferenças, seja de cor,
de sexo, de religião etc. Daí, pergunto: Por que inserir um conceito criado para combater a discriminação da
mulher, quando já tem ela a sua proteção? Não seria redundante ditar uma regra que já é protegida por todo
o ordenamento jurídico?
Creio que seria privilegiar uma classe e desprestigiar outra, quando não há necessidade de incluir na
norma jurídica determinada conceituação. Senão, teremos em nosso ordenamento jurídico todas as classes
que se sentem discriminadas taxadas em um rol, desconfigurando assim a sistemática jurídica a realizar o de-
sejo de um grupo ao seu bel prazer,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 879

Isto posto, trago nesta justificação um estudo sobre a Ideologia de Gênero, a fim de deixar claro o que se
pretende por detrás dessa suposta “boa intenção”, a criação desse COMITÊ DE GÊNERO que busca tornar no di-
reito um conceito para, no futuro, aplicar na sociedade a ideologia de gênero como a nova conjuntura da socie-
dade em detrimento da destruição da atual, que hoje, graças a Deus, vive sobre o manto da proteção da família.
A ideologia de gênero iniciou nos anos 80, quando o conceito de gênero passou a ser adotado pelo
movimento marxista e feminista, que via nesta teoria uma justificação científica para as teses desenvolvidas
inicialmente por Karl Marx e Friedrich Engels. Conforme atesta uma amplíssima literatura que infelizmente
poucas vezes é levada ao grande público, segundo a doutrina marxista será impossível implantar a revolução
socialista sem que antes se destrua a família. Antes mesmo que iniciasse a redação do Capital, Marx escreveu
na sua obra “A Ideologia alemã”:
“A propriedade privada somente poderá ser suprimida quando a divisão do trabalho puder ser suprimida.
A divisão do trabalho, porém, na sua origem, não é nada mais do que a divisão do trabalho no ato sexual,
que mais tarde se torna a divisão do trabalho que se desenvolve por si mesma. A divisão do trabalho, por
conseguinte, repousa na divisão natural do trabalho na família e na divisão da sociedade em diversas
famílias que se opõem entre si, e que envolve, ao mesmo tempo, a divisão desigual tanto do trabalho
como de seus produtos, isto é, da propriedade privada, que já possui seu germe na sua forma original,
que é a família, em que a mulher e os filhos são escravos do marido” [Karl Marx e Friedrich Engels: A Ide-
ologia Alemã].
Mais tarde, nos últimos anos de sua vida, Marx pôde aprofundar, graças aos trabalhos do antropólogo
americano Morgan, sua concepção sobre a família, recolhida finalmente no livro assinado por Engels “A Origem
da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. Segundo esta obra, Marx sustenta que nos primórdios da his-
tória não teria existido a instituição que hoje denominamos de família. A vida sexual era totalmente livre e os
homens relacionavam-se sexualmente com todas as mulheres. Deste modo, as crianças somente conheciam
quem eram as suas mães, mas não sabiam quem fossem os seus pais. Mais tarde, à medida que a sociedade
passou de caçadora a agricultora, a humanidade começou a acumular riqueza e os homens, desejando dei-
xar as novas fortunas como herança à sua descendência, para terem certeza de quem seria o eu herdeiro, fora
obrigados a forçar as mulheres a não mais se relacionarem com outros parceiros. Com isto transformaram
as mulheres em propriedade sexual e assim teriam surgido as primeiras famílias, fruto da opressão do
homem sobre a mulher, e com a qual se teria iniciado a luta de classes. A conclusão óbvia desta tese, afirma-
da como absoluta certeza, visto que confirmava as teorias já levantadas pelo jovem Marx, é que não poderia
haver revolução comunista duradoura sem que a concomitante destruição da família.
Toda essa afirmação passa pelo crivo de uma análise de suposições, dentro de uma vertente da dialé-
tica histórica, sem um dado científico que possa corroborar com a tese defendida por Max. O livro “A Cidade
Antiga”, de Fustel de Coulange, mostra outra realidade do surgimento da família, quando tudo se iniciou em
razão da religião.
Temos a Bíblia Sagrada, minha base de estudo sobre a família, mostra como se deu o surgimento da fa-
mília, por meio de Adão e Eva, e não por uma visão reducionista ontológico, que analisa a família apenas na
visão sexual, como bem quis Marx, mas por companheirismo e amor ao próximo.
As teorias de Marx sobre a família foram levadas à prática pela Revolução Leninista e aprofundadas pela
Escola de Frankfurt.
Fazendo um balanço sobre a revolução russa de 1917, Kate Millett escreve, em sua obra “Sexual Politics”:
“A União Soviética realizou um esforço consciente para eliminar o patriarcado e reestruturar a sua insti-
tuição mais básica, a família. Depois da revolução foram instituídas todas as leis possíveis para libertar
os indivíduos das exigências da família: matrimônio livre e divórcio, contracepção e aborto a pedido.
Mais do que tudo, as mulheres e as crianças foram libertadas do poder econômico do marido. Debaixo
do sistema coletivista, a família começou a desintegrar-se segundo as próprias linhas sob as quais havia
sido construída. Todas as providências legais foram tomadas para promover a igualdade política e eco-
nômica. Mas, mesmo com tudo isso, a experiência soviética falhou e foi abandonada. Nos anos trinta e
quarenta a sociedade soviética voltou a assemelhar-se às sociedades patriarcais reformadas dos países
ocidentais” [Kate Millett: Sexual Politics, 1969, Rupert Hart-Davis, London].
Nos anos 30 a Escola de Frankfurt aprofundou a ligação entre a revolução marxista e a destruição da
família. A revolução, segundo escreve Karl Korch no livro “Marxismo e Filosofia”, obra que deu início à Escola
de Frankfurt, deve dar-se no nível econômico, mas as superestruturas política e cultural impedem a reestru-
880 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

turação econômica que se inauguraria com a implantação da ditadura do proletariado. Consequentemente,


para possibilitar a revolução socialista, é necessário desenvolver concomitantemente um amplo trabalho de
destruição da política e da cultura.
O modo pelo qual seria possível destruir a cultura para possibilitar a revolução socialista foi detalhada-
mente exposto por Max Horkeimer, o principal dirigente da Escola de Frankfurt, no seu ensaio “Autoridade e
Família”, publicado 1936. Segundo ele, o que impede a destruição da cultura é a autoridade, e o que condicio-
na nos homens a autoridade é precisamente a família:
“entre as relações que influem decididamente no modelamento psíquico dos indivíduos, a família possui
uma significação de primeira magnitude. A família é o que dá à vida social a indispensável capacidade
para a conduta autoritária de que depende a existência da ordem burguesa” [Max Horkheimer: Autori-
dade e Família, 1936, republicado posteriormente in Teoria Critíca, 1968].
Senhoras e Senhores, o que os adeptos a essa teoria querem é a anarquia, a desordem. Vivem presos a
uma utopia pela qual, em razão da natureza humana, não será alcançada, mas nem por isso que as autorida-
des, responsáveis por criar normas, devem ficar inertes a essa loucura ideológica que querem implantar em
nossa sociedade.
A ideologia de gênero acha um absurdo a capacidade que a família tem em impor autoridade na impen-
sável relação sexual entre mãe e filhos e entre irmãos e irmãs, pois somente o ambiente familiar seria capaz de
impor esse absurdo, o que para eles é inconcebível.
Nas palavras de Horkheimer:
“não somente a vida sexual dos esposos se cerca de segredo diante dos filhos, como também da ternura
que o filho experimenta para com a mãe deve ser proscrito todo impulso sexual; ela e a irmã têm direito
apenas a sentimentos puros, a uma veneração e uma estima imaculadas” [Max Horkheimer: Autoridade
e Família, 1936, in Teoria Critíca, 1968].
Não bastasse isso, Senhoras e Senhores, Horkheimer continua com a sua filosofia sobre a família:
“a subordinação ao imperativo categórico do dever foi, desde o início, o fim consciente da família burgue-
sa. Os países que passaram a dirigir a economia, principalmente a Holanda e a Inglaterra, dispensaram
às crianças uma educação cada vez mais severa e opressora. A família destacou-se sempre com maior
importância na educação da submissão à autoridade. A força que o pai exerce sobre o filho é apresentada
como relação moral, e quando a criança aprende a amar o seu pai de todo o coração, está na realidade
recebendo sua primeira iniciação na relação burguesa de autoridade. Obviamente estas relações não são
conhecidas em suas verdadeiras causas sociais, mas encobertas por ideologias religiosas e metafísicas
que as tornam incompreensíveis e fazendo parecer a família como algo ideal até mesmo em uma moder-
nidade em que, comparada com as possibilidades pedagógicas da sociedade, a família somente oferece
condições miseráveis para a educação humana. Na família, o mundo espiritual em que a criança cresce
está dominada pela idéia do poder exercido de alguns homens sobre os outros, pela idéia do mandar e
do obedecer” [Max Horkheimer: Autoridade e Família, 1936, in Teoria Critíca, 1968].
Pois bem, a busca da destruição da família continua e agora com força total, em um país de maioria ab-
soluta cristã, mas com o discurso da igualdade e da discriminação, tentam ganhar adeptos, para alcançar o seu
fim, que é a destruição da família para estabelecer a desordem social. Nessa desordem, o seu filho, sua mulher,
seu neto, poderão, após o amadurecimento dessa ideologia, se relacionarem sexualmente, como um animal,
um cão, que não tem conceito e nem princípios a seguirem, apenas seus instintos, como um barco à deriva.
Em seu estudo, Dr. Money Sustenta que a percepção que as pessoas têm de sua própria sexualidade, à
qual denominou de identidade de gênero, dependeria da educação recebida e poderia ser diferente de seu
sexo biológico. Ao deparar-se com um recém-nascido que havia sofrido uma amputação do pênis, e que pos-
suía um irmão gêmeo univitelino, Money recomendou aos pais que castrassem o bebê e educassem o primei-
ro como mulher e o segundo como homem, sem que ambos soubessem de suas diferenças de nascença. A
experiência fracassou completamente, uma vez que o gêmeo que havia sido educado para ser mulher, desde
tenra idade, rasgava seus vestidos femininos, mais tarde passou a acusar os pais de lavagem cerebral e, por
volta dos quinze anos, ameaçou suicidar-se se não lhe permitissem comportar-se como homem. John Money,
entretanto, publicava diversos trabalhos na literatura especializada considerando a experiência como um su-
cesso e a comprovação definitiva da teoria de gênero.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 881

Vale lembrar, que até poucos anos atrás a palavra gênero significava a atribuição de um caráter mascu-
lino ou feminino a classes de palavras tais como os substantivos e adjetivos. Dizia-se que uma palavra seria
masculina, feminina ou neutra, ainda que o objeto correspondente, como um caderno ou uma mesa, não fos-
se um ente sexuado. Na língua inglesa, o termo correspondente ‘gender’, poderia ainda, secundariamente, ser
entendido como sinônimo genérico de sexo; neste outro sentido, gênero poderia ser tanto o sexo masculino
ou feminino, sem especificação. Mas, infelizmente, devido ao trabalho do Dr. John Money, o termo passou a
perder este sentido secundário de sexo em geral, desvinculou-se da biologia e passou a referir-se a um papel
socialmente construído. Assimilado, logo em seguida, durante a década dos anos 80, pelas teóricas do femi-
nismo, passou a ser utilizado pelo movimento feminista para promover a revolução marxista.
Assim, Judith Butler, conhecida por seus trabalhos filosóficos, foi quem apresentou, no início dos anos
90, o conceito filosófico moderno de gênero, sob a forma que poderia ser aplicado, por meio do movimento
feminista, para conduzir à destruição da família, necessária para promover a revolução socialista. Segundo Bu-
tler, quando as feministas se pensam a si mesmas como mulheres, já estão com isto, construindo um discurso
que as impedem de emancipar-se dos homens. As feministas não deveriam mais falar da mulher como sujeito
do seu movimento, mas deveriam, em vez disso, substituir tanto a feminilidade como a masculinidade pelo
conceito amorfo e variável de gênero. Conforme explicado em sua obra “O Problema do Gênero”, que trago
abaixo um sintético texto de sua visão:
Diz Butler:
“Durante a maior parte do tempo a teoria feminista supôs que haveria uma identidade existente, enten-
dida através da categoria da mulher, que constituía o sujeito para o qual se construía a representação
política. Mas recentemente esta concepção da relação entre a teoria feminista e a política foi questionada
a partir de dentro do próprio discurso feminista. O próprio sujeito “mulher” não pode ser mais entendi-
do em termos estáveis ou permanentes. Há uma farta literatura que mostra que há muito pouco acordo
sobre o que constitui, ou deveria constituir, a categoria “mulher”. O filósofo Michel Foucault mostra que
os sistemas jurídicos de poder produzem os sujeitos que eles em seguida passam a representar. Nestes
casos, recorrer não criticamente a um sistema como este para emancipar as mulheres é obviamente auto
sabotador. A denúncia de um patriarcado universal não goza mais da mesma credibilidade de outrora,
mas é muito mais difícil desconstruir a noção de uma concepção comum de mulher, que é conseqüência
do quadro do partriarcado. A construção da categoria “mulher” como um sujeito coerente é, no fundo,
uma reificação de uma relação de gênero. E esta reificação é exatamente o contrário do que pretende o
feminismo. A categoria “mulher” alcança estabilidade e coerência somente no contexto da matriz hete-
rossexual. É necessário, portanto, um novo tipo de política feminista para contestar as próprias reificações
de gênero e de identidade, uma nova política que fará da construção variável da identidade não apenas
um pré-requisito metodológico e normativo, mas também um objetivo político. Paradoxalmente o femi-
nismo somente poderá fazer sentido se o sujeito “mulher” não for assumido de nenhum modo” [Judith
Butler: Gender Trouble, feminism and tjhe subsversion of identity, 1990, Routledge, New York].
Assim, impossível ser favorável a essa ideologia de gênero, porquanto estaria contra os meus princípios
e contra a vontade de Deus, que buscou no homem e na mulher a formação de família. Mas os adeptos a essa
teoria desprezam os conceitos bíblicos para se pautarem em um estudo filosófico que busca a desordem so-
cial, que a autoridade seja destituída do homem e da mulher, a fim de extinguir a família, com a finalidade
alcançar o nirvana do caos social.
Independente de religião, obsevamos no mundo animal que eles seguem um princípio, que mesmo que
não saibam, mas não se desvirtuam, porquanto é da natureza que o macho e a fêmea se relacionem entre si,
com respeito à maternidade e paternidade, e assim vice-versa.
O que vemos, na realidade, é que o conceito de ‘gênero’ está sendo utilizado para promover uma revo-
lução cultural sexual de orientação neo-marxista com o objetivo de extinguir da textura social a instituição
familiar. Na submissão do feminino ao masculino através da família, Marx e Engels enxergaram o protótipo de
todos os subsequentes sistemas de poder. Se esta submissão é consequência da biologia, não há nada a que se
fazer. Mas se ela é uma construção social, ou um gênero, então, em longo prazo, ela poderá ser modificada até
chegar-se a uma completa igualdade onde não haverá mais possibilidade de opressão de gênero, mas também
onde não haverá mais famílias, tanto as heterossexuais como demais famílias alternativas. O que é um absurdo!
Neste contexto a educação caberia como uma tarefa exclusiva do Estado, e não existiriam mais traços
diferenciais entre o masculino e o feminino. Em um mundo de genuína igualdade, segundo esta concepção,
todos teriam que ser educados como bissexuais e a masculinidade e a feminilidade deixariam de ser naturais.
882 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A essência da questão foi muito bem exposta pelo Padre José Eduardo de Oliveira, professor de Teologia
Moral, em uma entrevista concedida à agência Zenit e recentemente publicado em livro intitulado “Caindo no
Conto de Gênero”:
“Sintetizando em poucas palavras, a ideologia de gênero consiste no esvaziamento jurídico do conceito
de homem e de mulher, e as conseqüências são as piores possíveis. Conferindo status jurídico à chamada
“identidade de gênero” não há mais sentido falar em “homem” e “mulher”; falar-se-ia apenas de “gênero”,
ou seja, a identidade que cada um criaria para si.
Portanto, não haveria sentido em falar de casamento entre um “homem” e uma “mulher”, já que são va-
riáveis totalmente indefinidas. Mas, do mesmo modo, não haveria mais sentido falar em “homossexual”,
pois a homossexualidade consiste, por exemplo, num “homem” relacionar-se sexualmente com outro
“homem”. Todavia, para a ideologia de gênero o “homem 1” não é “homem”, nem tampouco o “homem
2” o seria. Em poucas palavras, a ideologia de gênero está para além da heterossexualidade, da homos-
sexualidade, da bissexualidade, da transexualidade, da intersexualidade, da pansexualidade ou de qual-
quer outra forma de sexualidade que existir. É a pura afirmação de que a pessoa humana é sexualmente
indefinida e indefinível. Os ideólogos de gênero, às escondidas, devem rir às pencas das feministas. Como
defender as mulheres, se elas não são mulheres? Qual seria o objetivo, portanto, da “agenda de gênero”?
O grande objetivo por trás de todo este absurdo – que, de tão absurdo, é absurdamente difícil de ser ex-
plicado – é a pulverização da família com a finalidade do estabelecimento de um caos no qual a pessoa
se torne um indivíduo solto, facilmente manipulável. A ideologia de gênero é uma teoria que supõe uma
visão totalitarista do mundo” [Padre José Eduardo Oliveira: Caindo o Conto do Gênero, entrevista à Zenit,
in http://www.zenit.org/pt/articles/caindo-no-conto-do-genero].
Cremos, portanto, que A portaria, cuja explícita finalidade visa eliminar as distorções que consolidem
a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres”, deve ser rejeitada, porquanto a sua intenção é for-
talecer a ideologia de Gênero, para não nos tornarmos instrumentos úteis de uma revolução que está sendo
ideologicamente promovida em todo o mundo.
Ledo engano que tal revolução é para eliminar a discriminação contra as mulheres, mas para a destrui-
ção da instituição familiar e a busca da liberdade absoluta, a fim de tornar o homem não superior, mas inferior
a qualquer forme de espécie de vida na terra.
Neste sentido, pedimos aos nobres Colegas a aprovação deste Projeto de Decreto Legislativo para sustar
a Portaria retromencionada, a fim de impedir qualquer afronta à Família, e resguardar a competência do Con-
gresso Nacional, com base no artigo 49, V e XI, da Constituição Federal.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Dos Srs. Deputados Pastor Eurico – Alan Rick – Alberto
Fraga – Anderson Ferreira – Andre Moura – Antonio Bulhões – Aureo – Capitão Augusto – Carlos Andra-
de – Carlos Gomes – Celso Russomanno – Diego Garcia – Domingos Neto – Elizeu Dionizio – Evandro
Gussi – Ezequiel Teixeira – Fábio Sousa – Fabricio Oliveira – Flavinho – Francisco Floriano – Geovania de
Sá – Givaldo Carimbão – Jair Bolsonaro – Jefferson Campos – Jhonatan de Jesus – João Campos – Júlia
Marinho – Leonardo Quintão – Marcelo Aguiar – Marcelo Aro – Marcos Rogério – Missionário José Olim-
pio – Moroni Torgan – Nilton Capixaba – Osmar Terra – Pastor Franklin – Pr. Marco Feliciano – Professor
Victório Galli – Roberto Alves – Rocha – Rogério Rosso – Ronaldo Fonseca – Rosangela Gomes – Silas
Câmara – Sóstenes Cavalcante – Stefano Aguiar – Tereza Cristina e Vinicius Carvalho
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 216, DE 2015
(Do Sr. Arnaldo Faria de Sá)

Susta como todos os atos da Caixa Econômica Federal voltados a licitar unidades lotéricas fun-
damentados no, ou referidos ao, Acórdão nº 925/2013 – TCU Plenário, Ata nº 13/2013, Sessão
de 17/04/2013 – TC 017.293/2011 – 1 e ainda os efeitos do aviso publicado em 5 de agosto de
2015, na seção 3 do Diário Oficial da União, pela Gerência Nacional Gestão Parceiros da Caixa
Econômica Federal e de todos os atos derivados do mencionado aviso.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDC-211/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Ficam sustados todos os atos da Caixa Econômica Federal voltados a licitar unidades lotéricas fun-
damentados no, ou referidos ao, Acórdão nº 925/2013 – TCU Plenário, Ata nº 13/2013, Sessão de 17/04/2013 –
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 883

TC 017.293/2011 – 1 e ainda os efeitos do aviso publicado em 5 de agosto de 2015, na seção 3 do Diário Oficial
da União, pela Gerência Nacional Gestão Parceiros da Caixa Econômica Federal e de todos os atos derivados
do mencionado aviso.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Justificação
O Tribunal de Contas da União determinou à Caixa Econômica Federal, através do acórdão que julgou
o Processo nº TC 017.293/2011-1 que adotasse as “providências necessárias ao cumprimento do art. 175 da
Constituição Federal e do art. 42, § 2º, da Lei nº 8.987/1995, ante o irregular aditamento, em janeiro de 1999,
dos 6.310 Termos de Responsabilidade e Compromisso para Comercialização de Loterias Federais” de que tra-
tam o referido processo.
O Acórdão autorizou até 31 de dezembro de 2018, excepcionalmente, a manutenção dos termos de res-
ponsabilidade, enquanto a Caixa concluiria os procedimentos licitatórios. A decisão a que aquele órgão che-
gou é de 17 de abril de 2013, antes da edição da Lei nº 12.869, em 15 de outubro daquele mesmo ano. Em seu
artigo 3º, definiu a regra de transição aplicável aos lotéricos não licitados nos seguintes termos:
“Art. 3º – Os editais de licitação e os contratos firmados pela outorgante com os permissionários
referidos no caput do art. 1º observarão, obrigatoriamente, as seguintes diretrizes operacionais e
critérios de remuneração:
(...) VI – os contratos de permissão serão firmados pelo 3 prazo de 20 (vinte) anos, com renovação
automática por idêntico período, ressalvadas a rescisão ou a declaração de caducidade fundada em
comprovado descumprimento das cláusulas contratuais, ou a extinção, nas situações previstas em lei.
Parágrafo único – Em caso de permissão de serviços lotéricos, o prazo de renovação referido no in-
ciso VI deste artigo contar-se-á a partir do término do prazo de permissão, independentemente do
termo inicial desta.”
Assim fica claro que este Congresso Nacional estendeu a regra do prazo de duração dos novos contratos
de permissão a serem licitados, para aqueles contratos não licitados, firmados antes do advento da Lei e que
estavam em vigência na data de sua promulgação, para fins da contagem dos 20 (vinte) anos de prorrogação
automática dos mencionados contratos.
Portanto, como é competência deste Congresso Nacional, conforme o inciso V do artigo 49 da Consti-
tuição Federal, “sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa”, apresentamos o presente projeto de decreto legislativo para adequar os pro-
cedimentos da Caixa à Lei nº 12.869, de 15 de outubro de 2013, onde contamos com o apoio de nossos pares
para sua aprovação.
Sala das Sessões, 23 de setembro de 2015. – Arnaldo Faria de Sá, Deputado Federal – São Paulo

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 218, DE 2015


(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
TVR nº 882/2014
Mensagem nº 216/2014
Aviso nº 279/2014 – C. Civil

Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Gararu a


executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu-
nitária no Município de Gararu, Estado de Sergipe.
DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR)
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria do Ministério das Comunicações nº 519, de 27 de dezem-
bro de 2012, que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Gararu a executar, pelo
prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Gararu,
Estado de Sergipe.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Sousa, Presidente
884 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

TVR Nº 882, DE 2014


(MENSAGEM Nº 216, DE 2014)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 519, de 27 de


dezembro de 2012, que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Ga-
raru a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão
comunitária no município de Gararu , Estado de Sergipe.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório
De conformidade com o art. 49, inciso XII, combinado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal,
a Presidência da República submete à consideração do Congresso Nacional, acompanhado da Exposição de
Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que autoriza à Associação de Radiodifusão
Comunitária da Cidade de Gararu a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de
radiodifusão comunitária.
Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para
a devida apreciação, uma vez que o ato somente produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame des-
ta Comissão, nos termos do inciso III, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.
II – Voto da Relatora
A autorização do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão comunitária é regulada pela
Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. O Poder Executivo informa que a documentação apresentada pela
Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Gararu atendeu aos requisitos da legislação específica
e recebeu outorga para executar serviço de radiodifusão comunitária.
A análise deste processo pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática deve ba-
sear-se no Ato Normativo nº 1, de 2007, e na Recomendação nº 1, de 2007, deste colegiado. Verificada a docu-
mentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por estes diplomas regulamentares,
motivo pelo qual somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legis-
lativo que ora apresentamos.
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputada Luciana Santos
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2015

Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Gararu a


executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu-
nitária no Município de Gararu, Estado de Sergipe.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria do Ministério das Comunicações nº 519, de 27 de dezem-
bro de 2012, que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Gararu a executar, pelo
prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Gararu,
Estado de Sergipe.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputada Luciana Santos, Relatora
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em reunião ordinária realizada hoje,
aprovou unanimemente o parecer favorável da Relatora, Deputada Luciana Santos, à TVR nº 882/2014, nos
termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Fábio Sousa – Presidente, Sandro Alex, Jorge Tadeu Muda-
len e Eduardo Cury – Vice-Presidentes, Afonso Motta, Bilac Pinto, Cabuçu Borges, Celso Pansera, Cesar Souza,
Fabio Reis, Flavinho, Luiz Lauro Filho, Marco Maia, Marcos Soares, Margarida Salomão, Missionário José Olim-
pio, Pastor Franklin, Paulão, Renata Abreu, Rômulo Gouveia, Ronaldo Martins, Ronaldo Nogueira, Silas Câmara,
Sóstenes Cavalcante, Vitor Lippi, Vitor Valim, Alexandre Valle, Evair de Melo, Fernando Monteiro , Goulart, Hélio
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 885

Leite, Izalci, João Fernando Coutinho, Lobbe Neto, Miguel Haddad, Milton Monti, Nelson Meurer, Odorico Mon-
teiro e Rogério Peninha Mendonça.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Sousa, Presidente
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 219, DE 2015
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
TVR nº 920/2014
Mensagem nº 254/2014
Aviso nº 349/2014 – C. Civil

Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro
de Alcântara a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-
difusão comunitária no Município de Dom Pedro de Alcântara, Estado do Rio Grande do Sul.
DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR)
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria do Ministério das Comunicações nº 321, de 25 de novem-
bro de 2013, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro de Alcântara a
executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Muni-
cípio de Dom Pedro de Alcântara, Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Sousa, Presidente
TVR Nº 920 DE 2014
(MENSAGEM Nº 254, DE 2014)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 321, de 25 de no-


vembro de 2013, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom
Pedro de Alcântara, a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço
de radiodifusão comunitária no município de Dom Pedro de Alcântara, Estado do Rio Grande
do Sul.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório
De conformidade com o art. 49, inciso XII, combinado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal,
a Presidência da República submete à consideração do Congresso Nacional, acompanhado da Exposição de
Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que autoriza à Associação Comunitária de Ra-
diodifusão Integrante de Dom Pedro de Alcântara a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusivi-
dade, serviço de radiodifusão comunitária.
Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para
a devida apreciação, uma vez que o ato somente produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.
Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame des-
ta Comissão, nos termos do inciso III, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.
II – Voto do Relator
A autorização do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão comunitária é regulada pela
Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. O Poder Executivo informa que a documentação apresentada pela
Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro de Alcântara atendeu aos requisitos da le-
gislação específica e recebeu outorga para executar serviço de radiodifusão comunitária.
A análise deste processo pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática deve ba-
sear-se no Ato Normativo nº 1, de 2007, e na Recomendação nº 1, de 2007, deste colegiado. Verificada a docu-
mentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por estes diplomas regulamentares,
motivo pelo qual somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legis-
lativo que ora apresentamos.
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Ronaldo Nogueira, Relator
886 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2015

Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro
de Alcântara a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-
difusão comunitária no Município de Dom Pedro de Alcântara, Estado do Rio Grande do Sul.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria do Ministério das Comunicações nº 321, de 25 de novem-
bro de 2013, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro de Alcântara a
executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Muni-
cípio de Dom Pedro de Alcântara, Estado do Rio Grande do Sul.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Ronaldo Nogueira, Relator
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em reunião ordinária realizada hoje,
aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Deputado Ronaldo Nogueira, à TVR nº 920/2014, nos
termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Fábio Sousa – Presidente, Sandro Alex, Jorge Tadeu Muda-
len e Eduardo Cury – Vice-Presidentes, Afonso Motta, Bilac Pinto, Cabuçu Borges, Celso Pansera, Cesar Souza,
Fabio Reis, Flavinho, Luiz Lauro Filho, Marco Maia, Marcos Soares, Margarida Salomão, Missionário José Olim-
pio, Pastor Franklin, Paulão, Renata Abreu, Rômulo Gouveia, Ronaldo Martins, Ronaldo Nogueira, Silas Câmara,
Sóstenes Cavalcante, Vitor Lippi, Vitor Valim, Alexandre Valle, Evair de Melo, Fernando Monteiro , Goulart, Hélio
Leite, Izalci, João Fernando Coutinho, Lobbe Neto, Miguel Haddad, Milton Monti, Nelson Meurer, Odorico Mon-
teiro e Rogério Peninha Mendonça.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Fábio Sousa, Presidente
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 220, DE 2015
(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)
Mensagem nº 173/2015
Aviso nº 218/2015 – C. Civil

Aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa


do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado em Brasília, em 26 de
abril de 2010.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federati-
va do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, estão sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer
ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Deputada Jô Moraes, Presidente
MENSAGEM Nº 173, DE 2015
(Do Poder Executivo)
Aviso nº 218/2015 – C. Civil

Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo de Cooperação Cultural


entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão
e Névis, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; CULTURA E CONS-
TITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 887

Senhores Membros do Congresso Nacional,


Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, combinado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição, submeto
à elevada consideração de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos dos Senhores Minis-
tros de Estado das Relações Exteriores, interino, e da Cultura o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre
o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado em
Brasília, em 26 de abril de 2010.
Brasília, 27 de maio de 2015.
EMI nº 00156/2015 MRE MinC
Brasília, 16 de Abril de 2015
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência, para posterior envio ao Congresso Nacional,
o anexo projeto de Mensagem que encaminha o texto do “Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da
República Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis”, assinado em Brasília, em
26 de abril de 2010, por mim, então Ministro, interino, das Relações Exteriores, e pelo Primeiro-Ministro de São
Cristóvão e Névis, Denzil Douglas, por ocasião da Cúpula Brasil-Comunidade do Caribe (CARICOM).
2. O presente Acordo tem como objetivo promover valores culturais e estreitar, em benefício mútuo, os
vínculos de amizade, entendimento e cooperação existentes entre Brasil e São Cristóvão e Névis. Convencidos
de que a cooperação contribuirá não somente para o progresso das nações, mas também para o conhecimento
cada vez mais amplo da cultura dos países, as Partes acordaram em fixar um marco geral que ordena, fortalece
e incrementa suas relações no campo cultural.
3. Como forma de atingir seus objetivos, o Acordo prevê intercâmbio de experiências e realizações na
área cultural, destacando o conceito de patrimônio cultural, a importância da cooperação nos campos da cine-
matografia, artes plásticas, teatro e música, e as facilidades para a pesquisa em institutos, arquivos, bibliotecas
e museus. As Partes concordaram, além disso, em criar uma Comissão Mista para acompanhar a execução do
referido Acordo.
4. À luz do exposto e com vistas ao encaminhamento do assunto à apreciação do Congresso Nacional,
em conformidade com o artigo 84, inciso VIII, combinado com o artigo 49, inciso I, da Constituição Federal,
submetemos a Vossa Excelência o anexo projeto de Mensagem, acompanhado de cópias autenticadas do
Acordo de Cooperação Cultural em seu formato original.
Respeitosamente, – Assinado eletronicamente por: Sérgio França Danese, Joao Luiz Silva Ferreira

ACORDO DE COOPERAÇÃO CULTURAL ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO


BRASIL E O GOVERNO DA FEDERAÇÃO DE SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS
O Governo da República Federativa do Brasil
e
O Governo da Federação de São Cristóvão e Névis
(doravante denominados as “Partes”),
Convencidos de que a cooperação cultural pode contribuir significativamente para o fortalecimento
das relações de amizade e para o entendimento mútuo entre os dois países, assim como para elevar o nível de
conhecimento entre si;
Reconhecendo a importância de promover valores culturais em ambos os países;
Guiados pelo desejo de melhorar o relacionamento no campo da cultura,
Acordam o seguinte:

Artigo I
As Partes estimularão a cooperação entre suas instituições culturais, públicas e privadas, com o objetivo
de desenvolver atividades que possam contribuir para melhorar do conhecimento recíproco e para a difusão
das respectivas culturas.

Artigo II
As Partes envidarão esforços para melhorar e para aumentar o nível de conhecimento e o do ensino da cul-
tura em geral de cada um dos países, levando em conta os conceitos de diversidade cultural, étnica e linguística.
888 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Artigo III
As Partes estimularão o intercâmbio de experiências nos campos das artes visuais, da música, da dança,
do audiovisual, e da educação cultural, encorajando a participação de artistas do Brasil e de São Cristóvão e
Névis em festivais, oficinas, exibições e eventos internacionais a serem realizados no território da outra Parte.
Artigo IV
As Partes promoverão contatos diretos entre seus respectivos museus, com o objetivo de fomentar a di-
fusão e o intercâmbio de suas respectivas coleções, em termos e condições aceitos mutuamente.
Artigo V
As Partes, reconhecendo a importância do patrimônio cultural, encorajarão o intercâmbio de experiên-
cias e a cooperação nos campos da restauração, proteção e conservação do mencionado patrimônio.
Artigo VI
As Partes colaborarão na preservação do patrimônio cultural imaterial e convidarão grupos artísticos
tradicionais para participar de festivais internacionais organizados em cada um dos países, assim como enco-
rajarão o intercâmbio de especialistas para participar de seminários e oficinas de arte amadora.
Artigo VII
As Partes encorajarão iniciativas visando a promoção de suas produções literárias por meio do estímulo
a projetos de tradução de livros, a programas de intercâmbio de escritores e à participação em feiras de livros
nos dois países.
Artigo VIII
1. As Partes estimularão a cooperação entre suas bibliotecas e arquivos, por meio do intercâmbio de
informações, livros e publicações.
2. Ademais, as Partes promoverão o intercâmbio de experiências na conservação, restauração e difusão
do patrimônio bibliográfico, na manutenção e restauração de manuscritos e documentos antigos, e na área
de novas tecnologias de informação.
Artigo IX
As Partes estimularão a cooperação nos campos da transmissão radiofônica, cinema e televisão, com o
objetivo de disseminar informações sobre produções recentes e de apoiar a difusão da cultura dos dois países.
Artigo X
As Partes tomarão as medidas apropriadas para prevenir a importação, exportação e transferência ilegal
de bens que são parte de seus respectivos patrimônios culturais, de acordo com suas legislações nacionais e
na aplicação dos tratados de que são partes.
Artigo XI
As Partes promoverão o intercâmbio de informações e a colaboração na área de direitos autorais e di-
reitos conexos. As Partes proverão os meios e procedimentos para a devida obediência aos direitos autorais e
aos direitos conexos, de acordo com suas legislações nacionais e as convenções internacionais relacionadas
às quais são partes.
Artigo XII
As Partes fortalecerão o intercâmbio de informações sobre suas respectivas instituições culturais e pro-
moverão o desenvolvimento de projetos conjuntos entre elas.
Artigo XIII
1. Será estabelecida uma Comissão Mista para o devido acompanhamento da execução do presente
Acordo. A Comissão Mista será coordenada, no Brasil, pelo Ministério das Relações Exteriores e, em São Cristó-
vão e Névis, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
2. A Comissão Mista será constituída por representantes dos dois países, reunidos pelas Partes quando
necessário, alternativamente no Brasil e em São Cristóvão e Névis.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 889

3. A Comissão Mista terá as seguintes funções:


a) analisar, revisar, aprovar, acompanhar e avaliar os programas de cooperação cultural;
b) supervisionar o andamento do presente Acordo, assim como a execução de projetos acordados,
e submeter às Partes qualquer recomendação que possa considerar relevante.

Artigo XIV
Cada Parte garantirá as facilidades para a entrada, a permanência e a saída de participantes oficiais em
projetos de cooperação. Esses participantes submeter-se-ão aos dispositivos migratórios, sanitários e de se-
gurança nacional válidos no país receptor e não se dedicarão a qualquer atividade alheia às suas funções sem
a prévia autorização das autoridades competentes.

Artigo XV
As Partes garantirão as facilidades administrativas e de inspeção necessárias para a entrada e a saída de
quaisquer equipamentos ou materiais que serão utilizados para o cumprimento dos projetos, de acordo com
as legislações nacionais. Os bens consignados a exibições culturais podem ser importados sob um sistema de
admissão temporária específico. As facilidades de imigração, importação e exportação estabelecidas no pre-
sente Acordo serão limitadas às leis presentemente válidas nos territórios das Partes.

Artigo XVI
Todas as divergências que possam surgir entre as Partes referentes à interpretação e à implementação
desse Acordo serão solucionadas pela via diplomática.

Artigo XVII
1. Cada Parte notificará a outra, por via diplomática, do cumprimento de todas as formalidades legais
internas necessárias para a aprovação desse Acordo, o qual entrará em vigor na data de recepção da última
notificação.
2. O presente Acordo terá vigência inicial de cinco (5) anos, renovável automaticamente por iguais perí-
odos, a menos que uma das Partes o denuncie, por escrito, pelos canais diplomáticos, mediante aviso prévio
de seis (6) meses.
3. O presente Acordo poderá ser emendado de comum acordo entre as Partes, por via diplomática.
4. O término do presente Acordo não afetará a conclusão dos programas e projetos em andamento.
Assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010, em dois exemplares originais, nos idiomas português e in-
glês, sendo ambos igualmente autênticos.
PELO GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Antonio Patriota, Ministro, interino, das Rela-
ções Exteriores
PELO GOVERNO DA FEDERAÇÃO DE SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS Denzil Douglas, Primeiro-Ministro

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

I – Relatório
Aos vinte e seis dias do mês de abril de 2010, nesta cidade de Brasília, foi celebrado Acordo de Cooperação
Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis.
Esse ato internacional foi encaminhado ao Congresso Nacional por meio da Mensagem nº 173, de 2015,
assinada em 27 de maio de 2015, pelo Vice-Presidente da República Michel Temer, e apresentada à Câmara dos
Deputados quatro dias mais tarde, em 1º de junho de 2015.
Esse instrumento, conforme enfatizado na Exposição de Motivos Interministerial nº 00156/2015 MRE
Minc, datada de 16 de abril de 2015, foi firmado por ocasião da Cúpula Brasil – Comunidade do Caribe (Cari-
com) realizada em 2010.
O ato internacional em análise é um instrumento bilateral composto por dezessete artigos e precedido
por brevíssimo preâmbulo, vindo ao encontro dos demais conjuntos normativos celebrados pelo Brasil com
as nações amigas na área de cooperação cultural.
A síntese desse instrumento encaminhado à análise do Congresso Nacional, em cumprimento à deter-
minação cogente do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, é a seguinte:
890 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

1. no Artigo I, os dois Estados firmam o compromisso de estimular a cooperação entre as res-


pectivas instituições culturais, tanto públicas, quanto privadas, com o objetivo de desenvolver
atividades que propiciem condições de melhor conhecimento recíproco e de difusão das res-
pectivas culturas;
2. no Artigo II, ambas as partes comprometem-se a envidar esforços para aumentar o nível de co-
nhecimento e do ensino das respectivas culturas, com base nos conceitos de diversidade cultural,
étnica e lingüística;
3. no Artigo III, comprometem-se ambos a estimular o intercâmbio nos campos das artes visuais,
música, dança, audiovisual e educação cultural, para tanto encorajando a participação recíproca em
oficinas, exibições e eventos internacionais a serem realizados nos territórios de um e outro;
4. no Artigo IV, comprometem-se a promover contatos diretos entre os respectivos museus, com
o objetivo de fomentar o intercâmbio de suas respectivas coleções, em termos e condições mutu-
amente aceitos;
5. no Artigo V, comprometem-se os Estados-parte a incentivar o intercâmbio de experiências e co-
operação nos campos da restauração, proteção e conservação do patrimônio cultural;
6. o Artigo VI, comprometem-se os dois Estados a colaborar para a preservação do patrimônio cul-
tural imaterial, convidando grupos artísticos tradicionais para participar de festivais internacionais
organizados por um e outro, assim como encorajar o intercâmbio de especialistas para participar
de oficinas de arte amadorista;
7. no Artigo VII, comprometem-se os partícipes a encorajar iniciativas visando à promoção literária,
estimulando projetos de tradução de livros e intercâmbio de escritores;
8. no Artigo VIII, em três parágrafos, comprometem-se os dois Estados a estimular a cooperação
entre bibliotecas, por meio do intercâmbio de informações, livros e periódicos, assim como a promo-
ver o intercâmbio atinente à conservação, restauração e manutenção do patrimônio bibliográfico,
manuscrito e de documentos antigos;
9. no Artigo IX, comprometem-se a cooperar nas áreas de transmissão radiofônica, televisiva e ci-
nematográfica, com o objetivo de disseminar informações sobre produções recentes e de apoio à
difusão da cultura dos dois países;
10. no Artigo X, comprometem-se os partícipes a tomar as medidas preventivas necessárias para
evitar a impostação, exportação e transferência ilegal de bens que sejam parte dos respectivos pa-
trimônios culturais;
11. no Artigo XI, os dois Estados comprometem-se a promover o intercâmbio de informações e a
colaborar nas áreas de direitos autorais e de direitos conexos, promovendo meios e procedimentos
para sua observância de acordo com as respectivas legislações nacionais e convenções internacio-
nais de que sejam partes;
12. no Artigo XII, ambos firmam o compromisso de fortalecer o intercâmbio de informações entre
as respectivas instituições culturais, assim como de promover e desenvolver projetos conjuntos;
13. no Artigo XIII, em três parágrafos, os dois Estados decidem estabelecer uma comissão mista
para o acompanhamento e execução do acordo firmado, a ser coordenada, no Brasil, pelo Ministé-
rio das Relações Exteriores e, em São Cristóvão e Névis, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério
dos Negócios Estrangeiros, que se reunirá, alternativamente, quando necessário, em um ou outro
país, detendo as competências básicas arroladas no instrumento;
14. no Artigo XIV, são previstas as regras relativas às facilidades para a entrada, permanência e saída
dos participantes dos projetos de cooperação oficiais que vierem a ser encetados;
15. no Artigo XV, a seu turno, comprometem-se os dois Estados a garantir as facilidades adminis-
trativas e de inspeção necessárias à entrada e à saída de quaisquer equipamentos ou materiais a
serem utilizados nos projetos recíprocos, de acordo com as normas das respectivas legislações na-
cionais, sendo prevista a possibilidade de admissão temporária específica para bens consignados
a exibições culturais;
16. nos Artigo XVI e XVII, estão previstas as cláusulas finais de praxe em instrumentos congêneres,
quais sejam a solução diplomática de eventuais controvérsias, a hipótese de denúncia do instrumen-
to, assim como as cláusulas pertinentes à entrada em vigor do instrumento que também poderá ser
emendado por via diplomática.
É o relatório.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 891

II – Voto do Relator
Na exposição de motivos interministerial, assinada há três meses, que acompanha o ato internacional
bilateral em debate, assinado há cinco anos pelos dois países participantes, enfatiza-se que o instrumento tem
como objetivo “promover valores culturais e estreitar, em benefício mútuo, os vínculos de amizade, entendimento
e cooperação existentes entre o Brasil e São Cristóvão e Névis”.
Assevera-se, assim, no documento, convencidos estarem os Estados-parte de que essa cooperação con-
tribuirá não apenas para o progresso das duas nações, mas também para o conhecimento cada vez mais amplo
da cultura de ambos, razão pela qual decidiram estabelecer um marco legal que ordene, fortaleça e incremente
as relações entre ambos no campo cultural.
O instrumento é consentâneo tanto com as normas pertinentes de Direito Internacional Público, quan-
to com a praxe brasileira adotada na seara da cooperação cultural com as nações amigas. Guarda, ainda, con-
vergência com as normas vigentes de difusão cultural e de preservação e conservação tanto do patrimônio
cultural material, quanto imaterial.
É, também, convergente tanto com as normas da Constituição Federal no que concerne à cooperação
entre os povos, quanto com as modernas práticas que vêm sendo adotadas no âmbito das nações civilizadas
para a preservação e conservação do patrimônio histórico-cultural material e imaterial tanto para esta, quanto
para as futuras gerações. Trata-se, portanto, de um instrumento moderno, assinado no início deste último lustro,
e que chega ao Congresso Nacional, para apreciação legislativa, no final desse período.
Não há óbices a opor, pois se trata de matéria destinada a aprimorar a interação interamericana.
Lembra-se, ainda, apenas como ilustração, que, São Cristóvão e Névis, localizado no Mar do Caribe, é
uma monarquia parlamentarista, cuja capital é Basseterre, que se tornou independente em 19 de setembro
de 1983, permanecendo vinculada à Comunidade Britânica, tendo um território de 261 km² e uma popula-
ção de 46.111 habitantes, com um produto interno bruto per capita de 10.477 dólares e cujo idioma oficial
é o inglês.
O país é formado por duas pequenas ilhas, que são separadas por um canal de 3 mil metros, estando
próximo a Porto Rico e Antígua e Barbuda.
Do ponto de vista de sua formação histórica, diz-se que, em 1493, Cristóvão Colombo chegou à ilha, que
era habitada por índios caraíbas. Foram os britânicos, todavia, que, durante o século XVII, iniciaram o processo
de colonização de São Cristóvão e Névis, promovendo o extermínio da população nativa e introduzindo o cul-
tivo de cana-de-açúcar com a utilização de mão de obra escrava africana.
A aproximação entre os nossos dois países poderá, certamente, ensejar trocas de experiências interes-
santes, tanto em relação ao presente cultural, quanto em relação à pesquisa histórica, similitudes e diferenças
do processo colonizador português e britânico.
VOTO, dessa forma, pela concessão de aprovação legislativa ao texto do Acordo de Cooperação Cultural
entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado
em Brasília, em 26 de abril de 2010, nos termos da proposta de decreto legislativo anexa.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Cesar Souza, Relator

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2015


(MENSAGEM Nº 173, DE 2015)

Aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa


do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado em Brasília, em 26 de
abril de 2010.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º É aprovado o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Fe-
derativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado em Brasília, em 26 de
abril de 2010.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, estão sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido acordo, bem como quaisquer
ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Cesar Souza, Relator
892 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela
aprovação da Mensagem nº 173/15, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta, acatando o
parecer do relator, Deputado Cesar Souza.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jô Moraes – Presidente; Carlos Zarattini e Subtenente Gon-
zaga – Vice-Presidentes; Átila Lins, Chico Lopes, Claudio Cajado, Eduardo Barbosa, Eduardo Cury, Ezequiel Fon-
seca, Henrique Fontana, Jarbas Vasconcelos, Luiz Lauro Filho, Marco Maia, Nelson Marquezelli, Pastor Eurico,
Rômulo Gouveia, Rubens Bueno, Takayama, Benedita da Silva, Caetano, Capitão Augusto, César Messias, Cesar
Souza, Dilceu Sperafico, Eduardo Bolsonaro, Goulart, Jair Bolsonaro, João Gualberto, Luiz Carlos Hauly, Marcelo
Castro, Rocha e Valmir Assunção.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Jô Moraes, Presidente

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 221, DE 2015


(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)
Mensagem nº 174/2015
Aviso nº 219/2015 – C. Civil

Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do


Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
do Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à aprovação do
Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do Acordo, bem como quaisquer ajustes
complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Jô Moraes, Presidente

MENSAGEM Nº 174, DE 2015


(Do Poder Executivo)
Aviso nº 219/2015 – C. Civil

Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo entre o Governo da Repú-


blica Federativa do Brasil e o Governo do Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado
em Doha, em 15 de maio de 2010.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; CULTURA E CONS-
TITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Senhores Membros do Congresso Nacional,
Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, combinado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição, submeto
à elevada consideração de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos dos Senhores Minis-
tros de Estado das Relações Exteriores, interino, e da Cultura o texto do Acordo entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo do Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de
maio de 2010.
Brasília, 27 de maio de 2015.
EMI nº 00157/2015 MRE MinC
Brasília, 16 de Abril de 2015
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
Submetemos à elevada consideração de Vossa Excelência, para posterior envio ao Congresso Nacional,
o anexo projeto de Mensagem que encaminha o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do
Brasil e o Governo do Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 893

pelo Embaixador do Brasil em Doha, Ánuar Nahes, e pelo Subsecretário do Ministério da Cultura, Artes e Patri-
mônio do Catar, Ali bin Mubarak Al-Khalifa.
2. O presente Acordo tem como objetivo promover valores culturais e estreitar, em benefício mútuo, os
vínculos de amizade, entendimento e cooperação existentes entre Brasil e Catar.
3. Convencidos de que a cooperação contribuirá não somente para o progresso das Nações, mas tam-
bém para o conhecimento cada vez mais amplo da cultura de ambos os países, as Partes acordaram em fixar
um marco geral que ordena, fortalece e incrementa suas relações no campo cultural.
4. O Acordo prevê intercâmbio de experiências e realizações na área cultural, destacando o conceito de
patrimônio cultural, a importância da cooperação nos campos da cinematografia, artes plásticas, teatro e mú-
sica, e as facilidades para a pesquisa em institutos, arquivos, bibliotecas e museus.
5. O Acordo deverá entrar em vigor na data da segunda notificação em que as Partes se comuniquem,
por escrito e por via diplomática, sobre o cumprimento dos requisitos legais internos.
6. À luz do exposto e com vistas ao encaminhamento do assunto à apreciação do Congresso Nacional, em
conformidade com o art. 49, inciso I, combinado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição Federal, submetemos
a Vossa Excelência o anexo projeto de Mensagem, acompanhado de cópias autenticadas do Acordo.
Respeitosamente, – Assinado eletronicamente por: Sérgio França Danese, Joao Luiz Silva Ferreira
ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O
GOVERNO DO ESTADO DO CATAR SOBRE COOPERAÇÃO CULTURAL
O Governo da República Federativa do Brasil
e
O Governo do Estado do Catar
(doravante denominados “Partes”),
Convencidos de que a cooperação cultural pode contribuir para fortalecer os laços de amizade e o en-
tendimento entre os dois países, bem como para elevar o nível de conhecimento mútuo;
Desejosos de intensificar relações no âmbito cultural; e
Reconhecendo a importância de promover valores culturais em ambos os países,
Acordam o seguinte:
Artigo 1
As Partes encorajarão a cooperação entre suas instituições culturais públicas e privadas com o intuito
de desenvolver atividades que possam promover o conhecimento mútuo entre os dois países e a diversidade
de suas culturas, especialmente por meio da participação em simpósios, seminários, conferências e reuniões
sediadas nos dois países.
Artigo 2
As Partes envidarão esforços para promover e aumentar o nível de conhecimento e o ensino da cultura,
em geral, de cada país, considerando os conceitos de diversidade lingüística, étnica e cultural.
Artigo 3
As Partes promoverão o intercâmbio de experiências, técnicos e especialistas nos campos das artes vi-
suais, música, teatro, dança e arquivos.
Artigo 4
As Partes encorajarão o intercâmbio de experiências e a cooperação nos campos da proteção e conser-
vação do patrimônio cultural.
Artigo 5
As Partes tomarão as medidas apropriadas para prevenir a importação, a exportação e a transferência
ilegal de bens que são parte de seus respectivos patrimônios culturais, de acordo com suas respectivas legis-
lações nacionais e com os acordos internacionais dos quais sejam partes.
Artigo 6
As Partes encorajarão iniciativas visando à promoção de suas produções literárias por meio do apoio a
projetos de tradução de livros, a programas de intercâmbio para autores e a participações em feiras de livros.
894 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Artigo 7
1. As Partes encorajarão a cooperação entre suas bibliotecas e arquivos por meio do intercâmbio de in-
formações, livros e publicações.
2. As Partes promoverão o intercâmbio de experiências nas áreas de conservação, restauração e difusão
do patrimônio bibliográfico, manutenção e restauração de manuscritos e documentos antigos, bem como nas
áreas das novas tecnologias da informação.

Artigo 8
As Partes promoverão o intercâmbio de informações e o desenvolvimento de projetos conjuntos entre
suas respectivas instituições culturais.

Artigo 9
As Partes promoverão o intercâmbio de informações e a colaboração na área de direitos autorais e direi-
tos conexos, bem como garantirão sua proteção de acordo com suas respectivas legislações nacionais e com
acordos internacionais relativos à matéria dos quais sejam partes.

Artigo 10
As Partes encorajarão a participação, nas atividades desenvolvidas no âmbito deste Acordo, de institui-
ções não-governamentais e privadas cujas atividades sejam dedicadas a assuntos culturais, com vistas a refor-
çar e expandir os mecanismos de implementação deste Acordo.

Artigo 11
As Partes propiciarão as facilidades necessárias para a entrada e a saída dos participantes oficiais dos
projetos de cooperação cultural, de acordo com suas respectivas legislações nacionais. Os participantes sub-
meter-se-ão às normas migratórias, sanitárias e de segurança nacional válidas no país anfitrião e não exercerão
nenhuma atividade paralela às suas funções no âmbito deste Acordo sem prévia autorização das autoridades
competentes da Parte anfitriã.

Artigo 12
1. As Partes propiciarão todas as facilidades necessárias para a entrada e a saída de qualquer equipa-
mento e materiais a serem utilizados em projetos de cooperação cultural, de acordo com suas respectivas le-
gislações nacionais.
2. Os materiais destinados a exibições culturais no âmbito deste Acordo serão importados para os ter-
ritórios das Partes sob sistema específico de admissão temporária. As facilidades de imigração, importação e
exportação relativas ao presente Acordo estarão em conformidade com as respectivas legislações nacionais
de cada Parte.

Artigo 13
O financiamento das atividades de cooperação desenvolvidas no âmbito deste Acordo será acordado
entre as Partes, caso a caso, em conformidade com suas respectivas leis e regulamentos nacionais.

Artigo 14
Este Acordo ou qualquer de seus dispositivos poderão ser emendados por consentimento mútuo das
Partes, por escrito, em conformidade com as respectivas legislações das Partes.

Artigo 15
1. Este Acordo entrará em vigor na data da troca de instrumentos de ratificação das Partes, realizada em
conformidade com seus respectivos requisitos internos, e terá vigência de cinco (5) anos, renovável automa-
ticamente por iguais períodos, salvo se uma das Partes decidir denunciar o presente Acordo, a qualquer mo-
mento, mediante notificação com seis (6) meses de antecedência da data da denúncia, por via diplomática.
2. A denúncia do presente Acordo não implica o cancelamento dos programas ou atividades em anda-
mento no âmbito deste Acordo, salvo se acordado em contrário pelas Partes.
3. Qualquer controvérsia relativa à interpretação ou implementação dos dispositivos do presente Acordo
será resolvida amigavelmente, por negociação direta entre as Partes.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 895

Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente autorizados por seus respectivos Governos, firmaram
o presente Acordo.
Feito em Doha, em 15 de maio de 2010, correspondente a 1/6/1431 A.H., em português, árabe e inglês,
sendo todos os textos igualmente autênticos. Em caso divergência de interpretação, prevalecerá o texto em
inglês.
PELO GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Ánuar Nahes, Embaixador do Brasil em Doha
PELO GOVERNO DO ESTADO DO CATAR Ali bin Mubarak Al-Khalifa, Subsecretário do Ministério da Cul-
tura, Artes e Patrimônio do Catar
COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

I – Relatório
Na reunião ordinária deliberativa do dia 23/09/2015, desta Comissão, em virtude da ausência do relator,
Deputado GOULART, tive a honra de ser designado relator substituto da presente proposição e acatei, na ínte-
gra, o parecer do Nobre Parlamentar.
“Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, combinado com o art. 84, inciso VIII da Constituição Fe-
deral, submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo entre o Governo da Repú-
blica Federativa do Brasil e o Governo do Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em
Doha, em 15 de maio de 2010.
O referido Acordo tem como objetivo promover valores culturais e estreitar os vínculos de amizade,
entendimento e cooperação existentes entre o Brasil e o Catar. As partes têm o entendimento de
que a cooperação contribuirá tanto para o progresso quanto para o conhecimento cada vez mais
amplo da cultura de ambos os países, com o intuito de fortalecer e incrementar suas relações no
campo cultural.
A parte dispositiva do Acordo conta com 15 (quinze) artigos. No artigo I, contempla a importância
das partes incentivarem a cooperação entre suas instituições culturais públicas e privadas com o in-
tuito de fomentar o conhecimento mútuo entre os dois países e a diversidade de suas culturas, mo-
tivando a participação em simpósios, seminários, conferências e reuniões sediadas nos dois países.
O Acordo prevê a promoção do intercâmbio de experiências nos campos das artes visuais, músi-
ca, teatro, dança e arquivos, além de encorajar o intercâmbio de experiências e a cooperação nos
campos da proteção e conservação do patrimônio cultural, conforme previsto nos artigos III e IV do
referido documento.
Há o compromisso, no artigo V, de que as Partes tomarão as medidas apropriadas para prevenir a
importação, a exportação e a transferência ilegal de bens de seus patrimônios culturais, respeitando
suas respectivas legislações nacionais e os acordos internacionais dos quais sejam partes.
Além disso, o Acordo contempla ainda o incentivo a iniciativas visando à promoção de produções
literárias por meio do apoio a projetos de tradução de livros, a programas de intercâmbio para au-
tores e a participações em feiras de livros, previsto no artigo VI.
Em conformidade com o artigo VII, as Partes promoverão ainda o intercâmbio de experiências
nas áreas de conservação, restauração e difusão do patrimônio bibliográfico, manutenção e
restauração de manuscritos e documentos antigos, bem como nas áreas das novas tecnologias
da informação.
O financiamento das atividades de cooperação desenvolvidas no âmbito deste Acordo será de-
cidido entre as Partes, caso a caso, em conformidade com suas respectivas leis e regulamentos
nacionais.
O Artigo XV dispõe que o Acordo entrará em vigor na data da troca de instrumentos de ratificação
das Partes, e terá vigência de cinco (5) anos, renovável automaticamente por iguais períodos, salvo
se uma das Partes decidir denunciar o presente Acordo, a qualquer momento, desde que notificado
com seis (6) meses de antecedência da data da denúncia, por via diplomática.
Por meio da Exposição de Motivos Interministerial nº 00157/2015 MRE MinC, de 16 de abril de 2015,
submeteu-se à consideração da Excelentíssima Senhora Presidenta da República, o anexo da Men-
sagem para proceder a análise do referido compromisso internacional.
A presente Mensagem foi distribuída as Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional,
Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54, RICD).
Em síntese, este é o relatório.
896 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II – Voto do Relator

Compete a esta Comissão, de acordo com o art. 32, inciso XV, alíneas “a” e “c” do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, manifestar-se sobre relações culturais, tratados internacionais e demais
instrumentos de política externa.
A cooperação cultural é um dever e um direito de todos os povos e de todas as nações, que devem
compartilhar o respectivo saber e conhecimentos, conforme Declaração dos Princípios da Coopera-
ção Cultural Internacional da Organização das Nações Unidas. Estes princípios serão aplicados den-
tro do respeito dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, prevalecendo à igualdade
soberana dos Estados partes.
Com relação ao Acordo internacional em epígrafe, verifica-se que já existe uma identidade entre os
países que servirá como base para esta cooperação, pois há uma grande presença árabe no Brasil,
tanto na nossa cultura, quanto culinária e até mesmo na formação do nosso povo.
Conforme previsto no objetivo geral da Cúpula da América do Sul-Países Árabes (ASPA), que é um
mecanismo de cooperação Sul-Sul e de coordenação política em foros multilaterais, é de funda-
mental importância à aproximação entre as lideranças políticas e as sociedades civis dos países da
América do Sul e dos países que integram a Liga dos Estados Árabes.
Entre as ações de cooperação destacam-se a publicação de edições bilíngues de grandes obras li-
terárias, a organização de mostras de cinema, o intercâmbio de informações e o desenvolvimento
de projetos conjuntos entre suas respectivas instituições culturais (artigo VIII do presente Acordo).
Relevante salientar ainda que, desde 2010, a BibliASPA realiza anualmente, no mês de março, o Fes-
tival Sul-Americano de Cultura Árabe, evento que contempla múltiplas manifestações artísticas e
culturais e ocorre simultaneamente em diversas cidades sul-americanas.
Portanto, o Acordo visa facilitar a entrada e a saída dos participantes oficiais dos projetos de coope-
ração cultural, de acordo com suas respectivas legislações nacionais, e os participantes submeter-
se-ão às normas migratórias, sanitárias e de segurança nacional válidas no país anfitrião e não exer-
cerão nenhuma atividade paralela às suas funções no âmbito deste Acordo sem prévia autorização
das autoridades competentes da parte anfitriã, conforme previsão em seu artigo XI.
É fato que o presente Acordo de Cooperação Cultural em análise fortalecerá as relações culturais
entre o governo do Brasil e o governo do Catar, onde se espera o favorecimento do intercâmbio
cultural entre as duas nações.
Em face do exposto, voto pela aprovação do texto da Mensagem nº 174 de 2015, do Acordo entre o
Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Estado do Catar sobre Cooperação Cultu-
ral, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010, firmado por representantes, devidamente autoriza-
dos por seus respectivos Governos, Ánuar Nahes (Embaixador do Brasil em Doha) e Ali bin Mubarak
Al-Khalifa (Subsecretário do Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio do Catar).
Sala da Comissão, de julho de 2015. – Deputado Goulart, PSD/SP

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2015


(MENSAGEM Nº 174, DE 2015)

Aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do


Estado do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o entre o Governo da República Federativa do Brasil e
o Governo do Catar sobre Cooperação Cultural, assinado em Doha, em 15 de maio de 2010.
Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à aprova-
ção do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem
como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Goulart, Relator”

Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Subtenente Gonzaga, Relator Substituto


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 897

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela
aprovação da Mensagem nº 174/15, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta, acatando o
parecer do relator, Deputado Goulart, e do relator substituto, Deputado Subtenente Gonzaga.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jô Moraes – Presidente; Carlos Zarattini e Subtenente Gon-
zaga – Vice-Presidentes; Átila Lins, Chico Lopes, Claudio Cajado, Eduardo Barbosa, Eduardo Cury, Ezequiel Fon-
seca, Henrique Fontana, Jarbas Vasconcelos, Luiz Lauro Filho, Marco Maia, Nelson Marquezelli, Pastor Eurico,
Rômulo Gouveia, Rubens Bueno, Takayama, Benedita da Silva, Caetano, Capitão Augusto, César Messias, Cesar
Souza, Dilceu Sperafico, Eduardo Bolsonaro, Goulart, Jair Bolsonaro, João Gualberto, Luiz Carlos Hauly, Marcelo
Castro, Rocha e Valmir Assunção.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Jô Moraes, Presidente
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 222, DE 2015
(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)
Mensagem nº 590/2010
Aviso nº 717/2010 – C. Civil

Aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do


Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE EDUCAÇÃO E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa
do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar
em revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do
Artigo 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 24 de setembro de 2015. – Deputada Jô Moraes, Presidente
MENSAGEM Nº 590, DE 2010
(Do Poder Executivo)
Aviso nº 717/2010 – C. Civil

Submete à apreciação do Congresso Nacional o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre


o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assi-
nado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
DESPACHO: ÁS COMISSÕES DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; EDUCAÇÃO, CONS-
TITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
Senhores Membros do Congresso Nacional,
Nos termos do disposto no art. 49, inciso I, combinado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição, submeto
à elevada consideração de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de
Estado, interino, das Relações Exteriores, o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da Repú-
blica Federativa do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
Brasília, 11 de outubro de 2010.
EM No 00288 MRE – DAI/DODC/DCAR/AFEPA/PAIN-BRAS-SVGR
Brasília, 23 de junho de 2010.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,


Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência, para posterior envio ao Con-
gresso Nacional, o anexo texto do “Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa
do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas”, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010, por ocasião
da Cúpula Brasil – Comunidade do Caribe (CARICOM).
898 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

2. O instrumento resultou de processo negociador entre representantes dos Ministérios das Relações Ex-
teriores dos dois países e foi concluído pelas assinaturas do Ministro, interino, das Relações Exteriores, Embai-
xador Antônio de Aguiar Patriota, e do Primeiro-Ministro de São Vicente e Granadinas, Senhor Ralph Gonzales.
3. O presente Acordo tem como objetivo promover valores culturais e estreitar, em benefício mútuo, os
vínculos de amizade, entendimento e cooperação existentes entre Brasil e São Vicente e Granadinas.
4. Convencidas de que a cooperação contribuirá não somente para o progresso das Nações, mas tam-
bém para o conhecimento cada vez mais amplo da cultura dos países, as Partes acordaram em fixar um marco
geral que ordena, fortalece e incrementa suas relações no campo cultural.
5. O Acordo prevê intercâmbio de experiências e realizações na área cultural, destacando o conceito
de patrimônio cultural, a importância da cooperação nos campos da cinematografia, artes plásticas, teatro e
música, e as facilidades para a pesquisa em institutos, arquivos, bibliotecas e museus. As Partes concordaram,
outrossim, em criar uma Comissão Mista para acompanhar a execução do referido Acordo.
6. O Acordo deverá entrar em vigor na data da última notificação em que as Partes se comuniquem, por
escrito e por via diplomática, sobre o cumprimento dos requisitos legais internos.
7. Qualquer uma das Partes poderá notificar, a qualquer momento, por escrito e por via diplomática, sua
decisão de denunciar o Acordo. A denúncia surtirá efeito 06 (seis) meses após a data da notificação.
8. À luz do exposto e com vistas ao encaminhamento do assunto à apreciação do Congresso Nacional,
em conformidade com o art. 49, inciso I, combinado com o art. 84, inciso VIII, da Constituição Federal, submeto
a Vossa Excelência o anexo projeto de Mensagem, acompanhado de cópias autenticadas do Acordo.
Respeitosamente, – Assinado eletronicamente por: Ruy Nunes Pinto Nogueira
ACORDO DE COOPERAÇÃO CULTURAL ENTRE O GOVERNO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DE SÃO VICENTE E GRANADINAS
O Governo da República Federativa do Brasil
e
O Governo de São Vicente e Granadinas
(doravante denominados as “Partes”),
Convencidos de que a cooperação cultural pode contribuir significativamente para o fortalecimento
das relações de amizade e para o entendimento mútuo entre os dois países, assim como para elevar o nível de
conhecimento entre si;
Reconhecendo a importância de promover valores culturais em ambos os países;
Guiados pelo desejo de melhorar o relacionamento no campo da cultura,
Acordam o seguinte:
Artigo I
As Partes estimularão a cooperação entre suas instituições culturais, públicas e privadas, com o objetivo
de desenvolver atividades que possam contribuir para melhorar do conhecimento recíproco e para difundir
suas respectivas culturas.
Artigo II
As Partes envidarão esforços para melhorar e para aumentar o nível de conhecimento e o do ensino da cul-
tura em geral de cada um dos países, levando em conta os conceitos de diversidade cultural, étnica e linguística.
Artigo III
As Partes estimularão o intercâmbio de experiências nos campos das artes visuais, da música, da dança,
do audiovisual, e da educação cultural, encorajando a participação de artistas do Brasil e de São Vicente e Gra-
nadinas em festivais, oficinas, exibições e eventos internacionais a serem realizados no território da outra Parte.
Artigo IV
As Partes promoverão contatos diretos entre seus respectivos museus, com o objetivo de fomentar a
difusão e o intercâmbio de suas respectivas coleções.
Artigo V
As Partes, reconhecendo a importância do patrimônio cultural, encorajarão o intercâmbio de experiên-
cias e a cooperação nos campos da restauração, proteção e conservação do mencionado patrimônio.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 899

Artigo VI
As Partes colaborarão na preservação do patrimônio cultural imaterial e convidarão grupos artísticos
tradicionais para participar de festivais internacionais organizados em cada um dos países, assim como enco-
rajarão o intercâmbio de especialistas para participar de seminários e oficinas de arte amadora.
Artigo VII
As Partes encorajarão iniciativas visando à promoção de suas produções literárias por meio do estímulo
a projetos de tradução de livros, a programas de intercâmbio de escritores e à participação em feiras de livros
nos dois países.
Artigo VIII
1. As Partes estimularão a cooperação entre suas bibliotecas e arquivos, por meio do intercâmbio de
informações, livros e publicações.
2. Ademais, as Partes promoverão o intercâmbio de experiências na conservação, restauração e difusão
do patrimônio bibliográfico, na manutenção e restauração de manuscritos e documentos antigos, e na área
de novas tecnologias de informação.
Artigo IX
As Partes estimularão a cooperação nos campos da transmissão radiofônica, cinema e televisão, com o
objetivo de disseminar informações sobre produções recentes e de apoiar a difusão da cultura dos dois países.
Artigo X
As Partes tomarão as medidas apropriadas para prevenir a importação, exportação e transferência ilegal
de bens que são parte de seus respectivos patrimônios culturais, de acordo com suas legislações nacionais e
na aplicação dos tratados internacionais de que são partes.
Artigo XI
As Partes promoverão o intercâmbio de informações e a colaboração na área de direitos autorais e direitos
conexos. As Partes proverão os meios e procedimentos para a devida obediência aos direitos autorais e aos direitos
conexos, de acordo com suas legislações nacionais e as convenções internacionais relacionadas às quais são partes.
Artigo XII
As Partes fortalecerão o intercâmbio de informações sobre suas respectivas instituições culturais e pro-
moverão o desenvolvimento de projetos conjuntos entre elas.
Artigo XIII
1. Será estabelecida uma Comissão Mista para o devido acompanhamento da execução do presente
Acordo. A Comissão Mista será coordenada, no Brasil, pelo Ministério das Relações Exteriores e, em São Vicente
e Granadinas, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores.
2. A Comissão Mista será constituída por representantes dos dois países, reunidos pelas Partes quando
necessário, alternativamente no Brasil e em São Cristóvão e Névis.
3. A Comissão Mista terá as seguintes funções:
a) analisar, revisar, aprovar, acompanhar e avaliar os programas de cooperação cultural;
b) supervisionar o andamento do presente Acordo, assim como a execução de projetos acordados,
e submeter às Partes qualquer recomendação que possa considerar relevante.
Artigo XIV
Cada Parte garantirá as facilidades para a entrada, a permanência e a saída de participantes oficiais em
projetos de cooperação. Esses participantes submeter-se-ão aos dispositivos migratórios, sanitários e de se-
gurança nacional válidos no país receptor e não se dedicarão a qualquer atividade alheia às suas funções sem
a prévia autorização das autoridades competentes.
Artigo XV
As Partes garantirão as facilidades administrativas e de inspeção necessárias para a entrada e a saída de
quaisquer equipamentos e materiais que serão utilizados para o cumprimento dos projetos, de acordo com
900 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

as legislações nacionais. Os bens consignados a exibições culturais podem ser importados sob um sistema de
admissão temporária específico. As facilidades de imigração, importação e exportação estabelecidas no pre-
sente Acordo serão limitadas às leis presentemente válidas nos territórios das Partes.

Artigo XVI
Todas as divergências que possam surgir entre as Partes referentes à interpretação e à implementação
desse Acordo serão solucionadas pela via diplomática.

Artigo XVII
1. Cada Parte notificará a outra, pelos canais diplomáticos, do cumprimento de todas as formalidades
legais internas necessárias para a aprovação desse Acordo, o qual entrará em vigor na data de recepção da
última notificação.
2. O presente Acordo terá vigência inicial de cinco (5) anos, renovável automaticamente por iguais pe-
ríodos, a menos que uma das Partes o denuncie, por escrito, pelos canais diplomáticos, mediante aviso prévio
de seis (6) meses.
3. O presente Acordo poderá ser emendado de comum acordo entre as Partes, por via diplomática.
4. O término do presente Acordo não afetará a conclusão dos programas e projetos em andamento.
Assinado em Brasília, em 26 de Abril de 2010, em dois exemplares originais, nos idiomas português e
inglês, sendo ambos igualmente autênticos.
PELO GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Antonio Patriota, Ministro, interino, das Rela-
ções Exteriores
PELO GOVERNO DE SÃO VICENTE E GRANADINAS Ralph Gonzales, Primeiro-Ministro

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

I – Relatório
A Excelentíssima Senhora Presidenta da República submeteu à consideração do Congresso Nacional, por
meio da Mensagem nº 590, de 2010, o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010. A
referida Mensagem Presidencial se encontrava instruída com Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Es-
tado, interino, das Relações Exteriores.
Posteriormente, em de 27 de maio de 2015, a Excelentíssima Senhora Presidenta da República subme-
teu novamente à apreciação do Congresso Nacional, por meio da Mensagem nº 176, de 2015, o texto, desta
vez retificado, do mesmo Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e
o Governo de São Vicente e Granadinas (assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010).
O reencaminhamento do Acordo em apreço deveu-se à necessidade de correção de erro material eviden-
ciado na versão anteriormente submetida ao Congresso Nacional, em 2010. A nova versão do texto do Acordo
que ora é submetida, em 2015, ao Poder Legislativo, vem acompanhada, no entanto, de Exposição de Motivos
firmada pelo Senhor Ministro de Estado, interino, das Relações Exteriores e, também, pelo Senhor Ministro de
Estado da Cultura. Sendo assim, a Mensagem nº 176, de 2015, foi então apensada à Mensagem nº 590, de 2010.
Antes de proceder à análise do Acordo em tela, parece-nos pertinente considerar o iter percorrido por
este, melhor explicitando a tramitação da matéria até o presente momento, em observância ao complexo pro-
cesso de assunção de compromissos internacionais por parte da República Federativa do Brasil, tal como se
encontra previsto pela Constituição Federal, envolvendo os Poderes Executivo e Legislativo.
A Mensagem nº 590 foi encaminhada ao Congresso Nacional em 2010, submetendo o Acordo em apre-
ço à chancela do Poder Legislativo. Em 23 de novembro de 2011 a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados
encaminhou Ofício à Excelentíssima Senhora Presidenta da República solicitando o encaminhamento de nova
versão do texto do Acordo a ser apreciado pelo Congresso Nacional, haja vista a identificação de claro erro ma-
terial em sua redação, apontado pelo relator da matéria e pela Presidente da Comissão de Relações Exteriores
e de Defesa Nacional.
Atendendo à mencionada solicitação, a Excelentíssima Senhora Presidenta da República reenviou o tex-
to do Acordo em epígrafe, com a devida correção do erro apontado pela CREDN, por meio da Mensagem nº
176/2015, a qual passou a constituir proposição apensada à Mensagem nº 590/2010, nos termos do despacho
da Mesa datado de 15 de junho de 2015.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 901

Neste sentido, examinaremos a seguir o texto retificado do Acordo em questão, encaminhado pela Men-
sagem nº 176, de 27 de maio de 2015, resultando prejudicado o texto contendo erro, submetido anteriormente
ao Congresso Nacional por meio da Mensagem nº 590/2010.
Quanto ao ato internacional sob consideração em si, este tem por objetivo o desenvolvimento da coo-
peração cultural entre as Partes, com vistas à promoção dos respectivos valores culturais, ao estreitamento
dos laços de amizade e à busca de benefícios mútuos. A celebração do acordo encontra fundamento na ideia
de que a cooperação nesse campo, além de contribuir para o progresso das Nações, tem o condão de propor-
cionar melhor e mais amplo conhecimento da cultura dos países. Nesse contexto, o acordo institui um marco
jurídico que objetiva ordenar, fortalecer e incrementar as relações bilaterais no campo cultural entre o Brasil e
São Vicente e Granadinas e prevê o intercâmbio de experiências e realizações na área cultural, com destaque
para a defesa do patrimônio cultural e reconhecimento da importância da cooperação cultural, em especial
nos campos da proteção e defesa do idioma e da promoção das artes: literatura, cinematografia, artes plásti-
cas, teatro e música, bem como da cooperação entre institutos culturais, bibliotecas, arquivos e museus. Além
disso, o acordo estabelece a criação de uma Comissão Mista, destinada a acompanhar sua execução.
O texto do acordo é composto de um preâmbulo e 17 (dezessete) artigos, nos quais são estabelecidos os
compromissos das Partes Contratantes quanto ao desenvolvimento da cooperação cultural almejada. No Arti-
go I é estabelecido o compromisso das Partes no sentido do estimular a cooperação entre as suas instituições
culturais, públicas e privadas, com o intuito de desenvolver atividades que possam promover o conhecimento
recíproco e o entendimento mútuo entre os dois países, e também a difusão de suas culturas.
Segundo os termos do Artigo II, as Partes comprometem-se a envidar esforços no sentido de promover
e ampliar o nível de conhecimento e ensino da cultura em geral de cada um dos países, levando em conside-
ração os conceitos de diversidade linguística, ética e cultural.
Assim, o Artigo III define as áreas da cultura que deverão ser objeto de cooperação e intercâmbio, quais
sejam: artes visuais, música, teatro, dança e artes audiovisuais. O dispositivo prevê, ainda, o estímulo aos ar-
tistas do Brasil e de São Vicente e Granadinas quanto à participação em festivais, oficinas, exibições e eventos
internacionais.
O Artigo IV dispõe acerca da promoção de contatos diretos entre seus respectivos museus, com o obje-
tivo de fomentar a difusão e o intercâmbio de suas respectivas coleções, enquanto que o Artigo V prevê que
as Partes Contratantes encorajarão o intercâmbio de experiências e a cooperação nos campos da restauração,
proteção e conservação do patrimônio cultural. Já o Artigo VI contempla os aspectos da cooperação relativa
à preservação do patrimônio cultural imaterial, dispondo sobre a realização de festivais internacionais, bem
como sobre o intercâmbio de especialistas e a realização de seminários e oficinas de arte amadora.
É também previsto, no Artigo VII, o encorajamento das iniciativas voltadas à promoção de produções
literárias, por meio do apoio a projetos de tradução de livros, programas de intercâmbio de escritores e
participação em feiras de livros. Também nessa esfera de cooperação, o Artigo VIII regulamenta as atividades
de intercâmbio entre bibliotecas e arquivos, sobretudo o intercâmbio de informações, livros e publicações,
além da troca de informações sobre conservação, restauração e difusão do patrimônio bibliográfico, na ma-
nutenção e restauração de manuscritos e documentos antigos, assim como o intercâmbio na área de novas
tecnologias de informação.
O acordo também não exclui da cooperação os campos da transmissão radiofônica, do cinema e da te-
levisão, regulamentando a matéria nos termos do disposto no Artigo IX, o qual contempla o dever das Partes
de estimular a disseminação de informações sobre produções recentes nessas áreas, com vistas a apoiar a di-
fusão da cultura dos dois países.
Da mesma forma, não escapa à regulamentação do Acordo o tema da proteção ao patrimônio cultural,
haja vista o disposto no Artigo X, o qual estabelece o compromisso das Partes quanto à adoção das medidas
apropriadas para prevenir a importação, exportação e transferência ilegal de bens que são parte de seus res-
pectivos patrimônios culturais, de acordo com suas legislações nacionais e tratados internacionais.
De forma complementar a este tema, o Artigo XI regulamenta a questão da proteção dos direitos autorais
e dos direitos conexos e assenta o compromisso das Partes quanto à garantia da observância desses direitos,
em conformidade com as respectivas legislações internas e com o direito internacional.
Por outro lado, o Artigo XII prevê o fortalecimento do intercâmbio de informações sobre as instituições
culturais, públicas e privadas, de cada uma das Partes e, também o estímulo ao desenvolvimento de projetos
conjuntos entre elas.
O Artigo XIII institui uma Comissão Mista, constituída por representantes dos dois países, destinada ao
acompanhamento da execução do Acordo, e que será competente para analisar, revisar, aprovar, acompanhar
902 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

e avaliar os programas de cooperação cultural e, também, para supervisionar o andamento do Acordo e a exe-
cução dos projetos, submetendo às Partes qualquer recomendação que considerar relevante.
Segundo o mesmo Artigo XIII, a Comissão Mista será constituída por representantes dos dois países, reu-
nidos pelas Partes quando necessário, alternativamente no Brasil e em São Vicente e Granadinas. É justamente
neste dispositivo que se encontrava o erro material no texto do Acordo originalmente submetido ao Congresso
Nacional, pela Mensagem nº 590/2010, o qual continha menção de que a mencionada Comissão Mista reunir-
se-ia alternativamente “(...) no Brasil e em São Cristóvão e Névis”, ao invés de indicar “(...) no Brasil e em São Vicen-
te e Granadinas”. O texto do Acordo que ora é submetido ao Congresso Nacional por meio da Mensagem nº
176, de 2015, em apreço, contém a designação correta para a realização das reuniões periódicas da Comissão
Mista que é, naturalmente, São Vicente e Granadinas, ou seja, o Estado que é, efetivamente, a Contraparte do
Brasil no acordo sob consideração.
O Artigo XIV institui o compromisso das Partes quando à garantia de facilidades para a entrada, a per-
manência e a saída de participantes oficiais em projetos de cooperação.
O Artigo XV contém regras destinadas a viabilizar a execução do Acordo instituindo facilidades adminis-
trativas, de inspeção, entrada e a saída, importação e exportação de quaisquer bens culturais, equipamentos
e materiais que serão utilizados para o cumprimento dos projetos de cooperação.
A questão da solução das controvérsias que eventualmente surgirem, quanto à interpretação e à imple-
mentação do Acordo, é resolvida de forma singela pelo Artigo XVI do instrumento, que aponta a via diplomá-
tica para a solução das mesmas.
Por fim, o Artigo XVII contém normas de natureza adjetiva relacionadas à entrada em vigor, período de
vigência e forma de emendamento do Acordo, além de estabelecer a independência de sua própria vigência
em relação ao andamento dos projetos de cooperação cultural que se encontrarem em curso.
É o relatório.
II – Voto do Relator
A celebração do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o
Governo de São Vicente e Granadinas encontra fundamento na noção de que a cooperação cultural detém o
condão de contribuir significativamente para o fortalecimento das relações de amizade entre os dois países,
favorecendo o mútuo entendimento mútuo, assim como para elevar o nível de conhecimento recíproco.
Com o objetivo de promover os valores culturais e, de forma mediata, estreitar, os vínculos de amizade
e cooperação existentes entre Brasil e São Vicente e Granadinas, o texto do Acordo incorpora os elementos
essenciais desta espécie de avença, contemplando: a) a cooperação entre suas instituições culturais, públicas
e privadas; o intercâmbio de experiências nos campos das artes visuais, da cinematografia, da música, da dan-
ça, do audiovisual, e da educação cultural; b) a realização de festivais, oficinas, exibições e eventos internacio-
nais; c) a proteção do patrimônio cultural; d) o desenvolvimento da pesquisa e o intercâmbio entre institutos,
arquivos, bibliotecas e museus; e) o intercâmbio de experiências e a cooperação nos campos da restauração,
proteção e conservação patrimônio cultural; f ) a preservação do patrimônio cultural imaterial e dos direitos
autorais; g) a promoção de produções literárias por meio do estímulo a projetos de tradução de livros, ao inter-
câmbio de escritores, bem como à participação em feiras de livros; h) a cooperação entre bibliotecas e arquivos,
por meio do intercâmbio de informações, livros e publicações, e, também, o intercâmbio de experiências na
conservação, restauração e difusão do patrimônio bibliográfico; i) a cooperação nos campos da transmissão
radiofônica, cinema e televisão; j) o intercâmbio de informações sobre suas respectivas instituições culturais
e promoverão o desenvolvimento de projetos conjuntos; h) a criação de uma Comissão Mista destinada ao
acompanhamento da execução do Acordo;
Em realidade, o instrumento internacional em apreço constitui-se em mais uma importante inciativa no
contexto da diplomacia cultural brasileira, considerada esta como parte integrante da política externa do País,
formulada e conduzida preponderantemente pelo Ministério das Relações Exteriores. Nos últimos tempos,
vem ganhando força e novos contornos a diplomacia cultural brasileira, consolidando-se como instrumento
importante de aproximação entre os povos de nações amigas, contribuindo para abrir mercados, para o desen-
volvimento da indústria cultural e para o estabelecimento de vínculos culturais e linguísticos. Por outro lado,
a diplomacia cultural brasileira tem cumprido seu papel histórico, servindo de ferramenta fundamental capaz
de estimular os diálogos político e econômico, fomentar o entendimento mútuo e criar confiança recíproca,
interesse e respeito entre o Brasil e as nações parceiras.
A diplomacia brasileira promove a divulgação da cultura e das artes brasileiras em suas múltiplas dimen-
sões, procurando estimular a cooperação cultural e o ensino da língua portuguesa. De uma lado, a diplomacia
cultural visa a ressaltar a singularidade de nossa cultura, por outro, revela as afinidades que a unem a outros
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 903

povos – afinidades estas que são particularmente significativas, já que nosso país acolheu fluxos migratórios
das mais diversas origens. No exterior, a difusão da cultura brasileira é executada por meio dos setores culturais
das Embaixadas e Consulados. Cabe-lhes coordenar-se com instituições culturais estrangeiras, entre as quais
universidades, museus, festivais de cinema, salas de concerto e teatros. Para a consecução dos objetivos cul-
turais, o Ministério das Relações Exteriores tem se valido do Programa Anual do Departamento Cultural, dos
Programas Executivos Culturais e das Comissões Mistas Culturais, instituídas por meio de acordos internacio-
nais como este que ora consideramos.
As atuais diretrizes da diplomacia cultural brasileira encontra sintonia como as mudanças recentes da es-
tratégia de política externa nacional implementada nas últimas décadas, a qual esteve voltada principalmente
para a construção da autonomia do país por meio da diversificação de parcerias. Nesse sentido, o Brasil tem
buscado a cooperação com países em desenvolvimento no sistema internacional, sobretudo no eixo SUL-SUL;
com os países da África e do Caribe, e em especial com as nações pertencentes à Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa, CPLP.
Cumpre também ressaltar que as atividades de coordenação, negociação e implementação dos instru-
mentos jurídicos bilaterais, que têm o objetivo de aproximar a cultura do Brasil daquelas de outros países, são
de competência da Divisão de Operações de Difusão Cultural (DODC). A assinatura de acordos bilaterais cultu-
rais como este que ora analisamos tem como desdobramento a criação e realização periódica de reuniões das
chamadas Comissões Mistas. Por meio destas, propõem­se atividades conjuntas voltadas ao intercâmbio cultural
entre os países, com vistas à divulgação de suas artes e manifestações culturais. Um dos principais resultados
das Comissões Mistas é a elaboração periódica dos Programas Executivos Culturais, que visam à execução de
propostas concretas de cooperação cultural em períodos predefinidos.
Como se pode inferir dos elementos destacados supra, podemos facilmente concluir que o ato inter-
nacional considerado observa os princípios e os vieses da atual diplomacia cultural vigente no Brasil e segue,
inclusive, os moldes dos demais acordos do gênero firmados por nosso País com outras nações amigas, apre-
sentando-se, por conseguinte, como instrumento hábil à promoção da cooperação técnica pretendida. Assim,
examinados os diversos aspectos da cooperação cultural normatizados nos termos do acordo, percebe-se que
estes estabelecem as bases para o desenvolvimento de projetos de cooperação de modo bastante abrangente,
alcançando todo o universo das manifestações culturais e artísticas que têm expressão nos dois países signatá-
rios, além de prestar-se-á à satisfação de outros objetivos, como a preservação do patrimônio cultural, étnico
e linguístico, o incentivo à indústria cultural, e o intercâmbio de experiências em diversas áreas da cultura. Por
último, vale notar que o acordo satisfaz também interesses mediatos, destacados em seu preâmbulo, quais
sejam: estreitamento e fortalecimento dos laços de amizade, promoção dos valores culturais, em benefício
mútuo, incrementando o entendimento e a cooperação existentes entre Brasil e São Vicente e Granadinas.
Por fim cabem algumas considerações a respeito do reenvio do Acordo em epígrafe ao Congresso Na-
cional, conforme referido no relatório deste parecer. Apuramos que o relator da Mensagem nº 590/2010, por
ocasião do exame da matéria por este órgão técnico, o ilustre Deputado Dimas Ramalho, constatou que a pro-
posição encontrava-se eivada de vício de natureza material, o qual virtualmente inviabilizava a concessão da
chancela do Congresso Nacional ao ato internacional em questão. Trata-se de erro inscrito no Artigo XIII, item
“2” do texto, o qual transcrevemos seu inteiro teor, a seguir, exatamente como se encontra grafado no texto
original encaminhado ao Legislativo pela Mensagem nº 590/2010:
“Artigo XIII”
“1. Será estabelecida uma Comissão Mista para o devido acompanhamento da execução do presente
Acordo. A Comissão Mista será coordenada, no Brasil, pelo Ministério das Relações Exteriores e, em São
Vicente e Granadinas, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores. (grifo nosso)
2. A Comissão Mista será constituída por representantes dos dois países, reunidos pelas Partes quando
necessário, alternativamente no Brasil e em São Cristóvão e Névis. (…)” (grifo nosso)
Este dispositivo cria uma Comissão Mista cuja principal atribuição é o devido acompanhamento da execução
do Acordo. E mais, o mesmo dispositivo regulamenta o aspecto relacionado à coordenação do funcionamento da
Comissão Mista, a qual será conjunta e ficará a cargo de autoridades das Partes Contratantes, a República Fede-
rativa do Brasil e São Vicente e Granadinas. Contudo, ao determinar o local onde reunir-se-iam os representantes
das Partes Contratantes, integrantes da mencionada Comissão Mista, o item “2” do Artigo XIII, designou equivo-
cadamente outro país, ou seja, “São Cristóvão e Névis”. Concluiu o relator, à época, tratar-se de um equívoco pois,
ainda que não fosse impossível, seria extremamente improvável que o desejo dos dois Estados signatários (Brasil
e “São Vicente e Granadinas) fosse estabelecer que as mencionadas reuniões da Comissão Mista se dessem alter-
nativamente no Brasil e em um terceiro Estado, “São Cristóvão e Névis”, conforme figurava na redação anterior.
904 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Diante disso, o relator solicitou à Presidência da CREDN que oficiasse à Presidência desta Casa Legislativa
informando o ocorrido para que fossem adotadas as providências cabíveis, inclusive sugerindo ao Itamaraty o
saneamento do processo, mediante a correção do erro. A Presidência da Casa atendeu às solicitações do Rela-
tor e da Presidência da CREDN. Com efeito, o Ministério das Relações, informado sobre o equívoco, procedeu
à correção do texto, submetendo novamente o Acordo internacional em questão ao Congresso Nacional, em
versão corrigida, por meio da Mensagem nº 176, de 2015 (ora apensada à Mensagem nº 590/2010).
Ante o exposto, nosso voto é pelo reconhecimento da prejudicialidade e rejeição da Mensagem nº 590,
de 2010, em razão do erro material evidenciado no texto do acordo internacional que esta submeteu à chan-
cela do Poder Legislativo, bem como em função do procedimento que visou a sanar tal vício, que resultou
no reenvio do texto corrigido do referido Acordo ao Congresso Nacional. por meio da Mensagem nº 176, de
2015. De consequência, tendo em consideração os demais argumentos expostos, VOTO PELA APROVAÇÃO
do texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010, na forma que este é submetido ao
Congresso Nacional por meio da Mensagem nº 176, de 2015, conforme o projeto de decreto legislativo que
apresentamos anexo a este parecer.
Sala das Reuniões, de de 2015. – Deputado Eduardo Bolsonaro, Relator

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2015


(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do


Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa
do Brasil e o Governo de São Vicente e Granadinas, assinado em Brasília, em 26 de abril de 2010.
Parágrafo único. Ficam sujeitos à consideração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-
tar em revisão do referido acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I
do Artigo 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.
Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Eduardo Bolsonaro, Relator

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela
aprovação da Mensagem nº 590/10, na forma da Mensagem nº 176/15, apensada, e nos termos do Projeto de
Decreto Legislativo que apresenta, acatando o parecer do relator, Deputado Eduardo Bolsonaro.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Jô Moraes – Presidente; Carlos Zarattini e Subtenente Gon-
zaga – Vice-Presidentes; Átila Lins, Chico Lopes, Claudio Cajado, Eduardo Barbosa, Eduardo Cury, Ezequiel Fon-
seca, Henrique Fontana, Jarbas Vasconcelos, Luiz Lauro Filho, Marco Maia, Nelson Marquezelli, Pastor Eurico,
Rômulo Gouveia, Rubens Bueno, Takayama, Benedita da Silva, Caetano, Capitão Augusto, César Messias, Cesar
Souza, Dilceu Sperafico, Eduardo Bolsonaro, Goulart, Jair Bolsonaro, João Gualberto, Luiz Carlos Hauly, Marcelo
Castro, Rocha e Valmir Assunção.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Jô Moraes, Presidente

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 81, DE 2015


(Do Sr. Augusto Coutinho )

Altera os arts. 41, 43 e 52 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, aprovado pela
Resolução nº 17, de 1989, para vedar a possibilidade de presidentes de comissão e líderes se-
rem relatores de proposições.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PRC-32/2015.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
A Câmara dos Deputados resolve:
Art. 1o Esta Resolução introduz, no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, aprovado pela Reso-
lução nº 17, de 1989, o impedimento de presidentes de comissão e de líderes para relatar proposições.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 905

Art. 2º Os arts. 41, I, 43, e 52, § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, aprovado pela Re-
solução nº 17, de 1989, passam a vigorar com as alterações seguintes:
“Art. 41. (...)
.................................................................................................................................................................................................
VI – designar relatores e relatores substitutos e distribuir-lhes a matéria sujeita a parecer, observados os
impedimentos mencionados nos §§ 1º e 2º do art. 43;
......................................................................................................................................................................................”. (NR)
Art. 43. Nenhum Deputado poderá presidir reunião de comissão quando se debater ou votar matéria da
qual seja autor.
§ 1º Não poderá o autor de proposição ser dela relator, ainda que substituto ou parcial.
§ 2º Não poderão também ser relatores de proposição os presidentes de comissão e os líderes”. (NR)
.................................................................................................................................................................................................
Art. 52. (...)
.................................................................................................................................................................................................
§ 3º Esgotado o prazo destinado ao relator, o presidente da comissão designará outro membro para
relatá-la no prazo improrrogável de duas sessões, se em regime de prioridade e de cinco sessões, se em
regime de tramitação ordinária.
.........................................................................................................................................................................................”. (NR)
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
Com o projeto de resolução ora apresentado, pretendemos vedar a possibilidade de presidentes de co-
missão e de líderes assumirem a relatoria de proposições na Câmara dos Deputados.
Não é segredo para ninguém que esses três tipos de cargos ou funções – presidente de comissão, líder
partidário e relator de proposição – são os que detêm maiores poderes no âmbito do processo legislativo , em
razão de uma série de prerrogativas que o Regimento Interno assegura àqueles que os exercem.
Com efeito, presidentes de comissão comandam praticamente sozinhos o andamento dos trabalhos no
âmbito de seus órgãos, decidindo o que entrará nas pautas de deliberação, resolvendo questões de ordem,
designando os relatores, etc. Líderes, a seu turno, têm atuação destacada por poderem subscrever, em nome
de suas bancadas, uma série de requerimentos relevantes, por poderem usar da palavra a qualquer tempo das
reuniões e sessões, por serem figuras-chave para orientar as votações, entre outras atribuições de peso. Por
sua vez, os relatores são os que estudam com mais profundidade os processos e detêm maior conhecimento
sobre eles, opinando, por isso mesmo, de forma sempre privilegiada sobre o que será objeto de deliberação,
podendo propor emendas e substitutivos sem necessidade de qualquer apoiamento, detendo a prerrogativa
de acolher ou rejeitar as que são apresentadas pelos demais deputados, enfim, têm grande capacidade de in-
fluenciar o resultado final das deliberações sobre as matérias por eles relatadas.
Por tudo isso, pensamos que nenhum desses três cargos ou funções pode ser acumulado na figura de
um mesmo parlamentar, sob pena de se concentrarem demasiadamente tantos poderes. O Parlamento é o
lugar, por excelência, do dissenso, da diversidade e do equilíbrio entre forças diversas, devendo as atribuições
regimentais de relevo, no processo legislativo, serem razoavelmente distribuídas e não excessivamente con-
centradas nas mãos de poucos parlamentares.
Para atingir o objetivo pretendido, a proposição não só insere norma explícita no art. 43 para impedir que
presidentes de comissão e líderes possam ser designados relatores, como também retira, de dois outros dispo-
sitivos regimentais, a atual previsão da possibilidade de “avocação” de relatoria pelos presidentes de comissão.
Por acreditarmos que o presente projeto de resolução aperfeiçoa o regramento interno dos trabalhos le-
gislativos da Câmara dos Deputados, contamos com o apoiamento de nossos ilustres Pares para sua aprovação.
Sala das Sessões, 15 de setembro de 2015. – Deputado Augusto Coutinho
Solidariedade/PE
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 82, DE 2015
(Do Sr. Lincoln Portela)

Determina regras de tramitação para as proposições de autoria de CPIs – Comissões Parlamen-


tares de Inquérito – e para as apoiadas em seu relatório.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PRC-323/2006.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
906 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A Câmara dos Deputados resolve:


Art. 7º Esta Resolução estabelece regras de tramitação para proposições oriundas de CPIs – Comissões
Parlamentares de Inquérito e para outras que as CPIs indiquem.
Art. 8º A Resolução nº 17, de 1989 – Regimento Interno da Câmara dos Deputados – passa a vigorar
acrescida de Art. 37 – A com a seguinte redação:
“Art. 37-A As proposições de autoria das Comissões Parlamentares de Inquérito, bem como as que as
CPIs apontarem como apoiadas em seu relatório, têm regime de tramitação de urgência e não podem
ser arquivadas ao final da legislatura.”
Art.3º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Justificação
As CPIs – Comissões Parlamentares de Inquérito representam um dos mais profícuos instrumentos de
elaboração legislativa de nosso Parlamento.
Algumas normas, no entanto, que constituem lacunas do Regimento Interno, vêm criando dificuldades
à realização dos objetivos das CPIs.
As proposições de autoria das CPIs não têm nenhum tratamento regimental diferenciado quanto a sua
tramitação, embora outras Comissões, como as permanentes e as especiais tenham urgência em proposições
de sua lavra. Tal fato constitui uma distorção dos fins da CPI, uma vez que seu fim primário é a investigação para
possibilitar o aperfeiçoamento legislativo. Logo, após tanto empenho e esforço dos parlamentares envolvidos
no trabalho intenso de uma investigação parlamentar, é completamente descabido que não haja tramitação
de urgência e que as proposições sejam arquivadas ao final da legislatura.
A fim de corrigir essas distorções, apresentamos o seguinte Projeto de Resolução, para que haja regime
de urgência para as proposições oriundas da CPI e que não sejam arquivadas ao final da legislatura.
Pela mesma razão, cremos ser importante dar tratamento diferenciado também àquelas proposições
que a CPI indicar ou apoiar em seu Relatório final, uma vez que o relatório pode reconhecer aquelas propo-
sições já em tramitação como modificações que a própria CPI realizaria, como fruto de suas investigações da
realidade nacional.
Por todo o exposto, e certos de que estamos contribuindo para dar maior grau de eficiência e eficácia às
CPIs, conclamamos os Nobres Pares a apoiarem este Projeto.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Deputado LINCOLN PORTELA
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 83, DE 2015
(Da Sra. Leandre)

Altera o Regimento Interno da Câmara dos Deputados para criar a Comissão Permanente de
Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.
DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PRC-8/2007.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
A Câmara dos Deputados resolve:
Art. 1º O art. 32 da Resolução nº 17, de 1989, que aprova o Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
passa a vigorar acrescido do seguinte inciso:
Art. 32 (...)
XXIV – Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa:
a) matérias relacionadas à pessoa idosa;
b) preservação e proteção dos direitos e garantias da pessoa idosa;
c) práticas e métodos de envelhecimento saudável;
d) recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas a violações ou ameaça de violações aos
direitos da pessoa idosa;
e) fiscalização e acompanhamento de programas e políticas governamentais relacionados aos direitos
da pessoa idosa;
Art. 2º O art. 32, inciso XVII, alínea “t”, da Resolução nº 17, de 1989, que aprova o Regimento Interno da
Câmara dos Deputados, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 32 (...)
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 907

XVII – Comissão de Seguridade Social e Família:


(...)
t) matérias relativas à família, à mulher, à criança, ao adolescente e à pessoa portadora de deficiência
física ou mental;”
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação
O objetivo do presente Projeto de Resolução é criar uma instância legislativa própria para a defesa dos
interesses da pessoa idosa. Entendemos como premente a necessidade de criação de um foro de discussão
específico, que crie um ambiente técnico favorável para o debate de questões relacionadas a essa parcela da
população tão relevante e merecedora dos maiores cuidados.
Já há algum tempo, o Brasil vem experimentando um momento de reestruturação da pirâmide etária da
população, passando a contar, cada vez mais, com um percentual maior de pessoas idosas no quadro popula-
cional. Tal cenário deve-se, em grande parte, à diminuição das taxas de natalidade e ao aumento da expectativa
de vida da população brasileira, que têm sido verificados ao longo dos anos.
Confirmando essa tendência de rápido envelhecimento da população do País, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE – estimou que o número de brasileiros acima de 65 anos deverá quadruplicar
até o ano de 2060. Esse quadro, aliado à constatação de que a maior parte dos idosos brasileiros é usuária em
potencial dos diversos serviços públicos prestados – em especial do Sistema Único de Saúde –, demonstra a
necessidade de fixação de novos parâmetros de atenção aos direitos da pessoa idosa.
É nesse contexto que a criação de uma Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa
na estrutura legislativa da Câmara dos Deputados apresenta-se como uma medida não apenas relevante,
mas vital para um maior aprofundamento dos estudos e debates que esse envelhecimento populacional vem
demandando na sociedade e, sobretudo, no âmbito do Poder Legislativo.
Seguramente, a medida contribuirá para o aperfeiçoamento técnico das proposições relacionadas à
pessoa idosa e para a formulação de políticas públicas atualizadas para essa parcela da população, com o em-
préstimo de práticas bem-sucedidas que já vêm sendo aplicadas em países onde o quadro populacional já se
apresenta com essa nova configuração.
Assim, cientes de que tal projeto contribuirá para o aperfeiçoamento dos trabalhos na Câmara dos De-
putados, contamos com o apoio dos nobres pares para a sua aprovação.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Leandre, Deputada Federal PV/SP

INDICAÇÃO Nº 957, DE 2015


(Do Sr. Rômulo Gouveia)

Sugere ao Ministério da Fazenda, Fazenda a possibilidade de reestruturação da CAIXA ECO-


NÔMICA FEDERAL com a implantação de uma Superintendência da Caixa Econômica Federal,
bem como a instalação de uma nova Gerência de Filial de Desenvolvimento Urbano e Rural –
GIDUR, no município de Campina Grande/PB.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Fazenda:
O município de Campina Grande é considerado um dos principais pólos industriais da Região Nordeste
e o maior pólo tecnológico da América Latina, segundo a revista norte americana Newsweek. De acordo com
estimativas de 2014, sua população é de 402.912 mil habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da
Paraíba. Campina Grande foi indicada pelo jornal a Gazeta Mercantil, como a cidade mais dinamica do nordeste
e 6ª cidade mais dinamica do Brasil.
A cidade tem o segundo maior PIB entre os municípios paraibanos, representando 13,63% do total das
riquezas produzidas na Paraíba. A Região Metropolitana de Campina Grande, formada por 23 municípios, pos-
sui uma população estimada em 687.545 habitantes, sendo a maior zona metropolitana do interior nordestino,
quarta maior zona metropolitana do interior brasileiro, 24ª maior do Brasil e 787º maior do mundo.
A Caixa Econômica Federal exerce um importante papel no desenvolvimento do Brasil, pois é o principal
agente financiador das políticas públicas voltadas aos municípios brasileiros.
Na Paraíba, está instalada uma Superintendência da CEF, na Cidade de João Pessoa, o que torna difícil
trazer um atendimento satisfatório no atendimento de todos os 223 municípios que formam o Estado.
908 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A GIDUR atua na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição


financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro.
Nesse sentido contribui na execução de políticas publicas, ajuda na elaboração de projeto básico, de
engenharia, fiscalização, etc. No entanto ainda se encontra muito distante geograficamente dos gestores pú-
blicos, das prefeituras municipais.
Por isso, esperamos o acolhimento da referida indicação para que aproxime a instituição financeira do
poder publico municipal.
Diante do exposto, peço ao Ministro que analise e adote providências visando à reestruturação da
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL com a implantação de uma Superintendência da Caixa Econômica Federal,
bem como a instalação de uma nova Gerência de Filial de Desenvolvimento Urbano e Rural – GIDUR, no
município de Campina Grande/PB.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Rômulo Gouveia, PSD/PB

INDICAÇÃO Nº 958, DE 2015


(Do Sr. Eduardo Barbosa)

Sugere seja incluída a pesquisa da prevalência de transtornos do espectro autista nos levanta-
mentos demográficos realizados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Excelentíssimo Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão:
Os transtornos do espectro autista vêm sendo cada vez mais estudados em nosso meio, o que se tem
espelhado na produção acadêmica e legislativa sobre o tema. Exemplo disso são as recentes publicações da
Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que “institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa
com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3° do art. 98 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990” e do
Decreto nº 8.368, de 2 de dezembro de 2014, que a regulamenta.
Ocorre, todavia, que ainda convivemos com grande carência de dados oficiais sobre a real frequência
desses transtornos em nossa população. Nesse contexto, tanto a produção científica quanto o direcionamento
das políticas específicas de assistência restam prejudicados.
Em face disso, sugerimos seja incluída a pesquisa da prevalência dos transtornos do espectro autista nos
levantamentos demográficos realizados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
cujos dados poderão subsidiar grandes avanços na atenção prestada a essa parcela de nossa população.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Eduardo Barbosa

INDICAÇÃO Nº 959, DE 2015


(Do Sr. Eduardo Barbosa)

Sugere a adoção das determinações da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que “institui a
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)” na
elaboração das Resoluções que disciplinem as eleições de 2016.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Egrégio Tribunal Superior Eleitoral:
Somos um país no qual as pessoas com deficiência ainda são alijadas de seus direitos mais básicos, co-
tidianamente usurpadas de se sentirem efetivamente cidadãs.
No último dia 6 de julho, no entanto, houve um grande passo em prol do exercício desses direitos, com
a promulgação da Lei nº 13.146, de 2015, o “Estatuto da Pessoa com Deficiência”, cujo Capítulo IV do Título III
(“Da Acessibilidade”) trata “DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA”, com as disposições
que aqui transcrevemos:
“Art. 76.O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportuni-
dade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1o À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada, inclusive por meio das
seguintes ações:
I – garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos para votação sejam
apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de
seções eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 909

II – incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em


todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas, quando apropriado;
III – garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates trans-
mitidos pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67 desta Lei;
IV – garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, per-
missão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.
§ 2o O poder público promoverá a participação da pessoa com deficiência, inclusive quando institucio-
nalizada, na condução das questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportunidades,
observado o seguinte:
I – participação em organizações não governamentais relacionadas à vida pública e à política do País e
em atividades e administração de partidos políticos;
II – formação de organizações para representar a pessoa com deficiência em todos os níveis;
III – participação da pessoa com deficiência em organizações que a representem.”
Ciente da importância que Vossa Excelência sempre dispensou à ampla participação cidadã nos proces-
sos eleitorais, e uma vez que a Lei n° 13.046, de 2015, já está em vigor, esta Indicação tem o objetivo de rogar
contribuição para que a Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência) não se torne letra mor-
ta. Assim, esperamos contar com a sensibilidade de Vossa Excelência e de toda a composição desta Superior
Corte para a observância dessa questão.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Eduardo Barbosa
INDICAÇÃO Nº 960, DE 2015
(Do Sr. Alceu Moreira)

Sugere que sejam tomadas medidas para fomentar a exportação de laticínios e derivados,
bem como a proteção do mercado interno destes bens.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Excelentíssima Senhora Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
Recebi aflitivo pedido do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio
Grande do Sul (SINDILAT). Segundo informam, o país importou 40,75 mil toneladas de produtos lácteos no pri-
meiro quadrimestre de 2015, quantidade muito superior ao valor de 29,09 mil toneladas importadas no mesmo
quadrimestre do ano passado. Da mesma forma, as exportações foram afetadas negativamente – enquanto
no primeiro quadrimestre de 2014 foram exportados 32,48 mil toneladas de produtos lácteos, em 2015, no
mesmo período, foram exportados apenas 18,64 mil toneladas de tais produtos.
As impressões do referido sindicato não são isoladas, ao final de julho do corrente ano foi realizado o
Congresso Internacional do Leite 2015 e paralelamente a ele entidades do setor reuniram-se e apresentaram
um manifesto contra o déficit comercial de lácteos. Neste manifesto pontuam que as importações de lácteos
oriundos do MERCOSUL, principalmente de origem uruguaia, tiveram um aumento descomunal, como é o
caso das importações de leite em pó, que, neste ano, de janeiro a junho aumentaram 517% em relação à mé-
dia dos primeiros semestres dos últimos quatro anos. Informam, também, que as exportações são incipientes,
tendo em vista as dificuldades de acesso a mercados mundiais. As perspectivas do setor são desanimadoras,
com preços de leite em pó em queda no mercado mundial, caminhando para a possibilidade de que o pro-
duto importado entre no país a preços abaixo do preço mínimo praticado, o que é agravado pelo fato de o
período de safra da Região Sul já ter iniciado, o que leva ao inevitável aumento da oferta e a decorrente que-
da nos preços. Este estado de coisas perdura por cerca de três anos e, acredita-se, provocará o fechamento de
indústrias laticinistas além da inviabilização da atividade de muitos produtores, que exercem, em sua maioria,
a atividade em regime familiar.
No dia 27 de agosto deste ano foi realizada audiência pública na Câmara dos Deputados justamente
para discutir o déficit da balança comercial de lácteos e medidas para aumentar suas exportações. Além de
parlamentares, participaram dos debates representantes do governo e dos produtores da cadeia leiteira. Das
explanações foi possível criar um painel geral das dificuldades atuais do setor, bem como compilar uma série
de ações que poderiam alavancar o desenvolvimento do setor de lácteos. Dos debates destacaram-se os se-
guintes pontos:
– Apesar de se ter logrado realizar um acordo diretamente com produtores argentinos sobre uma
cota de produtos lácteos, uma negociação semelhante com o Uruguai não foi possível, de forma
910 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

que ultimamente representam 60% de nossas importações de lácteos e, por decorrência, provocam
a compressão dos preços do leite.
– Existem mercados a serem explorados para a exportação, como Angola, Arábia Saudita, Argélia,
Egito, Emirados Árabes, Estados unidos e Rússia. Havendo a necessidade de se promover a aproxi-
mação de compradores e vendedores pelos mais diversos meios possíveis.
– Comparativamente à avicultura, suinocultura e à criação de gado de corte, a produção leiteira do
país é muito ineficiente, de forma que seus produtos tornam-se pouco competitivos frente a países
líderes de produtividade, como a Nova Zelândia. Natural aduzir que o país tenha grande dificuldade
para colocar seus produtos no exterior. Não por acaso, o maior importador dos lácteos do Brasil é a
Venezuela, o que só é possível por que este parceiro comercial paga um preço muito superior aos
preços praticados internacionalmente. A ampliação de programas de assistência técnica e extensão
rural podem ser o caminho para a solução, o que é corroborado pelo fato de ter havido um aumento
de 47% da produtividade de grandes produtores após o acompanhamento por assistência técnica.
Sendo assim, solicito a prestimosa ajuda dos Senhores Ministros para que se empenhem no sentido
de propor e implementar medidas de proteção ao mercado de laticínios e derivados, desenvolver projetos e
programas que visem ao aumento da produtividade e melhoria das condições de financiamento, bem como
desenvolver canais e mecanismos que promovam a exportação dos referidos produtos. Para tanto sugerem-
-se as seguintes medidas:
– Abertura de negociações bilaterias com o Uruguai para restringir a importação de lácteos por, no
mínimo, dois anos;
– Agilizar a habilitação de plantas industriais laticinistas para a exportação a mercados de primeira
grandeza, como os Estados Unidos;
– Exigir licenças de importação não automáticas para as importações de lácteos do Uruguai;
– Realizar análise de qualidade do leite importado;
– Dedicar-se à tarefa de implementar um certificado sanitário internacional, de forma a se lançar
em mercados como a China, Vietnã e Panamá;
– Expandir a ação da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), no
sentido de promover a participação de representantes dos produtores em feiras internacionais, pro-
mover encontros entre exportadores de leite e possíveis vendedores, bem como patrocinar a vinda
de importadores de grandes mercados para que conheçam as plantas produtoras do país;
– Regulamentar a Lei 13.137/2015;
– Promover programas de melhoria da competitividade da cadeia leiteira;
– Revisão dos parâmetros nacionais quanto à proteína do leite em pó, com o intuito de se adequar
aos padrões dos mercados internacionais;
– Habilitação para a exportação do soro liquido do leite quando ingrediente de outros produtos;
– Agilização dos trâmites burocráticos a que os importadores são submetidos quando intencionam
importar lácteos do país.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Alceu Moreira
INDICAÇÃO Nº 961, DE 2015
(Do Sr. Alceu Moreira)

Sugere que sejam tomadas medidas para fomentar a exportação de laticínios e derivados,
bem como a proteção do mercado interno destes bens.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:
Recebi aflitivo pedido do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio
Grande do Sul (SINDILAT). Segundo informam, o país importou 40,75 mil toneladas de produtos lácteos no pri-
meiro quadrimestre de 2015, quantidade muito superior ao valor de 29,09 mil toneladas importadas no mesmo
quadrimestre do ano passado. Da mesma forma, as exportações foram afetadas negativamente – enquanto
no primeiro quadrimestre de 2014 foram exportados 32,48 mil toneladas de produtos lácteos, em 2015, no
mesmo período, foram exportados apenas 18,64 mil toneladas de tais produtos.
As impressões do referido sindicato não são isoladas, ao final de julho do corrente ano foi realizado o
Congresso Internacional do Leite 2015 e paralelamente a ele entidades do setor reuniram-se e apresentaram
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 911

um manifesto contra o déficit comercial de lácteos. Neste manifesto pontuam que as importações de lácteos
oriundos do MERCOSUL, principalmente de origem uruguaia, tiveram um aumento descomunal, como é o
caso das importações de leite em pó, que, neste ano, de janeiro a junho aumentaram 517% em relação à mé-
dia dos primeiros semestres dos últimos quatro anos. Informam, também, que as exportações são incipientes,
tendo em vista as dificuldades de acesso a mercados mundiais. As perspectivas do setor são desanimadoras,
com preços de leite em pó em queda no mercado mundial, caminhando para a possibilidade de que o pro-
duto importado entre no país a preços abaixo do preço mínimo praticado, o que é agravado pelo fato de o
período de safra da Região Sul já ter iniciado, o que leva ao inevitável aumento da oferta e a decorrente que-
da nos preços. Este estado de coisas perdura por cerca de três anos e, acredita-se, provocará o fechamento de
industrias laticinistas além da inviabilização da atividade de muitos produtores, que exercem, em sua maioria,
a atividade em regime familiar.
No dia 27 de agosto deste ano foi realizada audiência pública na Câmara dos Deputados justamente
para discutir o déficit da balança comercial de lácteos e medidas para aumentar suas exportações. Além de
parlamentares, participaram dos debates representantes do governo e dos produtores da cadeia leiteira. Das
explanações foi possível criar um painel geral das dificuldades atuais do setor, bem como compilar uma série
de ações que poderiam alavancar o desenvolvimento do setor de lácteos. Dos debates destacaram-se os se-
guintes pontos:
– Apesar de se ter logrado realizar um acordo diretamente com produtores argentinos sobre uma
cota de produtos lácteos, uma negociação semelhante com o Uruguai não foi possível, de forma
que ultimamente representam 60% de nossas importações de lácteos e, por decorrência, provocam
a compressão dos preços do leite.
– Existem mercados a serem explorados para a exportação, como Angola, Arábia Saudita, Argélia,
Egito, Emirados Árabes, Estados unidos e Rússia. Havendo a necessidade de se promover a aproxi-
mação de compradores e vendedores pelos mais diversos meios possíveis.
– Comparativamente à avicultura, suinocultura e à criação de gado de corte, a produção leiteira
do país é muito ineficiente, de forma que seus produtos tornam-se pouco competitivos frente a
países líderes de produtividade, como a Nova Zelândia. Natural aduzir que o país tenha grande
dificuldade para colocar seus produtos no exterior. Não por acaso, o maior importador dos lácteos
do Brasil é a Venezuela, o que só é possível por que este parceiro comercial paga um preço muito
superior aos preços praticados internacionalmente. A ampliação de programas de assistência téc-
nica e extensão rural podem ser o caminho para a solução, o que é corroborado pelo fato de ter
havido um aumento de 47% da produtividade de grandes produtores após o acompanhamento
por assistência técnica.
Sendo assim, solicito a prestimosa ajuda dos Senhores Ministros para que se empenhem no sentido
de propor e implementar medidas de proteção ao mercado de laticínios e derivados, desenvolver projetos e
programas que visem ao aumento da produtividade e melhoria das condições de financiamento, bem como
desenvolver canais e mecanismos que promovam a exportação dos referidos produtos. Para tanto sugerem-
-se as seguintes medidas:
– Abertura de negociações bilaterias com o Uruguai para restringir a importação de lácteos por, no
mínimo, dois anos;
– Agilizar a habilitação de plantas industriais laticinistas para a exportação a mercados de primeira
grandeza, como os Estados Unidos;
– Exigir licenças de importação não automáticas para as importações de lácteos do Uruguai;
– Realizar análise de qualidade do leite importado;
– Dedicar-se à tarefa de implementar um certificado sanitário internacional, de forma a se lançar
em mercados como a China, Vietnã e Panamá;
– Expandir a ação da APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), no
sentido de promover a participação de representantes dos produtores em feiras internacionais, pro-
mover encontros entre exportadores de leite e possíveis vendedores, bem como patrocinar a vinda
de importadores de grandes mercados para que conheçam as plantas produtoras do país;
– Regulamentar a Lei 13.137/2015;
– Promover programas de melhoria da competitividade da cadeia leiteira;
– Revisão dos parâmetros nacionais quanto à proteína do leite em pó, com o intuito de se adequar
aos padrões dos mercados internacionais;
912 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

– Habilitação para a exportação do soro liquido do leite quando ingrediente de outros produtos;
– Agilização dos trâmites burocráticos a que os importadores são submetidos quando intencionam
importar lácteos do país.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Alceu Moreira
INDICAÇÃO Nº 962, DE 2015
(Da Sra. Clarissa Garotinho)

Sugere a apresentação de Projeto de Lei , que disponha sobre a ascensão funcional dos qua-
dros QSS e QFG oriundos da Escola de Especialista de Aeronáutica
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Em se tratando de assunto recorrente ao Decreto nº 68.951, de 19 de julho de 1971, que aprova o Re-
gulamento para o Corpo do Pessoal Graduado da Aeronáutica (RCPGAER), como se os militares que serviram
a época deste possam galgar o Quadro de Oficiais especialistas ( CFOE), galgando em regra até os postos de
Capitão, major e tenente-coronel.
Deve ser considerado que o regulamento Interno do Comando de Aeronáutica, o quanto é complexa
a Legislação que trata da Carreira dos Especialistas da Aeronáutica e a ascensão funcional dos quadros QSS e
QFG em comento é o QOEA, cujos postos nele existentes são: 2º Tenente, 1º Tenente e por fim Capitão, todos
esses postos são cargos de nível médio.
Cabe ressaltar que a época da formação, todos os militares formados pela escola de especialista de Aero-
náutica EEAR até 1993, foram diplomados no grupamento Básico, tendo a separação em 2 (dois) grupamentos
distintos (Básico e Serviços), ocorrido por força do Decreto 881/93.
Ademais, o assunto levado a essa Casa, trata da promoção de suboficiais oriundos da escola de espe-
cialista de Aeronáutica dos quadros (QSS) e (QFG), para as turma até julho de 1993 (Decreto n 68.951/1971).
No tocante a esses militares os mesmos tinham como expectativa de ascensão funcional, a realização do
curso de formação de oficiais da Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEIG), que permitia
a todas as especialidades o acesso ao posto de tenente coronel.
Com a desativação da referida escola, a carreira dos especialistas passou a ser de terceiro sargento a
capitão, de acordo com o Decreto nº85.429/1980, cuja seleção para ingresso no círculo de oficiais não previa
concurso, fato perfeitamente oportuno, levando-se em consideração a formação profissional já existente para
todas as graduações e postos com formação de nível médio, exigindo-se apenas os seguintes exames: psico-
técnico, médico, e aptidão física, conforme Art. 13 e 14 do Decreto nº 85.429/80.
Aos militares formados pela EEAR, ao longo de 30 anos de serviços, são deferidas apenas 3 promoções
após a conclusão do curso de formação de sargentos: 2º Sargento, 1º Sargento e suboficial.
Nunca é demais lembrar que o curso de formação de sargento da EEAR tem duração de 2 anos em regi-
me de internato, e formação profissional em nível de excelência, tanto que conforme publicado no Boletim do
Comando da Aeronáutica (BCA) Nº 64, de 23 de agosto de 2002, folhas 2839, 2840 e 2841, AVISO INTERNO Nº
3/GC3/4, de 18 JUL 2002, reconhece Padrão de Desempenho de Especialidade do SO, autorizando, a critério
dos Comandantes, Chefes ou Diretores de OM do COMAER, que Suboficiais, de reconhecida capacidade e de
elevado conceito profissional e moral, exerçam funções de Chefia, complementando as atividades administra-
tivas dos setores das diversas OM do COMAER, privativas de Oficiais Subalternos.
(Transcrita em verbis:)
AVISO INTERNO Nº 3/GC3/4, de 18 JUL 2002.

Autoriza, em caráter excepcional, Suboficial do Quadro de Suboficiais e Sargentos da Aeronáu-


tica em Organizações Militares do Comando da Aeronáutica para complementar o exercício
de atividades administrativas de Oficiais Subalternos.
Aos Excelentíssimos Senhores:
Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; Diretor-Geral do Departamento de Ensino da Aeronáutica;
Comandante-Geral de Apoio;
Diretor-Geral do Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento;
Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo;
Comandante-Geral do Ar;
Comandante-Geral do Pessoal;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 913

Diretor-Geral do Departamento de Aviação Civil;


Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica; e
Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica.
Considerando a existência de significativos claros em diversas atividades auxiliares nos níveis adminis-
trativos e básicos da estrutura do Comando da Aeronáutica (COMAER) e a escassez de oficiais subalternos, de
diversos quadros, para seus preenchimentos;
Considerando que surgem situações prejudiciais ao melhor andamento das atividades administrativas e
operacionais do COMAER, pela inexistência de oficiais subalternos em número suficiente à ocupação de todos os
cargos nas diversas Organizações Militares (OM) e pelo acúmulo de mais de um cargo por parte desses oficiais;
Considerando que o Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS) se destina a suprir as necessidades de pes-
soal para o preenchimento de cargos e para o exercício de funções especializadas nas OM do COMAER;
Considerando que o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS) proporciona aos Suboficiais e Sar-
gentos experiências de aprendizagem que os habilitam ao exercício dos cargos e ao desempenho das funções
inerente a Suboficial (SO);
Considerando que o Padrão de Desempenho de Especialidade (PDE) para o SO é o documento que de-
talha, qualitativamente, os requisitos profissionais mínimos para os Suboficiais do Corpo do Pessoal Graduado
da Aeronáutica, estabelecendo as respectivas atribuições e os conhecimentos necessários ao seu desempe-
nho, conforme preconiza o MMA 39-4 “Padrão de Desempenho de Especialidade para o Suboficial”, de 8 de
junho de 1995;
Considerando a existência de mais de quatro mil SO no efetivo do COMAER, certamente um número
significativo possui qualificações técnico-profissionais necessárias ao seu melhor aproveitamento nas diversas
OM do COMAER; e
Considerando a intenção de valorizar e de dignificar a graduação de SO, Informo a Vossas Excelências
que resolvi:
Autorizar, em caráter excepcional e a critério dos Comandantes, Chefes ou Diretores de OM do COMA-
ER, que Suboficiais, de reconhecida capacidade e de elevado conceito profissional e moral, exerçam funções
de Chefia, complementando as atividades administrativas dos setores das diversas OM do COMAER, privativas
de Oficiais Subalternos.
Brasília, 18 de julho de 2002.
CARLOS DE ALMEIDA BATISTA
Comandante da Aeronáutica
(Publicado no Boletim do Comando da Aeronáutica (BCA) Nº 64, de 23 de agosto de 2002, folhas 2839,
2840 e 2841.)
Ante tais fundamentos, passou entender o judiciário, sito a corte do STJ ao julgar, em 2011 processo da
mesma natureza, transcrito na íntegra:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL Nº 858.115 – RJ (2006/0120247-5)
RELATORA : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
RECORRENTE : UNIÃO
RECORRIDO : ADILSON ARAÚJO FERREIRA E OUTROS
ADVOGADO : JULIANA REIS DE CASTRO
EMENTA
RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊN-
CIA. DECRETO Nº 68.951/71. PROMOÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ESTÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO. POSSIBILIDADE.
SEGUIMENTO NEGADO.
DECISÃO
Trata-se de recurso especial, interposto pela União, com fundamento noartigo 105, inciso III, alínea “a” da
Constituição Federal, contra v. acórdão do Eg. Tribunal Regional Federal da 2ª Região assim ementado:
“ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. SERVIDOR MILITAR.PRESCRIÇÃO. TERCEIRO-SARGENTO. PROMOÇÃO
PARAINGRESSO NOS QUADROS REGULARES DO CORPO DO PESSOAL GRADUADO DA AERONÁUTICA.
DECRETO 68.591/91. ART. 49 DA PORTARIA 057/GM-2/71.
– Trata-se de apelação de Adilson Ferreira da Cruz e outros em face da sentença que julgou improcedente
o pedido de promoção de Terceiro Sargento para Capitão.
– Se há dispositivo legal dando determinado direito, que não foi expressamente negado pela Adminis-
tração, descabe cogitar-se da prescrição.(gp)
914 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

– Terceiros-Sargentos do Quadro Complementar da Aeronáutica, impedidos de realizar o Estágio de


Aperfeiçoamento, previsto no art. 49 do Decreto 68.591/71, em face da omissão da Administração Mili-
tar, têm direito adquirido às promoções, como se tivessem realizado o estágio.
– Recurso provido.”
E ainda:
“ não há o que se falar em prescrição de fundo de direito quando versa a espécie, como o caso em testilha,
de prestação de trato sucessivo, onde não se tem notícia de negativa administrativa”.(RESP 195303/RS
– 16/04/1999)(gp).
Assim também foi decidido no processo de nº 2003.35.00.009425-3/Go, da mesma patrona, e nos pro-
cessos 2001.39.00.00.0952-1/PA e no 2002.51.01.004779-2/RJ – TRF2.
Vale ressaltar, que não houve negativa de pedido administrativo aplicando-se desta feita, a Súmula 85
do STJ, conforme decisão abaixo transcrita:
Processo: AC 12509 DF 1997.01.00.012509-1
Relator(a): Desembargador Federal Tourinho Neto
Julgamento: 27/11/2002
Órgão Julgador: Segunda Turma
Publicação:06/06/2003 DJ p.108
ADMINISTRATIVO. PRELIMINAR DE PRESCRIÇÃO. SERVIDOR MILITAR. 3º SARGENTO. PROMOÇÃO. ESTÁGIO
DE APERFEIÇOAMENTO. OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO.
1. Quando não há negativa do próprio direito, aplica-se o comando da Súmula 85 do STJ, que disciplina
a prescrição quinquenal nas relações de trato sucessivo, atingidas assim, somente as prestações vencidas no
período de 05 (cinco) anos anterior ao ajuizamento da demanda. Preliminar de prescrição rejeitada.(gp)
2. A omissão da Administração, no tocante à realização do estágio de aperfeiçoamento previsto em lei,
ensejou violação a direito do servidor militar do Quadro Complementar, de ingressar nos Quadros Regulares
do Corpo de Pessoal Graduado da Aeronáutica e obter promoção. Precedentes.
3. Preliminar de prescrição rejeitada. Apelação e remessa oficial não providas.
Contrariando, o entendimento do nobre magistrado a quo, está o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, como abaixo se transcreve:
“A prescrição somente incide sobre as parcelas oriundas do direito, atingida pelo lapso temporal quin-
quenal antes da propositura da ação, pois o prazo prescricional do fundo de direito começa a contar
da data em que esse direito é negado administrativamente, nos termos do Decreto nº 20.910, de 1932”.
Douto Julgadores, é de observar-se, ainda, que as ações pessoais movidas pelos particulares contra as
pessoas jurídicas de direito público estão sujeitas, ainda, às determinações da Súmula 85 do Superior Tribunal
de Justiça que possui a seguinte redação:
“Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não
tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes
do quinquênio anterior à propositura da ação.”
A Súmula nº 85, acima transcrita, relativiza, sem qualquer dúvida, o rigor do artigo 1º do Decreto nº
20.910/32, permitindo que esse atinja, apenas, as prestações já vencidas há mais de cinco anos, mantendo,
intacto, o fundo de direito.
Esse, contudo, poderá desaparecer no quinquênio se já tiver sido objeto de postulação junto à Adminis-
tração Pública e tenha sido negado.
Outro detalhe importante a ser ressaltado no que se refere à Súmula nº 85 do Superior Tribunal de Jus-
tiça é que essa possui aplicabilidade, apenas, nas ações pessoais de trato sucessivo, ou seja, aquelas em que
as obrigações da Fazenda Pública se vençam periodicamente, como ocorre nos casos de revisão de remunera-
ções, aposentadorias ou pensões.
Contudo, caso não se trate de obrigação de trato sucessivo, onde figure como ré uma pessoa jurídica de
direito público, o prazo prescricional será de cinco anos, aplicando-se, nessa hipótese, na sua integralidade, o
disposto no artigo 1º do Decreto nº 20.910/32.
Em decorrência do exposto acima, é possível afirmar que o prazo prescricional de cinco anos, previsto
no artigo 1º do Decreto nº 20.910/32, além de ser direcionado apenas às pessoas jurídicas de direito público,
só tem aplicabilidade nas ações onde essas pessoas figurem como rés em obrigações que não sejam de trato
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 915

sucessivo ou, quando o forem, o direito postulado já tenha sido negado administrativamente, conforme exce-
tua claramente a Súmula nº 85 do Superior Tribunal de Justiça.
Vale salientar, que com relação à prescrição do fundo de direito, é bem claro, não prescrevem apenas as
prestações, mas o próprio fundo do direito se a Administração, por ato expresso, ou implicitamente, nega o di-
reito vindicado, e a ação não é ajuizada, no prazo prescricional. A prescrição incide apenas sobre as prestações
anteriores ao quinquênio quando não há tal negativa, é o que assegura a Súmula 443 STF.
PROCESSO JULGADO NO TRF1, NO ANO DE 2012

APELAÇÃO CÍVEL 0013535-93.2012.4.01.3400/DF


Processo na Origem: 135359320124013400

RELATOR(A) : DESEMBARGADOR FEDERAL NÉVITON GUEDES


APELANTE : JOAO BRAGANTE DE SOUZA FILHO E OUTROS(AS)
ADVOGADO : NATILDE DE LIMA BRAGANTE
APELADO : UNIAO FEDERAL
PROCURADOR : ANA LUISA FIGUEIREDO DE CARVALHO

EMENTA
ADMINISTRATIVO. MILITAR DA AERONÁUTICA. TERCEIRO-SARGENTO DO QUADRO COMPLEMENTAR. ES-
TÁGIO DE APERFEIÇOAMENTO. PROMOÇÃO. OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO. RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO.
SÚMULA 85/STJ. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DO DIREITO. INOCORRÊNCIA.
1. A despeito de o Regulamento do Corpo de Pessoal Graduado da Aeronáutica (Decreto nº 68.951/1971)
haver assegurado aos Terceiros Sargentos integrantes do Quadro Complementar o direito de ascenderem às
graduações superiores, até o posto de suboficial, mediante aprovação em estágio de aperfeiçoamento orga-
nizado pelo então Ministério da Aeronáutica, ele jamais foi realizado pelo Comando da Aeronáutica.
2. A Terceira Seção do colendo Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento de que “com a omissão
da Administração em realizar o estágio de aperfeiçoamento previsto em lei, ficaram os militares do Quadro
Complementar de 3º Sargento da Aeronáutica impedidos de obter a conditio jures para a integração no Qua-
dro Regular da Força, restando violado o direito adquirido às devidas promoções e seus consectários legais”
(EREsp 79.761/DF, Rel. Min. Edson Vidigal, DJ de 14/08/2000, p. 136).
3. Restou reconhecido aos Terceiros-Sargentos da Aeronáutica, que foram promovidos a esta graduação
por força do Decreto nº 68.951/1971, o direito às promoções subsequentes, independentemente da realização
do estágio de aperfeiçoamento.
4. Reconhecido o direito dos autores às promoções postuladas, e em se tratando de prestação de trato
sucessivo, estão prescritas apenas as parcelas relativas ao quinquênio anterior à propositura da ação, nos ter-
mos da Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça.
5. O pagamento das respectivas diferenças salariais e seus reflexos, nos termos do Decreto nº 68.951/1971,
serão pagas acrescidas de juros e correção monetária a partir da citação, na forma do Manual de Cálculos da
Justiça Federal, aprovado pela Resolução/CJF 134, de 21.12.2010.
6. Honorários advocatícios fixados no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação,
até a prolação da sentença.
7. Apelação a que se dá provimento.
ACÓRDÃO
Decide a Primeira Turma, por unanimidade, dar provimento ao recurso de apelação.
Primeira Turma do TRF da 1ª Região – 20.02.2013.
Desembargador Federal NÉVITON GUEDES
Relator
Cabe destacar ainda que o presente Projeto de Lei, não implicaria em aumento do efetivo da Aeronáu-
tica, que é fixado por lei específica. Ademais, também não implica qualquer incremento imediato de despesa
na folha de pagamento do pessoal militar daquela Força, porquanto o efeito financeiro dar-se-á a partir da
promulgação do referido Projeto, com tempo hábil para que seja providenciada adequação financeira no Or-
çamento da União.
Pretendemos assim corrigir distorção e para que se faça justiça aos SO da FAB, pois os mais qualificados
que naturalmente são os mais antigos e que já assumem funções de grande responsabilidade sobre os mais
916 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

modernos. Desta forma, será dado aos SO o mesmo tratamento que é dado aos oficiais oriundos de outras
escolas da Força Aérea.
Sala de sessões, 24 de setembro de 2015. – Deputada Clarissa Garotinho
INDICAÇÃO Nº 963, DE 2015
(Do Sr. Zé Carlos)

Solicita ao Exmo. Sr. Ministro da Fazenda que sejam tomadas as providências relativas à emis-
são dos TDA – Títulos da Dívida Agrária necessários para a conclusão do processo de desapro-
priação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Salgador, Município de Presidente Vargas,
Estado do Maranhão.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Exmo. Sr. Ministro da Fazenda,
655 (seiscentos e cinquenta e cinco) famílias, com um total aproximado de 3.500 pessoas, aguardam há
mais de vinte anos as providências – por parte do governo federal – para a desapropriação da Fazenda Salga-
dor, localizada no município Presidente Vargas, Estado do Maranhão.
A Fazenda em questão compreende uma área de mais de 25 mil hectares e pertencia, originalmente, a
um grupo empresarial do Estado de Pernambuco que, há cerca de 25 anos, iniciou um projeto de irrigação para
plantio de arroz, inhame e cana de açúcar, tendo, posteriormente, abandonado o projeto.
As mencionadas 655 famílias ocupam áreas de terra na proximidade da fazenda, sendo que muitas de-
las, em razão da penúria em que vivem, recebem do INCRA, esporadicamente, cestas básicas de alimentos.
O Processo Administrativo em questão (de número 54230.006569/2005-17) data desde 2005 e, durante
todo esse tempo, inúmeras reuniões foram realizadas, com a participação do INCRA, inclusive, para que o proces-
so fosse concluído e as famílias de acampados pudessem, por fim, trabalhar em seus próprios pedaços de terra.
Em razão do Laudo de Avaliação da área feito pelo INCRA – certificando sobre a improdutividade da terra
em questão – a Presidente Dilma Rousseff decretou, na data de 30 de dezembro de 2014, a desapropria-
ção da área para fins de reforma agrária.
Apesar do decreto assinado pela Presidente Dilma ter sido publicado em 31 de dezembro de 2014, mais
de oito meses se passaram – desde a publicação – sem que, até o presente momento, tenham sido emitidos,
pela Secretaria do Tesouro Nacional, os TDA (Títulos da Dívida Agrária) para a indenização da referida Fazenda
Salgador.
Enquanto isso, aqueles mais de vinte e cinco mil hectares de terra continuam improdutivos no Maranhão,
alimentando tão somente o desemprego, a miséria, a fome e os conflitos sociais, ao passo que as 655 famílias
que vivem em torno da área continuam sem ver efetivamente concretizados seus sonhos de praticar, para elas
mesmas, para o Maranhão e para o país, atividades produtivas de plantação e colheita de hortaliças, legumes
e frutas e de criação de frangos, porcos, etc.
Diante disso tudo – principalmente da situação precária das 655 famílias de agricultores sem terra que
aguardam há mais de vinte anos pela conclusão do processo de desapropriação das terras improdutivas da Fa-
zenda Salgador -, solicito de Vossa Excelência que sejam tomadas as providências relativas à emissão dos TDA
– Títulos da Dívida Agrária necessários para a conclusão do processo de desapropriação para fins de reforma
agrária da Fazenda Salgador, localizada no Município de Presidente Vargas, no Estado do Maranhão.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Zé Carlos, Deputado Federal – PT/MA
INDICAÇÃO Nº 964, DE 2015
(Do Sr. Zé Carlos)

Solicita ao Exmo. Sr. Ministro da Fazenda que sejam tomadas as providências relativas à emis-
são dos TDA – Títulos da Dívida Agrária necessários para a conclusão do processo de desapro-
priação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Eldorado, Município de Imperatriz, Estado
do Maranhão.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Exmo. Sr. Ministro da Fazenda,
110 (cento e dez) famílias aguardam há onze anos, acampadas debaixo de lona preta, à beira da Estrada
do Arroz (que liga os municípios de Imperatriz e Cidelândia, no Maranhão), pela desapropriação da Fazenda
Eldorado, pertencente às empresas Vale S.A. e Suzano Papel e Celulose S.A.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 917

O Processo Administrativo em questão (de número 54234.000089/2004) data desde 2004, quando, à épo-
ca, cerca de 420 famílias de agricultores sem terra passaram a acampar à margem da referida Estrada do Arroz,
a uma distância de 44 quilômetros de Imperatriz, enquanto o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Imperatriz
pleiteava, junto ao INCRA, a desapropriação da área então apontada como improdutiva.
Durante todo esse tempo, inúmeras reuniões foram realizadas entre o INCRA, o Sindicato representante
dos trabalhadores rurais e os representantes das empresas proprietárias para que o processo fosse concluído
e as famílias de acampados pudessem, por fim, trabalhar em seus próprios pedaços de terra.
O Laudo de Avaliação da área – feito pelo INCRA e concluído em setembro de 2014 – certifica que, da
área total então avaliada (12.315,33 há é o total da área medida), 3.297,79 há (três mil, duzentos e noventa e
sete hectares e setenta e nove ares) são de terras improdutivas, o que motivou a Presidente Dilma Rousseff
a decretar, na data de 30 de dezembro de 2014, a desapropriação dessa última área para fins de refor-
ma agrária.
Apesar do decreto assinado pela Presidente Dilma ter sido publicado em 31 de dezembro de 2014, mais
de oito meses se passaram – desde a publicação – sem que, até o presente momento, tenham sido emitidos,
pela Secretaria do Tesouro Nacional, os TDA (Títulos da Dívida Agrária) para a indenização da Fazenda Eldorado.
Enquanto isso, aqueles mais de três mil hectares de terra continuam improdutivos no Maranhão, alimen-
tando tão somente o desemprego, a miséria, a fome e os conflitos sociais, ao passo que as 110 famílias acam-
padas da Estrada do Arroz continuam sem ver efetivamente concretizados seus sonhos de praticar, para elas
mesmas, para o Maranhão e para o país, atividades produtivas de plantação e colheita de hortaliças, legumes
e frutas e de criação de frangos, porcos, etc.
Não bastasse as já mencionadas situações de desemprego e fome, temos informação de que as crianças
dessas famílias acampadas têm enfrentado graves problemas em suas saúdes, problemas esses decorrentes,
justamente, de suas péssimas e indignas condições de moradia.
Diante disso tudo – principalmente da situação precária e desesperadora das 110 famílias de agricultores
sem terra que aguardam há onze anos debaixo de lona preta à beira de uma estrada no Maranhão – solicito de
Vossa Excelência que sejam tomadas as providências relativas à emissão dos TDA – Títulos da Dívida Agrária
necessários para a conclusão do processo de desapropriação para fins de reforma agrária da Fazenda Eldorado,
localizada no Município de Imperatriz, no Estado do Maranhão.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Zé Carlos, Deputado Federal – PT/MA
INDICAÇÃO Nº 965, DE 2015
(Do Sr. Zé Carlos)

Solicita ao Exmo. Sr. Ministro do Desenvolvimento Agrário que sejam tomadas providências no
sentido de agilizar, por parte do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária,
o processo de desapropriação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Salgador, Município
de Presidente Vargas, Estado do Maranhão.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Exmo. Sr. Ministro do Desenvolvimento Agrário,
655 (seiscentos e cinquenta e cinco) famílias, com um total aproximado de 3.500 pessoas, aguardam há
mais de vinte anos as providências, por parte do governo federal, para a desapropriação da Fazenda Salgador,
localizada no município Presidente Vargas, Estado do Maranhão.
A Fazenda em questão compreende uma área de mais de 25 mil hectares e pertencia, originalmente, a
um grupo empresarial do Estado de Pernambuco que, há cerca de 25 anos, iniciou um projeto de irrigação para
plantio de arroz, inhame e cana de açúcar, tendo, posteriormente, abandonado o projeto.
As mencionadas 655 famílias ocupam áreas de terra na proximidade da fazenda, sendo que muitas de-
las, em razão da penúria em que vivem, recebem do INCRA, esporadicamente, cestas básicas de alimentos.
O Processo Administrativo em questão (de número 54230.006569/2005-17) data desde 2005 e, durante
todo esse tempo, inúmeras reuniões foram realizadas, com a participação do INCRA, inclusive, para que o proces-
so fosse concluído e as famílias de acampados pudessem, por fim, trabalhar em seus próprios pedaços de terra.
Em razão do Laudo de Avaliação da área feito pelo INCRA – certificando sobre a improdutividade da terra
em questão – a Presidente Dilma Rousseff decretou, na data de 30 de dezembro de 2014, a desapropria-
ção da área para fins de reforma agrária.
Apesar do decreto assinado pela Presidente Dilma ter sido publicado em 31 de dezembro de 2014, mais
de oito meses se passaram – desde a publicação – sem que, até o presente momento, tenham sido emitidos,
pela Secretaria do Tesouro Nacional, os TDA (Títulos da Dívida Agrária) para a indenização da Fazenda Salgador.
918 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Enquanto isso, aqueles mais de vinte e cinco mil hectares de terra continuam improdutivos no Maranhão,
alimentando tão somente o desemprego, a miséria, a fome e os conflitos sociais, ao passo que as 655 famílias
que vivem em torno da área continuam sem ver efetivamente concretizados seus sonhos de praticar, para elas
mesmas, para o Maranhão e para o país, atividades produtivas de plantação e colheita de hortaliças, legumes
e frutas e de criação de frangos, porcos, etc.
Diante disso tudo – principalmente da situação precária das 655 famílias de agricultores sem terra que
aguardam há mais de vinte anos pela conclusão do processo de desapropriação das terras improdutivas da
Fazenda Salgador -, solicito de Vossa Excelência que sejam tomadas as providências necessárias, ainda cabíveis
por parte deste Ministério do Desenvolvimento Agrário, para que sejam emitidos, pela Secretaria de Tesouro
Nacional, os TDA (Títulos da Dívida Agrária) necessários para o pagamento da desapropriação da Fazenda Sal-
gador, no município maranhense de Presidente Vargas.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Zé Carlos, Deputado Federal – PT/MA
INDICAÇÃO Nº 966, DE 2015
(Do Sr. Zé Carlos)

Solicita ao Exmo. Sr. Ministro do Desenvolvimento Agrário que sejam tomadas providências no
sentido de agilizar, por parte do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária,
o processo de desapropriação, para fins de reforma agrária, da Fazenda Eldorado, Município
de Imperatriz, Estado do Maranhão.
DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.
Exmo. Sr. Ministro do Desenvolvimento Agrário,
110 (cento e dez) famílias aguardam há onze anos, acampadas debaixo de lona preta, à beira da Estrada
do Arroz (que liga os municípios de Imperatriz e Cidelândia, no Maranhão), pela desapropriação da Fazenda
Eldorado, pertencente às empresas Vale S.A. e Suzano Papel e Celulose S.A.
O Processo Administrativo em questão (de número 54234.000089/2004) data desde 2004, quando, à épo-
ca, cerca de 420 famílias de agricultores sem terra passaram a acampar à margem da referida Estrada do Arroz,
a uma distância de 44 quilômetros de Imperatriz, enquanto o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Imperatriz
pleiteava, junto ao INCRA, a desapropriação da área então apontada como improdutiva.
Durante todo esse tempo, inúmeras reuniões foram realizadas entre o INCRA, o Sindicato representante
dos trabalhadores rurais e os representantes das empresas proprietárias para que o processo fosse concluído
e as famílias de acampados pudessem, por fim, trabalhar em seus próprios pedaços de terra.
O Laudo de Avaliação da área – feito pelo INCRA e concluído em setembro de 2014 – certifica que, da
área total então avaliada (12.315,33 há é o total da área medida), 3.297,79 há (três mil, duzentos e noventa e
sete hectares e setenta e nove ares) são de terras improdutivas, o que motivou a Presidente Dilma Rousseff
a decretar, na data de 30 de dezembro de 2014, a desapropriação dessa última área para fins de refor-
ma agrária.
Apesar do decreto assinado pela Presidente Dilma ter sido publicado em 31 de dezembro de 2014, mais
de oito meses se passaram – desde a publicação – sem que, até o presente momento, tenham sido emitidos,
pela Secretaria do Tesouro Nacional, os TDA (Títulos da Dívida Agrária) para a indenização da Fazenda Eldorado.
Enquanto isso, aqueles mais de três mil hectares de terra continuam improdutivos no Maranhão, alimen-
tando tão somente o desemprego, a miséria, a fome e os conflitos sociais, ao passo que as 110 famílias acam-
padas da Estrada do Arroz continuam sem ver efetivamente concretizados seus sonhos de praticar, para elas
mesmas, para o Maranhão e para o país, atividades produtivas de plantação e colheita de hortaliças, legumes
e frutas e de criação de frangos, porcos, etc.
Não bastasse as já mencionadas situações de desemprego e fome, temos informação de que as crianças
dessas famílias acampadas têm enfrentado graves problemas em suas saúdes, problemas esses decorrentes,
justamente, de suas péssimas e indignas condições de moradia.
Diante disso tudo – principalmente da situação precária e desesperadora das 110 famílias de agricultores
sem terra que aguardam há onze anos debaixo de lona preta à beira de uma estrada no Maranhão – solicito
de Vossa Excelência que sejam tomadas as providências necessárias, ainda cabíveis por parte deste Ministério
do Desenvolvimento Agrário, para que sejam emitidos, pela Secretaria de Tesouro Nacional, os TDA (Títulos
da Dívida Agrária) necessários para o pagamento da desapropriação da Fazenda Eldorado, no município ma-
ranhense de Imperatriz.
Sala das Sessões, 24 de setembro de 2015. – Zé Carlos, Deputado Federal – PT/MA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 919

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 53, DE 2015


(Do Sr. Júlio Cesar)

Propõe que a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados com auxílio do
Tribunal de Contas da União apure a ausência de classificação de recursos por parte do Minis-
tério da Fazenda.
DESPACHO: À COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Interna nas Comissões
Senhor Presidente da Comissão de Finanças e Tributação,
Com base no art. 100, § 1°, combinado com os art. 61 do Regimento Interno, proponho a V. Exª que
solicite auxílio do Tribunal de Contas da União, para adotar as medidas necessárias para verificar os motivos
da ausência de classificação de recursos por parte do Ministério da Fazenda no tocante aos parcelamentos de
débitos referentes às Leis nº 11.941/2009, 12.865/2013 e 12.996/2014, além da Medida Provisória nº 470.
Justificação
Em novembro de 2014, por meio do Requerimento de Informação nº 4547/2014, de minha autoria, foi
solicitado informação ao Ministério da Fazenda acerca do montante arrecadado no segundo semestre de 2014
dos parcelamentos de débitos referentes às Leis nº 11.941/2009, 12.865/2013 e 12.996/2014, além da Medida
Provisória nº 470, discriminados por tributo.
À época, foi solicitada a classificação dos recursos para permitir a “pronta transferência dos recursos aos
fundos de participação de Estados e Municípios” no âmbito do FPE, FPM e IPI exportação. No entanto, essa
classificação ainda não foi realizada e os entes da Federação sofrem com a falta dos recursos para custear suas
despesas.
Cabe mencionar que a receita do FPM representa a principal fonte de recursos da maioria dos municí-
pios brasileiros, principalmente das regiões Norte e Nordeste. Ressaltar, também, que os valores atualizados
na data de hoje, 10/9/2015, chegam a R$ 18,8 bilhões de reais.
Nesse sentido, faz-se necessária a fiscalização do TCU no Ministério da Fazenda – Receita Federal para
verificação e, em se confirmando, determinar compartilhamento com os entes Federados.
Por esses fatos é que entendemos ser fundamental a aprovação da presente Proposta de Fiscalização e
Controle.
Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Júlio Cesar, PSD/PI
PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 55, DE 2015
(Dos Srs. Alan Rick e Vinicius Carvalho)

Propõe que a Comissão de Defesa do Consumidor, com o auxílio do Tribunal de Contas da


União, realize ato de fiscalização e controle junto à Agência Nacional de Aviação Civil-ANAC
em sua atuação de fiscalização das tarifas praticadas pelas empresas aéreas, em especial, os
preços cobrados na Região Norte do Brasil.
DESPACHO: À COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Interna nas Comissões
Senhor Presidente,
Nos termos do parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal, bem como do art. 60, inciso I do Re-
gimento Interno da Câmara dos Deputados, proponho que esta Comissão se digne a adotar as medidas ne-
cessárias para realizar ato de fiscalização e controle junto à Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC em sua
atuação prevista no Art. 49, § 3º da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, de fiscalização das tarifas cobra-
das pelas empresas aéreas, em especial, dos preços cobrados na Região Norte do Brasil.
Justificação
Em audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados em
27/08/2015, foi debatido, entre outros assuntos, o elevado preço da passagem cobrado pelas empresas aé-
reas e em especial aos trechos que compreendem a Região Norte e o resto do País. Foi constatado que o preço
do quilômetro-voado em relação ao Estado do Acre é o mais caro do Brasil. Uma passagem de ida e volta da
Região para o restante do País pode chegar a R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) superando, em mui-
tos casos, o valor de voos internacionais. A diferença entre o preço do quilômetro-voado dessa região para o
920 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

restante do país pode chegar a absurdos 266 % (duzentos e sessenta e seis por cento). Por outro lado não se
justifica que os custos das empresas sejam os responsáveis pelos reajustes excessivos, uma vez que, de 2013
a 2015 foram encontrados valores que saltaram em média de R$ 764,00 (setecentos e sessenta e quatro reais)
para R$ 1999,90 (mil novecentos e noventa e nove reais e noventa centavos), para passagens compradas em
um mesmo período. Portanto, em 2 (dois) anos uma majoração de quase 200% (duzentos por cento). Soma-se
a esse quadro as exorbitantes taxas de remarcação de passagem, que praticamente inviabilizam a alteração
do voo. A Agencia incumbida de fiscalizar as tarifas, ANAC, expôs dados que não condizem com a realidade,
afirmam que o custo por quilômetro-rodado no Acre corresponde à média do custo do resto do País, girando
em torno de R$ 0,30 (trinta centavos) e que o valor médio da tarifa é de R$ 541,00 ao passo que no restante
do País está em R$ 330,00 (trezentos e trinta reais), porém apenas 4% das passagens aéreas compradas nesta
região são acima de R$ 1.500,00.
Em face do exposto propomos a presente Proposta de Fiscalização e Controle para dirimirmos as con-
tradições entre a realidade e os números apresentados pela ANAC, lembrando que um dos objetivos do Plano
Nacional de Aviação Civil-PNAC da Secretaria Nacional de Aviação Civil determina que:
”.. é dever do Estado assegurar a existência dos mecanismos necessários à proteção do consumidor do
serviço de transporte aéreo, em consonância com os preceitos da Constituição, da legislação infracons-
titucional, da jurisprudência e dos acordos vigentes.”
Sala da Comissão, 17 de setembro de 2015. – Vinícius Carvalho Alan Rick, Deputado Federal/PRB-SP
Deputado Federal/PRB-AC

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.002, DE 2015


(Do Sr. Alceu Moreira)

Solicita informações ao Ministro de Estado da Fazenda a serem obtidas junto à Superinten-


dência de Seguros Privados – Susep, acerca da cobrança do DPVAT sobre tratores e máquinas
agrícolas.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente:
Requeiro a V. Exª, com base no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 115, I, e 116, do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados que, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor Ministro
de Estado da Fazenda, o seguinte pedido de informações:
A Presidente Dilma Rousseff recentemente, por intermédio da Mensagem de Veto nº 295/2015, comunicou
ao Congresso Nacional o veto parcial aposto ao Projeto de Lei de Conversão nº 8, de 2015 (oriundo da Medida
Provisória nº 673/2015), que “Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro,
a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei
nº 13.001, de 20 de junho de 2014; e dá outras providências”.
Ao consultar a supramencionada Mensagem de Veto, verificamos que fora vetado o art. 3º do então Pro-
jeto de Lei de Conversão nº 8, de 2015, que assim dispunha:
““Art. 3º Os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola
ou a executar trabalhos agrícolas estão dispensados do recolhimento do Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas
ou não, DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 de dezembro de 1974, restando sem cobertura as pes-
soas que sofram dano em acidente causado por esses veículos.” (nosso grifo)
O referido veto, por certo, veio causar compreensível frustração junto aos produtores rurais, na condição
de proprietários de tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrí-
cola ou a executar trabalhos agrícolas, os quais transitam em estradas ou vias vicinais, uma vez que o custo da
contratação do seguro DPVAT constitui mais um ônus sobre as atividades econômicas no campo.
Face ao exposto, e visando a informar esta Casa sobre os impactos que a matéria teria sobre a operação
do seguro DPVAT, requeremos ao Exmo. Sr. Ministro de Estado da Fazenda que encaminhe o presente requeri-
mento de Informações à Superintendência de Seguros Privados – Susep, para que aquela autarquia nos infor-
me, com base em estudos técnicos e dados estatísticos, as seguintes questões:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 921

1) quanto é o montante de prêmios arrecadados a título do DPVAT, relativo aos cinco últimos exercícios,
dos proprietários de tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria
agrícola ou a executar trabalhos agrícolas;
2) qual o balanço entre a cobrança de prêmios e o pagamento de indenizações por acidentes, conside-
rados exclusivamente os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquina-
ria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas e quais seriam os impactos da dispensa da referida cobrança no
equilíbrio do DPVAT;
3) como opera o consórcio DPVAT na arrecadação dos prêmios e pagamento das indenizações dos tra-
tores e demais aparelhos automotores destinados a puxar e a arrastar maquinaria agrícola, tendo em vista a
dispersão e distância dos locais de trabalho dessas máquinas, bem como qual o índice de inadimplência (falta
de contratação do seguro relacionado ao número de máquinas existentes);
4) se tecnicamente é viável estabelecer-se um valor de prêmio diferenciado a incidir sobre tratores e
demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos
agrícolas, levando-se em consideração o risco muito reduzido e diferenciado de acidentes envolvendo tais
veículos, que resulta em um número muito inferior de sinistros em comparação com outros veículos automo-
tores sujeitos à cobrança do DPVAT.
Sala da Comissão, 10 de setembro de 2015. – Deputado Alceu Moreira
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.133, DE 2015
(Do Sr. Silas Câmara)

Solicita informações ao Ministro de Minas e Energia, qual a situação da obra, valor investido
e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município de Pauini e quais comunidades
inclusas neste Município, no Estado do Amazonas.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 24, inciso V e 115, inciso I, do Re-
gimento Interno, requeiro a Vossa Excelência que seja feita solicitação de informações ao Ministro de Minas e
Energia, qual a situação da obra, valor investido e o cronograma, do Programa Luz para todos, no Município
de Pauini e quais comunidades inclusas neste Município, no Estado do Amazonas
Sala da Sessões, de de 2015. – Deputado Silas Câmara, PSD/AM
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.154, DE 2015
(Do Sr. Giovani Cherini)

Solicita informação que especifica ao Senhor Ministro de Estado de Minas e Energia


DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Com fundamento no disposto no art. 50, §2º, da Constituição Federal, no inciso V e §2º do artigo 24 e inci-
so I do art. 115, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a V. Exa. seja encaminhado ao
Ministro do Ministério de Minas e Energia, pedido de informação, para que responda, conforme questão abaixo:
922 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

1) A relação das empresas que detêm reservas de NIÓBIO no território brasileiro;


2) A relação das empresas que exploram o NIÓBIO no território brasileiro;
3) A quantidade de NIÓBIO produzida por cada empresa, tendo como base os anos de 2013/2014;
4) A quantidade total extraída do NIÓBIO no território brasileiro, tendo como base os anos de 2013/2014;
5) Quem são os compradores do NIÓBIO no mercado interno;
6) Quem são os compradores do NIÓBIO no mercado externo;
7) Quem faz a(s) intermediação(ões) (importação/exportação) do NIÓBIO aqui extraído;
8) Qual o valor de venda do NIÓBIO pago a quem faz a extração, recebido por quem faz a intermedia-
ção/compra inicial, pelos importadores/exportadores, pelos demais intermediários (se houver) e pago pelo
comprador final;
9) Qual a quantidade exportada do NIÓBIO nos anos de 2013 e 2014;
10) Como estão distribuídas percentualmente as jazidas de NIÓBIO no mundo;
11) Quais são os países compradores do NIÓBIO;
12) Quais as quantidades e onde estão localizadas as jazidas de NIÓBIO no Brasil;
13) Como funciona e como se dá a autorização e concessão de lavra de cada jazida;
14)Qual o volume anual (anos de 2012, 2013 e 2014) de nióbio extraído em cada mina;
15) Quais são os tributos incidentes nas operações de exploração do NIÓBIO e o valor do imposto arre-
cadado, tendo como base os anos de 2013/2014;
Justificação
A Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Nióbio e às Pedras Semipreciosas do Congresso Nacional – Frente
do Nióbio, integrada por 200 deputados federais e 18 senadores, considera essas informações fundamentais
para que possa desenvolver um trabalho sobre um dos minerais mais cobiçados do mundo que é o Nióbio.
A partir da coleta desses dados poderemos sugerir, desde a inclusão desse mineral do Marco Regulatório da
Mineração, até mesmo a implementação de uma política de desenvolvimento da atividade de extração e ex-
ploração do nióbio em território nacional, estabelecendo as diretrizes que serão implementadas no setor, as
formas de fixação de preços no mercado internacional, as formas de fiscalização e controle, as sanções a serem
aplicadas, bem como normas complementares.
É indispensável que tracemos o mapa do nióbio no Brasil. Metal usado na fabricação de turbinas, naves
espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e superaço, mentem-se numa verdadeira caixa preta. Sabe-se, por
exemplo, que 99% do subsolo brasileiro já está requerido, já tem dono. Mas quem são os donos, como exploram,
como e para quem vendem este produto precioso? É imperativo que o Parlamento exerça a sua função, que é
verificar como a “política” do nióbio está sendo conduzida neste país. O nióbio é do Brasil e das futuras gerações.
Deputado Federal Giovani Cherini, Presidente da Frente do Nióbio
Ofício nº 212/15 ZR
Brasília, 16 de setembro 2015.

Excelentíssimo Senhor Ministro:


Ao cumprimentá-lo, em nome da Frente Parlamentar Mista de Apoio ao Nióbio e às pedras Semipreciosas
do Congresso Nacional – Frente do Nióbio, integrada por 200 deputados federais e 18 senadores, solicitamos
a Vossa Excelência que nos envie as seguintes informações:
1) A relação das empresas que detêm reservas de NIÓBIO no território brasileiro;
2) A relação das empresas que exploram o NIÓBIO no território brasileiro;
3) A quantidade de NIÓBIO produzida por cada empresa, tendo como base os anos de 2013/2014;
4) A quantidade total extraída do NIÓBIO no território brasileiro, tendo como base os anos de 2013/2014;
5) Quem são os compradores do NIÓBIO no mercado interno;
6) Quem são os compradores do NIÓBIO no mercado externo;
7) Quem faz a(s) intermediação(ões) (importação/exportação) do NIÓBIO aqui extraído;
8) Qual o valor de venda do NIÓBIO pago a quem faz a extração, recebido por quem faz a intermedia-
ção/compra inicial, pelos importadores/exportadores, pelos demais intermediários (se houver) e pago pelo
comprador final;
9) Qual a quantidade exportada do NIÓBIO nos anos de 2013 e 2014;
10) Como estão distribuídas percentualmente as jazidas de NIÓBIO no mundo;
11) Quais são os países compradores do NIÓBIO;
12) Quais as quantidades e onde estão localizadas as jazidas de NIÓBIO no Brasil;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 923

13) Como funciona e como se dá a autorização e concessão de lavra de cada jazida;


14) Qual o volume anual (anos de 2012, 2013 e 2014) de nióbio extraído em cada mina;
15) Quais são os tributos incidentes nas operações de exploração do NIÓBIO e o valor do imposto arre-
cadado, tendo como base os anos de 2013/2014;
Desde já agradeço atenção de Vossa Excelência, estou à disposição em meu Gabinete Parlamentar.
Respeitosamente, Deputado Federal Giovani Cherini, Presidente da Frente do Nióbio.
À Sua Excelência o Senhor,
Carlos Eduardo de Souza Braga
Ministro de Estado
Ministério de Minas e Energia – MME
Esplanada dos Ministérios
Brasília – DF.

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.157, DE 2015


(do Sr. Rubens Bueno)
Solicita informações ao Ministério das Cidades, com cópia ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran),
sobre medidas normativas e processos consultivos para tornar obrigatórios equipamentos em veículos, em
especial no que se refere ao uso de extintores ABC, nos termos em que especifica.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Requeiro a V. Excelência, com base no art. 50, § 2º da Constituição Federal, combinado com o art.
115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas
informações ao Ministro das Cidades, com cópia ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran), sobre me-
didas normativas e processos consultivos para tornar obrigatórios equipamentos em veículos, em es-
pecial no que se refere ao uso de extintores ABC, nos seguintes termos:
i. Cópia de estudos e relatórios de especialistas, comunidade científica, Detrans, e outras au-
toridades de trânsito que embasaram a discussão para a formulação das Resoluções 157/2004
(no que se refere à necessidade de os veículos passarem a circular com extintor ABC), 223/2007,
333/2009, 516/2015, 521/2015, 536/2015 e 556/2015 (no que se refere a tornar facultativo
para automóveis o uso de extintor, de qualquer tipo).
ii. Cópia das atas das reuniões do Contran em que as Resoluções acima indicadas foram decidas.
iii. Explicação pormenorizada do processo decisório do Contran, etapas e atores envolvidos
para a elaboração de novas resoluções, no geral e no caso específico que envolve a obrigato-
riedade do extintor ABC, posteriores prorrogações e, finalmente, decisão de tornar o seu uso
facultativo por veículos leves.
iv. Cópia dos estudos sobre impactos econômicos de tornar obrigatório o uso de extintores
de incêndio do tipo ABC para os consumidores, efeitos sobre o preço do equipamento diante
do aumento na demanda, estimativa do preço final, e se o mercado fornecedor possuía capa-
cidade para suprir a demanda, para cada uma das Resoluções indicadas na questão (i).
v. Plano de publicidade e conscientização de motoristas para a nova regra dos extintores ABC
pelo Contran, desde 2004.
vi. Cópia de levantamento efetuado pelo Contran sobre o número total de extintores ABC ven-
didos, mês a mês, de 2004 até o presente.
vii. Cópia de levantamento efetuado pelo Contran da estimativa total de extintores ABC em
estoque no mercado atualmente.
924 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

viii.Se o Contran possui estudo em que considera ressarcir os donos de veículos que adquiri-
ram o novo extintor ABC, ainda que o antigo estivesse dentro do prazo de validade, apenas
para se adequar à norma, agora revogada.
ix. Lista de todas as resoluções do Contran, dos últimos doze anos, em que o prazo de vigência
foi prorrogado, acompanhadas de seus assuntos.
As respostas às questões acima poderão ser enviadas em formato digital.
Justificação
Pela Resolução 157, de 2004, o Contran estabeleceu que todos os veículos que circulassem com extin-
tores fabricados a partir de 1º de janeiro de 2005 deveriam ser do tipo ABC, utilizado no combate às três clas-
ses de fogo (em materiais sólidos, em líquidos inflamáveis e o que se inicia em equipamentos elétricos ener-
gizados). No entanto, por força de decisão judicial proferida liminarmente nos autos da Ação Civil Pública nº
2005.51.01.001909-8, da 27 Vara Federal (RJ), os efeitos da referida resolução foram suspensos. Com isso, a
obrigatoriedade do uso do extintor nos veículos manteve-se para os do tipo BC apenas.
Em 2007, nova Resolução foi publicada pelo Contran (223/2007), retomando a obrigatoriedade do uso
do extintor ABC pelos veículos a partir da publicação da nova norma. Em 2009, nova resolução retomou o
mesmo assunto (333/2009), com base na “necessidade de garantir os direitos dos consumidores que adquiri-
ram extintores de incêndio com carga de pó BC no período em que a Resolução nº 157, de 22 de abril de 2004,
esteve com seus efeitos suspensos”, prevendo a obrigatoriedade de os veículos circularem com extintores de
incêndio com carga de pó ABC apenas a partir de 1º de janeiro de 2015.
Passados seis anos da Resolução 333, de 2009, o Contran decidiu publicar, em 29 de janeiro de 2015, ou
seja, em plena vigência da norma que obrigava todos os veículos a trafegar com o novo extintor ABC, nova
Resolução (516/2015) prorrogando o prazo para o início da nova exigência para 1º de abril do mesmo ano. Na
mesma toada, em 25 de março, poucos dias antes do novo prazo, o Contran informou, por meio da Resolução
521/2015, que somente a partir de 1º de julho de 2015 é que a exigência passaria a valer. Isso não ocorreu, por-
que, pela Resolução 536, de 17 de junho de 2015, novamente poucos dias antes do prazo estabelecido para o
início da obrigatoriedade, o Contran determinou nova data para que os donos de veículos ainda não adequa-
dos à norma providenciassem a compra do extintor ABC. O prazo agora inscrito seria a partir de 1º de outubro
de 2015. Quando entrasse em vigor, a fiscalização iria multar o dono do veículo que estivesse sem o extintor
ABC com multa de R$ 127,69, além de 5 pontos na carteira de habilitação.
Para a surpresa de consumidores, produtores, fornecedores, autoridades de trânsito e de todos, em 18
de setembro o Contran publicou a Resolução 556/2015, que tornou facultativo o uso do extintor, e o mais
importante, de qualquer tipo de extintor, seja ele BC, seja ele ABC. Apenas caminhões, caminhões-tratores,
micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos e veículos
utilizados no transporte coletivo de passageiros ficarão obrigados a circular com extintor, do tipo ABC, a partir
de 1º de outubro deste ano.
Apesar das sucessivas alterações na legislação, especialmente quanto à data de sua vigência, e da con-
sequente pouca credibilidade que a nova norma continha, houve uma verdadeira corrida de motoristas-con-
sumidores no sentido de adquirir o novo equipamento estabelecido pelo Contran. O efeito imediato foi a fal-
ta do produto no mercado, gerando aumento nos preços para o consumidor e a expectativa de fabricantes e
comerciantes em aumentar os estoques para fazer frente à crescente demanda. Independente das discussões
técnicas sobre a importância do uso ou não do extintor em veículos, e qual o tipo mais adequado, pela Reso-
lução do Contran mais atual, o extintor não é mais obrigatório para a maior parte dos veículos automotores
em circulação. O prejuízo, como não poderia deixar de ser, foi imediato: para os motoristas, que chegaram a
desembolsar até mais de R$ 120 por cada extintor com o único objetivo de se adequar à nova regra que não
veio; para fabricantes e comerciantes, por um investimento extra em material, mão de obra e estoque de um
mercado que não existe mais na dimensão prevista. Enfim, um prejuízo financeiro nada desprezível, notada-
mente se considerarmos o momento de crise econômica por que o País passa.
Além disso, e não menos importante, todo o desenvolvimento do processo de discussão e formulação
da nova normativa em torno do uso do extintor em veículos revela o grau de desrespeito e ausência de plane-
jamento e previsibilidade por parte do Contran. Esta não é a única vez que a prática do adiamento sistemático
é feita pelo Contran. Há nove anos vem sendo tentado colocar em prática o Sistema Nacional de Identificação
Automática de Veículos (Siniav), projeto que prevê a aplicação de chips em todos os veículos do País. Lançado
em 2006, o Siniav, que tem como objetivo melhorar o tráfego, a segurança e a fiscalização, foi adiado em 2011 e
em 2012. O custo estimado de cada chip, a ser desembolsado pelos motoristas, deverá ser de R$ 100 (cem Reais).
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 925

O procedimento do Contran, ao que tudo indica, é o mesmo: toma uma decisão, estabelece um prazo
e pronto. Sem consulta a ninguém, sem deliberações com interessados, especialistas, a população em geral.
Enfim, salvo melhor juízo, não há discussões abrangentes e aprofundadas, envolvendo Detrans, associações
técnicas, o meio científico, avaliação das possíveis consequências, capacidade econômica dos motoristas, si-
tuação do mercado, etc.
Ao Congresso Nacional cumpre melhor conhecer o procedimento consultivo e de elaboração das nor-
mas do Contran, com o intuito de avançar no respeito ao cidadão, ao mesmo tempo que garante o estabeleci-
mento de medidas efetivamente necessárias à segurança veicular. É, pois, nesse sentido que encaminhamos o
presente Requerimento de Informações, solicitando para isso o seu deferimento pela Mesa desta Casa.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Rubens Bueno, PPS/PR
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.158, DE 2015
(Do Sr. Rubens Bueno)

Requer informações ao Ministério das Cidades sobre execução de obras do PAC 2 na cidade
de Vitória/ES.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Excelentíssimo Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, com base no § 2º do art. 50 da Constituição Federal, combinado com o art.
115, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, que, ouvida a Mesa, seja encaminhada
ao Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, solicitação de informação acerca da execução das obras do Programa
de Aceleração do Crescimento 2ª Etapa – PAC 2, relativas ao Contrato de Repasse nº 0424.436-24, firmado entre
o município de Vitória/ES, o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, indicando os seguintes itens:
Quanto o Ministério já transferiu ao município por meio do Contrato de Repasse nº 0424.436-24;
Quais as razões de o Ministério interromper as transferências do Contrato de Repasse nº 0424.436-24
para o município de Vitória;
Baseado em que legislação o Ministério interrompeu tais repasses.
Justificação
Conforme informações da Prefeitura de Vitória/ES, o plano de contenção de despesas anunciado no co-
meço da semana passada pelo governo Dilma resultou no cancelamento de obras de pavimentação de ruas,
drenagem, ampliação da rede de esgoto, construção de praças, um mirante e quadra poliesportiva na região
de Gurigica e Consolação. No total, foram R$ 25 milhões cancelados. Trata-se do pacote de obras de infraestru-
tura na região de Gurigica e Consolação – com escadarias, muros, habitação, esgoto – que foi todo autorizado,
inclusive tendo acontecido a primeira medição.
Há um contrato assinado entre as partes, portanto, trata-se de direito líquido e certo. O não cumprimento
do Contrato de Repasse nº 0424.436-24 configura-se uma quebra de contrato unilateral. Ainda assim, o gover-
no, com um simples telefonema cancelou esse repasse de R$ 25 milhões.
A União autorizou a licitação, a contratação e o início das obras, o Ministério das Cidades e a Caixa, inclusi-
ve, autorizaram a primeira medição que foi efetuada, não pode agora se eximir das responsabilidades que tem.
Diante da gravíssima situação acima exposta, solicito o encaminhamento do presente requerimento.
Sala das Sessões, 22 de setembro de 2015. – Deputado Rubens Bueno, PPS/PR
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
926 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.159, DE 2015


(Da Srª. Professora Dorinha Seabra Rezende)

Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Bar-


bosa, que preste esclarecimentos sobre as medidas de ajuste à proposta orçamentária para o
exercício de 2016, anunciadas no dia 14/09/2015.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal, e no art. 115, inciso I do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados (RICD), solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor Mi-
nistro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, pedido de esclarecimentos sobre as medidas de
ajuste à proposta orçamentária para o exercício de 2016 anunciadas em coletiva à imprensa no dia 14/09/2015,
mais especificamente sobre os seguintes aspectos:
1. O anúncio feito detalhou que R$ 200 milhões seriam decorrentes de redução de ministérios e cargos
de confiança. Qual o universo de Ministérios e Cargos envolvidos? Qual a metodologia, premissas e cálculos
feitos para se chegar ao valor? Há empresas estatais envolvidas?
2. Dos R$ 1,6 bilhões previstos com renegociação de contratos, as renegociações já foram feitas? Quan-
tos contratos serão renegociados e qual o percentual médio de redução dos valores? Os referidos contratos
referem-se a que tipo de serviço prestado ao Governo?
3. O Ministério trabalha com qual valor de mínimo constitucional a ser aplicado em ações e serviços pú-
blicos de saúde? As emendas parlamentares de iniciativa individual alcançadas pela EC nº 86/2015 destinadas
à saúde integrarão esse mínimo?
4. O governo proporá que seja compulsória a destinação para ações do PAC das emendas parlamentares
não vinculadas à saúde?
5. No exercício de 2016, quanto o governo planeja pagar ao BNDES de equalização de taxa de juros referente
ao Programa de Sustentação do Investimento – PSI? Desse valor, quanto se refere a períodos de apuração ante-
riores a 2016? Se houver, qual o saldo de períodos de apuração anteriores a 2016 que não serão pagos em 2016?
6. O mesmo requerido no item anterior referente às subvenções agrícolas pagas ao Banco do Brasil S.A.
7. A estimativa de redução de R$ 1,2 bilhão com base no fim do abono de permanência teve quais parâ-
metros, premissas e metodologia de cálculo? O governo pretende repor os postos de trabalho deixados vagos
pela aposentadoria dos que hoje se beneficiam do abono? Se sim, qual o número estimado de cargos que fi-
carão vagos até o final de 2016?
8. Há estudo no sentido de antecipar o reajuste dos servidores para abril/2016 frente ao mês de agos-
to/2016 anunciado dia 14/09/2015? Essa suposta antecipação representaria quanto a mais de gasto na folha
de pagamento frente à meta de redução de R$ 7 bilhões anunciada?
Justificação

No dia 31 de agosto de 2015 a Excelentíssima Presidente da República, cumprindo mandamento Cons-


titucional, encaminhou ao Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2016. Diante do anúncio de dé-
ficit primário de R$ 30,5 bilhões na proposta encaminhada, o Congresso Nacional, em especial a Oposição, se
mobilizou no sentido de obter maiores informações e solicitar ao Poder Executivo que encaminhasse ao Con-
gresso medidas de redução de gastos que sanassem o déficit anunciado.
Dia 09 de setembro do mesmo ano, a agência de classificação de risco, Standard & Poor’s (S&P) rebaixou
a nota do Brasil, retirando o grau de investimento conseguido em 2008.
Diante da repercussão negativa do rebaixamento e com receio que outras agências de classificação seguis-
sem o mesmo caminho da S&P, os Ministros da Fazenda e do Planejamento, em coletiva à imprensa dia 14 de se-
tembro, anunciam uma série de medidas, incluindo criação de novos tributos, no sentido de recompor o déficit e
apresentar um superávit de 0,7% do PIB para o Setor Público Consolidado e 0,55% do PIB para o Governo Central.
A falta de detalhamento das medidas e a série de dúvidas que permanecem sobre o sucesso das mes-
mas, nos leva a requerer as informações solicitadas.
Diante do acima exposto, por envolver assunto de maior relevância, julgamos fundamental que o Minis-
tério do Planejamento, Orçamento e Gestão ofereça resposta aos questionamentos ora formulados.
Sala das Sessões, de de 2015. – Prof. Dorinha Seabra Rezende, Deputada Federal DEM/TO – Pauderney
Avelino, Deputado Federal DEM/AM
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 927

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.160, DE 2015


(Da Srª. Professora Dorinha Seabra Rezende)

Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que preste esclareci-
mentos sobre as medidas de ajuste à proposta orçamentária para o exercício de 2016, anun-
ciadas no dia 14/09/2015.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.

Senhor Presidente,
Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal, e no art. 115, inciso I do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados (RICD), solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pedido de esclarecimentos sobre as medidas de ajuste à proposta orça-
mentária para o exercício de 2016 anunciadas em coletiva à imprensa no dia 14/09/2015, mais especificamente
sobre os seguintes aspectos:
1. Quais parâmetros macroeconômicos foram utilizados para a revisão da receita para baixo em R$ 5,5 bi?
2. Qual metodologia, parâmetros, premissas e cálculos utilizados para a estimativa de receitas de R$ 32
bilhões com a implantação da CPMF a alíquota de 0,20%? Foram levadas em consideração as mais de 29 mi-
lhões de contas bancárias abertas desde 2007 e maior utilização do sistema bancário? Qual o valor estimado
de redução do IOF? O governo trabalha com o início da cobrança da CPMF em que mês e ano?
3. A proposta de prorrogação da chamada DRU (Desvinculação das Receitas da União) na forma proposta
pela PEC nº 87/2015 alcançará as receitas da nova CPMF?
4. Qual metodologia, parâmetros, premissas e cálculos utilizados para a estimativa de receitas de R$
1,1 bilhão com anunciada limitação da distribuição de lucros na forma de juros sobre o capital próprio (JCP)?
5. Qual metodologia, parâmetros, premissas e cálculos para a estimativa de receitas de R$ 6 bilhões com
a realocação de 30% da arrecadação do Sistema “S”? Segundo o TCU, essas instituições arrecadam R$ 31 bilhões
ao ano, sendo que os 30% representariam R$ 9 bilhões. Qual a justificativa para a discrepância?

Justificação

No dia 31 de agosto de 2015 a Excelentíssima Presidente da República, cumprindo mandamento Cons-


titucional, encaminhou ao Congresso Nacional a proposta orçamentária para 2016. Diante do anúncio de dé-
ficit primário de R$ 30,5 bilhões na proposta encaminhada, o Congresso Nacional, em especial a Oposição, se
mobilizou no sentido de obter maiores informações e solicitar ao Poder Executivo que encaminhasse ao Con-
gresso medidas de redução de gastos que sanassem o déficit anunciado.
Dia 09 de setembro do mesmo ano, a agência de classificação de risco, Standard & Poor’s (S&P) rebaixou
a nota do Brasil, retirando o grau de investimento conseguido em 2008.
Diante da repercussão negativa do rebaixamento e com receio que outras agências de classificação se-
guissem o mesmo caminho da S&P, os Ministros da Fazenda e do Planejamento, em coletiva à imprensa dia 14
de setembro, anunciam uma série de medidas, incluindo criação de novos tributos, no sentido de recompor o
déficit e apresentar um superávit de 0,7% do PIB para o Setor Público Consolidado e 0,55% do PIB para o Go-
verno Central.
A falta de detalhamento das medidas e a série de dúvidas que permanecem sobre o sucesso das mes-
mas, nos leva a requerer as informações solicitadas.
Diante do acima exposto, por envolver assunto de maior relevância, julgamos fundamental que o Minis-
tério da Fazenda ofereça resposta aos questionamentos ora formulados.
Sala das Sessões, de de 2015. – Prof. Dorinha Seabra Rezende, Deputada Federal DEM/TO – Pau-
derney Avelino, Deputado Federal DEM/AM
928 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.161, DE 2015
(Do Sr. Jorge Tadeu Mudalen)

Solicita informações ao Excelentíssimo Ministro de Estado das Comunicações, Sr. Ricardo Berzoini, sobre
o carregamento de canais de programação de distribuição obrigatório por parte das operadoras de serviço de
acesso condicionado.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Sr. Presidente,
Com fundamento no art. 50 do § 2º da Constituição Federal de 1988 e no inciso I do artigo 115 do Re-
gimento Interno da Câmara dos Deputados, solicito a Vossa Excelência seja encaminhado ao Excelentíssimo
Ministro de Estado das Comunicações, Sr. Ricardo Berzoini, o seguinte requerimento de informação, sobre o
carregamento de canais de programação de distribuição obrigatório por parte das operadoras de serviço de
acesso condicionado, especialmente quanto aos seguintes aspectos:
1. O art. 32 da Lei 12.485, de 2011 determina: “a prestadora do serviço de acesso condicionado, em sua
área de prestação, independentemente de tecnologia de distribuição empregada, deverá tornar disponíveis,
sem quaisquer ônus ou custos adicionais para seus assinantes, em todos os pacotes ofertados, canais de pro-
gramação de distribuição obrigatória”. Diante dessa informação pergunta-se:
a. Quais os canais devem ser obrigatoriamente carregados pelas prestadoras de acesso condicio-
nado (must carry)?
b. Todos os canais obrigatórios estão sendo carregados, efetivamente, por todas as operadoras de
TV por assinatura? Se negativo, quais as razões dessa recusa?
c. Solicita-se que os questionamentos anteriores sejam respondidos com ênfase nos serviços pres-
tados pela SKY Brasil Serviços LTDA.
2. Outra determinação existente no bojo da Lei 12.485/11 diz respeito ao teor do § 6º do art. 32 do
referido diploma legal: “Os canais de que trata este artigo deverão ser ofertados em bloco e em ordem
numérica virtual sequencial, sendo vedado intercalá-los com outros canais de programações, respeitada
a ordem de alocação dos canais no serviço de radiodifusão de sons e imagens, inclusive em tecnologia
digital, de cada localidade. No tocante ao carregamento em bloco dos canais obrigatórios, de forma se-
quencial, pergunta-se:
a. Todas as empresas prestadoras de serviço de acesso condicionado estão carregando os canais de
Programação de Distribuição Obrigatória, em todos os pacotes comercializados em bloco e em or-
dem numérica sequencial? Se negativo, quais as razões desse descumprimento?
b. No caso, específico da SKY Brasil Serviços LTDA, essa determinação normativa está sendo cumpri-
da? Se negativo, quais as razões desse descumprimento e quais as medidas adotadas por esta Pasta?
3. No que concerne à fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) sobre o tema,
pergunta-se:
a. Qual a metodologia utilizada por esta agência reguladora para fiscalizar o carregamento de canais
obrigatórios pelas prestadoras de serviço, incluindo a fiscalização dos canais obrigatórios em bloco?
b. Quais as prestadoras de serviços de TV por assinatura que já foram multadas por descumprir às
normas indicadas nesse requerimento?
c. Caso a resposta do item anterior seja afirmativa, solicita-se resumo dos processos administrativos
que já tramitaram e que tramitam sobre o tema.
Quaisquer documentos que sejam remetidos com a chancela de “sigilosos” terão exibição restrita apenas
a este requerente, aplicando-se o disposto no art. 98, § 5º, do RICD.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 929

Justificação
A Lei nº 12.485, de 2011 (Lei do Serviço de Acesso Condicionado – Lei do SeAC), dispõe sobre a comuni-
cação audiovisual de acesso condicionado. Há previsão, nesta legislação, de determinadas exigências às opera-
doras de serviço de TV por assinatura, incluindo-se, nesse contexto, a imposição de oferta, sem ônus, aos seus
assinantes, de canais de programação de distribuição obrigatória.
Outra determinação do referido diploma legal é o dever de carregamento dos canais obrigatórios em blo-
co, de forma numérica virtual sequencial, sendo, vedado portanto, intercalá-los com canais de programações.
Entretanto, essas obrigações não estão sendo cumpridas por determinadas prestadoras de serviço de
acesso condicionado, o que, segundo a norma vigente, pode acarretar suspensão da comercialização de assi-
naturas e também, aplicação de multas diárias.
Destarte, considerando os deveres legais do Ministério das Comunicações, bem como as funções regu-
latórias da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que devem ser convergentes com o interesse da
sociedade, enviamos os presentes questionamentos àquele órgão ministerial.
Diante do exposto, encaminho o presente requerimento de informação aguardando os devidos esclare-
cimentos dos fatos, vez que o Congresso Nacional, segundo o art. 49, inciso X da Constituição Federal é o órgão
responsável por “fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta”.
Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Jorge Tadeu Mudalen, Democratas/SP

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.162, DE 2015


(Do Sr. Elizeu Dionizio)

Requer informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento Agrário, acerca


dos recursos repassados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, destinados ao Es-
tado de Mato Grosso do Sul, no ano de 2015.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente;
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e
116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações
ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento Agrário, acerca dos recursos repassados pelo Programa
Nacional de Alimentação Escolar, destinados ao Estado de Mato Grosso do Sul, no ano de 2015.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Dep. Elizeu Dionizio, SD/MS

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.163, DE 2015


(Do Sr. Elizeu Dionizio)

Requer informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Transporte, acerca dos investimen-


tos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Ferrovia , destinados ao Estado de Mato
Grosso do Sul, no ano de 2015.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
930 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Senhor Presidente;
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos arts. 115
e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informa-
ções ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Transporte, acerca dos investimentos do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) – Ferrovia , destinados ao Estado de Mato Grosso do Sul, no ano de 2015.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Dep. Elizeu Dionizio, SD/MS
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.164, DE 2015
(Do Sr. Elizeu Dionizio)

Requer informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presi-


dência da República, acerca dos investimentos do Fundo Nacional de Aviação Civil destinados
ao Estado de Mato Grosso do Sul.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente;
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos arts. 115
e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informa-
ções ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, acerca dos
investimentos do Fundo Nacional de Aviação Civil destinados ao Estado de Mato Grosso do Sul.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Deputado Elizeu Dionizio, SD/MS
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.165, DE 2015
(Do Sr. Elizeu Dionizio)

Requer informações a Excelentíssima Senhora Ministra da Secretaria de Políticas para as Mu-


lheres da Presidência da República, acerca dos Programas e Ações de Promoção da Autonomia
e Enfrentamento à Violência, ofertados ao Estado de Mato Grosso do Sul.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente;
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos arts. 115
e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informa-
ções a Excelentíssima Senhora Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República,
acerca dos Programas e Ações de Promoção da Autonomia e Enfrentamento à Violência, ofertados ao Estado
de Mato Grosso do Sul.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Deputado Elizeu Dionizio, SD/MS
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 931

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.166, DE 2015


(Do Sr. Elizeu Dionizio)

Requer informações ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento Social e Combate


à Fome, acerca dos investimentos do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais
destinados ao Estado de Mato Grosso do Sul, no ano de 2015.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente;
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 50, § 2º da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e
116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados – RICD, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao
Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, acerca dos investimentos do Pro-
grama de Fomento às Atividades Produtivas Rurais destinados ao Estado de Mato Grosso do Sul, no ano de 2015.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Deputado Elizeu Dionizio, SD/MS
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.167, DE 2015
(Do Sr. Marco Tebaldi)

Requer informações ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência


da República sobre a suspensão do projeto de investimentos no Aeroporto Diomício Freitas,
no município de Forquilhinha – SC.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Requeiro, com base no artigo 50, § 2º da Constituição Federal, e na forma dos artigos 115 e 116 do Regi-
mento Interno da Câmara dos Deputados, para que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Ministro
de Estado Chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, sobre a suspensão do projeto de
investimentos no Aeroporto Diomício Freitas, no município de Forquilhinha – SC.
1. Quais seriam os motivos que ocasionaram a suspensão do projeto de investimentos no Aeroporto
Diomício Freitas, anunciado em 2012 e que já estava com diagnóstico concluído, faltando apenas o projeto?
Justificação
Recentemente, recebi uma correspondência da parte do prefeito de Forquilhinha – SC, Vanderlei Ale-
xandre, solicitando uma possível intermediação junto ao Poder Executivo para receber esclarecimentos sobre
a suspensão do projeto de investimentos no Aeroporto Diomício Freitas, notificada pela Secretaria da Aviação
Civil através do ofício 113/DPROFAA/SEAP/SAC-PR.
Sendo assim, gostaria de elencar alguns pontos cruciais para a compreensão da importância deste ae-
roporto para a região:
1 – O aeroporto Diomício Freitas possui atualmente 4 voos diários, sendo duas partidas e duas che-
gadas, que mantiveram no período de 01/01/2015 a 01/07/2015 um fluxo total de 46.810 passa-
geiros, tendo um crescimento de 5,79% em relação ao mesmo período de 2014 onde foram 44.224
passageiros, mesmo com início das operações do Aeroporto de Jaguaruna e em período de inverno;
2 – 12 executivos utilizam a estrutura do aeroporto Diomício Freitas para voos particulares;
3 – A operação do aeroporto é fundamental para a estratégica região de Criciúma;
4 – A prefeitura de Forquilhinha investiu 200 mil reais na modernização do projeto preventivo de
bombeiros e na parte elétrica do aeroporto;
5 – No aeroporto foi construído um novo posto de abastecimento das aeronaves para maior segurança;
6 – A Infraero disponibilizou caminhões dos Bombeiros novos e mais modernos para o aeroporto;
932 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Diante do exposto, sob a ilustração da importância do Aeroporto Diomício Freitas para os rumos do de-
senvolvimento da região onde foi estabelecido, acredito que contarei com a atenção da Secretaria de Aviação
Civil da Presidência da República, na certeza de uma resposta urgente e transparente.
Marco Antonio Tebaldi, Deputado Federal – PSDB/SC
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.168, DE 2015
(Do Sr. Mendonça Filho)

Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, que preste es-
clarecimentos sobre programas de governo acompanhados e gerenciados por referida pasta.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal, e no art. 115, inciso I do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados (RICD), solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor
Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, pedido de esclarecimentos sobre programas de governo acom-
panhados e gerenciados por referida pasta, especialmente no tocante aos seguintes aspectos:
1. Quantos são os beneficiários ou usuários dos programas Universidade para Todos – Prouni, Fundo de
Financiamento Estudantil – Fies e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec?
2. Com relação ao questionamento anterior, pede-se que a informação seja fornecida a partir de ja-
neiro de 2013, mês a mês, por programa e por Estado da Federação. Ainda, solicita-se que, em caso
de benefícios temporariamente bloqueados ou suspensos, os mesmos sejam discriminados, anota-
do o respectivo motivo para bloqueio ou suspensão.
Justificação
Em Nota de Esclarecimento de 17 de setembro de 2015, o Ministério do Desenvolvimento Social e Com-
bate à Fome afirmou que importante veículo da imprensa brasileira desinformou seus leitores ao passar dados
imprecisos sobre a evolução no número de beneficiários do Programa Bolsa Família.
Na mesma nota, o Ministério alega que determinada revista semanal teria utilizado dados de benefícios
liberados, quando deveria ter considerado, além desses, benefícios concedidos e temporariamente bloquea-
dos e suspensos. Ainda, teria o MDS informado à revista que novo portal com dados do Programa Bolsa Família
acabara de entrar no ar, após meses de transição da plataforma.
Diante desses pormenores, que, convenhamos, nem todos são obrigados a conhecer, julgamos funda-
mental obter dados oficiais dos principais programas governamentais, inclusive os que são objeto deste re-
querimento e que estão sob a alçada do Ministério da Educação. Dada a importância desses programas e o
papel fiscalizador do Parlamento, é fundamental que tenhamos sempre à mão dados irrefutáveis e atualizados.
Sala das Sessões, de de 2015. – Mendonça Filho, Deputado Federal
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.169, DE 2015
(Do Sr. Mendonça Filho)

Solicita ao Excelentíssimo Senhor Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que preste esclare-
cimentos sobre programa de governo acompanhado e gerenciado por referida pasta.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 933

Senhor Presidente,
Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal, e no art. 115, inciso I do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados (RICD), solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado ao Excelentíssimo Senhor
Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, pedido de esclarecimentos sobre programa de governo acompanhado
e gerenciado por referida pasta, especialmente no tocante aos seguintes aspectos:
3. Quantos são os beneficiários ou participantes do Programa Minha Casa Minha Vida?
4. Com relação ao questionamento anterior, pede-se que a informação seja fornecida a partir de ja-
neiro de 2013, mês a mês, por faixa do programa e por Estado da Federação. Ainda, solicita-se que,
em caso de benefício ou participação temporariamente bloqueada ou suspensa, a mesma seja dis-
criminada, anotado o respectivo motivo para bloqueio ou suspensão.
Justificação
Em Nota de Esclarecimento de 17 de setembro de 2015, o Ministério do Desenvolvimento Social e Com-
bate à Fome afirmou que importante veículo da imprensa brasileira desinformou seus leitores ao passar dados
imprecisos sobre a evolução no número de beneficiários do Programa Bolsa Família.
Na mesma nota, o Ministério alega que determinada revista semanal teria utilizado dados de benefícios
liberados, quando deveria ter considerado, além desses, os benefícios concedidos e temporariamente blo-
queados e suspensos. Ainda, teria o MDS informado à revista que novo portal com dados do Programa Bolsa
Família acabara de entrar no ar, após meses de transição da plataforma.
Diante desses pormenores, que, convenhamos, nem todos são obrigados a conhecer, julgamos funda-
mental obter dados oficiais dos principais programas governamentais, inclusive aquele que é objeto deste
requerimento e que está sob a alçada do Ministério das Cidades. Dada a importância desses programas e o
papel fiscalizador do Parlamento, é fundamental que tenhamos sempre à mão dados irrefutáveis e atualizados.
Sala das Sessões, de de 2015. – Mendonça Filho, Deputado Federal
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.170, DE 2015
(Do Sr. Mendonça Filho)

Solicita à Excelentíssima Senhora Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,


Tereza Campello, que preste esclarecimentos sobre programa de governo acompanhado e
gerenciado por referida pasta.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Com fundamento no art. 50, § 2º da Constituição Federal, e no art. 115, inciso I do Regimento Interno da
Câmara dos Deputados (RICD), solicito a Vossa Excelência que seja encaminhado à Excelentíssima Senhora Minis-
tra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, pedido de esclarecimentos sobre programa
de governo acompanhado e gerenciado por referida pasta , especialmente no tocante aos seguintes aspectos:
5. Quantos são os beneficiários ou usuários do Programa Bolsa Família?
6. Com relação ao questionamento anterior, pede-se que a informação seja fornecida a partir de
janeiro de 2013, mês a mês, por famílias e indivíduos e por Estado da Federação. Ainda, solicita-se
que, em caso de benefício temporariamente bloqueado ou suspenso, o mesmo seja discriminado,
anotado o respectivo motivo para bloqueio ou suspensão.
Justificação
Em Nota de Esclarecimento de 17 de setembro de 2015, o Ministério do Desenvolvimento Social e Com-
bate à Fome afirmou que importante veículo da imprensa brasileira desinformou seus leitores ao passar dados
imprecisos sobre a evolução no número de beneficiários do Programa Bolsa Família.
934 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Na mesma nota, o Ministério alega que determinada revista semanal teria utilizado dados de benefícios
liberados, quando deveria ter considerado, além desses, os benefícios concedidos e temporariamente blo-
queados e suspensos. Ainda, teria o MDS informado à revista que novo portal com dados do Programa Bolsa
Família acabara de entrar no ar, após meses de transição da plataforma.
Diante desses pormenores, que, convenhamos, nem todos são obrigados a conhecer, julgamos funda-
mental obter dados oficiais dos principais programas governamentais, inclusive aquele que é objeto deste
requerimento e que está sob a alçada do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Dada a
importância desses programas e o papel fiscalizador do Parlamento, é fundamental que tenhamos sempre à
mão dados irrefutáveis e atualizados.
Sala das Sessões, de de 2015. – Mendonça Filho, Deputado Federal
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.171, DE 2015
(Do Sr. Otavio Leite)

Requer informações ao Senhor Ministro da Defesa relativas à estimativa de impacto orçamen-


tário e financeiro do Projeto de Lei nº 8.254, de 2014, que “Concede pensão especial aos ex-
-integrantes do “Batalhão Suez”.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente:
Requeiro a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50, § 2º, da Constituição Federal, e nos arts. 115,
inciso I, e 116 do Regimento Interno desta Casa, que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações ao Senhor
Ministro da Defesa no sentido da estimativa de impacto orçamentário e financeiro, para cada exercício de 2015
a 2018, nos termos do Projeto de Lei nº 8.254, de 2014, em tramitação nesta Casa do Congresso Nacional.
Justificação
Na condição de Relator do Projeto de Lei nº 8.254, de 2014, de autoria do senado Federal, conforme
designado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, apresento o presente requeri-
mento no intuito de melhor subsidiar a análise técnica da matéria que comporá o Parecer da ser submetido à
apreciação da referida Comissão.
O presente requerimento refere-se a estimativas de impactos financeiro-orçamentário decorrentes da
concessão de pensão especial vitalícia, no valor de 2 (dois) salários-mínimos mensais, aos ex-integrantes da
tropa brasileira conhecida como “Batalhão Suez”, que tomaram parte na Força Internacional de Emergência
instituída em consequência da Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 7 de novembro de 1956,
nos termos do Projeto de Lei nº 8.254, de 2014.
O presente requerimento de informação decorre da observância ao estabelecido no art. 17 da Lei de Res-
ponsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) combinado ao estabelecido no art. 94 da Lei de Diretrizes
Orçamentárias para 2014 (Lei nº 12.919/2013), que determinam que “As proposições legislativas e respectivas
emendas, conforme art. 59 da Constituição Federal, que, direta ou indiretamente, importem ou autorizem dimi-
nuição de receita ou aumento de despesa da União, deverão estar acompanhadas de estimativas desses efeitos
no exercício em que entrarem em vigor e nos dois subsequentes, detalhando a memória de cálculo respectiva
e correspondente compensação, para efeito de adequação orçamentária e financeira e compatibilidade com
as disposições constitucionais e legais que regem a matéria”.
Sala das Sessões, de de 2015. – Otavio Leite, Deputado Federal PSDB-RJ
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 935

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.172, DE 2015


(Da Comissão Externa destinada a fazer levantamento in loco bem como acompanhar e fiscalizar os
fatos relativos ao cancelamento da construção das refinarias Premium I e Premium II,
respectivamente nos estados do Maranhão e do Ceará.)

Requer ao Ministro de Estado de Minas e Energia, Sr. Eduardo Braga, por intermédio da Pe-
trobras, informações sobre as refinarias Premium I, Premium II, Abreu e Lima, situadas nos
Estados do Maranhão, Ceará e Pernambuco.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente
Com fundamento no § 2º do art. 50, da Constituição Federal e nos arts. 115, inciso I, e 116, do Regimento
Interno desta Casa, solicito a Vossa Excelência sejam requeridas ao Ministro de Estado das Minas e Energia, Sr.
Eduardo Braga, por intermédio da Petrobras, as seguintes informações:
i) A decisão de cancelar, ou “descontinuar”, a construção das refinarias Premium I (MA) e Premium II
(CE) foram submetidas ao Conselho de Administração da Petrobras? Caso afirmativo, informar em
que reunião foi deliberada tal decisão, encaminhando cópia na íntegra da respectiva Ata;
ii) Considerando que no terceiro trimestre de 2014, a empresa comunicou ser de R$ 2, 707 bilhões ,
o montante investido até o momento nas refinarias Premium I e Premium II, informar se sobre esse
montante investido, ou qualquer outro, há recursos despendidos pelos governos dos Estados do
Maranhão e Ceará e os valores alocados por cada um dos estados;
iii) Informar quais os elementos de despesa – e seus respectivos valores – formam a “baixa contábil”
referente aos dois empreendimentos;
iv) Como a empresa justifica o superfaturamento de R$ 84,9 milhões nas obras de terraplenagem
na refinaria Premium I, bem como a ausência de projeto básico no início das obras apontados em
relatório do Tribunal de Contas da União?
v) Assim como na refinaria de Pasadena, Texas, EUA, onde a então Presidente do Conselho de Ad-
ministração, Dilma Roussef, atribuiu o equívoco da aquisição a um “relatório” falho elaborado pela
Diretoria, informar se sob os enfoques comercial, técnico e contábil a decisão de construir a refina-
ria foi acertada;
vi) No caso de a resposta do item anterior ser assertiva, informar quais os reais motivos para a des-
continuidade dos dois projetos e se há iniciativa no âmbito da empresa para obter o ressarcimento
das perdas decorrentes da iniciativa fracassada, por parte de seus responsáveis legais;
vii) Com relação à refinaria Abreu e Lima, quais os motivos pelos quais a Petrobrás paralisou as obras
da segunda etapa, considerando já estar concluída, 91% do investimento?
Justificação
Lançadas com 2009 e 2010, respectivamente, com várias visitas oficiais, olho nas urnas e muita propa-
ganda eleitoreira pelo ex-Presidente Lula e então Ministra da Casa Civil Dilma Roussef, ao custo total de R$ 51
bilhões, as duas refinarias tornaram se espelho do amadorismo, incompetência e da irresponsabilidade que ca-
racterizam a gestão petista no parque de retino do País, com o cancelamento da construção das duas refinarias.
Essas duas unidades, situadas em Bacabeira (MA) e Pecém (CE), tinham como data prevista para entra-
da em funcionamento, 2016 e 217, sendo que a Premium I, seria a maior refinaria do País, com capacidade de
refinar 600 mil barris/dia.
Ocorre que a irresponsabilidade daqueles que lançaram essas obras, irá gerar um prejuízo de R$ 2,111
bilhões na Refinaria Premium I e de R$ 596 milhões na Premium II, totalizando R$ 2,707 bilhões, sem que nin-
guém, até o presente momento tenha sido apontado como o responsável por mais esse desfalque nos cofres
da Petrobras.
Ao acenar à população dos dois estados com a criação de mais de 25.000 empregos na fase da constru-
ção das duas refinarias, esse contingente nunca superou a casa de 1.200 trabalhadores, levando indiretamente
à ruina, pequenos comerciantes que acreditando nas promessas do governo do PT, primeiro com Lula e pos-
teriormente com Dilma Roussef, se endividaram para construir hotéis, restaurantes, loteamentos residenciais,
lojas de materiais de construção, dentre outros empreendimentos de menor investimento e hoje, desespera-
dos, amargam prejuízos que trarão reflexos por toda a vida.
936 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Em adição, fica anulado, também, todo o trabalho de desapropriação de moradores, executado pela
Petrobras nas duas cidades, além do treinamento e qualificação de trabalhadores, trabalho iniciado pelos em-
preendedores locais com a consequente perda dos recursos financeiros utilizados.
Para coroar o “modus operandi” petista de administrar refinarias, o Tribunal de Contas da União – TCU,
apontou um superfaturamento de R$ 84,9 milhões, apenas na fase de terraplenagem da Refinaria Premium I,
além de erros técnicos que causaram mais prejuízos à Petrobras, além da inexistência de projeto básico quan-
do do início das obras.
Em 03 de abril de 2013, portanto 4 anos após seu lançamento a Refinaria Premium I ainda não tinha um
projeto completamente definido.
Desta forma, é imperativo que sejam apuradas as responsabilidades por essas iniciativas fracassadas, as
irregularidades apontadas pelo TCU e os prejuízos financeiros causados aos cofres da Petrobras, que somam
até o presente momento R$ 2,7 bilhões, valor esse certamente a ser acrescido de custos com cancelamentos de
contratos e compromissos; além do prejuízo social à população dos Municípios de Bacabeira e Pecém, e suas
zonas de influência geoeconômica, prejuízo esse inestimável e de difícil dimensionamento.
No que tange à Refinaria Abreu e Lima, há etapas em avançado estágio de conclusão – cerca de 90% –
onde não se justificaria qualquer tipo de paralisação das obras por iniciativa da Petrobras.
Como existem fatores que fogem ao controle da empresa, como movimentos grevistas dos operários,
ou recomendações do TCU para que a empresa se abstenha de pagar às empreiteiras o que se supõe superfa-
turado, é relevante que se conheça os reais motivos de paralisação das obras no estágio em que se encontra.
Desta forma, as informações acima requeridas serão essenciais à análise da presente questão, e possibili-
tarão a esse Parlamentar e à Casa, avaliarem se a decisão tomada pela Petrobras está alinhada com a história de
sucesso da empresa, arranhada recentemente com inúmeros fatos e decisões de natureza gerencial duvidosa
e que grandes prejuízos trouxeram à empresa, aos seus acionistas e ao povo brasileiro.
Sala das Sessões, 15 de julho de 2015. – Deputada Eliziane Gama, Coordenadora

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.173, DE 2015


(Do Sr. Ronaldo Carletto)

Solicita informações a Sra. Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome sobre a even-
tual realização de cortes de beneficiários no Programa Bolsa Família nos últimos dois anos, as
razões para exclusão e a relação das cidades atingidas em que houve redução do contingente
de beneficiários do programa
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente:
Requeiro a V. Exª, com base no art. 50, §2º, da Constituição Federal e na forma dos art. 115 e 116 do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados, sejam solicitadas informações a Sra. Ministra do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, no sentido de esclarecer esta Casa acerca da eventual realização de cortes de beneficiários
no Programa Bolsa Família, as razões para exclusão e a relação de cidades onde houve o redução do contin-
gente de beneficiários do programa.

Justificação
O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades,
que beneficia famílias em situação de pobreza e extrema pobreza e visa a assegurar o direito humano à ali-
mentação adequada, promover a segurança alimentar e nutricional e contribuir para a erradicação da extrema
pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome.
Segundo a revista VEJA, de 16 de setembro de 2015, o programa Bolsa Família, considerado um ver-
dadeiro patrimônio da população em situação de pobreza e extrema pobreza, está sendo afetado pela políti-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 937

ca de contenção de gastos promovida pelo governo, tendo sofrido uma redução de cerca de 800 mil famílias
beneficiárias.
A fim de conferir a veracidade da informação veiculada, solicitamos informações acerca de possíveis cor-
tes de beneficiários do Programa, as razões para ocorrência desses cortes e a relação de cidades onde houve
redução do número de beneficiários do programa. Nosso objetivo é valorizar o controle social do Bolsa Família,
ou seja, a participação do Parlamento e da sociedade civil nos processos de planejamento, acompanhamen-
to, monitoramento e avaliação das ações da gestão pública e na execução das políticas e programas públicos.
Sala das Sessões, de de 2015. – Deputado Ronaldo Carletto
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.174, DE 2015
(Do Sr. Antônio Jácome)

Requer Informação, de acordo com o regimento interno desta casa, ao Ministro de Estado da
Saúde, sobre os índices de suicídio no Brasil.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para solicitar in-
formações ao Ministro de Estado da Saúde, sobre os índices de suicídio no Brasil, comparativos com outros países,
quais as principais causas que acometem a doença, a faixa etária e as medidas adotadas de prevenção e tratamento.
Por ocasião do alerta através da campanha internacional “Setembro Amarelo”, submeto a apreciação da
mesa à aprovação do presente requerimento.
Brasília, 24 de setembro de 2015. – Antônio Jácome, Deputado Federal PMN/RN
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.175, DE 2015
(Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, Senhor Manoel


Dias, e pede esclarecimentos quanto ao relatório do Tribunal de Contas da União que indica
supostos pagamentos irregulares no Programa Bolsa Pesca.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115
e 116 do Regimento Interno desta Casa, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Ministro do Trabalho e
Emprego, Senhor Manoel Dias, requerimento solicitando informações e esclarecimentos quanto ao re-
latório apreciado pelo Tribunal de Contas da União, em 08.04.2015, relativo ao pagamento de parcelas
do seguro-defeso, entre janeiro de 2012 e junho de 2013.
Esclareço que as informações solicitadas decorrem da aprovação pelo plenário deste colegiado, em reu-
nião ordinária do dia 23/09/2015, do Requerimento nº 71/2015 (cópia anexa), de autoria dos deputados
Elizeu Dionizo, Bruno Araújo e Jorge Solla.
Sala das Comissões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Vicente Cândido, Presidente
938 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.176, DE 2015
(Da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita informações ao Senhor Ministro de Estado da Pesca e Aquicultura, Senhor Hélder Bar-
balho, e pede esclarecimentos quanto ao relatório do Tribunal de Contas da União que indica
supostas irregularidades na execução do Programa Bolsa Pesca.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente,
Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115
e 116 do Regimento Interno desta Casa, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Ministro da Pesca e Aqui-
cultura, Senhor Hélder Barbalho, requerimento solicitando informações e esclarecimentos quanto ao re-
latório apreciado pelo Tribunal de Contas da União, em 08.04.2015, relativo ao pagamento de parcelas
do seguro-defeso, entre os meses de janeiro de 2012 e junho de 2013.
Esclareço que as informações solicitadas decorrem da aprovação pelo plenário deste colegiado, em reu-
nião ordinária do dia 23/09/2015, do Requerimento nº 72/2015 (cópia anexa), de autoria dos deputados:
Bruno Araújo, Elizeu Dionizio e Jorge Solla.
Sala das Comissões, de setembro de 2015. – Deputado Vicente Cândido, Presidente
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 1.177, DE 2015
(Da Srª. Ana Perugini)
Solicita informações a Senhora Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres sobre as unidades
móveis (ônibus) entregues para o Estado de São Paulo ao Programa “Mulher, Viver sem Violência” para realizar
atendimentos especializados às Mulheres em situação de Violência no Campo e Floresta.
DESPACHO: Aprovação pelo Presidente, Dep. Eduardo Cunha, “ad referendum” da Mesa, do parecer
do senhor Deputado Waldir Maranhão, Primeiro Vice-Presidente, pelo encaminhamento.
Senhor Presidente:
Requeiro a Vossa Excelência, com fundamento no artigo 50, da Constituição Federal, e nos artigos 24,
inciso V e § 2º, 115, inciso I, e 116 do Regimento Interno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informações a
Excelentíssima Senhora Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres sobre as unidades móveis (ônibus)
entregues para o Estado de São Paulo ao Programa “Mulher, Viver sem Violência” para realizar atendimentos
especializados às Mulheres em situação de Violência no Campo e Floresta.
Sendo assim, que sejam esclarecidas as seguintes perguntas:
1) Consta no sítio1 da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres que foram entregues 53 (cin-
quenta e três) unidades móveis (ônibus), sendo duas unidades para cada Estado e o Distrito Federal.
Foram entregues as unidades para o Estado de São Paulo?
2) As unidades estão realizando os atendimentos especializados no Estado de São Paulo?
3) Quantos atendimentos especializados foram realizados em 2015 no Estado de São Paulo?
1 http://www.spm.gov.br/assuntos/violencia/programa-mulher-viver-sem-violencia/unidades-moveis-para-atendimento-a-mulheres-
-em-situacao-de-violencia-no-campo-e-na-floresta - Acesso em 23-09-2015
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 939

4) Em quais municípios do Estado de São Paulo foram realizados o atendimento especializado?


5) Qual é o cronograma do itinerário a ser percorrido no Estado de São Paulo nos próximos meses?
6) Caso as unidades não foram entregues, o que ocorreu?
7) Onde se encontram as unidades destinadas ao Estado de São Paulo?
8) Qual a previsão para entrega dos ônibus ao Estado de São Paulo?
9) Outras informações que julgar importantes.
Justificação
Em março de 2013, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa “Mulher, Viver sem Violência”, com o
objetivo de integrar e ampliar os serviços públicos existentes voltados às mulheres em situação de violência,
mediante a articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da segurança pública,
da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.
A instituição do Programa “Mulher: Viver sem Violência” representa importante marco na proteção dos
direitos da mulher, fornecendo condições de enfrentamento à violência bem como mecanismos de empode-
ramento da mulher.
A partir da iniciativa pioneira da Presidência da República, esta foi transformada em programa de gover-
no por meio do Decreto nº 8.086, de 30 de agosto de 2013.
O Programa se desenvolve pela implementação das Casas da Mulher Brasileira, espaços públicos que
concentram serviços especializados e multidisciplinares de atendimento às mulheres em situação de violência
e unidades móveis, consistente em ônibus e barcos especialmente adaptados para atender as trabalhadoras
rurais, agricultoras familiares, camponesas, extrativistas, quebradoras de coco babaçu.
Conforme dados informados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo1, apenas nos
meses de junho e julho de 2015, foram registrados 7.612 ocorrências de crimes cometidos contra mulher (homi-
cídios 28; tentativa de homicídios 40; lesão corporal 7.391; maus tratos 60; estupro 82; tentativa de estupro 11).
Desta forma, a violência contra a mulher no Estado de São Paulo tem que ser combatido de forma vee-
mente, tendo em vista o número muito grande registro de ocorrências.
Neste sentido, os atendimentos especializados realizados pelas unidades móveis (ônibus) oferecidos
pelo Programa “Mulher: Viver sem Violência” ao Estado de São Paulo é de suma importância para prevenir, bem
como combater a violência contra as mulheres.
Por fim, os questionamentos ora apresentados são fundamentais para esclarecer a todos os cidadãos
e cidadãs com fito de fortalecer e consolidar as medidas que visam prevenir e combater a violência contra a
mulher no Campo e na Floresta no Estado de São Paulo.
Por essas razões, solicito a Vossa Excelência que se digne requerer as presentes informações a Senhora
Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, de modo a permitir que esta Casa de Leis possa cumprir a
sua obrigação constitucional.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Ana Perugini, Deputada Federal
PARECER
O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o
Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o §
1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.
Primeira-Vice-Presidência, de de 2015. – Deputado Waldir Maranhão, Primeiro-Vice-Presidente Relator
REQUERIMENTO Nº 2.927, DE 2015
(Do Sr. Julio Lopes)

Requer a revisão de despacho inicial aposto ao PL nº 6402/2013, da Câmara dos Deputados,


para que a Comissão de Desenvolvimento Urbano aprecie sobre o mérito
DESPACHO: Defiro o Requerimento nº 1.500/2015, com fundamento no art. 102, § 4º, do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados. Publique-se. Oficie-se.
Senhor Presidente,
Nos termos regimentais, com fulcro no art. 17, II, a, requeiro a Vossa Excelência a gentileza de rever o
despacho inicial aposto ao PL nº 6.402/2013, de forma a incluir esta Comissão de Desenvolvimento Urbano
(CDU) na análise do mérito dessa proposição.
1 http://www.ssp.sp.gov.br/novaestatistica/ViolenciaMulher.aspx acesso em 24.09.2015
940 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Justificação
O art. 32, VII, informa como campo temático da Comissão de Desenvolvimento Urbano: assuntos atinentes a
urbanismo e arquitetura; política e desenvolvimento urbano; uso, parcelamento e ocupação do solo urbano; ha-
bitação e sistema financeiro da habitação; transportes urbanos; infra-estrutura urbana e saneamento ambiental;
O PL n° 6.402/2013, do Sr. Marco Tebaldi, versa sobre a redução no índice de perdas pelas concessioná-
rias ou permissionárias dos serviços públicos de distribuição e abastecimento de água potável.
Como se pode verificar, a temática do supracitado Projeto de Lei relaciona-se diretamente com o campo
temático desta Comissão.
Desta forma, pedimos considerar o nosso pleito no sentido de que seja revisto o despacho da proposi-
ção, com vistas à análise do mérito desta matéria pela Comissão.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Julio Lopes, Presidente
REQUERIMENTO Nº 3.032, DE 2015
(Do Sr. Andre Moura)
Retirada assinatura Requerimento de Urgência.
DESPACHO: Indefiro, nos termos do art. 102, § 4º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
Publique-se. Oficie-se.
Sr. Presidente,
Requeiro nos termos regimentais, a retirada de minha assinatura no Requerimento de Urgência número
3017/2015 ao PL 7919/14.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Federal André Moura
REQUERIMENTO Nº 3.075, DE 2015
(Do Sr. Carlos Manato)
Requer a retirada de tramitação do Projeto de Lei nº 4394, de 2012, de sua autoria.
DESPACHO: Submeta-se ao Plenário, nos termos do art. 104, § 1º, do Regimento Interno da Câmara
dos Deputados. Publique-se. Oficie-se..
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do artigo 104 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,
a retirada de tramitação do Projeto de Lei nº 4394, de 2012, que “dispõe sobre instalação de aparelhos que im-
pedem a partida do motor de caminhões, ônibus, vans, transporte escolar, táxis e outros assemelhados, quan-
do o limite de álcool no hálito do motorista estiver acima do permitido por lei”, tendo em vista os pareceres
contrários nas comissões temáticas.
Sala das Sessões, 17 de setembro de 2015. – Carlos Manato, Deputado Federal – SD/ES
REQUERIMENTO Nº 3.078, DE 2015
(Da Srª. Professora Dorinha Seabra Rezende)
Requer a retirada de tramitação do Projeto de Lei nº 2.204 de 2015.
DESPACHO: Defiro a retirada do Projeto de Lei nº 2.204/2015, nos termos do artigo 104 combinado
com o artigo 114, VII, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Publique-se.
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 104, caput, do Regimento Interno da Câmara dos Depu-
tados, a retirada de pauta do Projeto de Lei nº 2.204 de 2015, de minha autoria, que “Altera a redação do inciso
III do art. 580 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, para dispor sobre a contribuição sindical dos empregadores, independentemente de possuírem ou não
empregados e de seu porte.”.
Sala das Sessões, de de 2015. – Professora Dorinha Seabra Rezende, Deputado Federal DEMO-
CRATAS/TO
REQUERIMENTO Nº 3.119, DE 2015
(Do Sr. Silvio Costa)
Requer, nos termos regimentais, a retirada de tramitação do PLP nº 14/2007, de minha auto-
ria, que acrescenta e altera dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000,
que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal
e dá outras providências.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 941

DESPACHO: Defiro a retirada do Projeto de Lei Complementar nº 14/2007, nos termos do artigo
104 combinado com o artigo 114, VII, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Por
conseguinte, apense-se ao Projeto de Lei Complementar nº 1/2007 os Projetos de Lei Complemen-
tar nº 83/2007 e nº 36/2015, que se encontravam apensados ao Projeto de Lei Complementar nº
14/2007. Publique-se..
Excelentíssimo Senhor Presidente,
Solicito a retirada de tramitação do PLP nº 14/2007 de minha autoria, apresentado no dia 05/03/2007,
que acrescenta e altera dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
Sala das Sessões, de setembro de 2015. – Silvio Costa, Deputado Federal – PSC/PE
REQUERIMENTO Nº 3.120, DE 2015
(Do Sr. Danrlei de Deus Hinterholz)

Requer a retirada de tramitação do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.660, do Sr. Danrlei de


Deus Hinterholz, de 2014, que “Susta os efeitos da Portaria Conjunta RFB/SCE 1.908, de 19 de
julho de 2012, a Portaria Conjunta RFB/SCS 232, de 26 de fevereiro de 2013, a Instrução Nor-
mativa RFB 1.277, publicada em 29 de junho de 2012, e, a Instrução Normativa RFB nº 1.336,
de 26 de fevereiro de 2013”.
DESPACHO: Defiro a retirada do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.660/2014, nos termos do arti-
go 104 combinado com o artigo 114, VII, ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
Publique-se.
Senhor Presidente,
Requeiro, nos termos do art. 104 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a retirada de tra-
mitação do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.660, do Sr. Danrlei de Deus Hinterholz, de 2014, que “Susta os
efeitos da Portaria Conjunta RFB/SCE 1.908, de 19 de julho de 2012, a Portaria Conjunta RFB/SCS 232, de 26 de
fevereiro de 2013, a Instrução Normativa RFB 1.277, publicada em 29 de junho de 2012, e, a Instrução Norma-
tiva RFB nº 1.336, de 26 de fevereiro de 2013”.
Sala das Sessões, _____ de setembro de 2015. – Danrlei de Deus Hinterholz, Deputado Federal – PSD/RS
REQUERIMENTO Nº 3.128, DE 2015
(Da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à
Constituição nº 491, de 2010, do Sr. Luiz Carlos Hauly e outros, que “acresce incisos ao
art. 150, VI e art. 155, X da Constituição Federal” (proíbe a criação de imposto incidente sobre insumos
agrícolas, pecuária, alimentos para o consumo humano e medicamentos), e apensadas)

Solicita prorrogação do prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de


Emenda à Constituição nº 491, de 2010, do Sr. Luiz Carlos Hauly e outros, que “acresce incisos
ao art. 150, VI e art. 155, X da Constituição Federal” e apensadas.
DESPACHO: Defiro, “ad referendum” do Plenário, a prorrogação do prazo por mais 20 (vinte) sessões.
Publique-se.
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, seja prorrogado por mais 20 (vinte) sessões or-
dinárias o prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº
491, de 2010, do Sr. Luiz Carlos Hauly e outros, que “acresce incisos ao art. 150, VI e art. 155, X da Constituição
Federal” (proíbe a criação de imposto incidente sobre insumos agrícolas, pecuária, alimentos para o consumo
humano e medicamentos), e apensadas.
Sala das Comissões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Valmir Prascidelli, Presidente em exercício
REQUERIMENTO Nº 3.129, DE 2015
(Da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 99-A, de 2011,
do Sr. João Campos e outros, que “acrescenta ao art. 103, da Constituição Federal, o inc. X, que dispõe sobre a
capacidade postulatória das Associações Religiosas para propor ação de inconstitucionalidade e ação decla-
ratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal”)

Solicita prorrogação do prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta


de Emenda à Constituição nº 99-A, de 2011, do Sr. João Campos e outros, que “acrescenta ao
art. 103, da Constituição Federal, o inc. X, que dispõe sobre a capacidade postulatória das As-
942 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

sociações Religiosas para propor ação de inconstitucionalidade e ação declaratória de cons-


titucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal”.
DESPACHO: Defiro, “ad referendum” do Plenário, a prorrogação do prazo por mais 20 (vinte) sessões.
Publique-se.
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, seja prorrogado por mais 20 (vinte) sessões or-
dinárias o prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº
99-A, de 2011, do Sr. João Campos e outros, que “acrescenta ao art. 103, da Constituição Federal, o inc. X, que
dispõe sobre a capacidade postulatória das Associações Religiosas para propor ação de inconstitucionalidade
e ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal”.
Sala das Comissões, 24 de setembro de 2015. – Deputado Ronaldo Fonseca, Presidente

REQUERIMENTO Nº 3.176, DE 2015


(Da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à
Constituição nº 299-A, de 2013, do Sr. Eduardo Cunha e outros, que “altera o
art. 88 da Constituição Federal” (limita o número de ministérios))

Solicita prorrogação do prazo da Comissão.


DESPACHO: Defiro, “ad referendum” do Plenário, a prorrogação do prazo por mais 20 (vinte) sessões.
Publique-se.
Senhor Presidente,
Requeiro a Vossa Excelência, nos termos regimentais, seja prorrogado por 20 (vinte) sessões ordinárias, o
prazo da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 299-A, de 2013,
do Sr. Eduardo Cunha e outros, que “altera o art. 88 da Constituição Federal” (limita o número de ministérios).
Sala das Comissões, 30 de setembro de 2015. – Deputado Evandro Gussi, Presidente
PROPOSIÇÕES PENDENTES DE DESPACHO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 148, DE 2015


(Do Sr. Jhc e outros)

Cria o modelo de Auditoria-Geral nos Estados.


APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal,
promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:
Art. 1 O artigo 75 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 75. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos estados,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de recei-
tas, será exercida pelo Poder Legislativo respectivo, com o auxílio das Auditorias-Gerais do Estado,
as quais exercerão o controle externo da Administração.
§ 1º As constituições estaduais disporão sobre o órgão a que se refere o caput, o qual será chefiado
por Auditor-Geral, escolhido entre os servidores do último nível da carreira de Auditor daquele órgão,
mediante eleição em que terão voto apenas os servidores efetivos do órgão, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.
§ 2º As constituições estaduais disporão sobre as competências do Auditor-Geral, asseguradas as
dispostas nos incisos VIII, IX e X do artigo 71 desta Constituição, bem como sobre a atuação dos
Membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas estaduais.” (NR)
Art. 2 A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 31. ....................................................................................................................................................................................
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do órgão de que trata o
art. 75 da Constituição Federal.” (NR)
“Art. 105. .................................................................................................................................................................................
I – ...............................................................................................................................................................................................
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 943

a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de respon-
sabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, Auditores-
-Gerais Estaduais e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais
Regionais Eleitorais e do Trabalho e os membros do Ministério Público da União que oficiem perante
tribunais;” (NR)
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União e às Auditorias-Gerais
aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.”
“Art. 130-A ..............................................................................................................................................................................
§ 2º ............................................................................................................................................................................................
I – ...............................................................................................................................................................................................
II – Zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Esta-
dos, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessá-
rias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União e
das Auditorias-Gerais dos Estados;” (NR)
Art. 3 Os membros dos Tribunais de Contas em exercício à data da promulgação desta Emenda ficarão
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, se não reunirem as condições para
aposentadoria, obedecido, em todo caso, o disposto na legislação estadual.
Art. 4 Os servidores efetivos dos Tribunais de Contas estaduais em exercício na data da promulgação
desta Emenda serão reenquadrados, em funções e cargos análogos, no órgão a que se refere o art. 75 da Cons-
tituição Federal, observado o disposto na legislação estadual.
Art. 5 Esta Emenda Constitucional entra em vigor em 365 dias contados da sua publicação.

Justificação
Grassam aos borbotões várias notícias sobre o uso Político dos Tribunais de Contas Estaduais. Recen-
temente, o eterno ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa declarou que esses órgãos seriam
“playgrounds de políticos fracassados”. Em muitos casos, não há como discordar do eminente jurista.
Nos Estados, são flagrantes as indicações de cunho político que levam aos cargos de Conselheiros pes-
soas que muitas vezes não reúnem a bagagem técnica ou mesmo moral para atuar como fiscal das contas dos
Estados e Municípios, e que utilizam as prerrogativas do cargo como instrumento de pressão política, ou mes-
mo ferramenta para locupletamento pessoal.
A função dos Tribunais de Contas, no entanto, reveste-se da mais elevada importância, na medida em
que funciona como anteparo de más práticas públicas, devendo essa função ser dissociada de qualquer inge-
rência política e ter uma abordagem exclusivamente técnica.
É ressabido, ainda, que os quadros de pessoal desses órgãos são invariavelmente de excelente nível
técnico, porém são eclipsados pela influência política sofrida pelos Conselheiros.
O formato de auditoria-geral é utilizado em países como os Estados Unidos, e serve justamente para
prevenir o que se busca com esta proposta: impedir a contaminação de interesses inconfessáveis em relação
ao controle das contas públicas.
Sala das Reuniões, 29 de setembro de 2015. – Deputado Jhc
Proposição: PEC 0148/2015
Autor da Proposição: JHC E OUTROS
Ementa: Cria o modelo de Auditoria-Geral nos Estados.
Data de Apresentação: 29/09/2015
Possui Assinaturas Suficientes:  SIM
Totais de Assinaturas:
Confirmadas:  180
Não Conferem:  002
Fora do Exercício:  000
Repetidas:  008
Ilegíveis:  000
Retiradas:  000
Total:  190
944 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Confirmadas
1 ADELMO CARNEIRO LEÃO PT MG
2 ADEMIR CAMILO PROS MG
3 AELTON FREITAS PR MG
4 ALBERTO FILHO PMDB MA
5 ALBERTO FRAGA DEM DF
6 ALCEU MOREIRA PMDB RS
7 ALEX CANZIANI PTB PR
8 ALEXANDRE VALLE PRP RJ
9 ALFREDO KAEFER PSDB PR
10 ALIEL MACHADO PCdoB PR
11 ANDRÉ ABDON PRB AP
12 ANDRÉ FUFUCA PEN MA
13 ANDRE MOURA PSC SE
14 ANÍBAL GOMES PMDB CE
15 ANTONIO BULHÕES PRB SP
16 ANTÔNIO JÁCOME PMN RN
17 ARNALDO JORDY PPS PA
18 ARNON BEZERRA PTB CE
19 ARTHUR LIRA PP AL
20 ÁTILA LIRA PSB PI
21 AUREO SD RJ
22 BACELAR PTN BA
23 BEBETO PSB BA
24 BENJAMIN MARANHÃO SD PB
25 BETO FARO PT PA
26 BETO ROSADO PP RN
27 BILAC PINTO PR MG
28 BRUNO COVAS PSDB SP
29 CABO SABINO PR CE
30 CABUÇU BORGES PMDB AP
31 CAIO NARCIO PSDB MG
32 CARLOS EDUARDO CADOCA PCdoB PE
33 CARLOS HENRIQUE GAGUIM PMDB TO
34 CARLOS MANATO SD ES
35 CÉLIO SILVEIRA PSDB GO
36 CELSO JACOB PMDB RJ
37 CELSO MALDANER PMDB SC
38 CESAR SOUZA PSD SC
39 CHICO D’ANGELO PT RJ
40 CHICO LOPES PCdoB CE
41 CLEBER VERDE PRB MA
42 COVATTI FILHO PP RS
43 CRISTIANE BRASIL PTB RJ
44 DAGOBERTO PDT MS
45 DAMIÃO FELICIANO PDT PB
46 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA
47 DANIEL COELHO PSDB PE
48 DANIEL VILELA PMDB GO
49 DELEGADO ÉDER MAURO PSD PA
50 DIEGO GARCIA PHS PR
51 DOMINGOS SÁVIO PSDB MG
52 DR. JORGE SILVA PROS ES
53 EDIO LOPES PMDB RR
54 EDMAR ARRUDA PSC PR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 945

55 EDMILSON RODRIGUES PSOL PA


56 EDUARDO BOLSONARO PSC SP
57 EDUARDO DA FONTE PP PE
58 EFRAIM FILHO DEM PB
59 ELIZIANE GAMA PPS MA
60 ERIVELTON SANTANA PSC BA
61 EROS BIONDINI PTB MG
62 EVAIR DE MELO PV ES
63 EVANDRO ROMAN PSD PR
64 EXPEDITO NETTO SD RO
65 FÁBIO SOUSA PSDB GO
66 FAUSTO PINATO PRB SP
67 FELIPE MAIA DEM RN
68 FERNANDO FRANCISCHINI SD PR
69 FERNANDO JORDÃO PMDB RJ
70 FRANCISCO FLORIANO PR RJ
71 GABRIEL GUIMARÃES PT MG
72 GENECIAS NORONHA SD CE
73 GEOVANIA DE SÁ PSDB SC
74 GERALDO RESENDE PMDB MS
75 GILBERTO NASCIMENTO PSC SP
76 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
77 GOULART PSD SP
78 HUGO MOTTA PMDB PB
79 IRACEMA PORTELLA PP PI
80 JAIR BOLSONARO PP RJ
81 JEFFERSON CAMPOS PSD SP
82 JHC SD AL
83 JÔ MORAES PCdoB MG
84 JOÃO CAMPOS PSDB GO
85 JOÃO MARCELO SOUZA PMDB MA
86 JOÃO RODRIGUES PSD SC
87 JORGE SOLLA PT BA
88 JOSÉ FOGAÇA PMDB RS
89 JOSÉ NUNES PSD BA
90 JOSE STÉDILE PSB RS
91 JÚLIO CESAR PSD PI
92 JUNIOR MARRECA PEN MA
93 LELO COIMBRA PMDB ES
94 LEONARDO QUINTÃO PMDB MG
95 LEOPOLDO MEYER PSB PR
96 LINCOLN PORTELA PR MG
97 LINDOMAR GARÇON PMDB RO
98 LUIZ CARLOS BUSATO PTB RS
99 LUIZ CARLOS RAMOS PSDC RJ
100 LUIZ CLÁUDIO PR RO
101 LUIZ NISHIMORI PR PR
102 MAINHA SD PI
103 MANDETTA DEM MS
104 MANOEL JUNIOR PMDB PB
105 MARCELO ÁLVARO ANTÔNIO PRP MG
106 MARCELO CASTRO PMDB PI
107 MÁRCIO MARINHO PRB BA
108 MARCO TEBALDI PSDB SC
109 MARCOS ROTTA PMDB AM
110 MARCUS VICENTE PP ES
946 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

111 MARIA HELENA PSB RR


112 MÁRIO NEGROMONTE JR. PP BA
113 MARX BELTRÃO PMDB AL
114 MAURÍCIO QUINTELLA LESSA PR AL
115 MAURO LOPES PMDB MG
116 MAURO MARIANI PMDB SC
117 MAURO PEREIRA PMDB RS
118 MAX FILHO PSDB ES
119 MIGUEL LOMBARDI PR SP
120 MILTON MONTI PR SP
121 MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO PP SP
122 NELSON MARQUEZELLI PTB SP
123 NELSON MEURER PP PR
124 NILSON PINTO PSDB PA
125 NILTON CAPIXABA PTB RO
126 ONYX LORENZONI DEM RS
127 ORLANDO SILVA PCdoB SP
128 OTAVIO LEITE PSDB RJ
129 PAES LANDIM PTB PI
130 PASTOR FRANKLIN PTdoB MG
131 PAULO ABI-ACKEL PSDB MG
132 PAULO FEIJÓ PR RJ
133 PAULO FOLETTO PSB ES
134 PAULO PEREIRA DA SILVA SD SP
135 PAULO PIMENTA PT RS
136 PEDRO CHAVES PMDB GO
137 POMPEO DE MATTOS PDT RS
138 PROFESSOR VICTÓRIO GALLI PSC MT
139 RAUL JUNGMANN PPS PE
140 RENATO MOLLING PP RS
141 RENZO BRAZ PP MG
142 RICARDO BARROS PP PR
143 RICARDO IZAR PSD SP
144 ROBERTO BRITTO PP BA
145 ROBERTO SALES PRB RJ
146 ROCHA PSDB AC
147 RODRIGO DE CASTRO PSDB MG
148 ROGÉRIO ROSSO PSD DF
149 RONALDO FONSECA PROS DF
150 RONALDO MARTINS PRB CE
151 RUBENS OTONI PT GO
152 RUBENS PEREIRA JÚNIOR PCdoB MA
153 SARAIVA FELIPE PMDB MG
154 SÉRGIO BRITO PSD BA
155 SÉRGIO MORAES PTB RS
156 SERGIO SOUZA PMDB PR
157 SERGIO VIDIGAL PDT ES
158 SILAS BRASILEIRO PMDB MG
159 SILAS CÂMARA PSD AM
160 SILVIO TORRES PSDB SP
161 SÓSTENES CAVALCANTE PSD RJ
162 STEFANO AGUIAR PSB MG
163 TONINHO WANDSCHEER PT PR
164 ULDURICO JUNIOR PTC BA
165 VALADARES FILHO PSB SE
166 VALMIR ASSUNÇÃO PT BA
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 947

167 VALTENIR PEREIRA PROS MT


168 VANDERLEI MACRIS PSDB SP
169 VICENTE CANDIDO PT SP
170 VICENTINHO PT SP
171 VICTOR MENDES PV MA
172 WALDIR MARANHÃO PP MA
173 WALNEY ROCHA PTB RJ
174 WALTER IHOSHI PSD SP
175 WELLINGTON ROBERTO PR PB
176 WILLIAM WOO PV SP
177 WILSON FILHO PTB PB
178 WOLNEY QUEIROZ PDT PE
179 ZÉ GERALDO PT PA
180 ZÉ SILVA SD MG
DESPACHOS DO PRESIDENTE

Expediente

PRESIDÊNCIA/SGM
Ofício nº 001/2015-GM-WAR-TCU, do Senhor Ministro Walton Alencar Rodrigues, do Tribunal de Contas
da União – TCU. Informações do relator sobre o andamento do processo de sindicância TC 019.602/2015-4, ao
qual tramita apensado o Processo TC 014.875/2015-2, que trata das Solicitações de Informação ao TCU nº 7 e
12, ambas de 2015, de autoria do Deputado Arnaldo Jordy. Encaminhamento, em mídia digital, da relação de
processos de controle externo do TCU em que os sócios do escritório Cedraz & Tourinho Dantas Advogados
tenham atuado como causídicos das partes.
Oficie-se ao Senhor Deputado ARNALDO JORDY, autor das Solicitações de Informação ao TCU nº 7
e 12, ambas de 2015, encaminhando cópia do expediente em epígrafe e da mídia digital. Publique-
-se. Arquive-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 282/2015, da Liderança do SD – desliga o Deputado Paulo Pereira da Silva (SD/SP) e indica o
Deputado Genecias Noronha (SD/CE) para titular e desliga o Deputado Genecias Noronha (SD/CE) e indica o
Deputado Paulo Pereira da Silva (SD/SP) para suplente da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao
Projeto de Lei nº 442, de 1991, do Sr. Renato Viana, e apensados, para estabelecer Marco Regulatório dos Jo-
gos no Brasil.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 421/2015, da Liderança do PR – desliga o Deputado Paulo Freire (PR/SP) e indica o Deputado
Lincoln Portela (PR/MG) para titular e indica o Deputado Paulo Freire (PR/SP) para suplente da Comissão Espe-
cial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6583, de 2013, do Sr. Anderson Ferreira, que “dispõe sobre
o Estatuto da Família e dá outras providências”, e apensado.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 107/2015, da Liderança do PSL – desliga o Deputado Bacelar (PTN/BA) e indica o Deputado
Luis Tibé (PTdoB/MG) para titular e desliga o Deputado Macedo (PSL/CE) e indica o Deputado Bacelar (PTN/
BA) para suplente da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 442, de 1991, do Sr.
Renato Viana, e apensados, para estabelecer Marco Regulatório dos Jogos no Brasil.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
948 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 1348/2015, da Liderança do PMDB – desliga os Deputados Celso Pansera (PMDB/RJ), Daniel
Vilela (PMDB/GO) e Darcísio Perondi (PMDB/RS) e indica os Deputados Osmar Serraglio (PMDB/PR), Rodrigo
Pacheco (PMDB/MG) e Sergio Souza (PMDB/PR) para titulares e indica o Deputado Veneziano Vital do Rêgo
(PMDB/PB) para suplente da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Consti-
tuição nº 214-A, de 2003, do Senado Federal, destinada a “acrescentar § 5º ao art. 73 e § 4º ao art. 131, ambos
da Constituição Federal, para instituir as consultorias jurídicas do Tribunal de Contas da União, da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal”.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 1349/2015, da Liderança do PMDB – desliga o Deputado Baleia Rossi (PMDB/SP) como titular
da Comissão de Legislação Participativa.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 540/2015, da Liderança do PSD – indica o Deputado Ricardo Izar (PSD/SP) para suplente da
Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 2960, de 2015, do Poder Executivo, que
“dispõe sobre o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária de recursos, bens ou direitos de origem
lícita não declarados, remetidos, mantidos no exterior ou repatriados por residentes ou domiciliados no País,
e dá outras providências”.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 180/2015, da Liderança do PCdoB – desliga o Deputado Aliel Machado (REDE/PR) como suplen-
te da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 491, de 2010, do
Sr. Luiz Carlos Hauly e outros, que “acresce incisos ao art. 150, VI e art. 155, X da Constituição Federal” (proíbe
a criação de imposto incidente sobre insumos agrícolas, pecuária, alimentos para o consumo humano e me-
dicamentos), e apensadas.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 181/2015, da Liderança do PCdoB – desliga o Deputado João Derly (PCdoB/RS) como suplente
da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 251/2015, da Liderança do PSC – desliga o Deputado Edmar Arruda (PSC/PR) e indica o Deputado
Takayama (PSC/PR) para suplente da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 6583,
de 2013, do Sr. Anderson Ferreira, que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências”, e apensado.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 424/2015, da Liderança do PR – indica o Deputado Lúcio Vale (PR/PA) para titular da Comissão
Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei 2.671, de 1989, do Senado Federal, que “dispõe sobre o
exercício das atividades de Posto Revendedor de derivados do petróleo e álcool etílico hidratado combustível
(AEHC), e dá outras providências” (Código de Combustíveis), e apensados.
Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 949

PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 426/2015, da Liderança do PR – desliga o Deputado Bilac Pinto (PR/MG) como titular e indica
o Deputado Bilac Pinto (PR/MG) para suplente da Comissão Especial destinada a estudar e debater os efeitos
da Crise Hídrica, bem como propor medidas tendentes a minimizar os impactos da escassez de água no Brasil.

Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente

PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 427/2015, da Liderança do PR – desliga o Deputado Bilac Pinto (PR/MG) como titular e indica o
Deputado Bilac Pinto (PR/MG) para suplente da Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de
Emenda à Constituição nº 453-A de 2001, do Sr. Raimundo Gomes de Matos e outros, que “dá nova redação ao
caput do art. 38 da Constituição Federal” (propondo a volta à redação originária do artigo 38 da Constituição,
aplicando ao servidor da administração indireta as normas para exercício de mandato eletivo).

Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente

PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 544/2015, da Liderança do PSD – desliga o Deputado Evandro Roman (PSD/PR) e indica o De-
putado Jaime Martins (PSD/MG) para suplente da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto
de Lei nº 6583, de 2013, do Sr. Anderson Ferreira, que “dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providên-
cias”, e apensado.

Defiro. Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente

PRESIDÊNCIA / SGM
Memorando nº 61/2015, da Liderança do PSOL – indica os Deputados Jean Wyllis e Edmilson Rodrigues
como Vice-Líderes do PSOL, em substituição ao Dep. Glauber Braga.

Registre-se. Publique-se.
Ao Sr. Diretor-Geral.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente

PRESIDÊNCIA / SGM
Ofício nº 650/2015, da Liderança do PT – indica o Dep. Wadih Damous para Vice-Líder do Partido.

Registre-se. Publique-se.
Ao Senhor Diretor-Geral.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente
950 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Brasília, 3i.·· de setembro de 20~ 5


Ofício n° .: f~ /2015 - GAB 652

A Sua Excelência o Senhor


Eduardo Cunha
Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,

Comunico a V. Exa. minha filiação partidária à Rede Sustentabilidade, solicitando que


sejam adotadas as medidas necessárias para que conste nos registros da Câmara dos
Deputados minha nova filiação.

Encaminho, em anexo, a documentação indicada para fins de comprovação.

Atenciosamente,

Deputaé:lo Federal - Rede Sustentabilidade/RJ


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 951

EXMO. SR. iúiZ DE DIREITO DA 205• ZONA ELEITOR4.L DA COMARCA DE Rro DE

JANEIROIRJ

Ref.: Comunicação de desfili~ção

Alessandro Lucciola Molon, brasileiro? Deputado Federal,


portador do título de eleitor n° 080840900361 , da cédula de identidade n° 075754143
e inscrito no ÇPF/MF sob o n° Ol4.165. 767-70, vem, respeitosamente, à presença d~
V. Exa., em cump~imento à determinação contida no ru.1 ... 21 · da Lei n° 9.096/1995,
comunicar a sua desfiliação dq Partido dos Trabalhad,ores a partir da presente data,
para todos os nns. Requer, portanto, que seja feita a-baixa do seu registro no sistema
de filiação partidária.

O p~tici.onário informa que o desligamento decorre de f}liação


. .
ao Partido· Rede:Sustentabilidade, devidamente regístrado junto ao Tribunal Superior
. .
Eleitoral, de modo que se caracteriza inequivocamente a hipótese de justa causa para
fins de preservação do. mandato eletivo, nos termos do que restou decidido pelo
Supremo Tribunal Federal e da Resaluç'ã o TSE n6 22.610/2007, especialmente de seu
art. 1°, §I 0 , inciso II.

Brasília, 24 de setembro de 2015.


I
COPiA-
952 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ILMO. SR. PRESIDENTE DO DIRETÓRIO MUNICIPAL DO PARTIDO DOS

TRABALHADORES- RIO DE JANEIRO

Ref.: Comunicação de desfiliaçào

Alessandro Lucciola Molon, brasileiro, Deputado Federal,


portador do título de eleitor n° 080840900361 , da cédula de identidade n° 075754143
e inscrito no C PF/MF sob o n° 014165767-70, vem respeitosamente a V. Sa., com
base no art. 2 1 da Lei 0° 9.09611995, comunicar a sua desfiliação do Partido dos
Trabalhadores a partir da presente data, para todos os fins. Requer, portanto, que seja
feita a baixa do seu registro no sistema de filiação partidária.

O peticionário informa que o desligamento decorre de filiação


ao Partido Rede Sustentabilidade, devidamente registrado junto ao Tribunal Superior
Eleitoral, de modo que se caracteriza inequivocamente a hipótese de justa causa para
fins de preservação do mandato eletivo, nos termos do que restou decidido pelo
Supremo Tribunal Federal e da Resolução TSE no 22.610/2 007, especialmente de seu
art. 1°, § I 0 , inciso li.

Por fim, o signatário manifesta a V. Sa. os votos da sua mais


elevada estima e consideração, bem como o sentimento de honra pessoal por haver
integrado o quadro do Partido dos Trabalhadores.

Brasília, 24 de setembro de 20 15.


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 953

lLMO. SR. PRES IDENTE DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PARTIDO DOS

TRABALHADORES- RIO DE JANEIRO

Ref.: Comunicação de desfiliação

Alessandro Lucciola Molon, brasileiro, Deputado Federal,


portador do título de eleitor n° 080840900361 , da cédula de identidade n° 075754143
e inscrito no CPF/MF sob o no 014165767-70, vem respeitosamente a V. Sa., com
base no art. 2 1 da Lei no 9.09611995, comun icar a sua desfiliação do Partido dos
Trabalhadores a partir da presente data, para todos os fins. Requer, portanto, que seja
feita a baixa do seu registro no sistema de filiação partidária.

O peticionário informa que o desligamento decorre de filiação


ao Partido Rede Sustentabilidade, devidamente regi strado junto ao Tribunal Superior
Eleitoral, de modo que se caracteriza inequivocamente a hipótese de justa causa para
fins de preservação do mandato eletivo, nos tennos do que restou decidido pelo
Supremo Tribunal Federal e da Resolução TSE n° 22.610/2007, especialmente de seu
art. 1°, § 1°, inciso li.

Por fim , o signatário manifesta a V. Sa. os votos da sua mais


elevada estima e consideração, bem como o sentimento de honra pessoal por haver
integrado o quadro do Partido dos Trabalhadores.

Brasília, 24 de setembro de 20 15.


954 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

o
rede
Ficha de Filiação
N"
- - --
Nome: ~AL.l-!-1e.:=~~--=-:::Nd=-'-'--ro=::__..!....:J_=v-c...c.;;-=-'--=ro:.. lC\.~_:_K-"-""-o=lo
.:. :.__r.J:____ _ _ _ _ __ sexo: cX:) M ( ) F
Identidade: 0'1-S 1-.S 41\4-- 3 Órgão Expedidor: IF-P UF: R.J CPF: 0'14110 s -=t-0 ~-=to
Data de Nascimento: 2..& I 10 I 1Cft1 Naturalidade: 'a-eLo lfort1PtVJÇ... UF: HG
.. _ Pai:
F11açao:
1
Mãe:

Estado Civil: Co.lcO.J.o Profissão:

CEP: Z..Z.4i00(,

CEP: 701~~0

Zona: Z.OS Seção: 030 Município: 12.;(? cte....JqN. UF: __,_P-.::s-'--'------1

Última filiação Partidâria:

Deseja ser candidato nas próximas


eleições?

DECLARO QUE ESTOU DE ACORDO COM O PROGRAMA E ESTATUTO DA REDE E QUE TENHO CitNCIA QUE
ESTA FICHA SOMENTE TERÁ VALIDADE APÓS O DEFERIMENTO DO PEDIDO DE REGISTRO PELO TSE E QUE
A OMISSÃO DE QUALQUER INFORMAÇÃO AQUI REQUERIDA PODE RESULTAR NO INDEFERIMENTO DA
FILIAÇÃO.

Z.4 10~ I Z.01..Ç


DATA

Anotações da REDE :
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 955

PRESID~NCIA I SGM
Of. n° 18/2015, do Dep. Alessandro Molon -comunica sua desfiliação do PT e
filiação à REDE SUSTENTABILIDADE.
Em 30/09/2015.
Registre-se. Publique-se.
Ao Sr. Diretor-Geral.

EDUARDO~
Presidente
Brasília, 30 de setembro de 2015.

OFÍCIO N2 76/2015 - Gab . Dep. AlieiMachado - Bsb


Excelentíssimo Senhor Presidente
Deputado Federal EDUARDO CUNHA
Câmara dos Deputados
Nesta

Senhor Presidente,

Cumprimentando-o cordialmente, informo a Vossa Excelência que me filiei ao Partido


REDE SUSTENTABILIDADE.
~
.:>
(.c_
Encaminho a documentação comprobatória.
~
a._
ê"
•ll
Atenciosamente, '-.su .-..
~ ...~
....
~

Justiça Eleitoral
Tribunal Superior Eleitoral
Certidão
Certifico que, de acordo com os assentamentos do S1stema de Filiação Partidána e com o que d1spõe
a Res.-TSE no 23.117/2009, o e leitor aba1xo qualificado NÃO ESTÁ FILIADO A PARTIDO POLÍTICO.

Nome do Eleitor: ALIEL MACHADO BARK

Inscrição: 091827830639

Certidão em itida às 14:34:10 de 30/09/2015


Esta certidão de filiação partidária e expedida gratuitamente e os dados nela cont1dos
refletem os registros oficiais de filiação, na forma da lei. Sua autenticidade poderá ser
con firmada na página do Tribunal Superior Eleitoral na Internet, no endereço:
http:/ /www.tse.gov.br, por meio do código de autenticação:
OYTP.WIS8.ZQPB.B9/R
956 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

llw-;lríssimos !:5cnhorcH
Membro:-; d11 ContiHHtio l'rovisórin
Pmt ido PC.:doO
Ponln OrosHa, Pr

ALIEL MACHADO BARK, brasileiro, casado,


Deputado Federal, inscrito no CPF /MF sob o n°. 069.080.529-23 e
CI/RG no . 10.329.199-2, título de eleitor no 091827830639, Zona: 15,
Seção: 27, residente e domiciliado a Rua Teotônio Jorge, n. 227,
sobrado 01, Nova Rússia, Ponta Grossa, Paraná, vem respeitosamente á
presença de Vossa Senhoria requerer a minha desfiliação do PCdoB
(Partido Comunista do Brasil) em caráter irrevogável e irretratável, por
motivos de ordem pessoal.

Termos em que,
Pede deferimento.
Ponta Grossa, 26 de setembro de 2015.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 957

EXCELENTfSSlMCl SENHOR DOUTOR JUIZ D.€ DIREITO PA 15"' ZONA


~LEJTORALDA COMARCA DE; PONTA GROSSA, PARANÁ

ALIEL MACH.Al)O BARK, brasUeiro.


Deputado Federal, inscrito no CPF/MF sob o nº. 069.080.$29-23 e
CifRO no. 10.329.199-2, titulo de ·leitor n"" 091827830639. ZOna: 15r,
Seção~ 27 ~ ;resident-e e doMiciliado a Rua T •otõnlo Jorge, n. 227,
sobrado 01, NováR:(lsslt'L, Pont.."l Grossa.• Paraná. vêm respeitosamente a
presença. de Vossa S::Xceléncia. a.t •ndendo determína.ção dos dispositivos
legais apl.ic•veis à es.pécre. C(;)Irn.ltl~c'~t' minha de.slilíação do PCd~>B
(Partido Comunis1:s. do Brasil}. ocorrida no dia .26 de setctnbt·o de 2015.
confonne requerimento c'O'l anexo. recebido pelos Meunb.n:>s da Corni,ssào
Provisória de Ponl;a Grossa. betn ~. \::omo junt..""'r o comunicado de
desfilfação enca.minhatcio a Direção Est:adu~d do PCdoB no dia. 28 de
setembro de 2015. nos t.ennos previsto em lei.
Destarte comunico r:ninha ffii.ctÇãQ ao P$.rtido Rede,:
Sustentabilidade, ocorrida no dia 27 de setembro de. 2015. c6nfo 1~nlt::.
registro de filiaçao e declaração em anexo .
Outrossim. requer se digne Vos~ Ex~elência
determinar as anota ões de pnuce. corn a expedição dos atos de ofh::I<.>
deco.r.ren te.

Ponta Grossa. 26 de bCtemb.ro de 2015,

DECLARAÇÃO REGULAR DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA

Brasflia/DF, 28 de setembro de 2015.


Prezados( as),
Declaro para devidos fins de direito Eleitoral e seus demais, que o Deputado
Federal pelo Paraná, ALIEL MACHADO BARK, encontra-se devidamente filiado
à Rede Sustentabilidade.
Atenciosamente,

·y~ ~ ~ ~l/1. ~
Pedro Ivo de So;;~tista
Coordenador Nacional
Rede Sustentabilidade
958 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PRESIDÊNCIA I SGM
Of. n° 76/2015, do Dep. Aliei Machado- comunica sua desfiliação do PCdoB e
filiação à REDE SUSTENTABILIDADE.
Em 30/09/2015.

Registre-se. Publique-se.
Ao Sr. Diretor-Geral.

EDUARDO-#
Presidente
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 959

í(~. ?:>039};wl5 /
REQUERIMENTO DE REGISTRO DE FRENTE PARLAMENTAR \ _, .
· \ ~ )-

(Sr. Jerônimo Goergen)


)

Requer o registro da Frente Parlamentar Mista


dos Aeronautas - FPAer.

Excelentíss.imo Senhor
Deputado Eduardo Cunha
Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Ato da Mesa número


69/2005, o registro da Frente Parlamentar Mista dos Aeronautas - FPAer,
conforme ata da fundação e constituição da Frente Parlamentar, do seu estatuto e
das assinaturas dos deputados que aderiram à mesma, documentos anexos.

Outrossim, nos termos do § único do ato retrocitado, fica este


parlamentar responsável pela respectiva Frente Parlamentar perante esta casa,
para prestação das informações necessárias à Secretaria Geral da Mesa

1 6 SET. 2015
Sala de Sessões, em 15 de setembro de 2015.

JERÔNIMO GOERGEN
Deputado Federal
960 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ATA DE FUNDAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DA FRENTE PARLAMENTAR DOS AERONAUTAS


FPAer

Aos 08 dias do mês de setembro de 2015, reuniram-se no Gabinete do Deputado Jerônimo


Goergen, anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF, os parlamentares que assinam
esta ata, com a finalidade de constituir a Frente Parlamentar dos Aeronautas, eleger a mesa
diretora e discutir outros assuntos de interesse geral. Neste ato, o Deputado Jerônimo
Goergen assumiu por aclamação a presidência da frente e fez uso da palavra ressaltando a~
presentes a pauta que pnstitui: a) Constituição da ~ente Par lamentar dos Aeronautas; b)
Aprovação do estatuto; c) Eleição da mesa diretora; e c) Outros assuntos de interesse da
frente. Primeiramente, o presidente promoveu uma breve explanação dos motivos e a
importância da criação desta frente e os seus objetivos e finalidades. Em seguida, após a
distribuição de cópias do Estatuto, o mesmo foi discutido e aprovado por unanimidade. Na
sequência, passou-se a eleição da Mesa Diretora . Sugerida pelo presidente e aprovada pelos
membros a Mesa Diretora ficou composta da seguinte disposição: Presidente Deputado
Jerônimo Goerge~; Vice-presidente Deputada Clarissa Ga rotinho(12 Vice-presidente Senador
Vicentinho Alves: Secretário-geral Senador Paulo Paim(Secretário Executivo Deputado Laércio
Oliveira; Coordenador Institucional Deputado Benjamin Maranhão, Coordenadores Regionais:
/
pelo Sul Deputado Ricardo Barros; pelo Norte Senador Randolfe Rodrigues; pelo Nordeste
Deputado Sílvio Costa; pelo Centro Oeste Senador Waldemir Moka e pelo Sudeste Deputado
Newton Cardoso Júnior. Na qualidade de presidente da Frente Parlamentar dos Aeronautas o
Deputado Jerônimo Goergen agradeceu a confiança e disposição dos membros e fez uma
explanação atinente as ações prioritárias da frente. Em seguida colocou a palavra à disposição
de quem quisesse fazer uso e, nenhum dos membros se manifestou, eu, Paulo Paim, na
condição de Secretário Geral, lavrei a presente Ata que, depois de lida e achada conforme, vai
assinada por todos os presentes.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 961

ESTATUTO DA FRENTE PARLAMENTAR


MISTA DOS AERONAUTAS

CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO. NATUREZA. DURACÃO, SEDE E FINALDIDADES

Artigo 1°. A Frente Parlamentar Mista dos Aeronautas é uma entidade civil, de
interesse público, de natureza política suprapartidária e sem fins lucrativos, de âmbito
nacional, de duração indeterminada, com sede e foro na Cidade de Brasília, Distrito
Federal.

Parágrafo único. A atuação da FRENTE se norteia pelos princípios contidos na


Constituição Brasileira, pela legislação infraconstitucional e pelos ideais de
fortalecimento da aviação civil e da segurança de voo, através da valorização das
questões econômicas e sociais sensíveis e afetas à prática laboral e operacional aérea
voltada às necessidades da classe profissional dos aeronautas.

Artigo 2°. - A FRENTE, composta por Senadores da República e Deputados Federais,


tem por finalidade:

a) promover a integração harmoniosa entre o Congresso Nacional e a categoria laboral


dos aeronautas, capaz de estabelecer um ambiente legislativo favorável ao
desenvolvimento desse segmento profissional estratégico para a economia e para o
desenvolvimento nacional;

b) acompanhar o desenvolvimento da aviação civil nacional e internacional , através de


consultas a órgãos governamentais e privados, ao Sindicato Nacional dos Aeronautas,
bem como a outras entidades representativas de classe no Brasil e no exterior;

c) acompanhar o processo legislativo no Congresso Nacional especialmente em


questões relacionadas aos aspectos trabalhistas da profissão de aeronauta, à
participação de terceiros Estados em matéria de aviação civil nacional, e à assuntos
que envolvam direta ou indiretamente a· segurança de voo; ·

d} acompanhar no Executivo e no Judiciário os assuntos relacionados à matéria


jurídico-trabalhista dos aeronautas e a todos os outros temas que afetem o exercício da
profissão no país, visando apoiar politicamente as posições do segmento;

e) estimular e apoiar a formação de Frentes Parlamentares nos Legislativos dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inspiradas nas metas e objetivos deste
Estatuto;
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962 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

f) proporcionar apoio a programas, planos, atividades, ações governamentais e a


iniciativas privadas que visem ao aprimoramento das condições profissionais dos
aeronautas, à capacitação e especialização de recursos humanos para a atuação no
setor, à manutenção ou ampliação dos postos de trabalho do segmento, e à promoção
da segurança de voo;

g) apoiar e incentivar programas ligados à elaboração e ao aprimoramento de estudos


que privilegiem o desenvolvimento da profissão de aeronauta, sobretudo aqueles
voltados à educação regulatória e de técnicas operacionais aeronáuticas;

h) promover a conscientização dos entes políticos e empresariais sobre a importância


de um alto padrão de controle de escalas de tripulações, como vigoroso fator de
produtividade e segurança operacional; e

i) promover a integração da classe patronal, das organizações de trabalhadores, das


entidades da sociedade civil e dos governos municipais e estaduais para o
desenvolvimento das ações e a implementação das propostas da FRENTE.

CAPÍTULO 11

DA ORGANIZAÇÃO

Artigo 3°. A FRENTE tem a seguinte estrutura:

I - Assembleia Geral;
11 - Diretoria;
111- Secretaria-Executiva;

Artigo 4°. A Assembleia Geral, órgão de deliberação soberano da FRENTE, é formada


por todos os Parlamentares que a ela aderirem.

§ 1°. A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinária ou extraordinariamente, por convocação


do Presidente ou a requerimento de pelo menos 1/3 (um terço) dos Parlamentares
filiados, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

§ 2°. A Assembleia Geral será instalada com a presença de qualquer número de seus
filiados, sendo as deliberações aprovadas por maioria simples.

Artigo 5°. A Diretoria compõe-se de Presidente, Vice-Presidente, 1o Vice-Presidente,


Secretário-Geral, Secretário Executivo, Coordenador Institucional e 5 (cinco)
Coordenadores Regionais, definidas as regiões como Sul, Sudeste, Centro-Oeste,
Nordeste e Norte.

Artigo 6°. Os Membros da Diretoriaferão eleitos para o período de um ano, podendo .


ser reeleitos. ·.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 963

Artigo 7°. A Secretaria-Executiva, composta pelo P~esidente, ,Vice-Presidente _e


Secretário-Geral, para melhor desempenho· de suas funçoes, ·podera valer-se de ap~J?
dos gabinetes dos Parlamentares da Diretoria e dos Membros da FRENTE, e se reumra
sempre que convocada por qualquer de seus membros.

CAPiTULO 111

DAS COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES ORGANIZACIONAIS

Artigo 8°. À Assembleia Geral compete:

I - eleger os membros da Diretoria;


li - aprovar os relatórios da FRENTE;
111- zelar pelo cumprimento das disposições deste Estatuto;
IV- alterar o presente Estatuto, decidindo, inclusive, sobre os possíveis casos omissos;
e
V - deliberar sobre assuntos para os quais for convocada.

Artigo 9°. À Diretoria compete:

I - zelar pelo bom funcionamento dos trabalhos de responsabilidade da FRENTE;


li- estabelecer as Diretrizes Estratégicas de Ação para os respectivos mandatos;
111 - promover iniciativas que facilitem a integração dos diferentes segmentos da
aviação civil com a FRENTE e com as Frentes Parlamentares congêneres dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, com a colaboração dos Coordenadores de Área;
IV - incentivar a difusão e a defesa dos ideais da FRENTE junto aos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário; e
V- interagir com as demais Frentes Parlamentares, em especial com as que lidam com
assuntos relacionados à aviação civil.

Artigo 10. À Secretaria-Executiva compete:

I- prestar assistência direta aós demais.membros da Diretoria;


li- implantar as Diretrizes Estratégicas de Ação definidas pela Diretoria;
111 - acompanhar as matérias e os temas de interesse geral dos aeronautas nos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, sugerindo iniciativas políticas julgadas
pertinentes;
IV - elaborar, inclusive, em articulação com os órgãos representativos de classe,
pareceres, notas técnicas, informações e propostas de proposições legislativas;
V- planejar e preparar a participação dos Parlamentares da FRENTE em eventos de
interesse político da classe profissional dos aeronautas;
VI - divulgar periodicamente as ações da FRENTE e de seus componentes, bem como
as dos setores interessados que sejam cabíveis;
VIl- planejar e coordenar a realização de eventos promovidos pela FRENTE;
VIII- executar, coordenar, controlar as atividades da secretaria, expediente, cerimonial,
relações públicas, propaganda e comunicação social da FRENTE;
IX - manter atualizados os cadastros dos Parlamentares m bros;

J
964 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

X - incrementar o intercâmbio com as com1ssoes do Congresso Nacional e os


gabinetes dos Parlamentares da FRENTE;
XI - incrementar o intercâmbio com as assessorias do Executivo Federal, do Judiciário
e das autoridades de Aviação Civil; e
XII- sugerir iniciativas que visem à melhoria do funcionamento da FRENTE.

Artigo 11. Aos Coordenadores Regionais compete:

1--: planejar, coordenar e supervisionar as atividades de sua área de atuaÇão;


11 - propor à Secretaria-Executiva estratégias de trabalho junto ao Poder Legislativo,
mantendo permanente relacionamento com os parlamentares que possam atuar à
frente das matérias relacionadas com toda a Aviação Geral, seja ela, Regular, Agrícola
e Táxi Aéreo; ·
11 I - acompanhar a evolução de questões político-econômicas da aviação regular
nacional e internacional , levantando e sugerindo possíveis pautas de atuação da Frente
diante das informações colhidas;
IV- prestar assistência direta aos demais membros da Diretoria;
V- implantar as Diretrizes Estratégicas de Ação definidas pela Diretoria para sua área
de atuação;
VI - estabelecer contato permanente com as Autoridades de Aviação Civil nacionais e
internacionais, acompanhando o surgimento de novas normativas que afetem direta ou
indiretamente a Aviação Geral, seja ela, .Regular, Agrícola e Táxi Aéreq; e . . .
VIl - divulgar periodicamente as ações da Secretaria de Aviação Regular e de seus
componentes. ·

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES, ASSESSORES E AUXILIARES

Artigo 12. Ao Presidente incumbe:

1- dirigir, coordenar e supervisionar as atividades da FRENTE;


li - delegar atribuições, especificando a autoridade e o limites da Delegação;
111 - convocar e presidir as reuniões de Diretoria, da Secretaria-Executiva e da
Assembleia Geral;
IV - assinar todos os documentos emitidos pela Frente; e
V - praticar os demais atos necessários à consecução das finalidades da FRENTE.

Artigo 13. Ao Vice-Presidente incumbe:

I - substituir o Presidente em ausências e seus impedimentos, observando, na ordem


dos presentes, o que cumula maior número de mandatos;
11- exercer outras atribuições que lhes forem delegadas.

Artigo 14. Ao Secretário-Geral incumbe:


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 965

1 - coordenar a elaboração das Atas das Reuniões de Diretoria e dos Trabalhos das
Assembleias Gerais;
11 - assessorar e assistir a Diretoria, e a Assembleia Geral nos assuntos da
competência da Secretaria da FRENTE;
111- dirigir, orientar, coordenar e controlar as atividades da Secretaria da FRENTE;
IV- expedir os demais atos normativos necessários à organização e ao funcionamento
da Secretaria da FRENTE;
V - exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo Presidente.
VI- supervisionar e coordenar a atuação dos Coordenadores de Área;

Artigo 15. Aos Coordenadores Regionais compete:

I - coordenar e supervisionar as atividades da Coordenação .Regional em sua área de


atuação;
11 - coordenar a implantação das Diretrizes Estratégicas de Ação definidas pela
Diretoria para sua área de atuação;
111 -exercer outras atribuições que lhe forem delegadas pelo Presidente.

CAPÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 16. As dúvidas e os casos omissos surgidos na aplicação do presente Estatuto


serão dirimidos pela Assembleia Geral.

Artigo 17. O presente Estatuto poderá ser alterado em Assembleia Geral


Extraordinária, especialmente convocada para esse fim, desde que conte com um
quórum mínimo de 50% (cinquenta por cento) dos filiados e com, pelo menos, 2/3 (dois
terços) de votos favoráveis dos filiados presentes.

Artigo 18. Os cargos de dirigentes da FRENTE não são remunerados.

Artigo 19. As eleições para os cargos de dirigentes da FRENTE ocorrerão anualmente,


na segunda quinzena do mês de abril.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 20. A 1a Diretoria será eleita em assembleia de criação da F NTE. ~

~
Brasília, 08 de setembro de 2015.

:~~
i
966 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

CONFERÊNCIA DE ASSINATURAS
(55a Legislatura 2015-2019)
30/09/2015 15:09:01
Página: 1 de 5

Proposição: Acír

Autor da Proposição: JERÓNIMO GOERGEN E OUTROS

Data de Apresentação: 17/09/2015

Ementa: Requer o registro da Frente Parlamentar Mista dos Aeronautas - FPAer.


Possui Assinaturas Suficientes: CONFERINDO
Totais de Assinaturas:
r~~:f~:~z:m= ~. ~i-~l
Fora do Exercicio
.
000
( 21 Senadores
+ I

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- ... -.~~~
f-R_et_ír_ad_a_s_ _-li _____ ---~g_o1
Total i _?!_~

Assinaturas Confirmadas
1 ADAIL CARNEIRO PHS CE
2 ADELMO CARNEIRO LEÃO PT MG
3 ADEMIR CAMILO PROS MG
4 ADILTON SACHETII PSB- MT
5 AELTON FREITAS PR MG
6 AFONSO MOITA PDT RS
7 AGUINALDO RIBEIRO pp PB
8 ALAN RICK PRB AC
9 ALBERTO FILHO PMDB MA
10 ALBERTO FRAGA DEM DF
11 ALCEU MOREIRA PMDB RS
12 ALEXANDRE VALLE PRP RJ
13 ALFREDO KAEFER PSDB PR
14 ALIEL MACHADO PCdoB PR
15 ALUISIO MENDES PSDC MA
16 ANDRÉ FIGUEIREDO PDT CE
17 ANDRES SANCHEZ PT SP
18 ANGELIM PT AC
19 ANTONIO BULHÓES PRB SP
20 ANTONIO IMBASSAHY PSDBI
BA
21 ARNALDO FARIA DE SÁ PTB SP
22 ARNALDO JORDY PPS PA
23 ARTHUR LIRA pp AL
24 ASSIS DO COUTO PT PR
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 967

25 ÁTILA LINS PSD AM


26 AUGUSTO COUTINHO SD PE
27 AUREO SD RJ
28 BEBETO PSB BA
29 BENJAMIN MARANHÃO SD PB
30 BETINHO GOMES PSDB PE
31 BILAC PINTO p~ MG
32 BRUNO COVAS PSDB SP
33 CABO SABINO PR CE
34 CABUÇU BORGES PMDB AP
35 CAIO NARCIO PSDB MG
36 CARLOS ANDRADE PHS RR
37 CARLOS GOMES PRB RS
38 CARLOS HENRIQUE GAGUIM PMDB TO
39 CARLOS MANATO SD ES
40 CELSO JACOB PMDB RJ
41 CELSO MALDANER PMDB se
42 CESAR HALUM PRB TO
43 CÉSAR MESSIAS PSB AC
44 CHICO ALENCAR PSOL RJ
45 CHICO LOPES PCdoB CE
46 CHRISTIANE DE SOUZA YARED PTN PR
47 CLARJSSA GAROTINHO PR RJ
48 CLEBER VERDE PRB MA
49 CONCEIÇÃO SAMPAIO pp AM
50 DAMIÃO FELICIANO PDT PB
51 DANIEL ALMEIDA PCdoB BA
52 DANRLEI DE DEUS HINTERHOLZ PSD RS
53 DARCISJO PERONDI PMDB RS
54 DAVIDSON MAGALHÃES PCdoB BA
55 DELEGADO EDSON MOREIRA PTN MG
56 DELEY PTB RJ
57 DILCEU SPERAFICO PP PR
58 DOMINGOS NETO PROS CE
59 DR. JOÃO PR RJ
60 DR. JORGE SILVA PROS ES
61 EDIO LOPES PMDB RR
62 ELIZEU DIONIZIO SD MS
63 ENIOVERRI PT PR
64 ERIKAKOKAY PT DF
65 EROS BIONDINI PTB MG
66 ESPERIDIÃO AMIN pp se
67 EVAIR DE MELO PV ES
68 EVANDRO GUSSI PV SP
69 EVANDRO ROMAN PSD PR
70 FÁBIO FARIA PSD RN
71 FELIPE BORNJER PSD RJ
72 FERNANDO JORDÃO PMDB RJ
73 FERNANDO MONTEIRO pp PE
968 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

74 FLÁVIA MORAIS PDT GO


75 FRANCISCO CHAPADINHA PSD PA
76 FRANCISCO FLORIANO PR RJ
77 GILBERTO NASCIMENTO PSC SP
78 GIUSEPPE VECCI PSDB GO
79 GIVALDO VIEIRA PT ES
80 GONZAGA PATRIOTA PSB PE
81 GOULART PSD SP
82 HERMES PARCIANELLO PMDB PR
83 HILDO ROCHA PMDB MA
84 HUGO LEAL PROS RJ
85 IZALCI PSDB DF
86 JAIME MARTINS PSD MG
87 JAIR BOLSONARO PP RJ
88 JEFFERSON CAMPOS PSD SP
89 JERÓNIMO GOERGEN pp RS
90 JO MORAES PCdoB MG
91 JOÃO CAMPOS PSDB GO
92 JOÃO DERLY PCdoB RS
93 JOÃO FERNANDO COUTINHO PSB PE
94 JOÃO GUALBERTO PSDB BA
95 JOÃO RODRIGUES PSD se
96 JONYMARCOS PRB SE
97 JORGE SOLLA PT BA
98 JOSÉ ROCHA PR BA
99 JOSE STÉDI LE PSB RS
100 JOSUÉ BENGTSON PTB PA
101 JÚLIA MARINHO PSC PA
102 JÚLIO DELGADO PSB MG
103 JUNIOR MARRECA PEN MA
104 KEIKO OTA PSB SP
105 LAERCIO OLIVEIRA SD SE
106 LAUDIVIO CARVALHO PMDB MG
107 LÁZARO BOTELHO pp TO
108 LEO DE BRITO PT · AC
109 LEONARDO MONTEIRO PT MG
110 LINCOLN PORTELA PR MG
111 LOBBE NETO PSDB SP
112 LUCIO MOSQUINI PMDB RO
113 LUIZ CARLOS HAULY PSDB PR
114 LUIZ CARLOS RAMOS PSDC RJ
115 LUIZ CLÁUDIO PR RO
116 LUIZ COUTO PT PB
117 LUIZ NISHIMORI PR PR
118 LUIZ SÉRGIO PT RJ
119 MAINHA SD Pl
120 MANDETTA DEM MS
121 MANOEL JUNIOR PMDB PB
122 MARCELO ÁLVARO ANTONIO PRP MG
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 969

123 MARCELO BELINATI pp PR


124 MARCELO SQUASSONI PRB SP
125 MARCO TEBALDI PSDB se
126 MARCOS MONTES PSD MG
127 MARCOSROTIA PMDB AM
128 MARCUS VICENTE pp ES
129 MARIA DO ROSARIO PT RS
130 MARIA HELENA PSB RR
131 MARIO NEGROMONTE JR. pp BA
132 MAURO LOPES PMDB MG
133 MAURO MARIANI PMÓB se
134 MAURO PEREIRA PMDB RS
135 MILTON MONTI PR . SP
136 MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO PP SP
137 MOEMA GRAMACHO PT BA
138 MOSES RODRIGUES PPS CE
139 NELSON MARCHEZAN JUNIOR PSDB RS
140 NELSON MARQUEZELLI PTB SP
141 NELSON MEURER pp PR
142 NEWTON CARDOSO JR PMDB MG
143 NILSON LEITÃO PSDB MT
144 NILTOTATIO PT SP
145 ODELMO LEÃO PP MG
146 ONYX LORENZONI DEM RS
147 OSMAR SERRAGLIO PMDB PR
148 OSMAR TERRA PMDB RS
149 OTAVIO LEITE PSDB RJ
150 PASTOR FRANKLIN PTdoB MG
151 PAUDERNEY AVELINO DEM AM
152 PAULO FEIJÓ PR . RJ
153 PAULO FOLETIO PSB ES
154 PAULO PIMENTA PT RS
155 PAULO TEIXEIRA PT SP
156 PEDRO FERNANDES PTB MA
157 PENNA PV SP
158 PROFESSOR VICTÓRIO GALLI PSC MT
159 RAFAELMOTIA PROS RN
160 RAIMUNDO GOMES DE MATOS PSDB CE
161 RENATO MOLLING pp RS
162 RICARDO IZAR PSD SP
163 ROBERTO ALVES PRB SP
164 ROCHA PSDB AC
165 RODRIGO PACHECO PMDB MG
166 RÓMULO GOUVEIA PSD PB
167 RONALDO CARLETTO pp BA
166 RONALDO FONSECA PROS DF
169 RONALDO LESSA PDT AL
170 RONALDO MARTINS PRB CE
171 RUBENS BUENO PPS PR
970 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

172 RUBENS PEREIRA JÚNIOR PCdoB MA


173 SANDROALEX PPS PR
174 SERGIO VIDIGAL PDT ES
175 SERGIO ZVEITER PSD RJ
176 SILVIO COSTA PSC PE
177 SÓSTENES CAVALCANTE PSD RJ
178 STEFANO AGUIAR PSB MG
179 SUBTENENTE GONZAGA PDT MG
180 TENENTE LÚCIO PSB MG
181 TEREZA CRISTINA PSB MS
182 TONINHO WANDSCHEER PT PR
183 ULDURICO JUNIOR PTC BA
184 VALADARES FILHO PSB SE
185 VANDER LOUBET PT MS
186 VENEZIANO VITAL DO R~GO PMDB PB
187 VICENTINHO JÚNIOR PSB TO
188 WADIH DAMOUS PT RJ
189 WADSON RIBEIRO PCdoB MG
190 WALNEY ROCHA PTB RJ
191 WASHINGTON REIS PMDB RJ
192 WELITON PRADO PT MG
193 ZÉ CARLOS PT MA

Requerirnento n° 3.039 de 2015


Frente Parlamentar Mist a dos Aeronautas - FPAer
Requere nte: Deputado .Je_r ónimo Goergen
Conferência em 29 de setembro de 2015

Senador__!~) Partido UF Conf'ere? fls.


Aclr Gurgacz PDT RO SIM 3
Randolfe Rodrigues PSOL AP SIM 3
Vanessa Grazziotin PCdoB AM SIM 3
Cristovarn Buarque PDT DF SIM 3
Humberto Costa PT PE SIM 3
Angela Portela PT RR SIM 3
AnaAmélia pp RS SIM 4
Dou1011as Cintra PTB PE SIM s
Paulo Paim PT RS SIM 6
José Pimentel PT CE SIM 7
Randolfe Rodrigues AP SIM 8 Rep
P aulo Bauer PSDB se S IM 8
Anqela P ortela _p:p- RR S IM 8 Rep
Humberto costa ....--P=F-- PE SIM 8 Rep
Gleisl Hoffmann PT PR SIM 8
VValdemir Moka PMDB MS SIM 8
Pau lo Paim ~ RS SIM 9 Rep
VVilder Morais DEM GO SIM 9
Donizeti Nogueira PT TO srM 9
Vicentinho Alves PR TO SIM 9
Davi Alcolumbre D EM AP S IM 9
Gladson Cameli pp AC SIM 10
Valdir Rau_QQ_ PMDB RO SIM 11
Zeze P erretla PDT MG SIM 11
Vanessa Grazziotin -~ AM SI M 12 R ep
Romero Jucá PMDB RR S IM 12
Ana Arnélia -··
BP--- RS SIM 12 Rep
Assinaturas analisadas 27
Con.-ar&Rl corn aa originais 27
Re~Jetlaas 6
Assinaturas Válidas 21

REQ 3.039/2015
Autor: J erônimo Goergen

Data da 16/09/2015
Apresentação:

Ementa: Requer o registro da Frente Pà.-lamentar M ista dos Aer-onautas -


FPAe.-.
Forma de Requerime nto
Apreciação:
Texto Registr-e-se. Publique- se .
Despacho:

EDUA;.DO~
Em 30/09/2015

Presidente '
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 971

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 137, DE 2015


(Do Sr. Alceu Moreira)

Acrescenta dispositivo ao art. 159 da Constituição Federal, para destinar parcela do Fundo de
Participação dos Municípios aos municípios com até 70 mil habitantes situados na orla marí-
tima brasileira.
(APENSE-SE À(AO) PEC-38/2015. PROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO DO PLENÁRIO. REGIME DE
TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 141, DE 2015
(Do Sr. Capitão Augusto)

Altera o art. 150 da Constituição Federal, para vedar a incidência de imposto sobre as gratifi-
cações e adicionais de risco de vida e regime especial de trabalho policial
(À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO
DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 142, DE 2015
(Do Sr. Fausto Pinato)

Acrescenta o artigo 101 ao Ato de Disposições Constitucionais Transitórias, para disciplinar


as permissões de serviços públicos por prazo indeterminado, anteriores à Constituição Fede-
ral de 1988
(À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO
DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 145, DE 2015
(Do Sr. Jhc)

Altera a Constituição Federal para criar a carreira de Procurador Estatal


(À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO
DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 146, DE 2015
(Do Sr. Pastor Franklin)

Inclui inciso XVIII ao Art. 49 da Constituição Federal para estabelecer a competência exclusi-
va do Congresso Nacional para decidir definitivamente sobre a constitucionalidade de lei e §
6º ao art. 60 para estabelecer que não é cabível controle de constitucionalidade de emenda
à Constituição
(À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO
DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL)
COMISSÕES

ATAS

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA QUADRAGÉSIMA OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA (AUDIÊNCIA PÚBLICA) REALIZADA EM 3
DE SETEMBRO DE 2015.
Às dez horas e vinte e cinco minutos do dia três de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comissão
de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Anexo II, Plenário 6 da Câmara dos De-
putados. Estiveram presentes os Deputados: Carlos Henrique Gaguim – Vice-Presidente; Dilceu Sperafico, Evair
de Melo, Francisco Chapadinha, Hélio Leite, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Odelmo Leão, Raimundo Gomes de
972 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Matos, Ricardo Teobaldo, Silas Brasileiro e Zé Carlos – Membros Titulares; Carlos Melles, João Rodrigues, Lázaro
Botelho, Luciano Ducci, Marcelo Aro, Nelson Marquezelli, Professor Victório Galli, Rocha e Sergio Souza – Su-
plentes. Compareceram também os Deputados Ezequiel Fonseca e Weliton Prado, como não-membros da Co-
missão. Deixaram de comparecer os Deputados Abel Mesquita Jr., Adilton Sachetti, Afonso Hamm, André Ab-
don, Assis do Couto, Beto Faro, Bohn Gass, Celso Maldaner, César Halum, César Messias, Elcione Barbalho, Evan-
dro Roman, Heitor Schuch, Heuler Cruvinel, Irajá Abreu, Jerônimo Goergen, João Daniel, Jony Marcos, Josué
Bengtson, Kaio Maniçoba, Luis Carlos Heinze, Marcelo Castro, Marcon, Nelson Meurer, Newton Cardoso Jr, Nil-
son Leitão, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Lessa, Sérgio
Moraes, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção, Zé Silva e Zeca do PT. Justificaram a ausência os Depu-
tados: César Messias, Heitor Schuch, Heuler Cruvinel e Roberto Balestra. ABERTURA: O Presidente em exercício,
Deputado Carlos Henrique Gaguim, declarou aberta a reunião, cumprimentou todos e agradeceu a presença.
Em seguida, esclareceu que o propósito da Audiência seria debater a importação de Café Verde – tema do Re-
querimento nº 74/2015, de autoria do Deputado Evair de Melo – e discutir o PL 1.713/2015, que “Institui a Po-
lítica Nacional de Incentivo à produção de Café de Qualidade”, objeto do Requerimento nº 118/2015, de auto-
ria do Deputado Luiz Claudio. O Presidente explicou os procedimentos para uso da palavra na reunião e con-
vidou para compor a Mesa: Deputado Silas Brasileiro – Presidente do Conselho Nacional do Café – CNC; André
Nassar – Secretário de Política Agrícola – SPA/MAPA; Gabriel Ferreira Bartholo – Gerente-Geral da Embrapa Café;
Cláudio Borges – Gestor de Projetos da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-
-Brasil; Pedro Rodrigues Alves Silveira – Analista da Gerência Técnica e Econômica da Organização das Coope-
rativas Brasileiras (OCB); Nathan Herszkowicz – Diretor-Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café
– ABIC; Pedro Guimarães Fernandez – Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel – ABICS;
Guilherme Braga – Diretor-Geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil; Breno Pereira de Mesquita
– Diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais e Presidente da Comissão Técnica
de Café da CNA; Ênio Queijada – Gerente da Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios do Serviço Bra-
sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE; Marcus Mendes de Magalhães – Presidente do Sin-
dicato dos Corretores de Café do Estado do Espírito Santo – ES; Vanusia Nogueira – Diretora Executiva da As-
sociação Brasileira de Cafés Especiais. Após assumir a presidência da Mesa, o Deputado Evair de Melo mencio-
nou o crescente investimento realizado no Brasil em busca do aumento da qualidade do café e destacou a
atuação das entidades presentes à Audiência, em seguida passou a palavra aos convidados: Deputado Silas
Brasileiro teceu em sua apresentação considerações sobre qualidade e importação do café. Ele informou que
o fomento à qualidade do café envolve o incentivo à adoção de boas práticas no campo e na indústria, além
da necessidade de se educar o consumidor final a valorizar tipos de café com qualidade superior. Entretanto a
expansão da demanda interna depende de programas de promoção dos atributos de qualidade e está direta-
mente relacionada ao poder aquisitivo da população. Já no âmbito internacional, o Brasil desponta como um
grande fornecedor de cafés de alta qualidade, com aumento de 60% nas exportações em 2014. O Deputado
destacou o papel das cooperativas como facilitadoras ao acesso dos produtores a recursos importantes para
elevar a qualidade dos cafés. Desse modo, permite-se que o cafeicultor brasileiro receba, em média, mais de
85% do valor da exportação do café. Com relação à atuação do CNC, o Deputado Silas Brasileiro informou que
o Conselho defende a retomada das discussões para o estabelecimento de padrões oficiais de identidade e
qualidade do café industrializado, visando à garantia de qualidade do café referendada pelo poder público e
à ampliação da fiscalização na indústria para coibir fraudes – em especial, a adição de matérias estranhas ao
café, como milho e cevada, antes da sua torrefação. Quanto à importação de café verde, destacou que o CNC
entende a necessidade de se debater o assunto e não cria objeção inicial às discussões, mas que discorda de
medidas que sejam adotadas sem consultas prévias ao setor produtivo, haja vista o risco de ocorrer impactos
reversos e gerar prejuízos econômicos aos cafeicultores; Cláudio Borges inicialmente destacou parcerias reali-
zadas pela APEX com as entidades Sindicafe/SP, ABIC e BSCA desde 2002. Em seguida, fez uma análise da ma-
triz SWOT com relação aos cafés especiais produzidos pelo Brasil, mencionando como pontos fortes, dentre
outros aspectos: capacidade de oferta, o fato da tecnologia brasileira de produção de cafés ser a melhor do
mundo, e a alta margem de lucro dos cafés especiais. Os principais pontos fracos destacados na matriz foram:
poucos produtores qualificados para atuar globalmente, baixa capacitação gerencial dos pequenos produto-
res, dificuldades no acesso aos canais de distribuição e ausência de mecanismos de seguro e financiamento às
exportações. Como principal oportunidade, foi destacado o fato de o mercado estar em expansão nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Já a grande ameaça apontada foi a forte concorrência no mercado in-
ternacional, disse Cláudio; Pedro Rodrigues Alves Silveira informou que existem, ao total, 102 cooperativas de
café no Brasil, das quais 50 são especializadas em cafés do tipo gourmet. 58% dessas cooperativas estão loca-
lizadas em Minas Gerais e 14% no Espírito Santo. Ele explicou que as cooperativas são responsáveis pelo arma-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 973

zenamento, beneficiamento e comercialização do café, bem como por fornecer insumos, serviços e assistência
técnica, além de estarem associadas à mitigação dos impactos provenientes da redução de renda; Guilherme
Braga destacou o aumento do consumo mundial de café, reportando que o crescimento do mercado interno
brasileiro foi inferior à média mundial nos últimos anos. Acrescentou que diversos mercados produtores pas-
saram a importar café, seja para complementar o volume de suas produções, seja para diversificar as opções
de tipos de café em seus mercados. Apresentou, também, a relação do volume de importações realizadas pelo
Brasil nos últimos quatro anos, com destaque para os cafés do tipo solúvel, dos quais foram importados 49 mil
sacas em 2014. Por fim, reiterou a necessidade de que haja uma discussão mais ampla acerca das importações
de café nas suas mais diversas formas, e não apenas relacionadas ao café verde, objeto da presente Audiência.
Após assumir a presidência da Mesa, o Deputado Luiz Claudio parabenizou a qualidade das palestras realizadas
e reportou a capacidade de geração de emprego da cafeicultura, e passou a palavra ao próximo convidado:
Gabriel Ferreira Bartholo informou que o foco da pesquisa na Embrapa atualmente reside na melhoria da qua-
lidade do café. Destacou que diversas regiões no País já atuam utilizando boas práticas agrícolas na cafeicul-
tura, aprimorando, dessa forma, a qualidade de suas produções. Isso faz com que os produtores atuem no
mercado de forma mais competitiva, proporcionando melhoria da qualidade de vida dos cafeicultores; Nathan
Herszkowicz inicialmente detalhou o significado do Selo de Pureza ABIC, explicando que é realizada, na meto-
dologia para que determinada marca possa adquirir o selo, análise detalhada dos componentes do café, a fim
de se verificar a presença de substâncias estranhas na amostra. Enfatizou, também, que a produção de café
gourmet adquiriu grande importância no âmbito de atuação da ABIC, quando, no ano de 2004, foi lançado o
Programa de Qualidade do Café, por meio do qual são emitidos certificados de qualidade para cafés que aten-
dem padrões predeterminados; Pedro Guimarães Fernandez explicou que a indústria de café solúvel brasileira
enfrenta graves problemas. Para corrigi-los, a ABICS pretende estabelecer parcerias visando aumentar a efici-
ência produtiva da indústria nacional. O café solúvel tem grande aceitação no mercado externo, entretanto a
grande maioria do café solúvel exportado pelo Brasil não é comercializada como produto final, permitindo que
países importadores desse produto, como os Estados Unidos, tenham maior lucratividade ao concluir o pro-
cesso de industrialização e revender o produto acabado. Reportou que o mercado do sudeste asiático tem
grande perspectiva de crescimento, porém barreiras alfandegárias impedem que o Brasil possa exportar café
solúvel a países dessa região. Para que esse impasse possa ser solucionado, o presidente da ABICS mencionou
que a Associação necessita de auxílio para negociar acordos e, assim, poder penetrar nesse promissor merca-
do, destacando que países como México e Equador, que não são tradicionais produtores de café, não têm bar-
reiras à entrada nesse mercado. Por fim, explicou que para o desenvolvimento da indústria do café solúvel no
Brasil, é necessário que as empresas do ramo tenham acesso a produto com o mesmo nível de preço que os
competidores internacionais, que importam sua matéria prima de países como Vietnã, Equador e Índia; Vanu-
sa Nogueira destacou que o café brasileiro é uma marca mundialmente reconhecida, inclusive por sua quali-
dade, mas que não há a divulgação necessária para que a marca possa desenvolver todo seu potencial. Repor-
tou a intenção da BSCA em criar um portal para divulgar os diferentes tipos de café existentes no território
brasileiro e informar técnicas corretas de melhores práticas de plantio e torra do café; André Nassar defendeu
que a destinação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé (para pesquisa e marketing)
deve ser apresentada pelos membros do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC ao Ministério. Outra
questão destacada foi o endividamento do setor. A respeito da importação de café, informou que a ministra
Kátia Abreu pretende discutir abertura de mercado. Após o Deputado Evair de Melo reassumir a presidência
da Mesa, Marcus Mendes de Magalhães ressaltou a importância e fez considerações acerca do PL 1.713/2015,
além de manifestar, em nome do Sindicato, apoio ao PL; Breno Pereira de Mesquita destacou os riscos ao Bra-
sil da importação de café verde. Informou que a produção de café no Brasil é um exemplo para o mundo, por
ser o País líder da produção de café ambientalmente correta e socialmente justa. Porém, mencionou o alto
custo de produção como a principal desvantagem competitiva do Brasil frente aos demais países produtores
de café. Ênio Queijada explicou que a estratégia do SEBRAE é aumentar a competitividade, eficiência produti-
va e gestão dos pequenos negócios relacionados ao café, com foco em cafés especiais, diferenciados, de ori-
gem, sustentáveis e procedentes de origens geográficas singulares, de modo a agregar valor aos produtos e
gerar maior renda aos produtores. Como proposições necessárias, ele citou: buscar um conceito mais objetivo
para o café de qualidade, uniformização das estatísticas de comércio exterior – alto potencial exportador, po-
rém com números diferentes, ampliar o Funcafé para produtores de cafés especiais, e buscar melhor integração
e governança da cadeia produtiva – agenda estratégica integrada. O Deputado Carlos Melles defendeu que as
políticas relacionadas ao café sejam realizadas de forma independente pelo FUNCAFÉ, de modo que o Gover-
no abra mão do controle estatal sobre esse ramo da agricultura. Por fim, o Presidente passou a palavra aos
convidados para as considerações finais. Nada mais havendo a tratar, o Presidente agradeceu a todos e encer-
974 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

rou os trabalhos às quatorze horas e um minuto. Antes, porém, convocou os Senhores Parlamentares para
Reunião Ordinária (Audiência Pública), no dia 15 de setembro, terça-feira, às 14h30 horas, no Plenário 6. O in-
teiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrarem o acervo documental desta reunião. E, para
constar, eu, Moizes Lobo da Cunha, ______________________________, secretário, lavrei a presente Ata, que
por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Evair de Melo _____________________
____________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA QUINQUAGÉSIMA PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA (AUDIÊNCIA PÚBLICA) REALIZADA EM
15 DE SETEMBRO DE 2015.
Às catorze horas e quarenta e sete minutos, do dia quinze de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Anexo II, Plenário 4 da Câmara
dos Deputados. Estiveram presentes os Deputados: Carlos Henrique Gaguim e Nilson Leitão – Vice-Presiden-
tes; Adilton Sachetti, Celso Maldaner, César Messias, Dilceu Sperafico, Evair de Melo, Evandro Roman, Francis-
co Chapadinha, Heitor Schuch, Hélio Leite, Luis Carlos Heinze, Luiz Nishimori, Marcelo Castro, Nelson Meurer,
Odelmo Leão, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo, Rogério Peninha Mendonça, Silas Brasileiro, Zé
Carlos e Zé Silva – Titulares; Afonso Motta, Alexandre Baldy, Luciano Ducci, Marcelo Aro, Professor Victório Galli
e Rocha – Suplentes. Compareceu também o Deputado Tenente Lúcio, como não-membro. Deixaram de com-
parecer os Deputados Abel Mesquita Jr., Afonso Hamm, André Abdon, Assis do Couto, Beto Faro, Bohn Gass,
César Halum, Elcione Barbalho, Heuler Cruvinel, Irajá Abreu, Jerônimo Goergen, João Daniel, Jony Marcos, Josué
Bengtson, Kaio Maniçoba, Luiz Cláudio, Marcon, Newton Cardoso Jr, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Roberto
Balestra, Ronaldo Lessa, Sérgio Moraes, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção e Zeca do PT. ABERTU-
RA: O Presidente em exercício, Deputado Heitor Schuch, declarou aberta a reunião, cumprimentou todos e
agradeceu a presença. Em seguida, esclareceu que o propósito da Audiência seria “Discutir e apresentar alter-
nativas frente às constantes quedas de tensão e a baixa qualidade da energia elétrica fornecida ao meio rural
brasileiro”, objeto do Requerimento nº 109/2015, de sua autoria. O Presidente explicou os procedimentos para
uso da palavra na reunião e convidou para compor a Mesa: AURÉLIO PAVÃO DE FARIAS, diretor do Programa Luz
Para Todos, da Secretaria de Energia Elétrica/MME; AYRES LUIZ APOLINÁRIO, Conselheiro-Presidente da Agên-
cia Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande Sul – AGERGS; ANDRÉ DE OLIVEIRA
MEIRELLES, Gerente de Gestão de Ativos da Companhia Rio Grande Energia – RGE; JÂNIO VITAL STEFANELLO,
Presidente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do
Sul – Fecoergs, Presidente da Cooperativa de Energia – Coprel, representante do Sistema de Organização das
Cooperativas Brasileiras – OCB e da Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia – Certel; PAULO DE TARSO
GASPAR PINHEIRO MACHADO, Diretor-Presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE/RS; JOSÉ
BENEMÍDIO ALMEIDA, Presidente da Cooperativa de Eletrificação Centro Jacui Ltda – Celetro; NILO CESAR DE
OLIVEIRA, Superintendente de Gestão de Programas Setoriais da Eletrobrás; CRISTIANO PALAVRO, Consultor
da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, representando a Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil – CNA; HUGO LAMIN, Superintendente Adjunto da Superintendência de Regulação dos Serviços de Dis-
tribuição – ANEEL; ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA – Diretor da AES-SUL. O presidente repassou a palavras aos
convidados para suas considerações: Nilo César de Oliveira discorreu sobre a atuação da Eletrobrás no “Pro-
grama Luz Para Todos” e a situação no Estado do Rio Grande do Sul; Aurélio Pavão de Farias falou sobre os as-
pectos jurídicos e sociais do programa, as metas definidas e alcançadas, além das dificuldades em encontrar
recursos para atender as comunidades isoladas e as regiões remotas; Ayres Luiz Apolinário informou sobre as
responsabilidades da AGERGS e defendeu que há cinco problemas e possíveis soluções para a melhoria no for-
necimento de energia elétrica na área rural: o fraco nível de tensão da rede, que seria resolvido com a análise
de demandas semelhantes na região a fim de determinar a expansão do sistema elétrico com o ônus para as
distribuidoras ou a liberação de linhas de crédito; alimentadores muito longos que dificultam o controle da ten-
são e a qualidade da energia elétrica, que seria resolvido com a construção de subestações; a falta de equipes
de atendimento próximas aos consumidores, que poderia ser resolvido com a automação e melhores práticas
de manutenção; a falta de cobertura telefônica nas áreas rurais, a dificultar o contato entre os consumidores e
as distribuidoras, sugerindo a implementação de atendimento presencial e melhoria na área de cobertura; e,
por fim, a demora no atendimento de novas ligações à rede elétrica, a ser resolvido se forem incrementados
investimentos das distribuidoras para atender a demanda; Hugo Lamin discorreu sobre os critérios e as ações
adotadas pela Aneel a fim de garantir a qualidade da energia elétrica fornecida ao meio rural. A presidência da
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 975

Mesa foi repassada ao Deputado César Messias. Com a palavra, o Deputado Alceu Moreira criticou o valor e a
qualidade da energia elétrica fornecida, as dificuldades para financiar o aprimoramento e expansão no setor,
além de discorrer sobre os prejuízos causados aos moradores. O Deputado Heitor Schuch reassumiu a presi-
dência. O Presidente passou a palavra ao Deputado Estadual Adolfo Brito, que discorreu sobre um seminário
realizado na Assembleia Legislativa no Rio Grande do Sul a fim de debater o problema. Alegou que há falta de
recursos na distribuição de energia elétrica e apresentou um vídeo com o depoimento de moradores na re-
gião. Com a palavra, o Deputado Luis Carlos Heinze defendeu a expansão da infraestrutura, com a definição de
novas formas de custeio. Em seguida, o Presidente passou a palavra ao Sr. Jânio Vital Stefanello, que enfatizou
as ações tomadas pelas cooperativas e a necessidade de criação de políticas públicas para o setor energético,
inclusive, com a instituição de linhas de créditos com juros mais baixos. Com a palavra, o Deputado César Mes-
sias ressaltou a importância de melhorar a qualidade da energia elétrica no campo e da manutenção da rede.
Logo após, o Presidente passou a palavra ao convidados: José Benemídio Almeida enfatizou as realizações da
Celetro, defendeu o modelo atual de governança das cooperativas e atacou as determinações da Aneel para que
se transformassem em permissionárias de serviços públicos. Criticou, ainda, a burocracia e a demora da Aneel
em autorizar as ações da entidade, a qual executou o programa de eletrificação rural “Eletrificar” sem a ajuda
do governo; André de Oliveira Meirelles destacou as ações da RGE e as dificuldades de serem implementadas
as redes trifásicas na região; Antonio Carlos de Oliveira discorreu sobre as atividades da AES Sul, as regras que
cumpre por determinação pela Aneel e as previsões de investimento em eletrificação rural; e Paulo de Tarso
Gaspar Pinheiro Machado falou sobre a CEEE Distribuição no setor rural, as dificuldades que enfrenta e os pro-
jetos futuros para a melhoria na prestação dos serviços. Nada mais havendo a tratar, o Presidente agradeceu a
todos e encerrou os trabalhos às dezessete horas e cinquenta e um minutos. Antes, porém, convocou os Senho-
res Parlamentares para Reunião Ordinária (Deliberativa), dia dezesseis de setembro, quarta-feira, às dez horas,
no Plenário 6. O inteiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrarem o acervo documental
desta reunião. E, para constar, eu, Moizes Lobo da Cunha, ___________________________, secretário, lavrei
a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Heitor
Schuch _____________________________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA (AUDIÊNCIA PÚBLICA) REALIZADA EM
22 DE SETEMBRO DE 2015.
Às catorze horas e quarenta e cinco minutos do dia vinte e dois de setembro de dois mil e quinze, reuniu-
-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Anexo II, Plenário 13 da Câ-
mara dos Deputados. Presentes os Deputados Carlos Henrique Gaguim e Nilson Leitão – Vice-Presidentes; Adilton
Sachetti, Celso Maldaner, César Messias, Dilceu Sperafico, Evair de Melo, Heitor Schuch, Jony Marcos, Marcelo
Castro, Newton Cardoso Jr, Odelmo Leão, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo, Silas Brasileiro, Tereza
Cristina, Zé Carlos e Zé Silva – Titulares; Alexandre Baldy, Átila Lins, Domingos Sávio, Nelson Marquezelli, Professor
Victório Galli, Sergio Souza e Subtenente Gonzaga – Suplentes. Compareceram também os Deputados Gabriel
Guimarães, Goulart, Lucas Vergilio e Raquel Muniz, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados
Abel Mesquita Jr., Afonso Hamm, André Abdon, Assis do Couto, Beto Faro, Bohn Gass, César Halum, Elcione Bar-
balho, Evandro Roman, Francisco Chapadinha, Hélio Leite, Heuler Cruvinel, Irajá Abreu, Jerônimo Goergen, João
Daniel, Josué Bengtson, Kaio Maniçoba, Luis Carlos Heinze, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Marcon, Nelson Meurer,
Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça, Ronaldo Lessa, Sérgio Moraes, Val-
dir Colatto, Valmir Assunção e Zeca do Pt. Justificaram a ausência os Deputados César Halum, Evandro Roman,
Francisco Chapadinha, Hélio Leite e Luciano Ducci. ABERTURA: O Deputado Zé Silva, no exercício da Presidência,
declarou abertos os trabalhos e cumprimentou a todos, agradeceu a presença dos parlamentares e convidados,
e esclareceu que a reunião tinha a finalidade de “Discutir questões relativas à retomada das obras de conclusão
da Barragem de Berizal, na região do Alto Rio Pardo de Minas, em Minas Gerais”, objeto do Requerimento nº
029/2015, de autoria do Deputado Zé Silva – SD/MG. O Presidente esclareceu as regras para o procedimento da
reunião e convidou para compor a Mesa os seguintes convidados: IRANI BRAGA RAMOS – Secretário Nacional de
Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional; ANTONIO CARVALHO FEITOSA – Secretário Na-
cional Substituto de Irrigação do Ministério da Integração Nacional; Deputado Estadual PAULO GUEDES – Secre-
tário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais – Sedinor; ELIZABETH
SIQUEIRA JULIATTO – Coordenadora de Estudos Setoriais da Agência Nacional de Águas – ANA; GLÁUCO ROGÉRIO
DE ARAÚJO MENDES – Diretor de Infraestrutura Hídrica do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas –
976 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

DNOCS; CARLITO PEREIRA DA COSTA – Representante da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Taio-
beiras/MG – ACIT; e HÉLVIO LELES ARAÚJO – Presidente da ONG Amigos das Águas, de Taiobeiras/MG. O Presi-
dente registrou a presença e deu as boas-vindas aos seguintes participantes: Gustavo Xavier – Coordenador es-
tadual do DNOCS de Montes Claros/MG; aos Senhores Fernando Francisco Chagas, Jarbas de Oliveira, e Ermano
Pereira de Oliveira – Vereadores de Berizal/MG; Januário Francisco de Castro – Vereador de Taiobeiras/MG; Anaézio
Alves da Costa – Liderança política de Iturama/MG; José Maria Sucupira – Representante da Empresa Arruda Ali-
mentos de Taiobeiras/MG; e Juliana Pacheco – Secretária-Adjunta da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e
Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais – Sedinor. Após, o Presidente passou a palavra aos Senhores
convidados: Carlito Pereira da Costa, que cumprimentou a todos, agradeceu o convite para participar da Audiên-
cia Pública e ponderou que a distância do município de Berizal em relação ao centro do poder, em Brasília, talvez
explique o abandono que sofre aquela região. Enalteceu a iniciativa do Deputado Zé Silva em promover o deba-
te sobre a conclusão das obras da Barragem de Berizal, que vai revitalizar a sobrevivência da população da região.
Destacou que, em 2011, a comunidade foi alertada para o perigo de desertificação da região em razão da escas-
sez de chuva e que tal processo levaria 20 anos, caso nenhuma providência fosse tomada que pudesse reverter
essa previsão. Concluiu, dizendo, que a Barragem representa um potencial econômico expressivo para a região,
visto que poderá irrigar dez mil hectares de terras que poderão tornar-se produtivas e com capacidade de gerar
trinta mil empregos diretos; Hélvio Leles Araújo, que cumprimentou a todos, e fazendo uso de recursos audiovi-
suais, demonstrou a crítica situação que se encontram as obras abandonadas da Barragem de Berizal, com as
ferragens expostas e elevado risco de perda do que já foi construído e que compõe quarenta por cento da obra.
Relatou, ainda, sobre a situação degradante da população daquela região em razão da falta d’água e que motivou
a criação da ONG Amigos das Águas do Alto do Rio Pardo, que estabeleceram como meta a luta pela efetivação
da Barragem. Defendeu, também, o uso de tecnologia na solução definitiva desse problema e que esta respon-
sabilidade está nas mãos das pessoas, como seres inteligentes, e não em promessas de cunho religioso. Alegou,
também, que o baixo índice pluviométrico tem se mantido perene na região e a construção de barragens tem
demonstrado que existe solução hídrica que seja capaz de manter os empregos e proporcionar uma condição de
vida melhor para a população; Irani Braga Ramos, que cumprimentou a todos e agradeceu em nome do Ministro
Gilberto Occhi, o convite para participar da Audiência Pública e ressaltou que, preliminarmente, após contato
com o Ministério do Planejamento, obteve a informação que a construção da Barragem foi iniciada com recursos
federais, mas, para sua conclusão, seria necessário a participação e colaboração dos outros entes da federação,
especialmente do governo estadual. Enfatizou que tem conversado intensamente com representantes do gover-
no do estado de Minas Gerais sobre repartição e redução dos custos e que, ultimamente, as discussões têm con-
vergido favoravelmente, embora ainda sem definição de acordo para finalização das obras. Ressaltou, entretanto,
que tanto o Ministério do Planejamento quanto o Ministério da Integração estão convencidos da importância da
barragem, bem como da sua conclusão e que as questões de operação e manutenção serão equacionadas, de
forma hidrológica e economicamente sustentável. Concluiu, dizendo, que conta com a mobilização política para
superar os entraves técnicos e que o Ministério da Integração fornecerá toda a cooperação necessária para, tam-
bém, superá-los; Gláuco Rogério de Araújo Mendes, que cumprimentou a todos e afirmou que desde o ano de
dois mil e doze, quando iniciou seu trabalho no DNOCS, empreende esforços para que o projeto da Barragem
seja concretizado dado sua grande importância para aquela região. Ponderou ainda, utilizando recursos audio-
visuais, que a obra beneficiará os municípios de Berizal, Rio Pardo de Minas, São João do Paraíso, Taiobeiras, In-
diabira, Inhinheiras, todos no Estado de Minas Gerais, com uma cumulação de 340 milhões de metros cúbicos de
água, uma bacia de quatro mil hectares e terá uso múltiplo para a população. Discorreu sobre o histórico de sua
construção que se iniciou a partir do ano de mil, novecentos e noventa e oito e, logo após, houve interrupção em
razão de ações ambientais, para serem retomadas no ano de dois mil e quatro e finalizadas no ano de dois mil e
seis, com investimento à época de vinte e seis milhões e quinhentos. Informou, também, que já houve a obtenção
da outorga da Agência Nacional de Águas – ANA e que a licença de instalação da barragem foi liberada no ano
de dois mil e dez contendo algumas condicionantes que deverão ser atendidas com a retomada de sua constru-
ção, além da previsão de investimento em torno de duzentos e quarenta milhões para sua conclusão, em parce-
ria com o governo estadual de Minas Gerias. Finalizou, dizendo, que o orçamento necessário já está atualizado e
sua aplicação depende, apenas, da ação da bancada federal de Minas Gerais e autorização do Ministério do Pla-
nejamento; Deputado Estadual Paulo Guedes, que cumprimentou a todos e afirmou que, como diretor do DNOCS
de Minas Gerais no período de 2003 a 2006, conhece bem a realidade daquela região, bem como suas demandas.
Reiterou que a construção da barragem foi iniciada em mil, novecentos e noventa e oito e foi embargada no ano
de dois mil e dois e que, no ano de dois mil e quatro, era composta tão-somente de ferragem exposta. Relatou,
também, que do período de 1998 a 2006, constava todos esses anos na previsão orçamentária do DNOCS recur-
sos para a continuidade da obra, visto que foram concluídas a tomada d’água e o vertedouro, entre os anos de
2004 a 2006, após a concessão de licença ad referendum, pelo Secretário de Estado do Meio Ambiente à época.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 977

Completou ainda que, embora houvesse recursos no orçamento e a obra estivesse prevista no PAC/2207, havia
impedimento de prossegui-la porque a licença ambiental fora cassada a partir do ano de 2006. Ressaltou, entre-
tanto, que após muitos movimentos para efetivação da obra provenientes de agricultores familiares, comunida-
de, representantes dos municípios atingidos e autoridades em geral, o governo estadual acenou com a possibi-
lidade de solucionar definitivamente esse problema. Finalizou, dizendo, que foi instalada uma comissão técnica
integrada por oito secretarias estaduais, sob a coordenação da Sedinor, para avaliar todas as condicionantes que
impedem a execução da obra e elaborar um acordo de cooperação técnica e financeira entre o governo estadu-
al e o governo federal. O Presidente prosseguiu a reunião registrando, também, a presença e dando as boas-vin-
das aos Senhores Marcelo Pereira Borges – Diretor de Obras Hídricas do Ministério da Integração Nacional e Viní-
cius Bernardo Borges – Gerente do Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC/MG. Em
seguida, passou a palavra aos convidados: Elizabeth Siqueira Juliatto, que cumprimentou a todos e, fazendo uso
de recursos audiovisuais, demonstrou que a bacia do Rio Pardo é de domínio da união e está localizada inteira-
mente no território de Minas Gerais, sendo que a parte alta da bacia fica na cidade de Berizal, cuja população é
composta por cem mil habitantes na área urbana e sessenta mil na área rural, conforme censo demográfico do
IBGE/2010. Ponderou, também, que considerando o índice pluviométrico médio de 790mm e a ocorrência de
secas e estiagem com maior frequência e intensidade nos últimos anos, a região é classificada como semiárido
de acordo com estudos da ONU. Considerou, também, conforme os estudos efetuados pela ANA, que foram de-
tectadas áreas críticas e, dentre elas, destaca-se a região norte de Minas Gerais como maior foco a ser verificado
pelo Plano Nacional de Segurança Hídrica. Complementou, ainda, que esse plano está sendo elaborado junta-
mente com o Ministério da Integração e segue a tendência mundial em melhorar a segurança hídrica para as
populações, garantindo a oferta hídrica e reduzindo os riscos associados às secas e inundações. Concluiu, dizen-
do que a barragem de Berizal enquadra-se como obra estruturante de natureza de segurança hídrica, porque
existe uma demanda efetiva da população já assentada naquele território e que depende da água para sua so-
brevivência; e Antônio Carvalho Feitosa, que cumprimentou a todos e informou que a Barragem de Berizal inte-
grou as obras do PAC do ano de dois mil e sete com um orçamento de sessenta e quatro milhões de reais e no
ano de dois mil e oito, em face da inexistência da licença ambiental e consequente falta de execução, foi retirada
da previsão de obras do PAC condicionando seu retorno à regularização dessa pendência. Ressalvou, ainda, que
após a regularização da pendência ambiental, o TCU recomendou que o Comitê Gestor do Programa de Acelera-
ção do Crescimento – GPAC e o DNOCS providenciasse um plano de ação para dar continuidade à obra, conforme
nota técnica elaborada no ano de dois mil e treze. Frisou, também, que houve uma considerável elevação no or-
çamento previsto, passando de sessenta e quatro milhões para duzentos e quarenta milhões e que a redução
desse valor é essencial para conseguir apoio do governo e do Congresso Nacional. Finalizou, destacando a im-
portância da barragem e que a obtenção da outorga para trinta e cinco anos e o apoio expressado por todos os
expositores presentes na audiência favorecem bastante o reinício de sua construção. Em sequência, o Presidente
concedeu a palavra aos Senhores Januário Francisco de Castro – Vereador de Taiobeiras/MG e Ermano Pereira de
Oliveira – Vereador de Berizal/MG. Prosseguiu a reunião passando a palavra aos Deputados inscritos: Newton
Cardoso Jr., Gabriel Guimarães, Raquel Muniz e Domingos Sávio. Em seguida, o Presidente concedeu a palavra
aos convidados para as considerações finais. Nada mais havendo a tratar, o Presidente agradeceu a todos e en-
cerrou os trabalhos às dezessete horas e trinta e um minutos, antes, porém, convocou os Senhores Parlamentares
para Reunião Ordinária (Deliberativa), dia vinte e três de setembro, quarta-feira, às dez horas, no Plenário 6. O in-
teiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrarem o acervo documental desta reunião. E, para
constar, eu, Moizes Lobo da Cunha, ________________________________, secretário, lavrei a presente Ata, que
por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Zé Silva _________________
______________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA QUINQUAGÉSIMA QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA (DELIBERATIVA) REALIZADA EM 23 DE
SETEMBRO DE 2015.
Às dez horas e trinta e seis minutos do dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Co-
missão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Anexo II, Plenário 6 da Câmara
dos Deputados. Presentes os Deputados Heuler Cruvinel e Carlos Henrique Gaguim – Vice-Presidentes; Abel
Mesquita Jr., Adilton Sachetti, André Abdon, Assis do Couto, Bohn Gass, Celso Maldaner, César Messias, Dilceu
Sperafico, Elcione Barbalho, Evair de Melo, Heitor Schuch, Hélio Leite, Jerônimo Goergen, Jony Marcos, Luis
Carlos Heinze, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Marcelo Castro, Nelson Meurer, Odelmo Leão, Onyx Lorenzoni, Pe-
978 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

dro Chaves, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo, Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça, Ro-
naldo Lessa, Silas Brasileiro, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção, Zé Silva e Zeca do PT – Titulares;
Aelton Freitas, Afonso Motta, Alberto Filho, Alberto Fraga, Alfredo Kaefer, Átila Lins, Carlos Melles, Diego An-
drade, Dr. Sinval Malheiros, Fábio Ramalho, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Márcio Marinho, Mário Heringer,
Miguel Lombardi, Nelson Marquezelli, Professor Victório Galli, Remídio Monai, Rocha, Ronaldo Benedet, Sub-
tenente Gonzaga e Vicentinho Júnior – Suplentes. Compareceram também os Deputados Delegado Edson
Moreira, Edinho Bez, Tenente Lúcio e Weliton Prado, como não membros. Deixaram de comparecer os Depu-
tados Afonso Hamm, Beto Faro, César Halum, Evandro Roman, Irajá Abreu, João Daniel, Josué Bengtson, Kaio
Maniçoba, Marcon, Newton Cardoso Jr, Nilson Leitão, Sérgio Moraes e Zé Carlos. Justificaram a ausência os
Deputados César Halum, Evandro Roman e Francisco Chapadinha. ABERTURA: Havendo número regimental,
o Presidente em exercício, Deputado Carlos Henrique Gaguim, declarou abertos os trabalhos e colocou em
apreciação as Atas da Quinquagésima Reunião Extraordinária (Audiência Pública), realizada em 9 de setembro
de 2015, e Quinquagésima Segunda Reunião Ordinária (Deliberativa), realizada em 16 de setembro de 2015.
Ato contínuo, solicitou ao Secretário que procedesse à leitura das Atas. O Deputado Luis Carlos Heinze reque-
reu a dispensa de leitura das Atas, em razão de essas haverem sido distribuídas previamente aos membros da
Comissão. Aprovado o requerimento de dispensa de leitura das Atas. Em votação, as Atas foram aprovadas.
EXPEDIENTE: O Presidente informou o recebimento do Ofício nº 1675/15/GP/MA, de 08/09/2015, do Deputa-
do Eduardo Cunha, Presidente da Câmara, que autoriza o Deputado Evandro Roman a participar de evento nos
Estados Unidos, o que justifica a ausência do parlamentar nas reuniões dos dias 22 e 23 de setembro; do Ofício-
-CD-TC nº 87/2015, de 10/09/2015, da Deputada Tereza Cristina, que justifica a ausência na reunião do dia 31
de março; do Ofício-CD-TC nº 88/2015, de 10/09/2015, da Deputada Tereza Cristina, que justifica a ausência na
reunião do dia 3 de setembro; do Ofício-CD-TC nº 093/2015, de 10/09/2015, da Deputada Tereza Cristina, que
justifica a ausência na reunião do dia 14 de julho; do Ofício-CD-TC nº 94/2015, de 10/09/2015, da Deputada
Tereza Cristina, que justifica a ausência na reunião do dia 15 de julho; do Ofício-CD-TC nº 95/2015, de 10/09/2015,
da Deputada Tereza Cristina, que justifica a ausência na reunião do dia 11 de agosto; do Ofício-CD-TC nº 96/2015,
de 10/09/2015, da Deputada Tereza Cristina, que justifica a ausência na reunião do dia 20 de agosto; do Ofício-
-CD-TC nº 105/2015, de 10/09/2015, da Deputada Tereza Cristina, que justifica a ausência na reunião do dia 16
de abril; do Ofício-CD-TC nº 106/2015, de 10/09/2015, da Deputada Tereza Cristina, que justifica a ausência na
reunião do dia 14 de maio; do Ofício nº 92/2015-GCH, de 18/09/2015, do Deputado César Halum, que justifica
a ausência nas reuniões dos dias 22 e 23 de setembro; do Ofício nº 0379/GDFC/2015, de 22/09/2015, do Depu-
tado Francisco Chapadinha, que justifica a ausência na reunião do dia 22 de setembro; e do Ofício nº 0386/
GDFC/2015, de 23/09/2015, do Deputado Francisco Chapadinha, que justifica a ausência na reunião do dia 23
de setembro. ORDEM DO DIA: A – Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 162/15 – do Sr. Heitor Schuch – que
“requer a realização de uma Audiência Pública com a participação de representantes do MD, MRE, AGU, CNA,
CONTAG, OAB, CNBB, MST e ABRA”. Inclusão de representante do Gabinete de Segurança Institucional da Pre-
sidência da República, entre os participantes a serem convidados. Em discussão e votação, o requerimento foi
aprovado por unanimidade. 2 – REQUERIMENTO Nº 163/15 – do Sr. Carlos Henrique Gaguim – que “requer, nos
termos regimentais, a realização de Seminário em Palmas/TO, com o objetivo de discutir a implementação de
políticas para o desenvolvimento econômico da Região do MATOPIBA”. Em discussão e votação, o requerimen-
to foi aprovado por unanimidade. B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: TRAMI-
TAÇÃO ORDINÁRIA. 3 – PROJETO DE LEI Nº 2.670/11 – do Sr. Jesus Rodrigues – que “dispõe sobre a Política Na-
cional de Desenvolvimento Sustentável da atividade exercida pelo Profissional Vazanteiros e dá outras provi-
dências”. (Apensado: PL 5205/2013) RELATOR: Deputado NILSON LEITÃO. PARECER pela aprovação deste, e pela
rejeição do PL 5205/2013, apensado. Vista concedida ao Deputado Heitor Schuch em 26/08/2015. Não delibe-
rado. 4 – PROJETO DE LEI Nº 4.148/12 – dos Srs. César Halum e Junji Abe – que “dispõe sobre a criação da far-
mácia veterinária popular e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ASSIS DO COUTO. PARECER pela apro-
vação. Em discussão e votação, o parecer foi aprovado por unanimidade. 5 – PROJETO DE LEI Nº 7.965/14 – do
Sr. Valmir Assunção – que “modifica a redação dos artigos 3º e 10 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965,
para incluir como objetivo específico do crédito rural a produção de produtos agropecuários destinados à ali-
mentação humana”. RELATOR: Deputado CELSO MALDANER. PARECER pela rejeição. Vista concedida ao Depu-
tado João Daniel concedida em 09/09/2015. O Deputado João Daniel apresentou voto em separado em
22/09/2015. Em discussão e votação, o parecer foi aprovado por unanimidade. 6 – PROJETO DE LEI Nº 2.053/15
– do Sr. Roberto Balestra – que “dispõe acerca da constituição de imóvel rural ou fração deste como patrimônio
de afetação, institui a cédula imobiliária rural, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LÁZARO BOTELHO.
PARECER pela aprovação, com emendas. Discutiu a matéria o Deputado Roberto Balestra. Em discussão e vo-
tação, o parecer foi aprovado por unanimidade. 7 – PROJETO DE LEI Nº 2.433/15 – do Sr. Edinho Bez – que “cria
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 979

programa de incentivo à adoção de tecnologias redutoras de risco agroclimático”. RELATORA: Deputada TERE-
ZA CRISTINA. PARECER pela aprovação. Em discussão e votação, o parecer foi aprovado por unanimidade. BRE-
VES COMUNICAÕES: O Deputado Evair de Melo informou que participará de reunião da Organização Mundial
do Café (OIC) em Milão, Itália. O Deputado Lázaro Botelho defendeu a importância de se construir uma ponte
que auxilie o escoamento da produção da empresa Granol em Porto Nacional, Tocantins. O Deputado Assis do
Couto manifestou seu interesse em participar do evento solicitado no Requerimento nº 163/2015. O Deputado
Valdir Colatto comunicou que atuou, juntamente com a Frente Parlamentar da Agropecuária e a Ministra de
Estado da Agricultura, Kátia Abreu, na negociação pelo fim da greve dos fiscais agropecuários, obtendo êxito.
Ainda, informou sobre reunião em Santa Catarina com lideranças indígenas a fim de se discutir as demandas
dessas comunidades. O Deputado Luis Carlos Heinze sugeriu que a Comissão realizasse audiência pública com
a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado para discutir o Decreto nº 8.515/2015. Co-
municou sobre decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que obriga os bancos a pagarem as perdas eco-
nômicas do Plano Collor. O Deputado também solicitou fosse encaminhado ofício aos Ministros da Justiça e
do Gabinete Civil da Presidência da República, solicitando reunião com a Comissão criada para discutir os con-
flitos indígenas. A Deputada Tereza Cristina demonstrou preocupação com o repasse de recursos para a Força
Nacional que está na região de conflitos entre indígenas e produtores rurais no Mato Grosso do Sul. O Depu-
tado Zeca do PT informou que se reuniu com a Bancada Estadual do PT de Mato Grosso do Sul e propôs a cria-
ção de uma CPI que investigue o genocídio indígena. O Deputado Bohn Gass destacou os avanços no debate
do PL 6459/2013, que trata dos contratos de integração. O Deputado Valmir Assunção mencionou o trabalho
dos educadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) para sensibilização quanto ao não
fechamento de escolas nas áreas rurais. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às onze
horas e trinta e oito minutos. Antes, porém, convocou os parlamentares a participarem da Reunião Ordinária
Deliberativa, dia 30 de setembro, quarta-feira, às 10h, no plenário 6. E, para constar, eu _________________________,
Moizes Lobo da Cunha, Secretário-executivo, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assi-
nada pelo Presidente em exercício, Deputado Carlos Henrique Gaguim ___________________________, e pu-
blicada no Diário da Câmara dos Deputados.
COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA 33ª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 23 DE SETEMBRO DE 2015.
Às onze horas e dez minutos do dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Comis-
são de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, no Anexo II, Plenário 13 da Câmara dos Deputados.
O painel eletrônico registrou a presença dos Deputados Fábio Sousa – Presidente; Sandro Alex, Jorge Tadeu
Mudalen e Eduardo Cury – Vice-Presidentes; Afonso Motta, Bilac Pinto, Cabuçu Borges, Celso Pansera, Cesar
Souza, Fabio Reis, Flavinho, Luiz Lauro Filho, Marco Maia, Marcos Soares, Margarida Salomão, Missionário
José Olimpio, Pastor Franklin, Paulão, Renata Abreu, Rômulo Gouveia, Ronaldo Martins, Ronaldo Nogueira,
Silas Câmara, Sóstenes Cavalcante, Vitor Lippi e Vitor Valim – Titulares; Alexandre Valle, Evair de Melo, Fábio
Ramalho, Fernando Monteiro, Francisco Floriano, Goulart, Hélio Leite, Izalci, João Fernando Coutinho, José
Rocha, Lobbe Neto, Miguel Haddad, Milton Monti, Nelson Meurer, Odorico Monteiro e Rogério Peninha Men-
donça – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Subtenente Gonzaga,
Tenente Lúcio e Weliton Prado, como não membros. Deixaram de comparecer os Deputados Gilberto Nas-
cimento, Heráclito Fortes, Jefferson Campos, Luciana Santos, Luiza Erundina, Marcelo Aguiar, Penna, Rober-
to Alves, Tia Eron e Wladimir Costa. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos e colocou em apreciação as Atas das 31ª e 32ª reuniões, realizadas nos dias 09 e 16 de
setembro de 2015. Os Deputados Afonso Motta, Jorge Tadeu Mudalen e Sandro Alex solicitaram a dispensa
da leitura das Atas. O plenário aprovou a solicitação de dispensa. Não houve discussão. Em votação, as Atas
foram APROVADAS POR UNANIMIDADE. EXPEDIENTE: O senhor Presidente informou que recebeu as se-
guintes correspondências: 1ª – Convite da Brasscom – Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da
Informação e Comunicação, para participar do Seminário Políticas Públicas e Negócios, a realizar-se nos dias
18 e 19 de novembro, em Brasília; 2ª – Convite da ANPT – Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho,
para o jantar alusivo à posse do Excelentíssimo Procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, a re-
alizar-se no dia 29 do corrente, em Brasília; e 3ª – Justificativa de ausência dos deputados: a) Arthur Virgílio
Bisneto, no dia 09 do corrente; b) César Souza, no dia 09 do corrente; c) Anderson Ferreira, nos dias 08, 23 e
29 de abril; 05,19, 20, 26, e 27 de maio; 10, 11, 16, 24 e 30 de junho; 01, 07, 08 e 15 de julho; e 05, 12, 25 e 26
980 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

de agosto; d) Odorico Monteiro, no período de 15 a 17 do corrente; e) Alexandre Valle, no dia 16 do corren-


te; e Roberto Alves, no período de 22 a 25 do corrente. Comunicou também que foram distribuídas aos re-
latores as proposições, cuja relação foi encaminhada por meio eletrônico aos gabinetes, publicada no Diário
da Câmara e divulgada na página da comissão, no dia 17 do corrente. ORDEM DO DIA: O Deputado Afonso
Motta solicitou inversão de pauta para apreciação do item 19 (PL nº 2.007/15). O Plenário aprovou a inversão
de pauta. Em discussão, a Deputada Margarida Salomão usou da palavra. O relator da matéria, Deputado
Afonso Motta, solicitou a retirada de pauta do projeto. A – Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 94/15 –
do Sr. Roberto Alves – (PL 7804/2014) – que “requer audiência pública para discutir o projeto de lei 7804 de
2014, Institui a Lei de Dados Abertos, estabelecendo o Comitê Gestor de Dados Público junto ao Ministério
do Planejamento, responsável pela elaboração do Manual de Dados Abertos da Administração Pública e cria
a obrigatoriedade para a disponibilização de dados abertos e de interfaces de aplicações web de forma or-
ganizada e estruturada para a União, Estados, o Distrito Federal e Municípios e dá outras providências”. FOI
SUBSCRITO PELA DEPUTADA MARGARIDA SALOMÃO. Em votação, APROVADO 2 – REQUERIMENTO Nº 96/15
– da Sra. Luiza Erundina – (PL 5895/2013) – que “requer a realização de Audiência Pública para debater o
Projeto de Lei nº 5.895 de 2013 que “dispõe sobre separação dos serviços de telefonia e de provisão de aces-
so à infraestrutura de telecomunicações””. FOI SUBSCRITO PELO DEPUTADO RÔMULO GOUVEIA. Em votação,
APROVADO – ESTENDENDO-SE O CONVITE AO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INTERNET (ABRA-
NET), SR. EDUARDO FUMES PARAJO. 3 – REQUERIMENTO Nº 97/15 – do Sr. Jhc – que “requer a prorrogação
do prazo de funcionamento da Subcomissão Especial do Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Re-
gião Nordeste pelo prazo de 60 dias”. FOI SUBSCRITO PELA DEPUTADA MARGARIDA SALOMÃO. Em votação
APROVADO. 4 – REQUERIMENTO Nº 98/15 – do Sr. Celso Pansera – que “requer, em sintonia com as disposi-
ções constitucionais, legais e regimentais, seja realizada audiência pública para discutir a proposta de Re-
gulamento Geral de Acessibilidade em Telecomunicações (RGA), iniciando um processo importante de co-
operação entre os diferentes atores envolvidos”. FOI SUBSCRITO PELO DEPUTADO VITOR LIPPI. Em votação,
APROVADO. 5 – REQUERIMENTO Nº 99/15 – do Sr. Sergio Zveiter – (PL 4060/2012) – que “requer sejam con-
vidados representantes da Secretária Nacional do Consumidor – Ministério da Justiça (Senacon/MJ), da As-
sociação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP),
e o professor Pablo Ortellado – Professor da Universidade de São Paulo (USP), para aprofundar a discussão
acerca dos aspectos da Lei de Proteção de Dados Pessoais, iniciada em audiência pública anteriormente re-
alizada no âmbito da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática”. FOI SUBSCRITO PELO
DEPUTADO RÔMULO GOUVEIA. Em votação, APROVADO. B – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário:
PRIORIDADE 6 – PROJETO DE LEI Nº 8.080/14 – da Sra. Janete Capiberibe – que “altera, acrescenta e revoga
dispositivos da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 e revoga o artigo 5º da lei 12.034 de 2009, para atu-
alizar a regulamentação do uso e da fiscalização do voto eletrônico nas eleições”. RELATOR: Deputado IZAL-
CI. PARECER pela aprovação, com emenda. Vista conjunta aos Deputados Celso Pansera, Flavinho, Jefferson
Campos e Margarida Salomão, em 09/09/2015. O parecer já havia sido lido. Não discussão. Em votação,
APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 7 – PROJETO DE LEI Nº 8.325/14 – do Senado Federal – Comis-
são de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática – (PLS 529/2013) – que “institui o Programa
de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico dos Minerais de Elementos Terras-Raras e à Criação de Cadeia
Produtiva (PADETR)”. RELATOR: Deputado ROBERTO ALVES. PARECER pela aprovação. RETIRADO DE PAUTA,
DE OFÍCIO. 8 – PROJETO DE LEI Nº 2.520/15 – do Senado Federal – Comissão da Reforma Política do Senado
Federal – (PLS 473/2015) – que “altera a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), para im-
pedir que órgão de imprensa contrate entidade ou empresa para realizar pesquisa de opinião pública rela-
tiva às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, que tenha prestado serviços a partidos po-
líticos, candidatos ou órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta dos Poderes Executi-
vo ou Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios”. RELATOR: Deputado SÓSTE-
NES CAVALCANTE. PARECER pela aprovação. RETIRADO DE PAUTA A REQUERIMENTO DO DEPUTADO RÔMU-
LO GOUVEIA. C – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: PRAZO CONSTITUCIONAL.
Com a concordância do Plenário, as TVR’s foram apreciadas em conjunto. 9 – TVR Nº 882/14 – do Poder Exe-
cutivo – (MSC 216/2014) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº
519, de 27 de dezembro de 2012, que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária da Cidade de Ga-
raru a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária
no município de Gararu , Estado de Sergipe”. RELATORA: Deputada LUCIANA SANTOS. PARECER pela aprova-
ção. APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 10 – TVR Nº 920/14 – do Poder Executivo – (MSC 254/2014)
– que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 321, de 25 de novembro
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 981

de 2013, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Integrante de Dom Pedro de Alcântara, a
executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no mu-
nicípio de Dom Pedro de Alcântara , Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: Deputado RONALDO NOGUEI-
RA. PARECER pela aprovação. APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA 11 –
PROJETO DE LEI Nº 618/07 – do Sr. Lincoln Portela – que “dispõe sobre prazo de validade do crédito do tele-
fone celular habilitado no Plano de Serviço Pré-Pago”. (Apensado: PL 1325/2007) RELATOR: Deputado VITOR
LIPPI. PARECER pela rejeição deste, e do PL 1325/2007, apensado. Vista conjunta aos Deputados Glauber
Braga e Gustavo Fruet, em 18/11/2009. Quando da apreciação deste item, o Deputado Eduardo Cury assu-
miu a presidência dos trabalhos. O Deputado Sandro Alex usou da palavra. Em votação, APROVADO POR
UNANIMIDADE O PARECER. 12 – PROJETO DE LEI Nº 7.309/10 – do Sr. Silas Câmara – que “dispõe sobre o di-
reito de acesso gratuito dos órgãos de segurança ao rádio e à televisão, e dá outras providências”. RELATOR:
Deputado EDUARDO CURY. PARECER pela rejeição. Vista ao Deputado Hélio Leite, em 09/09/2015. RETIRADO
DE PAUTA PELO RELATOR. 13 – PROJETO DE LEI Nº 1.311/11 – do Sr. Rogério Peninha Mendonça – que “alte-
ra a redação do parágrafo único do art. 13 do Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, para autorizar
a veiculação de publicidade comercial na programação das emissoras de televisão educativa, limitada a 15%
do tempo total destinado à programação dessas emissoras”. RELATOR: Deputado SILAS CÂMARA. PARECER
pela aprovação deste, e pela rejeição da Emenda 1/2014 apresentada ao projeto. RETIRADO DE PAUTA A RE-
QUERIMENTO DO DEPUTADO RÔMULO GOUVEIA. 14 – PROJETO DE LEI Nº 5.267/13 – do Sr. Lelo Coimbra –
que “altera a lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para proibir o estabelecimento de cláusulas contratu-
ais que obriguem a fidelização do consumidor e o pagamento de multas para o cancelamento antecipado
de contratos de prestação de serviços de telecomunicações”. (Apensados: PL 5389/2013 e PL 934/2015) RE-
LATOR: Deputado VITOR VALIM. PARECER pela aprovação deste, do PL 5389/2013, e do PL 934/2015, apen-
sados, com substitutivo. RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. 15 – PROJETO DE LEI Nº 1.381/15 – do Sr. Antonio
Carlos Mendes Thame – que “estabelece restrição para comercialização de aparelhos eletrônicos destinados
a promover alterações no IMEI (International Mobile Equipment Identity) dos aparelhos de telefonia móvel
celular e similares e dá outras providências”. (Apensado: PL 1652/2015) RELATOR: Deputado VITOR VALIM.
PARECER pela aprovação deste, e do PL 1652/2015, apensado, com substitutivo. RETIRADO DE PAUTA A RE-
QUERIMENTO DA DEPUTADA MARGARIDA SALOMÃO. 16 – PROJETO DE LEI Nº 1.407/15 – do Sr. Aureo – que
“dispõe sobre a prestação do serviço de telefonia móvel em regime público”. RELATOR: Deputado FLAVINHO.
PARECER pela aprovação, com substitutivo. RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. 17 – PROJETO DE LEI Nº 1.879/15
– do Sr. Silvio Costa – que “acrescenta o § 5º ao art. 15 da Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, para estabe-
lecer a obrigatoriedade de guarda de dados adicionais de usuários na provisão de aplicações que permitam
a postagem de informações por terceiros na internet”. RELATOR: Deputado JOÃO DERLY. PARECER pela rejei-
ção. RETIRADO DE PAUTA A REQUERIMENTO DO DEPUTADO CESAR SOUZA. 18 – PROJETO DE LEI Nº 2.003/15
– do Sr. Luciano Ducci – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de as instituições financeiras bancárias dispo-
nibilizarem acesso, via autoatendimento ou internet, às informações previdenciárias de seus correntistas”.
RELATOR: Deputado SÓSTENES CAVALCANTE. PARECER pela aprovação deste, e da Emenda nº 1/15 apresen-
tada ao projeto, com substitutivo. Em votação, APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 19 – PROJETO
DE LEI Nº 2.007/15 – do Sr. Tenente Lúcio – que “altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, para tornar
obrigatória a emissão do certificado digital, juntamente com a emissão da carteira de identidade”. RELATOR:
Deputado AFONSO MOTTA. PARECER pela aprovação. RETIRADO DE PAUTA PELO RELATOR. O Deputado San-
dro Alex assumiu a presidência dos trabalhos. 20 – PROJETO DE LEI Nº 2.126/15 – do Sr. Daniel Coelho – que
“determina que os Órgãos responsáveis pelas pesquisas de emprego e desemprego no Brasil sigam os pa-
râmetros adotados pela Organização Internacional do Trabalho OIT em sua Resolução I, bem como o que
estabelece a CLT em seu artigo 463”. RELATOR: Deputado FÁBIO SOUSA. PARECER pela aprovação, com subs-
titutivo. Em votação, APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 21 – PROJETO DE LEI Nº 2.390/15 – do Sr.
Pastor Franklin – que “altera a Lei nº 8.069, de 12 de julho de 1990, criando o Cadastro Nacional de Acesso à
Internet, com a finalidade de proibir o acesso de crianças e adolescentes a sítios eletrônicos com conteúdo
inadequado”. RELATOR: Deputado MISSIONÁRIO JOSÉ OLIMPIO. PARECER pela aprovação. RETIRADO DE PAU-
TA A REQUERIMENTO DA DEPUTADA MARGARIDA SALOMÃO. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar,
o senhor Presidente agradeceu a presença de todos, convocou reunião ordinária deliberativa para quarta-
-feira e encerrou os trabalhos às doze horas e um minuto. E, para constar, eu ______________________,
Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira, Secretária-executiva, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e
aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Fábio Sousa ______________________, e publicada no
Diário da Câmara dos Deputados.
982 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

55ª LEGISLATURA – 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA


ATA DA OCTOGÉSIMA SÉTIMA REUNIÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA REALIZADA EM 29 DE SETEM-
BRO DE 2015
Às quinze horas e treze minutos do dia vinte e nove de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Co-
missão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), no Anexo II, Plenário 1, da Câmara dos Deputados, com
a PRESENÇA dos Senhores Deputados Arthur Lira – Presidente; Aguinaldo Ribeiro e Osmar Serraglio – Vice-
-Presidentes; André Fufuca, Andre Moura, Antonio Bulhões, Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bruno
Covas, Capitão Augusto, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Décio Lima, Esperidião Amin, Fausto Pi-
nato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, Jorginho Mello, José Fogaça, Juscelino
Filho, Jutahy Junior, Luciano Ducci, Luis Tibé, Luiz Couto, Marcelo Aro, Marco Tebaldi, Marcos Rogério, Maria do
Rosário, Padre João, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Pr. Marco
Feliciano, Rodrigo Pacheco, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Sergio Zveiter, Valmir Pras-
cidelli e Wadih Damous – Titulares; Alexandre Leite, Bruna Furlan, Delegado Éder Mauro, Delegado Waldir, Dr.
João, Efraim Filho, Félix Mendonça Júnior, Glauber Braga, Hildo Rocha, Ivan Valente, Jerônimo Goergen, Laudi-
vio Carvalho, Lincoln Portela, Mainha, Marcio Alvino, Marx Beltrão, Nelson Marchezan Junior, Odelmo Leão,
Odorico Monteiro, Pedro Vilela, Professor Victório Galli, Renata Abreu, Ricardo Tripoli, Sandro Alex, Uldurico
Junior, Valtenir Pereira, Vitor Valim e Wellington Roberto – Suplentes. Compareceram também os Deputados
Carlos Henrique Gaguim, Daniel Coelho, Silas Freire, Subtenente Gonzaga, Tenente Lúcio e Weliton Prado, como
não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Alceu Moreira, Alessandro Molon, Altineu Côrtes, Arthur
Oliveira Maia, Bonifácio de Andrada, Carlos Bezerra, Danilo Forte, Evandro Gussi, Hiran Gonçalves, Indio da
Costa, José Carlos Aleluia, José Mentor, Júlio Delgado, Luiz Sérgio, Paulo Maluf, Raul Jungmann, Rogério Rosso,
Tadeu Alencar e Veneziano Vital do Rêgo. ABERTURA: O Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu
à apreciação as Atas da octogésima quinta Reunião Deliberativa Ordinária e da octogésima sexta Reunião Ex-
traordinária de Audiência Pública, realizadas em vinte e quatro e vinte e nove de setembro de dois mil e quin-
ze, respectivamente. O Deputado Décio Lima requereu a dispensa da leitura das Atas, que foi deferida pelo
Presidente. Não houve discussão. Passou-se à votação. Foram aprovadas. EXPEDIENTE: 1 – Ofício nº 187/2015,
do Gabinete do Deputado Luciano Ducci, justificando sua ausência nas Reuniões Deliberativas Ordinárias no
período de 22/09 à 24/09/2015; 2 – Memorando nº 49/2015, do Gabinete do Deputado Lincoln Portela, justi-
ficando sua ausência na Reunião Deliberativa Ordinária do dia 23/09/2015; 3 – Ofício nº 27/2015, do Gabinete
do Deputado Raul Jungmann, justificando sua ausência nas Reuniões Deliberativas Ordinárias no período de
22/09 à 23/09/2015; 4 – Ofício nº 033/2015, do Gabinete do Deputado Fausto Pinato, justificando sua ausência
na Reunião Deliberativa Ordinária do dia 24/09/2015; 5 – Ofício nº 79/2015, do Gabinete do Deputado Federal
Sergio Zveiter, justificando sua ausência nas Reuniões Deliberativas Ordinárias dos dias 22/09, 23/09 e 24/09/2015;
6 – Ofício nº 063/2015, do Gabinete do Deputado Décio Lima, justificando sua ausência nas Reuniões Delibe-
rativas Ordinárias dos dias 22/09 e 24/09/2015; 7 – Expediente s/nº, do Gabinete do Deputado Federal Célio
Silveira, justificando sua ausência na Reunião Deliberativa Ordinária do dia 24/09/2015; 8 – Ofício nº 284/2015,
da Liderança do PHS, desligando o Deputado Diego Garcia e indicando o Deputado Marcelo Aro para titular
da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC); 9 – Ofício nº 283/2015, da Liderança do PSDB, des-
ligando o Deputado Marcelo Aro e indicando o Deputado Diego Garcia para titular da Comissão de Constitui-
ção e Justiça e Cidadania (CCJC); 10 – Expediente s/nº, do Conselho Nacional de Justiça, encaminhando parecer
de mérito sobre anteprojeto de lei – 0007217-36.2014.2.00.0000; 11 – Ofício nº 1492/2015, do Instituto dos
Advogados Brasileiros do Senhor Presidente Técio Lins e Silva, encaminhando cópia do parecer do PL 3976/2012
de autoria do Dep. Antônio Bulhões; e 12 – Ofício nº 1504/2015, do Instituto dos Advogados Brasileiros do Se-
nhor Presidente Técio Lins e Silva, encaminhando cópia do parecer do PL 6705/2013 de autoria do Dep. Arnal-
do Faria de Sá. ORDEM DO DIA: Às quinze horas e treze minutos, o Presidente iniciou a Ordem do Dia. I – VO-
TAÇÕES EM BLOCO. Mantendo o acordo firmado com os membros da Comissão, a apreciação de alguns itens
da pauta foi realizada em blocos. Primeiro bloco: Redações Finais, itens dois a oito da pauta; e Segundo bloco:
Projetos de Decreto Legislativo de concessão ou renovação de serviços de radiodifusão, itens vinte e um a vin-
te e seis da pauta. Bloco I: 1 – REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 6.042/05 – do Sr. José Mentor – que “dis-
põe sobre o exercício da profissão de Podólogo e dá outras providências”. EXPLICACAO DA EMENTA: Regula-
mentando o exercício profissional da Podologia. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. 2 – REDAÇÃO FINAL
DO PROJETO DE LEI Nº 2.125/07 – do Sr. Felipe Bornier – que “obriga o fornecedor de produto cultural pela
Internet a tornar disponível a venda de meia-entrada por esse veículo”. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 983

3 – REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 3.624/08 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “altera o art. 6º da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e
munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências, para conceder
porte de arma aos integrantes dos quadros de pessoal de fiscalização dos departamentos de trânsito”. RELA-
TOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. 4 – REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 8.009/10 – do Sr. Hugo Leal –
que “altera a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, para dispor sobre o bilhete de passagem”. RELATOR: Depu-
tado VALTENIR PEREIRA. 5 – REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 4.700/12 – do Senado Federal – Marcelo
Crivella – (PLS 254/2011) – que “altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), para dispor sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento aos alunos com altas
habilidades ou superdotação na educação básica e superior”. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. 6 – RE-
DAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 5.070/13 – do Sr. Rubens Bueno – que “torna obrigatório o uso, nas ro-
dovias, de farol baixo aceso durante o dia e dá outras providências”. EXPLICACAO DA EMENTA: Altera a Lei nº
9.503, de 1997. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. 7 – REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 6.221/13
– do Sr. Edmar Arruda – que “denomina “Viaduto Elizete Aparecida Romangnoli Piveta Assunção” o viaduto
construído na rodovia BR-376 do Km 183,7 cruzamento com a Avenida Colombo, na cidade de Maringá, Estado
do Paraná”. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. Passou-se à votação. Foram aprovadas as Redações Finais.
Bloco II: 8 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 699/12 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-
ção e Informática – (TVR 171/2012) – que “aprova o ato que autoriza a Associação de Comunicação Comunitá-
ria de Sobradinho – Bahia a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-
fusão comunitária no Município de Sobradinho, Estado da Bahia”. RELATOR: Deputado PAULO MAGALHÃES.
PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. 9 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO
Nº 937/13 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 331/2013) – que “aprova
o ato que autoriza a Associação Comunitária Filantrópica de Radiodifusão e Apoio aos Portadores de Deficiên-
cia Física a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária
no Município de Divinópolis, Estado de Minas Gerais”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ. PARECER
pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. 10 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.201/13
– da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 542/2013) – que “aprova o ato que
autoriza a Associação Comunitária Educativa de Juramento – ACEJU a executar, pelo prazo de dez anos, sem
direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Juramento, Estado de Minas
Gerais”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ. PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica
legislativa. 11 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.223/13 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
municação e Informática – (TVR 638/2013) – que “aprova o ato que outorga permissão à Rádio Carmo Ltda.
para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Carmo do Paranaíba,
Estado de Minas Gerais”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ. PARECER pela constitucionalidade, juri-
dicidade e técnica legislativa. 12 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.515/14 – da Comissão de Ciência
e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 808/2014) – que “aprova o ato que autoriza a Rádio Comuni-
tária do Sana a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu-
nitária no Município de Macaé, Estado do Rio de Janeiro”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ. PARECER
pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. 13 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 192/15
– da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – (TVR 893/2014) – que “aprova o ato que
autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária de Ibaretama – ARCI a executar, pelo prazo de dez anos,
sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Ibaretama, Estado do Cea-
rá”. RELATOR: Deputado BACELAR. PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Não
houve discussão. Passou-se à votação. Foram aprovados os Pareceres. II – DELIBERAÇÕES COM INVERSÕES
APROVADAS. Os Deputados Capitão Augusto, Luiz Couto, Lincoln Portela, Antonio Bulhões e Wadih Damous
solicitaram, em lista de presença, conforme acordo firmado na Comissão, inversão de pauta para apreciação
dos itens dez, trinta e sete, quarenta e um, quarenta e dois e um, respectivamente. Passou-se à votação. Foram
os requerimentos aprovados pelo Plenário da Comissão. Após, o Deputado Ronaldo Fonseca subscreveu a in-
versão do item dez da pauta. 14 – PROJETO DE LEI Nº 3.740/00 – do Senado Federal – José Roberto Arruda –
(PLS 30/1999) – que “altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que “regulamenta o art. 37,
inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá
outras providências””. EXPLICACAO DA EMENTA: Dispensa de licitação para concessão de direito real de uso de
bens públicos as entidades religiosas ou filosóficas sem fins lucrativos. RELATOR: Deputado RONALDO FONSE-
CA. PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emendas. Proferido o Parecer.
Vista conjunta aos Deputados Fabio Trad, Luiz Couto e Pedro Uczai, em 25/10/2011. Discutiram a matéria os
Deputados Décio Lima e Mainha. Passou-se à votação. Foi rejeitado o Parecer. Designado Relator Vencedor,
984 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Deputado Décio Lima. Por solicitação do Relator Vencedor, o Presidente concedeu o prazo até a Reunião Ordi-
nária seguinte para proferir seu Parecer, nos termos do inciso XII, art. 57, do Regimento Interno. 15 – PROJETO
DE LEI Nº 4.491/12 – do Sr. Paulo Freire – que “denomina “Viaduto Vereador Ângelo Baccin” o viaduto constru-
ído no km 489 da Rodovia Regis Bittencourt, no Município de Cajati – SP”. RELATOR: Deputado MARCIO ALVINO.
PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Lido o Parecer do Relator, Deputado Mar-
cio Alvino, pelo Deputado Francisco Floriano. Não houve discussão. Passou-se à votação. Foi aprovado o Pare-
cer. 16 – REQUERIMENTO Nº 62/15 – do Sr. Alessandro Molon – (PL 373/2015) – que “requer Audiência Pública
para discutir o Projeto de Lei n° 373, de 2015”. O Deputado Wadih Damous subscreveu o Requerimento. Enca-
minharam, a favor e contra, os Deputados Wadih Damous e Delegado Éder Mauro, respectivamente. O Depu-
tado Décio Lima sugeriu a inclusão no Requerimento, como convidada, da Sra. Lilian Milnitsky Stein. Orientaram
a favor do Requerimento partidos PSDB, PSB e PCdoB, e o bloco PMDB/PP/PTB/PSC/PHS/PEN, a exceção do
PSC, que foi orientado contrariamente. Também orientaram contra, os partidos PR, PSD, PDT e SD. A Minoria
liberou sua bancada e o PT declarou obstrução. Passou-se à votação. Foi rejeitado o Requerimento. Em razão
do resultado, em votação simbólica, proclamado pela Mesa, o Deputado Décio Lima, Vice-Líder do PT, solicitou
verificação de votação, que foi deferida pelo Presidente. Às quinze horas e trinta e nove minutos, iniciou-se a
votação nominal. Na oportunidade, o Deputado Décio Lima levantou Questão de Ordem acerca da impossibi-
lidade do requerente de verificação de votação registrar voto obstrução, conforme orientação de sua bancada.
O Presidente a indeferiu com base na decisão da Presidência na Questão de Ordem nº 121/2011 da Câmara
dos Deputados. Às quinze horas e cinquenta e quatro minutos, encerrou-se a votação. Foi aprovado o Reque-
rimento com aditamento, com o seguinte resultado: vinte e um votos sim, dezesseis votos não; no total de
trina e sete votos válidos. 17 – PROJETO DE LEI Nº 4.325/12 – do Sr. Bonifácio de Andrada – que “estabelece
normas acerca de data de realização de eleições e dá outras providências”. EXPLICACAO DA EMENTA: A eleição
não poderá, nos 15 (quinze) dias que antecedem o pleito, ser suspensa ou cancelada. RELATOR: Deputado BE-
TINHO GOMES. PARECER pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação,
com Substitutivo. Proferido o Parecer pelo Relator. Discutiram a matéria os Deputados Esperidião Amin e Mar-
cos Rogério. Encerrada a discussão. Os Deputados Marcos Rogério, Rodrigo Pacheco e Esperidião Amin solici-
taram vista conjunta ao Projeto, que foi concedida pelo Presidente. 18 – PROJETO DE LEI Nº 1.234/07 – do Sr.
Eduardo Gomes – que “estabelece princípios e diretrizes para as ações voltadas para a educação nutricional e
segurança alimentar e nutricional da população e dá outras providências”. (Apensados: PL 6522/2009, PL
6803/2010 (Apensados: PL 1394/2011 (Apensado: PL 437/2015), PL 3652/2012 e PL 3874/2012), PL 6921/2010,
PL 7098/2010, PL 5043/2013 (Apensado: PL 6283/2013 (Apensado: PL 2333/2015)), PL 5883/2013, PL 6836/2013,
PL 7621/2014, PL 438/2015 e PL 735/2015) RELATOR: Deputado ESPERIDIÃO AMIN. PARECER pela constitucio-
nalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com a Emenda nº 1 da Comissão de Educação e Cultura, com
emendas; das Emendas da Comissão de Educação e Cultura; do PL 6803/2010, do PL 6921/2010, do PL 7098/2010,
do PL 5043/2013, do PL 5883/2013, do PL 735/2015, do PL 1394/2011, do PL 3874/2012, do PL 6283/2013, do
PL 2333/2015, do PL 6522/2009, com emenda, do PL 6836/2013, com emenda, do PL 7621/2014, com emen-
das, do PL 437/2015, com emendas, do PL 438/2015, com emenda, e do PL 3652/2012, com substitutivo, apen-
sados. Designado Relator Substituto, Deputado Esperidião Amin, que acatou, na íntegra, o Parecer apresenta-
do, em 01/09/2015, pelo Relator anteriormente designado, Deputado Paulo Maluf. Proferido o Parecer. Vista
conjunta aos Deputados Luiz Couto e Marcos Rogério, em 10/09/2015. Discutiram a Matéria: Dep. Marcos Ro-
gério (PDT-RO), Dep. Ronaldo Fonseca (PROS-DF) e Dep. Esperidião Amin (PP-SC). Suspensa a discussão em
virtude da retirada de pauta, de ofício, por acordo, em 22/09/2015. O Deputado Marcos Rogério apresentou
voto em separado em 22/09/2015. Usaram da palavra, pela ordem, o Deputado Marcos Rogério e Esperidião
Amin. Discutiram a matéria os Deputados Padre João, Jorginho Mello, Walmir Prascidelli, Felipe Maia, Nelson
Marchezan Júnior e Pr. Marco Feliciano. Às dezesseis horas e vinte e quatro minutos, assumiu a Presidência o
Deputado Rodrigo Pacheco e, às dezesseis horas e quarenta e três minutos, a reassumiu o Deputado Arthur
Lira. Encerrada a discussão. O Presidente retirou de pauta a matéria, de ofício, a pedido do Relator. Na sequên-
cia, também retirou, de ofício, o Projeto de Lei nº 5.410/05, item dezessete da pauta, a pedido do Relator, De-
putado Felipe Maia. 19 – PROJETO DE LEI Nº 1.489/99 – do Sr. Paes Landim – que “regulamenta o § 2º do art.
74 da Constituição Federal”. EXPLICACAO DA EMENTA: Estabelece que qualquer cidadão, partido politico, as-
sociação ou sindicato e parte legitima para denunciar, verbalmente, por escrito ou através de registro magné-
tico, irregularidades ou ilegalidades de seu conhecimento contra o bom emprego de recursos públicos; regu-
lamenta a Constituição Federal de 1988. RELATOR: Deputado JUTAHY JUNIOR. PARECER pela inconstituciona-
lidade, injuridicidade e, no mérito, pela rejeição. Lido o Parecer do Relator, Deputado Jutahy Junior, pelo De-
putado Pr. Marco Feliciano. Os Deputados Marcos Rogério solicitou vista ao Projeto, que foi concedida pelo
Presidente. 20 – PROJETO DE LEI Nº 273/07 – do Sr. Ciro Pedrosa – que “dispõe sobre o incentivo ao sistema
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 985

orgânico de produção agropecuária, ao financiamento de projetos de conversão a este sistema e à certificação


de produtos orgânicos, alterando a Lei nº 10.831, de 23 de dezembro 2003”. (Apensados: PL 1694/2007 e PL
3827/2008) EXPLICACAO DA EMENTA: Altera a Lei nº 10.831, de 2003. RELATOR: Deputado BETINHO GOMES.
PARECER pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste; do PL 1694/2007, com emenda, e
do PL 3827/2008, apensados; e do Substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desen-
volvimento Rural, com Subemenda. Retirado de Pauta em virtude da ausência do Relator, em 08/09/2015 e
10/09/2015. Leitura do Parecer do Relator, Deputado Betinho Gomes, pelo Deputado Pedro Cunha Lima. Vista
ao Deputado Luiz Couto, em 22/09/2015. Discutiu a matéria os Deputados Padre João. Passou-se à votação. Foi
aprovado o Parecer. Em razão do resultado, em votação simbólica, proclamado pela Mesa, o Deputado Ságuas
Moraes, 1º Vice-Líder do PT, solicitou verificação de votação, que foi deferida pelo Presidente. Orientaram, a
favor do Parecer, o bloco PMDB/PP/PTB/PSC/PHS/PEN e o partido PSDB; e, abstenção, o PSOL. O PT declarou
obstrução. Às dezessete horas e três minutos, iniciou-se a votação nominal e, às dezessete horas e vinte e dois
minutos, encerrou-se. Apurou-se o seguinte resultado: vinte e um votos sim, dois votos não, duas abstenções;
no total de vinte e cinco votos válidos e quatro obstruções. No decorrer da Reunião, o Presidente retirou, de
ofício, a Proposta de Emenda à Constituição nº 369/13 e os Projetos de Lei nos 2/2015, 3.836/08 e 6.788/13,
itens quinze, treze, dezoito e trinta da pauta, respectivamente, em virtude da ausência dos Relatores, Deputa-
dos Félix Mendonça Júnior, Veneziano Vital do Rêgo, Covatti Filho, Manoel Júnior e Jerônimo Goergen, nesta
ordem. E, ainda, a Proposta de Emenda à Constituição nº 493/10 e o Projeto de Lei no 6.530/09, itens catorze
e vinte e nove da pauta, em virtude da ausência do Relator, Deputado Manoel Júnior. ENCERRAMENTO. Em face
da evidente falta de quórum durante a verificação de votação do Parecer do Projeto de Lei nº 273/07, o Presi-
dente encerrou a Reunião às dezessete horas e vinte e dois minutos, antes convocou Reunião Deliberativa Or-
dinária para quarta-feira, dia trinta de setembro de dois mil e quinze, às dez horas, para apreciação da pauta
remanescente, acrescida do Projeto de Lei nº 215/15 e do Requerimento nº 67/15. E, para constar, eu
__________________________, Alexandra Zaban Bittencourt, lavrei a presente Ata, que, por ter sido aprovada,
será assinada pelo Presidente, Deputado Arthur Lira, __________________________, e publicada no Diário da
Câmara dos Deputados.
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

55ª LEGISLATURA – 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA


ATA DA OCTOGÉSIMA SEXTA REUNIÃO DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 29 DE
SETEMBRO DE 2015
Às nove horas e cinquenta e oito minutos do dia vinte e nove de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se
a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, no Anexo II, Plenário 03 da Câmara dos Deputados, com a
PRESENÇA dos Senhores Deputados Alessandro Molon, Andre Moura, Antonio Bulhões, Esperidião Amin, Hiran
Gonçalves, José Fogaça, Juscelino Filho, Luiz Couto, Marcelo Aro, Marcos Rogério, Padre João, Ronaldo Fonse-
ca e Valmir Prascidelli – Titulares; Alexandre Leite, Delegado Waldir, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Laudivio
Carvalho e Valtenir Pereira – Suplentes. Compareceu também o Deputado Weliton Prado, como não-membro.
Deixaram de comparecer os Deputados Aguinaldo Ribeiro, Alceu Moreira, Altineu Côrtes, André Fufuca, Arnal-
do Faria de Sá, Arthur Lira, Arthur Oliveira Maia, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas,
Capitão Augusto, Carlos Bezerra, Chico Alencar, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Décio Lima, Evan-
dro Gussi, Fausto Pinato, Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Indio da Costa, Jhc, João Campos,
Jorginho Mello, José Carlos Aleluia, José Mentor, Júlio Delgado, Jutahy Junior, Luciano Ducci, Luis Tibé, Luiz
Sérgio, Marco Tebaldi, Maria do Rosário, Osmar Serraglio, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães, Paulo
Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Pr. Marco Feliciano, Raul Jungmann, Rodrigo Pacheco, Rogério Rosso,
Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Sergio Zveiter, Tadeu Alencar, Veneziano Vital do Rêgo e Wadih Damous.
ABERTURA: O Deputado José Fogaça, Presidente em exercício, declarou iniciados os trabalhos da Reunião
destinada a debater o Projeto de Lei nº 215/2015 e apensados, que objetivam punir com maior rigor os crimes
contra a honra praticados nas redes sociais, convocada em virtude da aprovação do Requerimento nº 59/2015,
de autoria do Deputado José Fogaça. Na oportunidade, o Presidente esclareceu que, segundo os termos do
Regimento Interno da Casa, os procedimentos seriam os seguintes: seria concedida a palavra aos expositores
por até quinze minutos, prorrogáveis, e ao autor do Requerimento, por dez minutos. Após, a palavra seria con-
cedida aos Deputados inscritos para Debate por até três minutos, respeitada a ordem de inscrição; e, ao final,
os convidados poderiam apresentar suas considerações finais, também por três minutos. O Senhor Presidente
saudou os presentes, agradecendo a presença do Deputado Hildo Rocha, autor do Projeto de Lei nº 215/2015.
986 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Em seguida, convidou para compor a Mesa os Senhores Marcelo Chilvaquer, representante do Ministério da
Justiça; Frederico Meinberg Ceroy, Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Digital e Coordenador da Co-
missão de Direito Digital do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; Paulo Rená, membro da Arti-
culação Marco Civil Já; Sílvio Cerqueira, Delegado de Polícia; Marcelo Cama Proença Fernandes, Procurador do
Distrito Federal; e Rodrigo Albernaz, Perito da Polícia Federal, que fizeram uso da palavra. Usaram da palavra o
Deputado José Fogaça, como autor do Requerimento, e os Deputados Hildo Rocha e Juscelino Filho. E, ainda,
para Comunicação de Liderança, o Deputado Marcos Rogério, Vice –Líder do PDT, com delegação escrita. Por
fim, a palavra foi concedida aos palestrantes e aos Deputados Juscelino Filho e Marcos Rogério para conside-
rações finais. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente agradeceu a presença de todos e
encerrou a Reunião de Audiência Pública, às doze horas e cinquenta e três minutos, e lembrou que foi convo-
cada Reunião Deliberativa Ordinária para hoje, terça-feira, dia vinte e nove de setembro de dois mil e quinze,
às quatorze horas e trinta minutos, para apreciação da pauta divulgada na última sexta-feira, dia vinte e cin-
co de setembro de dois mil e quinze. E, para constar, eu, ______________________, Alexandra Zaban Bitten-
court, lavrei a presente Ata, que, por ter sido aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado José Fogaça,
______________________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA 35ª REUNIÃO ORDINÁRIA, REALIZADA EM 23 DE SETEMBRO DE 2015.
Às dez horas e quarenta e sete minutos do dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a
Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, no Anexo II, Plenário 05 da Câmara dos De-
putados. Estiveram presentes os Deputados: Júlio Cesar – Presidente; Keiko Ota e Laercio Oliveira – Vice-Presi-
dentes; Helder Salomão, Mauro Pereira e Renato Molling – Titulares; Afonso Florence, Augusto Coutinho, Con-
ceição Sampaio, Eduardo Cury, Enio Verri, Luiz Carlos Ramos, Luiz Lauro Filho, Mandetta, Otavio Leite, Silas
Brasileiro e Walter Ihoshi – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Evair
de Melo, João Fernando Coutinho, Tenente Lúcio e Weliton Prado, como não-membros. Deixaram de compa-
recer os Deputados Dimas Fabiano, Fernando Torres, Jorge Côrte Real, Jozi Araújo e Lucas Vergilio. Justificou a
ausência o Deputado Marcos Reategui. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Presidente decla-
rou abertos os trabalhos e colocou em apreciação a Ata da Trigésima-Quarta Reunião, realizada no dia dezes-
seis de setembro de dois mil e quinze. Por solicitação do Deputado Mauro Pereira, a leitura da Ata foi dispen-
sada. Não houve discussão. Submetida à votação, a Ata foi aprovada. EXPEDIENTE: O Presidente informou
sobre relatório de designações de relatoria no período de dezesseis a vinte e dois de setembro, à disposição
na Secretaria da Comissão. Em seguida, comunicou que o Deputado Augusto Coutinho solicitou a inclusão de
representantes do Comitê de Aquisições e Fusões – CAF; do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa –
IBGC e da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais – APIMEC NACIO-
NAL; como palestrantes da Audiência Pública para “Discutir a autorregulação do mercado de capitais brasilei-
ro”, objeto do Requerimento n° 42/2015, de iniciativa do parlamentar. Não houve discussão. Submetida à vo-
tação, a inclusão dos palestrantes foi aprovada. Matéria sobre a Mesa: Foi apresentado requerimento de inver-
são da Ordem do Dia, pelo Deputado Walter Ihoshi, para imediata apreciação do PL 2281/2015, item 9 da
pauta. Submetido à votação, o requerimento foi aprovado. 9 – PROJETO DE LEI Nº 2.281/15, do Sr. Jutahy Junior,
que “altera o art. 9º da Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, que instituiu o Programa de Recuperação Fiscal –
REFIS”. Explicação da ementa: Altera o art. da Lei nº 9964, de 2000, para vetar a exclusão de pessoas jurídicas,
de boa fé, do Programa de Recuperação Fiscal. Relator: Deputado Walter Ihoshi. Parecer: pela aprovação. O
Relator fez a leitura do voto. Discutiu a matéria o Deputado Renato Molling (PP-RS). Submetido à votação, foi
aprovado o Parecer. ORDEM DO DIA: A – Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 44/15, do Deputado Helder
Salomão – (PL 5332/2013), que “requer a realização de Audiência Pública para instruir o PL 5332/13”. O autor
encaminhou o Requerimento. Não houve discussão. Submetido à votação, foi aprovado o Requerimento, com
a inclusão de convite a representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC
e da Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul –
AFEEVAS. 2 – REQUERIMENTO Nº 45/15, do Deputado Renato Molling, que “requer a realização de Audiência
Pública para discutir a implementação da logística reversa prevista na Lei da Política Nacional de Resíduos Só-
lidos”. O autor encaminhou o Requerimento. Não houve discussão. Submetido à votação, foi aprovado o Re-
querimento. B – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário: PRIORIDADE 3 – PROJETO DE LEI COMPLEMEN-
TAR Nº 72/15, do Sr. Otavio Leite, que “altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 para re-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 987

organizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes do Simples Nacional, dá
outras providências”. Relator: Deputado Walter Ihoshi. Parecer: pela aprovação. Adiada a discussão, por cinco
sessões, a requerimento do Relator. 4 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 45/15, do Senado Federal – Ro-
berto Requião – (PLS 201/2013), que “acrescenta § 4º ao art. 19 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezem-
bro de 2006, e altera a redação do caput do art. 10 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996,
para dar às micro e pequenas empresas, nos casos de aquisição de produtos sujeitos à substituição tributária,
o direito de pagar ICMS pela alíquota máxima a elas aplicável, tendo como base de cálculo o valor real da ope-
ração”. Relator: Deputado Laercio Oliveira. Parecer: pela aprovação, com emenda. Retirado de pauta a requeri-
mento do Deputado Júlio Cesar. 5 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 130/15, do Sr. Dagoberto, que “altera
a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que confere tratamento especial às Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte”. Relator: Deputado Mauro Pereira. Parecer: pela rejeição. Retirado de pauta a
requerimento do Deputado Renato Molling. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA: 6 – PROJETO DE LEI Nº 4.961/05, do Sr.
Antonio Carlos Mendes Thame, que “altera dispositivos da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996”. (Apensado: PL
654/2007) Explicação da ementa: Estabelece que as substâncias ou materiais extraídos de seres vivos naturais
e materiais biológicos serão considerados invenção ou modelo de utilidade, podendo ser patenteados. Relator:
Deputado Laercio Oliveira. Parecer: pela aprovação deste, na forma do Substitutivo 2 da CMADS, e pela rejeição
do PL 654/2007, apensado. Foi concedida Vista ao Deputado Ronaldo Zulke, em vinte e seis de novembro de
dois mil e catorze. Os Deputados Ronaldo Zulke e Helder Salomão apresentaram votos em separado. Discuti-
ram a matéria os Deputados: Helder Salomão (PT-ES) e Laercio Oliveira (SD-SE). Submetido à votação, foi apro-
vado o Parecer contra o voto do Deputado Helder Salomão. C – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva
pelas Comissões: TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA: 7 – PROJETO DE LEI Nº 3.541/12, do Sr. Antonio Carlos Mendes
Thame, que “obriga as indústrias processadoras de laranja in natura a adquirirem percentual mínimo de maté-
ria-prima junto a produtores rurais, quando tiverem recebido financiamento do Banco Nacional de Desenvol-
vimento Econômico e Social – BNDES”. (Apensado: PL 4693/2012) Explicação da ementa: Percentual mínimo
de 40% (quarenta por cento). Relator: Deputado Silas Brasileiro. Parecer: pela aprovação deste, com substitu-
tivo, e pela rejeição do PL 4693/2012, apensado. O Deputado Helder Salomão apresentou voto em separado
em onze de agosto de dois mil e quinze. Foi concedida Vista à Deputada Keiko Ota em nove de setembro de
dois mil e quinze. Retirado de pauta a requerimento do Deputado Walter Ihoshi. 8 – PROJETO DE LEI Nº 2.113/15,
do Sr. Carlos Bezerra, que “acrescenta o § 8º ao art. 170 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, para de-
terminar a nulidade de ato que importe na diluição injustificada da participação dos antigos acionistas”. Rela-
tor: Deputado Laercio Oliveira. Parecer: pela rejeição. Retirado de pauta a requerimento do Deputado Mauro
Pereira. 10 – PROJETO DE LEI Nº 7.033/06, do Sr. Arolde de Oliveira, que “acrescenta o artigo 19-A à Lei nº 10.098,
de 19 de dezembro de 2000, que “estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibili-
dade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências””. Explicação
da ementa: Obriga os fabricantes de aparelhos receptores de rádio e de televisão a disponibilizar equipamen-
tos que possuam saída de áudio compatível com fones de ouvido, com ajuste independente de volume. Rela-
tora: Deputada Conceição Sampaio. Parecer: pela rejeição da emenda do Senado Federal ao PL 7033/2006.
Retirado de pauta pela Relatora. 11 – PROJETO DE LEI Nº 176/11, do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame, que
“classifica o resíduo proveniente da atividade de mineração e industrialização do amianto ou asbesto e dos
produtos que o contenham, inclusive como contaminante, como sendo Classe I ou “Resíduo industrial perigo-
so” para fins de sua destinação final”. Relator: Deputado Laercio Oliveira. Parecer: pela aprovação. Retirado de
pauta a requerimento do Deputado Helder Salomão. 12 – PROJETO DE LEI Nº 6.899/13, do Sr. Onyx Lorenzoni,
que “dispõe sobre obrigatoriedade de prévia aprovação e certificação por órgão competente do Ministério do
Trabalho e Emprego para a comercialização de máquinas e equipamentos de trabalho utilizados na construção
civil”. Relator: Deputado Laercio Oliveira. Parecer: pela aprovação, com emenda. Retirado de pauta a requeri-
mento do Deputado Helder Salomão. 13 – PROJETO DE LEI Nº 1.892/15, do Sr. Renzo Braz, que “dispõe sobre a
obrigatoriedade da inclusão do CPF ou do CGC do consumidor nos documentos fiscais ou equivalentes”. Rela-
tor: Deputado Mauro Pereira. Parecer: pela rejeição. Retirado de pauta a requerimento do Deputado Walter
Ihoshi. 14 – PROJETO DE LEI Nº 2.315/15, do Sr. Enio Verri, que “altera a Lei nº 10.703, de 18 de julho de 2003,
que dispõe sobre o cadastro de celular pré-pagos, determinando a apresentação de documentos com foto no
ato da compra de chips” Relatora: Deputada Keiko Ota. Parecer: pela aprovação. Retirado de pauta a requeri-
mento do Deputado Walter Ihoshi. 15 – PROJETO DE LEI Nº 551/15, do Sr. Luiz Carlos Hauly, que “dispõe sobre
a vedação da abertura do capital social de empresa pública e dá outras providências”. Relator: Deputado Au-
gusto Coutinho. Parecer: pela rejeição. Retirado de pauta, de ofício. 16 – PROJETO DE LEI Nº 1.530/15, do Sr.
Efraim Filho, que “dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao contrabando, e dá outras providências”.
Explicação da ementa: Altera a Lei nº 9.503, de 1997 e a Lei nº 6.437, de 1977. Relator: Deputado Luiz Lauro Fi-
988 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

lho. Parecer: pela aprovação. O Relator fez a leitura do voto. Discutiram a matéria os Deputados: Mauro Pereira
(PMDB-RS) e Júlio Cesar (PSD-PI). Submetido à votação, foi aprovado o Parecer. 17 – PROJETO DE LEI Nº 2.283/15,
do Sr. João Fernando Coutinho, que “torna obrigatória a venda de ingressos numerados nas salas de cinema
de todo o País”. Relator: Deputado Luiz Lauro Filho. Parecer: pela aprovação, com Emenda. O Relator proferiu
seu voto. Discutiram a matéria os Deputados: Helder Salomão (PT-ES), Silas Brasileiro (PMDB-MG), Luiz Lauro
Filho (PSB-SP) e João Fernando Coutinho (PSB-PE). Submetido à votação, foi aprovado o Parecer com comple-
mentação de voto. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente agradeceu a presença de todos
e encerrou a reunião às doze horas e seis minutos, antes convocando os senhores parlamentares para Reunião
de Audiência Pública destinada a “Discutir a autorregulação do mercado de capitais brasileiro”, objeto do Re-
querimento n° 42/2015, de iniciativa do Deputado Augusto Coutinho, a ser realizada no dia vinte e nove de
setembro, às catorze horas, naquele mesmo Plenário. E, para constar, eu ___________________, Giovanna
Francesca Mascarenhas Puricelli, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Pre-
sidente, Deputado Júlio Cesar ______________________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O
inteiro teor encontra-se gravado e passa a integrar seu arquivo documental.
COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA 51ª REUNIÃO, ORDINÁRIA DELIBERATIVA, REALIZADA EM 23 DE SETEMBRO DE 2015
Às dez horas e quarenta e um minutos do dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a
Comissão de Educação no Anexo II, Plenário 10 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores De-
putados Saraiva Felipe – Presidente; Lelo Coimbra, Alice Portugal e Professora Dorinha Seabra Rezende – Vice-
-Presidentes; Aliel Machado, Ana Perugini, Angelim, Brunny, Celso Jacob, Damião Feliciano, Giuseppe Vecci,
Givaldo Vieira, Glauber Braga, Izalci, Leônidas Cristino, Lobbe Neto, Max Filho, Moses Rodrigues, Pedro Fernan-
des, Professor Victório Galli, Professora Marcivania, Reginaldo Lopes, Rogério Marinho, Ságuas Moraes, Sergio
Vidigal, Victor Mendes, Waldenor Pereira e Zeca Dirceu – Titulares; Baleia Rossi, Celso Pansera, Diego Garcia,
Elcione Barbalho, Ezequiel Fonseca, Fabio Garcia, Geraldo Resende, Helder Salomão, Jorginho Mello, Keiko Ota,
Leandre, Leo de Brito, Luiz Carlos Ramos, Odorico Monteiro, Pedro Cunha Lima, Pompeo de Mattos, Valtenir
Pereira, Wadson Ribeiro e Zenaide Maia – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique
Gaguim, Evair de Melo, Mário Heringer, Subtenente Gonzaga, Tenente Lúcio e Weliton Prado, como não-mem-
bros. Deixaram de comparecer os Deputados Arnon Bezerra, Caio Narcio, Domingos Neto, Givaldo Carimbão,
Josi Nunes, Mariana Carvalho, Nilson Pinto, Orlando Silva, Pedro Uczai e Raquel Muniz. Justificou a ausência o
Deputado César Halum. Nos termos do artigo 44 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, justificaram
suas ausências o Deputado Odorico Monteiro, nas reuniões dos dias de quinze a dezessete de setembro do
presente, por motivo de missão oficial, na forma do Ofício nº 224/15/CD; e o Deputado César Halum, nas reu-
niões dos dias de dezoito a vinte e três de setembro do presente ano, por motivo de missão oficial, na forma
do Ofício nº 94/2015-GCH. O Presidente declarou abertos os trabalhos e submeteu à apreciação a Ata da 50ª
reunião, ordinária deliberativa, realizada em dezesseis de setembro do presente ano. Foi dispensada a leitura,
atendendo ao pedido dos Deputados Celso Jacob e Pompeo de Matos. Não houve discussão. Em votação, a
Ata foi aprovada. EXPEDIENTE E DESIGNAÇÃO DE RELATORIAS: Nos termos do art. 50, inciso II, do Regimento
Interno, o Presidente informou que foram distribuídas cópias da lista dos expedientes recebidos pela Comissão
e das designações de relatoria feitas no período de dezesseis a vinte e dois de setembro do corrente ano, que
passam a integrar esta Ata, dispensando, assim, a leitura. O Presidente informou sobre e-mail da Senhora Ara-
bella Nóbrega, que representa uma Associação de Deficientes, com a reclamação de que não recebeu convite
ou comunicação sobre a realização do Seminário Internacional sobre Direitos Humanos e Desenvolvimento
Inclusivo. O Presidente informou que nem essa Comissão nem a de Defesa dos Direitos das Pessoas com Defi-
ciência também foram convidados. O Deputado Ságuas Moraes fez uso da palavra sugerindo enviar à Secadi
um ofício solicitando informações sobre o ocorrido. O Presidente concordou. Na sequência, o Presidente infor-
mou sobre a visita oficial da Comissão ao Campus da Universidade Federal do Sul da Bahia, pelos Deputados
Alice Portugal e Celso Jacob, que foram recebidos pelo Magnífico Reitor, Professor Naomar Almeida Filho, e
conheceram o projeto inovador em andamento na Universidade. Os Deputados Celso Jacob e Alice Portugal
fizeram uso da palavra e fizeram um breve relato sobre a visita. O Deputado Waldenor Pereira também fez uso
da palavra. O Presidente informou que o Magnífico Reitor, Professor Naomar Almeida Filho, participará do Ciclo
de Palestras promovido pela Frente Parlamentar da Educação em conjunto com a Comissão de Educação, no
dia vinte e um de outubro do corrente ano. Em seguida, o Presidente anunciou a presença no Plenário dos es-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 989

tudantes participantes do Parlamento Jovem Brasileiro 2015. ORDEM DO DIA: O Presidente anunciou a deli-
beração dos Requerimentos sobre a Mesa. O Relator, Deputado Damião Feliciano, apresentou requerimento
de preferência para votação do PL nº 1.481/2015 e fez o encaminhamento. Em votação, foi aprovada a prefe-
rência para votação do PL nº 1.481/2015. O Relator, Deputado Damião Feliciano, apresentou requerimento de
preferência para votação do PL nº 1.498/2015 e fez o encaminhamento. Em votação, foi aprovada a preferência
para votação do PL nº 1.498/2015. O Deputado Rogério Marinho fez uso da palavra a respeito do Seminário
sobre como aprimorar a qualidade no Sistema Nacional de Educação Básica e os trabalhos da Subcomissão
Permanente de Indicadores e Qualidade da Educação. A Relatora, Deputada Elcione Barbalho, apresentou re-
querimento de preferência para votação do PL nº 554/2011 e fez o encaminhamento. Em votação, foi aprova-
da a preferência para votação do PL nº 554/2011. O Presidente anunciou a deliberação dos requerimentos
constantes da pauta. REQUERIMENTO Nº 124/15 – do Sr. Rogério Marinho – que “requer que seja encaminhado,
ao Ministro de Estado da Educação, Sr. Renato Janine Ribeiro, Requerimento de Informação sobre a Portaria Nº
916, de 9 de setembro de 2015, do Ministério da Educação”. O Presidente informou que encaminhou, por meio
eletrônico, aos gabinetes parlamentares, a manifestação do Conselho Nacional de Educação – CNE, sobre a
questão de ideologia de gênero, recebida pela Comissão. Informou ainda que, conforme deliberado pelo Co-
legiado, foi enviado ofício ao Senhor Ministro da Educação, Renato Janine Riberio, sobre a criação do Comitê
de Gênero, no âmbito do Ministério da Educação, e que não foi recebida qualquer resposta aos questionamen-
tos. O Presidente ressaltou que teve conhecimento de que nova Portaria sobre tema teria sido publicada. O
Deputado Lelo Coimbra fez uso da palavra e sugeriu a retirada de pauta do Requerimento nº 124/2015, em
função da publicação dessa nova Portaria. O autor, Deputado Rogério Marinho, concordou solicitando, no en-
tanto, que a Comissão de Educação envie ofício ao Ministério da Educação pedindo esclarecimentos sobre os
motivos da publicação e da alteração ocorrida na Portaria nº 916/2015. Os Deputados Ságuas Moraes, Izalci,
Rogério Marinho e Alice Portugal fizeram uso da palavra. O Presidente retirou de pauta. O Deputado Lelo Coim-
bra assumiu a Presidência. REQUERIMENTO Nº 125/15 – do Sr. Saraiva Felipe – que “requer a realização de au-
diência pública na Comissão de Educação, com a participação da UNESCO, para debater o tema Cidades Apren-
dizagem”. O autor encaminhou o requerimento e fez um aditamento ao mesmo acrescentando os convidados:
Prefeitos ou Representantes das Prefeituras de Sorocaba, de Carapicuíba, de Jaboatão dos Guararapes; dos
Senhores Carlos Humberto Spezia e Rebeca Otero Gomes, Representantes da Unesco no Brasil; e de Represen-
tante da Unesco em Hamburgo. O Deputado Pompeo de Mattos fez uso da palavra e anunciou as presenças
dos estudantes Jonas Correa Nunes Junior e Luiz Eduardo Welter, do Rio Grande do Sul, participantes do Par-
lamento Jovem Brasileiro. A Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende fez uso da palavra e sugeriu acres-
centar, entre os convidados, o Senhor Gilberto Dimenstein, criador do Projeto Cidade Escola Aprendiz. O autor
concordou. Em votação, foi aprovado o requerimento, com os seguintes convidados: representantes das Pre-
feituras de Sorocaba, de Carapicuíba e de Jaboatão dos Guararapes, dos representantes da UNESCO/BRASIL,
Senhores Carlos Humberto Spezia e Rebeca Otero Gomes, do Representante da UNESCO de Hamburgo e do
Senhor Gilberto Dimenstein. O Deputado Saraiva Felipe reassumiu a Presidência. REQUERIMENTO Nº 126/15
– do Sr. Leo de Brito e outros – que “requer a realização de Audiência Pública no âmbito da Comissão de Edu-
cação e da Comissão de Finanças e Tributação, além da Subcomissão de Acompanhamento do PNE, para dis-
cussão do tema: “Debate sobre a consonância do Plano Plurianual (PPA-2016-2019) e as metas estabelecidas
pelo Plano Nacional de Educação (2014-2024)””. O autor fez o encaminhamento. Os Deputados Zeca Dirceu,
Professora Dorinha Seabra Rezende e Lelo Coimbra fizeram uso da palavra. Em votação, foi aprovado o reque-
rimento. REQUERIMENTO Nº 127/15 – da Sra. Professora Dorinha Seabra Rezende – que “requer aprovação de
Moção de Apoio às ponderações e reivindicações contidas na Carta dos Secretários Estaduais de Educação da
Região Norte, produto do Encontro entre os Secretários de Educação dos Estados do Amapá, Amazonas, Pará,
Rondônia e Tocantins, reunidos em Manaus, no dia 31 de julho de 2015, por ocasião da Reunião Ordinária do
Conselho Nacional de Secretários de Educação da Região Norte (Consed/Norte), que discutiram sobre a situa-
ção educacional da Amazônia Legal Brasileira”. A autora fez o encaminhamento. Os Deputados Lelo Coimbra e
Elcione Barbalho fizeram uso da palavra. Em votação, foi aprovado o requerimento. O Deputado Lelo Coimbra
reassumiu a Presidência. PROJETO DE LEI Nº 2.389/11 – do Senado Federal – Sérgio Zambiasi – (PLS 225/2010)
– que “institui diretrizes para a promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, ensino
fundamental e ensino médio das redes pública e privada, em âmbito nacional”. (Apensados: PL 7901/2010 e
PL 3348/2012). Ausente o Relator, Deputado Wilson Filho, o Presidente designou como Relator substituto o
Deputado Givaldo Vieira para fazer a leitura do parecer do Deputado Wilson Filho. Discutiram a matéria as De-
putadas Alice Portugal e Professora Dorinha Seabra Rezende. Em votação foi aprovado o parecer do Deputado
Wilson Filho. PROJETO DE LEI Nº 4.435/12 – do Sr. Professor Victório Galli – que “acrescenta § 5º ao art. 80 da Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor
990 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

sobre a oferta de educação a distância no ensino fundamental e médio”. O Relator, Deputado Pompeo de Mat-
tos, usou da palavra para defender seu parecer e registrou a presença do Vice-Prefeito de Nova Santa Rita, no
Rio Grande do Sul, Antonio Cesar Bairros dos Santos. Discutiu a matéria o Deputado Ságuas Moraes. Em vota-
ção foi aprovado o parecer. PROJETO DE LEI Nº 1.481/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “dispõe sobre
normas específicas para verificação do rendimento e controle de frequência dos estudantes que tenham sido
eleitos para funções em entidades estudantis e dá outras providências”. O Relator, Deputado Damião Feliciano,
usou da palavra para defender seu parecer. Discutiram a matéria os Deputados Professora Dorinha Seabra Re-
zende, Celso Jacob, Lobbe Neto e Lelo Coimbra. Os Deputados Professora Dorinha Seabra Rezende e Celso
Jacob pediram vista conjunta da matéria e o Presidente a concedeu nos termos do inciso XVI do Art. 57 do RI.
PROJETO DE LEI Nº 1.498/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “dispõe sobre a atribuição de créditos refe-
rentes à extensão universitária, às atividades de direção das entidades estudantis”. O Relator, Deputado Damião
Feliciano, usou da palavra para defender seu parecer. Discutiram a matéria os Deputados Professora Dorinha
Seabra Rezende, Lobbe Neto e Lelo Coimbra. Os Deputados Celso Jacob, Sérgio Vidigal e Professora Marcivania
pediram vista conjunta da matéria e o Presidente a concedeu nos termos do inciso XVI do Art. 57 do RI. A Re-
latora, Deputada Elcione Barbalho apresentou requerimento de retirada de pauta do PROJETO DE LEI Nº 554/11
– do Sr. Mauro Nazif – que “estabelece a obrigatoriedade da instalação de creche e pré-escolas nas unidade de
segurança pública”. (Apensado: PL 1134/2011). O Presidente retirou o Projeto de pauta. Não foram deliberados
os Projetos de Lei nos 5.326/2013, 7.029/2013, 8.174/2014, 8.291/2014, 5/2015, 178/2015, 325/2015, 662/2015,
885/2015, 1.023/2015, 1.460/2015 e 2.084/2015. O Presidente encerrou os trabalhos e convocou: (I) Seminário
sobre como aprimorar a qualidade no Sistema Nacional de Educação Básica para a quinta-feira, dia vinte e qua-
tro de setembro do presente, às nove horas; (II) reunião ordinária de audiência pública para a terça-feira, dia
vinte e nove de setembro, às quatorze horas e trinta minutos; e (III) reunião ordinária deliberativa para quarta-
-feira, dia trinta de setembro, às dez horas para deliberar os itens constantes de pauta e encerrou a reunião às
doze horas e trinta e sete minutos. E, para constar, eu, ________________, Eugênia S. Pestana, Secretária Exe-
cutiva, lavrei a presente Ata, que, após ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Sarai-
va Felipe, ______________________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor da reunião
foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental da Comissão.

RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS RECEBIDOS

NO PERÍODO DE 16.09.2015 a 22.09.2015


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 991

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA QUADRAGÉSIMA SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 23 DE SETEMBRO DE 2015.
Às dez horas e trinta e três minutos do dia vinte e três de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se a Co-
missão de Finanças e Tributação, no Anexo II, Plenário 04 da Câmara dos Deputados. Presentes os Senhores
Deputados Soraya Santos – Presidente; Manoel Junior e Alfredo Kaefer – Vice-Presidentes; Adail Carneiro, Ael-
ton Freitas, Afonso Florence, Alexandre Baldy, Aluisio Mendes, Andres Sanchez, Carlos Melles, Edmar Arruda,
Edmilson Rodrigues, Elizeu Dionizio, Enio Verri, Fábio Ramalho, Félix Mendonça Júnior, Fernando Monteiro,
João Gualberto, José Guimarães, Junior Marreca, Leonardo Quintão, Luiz Carlos Hauly, Mainha, Miro Teixeira,
Otavio Leite, Pauderney Avelino, Rafael Motta, Ricardo Barros, Rodrigo Martins, Silvio Torres e Walter Alves –
Titulares; André Figueiredo, Andre Moura, Assis Carvalho, Bruno Covas, Caetano, Carlos Henrique Gaguim, Cel-
so Maldaner, Christiane de Souza Yared, Davidson Magalhães, Esperidião Amin, Evair de Melo, Giovani Cherini,
Giuseppe Vecci, Helder Salomão, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Júlio Cesar, Leandre, Lelo Coimbra, Marcio
Alvino, Mauro Pereira, Mendonça Filho, Nelson Marchezan Junior, Paulo Azi, Paulo Teixeira, Reginaldo Lopes,
Rodrigo Pacheco, Simone Morgado, Tereza Cristina, Valtenir Pereira e Zé Silva – Suplentes. Compareceram tam-
bém os Deputados Goulart, Tenente Lúcio e Weliton Prado, como não-membros. Deixaram de comparecer os
Deputados Alexandre Leite, Benito Gama, Guilherme Mussi, Leonardo Picciani, Lucio Vieira Lima, Renzo Braz e
Rubens Otoni. ABERTURA: Havendo número regimental, a Presidente declarou abertos os trabalhos e subme-
teu à apreciação as atas da 41ª reunião, realizada no dia 16 de setembro. Dispensada a leitura, a pedido do
Deputado Fernando Monteiro. Em discussão e votação, a Ata foi aprovada. EXPEDIENTE: A Presidente deu
como lido o expediente contendo os documentos recebidos pela Comissão até o dia 22 de setembro de 2015:
MENSAGEM DO DEPUTADO JOÃO GUALBERTO, justificando ausência nas reuniões dos dias 21 de maio, 14 de
julho, 20 de agosto e 1º de setembro; REQUERIMENTO Nº 243/2015, DA CÂMARA MUNICIPAL DE ARAÇATUBA
– SP, manifestando apoio ao Projeto de Lei nº 8.256/2014, que “dispõe sobre a criação de cargos de provimen-
to efetivo no quadro de pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região”; CARTA, DO RE-
PRESENTANTE NORTE/NE DO 18º CONTINGENTE BATALHÃO DE SUEZ, solicitando apoio à aprovação do Proje-
to de Lei nº 8.254/2014, que “concede pensão especial aos ex-integrantes do “Batalhão Suez”; AVISO Nº 1064-
GP/TCU, DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, informando que o ofício pres. nº 266/15-CDT, que “solicita audi-
toria da dívida que os estados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Minas Gerais têm com a União” (objeto do
req 125/2015, dep. Jerônimo Goergen), foi autuado naquele Tribunal como Processo nº TC-024.565/2015-6 e
remetido à Secretaria-Geral de Controle Externo para as providências pertinentes. ORDEM DO DIA: A – Co-
nhecimento de matéria de natureza legislativa, fiscalizatória ou informativa: A Presidente deu conhecimento
do AVISO Nº 95/2015, DO BANCO CENTRAL DO BRASIL, encaminhando o demonstrativo das emissões do Real
referentes ao mês de julho de 2015, as razões delas determinantes e a posição das reservas internacionais a
elas vinculadas. Aprovado Requerimento de inversão de pauta para apreciação dos itens 21, 18, 17 e 1 da pau-
ta. 21 – PROJETO DE LEI Nº 166/15 – do Sr. Aelton Freitas – que “dá nova redação ao título do capítulo IV e aos
artigos 15, 16 e 17 da Lei nº 8.906/94 de 4 de julho de 1994, para permitir a constituição da sociedade indivi-
dual do advogado”. (Apensado: PL 1041/2015) RELATOR: Deputado RODRIGO PACHECO. PARECER pela não
implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronun-
ciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 166/2015 e do PL nº 1041/2015,
apensado; e, no mérito, pela aprovação do PL nº 166/2015 e do PL nº 1041/2015, apensado, com Substitutivo.
Lido o parecer pelo Relator. Em votação, foi APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 18 – PROJETO DE LEI
Nº 6.442/13 – do Sr. Dr. Jorge Silva – que “dá nova redação ao art. 25 da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002,
para ampliar o horário em que pode ser estabelecido o período de 8h30m em que deve ser concedido descon-
to nas tarifas de energia elétrica ao irrigante e ao aquicultor”. RELATOR: Deputado HILDO ROCHA. PARECER pela
não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pro-
nunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do PL nº 6.442/2013 e do Substitutivo da Comis-
são de Minas e Energia; e, no mérito, pela aprovação do PL nº 6.442/2013 e na forma do Substitutivo da CME.
Vista ao Deputado Assis Carvalho, em 16/09/2015. RETIRADO DE PAUTA PELO RELATOR. RETIRADO DE PAUTA
POR 15 DIAS. 17 – PROJETO DE LEI Nº 2.827/11 – do Sr. Alceu Moreira – que “altera o art. 12 da Lei nº 9.393, de
20 de dezembro de 1996, autorizando o parcelamento do Imposto Territorial Rural – ITR em até 06 (seis) cotas”.
RELATOR: Deputado LUIS CARLOS HEINZE. PARECER pela compatibilidade e adequação financeira e orçamen-
tária do Projeto, com Substitutivo, pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária da emen-
da da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e, no mérito, pela aprovação
992 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

do Projeto, com Substitutivo. PARECER COM COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO, DEP. LUIS CARLOS HEINZE, PELA
COMPATIBILIDADE E ADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DO PROJETO, COM SUBSTITUTIVO, PELA IN-
COMPATIBILIDADE E INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DA EMENDA DA COMISSÃO DE AGRICUL-
TURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL; E, NO MÉRITO, PELA APROVAÇÃO DO PRO-
JETO, COM SUBSTITUTIVO. Lido o parecer pelo Deputado Luiz Carlos Heinze. Em votação, foi APROVADO POR
UNANIMIDADE O PARECER COM COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO. A1 – Proposições Sujeitas à Apreciação do Ple-
nário: PRIORIDADE: 1 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 381/14 – do Senado Federal – Vital do Rêgo – (PLS
222/2013) – que “estabelece normas gerais sobre o processo administrativo fiscal no âmbito das administrações
tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. RELATOR: Deputado FERNANDO MON-
TEIRO. PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas,
não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação,
com Substitutivo. Vista ao Deputado Edmilson Rodrigues, em 16/09/2015. Em votação, foi APROVADO POR
UNANIMIDADE O PARECER. A Deputada Simone Morgado assumiu a condução dos trabalhos. 2 – PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR Nº 100/11 – do Sr. Domingos Sávio – que “altera o §1º do art. 2º da Lei Complementar nº
130, de 17 de abril de 2009, que “Dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e revoga dispositivos
das Leis nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e 5.764, de 16 de dezembro de 1971.”” (Apensado: PLP 241/2013)
EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Possibilita que os municípios que tenham disponibilidade de caixa depositem os
recursos nas cooperativas de crédito. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY. PARECER pela não implicação
da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quan-
to à adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei Complementar nº 100/2011 e do PLP nº 241/2013,
apensado; e, no mérito, pela aprovação do PLP nº 100/2011 e pela rejeição do PLP nº 241/2013, apensado. PA-
RECER LIDO, EM 23/09/15 pelo Relator. VISTA CONJUNTA AOS DEPUTADOS EVAIR DE MELO E PAUDERNEY AVE-
LINO. A Deputada Soraya Santos reassumiu a condução dos trabalhos. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA: 3 – PROJETO
DE LEI Nº 2.872/08 – do Sr. Carlos Zarattini – que “altera dispositivos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997
– Código de Trânsito Brasileiro e dá outras providências”. (Apensado: PL 2492/2011) EXPLICAÇÃO DA EMENTA:
Inclui na composição do CONTRAN um representante do Ministério da Justiça; reduz, para 90 (noventa) quilô-
metros a velocidade máxima nas vias rurais; aumenta as penalidades para disputa de corrida (“racha” ou “pega”),
ultrapassagem perigosa, excesso de velocidade, utilização de telefone celular e dispositivos de fraude à fisca-
lização; fixa o valor das multas de trânsito em Real; reduz para três decigramas de álcool por litro de sangue
para comprovar o consumo de álcool pelo motorista; proíbe o contingenciamento dos recursos da educação
no trânsito; obriga a divulgação dos limites de consumo de álcool e das penalidades pelo seu uso, nos estabe-
lecimentos ao longo das rodovias. RELATORA: Deputada CHRISTIANE DE SOUZA YARED. PARECER pela compa-
tibilidade e adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 2.872/2008, do PL nº 2.492/2011, apen-
sado, do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes; e, no mérito, pela aprovação do PL nº 2.872/2008,
do PL nº 2.492/2011, apensado, nos termos do Substitutivo da CVT, com subemenda. Vista conjunta aos De-
putados Edmilson Rodrigues, Miro Teixeira e Paulo Azi, em 16/09/2015. Em votação, foi APROVADO POR UNA-
NIMIDADE O PARECER. B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: PRIORIDADE: 4 –
PROJETO DE LEI Nº 691/07 – do Senado Federal – Paulo Paim – (PLS 351/2004) – que “altera a Lei nº 9.998, de
17 de agosto de 2000, que institui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações para deter-
minar a aplicação de recursos em educação e em ciência e tecnologia”. RELATOR: Deputado ROGÉRIO ROSSO.
PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não
cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 691/2007, do
Substitutivo da Comissão de Educação e Cultura e do Substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-
municação e Informática. RETIRADO DE PAUTA EM VIRTUDE DA APROVAÇÃO DE REQUERIMENTO DO DEPUTA-
DO PAUDERNEY AVELINO. RETIRADO DE PAUTA POR 15 DIAS. 5 – PROJETO DE LEI Nº 5.344/09 – do Senado
Federal – Fátima Cleide – (PLS 395/2008) – que “insere o art. 24-A na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para obrigar as escolas públicas e privadas de edu-
cação básica a comprovar a existência de áreas cobertas destinadas à prática de educação física, esportes e
recreação”. (Apensados: PL 5384/2009, PL 6272/2009, PL 7331/2010, PL 1006/2011 e PL 1158/2011) RELATOR:
Deputado ANDRES SANCHEZ. PARECER pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do Pro-
jeto de Lei nº 5.344/009 na forma do Substitutivo da Comissão Educação e Cultura, com subemendas; e pela
incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária dos PL’s nºs 5.384/2009, 6.272/2009, 7.331/2010,
1.006/2011 e 1.158/2011, apensados. RETIRADO DE PAUTA EM VIRTUDE DA APROVAÇÃO DE REQUERIMENTOS
DOSDEPUTADOS PAUDERNEY AVELINO E LUIZ CARLOS HEINZE. RETIRADO DE PAUTA POR 15 DIAS. 6 – PROJE-
TO DE LEI Nº 531/11 – do Senado Federal – Marisa Serrano – (PLS 520/2009) – que “autoriza o Poder Executivo
a criar o Programa de Centros Olímpicos”. RELATOR: Deputado ALEXANDRE LEITE. PARECER pela não implicação
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 993

da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quan-
to à adequação financeira e orçamentária do Projeto, na forma do Substitutivo da Comissão de Turismo e Des-
porto. Vista ao Deputado Enio Verri, em 19/08/2015. RETIRADO DE PAUTA EM VIRTUDE DA APROVAÇÃO DE
REQUERIMENTO DO DEPUTADO PAUDERNEY AVELINO. RETIRADO DE PAUTA POR 15 DIAS. 7 – PROJETO DE LEI
Nº 6.752/10 – do Senado Federal – José Sarney – (PLS 133/2006) – que “concede às pessoas carentes ou de bai-
xa renda anistia dos foros e taxas de ocupação devidos nos últimos 5 (cinco) anos, relativos a imóveis da União
em terrenos de marinha”. RELATOR: Deputado JUNIOR MARRECA. PARECER pela não implicação da matéria em
aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação
financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 6.752/2010 e do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Ad-
ministração e Serviço Público; e, no mérito, pela aprovação do PL nº 6.752/2010, na forma do Substitutivo da
CTASP. Lido o parecer pelo Relator. Em votação, foi APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. TRAMITAÇÃO
ORDINÁRIA: 8 – PROJETO DE LEI Nº 5.251/05 – do Sr. Eduardo Barbosa – que “dispõe sobre a contagem do tem-
po de serviço do exercente de mandato eletivo no período entre fevereiro de 1998 e outubro de 2004”. RELA-
TOR: Deputado MARCUS PESTANA. PARECER pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária do
Projeto e das emendas da Comissão de Seguridade Social e Família, na forma das emendas de adequação. Lido
o parecer pelo Deputado Luiz Carlos Hauly. Discutiu a matéria o Deputado Enio Verri. Em votação, foi APROVA-
DO POR UNANIMIDADE O PARECER. 9 – PROJETO DE LEI Nº 3.312/08 – do Sr. Beto Faro – que “dá nova redação
ao art. 37 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, e dá outras providências”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Es-
tabelece a exigência do beneficiário do crédito rural exibir comprovante de cumprimento de obrigações fiscais
e previdenciárias, além da comprovação do cumprimento da legislação ambiental. RELATOR: Deputado RUBENS
OTONI. PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públi-
cas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela rejeição.
Lido o parecer pelo Deputado Enio Verri. Discutiram a matéria os Deputados Luiz Carlos Hauly e Tereza Cristina.
Em votação, foi APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 10 – PROJETO DE LEI Nº 6.876/10 – da Sra. Gorete
Pereira – que “altera a Lei nº 10.233, de 05 de junho de 2001, que dispõe sobre a reestruturação dos transportes
aquaviário e terrestre, e dá outras providências”. EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Prorroga por prazo indeterminado
a transferência de recursos para pagamento de pessoal, encargos sociais, benefícios e contribuição à Fundação
Rede Ferroviária de Seguridade Social dos empregados transferidos do Sistema de Trens Urbanos de Fortaleza.
RELATORA: Deputada TEREZA CRISTINA. PARECER pela adequação financeira e orçamentária do Projeto e da
Emenda nº 1/2011 apresentada na CFT. A Relatora fez a leitura do parecer. Usou da palavra o Deputado Enio
Verri. Vista ao Deputado Afonso Florence, em 11/12/2013. RETIRADO DE PAUTA POR ACORDO DOS SRS. LÍDE-
RES. 11 – PROJETO DE LEI Nº 370/11 – do Sr. Alessandro Molon – que “estabelece princípios e diretrizes para
promoção e instalação de programas, projetos e ações de pacificação social, policiamento comunitário e Uni-
dades de Polícia Pacificadora ou órgãos assemelhados em todo território nacional e dá outras providências”.
RELATOR: Deputado PAULO TEIXEIRA. PARECER pela compatibilidade e adequação financeira e orçamentária
do Projeto de Lei nº 370/2011, com a Emenda nº 1/2013 da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Cri-
me Organizado (CSPCCO), e da Emenda nº 2/2013 da CSPCCO. PARECER LIDO EM 23/09/15, pelo Deputado
Andres Sanches. Usou da palavra o Deputado Hildo Rocha. VISTA AO DEPUTADO HILDO ROCHA. 12 – PROJETO
DE LEI Nº 1.777/11 – do Sr. Missionário José Olimpio – que “dispõe sobre a destinação de recursos do Programa
Dinheiro Direto na Escola à instalação, melhoria e manutenção de laboratórios para estudo de ciências e ensi-
no técnico em escolas públicas da rede pública de educação básica”. RELATOR: Deputado EDMAR ARRUDA.
PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não
cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto e da emenda da Comis-
são de Educação e Cultura. Vista ao Deputado Afonso Florence, em 16/10/2013. RETIRADO DE PAUTA PELO
RELATOR. RETIRADO DE PAUTA POR 15 DIAS. 13 – PROJETO DE LEI Nº 1.788/11 – do Sr. Mendonça Filho – que
“dispõe sobre a restrição de financiamento de operações de concentração econômica pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal”. RELATOR: Deputa-
do RODRIGO MAIA. PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da des-
pesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela
aprovação. Lido o parecer pelo Deputado Bruno Covas. Usaram da palavra para discussão os Deputados Enio
Verri, Pauderney Avelino, Edmar Arruda e Edmilson Rodrigues. RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. RETIRADO DE
PAUTA POR 15 DIAS. 14 – PROJETO DE LEI Nº 661/07 – do Sr. Wellington Fagundes – que “dispõe sobre a anistia
de dívidas de consumidores de energia elétrica contraídas no âmbito do Programa “Luz no Campo”, instituído
pelo Decreto de 2 de dezembro de 1999”. (Apensados: PL 1513/2007, PL 2263/2007 e PL 6306/2009) RELATORA:
Deputada TEREZA CRISTINA. PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita
ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Pro-
994 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

jeto de Lei nº 661/2007 e dos PL’s nºs 1.513/2007, 2.263/2007 e 6.306/2009, apensados; e, no mérito, pela apro-
vação do PL nº 661/2007 e pela rejeição dos PLs nºs 1.513/2007, 2.263/2007 e 6306/2009, apensados. Lido o
parecer pela Relatora. RETIRADO DE PAUTA POR ACORDO DOS SRS. LÍDERES. 15 – PROJETO DE LEI Nº 846/11
– do Sr. Hugo Leal – que “dispõe sobre a natureza das bolsas de estudo de graduação, pós-graduação, pesqui-
sa e extensão e dá outras providências”. (Apensado: PL 1620/2011) EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Estabelece que
as bolsas de estudo para cursos de graduação, pós-gradução, extensão e pesquisa, concedidas a alunos e do-
centes por entidades públicas ou privadas de fomento, não integram o salário ou rendimento do trabalho e
devem receber isenções tributárias. RELATOR: Deputado EDMAR ARRUDA. PARECER pela compatibilidade e
adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 846/2011, com emenda, e pela incompatibilidade e
inadequação financeira e orçamentária do PL nº 1620/2011, apensado; e, no mérito, pela aprovação do PL nº
846/2011, com emenda. RETIRADO DE PAUTA PELO RELATOR.RETIRADO DE PAUTA POR 15 DIAS. 16 – PROJETO
DE LEI Nº 2.353/11 – do Sr. Alceu Moreira e outros – que “acrescenta o § 9º ao art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de
junho de 1993, para vedar a aquisição de leite importado no âmbito da administração pública direta e indire-
ta”. RELATORA: Deputada TEREZA CRISTINA. PARECER pela não implicação da matéria em aumento ou diminui-
ção da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orça-
mentária do Projeto e da emenda da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural; e, no mérito, pela aprovação do Projeto e da emenda da CAPADR. PARECER LIDO EM 23/09/15 pela Re-
latora. Discutiram a matéria os Deputados Enio Verri, Alexandre Baldy, Bruno Covas e Edmar Arruda. VISTA AO
DEPUTADO ALEXANDRE BALDY. 19 – PROJETO DE LEI Nº 5.413/13 – do Sr. Jorginho Mello – que “dispõe sobre
a concessão do Selo Estabelecimento Sustentável”. RELATOR: Deputado BRUNO COVAS. PARECER pela não im-
plicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronuncia-
mento quanto à adequação financeira e orçamentária. PARECER LIDO EM 23/09/15 pelo Deputado Bruno Covas.
Usaram da palavra os Deputados Enio Verri, Edmilson Rodrigues, Pauderney Avelino e Bruno Covas. VISTA AO
DEPUTADO ENIO VERRI. Assumiu a condução dos trabalhos o Deputado Pauderney Avelino. 20 – PROJETO DE
LEI Nº 6.652/13 – do Sr. Jovair Arantes – que “altera a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, para impedir que a
renda familiar mensal bruta seja utilizada como critério de exclusão para a inscrição de estudante no FIES –
Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior”. RELATORA: Deputada TIA ERON. PARECER pela não
implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronun-
ciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto e do Substitutivo da Comissão de Educa-
ção. Lido o voto pela Relatora. Em votação, foi APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. ENCERRAMENTO:
Nada mais havendo a tratar, o Deputado Pauderney Avelino, no exercício da Presidência, encerrou os trabalhos
às 12 horas e 54 minutos, antes convocando reunião ordinária deliberativa para o dia vinte e três de setembro,
às dez horas, no Plenário 4 do Anexo II. O inteiro teor da reunião foi gravado, passando o arquivo do áudio a
integrar o acervo documental da presente reunião. E, para constar, eu ______________________, Aparecida
de Moura Andrade, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em
exercício, Deputado PAUDERNEY AVELINO _____________________, e publicada no Diário da Câmara dos De-
putados.
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA TRIGÉSIMA-SEXTA REUNIÃO – ORDINÁRIA DELIBERATIVA, REALIZADA EM 23 DE SETEM-
BRO DE 2015.
Às dez horas e cinquenta e cinco minutos do dia dezesseis de setembro de dois mil e quinze, reuniu-se
a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, no Anexo II, Plenário 09 da Câmara dos Deputados, sob a
presidência do deputado Vicente Cândido. Registraram presença os deputados Vicente Candido (Presidente),
Lindomar Garçon e Simone Morgado – titulares; Abel Mesquita Jr., Edinho Bez, Edio Lopes, Elizeu Dionizio , Es-
peridião Amin, Heitor Schuch, Jorge Solla, Luiz Cláudio, Paulo Feijó, Sérgio Brito e Waldenor Pereira – suplentes;
Carlos Henrique Gaguim, Evair de Melo, Izalci e Tenente Lúcio – não-membros. Deixaram de comparecer os
deputados titulares Aníbal Gomes, Delegado Waldir, Ezequiel Teixeira, Fernando Francischini, Hissa Abrahão,
Hugo Motta, João Arruda, Leo de Brito, Marcos Reategui, Mendonça Filho, Nilton Capixaba, Paulo Pimenta, San-
des Júnior, Toninho Wandscheer, Uldurico Junior, Valtenir Pereira, Vanderlei Macris, Vinicius Gurgel e Wellington
Roberto. ABERTURA: Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos os trabalhos e colocou em
apreciação as atas da trigésima-terceira à trigésima-quinta reuniões da Comissão, realizadas, respectivamente,
em nove, dez e dezessete de setembro últimos, cuja leitura foi dispensada a pedido do deputado Jorge Solla.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 995

Em votação, a ata foi aprovada. EXPEDIENTE: Nos termos do art. 50, inciso II, do Regimento Interno, o Presi-
dente informou que foram distribuídas cópias da lista dos expedientes recebidos pela Comissão no período
de 09/09/2015 a 15/09/2015, que passam a integrar esta ata, dispensando a leitura dos citados expedientes.
ORDEM DO DIA: 1 – REQUERIMENTO Nº 71/15, do Sr. Elizeu Dionizio, que “solicita seja convocado o Ministro
de Estado do Trabalho, Senhor Manoel Dias, no âmbito desta Comissão, para prestar esclarecimentos acerca
do relatório do Tribunal de Contas da União – TCU que revelou supostos pagamentos irregulares no Bolsa Pes-
ca”. O deputado Jorge Solla subscreveu a proposição e defendeu sua aprovação, com alteração, na forma de
requerimento de informações. O Presidente informou que havia anuência do Autor para a alteração propos-
ta. Em votação, o requerimento foi aprovado, na forma acordada. 2 – REQUERIMENTO Nº 72/15, do Sr. Elizeu
Dionizio, que “solicita seja convocado o Ministro de Estado da Pesca e Aquicultura, Senhor Helder Barbalho,
no âmbito desta Comissão, para prestar esclarecimentos acerca do relatório do Tribunal de Contas da União –
TCU que revelou supostos pagamentos irregulares no Bolsa Pesca”. O deputado Jorge Solla subscreveu a pro-
posição e defendeu sua aprovação, com alteração, na forma de requerimento de informações. O Presidente
informou que havia anuência do Autor para a alteração proposta. Em votação, o requerimento foi aprovado, na
forma acordada. 3 – REQUERIMENTO Nº 84/15, do Sr. Elizeu Dionizio, que “requer seja convidado o Presidente
da Empresa de Correios e Telégrafos – ECT para prestar esclarecimentos acerca dos negócios praticados pela
estatal contestados pelo Tribunal de Contas da União – TCU”. O deputado Jorge Solla subscreveu a proposição
e defendeu sua aprovação, com alteração, na forma de solicitação de informações. O Presidente informou que
havia anuência do Autor para a alteração proposta. Em votação, o requerimento foi aprovado, na forma acor-
dada. 4 – REQUERIMENTO Nº 133/15, do Sr. Nilson Leitão, que “solicita seja convocado Excelentíssimo Sr. Gil-
berto Kassab, Ministro de Estado das Cidades, no âmbito desta Comissão, para prestar esclarecimentos acerca
do relatório do Tribunal de Contas da União que revelou a paralisação das obras de saneamento do país”. O
deputado Jorge Solla subscreveu a proposição e defendeu sua aprovação, com alteração para convite ao Sr.
Paulo Ferreira, Secretário Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. O Presidente informou
que havia anuência do Autor para a alteração proposta. Em votação, o requerimento foi aprovado, na forma
acordada. 5 – REQUERIMENTO Nº 140/15, do Sr. Ezequiel Teixeira, que “requer, no âmbito da Comissão de Fis-
calização Financeira e Controle, a partir dos trabalhos da Subcomissão Permanente para Acompanhamento e
Fiscalização dos Jogos Olímpicos de 2016, solicitação de informações ao Ministério do Esporte, Empresa Mu-
nicipal Olímpica, Controladoria do Município do Rio de Janeiro e Prefeitura do Município do Rio de Janeiro,
sobre a evolução dos valores constantes no dossiê de candidatura para os valores efetivamente contratados,
tendo como objeto a construção do complexo esportivo de Deodoro”. O deputado Valtenor Pereira subscre-
veu a proposição e defendeu sua aprovação. Em votação, o requerimento foi aprovado. 6 – REQUERIMENTO
Nº 141/15, do Sr. Ezequiel Teixeira, que “requer, no âmbito da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, a
partir dos trabalhos da Subcomissão Permanente para Acompanhamento e Fiscalização dos Jogos Olímpicos
de 2016, solicitação de informações sobre as despesas realizadas pelo Rio 2016, tendo em vista a responsabili-
dade do Governo Federal de arcar com eventual déficit”. O deputado Valtenor Pereira subscreveu a proposição
e defendeu sua aprovação. Em votação, o requerimento foi aprovado. 7 – REQUERIMENTO Nº 142/15, do Sr.
Valtenir Pereira, que “solicita realização de audiência pública para discussão do tema: ‘A fiscalização nas fron-
teiras brasileiras, e a importância dos efetivos da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Receita Federal
do Brasil nesta ação’” O deputado Jorge Solla Pereira subscreveu a proposição e defendeu sua aprovação. Em
votação, o requerimento foi aprovado. 8 – REQUERIMENTO Nº 143/15, do Sr. Vanderlei Macris, que “requer seja
convidado o Ministro do Tribunal de Contas da União, Sr. José Augusto Nardes para, em reunião de audiência
pública, debater acerca do Processo TC-005335/2015-9, que trata da prestação de contas do governo federal
referente ao exercício de 2014 e a legalidade dos decretos abaixo relacionados”. O Presidente retirou de pauta,
a pedido do Autor. 9 – PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 131/13, do Sr. Rubens Bueno, que “propõe
que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, com auxílio do Tribunal de Contas da União, realize uma
fiscalização sobre a contratação, sem licitação, do Idecan pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento – Mapa”. Relator: deputado Wellington Roberto. Relatório final: pelo arquivamento. Vista ao deputado
Edson Santos, em 28/05/2014. O Presidente retirou de pauta, de ofício, devido à ausência do Autor. 10 – PRO-
POSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº 192/14, do Sr. Rubens Bueno, que “propõe que a Comissão de Fisca-
lização Financeira e Controle, com auxílio do Tribunal de Contas da União, realize ato de auditoria nos Cartões
de Pagamento do Governo Federal da Secretaria de Administração da Presidência da República, da Casa Civil,
da Secretaria de Relações Institucionais e da Secretaria Geral da Presidência da República”. Relator: deputado
Jorge Solla. Relatório Prévio: pela não implementação e arquivamento. Vista ao deputado Hissa Abrahão, em
19/08/2015. O relator defendeu a aprovação do relatório, já lido em reunião anterior. Em votação, o relatório
foi aprovado. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente, convocou reunião ordinária para a
996 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

próxima quarta-feira, trinta de setembro, às dez horas, no Plenário 9, e encerrou os trabalhos às onze horas e
quatro minutos. E, para constar, eu ______________________, Luiz Paulo Pieri, lavrei a presente ata, que, por
ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, deputado Vicente Cândido ______________________,
e publicada no Diário da Câmara dos Deputados.
RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS RECEBIDOS NA CFFC
NO PERÍODODE 09/09/2015 a 22/09/2015

Lista distribuída na reunião de 23/09/2015


Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 997

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE

55ª Legislatura – 1ª Sessão Legislativa Ordinária


ATA DA TRIGÉSIMA-SÉTIMA REUNIÃO – EXTRAORDINÁRIA DELIBERATIVA, REALIZADA EM 24 DE
SETEMBRO DE 2015.
Às doze horas e quarenta e três minutos do dia vinte e quatro de setembro de dois mil e quinze, reuniu-
-se a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, no Anexo II, Plenário 16 da Câmara dos Deputados, sob
a presidência do deputado Vicente Cândido. Registraram presença os deputados Vicente Candido (Presiden-
te), Valtenir Pereira e João Arruda (Vice-Presidentes), Hugo Motta, Paulo Pimenta, Simone Morgado e Toninho
Wandscheer – titulares; Adelmo Carneiro Leão, Celso Pansera, Elizeu Dionizio, Esperidião Amin, Luiz Cláudio e
Waldenor Pereira – suplentes; e Weliton Prado – não-membro. Deixaram de comparecer os deputados titulares
Aníbal Gomes, Delegado Waldir, Ezequiel Teixeira, Fernando Francischini, Hissa Abrahão, Leo de Brito, Lindomar
Garçon, Marcos Reategui, Mendonça Filho, Nilton Capixaba, Sandes Júnior, Uldurico Junior, Vanderlei Macris,
Vinicius Gurgel e Wellington Roberto. ABERTURA: Havendo número regimental, o Presidente declarou abertos
os trabalhos da reunião extraordinária. ORDEM DO DIA: 1 – REQUERIMENTO Nº 144/15, do Sr. Valtenir Pereira,
que “requer que seja convocado o Ministro de Minas e Energia, Carlos Eduardo de Souza Braga, para em reu-
nião de audiência pública, falar sobre a situação dos contratos de construção naval de navios tanques, sondas
de perfuração e plataformas de produção e exploração”. O Autor defendeu a aprovação do requerimento, com
alteração para convite ao Ministro. Acatou também a solicitação do deputado Waldenor Pereira de incluir, en-
tre os temas da audiência, a situação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe (BA). Em votação, o
requerimento foi aprovado com as alterações acordadas. 2 – REQUERIMENTO Nº 145/15, do Sr. Valtenir Pereira,
que “requer sejam convidados o Presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, o Presidente da Transpetro, Anto-
nio Rubens Silva Silvino, o Presidente da Empresa Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro, o Presidente do Estaleiro
Eisa-Petroum, Germany Efranovich, e o Presidente do Estaleiro Brasfels, Kwok Kai Choong para, em reunião de
audiência pública, falar sobre a situação dos contratos de construção naval de navios tanques, sondas de per-
furação e plataformas de produção e exploração”. O Autor defendeu a aprovação do requerimento, acrescen-
tando no rol de convidados os Srs. Fernando Furlan – Secretário Executivo do MDIC, e Tarcísio José Massote
de Godoy – Secretário Executivo do Ministério da Fazenda. Acatou também solicitação do deputado Walde-
nor Pereira para estender o convite a um representante do consórcio de empresas e outro dos trabalhadores
do Estaleiro Enseada do Paraguaçu. Em votação, o requerimento foi aprovado, com os acréscimos solicitados.
ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente, encerrou os trabalhos às treze horas e seis minu-
tos. E, para constar, eu ______________________, Luiz Paulo Pieri, lavrei a presente ata, que, por ter sido lida
e aprovada, será assinada pelo Presidente, deputado Vicente Cândido ______________________, e publicada
no Diário da Câmara dos Deputados.
DESIGNAÇÕES

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria:
Ao Deputado Jorge Tadeu Mudalen
PROJETO DE LEI Nº 3.041/15 – do Sr. Cesar Souza – que “acrescenta parágrafo ao artigo 3º da Lei nº 5.070,
de 7 de julho de 1966, para destinar valores de multas e outras fontes de receita do Fundo de Fiscalização das
Telecomunicações – FISTEL – exclusivamente à Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel”.
À Deputada Luiza Erundina
PROJETO DE LEI Nº 2.974/15 – do Sr. Rômulo Gouveia – que “ Acrescenta o art. 47-A à Lei n° 10.741, de
1º de outubro de 2003, e o art. 21-A à Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, para criar serviços telefônicos
gratuitos de emergência para o atendimento a idosos e a pessoas portadoras de deficiência ou com mobili-
dade reduzida”.
Ao Deputado Vitor Lippi
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 541/11 – do Sr. João Campos – que “dispõe sobre a realização
de plebiscito para decidir sobre a adoção do horário de verão no território brasileiro”.
Sala da Comissão, 30 de setembro de 2015. – Fábio Sousa, Presidente
998 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

COMISSÃO DE CULTURA

DESIGNAÇÃO DE RELATOR
Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria:
Ao Deputado Cabuçu Borges
PROJETO DE LEI Nº 3.006/15 – do Sr. Veneziano Vital do Rêgo – que “altera dispositivo da Lei nº 9.610,
de 19 de fevereiro de 1998”.
PROJETO DE LEI Nº 3.009/15 – do Sr. José Priante – que “fica a Festa do Sairé, realizada no distrito de
Alter do Chão, município de Santarém, Estado do Pará, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do
Brasil, de acordo com o Artigo 215 e o Artigo 216 da Constituição Federal”.
Ao Deputado Félix Mendonça Júnior
PROJETO DE LEI Nº 3.024/15 – do Sr. Marcelo Belinati – que “dispõe sobre antecipação de comemoração
de feriados com o objetivo de trazer benefícios para a economia nacional e dá outras providências”.
À Deputada Geovania de Sá
PROJETO DE LEI Nº 7.221/10 – do Sr. Angelo Vanhoni – que “institui o ano de 2011 como o Ano da
Ucrânia no Brasil”.
Ao Deputado Moses Rodrigues
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 220/15 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa
Nacional – (MSC 173/2015) – que “aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da Re-
pública Federativa do Brasil e o Governo da Federação de São Cristóvão e Névis, assinado em Brasília, em 26
de abril de 2010”.
Ao Deputado Sérgio Reis
PROJETO DE LEI Nº 2.978/15 – do Sr. Evandro Gussi – que “declara a cidade de Tupã, no Estado de São
Paulo, Capital Nacional da Fotografia”.
Sala da Comissão, 30 de setembro de 2015. – Félix Mendonça Júnior, Presidente

PARECERES

DESPACHO DO PRESIDENTE

PUBLICAÇÃO DE PARECER DE COMISSÃO


PL 3312-B/2008 CFT
PL 6335-A/2009 CCJC
PL 3960-B/2012 CCULT
PL 4238-A/2012 CESP
PL 6470-B/2013 CPD
PL 6718-B/2013 CCULT
PL 1294-A/2015 CVT
PL 1355-A/2015 CVT
PL 1690-A/2015 CPD
PL 2053-A/2015 CAPADR
PL 2258-A/2015 CPD
PDC 541-A/2011 CME
PRESIDÊNCIA/SGM
Publique-se.
Em 30-9-2015. – Eduardo Cunha, Presidente

PROJETO DE LEI Nº 3.312-B, DE 2008


(Do Sr. Beto Faro)

Dá nova redação ao art. 37 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, e dá outras providên-


cias; tendo parecer da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural, pela rejeição (relator: DEP. VALDIR COLATTO); e da Comissão de Finanças e Tributação,
pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas,
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 999

não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária e, no mérito,


pela rejeição (relator: DEP. RUBENS OTONI).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO
RURAL; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA-
DANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

I – Relatório
O presente projeto de lei obriga as instituições financeiras a condicionar a concessão de crédito rural e
a constituição de suas garantias à prévia exibição da declaração de bens e de comprovantes do cumprimento
das obrigações fiscais, previdenciárias e ambientais. A especificação dos procedimentos ficará a cargo da re-
gulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Argumenta-se, na Justificação, que a medida agregaria valor jurídico às medidas adotadas pelo CMN
atualizando a legislação que instituiu o crédito rural, notadamente quanto à questão ambiental.
A proposição foi apreciada, primeiramente, pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural (CAPADR), foro em que foi rejeitada por unanimidade.
Nesta Comissão de Finanças e Tributação (CFT), a proposição chegou a ser relatada pelo ilustre Deputa-
do Jerônimo Goergen no final do ano de 2014. O fim da legislatura anterior, contudo, operou-se sem que seu
voto pela rejeição lograsse ser apreciado pelo colegiado desta Comissão.
Vem a matéria novamente a esta Comissão de Finanças e Tributação, desta feita sob minha relatoria,
para análise do mérito e da compatibilidade e adequação orçamentária e financeira. Não foram apresentadas
emendas.
É o relatório.

II – Voto do Relator
Por concordar com as consistentes premissas e com as coerentes conclusões desenvolvidas pelo relator
que me antecedeu neste foro, adoto seu parecer integralmente e passo a reproduzi-lo, com as devidas atuali-
zações das normas orçamentárias.
Cabe a esta Comissão, além do exame de mérito, inicialmente apreciar a proposição quanto à sua com-
patibilidade ou adequação com o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, nos
termos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RI, arts. 32, IX, “h” e 53, II) e de Norma Interna da Co-
missão de Finanças e Tributação, que “estabelece procedimentos para o exame de compatibilidade ou adequa-
ção orçamentária e financeira”, aprovada pela CFT em 29 de maio de 1996.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015 (Lei nº 13.080, de 2 de janeiro de 2015), em seu art. 108, es-
tabelece que as proposições legislativas que, direta ou indiretamente, importem ou autorizem diminuição de
receita pública ou aumento de despesa da União, deverão estar acompanhadas de estimativas desses efeitos
no exercício que entrar em vigor e nos dois subsequentes, detalhando memória de cálculo respectiva e cor-
respondente compensação, para efeito de adequação financeira e orçamentária e compatibilidade com as
disposições constitucionais e legais que regem a matéria.
O artigo 109 da LDO 2015 condiciona a aprovação de projeto de lei ou a edição de medida provisória
que institua ou altere receita pública ao acompanhamento da correspondente demonstração da estimativa
do impacto na arrecadação, devidamente justificada.
O art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF exige estar a proposição acompanhada de estimativa
do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, as-
sim atender o disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma de duas condições alternativas.
Uma condição é que o proponente demonstre que a renúncia foi considerada na estimativa de receita
da lei orçamentária e que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de dire-
trizes orçamentárias. Outra condição, alternativa, é que a proposição esteja acompanhada de medidas de com-
pensação, no período mencionado, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas,
da ampliação de base de cálculo ou da majoração ou criação de tributo ou contribuição, podendo o benefício
entrar em vigor apenas quando implantadas tais medidas.
Verifica-se que o Projeto de Lei nº 3.312, de 2008, ao estabelecer requisitos para a concessão de crédito
rural em todas as suas modalidades, bem como a constituição das suas garantias, pelas instituições de crédi-
1000 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

to, públicas e privadas, não repercute sobre as finanças da União, motivo pelo qual não há por que se falar em
adequação financeira ou orçamentária.
No que toca ao mérito, cumpre, de início, destacar que a agricultura consiste no principal setor da eco-
nomia brasileira. Representa, de acordo com dados recentes do IBGE, mais de 23% do PIB nacional, gera mais
de 30% dos empregos do País e alcançou, no ano de 2013, valor exportado superior a 100 bilhões de dólares.
A importância social da agricultura e sua essencialidade para a cadeia econômica conferem ao segmen-
to destacada relevância no âmbito de políticas públicas. Nesse contexto, o financiamento rural – mecanismo
essencial para a viabilização da produção, estocagem e comercialização e para a expansão das atividades – re-
cebe enfoque privilegiado do ordenamento econômico-financeiro estatal, que, na Lei nº 4.595, de 1964, atribui
ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a incumbência de assegurar taxas favorecidas aos investimentos in-
dispensáveis às atividades agropecuárias (art. 4º, IX) e ao Banco Central, o dever de estipular o direcionamento
obrigatório de depósitos para reaplicação em agricultura, sob juros favorecidos (art. 10, III, b).
Percebe-se que – por se tratarem de valores emprestados com taxas de juros favorecidas – os recursos
destinados ao crédito rural revestem-se de relativa onerosidade para a sociedade brasileira como um todo.
Numa compreensão ampla, resta-se por subsidiar, de variadas formas o financiamento rural, inclusive mediante
spreads mais elevados nas demais operações de crédito, não sujeitas a tetos máximos.
Se por um lado não se discute que o agronegócio – justamente por seu papel básico na geração de ali-
mentos, no desenvolvimento social e na potencialização de outras áreas da economia – demanda tratamento
privilegiado; por outro, é importante que se adotem medidas para assegurar que esses onerosos recursos se-
jam aplicados de modo responsável e produtivo. A teor da Lei nº 4.829, de 1965, que instituiu o crédito rural,
o controle sobre a destinação adequada dos financiamentos compete, na dimensão normatizadora, ao CMN e
ao Banco Central, e na esfera fiscalizadora, aos próprios agentes financeiros, bancos públicos e privados con-
cedentes de crédito. De acordo com a atual redação do art. 37 da mencionada lei, a concessão do crédito rural
independe de exibição, pelo proponente, de comprovantes de regularidade fiscal, previdênciária e ambiental.
O vertente projeto de lei tem, em tese, o desígnio louvável de pretender aumentar o controle sobre o
financiamento rural. Entretanto, como bem assinalou a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e
Desenvolvimento Rural (CAPADR), ao transferir ao produtor rural a incumbência de provar documentalmente
o cumprimento de suas obrigações, burocratiza em demasia a concretização de uma operação que se preten-
de ágil e que detém inequívoca significação social e econômica.
Com efeito, tanto a regularidade fiscal quanto a ambiental, por configurarem temas afetos à competên-
cia de todos os entes federativos, demandariam périplos pelos mais variados órgãos e entidades da União,
dos Estados e dos Municípios na busca das respectivas certidões. Quando se tem em conta as dimensões con-
tinentais do País e o fato de a grande parcela dos empreendimentos rurais situarem-se afastados dos centros
urbanos, a exigência pretendida pela proposição traduzir-se-ia em obstáculo excessivo, particularmente para
os pequenos e médios produtores.
E não sobressaem dúvidas de que os entes e entidades públicos e as instituições financeiras dispõem –
hoje muito mais do que em 1965, ano de edição da lei – de estrutura, dados e recursos suficientes para averi-
guar a regularidade tributária, previdenciária e ambiental dos requerentes de crédito rural, sem que se neces-
site obrigar os produtores a arcar com o dispêndio de tempo e de valores na busca, coleta e apresentação de
documentos comprobatórios de sua condição.
A propósito, cumpre assinalar que o recente Código Florestal (Lei nº 12.651, de 2012) teve a redação de
seu art. 78-A modificada pela Lei nº 12.727, também de 2012, justamente para retirar do proprietário ou possui-
dor rural o ônus de comprovação de sua regularidade ambiental como pressuposto para a obtenção de crédito
agrícola, bastando, para tanto, a inscrição no Cadastro Ambiental Rural – CAR. E, ainda sim, esse dispositivo,
ressalte-se, somente terá eficácia a partir de 2017:
“Art. 78-A. Após cinco anos da data da publicação desta Lei, as instituições financeiras só concederão
crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam
inscritos no Cadastro Ambiental Rural – CAR e que comprovem sua regularidade nos termos desta Lei.
(Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012).
Art. 78-A. Após 5 (cinco) anos da data da publicação desta Lei, as instituições financeiras só concederão
crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam
inscritos no CAR. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012)”.
Retira-se, do universo de discussões e reflexões que resultaram no atual texto do Código Florestal, uma
preocupação do legislador em – sem descurar da defesa eficiente do meio-ambiente e do emprego legítimo
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1001

do crédito rural – não criar embaraços desmedidos ao financiamento das atividades de um segmento socioe-
conômico tão basilar e relevante para o País.
Tal percepção fortalece nosso entendimento de que o corrente modelo – ao outorgar aos entes públicos
o dever geral de fiscalização e aos agentes financeiros o dever específico de avaliar as condições do proponen-
te ao crédito rural – harmoniza, de modo proporcional, o controle sobre a aplicação responsável dos recursos
e a finalidade, definida na Lei nº 4.829, de 1965, de “estimular o incremento ordenado dos investimentos rurais” e
“possibilitar o fortalecimento econômico dos produtores rurais, notadamente pequenos e médios”.
Diante disso, votamos pela não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou
despesa pública, não cabendo pronunciamento desta Comissão quanto à adequação financeira e orçamen-
tária, e, quanto ao mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº 3.312, de 2008.
Sala da Comissão, 15 de julho de 2015. – Deputado Rubens Otoni, Relator
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças e Tributação, em reunião ordinária realizada hoje, concluiu unanimemente pela
não implicação da matéria em aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pro-
nunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº
3.312/2008, nos termos do parecer do relator, Deputado Rubens Otoni.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Soraya Santos – Presidente, Manoel Junior e Alfredo Kae-
fer – Vice-Presidentes, Adail Carneiro, Aelton Freitas, Afonso Florence, Alexandre Baldy, Aluisio Mendes, Andres
Sanchez, Carlos Melles, Edmar Arruda, Edmilson Rodrigues, Elizeu Dionizio, Enio Verri, Fábio Ramalho, Félix
Mendonça Júnior, Fernando Monteiro, João Gualberto, José Guimarães, Junior Marreca, Leonardo Quintão,
Luiz Carlos Hauly, Mainha, Miro Teixeira, Otavio Leite, Pauderney Avelino, Rafael Motta, Ricardo Barros, Rodrigo
Martins, Silvio Torres, Walter Alves, Assis Carvalho, Bruno Covas, Caetano, Christiane de Souza Yared, Evair de
Melo, Giovani Cherini, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Júlio Cesar, Lelo Coimbra, Marcio Alvino, Mauro Pereira,
Nelson Marchezan Junior, Paulo Teixeira, Rodrigo Pacheco, Simone Morgado e Zé Silva.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Soraya Santos, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 6.335-A, DE 2009
(Do Sr. Gonzaga Patriota)

Dispõe sobre o direito à objeção de consciência como escusa ao princípio constitucional ins-
culpido no inciso II do art. 5º da Constituição Federal; tendo parecer da Comissão de Consti-
tuição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,
no mérito, pela aprovação, com emenda (relator: DEP. JOÃO CAMPOS).
DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório
O projeto de lei em epígrafe, de autoria do ilustre Deputado Gonzaga Patriota, trata da garantia cons-
titucional da liberdade de consciência (CF, art. 5º, VI) e do direito à objeção de consciência que confere aos
indivíduos a possibilidade de recusa da prática de um ato que colida com suas convicções morais, éticas e re-
ligiosas (CF, art. 5º, VIII).
O projeto de lei conceitua o instituto da objeção de consciência (art. 2º), e dispõe sobre a abrangência
de aplicação do instituto (art. 3º).
Em seu art. 4º, a proposição traz a possibilidade de se exigir comprovação da relação daqueles que invo-
cam o imperativo de consciência para fundamentar a recusa da prática do ato colidente com suas convicções.
O nobre autor sustenta que “não é lícito ao poder público impor aos cidadãos por força, medo ou qualquer
outro meio, que ajam contra os seus princípios morais e éticos, obrigando-os a realizar conduta contrária a sua
consciência”.
Para o autor, no entanto, a objeção de consciência, não pode ser utilizada de forma indiscriminada e por
motivo banal. Por essa razão, entende que “o indivíduo deve comprovar o seu envolvimento com a questão que
está sendo alvo da objeção de consciência”.
Conclui o ilustre autor que a previsão expressa do instituto da objeção de consciência se faz necessária
para delimitar juridicamente o poder público com vistas a não restringir além do devido a liberdade das pessoas.
1002 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

A proposição em exame está sujeita ao regime ordinário de tramitação e à apreciação do douto Plenário
da Câmara dos Deputados.
Cabe a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania o exame quanto aos aspectos de consti-
tucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, também, quanto ao mérito, a teor dos art. 32, inciso IV, alíneas
‘a’ e ‘d’, e art. 54, inciso I, ambos do Regimento Interno da Casa.
É o relatório.

II – Voto do Relator
Iniciando o exame da proposição pelos aspectos formais, relativos à competência, à iniciativa legislativa
e à espécie normativa empregada, temos que não há óbices à sua aprovação.
No tocante ao exame de aspectos substanciais, julgamos que a proposição, de um modo geral, não viola
princípios e regras constitucionais. O art. 3º do projeto, no entanto, pode levar a uma interpretação restritiva
do direito à objeção de consciência, limitando-o apenas ao campo do exercício profissional. Embora entenda-
mos não intencional, parece-nos conveniente a supressão desse dispositivo, visto que não haverá prejuízo ao
projeto, e ainda afastará eventuais alegações de inconstitucionalidade.
Quanto à juridicidade, nada obsta o prosseguimento da proposta.
Passemos ao mérito, cujo exame demanda maior detença.
É sabido de todos que a Constituição Federal consignou em seu art. 5º, inciso VI, a liberdade de consciência,
nos seguintes termos: “É inviolável liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.
O inciso VIII, do mesmo artigo, também asseverou que ninguém será privado de direitos por motivos
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa.
Esses dispositivos consagram a escusa de consciência como um direito constitucional. Na lição de Men-
des, Coelho e Branco1, tal direito consiste na recusa em realizar um comportamento prescrito, por força de convic-
ções seriamente arraigadas no indivíduo, de tal sorte que, se o indivíduo atendesse ao comando normativo, sofreria
grave tormento moral.
A escusa de consciência não é, portanto, um instituto voltado à mera dispensa de obrigação legal de to-
dos exigível, mas à limitação imposta ao Estado de violentar a consciência dos indivíduos. Deve-se ter sempre
em mente que havendo prestação alternativa, fixada em lei, a esta ficará sujeito o objetor de consciência. A
ausência de lei prevendo a prestação alternativa não deve, no entanto, levar necessariamente à inviabilidade
da escusa de consciência, tendo em vista a aplicabilidade imediata dos direitos e garantias fundamentais (CF,
art. 5º, §1º).
Nesse sentido, é razoável supor que se o Estado reconhece a inviolabilidade da liberdade de consciência,
deve o mesmo Estado também admitir alternativas às situações em que se verificam choques com as convic-
ções individuais livremente formadas.
Assim, é indispensável que se promova um cotejo entre o interesse estatal e a preservação moral do in-
divíduo. Por óbvio, o exame dos casos concretos deve levar em conta que não interessa ao Estado de Direito a
prepotência da organização estatal, tampouco sua impotência.
Nesse contexto, não deve ser levado em conta os meros caprichos ou interesses insignificantes dos indi-
víduos. Deve ser invocada escusa de consciência quando se busca evitar a insuportável violência psicológica.
Como salientou a Corte Européia de Direitos Humanos, é importante que a objeção nasça de um sistema de
pensamento suficientemente estruturado, coerente e sincero2.
Também analisando os requisitos da objeção de consciência, Bruno Heringer3 sustentou: “(...) deve tratar-
se de conflito de consciência significativo, que leve o agente a passar por autêntica e profunda luta interna, capaz de
afetar sua própria personalidade. O código normativo que impede o objetor de cumprir a obrigação legal, portan-
to, deve estar enraizado em sua vida, a ponto de não poder deixar de observá-lo, senão à custa de grave prejuízo a
sua integridade moral.(...) A vinculatividade da ordem jurídica faz com que somente diante de situações extremas
alguém possa ser, excepcionalmente, dispensado do cumprimento de deveres legais”. ”.
1 Mendes, Gilmar Ferreira; Coelho, Inocêncio Mártires; Branco, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. Ed. Saraiva. 2007.
São Paulo. p. 404.
2 Caso Campbell e Cosans, de 25/02/1982 apud Mendes, Gilmar Ferreira; Coelho, Inocêncio Mártires; Branco, Paulo Gustavo Gonet.
Op. Cit. p. 404.

3 Heringer Jr., Bruno – Objeção de Consciência e Direito Penal – Justificação e Limites. Ed. Lumen Juris. Rio de Janeiro. 2007. p. 46.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1003

O mesmo autor ressalta a imprescindibilidade de um procedimento em que se possa verificar a efetiva exis-
tência de imperativos de consciência incompatíveis com a lei. O objetivo seria evitar o uso da chamada “objeção
de conveniência”, alegada tão somente para furtar-se ao cumprimento da lei, sem que se esteja diante de um real
conflito de consciência.
No contexto brasileiro, observa-se que o instituto da objeção de consciência não é uma novidade trazida
pela Constituição Cidadã. Na verdade, o regime constitucional anterior já contemplava a escusa de consciência.
Também no direito comparado encontram-se diversas referências ao instituto. A inovação do texto constitucional
atual é a possibilidade da prestação alternativa para aquele que se eximir da obrigação primária a todos imposta.
Constituição de 1967. Art. 150, §6º. § 6º – “Por motivo de crença religiosa, ou de convicção filosófica ou
política, ninguém será privado de qualquer dos seus direitos, salvo se a invocar para eximir-se de obrigação legal im-
posta a todos, caso em que a lei poderá determinar a perda dos direitos incompatíveis com a escusa de consciência”.
Reiteramos que a prestação alternativa não está no campo da discricionariedade da autoridade pública.
Cabe apenas à lei a sua fixação. Na hipótese de a prestação alternativa não restar consignada em lei, cabe ao
prejudicado buscar a tutela jurisdicional para fazer valer o seu direito de liberdade de convicções.
O exemplo mais conhecido diz respeito à objeção de consciência ao serviço militar obrigatório, única hi-
pótese já regulada por lei (Lei nº 8.239, de 1991). Há, no entanto, diversas outras situações que podem ensejar
a objeção de consciência, tais como, o exercício do voto, o serviço do júri, o exercício de atividades em horários
específicos, a participação em atividades e cerimônias religiosas, tratamentos médicos, etc.
Vale, nesse momento, revisitar as disposições constitucionais e legais sobre matérias aqui referidas:
Constituição Federal de 1988
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após
alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa
e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.
Lei 8.239/1991
Art. 3º O Serviço Militar inicial é obrigatório a todos os brasileiros, nos termos da lei.
§ 1º Ao Estado-Maior das Forças Armadas compete, na forma da lei e em coordenação com os Ministérios
Militares, atribuir Serviço Alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de
consciência decorrente de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
atividades de caráter essencialmente militar.
§ 2° Entende-se por Serviço Alternativo o exercício de atividades de caráter administrativo, assistencial,
filantrópico ou mesmo produtivo, em substituição às atividades de caráter essencialmente militar.
Em que pese certo vácuo doutrinário sobre o tema, não se pode afirmar que o imperativo de consciên-
cia seja um instituto desconhecido do mundo jurídico. Nesse sentido, conceituá-lo pouco acrescentará à sua
concretização, sobretudo em razão da força normativa e aplicabilidade do dispositivo constitucional.
Por outro lado, é bem-vinda a inovação trazida pelo projeto, no sentido de autorizar a exigência de
comprovação do envolvimento com as convicções alegadas, dando instrumentos ao Estado para combater a
“objeção de conveniência”,
Reiteramos, por fim, a necessária supressão do art. 3º do projeto de lei, para afastar o risco de inconsti-
tucionalidade.
Ante o exposto, manifestamos nosso voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa
do Projeto de Lei nº 6.335, de 2009, e no mérito, pela aprovação, com a emenda ora ofertada.
Sala da Comissão, 07 de novembro de 2013. – Deputado João Campos, Relator
EMENDA SUPRESSIVA Nº 1
Suprima-se o art. 3º do projeto de lei em epígrafe, renumerando-se os demais.
Sala da Comissão, 7 de novembro de 2013. – Deputado João Campos
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela consti-
tucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda, do Projeto de Lei nº
6.335/2009, nos termos do Parecer do Relator, Deputado João Campos. O Deputado Valtenir Pereira apresen-
tou Voto em Separado.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Arthur Lira – Presidente, Aguinaldo Ribeiro, Osmar Serra-
glio e Veneziano Vital do Rêgo – Vice-Presidentes, Alceu Moreira, Altineu Côrtes, André Fufuca, Andre Moura,
1004 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Arnaldo Faria de Sá, Bacelar, Betinho Gomes, Bonifácio de Andrada, Bruno Covas, Capitão Augusto, Chico Alen-
car, Covatti Filho, Cristiane Brasil, Danilo Forte, Diego Garcia, Esperidião Amin, Evandro Gussi, Fausto Pinato,
Felipe Maia, Francisco Floriano, Giovani Cherini, Jhc, João Campos, José Fogaça, Júlio Delgado, Juscelino Fi-
lho, Jutahy Junior, Luiz Couto, Marcos Rogério, Maria do Rosário, Paes Landim, Pastor Eurico, Paulo Magalhães,
Paulo Maluf, Paulo Teixeira, Pedro Cunha Lima, Ronaldo Fonseca, Rubens Pereira Júnior, Sergio Souza, Tadeu
Alencar, Valmir Prascidelli, Wadih Damous, Daniel Almeida, Delegado Éder Mauro, Erika Kokay, Félix Mendon-
ça Júnior, Gonzaga Patriota, Hildo Rocha, Jerônimo Goergen, Lincoln Portela, Mário Negromonte Jr., Odelmo
Leão, Odorico Monteiro, Professor Victório Galli, Reginaldo Lopes, Ricardo Barros, Ricardo Tripoli, Sandro Alex,
Silas Câmara e Valtenir Pereira.
Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente

EMENDA SUPRESSIVA Nº 1 ADOTADA PELA CCJC AO


PPROJETO DE LEI No 6.335, DE 2009

Dispõe sobre o direito à objeção de consciência como escusa ao princípio constitucional ins-
culpido no inciso II do art. 5º da Constituição Federal.
Suprima-se o art. 3º do projeto de lei em epígrafe, renumerando-se os demais.
Sala da Comissão, 22 de setembro de 2015. – Deputado Arthur Lira, Presidente

VOTO EM SEPARADO
(Deputado Valtenir Pereira)

I – Relatório
Trata-se de Projeto de Lei de autoria do nobre Deputado Gonzaga Patriota, que “dispõe sobre o direito
à objeção de consciência como escusa ao princípio constitucional insculpido no inciso II do artigo 5º da Cons-
tituição Federal”.
Com o projeto, o Deputado tem o objetivo de considerar a objeção de consciência como uma possibi-
lidade de recusa do indivíduo a prática de um ato que colida com suas convicções morais, éticas e religiosas,
por livre escolha de sua consciência, inclusive no campo profissional.
O projeto tramita na Câmara dos Deputados, e aguarda votação nessa Comissão de Constituição e Jus-
tiça e de Cidadania – CCJC, o qual está sujeito a apreciação do Plenário.
O Relator, Deputado João Campos apresentou parecer pela aprovação da proposição legislativa, com
Emenda Supressiva do artigo 3º, de forma a retirar a limitação proposta apenas ao campo do exercício profis-
sional, e assim evitar risco de inconstitucionalidade.
Atualmente, a proposta encontra-se aguardando deliberação na CCJC.
É o relatório.
Passa-se à manifestação.

II – Voto
No que tange à constitucionalidade formal, a proposta legislativa não há vícios. Isso porque, de acordo
com o inciso I do artigo 22 da Constituição Federal (CF) compete privativamente à União legislar a respeito das
normas de direito civil. Cabe ao Congresso Nacional propor projeto de lei com esse fim (CF, art. 48).
Quanto à constitucionalidade material o projeto apresenta vícios, pois, no afã de regulamentar um
dispositivo constitucional acaba por incorrer em inconstitucionalidade posto que pretendo desabrigar injus-
tificadamente o princípio da igualdade (CF, art. 5°, caput). Isso porque, sem o necessário equilíbrio para
lidar com a colisão de direitos fundamentais, propõe fórmula aberta que exime do cumprimento de obriga-
ções legitimamente impostas àqueles que aleguem motivação moral, ética ou religiosa, deixando de definir a
prestação alternativa.
Trata-se, ainda, de violação à regra de que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo
senão em virtude de lei (CF, art. 5°, II).
A liberdade de consciência e de crença é um direito fundamental e já está consagrada no artigo 5°, inciso
VI, da Constituição Federal. Assim, devem ser garantidas, pelo Estado, condições para o mais pleno exercício
desses direitos e, em especial, não devem ser restringidas práticas ilícitas. Ou seja, trata-se, em grande parte,
de um dever de omissão do Estado e, complementarmente, de um dever de proteção às minorias.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1005

A intenção do autor do projeto é louvável, pois busca regular um direito fundamental, todavia não há
inovação no ordenamento jurídico, vez que a nossa Carta Maior já cuidou de regular as principais hipóteses
de objeção de consciência, conforme segue abaixo:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
rança e à propriedade, nos termos seguintes:
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou po-
lítica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir pres-
tação alternativa, fixada em lei;
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz,
após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença
religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente
militar.
Como fica claro dos trechos transcritos acima, há a regra presente no inciso VIII do artigo 5° da Constitui-
ção Federal que delimita a forma como deve ser aplicada a regra inscrita no inciso II do mesmo artigo. Segundo
o dispositivo, não há possibilidade de um cidadão se isentar de cumprir obrigações legais impostas a todos
os demais membros da sociedade, por quaisquer motivos sem uma prestação alternativa. Esta, se prevista no
projeto, ela poderá ser realizada por qualquer pessoa que não deseje cumprir a obrigação pelos mais edifican-
tes motivos. A Constituição, inclusive, cuida de regular um específico caso concreto, relativo ao serviço militar.
O projeto, numa interpretação generosa, não inovaria no ordenamento jurídico, vez que a Constituição
já esgota o debate normativo sobre o tema. Numa interpretação que também decorre do texto proposto, há
desmedida ampliação das hipóteses constitucionalmente previstas de objeção de consciência, o que faz com
que qualifiquemos a proposta como inconstitucional.
Não há problemas no que toca à juridicidade ou à técnica legislativa apresentadas pelo projeto ora em análise.
Ainda que superado o debate constitucional, deve-se frisar que, no mérito, o projeto merece ser re-
jeitado. Em primeiro lugar, não há clara delimitação do objeto da regulação, pois não define as hipóteses em
que o indivíduo pode invocar a escusa de consciência e deixar de cumprir determinada obrigação legal, como
fez a Constituição Federal. No caso do sérvio militar, pelo contrário o projeto pretende criar regras subjetivas
e genéricas para situações de dificultoso enquadramento jurídico.
Para um tema tão complexo e dependente de caso concreto, não é desejável uma proposição com re-
gra aberta e de feição ampla e ambígua que não permite delimitar os casos e hipóteses em que seria aplicada.
O projeto não defende os motivos que poderiam ser alegados como suficientes para a objeção de cons-
ciência ficando aberto para as mais diversas interpretações. Da mesma forma, são também imprecisos e vagos
os termos em que se decidiriam se os motivos de determinado cidadão são suficientes ou não para justificar
sua recusa em praticar ato previsto em lei. Neste aspecto, o projeto gera situação de iniquidade. No caso des-
crito, é possível que crenças ou acepções éticas ou morais com menor visibilidade fossem prejudicadas. Além
disso, a decisão sobre aplicabilidade da objeção de consciência, com o grave risco do cometimento de exces-
sos, poderia prejudicar toda uma coletividade.
A título de colaboração, é oportuno reproduzir a lição de TÉRCIO SAMPAIO FERRAZ1, ao salientar que
o legislador, o aplicador da norma e o intérprete hão de compartilhar um mínimo de racionalidade, como con-
dição necessária de todo e qualquer ato interpretativo, valendo-se de alguns postulados hauridos na doutrina
alemã do século XIX e vigentes até hoje, entre os quais:
“a) o legislador não cria normas impossíveis de serem executadas, daí por que não pode desejar que al-
guém realize e deixe de realizar o mesmo ato; b) o legislador não cria normas sem nenhum propósito, do
qual decorre a razoabilidade de seus comandos; c) as condutas exigidas ou permitidas nas normas são
aptas a levar os sujeitos normativos à consecução dos propósitos da regulação (coerência entre meios
de fins); d) a vontade do legislador é unitária, de forma que as regras estão sistematicamente relaciona-
das; e) a vontade do legislador é completa, no sentido de que soluciona todos os casos por ele reputados
como relevantes; f) o legislador é rigorosamente preciso e não cria normas inócuas ou redundantes.”

1 A Inconstitucionalidade dos Decretos-Lei nºs 1.724/79 e 1.894/81 e seu Impacto nas suas Normas de Revogação. In Crédito-Prêmio de IPI,
Novos Estudos e Pareceres, Editora Manole, 1ª Ed. 2005 p. 26 e seguintes.
1006 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Por fim, vale dizer, a busca da vontade do legislador pressupõe que seu objetivo é ser entendido e apre-
sentar-se como racional, e não que tenha prescrito o incoerente ou impossível.
Assim, todas as razões descritas apontam para extrema insegurança jurídica, motivo pelo qual opinamos
no mérito pela rejeição da proposta.
Diante do exposto, opinamos pela inconstitucionalidade, juridicidade, adequada técnica legislativa e,
no mérito, pela rejeição do Projeto de Lei nº 6.335, de 2009.
Sala da Comissão, de de 2015. – Valtenir Pereira, Deputado

PROJETO DE LEI Nº 3.960-B, DE 2012


(Do Sr. Ronaldo Benedet)

Denomina “Elevado Otávio Simon”, o elevado localizado no Km 437 da BR-101, no trevo de


acesso principal da cidade de Sombrio, Estado de Santa Catarina, que especifica; tendo pa-
recer da Comissão de Viação e Transportes, pela aprovação (relator: DEP. EDINHO BEZ); e da
Comissão de Cultura, pela aprovação (relator: DEP. TIRIRICA).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E
DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CULTURA

I – Relatório
O projeto de lei em análise, de autoria do Deputado Paulo Freire, pretende denominar “Viaduto Verea-
dor Ângelo Baccin” o viaduto localizado na altura do km 489 da Rodovia Regis Bittencourt, no Município de
Cajati, Estado de São Paulo.
O Projeto de Lei em tela, de autoria do Deputado Ronaldo Benedet, tem por objetivo denominar “Elevado
Otávio Simon” o elevado localizado no Km 437 da BR-101, no trevo de acesso principal da cidade de Sombrio,
no Estado de Santa Catarina.
A matéria está sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões, nos termos do art. 24, II, do Regimento
Interno da Câmara dos Deputados. Na Comissão de Viação e Transportes, o projeto foi aprovado, em 07de no-
vembro de 2012, por atender ao disposto no art. 2º da Lei nº 6.682, de 27 de agosto de 1979, que dispõe sobre
a denominação de vias e estações terminais do PNV.
Nesta oportunidade, a Comissão de Cultura se manifesta quanto ao mérito da homenagem proposta.
Esgotados os prazos regimentais, não foram apresentadas emendas à proposição.
É o relatório.

II – Voto do Relator
O Sr. Otávio Simon, a quem a presente iniciativa pretende prestar homenagem, foi, sem dúvida, um no-
tável cidadão catarinense.
Nascido em 1924, em Sangão, Município de Criciúma, no Estado de Santa Catarina, Otávio Simon passou
praticamente toda a sua existência na região do Município de Sombrio, no extremo sul catarinense.
Iniciou a vida com dificuldade, trabalhando como lavrador. Em busca de melhores oportunidades para
a sua família, passou a atuar como caminhoneiro, transportando, especialmente, a produção de sua lavoura e
outros produtos que comprava de pecuaristas vizinhos. Por volta do final da década de 1960, especializou-se
no transporte de banana branca para São Paulo, iniciativa que lhe rendeu bom lucro, graças à boa receptivida-
de dos paulistas ao produto, até então, por eles desconhecido.
Em 1971, Simon fixou residência em Sombrio, onde permaneceu até falecer, em 20 de março de 2011,
aos 84 anos de idade.
Como nos informa o autor da iniciativa, o homenageado foi o criador da cavalgada dos Santos Reis –
hoje uma tradição local – que sai todo dia 6 de janeiro do Município de Passo de Torres e encerra sua marcha
em Sombrio.
A paixão de Otávio Simon sempre foi a estrada. Em tantos anos de exercício da profissão de caminho-
neiro, nunca se envolveu em qualquer acidente. Sua carteira de motorista “limpa” foi para ele e sua família mo-
tivo de grande orgulho. Sua atuação exemplar na atividade que exerceu motivou dois de seus filhos a seguir
a mesma profissão.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1007

Estamos certos de que a homenagem ora proposta se reveste de grande mérito. Otávio Simon foi gran-
de exemplo para sua família, para os amigos próximos e para os moradores de Sombrio. Cidadão honesto e
empreendedor, sempre atento à família e à comunidade, profissional da estrada responsável e cuidadoso,
ao emprestar seu nome ao elevado localizado na BR-101, exatamente no trevo de acesso principal à cidade
que adotou, Otávio Simon será referência e inspiração para todos os moradores e visitantes do Município
de Sombrio.
Por essa razão, somos pela aprovação do Projeto de Lei nº 3.960, de 2012.
Sala da Comissão, 1 de setembro de 2015. – Deputado Tiririca, Relator

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Cultura, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº
3.960/2012, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Tiririca.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Félix Mendonça Júnior – Presidente, Marcelo Matos, Mo-
ses Rodrigues e Luciana Santos – Vice-Presidentes, Cabuçu Borges, Celso Jacob, Tiririca, Waldenor Pereira, Alice
Portugal, Clarissa Garotinho, Diego Garcia, Erika Kokay, Geovania de Sá, Giuseppe Vecci, João Marcelo Souza
e Jose Stédile.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Félix Mendonça Júnior, Presidente

PROJETO DE LEI Nº 4.238-A, DE 2012


(Do Senado Federal)
PLS nº 135/2010
Ofício nº 1.491/2012 (SF)

Altera o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para dispor sobre o piso nacional de
salário dos empregados em empresas particulares que explorem serviços de vigilância e trans-
porte de valores; tendo parecer da Comissão Especial, pela constitucionalidade, juridicidade,
boa técnica legislativa, compatibilidade e adequação orçamentária e financeira e, no mérito,
pela aprovação deste e dos de nºs 1245/95, 1334/95 (com suas EMR nºs 1 e 2/01, apresenta-
das na CCJR), 1585/96, 4057/98, 404/99, 453/99, 628/99, 167599, 1786/99, 3070/00, 3413/00,
5059/01, 7320/02, 1047/03, 1306/03, 3026/04, 3341/04, 3822/04, 3970/04, 4041/04, 4305/04
(com suas EMC nºs 1 e 2, apresentadas na CSPCCO), 4594/04, 4997/05, 5018/05, 5695/05,
6572/06, 6582/06, 6853/06, 7416/06, 749/07, 923/07, 2773/08, 3759/08, 4092/08, 4678/09,
5101/09, 5104/09, 6025/09, 6140/09, 6510/09, 5247/09, 6728/10, 6804/10, 7265/10, 7282/10,
7314/10, 7478/10, 7548/10, 7592/10, 7857/10, 7882/10, 381/11, 458/11, 543/11, 752/11, 832/11,
1059/11, 1195/11, 1292/11, 1484/11, 1497/11, 1500/11, 1679/11, 1731/11, 1733/11, 1943/11,
1980/11 (com sua EMC nº 1, apresentada na CFT), 2259/11, 2456/11, 2507/11, 3094/12, 3485/12,
3555/12, 4004/12, 4165/12, 4328/12, 4732/12, 4912/12, 4974/13, 4988/13, 5108/13, 5213/13,
5352/13, 5373/13, 5603/13, 5845/13, 6131/13, 6200/13, 6386/13, 6747/13, 6813/13, 8052/14,
504/15, 590/15, 624/15, 764/15, 1021/15, 1091/15, 2475/15, apensados, com substitutivo, e pela
rejeição dos de nºs 1901/03, 4863/05, 7404/06, 3858/08, 971/11, 1387/11, 1470/11, 1964/11,
3369/12, 4416/12, 5532/13, 5586/13, 6435/13, 7244/14, 8243/14 e 625/15, apensados (relator:
DEP. WELLINGTON ROBERTO).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE DEFESA DO CONSUMIDOR; SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO
CRIME ORGANIZADO; TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54); CONSTITUIÇÃO
E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54).
POR VERSAR A REFERIDA PROPOSIÇÃO MATÉRIA DE COMPETÊNCIA DE MAIS DE TRÊS COMISSÕES
DE MÉRITO, CONSOANTE O DISPOSTO NO ART. 34, II, DO RICD, DECIDO PELA CRIAÇÃO DE COMIS-
SÃO ESPECIAL.
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE
LEI Nº 4.238, DE 2012, DO SENADO FEDERAL, QUE “ALTERA O ART. 19 DA LEI Nº 7.102, DE 20 DE JUNHO
DE 1983, PARA DISPOR SOBRE O PISO NACIONAL DE SALÁRIO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS PAR-
TICULARES QUE EXPLOREM SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA E TRANSPORTE DE VALORES” (O PISO VARIA DE
OITOCENTOS REAIS, GRAU MÍNIMO, A MIL E CEM REAIS, GRAU MÁXIMO), E APENSADOS
1008 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I – Relatório
O projeto de lei em tela, de autoria do Senado Federal (Senador Marcelo Crivella), visa ao estabeleci-
mento de um piso nacional de salário dos empregados em empresas particulares que explorem serviços de
vigilância e transporte de valores.
No dia 20 de julho de 2012, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recebeu o Ofício nº 1.491/2012,
do Senado Federal. Esse documento submetia à revisão desta Casa de Leis, nos termos do art. 65 da Constitui-
ção Federal, o Projeto de Lei do Senado nº 135, de 2010, de autoria do Senador Marcelo Crivella. Essa é, pois,
a origem primeira da proposição principal ora em análise, que recebeu a numeração interna para tramitação:
Projeto de Lei nº 4.238, de 2012.
Em 2013, houve atualização do despacho inicial, determinando que o Projeto de Lei nº 4.238, de 2012,
tramitasse em cinco Comissões Permanentes de mérito. Esse é o motivo para que, no início de 2014, fosse
criada Comissão Especial nos termos do inciso II e do § 1º do art. 34 do Regimento Interno da Câmara dos De-
putados (RICD).
Em maio de 2014, foi designado como Relator o Deputado Nelson Pellegrino. Em junho foi realizada
audiência pública no âmbito daquela Comissão Especial, que teve seus trabalhos encerrados em função do
término da legislatura passada.
Em fevereiro de 2015, nova Comissão Especial foi criada, tendo a mesma sido constituída em 18 de mar-
ço do mesmo ano. No dia 25 do mesmo mês, fui designado Relator.
No dia 15 de abril, apresentamos requerimentos para realização de audiências públicas, que foram efe-
tivamente conduzidas nos dias 7 e 14 de maio de 2015, e cujas contribuições para o presente parecer serão
apresentadas posteriormente.
Ao Projeto de Lei nº 4.238, de 2012, ao longo de sua trajetória nesta Casa, foram apensadas as 115 (cento
e quinze) proposições listadas em epígrafe, versando sobre temas ligados à segurança privada, a incluir tam-
bém o mencionado piso salarial e assuntos diversos. Todas essas proposições serviram de base para a apre-
sentação de um substitutivo global por este Relator, nossa proposta final para o muito desejado Estatuto da
Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, capaz de congregar as ideias principais
contempladas nessas proposições.
As proposições legislativas em tela, Projeto de Lei nº 4.238, de 2012, e seus apensados, tramitam em re-
gime de prioridade e estão sujeitas à apreciação pelo Plenário desta Casa de Leis.
No âmbito de competência da área trabalhista, há os seguintes projetos que tratam do piso sa-
larial, apensados ao principal:
Projeto de Lei n° 5.104, de 2009, de autoria do Deputado João Dado, que visa a alterar a Lei nº 7.102, de
20 de junho de 1983, para disciplinar o piso salarial, o pagamento de adicional de risco de vida e o fornecimen-
to de colete à prova de balas para os vigilantes. Fixa o piso salarial em R$ 1.200,00 (Hum mil e duzentos reais).
Projeto de Lei n° 7.478, de 2010, de autoria do Deputado Lindomar Garçon, que objetiva instituir o salário
adicional de periculosidade para os vigilantes e empregados em transporte de valores.
Projeto de Lei n° 5.352, de 2013, de autoria do Deputado Roberto Britto, que dispõe sobre o piso salarial
dos vigilantes que passa a ter como referência de valor o salário dos vigilantes do Distrito Federal. Esse piso será
reajustado, anualmente, no mês de maio, em percentual equivalente à variação acumulada do Índice Nacional
de Preços ao Consumidor (INPC), apurado pelo IBGE, verificada nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores.
Projeto de Lei n° 5.603, de 2013, de autoria do Deputado Pedro Uczai, que dispõe que o piso salarial dos
vigilantes passa a ter como referência de valor o salário dos vigilantes do Distrito Federal.
Projeto de Lei n° 6.813, de 2013, de autoria do Deputado Ronaldo Benedet, que institui o salário adicional
de periculosidade e a estabilidade provisória para os funcionários de instituições bancárias; proíbe às institui-
ções bancárias obrigar que seus empregados transportem numerário ou mantenham sob custódia pessoal as
chaves de agências ou cofres; e altera o art. 193 e acrescenta o art. 492-A na Consolidação das Leis do Trabalho
– CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para caracteri-
zação das atividades ou operações perigosas, e assegurar a assistência médica e psicológica e a estabilidade
provisória do empregado de instituição bancária que for vítima de roubo, extorsão mediante sequestro ou
outra espécie de violência, no exercício de sua atividade laboral ou em decorrência desta.
Em relação aos trabalhadores da segurança privada, disciplinando essa atividade, há também os
seguintes projetos:
Projeto de Lei n° 4.305, de 2004, de autoria do Deputado Eduardo Valverde, que dispõe sobre a profissão
de agente de segurança privado e dá outras providências. Essa proposição recebeu duas Emendas de Comis-
são (EMC) na Comissão de Segurança Pública e de Combate ao Crime Organizado (CSPCCO), Emendas de nºs 1
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1009

e 2, de autoria do Dep. Cabo Júlio, propondo ajustes na redação do projeto principal, com vistas a sua melhor
adequação ao ordenamento jurídico e aos termos normalmente utilizados no meio da segurança privada; e
um Substitutivo (SBT), também na CSPCCO, de autoria do Dep. Paulo Pimenta, com uma proposta bem estru-
turada de regulação para a profissão de agente de segurança privada, ao qual foi apresentada uma Emenda ao
Substitutivo (ESB) de nº 1, de autoria do Dep. Luiz Antônio Fleury, modificando a redação do art. 12 do Subs-
titutivo anteriormente citado.
Projeto de Lei n° 6.572, de 2006, de autoria do Deputado Alberto Fraga, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, para permitir que os policiais sejam considerados aptos para exercer atividade de segurança
privada e para autorizar o exercício da profissão de brigadista de incêndio por bombeiros militares ou policiais
militares com especialização em bombeiro.
Projeto de Lei n° 7.416, de 2006, de autoria do Deputado Colombo, que veda ao servidor público a pres-
tação do serviço de vigilante, dispondo ainda que “constitui crime a prestação deste serviço com porte de arma
ou de equipamentos de uso restrito dos órgãos de segurança pública”.
Projeto de Lei n° 749, de 2007, de autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá, que reconhece o exercício
da atividade profissional de Gestor de Segurança Privada.
Projeto de Lei n° 923, de 2007, de autoria do Deputado Antônio Bulhões, que autoriza o exercício de ativi-
dade de segurança privada pelo policial civil e militar, federal ou guarda municipal, em horário de folga, desde
que observado regular intervalo de descanso. Permite também que os policiais civis ou militares, federais ou
guardas municipais possam exercer a profissão de vigilante.
Projeto de Lei n° 6.804, de 2010, de autoria do Deputado Eliene Lima, altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho
de 1983, estabelecendo periodicidade para a avaliação psicológica de vigilantes e dando outras providências.
Projeto de Lei n° 1.387, de 2011, de autoria da Deputada Aline Corrêa, que proíbe a utilização de apare-
lhos de telefonia móvel em estabelecimentos financeiros e dá outras providências.
Projeto de Lei n° 1.731, de 2011, de autoria do Deputado Walter Tosta, que dispõe sobre a proteção e
segurança dos consumidores nas agências e postos bancários.
Projeto de Lei n° 1.943, de 2011, de autoria do Deputado José Stédile, que acrescenta inciso ao art. 19
da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para disciplinar o intervalo intrajornada do vigilante para descanso
dos membros inferiores.
Projeto de Lei n° 2.456, de 2011, de autoria do Deputado Marcelo Aguiar, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, para disciplinar a escolaridade mínima para exercer a profissão de vigilante.
Projeto de Lei n° 5.108, de 2013, de autoria do Deputado Áureo, que altera a Lei nº Lei nº 11.901, de 12
de janeiro de 2009, para permitir o exercício da profissão de bombeiro civil para os possuidores de formação
de bombeiro em organizações militares.
No que tange ao Estatuto da Segurança Privada e assuntos conexos, há os seguintes projetos:
Projeto de Lei nº 1.245, de 1995, de autoria da Deputada Ana Júlia, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho
de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição
e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e
dá outras providências. Essa proposição recebeu a Emenda de Relator (EMR) nº 1, da Comissão de Constiuição e
Justiça e de Redação (CCJR), do Dep. Fernando Coruja, suprimindo-se dispositivos de sua proposição principal.
Projeto de Lei nº 1.334, de 1995, de autoria do Deputado Sr. Max Rosenmann, que altera a Lei nº 7.102,
de 20 de julho de 1983, que “dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas
para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de trans-
porte de valores e dá outras providências”. Essa proposição recebeu duas Emendas de Comissão (EMC) de nºs
1 e 2, na CCJR, do Dep. Zenaldo Coutinho, alterando texto de dispositivos que discrimina e suprimindo outros
dispositivos de sua proposição principal.
Projeto de Lei nº 1.585, de 1996, de autoria do Deputado Celso Russomanno, que altera a redação do
parágrafo 4º do artigo 1º da Lei nº 8.863, de 28 de março de 1994, que “ aItera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de
1993”. Essa proposição recebeu duas EMR na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) de nºs 1 e 2, de autoria
do Dep. José Pimentel, alterando o texto de sua proposição principal.
Projeto de Lei nº 4.057, de 1998, de autoria do Deputado Celso Russomanno, que acrescenta parágrafo
ao art. 2º da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, a fim de tomar obrigatório o uso de instrumentos de filma-
gem nos caixas eletrônicos. Essa proposição recebeu a EMR nº 1, na CCJR, de autoria do Dep. Coroliano Sales; a
EMR nº 1, na CTF, de autoria do Dep. Marcos Cintra; e a ela foi apresentado um SBT de nº 1, na CCJR, de autoria
do Dep. Coroliano Sales, as três propondo medidas para aumentar a segurança dos caixas eletrônicos.
Projeto de Lei nº 404, de 1999, de autoria do Deputado José Pimentel, que torna obrigatória a instalação
de porta de segurança nas agências bancárias e dá outras providências. A essa proposição foram apresentados
1010 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

4 (quatro) SBT, de nº 1, da CFT, de autoria do Dep. Antônio Cambraia; de nº 1, da CSPCCO, de autoria do Dep.
Alberto Fraga; de nº 2 e 3, da CSPCCO, de autoria do Dep. Guilherme Campos, todos propondo medidas para
melhoria da segurança nas instituições financeiras.
Projeto de Lei nº 453, de 1999, de autoria do Deputado Enio Bacci, que dispõe sobre a segurança nos
caixas eletrônicos e 24 horas e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 628, de 1999, de autoria do Deputado Ricardo Berzoini, que torna obrigatória a insta-
lação de porta de segurança nas agências bancárias, alterando dispositivos da Lei nº 7.102, de 1983, conside-
rando as alterações da Lei nº 9.017, de 1995.
Projeto de Lei nº 1.675-A, de 1999, de autoria do Deputado Jorge Pinheiro, que torna obrigatória a exis-
tência de sistemas de segurança nas casas lotéricas em todo o país.
Projeto de Lei nº 1.786, de 1999, de autoria do Deputado Enio Bacci, que dispõe sobre a instalação de
sistema de monitoração e gravação eletrônica de imagem através de circuito fechado de televisão em estabe-
lecimentos financeiros e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 3.070, de 2000, de autoria do Deputado Pompeo de Mattos, que dispõe sobre a segu-
rança nos caixas eletrônicos e bancos 24 horas e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 3.413, de 2000, de autoria do Deputado Ricardo Ferraço, altera o caput do art. 20 da Lei
nº 7.102, de 20 de junho de 1983, a fim de tornar obrigatória a utilização de portas de segurança nas agências
bancárias.
Projeto de Lei nº 5.059, de 2001, de autoria do Deputado José Pimentel, que dispõe sobre o serviço de
vigilância nos caixas eletrônicos e casas lotéricas.
Projeto de Lei nº 7.320, de 2002, de autoria do Deputado Crescêncio Pereira Jr, que determina que os
estabelecimentos comerciais que prestam serviço de recebimento de contas contratem serviços especializa-
dos de segurança privada.
Projeto de Lei nº 1.047, de 2003, de autoria da Deputada Maninha, que torna obrigatória a presença de
atendentes e a instalação de câmaras de segurança em serviços de bancos 24 horas e caixas eletrônicos e de
adaptações para acesso de deficientes físicos.
Projeto de Lei nº 1.306, de 2003, de autoria do Deputado Colombo, que dispõe sobre a obrigatoriedade
das Casas Lotéricas em todo Brasil em contratarem seguranças e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 1.901, de 2003, do Senhor Alberto Fraga, que determina o emprego de segurança ar-
mada nos terminais de caixas eletrônicos e nas loterias que realizam serviços bancários.
Projeto de Lei n° 3.026 de 2004, de autoria do Deputado Edson Ezequiel, que altera o parágrafo único do
artigo 1º da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 3.341, de 2004, de autoria do Deputado Carlos Nader, que dispõe sobre a obrigatorie-
dade da contratação de vigilantes nas casas lotéricas, correspondentes bancários e bancos postais.
Projeto de Lei nº 3.822, de 2004, de autoria do Deputado Jefferson Campos, que dispõe sobre segurança
nos terminais bancários de autoatendimento.
Projeto de Lei nº 3.970, de 2004, de autoria do Deputado Carlos Nader, que dispõe sobre a instalação do
sistema de monitoração e geração eletrônica de imagens, através de circuito fechado de televisão, em estabe-
lecimentos financeiros e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 4.041, de 2004, de autoria do Deputado Daniel Almeida, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, para dispor sobre portas de segurança nas agências bancárias.
Projeto de Lei nº 4.594, de 2004, de autoria do Deputado Colombo, que tipifica como crime a contra-
tação de serviço clandestino de vigilância patrimonial e de proteção de clientes, bem como a contratação de
trabalhadores sem treinamento e registro na Polícia Federal.
Projeto de Lei nº 4.863, de 2005, de autoria do Deputado Carlos Nader, que torna obrigatória a presença
de um segurança nos locais onde houver terminais de autoatendimento bancário.
Projeto de Lei nº 4.997, de 2005, de autoria do Deputado Cabo Júlio, que determina a contratação de
vigilantes nas casas lotéricas, correspondentes bancários e bancos postais.
Projeto de Lei nº 5.018, de 2005, de autoria do Deputado Cabo Júlio, que dispõe sobre a segurança nos
terminais eletrônicos de atendimento bancário.
Projeto de Lei nº 5.695, de 2005, de autoria do Deputado Jefferson Campos, que dispõe sobre a instala-
ção de câmeras de segurança nas agências bancárias e em outras instalações que prestem serviços bancários.
Projeto de Lei nº 6.582, de 2006, de autoria do Deputado Josias Quintal, que altera dispositivos da Lei nº
7.102, de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constitui-
ção e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1011

Projeto de Lei nº 6.853, de 2006, de autoria do Deputado Carlos Souza, que dá nova redação ao parágrafo
único do Art. 1º da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos
financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram
serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 7.404, de 2006, de autoria do Deputado Wladimir Costa, que autoriza aos integrantes dos
órgãos de segurança pública estaduais e das guardas municipais o exercício de atividades de segurança privada.
Projeto de Lei nº 2.773, de 2008, de autoria do Deputado Carlos Alberto Canuto, que dispõe sobre siste-
ma de segurança nas agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
Projeto de Lei nº 3.759, de 2008, de autoria do Deputado Miguel Martini, que altera a Lei nº Lei nº 7.102,
de 20 de junho de 1983, estabelecendo normas gerais para criação, execução e gestão da vigilância comuni-
tária, urbana e rural, e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 3.858, de 2008, de autoria do Deputado Jefferson Campos, que torna obrigatória a se-
gurança armada nos locais onde estejam instalados caixas eletrônicos.
Projeto de Lei nº 4.092, de 2008, de autoria do Deputado Dr. Ubiali, que acrescenta dispositivo à Lei nº
7.102, de 20 de junho de 1983, que “dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece
normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e
de transporte de valores, e dá outras providências”.
Projeto de Lei nº 4.678, de 2009, de autoria do Deputado Manoel Junior, que dispõe sobre a instalação
de vidros blindados nos estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 5.101, de 2009, de autoria do Deputado Paulo Magalhães, que dispõe sobre a instalação
de barreiras físicas em caixas eletrônicos.
O Projeto de Lei nº 5.247, de 2009, de autoria do Deputado Willian Woo, que estabelece o Estatuto da
Segurança Privada e dá outras providências e pretende disciplinar, em todo o território nacional, a atividade
de segurança privada, armada ou desarmada, os prestadores e os contratantes dos serviços, bem como os
profissionais que nela atuam.
Projeto de Lei nº 6.025, de 2009, de autoria do Deputado Professor Victorio Galli, que dispõe sobre o ho-
rário de circulação de carros-fortes.
Projeto de Lei nº 6.140 de 2009, de autoria do Deputado Francisco Rossi de Almeida, que dispõe sobre
a obrigação das agências bancárias isolarem visualmente o atendimento de seus usuários das pessoas que
aguardam atendimento e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 6.510, de 2009, de autoria do Deputado Eliene Lima, que tipifica o crime de contratação
de serviço clandestino de segurança privada, bem como a contratação de trabalhadores sem treinamento ou
registro profissional.
Projeto de Lei nº 6.728, de 2010, de autoria do Deputado José Airton Cirilo, que dispõe sobre a manu-
tenção de serviços de segurança privada em locais em que houver a instalação de caixas eletrônicos, termi-
nais bancários e outros equipamentos assemelhados, assim como em casas lotéricas, agências dos Correios
e estabelecimentos congêneres.
Projeto de Lei nº 7.265, de 2010, de autoria do Deputado Márcio França, que dispõe sobre a instalação
de anteparos visuais em caixas e terminais de autoatendimento em estabelecimentos bancários.
Projeto de Lei nº 7.282, de 2010, de autoria do Deputado Fábio Faria, que altera o art. 2° da Lei n° 7.102,
de 20 de junho de 1983, para acrescentar dispositivo ao sistema de segurança de instituições financeiras, e
tornar obrigatória a instalação de todos os dispositivos.
Projeto de Lei nº 7.314, de 2010, de autoria da Deputada Solange Amaral, que altera a Lei nº 7.102, de
20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para
constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte
de valores, e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 7.548, de 2010, de autoria do Deputado Paulo Pimenta, que altera dispositivos da lei nº
7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 7.592, de 2010, de autoria do Deputado Paulo Pimenta, que estabelece o Estatuto
da Segurança Privada, normas para o exercício das atividades, constituição e funcionamento das empresas
privadas que exploram os serviços de segurança, planos de segurança de estabelecimentos financeiros, e dá
outras providências.
Projeto de Lei nº 7.857, 2010, do Deputado Neilton Mulim, que dispõe sobre a obrigatoriedade da insta-
lação de barreiras visuais e sonoras entre os caixas eletrônicos e guichês de atendimentos, distância mínima e
limite para uso de aparelhos celulares em instituições bancárias.
1012 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Projeto de Lei nº 7.882, de 2010, do Deputado Carlos Alberto Leréia, que dispõe sobre a implantação de
monitoração eletrônica de imagens nas casas lotéricas e a instalação de sistema de alarme conectado com a
polícia, estabelecendo normas para a constituição.
Projeto de Lei nº 381, de 2011, do Deputado Guilherme Campos, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, dispondo sobre o sistema de segurança dos correspondentes bancários.
Projeto de Lei nº 458, de 2011, de autoria do Deputado Hugo Leal, que dispõe sobre medidas quanto à
privacidade em caixas eletrônicos, terminais bancários e outros equipamentos assemelhados.
Projeto de Lei nº 543, de 2011, de autoria do Deputado Weliton Prado, que dispõe sobre a segurança dos clien-
tes nas agências bancárias.
Projeto de Lei nº 752, de 2011, de autoria do Deputado Henrique Oliveira, que dispõe sobre a instalação
de proteção em caixas eletrônicos.
Projeto de Lei nº 832, de 2011, do Deputado Neilton Mulim, que prevê a instalação de tapumes entre os
caixas eletrônicos, filas de espera e instalação de guaritas.
Projeto de Lei nº 971, de 2011, de autoria do Deputado Washington Reis, que dispõe sobre a proibição
de celulares e aparelhos de transmissão no interior das agências bancárias.
Projeto de Lei nº 1.059, de 2011, de autoria do Deputado Dr. Ubiali, que dispõe sobre a instalação de an-
teparos visuais em caixas e terminais de auto-atendimento em estabelecimentos bancários.
Projeto de Lei nº 1.195, de 2011, de autoria da Deputada Aline Corrêa, que dispõe sobre a obrigatorieda-
de de instalação de painéis opacos defronte aos guichês de caixa de estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 1.292, de 2011, de autoria da Deputada Aline Corrêa, que dispõe sobre a obrigatorieda-
de de instalação de painéis opacos defronte aos guichês de caixa de estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 1.470, de 2011, de autoria do Deputado Berinho Bantim, que dispõe sobre a proibição
de celulares e outros aparelhos de transmissão no interior das agências bancárias.
Projeto de Lei nº 1.484, de 2011, de autoria da Deputada Luciana Santos, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, para disciplinar medidas de segurança relativas aos caixas eletrônicos.
Projeto de Lei nº 1.497, de 2011, de autoria do Deputado Roberto Teixeira, que obriga as Instituições ban-
cárias a instalarem equipamentos que inutilizem as cédulas de moeda corrente depositadas no interior dos cai-
xas eletrônicos em caso de arrombamento, movimento brusco, alta temperatura, etc., e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 1.500, de 2011, de autoria do Deputado Miriquinho Batista, que acrescenta dispositivos
à Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabe-
lece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância
e de transporte de valores, e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 1.679, de 2011, de autoria do Deputado Paulo Wagner, que dispõe sobre a obrigatorie-
dade da instalação de painéis opacos defronte aos guichês de caixa de estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 1.733, de 2011, de autoria da Deputada Luciana Santos, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, para disciplinar medidas de segurança relativas ao transporte de valores e malotes.
Projeto de Lei nº 1.964, de 2011, de autoria do Deputado Jorge Tadeu Mudalen, que dispõe sobre a res-
trição do uso de aparelhos celulares e outros dispositivos de comunicação no interior das agências bancárias
e estabelecimentos similares, na forma que especifica.
Projeto de Lei nº 1.980, de 2011, de autoria do Deputado Ratinho Junior, que torna obrigatória a insta-
lação de guarda-volumes nas agências bancárias e estabelecimentos similares, na forma que especifica. Essa
proposição recebeu uma EMC de nº 1, na CFT, de autoria do Dep. Guilherme Campos, ampliando a responsa-
bilidade das instituições financeiras em relação à segurança, ao conforto e à agilidade atinentes à atividade
dessas instituições.
Projeto de Lei nº 2.259, de 2011, de autoria do Deputado Assis Melo, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, para dispor sobre estacionamento privativo para carros-fortes nos estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 2.507, de 2011, de autoria do Deputado Sandro Alex, que acrescenta dispositivo à Lei
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a parada e
o estacionamento dos veículos especiais destinados ao transporte de valores.
Projeto de Lei nº 3.094, de 2011, do Deputado Dimas Fabiano, que determina a criação de espaços, re-
servado em todas as agências bancarias do País, para que a revista de bolsas e carteiras de clientes sejam rea-
lizadas em gabinete reservado, após sucessivos travamentos das portas detectoras de metais, evitando assim
constrangimento ao cliente que ora são obrigados a abrirem bolsas e carteiras expondo seus objetos pessoais
na entrada das agências bancárias.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1013

Projeto de Lei nº 3.369, de 2012, de autoria do Deputado Miriquinho Batista, que altera a Lei nº 9.472, de
16 de julho de 1997, estabelecendo restrições ao uso de terminais de telefonia móvel no interior de agências
bancárias e similares.
Projeto de Lei nº 3.485, de 2012, de autoria do Deputado Marco Antonio Tebaldi, que dispõe sobre a
instalação do sistema de segurança de portas giratórias com detector de metais nas casas lotéricas e agências
dos correios que funcionem como correspondentes bancários.
Projeto de Lei nº 3.555, de 2012, do Deputado Marco Tebaldi, que dispõe sobre as normas do serviço de
distribuição e coleta de malotes de valores efetuados por carro forte nos estabelecimentos financeiros e cor-
respondentes bancários.
Projeto de Lei nº 4.004, de 2012, de autoria da Deputada Erika Kokay, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, para tornar obrigatória a instalação, em todo o território nacional, de portas giratórias, com
detector de metais, nos estabelecimentos financeiros onde haja guarda de valores ou movimentação de nu-
merário e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 4.165, de 2012, de autoria do Deputado Jorge Corte Real, que obriga a instalação de
isolamento visual durante as operações de saques realizadas por clientes e usuários de instituições financeiras
e instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Projeto de Lei nº 4.328, de 2012, de autoria do Deputado Major Fábio, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, estabelecendo regras para o transporte de valores.
Projeto de Lei nº 4.416, de 2012, de autoria do Deputado Major Fábio, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, proibindo o uso de telefones celulares no interior dos estabelecimentos financeiros e dá ou-
tras providências.
Projeto de Lei nº 4.732 de 2012, de autoria do Deputado Giacobo, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de ju-
nho de 1983, estabelecendo medidas de segurança no interior dos estabelecimentos financeiros e dá outras
providências.
Projeto de Lei nº 4.912, de 2012, do Deputado Vanderlei Siraque, que dispõe sobre a proteção e segu-
rança dos consumidores nas agências e postos bancários.
Projeto de Lei nº 4.974, de 2013, de autoria do Deputado Fernando Francischini, que dispõe sobre a inu-
tilização de cédulas diante da tentativa de furto ou roubo de caixas eletrônicos.
Projeto de Lei nº 4.988, de 2013, de autoria do Deputado Major Fábio, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, para disciplinar a contratação, de empresas que ofereçam serviço de vigilância patrimonial ou
de segurança de pessoas físicas.
Projeto de Lei nº 5.213, de 2013, de autoria do Deputado Major Fábio, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, estabelecendo a obrigatoriedade da existência de guarda-volumes nos estabelecimentos
financeiros.
Projeto de Lei nº 5.352, de 2013, de autoria do Deputado Roberto Britto, que dispõe sobre o piso salarial
dos vigilantes.
Projeto de Lei nº 5.373, de 2013, de autoria da Deputada Sandra Rosado, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, para prever a obrigatoriedade de escolta em caso de transporte intermunicipal de numerário.
Projeto de Lei nº 5.532, de 2013, de autoria do Deputado Jorge Tadeu Mudalen, que dispõe sobre “Medi-
das de Segurança para Agências Bancárias e Afins” e sobre a proibição do uso de aparelhos celulares no interior
do estabelecimento, bem como instalação de: portas com detectores de metais; vidros laminados resistentes
a impactos e disparos de arma de fogo; painel divisor dos caixas, terminais individuais e filas; além de obrigar
o monitoramento por meio de câmeras de vídeo nas áreas internas e externas e outras providências.
Projeto de Lei nº 5.586, de 2013, de autoria do Deputado Paulo Foletto, que altera a Lei nº 7.102, de 20 de
junho de 1983, para prever a obrigatoriedade de vigilante do sexo feminino nos estabelecimentos financeiros.
Projeto de Lei nº 5.845, de 2013, de autoria do Deputado Ronaldo Nogueira, que dispõe sobre a presta-
ção de serviços de segurança privada e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 6.131, de 2013, de autoria do Deputado Enio Bacci, que acrescenta o inciso III ao Artigo
10 da Lei 7.102/1983, e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 6.200, de 2013, de autoria do Deputado Josias Gomes, que altera a Lei nº 6.538, de 22
de junho de 1978, para dispor sobre o sistema de segurança de acesso às agências dos Correios.
Projeto de Lei nº 6.386, de 2013, de autoria do Deputado Severino Ninho, que altera a Lei nº 7.102, de 20
de junho de 1983, estabelecendo a obrigatoriedade da existência de estacionamento e acesso específicos para
veículos e funcionários de transporte e segurança de valores nos estabelecimentos financeiros.
1014 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Projeto de Lei nº 6.435, de 2013, de autoria do Deputado Major Fábio, que acrescenta dispositivo à Lei
nº 7.102, de 20 de junho de 1983 para tornar obrigatória a presença de segurança armada na área destinada
aos terminais de autoatendimento.
Projeto de Lei nº 6.747, de 2013, de autoria do Deputado Artur Bruno, que dispõe sobre a segurança
bancária e dá outras providências.
Projeto de Lei nº 7.244, de 2014, do Deputado Vitor Paulo, que altera o Art. 3° da Lei nº 7.102/83, que tra-
tada Segurança para estabelecimentos financeiros, empresas de vigilância e transporte de valor.
Projeto de Lei nº 8.052, de 2014, de autoria do Deputado Laércio Oliveira, que institui o Estatuto da Se-
gurança Privada, que dispõe sobre a atividade de segurança privada, e dá outras providências.
O Projeto de Lei n° 504, de 2015, de autoria do Deputado Diego Garcia, que altera a Lei n° 7.102, de 20
de junho de 1983, estabelecendo a necessidade de isolamento físico entre guichês de atendimento.
O Projeto de Lei n° 590, de 2015, de autoria do Deputado Delegado Éder Mauro, que dispõe sobre a obri-
gação das instituições bancárias realizarem a instalação de barreiras físicas (biombo) em caixas eletrônicos para
se evitar a prática de modalidades criminosas e dá outras providências.
O Projeto de Lei n° 624, de 2015, de autoria do Deputado Vitor Valim, que dispõe sobre medidas quanto
à privacidade em caixas eletrônicos, terminais bancários e outros equipamentos assemelhados.
O Projeto de Lei n° 625, de 2015, de autoria do Deputado Vitor Valim, que dispõe sobre o exercício de
atividades privadas pelos integrantes dos órgãos de segurança pública.
O Projeto de Lei n° 764, de 2015, de autoria do Deputado Afonso Florence, que altera a Lei n° 7.102, de
20 de junho de 1983, para dispor sobre a obrigatoriedade de instalação de mecanismos de segurança em cai-
xas eletrônicos de estabelecimentos financeiros.
O Projeto de Lei n° 1.021, de 2015, de autoria do Deputado Adelson Barreto, que dispõe sobre a obriga-
toriedade de colocação de divisórias nas agências bancárias, impedindo a visualização de clientes que fazem
movimentos financeiros nos caixas sejam vistos pelo público presente dentro da agência e fora da instituição
bancária.
O Projeto de Lei n° 1.091, de 2015, de autoria do Deputado Rômulo Gouveia, que insere o art. 3º-A na Lei
nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para proibir o emprego, por parte das instituições financeiras, de funcioná-
rios não especializados em segurança no transporte de valores e na guarda de chaves de agência e de cofres.
O Projeto de Lei nº 2.475, de 2015, de autoria do Deputado Alan Rick, que altera a redação do art. 1º da
Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para incluir entre os estabelecimentos financeiros que devem possuir
sistema de segurança as agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e as agências bancárias que
atuem como correspondentes bancários.
Em resumo, as justificações dessas proposições se baseiam no atual quadro nefasto de nossa segurança
pública brasileira, que enseja modificações profundas na execução da segurança privada, com a valorização
da atividade por meio de sua melhor regulamentação.
Há, também, citações recorrentes à necessidade de atualização da legislação que trata do tema da se-
gurança de instituições financeiras, que data de 1983, antes, portanto, da renovação constitucional ocorrida
em 1988.
Quanto ao estabelecimento do piso salarial para os vigilantes, os diversos autores justificam sua criação
nos riscos assumidos diuturnamente por esses profissionais no exercício laboral, no rigoroso controle exerci-
do sobre o serviço de vigilância privada, na necessidade de prover o vigilante de um salário digno em nível
nacional, entre outros argumentos.
Ao longo dos trabalhos desta Comissão, foram apresentados os seguintes requerimentos:
– nº 1, 2014, de autoria do Deputado Nelson Pellegrino, requerendo fossem convidados para au-
diência pública os senhores José Boaventura Santos, Presidente da Confederação Nacional de Vigi-
lantes, Odair Conceição, Presidente da FENAVIST – Federação Nacional de empresas de segurança e
transporte de valores, Carlos Cordeiro, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro, Murilo Portugal, Presidente da FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, a Se-
nhora Regina Miki, Secretaria Nacional de Segurança Pública, um Representante do Banco Central,
um representante do Colégio de Secretaria Nacional de Segurança Pública para debatermos sobre o
PL 4238/2012 e seus apensados; aprovado com a inclusão dos nomes dos Senhores Adelar Anderle,
Representante da Associação Brasileira de Sindicato e Entidades de Segurança Privada; e João Elie-
zer Palhuca Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada.
– nº 2, de 2014, de autoria do Deputado Eudes Xavier, requerendo a realização de Seminário em
Fortaleza/CE; aprovado, com inclusão de convite ao Sr. José Eduardo Cardoso, Ministro da Justiça.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1015

– nº 1, de 2015, de nossa autoria, solicitando a realização de Audiência Pública com a presença dos
senhores Secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana, Presidente do Colégio Nacional
de Secretários de Segurança Pública (Consesp), do senhor Pedro Oscar Viotto – Diretor Setorial de
Segurança Bancária da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN e do senhor Carlos Cordeiro –
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, para prestarem escla-
recimentos e informações que embasem esta Comissão Especial; aprovado.
– nº 2, de 2015, de nossa autoria, solicitando a realização de Audiência Pública com a presença do
Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de For-
mação do Estado de São Paulo, senhor João Eliezer Palhuca, do Presidente da Confederação Nacional
dos Vigilantes, senhor José Boaventura e do senhor Jeferson Furlan Nazário, Presidente da Federa-
ção Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores, para prestarem esclarecimentos
e informações que embasem esta Comissão Especial; aprovado.
– nº 3, de 2015, de autoria do Deputado Major Olímpio, solicitando a realização de Audiência Pública
com a presença do Presidente da Confederação dos Trabalhadores em Segurança Privada – CON-
TRASP – Sr. João Soares; aprovado.
– nº 2.769, de 2015, de nossa autoria, requerendo que fossem desapensados, do Projeto de Lei nº
4328, de 2012, os Projetos de Lei nº PL nº 3406, de 2008, PL nº 3487, de 2008; 7.611, de 2010 e PL nº
2285, de 2015; aprovado.
– nº 2.919, de 2015, de nossa autoria, requerendo que fosse desapensado, do Projeto de Lei nº 4328,
de 2012, o Projeto de Lei nº 2.535, de 2015; aprovado.
– nº 2.968, de 2015, de autoria do Dep. Rômulo Gouveia, requerendo que fosse desapensado, do
Projeto de Lei nº 4328, de 2012, o Projeto de Lei nº 698, de 2015; aprovado.
– nº 2.972, de 2015, de autoria do Deputado Alexandre Leite, requerendo que fosse desapensado,
do Projeto de Lei nº 4328, de 2012, os Projetos de Lei nº 8.199/2014; aprovado.

Nesse contexto, foram realizadas duas audiências públicas, nos dias 7 e 14 de maio de 2015, tendo sido
ouvidas as seguintes personalidades, cujas principais contribuições passamos a apresentar, resumidamente:
a) João Eliezer Palhuca, Presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segu-
rança Eletrônica de Cursos de Formação do Estado de São Paulo1
b) José Boaventura, Presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes e de Prestadores
Serviços (CNTV):
– reforçou a importância de se criar um Estatuto da Segurança Privada, que regule a atividade em
âmbito nacional;
– apresentou proposta de fixação de um piso salarial, por lei federal, no valor de R$ 3.000,00, acei-
tando negociações com as representações empresariais;
– defendeu que fosse estabelecido o nível de escolaridade do ensino médio como requisito mínimo
para o exercício da profissão de vigilante;
– disse ser favorável à integração crescente entre a segurança pública e a privada, de maneira com-
plementar, para a melhora da situação de segurança dos cidadãos brasileiros;
– falou da existência de minuta de projeto de lei contendo outra proposta de Estatuto da Segurança
Privada, em construção no Ministério da Justiça; e
– apresentou uma nova proposta do mencionado Estatuto, com as visões da Confederação que
representa.
c) Jeferson Furlan Nazário, Presidente Nacional da Federação Nacional das Empresas de Se-
gurança e de Transportes de Valores (Fenavist):
– enfatizou que a fixação de um piso nacional no valor de R$ 3.000,00, como pleiteia a representa-
ção laboral, impactaria muito negativamente todo o setor, o que poderia afetar, inclusive, o empre-
go dos trabalhadores do setor;
– abordou a divisão atualmente existente entre os trabalhadores, que possuem duas representa-
ções atuantes: a Confederação Nacional dos Vigilantes e Prestadores de Serviços e a Confederação
dos Trabalhadores em Segurança Privada;
1 Esteve presente à reunião, mas não quis se manifestar formalmente sobre o assunto, vez que o Presidente da Fenavist,
que engloba também o sindicato que preside, o faria.
1016 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

– não se posicionou contrariamente à participação de membros dos órgãos de segurança pública,


quando fora do serviço, na segurança privada, desde que seguindo exatamente as mesmas regras
que os demais, quanto aos cursos, ao uniforme, às exigências no que tange às habilitações etc;
– abordou a questão do emprego de portadores de necessidades especiais nas empresas de segu-
rança, em ações de vigilância, de comunicações e de cunho administrativo; e
– apresentou um anteprojeto de Estatuto da Segurança Privada, com estrutura semelhante à do
Projeto de Lei nº 8.052, de 2014.
d) Leandro Vilain, Representante da Federação Brasileira de Bancos (Febraban):
– enfatizou que o sistema bancário gasta R$ 9 bilhões anuais em segurança com medidas preventivas;
– disse que, em 2014, a quantidade de operações eletrônicas foi superior à bancária, diminuindo o
movimento nos bancos, mas houve migração do crime para outros setores; que, hoje, o grande pro-
blema seria a explosão de caixas eletrônicos, o que se explicaria por haver fácil acesso a explosivos e
à percepção de que o risco de punição é muito baixo nesse tipo de crime; que o “entintamento” de
cédulas tem sido usado, mas que o combate a esse crime necessita também da ação da segurança
pública, além da necessidade de se criar um tipo penal específico para esse crime;
– disse, ainda, ser favorável ao Estatuto da Segurança Privada, pois se uniformizariam as regras em
nível nacional e acabaria com a tendência atual de haver leis estaduais que prejudicam o funciona-
mento das agências; e
– com relação ao piso salarial para os vigilantes, disse que os bancos preferem não se pronunciar,
mas deu sua opinião no sentido de que encareceria muito a contratação dessa mão de obra, além
de certas regiões menos favorecidas não poderem arcar com esse piso; pensa que a negociação co-
letiva seja o melhor meio para lidar com o piso salarial.
e) Gustavo Machado Júnior, Representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf)
– foi enfático na fixação do piso salarial por lei, aduzindo, ainda, que a segurança privada resguarda
vidas, diferentemente do enfoque da legislação atual que se importa mais com o patrimônio;
– alegou que o lucro dos bancos é imenso e que eles podem investir nas portas giratórias, nos biom-
bos e que o gerente bancário não deveria ser obrigado a abrir o cofre a qualquer hora; e
– disse que os bancários são muito bem organizados e conseguem bons acordos coletivos, mas que,
se possível, também gostariam que o piso fosse fixado por lei.
f) João Soares, Presidente da Confederação dos Trabalhadores em Segurança Privada (Contrasp)
– disse representar sete federações e que sua maior preocupação é em relação ao uso de armas
obsoletas que não podem enfrentar o bandido atualmente;
– disse também que os veículos utilizados para a escolta têm de ser melhores, pois não conseguem
acompanhar os caminhões de carga;
– pediu a extensão do porte de arma para fora das horas do exercício profissional;
– citou o problema do trabalho dos clandestinos;
– disse ser contrário ao “entintamento” de cédulas porque não funciona como medida preventiva; e
– insistiu na necessidade de fixar por lei o piso salarial de R$ 3.000,00 (três mil reais).
Foram, ainda, apresentadas as seguintes sugestões, abaixo resumidas:
– Sugestão nº 1/15, recebida em 21 de maio de 2015, de autoria do Deputado Laércio Oliveira, que
apresenta uma emenda substitutiva ao Projeto de Lei nº 8.052, de 2014, de sua própria autoria, com
pequenas alterações no texto inicial, a partir de sua interação com representantes da sociedade bra-
sileira diretamente interessados na proposição legislativa em tela;
– Sugestão nº 2/15, recebida em 28 de maio de 2015, de autoria do Deputado Marcus Vicente, que
propõe a inclusão de dispositivo que discipline o âmbito de atuação das empresas de prestadoras
de serviços de monitoramento e sistemas eletrônicos;
– Sugestão nº 3/15 e 4/15, recebidas em 28 de maio de 2015, de autoria do Deputado Marcus Vi-
cente, que tratam dos serviços orgânicos de segurança privada;
– Sugestão nº 5/15 e 6/15, recebidas em 28 de maio de 2015, de autoria do Deputado Marcus Vicen-
te, que versam sobre a utilização de produtos controlados de uso restrito no âmbito da segurança
privada; e
– Sugestão nº 7/15, recebida em 29 de maio de 2015, de autoria do Deputado Major Olímpio, que
propõe a adoção de uma minuta de Estatuto da Segurança Privada, baseada também no Projeto
de Lei nº 8.052, de 2014, de autoria do Deputado Laércio Oliveira, com as alterações que apresenta.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1017

No dia 1º de setembro de 2015, apresentamos a primeira versão de nosso Parecer. Houve pedido de vis-
ta conjunta por outros Pares, Dep. Érika Kokay, Dep. Goulart, Dep. Major Olímpio e Dep. Marcus Vicente, o que
nos ofereceu a oportunidade de aperfeiçoamento, na forma e no conteúdo, da proposta ora apresentada, em
substituição à versão anterior do Parecer e ao SBT nº 1, ao PL 4238, de 2012. O prazo de vista foi encerrado em
03 de setembro de 2015.
No dia 9 de setembro de 2015, apresentamos segunda versão de nosso Parecer. Houve acordo entre os
Pares, no sentido de que a discussão e a votação do parecer fosse adiada, de forma a possibilitar que novas
sugestões fossem apresentadas.
Com base em todas as informações colhidas durante as audiências públicas, e ponderados os argumen-
tos apresentados durante os trabalhos da Comissão, por Parlamentares e membros da sociedade, elaboramos
o Voto que passaremos a apresentar em breve.
Adotamos como orientação de nosso Voto a busca de uma solução legislativa que conseguisse equilibrar
as reinvindicações dos vigilantes com as angústias dos empregadores.
O objetivo maior foi o de prover nossa Nação de uma legislação ainda melhor no que tange ao tema
da Segurança Privada. Ao mesmo tempo, nunca perdemos de vista a meta de conceder aos vigilantes, não só
melhores condições de trabalho, mas também justa remuneração pelos serviços prestados.
É o relatório.
II – Voto do Relator
II.1 – Da Constitucionalidade, da Juridicidade, da Técnica Legislativa e da Adequação Orçamentá-
ria e Financeira
As proposições visam não só alterar a legislação vigente sobre a segurança dos estabelecimentos finan-
ceiros, mas também regular toda a atividade de segurança privada, instituindo em verdadeiro estatuto. Visam,
ainda, fixar um piso salarial, em âmbito nacional, para o profissional da segurança privada, mormente, para o
vigilante.
A competência é da União. Isso, porque, de modo geral, o futuro Estatuto da Segurança Privada e da Se-
gurança das Instituições Financeiras disciplinará regras peculiares de segurança para as instituições mencio-
nadas e estabelecerá condições para o exercício da profissão de vigilante e de outros profissionais afins, o que
acontece com fulcro no art. 22, XVI, CF.
Adicionalmente, e nesse mesmo diapasão, diante da situação caótica da segurança pública em nível na-
cional, não há como o Parlamento Federal se manter inerte na questão da segurança privada, de modo especial
no que tange à segurança das instituições financeiras.
Além do mais a dificuldade atual em se definir a esfera a que pertence o interesse dos assuntos em nossa
Federação, reforçando a necessidade de a União se manifestar sobre o tema, já foi identificada por constitucio-
nalistas de renome no País. Dentre eles, José Afonso da Silva:
[...] 2. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA EXCLUSIVA. Traduz-se na cláusula indicativa constante do inciso I do
art. 30: “legislar sobre assuntos de interesse local”. Significa que sobre esses assuntos a competência le-
gislativa é exclusivamente do Município. A questão está na compreensão do que sejam “assuntos de
interesse local”. A dificuldade torna-se ainda maior quando se sabe que assunto hoje de interesse
local amanhã poderá não o ser, em função da evolução da matéria [...] (grifo nosso)2
Daí porque se depreende a extrema urgência para que a União discipline o assunto, de forma, inclusive,
a balizar outros entes federados no que tange ao tema, em suas respectivas competências legislativas.
Não há vício de iniciativa, tendo em vista que nenhuma das matérias tratadas nas proposições analisa-
das está incluída em previsões constitucionais que reservem a iniciativa para alguma autoridade diferente dos
Parlamentares Federais.
Nesse contexto, cabe ao Congresso Nacional dispor sobre as matérias de competência da União, com pos-
terior sanção do Presidente da República (CF, art. 48). A iniciativa parlamentar em relação ao assunto é legítima,
repita-se, uma vez que se trata de matéria cuja iniciativa é concorrente não reservada a outro Poder (art. 61, CF).
De igual forma, verifica-se a adequação dos projetos aos demais dispositivos constitucionais de cunho
material, assim como ao ordenamento jurídico infraconstitucional em vigor no País.
No que diz respeito à técnica legislativa, nenhum reparo há a ser feito, uma vez que os projetos de lei sob
análise foram redigidos de forma clara e coerente, estando mesmo em conformidade com a Lei Complementar
nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.
2 SILVA, José Afonso. Comentário contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros, 2008. p.309.
1018 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Quanto às questões de cunhos orçamentário e financeiro das proposições, aduz-se que os projetos de
lei sob análise por esta Comissão são adequados. Isso, porque as proposições legislativas em tela (1) se cin-
gem, precipuamente, ao âmbito da iniciativa privada, que absorverá a imensa maioria dos custos decorrentes
das inovações trazidas; (2) por aumentarem a segurança das instituições financeiras, no médio e no longo pra-
zos, levam à recuperação dos investimentos realizados; (3) quando adentram o campo da atuação de órgãos
públicos, estabelecem a cobrança de taxas, fonte de recursos para a manutenção da estrutura de fiscalização
e controle da atividade, e (4) reiteram atribuições e competências já cometidas aos mesmos órgãos públicos
citados, cujos gastos com as atividades se encontram perfeitamente dimensionados e absorvidos, tudo isso
caminhando para a direção de não se considerar aumento de monta imediato nas despesas públicas.
II.2 – Do Mérito
As 115 (cento e quinze) proposições, os dois anteprojetos sugeridos pelas representações patronal e la-
boral, além das sugestões apresentadas, podem ser divididos em dois grandes grupos: um que trata da segu-
rança privada e outro que aborda a segurança das instituições financeira.
Embora essas atividades sejam bastante correlatas, este Relator fez questão de explicitar na nova pro-
posta de ementa constante do substitutivo a presença das duas subdivisões. Essa medida facilitará ao brasi-
leiro a busca e a interpretação do correto alcance da nova norma a ser gerada, resultante de nossos trabalhos.
Nesse passo, o quadro abaixo consegue resumir, de maneira bem clara, a complexidade e a extensão
dos projetos de lei apensados e das propostas e sugestões que chegaram ao nosso conhecimento ao longo
da labuta no seio desta Comissão3:
3 A Febraban apresentou, ainda, observações escritas, em duas oportunidades, ao PL nº 8.052, de 2014, do Deputado Laér-
cio de Oliveira, que também foram consideradas na formulação do substitutivo que ora apresentamos.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1019

Após detida e profunda análise de todas as propostas estruturadas de estatuto (Grupo I-A), decidimos
estabelecer como ponto de partida o Projeto de Lei nº 8.052, de 2014, de autoria do Nobre Deputado Laércio
Oliveira. Isso, porque tal proposição legislativa apresenta uma visão bem madura do problema e, em grande
medida, reúne muitas das ideias constantes das proposições anteriormente apresentadas.
Salienta-se, por oportuno, que a Febraban, a Fenavist e a CNTV, bem como diversos Parlamentares, fize-
ram suas observações ou apresentaram anteprojeto também baseados na proposição legislativa mencionada
no parágrafo anterior, o que reforçou, ainda mais, o acerto da escolha da mesma como parâmetro inicial dos
nossos trabalhos.
Nesse contexto, este Relator apresenta, de modo não exaustivo, os argumentos que se seguem para jus-
tificar as opções que serão percebidas no substitutivo que submeterá à apreciação dos demais Pares.
No concernente à segurança privada, posicionamo-nos da maneira explicitada nas linhas abaixo.
As principais disposições a serem ressaltadas se cingem aos seguintes pontos, no que concerne às pro-
posições do Grupo I-B:
– manutenção da possibilidade do emprego, por parte dos vigilantes, de armas de calibres permitidos
e até de uso restrito, neste caso, desde que autorizado pelo Exército Brasileiro (art. 11, do Substitutivo);
– tratamento diferenciado ao trânsito dos veículos especiais de transporte de numerário e de valo-
res e de escolta armada, nos termos do art. 29, VIII, do Código de Trânsito Brasileiro, Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997 (art. 6º, § 4º, do Substitutivo);
– disciplina específica e rígida quanto aos requisitos para transporte de valores e de numerários,
com critérios voltados aos veículos e ao efetivo, à habilitação e aos equipamentos dos vigilantes di-
retamente empregados na prestação desse serviço (art. 6º, do Substitutivo);
– a garantia da realização do serviço orgânico de pequeno porte, desarmado, de maneira que se
contribua para a efetiva entrada no mercado de trabalho dos profissionais de segurança privada
habilitados na forma Lei (art. 26, do Substitutivo);
– autorização para instituição de um colegiado único para tratar dos assuntos ligados à segurança
privada, o Conselho Nacional de Segurança Privada – CNASP, de maneira a concentrar as manifesta-
ções administrativas acerca da atividade, evitando a duplicação de competências com a criação de
outro órgão, que teria, em verdade, atribuições semelhantes (art. 41, do Substitutivo);
– permissão para que o capital estrangeiro possa investir na prestação dos serviços de segurança
privada, de forma a possibilitar que a concorrência estimule a melhoria dos serviços prestados e a
correta equalização dos preços cobrados por esses serviços;
– estabelecimento de multas em valores razoáveis, com margem coerente de manobra para a sua de-
finição exata pela autoridade competente, tanto para as empresas de segurança privada quanto para
os estabelecimentos financeiros que descumpram o previsto em Lei (art. 50 e 51, do Substitutivo); e
– fixação de capital social mínimo em valores consideráveis para os prestadores de serviços de se-
gurança privada, de forma que se garantam estabilidade e segurança para contratantes e empre-
gados, entre outras medidas que podem ser avaliadas pela simples leitura do substitutivo que ora
apresento (art. 14, do Substitutivo).
No que se refere às proposições do Grupo I-C, que versam sobre a regulamentação da profissão de vigi-
lante, este Relator optou, em resumo, pelas posições esposadas no PL 8.052/2014, com as seguintes alterações:
– inclusão da escolaridade mínima para os vigilantes fixada no ensino fundamental, a ser comenta-
da posteriormente neste parecer (art. 29, § 1º, I, do Substitutivo);
– escalonamento nas exigências para o exercício profissional ligado aos serviços de segurança pri-
vada, de forma a incentivar o aperfeiçoamento técnico-profissional e acadêmico dos vigilantes e
demais profissionais desse ramo de atividades laborais (art. 29, § 2º, I, do Substitutivo); e
– restrição a brasileiros natos ou naturalizados para a prestação dos serviços de vigilante e de vigilante
supervisor, máxime pela autorização de emprego de armas de fogo de uso permitido ou até mesmo
de uso restrito, quando especificamente autorizado pelo Exército Brasileiro (art. 29, I, do Substitutivo).
Merece destaque a fixação de escolaridade mínima para os vigilantes, os dedicados exclusivamente aos
trabalhos de execução, no ensino fundamental. Isso é uma medida de humanidade, vez que possibilita que
mais pessoas possam se candidatar aos cursos de formação de vigilantes e, ao longo do tempo, continuar seus
estudos de forma a progredir na carreira profissional que abraçou.
1020 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Inseridos num quadro de desemprego como o vivido pelo Brasil, adotar postura diferente, fixando-se a
escolaridade mínima no ensino médio, por exemplo, poderia contribuir mesmo para a exclusão de uma quan-
tidade ponderável de desempregados de se habilitarem aos cursos de formação de vigilantes, potencializando
as chances de permanência na situação marginal em relação ao mercado de trabalho para esses brasileiros.
Quanto às proposições do Grupo I-D, que tratam do piso salarial para os vigilantes, este Relator enten-
deu que, a despeito da necessidade de fixação de um piso salarial que garanta a dignidade dos vigilantes, as
disparidades regionais evidentemente existentes em nosso País impedem que o façamos em nível nacional,
por meio de legislação (art. 30, VII, e § 4º, do Substitutivo).
Estamos cientes de que o inciso V do art. 7° da Constituição Federal prevê como direito do trabalhador o
estabelecimento do “piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho”. Não dispõe, porém,
que deva ser estabelecido por lei.
Certamente, os vigilantes merecem especial atenção exatamente pela extensão do risco a que diuturna-
mente se expõem no exercício da nobre profissão que é a de proteger a vida das pessoas.
Ainda, a complexidade de sua profissão também é indiscutível já que a atuação do vigilante em seu ofício
pode exigir-lhe grande sensibilidade para saber qual a reação adequada para aquele determinado momento.
O que pode parecer um assalto, às vezes, se trata apenas de uma reação exagerada, o que não justifica uma
ação repressora por parte do vigilante e vice-versa.
Portanto, é com esse espírito de reconhecimento pelo exercício desse difícil e extenuante trabalho que
se apresentam as normas constantes do substitutivo anexo.
A opção pela negociação coletiva para fixar piso salarial deve prevalecer sobre a ideia, já ultrapassada,
de que “piso” deva ser estabelecido por lei. O texto constitucional dispõe que o salário mínimo deva ser esta-
belecido por lei; não, o piso salarial para alguma categoria profissional específica.
Nossa motivação foi privilegiar a capacidade de negociação das partes e acatar o entendimento sem-
pre expresso nos acordos e nas convenções coletivas. Assim, embora não tenhamos fixado um piso salarial
nacional para esses profissionais, legitimamos uma prática por demais eficiente e justa, que tem garantido,
em grande medida, equilíbrio e coerência na fixação dos pisos salariais desses profissionais nas mais diversas
regiões do nosso Brasil.
Dessa maneira, conseguiremos: (1) garantir a sobrevivência dos prestadores de serviços de segurança,
o que sustenta, diretamente, a existência das centenas de milhares de vagas de emprego para os vigilantes; e
(2) respeitar as diferenças regionais de um País de dimensões continentais e de regiões com desenvolvimento
sobremaneira díspares.
Adotamos, também, postura prudente e responsável, tanto em face da situação econômica em que es-
tamos inseridos nos dias atuais, quanto em relação à necessidade efetiva de se conceder vida digna a profis-
sionais tão dedicados e importantes como os vigilantes.
Quanto às proposições do Grupo I-E, que versaram sobre a tutela penal dos serviços de segurança priva-
da, optamos por criar apenas um tipo penal, voltado para a proteção da atividade de segurança privada (art.
54, do Substitutivo). Suprimimos, pois, outros tipos penais sugeridos em proposições legislativas diversas em
função de já haver previsões similares no Código Penal em vigor, de modo especial, o ligado à usurpação de
função pública, prevista no art. 328 daquele diploma legal.
Ressalta-se, a privilegiar o princípio do Direito Penal Mínimo, a inclusão, no tipo penal apresentado, da
circunstância elementar de uso de armas de fogo, de forma a permitir o tratamento das demais situações na
via administrativa.
Quanto à segurança das instituições financeiras, nossas principais contribuições (Grupos II, A e B):
– regulação da interação entre a Polícia Federal e os demais órgãos envolvidos na segurança das
instituições financeiras, de forma a possibilitar o estabelecimento de freios e de contrapesos nessa
relação, com o fim de auferir maiores ganhos efetivos à sociedade brasileira nesse campo temático
(variadas passagens, com destaque para os art. 41, 42, 43 e 58, do Substitutivo);
– especificação de equipamentos eletrônicos para uso por parte de vigilantes em agências bancá-
rias de determinadas cidades (definidas pelo número de habitantes e por outras circunstâncias que
estipula) e em carros-fortes, de maneira a garantir a segurança dos próprios profissionais e dos bens,
valores e numerários por eles custodiados (art. 6º, § 5º, e art. 34, § 6º, do Substitutivo); e
– estabelecimento de medidas de segurança nas instituições, em nível compatível com as amea-
ças reais que se enfrentam hoje na conjuntura da segurança pública em que vivemos (art. 34, do
Substitutivo).
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1021

Por fim, cabe um esclarecimento. Foram apensados à proposição principal projetos de lei versando so-
bre adequações que as instituições financeiras deveriam fazer quanto à acessibilidade a portadores de neces-
sidades especiais.
A falta de pertinência temática dessas proposições em relação ao cerne do objeto de análise da presente
Comissão nos fez apresentar os Requerimentos nº 2769, de 2015, e 2919, de 2015, retromencionados. O obje-
tivo era que fossem desapensados os Projetos de Lei nº 3406, de 2008; 3487, de 2008; 7611, de 2010; 2285, de
2015; 2535, de 2015, o que se deu com o deferimento dos pedidos ocorridos no dia 1º de setembro, para as
quatro primeiras proposições e, no dia 08 de setembro, para a última.
Todas as proposições apensadas, a incluir, por óbvio, as destacadas nos parágrafos imediatamente an-
teriores, possuem mérito imensurável e pretendiam mesmo melhorar nosso ordenamento jurídico com as
medidas que propunham. Entretanto, no contexto desta Comissão e neste momento político, a despeito das
mencionadas virtudes, este Relator decidiu por propor a rejeição dos citados a seguir, pelos motivos que pas-
saremos a expor:
os
– Projetos de Lei n 1901, de 2003; 4863, de 2005; 3858, de 2008; 6435, de 2013; 8243, de 2014, por
proporem a manutenção de vigilantes armados em caixas eletrônicos, o que inviabilizaria a dispo-
nibilização desses serviços à população;
os
– Projetos de Lei n 7404, de 2006; e 625, de 2015, que permitiam que integrantes da ativa de órgãos
de segurança pública pudessem prestar serviços de segurança privada nos momentos de folga, em
função dos evidentes prejuízos que causariam à sociedade, uma vez que seus momentos de des-
canso visam mesmo à recuperação física, psicológica e orgânica dos policiais para o enfrentamento
de um novo e subsequente turno de trabalho;
os
– Projetos de Lei n 971, de 2011; 1387, de 2011; 1470, de 2011; 1964, de 2011; 3369, de 2012; 4416,
de 2012; 5532, de 2013; que restringiam ou proibiam completamente o uso de telefones celulares
em instituições financeiras, medida considerada excessivamente invasiva na vida dos cidadãos e
com pequena eficiência diante das demais medidas de segurança impostas às instituições financei-
ras constantes do substitutivo anexo; e
os
– Projetos de Lei n 5586, de 2013; e 7244, de 2014, que estabeleciam cotas para mulheres nas em-
presas de segurança privada ou impunham a sua presença na segurança de instituições financeiras,
com o que não concordamos, em função de não vermos necessidade, vez que as mulheres já parti-
cipam desse mercado de trabalho com marcante presença.
Quanto às emendas às proposições apensadas, já mencionadas, propugnamos por suas aprovações, nos
termos do Substitutivo que apresentaremos em anexo, por manterem alinhamento temático com o que acre-
ditamos ser ideal para o novo Estatuto que queremos criar.
Estamos nos referindo especificamente às seguintes proposições: EMC nº 1 e 2/2001, CCJR, ao PL 1334/1995;
EMC nº 1 e 2, CSPCCO, ao PL 4305/2004; EMC nº 1, CFT, ao PL 1980/2011.
Em face do exposto, votamos pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, com-
patibilidade e adequação orçamentária e financeira, e, no mérito, pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº
os
4.238, de 2012; e dos apensados, Projetos de Lei n 1245, de 1995; 1334, de 1995, e de suas EMC nº 1 e 2/2001,
CCJR; 1585, de 1996; 4057, de 1998; 404, de 1999; 453, de 1999; 628, de 1999; 1675, de 1999; 1786, de 1999;
3070, de 2000; 3413, de 2000; 5059, de 2001; 7320, de 2002; 1047, de 2003; 1306, de 2003; 3026, de 2004; 3341,
de 2004; 3822, de 2004; 3970, de 2004; 4041, de 2004; 4305, de 2004, e de suas EMC nº 1 e 2, CSPCCO; 4594,
de 2004; 4997, de 2005; 5018, de 2005; 5695, de 2005; 6572, de 2006; 6582, de 2006; 6853, de 2006; 7416, de
2006; 749, de 2007; 923, de 2007; 2773, de 2008; 3759, de 2008; 4092, de 2008; 4678, de 2009; 5101, de 2009;
5104, de 2009; 6025, de 2009; 6140, de 2009; 6510, de 2009; 5247, de 2009; 6728, de 2010; 6804, de 2010; 7265,
de 2010; 7282, de 2010; 7314, de 2010; 7478, de 2010; 7548, de 2010; 7592, de 2010; 7857, de 2010; 7882, de
2010; 381, de 2011; 458, de 2011; 543, de 2011; 752, de 2011; 832, de 2011; 1059, de 2011; 1195, de 2011; 1292,
de 2011; 1484, de 2011; 1497, de 2011; 1500, de 2011; 1679, de 2011; 1731, de 2011; 1733, de 2011; 1943, de
2011; 1980, de 2011, e de sua EMC nº 1, CFT; 2259, de 2011; 2456, de 2011; 2507, de 2011; 3094, de 2012; 3485,
de 2012; 3555, de 2012; 4004, de 2012; 4165, de 2012; 4328, de 2012; 4732, de 2012; 4912, de 2012; 4974, de
2013; 4988, de 2013; 5108, de 2013; 5213, de 2013; 5352, de 2013; 5373, de 2013; 5603, de 2013; 5845, de 2013;
6131, de 2013; 6200, de 2013; 6386, de 2013; 6747, de 2013; 6813, de 2013; 8052, de 2014; 504, de 2015; 590,
de 2015; 624, de 2015; 764, de 2015; 1021, de 2015; 1091, de 2015; 2475, de 2015; nos termos do Substitutivo
anexo; e pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, compatibilidade e adequação
os
orçamentária e financeira, e, no mérito, pela REJEIÇÃO dos seguintes Projetos de Lei n 1901, de 2003; 4863,
1022 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

de 2005; 7404, de 2006; 3858, de 2008; 971, de 2011; 1387, de 2011; 1470, de 2011; 1964, de 2011; 3369, de
2012; 4416, de 2012; 5532, de 2013; 5586, de 2013; 6435, de 2013; 7244, de 2014; 8243, de 2014; e 625, de 2015.
Sala da Comissão, de de 2014. – Deputado Wellington Roberto, Relator
1º SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 4.238, DE 2012
os.
(Apensados os Projetos de Lei n 1245, de 1995; 1334, de 1995; 1585, de 1996; 4057, de 1998;
404, de 1999; 453, de 1999; 628, de 1999; 1675, de 1999; 1786, de 1999; 3070, de 2000; 3413, de 2000;
5059, de 2001; 7320, de 2002; 1047, de 2003; 1306, de 2003; 3026, de 2004; 3341, de 2004; 3822, de 2004;
3970, de 2004; 4041, de 2004; 4305, de 2004; 4594, de 2004; 4997, de 2005; 5018, de 2005; 5695, de 2005;
6572, de 2006; 6582, de 2006; 6853, de 2006; 7416, de 2006; 749, de 2007; 923, de 2007; 2773, de 2008;
3759, de 2008; 4092, de 2008; 4678, de 2009; 5101, de 2009; 5104, de 2009; 6025, de 2009; 6140, de 2009;
6510, de 2009; 5247, de 2009; 6728, de 2010; 6804, de 2010; 7265, de 2010; 7282, de 2010; 7314, de 2010;
7478, de 2010; 7548, de 2010; 7592, de 2010; 7857, de 2010; 7882, de 2010; 381, de 2011; 458, de 2011;
543, de 2011; 752, de 2011; 832, de 2011; 1059, de 2011; 1195, de 2011; 1292, de 2011; 1484, de 2011;
1497, de 2011; 1500, de 2011; 1679, de 2011; 1731, de 2011; 1733, de 2011; 1943, de 2011; 1980, de 2011;
2259, de 2011; 2456, de 2011; 2507, de 2011; 3094, de 2012; 3485, de 2012; 3555, de 2012; 4004, de 2012;
4165, de 2012; 4328, de 2012; 4732, de 2012; 4912, de 2012; 4974, de 2013; 4988, de 2013; 5108, de 2013;
5213, de 2013; 5352, de 2013; 5373, de 2013; 5603, de 2013; 5845, de 2013; 6131, de 2013; 6200, de 2013;
6386, de 2013; 6747, de 2013; 6813, de 2013; 8052, de 2014; 504, de 2015; 590, de 2015; 624, de 2015;
764, de 2015; 1021, de 2015; 1091, de 2015; 2475, de 2015)

Institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras e dá ou-


tras providências.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, para
dispor sobre os serviços de segurança de caráter privado, exercidos por pessoas jurídicas e, excepcionalmente,
por pessoas físicas, em âmbito nacional e para estabelecer as regras gerais para a segurança das instituições
financeiras autorizadas a funcionar no País.
Parágrafo único. A segurança privada e a segurança das dependências das instituições financeiras são
matérias de interesse nacional.
CAPÍTULO II
DO SERVIÇO DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 2º Os serviços de segurança privada serão prestados por pessoas jurídicas especializadas ou por
meio das empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, com ou sem utilização de armas
de fogo e com o emprego de profissionais habilitados e de tecnologias e equipamentos de uso permitido.
Parágrafo único. É vedada a prestação de serviços de segurança privada de forma cooperada ou autônoma,
ressalvadas as hipóteses de prestação de serviço orgânico de pequeno porte, nos termos do art. 26 desta Lei.
Art. 3º A prestação de serviços de segurança privada observará os princípios da dignidade da pessoa
humana, da proteção à vida e do interesse público e as disposições que regulam as relações de trabalho.
Parágrafo único. As pessoas físicas e jurídicas contratantes dos serviços de segurança privada regulados
por esta Lei não poderão adotar modelos de contratação, e tampouco definir critérios de concorrência e de
competição que prescindam da análise prévia da regularidade formal da empresa contratada.
Art. 4º A prestação de serviços de segurança privada depende de autorização prévia da Polícia Federal,
ao qual competem o controle e a fiscalização da atividade, nos termos do art. 43 e com possibilidade de ma-
nifestação ampla do órgão a que se refere o art. 41.
Art. 5º São considerados serviços de segurança privada, sem prejuízo das atribuições das Forças Arma-
das, dos órgãos de segurança pública e do sistema prisional:
I – vigilância patrimonial;
II – segurança de eventos em espaços comunais, de uso comum do povo;
III – segurança nos transportes coletivos terrestres, aquaviários e marítimos;
IV – segurança perimetral nas muralhas e guaritas de estabelecimentos prisionais;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1023

V – segurança em unidades de conservação;


VI – monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança e rastreamento de numerário, bens e valores;
VII – execução do transporte de numerário, bens ou valores;
VIII – execução de escolta de numerário, bens ou valores;
IX – execução de segurança pessoal com a finalidade de preservar a integridade física de pessoas;
X – formação, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais de segurança privada;
XI – gerenciamento de riscos em operações de transporte de numerário, bens ou valores; e
XII – outros serviços que se enquadrem nos preceitos desta Lei, na forma do regulamento.
§ 1º Os serviços descritos nos incisos I, IV, V, VII, VIII, IX e X ao caput poderão ser prestados com uti-
lização de armas de fogo, nas condições definidas em regulamento.
§ 2º Os serviços previstos no inciso XII ao caput, a depender de suas naturezas e características parti-
culares, poderão ser prestados com ou sem a utilização de armas de fogo de uso permitido, o que dependerá,
em qualquer caso, de autorização da Polícia Federal.
§ 3º Os serviços previstos nos incisos de I a X e o previsto no inciso XII ao caput poderão ser presta-
dos utilizando-se armas de menor potencial ofensivo, conforme regulamento.
§ 4º A prestação do serviço previsto no inciso I ao caput encerra a segurança exercida com a finalidade
de preservar a integridade do patrimônio de estabelecimentos públicos ou privados, bem como a preservação
da integridade física das pessoas que se encontrem nos locais a serem protegidos, além do controle de acesso
e permanência de pessoas e veículos em áreas públicas, desde que autorizado pelos órgãos competentes, ou
em áreas de uso privativo.
§ 5º A Polícia Federal, nas hipóteses por ele definidas, e a autoridade local competente deverão ser
informadas acerca da utilização de serviço de segurança privada nos locais mencionados no inciso II ao caput.
§ 6º Na prestação dos serviços previstos no inciso IV ao caput, que somente poderão ser conduzidos
se houver autorização para gestão do estabelecimento prisional pela iniciativa privada, são vedados aos pro-
fissionais de segurança privada:
I – o desempenho de atividades carcerárias referentes a ações ativas de restrição ou manutenção da res-
trição da liberdade dos detentos;
II – a condução de revista íntima;
III – a aplicação de medidas disciplinares e de contenções de rebeliões; e
IV – a realização de outras atividades exclusivas de Estado.
§ 7º A Polícia Federal poderá autorizar, respeitadas as normas de segurança específicas aplicáveis
a cada meio de transporte peculiar, o emprego de armas de fogo para a prestação dos serviços previstos
no inciso III ao caput.
§ 8º A atividade de segurança privada não exclui, impede ou embaraça as atividades dos órgãos
de segurança pública e das Forças Armadas.
Art. 6º O serviço de transporte previsto no inciso VII ao caput do art. 5º, sempre que envolver suprimen-
to ou recolhimento de numerário ou valores das instituições financeiras, será realizado mediante emprego de
veículos especiais blindados, com a presença de, no mínimo, 4 (quatro) vigilantes especialmente habilitados,
dos quais um exercerá a função de vigilante-motorista.
§ 1º No serviço de escolta, previsto no inciso VIII ao caput do art. 5º, poderão ser utilizados veículos es-
peciais blindados, nas hipóteses definidas em regulamento.
§ 2º Além dos serviços correlatos estabelecidos em regulamento, as empresas autorizadas a prestar os
serviços de transporte de numerário, bens ou valores poderão:
I – transportar chave de cofre, documento, malote e outros bens de interesse do contratante;
II – realizar o suprimento e o recolhimento de numerário, bem como acompanhar o atendimento técni-
co de caixas eletrônicos e equipamentos similares, vedadas a preparação e a contagem de numerário no local
onde os equipamentos se encontram instalados; e
III – realizar a armazenagem, a custódia e o processamento do numerário e dos valores a serem transportados.
§ 3º É vedada a locomoção de veículos de transporte de numerário e de valores, entre as 19 (dezenove)
e as 7 (sete) horas, salvo em casos específicos previstos em regulamento.
§ 4º Os veículos especiais de transporte de numerário e de valores e de escolta armada são considera-
dos prestadores de serviços de utilidade pública, para fins da legislação de trânsito, gozando da prerrogativa
de livre parada ou estacionamento.
§ 5º Um dos 4 (quatro) vigilantes a que se refere o caput deverá portar sistema individualizado de
captura de som e imagem, de fabricação nacional:
I – com capacidade de visualização, gravação e transmissão de áudio, vídeo e localização geográfica; e
1024 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II – monitorado remotamente pelo respectivo prestador de serviço de segurança privada e com autono-
mia de funcionamento por toda jornada de trabalho.
§ 6º A obrigação prevista no § 5º poderá ser implantada gradativamente, atingindo-se, no mínimo,
os seguintes percentuais:
I – 25% (vinte e cinco por cento) da frota de veículos, em até 6 (seis) meses;
II – 50% (cinquenta por cento) da frota de veículos, em até 12 (doze) meses;
III – 75 % (setenta e cinco por cento) da frota de veículos, em até 18 (dezoito) meses; e
IV – 100% (cem por cento) da frota de veículos, em até 24 (vinte e quatro) meses.
§ 7º O regulamento disporá sobre as hipóteses de utilização, nas atividades descritas no caput, de veículo
com blindagem da cabine de guarnição, dotado de dispositivo de proteção dos vigilantes e de tecnologia de
proteção do numerário ou valores.
§ 8º No emprego dos veículos descritos no §7º, será obrigatória a presença de, no mínimo, dois
vigilantes, um dos quais na função de motorista.
§ 9º No malote a que se refere o inciso I ao §2º, deverá haver relação dos itens nele inseridos, conferida
e assinada por um dos vigilantes encarregados do seu transporte.
§ 10. A armazenagem prevista no inciso III ao § 2º não poderá, em hipótese alguma, exceder o
período de 72 (setenta e duas) horas.
Art. 7º A prestação de serviço de monitoramento de sistemas eletrônicos previsto no inciso VI ao caput
do art. 5º compreende:
I – a elaboração de projeto que integre equipamentos eletrônicos utilizados em serviços de segurança privada;
II – a locação, a comercialização, a instalação e a manutenção dos equipamentos referidos no inciso I; e
III – a assistência técnica para suporte à utilização dos equipamentos eletrônicos de segurança e a ins-
peção técnica dos mesmos.
§ 1º A inspeção técnica referida no inciso III ao caput consiste no deslocamento de profissional desar-
mado ao local de origem do sinal enviado pelo sistema eletrônico de segurança para verificação, registro e
comunicação do evento à central de monitoramento.
§ 2º As empresas que prestarem os serviços mencionados no caput poderão, se contratadas pela Ad-
ministração Pública conforme legislação pertinente, realizar o monitoramento de presos nos termos definidos
no art. 146-B, II e IV, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal.
Art. 8º A empresa de serviço de segurança privada contratada para prestação de serviços nos eventos
que, por sua magnitude e por sua complexidade, mereçam planejamento específico e detalhado, definidos em
regulamento, deverá apresentar projeto de segurança previamente à autoridade local competente.
Parágrafo único. O projeto de segurança a que se refere o caput deste artigo deverá conter, entre outras
exigências previstas em regulamento:
I – público estimado;
II – descrição da quantidade e da disposição dos vigilantes, conforme peculiaridades do evento; e
III – análise de risco, que considerará:

a) tipo de evento e público-alvo;


b) localização;
c) pontos de entrada, saída e circulação do público; e
d) dispositivos de segurança existentes.

Art. 9º Nos eventos realizados em estádios, ginásios e locais similares, poderá ser utilizado o serviço de
segurança privada, em complementação e com integração à atividade dos órgãos de segurança pública.
Art. 10. As empresas de segurança privada poderão prestar serviços ligados à atividade de bombeiro civil,
desenvolvida por profissionais capacitados, nos termos da Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, vedado o
exercício simultâneo das funções de vigilância e de prevenção e combate a incêndios pelo mesmo profissional.
Parágrafo único. O integrante dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, quan-
do na inatividade, será considerado habilitado a exercer a atividade de bombeiro civil, respeitados os requisitos
estabelecidos na Lei nº 11.901, de 2009, de modo especial, o contido em seu art. 4º quanto às classificações
das funções de bombeiro civil.
Art. 11. É vedada a utilização de produtos controlados de uso restrito na prestação de serviços de segurança
privada, salvo quando autorizada pelo Exército Brasileiro.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1025

CAPÍTULO III
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA

Seção I
Disposições Gerais
Art. 12. Para efeitos desta Lei, consideram-se prestadores de serviço de segurança privada as pessoas
jurídicas autorizadas a prestar os serviços previstos no art. 5º.
Art. 13. São prestadores de serviço de segurança privada:
I – as empresas de serviço de segurança privada, que prestam os serviços previstos nos incisos I, II, III, IV,
V, VII, VIII, IX e XI do art. 5º desta Lei;
II – as escolas de formação de profissional de segurança privada, que conduzem as atividades constantes
do inciso X do art. 5º desta Lei; e
III – as empresas de monitoramento de sistema eletrônico de segurança privada, que prestam os serviços
descritos no inciso VI do art. 5º desta Lei.
§1º É permitido às empresas constantes do inciso I ao caput o uso de sistemas eletrônicos de segu-
rança e monitoramento para a prestação dos serviços descritos no citado dispositivo.
§ 2º As empresas definidas nos incisos II e III ao caput não poderão oferecer os serviços descritos no
inciso I ao caput.
§ 3º A Polícia Federal classificará as empresas que prestarem exclusivamente os serviços descritos
no art. 5º, XII, em alguma das previsões dos incisos de I a III ao caput deste artigo.
§ 4º Os prestadores de serviço de segurança privada e as empresas possuidoras de serviços
orgânicos de segurança privada poderão utilizar animais para a execução de suas atividades, conforme
dispuser o regulamento.
Art. 14. O capital social mínimo integralizado e necessário para obtenção da autorização, em cada unidade
da Federação, para o desenvolvimento das atividades dos prestadores de serviço de segurança privada, será:
I – de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para as empresas de transporte de numerário, bens ou
valores, de R$ 200.00,00 (duzentos mil reais) para as empresas de gerenciamento de risco em operações de
transporte de numerário, bens ou valores e de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para as demais empresas
de serviço de segurança;
II – de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para as escolas de formação de profissionais de segurança; e
III – de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de
segurança privada.
§ 1º No caso de prestação simultânea de dois ou mais serviços constantes do art. 5º, deverá ser so-
mado ao mínimo previsto nos incisos ao caput R$ 100.000,00 (cem mil reais) por serviço adicional autorizado,
nos termos desta Lei.
§ 2º O valor referido na parte final do inciso I ao caput será reduzido a um quarto quando as empresas de
serviço de segurança privada que prestem exclusivamente os serviços de segurança patrimonial e de eventos,
previstos nos incisos I e II ao caput do art. 5º, atuarem sem utilização de arma de fogo.
§ 3º Os prestadores de serviço de segurança privada deverão comprovar a constituição de provisão fi-
nanceira ou reserva de capital, ou contratar seguro-garantia, para adimplemento das suas obrigações traba-
lhistas, tributárias, previdenciárias e oriundas de responsabilização civil.
§ 4º Os valores previstos neste artigo serão revisados periodicamente na forma de seu regulamento.
Art. 15. A autorização de funcionamento dos prestadores de serviço de segurança privada será renovada
periodicamente, na forma do inciso II ao caput do art. 43.
Art. 16. Para a prestação de serviços de segurança privada, os prestadores referidos no art. 13 emprega-
rão profissionais habilitados nos termos previstos nos incisos de I a VI ao caput do art. 27.
Art. 17. As armas empregadas na prestação de serviços de segurança privada serão de propriedade dos
prestadores de serviço de segurança privada e deverão ter:
I – cadastro obrigatório no Sistema Nacional de Armas – Sinarm, nos termos de legislação específica; e
II – registro e controle pela Polícia Federal.
Parágrafo único. No caso em que as armas e os produtos controlados de uso permitido tenham sido
adquiridos de outro prestador de serviço de segurança privada, a Polícia Federal poderá autorizar, durante a
tramitação do pedido de transferência de registro previsto no caput, o uso das armas e demais produtos até a
expedição do novo registro.
1026 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 18. A Polícia Federal deverá instituir sistema informatizado, com finalidade de promover o cadastra-
mento de prestadores de serviço de segurança privada, das empresas possuidoras dos serviços orgânicos de
segurança privada e dos profissionais de segurança privada.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre:
I – compartilhamento de dados e informações do sistema informatizado entre os órgãos de seguran-
ça pública da União, Estados e Distrito Federal, observado o sigilo legal e os níveis de acesso estabelecidos; e
II – procedimento de divulgação das informações para controle social.
Art. 19. A autorização para funcionamento dos prestadores de serviço de segurança privada e sua reno-
vação ficam condicionadas ao cumprimento dos seguintes requisitos:
I – comprovação de que os sócios ou proprietários não possuíram cotas de participação em empresas
prestadoras de serviço de segurança privada cujas atividades tenham sido canceladas nos últimos cinco anos,
em decorrência do disposto no inciso III ao caput do art. 50;
II – nos processos de renovação, comprovação do pagamento das multas aplicadas em decorrência do
descumprimento dos preceitos desta Lei;
III – certidões de regularidade fiscal, trabalhista, tributária e previdenciária, da empresa e de seus sócios
ou proprietários;
IV – comprovação da origem lícita do capital investido, quando houver indícios de irregularidades, nas
hipóteses definidas em regulamento;
V – apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais pela prática de crime doloso dos sócios
ou proprietários, administradores, diretores, gerentes e procuradores, obtidos na Justiça Federal, Estadual, Militar
da União e das Unidades da Federação, e Eleitoral, nos locais em que tenha residido nos últimos 05 (cinco) anos;
VI – apresentação de comprovante de quitação da contribuição sindical patronal e laboral; e
VII – capital social mínimo integralizado de acordo com o disposto no art. 14.
Seção II
Empresa de Serviços de Segurança Privada
Art. 20. Empresa de serviços de segurança é a pessoa jurídica, obrigatoriamente constituída na forma
de sociedade limitada ou anônima de capital fechado ou aberto com ações não negociáveis em bolsa, com o
fim de prestar os serviços previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e XII ao caput art. 5º desta Lei, além dos
serviços correlatos definidos em regulamento.
§ 1º A autorização prevista no art. 19, no que tange às Empresas de Serviços de Segurança, está condi-
cionada ao atendimento dos requisitos específicos de cada serviço, estabelecidos em regulamento, de modo
a garantir o controle estatal e a segurança e a eficiência do serviço, observados:
I – tipos de serviços de segurança privada realizadas pela mesma empresa;
II – adequação das instalações físicas, que considerará:
a) uso e acesso exclusivos ao estabelecimento;
b) local seguro para a guarda de armas e munições;
c) alarme e sistema de circuito interno e externo de imagens, com armazenamento em tempo real,
em ambiente protegido; e
d) vigilância patrimonial ininterrupta;
III – quantidade e especificações dos veículos utilizados na prestação dos serviços de segurança privada;
IV – quantidade mínima e qualificação dos profissionais de segurança para cada serviço;
V – natureza e quantidade das armas, munições e demais produtos controlados e equipamentos de uso permitido; e
VI – sistema de segurança das bases operacionais das empresas autorizadas a prestar o serviço de trans-
porte de numerário, bens ou valores.
Art. 21. Para a execução de suas atividades, a empresa de serviços de segurança poderá utilizar diferen-
tes tecnologias, observados os limites legais.
Seção III
Escola de Formação de Profissional de Segurança Privada
Art. 22. Escola de formação de profissional de segurança privada é a pessoa jurídica constituída para
prestar os serviços previstos no inciso X ao caput do art. 5º.
Art. 23. Em caráter excepcional, a escola de formação de profissional de segurança privada poderá reali-
zar atividade de ensino distinta das mencionadas no inciso X ao caput do art. 5º, desde que destinada ao apri-
moramento da segurança privada e autorizada pela Polícia Federal.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1027

Parágrafo único. A escola de que trata este artigo poderá ceder suas instalações para aplicação de testes
em atendimento às necessidades e às imposições do Sistema Nacional de Armas – Sinarm, com vistas ao cre-
denciamento de instrutores de tiro ou à comprovação técnica para aquisição e manuseio de armas de fogo,
na forma da legislação específica que trata do assunto.
Seção IV
Empresa de Monitoramento de Sistemas Eletrônicos de Segurança
Art. 24. Empresa de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança privada é aquela constituída
para prestar os serviços constantes do inciso VI ao caput do art. 5º, exceto quanto à comercialização isolada de
produtos relacionados a esses serviços.
Parágrafo único. As empresas referidas no caput poderão realizar o monitoramento remoto de quais-
quer estabelecimentos, especialmente dos locais definidos nos incisos II a V ao caput do art. 5º, sem prejuízo
da atuação das empresas de serviço de segurança.
CAPÍTULO IV
SERVIÇOS ORGÂNICOS DE SEGURANÇA PRIVADA

Seção I
Disposições gerais
Art. 25. Serviços orgânicos de segurança privada são aqueles organizados por pessoa jurídica ou con-
domínio edilício, de casas ou de apartamentos, para a realização de quaisquer dos serviços previstos no art.
5º, exceto o disposto no inciso X de seu caput, desde que em proveito próprio, para a segurança de seu patri-
mônio e de seu pessoal.
§ 1º Os serviços orgânicos de segurança privada serão instituídos no âmbito da própria empresa ou
condomínio e com a utilização de pessoal próprio, vedada a prestação de serviços de segurança a terceiros,
pessoa natural ou jurídica.
§ 2º Aplica-se às empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada o disposto nos art. 15,
16, 17 e 19, I a VI.
§ 3º Para o exercício de suas atividades, o prestador de serviços orgânicos de segurança privada poderá utilizar:
I – de armas de fogo e de armas de menor potencial ofensivo, de sua propriedade, na forma regulada
pelos §§ 1º, 2º e 3º do art. 5º; e
II – da tecnologia disponível, inclusive de equipamentos eletrônicos de monitoramento, observados li-
mites legais.
Seção II
Serviço Orgânico de Segurança Privada de Pequeno Porte
Art. 26. O serviço orgânico de segurança privada será de pequeno porte quando contar com um pos-
to de serviço ocupado, em turnos alternados, por até 3 (três) vigilantes profissionais referidos no inciso III do
caput do art. 27.
§ 1º É vedada a utilização de arma de fogo no âmbito do serviço orgânico de pequeno porte, constituído
exclusivamente para o serviço de vigilância patrimonial, referida no inciso I do caput do art. 5º.
§ 2º O serviço orgânico de pequeno porte, sem prejuízo das demais obrigações previstas em lei:
I – poderá ser instituído por pessoa física ou jurídica;
II – não dependerá de autorização específica;
III – deverá estar cadastrado na Polícia Federal; e
IV – estará dispensado do pagamento de taxas.
§ 3º O serviço de segurança privada prestado nos temos deste artigo não é considerado serviço doméstico.
CAPÍTULO V
DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 27. Para a prestação dos diversos serviços de segurança privada previstos nesta Lei, consideram-se
profissionais de segurança privada:
I – gestor de segurança privada, profissional especializado, de nível superior, responsável pela:
a) análise de riscos e definição e integração dos recursos físicos, humanos, técnicos e organizacionais
a serem utilizados na mitigação de riscos;
1028 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

b) elaboração dos projetos para a implementação das estratégias de proteção; e


c) realização de auditorias de segurança em organizações públicas e privadas.
II – vigilante supervisor, profissional habilitado encarregado do controle operacional dos serviços pres-
tados pelas empresas de serviços de segurança;
III – vigilante, profissional habilitado responsável pela execução:
a) dos serviços de segurança privada previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII e IX ao caput do art. 5º
e, na forma do regulamento, no inciso XI do mencionado artigo; e
b) da segurança física de pessoas e do patrimônio de estabelecimento de qualquer porte, sendo
encarregado de observar, inspecionar e fiscalizar suas dependências, controlar o fluxo de pessoas e
gerenciar o público em eventos em que estiver atuando;
IV – supervisor de monitoramento de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarre-
gado do controle operacional dos serviços de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança; e
V – técnico externo de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarregado de prestar
os serviços de inspeção técnica decorrente dos sinais emitidos pelos equipamentos das empresas de sistemas
eletrônicos de segurança, mencionadas no inciso VI ao caput do art. 5º, vedados, em qualquer situação, o porte
de arma de fogo, a intervenção direta na ocorrência delituosa e a realização de revistas pessoais;
VI – operador de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarregado de realizar o mo-
nitoramento de sistemas de alarme, vídeo, raios-x, scanners e outros equipamentos definidos em regulamento,
vedados, em qualquer situação, o porte de arma de fogo e a realização de revistas pessoais.
§ 1º As atividades descritas no inciso I ao caput não abrangem a elaboração de projeto técnico executivo cuja
implementação compreenda atividades desenvolvidas por categoria profissional ou regulamentação específica.
§ 2º Aos vigilantes referidos no inciso III ao caput será exigido o cumprimento de carga horária míni-
ma de duzentas horas para os cursos de formação e de cinquenta horas para os cursos de aperfeiçoamento e
atualização.
Art. 28. O documento de identificação de gestor de segurança, vigilante supervisor e vigilante, de padrão
único, será de uso obrigatório quando em serviço.
Art. 29. São requisitos para o exercício da atividade de vigilante e de vigilante supervisor:
I – ser brasileiro, nato ou naturalizado;
II – ter idade mínima de vinte e um anos;
III – ter sido considerado apto em exame de saúde física, mental e psicológica;
IV – ter concluído com aproveitamento o curso de formação específico;
V – não possuir antecedentes criminais registrados na Justiça pela prática de crimes dolosos e não estar
no curso do cumprimento da pena e enquanto não obtida a reabilitação, nos termos dos art. 93 e 94 do De-
creto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal; e
VI – estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
§ 1º São requisitos específicos para o exercício da atividade de vigilante:
I – ter concluído todas as etapas do ensino fundamental; e
II – estar contratado por empresa de serviços de segurança, por empresa possuidora de serviços orgâ-
nicos de segurança privada.
§ 2º São requisitos específicos para o exercício da atividade de vigilante supervisor:
I – ter concluído o ensino médio; e
II – estar contratado por empresa de serviços de segurança ou empresa possuidora de serviços orgâni-
cos de segurança privada.
§ 3º São requisitos específicos para exercício atividades de supervisor de monitoramento, técnico exter-
no e operador de sistema eletrônico de segurança, além dos incisos IV e V ao caput:
I – ter idade mínima de dezoito anos;
II – ter sido considerado apto em exame de saúde mental e psicológica;
III – ter concluído todas as etapas do ensino médio; e
IV – estar contratado por prestador de serviço de segurança privada ou serviço orgânico de segurança privada.
§ 4º Para matrícula nas escolas de formação não será exigida a contratação por prestador de serviços
de segurança privada.
§ 5º O curso de formação habilita o vigilante para a prestação do serviço de vigilância.
§ 6º Os cursos de aperfeiçoamento habilitam o vigilante para a execução dos demais serviços e funções,
conforme definido em regulamento.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1029

§ 7º Não será exigida a conclusão do ensino fundamental ou do médio prevista nos incisos dos §§ 1º e
2º deste artigo em relação aos profissionais que já tiverem concluído, com aproveitamento, o respectivo curso
de formação ou de aperfeiçoamento, quando da entrada em vigor desta Lei.
§ 8º Os egressos do Serviço Militar e os integrantes dos órgãos de segurança pública previstos no art.
144 da Constituição Federal não serão submetidos a curso de formação para exercerem, durante a inatividade
ou a aposentaria, a prestação de serviço de vigilância, devendo realizar módulos complementares específicos
conforme regulamento.
Art. 30. São direitos do vigilante supervisor e do vigilante:
I – atualização profissional;
II – uniforme especial, regulado e devidamente autorizado pela Polícia Federal;
III – porte de arma de fogo, quando em efetivo serviço, nos termos desta Lei e da legislação específica
sobre controle de armas de fogo;
IV – materiais e equipamentos de proteção individual e para o trabalho, em perfeito estado de funcio-
namento e conservação;
V – seguro de vida em grupo;
VI – assistência jurídica por ato decorrente do serviço;
VII – serviço autônomo de aprendizagem e de assistência social, conforme regulamento;
VIII – piso salarial fixado em acordos e convenções coletivas; e
§ 1º Os direitos previstos no caput deverão ser providenciados às expensas do empregador.
§ 2º O armamento, munição, coletes de proteção balística e outros equipamentos, de uso permitido, uti-
lizados pelos profissionais referidos no caput, terão suas especificações técnicas definidas pela Polícia Federal.
§ 3º Ao técnico externo, ao operador e ao supervisor de sistema eletrônico de segurança são assegurados,
quando em serviço ou em decorrência deste, e às expensas do empregador, os direitos previstos nos incisos I,
II, IV, VI, VII e VIII ao caput deste artigo.
§ 4º A jornada de trabalho dos profissionais de segurança privada poderá, nos termos de acordos e
convenções coletivas, ser estabelecida em 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas de descanso.
§ 5º Para os efeitos do disposto no art. 429 do Decreto-lei 5.452 de 1º de maio de 1943 (Consolidação
das Leis do Trabalho) e no art. 93 da Lei 8.213 de 18 de outubro de 1991, naquilo que tange aos prestadores
de serviço de segurança privada, será utilizado como base de cálculo o número de funcionários da
empresa, excluídos os vigilantes mencionados no inciso III ao caput do art. 27 e aqueles profissionais que
exerçam atividades perigosas e insalubres.
Art. 31. São deveres dos profissionais de segurança privada:
I – respeitar a dignidade e a diversidade da pessoa humana;
II – exercer suas atividades com probidade, desenvoltura e urbanidade;
III – comunicar ao seu chefe imediato quaisquer incidentes ocorridos durante o serviço, assim como
quaisquer irregularidades ou deficiências relativas ao equipamento ou material que utiliza;
IV – utilizar corretamente o uniforme aprovado e portar identificação profissional, crachá identificador
e demais equipamentos para o exercício da profissão;
V – manter-se adstrito ao local sob vigilância, observadas as peculiaridades dos serviços de segurança
privada definidos no art. 5º e as de vigilante supervisor; e
VI – manter o sigilo profissional, ressalvado o compromisso com a denúncia de ação delituosa.
§ 1º Os profissionais de segurança privada deverão prestar seus serviços devidamente uniformizados,
ressalvadas as hipóteses previstas em regulamento.
§ 2º Os deveres previstos neste artigo não eximem o empregador da obrigação de fiscalizar seu correto
cumprimento.
CAPÍTULO VI
DA SEGURANÇA PRIVADA EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Art. 32. O funcionamento de dependências de instituições financeiras onde haja, simultaneamente,
atendimento ao público e guarda ou movimentação de numerário ou valores, fica condicionado à aprovação
do respectivo plano de segurança pela Polícia Federal, a quem compete proceder à investigação dos crimes
cometidos contra as instituições de que trata o parágrafo único deste artigo, que atuem em âmbito interesta-
dual ou internacional.
Parágrafo único. Os estabelecimentos de instituições financeiras referidos nesta Lei compreendem ban-
cos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências e
postos de atendimento, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências,
1030 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

considerando-se essenciais os serviços por eles prestados para efeitos da Lei nº 7.783, de 28 junho de 1989,
bem como os inerentes à sua consecução.
Art. 33. Aplicam-se à segurança das instituições financeiras e ao transporte de numerário ou de valores a
elas destinados os procedimentos específicos estabelecidos pela Polícia Federal, nos limites do disposto nesta
Lei e em sua regulamentação.
Art. 34. A adequação dos itens de segurança nas dependências de instituições financeiras, nos termos
desta Lei e de seu regulamento, será fiscalizada pela Polícia Federal.
§ 1º Nas agências bancárias, o sistema de segurança deverá possuir:
I – instalações físicas adequadas;
II – dois vigilantes, no mínimo, com o uso de arma de fogo ou arma de menor potencial ofensivo, dota-
dos de coletes balísticos, durante os horários de atendimento ao público;
III – alarme interligado entre o estabelecimento financeiro e outra unidade da instituição, empresa de
serviços de segurança, empresa de sistema eletrônico de segurança ou órgão policial;
IV – cofre com dispositivo temporizador;
V – sistemas de circuito interno e externo de imagens, com armazenamento em tempo real, por, no mí-
nimo, 60 (sessenta) dias, em ambiente protegido;
VI – artefatos, mecanismos ou procedimentos que garantam a privacidade das operações nos guichês
dos caixas, nas capitais dos Estados e nas cidades com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
VII – procedimento de segurança para a abertura do estabelecimento financeiro e dos cofres, permitida
a abertura e fechamento por acionamento remoto;
VIII – porta de segurança com detector de metais ou tecnologia equivalente;
IX – porta da tesouraria, nas agências em que ela existir, com sistema de abertura condicionada a iden-
tificação biométrica; e
X – nas agências definidas na parte final do § 6º deste artigo, sistema compartilhado de alarme e de
monitoramento de segurança, por rede TCP/IP, “LAN” ou “WAN”, que deverá permitir:
a) integração, entrada e saída, com outros sistemas por contato seco;
b) telefonia; e
c) saída de áudio.
§ 2º Os postos de atendimento bancário, onde haja atendimento ao público e guarda ou movimenta-
ção de numerário ou valores, deverão possuir, no mínimo, um vigilante, que portará arma de fogo ou arma de
menor potencial ofensivo, sistema de circuito interno de imagens, com armazenamento em tempo real, por,
no mínimo 60 (sessenta) dias, em ambiente protegido observados os requisitos previstos nos incisos I, III e IV
do § 1º deste artigo.
§ 3º A Polícia Federal poderá autorizar a redução dos dispositivos de segurança previstos no § 1º:
I – se a edificação em que estiverem instaladas as instituições financeiras possuir estrutura de segurança
que inclua, ao menos, um dos dispositivos previstos no § 1º; e
II – com base no número de habitantes e nos índices oficiais de criminalidade do local, conforme regulamento.
§ 4º As salas de autoatendimento externo não contíguas às instituições financeiras deverão possuir
alarme interligado entre o estabelecimento financeiro e outra unidade da instituição, empresa de serviços de
segurança, empresa de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança ou órgão policial e sistema de
circuito interno de imagens, com armazenamento em tempo real, em ambiente protegido.
§ 5º As exigências constantes dos incisos VI e VIII do § 1º poderão ser dispensadas nas agências insta-
ladas em edificações tombadas, desde que incompatíveis com a legislação específica ou na hipótese de im-
possibilidade estrutural de instalação dos equipamentos, comprovada mediante laudo técnico fornecido por
engenheiro habilitado.
§ 6º O uso do sistema descrito no art. 6º, § 5º, I, a ser implantado nos mesmos prazos e percentuais
descritos nos incisos do art. 6º, § 6º, será obrigatório, em relação a um dos profissionais empregados
na segurança, nas agências das capitais dos Estados e das cidades com mais de 1.000.000,00 (um milhão de
habitantes) que contem com 3 (três) ou mais postos de vigilância.
§ 7º As instituições financeiras deverão manter, pelo menos, uma central de monitoramento de
segurança no território nacional.
§ 8º As exigências previstas nos incisos de I a III ao §1º terão caráter obrigatório já a partir da
entrada em vigor desta Lei.
§ 9º As exigências previstas nos incisos de IV a X ao §1º poderão ser implantadas pelas instituições
financeiras de maneira gradativa, atingindo-se, no mínimo, os seguintes percentuais:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1031

I – 25% (vinte e cinco por cento) das agências bancárias, em até 12 (doze) meses;
II – 50% (cinquenta por cento) das agências bancárias, em até 24 (vinte e quatro) meses;
III – 75 % (setenta e cinco por cento) das agências bancárias, em até 36 (trinta e seis) meses; e
IV – 100% (cem por cento) das agências bancárias, em até 48 (quarenta e oito) meses.
Art. 35. O plano de segurança a que se refere o art. 32 deverá descrever todos os elementos do sistema
de segurança, abranger toda a área do estabelecimento e conter:
I – descrição da quantidade e disposição dos vigilantes, conforme peculiaridades do estabelecimento;
II – descrição da localização e das instalações do estabelecimento;
III – planta baixa de toda a área do estabelecimento, que indique pontos de acesso de pessoas e veícu-
los especiais, locais de guarda de numerário, valores e armas, além da localização dos vigilantes e de todos os
dispositivos de segurança empregados nas dependências do estabelecimento;
IV – comprovante de autorização para a instituição de serviço orgânico de segurança ou de contrato com
prestadores de serviço de segurança privada; e
V – projetos de construção, instalação e manutenção dos sistemas de alarme.
§ 1º A Polícia Federal poderá disciplinar em ato normativo próprio a inclusão de informações adicionais
no plano de segurança.
§ 2º O acesso ao plano de segurança e aos documentos que o integram será restrito ao órgão de fisca-
lização e às pessoas autorizadas pela instituição financeira.
Art. 36. A edição de normas relativas à segurança das instituições financeiras deverá ser precedida de
análise técnica que, a critério da Polícia Federal, resulte na sua efetividade.
Art. 37. O transporte, a guarda e o manuseio de numerário ou valores, inclusive o intermodal, realiza-
do para suprimento e coleta de instituições financeiras, serão feitos por empresas de serviços de segurança
autorizadas a realizar o serviço de transporte de numerário ou valores ou por serviço orgânico de segurança,
observado o disposto em regulamento.
Parágrafo único. Nas regiões em que for comprovada, perante a Polícia Federal, a impossibilidade ou a
inviabilidade do uso de veículos especiais blindados terrestres para o transporte de numerário, bens ou valo-
res, esse transporte poderá ser feito por via aérea, marítima, fluvial ou com a utilização dos meios possíveis e
adequados, observadas normas específicas com aplicabilidade em cada caso e condicionado a elementos mí-
nimos de segurança dos meios empregados e à presença de vigilantes especialmente habilitados, conforme
regulamento.
Art. 38. É vedada aos empregados da instituição financeira a execução de transporte de numerário ou
valores.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos integrantes do serviço orgânico de segurança
autorizado a realizar atividade dessa natureza.
Art. 39. É permitida a guarda de chaves de cofres e das dependências de instituições financeiras nas
instalações de empresas de serviços de segurança.
Art. 40. O uso de tecnologias de inutilização do numerário e de outros dispositivos antifurtos, emprega-
dos nos sistemas de segurança, será disciplinado pela Polícia Federal, ouvido, sempre que necessário, o Banco
Central do Brasil.
CAPÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
Art. 41. O Ministério da Justiça poderá instituir um Conselho Nacional de Segurança Privada – CNASP,
de caráter consultivo, vinculado ao Ministério da Justiça, e composição de membros do governo, classe em-
presarial e classe laboral, conforme dispuser o regulamento e seu regimento interno, destinado a assessorar o
Ministro da Justiça em assuntos de segurança privada e a elaborar políticas para o setor.
Art. 42. São atribuições do Conselho Nacional de Segurança Privada, entre outras:
I – estudar e propor soluções para o aprimoramento do controle e da fiscalização dos serviços de segu-
rança privada, da segurança das instituições financeiras e do transporte de numerário ou valores destinados
às instituições financeiras;
II – manifestar-se sobre:
a) as propostas de análises técnicas previstas no art. 36, encaminhadas pela Polícia Federal; e
b) normas gerais referentes aos processos administrativos instaurados com base nesta Lei.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre a organização, a composição e o funcionamento do Con-
selho Nacional de Segurança Privada, que será presidido por representante da Polícia Federal.
1032 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 43. No âmbito da segurança privada, compete à Polícia Federal:


I – conceder autorização de funcionamento aos prestadores de serviço de segurança privada e aos ser-
viços orgânicos de segurança privada;
II – renovar a autorização referida no inciso I:
a) a cada dois anos, das empresas de serviços de segurança, das escolas de formação de profissio-
nais de segurança privada e das empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada; e
b) a cada cinco anos, das empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança;
III – exercer as atividades de controle e fiscalização dos prestadores de serviço de segurança privada,
dos serviços orgânicos de segurança privada e dos sistemas de segurança das dependências de instituições
financeiras, apurar responsabilidades e aplicar as sanções administrativas cabíveis;
IV – estabelecer procedimentos específicos para a prestação dos serviços de segurança privada;
V – reprimir as atividades ilegais ou clandestinas de segurança privada, sem prejuízo do auxílio das po-
lícias dos Estados e do Distrito Federal;
VI – estabelecer condições e requisitos específicos para utilização dos sistemas de comunicação, dos sis-
temas de alarme e de instrumentos congêneres;
VII – autorizar a aquisição, utilização, custódia, alienação e destruição de armas, munições e demais
equipamentos utilizados para a prestação dos serviços de segurança privada, na forma estabelecida em regu-
lamento e em consonância com a legislação específica em vigor que trata do controle de armas de fogo e de
munições no País;
VIII – aprovar e renovar, a cada dois anos, os Planos de Segurança de dependências de instituições finan-
ceiras, sendo obrigatória ao menos uma vistoria anual;
IX – aprovar os modelos de uniformes adotados pelos prestadores de serviço de segurança privada;
X – autorizar o porte, o transporte e a transferência de armas, munições e demais produtos de uso con-
trolado, e seu uso provisório, pelas empresas prestadoras de serviços de segurança privada e pelos serviços
orgânicos de segurança privada;
XI – aprovar previamente os atos constitutivos das empresas que prestem os serviços constantes do art.
5º, nos termos do regulamento;
XII – cadastrar os profissionais de segurança privada;
XIII – fixar o currículo mínimo dos cursos de formação, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais
de segurança privada que contemple conteúdos programáticos baseados em princípios éticos, técnicos e le-
gais, e preveja, entre outros, conteúdos sobre:
a) uso progressivo da força e de armamento;
b) noções básicas de direitos humanos; e
c) preservação da vida e da integridade física dos indivíduos;
XIV – definir os requisitos técnicos e os equipamentos básicos para utilização de veículos de transporte de
numerário, bens e valores e de escolta armada e suas guarnições, no sistema de comunicação e outros meios de
guarda, escolta e transporte de numerário, bens ou valores, sem prejuízo das atribuições dos órgãos de trânsito;
XV – fixar critérios para a definição da quantidade mínima de veículos e de profissionais de segurança
privada dos prestadores de serviço de segurança privada e dos serviços orgânicos de segurança privada;
XVI – fixar critérios para a definição da quantidade de armas, munições, coletes de proteção balística e
demais produtos controlados de uso permitido pelos prestadores de serviço de segurança privada e dos ser-
viços orgânicos de segurança privada;
XVII – expedir documento nacional de identificação dos profissionais de segurança privada e efetuar sua
cassação nos casos previstos na legislação;
XVIII – definir as informações sobre ocorrências e sinistros que devem ser enviadas à instituição pelos
profissionais, prestadores de serviço de segurança privada, serviços orgânicos de segurança privada, institui-
ções financeiras e tomadores desses serviços; e
XIX – aprovar a utilização dos dispositivos de segurança empregados na prestação de serviço descrita
no inciso VII ao art. 5º.
§ 1º Concedida a autorização a que se refere o inciso I caput, o prestador de serviço de segurança
privada ou a empresa possuidora de serviço orgânico de segurança privada deve comunicar o início de suas
atividades à Secretaria de Segurança Pública, ou congênere, do respectivo Estado ou do Distrito Federal, num
prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1033

§ 2º Os atos de renovação previstos nos incisos II e VIII ao caput dependem da comprovação do paga-
mento das penalidades pecuniárias decorrentes da aplicação desta Lei.
§ 3º Para o exercício do controle e da fiscalização da atividade de segurança privada, a Polícia Federal
terá acesso aos postos de serviços contratados, exceto quando situados no interior de residências.
§ 4º A vistoria dos prestadores de serviço de segurança privada e das empresas possuidoras de serviço or-
gânico de segurança privada deverá ser realizada pela Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento.
§ 5º Os pedidos de autorização ou de renovação a que se referem os incisos I, II e VIII ao caput de-
verão ser solucionados em até 30 (trinta) dias da entrada da documentação pelo interessado, após o que os
respectivos documentos de protocolo servirão como autorização ou renovação temporária e precária para o
exercício da atividade solicitada ou a prestação do serviço requerido, tendo validade até a manifestação defi-
nitiva do órgão competente.
Art. 44. As empresas de serviços de segurança privada e as escolas de formação de profissionais de se-
gurança privada deverão informar à Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento, relação de em-
pregados, armas e demais produtos controlados, veículos e contratos, entre outras informações indispensáveis
à prestação e aprimoramento dos serviços.
§ 1º As empresas que se utilizem de serviços orgânicos de segurança deverão informar, na forma prevista
no caput, relação dos empregados envolvidos na prestação de serviços de segurança privada, das armas, dos
veículos e demais produtos controlados, entre outras informações indispensáveis à prestação e ao aprimora-
mento dos serviços.
§ 2º As empresas que prestarem os serviços de transporte de que trata o inciso VII ao caput art. 5º man-
terão registro diário de todas as operações realizadas, com a identificação dos contratantes, para fornecimento
às autoridades competentes do referido sistema, na forma do regulamento.
Art. 45. As empresas autorizadas a prestarem os serviços de monitoramento mencionados no inciso VI
ao caput do art. 5º informarão à Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento, a relação dos téc-
nicos responsáveis pela instalação, rastreamento, monitoramento e assistência técnica, e outras informações
de interesse, nos termos do regulamento, referentes à sua atuação.
Art. 46. Os contratantes de prestadores de serviço de segurança privada informarão à Polícia Federal,
quando por este requeridos, os dados não financeiros referentes aos respectivos contratos firmados.
Art. 47. As instituições financeiras, os prestadores de serviço de segurança, as empresas possuidoras dos
serviços orgânicos de segurança privada e os profissionais de segurança privada têm o dever de:
I – informar à Polícia Federal os dados não financeiros referentes aos serviços de segurança privada pres-
tados ou autorizados, ao sistema de segurança empreendido e as ocorrências e sinistros acontecidos no âmbito
de suas atividades com relação à segurança privada nos termos desta Lei e de seu regulamento; e
II – apresentar ao referido órgão documentos e outros dados solicitados no interesse do controle e da
fiscalização.
Art. 48. A Polícia Federal, ouvido o Conselho a que se refere o art. 41, poderá disciplinar as condições
para alteração temporária dos itens do sistema de segurança constantes dos incisos do § 1º ao art. 34, em
situações de emergência, de calamidade pública ou em outras hipóteses que ensejem a adoção de medidas
excepcionais de segurança com caráter transitório.
Parágrafo único. Se decorridas 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir da comunicação ao Conselho
a que se refere o art. 41, este não se manifestar, caberá à Polícia Federal exercer, de imediato, a atribuição des-
crita no caput.
CAPÍTULO VIII
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 49. Compete à Polícia Federal aplicar penalidades administrativas por infração aos dispositivos desta Lei.
Art. 50. As penalidades administrativas aplicáveis aos prestadores de serviço de segurança privada e às
empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, conforme a conduta do infrator, a gravida-
de e as consequências da infração e a reincidência, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais); ou
III – cancelamento da autorização para funcionamento.
§ 1º A multa pode ser aumentada até o triplo se:
I – ineficaz em virtude da situação econômica do infrator, embora considerada em seu valor máximo; ou
II – a conduta do infrator envolver preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras for-
mas de discriminação.
1034 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 2º Às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que contratarem serviços de segurança
privada em desconformidade com os preceitos desta Lei poderão ser impostas as penas previstas neste artigo.
Art. 51. As penalidades aplicáveis às instituições financeiras, conforme a conduta do infrator, a gravidade
e as consequências da infração e a reincidência, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa de:
a) R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para as instituições financeiras; e
b) R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) para as cooperativas singulares de crédito; e
III – interdição do estabelecimento.
§ 1º A multa pode ser aumentada até o triplo se a conduta do infrator envolver preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
§ 2º A reincidência para as instituições financeiras caracteriza-se de forma individualizada para cada uma
de suas dependências.
§ 3º O funcionamento de dependência de instituição financeira sem plano de segurança ou sem a ob-
servância das medidas e procedimentos constantes do plano de segurança aprovado será objeto de notifi-
cação pela Polícia Federal que vise à correção das irregularidades no prazo de 10 (dez) dias úteis e sujeitará a
instituição infratora à aplicação da punição referida no inciso I ao caput.
§ 4º Findo o prazo a que se refere o § 3º, sem que as correções apontadas sejam efetuadas, a instituição
infratora estará sujeita às penalidades previstas no inciso II ao caput, após o julgamento previsto no art. 57, em
que se possibilitará ampla defesa e contraditório.
§ 5º Se, aplicada a punição na forma do § 4º, a instituição financeira infratora não houver efetuado
as correções apontadas em novo prazo de 10 (dez) dias úteis contados a partir da publicação da punição,
a pena de multa poderá ser aplicada em até o dobro do valor máximo previsto no inciso II ao caput, sem
prejuízo da aplicação simultânea da penalidade prevista no inciso III ao caput.
§ 6º Os bancos públicos poderão solicitar a prorrogação do prazo previsto no § 3º para até 90 (noventa)
dias, caso a correção das irregularidades dependa de processo licitatório.
§ 6º O ato que instituiu a interdição aplicada na forma do inciso III ao caput deste artigo será revogado pela
Polícia Federal imediatamente após a verificação da correção das irregularidades por parte da instituição financeira.
Art. 52. A Polícia Federal aplicará a multa prevista no inciso II ao caput do art. 51 às pessoas físicas ou
jurídicas de direito público ou privado que organizarem, oferecerem ou contratarem serviço de segurança pri-
vada com inobservância do disposto nesta Lei, sem prejuízo da cessação imediata da prestação de serviço de
segurança privada e das sanções civis, penais e administrativas cabíveis.
§ 1º A multa poderá ser aumentada em até o triplo se considerada ineficaz em virtude da condição eco-
nômica do infrator, embora aplicada no seu valor máximo.
§ 2º No caso de constatação de prestação de serviço de segurança não autorizado, a Polícia Federal determi-
nará, de imediato, o encerramento da segurança no local, e encaminhará as demais providências que o caso requer.
§ 3º Os materiais utilizados na prestação de serviços de segurança privada não autorizados serão apreen-
didos e, depois de encerrado o respectivo procedimento administrativo, destruídos pela autoridade competente,
ressalvada a destinação prevista em Lei específica para determinados bens ou equipamentos de uso controlado.
Art. 53. A Polícia Federal poderá celebrar termo de compromisso de conduta com os prestadores de
serviço de segurança privada, empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada e instituições
financeiras, conforme regulamento.
§ 1º Do termo de compromisso deverão constar:
I – a especificação das obrigações do representado para fazer cessar a prática irregular investigada e
seus efeitos lesivos; e
II – os valores das multas aplicáveis pelo descumprimento, total ou parcial, das obrigações compromissadas.
§ 2º A celebração do termo de compromisso poderá ocorrer até o julgamento do processo administrativo.
§ 3º O termo de compromisso constitui título executivo extrajudicial.
§ 4º Os processos administrativos ficarão suspensos enquanto estiver sendo cumprido o compromisso
e serão arquivados ao término do prazo fixado se atendidas todas as condições estabelecidas no termo.
§ 5º Declarado o descumprimento do compromisso, a Polícia Federal aplicará, de imediato, as sanções
cabíveis previstas nesta Lei e adotará as demais providências para o prosseguimento do processo administra-
tivo e a aplicação das demais medidas adequadas, inclusive, de cunho judicial.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1035

CAPÍTULO IX
DO CRIME
Art. 54. Organizar, prestar ou oferecer serviços de segurança privada, com a utilização de armas de fogo,
na qualidade de sócio ou proprietário, sem possuir autorização de funcionamento.
Pena – detenção de um a três anos e multa.
CAPÍTULO X
DAS TAXAS
Art. 55. Ficam instituídas taxas, nos termos do Anexo, para remuneração pela execução dos serviços de
fiscalização e controle federais, aplicáveis aos prestadores de serviço de segurança privada, às empresas pos-
suidoras de serviços orgânicos e às instituições financeiras.
Parágrafo único. Os prazos para o recolhimento das taxas constantes do Anexo serão definidos em ato
da Polícia Federal.
Art. 56. Os valores arrecadados com a cobrança das multas e das taxas previstas nesta Lei serão destinados
ao Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim do Departamento de Polícia Federal –
FUNAPOL, instituído pela Lei Complementar nº 89, de 18 de fevereiro de 1997, devendo ser utilizados, exclusi-
vamente, no combate aos crimes cometidos contra as instituições de que trata o art. 32 e na melhora da estru-
tura de fiscalização e de controle da prestação de serviços de segurança privada e das instituições financeiras.
Art. 57. O julgamento do auto de infração seguirá o rito estabelecido pela Polícia Federal, observados o
contraditório e a ampla defesa, e a cobrança do crédito decorrente da aplicação desta Lei seguirá o rito esta-
belecido pelo Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972.
Art. 58. Para a execução das competências constantes desta Lei, a Polícia Federal, por meio do Ministé-
rio da Justiça, poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança Pública, ou congêneres, dos Estados
e do Distrito Federal, ocasião em que poderá delegar a totalidade ou parte de suas atribuições relacionadas à
fiscalização e ao controle da prestação dos serviços de segurança privada, nos termos do regulamento.
§ 1º Havendo a celebração do convênio a que se refere o caput, a União destinará às referidas unida-
des da Federação parte dos valores arrecadados relativos às respectivas taxas e multas, vedada a subdelega-
ção, conforme regulamento.
§ 2º É vedada às unidades da Federação a instituição de taxas ou de multas visando ao cumprimento
das disposições desta Lei.
CAPÍTULO XI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 59. As regras de transição para o atendimento aos requisitos de escolaridade previstos no Capítulo
V serão definidas em regulamento.
Art. 60. A atividade de transporte internacional de numerário, bens ou valores será disciplinada em ato
conjunto dos Ministérios da Justiça, da Fazenda, da Defesa e das Relações Exteriores.
Art. 61. As armas, munições, petrechos e demais produtos de uso controlado, cujos empregos forem au-
torizados para a prestação dos serviços de segurança privada, quando penhorados, arrestados ou de qualquer
forma constritos judicialmente, somente poderão ser alienados e adjudicados a outros prestadores de serviço
de segurança privada.
Parágrafo único. A alienação e a adjudicação de que trata o caput dependerá de manifestação favorável
da Polícia Federal.
Art. 62. A junta comercial comunicará à Polícia Federal o registro de empresa que tenha como objeto
social a prestação de serviços de segurança privada, no prazo de quinze dias contados da data do registro.
Art. 63. O disposto nesta Lei não afasta direitos e garantias assegurados pela legislação trabalhista ou
em convenções ou acordos coletivos de igual natureza.
Art. 64. O disposto nesta Lei não se aplica ao transporte, guarda e movimentação do meio circulante na-
cional a cargo do Banco Central do Brasil.
Parágrafo único. Os prestadores de serviço de segurança privada contratados pelo Banco Central do Bra-
sil ficam obrigados ao cumprimento desta Lei.
Art. 65. Excetuados os casos expressamente regulados por esta Lei quanto a prazos específicos, os pres-
tadores de serviço de segurança privada, as empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada,
as instituições financeiras terão o limite máximo de 3 (três) anos, contados da publicação desta Lei, para reali-
zarem as adequações dela decorrentes.
1036 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 66. Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos financeiros, apólice
de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto qualificado de numerário e outros valores,
sem comprovação de cumprimento, pelo segurado, das exigências previstas nesta Lei.
Parágrafo único. As apólices com infringência do disposto neste artigo não terão cobertura de ressegu-
ros pelo Instituto de Resseguros do Brasil.
Art. 67. Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão concedidos
descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança previs-
tos nesta Lei, outros meios de proteção, na forma do regulamento.
Art. 68. Esta Lei não se aplica à segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita efetivadas
na área restrita de segurança.
Art. 69. No transporte dos produtos controlados referidos no Decreto no 24.602, de 6 de julho de 1934, de
modo especial, de pólvoras, explosivos e artigos pirotécnicos, em carregamentos superiores a 50 (cinquenta)
quilogramas, é obrigatório o emprego de veículos dotados de sistema de rastreamento e de monitoramento
permanentes, além de escolta armada.
Art. 70. A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos profissionais de segurança privada dos prestadores de serviços
de segurança privada e das empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, consti-
tuídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, so-
mente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observarem as condições de uso e de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de
porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
....................................................................................................................................................................................................
Art. 23. .....................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
§ 4º As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV ao caput do
art. 6º e no seu § 7º, e as escolas de formação de profissionais de segurança privada poderão adquirir
insumos e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades,
mediante autorização concedida nos termos do regulamento.
...........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 71. O inciso IV ao art. 1º da Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º ......................................................................................................................................................................................
....................................................................................................................................................................................................
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens, valores e produtos controlados a que se
refere o Decreto no 24.602, de 6 de julho de 1934, de modo especial, pólvoras, explosivos e artigos
pirotécnicos, transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da
atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação.
.............................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 72. O inciso I ao art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 8º ...................................................................................................................................................................................
I – as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6o, 8o e 9o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de 1998
(parágrafos introduzidos pela Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001), e na Lei que
institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras;
...........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 73. Revoga-se a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983; a Lei nº 8.863, de 28 de março de 1994; o art.
7º da Lei nº 11.718, de 20 de junho de 2008; os art. 14 a 16 e 20 da Lei nº 9.017, de 30 de março de 1995; e o art.
14 da Medida Provisória nº 2.184-23, de 24 de agosto de 2001.
Art. 74. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua entrada
em vigor.
Art. 75. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, de de 2014. – Deputado Wellington Roberto, Relator
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1037

ANEXO – TAXAS

REFORMULAÇÃO DE VOTO
No dia 16 de setembro de 2015, a Comissão Especial em epígrafe se reuniu para discutir e votar o parecer
deste Relator, que foi aprovado, por unanimidade, ressalvados os destaques.
Foram aprovados os destaques de nºs:
– 6, da Bancada do PMDB, em função do qual o art. 26 do Substitutivo apresentado foi suprimido; e
– 7, do Deputado Major Olímpio, em razão de que o §10 do art. 6º do Substitutivo apresentado foi
suprimido.
Em decorrência da aprovação desses destaques, por repercussão:
– foram renumerados os artigos do Substitutivos a partir do artigo suprimido;
– foram atualizadas as remissões subsequentes; e
– foi excluída a parte final do parágrafo único do art. 2º do Substitutivo, que perdera o sentido após
a supressão do art. 26, conforme se percebe da sua leitura: “ressalvadas as hipóteses de prestação
de serviço orgânico de pequeno porte, nos termos do art. 26 desta Lei”.
Em face do exposto, apresento o texto final do Substitutivo, com as alterações acima descritas.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Wellington Roberto, Relator
1038 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

2º SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 4.238, DE 2012


os.
(Apensados os Projetos de Lei n 1245, de 1995; 1334, de 1995; 1585, de 1996; 4057, de 1998; 404, de 1999;
453, de 1999; 628, de 1999; 1675, de 1999; 1786, de 1999; 3070, de 2000; 3413, de 2000; 5059, de 2001; 7320, de
2002; 1047, de 2003; 1306, de 2003; 3026, de 2004; 3341, de 2004; 3822, de 2004; 3970, de 2004; 4041, de 2004;
4305, de 2004; 4594, de 2004; 4997, de 2005; 5018, de 2005; 5695, de 2005; 6572, de 2006; 6582, de 2006; 6853,
de 2006; 7416, de 2006; 749, de 2007; 923, de 2007; 2773, de 2008; 3759, de 2008; 4092, de 2008; 4678, de 2009;
5101, de 2009; 5104, de 2009; 6025, de 2009; 6140, de 2009; 6510, de 2009; 5247, de 2009; 6728, de 2010; 6804,
de 2010; 7265, de 2010; 7282, de 2010; 7314, de 2010; 7478, de 2010; 7548, de 2010; 7592, de 2010; 7857, de
2010; 7882, de 2010; 381, de 2011; 458, de 2011; 543, de 2011; 752, de 2011; 832, de 2011; 1059, de 2011; 1195,
de 2011; 1292, de 2011; 1484, de 2011; 1497, de 2011; 1500, de 2011; 1679, de 2011; 1731, de 2011; 1733, de
2011; 1943, de 2011; 1980, de 2011; 2259, de 2011; 2456, de 2011; 2507, de 2011; 3094, de 2012; 3485, de 2012;
3555, de 2012; 4004, de 2012; 4165, de 2012; 4328, de 2012; 4732, de 2012; 4912, de 2012; 4974, de 2013; 4988,
de 2013; 5108, de 2013; 5213, de 2013; 5352, de 2013; 5373, de 2013; 5603, de 2013; 5845, de 2013; 6131, de
2013; 6200, de 2013; 6386, de 2013; 6747, de 2013; 6813, de 2013; 8052, de 2014; 504, de 2015; 590, de 2015;
624, de 2015; 764, de 2015; 1021, de 2015; 1091, de 2015; 2475, de 2015)

Institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras e dá ou-


tras providências.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, para
dispor sobre os serviços de segurança de caráter privado, exercidos por pessoas jurídicas e, excepcionalmente,
por pessoas físicas, em âmbito nacional e para estabelecer as regras gerais para a segurança das instituições
financeiras autorizadas a funcionar no País.
Parágrafo único. A segurança privada e a segurança das dependências das instituições financeiras são
matérias de interesse nacional.
CAPÍTULO II
DO SERVIÇO DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 2º Os serviços de segurança privada serão prestados por pessoas jurídicas especializadas ou por
meio das empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, com ou sem utilização de armas
de fogo e com o emprego de profissionais habilitados e de tecnologias e equipamentos de uso permitido.
Parágrafo único. É vedada a prestação de serviços de segurança privada de forma cooperada ou autônoma.
Art. 3º A prestação de serviços de segurança privada observará os princípios da dignidade da pessoa
humana, da proteção à vida e do interesse público e as disposições que regulam as relações de trabalho.
Parágrafo único. As pessoas físicas e jurídicas contratantes dos serviços de segurança privada regulados
por esta Lei não poderão adotar modelos de contratação, e tampouco definir critérios de concorrência e de
competição que prescindam da análise prévia da regularidade formal da empresa contratada.
Art. 4º A prestação de serviços de segurança privada depende de autorização prévia da Polícia Federal,
ao qual competem o controle e a fiscalização da atividade, nos termos do art. 42 e com possibilidade de ma-
nifestação ampla do órgão a que se refere o art. 40.
Art. 5º São considerados serviços de segurança privada, sem prejuízo das atribuições das Forças Arma-
das, dos órgãos de segurança pública e do sistema prisional:
I – vigilância patrimonial;
II – segurança de eventos em espaços comunais, de uso comum do povo;
III – segurança nos transportes coletivos terrestres, aquaviários e marítimos;
IV – segurança perimetral nas muralhas e guaritas de estabelecimentos prisionais;
V – segurança em unidades de conservação;
VI – monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança e rastreamento de numerário, bens e valores;
VII – execução do transporte de numerário, bens ou valores;
VIII – execução de escolta de numerário, bens ou valores;
IX – execução de segurança pessoal com a finalidade de preservar a integridade física de pessoas;
X – formação, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais de segurança privada;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1039

XI – gerenciamento de riscos em operações de transporte de numerário, bens ou valores; e


XII – outros serviços que se enquadrem nos preceitos desta Lei, na forma do regulamento.
§ 1º Os serviços descritos nos incisos I, IV, V, VII, VIII, IX e X ao caput poderão ser prestados com uti-
lização de armas de fogo, nas condições definidas em regulamento.
§ 2º Os serviços previstos no inciso XII ao caput, a depender de suas naturezas e características parti-
culares, poderão ser prestados com ou sem a utilização de armas de fogo de uso permitido, o que dependerá,
em qualquer caso, de autorização da Polícia Federal.
§ 3º Os serviços previstos nos incisos de I a X e o previsto no inciso XII ao caput poderão ser presta-
dos utilizando-se armas de menor potencial ofensivo, conforme regulamento.
§ 4º A prestação do serviço previsto no inciso I ao caput encerra a segurança exercida com a finalidade
de preservar a integridade do patrimônio de estabelecimentos públicos ou privados, bem como a preservação
da integridade física das pessoas que se encontrem nos locais a serem protegidos, além do controle de acesso
e permanência de pessoas e veículos em áreas públicas, desde que autorizado pelos órgãos competentes, ou
em áreas de uso privativo.
§ 5º A Polícia Federal, nas hipóteses por ele definidas, e a autoridade local competente deverão ser
informadas acerca da utilização de serviço de segurança privada nos locais mencionados no inciso II ao caput.
§ 6º Na prestação dos serviços previstos no inciso IV ao caput, que somente poderão ser conduzidos
se houver autorização para gestão do estabelecimento prisional pela iniciativa privada, são vedados aos pro-
fissionais de segurança privada:
I – o desempenho de atividades carcerárias referentes a ações ativas de restrição ou manutenção da res-
trição da liberdade dos detentos;
II – a condução de revista íntima;
III – a aplicação de medidas disciplinares e de contenções de rebeliões; e
IV – a realização de outras atividades exclusivas de Estado.
§ 7º A Polícia Federal poderá autorizar, respeitadas as normas de segurança específicas aplicáveis
a cada meio de transporte peculiar, o emprego de armas de fogo para a prestação dos serviços previstos
no inciso III ao caput.
§ 8º A atividade de segurança privada não exclui, impede ou embaraça as atividades dos órgãos
de segurança pública e das Forças Armadas.
Art. 6º O serviço de transporte previsto no inciso VII ao caput do art. 5º, sempre que envolver suprimen-
to ou recolhimento de numerário ou valores das instituições financeiras, será realizado mediante emprego de
veículos especiais blindados, com a presença de, no mínimo, 4 (quatro) vigilantes especialmente habilitados,
dos quais um exercerá a função de vigilante-motorista.
§ 1º No serviço de escolta, previsto no inciso VIII ao caput do art. 5º, poderão ser utilizados veículos es-
peciais blindados, nas hipóteses definidas em regulamento.
§ 2º Além dos serviços correlatos estabelecidos em regulamento, as empresas autorizadas a prestar os
serviços de transporte de numerário, bens ou valores poderão:
I – transportar chave de cofre, documento, malote e outros bens de interesse do contratante;
II – realizar o suprimento e o recolhimento de numerário, bem como acompanhar o atendimento técni-
co de caixas eletrônicos e equipamentos similares, vedadas a preparação e a contagem de numerário no local
onde os equipamentos se encontram instalados; e
III – realizar a armazenagem, a custódia e o processamento do numerário e dos valores a serem transportados.
§ 3º É vedada a locomoção de veículos de transporte de numerário e de valores, entre as 19 (dezenove)
e as 7 (sete) horas, salvo em casos específicos previstos em regulamento.
§ 4º Os veículos especiais de transporte de numerário e de valores e de escolta armada são considera-
dos prestadores de serviços de utilidade pública, para fins da legislação de trânsito, gozando da prerrogativa
de livre parada ou estacionamento.
§ 5º Um dos 4 (quatro) vigilantes a que se refere o caput deverá portar sistema individualizado de
captura de som e imagem, de fabricação nacional:
I – com capacidade de visualização, gravação e transmissão de áudio, vídeo e localização geográfica; e
II – monitorado remotamente pelo respectivo prestador de serviço de segurança privada e com autono-
mia de funcionamento por toda jornada de trabalho.
§ 6º A obrigação prevista no § 5º poderá ser implantada gradativamente, atingindo-se, no mínimo,
os seguintes percentuais:
I – 25% (vinte e cinco por cento) da frota de veículos, em até 6 (seis) meses;
II – 50% (cinquenta por cento) da frota de veículos, em até 12 (doze) meses;
1040 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – 75 % (setenta e cinco por cento) da frota de veículos, em até 18 (dezoito) meses; e
IV – 100% (cem por cento) da frota de veículos, em até 24 (vinte e quatro) meses.
§ 7º O regulamento disporá sobre as hipóteses de utilização, nas atividades descritas no caput, de veículo
com blindagem da cabine de guarnição, dotado de dispositivo de proteção dos vigilantes e de tecnologia de
proteção do numerário ou valores.
§ 8º No emprego dos veículos descritos no §7º, será obrigatória a presença de, no mínimo, dois
vigilantes, um dos quais na função de motorista.
§ 9º No malote a que se refere o inciso I ao §2º, deverá haver relação dos itens nele inseridos,
conferida e assinada por um dos vigilantes encarregados do seu transporte.
Art. 7º A prestação de serviço de monitoramento de sistemas eletrônicos previsto no inciso VI ao caput
do art. 5º compreende:
I – a elaboração de projeto que integre equipamentos eletrônicos utilizados em serviços de segurança privada;
II – a locação, a comercialização, a instalação e a manutenção dos equipamentos referidos no inciso I; e
III – a assistência técnica para suporte à utilização dos equipamentos eletrônicos de segurança e a ins-
peção técnica dos mesmos.
§ 1º A inspeção técnica referida no inciso III ao caput consiste no deslocamento de profissional desar-
mado ao local de origem do sinal enviado pelo sistema eletrônico de segurança para verificação, registro e
comunicação do evento à central de monitoramento.
§ 2º As empresas que prestarem os serviços mencionados no caput poderão, se contratadas pela Ad-
ministração Pública conforme legislação pertinente, realizar o monitoramento de presos nos termos definidos
no art. 146-B, II e IV, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal.
Art. 8º A empresa de serviço de segurança privada contratada para prestação de serviços nos eventos
que, por sua magnitude e por sua complexidade, mereçam planejamento específico e detalhado, definidos em
regulamento, deverá apresentar projeto de segurança previamente à autoridade local competente.
Parágrafo único. O projeto de segurança a que se refere o caput deste artigo deverá conter, entre outras
exigências previstas em regulamento:
I – público estimado;
II – descrição da quantidade e da disposição dos vigilantes, conforme peculiaridades do evento; e
III – análise de risco, que considerará:
a) tipo de evento e público-alvo;
b) localização;
c) pontos de entrada, saída e circulação do público; e
d) dispositivos de segurança existentes.
Art. 9º Nos eventos realizados em estádios, ginásios e locais similares, poderá ser utilizado o serviço de
segurança privada, em complementação e com integração à atividade dos órgãos de segurança pública.
Art. 10. As empresas de segurança privada poderão prestar serviços ligados à atividade de bombeiro civil,
desenvolvida por profissionais capacitados, nos termos da Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, vedado o
exercício simultâneo das funções de vigilância e de prevenção e combate a incêndios pelo mesmo profissional.
Parágrafo único. O integrante dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, quan-
do na inatividade, será considerado habilitado a exercer a atividade de bombeiro civil, respeitados os requisitos
estabelecidos na Lei nº 11.901, de 2009, de modo especial, o contido em seu art. 4º quanto às classificações
das funções de bombeiro civil.
Art. 11. É vedada a utilização de produtos controlados de uso restrito na prestação de serviços de segurança
privada, salvo quando autorizada pelo Exército Brasileiro.
CAPÍTULO III
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA

Seção I
Disposições Gerais
Art. 12. Para efeitos desta Lei, consideram-se prestadores de serviço de segurança privada as pessoas
jurídicas autorizadas a prestar os serviços previstos no art. 5º.
Art. 13. São prestadores de serviço de segurança privada:
I – as empresas de serviço de segurança privada, que prestam os serviços previstos nos incisos I, II, III, IV,
V, VII, VIII, IX e XI do art. 5º desta Lei;
II – as escolas de formação de profissional de segurança privada, que conduzem as atividades constantes
do inciso X do art. 5º desta Lei; e
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1041

III – as empresas de monitoramento de sistema eletrônico de segurança privada, que prestam os serviços
descritos no inciso VI do art. 5º desta Lei.
§1º É permitido às empresas constantes do inciso I ao caput o uso de sistemas eletrônicos de segu-
rança e monitoramento para a prestação dos serviços descritos no citado dispositivo.
§ 2º As empresas definidas nos incisos II e III ao caput não poderão oferecer os serviços descritos no
inciso I ao caput.
§ 3º A Polícia Federal classificará as empresas que prestarem exclusivamente os serviços descritos
no art. 5º, XII, em alguma das previsões dos incisos de I a III ao caput deste artigo.
§ 4º Os prestadores de serviço de segurança privada e as empresas possuidoras de serviços
orgânicos de segurança privada poderão utilizar animais para a execução de suas atividades, conforme
dispuser o regulamento.
Art. 14. O capital social mínimo integralizado e necessário para obtenção da autorização, em cada unidade
da Federação, para o desenvolvimento das atividades dos prestadores de serviço de segurança privada, será:
I – de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para as empresas de transporte de numerário, bens ou
valores, de R$ 200.00,00 (duzentos mil reais) para as empresas de gerenciamento de risco em operações de
transporte de numerário, bens ou valores e de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para as demais empresas
de serviço de segurança;
II – de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para as escolas de formação de profissionais de segurança; e
III – de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de
segurança privada.
§ 1º No caso de prestação simultânea de dois ou mais serviços constantes do art. 5º, deverá ser so-
mado ao mínimo previsto nos incisos ao caput R$ 100.000,00 (cem mil reais) por serviço adicional autorizado,
nos termos desta Lei.
§ 2º O valor referido na parte final do inciso I ao caput será reduzido a um quarto quando as empresas de
serviço de segurança privada que prestem exclusivamente os serviços de segurança patrimonial e de eventos,
previstos nos incisos I e II ao caput do art. 5º, atuarem sem utilização de arma de fogo.
§ 3º Os prestadores de serviço de segurança privada deverão comprovar a constituição de provisão fi-
nanceira ou reserva de capital, ou contratar seguro-garantia, para adimplemento das suas obrigações traba-
lhistas, tributárias, previdenciárias e oriundas de responsabilização civil.
§ 4º Os valores previstos neste artigo serão revisados periodicamente na forma de seu regulamento.
Art. 15. A autorização de funcionamento dos prestadores de serviço de segurança privada será renovada
periodicamente, na forma do inciso II ao caput do art. 42.
Art. 16. Para a prestação de serviços de segurança privada, os prestadores referidos no art. 13 emprega-
rão profissionais habilitados nos termos previstos nos incisos de I a VI ao caput do art. 26.
Art. 17. As armas empregadas na prestação de serviços de segurança privada serão de propriedade dos
prestadores de serviço de segurança privada e deverão ter:
I – cadastro obrigatório no Sistema Nacional de Armas – Sinarm, nos termos de legislação específica; e
II – registro e controle pela Polícia Federal.
Parágrafo único. No caso em que as armas e os produtos controlados de uso permitido tenham sido
adquiridos de outro prestador de serviço de segurança privada, a Polícia Federal poderá autorizar, durante a
tramitação do pedido de transferência de registro previsto no caput, o uso das armas e demais produtos até a
expedição do novo registro.
Art. 18. A Polícia Federal deverá instituir sistema informatizado, com finalidade de promover o cadastra-
mento de prestadores de serviço de segurança privada, das empresas possuidoras dos serviços orgânicos de
segurança privada e dos profissionais de segurança privada.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre:
I – compartilhamento de dados e informações do sistema informatizado entre os órgãos de seguran-
ça pública da União, Estados e Distrito Federal, observado o sigilo legal e os níveis de acesso estabelecidos; e
II – procedimento de divulgação das informações para controle social.
Art. 19. A autorização para funcionamento dos prestadores de serviço de segurança privada e sua reno-
vação ficam condicionadas ao cumprimento dos seguintes requisitos:
I – comprovação de que os sócios ou proprietários não possuíram cotas de participação em empresas
prestadoras de serviço de segurança privada cujas atividades tenham sido canceladas nos últimos cinco anos,
em decorrência do disposto no inciso III ao caput do art. 49;
II – nos processos de renovação, comprovação do pagamento das multas aplicadas em decorrência do
descumprimento dos preceitos desta Lei;
1042 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

III – certidões de regularidade fiscal, trabalhista, tributária e previdenciária, da empresa e de seus sócios
ou proprietários;
IV – comprovação da origem lícita do capital investido, quando houver indícios de irregularidades, nas
hipóteses definidas em regulamento;
V – apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais pela prática de crime doloso dos sócios
ou proprietários, administradores, diretores, gerentes e procuradores, obtidos na Justiça Federal, Estadual, Militar
da União e das Unidades da Federação, e Eleitoral, nos locais em que tenha residido nos últimos 05 (cinco) anos;
VI – apresentação de comprovante de quitação da contribuição sindical patronal e laboral; e
VII – capital social mínimo integralizado de acordo com o disposto no art. 14.
Seção II
Empresa de Serviços de Segurança Privada
Art. 20. Empresa de serviços de segurança é a pessoa jurídica, obrigatoriamente constituída na forma
de sociedade limitada ou anônima de capital fechado ou aberto com ações não negociáveis em bolsa, com o
fim de prestar os serviços previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e XII ao caput art. 5º desta Lei, além dos
serviços correlatos definidos em regulamento.
§ 1º A autorização prevista no art. 19, no que tange às Empresas de Serviços de Segurança, está condi-
cionada ao atendimento dos requisitos específicos de cada serviço, estabelecidos em regulamento, de modo
a garantir o controle estatal e a segurança e a eficiência do serviço, observados:
I – tipos de serviços de segurança privada realizadas pela mesma empresa;
II – adequação das instalações físicas, que considerará:
a) uso e acesso exclusivos ao estabelecimento;
b) local seguro para a guarda de armas e munições;
c) alarme e sistema de circuito interno e externo de imagens, com armazenamento em tempo real,
em ambiente protegido; e
d) vigilância patrimonial ininterrupta;
III – quantidade e especificações dos veículos utilizados na prestação dos serviços de segurança privada;
IV – quantidade mínima e qualificação dos profissionais de segurança para cada serviço;
V – natureza e quantidade das armas, munições e demais produtos controlados e equipamentos de uso permitido; e
VI – sistema de segurança das bases operacionais das empresas autorizadas a prestar o serviço de trans-
porte de numerário, bens ou valores.
Art. 21. Para a execução de suas atividades, a empresa de serviços de segurança poderá utilizar diferen-
tes tecnologias, observados os limites legais.
Seção III
Escola de Formação de Profissional de Segurança Privada
Art. 22. Escola de formação de profissional de segurança privada é a pessoa jurídica constituída para
prestar os serviços previstos no inciso X ao caput do art. 5º.
Art. 23. Em caráter excepcional, a escola de formação de profissional de segurança privada poderá reali-
zar atividade de ensino distinta das mencionadas no inciso X ao caput do art. 5º, desde que destinada ao apri-
moramento da segurança privada e autorizada pela Polícia Federal.
Parágrafo único. A escola de que trata este artigo poderá ceder suas instalações para aplicação de testes
em atendimento às necessidades e às imposições do Sistema Nacional de Armas – Sinarm, com vistas ao cre-
denciamento de instrutores de tiro ou à comprovação técnica para aquisição e manuseio de armas de fogo,
na forma da legislação específica que trata do assunto.
Seção IV
Empresa de Monitoramento de Sistemas Eletrônicos de Segurança
Art. 24. Empresa de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança privada é aquela constituída
para prestar os serviços constantes do inciso VI ao caput do art. 5º, exceto quanto à comercialização isolada de
produtos relacionados a esses serviços.
Parágrafo único. As empresas referidas no caput poderão realizar o monitoramento remoto de quais-
quer estabelecimentos, especialmente dos locais definidos nos incisos II a V ao caput do art. 5º, sem prejuízo
da atuação das empresas de serviço de segurança.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1043

CAPÍTULO IV
SERVIÇOS ORGÂNICOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 25. Serviços orgânicos de segurança privada são aqueles organizados por pessoa jurídica ou con-
domínio edilício, de casas ou de apartamentos, para a realização de quaisquer dos serviços previstos no art.
5º, exceto o disposto no inciso X de seu caput, desde que em proveito próprio, para a segurança de seu patri-
mônio e de seu pessoal.
§ 1º Os serviços orgânicos de segurança privada serão instituídos no âmbito da própria empresa ou
condomínio e com a utilização de pessoal próprio, vedada a prestação de serviços de segurança a terceiros,
pessoa natural ou jurídica.
§ 2º Aplica-se às empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada o disposto nos art. 15,
16, 17 e 19, I a VI.
§ 3º Para o exercício de suas atividades, o prestador de serviços orgânicos de segurança privada poderá utilizar:
I – de armas de fogo e de armas de menor potencial ofensivo, de sua propriedade, na forma regulada
pelos §§ 1º, 2º e 3º do art. 5º; e
II – da tecnologia disponível, inclusive de equipamentos eletrônicos de monitoramento, observados li-
mites legais.
CAPÍTULO V
DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 26. Para a prestação dos diversos serviços de segurança privada previstos nesta Lei, consideram-se
profissionais de segurança privada:
I – gestor de segurança privada, profissional especializado, de nível superior, responsável pela:
a) análise de riscos e definição e integração dos recursos físicos, humanos, técnicos e organizacionais
a serem utilizados na mitigação de riscos;
b) elaboração dos projetos para a implementação das estratégias de proteção; e
c) realização de auditorias de segurança em organizações públicas e privadas.
II – vigilante supervisor, profissional habilitado encarregado do controle operacional dos serviços pres-
tados pelas empresas de serviços de segurança;
III – vigilante, profissional habilitado responsável pela execução:
a) dos serviços de segurança privada previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII e IX ao caput do art. 5º
e, na forma do regulamento, no inciso XI do mencionado artigo; e
b) da segurança física de pessoas e do patrimônio de estabelecimento de qualquer porte, sendo
encarregado de observar, inspecionar e fiscalizar suas dependências, controlar o fluxo de pessoas e
gerenciar o público em eventos em que estiver atuando;
IV – supervisor de monitoramento de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarre-
gado do controle operacional dos serviços de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança; e
V – técnico externo de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarregado de prestar
os serviços de inspeção técnica decorrente dos sinais emitidos pelos equipamentos das empresas de sistemas
eletrônicos de segurança, mencionadas no inciso VI ao caput do art. 5º, vedados, em qualquer situação, o porte
de arma de fogo, a intervenção direta na ocorrência delituosa e a realização de revistas pessoais;
VI – operador de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarregado de realizar o mo-
nitoramento de sistemas de alarme, vídeo, raios-x, scanners e outros equipamentos definidos em regulamento,
vedados, em qualquer situação, o porte de arma de fogo e a realização de revistas pessoais.
§ 1º As atividades descritas no inciso I ao caput não abrangem a elaboração de projeto técnico executivo cuja
implementação compreenda atividades desenvolvidas por categoria profissional ou regulamentação específica.
§ 2º Aos vigilantes referidos no inciso III ao caput será exigido o cumprimento de carga horária míni-
ma de duzentas horas para os cursos de formação e de cinquenta horas para os cursos de aperfeiçoamento e
atualização.
Art. 27. O documento de identificação de gestor de segurança, vigilante supervisor e vigilante, de padrão
único, será de uso obrigatório quando em serviço.
Art. 28. São requisitos para o exercício da atividade de vigilante e de vigilante supervisor:
I – ser brasileiro, nato ou naturalizado;
II – ter idade mínima de vinte e um anos;
III – ter sido considerado apto em exame de saúde física, mental e psicológica;
1044 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

IV – ter concluído com aproveitamento o curso de formação específico;


V – não possuir antecedentes criminais registrados na Justiça pela prática de crimes dolosos e não estar
no curso do cumprimento da pena e enquanto não obtida a reabilitação, nos termos dos art. 93 e 94 do De-
creto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal; e
VI – estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
§ 1º São requisitos específicos para o exercício da atividade de vigilante:
I – ter concluído todas as etapas do ensino fundamental; e
II – estar contratado por empresa de serviços de segurança, por empresa possuidora de serviços orgâ-
nicos de segurança privada.
§ 2º São requisitos específicos para o exercício da atividade de vigilante supervisor:
I – ter concluído o ensino médio; e
II – estar contratado por empresa de serviços de segurança ou empresa possuidora de serviços orgâni-
cos de segurança privada.
§ 3º São requisitos específicos para exercício atividades de supervisor de monitoramento, técnico exter-
no e operador de sistema eletrônico de segurança, além dos incisos IV e V ao caput:
I – ter idade mínima de dezoito anos;
II – ter sido considerado apto em exame de saúde mental e psicológica;
III – ter concluído todas as etapas do ensino médio; e
IV – estar contratado por prestador de serviço de segurança privada ou serviço orgânico de segurança privada.
§ 4º Para matrícula nas escolas de formação não será exigida a contratação por prestador de serviços
de segurança privada.
§ 5º O curso de formação habilita o vigilante para a prestação do serviço de vigilância.
§ 6º Os cursos de aperfeiçoamento habilitam o vigilante para a execução dos demais serviços e funções,
conforme definido em regulamento.
§ 7º Não será exigida a conclusão do ensino fundamental ou do médio prevista nos incisos dos §§ 1º e
2º deste artigo em relação aos profissionais que já tiverem concluído, com aproveitamento, o respectivo curso
de formação ou de aperfeiçoamento, quando da entrada em vigor desta Lei.
§ 8º Os egressos do Serviço Militar e os integrantes dos órgãos de segurança pública previstos no art.
144 da Constituição Federal não serão submetidos a curso de formação para exercerem, durante a inatividade
ou a aposentaria, a prestação de serviço de vigilância, devendo realizar módulos complementares específicos
conforme regulamento.
Art. 29. São direitos do vigilante supervisor e do vigilante:
I – atualização profissional;
II – uniforme especial, regulado e devidamente autorizado pela Polícia Federal;
III – porte de arma de fogo, quando em efetivo serviço, nos termos desta Lei e da legislação específica
sobre controle de armas de fogo;
IV – materiais e equipamentos de proteção individual e para o trabalho, em perfeito estado de funcio-
namento e conservação;
V – seguro de vida em grupo;
VI – assistência jurídica por ato decorrente do serviço;
VII – serviço autônomo de aprendizagem e de assistência social, conforme regulamento;
VIII – piso salarial fixado em acordos e convenções coletivas; e
§ 1º Os direitos previstos no caput deverão ser providenciados às expensas do empregador.
§ 2º O armamento, munição, coletes de proteção balística e outros equipamentos, de uso permitido, uti-
lizados pelos profissionais referidos no caput, terão suas especificações técnicas definidas pela Polícia Federal.
§ 3º Ao técnico externo, ao operador e ao supervisor de sistema eletrônico de segurança são assegurados,
quando em serviço ou em decorrência deste, e às expensas do empregador, os direitos previstos nos incisos I,
II, IV, VI, VII e VIII ao caput deste artigo.
§ 4º A jornada de trabalho dos profissionais de segurança privada poderá, nos termos de acordos e
convenções coletivas, ser estabelecida em 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas de descanso.
§ 5º Para os efeitos do disposto no art. 429 do Decreto-lei 5.452 de 1º de maio de 1943 (Consolidação
das Leis do Trabalho) e no art. 93 da Lei 8.213 de 18 de outubro de 1991, naquilo que tange aos prestadores
de serviço de segurança privada, será utilizado como base de cálculo o número de funcionários da empresa,
excluídos os vigilantes mencionados no inciso III ao caput do art. 26 e aqueles profissionais que exerçam ativi-
dades perigosas e insalubres.
Art. 30. São deveres dos profissionais de segurança privada:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1045

I – respeitar a dignidade e a diversidade da pessoa humana;


II – exercer suas atividades com probidade, desenvoltura e urbanidade;
III – comunicar ao seu chefe imediato quaisquer incidentes ocorridos durante o serviço, assim como
quaisquer irregularidades ou deficiências relativas ao equipamento ou material que utiliza;
IV – utilizar corretamente o uniforme aprovado e portar identificação profissional, crachá identificador
e demais equipamentos para o exercício da profissão;
V – manter-se adstrito ao local sob vigilância, observadas as peculiaridades dos serviços de segurança
privada definidos no art. 5º e as de vigilante supervisor; e
VI – manter o sigilo profissional, ressalvado o compromisso com a denúncia de ação delituosa.
§ 1º Os profissionais de segurança privada deverão prestar seus serviços devidamente uniformizados,
ressalvadas as hipóteses previstas em regulamento.
§ 2º Os deveres previstos neste artigo não eximem o empregador da obrigação de fiscalizar seu correto
cumprimento.
CAPÍTULO VI
DA SEGURANÇA PRIVADA EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Art. 31. O funcionamento de dependências de instituições financeiras onde haja, simultaneamente,
atendimento ao público e guarda ou movimentação de numerário ou valores, fica condicionado à aprovação
do respectivo plano de segurança pela Polícia Federal, a quem compete proceder à investigação dos crimes
cometidos contra as instituições de que trata o parágrafo único deste artigo, que atuem em âmbito interesta-
dual ou internacional.
Parágrafo único. Os estabelecimentos de instituições financeiras referidos nesta Lei compreendem ban-
cos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências e
postos de atendimento, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências,
considerando-se essenciais os serviços por eles prestados para efeitos da Lei nº 7.783, de 28 junho de 1989,
bem como os inerentes à sua consecução.
Art. 32. Aplicam-se à segurança das instituições financeiras e ao transporte de numerário ou de valores a
elas destinados os procedimentos específicos estabelecidos pela Polícia Federal, nos limites do disposto nesta
Lei e em sua regulamentação.
Art. 33. A adequação dos itens de segurança nas dependências de instituições financeiras, nos termos
desta Lei e de seu regulamento, será fiscalizada pela Polícia Federal.
§ 1º Nas agências bancárias, o sistema de segurança deverá possuir:
I – instalações físicas adequadas;
II – dois vigilantes, no mínimo, com o uso de arma de fogo ou arma de menor potencial ofensivo, dota-
dos de coletes balísticos, durante os horários de atendimento ao público;
III – alarme interligado entre o estabelecimento financeiro e outra unidade da instituição, empresa de
serviços de segurança, empresa de sistema eletrônico de segurança ou órgão policial;
IV – cofre com dispositivo temporizador;
V – sistemas de circuito interno e externo de imagens, com armazenamento em tempo real, por, no mí-
nimo, 60 (sessenta) dias, em ambiente protegido;
VI – artefatos, mecanismos ou procedimentos que garantam a privacidade das operações nos guichês
dos caixas, nas capitais dos Estados e nas cidades com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
VII – procedimento de segurança para a abertura do estabelecimento financeiro e dos cofres, permitida
a abertura e fechamento por acionamento remoto;
VIII – porta de segurança com detector de metais ou tecnologia equivalente;
IX – porta da tesouraria, nas agências em que ela existir, com sistema de abertura condicionada a iden-
tificação biométrica; e
X – nas agências definidas na parte final do § 6º deste artigo, sistema compartilhado de alarme e de
monitoramento de segurança, por rede TCP/IP, “LAN” ou “WAN”, que deverá permitir:
a) integração, entrada e saída, com outros sistemas por contato seco;
b) telefonia; e
c) saída de áudio.
§ 2º Os postos de atendimento bancário, onde haja atendimento ao público e guarda ou movimenta-
ção de numerário ou valores, deverão possuir, no mínimo, um vigilante, que portará arma de fogo ou arma de
menor potencial ofensivo, sistema de circuito interno de imagens, com armazenamento em tempo real, por,
no mínimo 60 (sessenta) dias, em ambiente protegido observados os requisitos previstos nos incisos I, III e IV
do § 1º deste artigo.
1046 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 3º A Polícia Federal poderá autorizar a redução dos dispositivos de segurança previstos no § 1º:
I – se a edificação em que estiverem instaladas as instituições financeiras possuir estrutura de segurança
que inclua, ao menos, um dos dispositivos previstos no § 1º; e
II – com base no número de habitantes e nos índices oficiais de criminalidade do local, conforme regulamento.
§ 4º As salas de autoatendimento externo não contíguas às instituições financeiras deverão possuir
alarme interligado entre o estabelecimento financeiro e outra unidade da instituição, empresa de serviços de
segurança, empresa de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança ou órgão policial e sistema de
circuito interno de imagens, com armazenamento em tempo real, em ambiente protegido.
§ 5º As exigências constantes dos incisos VI e VIII do § 1º poderão ser dispensadas nas agências insta-
ladas em edificações tombadas, desde que incompatíveis com a legislação específica ou na hipótese de im-
possibilidade estrutural de instalação dos equipamentos, comprovada mediante laudo técnico fornecido por
engenheiro habilitado.
§ 6º O uso do sistema descrito no art. 6º, § 5º, I, a ser implantado nos mesmos prazos e percentuais
descritos nos incisos do art. 6º, § 6º, será obrigatório, em relação a um dos profissionais empregados
na segurança, nas agências das capitais dos Estados e das cidades com mais de 1.000.000,00 (um milhão de
habitantes) que contem com 3 (três) ou mais postos de vigilância.
§ 7º As instituições financeiras deverão manter, pelo menos, uma central de monitoramento de
segurança no território nacional.
§ 8º As exigências previstas nos incisos de I a III ao §1º terão caráter obrigatório já a partir da
entrada em vigor desta Lei.
§ 9º As exigências previstas nos incisos de IV a X ao §1º poderão ser implantadas pelas instituições
financeiras de maneira gradativa, atingindo-se, no mínimo, os seguintes percentuais:
I – 25% (vinte e cinco por cento) das agências bancárias, em até 12 (doze) meses;
II – 50% (cinquenta por cento) das agências bancárias, em até 24 (vinte e quatro) meses;
III – 75 % (setenta e cinco por cento) das agências bancárias, em até 36 (trinta e seis) meses; e
IV – 100% (cem por cento) das agências bancárias, em até 48 (quarenta e oito) meses.
Art. 34. O plano de segurança a que se refere o art. 31 deverá descrever todos os elementos do sistema
de segurança, abranger toda a área do estabelecimento e conter:
I – descrição da quantidade e disposição dos vigilantes, conforme peculiaridades do estabelecimento;
II – descrição da localização e das instalações do estabelecimento;
III – planta baixa de toda a área do estabelecimento, que indique pontos de acesso de pessoas e veícu-
los especiais, locais de guarda de numerário, valores e armas, além da localização dos vigilantes e de todos os
dispositivos de segurança empregados nas dependências do estabelecimento;
IV – comprovante de autorização para a instituição de serviço orgânico de segurança ou de contrato com
prestadores de serviço de segurança privada; e
V – projetos de construção, instalação e manutenção dos sistemas de alarme.
§ 1º A Polícia Federal poderá disciplinar em ato normativo próprio a inclusão de informações adicionais
no plano de segurança.
§ 2º O acesso ao plano de segurança e aos documentos que o integram será restrito ao órgão de fisca-
lização e às pessoas autorizadas pela instituição financeira.
Art. 35. A edição de normas relativas à segurança das instituições financeiras deverá ser precedida de
análise técnica que, a critério da Polícia Federal, resulte na sua efetividade.
Art. 36. O transporte, a guarda e o manuseio de numerário ou valores, inclusive o intermodal, realiza-
do para suprimento e coleta de instituições financeiras, serão feitos por empresas de serviços de segurança
autorizadas a realizar o serviço de transporte de numerário ou valores ou por serviço orgânico de segurança,
observado o disposto em regulamento.
Parágrafo único. Nas regiões em que for comprovada, perante a Polícia Federal, a impossibilidade ou a in-
viabilidade do uso de veículos especiais blindados terrestres para o transporte de numerário, bens ou valores,
esse transporte poderá ser feito por via aérea, marítima, fluvial ou com a utilização dos meios possíveis e adequa-
dos, observadas normas específicas com aplicabilidade em cada caso e condicionado a elementos mínimos de
segurança dos meios empregados e à presença de vigilantes especialmente habilitados, conforme regulamento.
Art. 37. É vedada aos empregados da instituição financeira a execução de transporte de numerário ou valores.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos integrantes do serviço orgânico de segurança
autorizado a realizar atividade dessa natureza.
Art. 38. É permitida a guarda de chaves de cofres e das dependências de instituições financeiras nas
instalações de empresas de serviços de segurança.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1047

Art. 39. O uso de tecnologias de inutilização do numerário e de outros dispositivos antifurtos, empregados nos
sistemas de segurança, será disciplinado pela Polícia Federal, ouvido, sempre que necessário, o Banco Central do Brasil.
CAPÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
Art. 40. O Ministério da Justiça poderá instituir um Conselho Nacional de Segurança Privada – CNASP,
de caráter consultivo, vinculado ao Ministério da Justiça, e composição de membros do governo, classe em-
presarial e classe laboral, conforme dispuser o regulamento e seu regimento interno, destinado a assessorar o
Ministro da Justiça em assuntos de segurança privada e a elaborar políticas para o setor.
Art. 41. São atribuições do Conselho Nacional de Segurança Privada, entre outras:
I – estudar e propor soluções para o aprimoramento do controle e da fiscalização dos serviços de segu-
rança privada, da segurança das instituições financeiras e do transporte de numerário ou valores destinados
às instituições financeiras;
II – manifestar-se sobre:
a) as propostas de análises técnicas previstas no art. 35, encaminhadas pela Polícia Federal; e
b) normas gerais referentes aos processos administrativos instaurados com base nesta Lei.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre a organização, a composição e o funcionamento do Con-
selho Nacional de Segurança Privada, que será presidido por representante da Polícia Federal.
Art. 42. No âmbito da segurança privada, compete à Polícia Federal:
I – conceder autorização de funcionamento aos prestadores de serviço de segurança privada e aos ser-
viços orgânicos de segurança privada;
II – renovar a autorização referida no inciso I:
a) a cada dois anos, das empresas de serviços de segurança, das escolas de formação de profissio-
nais de segurança privada e das empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada; e
b) a cada cinco anos, das empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança;
III – exercer as atividades de controle e fiscalização dos prestadores de serviço de segurança privada,
dos serviços orgânicos de segurança privada e dos sistemas de segurança das dependências de instituições
financeiras, apurar responsabilidades e aplicar as sanções administrativas cabíveis;
IV – estabelecer procedimentos específicos para a prestação dos serviços de segurança privada;
V – reprimir as atividades ilegais ou clandestinas de segurança privada, sem prejuízo do auxílio das po-
lícias dos Estados e do Distrito Federal;
VI – estabelecer condições e requisitos específicos para utilização dos sistemas de comunicação, dos sis-
temas de alarme e de instrumentos congêneres;
VII – autorizar a aquisição, utilização, custódia, alienação e destruição de armas, munições e demais equipa-
mentos utilizados para a prestação dos serviços de segurança privada, na forma estabelecida em regulamento e em
consonância com a legislação específica em vigor que trata do controle de armas de fogo e de munições no País;
VIII – aprovar e renovar, a cada dois anos, os Planos de Segurança de dependências de instituições finan-
ceiras, sendo obrigatória ao menos uma vistoria anual;
IX – aprovar os modelos de uniformes adotados pelos prestadores de serviço de segurança privada;
X – autorizar o porte, o transporte e a transferência de armas, munições e demais produtos de uso con-
trolado, e seu uso provisório, pelas empresas prestadoras de serviços de segurança privada e pelos serviços
orgânicos de segurança privada;
XI – aprovar previamente os atos constitutivos das empresas que prestem os serviços constantes do art.
5º, nos termos do regulamento;
XII – cadastrar os profissionais de segurança privada;
XIII – fixar o currículo mínimo dos cursos de formação, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais
de segurança privada que contemple conteúdos programáticos baseados em princípios éticos, técnicos e le-
gais, e preveja, entre outros, conteúdos sobre:
a) uso progressivo da força e de armamento;
b) noções básicas de direitos humanos; e
c) preservação da vida e da integridade física dos indivíduos;
XIV – definir os requisitos técnicos e os equipamentos básicos para utilização de veículos de transporte de
numerário, bens e valores e de escolta armada e suas guarnições, no sistema de comunicação e outros meios de
guarda, escolta e transporte de numerário, bens ou valores, sem prejuízo das atribuições dos órgãos de trânsito;
1048 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

XV – fixar critérios para a definição da quantidade mínima de veículos e de profissionais de segurança


privada dos prestadores de serviço de segurança privada e dos serviços orgânicos de segurança privada;
XVI – fixar critérios para a definição da quantidade de armas, munições, coletes de proteção balística e
demais produtos controlados de uso permitido pelos prestadores de serviço de segurança privada e dos ser-
viços orgânicos de segurança privada;
XVII – expedir documento nacional de identificação dos profissionais de segurança privada e efetuar sua
cassação nos casos previstos na legislação;
XVIII – definir as informações sobre ocorrências e sinistros que devem ser enviadas à instituição pelos
profissionais, prestadores de serviço de segurança privada, serviços orgânicos de segurança privada, institui-
ções financeiras e tomadores desses serviços; e
XIX – aprovar a utilização dos dispositivos de segurança empregados na prestação de serviço descrita
no inciso VII ao art. 5º.
§ 1º Concedida a autorização a que se refere o inciso I caput, o prestador de serviço de segurança
privada ou a empresa possuidora de serviço orgânico de segurança privada deve comunicar o início de suas
atividades à Secretaria de Segurança Pública, ou congênere, do respectivo Estado ou do Distrito Federal, num
prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.
§ 2º Os atos de renovação previstos nos incisos II e VIII ao caput dependem da comprovação do paga-
mento das penalidades pecuniárias decorrentes da aplicação desta Lei.
§ 3º Para o exercício do controle e da fiscalização da atividade de segurança privada, a Polícia Federal
terá acesso aos postos de serviços contratados, exceto quando situados no interior de residências.
§ 4º A vistoria dos prestadores de serviço de segurança privada e das empresas possuidoras de serviço or-
gânico de segurança privada deverá ser realizada pela Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento.
§ 5º Os pedidos de autorização ou de renovação a que se referem os incisos I, II e VIII ao caput de-
verão ser solucionados em até 30 (trinta) dias da entrada da documentação pelo interessado, após o que os
respectivos documentos de protocolo servirão como autorização ou renovação temporária e precária para o
exercício da atividade solicitada ou a prestação do serviço requerido, tendo validade até a manifestação defi-
nitiva do órgão competente.
Art. 43. As empresas de serviços de segurança privada e as escolas de formação de profissionais de se-
gurança privada deverão informar à Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento, relação de em-
pregados, armas e demais produtos controlados, veículos e contratos, entre outras informações indispensáveis
à prestação e aprimoramento dos serviços.
§ 1º As empresas que se utilizem de serviços orgânicos de segurança deverão informar, na forma prevista
no caput, relação dos empregados envolvidos na prestação de serviços de segurança privada, das armas, dos
veículos e demais produtos controlados, entre outras informações indispensáveis à prestação e ao aprimora-
mento dos serviços.
§ 2º As empresas que prestarem os serviços de transporte de que trata o inciso VII ao caput art. 5º man-
terão registro diário de todas as operações realizadas, com a identificação dos contratantes, para fornecimento
às autoridades competentes do referido sistema, na forma do regulamento.
Art. 44. As empresas autorizadas a prestarem os serviços de monitoramento mencionados no inciso VI
ao caput do art. 5º informarão à Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento, a relação dos téc-
nicos responsáveis pela instalação, rastreamento, monitoramento e assistência técnica, e outras informações
de interesse, nos termos do regulamento, referentes à sua atuação.
Art. 45. Os contratantes de prestadores de serviço de segurança privada informarão à Polícia Federal,
quando por este requeridos, os dados não financeiros referentes aos respectivos contratos firmados.
Art. 46. As instituições financeiras, os prestadores de serviço de segurança, as empresas possuidoras dos
serviços orgânicos de segurança privada e os profissionais de segurança privada têm o dever de:
I – informar à Polícia Federal os dados não financeiros referentes aos serviços de segurança privada pres-
tados ou autorizados, ao sistema de segurança empreendido e as ocorrências e sinistros acontecidos no âmbito
de suas atividades com relação à segurança privada nos termos desta Lei e de seu regulamento; e
II – apresentar ao referido órgão documentos e outros dados solicitados no interesse do controle e da fiscalização.
Art. 47. A Polícia Federal, ouvido o Conselho a que se refere o art. 40, poderá disciplinar as condições
para alteração temporária dos itens do sistema de segurança constantes dos incisos do § 1º ao art. 33, em
situações de emergência, de calamidade pública ou em outras hipóteses que ensejem a adoção de medidas
excepcionais de segurança com caráter transitório.
Parágrafo único. Se decorridas 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir da comunicação ao Conselho
a que se refere o art. 40, este não se manifestar, caberá à Polícia Federal exercer, de imediato, a atribuição des-
crita no caput.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1049

CAPÍTULO VIII
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 48. Compete à Polícia Federal aplicar penalidades administrativas por infração aos dispositivos desta Lei.
Art. 49. As penalidades administrativas aplicáveis aos prestadores de serviço de segurança privada e às
empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, conforme a conduta do infrator, a gravida-
de e as consequências da infração e a reincidência, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais); ou
III – cancelamento da autorização para funcionamento.
§ 1º A multa pode ser aumentada até o triplo se:
I – ineficaz em virtude da situação econômica do infrator, embora considerada em seu valor máximo; ou
II – a conduta do infrator envolver preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras for-
mas de discriminação.
§ 2º Às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que contratarem serviços de segurança
privada em desconformidade com os preceitos desta Lei poderão ser impostas as penas previstas neste artigo.
Art. 50. As penalidades aplicáveis às instituições financeiras, conforme a conduta do infrator, a gravidade
e as consequências da infração e a reincidência, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa de:
a) R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para as instituições financeiras; e
b) R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) para as cooperativas singulares de crédito; e
III – interdição do estabelecimento.
§ 1º A multa pode ser aumentada até o triplo se a conduta do infrator envolver preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
§ 2º A reincidência para as instituições financeiras caracteriza-se de forma individualizada para cada uma
de suas dependências.
§ 3º O funcionamento de dependência de instituição financeira sem plano de segurança ou sem a ob-
servância das medidas e procedimentos constantes do plano de segurança aprovado será objeto de notifi-
cação pela Polícia Federal que vise à correção das irregularidades no prazo de 10 (dez) dias úteis e sujeitará a
instituição infratora à aplicação da punição referida no inciso I ao caput.
§ 4º Findo o prazo a que se refere o § 3º, sem que as correções apontadas sejam efetuadas, a instituição
infratora estará sujeita às penalidades previstas no inciso II ao caput, após o julgamento previsto no art. 56, em
que se possibilitará ampla defesa e contraditório.
§ 5º Se, aplicada a punição na forma do § 4º, a instituição financeira infratora não houver efetuado
as correções apontadas em novo prazo de 10 (dez) dias úteis contados a partir da publicação da punição,
a pena de multa poderá ser aplicada em até o dobro do valor máximo previsto no inciso II ao caput, sem
prejuízo da aplicação simultânea da penalidade prevista no inciso III ao caput.
§ 6º Os bancos públicos poderão solicitar a prorrogação do prazo previsto no § 3º para até 90 (noventa)
dias, caso a correção das irregularidades dependa de processo licitatório.
§ 7º O ato que instituiu a interdição aplicada na forma do inciso III ao caput deste artigo será revogado pela
Polícia Federal imediatamente após a verificação da correção das irregularidades por parte da instituição financeira.
Art. 51. A Polícia Federal aplicará a multa prevista no inciso II ao caput do art. 50 às pessoas físicas ou
jurídicas de direito público ou privado que organizarem, oferecerem ou contratarem serviço de segurança pri-
vada com inobservância do disposto nesta Lei, sem prejuízo da cessação imediata da prestação de serviço de
segurança privada e das sanções civis, penais e administrativas cabíveis.
§ 1º A multa poderá ser aumentada em até o triplo se considerada ineficaz em virtude da condição eco-
nômica do infrator, embora aplicada no seu valor máximo.
§ 2º No caso de constatação de prestação de serviço de segurança não autorizado, a Polícia Federal determi-
nará, de imediato, o encerramento da segurança no local, e encaminhará as demais providências que o caso requer.
§ 3º Os materiais utilizados na prestação de serviços de segurança privada não autorizados serão apreen-
didos e, depois de encerrado o respectivo procedimento administrativo, destruídos pela autoridade competente,
ressalvada a destinação prevista em Lei específica para determinados bens ou equipamentos de uso controlado.
1050 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 52. A Polícia Federal poderá celebrar termo de compromisso de conduta com os prestadores de
serviço de segurança privada, empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada e instituições
financeiras, conforme regulamento.
§ 1º Do termo de compromisso deverão constar:
I – a especificação das obrigações do representado para fazer cessar a prática irregular investigada e
seus efeitos lesivos; e
II – os valores das multas aplicáveis pelo descumprimento, total ou parcial, das obrigações compromissadas.
§ 2º A celebração do termo de compromisso poderá ocorrer até o julgamento do processo administrativo.
§ 3º O termo de compromisso constitui título executivo extrajudicial.
§ 4º Os processos administrativos ficarão suspensos enquanto estiver sendo cumprido o compromisso
e serão arquivados ao término do prazo fixado se atendidas todas as condições estabelecidas no termo.
§ 5º Declarado o descumprimento do compromisso, a Polícia Federal aplicará, de imediato, as sanções
cabíveis previstas nesta Lei e adotará as demais providências para o prosseguimento do processo administra-
tivo e a aplicação das demais medidas adequadas, inclusive, de cunho judicial.
CAPÍTULO IX
DO CRIME
Art. 53. Organizar, prestar ou oferecer serviços de segurança privada, com a utilização de armas de fogo,
na qualidade de sócio ou proprietário, sem possuir autorização de funcionamento.
Pena – detenção de um a três anos e multa.
CAPÍTULO X
DAS TAXAS
Art. 54. Ficam instituídas taxas, nos termos do Anexo, para remuneração pela execução dos serviços de
fiscalização e controle federais, aplicáveis aos prestadores de serviço de segurança privada, às empresas pos-
suidoras de serviços orgânicos e às instituições financeiras.
Parágrafo único. Os prazos para o recolhimento das taxas constantes do Anexo serão definidos em ato
da Polícia Federal.
Art. 55. Os valores arrecadados com a cobrança das multas e das taxas previstas nesta Lei serão destinados
ao Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim do Departamento de Polícia Federal –
FUNAPOL, instituído pela Lei Complementar nº 89, de 18 de fevereiro de 1997, devendo ser utilizados, exclusi-
vamente, no combate aos crimes cometidos contra as instituições de que trata o art. 31 e na melhora da estru-
tura de fiscalização e de controle da prestação de serviços de segurança privada e das instituições financeiras.
Art. 56. O julgamento do auto de infração seguirá o rito estabelecido pela Polícia Federal, observados o
contraditório e a ampla defesa, e a cobrança do crédito decorrente da aplicação desta Lei seguirá o rito esta-
belecido pelo Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972.
Art. 57. Para a execução das competências constantes desta Lei, a Polícia Federal, por meio do Ministé-
rio da Justiça, poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança Pública, ou congêneres, dos Estados
e do Distrito Federal, ocasião em que poderá delegar a totalidade ou parte de suas atribuições relacionadas à
fiscalização e ao controle da prestação dos serviços de segurança privada, nos termos do regulamento.
§ 1º Havendo a celebração do convênio a que se refere o caput, a União destinará às referidas unida-
des da Federação parte dos valores arrecadados relativos às respectivas taxas e multas, vedada a subdelega-
ção, conforme regulamento.
§ 2º É vedada às unidades da Federação a instituição de taxas ou de multas visando ao cumprimento
das disposições desta Lei.
CAPÍTULO XI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 58. As regras de transição para o atendimento aos requisitos de escolaridade previstos no Capítulo
V serão definidas em regulamento.
Art. 59. A atividade de transporte internacional de numerário, bens ou valores será disciplinada em ato
conjunto dos Ministérios da Justiça, da Fazenda, da Defesa e das Relações Exteriores.
Art. 60. As armas, munições, petrechos e demais produtos de uso controlado, cujos empregos forem au-
torizados para a prestação dos serviços de segurança privada, quando penhorados, arrestados ou de qualquer
forma constritos judicialmente, somente poderão ser alienados e adjudicados a outros prestadores de serviço
de segurança privada.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1051

Parágrafo único. A alienação e a adjudicação de que trata o caput dependerá de manifestação favorável
da Polícia Federal.
Art. 61. A junta comercial comunicará à Polícia Federal o registro de empresa que tenha como objeto
social a prestação de serviços de segurança privada, no prazo de quinze dias contados da data do registro.
Art. 62. O disposto nesta Lei não afasta direitos e garantias assegurados pela legislação trabalhista ou
em convenções ou acordos coletivos de igual natureza.
Art. 63. O disposto nesta Lei não se aplica ao transporte, guarda e movimentação do meio circulante na-
cional a cargo do Banco Central do Brasil.
Parágrafo único. Os prestadores de serviço de segurança privada contratados pelo Banco Central do Bra-
sil ficam obrigados ao cumprimento desta Lei.
Art. 64. Excetuados os casos expressamente regulados por esta Lei quanto a prazos específicos, os pres-
tadores de serviço de segurança privada, as empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada,
as instituições financeiras terão o limite máximo de 3 (três) anos, contados da publicação desta Lei, para reali-
zarem as adequações dela decorrentes.
Art. 65. Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos financeiros, apólice
de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto qualificado de numerário e outros valores,
sem comprovação de cumprimento, pelo segurado, das exigências previstas nesta Lei.
Parágrafo único. As apólices com infringência do disposto neste artigo não terão cobertura de ressegu-
ros pelo Instituto de Resseguros do Brasil.
Art. 66. Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão concedidos
descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança previs-
tos nesta Lei, outros meios de proteção, na forma do regulamento.
Art. 67. Esta Lei não se aplica à segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita efetivadas
na área restrita de segurança.
Art. 68. No transporte dos produtos controlados referidos no Decreto no 24.602, de 6 de julho de 1934, de
modo especial, de pólvoras, explosivos e artigos pirotécnicos, em carregamentos superiores a 50 (cinquenta)
quilogramas, é obrigatório o emprego de veículos dotados de sistema de rastreamento e de monitoramento
permanentes, além de escolta armada.
Art. 69. A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos profissionais de segurança privada dos prestadores de serviços
de segurança privada e das empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, consti-
tuídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, so-
mente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observarem as condições de uso e de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de
porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
.................................................................................................................................................................................................
Art. 23. ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 4º As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV ao caput do art.
6º e no seu § 7º, e as escolas de formação de profissionais de segurança privada poderão adquirir insumos
e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante
autorização concedida nos termos do regulamento.
..........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 70. O inciso IV ao art. 1º da Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens, valores e produtos controlados a que se refere
o Decreto no 24.602, de 6 de julho de 1934, de modo especial, pólvoras, explosivos e artigos pirotécnicos,
transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de qua-
drilha ou bando em mais de um Estado da Federação.
............................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 71. O inciso I ao art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º ...................................................................................................................................................................................
1052 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I – as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6o, 8o e 9o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de 1998 (pa-
rágrafos introduzidos pela Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001), e na Lei que institui
o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras;
..........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 72. Revoga-se a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983; a Lei nº 8.863, de 28 de março de 1994; o art.
7º da Lei nº 11.718, de 20 de junho de 2008; os art. 14 a 16 e 20 da Lei nº 9.017, de 30 de março de 1995; e o art.
14 da Medida Provisória nº 2.184-23, de 24 de agosto de 2001.
Art. 73. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua entrada
em vigor.
Art. 74. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, de de 2015. – Deputado Wellington Roberto, Relator

ANEXO – TAXAS
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1053

III – Parecer da Comissão


A Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei nº 4.238, de 2012, do Senado
Federal, que “altera o art. 19 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, para dispor sobre o piso nacional
de salário dos empregados em empresas particulares que explorem serviços de vigilância e transporte
de valores” (o piso varia de oitocentos reais, grau mínimo, a mil e cem reais, grau máximo), e apensados,
em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislati-
va, compatibilidade e adequação orçamentária e financeira deste e dos apensados de nºs 1245, de 1995;
1334, de 1995 (com suas EMR nºs 1 e 2/2001, apresentadas na CCJR); 1585, de 1996; 4057, de 1998; 404,
de 1999; 453, de 1999; 628, de 1999; 1675, de 1999; 1786, de 1999; 3070, de 2000; 3413, de 2000; 5059,
de 2001; 7320, de 2002; 1047, de 2003; 1306, de 2003; 3026, de 2004; 3341, de 2004; 3822, de 2004; 3970,
de 2004; 4041, de 2004; 4305, de 2004 (com suas EMC nºs 1 e 2, apresentadas na CSPCCO); 4594, de 2004;
4997, de 2005; 5018, de 2005; 5695, de 2005; 6572, de 2006; 6582, de 2006; 6853, de 2006; 7416, de 2006;
749, de 2007; 923, de 2007; 2773, de 2008; 3759, de 2008; 4092, de 2008; 4678, de 2009; 5101, de 2009;
5104, de 2009; 6025, de 2009; 6140, de 2009; 6510, de 2009; 5247, de 2009; 6728, de 2010; 6804, de 2010;
7265, de 2010; 7282, de 2010; 7314, de 2010; 7478, de 2010; 7548, de 2010; 7592, de 2010; 7857, de 2010;
7882, de 2010; 381, de 2011; 458, de 2011; 543, de 2011; 752, de 2011; 832, de 2011; 1059, de 2011; 1195,
de 2011; 1292, de 2011; 1484, de 2011; 1497, de 2011; 1500, de 2011; 1679, de 2011; 1731, de 2011; 1733,
de 2011; 1943, de 2011; 1980, de 2011 (com sua EMC nº 1, apresentada na CFT); 2259, de 2011; 2456, de
2011; 2507, de 2011; 3094, de 2012; 3485, de 2012; 3555, de 2012; 4004, de 2012; 4165, de 2012; 4328, de
2012; 4732, de 2012; 4912, de 2012; 4974, de 2013; 4988, de 2013; 5108, de 2013; 5213, de 2013; 5352, de
2013; 5373, de 2013; 5603, de 2013; 5845, de 2013; 6131, de 2013; 6200, de 2013; 6386, de 2013; 6747, de
2013; 6813, de 2013; 8052, de 2014; 504, de 2015; 590, de 2015; 624, de 2015; 764, de 2015; 1021, de 2015;
1091, de 2015; e 2475, de 2015, 1901, de 2003; 4863, de 2005; 7404, de 2006; 3858, de 2008; 971, de 2011;
1387, de 2011; 1470, de 2011; 1964, de 2011; 3369, de 2012; 4416, de 2012; 5532, de 2013; 5586, de 2013;
6435, de 2013; 7244, de 2014; 8243, de 2014; e 625, de 2015 e no mérito, pela REJEIÇÃO dos apensados
de nºs 1901, de 2003; 4863, de 2005; 7404, de 2006; 3858, de 2008; 971, de 2011; 1387, de 2011; 1470, de
2011; 1964, de 2011; 3369, de 2012; 4416, de 2012; 5532, de 2013; 5586, de 2013; 6435, de 2013; 7244,
de 2014; 8243, de 2014; e 625, de 2015; e, pela APROVAÇÃO deste e dos apensados de nºs 1245, de 1995;
1334, de 1995 (com suas EMR nºs 1 e 2/2001, apresentadas na CCJR); 1585, de 1996; 4057, de 1998; 404,
de 1999; 453, de 1999; 628, de 1999; 1675, de 1999; 1786, de 1999; 3070, de 2000; 3413, de 2000; 5059,
de 2001; 7320, de 2002; 1047, de 2003; 1306, de 2003; 3026, de 2004; 3341, de 2004; 3822, de 2004; 3970,
de 2004; 4041, de 2004; 4305, de 2004 (com suas EMC nºs 1 e 2, apresentadas na CSPCCO); 4594, de 2004;
4997, de 2005; 5018, de 2005; 5695, de 2005; 6572, de 2006; 6582, de 2006; 6853, de 2006; 7416, de 2006;
749, de 2007; 923, de 2007; 2773, de 2008; 3759, de 2008; 4092, de 2008; 4678, de 2009; 5101, de 2009;
5104, de 2009; 6025, de 2009; 6140, de 2009; 6510, de 2009; 5247, de 2009; 6728, de 2010; 6804, de 2010;
7265, de 2010; 7282, de 2010; 7314, de 2010; 7478, de 2010; 7548, de 2010; 7592, de 2010; 7857, de 2010;
7882, de 2010; 381, de 2011; 458, de 2011; 543, de 2011; 752, de 2011; 832, de 2011; 1059, de 2011; 1195,
de 2011; 1292, de 2011; 1484, de 2011; 1497, de 2011; 1500, de 2011; 1679, de 2011; 1731, de 2011; 1733,
de 2011; 1943, de 2011; 1980, de 2011 (com sua EMC nº 1, apresentada na CFT); 2259, de 2011; 2456, de
2011; 2507, de 2011; 3094, de 2012; 3485, de 2012; 3555, de 2012; 4004, de 2012; 4165, de 2012; 4328, de
2012; 4732, de 2012; 4912, de 2012; 4974, de 2013; 4988, de 2013; 5108, de 2013; 5213, de 2013; 5352, de
2013; 5373, de 2013; 5603, de 2013; 5845, de 2013; 6131, de 2013; 6200, de 2013; 6386, de 2013; 6747, de
2013; 6813, de 2013; 8052, de 2014; 504, de 2015; 590, de 2015; 624, de 2015; 764, de 2015; 1021, de 2015;
1091, de 2015; e 2475, de 2015, com substitutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Wellington
Roberto, que apresentou reformulação de voto, em razão da aprovação dos Destaques de nºs. 6/15 e 7/15 .
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Andre Moura – Presidente, Laercio Oliveira, Alexandre Baldy
e Major Olimpio – Vice-Presidentes, Wellington Roberto, Relator; Bebeto, Capitão Augusto, Celso Jacob, Erika
Kokay, Goulart, Júlio Delgado, Marco Tebaldi, Marcos Abrão, Marcus Vicente, Nelson Marchezan Junior, Osmar
Serraglio, Pastor Franklin, Ricardo Barros, Ricardo Izar, Roney Nemer, Vitor Valim, Walney Rocha, Arnaldo Faria
de Sá, Carlos Zarattini, Daniel Vilela, Paulo Freire e Walter Ihoshi.
Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Andre Moura, Presidente – Deputado Welling-
ton Roberto, Relator
1054 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

SUBSTITUTIVO ADOTADO AO PROJETO DE LEI No 4.238, DE 2012


os.
(Apensados os Projetos de Lei n 1245, de 1995; 1334, de 1995; 1585, de 1996; 4057, de 1998;
404, de 1999; 453, de 1999; 628, de 1999; 1675, de 1999; 1786, de 1999; 3070, de 2000; 3413, de 2000;
5059, de 2001; 7320, de 2002; 1047, de 2003; 1306, de 2003; 3026, de 2004; 3341, de 2004; 3822, de 2004;
3970, de 2004; 4041, de 2004; 4305, de 2004; 4594, de 2004; 4997, de 2005; 5018, de 2005; 5695, de 2005;
6572, de 2006; 6582, de 2006; 6853, de 2006; 7416, de 2006; 749, de 2007; 923, de 2007; 2773, de 2008;
3759, de 2008; 4092, de 2008; 4678, de 2009; 5101, de 2009; 5104, de 2009; 6025, de 2009; 6140, de 2009;
6510, de 2009; 5247, de 2009; 6728, de 2010; 6804, de 2010; 7265, de 2010; 7282, de 2010; 7314, de 2010;
7478, de 2010; 7548, de 2010; 7592, de 2010; 7857, de 2010; 7882, de 2010; 381, de 2011; 458, de 2011;
543, de 2011; 752, de 2011; 832, de 2011; 1059, de 2011; 1195, de 2011; 1292, de 2011; 1484, de 2011;
1497, de 2011; 1500, de 2011; 1679, de 2011; 1731, de 2011; 1733, de 2011; 1943, de 2011; 1980, de 2011;
2259, de 2011; 2456, de 2011; 2507, de 2011; 3094, de 2012; 3485, de 2012; 3555, de 2012; 4004, de 2012;
4165, de 2012; 4328, de 2012; 4732, de 2012; 4912, de 2012; 4974, de 2013; 4988, de 2013; 5108, de 2013;
5213, de 2013; 5352, de 2013; 5373, de 2013; 5603, de 2013; 5845, de 2013; 6131, de 2013; 6200, de 2013;
6386, de 2013; 6747, de 2013; 6813, de 2013; 8052, de 2014; 504, de 2015; 590, de 2015; 624, de 2015;
764, de 2015; 1021, de 2015; 1091, de 2015; 2475, de 2015)

Institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras e dá ou-


tras providências.
O CONGRESSO NACIONAL decreta:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, para
dispor sobre os serviços de segurança de caráter privado, exercidos por pessoas jurídicas e, excepcionalmente,
por pessoas físicas, em âmbito nacional e para estabelecer as regras gerais para a segurança das instituições
financeiras autorizadas a funcionar no País.
Parágrafo único. A segurança privada e a segurança das dependências das instituições financeiras são
matérias de interesse nacional.
CAPÍTULO II
DO SERVIÇO DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 2º Os serviços de segurança privada serão prestados por pessoas jurídicas especializadas ou por
meio das empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, com ou sem utilização de armas
de fogo e com o emprego de profissionais habilitados e de tecnologias e equipamentos de uso permitido.
Parágrafo único. É vedada a prestação de serviços de segurança privada de forma cooperada ou autônoma.
Art. 3º A prestação de serviços de segurança privada observará os princípios da dignidade da pessoa
humana, da proteção à vida e do interesse público e as disposições que regulam as relações de trabalho.
Parágrafo único. As pessoas físicas e jurídicas contratantes dos serviços de segurança privada regulados
por esta Lei não poderão adotar modelos de contratação, e tampouco definir critérios de concorrência e de
competição que prescindam da análise prévia da regularidade formal da empresa contratada.
Art. 4º A prestação de serviços de segurança privada depende de autorização prévia da Polícia Federal,
ao qual competem o controle e a fiscalização da atividade, nos termos do art. 42 e com possibilidade de ma-
nifestação ampla do órgão a que se refere o art. 40.
Art. 5º São considerados serviços de segurança privada, sem prejuízo das atribuições das Forças Arma-
das, dos órgãos de segurança pública e do sistema prisional:
I – vigilância patrimonial;
II – segurança de eventos em espaços comunais, de uso comum do povo;
III – segurança nos transportes coletivos terrestres, aquaviários e marítimos;
IV – segurança perimetral nas muralhas e guaritas de estabelecimentos prisionais;
V – segurança em unidades de conservação;
VI – monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança e rastreamento de numerário, bens e valores;
VII – execução do transporte de numerário, bens ou valores;
VIII – execução de escolta de numerário, bens ou valores;
IX – execução de segurança pessoal com a finalidade de preservar a integridade física de pessoas;
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1055

X – formação, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais de segurança privada;


XI – gerenciamento de riscos em operações de transporte de numerário, bens ou valores; e
XII – outros serviços que se enquadrem nos preceitos desta Lei, na forma do regulamento.
§ 1º Os serviços descritos nos incisos I, IV, V, VII, VIII, IX e X ao caput poderão ser prestados com uti-
lização de armas de fogo, nas condições definidas em regulamento.
§ 2º Os serviços previstos no inciso XII ao caput, a depender de suas naturezas e características parti-
culares, poderão ser prestados com ou sem a utilização de armas de fogo de uso permitido, o que dependerá,
em qualquer caso, de autorização da Polícia Federal.
§ 3º Os serviços previstos nos incisos de I a X e o previsto no inciso XII ao caput poderão ser presta-
dos utilizando-se armas de menor potencial ofensivo, conforme regulamento.
§ 4º A prestação do serviço previsto no inciso I ao caput encerra a segurança exercida com a finalidade
de preservar a integridade do patrimônio de estabelecimentos públicos ou privados, bem como a preservação
da integridade física das pessoas que se encontrem nos locais a serem protegidos, além do controle de acesso
e permanência de pessoas e veículos em áreas públicas, desde que autorizado pelos órgãos competentes, ou
em áreas de uso privativo.
§ 5º A Polícia Federal, nas hipóteses por ele definidas, e a autoridade local competente deverão ser
informadas acerca da utilização de serviço de segurança privada nos locais mencionados no inciso II ao caput.
§ 6º Na prestação dos serviços previstos no inciso IV ao caput, que somente poderão ser conduzidos
se houver autorização para gestão do estabelecimento prisional pela iniciativa privada, são vedados aos pro-
fissionais de segurança privada:
I – o desempenho de atividades carcerárias referentes a ações ativas de restrição ou manutenção da res-
trição da liberdade dos detentos;
II – a condução de revista íntima;
III – a aplicação de medidas disciplinares e de contenções de rebeliões; e
IV – a realização de outras atividades exclusivas de Estado.
§ 7º A Polícia Federal poderá autorizar, respeitadas as normas de segurança específicas aplicáveis
a cada meio de transporte peculiar, o emprego de armas de fogo para a prestação dos serviços previstos
no inciso III ao caput.
§ 8º A atividade de segurança privada não exclui, impede ou embaraça as atividades dos órgãos
de segurança pública e das Forças Armadas.
Art. 6º O serviço de transporte previsto no inciso VII ao caput do art. 5º, sempre que envolver suprimen-
to ou recolhimento de numerário ou valores das instituições financeiras, será realizado mediante emprego de
veículos especiais blindados, com a presença de, no mínimo, 4 (quatro) vigilantes especialmente habilitados,
dos quais um exercerá a função de vigilante-motorista.
§ 1º No serviço de escolta, previsto no inciso VIII ao caput do art. 5º, poderão ser utilizados veículos es-
peciais blindados, nas hipóteses definidas em regulamento.
§ 2º Além dos serviços correlatos estabelecidos em regulamento, as empresas autorizadas a prestar os
serviços de transporte de numerário, bens ou valores poderão:
I – transportar chave de cofre, documento, malote e outros bens de interesse do contratante;
II – realizar o suprimento e o recolhimento de numerário, bem como acompanhar o atendimento técni-
co de caixas eletrônicos e equipamentos similares, vedadas a preparação e a contagem de numerário no local
onde os equipamentos se encontram instalados; e
III – realizar a armazenagem, a custódia e o processamento do numerário e dos valores a serem transportados.
§ 3º É vedada a locomoção de veículos de transporte de numerário e de valores, entre as 19 (dezenove)
e as 7 (sete) horas, salvo em casos específicos previstos em regulamento.
§ 4º Os veículos especiais de transporte de numerário e de valores e de escolta armada são considera-
dos prestadores de serviços de utilidade pública, para fins da legislação de trânsito, gozando da prerrogativa
de livre parada ou estacionamento.
§ 5º Um dos 4 (quatro) vigilantes a que se refere o caput deverá portar sistema individualizado de
captura de som e imagem, de fabricação nacional:
I – com capacidade de visualização, gravação e transmissão de áudio, vídeo e localização geográfica; e
II – monitorado remotamente pelo respectivo prestador de serviço de segurança privada e com autono-
mia de funcionamento por toda jornada de trabalho.
§ 6º A obrigação prevista no § 5º poderá ser implantada gradativamente, atingindo-se, no mínimo,
os seguintes percentuais:
I – 25% (vinte e cinco por cento) da frota de veículos, em até 6 (seis) meses;
1056 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

II – 50% (cinquenta por cento) da frota de veículos, em até 12 (doze) meses;


III – 75 % (setenta e cinco por cento) da frota de veículos, em até 18 (dezoito) meses; e
IV – 100% (cem por cento) da frota de veículos, em até 24 (vinte e quatro) meses.
§ 7º O regulamento disporá sobre as hipóteses de utilização, nas atividades descritas no caput, de veículo
com blindagem da cabine de guarnição, dotado de dispositivo de proteção dos vigilantes e de tecnologia de
proteção do numerário ou valores.
§ 8º No emprego dos veículos descritos no §7º, será obrigatória a presença de, no mínimo, dois
vigilantes, um dos quais na função de motorista.
§ 9º No malote a que se refere o inciso I ao §2º, deverá haver relação dos itens nele inseridos,
conferida e assinada por um dos vigilantes encarregados do seu transporte.
Art. 7º A prestação de serviço de monitoramento de sistemas eletrônicos previsto no inciso VI ao caput
do art. 5º compreende:
I – a elaboração de projeto que integre equipamentos eletrônicos utilizados em serviços de segurança privada;
II – a locação, a comercialização, a instalação e a manutenção dos equipamentos referidos no inciso I; e
III – a assistência técnica para suporte à utilização dos equipamentos eletrônicos de segurança e a ins-
peção técnica dos mesmos.
§ 1º A inspeção técnica referida no inciso III ao caput consiste no deslocamento de profissional desar-
mado ao local de origem do sinal enviado pelo sistema eletrônico de segurança para verificação, registro e
comunicação do evento à central de monitoramento.
§ 2º As empresas que prestarem os serviços mencionados no caput poderão, se contratadas pela Ad-
ministração Pública conforme legislação pertinente, realizar o monitoramento de presos nos termos definidos
no art. 146-B, II e IV, da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal.
Art. 8º A empresa de serviço de segurança privada contratada para prestação de serviços nos eventos
que, por sua magnitude e por sua complexidade, mereçam planejamento específico e detalhado, definidos em
regulamento, deverá apresentar projeto de segurança previamente à autoridade local competente.
Parágrafo único. O projeto de segurança a que se refere o caput deste artigo deverá conter, entre outras
exigências previstas em regulamento:
I – público estimado;
II – descrição da quantidade e da disposição dos vigilantes, conforme peculiaridades do evento; e
III – análise de risco, que considerará:
a) tipo de evento e público-alvo;
b) localização;
c) pontos de entrada, saída e circulação do público; e
d) dispositivos de segurança existentes.
Art. 9º Nos eventos realizados em estádios, ginásios e locais similares, poderá ser utilizado o serviço de
segurança privada, em complementação e com integração à atividade dos órgãos de segurança pública.
Art. 10. As empresas de segurança privada poderão prestar serviços ligados à atividade de bombeiro civil,
desenvolvida por profissionais capacitados, nos termos da Lei nº 11.901, de 12 de janeiro de 2009, vedado o
exercício simultâneo das funções de vigilância e de prevenção e combate a incêndios pelo mesmo profissional.
Parágrafo único. O integrante dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal, quan-
do na inatividade, será considerado habilitado a exercer a atividade de bombeiro civil, respeitados os requisitos
estabelecidos na Lei nº 11.901, de 2009, de modo especial, o contido em seu art. 4º quanto às classificações
das funções de bombeiro civil.
Art. 11. É vedada a utilização de produtos controlados de uso restrito na prestação de serviços de segurança
privada, salvo quando autorizada pelo Exército Brasileiro.
CAPÍTULO III
DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA PRIVADA

Seção I
Disposições Gerais
Art. 12. Para efeitos desta Lei, consideram-se prestadores de serviço de segurança privada as pessoas
jurídicas autorizadas a prestar os serviços previstos no art. 5º.
Art. 13. São prestadores de serviço de segurança privada:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1057

I – as empresas de serviço de segurança privada, que prestam os serviços previstos nos incisos I, II, III, IV,
V, VII, VIII, IX e XI do art. 5º desta Lei;
II – as escolas de formação de profissional de segurança privada, que conduzem as atividades constantes
do inciso X do art. 5º desta Lei; e
III – as empresas de monitoramento de sistema eletrônico de segurança privada, que prestam os serviços
descritos no inciso VI do art. 5º desta Lei.
§1º É permitido às empresas constantes do inciso I ao caput o uso de sistemas eletrônicos de segu-
rança e monitoramento para a prestação dos serviços descritos no citado dispositivo.
§ 2º As empresas definidas nos incisos II e III ao caput não poderão oferecer os serviços descritos no
inciso I ao caput.
§ 3º A Polícia Federal classificará as empresas que prestarem exclusivamente os serviços descritos
no art. 5º, XII, em alguma das previsões dos incisos de I a III ao caput deste artigo.
§ 4º Os prestadores de serviço de segurança privada e as empresas possuidoras de serviços
orgânicos de segurança privada poderão utilizar animais para a execução de suas atividades, conforme
dispuser o regulamento.
Art. 14. O capital social mínimo integralizado e necessário para obtenção da autorização, em cada unidade
da Federação, para o desenvolvimento das atividades dos prestadores de serviço de segurança privada, será:
I – de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para as empresas de transporte de numerário, bens ou
valores, de R$ 200.00,00 (duzentos mil reais) para as empresas de gerenciamento de risco em operações de
transporte de numerário, bens ou valores e de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para as demais empresas
de serviço de segurança;
II – de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) para as escolas de formação de profissionais de segurança; e
III – de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de
segurança privada.
§ 1º No caso de prestação simultânea de dois ou mais serviços constantes do art. 5º, deverá ser so-
mado ao mínimo previsto nos incisos ao caput R$ 100.000,00 (cem mil reais) por serviço adicional autorizado,
nos termos desta Lei.
§ 2º O valor referido na parte final do inciso I ao caput será reduzido a um quarto quando as empresas de
serviço de segurança privada que prestem exclusivamente os serviços de segurança patrimonial e de eventos,
previstos nos incisos I e II ao caput do art. 5º, atuarem sem utilização de arma de fogo.
§ 3º Os prestadores de serviço de segurança privada deverão comprovar a constituição de provisão fi-
nanceira ou reserva de capital, ou contratar seguro-garantia, para adimplemento das suas obrigações traba-
lhistas, tributárias, previdenciárias e oriundas de responsabilização civil.
§ 4º Os valores previstos neste artigo serão revisados periodicamente na forma de seu regulamento.
Art. 15. A autorização de funcionamento dos prestadores de serviço de segurança privada será renovada
periodicamente, na forma do inciso II ao caput do art. 42.
Art. 16. Para a prestação de serviços de segurança privada, os prestadores referidos no art. 13 emprega-
rão profissionais habilitados nos termos previstos nos incisos de I a VI ao caput do art. 26.
Art. 17. As armas empregadas na prestação de serviços de segurança privada serão de propriedade dos
prestadores de serviço de segurança privada e deverão ter:
I – cadastro obrigatório no Sistema Nacional de Armas – Sinarm, nos termos de legislação específica; e
II – registro e controle pela Polícia Federal.
Parágrafo único. No caso em que as armas e os produtos controlados de uso permitido tenham sido
adquiridos de outro prestador de serviço de segurança privada, a Polícia Federal poderá autorizar, durante a
tramitação do pedido de transferência de registro previsto no caput, o uso das armas e demais produtos até a
expedição do novo registro.
Art. 18. A Polícia Federal deverá instituir sistema informatizado, com finalidade de promover o cadastra-
mento de prestadores de serviço de segurança privada, das empresas possuidoras dos serviços orgânicos de
segurança privada e dos profissionais de segurança privada.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre:
I – compartilhamento de dados e informações do sistema informatizado entre os órgãos de seguran-
ça pública da União, Estados e Distrito Federal, observado o sigilo legal e os níveis de acesso estabelecidos; e
II – procedimento de divulgação das informações para controle social.
Art. 19. A autorização para funcionamento dos prestadores de serviço de segurança privada e sua reno-
vação ficam condicionadas ao cumprimento dos seguintes requisitos:
1058 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

I – comprovação de que os sócios ou proprietários não possuíram cotas de participação em empresas


prestadoras de serviço de segurança privada cujas atividades tenham sido canceladas nos últimos cinco anos,
em decorrência do disposto no inciso III ao caput do art. 49;
II – nos processos de renovação, comprovação do pagamento das multas aplicadas em decorrência do
descumprimento dos preceitos desta Lei;
III – certidões de regularidade fiscal, trabalhista, tributária e previdenciária, da empresa e de seus sócios
ou proprietários;
IV – comprovação da origem lícita do capital investido, quando houver indícios de irregularidades, nas
hipóteses definidas em regulamento;
V – apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais pela prática de crime doloso dos sócios
ou proprietários, administradores, diretores, gerentes e procuradores, obtidos na Justiça Federal, Estadual, Militar
da União e das Unidades da Federação, e Eleitoral, nos locais em que tenha residido nos últimos 05 (cinco) anos;
VI – apresentação de comprovante de quitação da contribuição sindical patronal e laboral; e
VII – capital social mínimo integralizado de acordo com o disposto no art. 14.
Seção II
Empresa de Serviços de Segurança Privada
Art. 20. Empresa de serviços de segurança é a pessoa jurídica, obrigatoriamente constituída na forma
de sociedade limitada ou anônima de capital fechado ou aberto com ações não negociáveis em bolsa, com o
fim de prestar os serviços previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII, IX e XII ao caput art. 5º desta Lei, além dos
serviços correlatos definidos em regulamento.
§ 1º A autorização prevista no art. 19, no que tange às Empresas de Serviços de Segurança, está condi-
cionada ao atendimento dos requisitos específicos de cada serviço, estabelecidos em regulamento, de modo
a garantir o controle estatal e a segurança e a eficiência do serviço, observados:
I – tipos de serviços de segurança privada realizadas pela mesma empresa;
II – adequação das instalações físicas, que considerará:
a) uso e acesso exclusivos ao estabelecimento;
b) local seguro para a guarda de armas e munições;
c) alarme e sistema de circuito interno e externo de imagens, com armazenamento em tempo real,
em ambiente protegido; e
d) vigilância patrimonial ininterrupta;
III – quantidade e especificações dos veículos utilizados na prestação dos serviços de segurança privada;
IV – quantidade mínima e qualificação dos profissionais de segurança para cada serviço;
V – natureza e quantidade das armas, munições e demais produtos controlados e equipamentos de uso permitido; e
VI – sistema de segurança das bases operacionais das empresas autorizadas a prestar o serviço de trans-
porte de numerário, bens ou valores.
Art. 21. Para a execução de suas atividades, a empresa de serviços de segurança poderá utilizar diferen-
tes tecnologias, observados os limites legais.
Seção III
Escola de Formação de Profissional de Segurança Privada
Art. 22. Escola de formação de profissional de segurança privada é a pessoa jurídica constituída para
prestar os serviços previstos no inciso X ao caput do art. 5º.
Art. 23. Em caráter excepcional, a escola de formação de profissional de segurança privada poderá reali-
zar atividade de ensino distinta das mencionadas no inciso X ao caput do art. 5º, desde que destinada ao apri-
moramento da segurança privada e autorizada pela Polícia Federal.
Parágrafo único. A escola de que trata este artigo poderá ceder suas instalações para aplicação de testes
em atendimento às necessidades e às imposições do Sistema Nacional de Armas – Sinarm, com vistas ao cre-
denciamento de instrutores de tiro ou à comprovação técnica para aquisição e manuseio de armas de fogo,
na forma da legislação específica que trata do assunto.
Seção IV
Empresa de Monitoramento de Sistemas Eletrônicos de Segurança
Art. 24. Empresa de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança privada é aquela constituída
para prestar os serviços constantes do inciso VI ao caput do art. 5º, exceto quanto à comercialização isolada de
produtos relacionados a esses serviços.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1059

Parágrafo único. As empresas referidas no caput poderão realizar o monitoramento remoto de quais-
quer estabelecimentos, especialmente dos locais definidos nos incisos II a V ao caput do art. 5º, sem prejuízo
da atuação das empresas de serviço de segurança.
CAPÍTULO IV
SERVIÇOS ORGÂNICOS DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 25. Serviços orgânicos de segurança privada são aqueles organizados por pessoa jurídica ou con-
domínio edilício, de casas ou de apartamentos, para a realização de quaisquer dos serviços previstos no art.
5º, exceto o disposto no inciso X de seu caput, desde que em proveito próprio, para a segurança de seu patri-
mônio e de seu pessoal.
§ 1º Os serviços orgânicos de segurança privada serão instituídos no âmbito da própria empresa ou
condomínio e com a utilização de pessoal próprio, vedada a prestação de serviços de segurança a terceiros,
pessoa natural ou jurídica.
§ 2º Aplica-se às empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada o disposto nos art. 15,
16, 17 e 19, I a VI.
§ 3º Para o exercício de suas atividades, o prestador de serviços orgânicos de segurança privada poderá utilizar:
I – de armas de fogo e de armas de menor potencial ofensivo, de sua propriedade, na forma regulada
pelos §§ 1º, 2º e 3º do art. 5º; e
II – da tecnologia disponível, inclusive de equipamentos eletrônicos de monitoramento, observados li-
mites legais.
CAPÍTULO V
DOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PRIVADA
Art. 26. Para a prestação dos diversos serviços de segurança privada previstos nesta Lei, consideram-se
profissionais de segurança privada:
I – gestor de segurança privada, profissional especializado, de nível superior, responsável pela:
a) análise de riscos e definição e integração dos recursos físicos, humanos, técnicos e organizacionais
a serem utilizados na mitigação de riscos;
b) elaboração dos projetos para a implementação das estratégias de proteção; e
c) realização de auditorias de segurança em organizações públicas e privadas.
II – vigilante supervisor, profissional habilitado encarregado do controle operacional dos serviços pres-
tados pelas empresas de serviços de segurança;
III – vigilante, profissional habilitado responsável pela execução:
a) dos serviços de segurança privada previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII e IX ao caput do art. 5º
e, na forma do regulamento, no inciso XI do mencionado artigo; e
b) da segurança física de pessoas e do patrimônio de estabelecimento de qualquer porte, sendo
encarregado de observar, inspecionar e fiscalizar suas dependências, controlar o fluxo de pessoas e
gerenciar o público em eventos em que estiver atuando;
IV – supervisor de monitoramento de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarre-
gado do controle operacional dos serviços de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança; e
V – técnico externo de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarregado de prestar
os serviços de inspeção técnica decorrente dos sinais emitidos pelos equipamentos das empresas de sistemas
eletrônicos de segurança, mencionadas no inciso VI ao caput do art. 5º, vedados, em qualquer situação, o porte
de arma de fogo, a intervenção direta na ocorrência delituosa e a realização de revistas pessoais;
VI – operador de sistema eletrônico de segurança, profissional habilitado encarregado de realizar o mo-
nitoramento de sistemas de alarme, vídeo, raios-x, scanners e outros equipamentos definidos em regulamento,
vedados, em qualquer situação, o porte de arma de fogo e a realização de revistas pessoais.
§ 1º As atividades descritas no inciso I ao caput não abrangem a elaboração de projeto técnico executivo cuja
implementação compreenda atividades desenvolvidas por categoria profissional ou regulamentação específica.
§ 2º Aos vigilantes referidos no inciso III ao caput será exigido o cumprimento de carga horária mínima de
duzentas horas para os cursos de formação e de cinquenta horas para os cursos de aperfeiçoamento e atualização.
Art. 27. O documento de identificação de gestor de segurança, vigilante supervisor e vigilante, de padrão
único, será de uso obrigatório quando em serviço.
1060 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 28. São requisitos para o exercício da atividade de vigilante e de vigilante supervisor:
I – ser brasileiro, nato ou naturalizado;
II – ter idade mínima de vinte e um anos;
III – ter sido considerado apto em exame de saúde física, mental e psicológica;
IV – ter concluído com aproveitamento o curso de formação específico;
V – não possuir antecedentes criminais registrados na Justiça pela prática de crimes dolosos e não estar
no curso do cumprimento da pena e enquanto não obtida a reabilitação, nos termos dos art. 93 e 94 do De-
creto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal; e
VI – estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
§ 1º São requisitos específicos para o exercício da atividade de vigilante:
I – ter concluído todas as etapas do ensino fundamental; e
II – estar contratado por empresa de serviços de segurança, por empresa possuidora de serviços orgâ-
nicos de segurança privada.
§ 2º São requisitos específicos para o exercício da atividade de vigilante supervisor:
I – ter concluído o ensino médio; e
II – estar contratado por empresa de serviços de segurança ou empresa possuidora de serviços orgâni-
cos de segurança privada.
§ 3º São requisitos específicos para exercício atividades de supervisor de monitoramento, técnico exter-
no e operador de sistema eletrônico de segurança, além dos incisos IV e V ao caput:
I – ter idade mínima de dezoito anos;
II – ter sido considerado apto em exame de saúde mental e psicológica;
III – ter concluído todas as etapas do ensino médio; e
IV – estar contratado por prestador de serviço de segurança privada ou serviço orgânico de segurança privada.
§ 4º Para matrícula nas escolas de formação não será exigida a contratação por prestador de serviços
de segurança privada.
§ 5º O curso de formação habilita o vigilante para a prestação do serviço de vigilância.
§ 6º Os cursos de aperfeiçoamento habilitam o vigilante para a execução dos demais serviços e funções,
conforme definido em regulamento.
§ 7º Não será exigida a conclusão do ensino fundamental ou do médio prevista nos incisos dos §§ 1º e
2º deste artigo em relação aos profissionais que já tiverem concluído, com aproveitamento, o respectivo curso
de formação ou de aperfeiçoamento, quando da entrada em vigor desta Lei.
§ 8º Os egressos do Serviço Militar e os integrantes dos órgãos de segurança pública previstos no art.
144 da Constituição Federal não serão submetidos a curso de formação para exercerem, durante a inatividade
ou a aposentaria, a prestação de serviço de vigilância, devendo realizar módulos complementares específicos
conforme regulamento.
Art. 29. São direitos do vigilante supervisor e do vigilante:
I – atualização profissional;
II – uniforme especial, regulado e devidamente autorizado pela Polícia Federal;
III – porte de arma de fogo, quando em efetivo serviço, nos termos desta Lei e da legislação específica
sobre controle de armas de fogo;
IV – materiais e equipamentos de proteção individual e para o trabalho, em perfeito estado de funcio-
namento e conservação;
V – seguro de vida em grupo;
VI – assistência jurídica por ato decorrente do serviço;
VII – serviço autônomo de aprendizagem e de assistência social, conforme regulamento;
VIII – piso salarial fixado em acordos e convenções coletivas; e
§ 1º Os direitos previstos no caput deverão ser providenciados às expensas do empregador.
§ 2º O armamento, munição, coletes de proteção balística e outros equipamentos, de uso permitido, uti-
lizados pelos profissionais referidos no caput, terão suas especificações técnicas definidas pela Polícia Federal.
§ 3º Ao técnico externo, ao operador e ao supervisor de sistema eletrônico de segurança são assegurados,
quando em serviço ou em decorrência deste, e às expensas do empregador, os direitos previstos nos incisos I,
II, IV, VI, VII e VIII ao caput deste artigo.
§ 4º A jornada de trabalho dos profissionais de segurança privada poderá, nos termos de acordos e
convenções coletivas, ser estabelecida em 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas de descanso.
§ 5º Para os efeitos do disposto no art. 429 do Decreto-lei 5.452 de 1º de maio de 1943 (Consolidação
das Leis do Trabalho) e no art. 93 da Lei 8.213 de 18 de outubro de 1991, naquilo que tange aos prestadores
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1061

de serviço de segurança privada, será utilizado como base de cálculo o número de funcionários da
empresa, excluídos os vigilantes mencionados no inciso III ao caput do art. 26 e aqueles profissionais que
exerçam atividades perigosas e insalubres.
Art. 30. São deveres dos profissionais de segurança privada:
I – respeitar a dignidade e a diversidade da pessoa humana;
II – exercer suas atividades com probidade, desenvoltura e urbanidade;
III – comunicar ao seu chefe imediato quaisquer incidentes ocorridos durante o serviço, assim como
quaisquer irregularidades ou deficiências relativas ao equipamento ou material que utiliza;
IV – utilizar corretamente o uniforme aprovado e portar identificação profissional, crachá identificador
e demais equipamentos para o exercício da profissão;
V – manter-se adstrito ao local sob vigilância, observadas as peculiaridades dos serviços de segurança
privada definidos no art. 5º e as de vigilante supervisor; e
VI – manter o sigilo profissional, ressalvado o compromisso com a denúncia de ação delituosa.
§ 1º Os profissionais de segurança privada deverão prestar seus serviços devidamente uniformizados,
ressalvadas as hipóteses previstas em regulamento.
§ 2º Os deveres previstos neste artigo não eximem o empregador da obrigação de fiscalizar seu correto
cumprimento.
CAPÍTULO VI
DA SEGURANÇA PRIVADA EM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
Art. 31. O funcionamento de dependências de instituições financeiras onde haja, simultaneamente,
atendimento ao público e guarda ou movimentação de numerário ou valores, fica condicionado à aprovação
do respectivo plano de segurança pela Polícia Federal, a quem compete proceder à investigação dos crimes
cometidos contra as instituições de que trata o parágrafo único deste artigo, que atuem em âmbito interesta-
dual ou internacional.
Parágrafo único. Os estabelecimentos de instituições financeiras referidos nesta Lei compreendem ban-
cos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança, suas agências e
postos de atendimento, assim como as cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências,
considerando-se essenciais os serviços por eles prestados para efeitos da Lei nº 7.783, de 28 junho de 1989,
bem como os inerentes à sua consecução.
Art. 32. Aplicam-se à segurança das instituições financeiras e ao transporte de numerário ou de valores a
elas destinados os procedimentos específicos estabelecidos pela Polícia Federal, nos limites do disposto nesta
Lei e em sua regulamentação.
Art. 33. A adequação dos itens de segurança nas dependências de instituições financeiras, nos termos
desta Lei e de seu regulamento, será fiscalizada pela Polícia Federal.
§ 1º Nas agências bancárias, o sistema de segurança deverá possuir:
I – instalações físicas adequadas;
II – dois vigilantes, no mínimo, com o uso de arma de fogo ou arma de menor potencial ofensivo, dota-
dos de coletes balísticos, durante os horários de atendimento ao público;
III – alarme interligado entre o estabelecimento financeiro e outra unidade da instituição, empresa de
serviços de segurança, empresa de sistema eletrônico de segurança ou órgão policial;
IV – cofre com dispositivo temporizador;
V – sistemas de circuito interno e externo de imagens, com armazenamento em tempo real, por, no mí-
nimo, 60 (sessenta) dias, em ambiente protegido;
VI – artefatos, mecanismos ou procedimentos que garantam a privacidade das operações nos guichês
dos caixas, nas capitais dos Estados e nas cidades com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes;
VII – procedimento de segurança para a abertura do estabelecimento financeiro e dos cofres, permitida
a abertura e fechamento por acionamento remoto;
VIII – porta de segurança com detector de metais ou tecnologia equivalente;
IX – porta da tesouraria, nas agências em que ela existir, com sistema de abertura condicionada a iden-
tificação biométrica; e
X – nas agências definidas na parte final do § 6º deste artigo, sistema compartilhado de alarme e de
monitoramento de segurança, por rede TCP/IP, “LAN” ou “WAN”, que deverá permitir:
a) integração, entrada e saída, com outros sistemas por contato seco;
b) telefonia; e
c) saída de áudio.
1062 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

§ 2º Os postos de atendimento bancário, onde haja atendimento ao público e guarda ou movimenta-


ção de numerário ou valores, deverão possuir, no mínimo, um vigilante, que portará arma de fogo ou arma de
menor potencial ofensivo, sistema de circuito interno de imagens, com armazenamento em tempo real, por,
no mínimo 60 (sessenta) dias, em ambiente protegido observados os requisitos previstos nos incisos I, III e IV
do § 1º deste artigo.
§ 3º A Polícia Federal poderá autorizar a redução dos dispositivos de segurança previstos no § 1º:
I – se a edificação em que estiverem instaladas as instituições financeiras possuir estrutura de segurança
que inclua, ao menos, um dos dispositivos previstos no § 1º; e
II – com base no número de habitantes e nos índices oficiais de criminalidade do local, conforme regulamento.
§ 4º As salas de autoatendimento externo não contíguas às instituições financeiras deverão possuir
alarme interligado entre o estabelecimento financeiro e outra unidade da instituição, empresa de serviços de
segurança, empresa de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança ou órgão policial e sistema de
circuito interno de imagens, com armazenamento em tempo real, em ambiente protegido.
§ 5º As exigências constantes dos incisos VI e VIII do § 1º poderão ser dispensadas nas agências insta-
ladas em edificações tombadas, desde que incompatíveis com a legislação específica ou na hipótese de im-
possibilidade estrutural de instalação dos equipamentos, comprovada mediante laudo técnico fornecido por
engenheiro habilitado.
§ 6º O uso do sistema descrito no art. 6º, § 5º, I, a ser implantado nos mesmos prazos e percentuais
descritos nos incisos do art. 6º, § 6º, será obrigatório, em relação a um dos profissionais empregados
na segurança, nas agências das capitais dos Estados e das cidades com mais de 1.000.000,00 (um milhão de
habitantes) que contem com 3 (três) ou mais postos de vigilância.
§ 7º As instituições financeiras deverão manter, pelo menos, uma central de monitoramento de
segurança no território nacional.
§ 8º As exigências previstas nos incisos de I a III ao §1º terão caráter obrigatório já a partir da
entrada em vigor desta Lei.
§ 9º As exigências previstas nos incisos de IV a X ao §1º poderão ser implantadas pelas instituições
financeiras de maneira gradativa, atingindo-se, no mínimo, os seguintes percentuais:
I – 25% (vinte e cinco por cento) das agências bancárias, em até 12 (doze) meses;
II – 50% (cinquenta por cento) das agências bancárias, em até 24 (vinte e quatro) meses;
III – 75 % (setenta e cinco por cento) das agências bancárias, em até 36 (trinta e seis) meses; e
IV – 100% (cem por cento) das agências bancárias, em até 48 (quarenta e oito) meses.
Art. 34. O plano de segurança a que se refere o art. 31 deverá descrever todos os elementos do sistema
de segurança, abranger toda a área do estabelecimento e conter:
I – descrição da quantidade e disposição dos vigilantes, conforme peculiaridades do estabelecimento;
II – descrição da localização e das instalações do estabelecimento;
III – planta baixa de toda a área do estabelecimento, que indique pontos de acesso de pessoas e veícu-
los especiais, locais de guarda de numerário, valores e armas, além da localização dos vigilantes e de todos os
dispositivos de segurança empregados nas dependências do estabelecimento;
IV – comprovante de autorização para a instituição de serviço orgânico de segurança ou de contrato com
prestadores de serviço de segurança privada; e
V – projetos de construção, instalação e manutenção dos sistemas de alarme.
§ 1º A Polícia Federal poderá disciplinar em ato normativo próprio a inclusão de informações adicionais
no plano de segurança.
§ 2º O acesso ao plano de segurança e aos documentos que o integram será restrito ao órgão de fisca-
lização e às pessoas autorizadas pela instituição financeira.
Art. 35. A edição de normas relativas à segurança das instituições financeiras deverá ser precedida de
análise técnica que, a critério da Polícia Federal, resulte na sua efetividade.
Art. 36. O transporte, a guarda e o manuseio de numerário ou valores, inclusive o intermodal, realiza-
do para suprimento e coleta de instituições financeiras, serão feitos por empresas de serviços de segurança
autorizadas a realizar o serviço de transporte de numerário ou valores ou por serviço orgânico de segurança,
observado o disposto em regulamento.
Parágrafo único. Nas regiões em que for comprovada, perante a Polícia Federal, a impossibilidade ou a
inviabilidade do uso de veículos especiais blindados terrestres para o transporte de numerário, bens ou valo-
res, esse transporte poderá ser feito por via aérea, marítima, fluvial ou com a utilização dos meios possíveis e
adequados, observadas normas específicas com aplicabilidade em cada caso e condicionado a elementos mí-
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1063

nimos de segurança dos meios empregados e à presença de vigilantes especialmente habilitados, conforme
regulamento.
Art. 37. É vedada aos empregados da instituição financeira a execução de transporte de numerário ou valores.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos integrantes do serviço orgânico de segurança
autorizado a realizar atividade dessa natureza.
Art. 38. É permitida a guarda de chaves de cofres e das dependências de instituições financeiras nas
instalações de empresas de serviços de segurança.
Art. 39. O uso de tecnologias de inutilização do numerário e de outros dispositivos antifurtos, emprega-
dos nos sistemas de segurança, será disciplinado pela Polícia Federal, ouvido, sempre que necessário, o Banco
Central do Brasil.
CAPÍTULO VII
DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
Art. 40. O Ministério da Justiça poderá instituir um Conselho Nacional de Segurança Privada – CNASP,
de caráter consultivo, vinculado ao Ministério da Justiça, e composição de membros do governo, classe em-
presarial e classe laboral, conforme dispuser o regulamento e seu regimento interno, destinado a assessorar o
Ministro da Justiça em assuntos de segurança privada e a elaborar políticas para o setor.
Art. 41. São atribuições do Conselho Nacional de Segurança Privada, entre outras:
I – estudar e propor soluções para o aprimoramento do controle e da fiscalização dos serviços de segu-
rança privada, da segurança das instituições financeiras e do transporte de numerário ou valores destinados
às instituições financeiras;
II – manifestar-se sobre:
a) as propostas de análises técnicas previstas no art. 35, encaminhadas pela Polícia Federal; e
b) normas gerais referentes aos processos administrativos instaurados com base nesta Lei.
Parágrafo único. O regulamento disporá sobre a organização, a composição e o funcionamento do Con-
selho Nacional de Segurança Privada, que será presidido por representante da Polícia Federal.
Art. 42. No âmbito da segurança privada, compete à Polícia Federal:
I – conceder autorização de funcionamento aos prestadores de serviço de segurança privada e aos ser-
viços orgânicos de segurança privada;
II – renovar a autorização referida no inciso I:
a) a cada dois anos, das empresas de serviços de segurança, das escolas de formação de profissio-
nais de segurança privada e das empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada; e
b) a cada cinco anos, das empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança;
III – exercer as atividades de controle e fiscalização dos prestadores de serviço de segurança privada,
dos serviços orgânicos de segurança privada e dos sistemas de segurança das dependências de instituições
financeiras, apurar responsabilidades e aplicar as sanções administrativas cabíveis;
IV – estabelecer procedimentos específicos para a prestação dos serviços de segurança privada;
V – reprimir as atividades ilegais ou clandestinas de segurança privada, sem prejuízo do auxílio das po-
lícias dos Estados e do Distrito Federal;
VI – estabelecer condições e requisitos específicos para utilização dos sistemas de comunicação, dos sis-
temas de alarme e de instrumentos congêneres;
VII – autorizar a aquisição, utilização, custódia, alienação e destruição de armas, munições e demais equipa-
mentos utilizados para a prestação dos serviços de segurança privada, na forma estabelecida em regulamento e em
consonância com a legislação específica em vigor que trata do controle de armas de fogo e de munições no País;
VIII – aprovar e renovar, a cada dois anos, os Planos de Segurança de dependências de instituições finan-
ceiras, sendo obrigatória ao menos uma vistoria anual;
IX – aprovar os modelos de uniformes adotados pelos prestadores de serviço de segurança privada;
X – autorizar o porte, o transporte e a transferência de armas, munições e demais produtos de uso con-
trolado, e seu uso provisório, pelas empresas prestadoras de serviços de segurança privada e pelos serviços
orgânicos de segurança privada;
XI – aprovar previamente os atos constitutivos das empresas que prestem os serviços constantes do art.
5º, nos termos do regulamento;
XII – cadastrar os profissionais de segurança privada;
1064 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

XIII – fixar o currículo mínimo dos cursos de formação, aperfeiçoamento e atualização dos profissionais
de segurança privada que contemple conteúdos programáticos baseados em princípios éticos, técnicos e le-
gais, e preveja, entre outros, conteúdos sobre:
a) uso progressivo da força e de armamento;
b) noções básicas de direitos humanos; e
c) preservação da vida e da integridade física dos indivíduos;
XIV – definir os requisitos técnicos e os equipamentos básicos para utilização de veículos de transporte de
numerário, bens e valores e de escolta armada e suas guarnições, no sistema de comunicação e outros meios de
guarda, escolta e transporte de numerário, bens ou valores, sem prejuízo das atribuições dos órgãos de trânsito;
XV – fixar critérios para a definição da quantidade mínima de veículos e de profissionais de segurança
privada dos prestadores de serviço de segurança privada e dos serviços orgânicos de segurança privada;
XVI – fixar critérios para a definição da quantidade de armas, munições, coletes de proteção balística e
demais produtos controlados de uso permitido pelos prestadores de serviço de segurança privada e dos ser-
viços orgânicos de segurança privada;
XVII – expedir documento nacional de identificação dos profissionais de segurança privada e efetuar sua
cassação nos casos previstos na legislação;
XVIII – definir as informações sobre ocorrências e sinistros que devem ser enviadas à instituição pelos
profissionais, prestadores de serviço de segurança privada, serviços orgânicos de segurança privada, institui-
ções financeiras e tomadores desses serviços; e
XIX – aprovar a utilização dos dispositivos de segurança empregados na prestação de serviço descrita
no inciso VII ao art. 5º.
§ 1º Concedida a autorização a que se refere o inciso I caput, o prestador de serviço de segurança
privada ou a empresa possuidora de serviço orgânico de segurança privada deve comunicar o início de suas
atividades à Secretaria de Segurança Pública, ou congênere, do respectivo Estado ou do Distrito Federal, num
prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.
§ 2º Os atos de renovação previstos nos incisos II e VIII ao caput dependem da comprovação do paga-
mento das penalidades pecuniárias decorrentes da aplicação desta Lei.
§ 3º Para o exercício do controle e da fiscalização da atividade de segurança privada, a Polícia Federal
terá acesso aos postos de serviços contratados, exceto quando situados no interior de residências.
§ 4º A vistoria dos prestadores de serviço de segurança privada e das empresas possuidoras de serviço or-
gânico de segurança privada deverá ser realizada pela Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento.
§ 5º Os pedidos de autorização ou de renovação a que se referem os incisos I, II e VIII ao caput de-
verão ser solucionados em até 30 (trinta) dias da entrada da documentação pelo interessado, após o que os
respectivos documentos de protocolo servirão como autorização ou renovação temporária e precária para o
exercício da atividade solicitada ou a prestação do serviço requerido, tendo validade até a manifestação defi-
nitiva do órgão competente.
Art. 43. As empresas de serviços de segurança privada e as escolas de formação de profissionais de se-
gurança privada deverão informar à Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento, relação de em-
pregados, armas e demais produtos controlados, veículos e contratos, entre outras informações indispensáveis
à prestação e aprimoramento dos serviços.
§ 1º As empresas que se utilizem de serviços orgânicos de segurança deverão informar, na forma prevista
no caput, relação dos empregados envolvidos na prestação de serviços de segurança privada, das armas, dos
veículos e demais produtos controlados, entre outras informações indispensáveis à prestação e ao aprimora-
mento dos serviços.
§ 2º As empresas que prestarem os serviços de transporte de que trata o inciso VII ao caput art. 5º man-
terão registro diário de todas as operações realizadas, com a identificação dos contratantes, para fornecimento
às autoridades competentes do referido sistema, na forma do regulamento.
Art. 44. As empresas autorizadas a prestarem os serviços de monitoramento mencionados no inciso VI
ao caput do art. 5º informarão à Polícia Federal, na periodicidade definida em regulamento, a relação dos téc-
nicos responsáveis pela instalação, rastreamento, monitoramento e assistência técnica, e outras informações
de interesse, nos termos do regulamento, referentes à sua atuação.
Art. 45. Os contratantes de prestadores de serviço de segurança privada informarão à Polícia Federal,
quando por este requeridos, os dados não financeiros referentes aos respectivos contratos firmados.
Art. 46. As instituições financeiras, os prestadores de serviço de segurança, as empresas possuidoras dos
serviços orgânicos de segurança privada e os profissionais de segurança privada têm o dever de:
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1065

I – informar à Polícia Federal os dados não financeiros referentes aos serviços de segurança privada pres-
tados ou autorizados, ao sistema de segurança empreendido e as ocorrências e sinistros acontecidos no âmbito
de suas atividades com relação à segurança privada nos termos desta Lei e de seu regulamento; e
II – apresentar ao referido órgão documentos e outros dados solicitados no interesse do controle e da
fiscalização.
Art. 47. A Polícia Federal, ouvido o Conselho a que se refere o art. 40, poderá disciplinar as condições
para alteração temporária dos itens do sistema de segurança constantes dos incisos do § 1º ao art. 33, em
situações de emergência, de calamidade pública ou em outras hipóteses que ensejem a adoção de medidas
excepcionais de segurança com caráter transitório.
Parágrafo único. Se decorridas 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir da comunicação ao Conselho
a que se refere o art. 40, este não se manifestar, caberá à Polícia Federal exercer, de imediato, a atribuição des-
crita no caput.
CAPÍTULO VIII
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 48. Compete à Polícia Federal aplicar penalidades administrativas por infração aos dispositivos desta Lei.
Art. 49. As penalidades administrativas aplicáveis aos prestadores de serviço de segurança privada e às
empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, conforme a conduta do infrator, a gravida-
de e as consequências da infração e a reincidência, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais); ou
III – cancelamento da autorização para funcionamento.
§ 1º A multa pode ser aumentada até o triplo se:
I – ineficaz em virtude da situação econômica do infrator, embora considerada em seu valor máximo; ou
II – a conduta do infrator envolver preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras for-
mas de discriminação.
§ 2º Às pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que contratarem serviços de segurança
privada em desconformidade com os preceitos desta Lei poderão ser impostas as penas previstas neste artigo.
Art. 50. As penalidades aplicáveis às instituições financeiras, conforme a conduta do infrator, a gravidade
e as consequências da infração e a reincidência, são as seguintes:
I – advertência;
II – multa de:
a) R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para as instituições financeiras; e
b) R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais) para as cooperativas singulares de crédito; e
III – interdição do estabelecimento.
§ 1º A multa pode ser aumentada até o triplo se a conduta do infrator envolver preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
§ 2º A reincidência para as instituições financeiras caracteriza-se de forma individualizada para cada uma
de suas dependências.
§ 3º O funcionamento de dependência de instituição financeira sem plano de segurança ou sem a ob-
servância das medidas e procedimentos constantes do plano de segurança aprovado será objeto de notifi-
cação pela Polícia Federal que vise à correção das irregularidades no prazo de 10 (dez) dias úteis e sujeitará a
instituição infratora à aplicação da punição referida no inciso I ao caput.
§ 4º Findo o prazo a que se refere o § 3º, sem que as correções apontadas sejam efetuadas, a instituição
infratora estará sujeita às penalidades previstas no inciso II ao caput, após o julgamento previsto no art. 56, em
que se possibilitará ampla defesa e contraditório.
§ 5º Se, aplicada a punição na forma do § 4º, a instituição financeira infratora não houver efetuado
as correções apontadas em novo prazo de 10 (dez) dias úteis contados a partir da publicação da punição,
a pena de multa poderá ser aplicada em até o dobro do valor máximo previsto no inciso II ao caput, sem
prejuízo da aplicação simultânea da penalidade prevista no inciso III ao caput.
§ 6º Os bancos públicos poderão solicitar a prorrogação do prazo previsto no § 3º para até 90 (noventa)
dias, caso a correção das irregularidades dependa de processo licitatório.
§ 7º O ato que instituiu a interdição aplicada na forma do inciso III ao caput deste artigo será revogado
pela Polícia Federal imediatamente após a verificação da correção das irregularidades por parte da instituição
financeira.
1066 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Art. 51. A Polícia Federal aplicará a multa prevista no inciso II ao caput do art. 50 às pessoas físicas ou
jurídicas de direito público ou privado que organizarem, oferecerem ou contratarem serviço de segurança pri-
vada com inobservância do disposto nesta Lei, sem prejuízo da cessação imediata da prestação de serviço de
segurança privada e das sanções civis, penais e administrativas cabíveis.
§ 1º A multa poderá ser aumentada em até o triplo se considerada ineficaz em virtude da condição eco-
nômica do infrator, embora aplicada no seu valor máximo.
§ 2º No caso de constatação de prestação de serviço de segurança não autorizado, a Polícia Federal determi-
nará, de imediato, o encerramento da segurança no local, e encaminhará as demais providências que o caso requer.
§ 3º Os materiais utilizados na prestação de serviços de segurança privada não autorizados serão apreen-
didos e, depois de encerrado o respectivo procedimento administrativo, destruídos pela autoridade competente,
ressalvada a destinação prevista em Lei específica para determinados bens ou equipamentos de uso controlado.
Art. 52. A Polícia Federal poderá celebrar termo de compromisso de conduta com os prestadores de
serviço de segurança privada, empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada e instituições
financeiras, conforme regulamento.
§ 1º Do termo de compromisso deverão constar:
I – a especificação das obrigações do representado para fazer cessar a prática irregular investigada e
seus efeitos lesivos; e
II – os valores das multas aplicáveis pelo descumprimento, total ou parcial, das obrigações compromissadas.
§ 2º A celebração do termo de compromisso poderá ocorrer até o julgamento do processo administrativo.
§ 3º O termo de compromisso constitui título executivo extrajudicial.
§ 4º Os processos administrativos ficarão suspensos enquanto estiver sendo cumprido o compromisso
e serão arquivados ao término do prazo fixado se atendidas todas as condições estabelecidas no termo.
§ 5º Declarado o descumprimento do compromisso, a Polícia Federal aplicará, de imediato, as sanções
cabíveis previstas nesta Lei e adotará as demais providências para o prosseguimento do processo administra-
tivo e a aplicação das demais medidas adequadas, inclusive, de cunho judicial.
CAPÍTULO IX
DO CRIME
Art. 53. Organizar, prestar ou oferecer serviços de segurança privada, com a utilização de armas de fogo,
na qualidade de sócio ou proprietário, sem possuir autorização de funcionamento.
Pena – detenção de um a três anos e multa.
CAPÍTULO X
DAS TAXAS
Art. 54. Ficam instituídas taxas, nos termos do Anexo, para remuneração pela execução dos serviços de
fiscalização e controle federais, aplicáveis aos prestadores de serviço de segurança privada, às empresas pos-
suidoras de serviços orgânicos e às instituições financeiras.
Parágrafo único. Os prazos para o recolhimento das taxas constantes do Anexo serão definidos em ato
da Polícia Federal.
Art. 55. Os valores arrecadados com a cobrança das multas e das taxas previstas nesta Lei serão destinados
ao Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim do Departamento de Polícia Federal –
FUNAPOL, instituído pela Lei Complementar nº 89, de 18 de fevereiro de 1997, devendo ser utilizados, exclusi-
vamente, no combate aos crimes cometidos contra as instituições de que trata o art. 31 e na melhora da estru-
tura de fiscalização e de controle da prestação de serviços de segurança privada e das instituições financeiras.
Art. 56. O julgamento do auto de infração seguirá o rito estabelecido pela Polícia Federal, observados o
contraditório e a ampla defesa, e a cobrança do crédito decorrente da aplicação desta Lei seguirá o rito esta-
belecido pelo Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972.
Art. 57. Para a execução das competências constantes desta Lei, a Polícia Federal, por meio do Ministé-
rio da Justiça, poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança Pública, ou congêneres, dos Estados
e do Distrito Federal, ocasião em que poderá delegar a totalidade ou parte de suas atribuições relacionadas à
fiscalização e ao controle da prestação dos serviços de segurança privada, nos termos do regulamento.
§ 1º Havendo a celebração do convênio a que se refere o caput, a União destinará às referidas unida-
des da Federação parte dos valores arrecadados relativos às respectivas taxas e multas, vedada a subdelega-
ção, conforme regulamento.
§ 2º É vedada às unidades da Federação a instituição de taxas ou de multas visando ao cumprimento
das disposições desta Lei.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1067

CAPÍTULO XI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 58. As regras de transição para o atendimento aos requisitos de escolaridade previstos no Capítulo
V serão definidas em regulamento.
Art. 59. A atividade de transporte internacional de numerário, bens ou valores será disciplinada em ato
conjunto dos Ministérios da Justiça, da Fazenda, da Defesa e das Relações Exteriores.
Art. 60. As armas, munições, petrechos e demais produtos de uso controlado, cujos empregos forem au-
torizados para a prestação dos serviços de segurança privada, quando penhorados, arrestados ou de qualquer
forma constritos judicialmente, somente poderão ser alienados e adjudicados a outros prestadores de serviço
de segurança privada.
Parágrafo único. A alienação e a adjudicação de que trata o caput dependerá de manifestação favorável
da Polícia Federal.
Art. 61. A junta comercial comunicará à Polícia Federal o registro de empresa que tenha como objeto
social a prestação de serviços de segurança privada, no prazo de quinze dias contados da data do registro.
Art. 62. O disposto nesta Lei não afasta direitos e garantias assegurados pela legislação trabalhista ou
em convenções ou acordos coletivos de igual natureza.
Art. 63. O disposto nesta Lei não se aplica ao transporte, guarda e movimentação do meio circulante na-
cional a cargo do Banco Central do Brasil.
Parágrafo único. Os prestadores de serviço de segurança privada contratados pelo Banco Central do Bra-
sil ficam obrigados ao cumprimento desta Lei.
Art. 64. Excetuados os casos expressamente regulados por esta Lei quanto a prazos específicos, os pres-
tadores de serviço de segurança privada, as empresas possuidoras de serviço orgânico de segurança privada,
as instituições financeiras terão o limite máximo de 3 (três) anos, contados da publicação desta Lei, para reali-
zarem as adequações dela decorrentes.
Art. 65. Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de estabelecimentos financeiros, apólice
de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto qualificado de numerário e outros valores,
sem comprovação de cumprimento, pelo segurado, das exigências previstas nesta Lei.
Parágrafo único. As apólices com infringência do disposto neste artigo não terão cobertura de ressegu-
ros pelo Instituto de Resseguros do Brasil.
Art. 66. Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, serão concedidos
descontos sobre os prêmios aos segurados que possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança previs-
tos nesta Lei, outros meios de proteção, na forma do regulamento.
Art. 67. Esta Lei não se aplica à segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita efetivadas
na área restrita de segurança.
Art. 68. No transporte dos produtos controlados referidos no Decreto no 24.602, de 6 de julho de 1934, de
modo especial, de pólvoras, explosivos e artigos pirotécnicos, em carregamentos superiores a 50 (cinquenta)
quilogramas, é obrigatório o emprego de veículos dotados de sistema de rastreamento e de monitoramento
permanentes, além de escolta armada.
Art. 69. A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelos profissionais de segurança privada dos prestadores de serviços
de segurança privada e das empresas possuidoras de serviços orgânicos de segurança privada, consti-
tuídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, so-
mente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo essas observarem as condições de uso e de
armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de
porte expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
.................................................................................................................................................................................................
Art. 23. ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
§ 4º As instituições de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV ao caput do art.
6º e no seu § 7º, e as escolas de formação de profissionais de segurança privada poderão adquirir insumos
e máquinas de recarga de munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante
autorização concedida nos termos do regulamento.
........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 70. O inciso IV ao art. 1º da Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
1068 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

“Art. 1º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens, valores e produtos controlados a que se refere
o Decreto no 24.602, de 6 de julho de 1934, de modo especial, pólvoras, explosivos e artigos pirotécnicos,
transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de qua-
drilha ou bando em mais de um Estado da Federação.
.........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 71. O inciso I ao art. 8º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º ...................................................................................................................................................................................
I – as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6o, 8o e 9o do art. 3o da Lei no 9.718, de 27 de novembro de 1998 (pa-
rágrafos introduzidos pela Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001), e na Lei que institui
o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras;
........................................................................................................................................................................................” (NR).
Art. 72. Revoga-se a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983; a Lei nº 8.863, de 28 de março de 1994; o art.
7º da Lei nº 11.718, de 20 de junho de 2008; os art. 14 a 16 e 20 da Lei nº 9.017, de 30 de março de 1995; e o art.
14 da Medida Provisória nº 2.184-23, de 24 de agosto de 2001.
Art. 73. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar de sua entrada
em vigor.
Art. 74. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 16 setembro de 2015. – Deputado Andre Moura, Presidente – Deputado Wellington
Roberto, Relator
ANEXO – TAXAS
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1069

PROJETO DE LEI Nº 6.470-B, DE 2013


(Da Sra. Mara Gabrilli)

Altera a Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995, para incluir o financiamento de iniciativas e pro-
jetos voltados à pessoa com deficiência entre as finalidades do Fundo de Defesa de Direitos
Difusos – FDD; tendo parecer: da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação
(relator: DEP. FRANCISCO FLORIANO); e da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência, pela aprovação (relator: DEP. OTAVIO LEITE).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; DEFESA DOS DIREITOS DAS PES-
SOAS COM DEFICIÊNCIA; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE
CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

I – Relatório
Busca a proposição em apreço alterar a Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995, para incluir o financia-
mento de iniciativas e projetos voltados à pessoa com deficiência entre as finalidades do Fundo de Defesa de
Direitos Difusos – FDD.
Alega a nobre autora, como justificativa, que a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, estabeleceu
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mo-
bilidade reduzida, mas, a despeito de se ter verificado algum avanço nesses quase quinze anos, as pessoas com
deficiência ainda encontram muitas dificuldades, motivo pelo qual propõe que o financiamento de iniciativas
e projetos voltados à acessibilidade dessas pessoas passe a integrar o rol de finalidades do Fundo de Defesa
dos Direitos Difusos.
Na primeira Comissão que examinou o mérito, a de Seguridade Social e Família, o projeto logrou aprovação.
Trata-se de proposição com tramitação ordinária, sujeita à apreciação conclusiva pelas comissões, art.
24, inc. II, RICD.
No prazo regimental, não foram oferecidas emendas.
É o relatório.

II – Voto do Relator
No tocante ao mérito, somos favoráveis à aprovação deste Projeto de Lei nº 6.470, de 2013.
Cada vez mais, em nossa sociedade, torna-se premente a promoção da acessibilidade das pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida. O exercício de tal direito traduz-se em reflexos positivos para toda
a coletividade, pois se revela como um dos fundamentos para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.
Então, apesar de alguns avanços, ainda hoje as pessoas com deficiência encontram muitas dificuldades
em seu dia a dia, sendo necessária uma atenção mais específica e concreta do Poder Público, motivo pelo qual
entendemos como de especial relevância que o financiamento de iniciativas e projetos voltados à acessibili-
dade de pessoas com deficiência passe a integrar o rol de finalidades do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
Dessa forma, entendemos tratar-se de proposição que, por seu caráter inclusivo, trará benefícios que se
difundirão pela sociedade como um todo.
Assim, apresentamos o voto pela aprovação deste Projeto de Lei nº 6.470, de 2013.
Sala da Comissão, 1 de setembro de 2015. – Deputado Otavio Leite, Relator

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em reunião ordinária realizada hoje,
aprovou o Projeto de Lei nº 6.470/2013, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Otavio Leite.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Aelton Freitas – Presidente, Zenaide Maia e Carmen Zanot-
to – Vice-Presidentes, Conceição Sampaio, Dr. Jorge Silva, Luizianne Lins, Misael Varella, Pastor Eurico, Carlos
Henrique Gaguim, Erika Kokay, João Derly, Otavio Leite, Paulo Foletto, Professora Dorinha Seabra Rezende,
Professora Marcivania e Wilson Filho.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Aelton Freitas, Presidente
1070 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PROJETO DE LEI Nº 6.718-B, DE 2013


(Do Sr. Wilson Filho)

Denomina a BR-434 como “Rodovia José Milton Santiago – Azulão”; tendo parecer da Comis-
são de Viação e Transportes, pela aprovação (relatora: DEP. CLARISSA GAROTINHO); e da Co-
missão de Cultura, pela aprovação (relator: DEP. EFRAIM FILHO).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES; CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E
DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE CULTURA

I – Relatório
Submete-se à apreciação conclusiva desta Comissão de Cultura, conforme o art. 24, II, do Regimento Interno
da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 6.720, de 2013, de autoria do Deputado Wilson Filho, que atribui
a denominação de José Milton Santiago – Azulão a Rodovia BR-434, localizada nos estados do Ceará e da Paraíba.
A matéria foi aprovada por unanimidade na Comissão de Viação e Transportes, em 13 de maio de 2015,
por atender ao disposto no art. 2º da Lei nº 6.682, de 27 de agosto de 1979, que dispõe sobre a denominação
de vias e estações terminais do PNV.
Esgotados os prazos regimentais, não foram apresentadas emendas à proposição.
É o relatório.
II – Voto do Relator
O Projeto de Lei nº 6.718, de 2013, que ora analisamos, tem por objetivo homenagear o ilustre cidadão
José Milton Santiago – mais conhecido como Azulão, emprestando seu nome à rodovia de ligação BR-434, nos
estados do Ceará e da Paraíba.
O autor objetiva homenagear um dos maiores filhos da cidade de Poço Dantas, já que José Milton San-
tiago – Azulão, foi o primeiro prefeito após a criação daquele município em 1996., tendo sido reeleito em 2000.
Sua administração foi marcada pela implantação de diversas obras e serviços no recém-criado município de
Poço Dantas, com destaque para o sistema de abastecimento, calçamento, praças, escolas, eletrificação rural,
praças, açudes, casas populares, e de relevantes ações nas áreas social e da saúde..
Vale ressaltar que o projeto de lei em pauta está em conformidade com a legislação em vigor. A Lei nº
6.682, de 27 de agosto de 1979, que dispõe sobre a denominação de vias e estações terminais do Plano Na-
cional de Viação, determina que as estações terminais, obras de arte ou trechos de via do sistema nacional de
transporte terão a denominação das localidades em que se encontrem, cruzem ou interliguem, conforme a
nomenclatura estabelecida pelo PNV. O art. 2º desse dispositivo legal também admite que seja dada à estação
terminal, obra de arte ou trecho via, supletivamente e por lei, designação de um fato histórico ou de nome de
pessoa falecida que haja prestado relevante serviço à Nação ou à Humanidade.
Da mesma forma, o projeto encontra-se em consonância com a Lei nº 6.454, de 24 de outubro de 1977,
que dispõe sobre a denominação de logradouros, obras, serviços e monumentos públicos, visto que atende
ao estabelecido em seu art. 1º.
Art. 1º É proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado
pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza,
pertencentes à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta.
Por todas as razões apresentadas, ainda que ciente do conteúdo da Súmula n° 1/2013, de recomendação
aos relatores desta Comissão de Cultura, no que tange aos projetos de denominação de pontes, viadutos, vias e
trechos de vias federais, não pode este relator deixar de se manifestar favoravelmente a uma iniciativa que obje-
tiva homenagear tão ilustre paraibano, como o foi o ex-prefeito de Poço Dantas, José Milton Santiago – Azulão.
Dessa forma, o voto é pela aprovação do Projeto de Lei nº 6.718, de 2013, de autoria do ilustre deputa-
do Wilson Filho.
Sala da Comissão, 11 de agosto de 2015. – Deputado Efraim Filho, Relator
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Cultura, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº
6.718/2013, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Efraim Filho.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1071

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Félix Mendonça Júnior – Presidente, Marcelo Matos, Moses Ro-
drigues e Luciana Santos – Vice-Presidentes, Cabuçu Borges, Celso Jacob, Tiririca, Waldenor Pereira, Alice Portugal,
Clarissa Garotinho, Diego Garcia, Erika Kokay, Geovania de Sá, Giuseppe Vecci, João Marcelo Souza e Jose Stédile.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Félix Mendonça Júnior, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 1.294-A, DE 2015
(Do Sr. Alfredo Nascimento)

Altera a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, que “dispõe sobre a reestruturação dos transpor-
tes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte,
a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários
e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências”, para
tornar obrigatório plano de ação para atendimento emergencial aos usuários em caso de aci-
dente de trânsito ou de ações de defesa civil nas rodovias sob regime de concessão; tendo
parecer da Comissão de Viação e Transportes, pela aprovação, com emenda (relatora: DEP.
CLARISSA GAROTINHO).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADA-
NIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

I – DO RELATÓRIO
O Projeto de lei nº 1294/ 2015 de autoria do Sr. Alfredo Nascimento altera a redação do § 2º do art. 26 da
Lei nº 10.233 de 05 de junho de 2001.
O § 2º da referida Lei determina que na elaboração dos editais de licitação para a concessão de rodovias,
a ANTT cuidará de compatibilizar a tarifa do pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de viagem,
transferidos aos usuários em decorrência da aplicação dos recursos de sua arrecadação no aperfeiçoamento
da via em que é cobrado.
O projeto que agora analiso inclui outras exigências das empresas participantes da licitação para que
apresentem plano de ação geoprocessado para atendimento emergencial aos usuários em caso de acidente
de trânsito ou de ações de defesa civil como:
1 – mapeamento das unidades de saúde existentes na área de influência da rodovia;
2 – classificação dessas unidades segundo a complexidade do atendimento que estão aptas a oferecer;
3 – estabelecimento de pontos de apoio ao longo da rodovia para a mobilização do atendimento ao usuário;
4 – dimensionamento do tempo de deslocamento entre os possíveis locais de acidente, os pontos de
apoio e as unidades de saúde;
5 – anuência das autoridades gestoras das unidades de saúde em relação às demandas a serem geradas
com o atendimento.
No prazo regimental não foram apresentadas emendas.
Este é o relatório.
II – Voto da Relatora
O Projeto de lei nº 1294/ 2015 de autoria do Sr. Alfredo Nascimento acrescenta exigências a serem cum-
pridas pelos participantes dos certames na concessão de rodovias.
Todas as exigências estão voltadas para que os participantes das licitações apresentem seu plano de
ação para atendimento de vítimas dos acidentes de trânsito ocorridos nas rodovias.
Conforme destacou o autor da proposta, os acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte
e de lesões incapacitantes em nosso país. Somente no último feriado da independência as rodovias federais
registraram 869 acidentes resultando em 92 mortes e 1307 feridos.
Num modo geral, os planos de atendimento de vítimas variam de concessão para concessão e constam
no “programa de exploração da rodovia” que integra o edital de licitação, mas não estão previstos na legisla-
ção de maneira padronizada.
Para isso “a presente proposição introduz na Lei nº 10.233, de 2001, que dispõe sobre a reestruturação
do transporte aquaviário e terrestre, a determinação de que os editais de licitação para concessão de trechos
rodoviários passem a exigir a apresentação, pelas empresas concorrentes, de plano de ação geoprocessado
1072 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

para atendimento emergencial aos usuários em caso de acidente de trânsito ou de ações de defesa civil com
as seguintes informações:
I – mapeamento das unidades de saúde existentes na área de influência da rodovia;
II – classificação dessas unidades segundo a complexidade do atendimento que estão aptas a oferecer;
III – estabelecimento de pontos de apoio ao longo da rodovia para a mobilização do atendimento ao usuário;
IV – dimensionamento do tempo de deslocamento entre os possíveis locais de acidente, os pontos de
apoio e as unidades de saúde;
V – anuência das autoridades gestoras das unidades de saúde em relação às demandas a serem geradas
com o atendimento.
Porém, acredito que a exigência da “anuência das autoridades gestoras de saúde” para que a postulante
apresente sua proposta ao certame seja um excesso, já que a empresa passaria a depender de outros órgãos
(de saúde) para ter sua proposta finalizada.
Por todo exposto voto pela APROVAÇÃO do projeto de lei n° 1294/2015 com a emenda que segue.
Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputada Clarissa Garotinho, Relatora
EMENDA Nº 1
Fica alterado o art. 1º do projeto de lei nº 1294/2015 que passará a ter a seguinte redação:
Art. 1º O § 2º do art. 26 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 26. (...)
(...)
§ 2º Na elaboração dos editais de licitação, para o cumprimento do disposto no inciso VI do caput,
a ANTT:
I – cuidará de compatibilizar a tarifa do pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de
viagem transferidos aos usuários em decorrência da aplicação dos recursos de sua arrecadação no
aperfeiçoamento da via em que é cobrado;
II – exigirá das empresas participantes da licitação que apresentem plano de ação, preferencialmen-
te de maneira geoprocessada, para atendimento emergencial aos usuários em caso de acidente de
trânsito ou de ações de defesa civil, do qual conste:
a) mapeamento das unidades de saúde existentes na área de influência da rodovia;
b) classificação dessas unidades segundo a complexidade do atendimento que estão aptas a oferecer;
c) estabelecimento de pontos de apoio ao longo da rodovia para a mobilização do atendimento ao
usuário;
d) dimensionamento do tempo de deslocamento entre os possíveis locais de acidente, os pontos
de apoio e as unidades de saúde;
Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputada Clarissa Garotinho, Relatora
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Viação e Transportes, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o
Projeto de Lei nº 1.294/2015, com emenda, nos termos do parecer da relatora, Deputada Clarissa Garotinho.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Clarissa Garotinho – Presidente, Washington Reis e Milton
Monti – Vice-Presidentes, Alexandre Valle, Baleia Rossi, Diego Andrade, Edinho Bez, Ezequiel Fonseca, Gonzaga
Patriota, Goulart, Hermes Parcianello, Hugo Leal, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Major Olimpio, Marcelo Matos,
Marcio Alvino, Marinha Raupp, Marquinho Mendes, Mauro Mariani, Nelson Marquezelli, Paulo Feijó, Remídio Mo-
nai, Roberto Britto, Silas Freire, Tenente Lúcio, Vicentinho Júnior, Wadson Ribeiro, Adail Carneiro, Alfredo Kaefer,
Aliel Machado, Arnaldo Faria de Sá, Aureo, Carlos Henrique Gaguim, Fábio Ramalho, Fabio Reis, Jose Stédile, Julio
Lopes, Juscelino Filho, Leônidas Cristino, Leopoldo Meyer, Mário Negromonte Jr., Ricardo Izar e Samuel Moreira.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Hugo Leal, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 1.294, DE 2015

EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO

Altera a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, que “dispõe sobre a reestruturação dos transpor-
tes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte,
a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários
e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, e dá outras providências”, para
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1073

tornar obrigatório plano de ação para atendimento emergencial aos usuários em caso de aci-
dente de trânsito ou de ações de defesa civil nas rodovias sob regime de concessão.
Fica alterado o art. 1º do projeto de lei nº 1294/2015 que passará a ter a seguinte redação:
Art. 1º O § 2º do art. 26 da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 26. (...)
(...)
§ 2º Na elaboração dos editais de licitação, para o cumprimento do disposto no inciso VI do caput,
a ANTT:
I – cuidará de compatibilizar a tarifa do pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de
viagem transferidos aos usuários em decorrência da aplicação dos recursos de sua arrecadação no
aperfeiçoamento da via em que é cobrado;
II – exigirá das empresas participantes da licitação que apresentem plano de ação, preferencialmen-
te de maneira geoprocessada, para atendimento emergencial aos usuários em caso de acidente de
trânsito ou de ações de defesa civil, do qual conste:
a) mapeamento das unidades de saúde existentes na área de influência da rodovia;
b) classificação dessas unidades segundo a complexidade do atendimento que estão aptas a oferecer;
c) estabelecimento de pontos de apoio ao longo da rodovia para a mobilização do atendimento ao usuário;
d) dimensionamento do tempo de deslocamento entre os possíveis locais de acidente, os pontos
de apoio e as unidades de saúde
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Hugo Leal, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 1.355-A, DE 2015
(Do Sr. Alberto Fraga)

Acrescenta o inciso XXVI ao artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o
Código de Trânsito Brasileiro; tendo parecer da Comissão de Viação e Transportes, pela apro-
vação deste e do de nº 1979/15, apensado, com substitutivo (relator: DEP. MAJOR OLIMPIO).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE VIAÇÃO E TRANSPORTES E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADA-
NIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

I – Relatório
O Projeto de Lei nº 1.355, de 2015, de autoria do Deputado ALBERTO FRAGA, tem por finalidade de acrescen-
tar o inciso XXVI ao artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Na sua justificação, o ilustre parlamentar argumenta que o objetivo da proposta é acrescentar inciso ao
artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para incluir um
representante do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombei-
ros Militares dos Estados e do Distrito Federal.
Afirma da necessidade do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, ser composto por representantes
do “mais alto nível para a formulação da política e dos programas estratégicos”.
Foi apensado ao projeto principal o projeto de lei nº 1.979 de 2015, de autoria do Deputado Edmilson Rodri-
gues, que altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasileiro”, para dispor
sobre a composição do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), com a finalidade de ampliar a representação,
com a inclusão da categoria dos “agentes de trânsito”, no Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo normati-
vo, consultivo e coordenador da política nacional de trânsito, e que compõe o Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Em sua justificativa o autor afirma que o Brasil tornou-se referência do debate internacional acerca do
aprofundamento da reforma democrática, com experiências participativas na definição de prioridades ou no
desenho de políticas públicas. Assim, os conselhos instituem uma nova modalidade de relacionamento da so-
ciedade com o Estado. Os conselhos são, ao mesmo tempo, resultado do processo de democratização do país
e pressupostos para a consolidação dessa democracia.
Finaliza dizendo que como atores diretos na execução da política pública os agentes de trânsito podem
trazer para o Conselho Nacional de Trânsito relevantes contribuições acumuladas no desenvolvimento de suas
1074 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

atividades e que podem favorecer a construção de uma política pública na área de mobilidade urbana mais
efetiva e condizente com as realidades locais, buscando assim diminuir as estatísticas com acidentes e mortes
no trânsito que se apresentam assustadoramente altas.
No prazo regimental não foram oferecidas emendas nesta Comissão.
II – Voto do Relator
Na forma do disposto no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, em seu art. 32, XX, o projeto vem
a esta Comissão, tendo em vista a competência para análise de mérito da matéria.
Os projetos em apreço têm a intenção de aperfeiçoar a legislação de trânsito em vigor, com alteração o art. 10
da Lei nº 9.505, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para alterar a composição do CONTRAN.
De acordo com o artigo 7º, inciso I, do CTB, o CONTRAN, é o coordenador do Sistema Nacional de Trân-
sito e é o órgão máximo normativo e consultivo que, dentre suas competências, elencadas no artigo 12 – CTB,
destaca-se o dispositivo do inciso “I”, que confere a legalidade para o estabelecimento de normas regulamen-
tares referidas no Código de Trânsito e das diretrizes da Política Nacional de Trânsito.
Em relação ao projeto principal, resta mais do que evidente que cabe às polícias militares no Brasil, efeti-
vamente, exercer o policiamento ostensivo de trânsito nas vias urbanas e nas rodovias estaduais e, aos corpos
de bombeiros militares o resgate de acidentados em decorrência de sinistro; bem como às policias rodoviárias
federais o patrulhamento ostensivo no âmbito das rodovias federais, por isso, estão diretamente ligadas ao
contexto da aplicabilidade das legislações referentes ao assunto.
O Conselho Nacional de Comandantes Gerais de Polícia Militar e de Corpos de Bombeiros Militares tem
reconhecimento em outros órgãos colegiados que tratam de políticas públicas na sua área de atribuição, como
no Conselho Nacional de Segurança Pública.
A participação da PRF, como órgão executivo de trânsito da União é fundamental no contexto do Con-
selho, assim como dos demais propostos, tendo em vista sua capilaridade nacional e função importante no
contexto da segurança viária.
Quanto à categoria “agentes de trânsito” ela foi reconhecida pela EC 82/2014, que é originada da reco-
nhecida “PEC da Segurança Viária e dos Agentes de Trânsito”, a qual inclui o §10 no art. 144 da Constituição
Federal, que possui a seguinte redação, in verbis:
Art. 144 A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para preser-
vação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
§10 A segurança viária, exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do seu patrimônio nas vias públicas:
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas
em lei, que assegure ao cidadão o direito a mobilidade urbana eficiente; e
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou en-
tidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
Portanto, a Emenda Constitucional nº 82, de 16 de julho de 2014, insere a segurança viária no contexto
da segurança pública constitucional, deixando expresso o seu objetivo: de preservar a ordem pública, de pro-
teção das pessoas e de seu patrimônio nas vias públicas.
O novo texto constitucional deixa claro, ainda, a larga abrangência da segurança viária, com vistas a
assegurar ao cidadão o direito a mobilidade urbana eficiente, que compreende a educação, engenharia e fis-
calização de trânsito, além de outras atividades previstas em leis estaduais e municipais, no âmbito de suas
respectivas especificidades.
A Constituição Federal no seu art. 10 prevê que os trabalhadores têm direito de ter acento nos órgãos
colegiados públicos que tratem dos seus interesses, nos seguintes termos:
“Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos pú-
blicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.”
Porém, até hoje o CONTRAN não respeita esse mandamento Constitucional, não havendo em sua com-
posição a participação dos trabalhadores das respectivas categorias.
É notória a competência do Conselho Nacional de Trânsito como órgão responsável pela elaboração de
política pública específica na seara da polícia ostensiva, no salvamente e resgate de acidentados, na mobili-
dade urbana e que não pode se furtar de ter a participação de representantes que possuem a incumbência
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1075

quotidiana de operacionalizar a legislação para viabilizar os eixos estruturantes da segurança viária: educação,
engenharia, fiscalização e policiamento de trânsito.
Diante do exposto, está evidente que os projetos objetivam melhor colaborar com a edição das reso-
luções do CONTRAN, por meio de uma participação mais ativa dos legítimos representantes dos segmentos
responsáveis pela segurança no trânsito brasileiro.
Entretanto, a atual composição do CONTRAN tem representantes de órgãos e entidades da União, e nesse
sentido também deve ser acrescido de representante de órgãos e entidades dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, em especial dos executivos de trânsito desses entes federados, que não foram contemplados
pela atual composição.
Assim, diante do exposto, e sob a perspectiva da Comissão de Viação e Transporte, votamos pela aprovação
do Projeto de lei nº 1355, de 2015, e do Projeto de Lei nº 1979 de 2015, nos termos do Substitutivo apresentado.
Sala da Comissão, 17 de setembro de 2015. – Deputado Major Olimpio, Relator
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 1.355, DE 2015
(Apenso Projeto de Lei nº 1.979, de 2015)

Acrescenta incisos ao artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro.
O Congresso Nacional Decreta:
Art. 1º Esta a lei acrescenta incisos ao artigo 10 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, alterando a
composição do Conselho Nacional de Trânsito.
Art. 2º O artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.10. ..................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
XXVI – um representante do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Policiais Militares e dos
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal;
XXVII – um representante da Polícia Rodoviária Federal;
XXVIII – um representante da entidade máxima representativa dos órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal;
XXIX – um representante da entidade máxima representativa dos Municípios.
XXX – um representante de entidade de classe nacional dos agentes dos órgãos executivos de trânsito.” (NR)
Art. 3º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 17 de setembro de 2015. – Deputado Major Olimpio, Relator
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Viação e Transportes, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o
Projeto de Lei nº 1.355/2015 e o PL 1979/2015, apensado, com substitutivo, nos termos do parecer do relator,
Deputado Major Olimpio.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Clarissa Garotinho – Presidente, Washington Reis e Milton
Monti – Vice-Presidentes, Alexandre Valle, Baleia Rossi, Diego Andrade, Edinho Bez, Ezequiel Fonseca, Gonza-
ga Patriota, Goulart, Hermes Parcianello, Hugo Leal, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Major Olimpio, Marcelo
Matos, Marcio Alvino, Marinha Raupp, Marquinho Mendes, Mauro Mariani, Nelson Marquezelli, Paulo Feijó,
Remídio Monai, Roberto Britto, Silas Freire, Tenente Lúcio, Vicentinho Júnior, Wadson Ribeiro, Adail Carneiro,
Alfredo Kaefer, Aliel Machado, Arnaldo Faria de Sá, Aureo, Carlos Henrique Gaguim, Fábio Ramalho, Fabio Reis,
Jose Stédile, Julio Lopes, Juscelino Filho, Leônidas Cristino, Leopoldo Meyer, Mário Negromonte Jr., Ricardo
Izar e Samuel Moreira.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Clarissa Garotinho, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 1.355, DE 2015
(E SEU APENSO PL Nº 1.979, DE 2015)

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA COMISSÃO

Acrescenta incisos ao artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro.
1076 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

O Congresso Nacional Decreta:


Art. 1º Esta a lei acrescenta incisos ao artigo 10 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, alterando a
composição do Conselho Nacional de Trânsito.
Art. 2º O artigo 10 da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art.10. ..................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
XXVI – um representante do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Policiais Militares e dos
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal;
XXVII – um representante da Polícia Rodoviária Federal;
XXVIII – um representante da entidade máxima representativa dos órgãos ou entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal;
XXIX – um representante da entidade máxima representativa dos Municípios.
XXX – um representante de entidade de classe nacional dos agentes dos órgãos executivos de trânsito.” (NR)
Art. 3º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputada Clarissa Garotinho, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 1.690-A, DE 2015
(Do Sr. Hélio Leite)

Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, de diretrizes e bases da educação nacional,


para tornar obrigatória a presença de tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa,
para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos; tendo
parecer da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, pela aprovação (re-
latora: DEP. PROFESSORA DORINHA SEABRA REZENDE).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; EDUCAÇÃO;
FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

I – Relatório
O Projeto de Lei nº 1.690, de 2015, de autoria do Deputado Hélio Leite, visa alterar a Lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1966, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB), para determinar que
os estabelecimentos públicos de ensino, de todos os níveis, etapas e modalidades, incluam em seus quadros
profissionais tradutores e intérpretes de Libras – Língua Portuguesa, de forma a possibilitar o acesso à comu-
nicação, à informação e à educação de estudantes surdos.
A matéria foi distribuída a esta Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e à Comis-
são de Educação, para análise do mérito, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para análise da
constitucionalidade e juridicidade, e à Comissão de Finanças e Tributação, para exame da adequação financei-
ra ou orçamentária.
A tramitação se dá nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno desta Casa, em regime ordinário. Nesta
Comissão, não foram oferecidas emendas à proposição no prazo regimental.
É o relatório.
II – Voto da Relatora
Parabenizamos o nobre Deputado Hélio Leite pela iniciativa de garantir aos estudantes surdos o direito
à educação de qualidade. Estamos plenamente de acordo com sua afirmação de que “não podemos dizer que
estamos prestando educação a uma pessoa surda se a colocamos numa sala de aula na qual o professor não fala
a sua língua, que é a Libras, nem há a presença de alguém que possa servir de intérprete”.
A legislação atual reflete a preocupação com a educação dos alunos surdos e com deficiência auditiva.
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), estabelece como
uma das estratégias para o atingimento de sua Meta 4 (universalização do acesso à educação básica e ao aten-
dimento educacional especializado para a população de quatro a dezessete anos com deficiência) a garantia
de oferta de educação bilíngue em Libras (Língua Brasileira de Sinais), como primeira língua, e na modalidade
escrita da língua portuguesa, como segunda língua, aos alunos surdos e com deficiência auditiva.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1077

Da mesma forma, a recém-sancionada Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146,
de 6 de julho de 2015), que tem como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
Protocolo Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional e que possuem status de texto constitucional, as-
segura à pessoas com deficiência um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades de en-
sino, com a oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua
portuguesa como segunda língua, bem como a formação e disponibilização de professores para o atendimen-
to educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de
apoio (art. 28, IV e XI).
A LDB, porém, ainda não faz menção à necessidade do tradutor e intérprete da Libras para a educação
dos surdos e deficientes auditivos, lacuna esta que a proposição em apreço visa preencher. Ademais, a inclusão
dessa determinação na lei maior da educação nacional pode não só atrair novos profissionais para atuarem
na área de tradução e interpretação da Libras como também incentivar os demais profissionais que já atuam
nas escolas (professores e outros trabalhadores em educação) a realizarem a formação ou qualificação nessa
área, em nível médio ou superior, conforme exige a legislação que regulamenta a profissão de tradutor e in-
térprete da Libras.
Assim, por acreditarmos que o projeto tem mérito e garante direitos aos estudantes surdos e com defi-
ciência auditiva, o voto é pela aprovação do PL nº 1.690, de 2015.
Sala da Comissão, 3 de setembro de 2015. – Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende, Relatora
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em reunião ordinária realizada hoje,
aprovou o Projeto de Lei nº 1.690/2015, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Professora Dorinha Sea-
bra Rezende.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Aelton Freitas – Presidente, Zenaide Maia e Carmen Zano-
tto – Vice-Presidentes, Conceição Sampaio, Dr. Jorge Silva, Luizianne Lins, Misael Varella, Pastor Eurico, Carlos
Henrique Gaguim, Erika Kokay, João Derly, Otavio Leite, Paulo Foletto, Professora Dorinha Seabra Rezende,
Professora Marcivania e Wilson Filho.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Aelton Freitas, Presidente
PROJETO DE LEI Nº 2.053-A, DE 2015
(Do Sr. Roberto Balestra)

Dispõe acerca da constituição de imóvel rural ou fração deste como patrimônio de afetação,
institui a cédula imobiliária rural, e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de
Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, pela aprovação, com emen-
das (relator: DEP. LÁZARO BOTELHO).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO
RURAL; CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,
ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

I – Relatório
O Projeto de Lei nº 2.053, de 2015, de autoria do Deputado Roberto Balestra, autoriza o produtor rural
a submeter seu imóvel rural ou fração deste ao regime da afetação, pelo qual o terreno e construções, maqui-
nismos, instalações e benfeitorias nele fixados manter-se-ão apartados do restante do patrimônio do proprie-
tário, ficando livres e desimpedidos para garantir créditos a serem levantados pelo agricultor junto ao merca-
do por meio de título de emissão exclusiva do produtor rural, a Cédula Imobiliária Rural – CIR, também criada
pela proposição.
A proposição veda a constituição de patrimônio de afetação sobre:
– imóvel já gravado por hipoteca ou outro ônus real, ou ainda que tenha registrada ou averbada
em sua matrícula qualquer uma das situações previstas no art. 54 da Lei nº 13.097, de 19 de janeiro
de 2015;
– pequena propriedade rural, de que trata o inciso XXVI do art. 5º da Constituição Federal;
1078 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

– área inferior ao módulo rural ou à fração mínima de parcelamento, o que for menor, de que trata
o art. 8º da Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972;
– bem de família, instituído de acordo com o art. 1.711 e seguintes da Lei nº 10.406, de 10 de janei-
ro de 2002 (Código Civil), e no art. 260 e seguintes da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, e
inscrito no registro de imóveis competente.
A Cédula Imobiliária Rural – CIR poderá ser objeto de negociação no mercado de bolsa ou de balcão;
conterá cláusula em que o devedor concede autorização irretratável para que oficial de registro de imóveis
proceda, em favor do credor, ao registro de transmissão da propriedade do imóvel constituído como patrimô-
nio de afetação; e será registrada na matrícula do imóvel a ela vinculado, assim como em sistema de registro e
liquidação financeira de ativos administrado por sistema autorizado a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
o que permitirá que ocorram sucessivos negócios com o mesmo título de crédito.
Conforme previsto em seu contexto, a liquidação da CIR será “física”, mediante a transferência do pa-
trimônio constituído como de afetação, ou “financeira”, por intermédio de pagamento em espécie. Vencida e
não paga “CIR financeira”, o credor obriga-se a: 1 – vender o imóvel a terceiros; 2 – deduzir do valor apurado
o pagamento de seu crédito e das despesas incorridas com a venda, transferência e guarda; e 3 – entregar o
eventual saldo remanescente ao devedor, o produtor rural.
Nos termos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 2.053, de 2015, trami-
ta sob o regime ordinário e foi distribuído para apreciação conclusiva das Comissões, com tramitação inicial
nesta Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e posterior manifestação
da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (mérito e art. 54 do RICD).
É o relatório.

II – Voto do Relator
O Projeto de Lei nº 2.053, de 2015, de autoria do ilustre Deputado Roberto Balestra, cria novos instrumen-
tos a serem utilizados pelo produtor rural na obtenção de crédito: a constituição do patrimônio de afetação
rural e a emissão da Cédula Imobiliária Rural – CIR.
Por intermédio da constituição de patrimônio de afetação, o agricultor poderá apartar de seu pa-
trimônio geral fração ou a integralidade de determinado imóvel rural, ficando esta parcela livre e desim-
pedida para garantir créditos a serem levantados junto ao mercado por meio da emissão de Cédula Imo-
biliária Rural – CIR.
Ao conter autorização irretratável de transferência da titularidade do bem rural dado em garantia, a CIR
encoraja o concedente de crédito a financiar a atividade agropecuária. Concordo com o autor da matéria quan-
do ressalta que essa segurança adicional tende a contribuir positivamente para que o crédito seja concedido
ao produtor rural sob condições mais favoráveis, em termos de prazo, carência e encargos, ou ainda mediante
a combinação desses parâmetros.
Tal como proposta, a CIR apresenta certa similaridade com a Cédula de Produto Rural – CPR, instituída
pela Lei nº 8.929, de 22 de agosto de 1994: ambos são instrumentos de crédito garantidos por bens livres e
desimpedidos, para os quais há a possibilidade de liquidação financeira ou física, conforme previamente con-
signado em cada título.
A obrigação de registro da CIR em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos administrado
por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil confere ao título a possiblidade de circulação no merca-
do, o que tem o potencial de aumentar sua liquidez.
Por se tratar de título de crédito mais complexo, com potencial de perda do patrimônio oferecido em ga-
rantia, este relator entende apropriada a vedação (constante da proposição) de constituição de patrimônio de
afetação sobre: 1 – a pequena propriedade rural, de que trata o inciso XXVI do art. 5º da Constituição Federal;
2 – área inferior ao módulo rural ou à fração mínima de parcelamento, de que trata o art. 8º da Lei nº 5.868, de
12 de dezembro de 1972; e 3 – bem de família inscrito no registro de imóveis competente.
Embora incontestável o mérito da proposição, há aperfeiçoamentos a serem feitos. Com esse intuito,
apresentamos quatro emendas que dão maior precisão a alguns dispositivos e, em especial, adequam os pro-
cedimentos relacionados ao registro do patrimônio de afetação às exigências constantes da Lei de Registros
Públicos – Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
Com base no exposto, voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 2.053, de 2015, com as anexas emen-
das de relator.
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Lázaro Botelho, Relator
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1079

EMENDA Nº 1 (do Relator)


Dê-se ao art. 1º do projeto a seguinte redação:
“Art. 1º Esta Lei autoriza o proprietário a submeter seu imóvel rural ou fração deste ao regime da afeta-
ção e institui a Cédula Imobiliária Rural – CIR, representativa da entrega de coisa ou obrigação certa.”
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Lázaro Botelho
EMENDA Nº 2 (do Relator)
Dê-se ao inciso IV do art. 9º do projeto a seguinte redação:
“Art. 9º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
IV – a planta do imóvel, obtida a partir de memorial descritivo assinado por profissional habilitado e com
a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores
dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicio-
nal a ser fixada em regulamento.”
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Lázaro Botelho
EMENDA Nº 3 (do Relator)
Suprimam-se os §§ 1º e 2º do art. 9º do projeto.
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Lázaro Botelho
EMENDA Nº 4 (do Relator)
Dê-se ao caput do art. 17 do projeto a seguinte redação:
“Art. 17. Para ter eficácia entre as partes e perante terceiros, a CIR e seus termos aditivos serão inscritos
no serviço de registro de imóveis competente.”
....................................................................................................................................................................................................
Sala da Comissão, 15 de setembro de 2015. – Deputado Lázaro Botelho
III – Parecer da Comissão
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em reunião ordinária re-
alizada hoje, aprovou unanimemente, com emendas, o Projeto de Lei nº 2.053/2015, nos termos do Parecer do
Relator, Deputado Lázaro Botelho.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Heuler Cruvinel e Carlos Henrique Gaguim – Vice-Presiden-
tes, Abel Mesquita Jr., Adilton Sachetti, André Abdon, Assis do Couto, Bohn Gass, Celso Maldaner, César Messias,
Dilceu Sperafico, Elcione Barbalho, Evair de Melo, Heitor Schuch, Hélio Leite, Jerônimo Goergen, Jony Marcos,
Luis Carlos Heinze, Luiz Cláudio, Luiz Nishimori, Marcelo Castro, Nelson Meurer, Odelmo Leão, Onyx Lorenzoni,
Pedro Chaves, Raimundo Gomes de Matos, Ricardo Teobaldo , Roberto Balestra, Rogério Peninha Mendonça,
Ronaldo Lessa, Silas Brasileiro, Tereza Cristina, Valdir Colatto, Valmir Assunção, Zé Silva, Zeca do Pt, Aelton Freitas,
Alberto Filho, Alfredo Kaefer, Carlos Melles, Diego Andrade, João Rodrigues, Lázaro Botelho, Márcio Marinho,
Mário Heringer, Miguel Lombardi, Remídio Monai e Rocha.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício
EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO Nº 01
Dispõe acerca da constituição de imóvel rural ou fração deste como patrimônio de afetação, institui a
cédula imobiliária rural, e dá outras providências
Dê-se ao art. 1º do projeto a seguinte redação:
“Art. 1º Esta Lei autoriza o proprietário a submeter seu imóvel rural ou fração deste ao regime da afeta-
ção e institui a Cédula Imobiliária Rural – CIR, representativa da entrega de coisa ou obrigação certa.”
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício
EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO Nº 02
Dê-se ao inciso IV do art. 9º do projeto a seguinte redação:
1080 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

“Art. 9º ...................................................................................................................................................................................
.................................................................................................................................................................................................
IV – a planta do imóvel, obtida a partir de memorial descritivo assinado por profissional habilitado e com
a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores
dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicio-
nal a ser fixada em regulamento.”
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício
EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO Nº 03
Suprimam-se os §§ 1º e 2º do art. 9º do projeto.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício
EMENDA ADOTADA PELA COMISSÃO Nº 04
Dê-se ao caput do art. 17 do projeto a seguinte redação:
“Art. 17. Para ter eficácia entre as partes e perante terceiros, a CIR e seus termos aditivos serão inscritos
no serviço de registro de imóveis competente.”
.................................................................................................................................................................................................
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Carlos Henrique Gaguim, Presidente em exercício
PROJETO DE LEI Nº 2.258-A, DE 2015
(Do Sr. Mário Heringer)

Altera a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que “Dispõe sobre a Isenção do Imposto so-
bre Produtos Industrializados – IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte
autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras
providências”, e dá outras providências; tendo parecer da Comissão de Defesa dos Direitos
das Pessoas com Deficiência, pela aprovação, com emenda (relator: DEP. MISAEL VARELLA).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; FINANÇAS
E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II
PUBLICAÇÃO DO PARECER DA
COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

I – Relatório
O Projeto de Lei nº 2.258, de 2015, altera a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre
isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI –, na aquisição de automóveis para utilização no
transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, além de dar
outras providências.
Nesse contexto, há o acréscimo do art. 1º-A, para isentar do IPI motocicletas, motonetas e ciclomotores
de fabricação nacional, adaptados à condução por pessoa com deficiência física.
Para a concessão desse benefício, é considerada, também, pessoa portadora de deficiência física aque-
la que apresenta alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o
comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência
de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.
Ainda, é determinado que a referida isenção somente poderá ser utilizada uma vez, salvo se o veículo
tiver sido adquirido há mais de dois anos.
Na sequência, a proposição será encaminhada para a análise de mérito e de adequação financeira ou
orçamentária na Comissão de Finanças e Tributação e para a análise de constitucionalidade, juridicidade e téc-
nica legislativa na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O processo tramita sob a égide do poder conclusivo das comissões.
Encerrado o prazo regimental, não foram apresentadas emendas ao projeto.
É o nosso relatório.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1081

II – Voto do Relator
O Projeto de Lei nº 2.258, de 2015, acrescenta o art. 1º-A à Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que
dispõe sobre isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI –, na aquisição de automóveis para uti-
lização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física. O ob-
jetivo é isentar do IPI motocicletas, motonetas e ciclomotores de fabricação nacional, adaptados à condução
por pessoa com deficiência física.
Trata-se, de fato, de matéria de extrema importância, que merece ser analisada com atenção por esta
Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas Com Deficiência.
A citada lei foi a responsável por conceder a isenção do IPI para a compra de automóveis de passageiros
por motorista com deficiência física, o que demonstrou um passo essencial na batalha pelo direito à mobilida-
de dessa significativa parcela da população.
Entretanto, é de se destacar a lacuna encontrada nessa lei, ao limitar a isenção do IPI exclusivamente à
compra de automóvel de passageiro. Assim, não são incluídas outras modalidades de transporte individual
urbano, como motocicletas, motonetas e ciclomotores, para uso por pessoa com deficiência.
Em que pese ser restrito o uso de motocicletas, motonetas e ciclomotores adaptados ao transporte de pes-
soas com limitação motora, entendemos que eles podem, sim, ser veículos importantes para os deslocamentos
desses condutores. Portanto não há justificativa para sua exclusão da isenção estabelecida pela Lei nº 8.989/95.
Quanto à determinação de que a referida isenção somente poderá ser utilizada uma vez, salvo se o ve-
ículo tiver sido adquirido há mais de dois anos, concluímos que isso é correto, uma vez que já é o estipulado
para a isenção em relação a automóveis.
Esclarecemos, ainda, ser importante acrescentar triciclos e quadriciclos ao rol de veículos apresentado na
proposição em tela, pois já existem exemplares adaptados no mercado. Além disso, é bastante relevante esten-
der a isenção proposta a outros veículos que também possam contribuir para o ganho de qualidade da mobi-
lidade de pessoas com deficiência. Desse modo, sugerimos uma emenda ao Projeto de Lei nº 2.258, de 2015.
Portanto, do ponto de vista do mérito, julgamos que o presente projeto de lei apresenta dispositivo que
visa ao urgente aprimoramento da legislação federal referente à melhoria da qualidade de vida das pessoas
com deficiência física no Brasil.
Tendo em vista, portanto, as considerações aqui descritas, votamos pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei
nº 2.258, de 2015, com a emenda que propomos em anexo.
Sala da Comissão, 03 de setembro de 2015. – Deputado Misael Varella, Relator

EMENDA
Dê-se ao art. 1º-A da Lei nº 8.989, de 1995, proposto no art. 1º do projeto de lei, a seguinte redação:
“Art. 1º-A. Ficam isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI motocicletas, motonetas, ci-
clomotores, triciclos e quadriciclos, de fabricação nacional, adaptados à condução por pessoa com de-
ficiência física, na forma do §1º do art. 1º desta Lei.”
Sala da Comissão, 03 de setembro de 2015. – Deputado Misael Varella, Relator

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em reunião ordinária realizada hoje, apro-
vou, com emenda, o Projeto de Lei nº 2.258/2015, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Misael Varella.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Aelton Freitas – Presidente, Zenaide Maia e Carmen Zano-
tto – Vice-Presidentes, Conceição Sampaio, Dr. Jorge Silva, Luizianne Lins, Misael Varella, Pastor Eurico, Carlos
Henrique Gaguim, Erika Kokay, João Derly, Otavio Leite, Paulo Foletto, Professora Dorinha Seabra Rezende,
Professora Marcivania e Wilson Filho.
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Aelton Freitas, Presidente

EMENDA ADOTADA PELA CPD AO PROJETO DE LEI No 2.258, DE 2015

Altera a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que “Dispõe sobre a Isenção do Imposto so-
bre Produtos Industrializados – IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte
autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras
providências”.
1082 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

EMENDA
Dê-se ao art. 1º-A da Lei nº 8.989, de 1995, proposto no art. 1º do projeto de lei, a seguinte redação:
“Art. 1º-A. Ficam isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI motocicletas, motonetas, ci-
clomotores, triciclos e quadriciclos, de fabricação nacional, adaptados à condução por pessoa com deficiência
física, na forma do §1º do art. 1º desta Lei.”
Sala da Comissão, 23 de setembro de 2015. – Deputado Aelton Freitas, Presidente

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 541-A, DE 2011


(Do Sr. João Campos e outros)

Dispõe sobre a realização de plebiscito para decidir sobre a adoção do horário de verão no
território brasileiro; tendo parecer da Comissão de Minas e Energia, pela rejeição (relator: DEP.
FÁBIO FARIA e relator substituto: DEP. JOAQUIM PASSARINHO).
DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE MINAS E ENERGIA: CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E IN-
FORMÁRTICA FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 DO RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDA-
DANIA (MÉRITO E ART. 54 DO RICD)
APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

I – Relatório
O projeto de decreto legislativo em exame objetiva convocar plebiscito nos Estados onde é adotado o
horário de verão, para que a população decida acerca de sua conveniência.
Em sua justificação, o autor, insigne Deputado João Campos, mencionou que o horário de verão traz o
benefício de reduzir entre 4% a 5% o consumo de eletricidade no momento de pico da demanda que ocorre
entre as 19 e 20 horas, diminuindo a sobrecarga no sistema elétrico nacional. Por outro lado, acredita que a
alteração de horário pode causar dificuldades de adaptação em parcela da população que vive nas regiões
onde se adota o mecanismo. Assim, entende que a consulta popular é a melhor maneira de decidir se vale a
pena manter a sistemática.
A proposição tramita em regime ordinário e está sujeita à apreciação do Plenário. Foi distribuída para
análise das Comissões de Minas e Energia (CME); de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI);
de Finanças e Tributação (CFT); e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Esta Comissão de Minas e
Energia é a primeira a manifestar-se formalmente, uma vez que os pareceres anteriormente apresentados na
CCTCI, pela aprovação, e na CME, pela rejeição, não foram apreciados pelos respectivos colegiados.
É o relatório.

II – Voto do Relator
Cabe louvar a iniciativa do nobre Deputado João Campos de propor consulta popular, na forma de ple-
biscito, acerca da continuidade do horário de verão no Brasil. Acreditamos, porém, que o mecanismo não pode
ser proibido, uma vez que agrega relevantes e essenciais benefícios ao sistema elétrico brasileiro.
O horário de verão, que consiste em adiantar uma hora em relação ao horário normal, proporciona
a redução da demanda máxima do Sistema Interligado Nacional no período de ponta que se verifica no fi-
nal da tarde e início da noite. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a diminuição da de-
manda é obtida porque se atrasa em uma hora o acionamento das cargas de iluminação pública, evitando
a simultaneidade com a carga referente ao consumo normal do comércio e da indústria, que decresce após
as 18 horas. A sistemática é adotada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo,
Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito
Federal. Nas demais Unidades da Federação, sua aplicação não se justifica, pois os dias não se alongam o
suficiente durante o período de verão.
Ainda de acordo com o ONS, a menor demanda máxima obtida pela adoção do horário de verão per-
mite o aumento da segurança e estabilidade do sistema elétrico; a elevação da flexibilidade operativa, pois os
equipamentos de transmissão passam a trabalhar com menores carregamentos; e maior facilidade para a exe-
cução de serviços de manutenção. Além disso, propicia menor despacho de usinas termelétricas, o que evita
despesas com combustível e emissões de gases de efeito estufa.
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1083

Portanto, constata-se que a sistemática é fundamental para garantir a confiabilidade do sistema elétrico
brasileiro, evitando apagões que poderiam causar enormes transtornos à população e significativos prejuízos
a nossa economia.
Diante do exposto, votamos pela REJEIÇÃO do Decreto Legislativo nº 541, de 2011.
Sala da Comissão, 15 de julho de 2015. – Deputado Fábio Faria, Relator – Deputado Joaquim Passarinho,
Relator Substituto

III – Parecer da Comissão


A Comissão de Minas e Energia, em reunião ordinária realizada hoje, opinou pela rejeição do Projeto de
Decreto Legislativo nº 541/2011, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Fábio Faria, e do Relator-Substi-
tuto, Deputado Joaquim Passarinho.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Rodrigo de Castro – Presidente, Edio Lopes e Joaquim Pas-
sarinho – Vice-Presidentes, Antonio Carlos Mendes Thame, Antonio Imbassahy, Arnaldo Jordy, Arthur Virgílio
Bisneto, Beto Rosado, Beto Salame, Dagoberto, Davidson Magalhães, Domingos Sávio, Fernando Jordão, Fer-
nando Marroni, João Fernando Coutinho, José Reinaldo, Jose Stédile, Lucio Mosquini, Marcelo Álvaro Antônio,
Marcelo Squassoni, Marcos Montes, Marcus Vicente, Mário Negromonte Jr., Miguel Haddad, Paulo Azi, Ronaldo
Benedet, Samuel Moreira, Zé Geraldo, Abel Mesquita Jr., Ana Perugini, Bilac Pinto, Covatti Filho, Delegado Edson
Moreira, Edinho Bez, Evandro Roman, Fernando Torres, Francisco Chapadinha, Hugo Leal, Jony Marcos, Missioná-
rio José Olimpio, Paulo Magalhães, Pedro Cunha Lima, Pr. Marco Feliciano, Vicentinho Júnior e Wadson Ribeiro.
Sala da Comissão, 16 de setembro de 2015. – Deputado Rodrigo de Castro, Presidente

SEÇÃO II
1084 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

MESA DIRETORA Vice-Líderes:


Jovair Arantes (1º Vice), Antonio Brito, Arnaldo Faria de Sá,
Presidente: Baleia Rossi, Daniel Vilela, Darcísio Perondi, Dulce Miranda, Edio
EDUARDO CUNHA - PMDB - RJ Lopes, Fabio Reis, Lelo Coimbra, Manoel Junior, Marcos Rotta,
Sergio Souza , Simone Morgado, Walter Alves, Carlos Henrique
1º Vice-Presidente: Gaguim, Beto Rosado, André Fufuca, Carlos Marun, Eduardo da
WALDIR MARANHÃO - PP - MA Fonte, Marcelo Aro, Fernando Monteiro , Conceição Sampaio,
Ezequiel Fonseca, Wilson Filho, Soraya Santos, Newton Cardoso
2º Vice-Presidente: Jr, Paes Landim, Jorge Côrte Real, Cristiane Brasil, Cacá Leão e
GIACOBO - PR - PR Aguinaldo Ribeiro.

1º Secretário: PT
BETO MANSUR - PRB - SP Líder: SIBÁ MACHADO

2º Secretário: Vice-Líderes:
FELIPE BORNIER - PSD - RJ Ságuas Moraes (1º Vice), Afonso Florence, Benedita da Silva,
Moema Gramacho, Décio Lima, Margarida Salomão, Maria do
3º Secretário: Rosário, Zeca Dirceu, Luiz Sérgio, Assis Carvalho, Erika Kokay,
MARA GABRILLI - PSDB - SP Pedro Uczai, Henrique Fontana, Carlos Zarattini, Beto Faro e
Wadih Damous.
4º Secretário:
ALEX CANZIANI - PTB - PR PSDB
Líder: CARLOS SAMPAIO
1º Suplente de Secretário:
MANDETTA - DEM - MS Vice-Líderes:
Nilson Leitão (1º Vice), Bruno Covas, Célio Silveira, Daniel
2º Suplente de Secretário: Coelho, Izalci, João Gualberto, João Paulo Papa, Marcus
GILBERTO NASCIMENTO - PSC - SP Pestana, Pedro Cunha Lima, Shéridan, Silvio Torres, Mariana
Carvalho, Pedro Vilela e Antonio Imbassahy.
3º Suplente de Secretário:
LUIZA ERUNDINA - PSB - SP Bloco PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL, PTdoB
Líder: CELSO RUSSOMANNO
4º Suplente de Secretário:
RICARDO IZAR - PSD - SP Vice-Líderes:
César Halum (1º Vice), Aluisio Mendes, Jhonatan de Jesus,
Marcelo Squassoni, Christiane de Souza Yared, Rosangela
Gomes, Uldurico Junior, Roberto Alves, Fausto Pinato e Carlos
Gomes.

LÍDERES E VICE-LÍDERES PR
Líder: MAURÍCIO QUINTELLA LESSA
Liderança do Governo
Vice-Líderes:
Wellington Roberto (1º Vice), Anderson Ferreira, Gorete Pereira,
Líder: JOSÉ GUIMARÃES
Jorginho Mello, Vinicius Gurgel, João Carlos Bacelar, Capitão
Vice-Líderes: Augusto, Laerte Bessa e Milton Monti.
Antonio Bulhões, Hugo Leal, José Rocha, Luiz Carlos Busato,
Marcelo Castro, Orlando Silva, Paulo Magalhães, Ricardo Barros, PSD
Silvio Costa e Paulo Teixeira. Líder: ROGÉRIO ROSSO

Vice-Líderes:
Liderança da Minoria
Paulo Magalhães, Marcos Montes, Danrlei de Deus Hinterholz,
Líder: BRUNO ARAÚJO
Herculano Passos, Sergio Zveiter, Joaquim Passarinho, Rômulo
Vice-Líderes: Gouveia, Indio da Costa e Jefferson Campos.
Arthur Virgílio Bisneto (1º Vice), Moroni Torgan, Raul Jungmann,
Felipe Maia, Fernando Francischini e Pastor Eurico. PSB
Líder: FERNANDO COELHO FILHO
Bloco PMDB, PP, PTB, PSC, PHS, PEN
Vice-Líderes:
Líder: LEONARDO PICCIANI
Paulo Foletto (1º Vice), Luiz Lauro Filho, Luciano Ducci, Fabio
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1085

Garcia, João Fernando Coutinho, Heitor Schuch, Heráclito Fortes, Líderes de Partidos
Vicentinho Júnior e Rodrigo Martins. que participam de Bloco Parlamentar

DEM PMDB
Líder: MENDONÇA FILHO
Líder: LEONARDO PICCIANI
Vice-Líderes:
Efraim Filho (1º Vice), Alexandre Leite, José Carlos Aleluia, Onyx PP
Lorenzoni, Paulo Azi e Professora Dorinha Seabra Rezende.
Líder: EDUARDO DA FONTE
PDT
Líder: ANDRÉ FIGUEIREDO PTB

Vice-Líderes: Líder: JOVAIR ARANTES


Afonso Motta (1º Vice), Ronaldo Lessa, Mário Heringer, Pompeo
PRB
de Mattos e Marcos Rogério.
Líder: CELSO RUSSOMANNO
SD
Líder: ARTHUR OLIVEIRA MAIA PSC

Vice-Líderes: Líder: ANDRE MOURA


Zé Silva (1º Vice), Jhc, Lucas Vergilio, Laercio Oliveira e Mainha.
PHS
PCdoB
Líder: JANDIRA FEGHALI Líder: MARCELO ARO

Vice-Líderes: PTN
Luciana Santos (1º Vice), Rubens Pereira Júnior e Chico Lopes.
Repr.: BACELAR
PROS
Líder: DOMINGOS NETO PMN

Vice-Líderes: Repr.: HIRAN GONÇALVES


Beto Salame, Leônidas Cristino e Rafael Motta.
PRP
PPS
Repr.: JUSCELINO FILHO
Líder: RUBENS BUENO

PSDC
Vice-Líderes:
Arnaldo Jordy (1º Vice), Hissa Abrahão e Carmen Zanotto.
Repr.: ALUISIO MENDES

PV PEN
Líder: SARNEY FILHO
Repr.: JUNIOR MARRECA
Vice-Líderes:
Evandro Gussi e Dr. Sinval Malheiros. PTC

PSOL Repr.: ULDURICO JUNIOR


Líder: CHICO ALENCAR
PTdoB
Vice-Líderes:
Jean Wyllys e Edmilson Rodrigues. Repr.: LUIS TIBÉ

PRTB
Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD
Repr.: CÍCERO ALMEIDA
REDE
PSL
Repr.:
Repr.: MACEDO
1086 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

DEPUTADOS EM EXERCÍCIO Lucio Mosquini - PMDB


Luiz Cláudio - PR
Roraima Marcos Rogério - PDT
Mariana Carvalho - PSDB
Marinha Raupp - PMDB
Abel Mesquita Jr. - PDT
Nilton Capixaba - PTB
Carlos Andrade - PHS
Edio Lopes - PMDB
Hiran Gonçalves - PMN Acre
Jhonatan de Jesus - PRB
Maria Helena - PSB Alan Rick - PRB
Remídio Monai - PR Angelim - PT
Shéridan - PSDB César Messias - PSB
Flaviano Melo - PMDB
Amapá Jéssica Sales - PMDB
Leo de Brito - PT
Rocha - PSDB
André Abdon - PRB
Sibá Machado - PT
Cabuçu Borges - PMDB
Janete Capiberibe - PSB
Jozi Araújo - PTB Tocantins
Marcos Reategui - PSC
Professora Marcivania - PT Carlos Henrique Gaguim - PMDB
Roberto Góes - PDT César Halum - PRB
Vinicius Gurgel - PR Dulce Miranda - PMDB
Irajá Abreu - PSD
Pará Josi Nunes - PMDB
Lázaro Botelho - PP
Professora Dorinha Seabra Rezende - DEM
Arnaldo Jordy - PPS
Vicentinho Júnior - PSB
Beto Faro - PT
Beto Salame - PROS
Delegado Éder Mauro - PSD Maranhão
Edmilson Rodrigues - PSOL
Elcione Barbalho - PMDB Alberto Filho - PMDB
Francisco Chapadinha - PSD Aluisio Mendes - PSDC
Hélio Leite - DEM André Fufuca - PEN
Joaquim Passarinho - PSD Cleber Verde - PRB
José Priante - PMDB Eliziane Gama - PPS
Josué Bengtson - PTB Hildo Rocha - PMDB
Júlia Marinho - PSC João Castelo - PSDB
Lúcio Vale - PR João Marcelo Souza - PMDB
Nilson Pinto - PSDB José Reinaldo - PSB
Simone Morgado - PMDB Junior Marreca - PEN
Wladimir Costa - SD Juscelino Filho - PRP
Zé Geraldo - PT Pedro Fernandes - PTB
Rosângela Curado - PDT
Amazonas Rubens Pereira Júnior - PCdoB
Sarney Filho - PV
Victor Mendes - PV
Alfredo Nascimento - PR
Waldir Maranhão - PP
Arthur Virgílio Bisneto - PSDB
Zé Carlos - PT
Átila Lins - PSD
Conceição Sampaio - PP
Hissa Abrahão - PPS Ceará
Marcos Rotta - PMDB
Pauderney Avelino - DEM Adail Carneiro - PHS
Silas Câmara - PSD André Figueiredo - PDT
Aníbal Gomes - PMDB
Rondônia Arnon Bezerra - PTB
Cabo Sabino - PR
Chico Lopes - PCdoB
Expedito Netto - SD
Danilo Forte - PSB
Lindomar Garçon - PMDB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1087

Domingos Neto - PROS Augusto Coutinho - SD


Genecias Noronha - SD Betinho Gomes - PSDB
Gorete Pereira - PR Bruno Araújo - PSDB
José Airton Cirilo - PT Carlos Eduardo Cadoca - PCdoB
José Guimarães - PT Daniel Coelho - PSDB
Leônidas Cristino - PROS Eduardo da Fonte - PP
Luizianne Lins - PT Fernando Coelho Filho - PSB
Macedo - PSL Fernando Monteiro - PP
Moroni Torgan - DEM Gonzaga Patriota - PSB
Moses Rodrigues - PPS Jarbas Vasconcelos - PMDB
Odorico Monteiro - PT João Fernando Coutinho - PSB
Raimundo Gomes de Matos - PSDB Jorge Côrte Real - PTB
Ronaldo Martins - PRB Kaio Maniçoba - PHS
Vicente Arruda - PROS Luciana Santos - PCdoB
Vitor Valim - PMDB Marinaldo Rosendo - PSB
Mendonça Filho - DEM
Piauí Pastor Eurico - PSB
Raul Jungmann - PPS
Ricardo Teobaldo - PTB
Assis Carvalho - PT
Silvio Costa - PSC
Átila Lira - PSB
Tadeu Alencar - PSB
Heráclito Fortes - PSB
Wolney Queiroz - PDT
Iracema Portella - PP
Zeca Cavalcanti - PTB
Júlio Cesar - PSD
Mainha - SD
Marcelo Castro - PMDB Alagoas
Paes Landim - PTB
Rodrigo Martins - PSB Arthur Lira - PP
Silas Freire - PR Cícero Almeida - PRTB
Givaldo Carimbão - PROS
Rio Grande do Norte Jhc - SD
Marx Beltrão - PMDB
Maurício Quintella Lessa - PR
Antônio Jácome - PMN
Paulão - PT
Beto Rosado - PP
Pedro Vilela - PSDB
Fábio Faria - PSD
Ronaldo Lessa - PDT
Felipe Maia - DEM
Rafael Motta - PROS
Rogério Marinho - PSDB Sergipe
Walter Alves - PMDB
Zenaide Maia - PR Adelson Barreto - PTB
Andre Moura - PSC
Paraíba Fábio Mitidieri - PSD
Fabio Reis - PMDB
João Daniel - PT
Aguinaldo Ribeiro - PP
Jony Marcos - PRB
Benjamin Maranhão - SD
Laercio Oliveira - SD
Damião Feliciano - PDT
Valadares Filho - PSB
Efraim Filho - DEM
Hugo Motta - PMDB
Luiz Couto - PT Bahia
Manoel Junior - PMDB
Pedro Cunha Lima - PSDB Afonso Florence - PT
Rômulo Gouveia - PSD Alice Portugal - PCdoB
Veneziano Vital do Rêgo - PMDB Antonio Brito - PTB
Wellington Roberto - PR Antonio Imbassahy - PSDB
Wilson Filho - PTB Arthur Oliveira Maia - SD
Bacelar - PTN
Pernambuco Bebeto - PSB
Benito Gama - PTB
Cacá Leão - PP
Adalberto Cavalcanti - PTB
Caetano - PT
Anderson Ferreira - PR
Claudio Cajado - DEM
1088 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Daniel Almeida - PCdoB Margarida Salomão - PT


Davidson Magalhães - PCdoB Mário Heringer - PDT
Elmar Nascimento - DEM Mauro Lopes - PMDB
Erivelton Santana - PSC Misael Varella - DEM
Félix Mendonça Júnior - PDT Newton Cardoso Jr - PMDB
Fernando Torres - PSD Odelmo Leão - PP
Irmão Lazaro - PSC Padre João - PT
João Carlos Bacelar - PR Pastor Franklin - PTdoB
João Gualberto - PSDB Paulo Abi-ackel - PSDB
Jorge Solla - PT Raquel Muniz - PSC
José Carlos Aleluia - DEM Reginaldo Lopes - PT
José Carlos Araújo - PSD Renzo Braz - PP
José Nunes - PSD Rodrigo de Castro - PSDB
José Rocha - PR Rodrigo Pacheco - PMDB
Jutahy Junior - PSDB Saraiva Felipe - PMDB
Lucio Vieira Lima - PMDB Silas Brasileiro - PMDB
Márcio Marinho - PRB Stefano Aguiar - PSB
Mário Negromonte Jr. - PP Subtenente Gonzaga - PDT
Moema Gramacho - PT Tenente Lúcio - PSB
Paulo Azi - DEM Toninho Pinheiro - PP
Paulo Magalhães - PSD Wadson Ribeiro - PCdoB
Roberto Britto - PP Weliton Prado - PT
Ronaldo Carletto - PP Zé Silva - SD
Sérgio Brito - PSD
Tia Eron - PRB Espírito Santo
Uldurico Junior - PTC
Valmir Assunção - PT
Carlos Manato - SD
Waldenor Pereira - PT
Dr. Jorge Silva - PROS
Evair de Melo - PV
Minas Gerais Givaldo Vieira - PT
Helder Salomão - PT
Adelmo Carneiro Leão - PT Lelo Coimbra - PMDB
Ademir Camilo - PROS Marcus Vicente - PP
Aelton Freitas - PR Max Filho - PSDB
Bilac Pinto - PR Paulo Foletto - PSB
Bonifácio de Andrada - PSDB Sergio Vidigal - PDT
Brunny - PTC
Caio Narcio - PSDB Rio de Janeiro
Carlos Melles - DEM
Dâmina Pereira - PMN
Alessandro Molon - REDE
Delegado Edson Moreira - PTN
Alexandre Serfiotis - PSD
Diego Andrade - PSD
Alexandre Valle - PRP
Dimas Fabiano - PP
Altineu Côrtes - PR
Domingos Sávio - PSDB
Aureo - SD
Eduardo Barbosa - PSDB
Benedita da Silva - PT
Eros Biondini - PTB
Cabo Daciolo - S.PART.
Fábio Ramalho - PV
Celso Jacob - PMDB
Gabriel Guimarães - PT
Celso Pansera - PMDB
Jaime Martins - PSD
Chico Alencar - PSOL
Jô Moraes - PCdoB
Chico D'angelo - PT
Júlio Delgado - PSB
Clarissa Garotinho - PR
Laudivio Carvalho - PMDB
Cristiane Brasil - PTB
Leonardo Monteiro - PT
Deley - PTB
Leonardo Quintão - PMDB
Dr. João - PR
Lincoln Portela - PR
Eduardo Cunha - PMDB
Luis Tibé - PTdoB
Ezequiel Teixeira - SD
Luiz Fernando Faria - PP
Felipe Bornier - PSD
Marcelo Álvaro Antônio - PRP
Fernando Jordão - PMDB
Marcelo Aro - PHS
Francisco Floriano - PR
Marcos Montes - PSD
Glauber Braga - PSOL
Marcus Pestana - PSDB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1089

Hugo Leal - PROS Lobbe Neto - PSDB


Indio da Costa - PSD Luiz Lauro Filho - PSB
Jair Bolsonaro - PP Luiza Erundina - PSB
Jandira Feghali - PCdoB Major Olimpio - PDT
Jean Wyllys - PSOL Mara Gabrilli - PSDB
Julio Lopes - PP Marcelo Aguiar - DEM
Leonardo Picciani - PMDB Marcelo Squassoni - PRB
Luiz Carlos Ramos - PSDC Marcio Alvino - PR
Luiz Sérgio - PT Miguel Haddad - PSDB
Marcelo Matos - PDT Miguel Lombardi - PR
Marcos Soares - PR Milton Monti - PR
Marquinho Mendes - PMDB Missionário José Olimpio - PP
Miro Teixeira - REDE Nelson Marquezelli - PTB
Otavio Leite - PSDB Nilto Tatto - PT
Paulo Feijó - PR Orlando Silva - PCdoB
Roberto Sales - PRB Paulo Freire - PR
Rodrigo Maia - DEM Paulo Maluf - PP
Rosangela Gomes - PRB Paulo Pereira da Silva - SD
Sergio Zveiter - PSD Paulo Teixeira - PT
Simão Sessim - PP Pr. Marco Feliciano - PSC
Soraya Santos - PMDB Renata Abreu - PTN
Sóstenes Cavalcante - PSD Ricardo Izar - PSD
Wadih Damous - PT Ricardo Tripoli - PSDB
Walney Rocha - PTB Roberto Alves - PRB
Washington Reis - PMDB Roberto de Lucena - PV
Roberto Freire - PPS
São Paulo Samuel Moreira - PSDB
Sérgio Reis - PRB
Silvio Torres - PSDB
Alex Manente - PPS
Tiririca - PR
Alexandre Leite - DEM
Valmir Prascidelli - PT
Ana Perugini - PT
Vanderlei Macris - PSDB
Andres Sanchez - PT
Vicente Candido - PT
Antonio Bulhões - PRB
Vicentinho - PT
Antonio Carlos Mendes Thame - PSDB
Vinicius Carvalho - PRB
Arlindo Chinaglia - PT
Vitor Lippi - PSDB
Arnaldo Faria de Sá - PTB
Walter Ihoshi - PSD
Baleia Rossi - PMDB
Beto Mansur - PRB
Bruna Furlan - PSDB Mato Grosso
Bruno Covas - PSDB
Capitão Augusto - PR Adilton Sachetti - PSB
Carlos Sampaio - PSDB Carlos Bezerra - PMDB
Carlos Zarattini - PT Ezequiel Fonseca - PP
Celso Russomanno - PRB Fabio Garcia - PSB
Dr. Sinval Malheiros - PV Nilson Leitão - PSDB
Eduardo Bolsonaro - PSC Professor Victório Galli - PSC
Eduardo Cury - PSDB Ságuas Moraes - PT
Eli Corrêa Filho - DEM Valtenir Pereira - PROS
Evandro Gussi - PV
Fausto Pinato - PRB Distrito Federal
Flavinho - PSB
Gilberto Nascimento - PSC
Alberto Fraga - DEM
Goulart - PSD
Augusto Carvalho - SD
Guilherme Mussi - PP
Erika Kokay - PT
Herculano Passos - PSD
Izalci - PSDB
Ivan Valente - PSOL
Laerte Bessa - PR
Jefferson Campos - PSD
Rogério Rosso - PSD
João Paulo Papa - PSDB
Ronaldo Fonseca - PROS
Jorge Tadeu Mudalen - DEM
Roney Nemer - PMDB
José Mentor - PT
Keiko Ota - PSB
1090 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Goiás Takayama - PSC


Toninho Wandscheer - PT
Alexandre Baldy - PSDB Zeca Dirceu - PT
Célio Silveira - PSDB
Daniel Vilela - PMDB Santa Catarina
Delegado Waldir - PSDB
Fábio Sousa - PSDB Carmen Zanotto - PPS
Flávia Morais - PDT Celso Maldaner - PMDB
Giuseppe Vecci - PSDB Cesar Souza - PSD
Heuler Cruvinel - PSD Décio Lima - PT
João Campos - PSDB Edinho Bez - PMDB
Jovair Arantes - PTB Esperidião Amin - PP
Lucas Vergilio - SD Fabricio Oliveira - PSB
Magda Mofatto - PR Geovania de Sá - PSDB
Marcos Abrão - PPS João Rodrigues - PSD
Pedro Chaves - PMDB Jorginho Mello - PR
Roberto Balestra - PP Marco Tebaldi - PSDB
Rubens Otoni - PT Mauro Mariani - PMDB
Sandes Júnior - PP Pedro Uczai - PT
Rogério Peninha Mendonça - PMDB
Mato Grosso do Sul Ronaldo Benedet - PMDB
Valdir Colatto - PMDB
Carlos Marun - PMDB
Dagoberto - PDT Rio Grande do Sul
Elizeu Dionizio - SD
Geraldo Resende - PMDB Afonso Hamm - PP
Mandetta - DEM Afonso Motta - PDT
Tereza Cristina - PSB Alceu Moreira - PMDB
Vander Loubet - PT Bohn Gass - PT
Zeca do Pt - PT Carlos Gomes - PRB
Covatti Filho - PP
Paraná Danrlei de Deus Hinterholz - PSD
Darcísio Perondi - PMDB
Alex Canziani - PTB Fernando Marroni - PT
Alfredo Kaefer - PSDB Giovani Cherini - PDT
Aliel Machado - REDE Heitor Schuch - PSB
Assis do Couto - PT Henrique Fontana - PT
Christiane de Souza Yared - PTN Jerônimo Goergen - PP
Diego Garcia - PHS João Derly - PCdoB
Dilceu Sperafico - PP José Fogaça - PMDB
Edmar Arruda - PSC José Otávio Germano - PP
Enio Verri - PT Jose Stédile - PSB
Evandro Roman - PSD Luis Carlos Heinze - PP
Fernando Francischini - SD Luiz Carlos Busato - PTB
Giacobo - PR Marco Maia - PT
Hermes Parcianello - PMDB Marcon - PT
João Arruda - PMDB Maria do Rosário - PT
Leandre - PV Mauro Pereira - PMDB
Leopoldo Meyer - PSB Nelson Marchezan Junior - PSDB
Luciano Ducci - PSB Onyx Lorenzoni - DEM
Luiz Carlos Hauly - PSDB Osmar Terra - PMDB
Luiz Nishimori - PR Paulo Pimenta - PT
Marcelo Belinati - PP Pompeo de Mattos - PDT
Nelson Meurer - PP Renato Molling - PP
Osmar Serraglio - PMDB Ronaldo Nogueira - PTB
Ricardo Barros - PP Sérgio Moraes - PTB
Rossoni - PSDB
Rubens Bueno - PPS
Sandro Alex - PPS
Sergio Souza - PMDB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1091

COMISSÕES PERMANENTES Rogério Peninha Mendonça 1 vaga

Sérgio Moraes
COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,
ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL Silas Brasileiro

Valdir Colatto
Presidente: Irajá Abreu (PSD)
1º Vice-Presidente: Heuler Cruvinel (PSD) Zé Silva
2º Vice-Presidente: Carlos Henrique Gaguim (PMDB)
3º Vice-Presidente: Nilson Leitão (PSDB) PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Titulares Suplentes Assis do Couto Aelton Freitas

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P Beto Faro Alexandre Serfiotis


EN/PRTB
Átila Lins vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Bohn Gass
Afonso Hamm vaga do PSDB/PSB/PPS/PV Alberto Filho /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

André Abdon Alberto Fraga Evandro Roman Diego Andrade

Carlos Henrique Gaguim Alceu Moreira Francisco Chapadinha Givaldo Carimbão

Celso Maldaner Beto Rosado João Carlos Bacelar vaga


do

César Halum vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Carlos Bezerra Heuler Cruvinel PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS


/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

Dilceu Sperafico Carlos Melles


Irajá Abreu João Rodrigues
Elcione Barbalho Daniel Vilela
José Nunes vaga do
Jorge Boeira João Daniel PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Hélio Leite
(Licenciado) /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

Jerônimo Goergen Lázaro Botelho Luiz Cláudio Marcos Montes

Jony Marcos Lucio Mosquini Miguel Lombardi vaga do


Luiz Nishimori PSDB/PSB/PPS/PV

Josué Bengtson Marcelo Aro


Marcon Remídio Monai
Kaio Maniçoba Márcio Marinho
Valmir Assunção Vander Loubet
Luis Carlos Heinze Nelson Marquezelli
Zé Carlos Vinicius Gurgel
Marcelo Castro Nilton Capixaba
Zeca do Pt vaga do PSOL Wellington Roberto
Nelson Meurer Professor Victório Galli
(Dep. do
Newton Cardoso Jr Ronaldo Benedet PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
6 vagas
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
Odelmo Leão vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Sergio Souza ocupa a vaga)

Onyx Lorenzoni Wilson Filho (Dep. do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
(Dep. do /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
Pedro Chaves PT/PSD/PR/PROS/PCdo ocupa a vaga)
B ocupa a vaga)
1 vaga
(Dep. do
Ricardo Teobaldo PT/PSD/PR/PROS/PCdo PSDB/PSB/PPS/PV
B ocupa a vaga)
Adilton Sachetti Alexandre Baldy
(Dep. do
vaga do PSDB/PSB/PPS/PV
Roberto Balestra PT/PSD/PR/PROS/PCdo César Messias Alfredo Kaefer
B ocupa a vaga)
Evair de Melo Domingos Sávio
1092 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Heitor Schuch Dr. Sinval Malheiros Fabio Reis Arnon Bezerra

Nilson Leitão Fábio Ramalho vaga do PSOL Gilberto Nascimento Benito Gama

Raimundo Gomes de Matos Hissa Abrahão Jorge Tadeu Mudalen Carlos Gomes

Tereza Cristina Luciano Ducci Marcelo Aguiar Eli Corrêa Filho

(Dep. do Missionário José Olimpio Fernando Monteiro


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Marinaldo Rosendo
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB Renata Abreu vaga do PSL Hélio Leite
ocupa a vaga)
Roberto Alves Hugo Motta
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS Ronaldo Martins Jhc
Rocha
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
ocupa a vaga) Ronaldo Nogueira Josué Bengtson

2 vagas Vicentinho Júnior Tia Eron Manoel Junior

(Dep. do PDT ocupa a Vitor Valim Nelson Meurer


vaga)
Wladimir Costa Pr. Marco Feliciano
(Dep. do
PT/PSD/PR/PROS/PCdo (Dep. do
B ocupa a vaga) PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Rogério Peninha Mendonça
ocupa a vaga)
PDT
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
Abel Mesquita Jr. Afonso Motta Sandes Júnior
ocupa a vaga)

Mário Heringer vaga do Vinicius Carvalho vaga do


Ronaldo Lessa PSDB/PSB/PPS/PV 3 vagas PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Subtenente Gonzaga (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV


ocupa a vaga)
PSOL
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
(Dep. do ocupa a vaga)
(Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PSDB/PSB/PPS/PV
ocupa a vaga)
ocupa a vaga) PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Bilac Pinto Beto Faro


Secretário(a): Moizes Lobo da Cunha
Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 34 Cesar Souza Francisco Floriano
Telefones: 3216-6403/6404/6406 vaga do
FAX: 3216-6415 Jefferson Campos
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Goulart
PRP/PSDC/PEN/PRTB

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E Luciana Santos Indio da Costa


INFORMÁTICA
Marco Maia João Daniel
Presidente: Fábio Sousa (PSDB)
1º Vice-Presidente: Sandro Alex (PPS) Marcos Soares José Rocha
2º Vice-Presidente: Jorge Tadeu Mudalen (DEM)
Margarida Salomão Júlio Cesar
3º Vice-Presidente: Eduardo Cury (PSDB)
Paulão Milton Monti
Titulares Suplentes
Rômulo Gouveia Odorico Monteiro
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB Silas Câmara Sergio Zveiter

Cabuçu Borges Alexandre Valle (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV


Sóstenes Cavalcante
ocupa a vaga)
Celso Pansera Antonio Bulhões
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1093

(Dep. do Presidente: Arthur Lira (PP)


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P 1º Vice-Presidente: Aguinaldo Ribeiro (PP)
(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ 2º Vice-Presidente: Osmar Serraglio (PMDB)
PEN/PRTB ocupa a vaga)
3º Vice-Presidente: Veneziano Vital do Rêgo (PMDB)
2 vagas 1 vaga
Titulares Suplentes
PSDB/PSB/PPS/PV
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
Eduardo Cury Alex Manente EN/PRTB

Arthur Virgílio Bisneto vaga do Aguinaldo Ribeiro Alexandre Leite


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Fábio Sousa
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Alceu Moreira Carlos Marun

Flavinho Caio Narcio André Fufuca Edmar Arruda

Heráclito Fortes Evair de Melo Andre Moura Efraim Filho vaga do PSDB/PSB/PPS/PV

Luiz Lauro Filho vaga do Antonio Bulhões Elmar Nascimento


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Evandro Gussi vaga do PSL
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Arnaldo Faria de Sá Hildo Rocha

Fábio Ramalho vaga do Arthur Lira Jerônimo Goergen


Luiza Erundina PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Arthur Oliveira Maia Laudivio Carvalho


Sandro Alex Izalci
Bacelar Leonardo Picciani
Vitor Lippi João Fernando Coutinho
Carlos Bezerra vaga do
2 vagas Lobbe Neto PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Lucas Vergilio

Marinaldo Rosendo Covatti Filho Mainha


vaga do
Miguel Haddad Cristiane Brasil Manoel Junior
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Esperidião Amin Mário Negromonte Jr.

Paulo Abi-ackel Fausto Pinato Marx Beltrão

Paulo Foletto Felipe Maia Mauro Lopes

PDT Hiran Gonçalves Mendonça Filho

Afonso Motta Dagoberto Jhc Odelmo Leão

PSL José Carlos Aleluia Professor Victório Galli

(Dep. do José Fogaça Renata Abreu


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ ocupa a vaga) Juscelino Filho Ricardo Barros
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Marcelo Aro Roberto Britto
PTdoB
Silvio Costa vaga do
vaga do Osmar Serraglio PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Pastor Franklin
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Paes Landim Soraya Santos

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de Oliveira Paulo Maluf Tia Eron


Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 51
Telefones: 3216-6452 A 6458 Pr. Marco Feliciano Vitor Valim
FAX: 3216-6465
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
Rodrigo Pacheco
ocupa a vaga)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA Sergio Souza (Dep. do


PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
1094 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

ocupa a vaga) PEN/PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do Wellington Roberto


Veneziano Vital do Rêgo PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

(Dep. do (Dep. do
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
ocupa a vaga)
ocupa a vaga) SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga)
(Dep. do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB 1 vaga
ocupa a vaga)
PSDB/PSB/PPS/PV
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Betinho Gomes Bruna Furlan
Altineu Côrtes Daniel Almeida
Célio Silveira vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Capitão Augusto Delegado Éder Mauro Bonifácio de Andrada
PRP/PSDC/PEN/PRTB

Décio Lima Dr. João


Bruno Covas Delegado Waldir
Francisco Floriano Erika Kokay
Danilo Forte vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Indio da Costa Fábio Faria Gonzaga Patriota
PRP/PSDC/PEN/PRTB

Jorginho Mello Gabriel Guimarães


Evandro Gussi Janete Capiberibe
José Mentor Gorete Pereira
João Campos Max Filho
Jefferson Campos vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Luiz Couto Júlio Delgado Nelson Marchezan Junior
PRP/PSDC/PEN/PRTB

Jutahy Junior Pedro Vilela


Luiz Sérgio José Nunes
Luciano Ducci Ricardo Tripoli
Laerte Bessa vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Maria do Rosário Marco Tebaldi Rossoni
PRP/PSDC/PEN/PRTB

Pastor Eurico Sandro Alex


Padre João Lincoln Portela
Pedro Cunha Lima Sarney Filho
Marcio Alvino vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Paulo Magalhães (Dep. do
PRP/PSDC/PEN/PRTB
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Raul Jungmann
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Paulo Teixeira Marco Maia PEN/PRTB ocupa a vaga)

Rogério Rosso Moema Gramacho Tadeu Alencar (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

Ronaldo Fonseca Odorico Monteiro PDT

Paulo Freire vaga do Giovani Cherini Afonso Motta


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Rubens Pereira Júnior
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Félix Mendonça Júnior vaga do
Marcos Rogério PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Sergio Zveiter Pedro Uczai


Wolney Queiroz
Valmir Prascidelli Reginaldo Lopes
PSOL
Wadih Damous Rubens Otoni
Glauber Braga vaga do
(Dep. do REDE ocupa a vaga) Silas Câmara Chico Alencar PSDB/PSB/PPS/PV

(Dep. do Ivan Valente


Valtenir Pereira
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PTC
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1095

PRP/PSDC/PEN/PRTB
(Dep. do PTdoB ocupa a vaga) Uldurico Junior

REDE Margarida Salomão Erika Kokay

Alessandro Molon vaga do Jandira Feghali vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Rubens Otoni
PRP/PSDC/PEN/PRTB

PTdoB
Tiririca Leo de Brito
Luis Tibé vaga do PTC
Waldenor Pereira Lincoln Portela

1 vaga 2 vagas
Secretário(a): Alexandra Zaban Bittencourt
Local: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 19
PSDB/PSB/PPS/PV
Telefones: 3216-6494
FAX: 3216-6499 Moses Rodrigues vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Arnaldo Jordy
PRP/PSDC/PEN/PRTB

COMISSÃO DE CULTURA
Tadeu Alencar Geovania de Sá
Presidente: Félix Mendonça Júnior (PDT) (Dep. do PDT ocupa a vaga) Giuseppe Vecci
1º Vice-Presidente: Marcelo Matos (PDT)
2º Vice-Presidente: Moses Rodrigues (PPS) 2 vagas Jose Stédile
3º Vice-Presidente: Luciana Santos (PCdoB)
PDT
Titulares Suplentes
Félix Mendonça Júnior 1 vaga
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P vaga do
EN/PRTB Marcelo Matos
PSDB/PSB/PPS/PV

Capitão Fábio Abreu


Cabuçu Borges PSOL
(Licenciado)

Celso Jacob Diego Garcia Jean Wyllys vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Efraim Filho João Marcelo Souza

Ezequiel Teixeira Mendonça Filho


Secretário(a): Nádia Lúcia das Neves Raposo
(Dep. do Local: Anexo II - Pavimento Superior - salas 168/169-C
Sérgio Reis PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Telefones: 3216-6942 a 6947
ocupa a vaga)

(Dep. do
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
(Dep. do PSOL ocupa a vaga) PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
ocupa a vaga)
Presidente: Eli Corrêa Filho (DEM)
(Dep. do 1º Vice-Presidente: Chico Lopes (PCdoB)
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB 3 vagas 2º Vice-Presidente: Vinicius Carvalho (PRB)
ocupa a vaga) 3º Vice-Presidente: Eros Biondini (PTB)
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
ocupa a vaga) Titulares Suplentes

1 vaga PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Celso
Alexandre Leite
Alice Portugal vaga do Russomanno
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Leônidas Cristino
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Eli Corrêa Filho Antonio Brito vaga do PSDB/PSB/PPS/PV

Luciana Santos vaga do Clarissa Garotinho Erivelton


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/ Augusto Coutinho vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Santana
1096 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Eros Biondini Aureo MN/PRP/PSDC/PEN/PRTB ocupa a vaga)

Iracema Portella Carlos Henrique Gaguim (Dep. do


(Dep. do
PT/PSD/PR/PR
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/P
Irmão Lazaro César Halum OS/PCdoB
MN/PRP/PSDC/PEN/PRTB ocupa a vaga)
ocupa a vaga)
Marcos Rotta Deley
1 vaga
Vinicius
Elmar Nascimento PDT
Carvalho

2 vagas Felipe Maia vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB (Dep. do


Wolney Queiroz PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/P
Guilherme Mussi MN/PRP/PSDC/PEN/PRTB ocupa a vaga)

Jovair Arantes vaga do PSDB/PSB/PPS/PV PSOL

Leonardo Quintão Ivan Valente vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Marcelo Belinati
Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque Santos
Márcio Marinho vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152
Telefones: 3216-6920 A 6922
Paulo Azi vaga do PDT
FAX: 3216-6925
Silvio Costa

PT/PSD/PR/PROS/PCdoB COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM


DEFICIÊNCIA
Chico Lopes Herculano Passos
Presidente: Aelton Freitas (PR)
José Carlos 1º Vice-Presidente: Zenaide Maia (PR)
Heuler Cruvinel
Araújo
2º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB)
Ricardo Izar vaga 3º Vice-Presidente: Carmen Zanotto (PPS)
do PSDB/PSB/PPS/PV Ronaldo Fonseca
Titulares Suplentes
(Dep. do
Sérgio Brito PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/P PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
MN/PRP/PSDC/PEN/PRTB ocupa a vaga) EN/PRTB
(Dep. do
Conceição Sampaio Carlos Henrique Gaguim
Walter Ihoshi PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/P
MN/PRP/PSDC/PEN/PRTB ocupa a vaga)
Deley Marx Beltrão
Weliton Prado (Dep. do PSOL ocupa a vaga)
Professora Dorinha
Dulce Miranda
Seabra Rezende
(Dep. do
(Dep. do
PSDB/PSB/PPS/
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/P Elizeu Dionizio Wilson Filho
PV ocupa a
MN/PRP/PSDC/PEN/PRTB ocupa a vaga)
vaga)
(Dep. do PTC ocupa a
Geraldo Resende
2 vagas 1 vaga vaga)

PSDB/PSB/PPS/PV Mandetta 4 vagas

Misael Varella vaga do PDT


Eliziane Gama
vaga do
João Fernando Coutinho
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Soraya Santos

(Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Fabricio Oliveira Júlio Delgado
ocupa a vaga)
Fernando
Nelson Marchezan Junior 1 vaga
Coelho Filho
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Maria Helena (Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/P
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1097

Aelton Freitas Erika Kokay Jozi Araújo vaga do PSDB/PSB/PPS/PV Mandetta

Dr. Jorge Silva João Derly Laercio Oliveira Marcos Reategui

Luizianne Lins Professora Marcivania Lucas Vergilio Mendonça Filho

Maria do Rosário Ricardo Izar Silas Brasileiro vaga do


Mauro Pereira PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Rejane Dias (Licenciado) Rubens Otoni


Renato Molling vaga do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Zeca Cavalcanti
Sóstenes Cavalcante 1 vaga

Zenaide Maia vaga do (Dep. do (Dep. do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PEN/PRTB
ocupa a vaga) ocupa a vaga)

PSDB/PSB/PPS/PV 2 vagas

Carmen Zanotto Dr. Sinval Malheiros PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Eduardo Barbosa Otavio Leite Fernando Torres Afonso Florence

Pastor Eurico Paulo Foletto Helder Salomão Enio Verri

Pedro Vilela 1 vaga Júlio Cesar vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Herculano Passos
PRP/PSDC/PEN/PRTB
PDT

(Dep. do Vicente Arruda Marcos Soares


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Rosângela Curado (Dep. do
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB Walter Ihoshi vaga do
ocupa a vaga) PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ PRP/PSDC/PEN/PRTB

PTC PEN/PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do (Dep. do
Brunny vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga) PEN/PRTB ocupa a vaga)

PSDB/PSB/PPS/PV
Secretário(a): Hérica Pimentel Brito de Souza
Local: Anexo II, ala A, sala 05, térreo
Keiko Ota Eduardo Cury
Telefones: 3216-6971/72/73
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Luiz Lauro Filho
COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
INDÚSTRIA E COMÉRCIO PEN/PRTB ocupa a vaga)

2 vagas Otavio Leite


Presidente: Júlio Cesar (PSD)
1º Vice-Presidente: Keiko Ota (PSB) 1 vaga
2º Vice-Presidente: Jorge Côrte Real (PTB)
3º Vice-Presidente: Laercio Oliveira (SD) PDT

Titulares Suplentes 1 vaga Roberto Góes

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB Secretário(a): Giovanna Francesca Mascarenhas Puricelli
Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33
Dimas Fabiano vaga do Telefones: 3216-6601 A 6609
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Augusto Coutinho FAX: 3216-6610

Jorge Boeira (Licenciado) Conceição Sampaio


COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Jorge Côrte Real Luiz Carlos Ramos
1098 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Presidente: Julio Lopes (PP) PDT


1º Vice-Presidente: Carlos Marun (PMDB)
2º Vice-Presidente: (Dep. do
(Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
3º Vice-Presidente: PT/PSD/PR/PROS/PCdo
ocupa a vaga)
B ocupa a vaga)
Titulares Suplentes PSL

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P Macedo vaga do


EN/PRTB PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

Alberto Filho Aguinaldo Ribeiro

Carlos Marun Genecias Noronha Secretário(a): Luiz Gonçalves Neto


Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188
Cícero Almeida Mauro Lopes Telefones: 3216-6556/ 6551
FAX: 3216-6560
Dâmina Pereira vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Mauro Mariani

(Dep. do
Flaviano Melo PT/PSD/PR/PROS/PCdo COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
B ocupa a vaga)
Presidente: Paulo Pimenta (PT)
(Dep. do PSL ocupa a
Hildo Rocha 1º Vice-Presidente: Rosangela Gomes (PRB)
vaga)
2º Vice-Presidente:
(Dep. do 3º Vice-Presidente:
Julio Lopes PT/PSD/PR/PROS/PCdo
B ocupa a vaga) Titulares Suplentes

2 vagas 1 vaga
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Ezequiel Teixeira Diego Garcia
Caetano Angelim
Jair Bolsonaro Eduardo Bolsonaro
Herculano Passos Heuler Cruvinel vaga do PDT
Lindomar Garçon Elizeu Dionizio
Irajá Abreu vaga do
José Nunes vaga do PDT PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB Marcelo Aguiar Iracema Portella

Luizianne Lins Jefferson Campos Professora Dorinha Seabra


Pr. Marco Feliciano
Rezende
Moema Gramacho João Carlos Bacelar
Ronaldo Nogueira Roberto Alves
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS Rosangela Gomes (Dep. do PSOL ocupa a vaga)
Nilto Tatto
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
ocupa a vaga) (Dep. do
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
ocupa a vaga)
Toninho Wandscheer ocupa a vaga)

Zé Carlos vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB Beto Salame Capitão Augusto

PSDB/PSB/PPS/PV Erika Kokay Delegado Éder Mauro

João Paulo Papa Alex Manente Paulo Pimenta Laerte Bessa

Leopoldo Meyer Miguel Haddad Sóstenes Cavalcante Luiz Couto

Marcos Abrão Silvio Torres 1 vaga Marcon

Valadares Filho Tenente Lúcio Orlando Silva vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1099

PRP/PSDC/PEN/PRTB
(Dep. do REDE ocupa a
Kaio Maniçoba
vaga)
PSDB/PSB/PPS/PV
(Dep. do
Arnaldo Jordy Bonifácio de Andrada PT/PSD/PR/PROS/PCdo Luiz Carlos Ramos
B ocupa a vaga)
Fabricio Oliveira vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Daniel Coelho (Dep. do PTC ocupa a
Osmar Serraglio
PRP/PSDC/PEN/PRTB vaga)

Flavinho Luiza Erundina (Dep. do


PSDB/PSB/PPS/PV Paes Landim
Janete Capiberibe Pastor Eurico ocupa a vaga)

Keiko Ota (Dep. do


PSDB/PSB/PPS/PV Toninho Pinheiro
PDT ocupa a vaga)

4 vagas Wilson Filho


Marcos Rogério Major Olimpio
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV ocupa a
PSOL vaga)

Jean Wyllys vaga do (Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PRP/PSDC/PEN/PRTB
ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV ocupa a


vaga)
Secretário(a): Márcio Marques de Araújo
Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185 (Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Telefones: 3216-6571 ocupa a vaga)
FAX: 3216-6580
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Alice Portugal Alexandre Serfiotis


COMISSÃO DE EDUCAÇÃO
Ana Perugini Antonio Balhmann (Licenciado)
Presidente: Saraiva Felipe (PMDB)
vaga do
1º Vice-Presidente: Lelo Coimbra (PMDB) Angelim
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
2º Vice-Presidente: Alice Portugal (PCdoB) Danrlei de Deus Hinterholz
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
3º Vice-Presidente: Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM)
Dr. Jorge Silva vaga do
Titulares Suplentes Domingos Neto PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB Givaldo Carimbão Helder Salomão

Arnon Bezerra Bacelar Givaldo Vieira Jorginho Mello

Celso Jacob Baleia Rossi Leônidas Cristino Leo de Brito

Josi Nunes Beto Rosado Orlando Silva Margarida Salomão

Lelo Coimbra Celso Pansera vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Pedro Uczai Maria do Rosário

Pedro Fernandes César Halum Professora Marcivania Odorico Monteiro vaga do PSDB/PSB/PPS/PV

Professor Victório Galli Diego Garcia Reginaldo Lopes Rafael Motta vaga do PSDB/PSB/PPS/PV

Professora Dorinha Valtenir Pereira vaga do


Elcione Barbalho Ságuas Moraes PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Seabra Rezende PEN/PRTB

Raquel Muniz Ezequiel Fonseca


Waldenor Pereira Wadson Ribeiro
Saraiva Felipe Geraldo Resende
Zenaide Maia
Zeca Dirceu vaga do
1100 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

PSDB/PSB/PPS/PV /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

(Dep. do PTC
PSDB/PSB/PPS/PV (Dep. do REDE ocupa a vaga)
ocupa a vaga) Brunny vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS

(Dep. do /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
ocupa a vaga) Secretário(a): Eugenia S. Pestana
Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala T170
1 vaga
Telefones: 3216-6621/6622/6628
PSDB/PSB/PPS/PV FAX: 3216-6635

Átila Lira vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Caio Narcio COMISSÃO DO ESPORTE
PEN/PRTB

Presidente: Márcio Marinho (PRB)


Giuseppe Vecci vaga do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Betinho Gomes 1º Vice-Presidente: Alexandre Valle (PRP)
2º Vice-Presidente: Hélio Leite (DEM)
Izalci Bonifácio de Andrada 3º Vice-Presidente: João Derly (PCdoB)

vaga do
Lobbe Neto Titulares Suplentes
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Evandro Gussi
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
vaga do EN/PRTB
Mariana Carvalho
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Fabio Garcia
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB Afonso Hamm Adelson Barreto

Max Filho Keiko Ota Alexandre Valle Alan Rick

Leandre vaga do Deley Benjamin Maranhão


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Moses Rodrigues
PEN/PRTB
Fabio Reis Edinho Bez

Nilson Pinto Pedro Cunha Lima Fernando Monteiro Ezequiel Teixeira

Rogério Marinho Shéridan Hélio Leite João Arruda

(Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Hiran Gonçalves vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Marcus Vicente


Victor Mendes
ocupa a vaga)
Jhonatan de Jesus Pedro Fernandes
(Dep. do PSOL ocupa a (Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
vaga) ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a
Marcelo Aro
vaga)
(Dep. do
PT/PSD/PR/PROS/PCdo Márcio Marinho
B ocupa a vaga)
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PDT
Andres Sanchez Altineu Côrtes
Damião Feliciano Pompeo de Mattos
Carlos Eduardo Cadoca Chico D'angelo
Sergio Vidigal Weverton Rocha (Licenciado)
Danrlei de Deus Hinterholz Fábio Mitidieri
PSOL
Evandro Roman Francisco Chapadinha
Glauber Braga vaga do
PSDB/PSB/PPS/PV
João Derly Goulart

REDE José Airton Cirilo José Rocha

Aliel Machado vaga do Alessandro Molon vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB (Dep. do (Dep. do PDT ocupa a
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS vaga)
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1101

ocupa a vaga) Guilherme Mussi Luis Carlos Heinze

PSDB/PSB/PPS/PV Junior Marreca Mandetta vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Rogério Marinho Arnaldo Jordy Leonardo Picciani Marcelo Álvaro Antônio

Rubens Bueno Fábio Sousa Leonardo Quintão Mauro Pereira

Silvio Torres Tenente Lúcio Lucio Vieira Lima Mendonça Filho

(Dep. do PDT ocupa a Mainha vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Paulo Azi


Valadares Filho
vaga)
Rodrigo Maia vaga do
Manoel Junior PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PDT

Roberto Góes André Figueiredo Pauderney Avelino Rodrigo Pacheco

Damião Feliciano vaga do Renzo Braz Simone Morgado


PSDB/PSB/PPS/PV
vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Ricardo Barros Tia Eron
Flávia Morais vaga do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Soraya Santos Zé Silva

Marcelo Matos vaga do (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV


Walter Alves vaga do PSDB/PSB/PPS/PV
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS ocupa a vaga)
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
(Dep. do PTdoB ocupa a vaga)
ocupa a vaga)
Secretário(a): Lindberg Aziz Cury Júnior
3 vagas 3 vagas
Local: Sala nº 2 ala C, térreo, do Anexo II
Telefones: 3216-6351
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

Aelton Freitas Assis Carvalho


COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO
Afonso Florence Caetano
Presidente: Soraya Santos (PMDB)
1º Vice-Presidente: Manoel Junior (PMDB) Andres Sanchez Davidson Magalhães
2º Vice-Presidente: Alfredo Kaefer (PSDB)
Enio Verri Helder Salomão
3º Vice-Presidente: Guilherme Mussi (PP)
José Guimarães Joaquim Passarinho
Titulares Suplentes
Rafael Motta vaga do PSDB/PSB/PPS/PV José Mentor
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB Rubens Otoni Júlio Cesar

Adail Carneiro Andre Moura (Dep. do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Marcio Alvino
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Carlos Henrique Gaguim vaga do
Alexandre Leite PSOL PEN/PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do
Aluisio Mendes Celso Maldaner
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Paulo Teixeira
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Benito Gama Christiane de Souza Yared
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Carlos Melles vaga do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Esperidião Amin (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
Reginaldo Lopes
ocupa a vaga)
Edmar Arruda Hildo Rocha
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Elizeu Dionizio Jerônimo Goergen Rogério Rosso
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Fernando Monteiro vaga do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Lelo Coimbra
(Dep. do REDE ocupa a vaga) Valtenir Pereira
1102 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

(Dep. do Pastor Franklin vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
4 vagas PRP/PSDC/PEN/PRTB
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga)

(Dep. do Secretário(a): Aparecida de Moura Andrade


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Telefones: 3216-6652/6655/6657
PEN/PRTB ocupa a vaga)
FAX: 3216-6660
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE
PEN/PRTB ocupa a vaga)

PSDB/PSB/PPS/PV Presidente: Vicente Candido (PT)


1º Vice-Presidente: Valtenir Pereira (PROS)
Alexandre Baldy Antonio Carlos Mendes Thame 2º Vice-Presidente: João Arruda (PMDB)
3º Vice-Presidente: Wellington Roberto (PR)
Alfredo Kaefer Bebeto
Titulares Suplentes
Fábio Ramalho Bruno Covas
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
Evair de Melo vaga do
João Gualberto vaga do PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/ EN/PRTB
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Aníbal Gomes Antonio Bulhões
Luiz Carlos Hauly Giuseppe Vecci
Celso Pansera vaga do
Ezequiel Teixeira PSDB/PSB/PPS/PV
vaga do
Otavio Leite
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Leandre
PRP/PSDC/PEN/PRTB Fernando Francischini vaga do
PSDB/PSB/PPS/PV Edinho Bez

Rodrigo Martins Marcos Abrão


Hugo Motta Edio Lopes
Silvio Torres Marcus Pestana
João Arruda Efraim Filho
(Dep. do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Nelson Marchezan Junior Lindomar Garçon vaga do
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Elizeu Dionizio
ocupa a vaga)

(Dep. do Marcos Reategui vaga do PDT Esperidião Amin


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Rodrigo de Castro Mendonça Filho Gilberto Nascimento
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Nilton Capixaba Marcelo Aro
2 vagas Tereza Cristina
Sandes Júnior 1 vaga
PDT
Simone Morgado
Félix Mendonça Júnior André Figueiredo
(Dep. do
1 vaga Giovani Cherini PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
ocupa a vaga)
PSOL
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P Leo de Brito Adelmo Carneiro Leão
Edmilson Rodrigues
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga) Paulo Pimenta Jorge Solla

REDE Toninho Wandscheer Luiz Cláudio

Valtenir Pereira vaga do


Miro Teixeira vaga do PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Paulo Feijó
PRP/PSDC/PEN/PRTB

PTdoB
Vicente Candido Rubens Pereira Júnior
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1103

Vinicius Gurgel Sérgio Brito Jorge Boeira


Cacá Leão
(Licenciado)
Wellington Roberto Waldenor Pereira
Jozi Araújo Marinha Raupp
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P Júlia Marinho Roberto Britto
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga) Marcelo Castro Vitor Valim

PSDB/PSB/PPS/PV Paes Landim vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Wilson Filho

Delegado Waldir Heitor Schuch (Dep. do


Pauderney Avelino PSDB/PSB/PPS/PV
Hissa Abrahão Nilson Leitão ocupa a vaga)

(Dep. do (Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P Simone Morgado PT/PSD/PR/PROS/PCdo
Vanderlei Macris B ocupa a vaga)
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Wladimir Costa
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P Zeca Cavalcanti vaga do PSDB/PSB/PPS/PV
1 vaga
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga) PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

PDT Beto Salame Angelim


vaga do PDT
(Dep. do Delegado Éder Mauro Átila Lins
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Abel Mesquita Jr.
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ Francisco Chapadinha Domingos Neto
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Leo de Brito Professora Marcivania
PTdoB
Silas Câmara vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
(Dep. do PTC ocupa a vaga) 1 vaga Zé Geraldo
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

PTC
(Dep. S.PART. ocupa a vaga) 2 vagas
Uldurico Junior vaga do PTdoB
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
Secretário(a): Luiz Paulo Pieri
ocupa a vaga)
Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161
Telefones: 3216-6671 A 6675 PSDB/PSB/PPS/PV
FAX: 3216-6676
Arnaldo Jordy Hissa Abrahão

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL, Arthur Virgílio Bisneto Janete Capiberibe


DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA
Maria Helena Nilson Leitão vaga do PDT
Presidente: Júlia Marinho (PSC)
(Dep. do
1º Vice-Presidente: Wladimir Costa (SD) Nilson Pinto vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
2º Vice-Presidente: Simone Morgado (PMDB) /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
3º Vice-Presidente: Alan Rick (PRB) ocupa a vaga)

Titulares Suplentes Rocha

Vitor Lippi
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB
PDT

Aguinaldo Ribeiro André Abdon


(Dep. do
(Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PSDB/PSB/PPS/PV
Alan Rick Jéssica Sales ocupa a vaga)
ocupa a vaga)
1104 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

S.PART. Sarney Filho vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

Cabo Daciolo vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB


1 vaga

Secretário(a): Cláudio Ribeiro Paes PDT


Local: Anexo II, Sala 55, Ala A, Térreo
Telefones: 3216-6432 (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV ocupa a vaga) 1 vaga
FAX: 3216-6440
PSOL

Glauber Braga vaga do


COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

Presidente: Fábio Ramalho (PV) PTC


1º Vice-Presidente: Sarney Filho (PV)
2º Vice-Presidente: Uldurico Junior vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
3º Vice-Presidente: Janete Capiberibe (PSB)

Titulares Suplentes Secretário(a): Aldo Matos Moreno


Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P Telefones: 3216-6690 / 6693
EN/PRTB FAX: 3216-6699

Efraim
Celso Jacob
Filho
COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO
Júlia SUSTENTÁVEL
Nelson Marquezelli
Marinho
Presidente: Átila Lira (PSB)
Ronaldo 1º Vice-Presidente: Rodrigo Martins (PSB)
(Dep. do PSOL ocupa a vaga)
Carletto 2º Vice-Presidente: Ricardo Izar (PSD)
3º Vice-Presidente: Stefano Aguiar (PSB)
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV ocupa a vaga) 5 vagas

(Dep. do PTC ocupa a vaga) Titulares Suplentes

3 vagas PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Augusto Carvalho Andre Moura
Leonardo
Benedita da Silva
Monteiro Eduardo Bolsonaro Carlos Gomes

Lincoln Josué Bengtson Carlos Melles


Erika Kokay
Portela
Roberto Balestra Daniel Vilela
Jaime Martins Nilto Tatto
Roberto Sales Mauro Pereira
Reginaldo
Maria do Rosário
Lopes Valdir Colatto Toninho Pinheiro

1 vaga 1 vaga (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV


Zé Silva
ocupa a vaga)
PSDB/PSB/PPS/PV
(Dep. do
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
Arnaldo PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Bonifácio de Andrada ocupa a vaga)
Jordy ocupa a vaga)

Valadares PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Fábio Ramalho
Filho
Leonardo Monteiro Assis do Couto
Janete Capiberibe 2 vagas
Nilto Tatto Jaime Martins
Luiza Erundina vaga do PDT
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1105

João Daniel vaga do EN/PRTB


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Ricardo Izar
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Beto Rosado Augusto Carvalho

(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Paulão Carlos Andrade Claudio Cajado

(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV Cleber Verde Covatti Filho


ocupa a vaga) ocupa a vaga)
Edio Lopes Delegado Edson Moreira
(Dep. do REDE ocupa a vaga)
Elmar Nascimento Dimas Fabiano
PSDB/PSB/PPS/PV
Expedito Netto Edinho Bez vaga do PSDB/PSB/PPS/PV
Adilton Sachetti vaga do
Arnaldo Jordy PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Fernando Jordão Ezequiel Fonseca

Átila Lira Bruno Covas José Otávio Germano Hermes Parcianello

Daniel Coelho Eliziane Gama José Priante João Arruda

Ricardo Tripoli Leopoldo Meyer Lucio Mosquini Jony Marcos

Rodrigo Martins vaga do Luiz Fernando Faria José Carlos Aleluia


PT/PSD/PR/PROS/PCdoB 1 vaga

Marcelo Álvaro Antônio Lucio Vieira Lima


Sarney Filho vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Marcelo Squassoni Missionário José Olimpio

Marcus Vicente vaga do


Stefano Aguiar vaga do PSDB/PSB/PPS/PV Pr. Marco Feliciano
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PRP/PSDC/PEN/PRTB
Mário Negromonte Jr. Roberto Balestra
PDT Paulo Azi Ronaldo Nogueira

Weverton Rocha (Licenciado) (Dep. do PSOL ocupa a vaga) Ronaldo Benedet Walter Alves

PSOL Simão Sessim vaga do


PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Washington Reis
vaga do
Edmilson Rodrigues
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Ivan Valente vaga do PDT
(Dep. do
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
ocupa a vaga)
REDE ocupa a vaga)

Alessandro Molon vaga do (Dep. do


(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
ocupa a vaga)
ocupa a vaga)

Secretário(a): Aurenilton Araruna de Almeida (Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV


1 vaga
ocupa a vaga)
Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142
Telefones: 3216-6521 A 6526
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
FAX: 3216-6535 ocupa a vaga)

PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Beto Salame Adelmo Carneiro Leão
Presidente: Rodrigo de Castro (PSDB)
Carlos Zarattini Altineu Côrtes
1º Vice-Presidente: Pedro Vilela (PSDB)
2º Vice-Presidente: Edio Lopes (PMDB) Davidson Magalhães Ana Perugini
3º Vice-Presidente: Joaquim Passarinho (PSD)
Fábio Faria Antonio Balhmann (Licenciado)
Titulares Suplentes
Fernando Marroni Bilac Pinto
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
Gabriel Guimarães Carlos Eduardo Cadoca
1106 Quinta-feira 1º DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Outubro de 2015

Evandro Roman vaga do Samuel Moreira vaga do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/ PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
Jaime Martins
PRP/PSDC/PEN/PRTB PRP/PSDC/PEN/PRTB

João Carlos Bacelar Fernando Torres (Dep. do


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Joaquim Passarinho Francisco Chapadinha SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga)
José Rocha Hugo Leal
PDT
Marcos Montes vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
José Carlos Araújo Dagoberto Abel Mesquita Jr.
PRP/PSDC/PEN/PRTB

(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
Vander Loubet Paulo Magalhães Marcos Rogério
ocupa a vaga)

Zé Geraldo Paulo Pimenta PTC

(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV (Dep. do PSL ocupa a vaga) 1 vaga


Rafael Motta vaga do PSDB/PSB/PPS/PV
ocupa a vaga)
PSL
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV
Wadson Ribeiro
ocupa a vaga)
Macedo vaga do PTC
(Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
2 vagas Secretário(a): Fábio Gomes Ferreira
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
PEN/PRTB ocupa a vaga) Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56
Telefones: 3216-6711 / 6713
PSDB/PSB/PPS/PV FAX: 3216-6720

Antonio Carlos Mendes Thame Bebeto


COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA
Antonio Imbassahy Caio Narcio NACIONAL

Arnaldo Jordy Marco Tebaldi


Presidente: Jô Moraes (PCdoB)
Arthur Virgílio Bisneto vaga do 1º Vice-Presidente: Bruna Furlan (PSDB)
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Nelson Marchezan Junior
2º Vice-Presidente: Carlos Zarattini (PT)
3º Vice-Presidente: Subtenente Gonzaga (PDT)
Domingos Sávio vaga do Pedro Cunha Lima vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/ PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PRP/PSDC/PEN/PRTB PRP/PSDC/PEN/PRTB Titulares Suplentes

Fabio Garcia vaga do PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P


PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Rogério Marinho EN/PRTB

João Castelo vaga do PDT Rossoni Antônio Jácome vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Dilceu Sperafico

João Fernando Coutinho Vicentinho Júnior Arthur Oliveira Maia Eduardo Bolsonaro

José Reinaldo Victor Mendes Benito Gama Eros Biondini

(Dep. do César Halum Jair Bolsonaro


PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/P
Jose Stédile
SC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/ Claudio Cajado José Fogaça
PEN/PRTB ocupa a vaga)
Deley Luiz Carlos Busato
Miguel Haddad vaga do (Dep. do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Ezequiel Fonseca Marcelo Castro
PRP/PSDC/PEN/PRTB
ocupa a vaga)
Jarbas Vasconcelos Marcelo Squassoni
Paulo Abi-ackel
Marcus Vicente Moroni Torgan
Pedro Vilela
Nelson Marquezelli Newton Cardoso Jr
Rodrigo de Castro
Outubro de 2015 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 1º 1107

PEN/PRTB
Rosangela Gomes Roberto Sales

(Dep. do Paulo Abi-ackel Raul Jungmann


Takayama PT/PSD/PR/PROS/PCdo
B ocupa a vaga) Rubens Bueno Rocha

(Dep. do Stefano Aguiar


(Dep. do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
PT/PSD/PR/PROS/PCdo
ocupa a vaga)
B ocupa a vaga) PDT

(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV ocupa a Subtenente Gonzaga Major Olimpio


1 vaga
vaga)
PSOL
(Dep. do PSDB/PSB/PPS/PV ocupa a
vaga)
(Dep. S.PART. ocupa a
Ivan Valente
vaga)
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Jean Wyllys vaga do PT/PSD/PR/PROS/PCdoB
Arlindo Chinaglia Benedita da Silva
S.PART.
Átila Lins Caetano
vaga do PSOL
Cabo Daciolo
Capitão Augusto vaga do
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
Carlos Zarattini
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB

Secretário(a): Edilson Holanda Silva


Chico Lopes vaga do Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Cesar Souza Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737
PEN/PRTB
FAX: 3216-6745

Henrique Fontana Fernando Marroni


COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO
Jefferson Campos Givaldo Vieira
CRIME ORGANIZADO
Jô Moraes Goulart
Presidente: José Priante (PMDB)
Marco Maia Jandira Feghali 1º Vice-Presidente: Capitão Augusto (PR)
2º Vice-Presidente: Marcos Reategui (PSC)
Rômulo Gouveia Luiz Nishimori 3º Vice-Presidente: Laudivio Carvalho (PMDB)

(Dep. do vaga do
Valmir Assunção Titulares Suplentes
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS
/PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB /PTN/PMN/PRP/PSDC/PEN/PRTB
ocupa a vaga) PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/P
EN/PRTB
(Dep. do PSOL ocupa a vaga) Vicente Candido
Aluisio Mendes vaga do
(Dep. do Alberto Fraga PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

PSDB/PSB/PPS/PV
ocupa a vaga) Claudio Cajado vaga do
Alexandre Leite PT/PSD/PR/PROS/PCdoB

PSDB/PSB/PPS/PV
Arnaldo Faria de Sá Edio Lopes
Bruna Furlan Antonio Imbassahy
Delegado Edson Moreira Eros Biondini
Eduardo Barbosa César Messias
Eduardo Bolsonaro Fernando Francischini
Daniel Coelho vaga do
Eduardo Cury PT/PSD/PR/PROS/PCdoB vaga do
Efraim Filho
PT/PSD/PR/PROS/PCdoB Irmão Lazaro
Heráclito Fortes João Gualberto
Fernando Monteiro Mauro Lopes
vaga do
Luiz Lauro Filho
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Jutahy Junior Gilberto Nascimento Onyx Lorenzoni
PEN/PRTB

Guilherme Mussi Osmar Terra


Pastor Eurico vaga do Luiz Carlos Hauly
PMDB/PP/PTB/DEM/PRB/SD/PSC/PHS/PTN/PMN/PRP/PSDC/
Edição de hoje: 1108 páginas
(O.S. 10012/2015)

Secretaria de Editoração
e Publicações _ SEGRAF

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