Você está na página 1de 138

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO – UNIAN - SP

UNIDADE MARTE: AV BRAZ LEME, 3029 - SANTANA


SÃO PAULO (SP)

Relatório referente a Estágio do Curso de Odontologia 6º semestre noturno


no Conjunto Hospitalar do Mandaqui – Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 2019

São Paulo
2019
Curso Odontologia – 6º Semestre – Período Noturno

Albert Levy Brandão Silva RA 301375914917


Caroline Bonadio Martins RA 301379714917
Juliana Ribeiro Silva RA 301384814917
Ludmila Coelho Viana RA 32902961804
Renan Thiago da Silva Santos RA 301374314917
Simone de Andrade Lodron RA 344319714917
Tatiane Cristine Ribeiro RA 30181514917

Prof. Dr. Sérgio Makabe


Diretor da Gerência de Ensino e Pesquisa do CHM

Profa. Dra. Maria Luisa Faria Makabe


Professora Responsável pelo Acompanhamento do Estágio no CHM

Prof. Dr. Antonio Carlos Frias


Professor Responsável pela Disciplina de Estágio

Profa. Dra. Priscila Valles Rocha


Coordenadora do Curso de Odontologia

Prof. Dr. Julio Cesar Q Vilar


Diretor – Anhanguera – Campus Santana

São Paulo
2019
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por nos conceder o privilégio de


sermos a primeira turma do curso de odontologia, 6ª semestre, da UNIAN/Mr – SP, a
realizar um estágio no Conjunto Hospitalar Mandaqui. Como também agradecemos a
Profa. Dra. Priscila Valles Rocha, Prof. Dr. Antônio Carlos Frias, Prof. Dr. Cristiano
Cony Duro, Profa. Dra. Maria Luisa Makabe, Dr. Marcelo Barletta Soares Viterbo
(Diretor Técnico de Saúde III), Dr. Sergio Makabe Gerente da Coreme/ Gerente de
Ensino e Pesquisa, na contribuição em tornar nosso estágio possível. E a todos os
funcionários que de forma direta ou indireta nos receberam com respeito e integridade
a fim de conseguirmos desempenhar nossas atividades.
Resumo

O objetivo da nossa equipe como alunos do 6º semestre noturno do curso


de odontologia da UNIAN/Mr, foi de compreender de forma significativa a importância
do profissional Cirurgião Dentista no ambiente hospitalar. Durante nossa vivência no
Conjunto Hospitalar Mandaqui, visualizamos mais de perto o quanto é importante a
presença do profissional cirurgião-dentista no âmbito hospitalar. Desde a UTI adulto
nosso principal setor de atuação, como também nos diversos setores do hospital.
Durante este período acreditamos que, contribuímos para melhora do quadro geral
dos pacientes internados, oferecendo a estes, uma higiene bucal adequada,
minimizando os possíveis danos e/ou agravos a saúde destes pacientes. Na Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) adulto, alguns pacientes apresentavam feridas na cavidade
bucal e xerostomia, após a realização da higienização bucal nestes pacientes,
aplicamos o laser no local. O uso do laser é eficaz, porque contribui para uma
excelente reestruturação tecidual neste tipo de lesão como também de outras injúrias
teciduais. Desenvolvemos também um trabalho de orientação a pacientes com
autonomia e com capacidade de compreender a importância de uma boa higienização
bucal e assim dar continuidade a esta, após sua alta hospitalar. Durante nossa
permanência na maternidade, realizamos palestras e orientações às pacientes
internadas destacando que uma boa higiene bucal necessita ser realizada durante
todos os ciclos da vida. O Pré-natal pode ser considerado o início deste ciclo, no caso
das crianças recém-nascidas. No setor da Pediatria, reforçamos a importância dos
cuidados com a saúde bucal, já citados anteriormente. O Conjunto Hospitalar
Mandaqui, visa colocar em prática as diretrizes propostas pelo SUS, priorizando um
atendimento humanizado e oferecendo uma assistência voltada à universalidade,
atendendo o paciente respeitando-o em sua diversidade, seja por sua raça, cor,
nacionalidade ou condição sócio- econômico e cultural. Na visão da integralidade,
oferece serviços maior complexidade. Capacita sempre seus funcionários, sendo
assim uma referência na assistência prestada ao paciente, como também um campo
de ensino e realização de pesquisa científicas.

Palavras-chave: UTI, Hospitalar, Mandaqui


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ASB - Auxiliar de Assistência Bucal Dentário
AMA - Assistência Médica Ambulatorial
APS - Atenção Primária em Saúde
C.H.M. - Conjunto Hospitalar Mandaqui
CA. - Câncer
CAP - Caixas de Aposentadoria e Pensões
CD - Cirurgião Dentista
CEO - Centro Especializado Odontológico
EPI - Equipamento de Proteção Individual
e-SUS – SUS eletrônico
IAPAS - Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social
INAMPS - Instituto Nacional da Assistência Médica da Previdência Social
INPS - Instituto Nacional de Previdência Social
LOPS - Lei Orgânica da Previdência Social
NOAS - Norma Operacional da Assistência à Saúde
OMS - Organização Mundial de Saúde
OPAS - Organização Pan Americana de Saúde
PIA - Programa Inversão da Atenção
PNDS - Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids
PNHOSP - Política Nacional de Atenção Hospitalar
POI - Pós operatório imediato
PPT - Plano preventivo-terapêutico
SESP - Serviço Especial de Saúde Pública
SINPAS - Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social
SISAB - Sistema de Informações em Saúde para a Atenção Básica
SNS - Sistema nacional de Saúde
SUS - Sistema Único de Saúde
TCG - Termo de Compromisso de Gestão
THB - Técnico de Higiene Dental
UBS - Unidade Básica de Saúde
UBS - Unidade Básica de Saúde
UNIAN - Universidade Anhanguera
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................. 5

3. PROPOSIÇÃO ................................................................................................................ 48

4. MATERIAL E MÉTODOS: ............................................................................................... 49

6. RESULTADOS ................................................................................................................ 51

7. DISCUSSÃO ................................................................................................................... 66

8. RELATÓRIOS INDIVIDUAIS ........................................................................................... 67

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 131


1

1. INTRODUÇÃO

O Conjunto Hospitalar do Mandaqui (CHM) tem se tornado uma referência


na região da Zona Norte de São Paulo, tendo um atendimento amplo à população,
que engloba o atendimento ambulatorial com várias especialidades clínicas e
procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. O fator humanização é um dos seus
destaques, para garantir o sucesso dos serviços prestados, servindo também como
campo de estágio para várias especialidades de cursos como: nutrição, medicina,
técnico de enfermagem, enfermagem, odontologia, dentre outros.
O CHM é uma referência de ensino e atendimento a pacientes poli
traumatizados, oferece também programas de residência médica reconhecido pelo
SUS.
Como alunos do 6º semestre do curso de odontologia, somos a primeira
turma da UNIAN/Mr – SP, a atuar na Unidade de Terapia Intensiva adulto (UTI),
valorizando e consolidando o grau de importância da atuação do profissional do
cirurgião dentista no âmbito hospitalar e o desempenho de suas funções pertinentes
às necessidades de cada setor do hospital.
Utilizamos materiais devidamente esterilizados e embalados no estágio. Os
procedimentos realizados com o laser foram orientados pela Profa. Maria Luisa
Makabe, supervisora do estágio.
No setor da UTI, nos deparamos com diversos tipos de patologias, com a
oportunidade de proporcionar a estes pacientes um alívio e bem-estar, após nossa
intervenção na higienização bucal, minimizando assim a proliferação de patógenos
presentes na sua microbiota oral. Os procedimentos foram concretizados com a
devida autorização pela equipe médica. Desenvolvemos atividades em outros setores
do hospital como: maternidade e pediatria.
2

Nas fotos expostas abaixo (Fig. 1 e 2), estamos realizando aplicação de


laser nos pacientes internados na U.T.I. Adulto do CHM, no intuito de acelerar a
cicatrização dos tecidos moles ou mucosa da cavidade bucal que apresentavam lesão
após o exame clínico realizado de forma criteriosa. O laser é aplicado com baixa
intensidade (3J), luz vermelha e duração de 60 segundos a cada aplicação.

Figura 1 – UTI Adulto

Figura 2 – Uso do laser na UTI Adulto


3

Nas figuras 3, 4 e 5 abaixo, estamos realizando com as pacientes


internadas no setor de maternidade do CHM uma atividade interativa, comemorando
o Dia das Mães. Tendo como objetivo principal, orientar e esclarecer dúvidas quanto
aos mitos e verdades referentes ao aleitamento materno, conscientizando-as e
capacitando-as à realizar os cuidados com a higiene bucal, tanto para elas como mães
quanto para os recém-nascidos que também necessitam dos cuidados prestados por
elas.

Figura 3

Figura 4
4

Figura 5
5

2. REVISÃO DE LITERATURA

O Sistema Único de Saúde(SUS) e suas mudanças estruturais, iniciaram


por volta do século XIX assinala para o Brasil o início de um processo de
transformação política e econômica que atinge igualmente o âmbito da medicina,
inaugurando duas de suas características, que têm vigorado até o presente: a
penetração da medicina na sociedade, que incorpora o meio urbano como alvo da
reflexão e da prática médica, e a situação da medicina como apoio científico
indispensável ao exercício de poder do Estado. Nasce um tipo específico de medicina
que pode ser chamado de medicina social.
Efetivamente, somente no século XX, iniciam-se políticas de saúde para
enfrentar o quadro sanitário existente no país. A política pública de saúde diz respeito
ao SUS, que possui um conjunto de diretrizes e referenciais ético legais adotados pelo
Estado para fazer frente a um problema que a sociedade lhe apresenta em uma época
que refletia o momento histórico no qual foi criada, a situação econômica, os avanços
do conhecimento científico e a capacidade da sociedade influenciar a política. Cerca
de 20% da população brasileira sobrevive em condições precárias. Sendo assim,
garantir o direito à saúde não pode prescindir de uma estratégia integrada de ação
estatal. As principais características de um Sistema de Saúde para se exercer o direito
à saúde acessível a todo cidadão, visa a implantação de ações às demandas, de
acordo com quadro epidemiológico, na preservação da saúde, não apenas sua cura,
operando de modo articulado e favorecendo a um processo decisório participativo.
Podemos citar vários episódios no decorrer dos anos que remetem as mudanças
ocorridas para o favorecimento do nosso quadro atual no que diz respeito às
mudanças ocorridas nos serviços públicos e privados de saúde. A Primeira república
(1889-1939), foi um ativo movimento de Reforma Sanitária emergiu no Brasil durante
a Primeira República, sob a liderança da nova geração de médicos higienistas, que
alcançou importantes resultados. Entre as conquistas, destaca-se a criação do
Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), em 1920. Durante a Primeira
República, foram estabelecidas as bases para a criação de um Sistema Nacional de
Saúde, caracterizado pela concentração e pela verticalização das ações no governo
central. Além de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, Adolpho Lutz, Arthur Neiva e Vital
6

Brasil, entre outros, destacam-se na definição de rumos para a saúde pública e na


criação de instituições. Aumento da população urbana; Epidemias; Implementação de
serviços e programas de saúde pública em nível nacional foi um referencial para a
criação de um Modelo de “campanhas sanitárias”. É nesse contexto, que a medicina
assumiu o papel de guia do Estado para assuntos sanitários, comprometendo-se a
garantir a melhoria da saúde individual e coletiva e, por extensão, a defesa do projeto
de modernização do País. A Redemocratização (1945-1964), ocorreu com a
institucionalização da saúde pública. O primeiro governo Vargas é reconhecido pela
literatura como um marco na configuração de políticas sociais no Brasil. As mudanças
institucionais que ocorreram, a partir de 1930, moldaram a política pública brasileira,
estabelecendo um arcabouço jurídico e material que conformaria o sistema de
proteção social até um período recente. Coube ao Estado Novo acentuar e dirigir o
processo de expansão do capitalismo no campo, de maneira a impedir que nele
ocorressem alterações radicais na estrutura da grande propriedade agrária. Para
entender a gestão do SUS / 2011. Em 1937, é promulgada nova Constituição, que
reforça o centralismo e a autoridade presidencial (ditadura). O trabalhismo oficial e as
suas práticas foram reforçados a partir de 1940 com a imposição de um sindicato
único e pela exigência do pagamento de uma contribuição sindical. Em 1939,
regulamenta-se a justiça do trabalho e, em 1943, é homologada a Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT). A crescente massa assalariada urbana passa a constituir-se
no ponto de sustentação política do novo governo de Getúlio Vargas, por meio de um
regime corporativista. São promulgadas as leis trabalhistas e, ao mesmo tempo, cria-
se a estrutura sindical do Estado. Essas ações transparecem como dádivas do
Governo e do Estado, e não como conquista dos trabalhadores. Neste período
ocorreram movimentos sociais que exigiam melhoras nas condições de vida. Houve
também o crescimento da entrada de capital estrangeiro e a criação do Ministério da
Saúde. Ações de previdência: crescimento dos gastos, elevação das despesas,
diminuição de saldos. Com a intervenção do governo militar (1964-1980), houve o
crescimento da mortalidade e da morbidade, epidemias de poliomielite e meningite.
Redução de verbas destinadas à saúde pública. O ensino médico foi desvinculado da
realidade sanitária, voltado para a especialização e sofisticação tecnológica. Neste
período é difundida a medicina comunitária pela OMS e OPAS (discussões sobre
7

cuidados primários da saúde) e o Relatório Lalonde (Canadá, 1974): questionou o


papel exclusivo da medicina na resolução dos problemas de saúde, dando início a
uma nova era de interesse social e político pela saúde pública).Nas décadas de 80 e
90 Em 1985, o regime militar chega ao fim, lideranças do movimento sanitário
assumem efetivamente posições em postos-chave nas instituições responsáveis pela
política de saúde no país. Convocação, em 1986, da 8ª Conferência Nacional de
Saúde, cujo presidente foi Sérgio Arouca, então, presidente da Fundação Oswaldo
Cruz “Movimento pela saúde”. Surge o Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência Social (INAMPS), autarquia federal, foi criado em 1977, pela Lei nº 6.439,
que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS),
definindo um novo desenho institucional para o sistema previdenciário, voltado para a
especialização e integração de suas diferentes atividades e instituições. O novo
sistema transferiu parte das funções até então exercidas pelo Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS) para duas novas instituições. A assistência médica aos
segurados foi atribuída ao INAMPS e a gestão financeira, ao Instituto de
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS), permanecendo
no INPS apenas a competência para a concessão de benefícios. O INAMPS foi extinto
em 1993, pela Lei nº 8.689, e suas competências transferidas às instâncias federal,
estadual e municipal gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela
Constituição de 1988, que consagrou o direito universal à saúde e a
unificação/descentralização para os estados e municípios da responsabilidade pela
gestão dos serviços de saúde. Seus 16 anos de existência correspondem ao período
em que o país transitou de um sistema de saúde segmentado, voltado principalmente
para a prestação de serviços médico-hospitalares a clientelas previdenciárias, nos
marcos da ideia meritocracia de seguro social, para um sistema de saúde desenhado
para garantir o acesso universal aos serviços e ações de saúde, com base no princípio
da seguridade social. Nesse período, representou também um espaço institucional
privilegiado onde se ensaiaram propostas de mudança do sistema, tornando-se uma
das principais arenas setoriais onde se disputou e decidiu a agenda de reformas que
mobilizou o país ao longo da década de 1980, dando-lhe uma nova configuração
institucional e novo padrão de políticas sociais, especialmente na área da saúde. Com
o nascimento e consolidação da medicina previdenciária, fez com que a política
8

previdenciária de saúde teve origem na criação das primeiras instituições de proteção


social, as caixas de aposentadoria e pensões (CAP), instituídas pela Lei Elói Chaves
em 1923, cujo artigo 9º, parágrafo 1º, estabelecia o direito dos contribuintes “a
socorros médicos em caso de doença em sua pessoa ou pessoa de sua família”. No
mesmo artigo, o parágrafo 2ºgarantia o direito “a medicamentos obtidos por preço
especial”. Pode-se afirmar que o modelo de proteção social adotado pelas CAP foi
abrangente e pródigo, já que incluía benefícios previdenciários e assistência médica
e farmacêutica, extensiva aos familiares. Para compensar a ausência de oferta de
serviços no mercado, as instituições previdenciárias passaram a criar serviços
próprios para atenção à saúde de seus segurados.
A criação dos institutos de aposentadoria e pensões (IAP), na década de
1930, representou uma mudança na postura do Estado em relação à política de
proteção social, que passou a assumi-la, cada vez mais, como sua atribuição. Ainda
que preservando a forma fragmentada de organização institucional, o Estado passa a
participar auxiliando como financiador e como gestor. A centralização política
implicada neste processo determinou o predomínio de uma postura de contenção de
gastos dos institutos, afetando claramente o nível do desperdício com a atenção
médica. Nessa fase, chegou-se a questionar, entre os técnicos da área previdenciária,
a pertinência de se manterem programas de atenção à saúde como parte dos
benefícios previdenciários, dados seus custos crescentes. Apesar da hegemonia da
corrente que atua na contenção de gastos, na fragmentação institucional e no
processo político de barganha com as distintas frações da classe trabalhadora
terminaram resultando em padrões diversificados de políticas de atenção à saúde,
que variaram conforme o instituto. Assim, enquanto no IAPI (industriários) predominou
a linha dos técnicos contrários ao dispêndio com benefícios em saúde, levando este
instituto a comprar serviços médicos no mercado, no IAPB (bancários) investiu-se na
oferta própria de serviços, o que o levou a possuir a melhor rede própria de hospitais
e postos de atenção à saúde.
A partir de 1945, com a industrialização crescente e com a liberação da
participação política dos trabalhadores, ocorreu um aumento significativo e
progressivo da demanda por atenção à saúde. Independentemente da postura técnica
mais ou menos favorável à ampliação da rede de serviços de saúde no sistema
9

previdenciário, esse aumento de demanda incidiu sobre todos os institutos. Este


processo de expansão culminou com a promulgação da Lei Orgânica da Previdência
Social (LOPS), em 1960, que promoveu a uniformização dos benefícios, ou seja,
padronizou o cardápio de serviços de saúde a que todos os segurados teriam direito,
independentemente do instituto a que estivessem filiados. Como a uniformização dos
benefícios não foi seguida da unificação dos institutos, nem significou a
universalização da atenção à saúde para toda a população, o resultado foi um
aumento da irracionalidade na prestação de serviços, ao mesmo tempo em que a
população não previdenciária mantida discriminada, não podendo ser atendida na
rede da previdência. Por força de sua lógica de resposta à demanda crescente por
serviços de atenção individual, a política previdenciária de saúde, a esta época, já
apresentava uma elevada concentração da rede própria nas grandes cidades do país,
como também o caráter exclusivamente curativo do modelo de atenção médica
adotado. A criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966, pelo
governo militar, unificando todas as instituições previdenciárias setoriais, significou
para a saúde previdenciária a consolidação da tendência da contratação de
produtores privados de serviços de saúde, como estratégia dominante para a
expansão da oferta de serviços. Progressivamente, foram desativados e/ou
sucateados os serviços hospitalares próprios da previdência, ao mesmo tempo em
que se ampliou o número de serviços privados credenciados e/ou conveniados.
O atendimento ambulatorial, no entanto, continuou como rede de serviços
próprios e expandiu-se neste período. As consequências dessa política privatizante
apareceram rapidamente, erodindo a capacidade gestora do sistema e reforçando sua
irracionalidade. De um lado, a baixa capacidade de controle sobre os prestadores de
serviço contratados ou conveniados, já que cada paciente era considerado como “um
cheque em branco”, tendo a previdência que pagar as faturas que lhe eram enviadas,
após a prestação dos serviços. De outro, era quase impossível um planejamento
racional, já que os credenciamentos não obedeciam a critérios técnicos, mas sim a
exigências políticas. Ao lado disso, explodiam os custos do sistema, tanto em razão
da opção pela medicina curativa, cujos custos eram crescentes em função do alto
ritmo de incorporação tecnológica, quanto em razão da forma de compra de serviços
pela previdência. Realizada através das unidades de serviços (US), que em geral
10

valorizavam os procedimentos mais especializados e sofisticados, a compra


descentralizada era especialmente suscetível a fraudes. Houveram marcos
Institucionais que ocorreram entre 1956 a 1964, tais como:
1.criação do Ministério da Saúde, em 1953, velha aspiração dos médicos
da saúde pública;
2. reorganização dos serviços nacionais no Departamento Nacional de
Endemias Rurais (DNER), em 1956;
3. implementação da campanha nacional contra a lepra e das campanhas
de controle e erradicação de doenças, como a malária, de 1958 a 1964;
4. realização da 3ª Conferência Nacional de Saúde, em 1963.
Esses marcos reforçavam aspectos importantes, tais como: permanência
da disjunção entre saúde pública e assistência médica com ênfase da primeira nas
populações rurais; foco das ações sobre doenças específicas (CONASS,2011).
Na década de 1970 foi marcada por uma elevação constante da cobertura
do sistema, levando ao aumento da oferta de serviços médico-hospitalares e,
consequentemente, a uma pressão por aumento nos gastos. Ao mesmo tempo,
intensificaram-se os esforços de racionalização técnica e financeira do sistema. A
expansão da cobertura deu-se tanto pela incorporação de novos grupos ocupacionais
ao sistema previdenciário (empregadas domésticas, trabalhadores autônomos,
trabalhadores rurais), quanto pela extensão da oferta de serviços à população não
previdenciária. A demanda crescente por serviços de saúde assim ocasionada ocorria
no bojo de um processo político de busca de legitimação do regime militar que,
principalmente a partir de 1974 com o II Plano Nacional de Desenvolvimento,
implementou um esforço de incorporação da dimensão social em seu projeto de
desenvolvimento econômico. As tentativas de disciplinar a oferta de serviços de
saúde, através de mecanismos de planejamento normativo, como o Plano de Pronta
Ação de 1974 e a Lei do Sistema Nacional de Saúde de 1975, não foram capazes de
fazer frente aos problemas apontados, já que se restringiam meramente a delimitar os
campos de ação dos vários órgãos provedores. Curiosamente, tais tentativas
disciplinadoras, além de apresentarem baixo impacto em termos de racionalização da
oferta, tinham o efeito paradoxal de expandi-la, já que propunham a remoção de
barreiras burocráticas para o atendimento médico, o que na prática viabilizava o
11

atendimento a clientelas não previdenciárias, representando uma espécie de


universalização branca do acesso. A criação do INAMPS, em 1977, deu-se num
contexto de aguçamento de contradições do sistema previdenciário, cada vez mais
pressionado pela crescente ampliação da cobertura e pelas dificuldades de reduzir os
custos da atenção médica, em face do modelo privatista e curativo vigente. A nova
autarquia representou, assim como o conjunto do SINPAS, um projeto modernizante,
racional, de reformatação institucional de políticas públicas. Através de uma lógica
sistêmica, pretendeu-se simultaneamente articular as ações de saúde entre si e estas
com o conjunto das políticas de proteção social. No primeiro caso, através do Sistema
Nacional de Saúde; no segundo caso, através do Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social. Como componente simultâneo do SNS e do SINPAS, esperava-se
do INAMPS o cumprimento do papel de braço assistencial do sistema de saúde e de
braço da saúde do sistema de proteção social.
O Sistema Nacional de Saúde foi criado pela Lei nº 6.229, de julho de
1975, visando a superar a descoordenação imperante no campo das ações de saúde.
O SNS foi constituído pelo “complexo de serviços, do setor público e do setor privado,
voltados para ações de interesse da saúde... organizados e disciplinados nos termos
desta lei...”. Em relação à política pública de saúde, esta lei atribuiu ao Ministério da
Saúde a formulação da política, bem como a promoção ou execução de ações
voltadas para o atendimento de interesse coletivo, enquanto o MPAS, através do INPS
(depois INAMPS), responsabilizava-se, principalmente, pelas ações médico-
assistenciais individualizadas. Apesar de sua pretensa racionalidade sistêmica, tal
projeto jamais chegou a ter importância significativa na solução ou prevenção da crise
que se avizinhava. O Sistema Nacional de Saúde, na realidade, foi mais um protocolo
de especialização de funções do que um mecanismo de integração dos dois principais
órgãos responsáveis pela política de saúde. Embora fosse atribuída ao Ministério da
Saúde a função reitora na formulação da política de saúde, na prática era o Ministério
da Previdência e Assistência Social que, por deter a maior parte dos recursos públicos
destinados à área de saúde, predominava na definição da linha política setorial. Por
sua vez, o INAMPS, como o braço da saúde do SIMPAS, teve suas ações
condicionadas ou limitadas pela disponibilidade dos recursos existentes, já que os
benefícios previdenciários, por sua natureza contratual, têm primazia na alocação dos
12

recursos do sistema. As despesas do INAMPS, que em 1976 correspondiam a 30%


do orçamento da previdência social, em 1982 atingiram apenas 20%. (CONASS,
2011).

- SUS(Sistema único de saúde)

O Sistema Único de Saúde, surge no advento da 8ª Conferência Nacional


de Saúde, entre 17 e 21 de março de 1986, em Brasília, que se lançaram os princípios
da Reforma Sanitária– define saúde como resultante das condições de alimentação,
habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. Em 1988:
Constituição Federal - (art. 196: saúde é direito de todos e dever do estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e
outros agravos e ao acesso universal e igualitários às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação). Constituição Federal – artigo 198. As ações e
serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem
prejuízo dos serviços assistenciais;
Participação da comunidade.
O Sistema Único de Saúde será financiado, com recursos do orçamento da
seguridade social, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além
de outras fontes. Princípios doutrinários do SUS universalidade, equidade,
integralidade, Regionalização e Hierarquização, descentralização e participação dos
Cidadãos.
Universalidade: é a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a
todo e qualquer cidadão. Assim, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os
serviços públicos. É dever dos governos municipal, estadual e federal.
Equidade: visa assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo
com a complexidade que cada caso requeira. Todo cidadão é igual perante o SUS e
será atendido conforme suas necessidades, até o limite do que o Sistema pode
oferecer a todos.
13

Integralidade: cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma


comunidade; O homem é um ser integral, biopsicossocial, e será atendido, com esta
visão holística, por um Sistema de Saúde também integral, voltado a promover,
proteger e recuperar sua saúde.
Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em
níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica
delimitada e com definição da população a ser atendida. A rede de serviços,
organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior
dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de
vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além
das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.
A resolubilidade implica na capacidade dos Serviços em oferecer a uma determinada
população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de
tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de solução de seus problemas). O
acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de
atenção, que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas
que demandam os serviços de saúde. Os demais deverão ser referenciados para os
serviços de maior complexidade tecnológica.
Descentralização: é entendida como uma redistribuição das
responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de
governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, maior
a probabilidade de acerto.
Assim, o que é abrangência de um município deve ser de responsabilidade do
governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob
responsabilidade do governo estadual; e o que for de abrangência nacional será de
responsabilidade federal. Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na
promoção das ações de saúde diretamente voltadas para os seus cidadãos. A
participação dos cidadãos é a garantia constitucional de que a população, através de
suas entidades representativas, poderá participar do processo de formulação das
políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, do federal ao
local. A Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências
14

intergovernamentais de recursos financeiros na área de saúde, entre outras


providências. Também instituiu as Conferências e os Conselhos de Saúde em cada
esfera de governo.
O SUS conta em cada esfera de governo com as seguintes instâncias
colegiadas de participação da sociedade: Conselhos de Saúde, com representação
paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço, com
poder deliberativo. Conferências de Saúde periódica, para definir prioridades e linhas
de ação sobre a saúde. “O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo,
órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da
execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos
econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder
legalmente constituído em cada esfera de governo”. Deve ser também considerado
como elemento do processo participativo o dever das instituições oferecem as
informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre
as questões que dizem respeito à sua saúde.
- Carta dos direitos dos usuários da saúde Portaria MS nº 675, de 30 de
março de 2006:
Primeiro princípio: todo cidadão tem direito a ser atendido com ordem e
organização: quem estiver em estado grave e/ou maior sofrimento precisa ser
atendido primeiro. É garantido a todos o fácil acesso aos postos de saúde,
especialmente para portadores de deficiência, gestantes e idosos.
Segundo princípio: todo cidadão tem direito a ter um atendimento com
qualidade: você tem o direito de receber informações claras sobre o seu estado de
saúde. Seus parentes também têm o direito de receber informações sobre seu estado.
Toda receita médica deve ser escrita de modo claro e que permita sua leitura. Você
também tem o direito a anestesia e a remédios para aliviar a dor e o sofrimento quando
for preciso.
Terceiro princípio: cidadão tem direito a um tratamento humanizado e sem
nenhuma discriminação: você tem direito a um atendimento sem nenhum preconceito
de raça, cor, idade, orientação sexual, estado de saúde ou nível social. Os médicos,
enfermeiros e demais profissionais de saúde devem ter os nomes bem visíveis no
15

crachá para que você possa saber identificá-los. Quem está cuidando de você deve
respeitar seu corpo, sua intimidade, sua cultura e religião, seus segredos, suas
emoções e sua segurança.
Quarto princípio: cidadão deve ter respeitados os seus direitos de paciente:
você tem direito a pedir para ver seu prontuário sempre que quiser. Tem também a
liberdade de permitir ou recusar qualquer procedimento médico, assumindo a
responsabilidade por isso. E não pode ser submetido a nenhum exame sem saber. O
SUS possui espaços de escuta e participação para receber suas sugestões e críticas,
como as Ouvidorias e os Conselhos Gestores e de Saúde.
Quinto princípio: cidadão também tem deveres na hora de buscar
atendimento de saúde: você nunca deve mentir ou dar informações erradas sobre seu
estado de saúde. Deve também tratar com respeito os profissionais de saúde. E ter
disponíveis documentos e exames sempre que for pedido.
O sexto princípio: todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos
usuários da saúde: os representantes do governo federal, estadual e municipal devem
se empenhar para que os direitos do cidadão sejam respeitados.
- Ações desenvolvidas pelo SUS:
Vigilância Epidemiológica;
Vigilância Sanitária;
Educação em Saúde;
Legislação específica;
Atendimento nos estabelecimentos prestadores de serviços ambulatoriais
e hospitalares.
-Os serviços são estruturados em três níveis de atenção:
1ª) Ações básicas nos campos de promoção, prevenção e assistência
individual.
2ª) Conjunto de ações com diferenciação tecnológica quanto a RH e
equipamentos (ambulatorial).
3ª) Produção de serviços de alta complexidade (hospitalar).
Os gestores do SUS são entidades encarregadas de fazer com que o SUS
seja implantado e funcione adequadamente dentro das diretrizes doutrinárias e da
16

lógica organizacional, e seja operacionalizado dentro dos princípios. Atuando nas três
esferas:
Município: Através da Secretaria Municipal da Saúde onde o gestor é o
Secretário Municipal de Saúde.
Estado Secretaria Estadual da Saúde onde o gestor é o Secretário Estadual
de Saúde.
Governo Federal através do Ministério da Saúde sendo o gestor o Ministro
da Saúde
Ao Município compete: aos gestores programar, executar e avaliar as ações
de promoção, proteção e recuperação da saúde. Isto significa que o município deve
se o primeiro e o maior responsável pelo planejamento, execução e controle das ações
de saúde na sua própria área de abrangência.
Ao Estado compete: a consolidação das necessidades propostas de cada
município, através de planos municipais ajustados entre si. Assim, cabe também aos
estados planejar e controlar o SUS em seu nível de responsabilidade e executar
apenas as ações de saúde que os municípios não forem capazes de executar.
Ao Governo compete: a formulação, coordenação e controle da política
nacional de saúde. Tem importantes funções no planejamento, financiamento,
cooperação técnica e controle macro - estratégico do SUS. Quanto a distribuição de
recursos financeiros cada município irá gerir os recursos federais, estaduais e os seus
próprios recursos alocados pelo governo municipal para o investimento e custeio das
ações e serviços de saúde de âmbito municipal. Também das referências, os
municípios administrarão os recursos para saúde através dos Fundos Municipais de
Saúde. Os fundos municipais de saúde devem assegurar que os recursos da saúde
sejam geridos pelo setor saúde, e não pelas Secretarias de Fazenda, em caixa único,
estadual ou municipal, sobre o qual a Saúde não tem poder. A organização do SUS
loco regional tem no seu perfil epidemiológico quem orienta as ações do plano
municipal de saúde e é a rede de serviços de saúde quem executa tais ações. O
distrito de saúde ou silos (Sistemas Locais de Saúde) é a unidade mínima operacional
e administrativa do Sistema Único de Saúde, implicando numa delimitação geográfico-
populacional concreta, norteada pelos princípios básicos do SUS. Deverá abarcar um
conjunto de recursos de saúde, públicos e privados, que se articularão através de
17

mecanismos político-administrativos sob comando único do nível local, contando com


a participação da população organizada em sua gestão. Deverá estar capacitado a
desenvolver ações integrais de Saúde, capazes de resolver a maior quantidade
possível de problemas de Saúde com um enfoque epidemiológico-social.
Os três modelos básicos de Distrito de Saúde correspondem à base
territorial, populacional, administrativa e sanitária e podem ser iguais no Município;
Parte do Município; Conjunto de Municípios (região). O primeiro nível de assistência
caracteriza-se pelo fato de permitir o acesso direto da população às unidades de
saúde, constituindo-se em PORTA DE ENTRADA regular do sistema. Os tipos
de estabelecimentos que compõem a “porta de entrada” do sistema são: Postos de
saúde, Centros de saúde e Unidades de emergência. É constituída pelas unidades de
assistências primária, que deverão atender a todas as pessoas, sendo que os
usuários que pertencem à área programática da unidade devem ser registrados e
possuir um prontuário, através do qual se possa fazer o acompanhamento de sua
história clínica. Os problemas que não puderem ser resolvidos pela unidade –
consultas especializadas e internações deverão ser encaminhados para outras
unidades de maior complexidade, os ambulatórios de especialidades ou para os
hospitais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). O e-SUS é um sistema de unificação de
banco de dados da área da saúde, solução inteligente para um país com dimensões
continentais. O e-SUS é dividido em três módulos principais: e-SUS Hospitalar; e-SUS
AB e e-SUS SAMU. Foi desenhando pelo Departamento de Atenção Básica (DAB)
para reestruturar as informações da Atenção Básica (AB) em nível nacional. O objetivo
brasileiro de ter um Sistema Único de Saúde (SUS) que efetivamente cuida da
população, demanda organização e capacidade de gestão do cuidado à saúde cada
vez mais efetivas. Para atingir esse desafio, no contexto do maior sistema público de
saúde do mundo, é essencial ter Sistemas de Informação em Saúde (SIS) que
contribuam com a integração entre os diversos pontos da rede de atenção e permitam
interoperabilidade entre os diferentes sistemas. O e-SUS é uma das estratégias do
Ministério da Saúde para desenvolver, reestruturar e garantir a integração desses
sistemas, de modo a permitir um registro da situação de saúde individualizado por
meio do Cartão Nacional de Saúde. O nome, e-SUS, faz referência a um SUS
eletrônico, cujo objetivo é sobretudo facilitar e contribuir com a organização do
18

trabalho dos profissionais de saúde, elemento decisivo para a qualidade da atenção à


saúde prestada à população. (DATASUS, 2018)
O sistema de referência e contra referência diz respeito ao
encaminhamento para outras unidades de maior complexidade é chamado fluxo
externo do sistema, que constitui o sistema de referência e contra referência de casos
Visa dar assistência integral às necessidades de saúde da população. Entende-se por
referência o ato de encaminhamento de um paciente atendido em um determinado
estabelecimento de saúde para outro de maior complexidade. A contra referência
consiste no ato de encaminhamento de um paciente ao estabelecimento de origem
(que o referiu) após resolução da causa responsável pela referência. Para que o
sistema de referência e contra referência funcione é fundamental que exista um bom
trabalho de regulação, que viabiliza um direcionamento eficaz e resolutivo para os
pacientes em questão, às unidades do sistema local e regional, com definição clara
das atribuições de cada unidade dentro do sistema, de acordo com os princípios de
regionalização e hierarquização do SUS. Para que ocorra uma boa cobertura
sistematizada de serviços de saúde, proporcionados de forma contínua, segundo as
necessidades de uma população-alvo determinada e a ela acessíveis (geográfica,
cultural e financeiramente), assegurando-lhe acesso aos diferentes níveis de
atendimento do sistema de saúde.
- Normas Operacionais do SUS: As Normas Operacionais definiram
critérios para que estados e municípios se habilitassem a receber repasses de
recursos do Fundo Nacional de Saúde para seus respectivos fundos de saúde. NOB-
SUS 01/91, NOB-SUS 01/92, NOB-SUS 01/93 e NOB-SUS 01/96. Norma Operacional
da Assistência à Saúde (NOAS-SUS 01/01), (NOAS-SUS 01/02).Entre os objetivos
das Normas Operacionais pode-se destacar: induzir e estimular mudanças no SUS;
aprofundar e reorientar a implementação do SUS; definir objetivos estratégicos,
prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais; regular as relações entre
seus gestores; normatizar o SUS .Sendo constituído o Pacto pela Saúde é um
conjunto de reformas institucionais pactuado entre as três esferas de gestão do
Sistema Único de Saúde, com o objetivo de promover invocações nos processos e
instrumentos de gestão. Sua implementação se dá por meio da adesão de municípios,
estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG), que, renovado
19

anualmente, substitui os anteriores processos de habilitação e estabelece metas e


compromissos para cada ente da federação. As transferências dos recursos também
foram modificadas, passando a ser divididas em seis grandes blocos de financiamento
(Atenção, Básica, Média e Alta Complexidade da Assistência, Vigilância em Saúde,
Assistência Farmacêutica, Gestão do SUS e Investimentos em Saúde).
(CONASS,2011)
Foram definidas três dimensões no Pacto pela Saúde: Pacto em Defesa do
SUS; Pacto pela Vida; Pacto de Gestão. No Pacto pela Vida são firmados
compromissos em torno de medidas que resultem em melhorias da situação de saúde
da população brasileira como: Saúde do idoso; Controle do câncer do colo do útero e
da mama; Redução da mortalidade infantil e materna; Fortalecimento da capacidade
de resposta às doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase,
tuberculose, malária e influenza; Promoção da saúde; Fortalecimento da Atenção
Básica. Pacto em Defesa do SUS firma-se em torno de ações que contribuam para
aproximar a sociedade brasileira do SUS, seguindo estas diretrizes: A mudança das
políticas de saúde, como movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira,
atualizando as discussões em torno dos desafios atuais do SUS; Promoção da
cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como
direito; Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema. Pacto
de Gestão são abordados: a regionalização; a qualificação do processo de
descentralização e ações de planejamento e programação; mudanças no
financiamento na adesão ao pacto, os gestores assinam em conjunto o Termo de
Compromisso de Gestão, no qual constam nos eixos prioritários as metas a serem
atingidas anualmente ou bianualmente. Existe um sistema informatizado de
monitoramento. O SUS consolidou-se, ao longo de duas décadas, como a maior
política de Estado do País, promotor de inclusão e justiça social. Fruto de uma
permanente construção coletiva, nele se manifesta o melhor da tradição política
brasileira: o diálogo, a composição e a busca do acordo.
O Brasil eliminou o sarampo, em 2007; interrompeu a transmissão da
cólera, em 2005, da rubéola, em 2009, e a transmissão vetorial de Chagas, em 2006.
Foram reduzidas as mortes de outras 11 doenças transmissíveis, como tuberculose,
hanseníase, malária e AIDS. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
20

atende 105 milhões de brasileiros e oferece uma resposta rápida à população. As


políticas brasileiras de saúde também reforçam a luta contra o tabaco e nos últimos
anos reduziram o percentual de fumantes no país 15%. O SUS consolidou-se como o
principal fornecedor de medicamentos e o mercado de genéricos está crescendo com
o aumento de novos registros como O Sistema Nacional de Transplantes que é hoje
respeitado pela sociedade brasileira, pelos pacientes e pela comunidade
transplantadora Graças a esse trabalho, o Brasil figura hoje no segundo lugar em
número absoluto de transplantes realizados ao ano em todo o mundo. Foram
realizados, em 2009, 20.200 transplantes, sendo mais de 90% pelo SUS. Entre as
políticas desenvolvidas pelo SUS com maior reconhecimento nacional e internacional,
destaca-se o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids
(PNDST/AIDS), que tem como principal missão reduzir a incidência e melhorar a
qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS. (BORBAI e II, 2007).
O Programa Brasil Sorridente foi criado em 2004 em 2004 e faz parte da
Política Nacional de Saúde Bucal e prevê uma série de ações para facilitar e ampliar
o acesso da população ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros por meio
do Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre as medidas do programa, destacam-se: as
ações de promoção e prevenção, com a viabilização da adição de flúor nas estações
de tratamento das águas de abastecimento público; a reorganização da Atenção
Básica em Saúde bucal, principalmente com a implantação das Equipes de Saúde
Bucal na Estratégia de Saúde da Família; a ampliação e qualificação da Atenção
Especializada, especialmente com a implantação dos Centros de Especialidades
Odontológicas (CEOS) e a reabilitação protética, por meio dos Laboratórios Regionais
de Próteses Dentárias. O objetivo do programa é a reorganização da prática e a
qualificação das ações e serviços oferecidos, reunindo uma série de ações em saúde
bucal, com ampliação do acesso ao tratamento odontológico gratuito aos brasileiros
por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento normalmente é feito no
CEO.
21

Figura 7- CEO

Os centros de especialidades odontológicas estão preparados para


oferecer à população, no mínimo os seguintes serviços:
Diagnóstico bucal, com ênfase no Diagnóstico e detecção do câncer de
boca; Periodontia especializada; Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros;
Endodontia; Atendimento a portadores de necessidades especiais.
Os centros são uma das frentes de atuação do Brasil Sorridente. O
tratamento oferecido nos Centros de Especialidades Odontológicas é uma
continuidade do trabalho realizado pela rede de Atenção Básica e no caso dos
municípios que estão na Estratégia Saúde da Família, pelas equipes de saúde bucal.
Outra frente são as unidades móveis que atendem zonas mais afastadas.

Figura 8

- Requisitos para ser atendido pelo programa:


22

Possuir renda familiar por pessoa dentro do estabelecido pelo Governo


Federal. Os que forem classificados como de baixa renda terão tratamento prioritário
no programa, uma vez que seu objetivo é justamente atender aos que mais necessita.
Várias cidades brasileiras já contam com o programa e várias outras se cadastrando.
- História dos Modelos Assistenciais na Saúde Bucal Brasileira:
Odontologia Sanitária e Sistema Incremental Modelo que priorizou a
atenção aos escolares do sistema público de primeiro grau, introduzido na década de
50 pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), com enfoque curativo-reparador
em áreas estratégicas do ponto de vista econômico. Marca o início da lógica
organizativa e de programação para assistência odontológica, mas, com abrangência
predominante a escolares de 6-14 anos. Introduz algumas medidas preventivas e,
mais recentemente, pessoal auxiliar em trabalho a quatro mãos. Odontologia
Simplificada e Odontologia Integral: Instituído ao final dos anos 70, enfatizou a
mudança dos espaços de trabalho. Suas principais características foram a promoção
e prevenção da saúde bucal com ênfase coletiva e educacional; abordagem e
participação comunitária; simplificação e racionalização da prática odontológica e a
retirada do monopólio com incorporação de pessoal auxiliar. (ADMGUIA, 2019). O
Programa de Inversão a Atenção, o PIA, tem como sua principal característica
baseava-se em intervir antes e controlar depois. Por meio de sua matriz programática,
buscou adaptar-se ao SUS, porém, sem preocupação com a participação comunitária.
Estabeleceu um modelo centrado em três fases: estabilização, reabilitação e declínio.
Contava, para isto, com ações de controle epidemiológico da doença cárie, uso de
tecnologias preventivas modernas (escandinavas), mudança da “cura” para “controle”
e ênfase no autocontrole, em ações de caráter preventivo promocional. Atenção
Básica, Estratégia Saúde da Família, Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal:
Durante muitos anos, no Brasil, a inserção da saúde bucal e das práticas
odontológicas no SUS deu-se de forma paralela e afastada do processo de
organização dos demais serviços de saúde. Atualmente, essa tendência vem sendo
revertida, observando-se o esforço para promover uma maior integração da saúde
bucal nos serviços de saúde em geral, a partir da conjugação de saberes e práticas
que apontem para a promoção e vigilância em saúde, para revisão das práticas
assistenciais que incorporam a abordagem familiar e a defesa da vida. Desde quando
23

surgiu o conceito de Atenção Primária em Saúde (APS), na Declaração de Alma-Ata,


ele tem sofrido diversas interpretações. No Brasil, o Ministério da Saúde tem
denominado Atenção Primária como Atenção Básica, definindo-a como um conjunto
de ações, individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas
de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o
Diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. O correto
entendimento do conceito da Atenção Primária ou Atenção Básica pode ser possível
a partir do conhecimento de seus princípios ordenadores: o primeiro contato, a
distância territorial, a integralidade ou abrangência, e a coordenação:
• Primeiro Contato: implica a acessibilidade e o uso de serviços para cada
novo problema para os quais se procura atenção à saúde. É a acessibilidade
considerando a estrutura disponível, no sentido da existência de barreiras. A
proximidade dos serviços da residência dos usuários, preconizada pela Estratégia
Saúde da Família é uma tentativa de facilitar esse primeiro contato.
• Distância Territorial: aporte regular de cuidados pela equipe de saúde.
Consiste, ao longo do tempo, num ambiente de relação mútua e humanizada entre a
equipe de saúde, indivíduos e família. Poderia ser traduzida como o vínculo, a “relação
mútua” entre o usuário e o profissional de saúde, e a continuidade enquanto oferta
regular dos serviços.
• Abrangência: diz respeito às ações programadas para aquele serviço e
qual a sua adequação às necessidades da população. Sua resposta às essas
demandas enquanto capacidade resolutiva. Nesse sentido, deve ficar claro que as
equipes de saúde devem encontrar o equilíbrio entre a resolutividade clínica individual
e as ações coletivas de caráter preventivo e promocional.
• Coordenação: relaciona-se à capacidade do serviço em garantir a
continuidade da atenção, o seguimento do usuário no sistema ou a garantia da
referência a outros níveis de atenção quando, 2003). Dessas características próprias
derivam três aspectos adicionais: a centralização na família, a competência cultural e
a orientação comunitária. A centralização na família remete ao conhecimento de seus
membros e dos problemas de saúde dessas pessoas, bem como do reconhecimento
da família como espaço singular. A competência cultural trata da capacidade de
reconhecer as multiplicidades de características e necessidades específicas de
24

populações diversas, que podem estar afastadas dos serviços pelas suas
peculiaridades culturais como diferenças étnicas e raciais, entre outras. A orientação
comunitária abrange o entendimento de que as necessidades se relacionam ao
contexto social, e que o reconhecimento dessas necessidades pressupõe o
conhecimento do contexto físico, econômico e cultural. A Atenção Básica considera o
sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio -
cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a
redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades
de viver de modo saudável.
A Atenção Básica tem como fundamentos:
I - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de
qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do
sistema de saúde, com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a
programação descentralizada, em consonância com o princípio da equidade;
II - Efetivar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integração de
ações programáticas e demanda espontânea; articulação das ações de promoção à
saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação, trabalho
de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de serviços;
III - Desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes
e a população cadastrada, garantindo a continuidade das ações de saúde e a do
cuidado;
IV - Valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do constante
de sua formação e capacitação;
V - Realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados
alcançados, como parte do processo de planejamento e programação;
VI - Estimular a participação popular e o controle social. Aspecto
fundamental para efetivação da Atenção Básica é a promoção de saúde, que é uma
estratégia de articulação transversal que objetiva a melhoria na qualidade de vida e a
redução da vulnerabilidade e dos riscos à saúde, por meio da construção de políticas
públicas saudáveis, que levem a população ater melhorias no modo de viver:
condições de trabalho, habitação, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços
essenciais.
25

A Estratégia Saúde da Família (ESF), visa à reorganização da Atenção


Básica no país, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. Além dos
princípios gerais da Atenção Básica, a Estratégia Saúde da Família deve:
I - Ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional
nos territórios em que as Equipes Saúde da Família atuam;
II - Atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, Diagnóstico
situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a
comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo
do tempo, mantendo sempre postura proativa frente ao processo de saúde-doença da
população;
III - Desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a
programação realizados com base no Diagnóstico situacional e tendo como foco a
família e a comunidade;
IV - Buscar a integração com instituições e organizações sociais, em
especial em sua área de abrangência, para o desenvolvimento de parcerias;
V - Ser um espaço de construção de cidadania. Em janeiro de 2004, o
Ministério da Saúde elaborou o documento “Diretrizes da Política Nacional de Saúde
Bucal”. Estas diretrizes apontam para uma reorganização da atenção em saúde bucal
em todos os níveis de atenção e para o desenvolvimento de ações Inter setoriais,
tendo o conceito do cuidado como eixo de reorientação do modelo, respondendo a
uma concepção de saúde não centrada somente na assistência aos doentes, mas,
sobretudo, na promoção da boa qualidade de vida e intervenção nos fatores que a
colocam em risco, incorporando ações programáticas de uma forma mais abrangente.
Destaca-se:
• O cuidado como eixo de reorientação do modelo.
• A Humanização do processo de trabalho.
• A colaborando com os serviços prestados;
• O desenvolvimento de ações voltadas para as linhas do cuidado, como
por exemplo, da criança, do adolescente, do adulto, do idoso.
• Desenvolvimento de ações complementares e imprescindíveis voltadas
para as condições especiais de vida como saúde da mulher, saúde do trabalhador,
portadores de necessidades especiais, hipertensos, diabéticos, dentre outras.
26

- A Importância do Planejamento no Serviço de Saúde:


Na organização das ações e serviços de saúde, o planejamento cria a
possibilidade de se compreender a realidade, os principais problemas e necessidades
da população. Permite uma análise desses problemas, bem como busca elaborar
propostas capazes de solucioná-los, resultando em um plano de ação. Viabiliza por
meio de ações estratégicas, onde se estabelecem metas, a implementação de um
sistema de acompanhamento e avaliação destas operações. O êxito do planejamento
depende da implicação de profissionais, lideranças e/ou representantes da
comunidade. Além da compreensão do “porque” planejar, é preciso saber “como”
planejar. Não se planeja individualmente, de forma intuitiva e pouco sistematizada,
sem socializar institucionalmente os projetos elaborados. O planejamento necessita
ser realizado em linguagem compreendida e compartilhada por todos, objetivando a
parceria em todos os momentos. Para o planejamento das atividades de Saúde Bucal
na Atenção Básica é necessário destacar a importância da utilização da
Epidemiologia.Com ela pode-se conhecer o perfil da distribuição das principais
doenças bucais, monitorar riscos e tendências, avaliar o impacto das medidas
adotadas, estimar necessidades de recursos para os programas e indicar novos
caminhos. Para subsidiar o planejamento com dados da realidade populacional
recomenda-se a realização de levantamentos epidemiológicos, levantamento de
necessidades imediatas e a avaliação de risco. Esse processo, no entanto, precisa
ser acompanhado utilizando um sistema de informação que disponibilize os dados,
produzindo informações consistentes, capazes de gerar novas ações.
A rotina de trabalho da Equipes Saúde da Família inclui processos de
conhecimento do território e da população, bem como da dinâmica familiar e social,
que se constituem em subsídios valiosos ao planejamento, ao acompanhamento de
ações e à avaliação. Compõem estes processos:
A realização e atualização de mapeamento da área de abrangência com
identificação das áreas de risco e vulnerabilidade; O cadastro das famílias e a
atualização constante das informações; A identificação de pessoas e famílias em
situação de risco e vulnerabilidade; A análise situacional da área de abrangência;
Acompanhamento mensal das famílias, a partir de visitas domiciliares realizadas pelos
27

agentes comunitários de saúde e equipe (quando necessário), bem como análise de


informações e de indicadores de saúde área de abrangência;
Interlocução com conselho local ou municipal de saúde. Desenvolvimento
de mecanismos de escuta da comunidade. Planejar é uma necessidade cotidiana, um
processo permanente, capaz de fazer, a cada dia, uma releitura da realidade,
garantindo direcionalidade às ações desenvolvidas, corrigindo rumos, enfrentando
imprevistos e caminhando em direção aos objetivos propostos. Isto evita que o
planejamento seja transformado em um plano estático, que depois de elaborado em
um determinado momento, não é mais atualizado ou reorientado.
O estabelecimento de parâmetros é necessário à organização das ações e
serviços de saúde, promovendo uma ação gerencial mais efetiva, e uma melhora no
planejamento, permitindo o acompanhamento e a avaliação, e conferindo, às equipes
de saúde, qualidade diferenciada em seu processo de trabalho. As secretarias
municipais de saúde, como forma de avaliar a atuação das equipes de saúde bucal e
orientar o processo de trabalho, devem estabelecer parâmetros para
acompanhamento das ações dessas equipes. Cabe ressaltar que esses parâmetros
devem ser construídos a partir de metas traçadas após o conhecimento da realidade
sócio - cultural e epidemiológica da população.
A cobertura da assistência deve ser levada em conta quando se
estabelecem estes parâmetros a partir de metas previamente definidas, tomando por
base os recursos existentes para enfrentamento dos problemas, um número mínimo
de procedimentos e consultas devem ser seguidos. A Portaria nº1101/GM, de 12 de
junho de 2002, é uma referência básica para o estabelecimento destes parâmetros.
No entanto, o passo mais importante é a observação rigorosa, por parte dos gestores,
da adequação dos preceitos desta Portaria à realidade local, às possibilidades de
oferta dos serviços, aos problemas a serem enfrentados e às demandas dos usuários
em cada território. A elaboração de parâmetros e o correto uso dos sistemas de
informação facilitam o monitoramento e avaliação das equipes de saúde. A avaliação
em saúde tem como propósito fundamental dar suporte a todo processo decisório no
âmbito do Sistema de Saúde e por isso deve subsidiar a identificação de problemas e
a reorientação de ações e serviços desenvolvidos, avaliar a incorporação de novas
práticas sanitárias na rotina de profissionais e mensurar o impacto das ações
28

implementadas pelos serviços e programas sobre o estado de saúde da população.


Deve-se consolidar a avaliação como ferramenta de gestão nas três esferas de
governo, onde os processos avaliativos devem ser incorporados às práticas dos
serviços de saúde e possam ter caráter subsidiário ao planejamento, potencializando
a utilização de instrumentos de gestão como o Pacto de Indicadores e o Sistema de
Informação da Atenção Básica (SIAB) agora (Sistema de Informação em Saúde para
a Atenção Básica(SISAB) e o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS
(SIA/SUS) para tomada de decisões e formação dos sujeitos envolvidos nos
processos. Os momentos de avaliação realizados pela equipe a partir da realidade
são essenciais para orientação dos processos de consolidação, implantação e
reformulação das práticas. Sistema de Informação em Saúde é “um conjunto de
mecanismos de coleta, processamento e armazenamento de dados, visando à
produção e à transmissão de informações para a tomada de decisões sobre as ações
a serem realizadas, avaliando os resultados da sua execução e o impacto provocado
na situação de saúde”
Ao município compete alimentar regularmente os sistemas de
informação do Ministério da Saúde. Estes sistemas têm papel fundamental na
avaliação e monitoramento das equipes de saúde e devem servir como ferramenta de
intervenção nos planejamentos locais. SIA/SUS (Sistema de Informação Ambulatorial
do SUS):é um sistema utilizado em todos os níveis de gestão, constituindo-se em
importante instrumento de informação sobre a rede de serviços e os procedimentos
realizados pelas Unidades de Saúde. A produção deve ser lançada mensalmente. O
SIA/SUS permite a verificação da produção em até três meses após a sua realização.
O Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB): é um sistema de informação da
Estratégia Saúde da Família que permite o conhecimento da realidade da população
acompanhada. No que se refere à Saúde Bucal, deve ser alimentado apenas pelas
Equipes Saúde Bucal da Estratégia Saúde da Família. Os lançamentos são os
seguintes: procedimentos coletivos, atividade educativa em grupo e visitas
domiciliares. Além dos sistemas de informação de preenchimento obrigatório
(SIA/SUS e SIAB), os municípios podem criar, a partir de suas necessidades, outras
ferramentas que possibilitem uma avaliação mais detalhada das equipes de saúde e
que possibilite a discussão dentro dos parâmetros pré-estabelecidos. Os profissionais
29

de saúde bucal precisam estar atentos para o preenchimento diário correto de todos
os procedimentos e atividades realizadas. A adoção de mapas diários individuais por
profissional (CD, Diagnóstico e ACD), faz com que a equipe de saúde tenha subsídios
para discutir a atuação de cada um de seus membros. Os mapas de procedimentos
não são de posse exclusiva da coordenação de saúde do município, estes devem ser
usados em nível local pelas equipes de saúde na discussão de estratégias para a
resolução dos problemas de saúde da população, que também participa dessas
discussões através dos conselhos locais de saúde.
O Sistema de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde(SCNES) é,um
sistema de informação de cadastro de estabelecimentos de saúde, de profissionais,
de equipamentos de saúde, de Equipes Saúde da Família com ou sem Equipes Saúde
Bucal.

Este sistema é utilizado pelo Ministério da Saúde para o início e


manutenção do repasse dos incentivos financeiros da Estratégia Saúde.
Disposições Gerais do CNES:
Art. 1º Fica instituído o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES).
Art. 2º O CNES se constitui como documento público e sistema de
informação oficial de cadastramento de informações de todos os estabelecimentos de
saúde no país, independentemente da natureza jurídica ou de integrarem o Sistema
Único de Saúde (SUS), e possui as seguintes finalidades:
I - Cadastrar e atualizar as informações sobre estabelecimentos de saúde
e suas dimensões, como recursos físicos, trabalhadores e serviços;
II - Disponibilizar informações dos estabelecimentos de saúde para outros
sistemas de informação;
III - ofertar para a sociedade informações sobre a disponibilidade de
serviços nos territórios, formas de acesso e funcionamento;
IV - Fornecer informações que apoiem a tomada de decisão, o
planejamento, a programação e o conhecimento pelos gestores, pesquisadores,
trabalhadores e sociedade em geral acerca da organização, existência e
disponibilidade de serviços, força de trabalho e capacidade instalada dos
estabelecimentos de saúde e territórios.
30

Parágrafo único. Não é finalidade do CNES ser instrumento de indução


política ou mecanismo de controle, constituindo-se somente como um cadastro que
permita a representação mais fidedigna das realidades loco regionais.
Art. 3º Para efeito desta Portaria considera-se:
I - Cadastramento: ato de inserir pela primeira vez os dados conformados
no modelo de informação do CNES, em aplicativo informatizado ou por meio de
"webservice", com vistas à alimentação da base de dados nacional do CNES;
II - Estabelecimento de saúde: espaço físico delimitado e permanente onde
são realizadas, ações e serviços de saúde humana sob responsabilidade técnica;
III - manutenção ou atualização de cadastro: ato de alterar os dados
cadastrais de um estabelecimento de saúde previamente inseridos no aplicativo
informatizado ou por meio de "webservice", ou reafirmar que seus dados não sofreram
mudanças;
IV - Responsável administrativo: pessoa física proprietária ou competente
para administrar ou gerenciar um estabelecimento de saúde; e
V - Responsável técnico: pessoa física legalmente habilitada a responder
tecnicamente, dentro de seu escopo de atuação profissional, por ações e serviços de
saúde realizados em um estabelecimento de saúde.
Art. 4º O cadastramento e a manutenção dos dados cadastrais no CNES
são obrigatórios para que todo e qualquer estabelecimento de saúde possa funcionar
em território nacional, devendo preceder aos licenciamentos necessários ao exercício
de suas atividades, bem como às suas renovações.
Art. 5º O CNES é a fonte de informações oficial sobre estabelecimentos de
saúde no país, devendo ser adotado por todo e qualquer sistema de informação que
utilize dados de seu escopo e ser utilizado como fonte para todas as políticas
nacionais de saúde.
Art. 6º Deverão ser adotados no CNES padrões reconhecidos pela
comunidade internacional e aderentes às legislações vigentes, permitindo ofertar
meios de pesquisa e comparabilidade em nível global. (Brasil, 2015)
O Ministério da Saúde, por meio do Pacto de Indicadores da Atenção
Básica, redefiniu em 2006 para a área de saúde bucal dois indicadores principais
(Cobertura de primeira consulta odontológica programática e cobertura da ação
31

coletiva de escovação dental supervisionada) e dois indicadores complementares


(Média de procedimentos odontológicos básicos individuais e Proporção de
procedimentos odontológicos especializados em relação às ações odontológicas
individuais). Estes indicadores constituem instrumento nacional de monitoramento e
avaliação das ações e serviços de saúde bucal referentes à atenção básica. A equipe
de saúde, junto com os conselhos locais de saúde, deve compreender estes
indicadores e interpretá-los periodicamente, assim como os gestores locais e as
diferentes esferas de governo. Conforme a necessidade dos municípios, estes devem
discutir e pactuar junto à população e aos profissionais de saúde bucal outros
indicadores com vistas à melhoria no desempenho dos serviços da atenção básica e
situação de saúde desta população. Os quatro indicadores de saúde bucal do Pacto
da Atenção Básica 2006, segundo a Portaria nº 493/GM, de 10 de março de 2006,
são:
• Cobertura de primeira consulta odontológica programática: é o percentual
de pessoas que receberam uma primeira consulta odontológica programática,
realizada com finalidade de Diagnóstico e, necessariamente, elaboração de um plano
preventivo-terapêutico (PPT), para atender as necessidades detectadas. Não se
refere a atendimentos eventuais como os de urgência/emergência que não tem
seguimento previsto.
• Cobertura da ação coletiva escovação dental supervisionada: é o
percentual de pessoas que participaram da ação coletiva escovação dental
supervisionada. Tal ação é dirigida, necessariamente, a um grupo de indivíduos, e não
a ação individual em que atividades educativas são realizadas no âmbito clínico para
uma única pessoa. A média de procedimentos odontológicos básicos individuais:
Consiste no número médio de procedimentos odontológicos básicos, clínicos e/ou
cirúrgicos, realizados por indivíduo, na população residente em determinado local e
período. Possibilita análise comparativa com dados epidemiológicos, estimando-se
assim, em que medida os serviços odontológicos básicos do SUS estão respondendo
às necessidades de assistência odontológica básica de determinada população. A
Proporção de procedimentos odontológicos especializados em relação às ações
odontológicas individuais: Consiste na proporção de procedimentos odontológicos
especializados em relação às demais ações individuais odontológicas realizadas no
32

âmbito do SUS. Possibilita a análise comparativa com dados epidemiológicos,


estimando-se em que medida de serviços odontológicos do SUS está respondendo
às necessidades da população aos serviços odontológicos especializados, o grau de
atenção e a integralidade. No trabalho em equipe, ninguém perde seu núcleo de
atuação profissional específica, porém, a abordagem dos problemas é que assume
uma nova dimensão. Conhecer, compreender, tratar e controlar, passa a ser uma
responsabilidade compartilhada. A noção de consulta é superada por outra ação de
maior amplitude, que passa a ser concebida como cuidado, uma nova atitude frente
aos processos de saúde-doença da comunidade. Observa-se que no decorrer da
história das práticas da Saúde Bucal, indicam que ela foi desenvolvida a distância,
sendo feita praticamente entre quatro paredes, restrita à prática do cirurgião dentista
com seu equipamento odontológico. Atualmente, a incorporação das ações de Saúde
Bucal pelas Equipes da Família visa transpor esse modelo de organização e prática
anterior, sendo altamente desafiador e difícil, na medida em que procura integrar a
prática dos profissionais da equipe. Deve haver muito empenho de todos os
profissionais para a construção desse novo modo de operar as ações de saúde, que
deve repercutir num movimento contínuo de reflexão sobre as práticas de saúde,
numa aproximação entre os diferentes profissionais da equipe como também dessa
equipe com a comunidade. A aproximação com o usuário traz a chance de se construir
com ele, a autonomia possível para o enfrentamento dos seus problemas. Enfim,
estabelece-se um novo processo pedagógico, com potencial para que todos possam,
ao mesmo tempo, ensinar e aprender.
Competências do Cirurgião-Dentista na ESF:
I - Realizar Diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico
para o planejamento e a programação em saúde bucal.
II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal,
atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais.
III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (proteção da saúde,
prevenção de agravos, Diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde)
individual e coletiva, a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo
com planejamento local, com resolubilidade.
33

IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de


assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o
segmento do tratamento.
V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da
saúde e à prevenção de doenças bucais.
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar.
VII - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do
Diagnóstico, e ESF.
VIII - Realizar supervisão técnica do Diagnóstico e ACD. IX - Participar do
gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.
Competências do Técnico em Higiene Dental (Diagnóstico):
I - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção,
assistência e reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a
grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências
técnicas e legais.
II - Coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos
odontológicos.
III - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar.
IV - Apoiar as atividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e
promoção da saúde bucal.
V - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da USF.
Competências do Auxiliar de Consultório Dentário (ACD):
I - Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as
famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à
saúde.
II -Proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos
utilizados.
34

III - Preparar e organizar instrumental e materiais necessários.


IV -Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o Diagnóstico nos
procedimentos clínicos.
V - Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos.
VI - Organizar a agenda clínica.
VII - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal
com os demais membros da Equipe Saúde da Família, buscando aproximar e integrar
ações de saúde de forma multidisciplinar.
VIII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o
adequado funcionamento da USF. (CHIORO, 2015). Na noite de 24 de abril, o plenário
do Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 34/2013, que obriga os hospitais públicos e
particulares de médio e grande porte a oferecerem assistência odontológica aos
pacientes no ambiente hospitalar. Também estão incluídos na lei os portadores de
doenças crônicas e aos atendidos em regime domiciliar na modalidade home care. O
PL segue, agora, para sanção presidencial e, caso convertido em lei, entrará em vigor
180 dias após sua publicação. A promoção da saúde, a prevenção, o Diagnóstico e o
tratamento das doenças orofaciais e da manifestação bucal de doenças sistêmicas ou
das consequências fazem parte da atuação dos Cirurgiões-Dentistas que demandam
procedimentos com equipes multidisciplinares de alta complexidade, de maneira
preventiva, paliativa e curativa.
O papel dos profissionais de Odontologia é indispensável na instalação,
sustentação e prática dos cuidados diários de redução de infecções hospitalares,
prevenindo infecções bucais que possam ter repercussões sistêmicas ou que possam
levar a infecções nosocomiais, principalmente em pacientes imunossuprimidos ou em
pacientes que serão submetidos à cirurgia ou tratamentos antineoplásicos, e
tratamento de infecções oportunistas pré-existentes.
A lei, após sancionada, vai obrigar que hospitais tenham profissionais de
Odontologia em seus quadros para cuidar da manutenção da saúde bucal de
pacientes internados. Os pacientes internados em unidades de Tratamento Intensivo
(UTI) deverão ser atendidos por um Cirurgião-Dentista. Já aqueles internados em
outras unidades do hospital poderão ser atendidos por profissionais
habilitados, supervisionados por um odontólogo.
35

O diretor do Departamento de Odontologia Hospitalar da APCD, presidente


da comissão de Odontologia Hospitalar do Conselho Federal de Odontologia e
membro da comissão da Odontologia Hospitalar do CROSP, Keller de Martini,
participou de toda mobilização para que o PL fosse aprovado desde 2013 e destaca
que são inúmeros benefícios que a lei pode trazer para a população como: “redução
do tempo de internação dos pacientes e dos custos hospitalares como, por exemplo,
diminuição de uso de antibióticos caríssimos, hora, atividade e rotatividade do leito,
diminuição de uso de imagens, diminuição de pneumonia nosocomial e pneumonia
dentro das UTI’s, principalmente, diminuição do risco de endocardite bacteriana, e
Diagnóstico precoce de doenças graves que podem trazer agravo para o paciente. De
uma maneira geral, a colocação do Cirurgião-Dentista dentro do hospital ajuda na
redução de foco infecção e a desospitalização desse paciente.”
O professor coordenador do curso de Odontologia Hospitalar da APCD-
IESP/FAOA, Fernando Martins Baeder, também ressalta que “a lei é de extrema
seriedade para a Odontologia, pois obriga a presença do Cirurgião-Dentista dentro do
ambiente hospitalar (UTI, ambulatórios e home care). Isso preenche uma lacuna, e
permite o atendimento do paciente de alto risco médico que até então não poderia ser
atendido de maneira segura em ambiente ambulatorial. (PANTANO, 2019). A definição
do campo da prática das Equipes Saúde Bucal na Atenção Básica extrapola, e muito,
os limites da boca, o que exige na composição que suas ações integrem diferentes
áreas de conhecimento. São ações que devem integrar a prática das Equipes Saúde
Bucal na Atenção Básica:
Ações Intersetoriais significam intervenções para mudar circunstâncias
sociais e ambientais que afetam a saúde coletivamente e que possam conduzir a
ambientes saudáveis. Envolvem estabelecimento de parcerias com setores e atores
fora da área da saúde. No momento, o registro no Sistema de Informação da Atenção
Básica – SIAB da assistência domiciliar é realizado no campo internação domiciliar.
Salienta-se a necessidade de ações que visem o fortalecimento dos indivíduos e das
comunidades no processo de definição de prioridades, tomada de decisões,
desenvolvimento de redes sociais, planejamento e implantação de estratégias que
levem à obtenção de saúde. Toda comunidade dispõe de elementos em sua cultura,
ou mesmo estruturas governamentais ou não, que podem auxiliar na ampliação dos
36

fatores de proteção da comunidade. Cabe à Equipe Saúde da Família identificá-los e


programar ações que venham ao encontro da construção de sujeitos-coletivos
capazes de autogerir suas vidas. Como exemplo cita-se o apoio a ações e políticas
que: promovam desenvolvimento social; possibilitem o acesso a saneamento básico
e incentivem a fluoretação das águas de abastecimento; contribuam para o combate
ao fumo e uso de álcool; incentivem dietas mais saudáveis; contribuam para garantir
proteção no trabalho; contribuam para o trabalho transversal de conteúdos de saúde
bucal no currículo escolar, através do aproveitamento da Lei de Diretrizes e Bases
para a Educação (LDB - Lei no 9394/96), entre outras. Especificamente em relação à
LDB, significaria discutir a saúde bucal em vários momentos e disciplinas escolares,
de acordo com a realidade de cada escola, contribuindo para a construção de escolas
saudáveis.
A educação em saúde bucal deve fornecer instrumentos para fortalecer a
autonomia dos usuários no controle do processo saúde-doença e na condução de
seus hábitos. Sua finalidade é difundir elementos, respeitando a cultura local, que
possam contribuir com o empoderamento dos sujeitos coletivos, tornando-os capazes
de autogerirem seus processos de saúde doença, sua vida, com vistas à melhoria da
sua qualidade de vida. Em geral, o conteúdo para as ações educativas coletivas deve
abordar: as principais doenças bucais, como se manifestam e como se previnem; a
importância do autocuidado, da higiene bucal, da escovação com dentifrício fluoretado
e o uso do fio dental; os cuidados a serem tomados para evitar a fluorose; as
orientações gerais sobre dieta; a orientação para autoexame da boca; os cuidados
imediatos após traumatismo dentário; a prevenção à exposição ao sol sem proteção;
a prevenção ao uso de álcool e fumo. O planejamento das ações educativas deve ser
feito em conjunto com a equipe de saúde, principalmente em relação às ações
propostas por ciclo de vida, condição de vida, e por fatores de risco comum para várias
doenças.
A educação em saúde deve ser parte das atribuições comuns a todos
os membros da equipe de saúde bucal, mas os profissionais auxiliares podem ser as
pessoas ideais para conduzir o trabalho nos grupos. O ACS tem papel relevante na
divulgação de informações sobre saúde bucal, devendo a equipe de saúde bucal
orientar o seu trabalho. A presença do CD é importante em momentos pontuais e no
37

planejamento das ações. Salienta-se a importância da revisão das práticas


pedagógicas, especialmente em se tratando de abordagem para educação para
adultos e jovens, que necessariamente difere da educação para crianças. São
aspectos importantes a serem observados na educação em saúde bucal: Respeito à
individualidade; Contextualização nas diversas realidades, incluindo as possibilidades
de mudança; Respeito à cultura local; Respeito à linguagem popular para encaminhar
uma construção conjunta da prática ética; Autopercepção de saúde bucal; Reflexão
sanitária: o processo de educação em saúde deve capacitar os usuários para
participar das decisões relativas à saúde; Uso de metodologias adequadas a cada
situação e a cada grupo etário.
O Brasil é reconhecido internacionalmente como um país que tem um dos
mais completos e bem-sucedidos programas de imunizações do mundo, constituindo-
se em poderosa ferramenta de controle de doenças transmissíveis, que podem ser
prevenidas. O País consegue garantir altos índices de cobertura vacinal, atingindo de
forma estável e universal todos os segmentos populacionais realizado por meio de
campanhas nacionais e rotineiramente nas 30.280 salas de vacina do País. Programa
Nacional de Imunização, Programa Nacional de Controle do câncer do colo de útero
e de mama, Banco de leite humano, Programa Doe Vida, doe órgãos, Sistema
Nacional de Transplantes, serviço de hemodiálise, saúde da mulher, saúde da criança,
saúde do idoso, dentre outras atividades. As ações de cuidado no primeiro ano de vida
devem ser realizadas no contexto do trabalho multidisciplinar da equipe de saúde
como um todo, de forma a evitar a criação de programas de saúde bucal específicos
para este grupo etário, para evitar que ocorram de forma vertical e isolada da área
médico-enfermagem. O trabalho de prevenção deve estar direcionado à gestante, aos
pais e às pessoas que cuidam da criança. É fundamental que os profissionais dos
programas de puericultura disseminem as informações que seguem: No período da
erupção dos dentes, é comum o aparecimento de sintomas sistêmicos tais como
salivação abundante, diarreia, aumento da temperatura e sono agitado, mas que, não
necessariamente, são decorrentes deste processo. O tratamento deve ser sintomático
e, quando necessário, realizar investigação de outras causas para os sintomas
descritos. Nesta fase, a ingestão excessiva de dentifrício fluoretado pode causar
fluorose dentária. Aleitamento materno: excetuando-se situações especiais, deve ser
38

feito com exclusividade até os 06 meses de idade. A partir dessa idade, deve-se
incentivar o uso progressivo de alimentos em colheres e copos. É importante fator de
prevenção da má-oclusão dentária. Hábitos bucais - sucção de chupeta ou
mamadeira:
• Em situações adversas, nas quais necessite dar mamadeira ao bebê, não
aumentar o furo do bico do mamilo artificial, que serve para o bebê fazer a sucção e
aprender a deglutir.
• Quando a necessidade de sucção não for satisfeita com o aleitamento
materno, a chupeta deve ser usada racionalmente, não sendo oferecida qualquer sinal
de desconforto. Utilizar exclusivamente como complementar à sucção na fase em que
o bebê necessita deste exercício funcional. Não é recomendável que o bebê durma
todo o tempo com a chupeta.
O primeiro passo para ter uma vida mais saudável é garantir que a
amamentação seja assegurada para todas as crianças. A amamentação é importante
tanto para a mãe como para a criança. É um cuidado para toda avida. É importante
evitar a adição de açúcar, mel, achocolatados e carboidratos ao leite para que as
crianças possam se acostumar com o sabor natural deste. Evitar mamadas noturnas.
Não passar açúcar, mel ou outro produto que contenha açúcar na chupeta. As crianças
devem ser amamentadas exclusivamente com leite materno até os seis meses de
idade e, após essa idade, deverá receber alimentação apropriada, continuando a
amamentação até a idade de dois anos ou mais. O aleitamento materno protege
contra doenças infecciosas nos primeiros anos de vida e reduz o risco para os bebês
morrerem antes de um ano. Apenas mulheres que convivem com HIV-AIDS ou outras
doenças que podem ser transmitidas para o bebê, por meio do leite materno, é que
não devem amamentar. Além do aleitamento materno, as famílias devem ser
orientadas sobre quais são os alimentos mais adequados e como e quando os
introduzir na alimentação da criança.
A limpeza da cavidade bucal é normalmente iniciada antes mesmo da
erupção dental. Usar um tecido limpo ou gaze embebida em água filtrada ou soro para
esfregar a gengiva. A escovação está indicada a partir da erupção do primeiro dente
decíduo, não é necessário uso de dentifrício devido à possibilidade de ingestão pelo
bebê. A partir da erupção dos primeiros molares decíduos pode-se usar o mínimo
39

possível de dentifrício (quantidade equivalente a um grão de arroz cru). Um cuidado


particularmente importante é a frequência do uso do creme dental, pois acontece
também na ingestão nessa idade, podendo causar fluorose. O dentifrício deve ser
mantido fora do alcance das crianças. A higienização deve ser realizada pelos pais ou
responsáveis. A faixa etária de 2 a 9 anos de vida o ideal para desenvolver hábitos
saudáveis e para participação em programas educativo/preventivos de saúde bucal.
A equipe pode identificar as crianças em cada área relacionada, por ocasião do
trabalho com grupos de mães, creches, visitas domiciliares entre outros. O enfoque
familiar é importante uma vez que o aprendizado se dá também por meio da
observação do comportamento dos pais. No trabalho multiprofissional, o exame da
cavidade bucal das crianças deve ser uma atividade de rotina. Assim, médicos,
enfermeiros e outros profissionais, ao observarem a presença de lesões nos dentes
ou tecidos moles bucais, durante os exames, podem fazer o encaminhamento formal
para o serviço odontológico. Deve-se evitar a extração precoce dos dentes decíduos,
pois este procedimento pode alterar o tempo de erupção do dente permanente,
podendo provocar má oclusão. Em torno dos 05 anos, os incisivos e molares
permanentes iniciam sua erupção. Nesta fase, deve-se reforçar a importância da
higiene nos dentes que recentemente concluíram sua erupção. Alguns fatores,
denominados hábitos deletérios, predispõem à má oclusão e que devem ser
trabalhados no processo educativo:
• Sucção de chupeta – é recomendado que este hábito seja retirado
gradualmente, até os três anos. Após esta idade, o hábito de sucção anormal pode
trazer problemas de oclusão.
• Sucção digital – a má oclusão oriunda deste hábito depende da forma,
frequência, duração e intensidade.
• Deglutição atípica – projeção da língua entre os dentes anteriores, tanto
durante o repouso quanto no ato da deglutição.
• Hábito de roer unha, respiração bucal e outros. O uso de medidas não
traumáticas para a remoção destes hábitos é fundamental, uma vez que envolve
questões emocionais. Portanto, devem ser avaliados a melhor forma e o melhor
momento para descontinuar o hábito. O trabalho conjunto com psicólogo pode ser
necessário para que sejam evitados problemas desta natureza. Reforçar sempre,
40

junto aos pais, responsáveis, professores, cuidadores de creches e membros das


equipes de saúde, a importância da escovação como um hábito fundamental na rotina
de higiene do corpo. Quanto aos hábitos alimentares, cabe ressaltar que tudo aquilo
que os pais e responsáveis fazem (frequência, tipo de alimentos), geralmente tende a
ser referência para os filhos.
De acordo com a cultura e os hábitos alimentares em cada local, incentivar
a introdução de alimentos saudáveis, que favoreçam a mastigação e a limpeza dos
dentes. Alertar para o fato de que o consumo exagerado e frequente do açúcar pode
constituir fator de risco para a cárie dentária e outras doenças. Incentivar o consumo
de alimentos que contenham açúcar natural (frutas e leite), por serem menos
significativos na etiologia da cárie. A partir dos dois anos de idade, a alimentação da
criança torna-se mais parecida com a da família. Acima de dois anos de idade a
alimentação deve ser segura, variada, culturalmente aceita e adequada em qualidade.
A quantidade de energia e dos diferentes nutrientes é que varia, de acordo com as
necessidades nutricionais das pessoas, em cada fase do curso da vida. Na fase pré-
escolar (2 a 6 anos de idade), é importante que a introdução e a oferta de alimentos
variados, iniciadas aos seis meses de idade, tenham continuidade. Nessa fase a
criança ainda está formando seus hábitos alimentares e ela deve ser estimulada a
participar do ato de alimentar-se. No período pré-escolar, é comum os pais relatarem
problemas com a alimentação das crianças. Associada à redução da velocidade do
crescimento, ocorre uma diminuição do apetite e a criança passa a dar mais
importância e atenção ao mundo que está a sua volta, o que a faz perder o interesse
pela alimentação. A família deve ser orientada sobre esses acontecimentos, que são
comuns da idade. Em relação às crianças em fase escolar (7 a 10 anos), a
alimentação saudável deve continuar a promover o crescimento e o desenvolvimento
físico e intelectual. Como a criança está em fase de socialização mais intensa e se
torna mais independente dos pais e da família, é importante assegurar e reforçar a
sua responsabilidade na seleção e consumo de alimentos saudáveis. A escovação
contínua sendo responsabilidade dos pais ou responsáveis, mas na medida que a
criança cresce, deve ser estimulada a fazer a escovação sozinha, neste período é
importante que a criança escove seus dentes e os pais/responsáveis complementem
a escovação, na medida em que o desenvolvimento da motricidade se dá ao longo do
41

tempo. Reforçar a importância de se usar o mínimo possível de dentifrício, pois a


ingestão ainda ocorre nessa idade. Na medida do possível, crianças com menos de
06 anos devem fazer uso de dentifrício com flúor, sob supervisão de um adulto ciente
dos riscos da ingestão. O dentifrício deve ser colocado sempre em local inacessível
às crianças. O uso de fio dental deve ser introduzido com ajuda de um adulto. Já o
olhar voltados para os adolescentes de 10 a 19, a equipe de saúde deve conhecer os
principais problemas que afetam os adolescentes, tais como: violência, problemas
familiares, depressão, drogas, álcool, gravidez, doenças sexualmente transmissíveis
e outros, para atuar de forma multiprofissional e fazer os encaminhamentos
necessários. As orientações para os adolescentes devem ocorrer em uma linguagem
que seja assimilada com facilidade. Em geral, o adolescente não procura a Unidade
Básica de Saúde para resolver seus problemas. No entanto, quando envolve questões
estéticas, o faz com maior facilidade. Na adolescência, é comum a ocorrência de
alguns problemas como Bulimia (distúrbio de alimentação que envolve comer
desenfreadamente e depois induzir o vômito para controle do peso) que pode levar à
erosão dentária e cárie na face lingual dos dentes anteriores, bem como o uso de
piercing, que pode causar complicações de ordem inflamatória e até infecciosa.
Nestes casos, havendo a suspeita /detecção de outros problemas como a obesidade,
gravidez, depressão e doenças respiratórias, entre outras, deve haver notificação e
encaminhamento para a equipe. Deve-se assegurar informações sobre os riscos com
acidentes e traumatismos dentários e a necessidade de uso de proteção e adoção de
comportamentos seguros. Entre os 17 e 21 anos há, geralmente, erupção dos
terceiros molares, na maioria das vezes em local de difícil acesso, o que exige cuidado
especial na sua escovação. Nesta fase a maioria dos dentes permanentes de maior
risco à cárie já concluíram a erupção. A equipe de saúde deve dar continuidade ao
trabalho que vinha sendo desenvolvido com as crianças e consolidar nesta faixa etária
a ideia do autocuidado e da importância da saúde bucal. Com a aproximação da idade
adulta, cresce o risco às doenças periodontais e ocorre a redução do risco biológico à
cárie. Observa-se alta incidência de gengivites e pode ocorrer uma doença, de baixa
prevalência, não exclusiva, mas própria desta faixa etária, a periodontite juvenil
localizada ou generalizada, cujas características principais são:
42

• Quantidade de placa bacteriana não compatível à severa destruição


periodontal.
• Progressão rápida.
• Aspecto periodontal saudável.
Os profissionais devem estar atentos para esta possibilidade. A visita
periódica à unidade de saúde para Diagnóstico precoce da doença se constitui na
melhor forma de prevenção. Os resultados alcançados com o tratamento, em geral,
são satisfatórios. Avaliação médica pode determinar se há presença de doença
sistêmica, principalmente nos casos em que não houver resposta para a terapêutica
clássica. É importante usar linguagem adequada, de fácil compreensão, não tratando
o adolescente como criança, abordando conceitos de si próprios, de estética e de
aceitação do seu grupo como fortes motivadores nesta fase da vida.
A adolescência é o período de transição entre a infância e a fase adulta,
que ocorre entre 10 e 20 anos de idade, caracterizada por transformações que
influenciam inclusive o comportamento alimentar. Promover alimentação adequada do
adolescente é considerar suas características e sua individualidade, conciliando o
prazer e a aceitação grupal com os princípios da alimentação saudável e a prática
regular de atividade física. A dieta rica em carboidrato, com grande frequência de
ingestão e associada à escovação deficiente, é fator predisponente à cárie dentária.
Orientar para uma dieta com menos probabilidade de desencadear a lesão de
cárie. Alertar para o fato de que o consumo excessivo de refrigerantes pode ocasionar
erosão dentária (desgaste dos dentes, provocado por substância ácidas). A
alimentação saudável segue os mesmos princípios da alimentação para a família,
incluindo todos os grupos de alimentos e fornecendo os nutrientes adequados ao
crescimento e às modificações corporais que ocorrem nesse período. Existem
diferenças marcantes entre os sexos, que afetam as necessidades de energia e
nutrientes. Alguns nutrientes merecem atenção especial: em função do aumento da
massa óssea, as necessidades de cálcio estão elevadas; já o rápido crescimento
muscular e o aumento do volume sanguíneo necessitam de uma maior quantidade de
ferro. Deve também ser dada atenção ao uso de anabolizantes e aos transtornos
alimentares, que podem ocorrer nessa fase e que precisam ser adequadamente
tratados, como a bulimia e a anorexia nervosa. Higiene bucal: estimular a escovação
43

e o uso de fio dental. Comentários sobre como o cuidado da saúde bucal torna o
sorriso mais bonito e o hálito mais agradável podem estimular o autocuidado. Escutar
o adolescente/jovem sempre antes de trabalhar os conceitos e a introdução de novos
hábitos, conduzindo a conversa para temas de seu interesse.
As gengivas sangrando fazem com que muitas vezes o adolescente não
escove a área que apresenta problemas. Orientar que, quanto mais escovar e passar
fio dental na área afetada, mais rápido as condições da região poderão melhorar.
Fumo e álcool: a adolescência é uma época de experimentação. É importante
trabalhar com essa faixa etária o risco desses hábitos para a saúde geral, além de
poderem causar mau hálito, câncer bucal, mancha nos dentes ou doença periodontal.
Outros problemas em casos de suspeita ou Diagnóstico de bulimia, a equipe deve
discutir sua gravidade e o encaminhamento mais adequado. A equipe deve estar
preparada para orientar o usuário sobre os riscos da colocação do piercing na boca,
respeitando, contudo, a liberdade de cada um em fazê-lo.
Nos últimos 50 anos, os serviços de saúde bucal preocuparam-se,
principalmente, com a faixa etária escolar (06 a 14 anos). A criação do SUS, por meio
dos princípios de universalização do acesso, integralidade e equidade, possibilitou o
início de uma reorganização das ações de saúde bucal, favorecendo a inclusão dos
adultos e das outras faixas etárias. Este fato trouxe um enorme volume de
necessidades de tratamento odontológico, muitas vezes associado às doenças
crônicas e sistêmicas como diabetes, tuberculose, AIDS e outras que podem
apresentar manifestações bucais. Os adultos constituem uma faixa etária bastante
ampla (20 a 59 anos) que por muitos anos foi desassistida. Estes problemas, apesar
de ocorrerem nas demais faixas etárias, adquirem grande relevância nesta faixa
etária. Desta forma, o trabalho multidisciplinar torna-se fundamental. A equipe de
saúde deve participar das atividades educativas voltadas para o conhecimento e a
informação junto aos grupos operativos. A prevenção e a detecção de doenças e
agravos é fundamental, e pode acontecer no acolhimento, nos grupos operativos, nas
visitas domiciliares e nas consultas. Nos exames clínicos, verificar tecidos moles para
que sejam observadas as lesões existentes, pois podem significar sinais primários de
câncer, cujo sucesso do tratamento depende da precocidade do seu Diagnóstico. A
doença periodontal é um dos principais problemas que acometem o paciente adulto.
44

As diferenças clínicas na severidade e prevalência da periodontite crônica podem ser


explicadas pela presença de fatores de risco, tais como: o fumo, as condições
sistêmicas e pelo componente genético da doença, maior risco de perda dental. Deve-
se enfatizar a importância da redução do fumo para manutenção da saúde geral e
bucal.
Avaliar a possibilidade de intervenção sobre os fatores sistêmicos, quando
a periodontite for relacionada a estes, e encaminhar o usuário para outro profissional
competente da equipe de saúde quando necessário.
Realizar exames periódicos em usuários pertencentes aos grupos de risco
e incentivar ações educativas, orientando quanto à realização de autoexame da boca
e estimulando a responsabilidade individual pela manutenção da saúde.
Lembrar que uma alimentação rica em sacarose é fator de risco para
desenvolvimento de cárie e outras doenças. Buscar conhecer os hábitos alimentares
dos usuários para dentro das possibilidades, construírem proposta de alimentação
saudável.
Estimular a escovação e o uso de fio dental, visando o autocuidado.
Orientar que a manutenção da saúde periodontal depende da capacidade do controle
de placa bacteriana (uso de dentifrício e fio dental pelo usuário, podendo o profissional
lançar mão de técnicas de escovação supervisionada e reveladores de placa). O
agendamento para consulta de manutenção preventiva dos usuários com periodontite
deve ser de acordo com a motivação, grau de controle de placa e fatores de risco
modificadores, entre outros. Realizar a avaliação geral da gestante são importantes
os seguintes aspectos, em cada período de gravidez:
• 1° trimestre: período menos adequado para tratamento odontológico,
quando ocorre as principais transformações embriológicas). Evitando-se
principalmente tomadas radiográficas.
• 2° trimestre: período mais adequado para a realização de intervenções
clínicas e odontológicos essenciais, sempre de acordo com as indicações.
• 3° trimestre: é um momento em que há maior risco de síncope,
hipertensão e anemia. É frequente o desconforto na cadeira odontológica, podendo
ocorrer hipotensão. É prudente evitar tratamento odontológico nesse período. As
urgências devem ser atendidas, observando-se os cuidados indicados em cada
45

período da gestação. No planejamento do tratamento odontológico, quando do


emprego de medicamentos ou uso de anestésico local, o médico deve ser consultado.
A tetraciclina deve ser evitada em função do efeito colateral de causar pigmentação
nos dentes do bebê. Se for necessária a realização de tomadas radiográficas, proteger
a gestante com avental de chumbo e protetor de tireoide e, se possível, utilizar filmes
com maior efetividade e rapidez. A ampliação dos sistemas de saúde e o aumento da
complexidade do atendimento têm fortalecido a importância de uma gestão mais
efetiva sobre os recursos do setor e a qualidade do atendimento. Nesse contexto,
diferentes técnicas e ferramentas, muitas vezes utilizadas no setor industrial, estão
sendo agregadas de forma estratégica à área da saúde. Dentre estes métodos ou
ferramentas, destaca-se o foco na qualidade. (Chow-Chua e Goh, 2002; Niakas e col.,
2004; Revere e Black, 2003)
De acordo com o Núcleo de estudos de políticas públicas (NEPP): No início
dos anos 80 o marco institucional da saúde é descrito como centralizador, com duplo
comando, elitista (voltado para a atenção individualizado-curativa, em vez da atenção
coletivo-preventiva) e, finalmente, com acentuada superposição de atribuições entre
três níveis do governo. Esse enfoque começa a ser modificado a partir da criação das
ações integradas de saúde sucedidas pelo SUDS (Sistema Unificado e
Descentralização de Saúde) e posteriormente o SUS. (NEEP, 2000, p. 10). Essa visão
incorpora uma série de elementos que são condições necessárias para a saúde da
população. A proposta do SUS, de universalização da saúde, embora tenha
modificado radicalmente o processo de atendimento no país e seja considerado um
esforço bem-sucedido de democratização do atendimento quanto nas relações entre
as esferas de poder do país. (Borba, G. S. e Neto, F. J. K.,2007).
Embora o Ministério da Saúde desenvolva inúmeras políticas com foco na
prevenção e o atendimento primário seja importante no processo integrado de
atendimento, os hospitais da rede SUS possuem papel fundamental na
operacionalização do sistema. Gonçalves (1983, p. 20) define hospital como: "(...) uma
organização completa. Ele incorpora o avanço constante dos conhecimentos, de
aptidões, da tecnologia médica e dos aspectos finais desta tecnologia representados
pelas instalações e equipamentos".
46

De acordo com Mirshawka (1994, p. 22): "De todas as empresas


modernas, nenhuma é mais complexa do que o hospital."
Segundo Borba e col. (2004), a importância da qualidade pode ser
observada nas diferentes pesquisas e artigos científicos que versam sobre o assunto.
Esse tema tem sido discutido a partir de diferentes perspectivas, seja com
foco na qualidade do atendimento (Niakas e col., 2004), seja na avaliação de modelos
e sistemas como o Balanced Scorecard (BSC) (Chow-Chua e Goh, 2002), Seis Sigma
(Revere e Black, 2003) ou em modelos mais abrangentes de gestão da qualidade
Além disso, diferentes pesquisas em países como Inglaterra (Campbell e
col., 1999; Buetow e col., 2000), Estados Unidos (Lorence e Jameson, 2002; Schuster
e col., 1998) e Brasil (Malik e Talles, 2001; Borba e col., 2004) têm avaliado como os
hospitais utilizam os princípios da qualidade e os sistemas de qualidade disponíveis.
Como questão principal para análises nessa área, destaca-se a
necessidade de um conceito para a saúde que dê conta das mudanças percebidas no
foco dos sistemas (centralização para descentralização) e consequentemente de sua
gestão que evidencie as relações entre diferentes componentes desse sistema onde
podemos destacar a importância do contexto de prestação de serviços, formas de
interação entre o prestador e o paciente.( Borba, G. S. e Neto, F. J. K.,2007).
A existência de qualidade que certifiquem os processos de atendimento e,
sobretudo, uma visão sistêmica dos serviços, processos de atendimento e os
resultados obtidos. Tratando-se de uma visão hospitalar para um atendimento que
visa consolidar as diretrizes do SUS, resgataremos algumas leis instituídas para que
o serviço seja prestado respeitando equidade, igualdade, integralidade. Dentre vários
artigos instituídos pelo Sistema Único de Saúde destacamos alguns relacionados a
atenção hospitalar. São eles:
Art. 1 Fica instituída a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP)
no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo-se as diretrizes para a
organização do componente hospitalar na Rede de atenção à Saúde (RAS).
Art. 2 As disposições desta Portaria se aplicam a todos os hospitais,
públicos ou privados, que prestem ações e serviços de saúde no âmbito do SUS.
Art. 3 Os hospitais são instituições complexas, com densidade tecnológica
específica, de caráter multiprofissional e interdisciplinar, responsável pela assistência
47

aos usuários com condições agudas ou crônicas, que apresentem potencial de


instabilidade e de complicações de seu estado de saúde, exigindo-se a assistência
contínua em regime de internação e ações que abrangem promoção a saúde, na
prevenção de agravos, o Diagnóstico, o tratamento e a reabilitação.
Art. 4 Os hospitais que prestam ações e serviços no âmbito do SUS
constituem-se como um ponto ou conjunto de pontos de atenção, cuja missão e perfil
assistencial devem ser definidos conforme o perfil demográfico e epidemiológico da
população e de acordo com o desenho da RAS loco-regional, vinculados a uma
população de referência com base territorial definida, com o acesso regulado e
atendimento por demanda referenciada e/ou espontânea
§ 1 os hospitais, enquanto integrantes da RAS, atuarão de forma articulada
à Atenção Básica de Saúde, que tem a função de coordenadora do cuidado e
ordenadora da RAS, de acordo com a Portaria n, 2.488/ GM/MS, de 21 de outubro de
2011, aprovou a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).É o levantamento
selecionado da literatura correspondente ao tema já publicado na área e que serve de
base para a investigação do trabalho proposto. Revisão da literatura deve sustentar
os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde, a política municipal de saúde,
a Atenção Primária em Saúde, a Estratégia de Saúde da Família e as Redes de
Atenção em Saúde utilizadas posteriormente.
48

3. PROPOSIÇÃO

Nosso propósito durante o período de permanência no Conjunto Hospitalar


foi de mostrar a diferença que o profissional cirurgião dentista no ambiente hospitalar
oferecendo ao paciente uma assistência com um olhar clínico mais direcionado à
saúde bucal.
Além do conforto do cuidado prestado, tivemos a oportunidade de
minimizar, diminuir a quantidade de patógenos bucais e diminuir as lesões intra bucais
e extra bucais com a utilização de laser de baixa intensidade.
Neste trabalho temos como principal objetivo destacar a importância do
profissional cirurgião-dentista, representados pelos alunos do 6º semestre da UNIAN
– Santana atuando no Conjunto Hospitalar Mandaqui em setores como UTI adulto,
maternidade e pediatria, desenvolvendo atividades voltadas a execução de
procedimentos como: realizar uma boa higiene bucal, higienizar e orientar o uso
adequado de próteses removíveis, proporcionado ao paciente uma saúde bucal mais
adequada colaborando no desenvolvimento da autonomia do paciente. Com a
aplicação de laser de baixa intensidade, pudemos oferecer aos pacientes um maior
conforto, acelerando o processo de cicatrização de feridas exta e intra bucais de modo
a obter uma melhora geral dos pacientes internados.
49

4. MATERIAL E MÉTODOS:

MATERIAL:
- MALETA BRANCA;
- GAZE ESTÉRIL;
- CURETAS DE GRACEY ESTERELIZADAS;
- “BONECAS” (ESPÁTULAS DE MADEIRA + GAZE);
- GLUCONATO DE CLOREXIDINA A 0,12%(CLOREXIDINA);
- COPOS DESCARTÁVEIS;
- ÁGUA MINERAL;
- ESCOVA DE DENTE DO PACIENTE QUANDO POSSÍVEL;
- AVENTAL CIRÚRGICO DESCARTÁVEL;
- GORRO DESCARTÁVEL;
- MÁSCARA DESCARTÁVEL;
- LUVA DE PROCEDIMENTO DESCARTÁVEL;
- ÓCULOS DE PROTEÇÃO;
- LASER;
METODOLOGIA:
Checagem prévia do material a ser utilizado;
(Maletas, espátulas, gaze, curetas, gluconato de clorexidina a 0,12%, Laser);
Paramentação utilizando o equipamento de proteção individual (EPI)
Avental cirúrgico descartável utilizado pelos alunos antes de entrar na UTI-Adulto;
Direcionamento dos alunos pela supervisora do estágio, Profa. Dra. Maria Luisa
Makabe, após avaliação prévia dos casos clínicos, para os pacientes a serem
acompanhados;
A abordagem do paciente é realizada mediante a apresentação e
esclarecimento, antes de realizar qualquer procedimento de higienização e/ou
possíveis orientações; utilizamos as espátulas de madeira com gaze estéril e/ou
curetas de Gracey e/ou escova de dente do paciente;
Cuidados referentes ao paciente, respeitando suas limitações, condições
clínicas e condutas médicas;
50

Registro dos atendimentos realizados: motivo da internação (patologia


pregressa ou adquirida), estado geral do paciente, condutas clínicas referentes ao
mesmo;
Realização dos cuidados odontológicos previamente, após o exame clínico;
Lavagem das mãos entre os atendimentos evitando assim o risco para
infecção cruzada, independente do grau de acometimento clínico do paciente;
Ao final do período de permanência no setor (UTI), todo material
descartável é devidamente descartado na lixeira apropriada para materiais
infectantes;
Recolhimento do material para desinfecção e esterilização para posterior
utilização;
- Discussão dos casos pela equipe (supervisora do estágio e alunos).
- Planejamento de atividades que foram realizadas para o relatório;
51

6. RESULTADOS

A presença do cirurgião-dentista apresenta resultados positivos,


minimizando custos e se mostrando como uma boa alternativa para a melhoria do
atendimento hospitalar. O profissional cirurgião dentista não pode deixar de estar
presente nesta equipe multidisciplinar e em ambientes hospitalares, sua intervenção
previne doenças que podem agravar e levar a complicações sistêmicas, muitas vezes
irreversíveis. Quando a patologia já se encontra instalada, o cirurgião-dentista deve
escolher (com base nos conhecimentos específicos da área) a melhor terapêutica a
ser adotada para reverter ou minimizar o quadro. Deve, também, fazer o
acompanhamento diário do caso e/ou instruir adequadamente a equipe
multidisciplinar, visando a manutenção da saúde após finalização de um tratamento.
Para que possamos apresentar resultados com propriedade é preciso disponibilizar
no mínimo mais dois dias na semana, para que possamos apresentar resultados com
propriedade, porém é nítido que após o atendimento com ações simples como:
higienização, instruções e aplicação do laser, causa bem-estar aos pacientes
atendidos por nossa equipe.

RESULTADOS OBTIDOS PELAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM


EQUIPE
Durante o período de nossa vivência hospitalar, realizamos atendimento
aos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), momento no qual
nos deparamos com diversos tipos de patologias, percebendo que estes pacientes
necessitavam de uma assistência mais direcionada, monitorados por aparelhos que
registram parte do estado geral de cada um, porém, também necessitavam dos
cuidados prestados por nós alunos do curso de odontologia 6º semestre da UNIAN,
quando podemos oferecer uma boa higiene bucal, entendendo que se não fosse
realizada adequadamente poderia causar danos à saúde, agravando seu quadro
clínico geral. Desenvolvendo também um trabalho de orientação aos pacientes em
condições de recebê-las, entendendo a importância de uma boa higienização bucal e
assim poder dar continuidade após sua alta hospitalar.
52

Em relação aos pacientes com quadros clínicos mais graves, onde havia a
impossibilidade de interação, apresentamo-nos verbalmente, explicando quanto ao
procedimento de higienização bucal a ser realizado, proporcionando bem-estar,
minimizando a proliferação de bactérias presentes na sua microbiota oral. Sempre
devidamente paramentados com o EPI (Equipamento de Proteção Individual), maletas
previamente limpas com álcool a 70% contendo gaze estéril, espátula, fita crepe,
material utilizado para confecção de um tipo de escova, mais conhecido como:
‘boneca de gaze’, utilizando também gluconato de clorexidina a 0,12%, copos
descartáveis, água mineral de uso individual de cada paciente, toalhas higiênicas nos
pacientes graves.
Nos pacientes que apresentavam mais autonomia, interagindo com a
equipe, foi utilizada a própria escova de dente do paciente e o mesmo foi orientado
quanto a higienização bucal.
Realizamos também raspagem supra gengival em pacientes que
apresentavam tártaro, empregando o uso de curetas de Gracey, esterilizadas na
autoclave da clínica odontológica da UNIAN, nos pacientes previamente autorizados
pela equipe médica.
Após a utilização dos materiais permanentes, encapamos e envolvemos
com fita adesiva para transporte e posterior desinfecção e esterilização em nossa
clínica na faculdade. Os materiais descartáveis são colocados em lixeiras com
indicação de material infectante.
53

VISITA AO SETOR DE PEDIATRIA

Figura 9

Figura 10 - Pediatria

Figura 11 - Brinquedoteca
54

ANÁLISE DO TERRTÓRIO DO CHM

Figura 12 – Imagem frontal do CHM

Figura 13- imagem frontal do CHM na década de 50

Localizado na Rua Voluntários da Pátria, no número 4.301, no bairro de


Santana da zona Norte da capital do estado de São Paulo, o Conjunto Hospitalar do
Mandaqui, é mais conhecido como Hospital do Mandaqui, administrado pelo Governo
do Estado de São Paulo e atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
55

ANÁLISE DO TERRITÓRIO DO CHM

Figura 14 - mapa do território

Fundado em 1938 e especializado em tuberculose, contava com 100 leitos


inicialmente, distribuídos em 3 pavilhões destinados a adultos e deu início em toda a
rede de hospitais de tuberculose do governo estadual e posteriormente aumentando
com as instalações de novos pavilhões e ampliações dos existentes, hoje conta com
750 leitos, sendo um dos maiores hospitais gerais da região. Um amplo bosque é a
principal referência para a localização do Complexo Hospitalar do Mandaqui, na zona
norte de São Paulo. É também uma lembrança dos tempos da criação do Hospital
Sanatório para Tuberculosos, em 1939, quando a região era uma densa mata cortada
apenas pelos trilhos do trem da Cantareira. A pedra fundamental do complexo foi
lançada em pleno Estado Novo, por Getúlio Vargas e seu interventor em São Paulo,
o médico Adhemar Pereira de Barros. Os cem leitos iniciais logo foram ampliados para
450 e abrir caminho para a instalação do Hospital Infantil de Tuberculose. No início,
os pacientes enfrentavam um forte preconceito e, quando recebiam alta, não
conseguiam empregos dignos. Às mulheres restava a prostituição e aos homens, a
mendicância. Assim, muitos dos ex-pacientes preferiram permanecer no hospital e se
tornavam funcionários. Com o passar do tempo e a adequação dos espaços e
equipamentos, o Mandaqui se tornou o maior centro cirúrgico especializado e de
referência no Estado de São Paulo. (MANDAQUI, 2017)
56

Figura 15 – vista aérea do CHM


O centro manteve-se especializado em doenças respiratórias até 1982,
quando o governo do Estado iniciou sua transformação para hospital geral. Da fase
pioneira, restam o belo parque que abriga os edifícios e o fantasma de uma freira, que
– dizem – circula pelos corredores. Atualmente o Mandaqui é o hospital de referência
na Zona Norte, para pacientes politraumatizado administrado por uma organização de
saúde terceirizada pela prefeitura de Municipal de São Paulo. Parte dessa clientela
vem da demanda referenciada pelas UBS e AMAS da região. Contando com um
centro de Diagnóstico e de imagens de alta tecnologia.

Figura 16

Tendo como missão promover assistência segura à saúde, com respeito


ética aos usuários, desenvolvendo o ensino, a pesquisa e as práticas de excelência.
Conjunto Hospitalar Mandaqui conta com uma gama de serviços para atender dentro
das diretrizes do SUS o paciente como:

- Serviços prestados pelo CHM


57

Clínica Médica: Para pacientes adultos internados, onde são realizados


procedimentos propedêuticos e terapêuticos específicos, como:

Especialidades de nefrologia, neurocirurgia clínica, endocrinologia,


dermatologia, cardiologia, infectologia e reumatologia; Leitos para pacientes com
patologias respiratórias, mas que não necessitam de isolamento;
Leitos para pacientes com patologias respiratórias e que precisam de
isolamento, sendo referência de Tuberculose;
Leitos em UTI, com atendimento, principalmente, a pacientes
politraumatizados e pós-operatório de neurocirurgia e cirurgia geral; Psiquiatria e
emergência psiquiátrica.
Pediatria:
Atendendo a região norte da cidade de São Paulo, também sendo
referência para politraumatizados, mas também atende diversas patologias no serviço
de urgência e emergência no Pronto Socorro Infantil e no ambulatório de
especialidades pediátricas, como: Gastroenterologia; Infectologia; Endocrinologia;
Pneumologia; Neurologia.
Cirurgias Pediátricas.
Urgência e Emergência: Atende os pacientes que necessitam de
intervenção cirúrgica a nível ambulatorial, urgência e emergência, nas várias
especialidades contando com excelentes equipamentos e equipes de saúde
especializadas, nas áreas de cirurgia plástica, urologia, cirurgia torácica, vascular,
ortopedia, neurocirurgia e buco maxilo e cirurgia geral. Estes especialistas atuam nas
diversas áreas de atendimento, como: Pronto Socorro de adulto; Atendimento
ambulatorial; Núcleos de internação de cirurgia geral; Núcleo de internação para
politraumatizados. Planejamento familiar (vasectomia); Cirurgia bariátrica (cirurgia de
redução de estômago).
Ambulatórios de Especialidades:
Promove atendimento especializado a nível ambulatorial aos pacientes do
próprio hospital e dos serviços de saúde referenciados, proporcionando ao paciente o
tratamento ou sua continuidade em seu ambiente familiar. Divide-se em três turnos
para atendimentos em consultas médicas, exames e outros atendimentos. O
58

agendamento de consultas funciona de segunda à sexta-feira (exceção nos casos de


mutirões onde podemos trabalhar também aos sábados ou domingos), das 07:00 às
19:00 horas, focando o atendimento das 07:00 às 11:00 horas para os pacientes
idosos, crianças, gestantes, deficientes físicos e funcionários; das 11:00h às 17:00h
outros usuários e pacientes externos.
Apoio e Diagnóstico – EXAMES: Especialidades Médicas – CONSULTAS:
Bera Alto Risco – RN
Nasofibroscopio Cardiologia Adulto
Otoemissões Cardiologia Infantil
Impedancimetria Cirurgia Geral
Audiometria Cirurgia Infantil
Mapeamento de Retina Cirurgia Plástica
Broncoscopia Cirurgia de Tórax
Endoscopia Cirurgia Vascular
Colonoscopia Climatério
Colposcopia Colposcopia
Laringoscopia Dermatologia
Manometria gástrica Endocrinologia Adulto
Função Pulmonar Endocrinologia Infantil
Eletrocardiograma Gastroenterologia Adulto
Eletroencefalograma Gastroenterologia Infantil
Eletroneuromiografia Ginecologia
Densitometria Moléstia Infecciosa Infantil (M.I.)
Mamografia Mastologia
Ultrassonografia Nefrologia Infantil
Urodinâmica Neurologia Adulto
MAPA (Monitoramento da Pressão Neurologia Infantil
Arterial)
Teste Ergométrico Neuro Cirurgia Adulto
Holter Nutrição
Cirurgias Ambulatoriais: Obesidade Mórbida
Essas são realizadas no Centro Oftalmologia
Cirúrgico Ambulatorial (cirurgias de
pequeno e médio porte) nas
seguintes especialidades:
Cirurgia Geral Ortopedia Adulto
Cirurgia Infantil Ortopedia Infantil
Cirurgia Plástica Otorrinolaringologia
Cirurgia de Tórax Pneumologia Adulto
Dermatologia Pneumologia Infantil
Ginecologia Proctologia
Mastologia Urologia
Oftalmologia Urogineco
Urologia Reabilitação:
59

Urogineco Fisioterapia Ortopédico


Terapia Ocupacional
Psicologia
Acupuntura

Apoio Diagnóstico: Realiza exames de apoio Diagnóstico e é de


fundamental importância para a elucidação diagnóstica de muitas patologias. Desde
o exame de Raio-X simples até a Tomografia Helicoidal de alta resolução, este núcleo
auxilia na investigação diagnóstica, controle e tratamento de várias doenças, como:
Raio-X simples, Raio X contrastado (Enemo Opaco, EED, Urografia
excretora, C.P.R.E. Uretrocistografia, fistulografia), Tomografia Helicoidal,
Ecocardiograma. OBS: Dentro do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, existe uma
unidade do Dose Certa onde é distribuído, gratuitamente, remédios para a população
mediante pedido médico.
- Diagnóstico Administrativo do Conjunto Hospitalar Mandaqui
- Hospital Estadual Geral de Administração Direta e campo de ensino.
- Referência para Trauma.
- Região Norte da cidade de São Paulo – aproximadamente 2 milhões de
habitantes.
- Total de leitos: 446. Ouvidoria
- Internações: 1500 ao mês. Voluntariado
Total de funcionários: 2608. Visita Aberta
- Pronto Socorro - 32.000 atendimentos/mês
Acolhimento e Classificação de
Risco.
- Adulto – 76% atendimentos. Visita Técnica Multiprofissional -
(Clínica Ampliada)
- Infantil/GO – 24% atendimentos. Programa Familiar Participante -
(Processo Terapêutico Singular)
- Ambulatório de Especialidades: Atendimento Humanizado no
Ambulatório
- Nº Especialidades Médicas: 37; Gestão Participativa
- Nº Consultas/mês: 13.000; Redes de Produção de saúde
- Nº Procedimentos/mês: 8.000; - Escritório da Qualidade de
Humanização:
OBS: A agenda eletrônica integrada com Direcionador das ações e do
Coordenadoria Municipal. controle da Qualidade Hospitalar;
- O CHM é referência para: Facilitador da Integração entre as
diversas equipes profissionais;
60

01 Coordenadoria Regional de Saúde Articulador dos dispositivos de


Municipal; Humanização implantados no
hospital;
85 U.B.S. (Unidade Básica de Saúde); Referência para cursos,
aprimoramentos, congressos,
seminários.
01 A.M.E. (Ambulatório Médico de Obs.: A UTI – é administrada pela
Especialidade); Santa Casa de Birigui
05 A.M.A. (Assistência Médica Ambulatorial); 01 P.A.I. (Polo de Atenção
Intensiva à Saúde Mental);
03 Pronto Socorros; 01 C.R.I. (Centro de Referência do
Idoso).
07 Hospitais; - Dispositivos da PNH (Política
Nacional de Humanização) do
CHM:
61

POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO DO CHM:

Para maior conhecimento das sobre a política nacional de humanização os


profissionais são capacitados através da realização de cursos como: humanização e
acolhimento com classificação de risco, dr. cão, viva e deixe viver, brinquedoteca,
visita aberta, programa familiar participante, doutores da alegria, acompanhante na uti
pediátrica, doulas, reuniões multidisciplinares, ambulatório humanizado (sem fila),
grupo pré-operatório, agendamento de retornos após as altas hospitalares para todos
os pacientes que estiveram internados, conte comigo, jovens acolhedores, ouvidoria,
voluntariado, alfabetização para frente de trabalho, pena alternativa, e em fase de
implantação a gestão participativa e a clínica ampliada. para os colaboradores do
CHM projetos como a terapia alternativa, inclusão digital para servidores acima de 50
anos, saúde bucal, projeto semente, aprimoramento profissional com cursos técnicos,
graduação e especializações em diversas áreas através da comissão e estágios,
valorização do servidor, escola de futebol para filhos de colaboradores, podemos
observar que o CHM prioriza o respeito e a concretização da universalidade,
equidade, sendo estas, parte das diretrizes do SUS, constituindo uma política pública
que se aos princípios do SUS.

Figura 17 – Equipe do Voluntariado


62

Figura 18 – Equipamentos de Ponta

Figura 19 – Doutores da Alegria

Figura 20 – Maternidade -Conjunto Hospitalar Mandaqui


63

Figura 21- Planta baixa do CHM – (Felice,1984)


64

INFORMAÇÕES RECENTES SOBRE A GESTÃO DO CHM:

Conselho Gestor Extinto Pela Diretoria do Conjunto Hospitalar Mandaqui


“Esse Conselho Gestor está dissolvido”, foram as palavras finais do diretor técnico do
Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Dr. Marcelo Barletta Soares Viterbo, durante a
reunião mensal do Conselho Gestor, coordenada pelo presidente da Executiva, Marco
Antônio Nunes Cabral, que há mais de 15 anos presta trabalhos voluntários com o
único objetivo de auxiliar os usuários e o pronto atendimento da entidade – com apoio
também aos médicos, enfermeiros e funcionários. É lembrado que o Conselho Gestor
está há 22 anos em atividades ininterruptas — desde 24/01/1996, sendo o único canal
direto e objetivo de reclamações e ajuda aos usuários. Aniversário esquecido e o fim
do Conselho, justamente um dia antes do Hospital do Mandaqui completar 80 anos
(20/12/1938) — sem nenhuma comemoração ou lembrança oficial –, ninguém
esperava, na quarta -feira (19/12/2018), uma decisão abrupta e atropelada pela
diretoria do Hospital do Mandaqui, apoiada em pareceres e documentos da Secretaria
Estadual da Saúde, que são discutíveis do ponto de vista jurídico — já que são leis
antagônicas, estadual e federal. E foi justamente ao término da leitura do Edital de
Convocação da Eleições para renovação do Conselho Gestor no Biênio 2019/2021 —
com inscrições até 23/01/2019 e eleições marcadas em 06/02/2019 –, quando o
diretor do hospital recusou-se a assinar o documento.

Percepção dos funcionários em relação ao local de trabalho:


Na UTI adulto e outros setores do Hospital (Pediatria e Maternidade),
podemos conversar com alguns profissionais quanto seu funcionamento, fluxo de
pacientes, assistência prestada. Os funcionários relataram que o setor visa muito o
cuidado intensivo, respeitando normas institucionais, para controle da disseminação
das doenças e infecções bacterianas através de um bom trabalho exercido por eles.
Destacando a importância de praticar a lavagem das mãos antes e após
procedimentos voltados aos pacientes internados, evitando assim a possibilidade de
ocorrer a infecção cruzada (profissional x paciente e/ou paciente x paciente) como:
Prevenção de lesões de pressão nos pacientes acamados realizando mudança de
decúbito a cada 2hs e uso de coxins que aliviam as tensões exercidas pelos membros
65

tanto superiores quanto inferiores em pacientes com fragilidade cutânea ou


predisposição a desenvolver injúrias cutâneas como os pacientes portadores de
Diabetes Mellitus, imunossuprimidos. Como também realização da troca de fraldas,
banho no leito, curativos, dentre outros. Relataram também que os pacientes são
monitorados e assistidos 24 horas por uma equipe multiprofissional: médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, dentre outras.
Os enfermeiros cuidam da parte administrativa do setor agendando exames,
realizando passagem de sonda nasoenteral para oferecer dieta liquida aos pacientes
acamados, realizar o encaminhamento de pacientes internados para procedimentos
cirúrgicos, dentre outras funções cabíveis. Os exames de sangue solicitados são
realizados dentro do próprio setor, já os de imagens os pacientes são levados para os
respectivos setores.

Percepção dos usuários quanto aos serviços prestados pelo CHM


Entrevistamos os usuários que fazem uso do serviço do hospital. Estes
referem que apesar do número de funcionários não serem suficientes, para atender o
grande número de pacientes que procuram os serviços do hospital, consideram que o
atendimento atende boa parte de suas necessidades, por ser a única referência da
região Norte de São Paulo. Alguns pacientes dão entrada ao atendimento pelo
ambulatório referenciados por Unidades Básicas de Saúde e/ou Unidades de Pronto
Atendimento de saúde ou mesmo através do próprio Pronto Socorro do CHM. O relato
dos pacientes internados com autonomia e possibilidade de conversar na UTI, onde
permanecemos a maior parte do estágio, demonstram estar satisfeitos com os
serviços prestados. A grande dificuldade é a de presenciarem o falecimento de
pacientes ao seu redor que deram entrada em estado grave ou tiveram piora durante
a internação. (Hospital do Mandaqui fica à deriva. Diretoria fecha o “Conselho
Gestor”., 2018)
66

7. DISCUSSÃO

Após nossa vivência no Conjunto Hospitalar Mandaqui que nos


proporcionou uma visão mais ampla quanto a assistência prestada pelo profissional
cirurgião dentista. Consideramos que é evidente a importância deste profissional, para
compor as equipes de saúde, desde a Atenção básica ao ambiente hospitalar. Visão
esta, destacada pelos autores citados no decorrer do nosso trabalho.
A cavidade bucal é considerada a principal via de acesso para
disseminação de agentes patógenos, merecendo total atenção, para que os
profissionais cirurgiões dentistas consigam evitar e/ou eliminar as ações destes.
Os cuidados relacionados a cavidade bucal ainda são negligenciados pela
grande maioria dos profissionais da saúde, que não buscam obter uma visão mais
holística sobre o assunto. Como na maioria das vezes não estão aptos a fazer uma
exata verificação da cavidade oral, consequentemente não estão aptos para utilizar
uma terapêutica adequada referente a cada situação.
Atualmente existe um esforço para consolidação da presença do
profissional cirurgião dentista em todas das esferas da saúde. Embora sejam obtidos
notórios resultados positivos e satisfatórios, ainda não há a devida valorização do
cirurgião dentista no âmbito hospitalar.
Além do suporte legal a ser homologado para que a presença do
profissional cirurgião dentista seja uma realidade em todas as esferas de atenção à
saúde, seguindo de forma criteriosa as diretrizes do SUS. É de suma importância que
os cirurgiões-dentistas sejam capacitados, independente do ambiente em que
precisem trabalhar, conhecendo os protocolos de atendimento de cada instituição.
Colocando em prática seus conhecimentos quanto as diversas manifestações
sistêmicas que podem provocar alterações da cavidade oral, sendo assim, capaz de
diagnosticar e tratar de forma precisa. Como também evitar o agravamento delas, por
patologias iniciadas na cavidade oral e disseminadas pelos agentes patogênicos.
67

8. RELATÓRIOS INDIVIDUAIS

Albert Levy Brandão Silva – Diário de campo

14/03/2019: Realizamos nosso primeiro encontro dia 14/03 com a


professora /supervisora do estágio Maria Luisa Makabe, na sala de reunião da
Faculdade Anhanguera –Unidade Santana, momento no qual recebemos as
orientações pertinentes ao estágio. Entregamos ficha e toda documentação
necessária para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital
Mandaqui.

21/03/2019 - Materiais de Uso: abaixador lingual de madeira descartável,


gaze, fita crepe, clorexidina 2%, água, copo descartável de 50ml, EPI (luva, avental,
gorro e máscara descartáveis e óculos de proteção) e maleta para transportar todos
os itens, exceto EPI.
Cuidados: nos paramentamos uma sala antes e entrarmos na UTI após
lavarmos as mãos com degermante e água. Entre um atendimento e outro,
descartávamos as luvas, lavávamos as mãos e usávamos degermante spray antes de
atendermos o próximo paciente.

1º Paciente: O.G., 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (aguardando cirurgia para colocar o
marcapasso)
Paciente consciente, orientada, comunicativa e colaborativa com o
tratamento. Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina, orientação
sobre escovação e uso do fio dental.

2º Paciente: J.S., 75 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Não foi possível localizar prontuário
68

Paciente inconsciente em primeiro momento e ao acordar, desorientado,


confuso, amarrado ao leito e emagrecido. Realizado parte da higienização oral com
Gluconato de clorexidina, pois o mesmo não quis colaborar para o mesmo.

Durante visita ao Conjunto Hospitalar Mandaqui, conhecemos parte do


hospital, maternidade, pediatria e UTI, sendo este último o local onde atuamos por
pouco tempo, mas que realmente nos deu uma noção do quão importante é o trabalho
odontológico nesse setor, visto que é impossível um acamado conseguir fazer sua
própria higiene sozinho e muito menos a bucal.
Ficamos aproximadamente por uma hora no recinto, tempo esse, que foi
utilizado para termos uma noção das necessidades de alguns pacientes e das
possibilidades, ainda que poucas também, de um trabalho produtivo e minimamente
invasivo.
Apesar de, aparentemente, ser um setor organizado, não localizamos as
fichas dos pacientes, sendo assim nos orientamos pelos nomes escritos próximos aos
leitos e as informações foram poucas, pois a maioria estava inconsciente.
Entre um paciente e outro notamos que 80% dos leitos estavam pessoas
de idade avançada, acima dos 60 anos e quando questionamos o motivo aos
funcionários, fiquei surpresa, pois queda e, geralmente, da própria altura, é o que
prevalece, traumatismo.
Antes de finalizarmos a visita ao hospital, passamos pela ala da
maternidade e infantil, porém muito rápido e com pouquíssimo contato, mais para
termos uma noção e ideia do que podemos fazer para os próximos dias de estágio.

28-03-2019 - 1º Paciente: O.G., 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (continua aguardando cirurgia para
colocar o marcapasso)
Paciente consciente, orientada, comunicativa e colaborativa com o
tratamento. Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina, orientação
sobre escovação e uso do fio dental.

2º Paciente: J.C.R, 64 anos, sexo feminino.


69

Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (aguardando cirurgia para colocar o


marcapasso)
Paciente consciente, orientada, comunicativa e colaborativa com o
tratamento, porém de repouso absoluto. Realizado higienização oral com Gluconato
de clorexidina, orientação sobre escovação e uso do fio dental.

3º Paciente: V.S., 72 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC)
Paciente pouco confuso e desorientado, após explicação do procedimento,
o mesmo consentiu, porém ao sentir o gosto amargo do Gluconato de clorexidina, não
mais colaborou com o procedimento, sendo assim, não foi possível a realização por
completo.

4º Paciente: M.H.G., 54 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Esquizofrênica
Paciente totalmente desorientada e confusa, sem raciocínio lógico, porém
colaborou com o procedimento. Realizado higienização oral com Gluconato de
clorexidina. Paciente amarrada à cama.

5º Paciente: J.C.S., 79 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Traumatismo Craniano por queda
Paciente pouco confuso e desorientado, após explicação do procedimento,
o mesmo colaborou, porém possuía restrição de abertura. Realizado hidratação dos
lábios (superior e inferior) com água e higienização intrabucal com Gluconato de
clorexidina.

04/04/2019 - 1º Paciente: MHRS, 68 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Laparoscopia com retirada de Câncer no Intestino
Paciente consciente, porém acamada, debilitada pela cirurgia, deprimida,
mas comunicativa e colaborativa com o tratamento. Realizado higienização oral com
Gluconato de clorexidina, orientação sobre escovação e uso do fio dental.
70

2º Paciente: OG, 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (continua aguardando cirurgia para
colocar o marcapasso)
Paciente consciente, orientada, comunicativa e colaborativa com o
tratamento. Realizado a raspagem dos elementos dentários anteriores e posteriores
(12, 13, 14, 15, 16, 32, 31, 41 e 42) e higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

11/04/2019 - 1º Paciente: M., 10 meses, sexo masculino.


Diagnóstico: Pneumonia
Paciente consciente e ativo, com 8 dentes anteriores (75 e 85 não
erupcionados), a mãe já faz uso da higienização bucal com escova macia após as
refeições. Reforço na orientação quanto ao uso de dentifrício sem flúor, escova extra
macia e de cabeça pequena.

2º Paciente: A., 27 dias, sexo feminino.


Diagnóstico: Infecção Urinária
Paciente consciente e ativa, edêntula, a mãe não faz uso da higienização
bucal e sem conhecimento da necessidade. Mãe orientada na forma de realização da
higienização da cavidade bucal e a importância do mesmo. Técnica realizada na
paciente para demonstração e retirada da saburra lingual que possuía.

3º Paciente: A., 10 meses, sexo feminino.


Diagnóstico: Estomatite Aftosa
Paciente consciente e ativa, com 4 dentes centrais (51, 61, 71 e 81) hígidos
e totalmente erupcionados, a mãe não faz uso da higienização bucal com escova.
Orientada sobre a importância da escovação e higienização intrabucal, também
orientada a fazer uso de dentifrício sem flúor, escova extra macia e de cabeça
pequena apenas nos elementos dentários.

25/04/2019: - 1º Paciente C.A., sexo masculino.53 anos


71

Diagnóstico: Trauma por agressão física. Acamado, recebendo sedação


Fentanil em bomba de infusão apresenta múltiplas fraturas e hematoma subdural.
Mantendo Intubação traqueal.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

2º Paciente J. S. S.,18 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acordado, confuso, restrito no leito, recebendo medição em
bomba de infusão para analgesia.
Exame Clínico: Paciente edêntulo.
Procedimento: Realizado higiene oral com boneca de gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

02/05/2019 - 1º Paciente: M.S.N., 56 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência respiratória e Pneumonia em decorrência de
complicações por uma abdominoplastia.
Paciente estava consciente, porém acamada, debilitada pela cirurgia que
havia sido orientada por outro médico a não realizar devido ao tabagismo. Realizado
higienização oral com Gluconato de clorexidina, raspagem dos elementos dentais
anteroinferior, orientação sobre escovação e uso do fio dental.

2º Paciente: G.G.L., 18 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Hiperglicemia
Paciente consciente, orientada, comunicativa e colaborativa com o
tratamento. Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina, orientação
sobre escovação e uso do fio dental. Suspeita de lesão de cárie no elemento 24, sendo
assim foi orientada a consultar o seu dentista após alta do hospital.

3º Paciente: L.F.O., 39 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Traumatismo do Fêmur por queda no trabalho
72

Paciente consciente, orientada, comunicativo e colaborativa com o


tratamento. Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina, orientação
sobre escovação e uso do fio dental.
73

30/05/2019 - 1º Paciente: J.P.R.V., 39 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Trombose Aguda na perna direita.
Paciente estava consciente, porém de repouso pós cirúrgico, comunicativo
e colaborativo com o tratamento. Fumante desde os 20 anos e usuário de prótese total
há 3 anos. Realizado apenas a higienização oral com Gluconato de clorexidina, pois
estava sem a prótese no momento, orientação sobre escovação e higienização
intrabucal.

2º Paciente: C.S.B., 41 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Múltiplas fraturas em decorrência de atropelamento
Paciente um pouco confuso e desorientado, com gesso nas pernas e braço
direito, lesões na face, mucosa labial e gengival. Realizado higienização oral com
Gluconato de clorexidina e aplicação de 3J potência por 60 segundos de laser de
baixa intensidade luz vermelha na mucosa labial, gengiva superior vestibular e
palatina e nariz.

3º Paciente: N.P., 82 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Insuficiência Respiratória
Paciente consciente, orientado, comunicativo e colaborativo com o
tratamento, porém em repouso, pois relatou que é hipertenso controlado e diabético,
usuário de prótese total, mas não estava com a mesma no momento e portador de
melanoma. Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina e orientação
sobre a higienização da cavidade bucal.
74

Caroline Bonadio - Diário de campo

14/03/2019: Realizamos nosso primeiro encontro dia 14/03 com a


professora /supervisora do estágio Maria Luisa Makabe, na sala de reunião da
Faculdade Anhanguera –Unidade Santana, momento no qual recebemos as
orientações pertinentes ao estágio. Entregamos ficha e toda documentação
necessária para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital
Mandaqui.

21/03/2019: Fomos recebidos pela professora Maria Luisa Makabe,


supervisora do estágio, que nos apresentou os setores onde iriamos atuar. Após
apresentação fomos orientados sobre as atividades que poderíamos exercer.
Nossa primeira atuação foi na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto 6°
andar, onde fomos direcionados pela professora aos pacientes que iriamos
acompanhar e realizar avaliação e realização de procedimentos bucais, que inclui
higienização, cuidados periodontais e utilização de laser de baixa potência 3J, com
luz vermelha por 60s em lesões orais, hipossalivação,

1° Paciente - M.H.A.L sexo feminino, 49 anos.


Diagnóstico: Pós-operatório imediato, exérese de tumor cerebral. Paciente
consciente, orientada, eupneica, hidratada, normocorada, contactuando, aceitando
bem a dieta geral oferecida. Apresentando edema de face em decúbito Fowler
(repouso absoluto).
Exame Clínico: Intra e extra oral, paciente apresenta
Procedimento: Após nos apresentarmos à paciente, explicarmos o motivo
pelo qual estávamos no setor; ela concordou em realizarmos a higienização da
cavidade oral, com espátula de madeira e gaze estéril, gluconato de clorexidina
0,12%, realizamos a limpeza bucal e finalizando com gaze estéril umedecida em água.

2° Paciente - P.C.D sexo masculino, 81 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca. Paciente consciente, orientado,
contactuando, em repouso relativo por apresentar risco de queda. Ele refere que
75

sofreu uma queda dentro de casa e bateu a boca, cortou os lábios e nos informou que
é usuário de prótese e com a queda quebrou no meio. Pelo fato de usar Prótese Total
sofreu trauma em lábio e gengiva sendo encaminhado ao hospital.
Exame Clínico: Intra e Extra oral, paciente edêntulo, apresentando lesão
do lado da gengiva e lábio superior direito já em fase de cicatrização.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Não foi feita a
utilização do laser, por não ter sido disponibilizado no momento pelo responsável.

3° Paciente E.S.M sexo masculino, 59 anos.


Diagnostico: Craniectomia descompressiva, paciente consciente, porem
desorientado no tempo e espaço, acamado, não contactuando, entubado, recebendo
oxigênio por terapia por ventilação mecânica (respirador).
Exame Clínico: Intra e extra oral, observamos salivação expeça e
ressecamento de lábio.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Não foi feita a
utilização do laser, por não ter sido disponibilizado no momento pelo responsável.

28/03/2019: - 1° Paciente P.D.D, sexo masculino 81 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca.
Este foi o segundo contato com o paciente. Encontramos o mesmo com
melhora aparente do seu estado geral, no que diz respeito a queda sofrida, porem
identificamos que ele apresentava tristeza pelo fato de não receber visitas de seus
entes familiares e apreensivo por ter sido informado pelos médicos quanto a
possibilidade da colocação de um marca-passo. Antes de iniciarmos o procedimento
procuramos tranquilizá-lo até que estivesse em condições adequadas de iniciar a
higienização bucal.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.
76

2° Paciente W.L.S., sexo Masculino, 58 anos.


Diagnóstico: À esclarecer. Acompanhado pelo neurocirurgião, insuficiência
cardíaca congestiva, encontramos o paciente, orientado, hidratado, normocorado e,
uso de oxigênio contínuo por máscara.
Exame Clínico: Intra e extra oral, observamos lesão no terço anterior da
língua paciente refere ter sofrido queda.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

3° Paciente D.L.B, sexo masculino, 82 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca encontramos o paciente, acamado,
consciente, desorientado no tempo espaço, hidratado, hipocorado, não contactuando
respondendo aos estímulos verbais por expressão facial entubado com ventilação
mecânica (respirador),
Exame Clínico: Intra e extra oral, apresentando salivação espessa com
sangramento gengival, higiene bucal precária língua edemaciada e prótese parcial
fixa, não sendo possível a remoção da mesma pelo fato de o paciente estar utilizando
tubo para ventilação mecânica.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

04/04/2019: -1° Paciente O.A, sexo masculino 75 anos.


Diagnóstico: Alteração da valva mitral/ Etilismo, /Tabagismo. Paciente
consciente, confuso, emagrecido, desidratado, recendo hidratação por acesso venoso
cavidade bucal com higiene precária, edêntulo, língua seborreica (cândida albicans),
contactuando.
Exame Clínico: Intra e extra oral, apresentando hipossalivação e
ressecamento de lábios.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12%, realizamos a limpeza bucal e finalizando
com gaze estéril umedecida em água.
77

2° Paciente J.S., Sexo masculino,65 anos.


Diagnóstico: Pancreactomia, consciente, orientado, hidratado,
contactuando.
Exame Clínico: Observamos ausência dos dentes 12,13 anteriores do lado
direito superiores (maxila) e ausência posteriores inferiores 35,36,46 e 47.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.
Orientamos os serviços prestados pela nossa faculdade.

3° Paciente L.B.P., sexo masculino,51 anos.


Diagnóstico: Arritmia Cardíaca, paciente consciente, orientado, hidratado,
contactuando. Sentado em poltrona.
Exame Clínico: identificamos que o paciente faz uso de prótese parcial
removível, apresentando ausência de coroa clínica do terceiro molar inferior direto
(48), raiz residual prótese mau adaptada, causando lesão gengival nesta área.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Orientamos a
procurar nossa faculdade após alta, para tratamento odontológico.

Após nossa permanência na U.T.I fomos direcionados ao setor da pediatria


do hospital, conhecemos a brinquedoteca e as crianças internadas.

11/04/2019: - Setor da Pediatria - 3° Andar Hospital Mandaqui


Visitamos a Unidade de Internação Infantil, realizando orientações às
mães, quanto à importância da higienização oral da criança mesmo durante o período
de Internação.
Podemos perceber a deficiência e a falta de orientação sobre a importância
da realização de higiene oral desde o primeiro mês de vida da criança. Buscamos
sanar as dúvidas e estimular as mães a realizarem o procedimento de escovação oral
e limpeza da cavidade nos seus filhos, salientando os benefícios trazidos com a
realização da higiene não somente benefícios orais como limpeza, sensação de bem
estar e cuidado, mas também como um importante auxílio em sua recuperação
78

promovendo através dessa técnica a eliminação e diminuição da proliferação


bacteriana dentro da cavidade oral, um ambiente hospitalar. Um fator importante que
chamou atenção de toda nossa equipe foi que a mãe realizava higienização da
cavidade oral do bebê com água e açúcar. Realizado então orientações sobre a
maneira correta.

1ª Paciente L. G. S., idade sexo masculino, 8 anos.


Diagnostico: Consciente, orientado, contactuando, hidratado,
normocorado. Sofreu uma queda da janela, fratura exposta em braço direito,
Procedimento: Realizamos orientações referentes à importância de uma
boa higiene bucal.

2° Paciente – J.L, sexo masculino, 11 anos.


Diagnóstico: Processo infeccioso após mordida de um canino, em
prontuário constatamos o registro da presença de bactéria oculta na corrente
sanguínea. Paciente consciente, orientado, contactuando, hidratado, normocorado.
Internado há mais ou menos 14 dias para tratamento da infecção com
antibioticoterapia. Local da infecção joelho de membro inferior esquerdo.
Realizamos a orientações sobre correta higienização bucal, explicando
para criança e para mãe.

3°Paciente- A. V. B., sexo feminino,8 meses.


Diagnóstico: edema em olho direto A/E (a esclarecer). Apresentando
edema + hiperemia na região orbital direita, com queixa de cefaleia intensa. Após
anamnese constatamos a presença de uma linha alba bem definida e em língua
(esbranquiçada), provável candidíase.
Procedimento: Realizamos a higienização da cavidade bucal com espátula
de madeira, gaze umedecida em água. Reforçamos tanto para a mãe quanto para a
criança a importância de se manter uma boa higiene bucal.
79

25/04/2019: - 1º Paciente C.A., sexo masculino.53 anos


Diagnóstico: Trauma por agressão física. Acamado, recebendo sedação
Fentanil em bomba de infusão apresenta múltiplas fraturas e hematoma subdural.
Mantendo Intubação traqueal.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

2º Paciente J. S. S.,18 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acordado, confuso, restrito no leito, recebendo medição em
bomba de infusão para analgesia.
Exame Clínico: Paciente edêntulo.
Procedimento: Realizado higiene oral com boneca de gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

02/05/2019 -1º Paciente N.J.D.R. 48 anos, sexo masculino.


Diagnostico: Deficiente Mental + Etilismo + Convulsão. Paciente
consciente, confuso, hidratado, normocorado, contactuando. Dieta por sonda
nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame clínico:
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira +
gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze + água mineral.
Realizado aplicação de laser em afta localizada na região intrabucal do elemento 23,
de baixa intensidade (3 J), luz vermelha, durante 60 segundos.

2º Paciente S.G.O.M.,60 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mastectomia a
esquerda, desconforto respiratório, CA de Mama direita à esclarecer. Paciente
acamada, entubada, respiração por ventilação mecânica, hipocorada, não
respondendo a estímulos verbais. Dieta por sonda nasoenteral. Medicação controlada
por bomba de infusão.
Exame clínico:
80

Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira,


gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze e água mineral da,
com dificuldade devido a presença do tubo endotraqueal.

3º Paciente P.C.D., 81 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Marcapasso a direita. em repouso absoluto. consciente,
orientado, eupneico, normocorado, contactuando. medicação controlada por bomba
de infusão. Dieta pastosa por via oral. Realizado higienização da cavidade bucal +
com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com
gaze + água mineral do paciente, da prótese total utilizando cureta de Gracey

16/05/2019 - 1º Paciente R.M.M.,81 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Trauma por queda da própria altura + Alzheimer + HÁ +
Fratura de Fêmur. Acamada, entubada, respiração mecânica, consciente, não
respondendo a estímulos verbais, hipocorada, fazendo uso da medicação controlada
por bomba de infusão.
Exame clínico: Apresentando xerostomia na cavidade bucal,
Procedimento: Orientamos a paciente quanto ao processo de higienização
que iriamos realizar. Mesmo apresentando resistência involuntária, realizamos a
higienização com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%,
concluindo com limpeza com gaze e água mineral da pacte.

2º Paciente M.I.L.P.,71 anos, sexo feminino.


Diagnostico: Cálculo na Vesícula + C.A a esclarecer + Hemorragia
Digestiva Alta. consciente, orientada, eupneica, ictérica, emagrecida, contactuando.
Refere que foi realizado um procedimento cirúrgico para remoção dos cálculos, mas
não foi feito o procedimento, retirado tecido para biopsia para confirmação de
diagnóstico, em uso de O2 contínuo, em uso de sonda nasogástrica.
Exame clínico: Faz uso de prótese dentária removível.
81

Procedimento: Com sua autorização, realizamos a higienização da


cavidade bucal com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina e
concluída com gaze + água mineral da paciente, e higienização da prótese

3º Paciente O. N. K.,60 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Queda da própria altura. Consciente, orientada, hipocorada,
hidratada, não contactuando, recebendo medicação controlada por bomba de infusão
Exame clínico: Higiene bucal precária, presença de cálculo.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula + gaze + Gluconato
de clorexidina a 0,12%, concluído com gaze + água mineral da paciente.

4º Paciente E.C., 50 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Choque Séptico Pulmonar + TCE grave + Etilismo.
Consciente, confuso, hipocorado, responde pouco a estímulos verbais. Recebendo
medicação controlada por bomba de infusão. Dieta por sonda nasoenteral, sialorreia
em excesso.
Exame clínico: Saliva espessa.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula + gaze + Gluconato
de clorexidina a 0,12%, concluído com gaze + água mineral da paciente.

5º Paciente G. R. S. F., 22 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Pneumonia + Dependente de Drogas. Entubado, respirando
por ventilação mecânica. Medicação controlada por bomba de infusão. Consciente,
confuso, respondendo a estímulos, abertura ocular lenta. Dieta por sonda nasoenteral,
Exame clínico: Cavidade bucal ressecada
Diagnóstico: Realizado higiene da cavidade bucal com espátula de
madeira, gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluída com gaze + água mineral.

6º Paciente J. F. L., 57 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: acidente Vascular Cerebral. Acamado, consciente, confuso,
emagrecido, hipocorado, respondendo pouco a estímulos verbais. Dieta por sonda
nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
82

Exame clínico: Presença de leões na mucosa, ausência de elementos


(34,36,42,47, raiz residual 37, presença de cálculo dentes anteriores, retração
gengival nos elementos 11,12,13,21,22,23,31,32,33,41,43,44.
Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina a 0,12%, com dificuldade. Aplicação de laser de baixa intensidade (3J) na
cor vermelha por 90s.

Data:23/05/2019 - 1º Paciente V. E. S., 80 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: IAM, pneumonia., acamado, consciente, confuso,
respondendo pouco a estímulos verbais, desidratado.
Exame Clínico: Apresentando língua seborreica por higiene bucal precária.
:Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina 0,12%, removido bastante conteúdo da degradação alimentar da sua
língua, com sucesso, concluído com gaze, água mineral. Aplicação de laser de baixa
intensidade (3J) na cor vermelha por 90s.

2º Paciente - O. S. S., 48 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: DPOC, endocardite bacteriana., acamado, consciente,
desorientado no tempo e espaço, entubado, respiração por ventilação mecânica. Dieta
por sonda nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame Clínico: Higiene bucal precária, lesões em mucosa jugal, comissura
labial.
Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina 0,12%, concluída com gaze e água mineral. Aplicação de laser de baixa
intensidade

3º L.R.S., 51 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Obstrução Vascular em MIE + HAS + ETILISTA + tabagista,
dependente de drogas. Consciente, orientado, eupnéico, hidratado, normocorado,
contactuando. recebendo medicação por bomba de infusão.
83

Exame clínico – Higiene precária, Ausência dos elementos posteriores em


sua arcada direita e esquerda superior; em arcada inferior ausência dos elementos
43,44,46, 35 e 36. Presença cálculo nos elementos demais elementos.
Procedimento: Orientamos quanto a técnica de higiene, raspagem e
alisamento radicular.

30/05/2019 - 1º Paciente F.T.C., 40 anos, sexo masculino.


Diagnostico: Traumatismo Crânio Encefálico. Consciente, orientado,
hidratado, normocorado, contactuando. Medicado por bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em comissura labial, dorso da língua e Xerostomia.
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira,
gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze umedecida em água
mineral. Realizado aplicação do laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de
baixa intensidade (3 J), luz vermelha durante 60 segundos.

2º Paciente M.C.S. sexo masculino, 75 anos.


Diagnostico: Abdômen Agudo. Paciente consciente, hidratado,
hipocorado, respondendo a estímulos verbais. Em uso de O2 contínuo, por cateter
nasal. Medicado por bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em mucosa, lábio superior e inferior.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze
e Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze e água mineral Aplicação
de laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa intensidade (3 J), luz
vermelha, durante 60 segundos.

3º Paciente R.P.G., 87 anos, sexo feminino.


Diagnostico: Queda da Própria Altura. Paciente consciente, confusa,
hidratada, normocorada, respondendo pouco a estímulos verbais, em alguns
momentos agitada. recebendo dieta por sonda nasoenteral. Medicação controlada por
bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em mucosa, xerostomia.
84

Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira,


gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze, água mineral.
Realizamos aplicação de laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa
intensidade (3 J), luz vermelha, durante 60 segundos.

Avaliação individual Caroline Bonadio Martins


O estágio proporcionou uma visão ampla sobre saúde do indivíduo, não
apenas uma visão oral, mas seu estado de saúde geral, que pode estar em risco pelo
despreparo de profissionais em enfrentar determinadas situações na avaliação
Individual.
Com objetivo de realizar um exame clínico adequado no paciente
hospitalizado para avaliar se tem presença de alguma alteração bucal e remover os
focos infecciosos através de , curativos, raspagens, medicações, prevenir
sangramentos, tratar lesões orais e realizar ainda tratamentos paliativos, desta forma
o paciente também sente-se cuidado como um todo trazendo conforto e segurança de
modo geral, permitindo assim um tratamento efetivo
Neste contexto, a odontologia hospitalar vem adquirindo importância na
equipe multidisciplinar de saúde, o que é essencial para a terapêutica e a qualidade
de vida dos pacientes hospitalizados, buscando uma aproximação integral e não
somente nos aspectos relacionados aos cuidados com a cavidade bucal.
85

Juliana Ribeiro Silva – Diário de campo

14/03/2019: Realizamos nosso primeiro encontro dia 14/03 com a


professora /supervisora do estágio Maria Luisa Makabe, na sala de reunião da
Faculdade Anhanguera –Unidade Santana, momento no qual recebemos as
orientações pertinentes ao estágio. Entregamos ficha e toda documentação
necessária para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital
Mandaqui.

21/03/2019: Fomos recebidos pela professora Maria Luisa Makabe, supervisora


do estágio, que nos apresentou os setores onde iriamos atuar. Após apresentação fomos
orientados sobre as atividades que poderíamos exercer.
Nossa primeira atuação foi na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto 6° andar,
onde fomos direcionados pela professora aos pacientes que iriamos acompanhar e realizar
avaliação e realização de procedimentos bucais, que inclui higienização, cuidados
periodontais e utilização de laser de baixa potência 3J, com luz vermelha por 60s em lesões
orais, hipossalivação,

1° Paciente - M.H.A.L sexo feminino, 49 anos.


Diagnóstico: Pós-operatório imediato, exérese de tumor cerebral. Paciente
consciente, orientada, eupneica, hidratada, normocorada, contactuando, aceitando bem a
dieta geral oferecida. Apresentando edema de face em decúbito Fowler (repouso absoluto).
Exame Clínico: Intra e extra oral, paciente apresenta
Procedimento: Após nos apresentarmos à paciente, explicarmos o motivo pelo
qual estávamos no setor; ela concordou em realizarmos a higienização da cavidade oral, com
espátula de madeira e gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12%, realizamos a limpeza
bucal e finalizando com gaze estéril umedecida em água.

2° Paciente - P.C.D sexo masculino, 81 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca. Paciente consciente, orientado, contactuando, em
repouso relativo por apresentar risco de queda. Ele refere que sofreu uma queda dentro de
casa e bateu a boca, cortou os lábios e nos informou que é usuário de prótese e com a queda
quebrou no meio. Pelo fato de usar Prótese Total sofreu trauma em lábio e gengiva sendo
encaminhado ao hospital.
86

Exame Clínico: Intra e Extra oral, paciente edêntulo, apresentando lesão do lado
da gengiva e lábio superior direito já em fase de cicatrização.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Não foi feita a utilização do
laser, por não ter sido disponibilizado no momento pelo responsável.

3° Paciente E.S.M sexo masculino, 59 anos.


Diagnostico: Craniectomia descompressiva, paciente consciente, porem
desorientado no tempo e espaço, acamado, não contactuando, entubado, recebendo oxigênio
por terapia por ventilação mecânica (respirador).
Exame Clínico: Intra e extra oral, observamos salivação expeça e ressecamento
de lábio.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Não foi feita a utilização do
laser, por não ter sido disponibilizado no momento pelo responsável.

28/03/2019: - 1° Paciente P.D.D, sexo masculino 81 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca.
Este foi o segundo contato com o paciente. Encontramos o mesmo com melhora
aparente do seu estado geral, no que diz respeito a queda sofrida, porem identificamos que
ele apresentava tristeza pelo fato de não receber visitas de seus entes familiares e apreensivo
por ter sido informado pelos médicos quanto a possibilidade da colocação de um marca-
passo. Antes de iniciarmos o procedimento procuramos tranquilizá-lo até que estivesse em
condições adequadas de iniciar a higienização bucal.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

2° Paciente W.L.S., sexo Masculino, 58 anos.


Diagnóstico: À esclarecer. Acompanhado pelo neurocirurgião, insuficiência
cardíaca congestiva, encontramos o paciente, orientado, hidratado, normocorado e, uso de
oxigênio contínuo por máscara.
Exame Clínico: Intra e extra oral, observamos lesão no terço anterior da língua
paciente refere ter sofrido queda.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.
87

3° Paciente D.L.B, sexo masculino, 82 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca encontramos o paciente, acamado, consciente,
desorientado no tempo espaço, hidratado, hipocorado, não contactuando respondendo aos
estímulos verbais por expressão facial entubado com ventilação mecânica (respirador),
Exame Clínico: Intra e extra oral, apresentando salivação espessa com
sangramento gengival, higiene bucal precária língua edemaciada e prótese parcial fixa, não
sendo possível a remoção da mesma pelo fato de o paciente estar utilizando tubo para
ventilação mecânica.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

04/04/2019: -1° Paciente O.A, sexo masculino 75 anos.


Diagnóstico: Alteração da valva mitral/ Etilismo, /Tabagismo. Paciente
consciente, confuso, emagrecido, desidratado, recendo hidratação por acesso venoso
cavidade bucal com higiene precária, edêntulo, língua seborreica (cândida albicans),
contactuando.
Exame Clínico: Intra e extra oral, apresentando hipossalivação e ressecamento
de lábios.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12%, realizamos a limpeza bucal e finalizando com gaze
estéril umedecida em água.

2° Paciente J.S., Sexo masculino,65 anos.


Diagnóstico: Pancreactomia, consciente, orientado, hidratado, contactuando.
Exame Clínico: Observamos ausência dos dentes 12,13 anteriores do lado direito
superiores (maxila) e ausência posteriores inferiores 35,36,46 e 47.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.
Orientamos os serviços prestados pela nossa faculdade.

3° Paciente L.B.P., sexo masculino,51 anos.


Diagnóstico: Arritmia Cardíaca, paciente consciente, orientado, hidratado,
contactuando. Sentado em poltrona.
88

Exame Clínico: identificamos que o paciente faz uso de prótese parcial removível,
apresentando ausência de coroa clínica do terceiro molar inferior direto (48), raiz residual
prótese mau adaptada, causando lesão gengival nesta área.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e gaze
estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Orientamos a procurar nossa
faculdade após alta, para tratamento odontológico.

Após nossa permanência na U.T.I fomos direcionados ao setor da pediatria do


hospital, conhecemos a brinquedoteca e as crianças internadas.

11/04/2019: - Setor da Pediatria - 3° Andar Hospital Mandaqui


Visitamos a Unidade de Internação Infantil, realizando orientações às mães,
quanto à importância da higienização oral da criança mesmo durante o período de Internação.
Podemos perceber a deficiência e a falta de orientação sobre a importância da
realização de higiene oral desde o primeiro mês de vida da criança. Buscamos sanar as
dúvidas e estimular as mães a realizarem o procedimento de escovação oral e limpeza da
cavidade nos seus filhos, salientando os benefícios trazidos com a realização da higiene não
somente benefícios orais como limpeza, sensação de bem estar e cuidado, mas também
como um importante auxílio em sua recuperação promovendo através dessa técnica a
eliminação e diminuição da proliferação bacteriana dentro da cavidade oral, um ambiente
hospitalar. Um fator importante que chamou atenção de toda nossa equipe foi que a mãe
realizava higienização da cavidade oral do bebê com água e açúcar. Realizado então
orientações sobre a maneira correta.

1ª Paciente L. G. S., idade sexo masculino, 8 anos.


Diagnostico: Consciente, orientado, contactuando, hidratado, normocorado.
Sofreu uma queda da janela, fratura exposta em braço direito,
Procedimento: Realizamos orientações referentes à importância de uma boa
higiene bucal.

2° Paciente – J.L, sexo masculino, 11 anos.


Diagnóstico: Processo infeccioso após mordida de um canino, em prontuário
constatamos o registro da presença de bactéria oculta na corrente sanguínea. Paciente
consciente, orientado, contactuando, hidratado, normocorado. Internado há mais ou menos
89

14 dias para tratamento da infecção com antibioticoterapia. Local da infecção joelho de


membro inferior esquerdo.
Realizamos a orientações sobre correta higienização bucal, explicando para
criança e para mãe.

3°Paciente- A. V. B., sexo feminino,8 meses.


Diagnóstico: edema em olho direto A/E (a esclarecer). Apresentando edema +
hiperemia na região orbital direita, com queixa de cefaleia intensa. Após anamnese
constatamos a presença de uma linha alba bem definida e em língua (esbranquiçada),
provável candidíase.
Procedimento: Realizamos a higienização da cavidade bucal com espátula de
madeira, gaze umedecida em água. Reforçamos tanto para a mãe quanto para a criança a
importância de se manter uma boa higiene bucal.

25/04/2019: - 1º Paciente C.A., sexo masculino.53 anos


Diagnóstico: Trauma por agressão física. Acamado, recebendo sedação Fentanil
em bomba de infusão apresenta múltiplas fraturas e hematoma subdural. Mantendo Intubação
traqueal.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

2º Paciente J. S. S.,18 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acordado, confuso, restrito no leito, recebendo medição em bomba
de infusão para analgesia.
Exame Clínico: Paciente edêntulo.
Procedimento: Realizado higiene oral com boneca de gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

02/05/2019 -1º Paciente N.J.D.R. 48 anos, sexo masculino.


Diagnostico: Deficiente Mental + Etilismo + Convulsão. Paciente consciente,
confuso, hidratado, normocorado, contactuando. Dieta por sonda nasoenteral. Medicação
controlada por bomba de infusão.
Exame clínico:
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira + gaze
+ Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze + água mineral. Realizado
90

aplicação de laser em afta localizada na região intrabucal do elemento 23, de baixa


intensidade (3 J), luz vermelha, durante 60 segundos.

2º Paciente S.G.O.M.,60 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mastectomia a esquerda,
desconforto respiratório, CA de Mama direita à esclarecer. Paciente acamada, entubada,
respiração por ventilação mecânica, hipocorada, não respondendo a estímulos verbais. Dieta
por sonda nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame clínico:
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze,
Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze e água mineral da, com dificuldade
devido a presença do tubo endotraqueal.

3º Paciente P.C.D., 81 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Marcapasso a direita. em repouso absoluto. consciente, orientado,
eupnéico, normocorado, contactuando. medicação controlada por bomba de infusão. Dieta
pastosa por via oral. Realizado higienização da cavidade bucal + com espátula de madeira +
gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze + água mineral do paciente,
da prótese total utilizando cureta de Gracey

16/05/2019 - 1º Paciente R.M.M.,81 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Trauma por queda da própria altura + Alzheimer + HÁ + Fratura de
Fêmur. Acamada, entubada, respiração mecânica, consciente, não respondendo a estímulos
verbais, hipocorada, fazendo uso da medicação controlada por bomba de infusão.
Exame clínico: Apresentando xerostomia na cavidade bucal,
Procedimento: Orientamos a paciente quanto ao processo de higienização que
iriamos realizar. Mesmo apresentando resistência involuntária, realizamos a higienização com
espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluindo com limpeza com
gaze e água mineral da pacte.

2º Paciente M.I.L.P.,71 anos, sexo feminino.


Diagnostico: Cálculo na Vesícula + C.A a esclarecer + Hemorragia Digestiva Alta.
consciente, orientada, eupnéica, ictérica, emagrecida, contactuando. Refere que foi realizado
um procedimento cirúrgico para remoção dos cálculos, mas não foi feito o procedimento,
91

retirado tecido para biopsia para confirmação de diagnóstico, em uso de O2 contínuo, em uso
de sonda nasogástrica.
Exame clínico: Faz uso de prótese dentária removível.
Procedimento: Com sua autorização, realizamos a higienização da cavidade bucal
com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina e concluída com gaze + água
mineral da paciente, e higienização da prótese

3º Paciente O. N. K.,60 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Queda da própria altura. Consciente, orientada, hipocorada,
hidratada, não contactuando, recebendo medicação controlada por bomba de infusão
Exame clínico: Higiene bucal precária, presença de cálculo.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula + gaze + Gluconato de
clorexidina a 0,12%, concluído com gaze + água mineral da paciente.

4º Paciente E.C., 50 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Choque Séptico Pulmonar + TCE grave + Etilismo. Consciente,
confuso, hipocorado, responde pouco a estímulos verbais. Recebendo medicação controlada
por bomba de infusão. Dieta por sonda nasoenteral, sialorreia em excesso.
Exame clínico: Saliva espessa.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula + gaze + Gluconato de
clorexidina a 0,12%, concluído com gaze + água mineral da paciente.

5º Paciente G. R. S. F., 22 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Pneumonia + Dependente de Drogas. Entubado, respirando por
ventilação mecânica. Medicação controlada por bomba de infusão. Consciente, confuso,
respondendo a estímulos, abertura ocular lenta. Dieta por sonda nasoenteral,
Exame clínico: Cavidade bucal ressecada
Diagnóstico: Realizado higiene da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze,
Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluída com gaze + água mineral.

6º Paciente J. F. L., 57 anos, sexo masculino.


Diagnóstico; Acidente Vascular Cerebral. Acamado, consciente, confuso,
emagrecido, hipocorado, respondendo pouco a estímulos verbais. Dieta por sonda
nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
92

Exame clínico: Presença de leões na mucosa, ausência de elementos


(34,36,42,47, raiz residual 37, presença de cálculo dentes anteriores, retração gengival nos
elementos 11,12,13,21,22,23,31,32,33,41,43,44.
Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina a 0,12%, com dificuldade. Aplicação de laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s.

Data:23/05/2019 - 1º Paciente V. E. S., 80 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: IAM, pneumonia., acamado, consciente, confuso, respondendo
pouco a estímulos verbais, desidratado.
Exame Clínico: Apresentando língua seborreica por higiene bucal precária.
:Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de clorexidina 0,12%,
removido bastante conteúdo da degradação alimentar da sua língua, com sucesso, concluído
com gaze, água mineral. Aplicação de laser de baixa intensidade (3J) na cor vermelha por
90s.

2º Paciente - O. S. S., 48 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: DPOC, endocardite bacteriana., acamado, consciente, desorientado
no tempo e espaço, entubado, respiração por ventilação mecânica. Dieta por sonda
nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame Clínico: Higiene bucal precária, lesões em mucosa jugal, comissura labial.
Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina 0,12%, concluída com gaze e água mineral. Aplicação de laser de baixa
intensidade

3º L.R.S., 51 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Obstrução Vascular em MIE + HAS + ETILISTA + tabagista,
dependente de drogas. Consciente, orientado, eupnéico, hidratado, normocorado,
contactuando. recebendo medicação por bomba de infusão.
Exame clínico – Higiene precária, Ausência dos elementos posteriores em sua
arcada direita e esquerda superior; em arcada inferior ausência dos elementos 43,44,46, 35
e 36. Presença cálculo nos elementos demais elementos.
Procedimento: Orientamos quanto a técnica de higiene, raspagem e alisamento
radicular.
93

30/05/2019 - 1º Paciente F.T.C., 40 anos, sexo masculino.


Diagnostico: Traumatismo Crânio Encefálico. Consciente, orientado, hidratado,
normocorado, contactuando. Medicado por bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em comissura labial, dorso da língua e Xerostomia.
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze,
Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze umedecida em água mineral.
Realizado aplicação do laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa intensidade (3
J), luz vermelha durante 60 segundos.

2º Paciente M.C.S. sexo masculino, 75 anos.


Diagnostico: Abdômen Agudo. Paciente consciente, hidratado, hipocorado,
respondendo a estímulos verbais. Em uso de O2 contínuo, por cateter nasal. Medicado por
bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em mucosa, lábio superior e inferior.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze e água mineral Aplicação de laser
em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa intensidade (3 J), luz vermelha, durante 60
segundos.

3º Paciente R.P.G., 87 anos, sexo feminino.


Diagnostico: Queda da Própria Altura. Paciente consciente, confusa, hidratada,
normocorada, respondendo pouco a estímulos verbais, em alguns momentos agitada.
recebendo dieta por sonda nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em mucosa, xerostomia.
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze,
Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze, água mineral. Realizamos aplicação
de laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa intensidade (3 J), luz vermelha,
durante 60 segundos.
Avaliação individual
Durante minha vivência neste período de estágio, pude perceber que
podemos acreditar em um modelo de assistência mais eficaz. Buscando a diferença
em meio as dificuldades encontradas, uma tarefa difícil, mas não impossível. Em
relação aos profissionais que trabalham em todos os setores visitados é que
necessitam de um olhar mais humanizado, ouvindo, compreendendo, aconselhando,
respeitando opiniões, valorizando queixas e necessidades dos pacientes.
94
95

Ludmila Coelho Viana - Diário de Campo

14/03/2019 - Realizamos nosso primeiro contato com a professora


/supervisora do estágio Maria Luisa Makabe na sala de reunião da faculdade
anhanguera - unidade Santana, neste momento recebemos as orientações
pertinentes ao estágio. Entregamos nossas fichas e toda documentação necessária
para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital Mandaqui.

21/03/2019 - Reconhecimento de campo. Na presente data iniciamos nosso


estágio no hospital Mandaqui, no setor de unidade de terapia intensiva e clínica
médica pediátrica, onde através deste diário disponibilizaremos alguns casos clínicos
e procedimentos realizados nos pacientes durante o período de internação sobre a
supervisão da professora Maria Luisa Makabe.

28/03/2019 - Durante a realização da visita a cada leito dos pacientes da


internação, realizamos técnica da higienização das mãos, antes e após cada
procedimento realizado. neste estágio tivemos um contato e nos deparamos com
diversas patologias e motivos de internação, onde o objetivo a ser alcançado foi
prestar uma assistência odontológica assistida pela supervisão da professora e
orientadora Maria Luisa trazendo aos nossos pacientes uma vivência das rotinas
sobre a importância da higienização oral e realizando este procedimento em pacientes
impossibilitados do autocuidado.

04/04/2019 - 1ª Paciente - I.M.A., sexo feminino.


Diagnóstico: Pós-operatório imediato de Tumor Cerebral.
Exame clínico: foi constatado periodontite crônica apresentando mobilidade
grau i no elemento dental 33 e grau III nos elementos dentais 34,42,43.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Encaminhado paciente para
atendimento na clínica da universidade após alta hospitalar.
96

2ª Paciente - E.S., 21 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Acidente Vascular Cerebral. Acamada, entubada respiração
por ventilação mecânica, sedada, medicação por bomba de infusão. Não responde a
estímulos verbais,
Exame Clínico: Paciente apresenta edema e protrusão de língua.
Procedimento :Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

3º Paciente - O.S.S., 48 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: A esclarecer, consciente e orientado.
Exame Clínico: Paciente apresenta lesão em região de mucosa oral a
esquerda com aspecto de mancha escurecida, provável má adaptação de prótese.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Orientamos quanto a importância de
uma boa higienização. Paciente refere ter escovado os dentes.

4ª Paciente - A. L. G., sexo feminino, 62 anos.


Diagnóstico: Tumor de Coluna + Metástase Óssea, consciente e orientada.
Exame clínico: Intra e extra oral, paciente edêntulo, apresenta xerostomia
devido higienização precária. Orientamos quanto a importância de uma boa
higienização oral.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Orientamos quanto a importância de
uma boa higienização oral.

5º Paciente - V. S. sexo feminino 52 anos.


Diagnóstico: Miocardite/ Dor Precordial, Estável no leito.
Exame Clínico: Paciente apresenta placa bacteriana e gengivite.
Procedimento: Raspagem e alisamento radicular. Orientação sobre
higienização oral e a importância do uso do fio dental. Paciente refere realizar
higienização oral três vezes ao dia, não faz uso de fio dental
97

11/04/2019 - Visitamos a Unidade de Internação Infantil, realizando


orientações às mães, quanto a importância da higienização oral da criança mesmo
durante o período de Internação. Podemos perceber a deficiência e a falta de
orientação sobre a importância da realização de higiene oral desde o primeiro mês de
vida da criança. Buscamos sanar as dúvidas e estimular as mães a realizarem o
procedimento de escovação oral e limpeza da cavidade nos seus filhos, salientando
os benefícios trazidos com a realização da higiene não somente benefícios orais como
limpeza, sensação de bem estar e cuidado, mas também como um importante auxílio
em sua recuperação promovendo através dessa técnica a eliminação e diminuição da
proliferação bacteriana dentro da cavidade oral, um ambiente hospitalar. Um fator
importante que chamou atenção de toda nossa equipe foi que a mãe realizava
higienização da cavidade oral do bebê com água com açúcar. Realizado então
orientação pela equipe dos nossos colegas sobre a forma correta da realização do
procedimento.

1º Paciente - M. S. R., sexo masculino, 10 meses.


Diagnóstico: Pneumonia. Menor já tem 8 dentes decíduos erupcionados,
encontram-se hígidos (85 e 75 não erupcionou).
A mãe faz higienização com escova macia de cabeça pequena, utiliza
creme dental sem flúor.

2º Paciente - A. O. G, sexo feminino, idade 27 dias


Diagnóstico: Infecção Urinária.
Mãe recebeu instruções sobre a correta higienização da cavidade bucal,
onde deve aplicar gaze embebida de água e efetuar a limpeza.

3º Paciente - A.T. B., idade, sexo feminino, 10 meses.


Diagnóstico: Estomatite Aftosa. Menor tem quatro dentes erupcionados
(51,61,71,81) e hígidos.
Mãe recebeu instruções sobre a correta higienização da cavidade bucal,
onde deve aplicar gaze embebida de água e efetuar a limpeza.
98

25/04/2019: - 1º Paciente C.A., sexo masculino.53 anos


Diagnóstico: Trauma por agressão física. Acamado, recebendo sedação
Fentanil em bomba de infusão apresenta múltiplas fraturas e hematoma subdural.
Mantendo Intubação traqueal.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

2º Paciente J. S. S.,18 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acordado, confuso, restrito no leito, recebendo medição em
bomba de infusão para analgesia.
Exame Clínico: Paciente edêntulo.
Procedimento: Realizado higiene oral com boneca de gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

3º Paciente H.S., sexo masculino,40 anos.


Diagnóstico: Infarto Agudo do Miocárdio / Renal Crônico Agudizado,
fazendo uso de oxigênio para conforto do padrão respiratório, em uso de cateter
central por veia jugular esquerda, recebendo medicação por Bomba de infusão.
Exame clínico: Intra e extra oral.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

4º Paciente L. F. O., sexo masculino.


Diagnóstico: Fratura de membros inferiores (pernas e quadril) +
traumatismo craniano. Paciente mantendo intubação endotraqueal, em uso de Sonda
nasoenteral, recebendo dietoterapia por bomba de infusão.
Exame clínico: Paciente apresenta hipossalivação.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Com o objetivo de reduzir a quantidade
de micro-organismos bucais, os quais podem ser aspirados.
99

26/04/2019: - Visita a maternidade


Durante a visita instruímos as mães sobre a importância da higienização
oral dos recém-nascidos e para as gestantes, informamos sobre os riscos de aborto e
gengivite (na mãe) que podem ocorrer com o bebê caso cáries afetem o sistema
imunológico da mesma.

1º Paciente V.F.S, 7 meses, sexo feminino


Diagnóstico: Diarreia
Procedimento: Higienização oral com gaze e água filtrada.

2º Paciente J. S. S., 11 meses, sexo masculino.


Diagnóstico: hipocorado, dor na região abdominal
Procedimento: Realizado higiene oral com gaze e água filtrada.

02/05/2019 1º Paciente V.L.F.M 51 anos, sexo feminino.


Admissão: 01/05/2019 Diagnóstico: POI cirurgia vascular, diabética,
hipertensa, lesão em membro inferior esquerdo.
Paciente consciente, sonolenta.
Exame clínico: apresenta xerostomia, quelite angular na comissura labial
esquerda.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 60s a cada aplicação.

2º Paciente V.L.P.C. 29 anos, sexo masculino.


Admissão: 30/04/2019 Diagnóstico: acidente vascular cerebral
hemorrágico
Paciente em intubação endotraqueal, lesões no dorso da língua. Aplicado
laser de baixa intensidade (3J) na cor vermelha por 90s.
100

09/05/2019 – Realizado palestras na ala da maternidade com informações,


orientações e uma singela homenagem ao final parabenizando-as pelo dia das mães
que se aproxima (12/05/2019), com uso de placas com ilustrações e frases curtas e
objetivas, voltadas para a importância e forma da higienização bucal do bebê desde o
primeiro dia de vida, amamentação e estímulo à sucção, esclarecimentos sobre mitos
e verdades desde o puerpério até a fase do nascimento de todos os elementos
decíduos.

16/05/2019 1º Paciente J.C.S 77 anos, sexo masculino.


Admissão: 01/05/2019 Diagnóstico: dispneia e hipertensão.
Paciente contido no leito e com intubação endotraqueal.
Exame clínico: ausência dos elementos 21, 33, presença de cálculo dental
na região dos anteriores superiores e inferiores, apresenta grande volume de
secreção de cor esverdeada.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.

2º Paciente V.F.I. 49 anos, sexo feminino.


Admissão: 30/04/2019 Diagnóstico: à esclarecer, diabético, febril.
Paciente em intubação endotraqueal, recebendo sedação dormonid.
Exame clínico: apresenta xerostomia, lesão na comissura labial esquerda.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s.

23/05/2019 1º Paciente L.F.A 44 anos, sexo masculino.


Admissão: 20/05/2019 Diagnóstico: POI acefalia, neuropatia
Paciente consciente, contido no leito.
Exame clínico: apresentando xerostomia.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.
101

2º Paciente V.F.S. 55 anos, sexo masculino.


Admissão: 21/05/2019 Diagnóstico: traumatismo crânio encefálico.
Paciente em intubação endotraqueal, diabético, febril, recebendo drogas
vasoativas em sedação.
Exame clínico: apresentando xerostomia, lesão em comissura labial.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 60s a cada aplicação.

30/05/2019 1º Paciente I.V. 47 anos, sexo masculino.


Admissão: 23/05/19 Diagnóstico: sincope coronariana
Paciente consciente, porém desorientado, contido no leito, edêntulo, alto
grau de xerostomia. Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze
fixada com fita) e gluconato de gluconato de clorexidina 0,12%.

2º Paciente V.C.B.M., 46 anos, sexo feminino.


Admissão: 29/05/2019 Diagnóstico: POI cirurgia bariátrica
Paciente consciente, orientado, nos informou que tem convênio
odontológico e visita o dentista a cada 6 meses.
Exame clínico: Apresenta ausência dos elementos dentais 17, 26 e 34,
lesão herpética em comissura labial superior; inferior e xerostomia.
Realizada higiene oral pela própria paciente com “bonequinha” (espátula
com gaze fixada com fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.

3º Paciente I.G.D 71 anos, sexo masculino.


Admissão: 20/05/2019 Diagnóstico: traumatismo crânio encefálico
Paciente em intubação endotraqueal, sonda naso enteral fechada.
Exame clínico: edêntulo, apresentando xerostomia, sangramento oral por
lesão de intubação.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s a cada aplicação.
102

4º Paciente V.R.
Admissão: 20/05/2019 Diagnóstico: traumatismo crânio encefálico causado
por epilepsia.
Paciente em intubação endotraqueal, recebendo drogas vasoativas em
sedação
Exame clínico: edêntulo, apresentando xerostomia, sangramento oral por
lesão de intubação.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s a cada aplicação.
103

Renan Thiago da Silva Santos - Diário de campo

14/03/2019 - Realizamos nosso primeiro contato com a professora


/supervisora do estágio Maria Luisa Makabe na sala de reunião da faculdade
anhanguera - unidade Santana, neste momento recebemos as orientações
pertinentes ao estágio. Entregamos nossas fichas e toda documentação necessária
para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital Mandaqui.

21/03/2019 - Reconhecimento de campo. Na presente data iniciamos nosso


estágio no Hospital Mandaqui, no Setor de Unidade de Terapia Intensiva e Clínica
Médica Pediátrica, onde através deste diário disponibilizaremos alguns casos clínicos
e procedimentos realizados nos pacientes durante o período de internação sobre a
supervisão da professora Maria Luisa Makabe.

28/03/2019 - Durante a realização da visita a cada leito dos pacientes da


Internação, realizamos técnica da Higienização das mãos, antes e após cada
procedimento realizado. Neste Estágio tivemos um contato e nos deparamos com
diversas patologias e motivos de internação, onde o objetivo a ser alcançado foi
prestar uma assistência odontológica assistida pela supervisão da professora e
orientadora Maria Luisa trazendo aos nossos pacientes uma vivência das rotinas
sobre a importância da higienização oral e realizando este procedimento em pacientes
impossibilitados do autocuidado.

04/04/2019 - 1ªPaciente - I.M.A., sexo feminino.


Diagnóstico: Pós-operatório imediato de Tumor Cerebral.
Exame clínico: Durante a realização do exame clínico, constatado
periodontite crônica apresentando mobilidade grau I no elemento dental 33 e grau III
nos elementos dentais 34,42,43.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Encaminhado paciente para
atendimento na clínica da universidade após alta hospitalar.
104

2ª Paciente - E.S., 21 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Acidente Vascular Cerebral. Acamada, entubada respiração
por ventilação mecânica, sedada, medicação por bomba de infusão. Não responde a
estímulos verbais,
Exame Clínico: Paciente apresenta edema e protrusão de língua.
Procedimento :Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

3º Paciente - O.S.S., 48 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: A esclarecer, consciente e orientado.
Exame Clínico: Paciente apresenta lesão em região de mucosa oral a
esquerda com aspecto de mancha escurecida, provável má adaptação de prótese.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Orientamos quanto a importância de
uma boa higienização. Paciente refere ter escovado os dentes.

4ª Paciente - A. L. G., 62 Anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Tumor de Coluna + Metástase Óssea, consciente e orientada.
Exame clínico: Intra e extra oral, paciente edêntulo, apresenta xerostomia
devido higienização precária. Orientamos quanto a importância de uma boa
higienização oral.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Orientamos quanto a importância de
uma boa higienização oral.

5º Paciente - V. S., 52 Anos.


Diagnóstico: Miocardite/ Dor Precordial, Estável no leito.
Exame Clínico: Paciente apresenta placa bacteriana e gengivite.
Procedimento: Raspagem e alisamento radicular. Orientação sobre
higienização oral e a importância do uso do fio dental. Paciente refere realizar
higienização oral três vezes ao dia, não faz uso de fio dental
105

11/04/2019 - Visitamos a Unidade de Internação Infantil, realizando


orientações às mães, quanto a importância da higienização oral da criança mesmo
durante o período de Internação.
Podemos perceber a deficiência e a falta de orientação sobre a importância
da realização de higiene oral desde o primeiro mês de vida da criança. Buscamos
sanar as dúvidas e estimular as mães a realizarem o procedimento de escovação oral
e limpeza da cavidade nos seus filhos, salientando os benefícios trazidos com a
realização da higiene não somente benefícios orais como limpeza, sensação de bem
estar e cuidado, mas também como um importante auxílio em sua recuperação
promovendo através dessa técnica a eliminação e diminuição da proliferação
bacteriana dentro da cavidade oral, um ambiente hospitalar. Um fator importante que
chamou atenção de toda nossa equipe foi que a mãe realizava higienização da
cavidade oral do bebê com água com açúcar. Realizado então orientação pela equipe
dos nossos colegas sobre a forma correta da realização do procedimento.

1º Paciente - M. S. R., idade 10 meses, sexo masculino.


Diagnóstico: Pneumonia. Menor já tem 8 dentes decíduos erupcionados,
encontram-se hígidos (85 e 75 não erupcionou).
A mãe faz higienização com escova macia de cabeça pequena, utiliza
creme dental sem flúor.

2º Paciente - A. O. G, idade 27 dias, sexo feminino.


Diagnóstico: Infecção Urinária.
Mãe recebeu instruções sobre a correta higienização da cavidade bucal,
onde deve aplicar gaze embebida de água e efetuar a limpeza.

3º Paciente - A.T. B., idade 10 meses, sexo feminino, Diagnóstico:


Estomatite Aftosa. Menor tem quatro dentes erupcionados (51,61,71,81) e hígidos.
Mãe recebeu instruções sobre a correta higienização da cavidade bucal, onde deve
aplicar gaze embebida de água e efetuar a limpeza.
106

25/04/2019: - 1º Paciente C.A., 44 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Trauma por agressão física. Acamado, recebendo sedação
Fentanil em bomba de infusão apresenta múltiplas fraturas e hematoma subdural.
Mantendo Intubação traqueal.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

2º Paciente J. S. S.,18 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acordado, confuso, restrito no leito, recebendo medição em
bomba de infusão para analgesia.
Exame Clínico: Paciente edêntulo.
Procedimento: Realizada higiene oral com boneca de gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

3º Paciente H.S., sexo masculino.


Diagnóstico: Infarto Agudo do Miocárdio / Renal Crônico Agudizado,
fazendo uso de oxigênio para conforto do padrão respiratório, em uso de cateter
central por veia jugular esquerda, recebendo medicação por Bomba de infusão.
Exame clínico: Intra e extra oral.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

4º Paciente L. F. O., sexo masculino.


Diagnóstico: Fratura de membros inferiores (pernas e quadril) +
traumatismo craniano. Paciente mantendo intubação endotraqueal, em uso de Sonda
nasoenteral, recebendo dietoterapia por bomba de infusão.
Exame clínico: Paciente apresenta hipossalivação.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%. Com o objetivo de reduzir a quantidade
de micro-organismos bucais, os quais podem ser aspirados.
107

02/05/2019 1º Paciente V.L.F.M 51 anos, sexo feminino.


Admissão: 01/05/2019 Diagnóstico: POI cirurgia vascular, diabética,
hipertensa, lesão em membro inferior esquerdo.
Paciente consciente, sonolenta.
Exame clínico: apresenta xerostomia, quelite angular na comissura labial
esquerda.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 60s a cada aplicação.

2º Paciente V.L.P.C. 29 anos, sexo masculino.


Admissão: 30/04/2019 Diagnóstico: acidente vascular cerebral
hemorrágico
Paciente em intubação endotraqueal, lesões no dorso da língua. Aplicado
laser de baixa intensidade (3J) na cor vermelha por 90s.

09/05/2019 – Realizado palestras na ala da maternidade com informações,


orientações e uma singela homenagem ao final parabenizando-as pelo dia das mães
que se aproxima (12/05/2019), com uso de placas com ilustrações e frases curtas e
objetivas, voltadas para a importância e forma da higienização bucal do bebê desde o
primeiro dia de vida, amamentação e estímulo à sucção, esclarecimentos sobre mitos
e verdades desde o puerpério até a fase do nascimento de todos os elementos
decíduos.

16/05/2019 1º Paciente J.C.S 77 anos, sexo masculino.


Admissão: 01/05/2019 Diagnóstico: dispneia e hipertensão.
Paciente contido no leito e com intubação endotraqueal.
Exame clínico: ausência dos elementos 21, 33, presença de cálculo dental
na região dos anteriores superiores e inferiores, apresenta grande volume de
secreção de cor esverdeada.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.
108

2º Paciente V.F.I. 49 anos, sexo feminino.


Admissão: 30/04/2019 Diagnóstico: à esclarecer, diabético, febril.
Paciente em intubação endotraqueal, recebendo sedação dormonid.
Exame clínico: apresenta xerostomia, lesão na comissura labial esquerda.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s.

23/05/2019 1º Paciente L.F.A 44 anos, sexo masculino.


Admissão: 20/05/2019 Diagnóstico: POI acefalia, neuropatia
Paciente consciente, contido no leito.
Exame clínico: apresentando xerostomia.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.

2º Paciente V.F.S. 55 anos, sexo masculino.


Admissão: 21/05/2019 Diagnóstico: traumatismo crânio encefálico.
Paciente em intubação endotraqueal, diabético, febril, recebendo drogas
vasoativas em sedação.
Exame clínico: apresentando xerostomia, lesão em comissura labial.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 60s a cada aplicação.

30/05/2019 1º Paciente I.V. 47 anos, sexo masculino.


Admissão: 23/05/19 Diagnóstico: sincope coronariana
Paciente consciente, porém desorientado, contido no leito, edêntulo, alto
grau de xerostomia. Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze
fixada com fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.
109

2º Paciente V.C.B.M., 46 anos, sexo feminino.


Admissão: 29/05/2019 Diagnóstico: POI cirurgia bariátrica
Paciente consciente, orientado, nos informou que tem convênio
odontológico e visita o dentista a cada 6 meses.
Exame clínico: Apresenta ausência dos elementos dentais 17, 26 e 34,
lesão herpética em comissura labial superior; inferior e xerostomia.
Realizada higiene oral pela própria paciente com “bonequinha” (espátula
com gaze fixada com fita) e gluconato de clorexidina 0,12%.

3º Paciente I.G.D 71 anos, sexo masculino.


Admissão: 20/05/2019 Diagnóstico: traumatismo crânio encefálico
Paciente em intubação endotraqueal, sonda naso enteral fechada.
Exame clínico: edêntulo, apresentando xerostomia, sangramento oral por
lesão de intubação.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s a cada aplicação.

4º Paciente V.R.
Admissão: 20/05/2019 Diagnóstico: traumatismo crânio encefálico causado
por epilepsia.
Paciente em intubação endotraqueal, recebendo drogas vasoativas em
sedação
Exame clínico: edêntulo, apresentando xerostomia, sangramento oral por
lesão de intubação.
Realizada higiene oral com “bonequinha” (espátula com gaze fixada com
fita) e gluconato de clorexidina 0,12%. Aplicado laser de baixa intensidade (3J) na cor
vermelha por 90s a cada aplicação.
110

Simone de Andrade Lodron – Diário de campo

14/03/2019: Realizamos nosso primeiro encontro dia 14/03 com a


professora /supervisora do estágio Maria Luisa Makabe, na sala de reunião da
Faculdade Anhanguera –Unidade Santana, momento no qual recebemos as
orientações pertinentes ao estágio. Entregamos ficha e toda documentação
necessária para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital
Mandaqui.

21/03/2019: Fomos recebidos pela professora Maria Luisa Makabe,


supervisora do estágio, que nos apresentou os setores onde iriamos atuar. Após
apresentação fomos orientados sobre as atividades que poderíamos exercer.
Nossa primeira atuação foi na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto 6°
andar, onde fomos direcionados pela professora aos pacientes que iriamos
acompanhar e realizar avaliação e realização de procedimentos bucais, que inclui
higienização, cuidados periodontais e utilização de laser de baixa potência 3J, com
luz vermelha por 60s em lesões orais, hipossalivação,

1° Paciente - M.H.A.L sexo feminino, 49 anos.


Diagnóstico: Pós-operatório imediato, exérese de tumor cerebral. Paciente
consciente, orientada, eupneica, hidratada, normocorada, contactuando, aceitando
bem a dieta geral oferecida. Apresentando edema de face em decúbito Fowler
(repouso absoluto).
Exame Clínico: Intra e extra oral, paciente apresenta
Procedimento: Após nos apresentarmos à paciente, explicarmos o motivo
pelo qual estávamos no setor; ela concordou em realizarmos a higienização da
cavidade oral, com espátula de madeira e gaze estéril, gluconato de clorexidina
0,12%, realizamos a limpeza bucal e finalizando com gaze estéril umedecida em água.

2° Paciente - P.C.D sexo masculino, 81 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca. Paciente consciente, orientado,
contactuando, em repouso relativo por apresentar risco de queda. Ele refere que
111

sofreu uma queda dentro de casa e bateu a boca, cortou os lábios e nos informou que
é usuário de prótese e com a queda quebrou no meio. Pelo fato de usar Prótese Total
sofreu trauma em lábio e gengiva sendo encaminhado ao hospital.
Exame Clínico: Intra e Extra oral, paciente edêntulo, apresentando lesão
do lado da gengiva e lábio superior direito já em fase de cicatrização.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Não foi feita a
utilização do laser, por não ter sido disponibilizado no momento pelo responsável.

3° Paciente E.S.M sexo masculino, 59 anos.


Diagnostico: Craniectomia descompressiva, paciente consciente, porem
desorientado no tempo e espaço, acamado, não contactuando, entubado, recebendo
oxigênio por terapia por ventilação mecânica (respirador).
Exame Clínico: Intra e extra oral, observamos salivação expeça e
ressecamento de lábio.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Não foi feita a
utilização do laser, por não ter sido disponibilizado no momento pelo responsável.

28/03/2019: - 1° Paciente P.D.D, sexo masculino 81 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca.
Este foi o segundo contato com o paciente. Encontramos o mesmo com
melhora aparente do seu estado geral, no que diz respeito a queda sofrida, porem
identificamos que ele apresentava tristeza pelo fato de não receber visitas de seus
entes familiares e apreensivo por ter sido informado pelos médicos quanto a
possibilidade da colocação de um marca-passo. Antes de iniciarmos o procedimento
procuramos tranquilizá-lo até que estivesse em condições adequadas de iniciar a
higienização bucal.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

2° Paciente W.L.S., sexo Masculino, 58 anos.


112

Diagnóstico: À esclarecer. Acompanhado pelo neurocirurgião, insuficiência


cardíaca congestiva, encontramos o paciente, orientado, hidratado, normocorado e,
uso de oxigênio contínuo por máscara.
Exame Clínico: Intra e extra oral, observamos lesão no terço anterior da
língua paciente refere ter sofrido queda.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

3° Paciente D.L.B, sexo masculino, 82 anos.


Diagnóstico: Arritmia cardíaca encontramos o paciente, acamado,
consciente, desorientado no tempo espaço, hidratado, hipocorado, não contactuando
respondendo aos estímulos verbais por expressão facial entubado com ventilação
mecânica (respirador),
Exame Clínico: Intra e extra oral, apresentando salivação espessa com
sangramento gengival, higiene bucal precária língua edemaciada e prótese parcial
fixa, não sendo possível a remoção da mesma pelo fato de o paciente estar utilizando
tubo para ventilação mecânica.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.

04/04/2019: -1° Paciente O.A, sexo masculino 75 anos.


Diagnóstico: Alteração da valva mitral/ Etilismo, /Tabagismo. Paciente
consciente, confuso, emagrecido, desidratado, recendo hidratação por acesso venoso
cavidade bucal com higiene precária, edêntulo, língua seborreica (cândida albicans),
contactuando.
Exame Clínico: Intra e extra oral, apresentando hipossalivação e
ressecamento de lábios.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12%, realizamos a limpeza bucal e finalizando
com gaze estéril umedecida em água.

2° Paciente J.S., Sexo masculino,65 anos.


113

Diagnóstico: Pancreactomia, consciente, orientado, hidratado,


contactuando.
Exame Clínico: Observamos ausência dos dentes 12,13 anteriores do lado
direito superiores (maxila) e ausência posteriores inferiores 35,36,46 e 47.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada.
Orientamos os serviços prestados pela nossa faculdade.

3° Paciente L.B.P., sexo masculino,51 anos.


Diagnóstico: Arritmia Cardíaca, paciente consciente, orientado, hidratado,
contactuando. Sentado em poltrona.
Exame Clínico: identificamos que o paciente faz uso de prótese parcial
removível, apresentando ausência de coroa clínica do terceiro molar inferior direto
(48), raiz residual prótese mau adaptada, causando lesão gengival nesta área.
Procedimento: Higienização da cavidade oral, com espátula de madeira e
gaze estéril, gluconato de clorexidina 0,12% diluída em água filtrada. Orientamos a
procurar nossa faculdade após alta, para tratamento odontológico.

Após nossa permanência na U.T.I fomos direcionados ao setor da pediatria


do hospital, conhecemos a brinquedoteca e as crianças internadas.

11/04/2019: - Setor da Pediatria - 3° Andar Hospital Mandaqui


Visitamos a Unidade de Internação Infantil, realizando orientações às
mães, quanto à importância da higienização oral da criança mesmo durante o período
de Internação.
Podemos perceber a deficiência e a falta de orientação sobre a importância
da realização de higiene oral desde o primeiro mês de vida da criança. Buscamos
sanar as dúvidas e estimular as mães a realizarem o procedimento de escovação oral
e limpeza da cavidade nos seus filhos, salientando os benefícios trazidos com a
realização da higiene não somente benefícios orais como limpeza, sensação de bem
estar e cuidado, mas também como um importante auxílio em sua recuperação
promovendo através dessa técnica a eliminação e diminuição da proliferação
114

bacteriana dentro da cavidade oral, um ambiente hospitalar. Um fator importante que


chamou atenção de toda nossa equipe foi que a mãe realizava higienização da
cavidade oral do bebê com água e açúcar. Realizado então orientações sobre a
maneira correta.

1ª Paciente L. G. S., idade sexo masculino, 8 anos.


Diagnostico: Consciente, orientado, contactuando, hidratado,
normocorado. Sofreu uma queda da janela, fratura exposta em braço direito,
Procedimento: Realizamos orientações referentes à importância de uma
boa higiene bucal.

2° Paciente – J.L, sexo masculino, 11 anos.


Diagnóstico: Processo infeccioso após mordida de um canino, em
prontuário constatamos o registro da presença de bactéria oculta na corrente
sanguínea. Paciente consciente, orientado, contactuando, hidratado, normocorado.
Internado há mais ou menos 14 dias para tratamento da infecção com
antibioticoterapia. Local da infecção joelho de membro inferior esquerdo.
Realizamos a orientações sobre correta higienização bucal, explicando
para criança e para mãe.

3°Paciente- A. V. B., sexo feminino,8 meses.


Diagnóstico: edema em olho direto A/E (a esclarecer). Apresentando
edema + hiperemia na região orbital direita, com queixa de cefaleia intensa. Após
anamnese constatamos a presença de uma linha alba bem definida e em língua
(esbranquiçada), provável candidíase.
Procedimento: Realizamos a higienização da cavidade bucal com espátula
de madeira, gaze umedecida em água. Reforçamos tanto para a mãe quanto para a
criança a importância de se manter uma boa higiene bucal.

25/04/2019: - 1º Paciente C.A., sexo masculino.53 anos


115

Diagnóstico: Trauma por agressão física. Acamado, recebendo sedação


Fentanil em bomba de infusão apresenta múltiplas fraturas e hematoma subdural.
Mantendo Intubação traqueal.
Procedimento: Higienização oral com espátula de madeira, gaze e
Gluconato de clorexidina solução oral a 0,12%.

2º Paciente J. S. S.,18 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acordado, confuso, restrito no leito, recebendo medição em
bomba de infusão para analgesia.
Exame Clínico: Paciente edêntulo.
Procedimento: Realizado higiene oral com boneca de gaze e Gluconato de
clorexidina solução oral a 0,12%.

02/05/2019 -1º Paciente N.J.D.R. 48 anos, sexo masculino.


Diagnostico: Deficiente Mental + Etilismo + Convulsão. Paciente
consciente, confuso, hidratado, normocorado, contactuando. Dieta por sonda
nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame clínico:
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira +
gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze, mais água mineral.
Realizado aplicação de laser em afta localizada na região intrabucal do elemento 23,
de baixa intensidade (3 J), luz vermelha, durante 60 segundos.

2º Paciente S.G.O.M.,60 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mastectomia a
esquerda, desconforto respiratório, CA de Mama direita à esclarecer. Paciente
acamada, entubada, respiração por ventilação mecânica, hipocorada, não
respondendo a estímulos verbais. Dieta por sonda nasoenteral. Medicação controlada
por bomba de infusão.
Exame clínico:
116

Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira,


gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze e água mineral da,
com dificuldade devido a presença do tubo endotraqueal.

3º Paciente P.C.D., 81 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Marcapasso a direita. em repouso absoluto. consciente,
orientado, eupnéico, normocorado, contactuando. medicação controlada por bomba
de infusão. Dieta pastosa por via oral. Realizado higienização da cavidade bucal +
com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com
gaze + água mineral do paciente, da prótese total utilizando cureta de Gracey

16/05/2019 - 1º Paciente R.M.M.,81 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Trauma por queda da própria altura + Alzheimer + HÁ +
Fratura de Fêmur. Acamada, entubada, respiração mecânica, consciente, não
respondendo a estímulos verbais, hipocorada, fazendo uso da medicação controlada
por bomba de infusão.
Exame clínico: Apresentando xerostomia na cavidade bucal,
Procedimento: Orientamos a paciente quanto ao processo de higienização
que iriamos realizar. Mesmo apresentando resistência involuntária, realizamos a
higienização com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina a 0,12%,
concluindo com limpeza com gaze e água mineral da pacte.

2º Paciente M.I.L.P.,71 anos, sexo feminino.


Diagnostico: Cálculo na Vesícula + C.A a esclarecer + Hemorragia
Digestiva Alta. consciente, orientada, eupnéica, ictérica, emagrecida, contactuando.
Refere que foi realizado um procedimento cirúrgico para remoção dos cálculos, mas
não foi feito o procedimento, retirado tecido para biopsia para confirmação de
diagnóstico, em uso de O2 contínuo, em uso de sonda nasogástrica.
Exame clínico: Faz uso de prótese dentária removível.
117

Procedimento: Com sua autorização, realizamos a higienização da


cavidade bucal com espátula de madeira + gaze + Gluconato de clorexidina e
concluída com gaze + água mineral da paciente, e higienização da prótese

3º Paciente O. N. K.,60 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Queda da própria altura. Consciente, orientada, hipocorada,
hidratada, não contactuando, recebendo medicação controlada por bomba de infusão
Exame clínico: Higiene bucal precária, presença de cálculo.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula + gaze + Gluconato
de clorexidina a 0,12%, concluído com gaze + água mineral da paciente.

4º Paciente E.C., 50 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Choque Séptico Pulmonar + TCE grave + Etilismo.
Consciente, confuso, hipocorado, responde pouco a estímulos verbais. Recebendo
medicação controlada por bomba de infusão. Dieta por sonda nasoenteral, sialorreia
em excesso.
Exame clínico: Saliva espessa.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula + gaze + Gluconato
de clorexidina a 0,12%, concluído com gaze + água mineral da paciente.

5º Paciente G. R. S. F., 22 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Pneumonia + Dependente de Drogas. Entubado, respirando
por ventilação mecânica. Medicação controlada por bomba de infusão. Consciente,
confuso, respondendo a estímulos, abertura ocular lenta. Dieta por sonda nasoenteral,
Exame clínico: Cavidade bucal ressecada
Diagnóstico: Realizado higiene da cavidade bucal com espátula de
madeira, gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluída com gaze + água mineral.

6º Paciente J. F. L., 57 anos, sexo masculino.


Diagnóstico; Acidente Vascular Cerebral. Acamado, consciente, confuso,
emagrecido, hipocorado, respondendo pouco a estímulos verbais. Dieta por sonda
nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
118

Exame clínico: Presença de leões na mucosa, ausência de elementos


(34,36,42,47, raiz residual 37, presença de cálculo dentes anteriores, retração
gengival nos elementos 11,12,13,21,22,23,31,32,33,41,43,44.
Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina a 0,12%, com dificuldade. Aplicação de laser de baixa intensidade (3J) na
cor vermelha por 90s.

Data:23/05/2019 - 1º Paciente V. E. S., 80 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: IAM, pneumonia., acamado, consciente, confuso,
respondendo pouco a estímulos verbais, desidratado.
Exame Clínico: Apresentando língua seborreica por higiene bucal precária.
:Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina 0,12%, removido bastante conteúdo da degradação alimentar da sua
língua, com sucesso, concluído com gaze, água mineral. Aplicação de laser de baixa
intensidade (3J) na cor vermelha por 90s.

2º Paciente - O. S. S., 48 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: DPOC, endocardite bacteriana., acamado, consciente,
desorientado no tempo e espaço, entubado, respiração por ventilação mecânica. Dieta
por sonda nasoenteral. Medicação controlada por bomba de infusão.
Exame Clínico: Higiene bucal precária, lesões em mucosa jugal, comissura
labial.
Procedimento: Higienização com espátula de madeira, gaze, Gluconato de
clorexidina 0,12%, concluída com gaze e água mineral. Aplicação de laser de baixa
intensidade

3º L.R.S., 51 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Obstrução Vascular em MIE + HAS + ETILISTA + tabagista,
dependente de drogas. Consciente, orientado, eupnéico, hidratado, normocorado,
contactuando. recebendo medicação por bomba de infusão.
119

Exame clínico – Higiene precária, Ausência dos elementos posteriores em


sua arcada direita e esquerda superior; em arcada inferior ausência dos elementos
43,44,46, 35 e 36. Presença cálculo nos elementos demais elementos.
Procedimento: Orientamos quanto a técnica de higiene, raspagem e
alisamento radicular.

30/05/2019 - 1º Paciente F.T.C., 40 anos, sexo masculino.


Diagnostico: Traumatismo Crânio Encefálico. Consciente, orientado,
hidratado, normocorado, contactuando. Medicado por bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em comissura labial, dorso da língua e Xerostomia.
Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira,
gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze umedecida em água
mineral. Realizado aplicação do laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de
baixa intensidade (3 J), luz vermelha durante 60 segundos.

2º Paciente M.C.S. sexo masculino, 75 anos.


Diagnostico: Abdômen Agudo. Paciente consciente, hidratado,
hipocorado, respondendo a estímulos verbais. Em uso de O2 contínuo, por cateter
nasal. Medicado por bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em mucosa, lábio superior e inferior.
Procedimento: Higiene da cavidade bucal com espátula de madeira, gaze
e Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze e água mineral Aplicação
de laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa intensidade (3 J), luz
vermelha, durante 60 segundos.

3º Paciente R.P.G., 87 anos, sexo feminino.


Diagnostico: Queda da Própria Altura. Paciente consciente, confusa,
hidratada, normocorada, respondendo pouco a estímulos verbais, em alguns
momentos agitada. recebendo dieta por sonda nasoenteral. Medicação controlada por
bomba de infusão.
Exame Clínico: Lesões em mucosa, xerostomia.
120

Procedimento: Higienização da cavidade bucal com espátula de madeira,


gaze, Gluconato de clorexidina a 0,12%, concluímos com gaze, água mineral.
Realizamos aplicação de laser em pequenas lesões da cavidade bucal, de baixa
intensidade (3 J), luz vermelha, durante 60 segundos.
Avaliação individual
Minha percepção durante os dias de estágio no que diz respeito ao
combate de infecção bacteriana e patologias virais, observei que existe debilidade de
recursos humanos e critérios por parte do setor de infectologia do hospital. Percebo
que apesar da tentativa dos profissionais que atuam nestes setores buscarem
minimizar os riscos aos quais os pacientes estão expostos apresentam dificuldades
para alcançarem seus objetivos durante a assistência prestada, utilizando muitas
vezes de recursos próprios (técnicos) e adaptação de materiais fornecidos, na
tentativa de alguma forma se enquadrar nas diretrizes do S.U.S.
121

Tatiane Cristine Ribeiro – Diário de campo

14/03/2019: Realizamos nosso primeiro encontro dia 14/03 com a


professora /supervisora do estágio Maria Luisa Makabe, na sala de reunião da
Faculdade Anhanguera –Unidade Santana, momento no qual recebemos as
orientações pertinentes ao estágio. Entregamos ficha e toda documentação
necessária para que pudéssemos iniciar na semana seguinte (21/03/19) no Hospital
Mandaqui.

21/03/2019 - 1º Paciente: O.G., 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (aguardando cirurgia para colocar o
marcapasso)
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

2º Paciente: J.S., 75 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Não foi possível localizar prontuário
Exame Clínico: Paciente inconsciente em primeiro momento e ao acordar,
desorientado, confuso, amarrado ao leito e emagrecido.
Procedimento: Realizado parte da higienização oral com Gluconato de
clorexidina, pois o mesmo não quis colaborar para o mesmo.

Durante visita ao Conjunto Hospitalar Mandaqui, conhecemos parte do


hospital, maternidade, pediatria e UTI, sendo este último o local onde atuamos por
pouco tempo, mas que realmente nos deu uma noção do quão importante é o trabalho
odontológico nesse setor, visto que é impossível um acamado conseguir fazer sua
própria higiene e muito menos a bucal.
Ficamos aproximadamente por uma hora no recinto, tempo esse, que foi
utilizado para termos uma noção das necessidades de alguns pacientes e das
122

possibilidades, ainda que poucas também, de um trabalho produtivo e minimamente


invasivo.
Apesar de, aparentemente, ser um setor organizado, não localizamos as
fichas dos pacientes, sendo assim nos orientamos pelos nomes escritos próximos aos
leitos e as informações foram poucas, pois a maioria estava inconsciente.
Entre um paciente e outro notamos que 80% dos leitos estavam pessoas
de idade avançada, acima dos 60 anos e quando questionamos o motivo aos
funcionários, fiquei surpresa, pois queda, e geralmente, da própria altura, é o que
prevalece, traumatismo.
Antes de finalizarmos a visita ao hospital, passamos pela ala da
maternidade e infantil, porém muito rápido e com pouquíssimo contato, mais para
termos uma noção e ideia do que podemos fazer para os próximos dias de estágio.

28/03/2019 - 1º Paciente: O.G., 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (continua aguardando cirurgia para
colocar o marcapasso)
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

2º Paciente: J.C.R, 64 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (aguardando cirurgia para colocar o
marcapasso)
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento, porém de repouso absoluto.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

3º Paciente: V.S., 72 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC)
Exame Clínico: Paciente pouco confuso e desorientado.
123

Procedimento: Após explicação do procedimento, o mesmo consentiu,


porém ao sentir o gosto amargo do Gluconato de clorexidina, não mais colaborou com
o procedimento, sendo assim, não foi possível a realização por completo.

4º Paciente: M.H.G., 54 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Esquizofrênica
Exame Clínico: Paciente totalmente desorientada e confusa, sem raciocínio
lógico, porém colaborou com o procedimento.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina.
Paciente amarrada à cama.

5º Paciente: J.C.S., 79 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Traumatismo Craniano por queda
Exame Clínico: Paciente pouco confuso e desorientado, após explicação
do procedimento, o mesmo colaborou, porém possuía restrição de abertura.
Procedimento: Realizado hidratação dos lábios (superior e inferior) com
água e higienização intrabucal com Gluconato de clorexidina.

Senti que foi bem produtivo o dia de hoje, pois conforme iniciávamos nossa
apresentação ao paciente e o procedimento, nossa tutora nos trazia as informações
da causa da internação e com isso poupávamos tempo e com essa otimização de
tempo, conseguimos atender bem mais pacientes.

04/04/2019 - 1º Paciente: M.H.R.S., 68 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Laparoscopia com retirada de Câncer no Intestino
Exame Clínico: Paciente consciente, porém acamada, debilitada pela
cirurgia, deprimida, mas comunicativa e colaborativa com o tratamento.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.
124

2º Paciente: O.G., 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (continua aguardando cirurgia para
colocar o marcapasso)
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento.
Procedimento: Realizado a raspagem dos elementos dentários anteriores
e posteriores (12, 13, 14, 15, 16, 32, 31, 41 e 42) e higienização oral com Gluconato
de clorexidina, orientação sobre escovação e uso do fio dental.

Foi um tanto pesado o dia de hoje, pois logo que adentramos a UTI, fomos
informados do caso de duas pacientes que não atenderíamos por serem internações
resultantes de AVC (Acidente Vascular Cerebral)jovens, mas o que mais me chamou
atenção foi o fato de uma delas ser muito jovem, 21 anos, e após a cirurgia para
correção do AVC Isquêmico, ao entrar na UTI, a mesma sofreu um AVC Hemorrágico
e entre um atendimento e outro, ambas, tiveram a declaração de morte cerebral.
Além disso, logo no início a primeira paciente estava emocionalmente
abalada e o contato visual e verbal, foi de extrema importância para o atendimento e
procedimento e em relação à paciente que fizemos a raspagem, foi gratificante ouvir
a obrigada e apesar das circunstâncias, sentir que a mesma estava feliz pelo
atendimento.

11/04/2019 - 1º Paciente: M., 10 meses, sexo masculino.


Diagnóstico: Pneumonia
Exame Clínico: Paciente consciente e ativo, com 8 dentes anteriores (75 e
85 não erupcionados).
Procedimento: A mãe já faz uso da higienização bucal com escova macia
após as refeições. Reforço na orientação quanto ao uso de dentifrício sem flúor,
escova extra macia e de cabeça pequena.

2º Paciente: A., 27 dias, sexo feminino.


Diagnóstico: Infecção Urinária
Exame Clínico: Paciente consciente e ativa, edêntula.
125

Procedimento: A mãe não faz uso da higienização bucal e sem


conhecimento da necessidade. Mãe orientada na forma de realização da higienização
da cavidade bucal e a importância do mesmo. Técnica realizada na paciente para
demonstração e retirada da saburra lingual que possuía.

3º Paciente: A., 10 meses, sexo feminino.


Diagnóstico: Estomatite Aftosa
Exame Clínico: Paciente consciente e ativa, com 4 dentes centrais (51, 61,
71 e 81) hígidos e totalmente erupcionados.
Procedimento: A mãe não faz uso da higienização bucal com escova.
Orientada sobre a importância da escovação e higienização intrabucal, também
orientada a fazer uso de dentifrício sem flúor, escova extra macia e de cabeça
pequena apenas nos elementos dentários.

Ao conversar com as mães, notei que muitas nunca haviam imaginado que
é necessário a higienização bucal do bebê e a importância que isso tem para a saúde
como um todo da criança e algumas delas, já era o 3º ou 4º filho, resumindo a falta de
conhecimento não é só por parte das mais novas ou por ser o primeiro filho, mas
porque nunca ouviram sobre o assunto.

25/04/2019 - 1º Paciente: N.G.L., 81 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Traumatismo Craniano por queda
Exame Clínico: Paciente inconsciente e entubado, com ressecamento dos
lábios.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina e
hidratação com água nos lábios.

2º Paciente: O.G., 78 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Insuficiência Cardíaca (continua aguardando cirurgia para
colocar o marcapasso)
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento.
126

Procedimento: Realizado acompanhamento durante a escovação e uso de


enxaguante bucal (Gluconato de clorexidina).

3° Paciente: G.F.S., 29 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Depressão com tentativa de suicídio por ingestão de
Nortriptilina em excesso
Exame Clínico: Paciente consciente, orientado, comunicativo e
colaborativo com o tratamento, porém amarrado à cama com restrição de objetos e
pertences pessoais.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre a higienização bucal e uso do fio dental.

É notório que um paciente entubado possui ressecamento nos lábios e a


falta de informação prejudica ainda mais o paciente nesse estado, pois acaba gerando
feridas, o que pode agravar.
Infelizmente não temos contato com os familiares para dar a orientação
necessária, pois parece pouco, mas para quem está naquela situação, acamado, faz
uma grande diferença.

26/04/2019 – Visando a elaboração do material para uso no dia 09/05/2019,


data esta que escolhemos para atendimento diferenciado em homenagem ao Dia das
Mães na maternidade no Conjunto Hospitalar do Mandaqui, nosso atendimento
ocorreu nessa ala.
Fizemos palestras e trocamos experiências orientando sobre a importância
e forma da higienização bucal do bebê desde os primeiros dias de vida. Entre
palestras e bate papo com as mães, entendemos que o material tem que ser claro,
objetivo e ilustrado, para melhor compreensão de todas, pois é um setor que tem o
público mais diversificado de cultura e costumes.
Após finalizamos todos os quartos da maternidade, fomos conhecer o M.,
18 anos, que está internado, ou melhor, mora no hospital, desde 2004, pois após ser
atropelado perdeu os movimentos do pescoço para baixo depende de um aparelho
conectado à garganta para respirar.
127

02/05/2019 - 1º Paciente: M.S.N., 56 anos, sexo feminino.


Diagnóstico Insuficiência respiratória e Pneumonia em decorrência de
complicações por uma abdominoplastia.
Exame Clínico: Paciente estava consciente, porém acamada, debilitada
pela cirurgia que havia sido orientada por outro médico a não realizar devido ao
tabagismo.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
raspagem dos elementos dentais anteroinferior, orientação sobre escovação e uso do
fio dental.

2º Paciente: G.G.L., 18 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Hiperglicemia
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental. Suspeita de lesão de cárie no
elemento 24, sendo assim foi orientada a consultar o seu dentista após alta do
hospital.

3º Paciente: L.F.O., 39 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Traumatismo do Fêmur por queda no trabalho
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativo e
colaborativa com o tratamento.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

As pessoas em nome da beleza se sujeitam a procedimentos duvidosos e


desnecessários, outras, mesmo sabendo que não podem ingerir determinados
alimentos, o fazem em nome de um prazer e alguns, dão tanta prioridade ao trabalho,
que esquecem da própria saúde.
128

Durante o atendimento de hoje, a cada caso, me surpreendi com as


histórias e percebi que ao mesmo tempo que o corpo humano é uma máquina perfeita,
também é frágil e requer cuidados simples, mas que fazem a diferença.

09/05/2019 – Realizado palestras na ala da maternidade com informações,


orientações e uma singela homenagem ao final parabenizando-as pelo dia das mães
que se aproxima (12/05/2019), com uso de placas com ilustrações e frases curtas e
objetivas, voltadas para a importância e forma da higienização bucal do bebê desde o
primeiro dia de vida, amamentação e estímulo à sucção, esclarecimentos sobre mitos
e verdades desde o puerpério até a fase do nascimento de todos os elementos
decíduos.

23/05/2019 - 1º Paciente: P.C.S., 39 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Infarto e início de Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Exame Clínico: Paciente estava consciente e de alta hospitalar,
aguardando familiar para liberação.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

2º Paciente: E.T.R., 54 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Câncer de Peritônio
Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e
colaborativa com o tratamento, usuária de prótese total superior, porém não estava
com a mesma.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
e aplicação de 3J potência por 60 segundos de laser de baixa intensidade luz
vermelha nos lábios que estavam ressecados, orientação sobre escovação e uso do
fio dental.

3º Paciente: L.E.G., 66 anos, sexo feminino.


Diagnóstico: Infarto
129

Exame Clínico: Paciente consciente, orientada, comunicativa e


colaborativa com o tratamento, diabete controlada.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina,
orientação sobre escovação e uso do fio dental.

Comparando o olhar de uma pessoa que estava acamada e outra que já


sabia da alta, é explícito a alegria e o brilho no olhar de quem sairá e prometendo
fazer diferente, cuidar mais do corpo e da saúde.
Com o primeiro paciente, foi nítido a felicidade logo de início e durante a
conversa, percebi que o mesmo estava arrependido por um dia ter fumado,
arrependimento esse que bateu quando imaginou que poderia ter deixado 5 filhos sem
um pai.

30/05/2019 - 1º Paciente: J.P.R.V., 39 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Trombose Aguda na perna direita.
Exame Clínico: Paciente estava consciente, porém de repouso pós
cirúrgico, comunicativo e colaborativo com o tratamento. Fumante desde os 20 anos
e usuário de prótese total há 3 anos.
Procedimento: Realizado apenas a higienização oral com Gluconato de
clorexidina, pois estava sem a prótese no momento, orientação sobre escovação e
higienização intrabucal.

2º Paciente: C.S.B., 41 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Múltiplas fraturas em decorrência de atropelamento
Exame Clínico: Paciente um pouco confuso e desorientado, com gesso nas
pernas e braço direito, lesões na face, mucosa labial e gengival.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina e
aplicação de 3J potência por 60 segundos de laser de baixa intensidade luz vermelha
na mucosa labial, gengiva superior vestibular e palatina e nariz.

3º Paciente: N.P., 82 anos, sexo masculino.


Diagnóstico: Insuficiência Respiratória
130

Exame Clínico: Paciente consciente, orientado, comunicativo e


colaborativo com o tratamento, porém em repouso, pois relatou que é hipertenso
controlado e diabético, usuário de prótese total, mas não estava com a mesma no
momento e portador de melanoma.
Procedimento: Realizado higienização oral com Gluconato de clorexidina e
orientação sobre a higienização da cavidade bucal.

A cada fumante que encontrei na UTI e conversei, o arrependimento por


fumar é claro e esses mesmos pacientes fazem questão de falar.
Fora o receio de sorrir por não ter os dentes, cartão de visita para todo ser
humano e para isso, todos, são unânimes do no sentimento.
Cuidar desse sorriso fará parte do nosso dia a dia e a prevenção é o melhor
tratamento.
131

REFERÊNCIAS

ADMGUIA. Programa Brasil Sorridente 2019 – Tratamento dental gratuito?


Confira! Guia do Corpo, 2019. Disponivel em: <https://guiadocorpo.com/programa-
brasil-sorridente-2019/>. Acesso em: 21 Março 2019.

BORBAI, G. S. D.; II, F. J. K. N. Gestão Hospitalar: identificação das


práticas de aprendizagem existentes em hospitais. Scielo, 2007. Disponivel em:
<https://www.scielosp.org/article/sausoc/2008.v17n1/44-60/>. Acesso em: 03 abr.
2019.

CHIORO, A. PORTARIA Nº 1.646, DE 2 DE OUTUBRO DE 2015.


Ministério da Saúde, 2015. Disponivel em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1646_02_10_2015.html>.
Acesso em: 20 maio 2019.

DATASUS. e-SUS. DATASUS Departamento de informática do SUS,


2018. Disponivel em: <http://datasus.saude.gov.br/projetos/50-e-sus>. Acesso em: 20
maio 2019.

HOSPITAL do Mandaqui fica à deriva. Diretoria fecha o “Conselho Gestor”.


DiárioZonaNorte, 21 dez. 2018. Disponivel em:
<https://www.diariozonanorte.com.br/hospital-do-mandaqui-fica-a-deriva-diretoria-
fecha-o-conselho-gestor/>. Acesso em: 05 abr. 2019.

MANDAQUI. conjunto Hospitalar do Mandaqui, 2017. Disponivel em:


<http://www.hospitalmandaqui.com.br/>. Acesso em: 10 Abril 2019.
132

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Bucal Caderno de Atenção Básica, n°


17. l.° edição. ed. Brasília: [s.n.], 2008.

PADILHA, A. R. S. PORTARIA Nº 3.390, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2013.


Ministério da Saúde, 2013. Disponivel em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3390_30_12_2013.html>.
Acesso em: 02 Abril 2019. Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar
(PNHOSP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se as
diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde
(RAS).

PANTANO, M. Senado torna obrigatória presença de Cirurgiões-Dentistas


no ambiente hospitalar. APCD, 2019. Disponivel em:
<http://www.apcd.org.br/index.php/noticias/1416/em-foco/26/04/2019/senado-torna-
obrigatoria-presenca-de-cirurgioes-dentistas-no-ambiente-hospitalar>. Acesso em: 20
abr. 2019.

TODA POLÍTICA. O que são as políticas públicas de saúde? TODA


POLÍTICA, 2017. Disponivel em: <https://www.todapolitica.com/politicas-publicas-de-
saude/>. Acesso em: 05 maio 2019.

Você também pode gostar