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Exames complementares de interesse na odontologia

Os exames complementares fornecem informações necessárias para a realização do


diagnóstico de uma determinada alteração ou doença. Vale ressaltar que a realização ou
solicitação de um exame complementar devem ser direcionar levando-se em consideração os
dados obtidos através da anamnese e exame clinico, sabendo exatamente o que pretendesse
obter e conhecendo corretamente o valor e limitações do exame solicitado. Os exames
complementares mais utilizados na odontologia são os relacionados a hemostasia, os
hemogramas, os exames sorológicos, os radiográficos e a biópsia.

Relacionados a hemostasia
Dentre os inúmeros exames laboratoriais que analisam a hemostasia destacam-se o TAP (RNI)
e o TTPA, que “resumem” as vias extrínseca e intrínseca da coagulação, respectivamente. O
coagulograma é um conjunto de testes que visa uma análise geral da hemostasia do paciente
muito utilizado e pré-requisito em exames pré-operatórios. O coagulograma engloba o Tempo
de Sangramento, Tempo de Coagulação, TAP (RNI), TTPA, e a Contagem de Plaquetas.

 Tempo de Sangramento
Avalia o tempo necessário para se formar um tampão plaquetário inicial. É um teste que
tem pouco efeito preditor de sangramento cirúrgico, uma vez que é afetado pelo
hematócrito, grau de hidratação, e uso de agentes antiagregantes. Não deve ser usado de
rotina para avaliar coagulabilidade em pacientes sem história pregressa ou familiar de
discrasia.

 TEMPO DE TROMBOPASTINA PARCIAL ATIVADA ( TTPA )

Detecta anormalidades na via intrínsica. Ou seja, avalia a funcionabilidade dos fatores XII,
XI, IX, VIII, X e II. Para que se tenha um resultado alterado, é preciso uma atividade dos
fatores abaixo de 30%. No uso prático, tem sua principal função na monitorização do uso
de heparina não fracionada ou no diagnóstico de coagulopatias congênitas, como a
Hemofilia A ( deficiência do fator XIII) e hemofilia B ( deficiência do fator IX)

 TEMPO DE PROTAMINA ( TAP )

Para a realização deste exame, utiliza-se um pouco de plasma e adiciona-se cálcio e o reagente
tromboplastina, que contém fator tecidual. Avalia-se a via extrínsica, principalmente fator VII e
X. Usa-se uma padronização entre laboratórios, o RNI, ou Razão Normatizada Internacional,
apresentando valores normais entre 0,8 e 1,2. É um teste usado para monitorar a terapia de
anticoagulantes orais, como warfarin, que afeta a via final da síntese de fatores depedentes de
vitamina K. Vale lembrar que níveis altos de heparina podem também afetar este exame.
Quando observamos em um paciente a presença de alteração de TAP e TTPA, a primeira vista,
deve-se pensar em um defeito na via comum de coagulação, como por exemplo um defeito no
fibrinogênio.

 CONTAGEM DE PLAQUETAS

É um teste quantitativo e realizado por contagem de partículas eletronicamente ou por


visualização direta. A acurácia é bastante grande nos casos de uso de aparelhos. Deve-se
cuidar para a possibilidade de resultados baixos quando se há agregação plaquetária em
excesso ou reação de plaquetas e anticoagulante do frasco de coleta. O valor normal varia
entre 150.000 e 350.000 mm3 por media de 250.000 mm3 litros de sangue.

Relacionados aos Hemogramas


O hemograma completo é um tipo de exame de sangue feito para medir a
saúde geral do paciente. É muito usado para diagnosticar distúrbios como
anemia, doenças autoimunes e leucemia. O exame consiste na medição
dos níveis de glóbulos vermelhos (hemácias), brancos (leucócitos) e
plaquetas.
Valores Normais:

Hemácias: 4,00 a 6,00 tera/L

Leucócitos: 4.500 a 10.000 / mm3 de sangue

Plaquetas: 150.000 a 400.000 / mm3 de sangue

Exames sorológicos
Os testes serológicos são exames realizados com amostras de sangue, sobretudo, para
detectar a presença de anticorpos gerados pelo sistema imunitário contra antigénios
pertencentes a agentes infecciosos, de modo a determinar a sua quantidade ou concentração.
O principal uso do exame sorológico é para indicar se o organismo já teve contato com algum
dos determinados agente infecciosos:

vírus HIV,

causador da AIDS,

o vírus causador da dengue,

o vírus causador da raiva,

o vírus causador da herpes simples,

protozoários causadores da leishmaniose

protozoário causador da toxoplasmose

Exames Radiográficos
É utilizada para a avaliação de lesões bucais é principalmente utilizada quando afetam tecido
ósseo, principalmente maxila e mandíbula. Em determinadas situações, a radiografia será
conclusiva, como na detecção de corpos estranhos, dentes retidos, anadontias parciais,
fraturas radiculares e anomalias de posição.
Biópsias
É um procedimento cirúrgico simples, rápido e seguro, em que parte da lesão ou toda
a lesão de tecido mole ou ósseo é removida, para estudo de suas características
microscópicas. A biópsia permite fazer uma correlação entre os achados clínicos e
histopatológicos determinando, na grande maioria dos casos, o diagnóstico definitivo.

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