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Aula 1 : Aqui você vai aprender o básico sobre:

 Web ou WWW;
 Links;
 Website;
 URL.

Imagine que a Internet tem vários ambientes. O ambiente que você se encontra
agora é chamado Web ou WWW, que significa World Wide Web, ou,
traduzindo, teia mundial.
O conceito de web ou teia representa exatamente o que a Internet é: uma
grande teia de cabos e comunicações via satélite ligando servidores e micro-
computadores de todo o mundo entre si através do padrão de comunicação da
Internet. Mas isso é muito técnico (para dar uma olhada na arquitetura da
Internet, visite o site The Big Picture, ok?), e você não precisa se preocupar
com detalhes técnicos agora. O que é importante você saber é que, na Web,
você pode navegar de um lugar para outro apenas clicando nos links.
O que são links? Os links são pontos de conexão entre diferentes partes de
texto de um mesmo website ou entre diferentes websites.
O que é website? Website é um lugar no ambiente Web da Internet que é
ocupado com informações (texto, fotos, animações gráficas, sons e até vídeos)
de uma empresa ou de uma pessoa. Cada website tem uma URL, que siginifica
Uniform Resource Location, ou, traduzindo, local uniforme do recurso. Uma
URL é um endereço virtual que indica exatamente onde as informações da
empresa ou da pessoa se encontram e geralmente tem o formato
www.nomedoprovedor.com.br/seunome ou www.dominioproprio.tipododominio.br.
Mas, voltemos aos links. Na hora em que você clica em um link, a Internet o
transporta para uma nova posição de texto, que tanto pode ser no website que
você está visitando ou em outro website que tenha relação com o que você está
visitando. Um link é comumente indicado por uma palavra sublinhada que faz
referência a uma outra palavra ou parte de texto. Um link é também indicado
por uma mudança gráfica no mouse. Observe que quando o mouse do micro é
movido, é possível ver a posição que ele aponta na tela através de uma seta. Pois
bem: quando o mouse passa por um link, esta seta se transforma numa
mãozinha. Esta mãozinha significa que você poderá ir para outro lugar na site
ou em um diferente site se clicar no botão esquerdo do mouse em cima da
palavra do link, entende?
Observe que no final de cada página do A.I.S.A. nós mostramos uma série de
destinos para sua navegação. Se você estiver fazendo este auto-estudo pela
primeira vez, prefira não usá-los. Será importante para o seu aprendizado que
você siga a sequência que preparamos para você. Mas se você está retornando a
este site, saiba que eles funcionam como atalhos para os seus destinos a partir
exatamente dos links que criamos.

Para acessar a Internet, você precisará obrigatoriamente de:


 hardware
 software
 linha telefônica
 e uma conta num provedor Internet

: Você abriu sua conta no provedor de acesso e agora está ávido(a) para acessar
a Internet! Ótimo! Só que antes vamos conversar um pouquinho sobre sua
segurança, ok?

Dica 1: Não divulgue o login e a senha da sua conta Internet para ninguém. Eles
são privativos e individuais, a exemplo da sua senha de conta bancária. E você é
responsável por qualquer ação realizada com seu login. Isto inclui, por exemplo,
ações de hackers destinadas a danificar sites e servidores e tentativas de
ligação a cobrar para os provedores, práticas nocivas e proibidas no
relacionamento entre internauta e provedor (sim, os provedores de acesso tem
relatórios de acesso de clientes e podem acompanhar acessos de
comportamento anormal ou indevido).

Dica 2: Nunca clique no campo de "Salvar senha" (indicado abaixo com a seta
vermelha) da sua janela de dial up (programa do Windows para acessar a
Internet). Existem hackers que podem capturar sua senha caso você a
mantenha salva e ativa no seu microcomputador.

Dica 3: Nunca clique no campo de "Remember Password" ou "Lembrar Senha"


(indicado abaixo com a seta vermelha) da sua janela de login de caixa postal ou
correio eletrônico. Existem vírus poderosos que entram no seu
microcomputador por esta brecha.
Dica 4: Falando em vírus, eles são literalmente uma peste. Existem aos
milhares (veja a Enciclopédia de Vírus (em inglês) e as informações (em
português) do Centro de Educação Antivírus da Symantec), entram no seu
microcomputador ao menor descuido, multiplicam-se sem licença e só causam
aborrecimentos. Por isso, tenha todo cuidado para estar sempre seguro(a)
contra eles. O principal é saber que vírus é "um programa de computador que
foi desenvolvido intencionalmente para se associar a outro programa de
computador, de forma que quando este programa roda o programa do vírus
também roda, replicando-se indefinidamente por associar-se a outros
programas". Imagine o estrago que ele pode causar desta forma... Um vírus
pode entrar no seu microcomputador através de um programa infectado do tipo
.exe, .doc, .xls, .ppt ou pelo setor de boot. Navegar pela Web ou enviar e
receber e-mails em si não pode contaminar seu micro com um vírus. Mas alguém
pode lhe enviar um vírus atachado ou anexado em um e-mail, já que é possível
atachar qualquer tipo de arquivo a um e-mail. Mesmo assim, mesmo que você
receba um arquivo com vírus, "um vírus é um programa e, como tal, deve ser
executado para se tornar ativo. Um vírus atachado em um e-mail, portanto, não
faz nada até que você o execute, clicando duas vezes nele". Então, nunca abra
arquivos atachados, sejam eles arquivos executáveis ou arquivos de dados do
Word, Excel ou Power Point, ok?

Dica 5: E, se por acaso um vírus achou uma forma de entrar no seu


microcomputador, não se desespere. Existem programas de computador
chamados anti-vírus que localizam e corrigem os estragos feitos pelos
programas de vírus. E estão disponíveis pela Internet nos websites dos Centros
de Anti-Vírus da Symantec (site em português), da McAfee e da Computer
Associates (sites em inglês).

Dica 6: Não bastará fazer o download de um programa de anti-vírus, instalá-lo


no seu micro e depois esquecer o problema. Já que novas versões e novos vírus
são soltos todos os dias pelos autores de vírus (programadores que se divertem
com os problemas que causam aos demais), você deverá constantemente
atualizar a versão do programa de anti-vírus ativo no seu micro. Isto significa
que periodicamente você deverá ir aos sites da Symantec, da McAfee ou da
Computer Associates para fazer o download da mais nova versão do anti-vírus e
instalá-la no seu microcomputador.

Dica 7: Vírus e anti-vírus nos fazem lembrar de backup de arquivos! No jargão


de informática, fazer backup de arquivos significa copiar os arquivos de
programas e/ou de dados de um meio (normalmente o disco rígido do micro)
para outro (outro disco rígido, cd-rom ou disquetes). Este procedimento
periódico é importantíssimo para garantir que arquivos importantes não sejam
perdidos pela ação de um vírus ou de um defeito súbito no seu
microcomputador. Não esqueça!

Netiquette ou network etiquette (traduzindo, "etiqueta da rede") é a lista do


que é ok fazer e do que não é ok fazer na comunicação online. São regras
simples que devem ser seguidas a fim de facilitar a troca de mensagens e
informações entre os internautas, conservando um máximo de respeito e
cordialidade nesta grande convivência virtual.

Regra 1: Quando você se comunica através da Internet, tudo o que você vê é


uma tela de computador. Você não pode usar expressões faciais, tons de voz ou
gestos para complementar sua mensagem. Tudo o que você tem são palavras.
Então, muito cuidado com elas. Escreva e re-escreva suas mensagens pensando
em não deixar margens para interpretações dúbias. Pense também que quem vai
recebê-la é um ser humano com sentimentos e emoções. Quanto mais cordiais
suas mensagens forem, sem deixarem de ser verdadeiras, melhor!

Regra 2: Além de ser cordial, tenha cuidado com o que você escreve. Quando
você se comunica pela Internet, seja por e-mail ou através de listas de
discussão, suas palavras escritas podem ser enviadas para terceiros e/ou
armazenadas nos microcomputadores dos destinatários, fora do seu controle.
Evite escrever (e fazer!) algo que o possa comprometer no futuro.

Regra 3: Comporte-se na Internet como você se comporta fora dela. Seja ético
e não infrinja as leis.

Regra 4: Conheça o terreno. Esta regra é especialmente importante quando se


está participando de listas de discussão. Passe um período apenas "escutando"
o que os outros tem a dizer. Assim você perceberá o tom de "cada lista" e sua
participação poderá ser mais apropriada e rica.

Regra 5: Não desperdice o tempo nem a bandwidth dos outros internautas.


Selecione adequadamente os destinatários de cada uma das suas mensagens.
Não se envolva em intermináveis discussões online (saiba quando a discussão
deixou de ser produtiva). Ao construir o seu website, não o encha com
ilustrações pesadas que provocarão lentidão na sua navegação.
Regra 6: Tenha atenção com a gramática e com a ortografia na hora de redigir
suas mensagens. Toda sua comunicação será exclusivamente escrita, não
esqueça. Várias pessoas irão conhecê-lo através da Internet e é bom que
tenham uma boa impressão de você, certo?

Regra 7: Tenha atenção com o conteúdo das suas mensagens. Escreva sobre o
que você sabe com certeza ou simplesmente faça perguntas. Informação
incorreta passada via e-mail pode atingir um número imprevisto de pessoas e
deixá-lo(a) em uma situação constrangedora - evite isso.

Regra 8: Confirmando o que você já deve intuir: não use palavrão de espécie
alguma em suas mensagens.

Regra 9: Não escreva palavras inteiramente com letras maiúsculas nas suas
mensagens. Usadas para chamar a atenção em peças publicitárias e malas-
diretas tradicionais, letras maiúsculas significam que você está "gritando" a
palavra escrita. O que não é de bom tom, concorda?

Regra 10: Compartilhe o seu conhecimento pela Internet. Envie e-mails,


construa seu próprio website, troque experiências com experts (é facílimo
entrar em contato com especialistas de qualquer área pela Internet, basta
participar de listas de discussão da área desejada). Compartilhar o
conhecimento (é exatamente o que estamos fazendo no A.I.S.A.) dá grande
prazer. Compartilhar o conhecimento é tradição na Internet desde o seu início
(veja a história da Internet). Compartilhando o conhecimento, estamos
contribuindo para o enriquecimento cultural de pessoas e povos e tornando o
mundo um melhor lugar de se viver.

Regra 11: Não leia o e-mail de outras pessoas. Respeite a privacidade de cada
um.

Regra 12: Não faça spams. Spam é o envio de e-mails comerciais não
solicitados - um grave erro e fonte de problemas na Internet.

Regra 13: Ao responder um mail, mantenha o mail original do remetente para


facilitar a compreensão da mensagem.

Regra 14: Não envie arquivos com vírus atachados em seus mails. Não faça com
os outros o que você não quer que façam com você próprio.

Muita coisa? É! Mas pense que você está tendo o privilégio de se iniciar na
Internet já sabendo de antemão quais são as regras da polidez online. Isso vai
lhe garantir tranquilidade e evitar dissabores, não tenha dúvida!
Para ser um bom internauta, nada melhor do que saber com clareza o que é,
como surgiu e qual é o futuro previsto da Internet. Nesta aula, vamos ver o
que é a Internet.

No dia 24 de outubro de 1995, o Federal Networking Council norte-americano


aprovou por unanimidade uma resolução definindo o termo Internet. Esta
definição foi desenvolvida em consulta com membros da Internet e
comunidades de direitos da propriedade intelectual e diz o seguinte:

Internet se refere ao sistema de informação global que -- (i) é


logicamente ligado por um endereço único global baseado no Internet
Protocol (IP) ou suas subsequentes extensões; (ii) é capaz de suportar
comunicações usando o Transmission Control Protocol/Internet
Protocol (TCP/IP) ou suas subsequentes extensões e/ou outros
protocolos compatíveis ao IP; e (iii) provê, usa ou torna acessível, tanto
publicamente como privadamente, serviços de mais alto nível produzidos
na infra-estrutura descrita.

Hoje vivemos numa realidade de fragmentos de conhecimento. Os indivíduos


controlam as ações de partes e não mais do todo. Foco em conhecimento
pressupõe a preocupação com a eficiência financeira, melhor performance, o
objetivo de se tornar líder de mercado, o fazer mais com menos, e o ajuste a
contingências quaisquer. Conhecimento não é igual a informação. O
conhecimento, e o valor construído diariamente quando o focalizamos, é igual à
análise e à ação em cima da informação.

A Internet, como rede mundial de computadores interconectados, é um


privilégio da vida moderna para o homem moderno. É o maior repositório de
informações acessíveis a qualquer pessoa que a acesse de qualquer parte do
mundo. E o que torna a Internet tão diferente das outras invenções humanas é
o insignificante período de tempo em que ela precisou para ser usada por
milhões de pessoas. A eletricidade (1873), por exemplo, atingiu 50 milhões de
usuários depois de 46 anos de existência. O telefone (1876) levou 35 anos para
atingir esta mesma marca. O automóvel (1886), 55 anos. O rádio (1906), 22
anos. A televisão (1926), 26 anos. O forno de microondas (1953), 30 anos. O
microcomputador (1975), 16 anos. O celular (1983), 13 anos. A Internet (1995),
por sua vez, levou apenas 4 anos para atingir 50 milhões de usuários no mundo.
Hoje já temos 391 milhões de pessoas acessando a Internet. 47,5% dos
internautas de hoje tem inglês como idioma nativo. 52,5% falam outros idiomas.

A melhor história é aquela ouvida de quem fez a história. E achamos na


Internet o relato em inglês da história da Internet pelos seus próprios
idealizadores!

A Brief History of the Internet foi escrita por Barry M. Leiner, Vinton G.
Cerf, David D. Clark, Robert E. Kahn, Leonard Kleinrock, Daniel C. Lynch, Jon
Postel, Larry G. Roberts e Stephen Wolff. A tradução foi nossa (precisamos
"colonizar" a Internet em português!). O texto é longo, detalhado, mas é uma
pérola neste mar de conhecimento que é a Internet! Vejam abaixo.

Ah, e para quem quiser saber quando a Internet chegou ao Brasil, a melhor
explicação pode ser encontrada no histórico da RNP, nossa Rede Nacional de
Pesquisa, ok?

Introdução
A origem da Internet
Os conceitos iniciais da Internet
O teste das idéias
A transição para a infra-estrutura aberta
O papel da documentação
A formação da comunidade
A comercialização da tecnologia
A história do futuro

Introdução
A Internet tem revolucionado o mundo dos computadores e das comunicações
como nenhuma invenção foi capaz de fazer antes. A invenção do telégrafo,
telefone, rádio e computador prepararam o terreno para esta nunca antes
havida integração de capacidades. A Internet é, de uma vez e ao mesmo tempo,
um mecanismo de disseminação da informação e divulgação mundial e um meio
para colaboração e interação entre indivíduos e seus computadores,
independentemente de suas localizações geográficas.

A Internet representa um dos mais bem sucedidos exemplos dos benefícios da


manutenção do investimento e do compromisso com a pesquisa e o
desenvolvimento de uma infra-estrutura para a informação. Começando com as
primeiras pesquisas em trocas de pacotes, o governo, a indústria e o meio
acadêmico tem sido parceiros na evolução e uso desta excitante nova
tecnologia. Hoje, termos como nome@nomedeempresa.com.br (ou
nome@nomedeempresa.com.br, no caso do Brasil) e
http://www.nomedeempresa.com (ou http://www.nomedeempresa.com.br, no
caso do Brasil) são usados diariamente por milhões de pessoas.

Nesta análise, muitos de nós envolvidos com o desenvolvimento e a evolução da


Internet dão suas visões sobre as origens e a história da Internet. A história
envolve quatro aspectos distintos:

 a evolução tecnológica que começou com as primeiras pesquisas sobre


trocas de pacotes e a ARPANET e suas tecnologias, e onde pesquisa
atual continua a expandir os horizontes da infra-estrutura em várias
dimensões como escala, desempenho e funcionalidade de mais alto nível;
 os aspectos operacionais e gerenciais de uma infra-estrutura
operacional complexa e global;
 o aspecto social que resultou numa larga comunidade de internautas
trabalhando juntos para criar e evoluir com a tecnologia;
 e o aspecto de comercialização que resulta numa transição
extremamente efetiva da pesquisa numa infra-estrutura de informação
disponível e utilizável.

A Internet hoje é uma larga infra-estrutura de informação, o protótipo inicial


do que é frequentemente chamado a Infra-Estrutura Global ou Galáxica da
Informação. A história da Internet é complexa e envolve muitos aspectos -
tecnológicos, organizacionais e comunitários. E sua influência atinge não
somente os campos técnicos das comunicações via computadores mas toda a
sociedade, na medida em que usamos cada vez mais ferramentas online para
fazer comércio eletrônico, adquirir informação e operar em comunidade.
A origem da Internet
Os primeiros registros de interações sociais que poderiam ser realizadas
através de redes foi uma série de memorandos escritos por J.C.R. Licklider, do
MIT - Massachussets Institute of Technology, em agosto de 1962, discutindo
o conceito da "Rede Galáxica". Ele previa vários computadores interconectados
globalmente, pelo meio dos quais todos poderiam acessar dados e programas de
qualquer local rapidamente. Em essência, o conceito foi muito parecido com a
Internet de hoje. Licklider foi o primeiro gerente do programa de pesquisa de
computador do DARPA, começando em outubro de 1962. Enquanto trabalhando
neste projeto, ele convenceu seus sucessores Ivan Sutherland, Bob Taylor e
Lawrence G. Roberts da importância do conceito de redes computadorizadas.
Leonard Kleinrock, do MIT, publicou o primeiro trabalho sobre a teoria de
trocas de pacotes em julho de 1961 e o primeiro livro sobre o assunto em 1964.
Kleinrock convenceu Roberts da possibilidade teórica das comunicações usando
pacotes ao invés de circuitos, o que representou um grande passo para tornar
possíveis as redes de computadores. O outro grande passo foi fazer os
computadores se conversarem. Em 1965, Roberts e Thomas Merrill conectaram
um computador TX-2 em Massachussets com um Q-32 na California com uma
linha discada de baixa velocidade, criando assim o primeiro computador de rede
do mundo. O resultado deste experimento foi a comprovação de que
computadores poderiam trabalhar bem juntos, rodando programas e
recuperando dados quando necessário em máquinas remotas, mas que o circuito
do sistema telefônico era totalmente inadequado para o intento. Foi confirmada
assim a convicção de Kleinrock sobre a necessidade de trocas de pacotes.
No final de 1966, Roberts começou a trabalhar no DARPA para desenvolver o
conceito das redes computadorizadas e elaborou o seu plano para a ARPANET,
publicado em 1967. Na conferência onde ele apresentou este trabalho, houve
também uma apresentação sobre o conceito de redes de pacotes desenvolvida
pelos ingleses Donald Davies e Roger Scantlebury, da NPL-Nuclear Physics
Laboratory. Scantlebury conversou com Roberts sobre o trabalho da NPL e do
trabalho de Paul Baran e outros em RAND. O grupo do projeto RAND tinha
escrito um trabalho sobre o papel das redes de trocas de pacotes para voz
segura quando serviam militarmente em 1964. O que se percebeu então é que os
trabalhos desenvolvidos no MIT (1961-67), RAND (1962-65) e NPL (1964-67)
estavam se desenrolando em paralelo sem que nenhum dos pesquisadores
soubesse dos outros trabalhos. A palavra "pacote" foi adotada do trabalho
desenvolvido no NPL e a velocidade de linha proposta para ser usada no projeto
da ARPANET foi upgraded de 2,4 Kb para 50 Kb.
Em agosto de 1968, depois de Roberts e o grupo do DARPA terem refinado a
estrutura e especificações para a ARPANET, uma seleção foi feita para o
desenvolvimento de um dos componentes-chave do projeto: o processador de
interface das mensagens (IMP). Um grupo dirigido por Frank Heart (Bolt
Beranek) e Newman (BBN) foi selecionado. Paralelamente ao trabalho do grupo
da BBN nos IMPs com Bob Kahn assumindo um papel vital do desenho
arquitetônico da ARPANET, a topologia e economia da rede foi desenvolvida e
otimizada por Roberts em conjunto com Howard Frank e seu grupo da Network
Analysis Corporation, e sistema de mensuração da rede foi preparado pelo
pessoal de Kleinrock na UCLA -University of California at Los Angeles.
Devido à teoria de trocas de pacotes de Kleinrock e seu foco em análise,
desenho e mensuração, seu Centro de Mensuração de Rede da UCLA foi
escolhido para ser o primeiro nó (ponta) da ARPANET. Isso aconteceu em
setembro de 1969, quando BBN instalou o primeiro IMP na UCLA e o primeiro
servidor de computador foi conectado. O projeto chamado Aumento do
Intelecto Humano, de Doug Engelbart, que incluía NLS (um precursor dos
sistemas de hipertexto), no SRI-Stanford Research Institute, foi o segundo nó
ou ponta. SRI passou a manter as tabelas de "Host Name" para o mapeamento
dos endereços e diretório do RFC. Um mês depois, quando SRI foi conectado à
ARPANET, a primeira mensagem entre servidores foi enviada do laboratório de
Kleinrock para o SRI. Dois outros "nodes" foram acrescentados então: a UC
Santa Barbara e a Universidade de Utah. Este dois nós incorporavam projetos
de aplicações visuais, com Glen Culler e Burton Fried na UCSB investigando
métodos de uso de funções matemáticas para restaurar visualizações na rede e
Robert Taylor e Ivan Sutherland em Utah investigando métodos de
representação em terceira dimensão na rede. Assim, no final de 1969, quatro
servidores estavam conectados na ARPANET e, mesmo naquela época, os
trabalhos se concentravam tanto na rede em si como no estudo das possíveis
aplicações da rede. Esta tradição continua até hoje.
Computadores foram rapidamente adicionados à ARPANET nos anos seguintes e
os grupos de trabalho desenvolveram um protocolo servidor a servidor
funcionalmente completo e outros softwares de rede. Em dezembro de 1971, o
Network Working Group (NWG) gerenciado por S. Crocker, concluiu o primeiro
protocolo servidor a servidor da ARPANET, chamado Network Control Protocol
(NCP). De 1971 a 1972, os usuários da rede finalmente puderam começar a
desenvolver as suas aplicações. Em outubro de 1972, Kahn organizou uma
grande e bem sucedida demonstração sobre a ARPANET na Conferência
Internacional de Comunicação entre Computadores (ICCC). Esta foi a primeira
demonstração pública da nova tecnologia de rede para o público. Foi também em
1972 que o correio eletrônico, considerado a primeira aplicação "hot", foi
introduzido. Em março de 1972, Ray Tomlinson, da BBN, escreveu o software
básico de e-mail com as funções de "send/enviar" e "read/ler", motivado pela
necessidade dos desenvolvedores da ARPANET de ter um fácil mecanismo de
coordenação. Em julho, Roberts expandiu a utilidade do e-mail escrevendo o
primeiro programa utilitário de e-mail para listar, ler seletivamente, arquivar,
encaminhar e responder a mensagens. Dali, o correio eletrônico se tornou a
maior aplicação de rede por mais de uma década. Este foi o prenúncio do tipo
de atividade que vemos hoje na WWW hoje, ou seja, o enorme crescimento de
todos os tipos de aplicações e utilitários agregados pessoa-a-pessoa.
Os conceitos iniciais da Internet
A ARPANET original cresceu e se tornou a Internet. A Internet foi baseada na
idéia de que haveria múltiplas redes independentes de desenho arbitrário,
começando com a ARPANET como rede pioneira de trocas de pacotes mas logo
incluindo redes de satélites, de rádio, etc. A Internet como conhecemos hoje
incorpora uma idéia-chave: rede de arquitetura aberta. Nesta abordagem, a
opção pela tecnologia de qualquer rede individual não é ditada por nenhuma
arquitetura de rede particular e sim escolhida livremente pelo provedor, que a
torna capaz de entrar em rede com outras redes pela "Arquitetura de
Internetworking". Até aquele período, havia apenas um método para agregar
redes: a tradicional troca de circuitos onde redes se interconectavam no nível
do circuito, passando bits individuais em base síncrona por um circuito ponta a
ponta entre duas localidades. Lembre que Kleinrock tinha mostrado em 1961
que troca de pacotes era um método mais eficiente. Condições específicas de
interconexão entre redes era outra possibilidade. Enquanto havia outras
formas limitadas de interconectar redes, todas requeriam que uma fosse
componente da outra, ao invés de agirem como companheiras no oferecimento
do serviço ponta a ponta. Numa rede de arquitetura aberta, as redes
individuais podem ser separadamente desenhadas e desenvolvidas e cada uma
pode ter sua interface própria que pode ser oferecida a usuários e outros
provedores. Cada rede pode ser desenhada de acordo com o ambiente e os
requerimentos dos seus usuários. Não há restrições em relação aos tipos de
redes que podem ser incluídas numa área geográfica, apesar de algumas
considerações pragmáticas ditarem o que é razoável oferecer.
A idéia de redes de arquitetura aberta foi primeiro introduzida por Kahn em
1972. Este trabalho foi parte de um programa de pacotes de rádio, mas depois
se tornou um programa em separado. Naquele tempo, o programa foi chamado
"Internetting". NCP não tinha a habilidade de endereçar redes e máquinas além
da destinação IMP da ARPANET e portanto deveria ser mudado. NCP se
amparava na ARPANET para prover confiabilidade de ponta a ponta. Se
qualquer pacote fosse perdido, o protocolo e qualquer aplicação que ele
suportasse iria simplesmente parar a transferência de dados. Nesse modelo,
NCP não tinha controle de erro ponta a ponta, uma vez que pensava-se que a
ARPANET seria a única rede em existência e ela seria tão confiável que nenhum
controle de erro seria necessário por parte dos servidores. Então Kahn decidiu
desenvolver uma nova versão do protocolo que iria satisfazer as necessidades
de um ambiente de redes de arquitetura aberta. Este protocolo iria
eventualmente ser chamado Transmission Control Protocol/Internet Protocol
(TCP/IP). Enquanto NCP agia como um driver de equipamento, o novo protocolo
seria mais um protocolo de comunicações.
Quatro regras foram críticas para a idéia de Kahn:
 cada rede distinta deveria ser independente e mudanças internas não
deveriam ser requisitadas para conectá-las à Internet;
 comunicações seriam na base do melhor esforço. Se um pacote não
chegasse à sua destinação final, ele seria retransmitido da fonte;
 caixas pretas seriam usadas para conectar as redes. Mais tarde elas
seriam chamadas gateways e roteadores. Os gateways não reteriam
informações sobre os fluxos de pacotes passantes. Isso assegurou que
eles se mantivessem simples, evitando adaptações complicadas e
recuperações de erros;
 não haveria controle global no nível operacional.

Outros itens avaliados foram os seguintes:


 algorítmos para prevenir perda de pacote de comunicações
desabilitadas, capacitando-os a serem retransmitidos da fonte;
 provimento de "pipelining" de servidor a servidor, de forma que
múltiplos pacotes poderiam ser roteados da fonte ao destino à vontade
dos servidores participantes, se redes intermediárias o permitissem;
 funções de gateway (porta de entrada) para encaminhar os pacotes
apropriadamente. Isso incluiria cabeçalhos de IP para roteamento,
interfaces dirigidas, quebra de pacotes em pedaços menores (caso
necessário), etc;
 a necessidade de checagens ponta a ponta, recuperação dos pacotes de
fragmentos e detecção de duplicatas;
 a necessidade do endereçamento global;
 técnicas de controle de fluxo servidor a servidor;
 interfaces com vários sistemas operacionais;
 eficiência da implementação, performance entre as redes, etc.

Kahn começou a trabalhar na série orientada às comunicações dos princípios do


sistema operacional enquanto na BBN, e documentou alguns dos seus
pensamentos num memorando interno chamado "Princípios de Comunicações
para Sistemas Operacionais". Neste ponto, ele percebeu que seria necessário
aprender os detalhes de implementação de cada sistema operacional para ter a
chance de embutir neles novos protocolos de uma forma eficiente. Assim, na
primavera de 1973, depois de começar o projeto "internetting", Kahn chamou
Vint Cerf (então trabalhando em Stanford) para trabalhar com ele no desenho
detalhado do protocolo. Cerf tinha se envolvido intimamente com o desenho e
desenvolvimento do NCP original e já tinha o conhecimento em interfacing com
os sistemas operacionais existentes. A abordagem arquitetônica para a
comunicação de Kahn e a experiência em NCP de Cerf possibilitaram a
construção do que se tornou TCP/IP.
O trabalho de Kahn e Cerf foi altamente produtivo e a primeira versão escrita
da teoria resultante foi distribuída numa reunião especial do International
Network Working Group (INWG), que tinha sido definido numa conferência da
Sussex University em setembro de 1973. Cerf tinha sido convidado para dirigir
este grupo e usou a ocasião para realizar o encontro do INWG. Algumas teses
básicas surgiram da colaboração entre Kahn e Cerf:
 comunicação entre dois processos deveria consistir logicamente de uma
longa corrente de bytes (que eles chamaram de octets). A posição de
qualquer octet na corrente seria usada para identificá-lo;
 o controle do fluxo seria feito usando janelas e corrediças e acks. O
destino poderia selecionar quando seria efetuado o reconhecimento e
cada ack retornado seria cumulativo para todos os pacotes recebidos;
 foi deixado em aberto como a fonte e o destino iriam concordar nos
parâmetros das janelas a serem usadas. Padrões foram usados
inicialmente;
 apesar de a Ethernet (sistema de redes que transporta sinais (bits)
para todos os microcomputadores em rede) estar em desenvolvimento
em Xerox PARC naquele tempo, a proliferação de LANs (redes locais)
não era prevista, muito menos a proliferação de PCs (computadores
pessoais) e estações de trabalho. O modelo original foi redes nacionais
como a ARPANET, que se pensava não iriam existir muitas como ela.
Então um IP de 32 bits foi usado, dos quais os primeiros 8 bits
indicavam a rede e os restantes 24 bits designavam o servidor na rede.
Esta hipótese de que 256 redes seriam suficientes para o futuro
próximo passou necessariamente a ser reconsiderada quando LANs
começaram a aparecer no final da década de 1970.

O trabalho original de Cerf e Kahn sobre a Internet descreveu um protocolo


chamado TCP, que provia todo o transporte e serviços de encaminhamento na
Internet. Kahn queria que o protocolo suportasse uma série de serviços de
transporte, desde a entrega sequenciada de dados totalmente confiável
(modelo de circuito virtual) até o serviço de datagram, onde a aplicação fazia
uso direto do serviço básico de rede, o que poderia implicar em pacotes
ocasionalmente perdidos, corrompidos ou reordenados. Entretanto, o esforço
inicial para implementar TCP resultou numa versão que somente permitiu
circuitos virtuais. O modelo funcionou bem para transferência de arquivos e
aplicações de logins remotos, mas alguns dos trabalhos em aplicações avançadas
como pacotes de voz mostraram que, em alguns casos, a perda de pacotes
deveria ser corrigida pela aplicação e não pelo protocolo TCP. Isso levou a uma
reorganização do TCP original em dois protocolos: o simples IP que provia
apenas o endereçamento e o roteamento dos pacotes individuais e o TCP em
separado, que se preocupava com o controle do fluxo e a recuperação de
pacotes perdidos. Para as aplicações que não queriam os serviços de TCP, uma
alternativa chamada User Datagram Protocol (UDP) foi adicionada para prover
acesso direto ao serviço básico de IP.
Uma grande motivação inicial para a ARPANET e para a Internet foi o
compartilhamento de recursos. A conexão das duas redes foi muito mais
econômica do que a duplicação de caros computadores. Entretanto, enquanto a
transferência de arquivos e o login remoto (Telnet) foram aplicações muito
importantes, o correio eletrônico teve o impacto mais significativo das
inovações daquela época. O correio eletrônico ou e-mail criou um novo modelo
no qual as pessoas poderiam se comunicar e mudou a natureza da colaboração,
primeiro na construção da própria Internet e mais tarde na sua utilização por
grande parte da sociedade.
Outras aplicações foram propostas nos dias iniciais da Internet, incluindo
comunicação de voz (precursora da telefonia via Internet), vários modelos de
compartilhamento de arquivos e discos, e os primeiros programas que
mostraram o conceito de agentes (e vírus..). Um conceito-chave da Internet é
que ela não é desenhada para apenas uma aplicação, mas é uma infra-estrutura
genérica na qual novas aplicações podem ser concebidas, como aconteceu com a
World Wide Web. Foi e é a natureza do serviço provido pelos protocolos TCP e
IP que tornam isso possível.
O teste das idéias
DARPA fez três contratos para Stanford (Cerf), BBN (Ray Tomlinson) e UCL
(Peter Kirstein) implementarem TCP/IP (que foi simplesmente chamado TCP no
trabalho de Cerf/Kahn, mas que continha ambos os componentes). A equipe de
Stanford, liderada por Cerf, produziu uma detalhada especificação e, em um
ano, haviam três implementações independentes de TCP que poderiam operar
em conjunto. Este foi o começo de longa experimentação e desenvolvimento a
fim de evoluir e amadurecer os conceitos e a tecnologia da Internet.
Começando com as três primeiras redes (ARPANET, Packet Radio e Packet
Satellite) e suas comunidades iniciais de pesquisa, o ambiente experimental
cresceu para incorporar essencialmente qualquer forma de rede e grande
comunidade de pesquisa e desenvolvimento. E, com cada expansão, novos
desafios surgiram.
As primeiras implementações de TCP foram feitas por sistemas como Tenex e
TOPS 20. Quando os microcomputadores apareceram, alguns acharam que TCP
foi grande e complexo demais para rodar neles. David Clark e seu grupo de
pesquisa no MIT trabalharam para mostrar que poderia haver uma simples e
compacta implementação de TCP. Eles produziram esta implementação, primeiro
para o Xerox Alto (a primeira estação de trabalho pessoal desenvolvida em
Xerox PARC) e depois para o IBM PC. Esta implementação foi completamente
inter-operável com outros TCPs, mas foi feita sob medida para
microcomputadores, e mostrou que estações de trabalho, tanto quanto
sistemas de grande porte, poderiam tornar-se parte da Internet. Em 1976,
Kleinrck publicou o primeiro livro sobre ARPANET, com ênfase na complexidade
dos protocolos e nas dificuldades que eles introduzem. Este livro foi
importante na divulgação da crença nas redes com trocas de pacotes para uma
grande comunidade.
O desenvolvimento generalizado de LANs, PCs e estações de trabalho na
década de 80 permitiu a prosperidade da Internet que nascia. A tecnologia
Ethernet, desenvolvida por Bob Metcalfe em 1973 na Xerox PARC é agora
provavelmente a tecnologia de rede dominante na Internet e os PCs e estações
de trabalho são os computadores dominantes. A mudança entre poucas redes
com pequeno número de servidores (o modelo original ARPANET) e muitas
redes resultou num número de novos conceitos e mudanças na tecnologia básica.
Primeiro, isso resultou na definição de três classes de rede (A, B e C) para
acomodar o alcance das redes. A classe A passou a representar redes de
grande escala nacional (pequeno número de redes com grande número de
servidores). A classe B passou a representar redes de escala regional. E a
classe C passou a representar redes locais (grande número de redes com
relativamente poucos servidores).
Uma grande mudança ocorreu como resultado do aumento da escala da Internet
e os assuntos gerenciais associados. Para facilitar o uso da rede, nomes foram
atribuídos a servidores para que não fosse necessário lembrar endereços
numéricos. Originalmente, o número de servidores foi limitado e, portanto, foi
possível manter uma tabela única de todos os servidores e seus nomes e
endereços. A mudança para o grande número de redes independentemente
gerenciadas (por exempo, LANs) significou o fim da tabela única de servidores,
e o Domain Name System (DNS) foi inventado por Paul Mockapetris, da
USC/ISI. O DNS permitiu um mecanismo escalarmente distribuído para
resolver nomes de servidores hierárquicos (por exemplo, www.acm.org) num
endereço Internet.
O crescimento da Internet também desafiou a capacidade dos roteamentos.
Originalmente existiu um único algorítmo distribuído para roteamento que foi
implementado uniformemente por todos os roteadores na Internet. Quando
explodiu o número de redes na Internet e o desenho inicial de roteamento não
expandiu o suficiente, este foi substituído por um modelo hierárquico de
roteamento com um Interior Gateway Protocol (IGP) usado dentro de cada
região da Internet e um Exterior Gateway Project (EGP) usado para ligar as
regiões. Este desenho permitiu que diferentes regiões usassem diferentes
IGPs, de forma que diferentes requerimentos de custo, rápida configuração,
robustez e escala pudessem ser acomodados. Não apenas o algorítmo de
roteamento mas também o tamanho das tabelas de endereçamento acentuaram
a capacidade dos roteamentos. Novas abordagens para agregação de endereço,
em particular roteamento entre domínios sem classe (CIDR) foram introduzidas
para controlar o tamanho das tabelas de roteamento. Um dos maiores desafios
foi como propagar as mudanças para o software, particularmente o software do
servidor. DARPA dava suporte à UC Berkeley para investigar modificações para
o sistema operacional Unix, inclusive incorporando o TCP/IP desenvolvido em
BBN. Apesar de Berkeley ter mais tarde reescrito o código para torná-lo mais
adequado ao sistema Unix, a incorporação do TCP/IP no Unix BSD foi crítica
para a dispersão dos protocolos na comunidade de pesquisa. Muitos da
comunidade de pesquisa da ciência da computação já haviam começado a usar
Unix BSD no seu dia-a-dia e a estratégia de incorporar protocolos Internet no
sistema operacional da comunidade de pesquisa foi um dos elementos-chave do
larga e bem-sucedida adoção da Internet.
Um dos mais interessantes desafios foi a transição do protocolo de servidor da
ARPANET de NCP para TCP/IP em 01/01/1983. Foi uma transição imediata,
requisitando todos os servidores em conversão simultânea (ou então passariam
a se comunicar via mecanismos específicos). A transição foi cuidadosamente
planejada pela comunidade por anos antes e foi muito fácil no dia em que
realmente aconteceu (mas teve como consequência a distribuição de "buttons"
dizendo "Eu sobrevivi à transição para o TCP/IP").
O protocolo TCP/IP tinha sido adotado como padrão de defesa três anos antes,
em 1980. Tal fato levou diretamente à eventual divisão entre comunidades
militar e não militar. Em 1983, ARPANET estava sendo usada por um número
significante de organizações de pesquisa e desenvolvimento e de operações da
defesa. A transição da ARPANET do protocolo NCP para o protocolo TCP/IP
permitiu a divisão entre a MILNET, que passou a suportar os requisitos
operacionais, e a ARPANET, que passou a suportar as necessidades de pesquisa.
Portanto, em 1985, a Internet já estava bem estabelecida como uma larga
comunidade de suporte de pesquisadores e desenvolvedores e começava a ser
usada por outras comunidades para comunicações diárias pelo computador. O
correio eletrônico já estava sendo usado por muitas comunidades,
frequentemente com sistemas diferentes, mas a interconexão entre os
diferentes sistemas de de correio foi demonstrando a utilidade de comunicação
eletrônica entre as pessoas.
A transição para a infra-estrutura aberta
Ao mesmo tempo em que a tecnologia Internet estava sendo
experimentalmente validada e largamente utilizada por um conjunto de
pesquisadores da ciência da computação, outras redes e tecnologias de rede
estavam sendo criadas. A utilidade das redes computadorizadas -
especialmente o correio eletrônico - demonstrada por DARPA e pelo
Departamento de Defesa dos Estados Unidos não foi perdida em outras
comunidades e disciplinas, e, ainda na década de 1970, redes começaram a
aparecer em qualquer lugar que dispusesse de fundos e recursos para isso. O
Departamento de Energia dos Estados Unidos estabaleceu a MFENet para seus
pesquisadores em energia de fusão magnética e a HEPNet para o grupo de
física de alta energia. Os físicos espaciais da NASA seguiram com a SPAN, e
Rick Adrion, David Farber, and Larry Landweber estabeleceram a CSNET para
a comunidade acadêmica e industrial da Ciência da Computação com um subsídio
inicial da NSF-National Science Foundation. A livre disseminação do sistema
operacional Unix na AT&T resultou na USENET, baseada no protocolo de
comunicação UUCP incluído no Unix, e, em 1981, Ira Fuchs e Greydon Freeman
projetaram a BITNET, que ligou os computadores acadêmicos num paradigma
do tipo "correio eletrônico como imagens de cartão".
Com a exceção da BITNET e da USENET, estas primeiras redes (incluindo
ARPANET) tinham sido construídas para um objetivo específico, isto é, elas
foram criadas para, e largamente restritas a, comunidades fechadas de
acadêmicos. Havia pouca pressão para que as redes individuais fossem
compatíveis e, na verdade, elas não eram. Mais ainda, tecnologias alternativas
estavam sendo procuradas pelo segmento comercial, incluindo XNS da Xerox,
DECNet e SNA da IBM. Restou à inglesa JANET (1984) e à U.S. NSFNET
(1985) programas para explicitamente anunciar seus intentos de servirem à
comunidade educacional, não importando a disciplina. Mais, a condição para
universidades americanas receberem fundos do NSF era que "a conexão
deveria estar disponível para todos os usuários qualificados no campus".
Em 1985, Dennis Jennings, da Irlanda, passou um ano na NSF liderando o
programa da NSFNET. Ele trabalhou com a comunidade para ajudar a NSF a
tomar uma decisão crítica: que TCP/IP iria ser mandatório para o programa da
NSFNET. Quando Steve Wolff chegou à NSFNET em 1986, ele reconheceu a
necessidade por uma infraestrutura de rede maior para suportar as
comunidades acadêmicas e de pesquisa, além da necessidade de desenvolver
uma estratégia para estabelecer esta infra-estrutura independentemente dos
recursos federais. Políticas e estratégias foram adotadas para atingir este fim.
NSF também decidiu suportar a infra-estrutura organizacional da Internet da
DARPA já existente, hierarquicamente arranjada pelo então Internet
Activities Board (IAB). A declaração pública desta opção foi a autoria conjunta
pelo grupo de Engenharia e Arquitetura da Internet da IAB e pelo grupo de
Assessoria Técnica de Rede da NSF do RFC 985 - Requirements for Internet
Gateways, que formalmente assegurou a interoperabilidade entre DARPA e
NSF.
Em adição à seleção do TCP/IP para o NSFNET, agências federais norte-
americanas fizeram e implementaram várias outras decisões políticas que
definiram a Internet de hoje, como segue:
 Agências federais norte-americanas dividiram o custo da infra-
estrutura, como os circuitos transoceânicos. Elas também apoiaram os
pontos de interconexão para o tráfego entre agências. Federal
Internet Exchanges (FIX-E e FIX-W) construídas com este objetivo
serviram como modelos para os pontos de acesso da rede e facilidades
"*IX" que são características proeminentes da arquitetura Internet de
hoje;
 Para coordenar esta participação, foi formado o Federal Networking
Council (Conselho Federal de Redes). The FNC cooperou com
organizações internacionais como o RARE na Europa, através do Comitê
de Pesquisa Intercontinental, para coordenar o apoio da comunidade
mundial de pesquisa à Internet;
 Esta participação e cooperação entre agências em assuntos
relacionados à Internet tem uma longa história. Um acordo sem
precedentes realizado em 1981 entre Farber, representando a CSNET
e a NSF, e Kahn, representando a DARPA, permitiu à CSNET
compartilhar a infra-estrutura da ARPANET numa base estatística;
 Similarmente, a NSF encorajou redes regionais (inicialmente
acadêmicas) da NSFNET a buscar clientes comerciais, expandir seus
estabelecimentos para serví-los e explorar as resultantes economias de
escala para baixar os custos de subscrição para todos;
 No backbone da NSFNET, o segmento de escala nacional da NSFNET,
NSF fez cumprir uma política (Acceptable Use Policy - AUP) que proibiu
o uso do backbone para objetivos que não fosssem de suporte à
Pesquisa e à Educação. O resultado predizível e desejado do
encorajamento de tráfego comercial nos níveis local e regional,
enquando proibindo seu acesso ao backbone nacional, foi estimular a
emergência e o crescimento de redes privadas e competitivas (como
PSI, UUNET, ANS CO+RE e outras mais tarde). Este processo de
aumento de redes privadas e auto-financiadas para usos comerciais foi
iniciado em 1988 numa série de conferências promovidas pela NSF em
Harvard's Kennedy School of Government sob o título "A
Comercialização e Privatização da Internet" e na lista "com-priv" da
rede;
 Em 1988, o comitê do Conselho Nacional de Pesquisa norte-americano,
dirigido por Kleinrock e com Kahn e Clark como membros, produziu um
relatório autorizado pela NSF entitulado "Em Direção a uma Rede
Nacional de Pesquisa". Este relatório influenciou o então Senador Al
Gore e anunciou as redes de alta velocidade que se tornariam a
fundação para a superhighway da informação do futuro;
 Em 1994, o comitê do Conselho Nacional de Pesquisa norte-americano,
novamente dirigido por Kleinrock e novamente com Kahn e Clark como
membros, produziu um novo relatório autorizado pela NSF entitulado
"Fazendo Idéia do Futuro da Informação: a Internet e Além". Neste
documento, a superhighway da informação foi articulada e tópicos
críticos como direitos da pripriedade intelectual, ética, preços,
educação, arquitetura e regulamentação da Internet foram discutidos;
 A política de privatização da NSF culminou em abril de 1995, com o fim
do subsídio ao backbone da NSFNET. Os fundos recuperados foram
competitivamente redistribuídos para redes regionais para compra de
conectividade nacional das agora numerosas redes privadas.

O backbone fez a transição entre a rede construída de roteadores da


comunidade de pesquisa para equipamentos comerciais. Em seus oito anos e
meio, o backbone cresceu de seis nodes com links de 56 Kb para 21 nodes com
múltiplos links de 45 Mb. A Internet cresceu para mais de 50 mil redes em
todos os sete continentes, com aproximadamente 29 mil redes apenas nos
Estados Unidos.
Tal foi o peso do ecumenismo e dos recursos da NSFNET (US$ 200 milhões
entre 1986 e 1995) e a qualidade dos protocolos, que em 1990, quando a
ARPANET foi desautorizada, TCP/IP tinha suplantado e marginalizado os
demais protocolos de rede, e IP estava também se tornando o serviço de
sustentação da infra-estrutura da informação global.
O papel da documentação
A chave para o rápido crescimento da Internet tem sido o livre e aberto acesso
aos documentos básicos, especialmente as especificações dos protocolos.
Os inícios da ARPANET e da Internet na comunidade acadêmica de pesquisa
promoveu a tradição acadêmica de publicação de idéias e resultados.
Entretanto, o ciclo normal da publicação acadêmica tradicional era formal e
devagar demais para a dinâmica troca de idéias na criação das redes. Em 1969,
um passo importante foi tomado por S. Crocker, então na UCLA, estabelecendo
série de notas relativas a "Request for Comments" (RFC, ou, traduzindo,
Solicitação de Comentários). Estas notas ou memorandos seriam uma forma
rápida de distribuição de observações no compartilhamento de idéias com
outros pesquisadores. A princípio, os RFCs eram impressos e distribuídos pelo
correio tradicional. Quando o File Transfer Protocol (FTP, significando
protocolo de transferência de arqruivos) começou a ser usado, os RFCs se
tornaram arquivos online acessados via FTP. Agora, claro, os RFCs são
facilmente acessados via web em dezenas de sites no mundo. O SRI- Stanford
Research Institute, no papel de Centro de Informação de Redes, manteve os
diretórios online. Jon Postel atua até hoje como editor dos RFCs, bem como
gerente da administração centralizada de número de protocolo.
O efeito dos RFCs foi criar um círculo positivo de retornos, com idéias e
propostas apresentadas em um RFC gerando outro RFC com mais idéias, e daí
por diante. Quando algum consenso (ou pelo menos uma série consistente de
idéias) era atingido, um documento com as especificações era então preparado.
Estas especificações seriam então usadas como base para implementações
pelas várias equipes de pesquisa.
Com o tempo, os RFCs se tornaram mais focados nos padrões de protocolo ( as
especificações oficiais), apesar de ainda existir RFCs informativos que
descrevem abordagens alterantivas ou provêem informações antecedentes
sobre protocolos e engenharia. Os RFCs são agora vistos como documentos de
registro nas comunidades de engenharia e padrões da Internet. O acesso
aberto aos RFCs (grátis, se você tem qualquer tipo de conexão com a Internet)
promove o crescimento da Internet porque permite que especificações reais
sejam usadas como exemplos em classes universitárias e por empreendedores
desenvolvendo novos sistemas.
O correio eletrônico tem sido essencial em todas as áreas da Internet, e
especialmente no desenvolvimento das especificações dos protocolos, padrões
técnicos e engenharia da Internet. OS RFCs mais antigos apresentaram um
conjunto de idéias desenvolvidas por pesquisadores de um determinado lugar
para o resto da comunidade. Depois que o e-mail ou correio eletrônico começou
a ser utilizado, o padrão de autoria mudou - os RFCs eram apresentados por co-
autores com uma visão comum, independentemente de suas localizações.
O uso de listas de discussão especializados tem por muito tempo sido usado no
desenvolvimento das especificações de protocolo e continua a ser uma
ferramente importante. O IETF tem agora mais de 75 grupos de trabalho, cada
um trabalhando num aspecto diferente da engenharia da Internet. Cada um
desses grupos tem uma lista de discussão para trocar idéias sobre documentos
em desenvolvimento. Quando o consenso é atingido num rascunho, o documento
é então distribuído como um RFC.
Como o rápido crescimento da Internet é acelerado pelo entendimento da sua
capacidade de promover o compartilhamento de informações, nós deveríamos
entender que o primeiro papel da rede foi permitir o compartilhamento da
informação sbre seu próprio desenho e operação através dos RFC. Este método
único para a evolução de novas capacidades da rede continuará a ser crítico na
evolução futura da Internet.
A formação da comunidade
A Internet representa tanto uma coleção de comunidades como uma coleção de
tecnologias, e seu sucesso é largamente atribuído à satisfação das
necessidades básicas da comunidade e à utilização efetiva da comunidade na
expansão da sua infra-estrutura. O espírito da comunidade tem uma longa
história, começando com a ARPANET. Os pesquisadores da antiga ARPANET
trabalharam numa comunidade fechada para conseguirem fazer as
demonstrações iniciais da tecnologia de transferência de pacotes descrita
anteriormente. Da mesma forma, vários outros programas de pesquisa da
ciência da computação promovidos pela DARPA (Packet Satellite, Packet Radio
e outros) foram fruto de atividades cooperadas que usavam pesadamente
qualquer mecanismo disponível para coordenar seus esforços, começando com o
correio eletrônico e acrescentando compartilhamento de arquivos, acesso
remoto e WWW. Cada um dos programas formou um grupo de trabalho,
começando com o Grupo de Trabalho de Rede da ARPANET. Por conta do papel
da ARPANET na infra-estrutura de suporte a vários programas de pesquisa, e
com a evolução da Internet, o Grupo de Trabalho de Rede se tornou o Grupo de
Trabalho da Internet.
No final da década de 70, reconhecendo que o crescimento da Internet foi
acompanhado pelo crescimento em tamanho da comunidade de pesquisa
interessada na Internet e que, portanto, havia uma necessidade maior de
mecanismos de coordenação, Vint Cerf, então gerente do Programa Internet da
DARPA, formou vários grupos de coordenação:
 um Conselho de Cooperação Internacional (ICB-Internet Cooperation
Board), presidido por Peter Kirstein da UCL, para coordenar as
atividades com alguns países europeus envolvidos no programa Packet
Satellite;
 um Grupo de Pesquisa Internet (Internet Research Group), para prover
um ambiente para a troca geral de informações sobre a Internet;
 e um Conselho de Controle de Configuração da Internet (ICCB-Internet
Configuration Control Board), presidido por Clark. O ICCB iria
assessorar Cerf na gerência da florescente Internet.

Em 1983, quando Barry Leiner passou a gerenciar o programa de pesquisa da


Internet na DARPA, ele e Clark reconheceram que o crescimento contínuo da
comunidade Internet demandava uma reestruturação dos mecanismos de
coordenação. O ICCB foi então substituído por forças-tarefa, cada uma
focalizando uma área particular da tecnologia (roteamentos, protocolos ponta-
a-ponta, etc.). O IAB, então chamado Internet Activities Board ou Conselho de
Atividades Internet, foi então formado com os presidentes das forças-tarefa.
Foi uma coincidência que esses presidentes fossem os mesmos do antigo ICCB e
Dave Clark continuou a presidí-lo. Depois de algumas mudanças no IAB, Phill
Gross se tornou o presidente da revitalizada IETF-The Internet Engineering
Task Force (Força-Tarefa da Engenharia da Internet), naquele tempo apenas
uma das forças-tarefa do IAB. Em 1985 então, houve um tremendo
crescimento no lado prático/da engenharia da Internet. Este crescimento
resultou na explosão dos comparecimentos nas reuniões do IETF, e Gross teve
que criar uma sub-estrutura do IETF na forma de grupos de trabalho.
Este crescimento foi complementado por uma grande expansão da comunidade.
DARPA então tinha deixado de ser o maior financiador da Internet. Além da
NSFNet e de várias atividades financiadas pelos governos americano e
internacionais, o segmento comercial começou a se interessar pela Internet.
Também em 1985 Kahn e Leiner deixaram a DARPA que não vinha conseguindo
manter seu ritmo de atividades Internet. Como resultado, o IAB perdeu seu
patrocinador e progressivamente assumiu o papel de líder na Internet.

O crescimento da Internet continuou, resultando em nova sub-estruturação do


IAB e do IETF. O IETF combinou Grupos de Trabalho em Áreas, e designou
Diretores de Áreas. Um Grupo Diretivo de Engenharia da Internet ou aIESG-
Internet Engineering Steering Group foi formado com Diretores de Áreas. A
IAB reconheceu a crescente importância do IETF e reestruturou o processo de
padrões para explicitamente reconhecer o IESG como o grupo principal de
revisão para os padrões. O IAB também foi reestruturado de forma que o
resto das forças-tarefa (outras além do IETF) fossem combinadas numa
Força-Tarefa de Pesquisa Internet ou IRTF- Internet Research Task Force,
presidida por Postel, com as outras forças-tarefa renomeadas como Grupos de
Pesquisa.

O crescimento do setor comercial trouxe uma crescente preocupação em


relação ao próprio processo de standards Internet. A Internet tinha crescido
muito além de suas raízes primárias de pesquisa, passando a incluir uma grande
comunidade de usuários e atividades comerciais cada vez maiores. O processo
deveria ser aberto e justo. Esta preocupação, acompanhada da necessidade
reconhecida de suporte da comunidade da Internet, eventualmente levou à
formação da Internet Society em 1991, com o patrocínio da CNRI-Corporation
for National Research Initiatives de Kahn e a liderança de Cerf, então com a
CNRI.

Em 1992, outra reorganização foi feita de forma a reorganizar o IAB e


renomeá-lo Internet Architecture Board (ou Conselho de Arquitetura da
Internet) e a colocá-lo sob o comando da Internet Society. Uma relação de
mesmo nível foi definida entre o novo IAB e i IESG, com o IETF e o IESG
tendo uma maior responsabilidade na aprovação dos standards. Principalmente,
uma relação cooperativa e mutuamente apoiadora foi formada entre o IAB, o
IETF e a Internet Society, com a Internet Society tomando como objetivo a
provisão do serviço e outras medidas que iriam facilitar o trabalho do IETF.

O recente desenvolvimento e uso da World Wide Web (WWW) formou uma


nova comunidade, já que muitos dos que trabalham com a WWW não são
pesquisadores ou desenvolvedores. Uma nova organização coordenadora foi
formada então: o W3C-World Wide Web Consortium. Inicialmente liderado
pelo laboratório para a Ciência da Computação do MIT, por Tim Berners-Lee (o
inventor do WWW) e Al Vezza, W3C tomou a responsabilidade de evoluir com
vários protocolos e padrões associados com a Web.

Assim, através das duas décadas da Internet, nós temos visto uma estável
evolução das estruturas organizacionais desenhadas para suportar e facilitar
uma sempre crescente comunidade trabalhando colaborativamente em assuntos
ligados à Internet.

A comercialização da tecnologia
A comercialização da Internet envolveu não somente o desenvolvimento de
serviços privados e competitivos mas também produtos comerciais
implementando a tecnologia Internet. Nos anos 80, dezenas de vendedores
incoporaram TCP/IP em seus produtos porque viram compradores para aquele
modelo de rede. Infelizmente, eles não tiveram informação sobre como a
tecnologia trabalhava e como os clientes planejavam usá-la. Muitos a viram
como um add-on que deveria ser adicionado às suas soluções proprietárias de
redes: SNA, DECNet, Netware, MetBios. O Departamento de Defesa
americano tinha autorizado o uso de TCP/IP em muitas de suas compras mas
tinha dado pouca orientação aos seus vendedores em relação a como construir
produtos TCP/IP de utilidade.

Em 1985, devido à falta de informação e à falta de apropriado treinamento,


Dan Lynch e o IAB realizaram um workshop para "todos" os vendedores para
que eles pudessem aprender como TCP/IP funcionava e que problemas ainda
tinha. Os palestrantes vieram em sua maioria da comunidade de pesquisa da
DARPA, que tinha desenvolvido os protocolos e os usavam diariamente. Cerca
de 250 representantes de vendedores ouviram 50 inventores e
experimentadores. Os resultados foram surpresas em ambos os lados: os
vendedores ficaram impressionados em como os inventores eram tão abertos
sobre como as coisas funcionavam (ou não) e os inventores ficaram felizes em
ouvir sobre novos problemas que eles não tinham considerado mas que estavam
sendo descobertos pelos vendedores. Desta forma, uma saudável discussão em
mão-dupla foi formada, discussão esta que tem durado por mais de uma década.

Depois de dois anos de conferências, tutoriais, encontros e workshops, um


evento especial foi organizado e para o qual foram convidados os fabricantes
de produtos que rodavam TCP/IP bem o suficiente para se reunirem por 3 dias
e mostrar o quanto eles trabalhavam bem juntos - e também para examinarem a
Internet. Em setembro de 1988, o primeiro Interop trade show foi realizado.
50 empresas expuseram e 5.000 engenheiros de corporações consideradas
clientes potenciais vieram ao trade show para ver se tudo funcionava como
prometido. E funcionou! Por que? Porque os fabricantes trabalharam duro para
assegurar que os produtos de todos operariam com todos os outros produtos,
mesmo aqueles dos seus competidores. O Interop trade show tem crescido
imensamente desde então e hoje é realizado anualmente em sete locais no
mundo, com uma audiência de quase 250 mil pessoas que querem aprender sobre
os últimos produtos lançados e discutir a mais recente tecnologia da
interoperabilidade.

Paralelamente aos esforços de comercialização que foram salientados, os


fornecedores começaram a participar dos encontros do IETF, realizados 3 ou 4
vezes ao ano para discutir novas idéias para extensões do TCP/IP protocol
suite. De poucas centenas de acadêmicos presentes e pagos pelo governo, os
encontros do IETF agora reúnem milhares de representantes de fornecedores
e são pagos pelos próprios participantes. O grupo auto-selecionado envolui o
TCP/IP numa mutuamente cooperativa maneira. Isto é muito útil, já que o grupo
é bem diversificado, envolvendo pesquisadores, usuários finais e fabricantes.

A gerência da rede é um exemplo da interação entre a comunidade de pesquisa


e a comunidade comercial. No começo da Internet, a ênfase era definir e
implementar protocolos que atingiam a interoperabilidade. Quando a rede
cresceu, ficou claro que procedimentos específicos usados para gerenciar a
rede não mais serviriam. A configuração manual de tabelas foi substituída pela
distribuição de algorítmos automatizados e ferramentals melhores foram
criadas para isolar falhas. Em 1987, ficou também claro que seria necessário
um protocolo que permitisse que os elementos da rede, como roteadores,
fossem remotamente gerenciados, uniformemente. Vários protocolos foram
então propostos, incluindo o SNMP - Simple Network Management Protocol
(Procolo de Gerência de Rede Simples, desenhado para a simplicidade e
derivado de uma proposta anterior chamada SGMP), o HEMS (um design mais
complexo da comunidade de pesquisa) e o CMIP (da comunidade OSI). Uma
série de encontros levou à decisão de que o HEMS seria desconsiderado como
candidato para resolver a disputa, mas que o trabalho em ambos o SNMP e o
CMIP prosseguiria, com a idéia de que o SNMP poderia ser uma solução de
curto prazo e o CMIP uma solução de mais longo prazo. O mercado iria escolher
o que achasse mais adequado. O SNMP é agora usado quase universalmente
como gerência de rede.

Nos últimos anos, temos visto uma nova fase da comercialização. Originalmente,
esforços comerciais eram dirigidos aos vendedores que proviam os produtos
básicos da rede e aos provedores que ofereciam conectividade e serviços
básicos da Internet. A Internet agora se tornou quase uma "commodity" e
muita atenção tem sido dada recentemente ao uso de sua estrutura global de
informação para suportar outros serviços comerciais. Isto tem sido
tremendamente acelerado pela rápida adoção dos browsers e da tecnologia
Web, permitindo aos usuários acessar a informação linkada em qualquer lugar
do globo. Produtos estão disponíveis para facilitar a provisão desta informação
e muito dos últimos desenvolvimentos em tecnologia tem sido no sentido de
permitir cada vez mais sofisticados serviços de informação no topo da base das
comunicações de dados da Internet. Como vimos, o correio eletrônico ou e-mail
foi a primeira aplicação da Internet e continua com um valor inestimável. O e-
mail permite a comunicação entre duas ou mais pessoas de uma forma
extremamente fácil. Pelo e-mail, podemos nos contactar com especialistas ou
amigos em qualquer parte do mundo apenas com um clique do mouse. Há pouco
tempo recebemos um mail de Vint Cerf, um dos grandes idealizadores e "pai" da
Internet, em resposta a um mail nosso. De que outra forma nós poderíamos
contactá-lo tão facilmente?

A web (ambiente multimídia da Internet) é outra grande aplicação. Ela mudou a


forma de fazer marketing, a forma de atender aos clientes, a forma de fazer
negócios, a forma de educar, a forma de aprender. Isso é fantástico! E a
telefonia pela Internet vai baratear enormemente as ligações telefônicas.
Falando em ligações telefônicas, a evolução da Internet possibilitará a
telefonia pela Internet e, depois, a televisão e o cinema pela Internet. Uma
nova geração de tecnologias básicas de rede que atenda às necessidades de
acesso de alta velocidade surgirá. "Novos modos de acesso e novas formas de
serviço gerarão novas aplicações que, por sua vez, expandirão ainda mais a
Internet".

Atendimento online com visualização online, vídeo de alta qualidade,


tradução de conteúdo para outros idiomas, prontuário eletrônico de pacientes
com acesso descentralizado pela Internet, ênfase na educação à distância a
nível de treinamento de cargos ou tutoriais de classes, pesquisas e eleições
interativas, são exemplos de serviços que encontraremos na Internet. Agora
existem os ASP - Apllication Solution Providers, que são empresas
especializadas no desenvolvimento de aplicações para a Internet. O número
de possíveis aplicações na Internet é absolutamente infinito. Veja o sucesso
no Brasil da entrega do Imposto de Renda pela Internet, tanto em termos de
comodidade para a população como em termos de redução de custos para,
no caso, o Governo.

Uma aplicação que temos grande interesse como cidadãos e


internautas é a votação eletrônica. Já existe um projeto em
andamento nos Estados Unidos que permitirá que a população
vote em eleições públicas de sua casa, pelo telefone ou pela
Internet. Estique mais um pouco este conceito e veja que
qualquer consulta poderá um dia ser feita diretamente à
população (isso demandará centros comunitários com acesso à
Internet para as classes sociais menos favorecidas, sim!).
Aisa Pereira Quando este dia chegar, estaremos dando um passo a mais no
sentido da democracia!

Mas, claro, isso demandará infra-estrutura de telefonia, TV a cabo, rádio,


eletricidade ou satélite. É preciso que as empresas comerciais ligadas a estes
segmentos invistam na infra-estrutura da Internet agora pensando num
mercado futuro lucrativo. Ainda mais antecipando que os internautas
certamente trocarão no futuro os seus modens de discagem para o provedor de
acesso por alguma forma de conectividade permanente ou acesso dedicado,
como modem a cabo, ADSL, satélite ou outros. A Intelig, que concorrerá com a
Embratel como backbone da Internet, estará investindo cerca de R$ 2,8
bilhões no Brasil até 2002. Até o ano que vem, a empresa pretende estar
operando com mais de 8.500 quilômetros de rotas de fibra óptica. Está
investindo agora para obter o retorno a médio prazo.

Em 1995, a Internet era o reduto de acadêmicos e de profissionais ligados à


Informática. A grande maioria dos internautas era curiosamente do sexo
masculino. A partir de 1999, a Internet invadiu os lares das sociedades
desenvolvidas e é hoje acessada por estudantes e profissionais de vários
segmentos econômicos. E isso é fantástico. O grande desafio da Internet,
porém, será prover acesso à população rural de países subdesenvolvidos que não
possuem infra-estrutura necessária para a conexão à Internet. Será esta
população, distante, pobre e sem educação, que mais lucrará com a riqueza de
informações e a facilidade de comunicação da Internet - imagine os benefícios
que eles poderão ter em termos de conhecimentos nas áreas de saúde, técnicas
agrícolas, educação básica, etc.!

A receptividade tida pela Internet entre nós brasileiros chama a atenção do


mundo. Uma pesquisa da NUA estima que o Brasil representou 88% dos US$
160 milhões de vendas online na América Latina em 1999. O Brazil tem no ano
2000 63% da população internauta da América Latina. O mercado de
internautas brasileiros é hoje suficientemente grande para manter uma
economia doméstica baseada no comércio eletrônico. O que nos tornou
diferentes dos países vizinhos? A maior quantidade de computadores
existentes no país e o nosso avançado e sofisticado sistema bancário que
educou a população quanto ao banco eletrônico e, de certa forma, está
facilitando a transição desta população para o comércio eletrônico.

Fonte: Análise de Aisa Pereira, especialista em Internet, em resposta a


entrevista "via e-mail" realizada por Neusa Rodrigues, jornalista do
Diário de Pernambuco (números atualizados).

A integração da voz a websites e aplicações Internet dará início a


uma nova era em comunicação. A escrita e a imagem eletrônica
receberão o reforço do timbre, calor e volume da voz humana,
numa forma em que nenhuma mensagem baseada em texto será
capaz de capturar. A voz será usada para ditar textos para
programas de e-mail, atender aos clientes pela Web, fazer
Jesse Berst,
teleconferências, criar e enviar vídeos, fazer reuniões com
Diretor Editorial
da tradução simultânea, etc. Você falará com os websites (em vez de
ZDNet usar o mouse) e a Web conversará com você! Que tal?
AnchorDesk
Fonte: Tendência publicada no Jesse Berst's AnchorDesk.
A Internet tem mudado muito nestas duas décadas desde o seu nascimento. Ela
nasceu numa era de time-sharing, mas sobreviveu numa era de PCs, cliente-
servidor e computadores em rede. A Internet foi desenhada antes das LANs
existirem, mas tem acomodado a nova tecnologia de rede e os servicos de ATM
e frame switch. Foi planejada para suportar uma série de funções, desde
compartilhamento de arquivos e logins remotos até a participação e colaboração
de recursos, e gerou o correio eletrônico e a Web. Mas, mais importante, a
Internet foi iniciada como a criação de poucos e dedicados pesquisadores e tem
crescido a ponto de se tornar um sucesso comercial com bilhões de dólares de
investimento anual.

Mas a Internet ainda está mudando. Apesar de ter a rede em nome e em


termos geográficos, a Internet é uma criatura do computador e não uma rede
tradicional de telefone ou de televisão. E, portanto, continuará a mudar e a
evoluir na velocidade da indústria dos computadores, se é para permanecer
relevante. A Internet está agora mudando para prover novos serviços como
transporte real time, para que possa suportar, por exemplo, transmissões de
áudio e vídeo. A disponibilidade da penetrante Internet, lado a lado com
computadores mais baratos e portáteis (laptop, two-way pagers, PDAs,
telefones celulares) e comunicações de baixo custo está tornando possível um
novo paradigma intinerante da computação e das comunicações.

Esta evolução nos trará novas aplicações como o telefone via Internet e, um
pouco depois, a televisão via Internet. A Internet está evoluindo para permitir
mais sofisticadas formas de preços e recuperação de custos, um talvez
dolorido requerimento neste mundo comercial. A Internet está mudando para
acomodar ainda outra geração de tecnologias básicas de rede com
características e requisitos diferentes, de acesso residencial de alta
velocidade a satélites. Novos modos de acesso e novas formas de serviço
gerarão novas aplicações que, por sua vez, expandirão ainda mais a Internet.

A questão mais premente do futuro da Internet não é como a tecnologia


mudará, mas como o processo de mudança e evolução será gerenciado. A
arquitetura da Internet tem sido sempre dirigida por um grupo central de
designers, mas a forma do grupo tem mudado na medida em que o número de
interessados tem crescido. Com o sucesso da Internet, tem havido uma
proliferação de jogadores, jogadores agora com investimentos econômicos e
intelectuais na rede. Nós agora vemos, em debates sobre o controle de
domínios na forma da nova geração de endereços IP, uma luta para achar a
próxima estrutura social que irá guiar a Internet no futuro. A forma da
estrutura será ainda mais difícil de achar dado o grande número de
interessados. Ao mesmo tempo, a indústria luta para achar um raciocínio
econômico para o largo investimento necessário para o crescimento futuro da
Internet. Se a Internet tropeçar, não será por falta de tecnologia, visão ou
motivação. Será porque nós não fomos capazes de definir uma direção e
marchar coletivamente no futuro.
Fonte: "A Brief History of the Internet", escrita por Barry M. Leiner,
Vinton G. Cerf, David D. Clark, Robert E. Kahn, Leonard Kleinrock,
Daniel C. Lynch, Jon Postel, Larry G. Roberts, Stephen Wolff.

Em 2008, a Internet será interplanetária, ou seja, teremos fluxo de


informações cruzando o sistema solar! A Internet interplanetária é hoje parte
de um programa da missão da NASA em Marte em andamento no Jet Propulsion
Laboratory. Em 2008, nós deveremos ter uma rede funcionando entre a Terra
e Marte que servirá como um backbone nascente do sistema interplanetário de
Internets. A InterPlaNet será a rede de Internets. Definitivamente, teremos
retransmissores interplanetários da Internet na órbita solar dos pólos de
forma que os retransmissores possam ver a maioria dos planetas na maioria do
tempo.

Fonte: "The Internet is for Everyone", escrito por Vinton. G. Cerf e


publicado na revista OnTheInternet.

O sistema permitirá redes no espaço profundo, composta de elementos como


robôs planetários, balões, penetradores, satélites orbitais, naves conduzidas e
talvez humanos - para falarem entre si e com a Terra na mesma maneira a
Internet permite hoje entre internautas conectados.

Estes "gateways" interplanetários, cada um com seu próprio endereço de


domínio, irão permitir que a Internet terrestre se conecte com o espaço da
mesma forma que os usuários da America Online usam o gateway da AOL para
acessar a Internet.

Segundo Vint Cerf, um dos pais da Internet e líder do time de cientistas que
estão definindo a arquitetura da InterPlaNet, o projeto não é ousado demais.
"As pessoas pensavam que o modelo de troca de pacotes (modelo tecnológico
totalmente inovador implantado com a Internet) era louco. O tempo para
pensar e planejar essas coisas (a InterPlaNet) é agora, porque nós sabemos por
experiência que tomam 20 ou 30 anos para se desenvolver". Adrian Hooke,
gerente do programa de padronização de operações de misões espaciais da
NASA no Jet Propulsion Laboratory e co-líder no projeto da InterPlaNet
acredita que "as analogias são muito fortes" entre as funções da Internet com
como a InterPlaNet funcionará no sistema solar. "Nós temos uma versão para o
espaço do protocolo TCP/IP que podemos entrar e sair agora mesmo".

À medida em que o espaço se torna cada vez mais ocupado com redes de
satélites e naves, os controladores das missões precisarão de um melhor meio
de coordenação de comunicação e de pesquisa. O problema é que o espaço, ao
contrário da Terra (que é conectada através de fibra - transmissão de fibra
tem mínimo erro e atraso e permite conectividade em tempo real), apresenta
grandes atrasos, entre segundos e horas, o que limita os contatos com as naves
(os links vão e vem, são interrompidos, etc.).
Então por que extender a Internet terrestre, que goza de alta banda e mínimos
atrasos, com o espaço, que hoje tem pequena banda e grandes atrasos?
Simples: para encorajar os mercados de tecnologia da Terra a ajudar. "Novos
mercados emergentes - satélites, wireless e redes específicas - não dispóem
hoje de um mercado forte", diz Hooke, "mas serão eles, com suas tecnologias
emergentes, que liderarão a Internet do espaço. Nós temos que ter empurrá-
los conosco. Se formos cuidadosos, poderemos trabalhar com mercados de
ponta da comunidade Internet e desenvolver um conjunto de capacidades
comuns e unificadas - e todo mundo ganha".

"Quanto mais cresce a velocidade dos sistemas terrestres", lembra Cerf, "o
atraso relativo devido à velocidade da luz aumenta. Os métodos que nós
usamos para fazer longas viagens interplanetárias podem também ser
aplicados para sistemas de super-velocidade na Terra". E o desenvolvimento
de tecnologias do espaço que são compatíveis com a tecnologia na Terra tem
o bônus extra de baratear as missões espaciais, já que os satélites de
comunicações poderão ser usados para ambos os fins.

Cerf prevê alguns cenários para 2008 quando diz que "em
2008, esperamos ter sete satélites em órbita ao redor de
Marte. Eles servirão como relays para o componente
interplanetário da InterPlaNet. Em 2018, naves conduzidas e
satélites poderão estar na órbita de Marte e, em 2030,
missões humanas poderão já ter estabelecido algumas
estações planetárias". Dr. Cerf acredita que estaremos
Dr. Vint Cerf, "pai" da colonizando o espaço apenas no século XXII.
Internet

: Além de conhecer sobre conceito, história e futuro da Internet, é muito


importante que você conheça o jargão dos internautas. Vamos ajudá-lo a
entender todos esses termos e gírias que os internautas usam. Isso facilitará
inclusive a sua comunicação com o suporte técnico do seu provedor. Se você
tiver um tempinho maior disponível, leia todas as palavras e os seus respectivos
significados. Se não (você sempre poderá voltar aqui quando precisar!), basta
procurar pela palavra que você quer saber o significado e, voilá!, você saberá
exatamente o que é!

Ad é um gráfico ou um banner de uma página web que, quando clicado, leva o


internauta a outro website.

Ad Click é o ato de clicar em um ad.


Ad View é a página que mostra o ad. Podem ser mostrados um ou vários "ads"
em um mesmo "ad view".

Anti-vírus é um programa de computador que localiza e corrige os estragos


feitos por programas de vírus.

ARPANET é a rede de compartilhamento de computadores da ARPA - Advanced


Research Projects Agency, que mais tarde evoluiu para a Internet.

Attachment é o nome que se dá a um ou mais arquivos que seguem anexados


(attached ou, aportuguesando, atachados) a uma mensagem eletrônica.

Autenticação é a técnica pela qual a Internet requer a identificação do


internauta através da digitação do seu username e password.

Backbone é a infra-estrutura formada pelas linhas de comunicação e o


hardware de transmissão e de recepção para acesso à Internet mundial vendido
aos provedores brasileiros pela Embratel, Global One, RNP e Intelig.

Backup é copiar arquivos para um segundo dispositivo (um outro drive ou


disquete) como medida de precaução no caso de haver algum problema com o
dispositivo original onde os arquivos se encontram. Uma das mais importantes
regras no uso de computadores é "faça o backup de seus arquivos
regularmente".

Bandwidth é: a) a medida em Kb de dados transferidos num tráfego de um


website; b) a capacidade de transporte da informação pelos fios, cabos e canais
que nos conectam no cyberspace - há um limite para a quantidade de dados que
qualquer tipo de fio/cabo/canal pode transportar num determinado momento,
mesmo no caso de fibras óticas; c) a capacidade de armazenamento de um
sistema.

Banner é um anúncio de propaganda colocado num website (banner em inglês


quer dizer estandarte).

BIT é a sigla para BInary digiT ou dígito binário.

BPS significa bits por segundo. É uma medida de velocidade de dados de


transmissão via modem.

Bridge é um equipamento que conecta duas redes locais (LANs) ou dois


segmentos de uma mesma LAN. Diferentemente dos roteadores ou routers,
bridges são protocolo-independente, enviando pacotes sem a capacidade de
otimizar rotas. Isso lhes dá velocidade, mas muito menos versatilidade.
Browser são programas de computador usados para localizar e visualizar
documentos em HTML. São esses programas que permitem a navegação no
ambiente WWW e a visualização de websites. Os browsers mais utilizados são
o Netscape e o Microsoft Explorer.

Buttons são botões ou selos ilustrativos que fazem parte da programação visual
do website.

Byte é uma medida de armazenamento em espaço em disco igual a 8 bits.

CGI significa Common Gateway Interface. São scripts que permite a inclusão
de formulários em páginas Web. Perl é a linguagem tradicional dos scripts CGI.

Click through rate é o percentual de usuários que clicam num "ad" exposto
numa página web.

Comércio eletrônico é a venda de produtos e serviços através da Internet.

Computador é um equipamento eletrônico capaz de ordenar, calcular, testar,


pesquisar e editar informações de acordo com instruções estabelecidas e
segundo uma representação binária, obedecendo a um conjunto de operações
aritméticas e lógicas.

Conta é uma permissão para acesso à Internet, normalmente simbolizada por


um login e uma senha. A conta é aberta e mantida num provedor de acesso
mediante o pagamento de mensalidades pelo internauta.

Cookies são arquivos contendo informações como nome e preferências dos


visitantes de um website. Esta informação é fornecida por cada internauta em
sua primeira visita ao site. O servidor do site visitado regista a informação num
arquivo e armazena este arquivo no disco rígido do internauta. Quando o
internauta retorna ao site, o servidor procura e acha o cookie e se auto-
configura de acordo com a preferências indicadas por cada internauta.

Correio eletrônico ou e-mail é o sistema de comunicação baseado no envio e no


recebimento de mensagens eletrônicas via Internet. Indica tanto o ambiente
da Internet onde você envia mensagens eletrônicas como a própria mensagem
eletrônica em si.

CPU quer dizer Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento.


É a unidade que leva e traz instruções da memória do computador e as
decodifica para controlar todas as outras partes do computador.

Criptografia é o embaralhamento do conteúdo de uma mensagem eletrônica ou


e-mail numa sequência de caracteres alfa-numéricos. É usada para dar maior
segurança ao envio de dados pela Internet.
Cyberspace é espaço eletrônico e onde ocorrem as transações na Internet.

DARPA ou Defense Advanced Research Projects Agency é a organização


central de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Defesa norte-
americano.

DHTML é a sigla para Dynamic Hipertext Markup Language. É um tipo de


linguagem utilizada para construir as páginas da Web e os websites com
recursos de acesso dinâmico.

Dial-Up é nome do programa utilizado pelo Windows para fazer a conexão do


internauta com o provedor de acesso à Internet.

Disco rígido é o disco interno ao computador onde os dados são armazenados.

DNS significa Domain Name Server. É um sistema hierárquico de bases de


dados distribuídas que converte um nome de domínio em um endereço IP do
computador/servidor Internet de um provedor de acesso e hospedagem de
websites.

Domínio é o nome de uma área reservada num servidor Internet que


corresponde ao endereço númerico de um website (endereço IP). No Brasil, os
domínios sempre terminam com .br (sigla do Brasil na Internet) e podem
apresentar vários tipos (.com para empresas comerciais, .org para empresas não
comerciais, etc.). Ex: aisa.com.br é um domínio brasileiro do tipo comercial (o
mais comumente usado).

Download é o ato de copiar um arquivo de um website qualquer disponível na


Internet para o seu computador pessoal.

Downtime é a quantidade de minutos e horas por mês nos quais o provedor fica
fora do ar para manutenção técnica preventiva e corretiva.

E-commerce ou comércio eletrônico é a realização de negócios através da


Internet.

E-mail significa correio eletrônico e indica tanto o ambiente da Internet onde


você envia mensagens eletrônicas como a própria mensagem eletrônica em si.

Endereço IP é o endereço de cada servidor conectado à Internet, de acordo


com o Internet Protocol.

Ethernet é um sistema de redes que transporta sinais (bits) para todos os


microcomputadores em rede.
FAQs (frequently asked questions) significa questões frequentemente
perguntadas. É um recurso muito útil no atendimento aos clientes pela
Internet, já que antecipa as perguntas dos clientes e as responde sob a forma
de página Web.

Filtros são formas de diminuir o escopo de consultas pela definição de áreas ou


tipos de dados a serem incluídos ou excluídos.

Firewall são softwares de proteção cuja missão é impedir a entrada de hackers


em empresas conectadas à Internet.

Formulários são páginas HTML usadas para coletar informações dos


internautas. São também chamadas "scripts".

Freeware são programas de computador de domínio público, ou seja, são


gratuitos e podem ser usados à vontade pelos internautas.

FTP ou File Transfer Protocol significa protocolo de transferência de arquivos


pela Internet. É o método padrão de enviar arquivos entre computadores pela
Internet.

Gateway é a porta de entrada de cada rede individual ligada à Internet.

GIF ou Graphic Interchange Format é um padrão gráfico que permite salvar


imagens em tamanho reduzido. É um formato de arquivo de imagem comumente
usado em páginas HTML.

Gopher é um sistema anterior à World WideWeb (WWW), que organizava e


mostrava arquivos dos servidores Internet em formato texto,
hierarquicamente estruturado. Com a Web, os bancos de dados do Gopher tem
sido transformados em Web sites, muito mais versáteis e fáceis de acessar.

Hackers são especialistas em violar sistemas de computação.

Hardware é a estrutura e as peças eletrônicas, magnéticas e mecânicas de um


computador.

Hiperlinks são palavras ou ilustrações pré-estabelecidas como pontos de saltos.


Quando clicadas, provocam a transferência para outro assunto ou página Web.
Hiperlinks são comumente chamados links.

Hipermídia é a mídia que inclui gráficos, sons e vídeos.

Hipertexto é o texto em formato de cruzamentos. O hipertexto permite os


saltos de um assunto para outro ou de uma página para a outra através de
hiperlinks ou links.
Hit é qualquer ação de um internauta quando visitando um website, seja ver uma
página ou download um arquivo.

Homepage é a página de entrada ou página principal de um website. É nesta


página que estão os links para as demais páginas do website.

Hospedagem é o ato de armazenar websites de clientes por parte de um


provedor de acesso.

Host é um computador numa rede de computadores.

HTML ou Hyper Text Markup Language é a linguagem padrão utilizada para


construir os documentos Web (websites).

HTTP ou Hyper Text Transfer Protocol é o protocolo padrão que permite a


transferência de dados na Web entre os servidores e os browsers. É este
protocolo que permite os saltos de uma página para a outra através dos links do
hipertexto.

Hub é um ponto comum de conexão para equipamentos em rede. São


normalmente usados para conectar os segmentos de uma LAN.

Internet é a rede mundial de computadores interconectados. É o sistema de


informação global que: a) é logicamente ligado por um endereço único global
baseado no Internet Protocol (IP) ou suas subsequentes extensões; b) é capaz
de suportar comunicações usando o Transmission Control Protocol/Internet
Protocol (TCP/IP) ou suas subsequentes extensões e/ou outros protocolos
compatíveis ao IP; e c) provê, usa ou torna acessível, tanto publicamente como
privadamente, serviços de mais alto nível produzidos na infra-estrutura
descrita.

Internauta é a gíria usada para identificar o usuário da Internet, a pessoa que


usa a Internet para comunicação, pesquisa, trabalho e/ou lazer.

Intranet é uma rede baseada em protocolos TCP/IP (uma internet) que


pertence a uma empresa e que é acessada apenas pelos membros e funcionários
da empresa (e, eventualmente, também por outras pessoas que tenham
autorização para tal). Como a Internet, intranets são usadas para compartilhar
informações.

IP, ou Internet Protocol, é o protocolo da Internet. É este protocolo que


identifica, localiza e estabelece conexão entre computadores ligados à
Internet.

IRC significa Internet Relay Chat. Também conhecido como "bate-papo", é um


ambiente que permite comunicação escrita online entre usuários da Internet.
ISP significa Internet Service Provider ou provedor de acesso à Internet.

JPG ou JPEG é a sigla para Joint Photographic Experts Group. É um formato de


arquivo de imagem comumente usado em páginas HTML.

KB significa KiloByte. É uma medida de armazenamento em espaço em disco


igual a 1.024 bits.

KbPS é a sigla para Kilobits Per Second. É uma medida de velocidade de


transmissão de dados. 1 KbPS = 1.000 BPS (bits por segundo).

LAN significa Local Area Network. É uma rede local de computadores


localizados em uma área relativamente pequena.

Laptop é um computador pequeno e portátil que você pode colocar no seu colo
(top=em cima e lap=colo em inglês). Também conhecido como notebook.

Links são palavras ou ilustrações pré-estabelecidas como pontos de saltos.


Quando clicadas, provocam a transferência para outro assunto ou página Web.

Lista de discussão é um programa que reúne vários endereços de correio


eletrônico de pessoas interessadas em um assunto específico. Este programa
redistribui a todos os mails que tenham sido passados por qualquer um dos
participantes da lista.

Log é um arquivo criado por um servidor web que contém todas as informações
de acessos à Internet considerando a atividade do servidor.

Login pode significar: a) o ato de acessar a Internet; b) o seu nome de usuário


para o acesso à Internet (cadastrado em um provedor em conjunto com uma
senha) ou para o acesso a um website que porventura exija um cadastramento
prévio do internauta (neste caso, o cadastramento do login é feito no website).

MB significa MegaByte. É uma medida de armazenamento em espaço em disco


igual a 1.024 KB ou 1.048.576 bits.

MbPS significa Megabits Per Second. É uma medida de velocidade de


transmissão de dados via modem. 1 MbPS = 1.000 KbPS = 1.000.000 BPS.

Micreiro é aquele que passa muito tempo trabalhando ou brincando com o


auxílio de um micro-computador.

Micro-computador é um computador de pequeno porte. É também chamado PC,


sigla para Personal Computer (computador pessoal).
Modem é a sigla para MOdulator/DEModulator. É um equipamento que
transforma os sinais digitais de seu microcomputador em sinais analógicos que
podem viajar através de uma linha telefônica. O som que você ouve quando faz a
discagem para o seu provedor de acesso informa que a ligação foi feita e que os
sinais analógicos enviados do seu micro chegaram em um dos modens de
recepção do provedor. A partir daí, os sinais analógicos são convertidos
novamente em informação digital, tornando possível o seu acesso à Internet.

Navegação é o processo de se mover de um website para outro seguindo links.

NCP significa Network Control Protocol, ou protocolo de controle de redes.

Nerd significa micreiro bitolado e compulsivo.

Netiquette é a etiqueta da Internet.

Newsgroups são grupos de notícias sobre assuntos diversos enviadas a


internautas pré-cadastrados.

Node é uma unidade da informação.

Notebook é um computador pessoal pequeno, leve e portátil. Notebook =


caderno em inglês.

On-line significa ligado e conectado. Usuários estão on-line quando estão


conectados com a Internet através de um modem.

Page view é o número de hits exclusivamente para páginas HTML. É também


chamado "page impression".

Página é o conjunto de textos e ilustrações que são mostrados em uma mesma


tela.

Password quer dizer palavra-chave ou senha. Normalmente é associada a um


login por questão de segurança.

Plataforma é o sistema operacional utilizado pelo internauta (Windows 95, NT,


Unix, etc.).

POP significa Point of Presence. São os pontos de presença dos backbones


Internet em cada cidade onde o backbone oferece serviço aos provedores de
acesso.

Portal é uma página ou website que agrega vários links e serviços, servindo
como porta de entrada ou ponto de partida para a navegação de internautas.
Protocolo é um formato estabelecido para a transmissão de dados entre dois
dispositivos de computadores (drives, impressoras e modens, por exemplo).
Protocolos definem o tipo de consistência e checagem de erros, o método de
compressão de dados, a forma como o dispositivo de envio indicará que a
mensagem está terminada e a forma como o dispositivo de recebimento
indicará que recebeu a mensagem.

Provedor de acesso é uma empresa que provê acesso à Internet aos seus
clientes através da manutenção de uma central de linhas telefônicas exclusivas
ligadas aos seus servidores de serviços Internet.

Provedor de informação é uma empresa que provê informações variadas em seu


website.

Referrer é a URL de uma página HTML que refere a um website.

Roteador ou router é um equipamento que conecta qualquer número de LANs e


otimiza o roteamento das conexões Internet.

Search engines são websites onde os internautas fazem buscas na Web a


partir de palavras-chave.

Senha é uma palavra qualquer escolhida pelo usuário que, em conjunto com o
login, serve para liberar o acesso do usuário à Internet ou a websites que
porventura exijam senha para entrada.

Servidor é o computador que administra e fornece programas e informações


para os computadores conectados em sua rede.

SET é a sigla para Secure Eletronic Transaction. É um padrão de segurança


utilizado em websites de comércio eletrônico.

SGML significa Standard Generalized Markup Language. É um sistema de


"tags" que permite que as especificações da linguagem sejam interpretadas por
vários sistemas de formas variadas, mas assegurando a formatação dos
documentos Web.

Shareware é o nome dado aos vários programas de computador ou softwares


disponíveis na Internet para avaliação e uso gratuito por tempo limitado.

Shopping virtual é um website que agrupa websites de empresas que vendem


produtos e serviços na Internet.

Site é o conjunto de páginas ou lugar no ambiente Web da Internet que é


ocupado com informações (texto, fotos, animações gráficas, sons e até vídeos)
de uma empresa ou de uma pessoa. É também o diminutivo de website.
Software são os programas, dados e rotinas desenvolvidos para computadores.
Os programas de software precisam ser instalados nos computadores para que
eles passem a desempenhar determinadas funções.

Spam é o envio de e-mails comerciais não solicitados - um grave erro e fonte de


problemas na Internet.

Spider é um programa automatizado que faz buscas pela Internet.

Suporte ou suporte técnico é o serviço de apoio técnico disponibilizado pelo


provedor aos seus clientes de acesso à Internet.

Tags são comandos inseridos num documento que definem como o documento
deve ser formatado. Tags são usadas pelas especificações de formatação que
armazenam documentos como arquivos texto, incluindo SGML e HTML.

TCP/IP quer dizer Transmission Control Protocol/Internet Protocol (ou


protocolo de controle de transmissão/protocolo Internet). É o protocolo que
satisfaz as necessidades de um ambiente de redes de arquitetura aberta como
a Internet.

Telnet é uma aplicação onde o internauta acessa um servidor remoto pela


Internet.

UNIX é um sistema operacional de alta performance escrito em C (linguagem


de alto nível).

Upgrade é melhorar as condições de desempenho de micro-computadores,


velocidade de linha telefônicas, etc.

URL significa Uniform Resouce Locator. Uma URL é um endereço virtual que
indica exatamente onde as informações da empresa ou da pessoa se encontram.
A primeira parte do endereço indica que protocolo está sendo usado e a
segunda parte do endereço especifica o domínio onde o recurso está localizado,
no formato http://www.domínio.tipododominio.sigladopaís.

Vírus é um programa de computador que foi desenvolvido intencionalmente para


se associar a outro programa de computador, de forma que quando este
programa roda o programa do vírus também roda, replicando-se
indefinidamente por associar-se a outros programas.

VRML ou Virtual Reality Modeling Language é um padrão de programação que


permite modelagem e navegação em terceira dimensão na Web.
W3C significa World Wide Web Consortium e é a organização oficial para os padrões
Web, especialmente HTTP, HTML e XML. O W3C foi fundado em 1994 por Tim
Berners-Lee, considerado o inventor da Web.

WAN ou Wide Area Network é um sistema de LANs interconectadas através


de linhas telefônicas ou ondas de rádio.

WAP ou Wireless Application Protocol é uma especificação segura que permite


aos usuários acessar informações e a Internet através de equipamentos
portáveis, móveis e wireless como celulares e pagers.

Web é o ambiente multimídia Internet, também conhecido como WWW.

Webmaster é o profissional responsável por um ou mais websites.

Website é um conjunto de páginas ou lugar no ambiente Web da Internet que é


ocupado com informações (texto, fotos, animações gráficas, sons e até vídeos)
de uma empresa ou de uma pessoa.

WWW significa World Wide Web e é o ambiente multimídia da Internet, a


reunião de texto, imagem, som, vídeo e movimento na Internet.

XML significa eXtensible Markup Language. É uma linguagem baseada em SGML que
está sendo desenvolvida pelo W3C para uso em páginas e documentos Web.
XML é uma linguagem mais funcional que HTML.

Lembre-se: você poderá voltar quantas vezes quiser nesta página do Dicionário.
Basta você querer! E se você quiser saber mais definições dos termos ligados à
Internet e à Informática, dê uma navegada pela Webopedia (da internet.com) e
pela Acromania (da ZDNet). Estão em inglês, mas são uma grande fonte de
referência!

Enquanto os serviços de correio tradicional distribuem menos de 300 milhões


de cartas por dia, mais de 2 bilhões de e-mails ou correios eletrônicos são
enviados por dia!

Nesta aula, vamos aprender sobre a história, o que é, as vantagens e como


usar o correio eletrônico. É importante lembrar (e talvez rever) as regras
aprendidas na nossa Aula 10 - Netiquette para que os textos dos seus e-mails
ou mensagens eletrônicas sejam sempre corretamente interpretados e bem-
vindos.

A História do Correio Eletrônico


O correio eletrônico foi a primeira aplicação surgida na Internet, com o
objetivo de facilitar a comunicação e a troca de idéias e observações entre o
grupo de acadêmicos que estava construindo e experimentando a Internet. Os
documentos mais antigos da comunidade eram distribuídos via correio
tradicional, eram portanto pouco ágeis e apresentavam conjuntos de idéias
desenvolvidas por pesquisadores de um determinado lugar para o resto da
comunidade. Depois que o e-mail ou correio eletrônico começou a ser utilizado,
a velocidade da comunicação o padrão de autoria dos trabalhos mudaram. Os
documentos passaram a ser apresentados por co-autores com uma visão comum,
independentemente de suas localizações. E a capacidade e a velocidade de envio
da comunicação e da resposta à comunicação aumentaram exponencialmente.

O Que É o Correio Eletrônico


O correio eletrônico é um tipo de correio disponível pela Internet onde você
usa uma caixa postal eletrônica simbolizada por um endereço do tipo
seunome@nomedoseuprovedor.com.br. Esta caixa postal eletrônica tem o
mesmo conceito da caixa postal tradicional: sabendo do endereço da sua caixa
postal, qualquer pessoa poderá enviar uma mensagem eletrônica para você.
Todas as mensagens enviadas para você ficam armazenadas nos servidores de
e-mail do seu provedor até a hora em que você acesse a Internet (você precisa
estar conectado à Internet para receber seus e-mails) e dê o comando para
recebê-las, baixando-as para o seu microcomputador pessoal.

As Vantagens do Correio Eletrônico


A aplicação básica do correio eletrônico é a comunicação entre duas ou mais
pessoas. Esta comunicação pode ser de caráter pessoal (entre familiares e
amigos) e de caráter profissional (entre funcionários da mesma empresa,
parceiros de empresas distintas, clientes e fornecedores ou prestadores de
serviços, profissionais e imprensa, etc). O e-mail tem grandes vantagens:

 é ágil: toma segundos ou minutos para chegar até à caixa postal do


destinatário, em qualquer parte do mundo;
 é de graça: você não paga por e-mail enviado ou recebido, mas apenas
uma mensalidade ao seu provedor pelo acesso à Internet;
 é escrito: facilita o acompanhamento de solicitações;
 permite o envio de mensagens para muitas pessoas ao mesmo tempo;
 permite respostas a mails recebidos;
 permite encaminhamentos de mails recebidos a terceiros;
 permite o envio de arquivos de dados anexados: imagine que beleza
poder receber um arquivo integral em seu formato original para
trabalho ou consulta..
 do ponto de vista de quem recebe e-mails, ele é também muito cômodo,
já que as mensagens são recebidas na caixa postal particular do
destinatário e lá ficam à espera que ele(a) as acesse.

Como Usar o Correio Eletrônico


Os comandos de controle da sua caixa postal eletrônica são dados através de
programas de software. Como conversamos na Aula 5, os maiores browsers do
mercado (Netscape e Internet Explorer) dão duas grandes vantagens aos novos
internautas: são obtidos de graça na própria Internet e já trazem incluído
programa de correio eletrônico. Tanto um como outro são muito bons. E os
comandos são praticamente iguais para você enviar e receber e-mails. Veja
abaixo:

A tela do seu programa de correio eletrônico é dividida em cinco áreas:


 Área de Comandos
 Área de Pastas
 Área da Agenda
 Lista dos E-mails Recebidos
 Textos dos E-mails Recebidos

Vamos ver cada uma destas áreas em detalhe:

 Área de Comandos: Nesta área estão os comandos principais o


programa de correio eletrônico. Observe que um mesmo comando pode
ser acionado clicando na linha do topo (onde aparece File/Arquivar,
Edit/Editar, View/Ver, Tools/Ferramentas, Message/Mensagem e
Help/Ajuda) ou no ícone dos comandos mais utilizados
(Send/Receive/Enviar/Receber, New Mail/Novo Mail,
Reply/Responder, Reply All/Responder a Todos, Forward/Encaminhar,
Print/Imprimir, Move To/Mover Para, Delete/Apagar,
Addresses/Endereços e Find/Achar). Os botões dos ícones são uma
forma inteligente dos programas de e-mail para agilizar o seu dia-a-dia
usando o programa.
Tudo é muito auto-explicativo, mas é bom vermos em detalhe os
principais comandos a serem utilizados no uso de sua caixa postal
eletrônica:

o Send/Receive ou Enviar/Receber é o botão que deve ser clicado


tanto na hora em que você deseja enviar o mail que você acabou
de escrever como na hora em que você deseja receber mails que
foram endereçados para você. Não esqueça que você deverá
estar conectado à Internet para que este comando seja
obedecido;
o New Mail ou Novo Mail é o botão que deve ser clicado na hora
em que você deseja escrever um novo mail. Ao clicar neste
botão, uma pequena janela aparecerá mostrando vários campos:

No campo To: você vai escrever o endereço da caixa


postal do destinatário principal. Você também poderá
enviar o mesmo mail para mais de um destinatário
principal - para isso basta separar o endereço de cada
destinatário com uma vírgula e um espaço em branco.

No campo Cc: você vai escrever o e-mail das pessoas


para as quais você quer mandar uma cópia da mensagem.
No campo Subject: você vai escrever o título da sua
mensagem. E no campo branco em aberto você vai
escrever o texto da sua mensagem.

Depois de finalizada a digitação do texto da mensagem,


basta clicar no botão Send/Enviar para enviar o e-mail.
Muito simples, não é mesmo?
Um botão importante na janela de mails é o botão do
Attach/Anexar. Com este botão, você poderá enviar
arquivos de qualquer tipo (documentos, planilhas,
gráficos, fotos) anexados às suas mensagens. Clicando
neste botão, o programa lhe perguntará onde está o
arquivo a ser atachado. Localize-o no seu disco rígido
(ou em um disquete) e clique novamente em "Attach".

o Reply/Responder é o botão que deve ser clicado na hora em que


você recebe uma mensagem e quer respondê-la unicamente ao
remetente da mensagem.

Observe que abre a mesma janela do Novo Mail só que agora os


campos To: e Subject: já vem preenchidos. Isto porque o
programa sabe que você está dando uma resposta a quem lhe
enviou o mail. O campo do texto da mensagem também já
mostra a mensagem original para a qual você está dando uma
resposta. A sua resposta deve ser escrita em cima da
mensagem original, ok?

o Reply All/Responder a Todos é o botão que deve ser clicado na


hora em que você recebe uma mensagem e quer respondê-la ao
remetente e a todos aqueles que porventura tenha recebido
uma cópia da mensagem (e que aparecem no campo Cc:).
o Forward/Encaminhar é o botão que deve ser clicado na hora em
que você recebe uma mensagem e quer encaminhá-la para
alguém que não a recebeu anteriormente.
Perceba que o campo To: está agora em branco, ao
contrário do que vimos anteriormente quando estudando
o botão de Reply/Responder. Isto porque você não
estará respondendo a um mail, mas sim encaminhando o
mail para um terceiro. Note também que o programa
colocou um Fw:, diminutivo de Forward e indicação de
encaminhamento, na frente do Subject: ou título da
mensagem.

o Print/Imprimir é o botão que deve ser clicado quando você quer


imprimir um mail recebido.
o Move To/Mover Para é o botão que deve ser clicado quando
você quer armazenar o arquivo em uma pasta de mensagens
eletrônicas. Você pode criar quantas pastas quiser para
administrar mais facilmente o seu correio eletrônico.
o Delete/Apagar é o botão que deve ser clicado quando você quer
apagar/excluir o mail recebido.
o Addresses/Endereços é o botão que deve ser clicado quando
você quer acessar a sua agenda de endereços de caixa postal
ou correio eletrônico.

Na janela da Agenda, você poderá incluir (clicando no


botão de New/Novo) ou excluir contatos, assim como
selecionar destinatário(s) para os seus mails.
o Find/Achar é o botão que deve ser clicado quando você quer
achar uma mensagem específica entre as suas pastas (qual
pasta?.. você não sabe..).
 Área das Pastas: Nesta área estão as pastas de e-mails ou mensagens
eletrônicas. Existem pastas que já vem criadas com o programa de e-
mail:
o Inbox/Caixa de Entrada é a pasta onde são colocados todos os
novos mails que você recebeu. Se você não mover os mails
recebidos para pastas específicas (nós recomendamos, já que
facilitam a administração das suas correspondências), eles
permanecerão no Inbox.
o Outbox ou Caixa de Saída é a pasta onde ficarão os mails que
você redigiu e quer enviar quando você está escrevendo sem
estar conectado à Internet - muitas pessoas fazem isso:
escrevem todos os mails que desejam enviar (especialmente os
longos) sem estarem conectados à Internet, para reduzir o
custo da conta telefônica. Assim que você se conectar à
Internet, os mails que estão no Outbox são automaticamente
enviados.
o Sent Items/Itens Enviados é a pasta onde ficam armazenados
todos os mails que você enviou.
o Deleted Items/Itens Deletados é a pasta para onde são
trasnferidas as mensagens que você porventura deletar/excluir.
o Drafts/Rascunhos é a pasta onde são armazenadas mensagens
salvas durante sua redação para posterior conclusão.

Mas você pode criar novas pastas facilmente. Basta clicar em


File/Arquivo, New/Novo, Folder/Pasta, conforme abaixo. Escolha um
nome representativo para cada nova pasta criada, de acordo com o teor
das mensagens que nela ficarão armazenadas, ok?
 Área da Agenda: Esta é uma área existente no Outlook Express,
programa de e-mail que vem com o browser Internet Explorer, embora
o Netscape também tenha a mesma facilidade sob o nome Address
Book. A Agenda dos programas de e-mail pode armazenar nome, cargo,
empresa, e-mail, telefone e outros dados pessoais de seus contatos. A
principal vantagem de usar a Agenda é facilitar e agilizar a seleção de
destinatários para o seu mail. Para selecionar um destinatário, basta
digitar o nickname/apelido do destinatário cadastrado na Agenda para
que o programa localize o endereço do correio eletrônico do
destinatário.
 Lista dos E-mails Recebidos: Nesta área aparecem as identificações
dos mails armazenados na pasta ativa/selecionada, incluindo remetente,
assunto e data/hora de recebimento de cada mail. Mudando a pasta
(para isso, basta clicar em cima do nome da pasta), mudam os tópicos
dos mails que aparecem nesta área. Novos mails sempre aparecem na
pasta Inbox.
 Textos dos E-mails Recebidos: Se na área da Lista dos E-mails
Recebidos aparecem as identificações dos mails da pasta selecionada,
na área de Textos dos E-mails Recebidos aparece o texto completo
de cada mail selecionado que compor a pasta ativa. Para ler o texto de
um mail, basta clicar em cima do remetente, assunto e data/hora de
recebimento do mail desejado (que deve estar sendo mostrado na área
de Lista dos E-mails Recebidos).

: Existem hoje centenas de milhares de listas de discussão ou mailing lists. Elas


são importantíssimas na discussão de assuntos entre pessoas com interesses
em comum. Vamos ver o que são, como funcionam, o que é necessário para
participar, quais são as fontes de referência das listas em geral, e por que
você deve participar de uma ou mais listas de discussão, ok?

O Que São as Listas de Discussão:


Listas de discussão ou mailing lists são listas de endereços de correio
eletrônico de pessoas interessadas em determinados assuntos. Uma lista de
discussão é formada quando existe um número relativamente grande de pessoas
que pretendem discutir algum assunto online, através de e-mails. Quando esse
número torna difícil ou impraticável o endereçamento do mail para cada um dos
destinatários (imagine colocar o endereço eletrônico de cada destinatário
quando existirem dezenas ou centenas deles), o recurso mais prático e barato é
criar ou usar uma lista de distribuição. Neste caso, quando você desejar enviar
um mail para todos os participantes da lista, você passará a escrever apenas um
endereço como destinatário: nomedalista@nomedoprovedor.com.br.

Entendendo Como Funcionam as Listas de Discussão:


Quando você envia uma mensagem para o endereço eletrônico da lista, um
programa de computador no servidor de correio eletrônico do seu provedor
(Majordomo ou Listerver) automaticamente re-distribui a mensagens para os
endereços eletrônicos dos participantes da lista. Todos os participantes da
lista que recebem o mail podem respondê-lo também pela lista (isto é
importante: o endereço da lista passará então a ser o remetente e o
destinatário automático quando você usar o botão de Reply/Responder para
responder ao mail enviado pela lista). Assim os participantes poderão discutir
assuntos em comum e obter opiniões de especialistas também participantes
da lista. Muito prático e inteligente, não é mesmo?

Como Posso Passar a Participar de uma Lista?


Você pode facilmente se tornar membro de uma lista. Basta que você se
inscreva nela. Para se inscrever, obtenha o endereço de correio eletrônico da
lista desejada e solicite a sua participação. O programa de computador que
gerencia as listas lerá seu endereço eletrônico e automaticamente adicionará o
seu e-mail à lista de participantes da lista. Normalmente uma mensagem de
boas-vindas padrão, contendo dicas e instruções, é enviada aos participantes
recém-chegados à lista.

Onde Posso Ver Que Listas Existem ou Posso Criar uma Nova Lista?
Você pode saber de listas através de duas maneiras: através de um
convite/indicação pessoal para participar de alguma lista específica ou
pesquisando na própria Internet. Existem websites que divulgam endereços de
listas de distribuição e dão as dicas para inscrição:

Listas.BR - http://listas.actech.com.br - você já ouviu falar do


Listas.BR? É o maior catálogo de listas em português! Várias listas
brasileiras sobre informática (inclusive a lista MeuPovo, bem famosa),
saúde, educação, economia, cinema, etc. podem ser encontradas aqui. E
você vai poder assinar qualquer uma delas facilmente, basta escolher a
lista que lhe interessa e seguir as instruções online!

Catalist - http://www.lsoft.com/lists/listref.html - o Catalist é o


catálogo oficial das listas LISTSERV. Informações (como registar,
inclusive) sobre mais de 27 mil listas na Internet, indexadas por
assunto e país de origem.

e-Groups - http://www.egroups.com - permite a criação de novas listas


com grande facilidade. De graça. Você também poderá participar de
listas públicas já criadas e disponíveis no website. No caso de listas
privadas, o convite para inscrição chega a você via e-mail - e você
confirma o seu interesse de participar da lista também via e-mail.

Liszt - http://www.liszt.com - enorme diretório de listas de discussão.


São mais de 90 mil listas disponíveis para consulta e registro.

Tile Net - http://www.tile.net - permite buscas de listas por nome,


descrição e domínio, bem como a construção de listas gratuitas de
dicussão e informação. Visite-os e verifique que listas existem na sua
especialidade profissional.

Por Que Você Deve Participar de Uma ou Mais Listas de Discussão?


Participar de uma lista de distribuição é um meio de educação continuada, nós
lhe garantimos! Há sempre um ponto de vista novo, uma perspectiva diferente
de um participante que engrandece os demais (profissional e pessoalmente), e,
que beleza, a oportunidade de poder ouvir ou contactar especialistas na sua
área. Já tivemos grandes alegrias participando de listas em nossas áreas de
trabalho e interesses específicos e, por isso, sugerimos que você não perca
tempo. Procure listas do seu interesse e comece a participar. Quem sabe você
até não inicia uma lista nova e ela se torna um grande sucesso? Vimos na aula
sobre e-mails que podemos transferir arquivos anexando-os a mensagens
eletrônicas através do botão de Attach/Anexar. A grande vantagem deste tipo
de transferência de arquivos é que você envia o(s) arquivo(s) diretamente para
o destinatário. A desvantagem deste tipo de transferência é a menor rapidez
no envio e recebimento da mensagem, especialmente se o arquivo for grande
(mais de 5 Mb).

Entretanto, existe um ambiente na Internet que é específico para a troca de


arquivos de maior tamanho e com maior rapidez (embora o envio do arquivo não
seja feito diretamente à caixa postal do destinatário, mas sim a uma área
pública do servidor de FTP do seu provedor). FTP significa File Transfer
Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos e, como o nome diz, é o
protocolo para a transferência eficiente e confiável de arquivos entre
servidores distintos, possibilitando o armazenamento remoto de arquivos, bem
como a recuperação de arquivos de outros servidores ou bibliotecas públicas.

O FTP tem como objetivos promover o compartilhamento de arquivos, sejam


eles programas ou de dados, encorajar indiretamente o uso de servidores
remotos que funcionam como backup, proteger os internautas de variações em
sistemas de armazenamento de arquivos entre servidores e transferir dados
com confiabilidade, rapidez e eficiência. E apesar de ser usável diretamente
pelo internauta, foi desenvolvido para uso por parte de programas de
computador.

Os mais conhecidos programas de FTP são o WS-FTP e o CuteFTP:

 O WS-FTP é considerado o mais rápido programa de FTP na plataforma


Windows. Com o WS-FTP você poderá se conectar a qualquer servidor
de FTP, fazer pesquisas entre diretórios FTP e arquivos de dados e de
programas e transferir arquivos em qualquer direção - do servidor FTP
para o seu micro ou do seu micro para o servidor FTP - rapidamente. É
um programa que está disponível na Internet para download (ou seja,
você poderá trazer o arquivo de um servidor qualquer da Internet para
o seu microcomputador pessoal). Clique aqui para ser levado ao website
do WS-FTP. O WS-FTP pode ser pego de graça em seu site, mas o
período de utilização gratuita se restringe a 30 dias.

O WS-FTP é relativamente fácil de ser usado. Com algumas pequenas


variações entre versões, existem duas telas de login, como a seguir. Na
primeira tela, você indicará o nome do servidor de FTP do seu provedor,
o seu login e a sua senha de acesso (peça ajuda ao suporte técnico do
seu provedor, se precisar). Isso será o bastante para conectá-lo ao
servidor de FTP (lembre-se que você deverá estar conectado à
Internet para poder se conectar ao servidor de FTP).

A segunda tela mostra o disco rígido do seu microcomputador do lado


direito e o seu espaço em disco remoto no servidor do seu provedor.
Clicando em algum dos arquivos e depois em uma das setas, você poderá
tanto fazer o upload de arquivos (quando você estiver enviando um ou
mais arquivos que estão no disco do seu micro para o disco remoto do
servidor do provedor) como o download de arquivos (quando você
estiver trazendo um arquivo que estiver num servidor Internet qualquer
para o disco do seu microcomputador).
 O CuteFTP é divulgado no mercado como sendo o mais popular programa
de FTP e pode ser downloadado a partir daqui. Funciona da mesma
maneira que o WS-FTP. O CuteFTP pode ser obtido de graça na
Internet, sem período limite para sua utilização.

Outra forma de fazer download de arquivos é visitar os chamados FTP sites, na


própria Web. Um dos maiores é o Tile Net/FTP, que lista centenas de áreas
públicas de FTP classificadas por conteúdo ou país de origem. Agora vamos
conhecer o que são os chats e como funcionam. Pela capacidade interativa e
imediata dos chats, eles se tornaram um grande sucesso entre crianças,
adolescentes e adultos à procura de novas amizades.

O Que São os Chats?


Chat ("conversa", em inglês) é o nome popular que foi dado para o IRC
(Internet Relay Chat). O IRC ou chat é o encontro virtual onde pessoas podem
se encontrar e conversar em tempo real através de mensagens escritas, tanto
participando de discussões grupais em um dos milhares de canais de IRC como
conversando em particular com amigos e familiares.

O valor do IRC vai depender de como você irá usá-lo. O IRC pode lhe fazer
companhia em momentos de folga, pode torná-lo mais próximo de familiares e
amigos distantes e pode ajudar a reduzir o valor da sua conta telefônica (é sem
dúvida mais barato do que uma ligação telefônica interestadual ou
internacional). Mas também pode se tornar um vício que pode atrapalhar seus
estudos, trabalho e vida familiar. É importante que você saiba que existem
muitas salas virtuais de chat (mIRC e acesso pela Web) que exploram sexo e
lixo cultural, mesmo sob nomes que não causam suspeitas. Por isso,
recomendamos atenção, responsabilidade, educação e, especialmente,
supervisão familiar com crianças e adolescentes que gostem de acessar o chat.
Por outro lado, o IRC pode servir de ponte entre pessoas de diferentes regiões
e de fonte de informações em situações de emergência. O IRC ficou famoso
internacionalmente em 1991, durante a Guerra do Golfo, quando relatórios
atualizados foram distribuídos na Internet e a maioria dos usuários do IRC se
reuniu num só canal para ouví-los e comentá-los. A mesma coisa aconteceu
durante o movimento contra Boris Yeltsin em 1993, quando usuários do IRC de
Moscou deram depoimentos ao vivo sobre a situação instável que estavam
atravessando. Nestes momentos, os chats prestaram grande serviço à
humanidade.

Como Funcionam os Chats?


Existem três formas de "conversar" pela Internet. Você pode tanto utilizar o
mIRC, como utilizar o ICQ ou como acessar salas de chat pela Web. Vamos
dar uma olhada em cada uma dessas formas:

mIRC: Para entrar nos canais do IRC (salas virtuais,


normalmente com um certo tópico de conversação), você
poderá usar o mIRC, programa que o conectará a um servidor
da rede de IRC na Internet. Todos os servidores de IRC no
mundo estão interconectados e passam mensagens de usuário
para usuário através da rede de IRC.

O website do mIRC dá detalhadas instruções em inglês sobre como


fazer o download (é de graça!), instalar, configurar e usar o programa.
Mas dê também uma olhada na página do Suporte ao mIRC da Elógica
(as dicas são simples e fáceis de seguir) e navegue pelo
vIRCiados.com.br, o maior site sobre IRC na língua portuguesa (quase
100 páginas sobre IRC)!

Para participar de um chat, o internauta deve acessar uma sala virtual


de chat (que pode ter capacidade de acomodar até mil usuários
simultâneos) onde poderá conversar com quem estiver na sala enquanto
permanecer por lá. Este é um dos incovenientes do chat. Ao contrário
do e-mail, o chat exige que a comunicação entre duas ou mais pessoas
seja feita exclusivamente se elas estiverem presentes na mesma sala
de chat e no mesmo horário.. Por outro lado, a capacidade de poder
se comunicar ao vivo e na mesma hora com outra(s) pessoa(s) é
simplesmente fantástica!

ICQ: ICQ (I Seek You! ou, traduzindo, Eu Procuro Você!) é uma


ferramenta Internet que deixa você saber quem está online
(acessando a Internet naquele momento) e contactar quem você
desejar. Ao contrário do mIRC (onde você entra em salas virtuais
e só então vê quem está lá), o ICQ faz a pesquisa para você
avisando quando seus amigos e familiares se conectaram na
Internet. Com o ICQ você pode enviar e receber mensagens
escritas em tempo real (exatamente como no mIRC), enviar
arquivos (pequenos), brincar com jogos ou simplesmente navegar
em conjunto com outros internautas.

Como o ICQ sabe quem está conectado na Internet? Simples. Quando


você instalar o programa do ICQ no seu micro, o programa vai pedir
para você se registrar. Neste registro, você receberá um número de
ICQ (o ICQ#) que o identificará a partir daquele momento - você
também poderá colocar dados pessoais associados a este número, o que
permitirá aos outros usuários do ICQ lhe reconhecerem quando você se
conectar à Internet. Depois do registro, você poderá definir uma lista
de amigos e parceiros para a busca pelo ICQ. Toda vez que você se
conectar à Internet, o ICQ anunciará sua presença aos internautas e
lhe avisará quando seus amigos (definidos na sua lista para o ICQ) se
conectarem ou se desconectarem.

Informações detalhadas, dicas e download gratuito do ICQ podem ser


obtidas no próprio website do ICQ (em inglês) ou no site ICQ@Brasil
(em português). Um bê-a-bá bem fácil sobre o uso do ICQ em
português também pode ser visto na página de Suporte ao ICQ da
Elógica.

Via Web: A forma mais simples e rápida de participar de um chat do


tipo sala virtual é através de websites que permitem o chat
diretamente na Web, sem que seja necessária a prévia instalação de
programas como o mIRC ou o ICQ. Existem vários sites que permitem
chats, embora o maior, o mais conhecido e o mais procurado pelos
internautas brasileiros seja o do UOL.

O Bate-Papo do UOL é o maior servidor de


IRC da América Latina. São mais de mil salas
(distribuídas por idade, cidade, região, sexo
e temas variados) e 40 mil lugares
disponíveis para internautas brasileiros e
estrangeiros.

Novamente, alguns cuidados devem ser observados quando você estiver


participando em uma das salas de chat (onde você não conhece as
pessoas):

o até conhecer quem está falando, não acredite no que é dito. Os


chats são uma grande brincadeira onde nada pode ser levado a
sério;
o para evitar problemas, não dê o seu nome, e-mail ou qualquer
outro dado pessoal numa sala pública de chat;
o se resolver conhecer pessoalmente alguém que você conheceu
pela Internet, avise à sua família e aos seus amigos da sua
intenção. E marque o encontro em um lugar público e bem
movimentado;
o como vimos em nossa aula sobre Segurança, não abra arquivos
atachados em mail.

: Navegar na Internet é o ato de passear pela Web ou de se mover de um


website para outro seguindo links. Aqui você tem uma série de links para
websites que vão, principalmente, poupar o seu tempo! A Internet tem hoje
milhões de websites disponíveis (esse número cresce diariamente) e às vezes
perde-se tempo precioso procurando pelo site mais completo, pela informação
mais bem elaborada. Por isso, selecionamos vários websites e os classificamos
por assunto. Representatividade, utilidade, modernidade e facilidade de
navegação tem sido os critérios que usamos para selecioná-los.

Que assunto você quer pesquisar hoje? Clique em cima do assunto desejado e
você passará para a página com os websites da categoria. Após navegar à
vontade, não esqueça de voltar a esta aula para prosseguirmos com o
A.I.S.A., combinado?

Arte Bancos Bibliotecas e Livros

Buscas Carreiras e Negócios Cidades

Ciência Cinema e TV Comércio Eletrônico

Crianças Economia e Matemática Educação e Escolas

Esportes Família Geografia e História

Informática e Internet Jornais e Revistas Medicina e Saúde

Música e Rádios Política e Governo Turismo e Viagens


Nós recomendamos: Um site diversificado onde você
encontrará várias dicas e novos links semanais para
navegação é o Dicas da Semana. Dê uma checada.

Temos recebido vários mails perguntando se é possível navegar por um site


estando offline, ou seja, não conectado à Internet. É possível, sim, através do
Fetch. O Fetch é um tipo de offline browser que pode resgatar sites inteiros
com gráficos, links, sons em um curto período de conexão com a Internet. Para
isso, basta você instalá-lo em seu microcomputador (é grátis!), indicar que site
você deseja ver offline. e conectar-se. Depois de se desconectar com a
Internet, você poderá passar o tempo que quiser navegando pelo site resgatado
sem se preocupar com o custo da conta telefônica (isso se você for cliente de
Acesso Discado). Interessante, não é mesmo?

Navegou bastante? É fantástico ter toda esta informação disponível, não é


mesmo? Mas, são centenas de milhões de websites. O que fazer para achar o
que você está procurando na Internet?

Dica 1: 85% dos internautas usam sites de buscas para procurar o que
desejam. Faça o mesmo. Comece sua pesquisa navegando num site de buscas.
Escolha seu favorito ou favoritos entre:

Alta Vista - http://www.altavista.com - o maior mecanismo de busca de


websites da Internet no mundo. Permite a tradução de websites e
pesquisas por idioma. Único ponto falho: mostra vários links por
website, um por cada página que o compõe, o que aumenta o tempo gasto
em pesquisas online.
Cadê - http://www.cade.com.br - o mais famoso site de busca do Brasil.
Ponto falho: alguns dos links apontados estão desatualizados.
Excite - http://www.excite.com - portal de busca com atalhos para
notícias, tempo, bolsa de valores e serviços.
HotBot - http://www.hotbot.com - permite fazer pesquisas com
múltiplas condições.
Lycos - http://www.lycos.com - guia pessoal para pesquisas na Internet.
Miner - http://www.miner.com.br - faz a procura simultaneamente em
mais de uma dezena de sites de busca.
Northern Light - http://www.northernlight.com - compete com o Alta
Vista pelo título do mais abrangente site de busca da Internet.
Radar UOL - http://www.radaruol.com.br - bem conhecido, permite
buscas detalhadas com múltiplas condições.
Radix - http://www.radix.com.br - o mais completo engenho de busca na
Internet brasileira (.br).
Snap - http://www.snap.com - o terceiro maior site de busca na
Internet.
Yahoo! - http://www.yahoo.com - o mais popular diretório da Internet.
Existe uma versão menor do Yahoo! em português.

Existem outros sites de pesquisa que são direcionados para


determinadas especialidades profissionais. Nestes casos, os sites
fazem procuras em bancos de dados exclusivos (e não na Internet por
palavra-chave). Dois exemplos: BIREME e MEDLINE, bases de dados na
área de Saúde.

Dica 2: Todos os sites de busca mostram uma janela onde você deve escrever o
tema da busca.
Escolha palavras específicas como base para a busca. Palavras muito gerais vão
gerar um grande número de sites em resposta, o que aumentará o tempo de
depuração da informação.

Dica 3: Precisando, use mais de uma palavra na sua procura. Assim sua pesquisa
ficará ainda mais específica.

Dica 4: Em usando mais de uma palavra como base para a pesquisa, use aspas
duplas antes da primeira palavra e depois da última palavra especificada para a
busca. Desta forma, o site de busca entendará que você quer informações que
contenham todas as palavras contidas entre as aspas, na exata sequência em
que as palavras aparecem. Uma exceção à dica: no Radix, as aspas não são
necessárias.

Dica 5: Em usando mais de uma palavra como base para a pesquisa e


considerando indiferente a sequência das palavras, utilize o sinal de + antes de
cada uma das palavras que deseja ver nos resultados da busca.

Dica 6: Em usando mais de uma palavra como base para a pesquisa e


considerando indiferente a sequência das palavras, utilize o sinal de - antes de
cada uma das palavras que "não" deseja ver nos resultados da busca.

Dica 7: Você pode usar partes de palavras seguidas de * para obter resultados.
Suponha que queiramos fazer uma pesquisa sobre o que existe na Internet
sobre o Brasil e sobre os(as) brasileiros(as). Basta colocarmos Brasil* como
palavra-chave para obtermos os resultados desejados.

Dica 8: Você pode combinar as dicas anteriores para fazer uma pesquisa mais
elaborada.

Dica 9: Entenda que existe muito mais conteúdo (informações) na Internet em


inglês do que em português. Isso já é consequência da história da Internet
(tudo começou nos Estados Unidos) e do grande percentual de internautas
naquele país. Para ter idéia, 57% da população online hoje fala inglês - e apenas
1,7% fala português. Portanto, você provavelmente terá resultados de
pesquisas mais abrangentes se utilizar palavras em inglês como base. Quem lê e
escreve em inglês ainda leva vantagem na Internet de hoje.

Dica 10: Existem sites (em inglês) específicos sobre pesquisas utilizando sites
de buscas. Bem conhecidos são o Web Search Strategies e o Web Search
Tutorial. Querendo, dê uma checada neles e veja a que nível de detalhe eles
chegam.

Dica 11: Pesquise muito. Pesquisas são uma grande maneira de você ampliar os
seus conhecimentos.

Temos certeza que, a esta altura, você está sabendo fazer pesquisas muito
bem. Mas, o que você pode fazer se não encontrar o site procurado nos sites de
busca?

Uma forma simples é escrever o nome da empresa, seguido de .com.br na linha


de endereçamento do site.

Estamos, neste momento, falando de domínio. Vamos saber o que é um domínio,


porque ele é importante, como pode ser registrado e quanto custa, ok?

O Que é Domínio?
Domínio é o nome de uma área reservada num servidor Internet que indica o
endereço de um website. O identificador do ambiente Web (http://www) não
faz parte do domínio. Geralmente, o domínio toma a forma de
nomedaempresa.com.br, se a empresa for comercial, ou
nomedaorganização.org.br, se a empresa não for comercial. Existem também
outros tipos de domínios no Brasil. Clique aqui para conhecê-los.

Por Que é Importante Ter um Domínio Próprio?


A obtenção de domínio com o nome da sua empresa, projeto ou produto será
fundamental para o seu presente e para o seu futuro. Isto porque, certamente,
chegará a hora em que você quererá ter um website na Internet e ter pessoas
visitando o seu website (quanto mais, melhor!). E a forma mais fácil de alguém
supor o seu endereço de website (ou URL) é colocando o nome da sua empresa
ou projeto ou produto.com.br! Porque, se a sua empresa não tiver um domínio
próprio disponível na Internet, o endereçamento do seu website será algo como
http://www.nomedoseuprovedor.com.br/nomedasuaempresa. Difícil de
acertar (como os internautas saberão que provedor lhe atende?) e muito
grande, concorda?
A não obtenção do domínio com o nome da sua empresa poderá inclusive gerar
perda de clientes e dores-de-cabeça legais. Imagine se o domínio com o nome
da sua empresa já foi registrado por outra empresa - que pode ter o mesmo
nome da sua (ou não) e foi mais rápida no registro do domínio. Já vimos vários
casos assim. E, perdendo a chance de registrar um domínio, sua recuperação é
difícil e onerosa. Veja parecer sobre conflitos entre marcas e nomes na
Internet dado pelo escritório Pinheiro Neto Advogados.

O Que É Necessário para Registrar um Domínio no Brasil?


Ótimo, você se convenceu que precisa registrar o seu domínio rapidamente!
O que precisa fazer para isso?

No Brasil, o órgão regulador de domínios é a Fundação de Amparo à


Pesquisa do Estado de São Paulo. A FAPESP mantém o banco de
registros de domínios pela Internet. O registro.br permite o
registro, a manutenção e a publicação dos domínios na Internet sob
o domínio .br (indicador do Brasil como país sede do domínio), por
pessoas físicas e jurídicas legalmente estabelecidas no Brasil.

O registro.br possibilita a pesquisa online de domínios. A primeira tela do site


já lhe mostrará uma pequena janela onde será possível fazer a pesquisa para
saber se o domínio desejado está disponível:

A partir da segunda busca, você verá uma nova janela, mais completa. Faça
como indicado abaixo. Leia as regras de cadastramento de domínio antes de
1fazer a sua pesquisa e o registro do domínio, ok?
E Quanto Custa para Ter um Domínio Próprio?
Para registrar e manter um domínio próprio, você pagará dois tipos de taxas:
uma taxa para a FAPESP e outra taxa para o provedor que estará hospedando o
seu domínio e o seu website:

 à FAPESP, você pagará R$ 50,00 pelo registro do domínio e R$ 50,00


pela manutenção anual. Os valores são os mesmos para pessoas
jurídicas, profissionais liberais ou pessoas físicas;
 ao provedor que estará hospedando o seu domínio e o seu website, você
pagará uma taxa de inscrição (às vezes isenta) e mensalidades. O valor
da inscrição e das mensalidades varia de provedor a provedor. A
exemplo do que sugerimos na fase de seleção do seu provedor de
acesso, levante os preços e benefícios de cada provedor em relação a
domínio e hospedagem de websites.

Uma curiosidade: explicamos que os domínios registrados no Brasil terminam


com .br. E, no caso de domínios que não são brasileiros, como poderíamos
identificar o país de registro? Simples! Veja aqui! Com esta última aula,
estaremos concluindo o A.I.S.A. e você já pode se considerar um verdadeiro
internauta. Parabéns! A conclusão deste curso online é uma prova de que você
investe tempo na sua educação continuada.

Por que escolhemos concluir o A.I.S.A. falando de criação e divulgação de


websites? Porque a Internet precisa ser colonizada com sites em português
para que internautas brasileiros possam acessar mais informações em seu
idioma. Hoje, apenas 2,5% da população internauta fala português. Podemos
estimar então que o número de sites em português também é bem pequeno em
relação às centenas de milhões existentes na Internet. Precisamos mudar esse
quadro! Informação é poder. Quanto mais bem informado for um povo, mais
poder e desenvolvimento ele tem. O Brasil precisa avançar em seu
desenvolvimento e a Internet é uma das ferramentas para agilizar o
crescimento do país.

Pensando no que cada um de nós pode fazer para contribuir para a disseminação
da informação em português pela Internet, veremos por que você e sua
empresa já deveriam ter um website na Internet, o que é necessário para você
ter um site na Internet e dicas importantes de como desenvolver e divulgar o
seu website.

Por Que Você Já Deveria Estar na Internet?

 para estabelecer uma presença e montar uma rede de relacionamentos:


você não pode ignorar um mercado demográfico de alto nível de milhões
de pessoas. Vários deles podem se tornar seus clientes, parceiros,
fornecedores e funcionários;
 para disponibilizar informações sobre a sua empresa, projeto e/ou
produto: pense num anúncio de Páginas Amarelas com atualização,
animação, áudio, vídeo e comunicação instantânea. Esta é a Web!
 para atrair o interesse do público internauta: com a informação do seu
negócio na Internet, qualquer pessoa com acesso à Internet, de
qualquer lugar do mundo, pode ser um visitante potencial e um cliente
potencial dos seus produtos e serviços;
 para atender aos seus clientes: a interatividade da Internet, indo do e-
mail até os modernos call-centers com atendimento online, permite às
empresas atenderem aos seus clientes de forma rápida, pronta e, por
incrível que pareça, barata;
 para responder a questões frequentemente perguntadas: quem lida com
o público sabe que que o seu tempo é usualmente gasto respondendo às
mesmas questões de sempre. São aquelas questões que os clientes
(reais ou potenciais) querem ter respondidas antes que eles decidam
negociar com você. Coloque estas questões no seu site e você terá
removido uma barreira para os seus negócios, bem como liberado tempo
do seu pessoal de atendimento para outras atividades;
 para distribuir informações sensitivas ao tempo: esta é uma das belezas
da Internet. Você pode alterar os textos, as ilustrações, áudios e
vídeos do seu website em minutos. Esqueça custos por problemas de
impressão de folders e fichas desatualizadas. Na Internet tudo pode
ser atualizado e publicado na hora;
 para criar um serviço ativo por 24 horas: nós não estamos todos na
mesma programação de tempo. Negócios são mundiais, mas nossas horas
de trabalho não são. Werbsites atendem aos clientes 24 horas por dia,
sete dias por semana;
 para obter o retorno dos clientes: com um website, você pode pedir e
receber o retorno do seu público visitante instantaneamente sem
nenhum custo adicional. Você pode até testar novos produtos e serviços
virtualmente;
 para servir ao mercado local e global: um site tanto pode atingir o
mundo como o seu bairro. Sem custos adicionais. Não importa onde você
esteja, esteja onde os grandes clientes estão. Esteja na Internet!

O Que É Necessário para Você Ter um Website?


Para você ter um website, você precisará de:
 uma conta de acesso à Internet com espaço em disco para colocação de
website: normalmente, os provedores dão gratuitamente aos seus
clientes de acesso discado espaço em disco (com um limite de espaço
gratuito que pode variar entre 3 e 50 Mb, dependendo do provedor);
 um domínio próprio é recomendável por facilitar o trânsito dos
internautas e aumentar o reconhecimento do nome da sua empresa ou
projeto;
 uma idéia: defina o conteúdo do seu site tendo em mente o serviço que
ele poderá prestar aos internautas.

Como Criar um Website?


Um website pode ser bastante sofisticado, com áudio, vídeo, animações e
bancos de dados dinâmicos. Outro website pode ser simples em sua
programação visual e muito rico em seu conteúdo. Outro website pode ser
simples, ter pouco conteúdo, mas ser um orgulho de realização pessoal para
quem o fez. Não importa o tamanho ou a complexidade, o importante é
colonizarmos a Internet brasileira com trabalhos, projetos, teses, bancos
de dados, serviços online, e muito mais. Para isso, queremos primeiramente
desmistificar a Internet no que diz respeito à criação de websites.

Mesmo que você não seja um internauta experiente, com certeza você já
redigiu algo num processador de texto como o Word, certo? Bem, este é o
primeiro passo para você criar o seu website. Se você tem o Word 7.0 em
diante, você vê esta janela quando clica em Arquivo no menu principal do
programa:
A seta amarela indica a opção que
transforma qualquer texto de arquivo
.doc em um arquivo .html. HTML
significa Hyper Text Markup Language
e é a linguagem padrão utilizada para
construir websites ou páginas da Web.
Pois bem, a partir da sua versão 7.0, o
Word faz isso para você com apenas um
clique do mouse!

Veja um exemplo de
transformação entre:
a) um pequeno texto
escrito no Word;
b) o mesmo texto já
transformado para o
HTML;
c) e, a título de curiosidade,
o código-fonte HTML que
gerará na Internet o texto
formatado no Word.

Fantástico, não é mesmo?


Imagine o que você poderá
publicar na Internet de
agora em diante!

Tendo as páginas de texto já no formato HTML, você deverá enviar o(s)


arquivo(s) para o seu provedor via FTP ou via e-mail. Consulte o seu provedor
sobre como fazê-lo. Para adiantar, veja aqui um exemplo de como um provedor
(no caso, a CyberLand) pode instruir os seus usuários sobre o assunto.
Não falaremos do desenvolvimento de websites mais elaborados neste ponto.
Afinal, você é novo na Internet e, como tal, deve começar praticando dentro do
seu nível de proficiência.
Por outro lado, se você é curioso e já quer avançar, existem várias sites de
aconselhamento e informações gratuitas para especialistas na Internet e
designers de websites (o que não é exatamente o seu caso). Gostamos
particularmente de dois desses sites: um é o de Jakob Nielsen e o outro é o de
Bruce Clay. Dê uma olhada nos dois.
Desde já conserve algumas verdades fundamentais na criação de um website:
 a navegação entre as páginas do website deve ser muito fácil: organize
a informação de forma que o internauta saiba onde se encontra, onde
pode ir e para onde cada link o levará;
 dê destaque ao que é prioritário: as informações mais importantes
devem ter mais destaque no site;
 as páginas devem ser simples: o meio Internet não é como televisão ou
cinema onde a pirotecnia faz parte da dinâmica da mídia. Na Internet, o
internauta quer agilidade de resposta e conteúdo de informação;
 o website deve ter conteúdo: a Internet é o maior banco de
informações do mundo. Mais e mais, os internautas a utilizam com fins
específicos, para pesquisas específicas sobre determinados assuntos. A
beleza da imagem, por si só, não garantirá a atenção e, principalmente,
o retorno do internauta ao seu site;
 o website deve manter um padrão: um padrão de cores, imagens e
fontes das letras dos textos deve ser mantido a fim de que o conjunto
das páginas seja percebido como um conjunto e não como um somatório
de páginas díspares;
 o download das páginas deve ser rápido: um website simples, com
imagens com tamanhos otimizados, será visto até por internautas
impacientes que não toleram esperar;
 o foco do website deve estar no público que ele deseja atingir e
satisfazer: o site deve ser planejado tendo em vista os internautas que
o estarão visitando. Perguntas como "que solução o site trará para os
internautas" ou "que páginas serão mais importantes para atender aos
internautas" são básicas para uma eficiente construção de website.

Como Divulgar Seu Website?


Ok! O último passo básico na colocação de um site na Internet é a sua
divulgação nos sites de buscas. Todos eles servem tanto para fazermos
pesquisas como para divulgarmos os nossos websites. Repare que em todos
existe um link no final da página principal chamado Add a Page (Alta Vista) ou
Suggest a Site (Yahoo!). Basta seguir as instruções online para ter o seu site
registrado.
É fundamental que o seu site esteja registrado pelo menos nos maiores sites de
busca da Internet. Isso lhe dará a garantia de que os internautas lhe acharão
quando pesquisando sobre o assunto do seu website.
Uma forma rápida e simples (mas envolve pagamento) de divulgação é deixar
que alguma empresa na Internet propague o seu site para você. Ou comprar um
software de submissão. O SubmitIt cobra US$ 59.00 anuais para divulgar o
seu site para mais de 400 sites de busca e diretórios. Por outro lado, por uma
taxa de US$95.00, você poderá "comprar" o SubmitWolf. O SubmitWolf tem
uma base de dados de mais de 2.500 sites onde você pode divulgar o seu
website e pode automaticamente submeter o endereço do seu website para
mais de 1.500 sites de busca e diretórios internacionais. Você escolhe!

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