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Gerenciamento de Processos

R Preocupação central:
 Buscar a melhor seleção de insumos, das operações, dos
processos de trabalho e dos métodos de produção que
transformarão os insumos em resultados.
R Princípios:
 Processos constituem a base de toda a atividade de trabalho,
existem em todas as organizações e em suas funções.
 Processos integram outros processos ao longo da cadeia de
suprimentos (ou cadeia de valor) de uma empresa. A cadeia de
suprimentos é um conjunto integrado de elos entre fornecedores/
processos de transformação/ produtos ou serviços acabados.
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Principais Decisões que Envolvem os Processos


R Escolha do Processo:
 Projeto, por Tarefa, por Lote, em Linha, Contínuo.
R O que é importante observar:
 A escolha do processo, para cada etapa da produção, determina
se os recursos serão organizados em torno dos próprios
processos ou de produtos. Esta escolha é influenciada pelas
prioridades competitivas.
 A escolha de um processo pode ser aplicada a um processo
inteiro ou a subprocessos.
 A melhor escolha está relacionada à decisão sobre a orientação
principal, ou seja: há necessidade de volume ou de
customização?
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Processos em Organizações Industriais
Processo de Projeto
Alto Ex.: Realização de um trabalho de
consultoria gerencial para planejamento
das áreas de negócio em uma empresa.

Processo por Tarefa


Customização

Ex. Produzir móveis customizados ou o


Atendimento de pacientes em uma
emergência.

Processo por Lote


Ex: produção de componentes que
alimentam uma linha de montagem.

Processo em Linha
Ex.: Produção de automóveis.
Restaurante fast food.

Processo Contínuo
Ex: Refinarias de Petróleo,
cervejarias, geração de eletricidade
Baixo (serviços).

Baixo Volume Alto 3

Características dos Processos


R Projeto: R Tarefa:
Customização elevada, volume baixo,
Escolha associada à necessidade
largo escopo de produtos e liberação de
recursos substanciais após sua conclusão. de inserir flexibilidade no sistema
A seqüência das operações e o processo produtivo e gerar variedade de
envolvido em cada projeto são específicos produtos ou serviços em
para sua conclusão. quantidades significativas.
São avaliados pela capacidade de realizar Empresas que se organizam “por tarefa”,
certos tipos de trabalho (atender a concorrem por trabalhos (novos pedidos /
finalidades), e não pela “habilidade” de gerar novas unidades específicas).
resultados específicos. Perfil da M.O. e recursos são semelhantes.
Exigem coordenação e tempo para
O elevado grau de customização não
implantação. implica em fluxos desordenados. Dentro
Os recursos são agrupados e liberados em dos processos por tarefa, podem existir
função da necessidade. fluxos em linha (clientes ou produtos
Os fluxos de trabalho dão origem a outros, movem-se de uma operação para outra, de
na medida em que o tempo avança. acordo com uma seqüência fixa de
Equipes são multifuncionais. atividades ). 4

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Características dos Processos
R Linha:
R Lote:
 Volumes altos, produtos e serviços
 Difere do processo por tarefa pelo volume, padronizados, permitindo a organização
variedade e qualidade. dos recursos em torno de um produto ou
 Volumes maiores são oferecidos atividade.
repetidamente.  Existem fluxos de linha com pouco
 Variedade é limitada
estoque armazenado entre as operações.
 Cada operação executa o mesmo
 Lotes de clientes/ produtos são
processo repetidamente, com pequena
processados em quantidades maiores. variação dos produtos ou serviços
 Processos são separados por tipo de finalizados.
produto ou serviço ofertado, mas com  As ordens de produção, normalmente, não
volumes moderados. têm relação direta com os pedidos dos
 O fluxo é, normalmente, desordenado,
usuários finais.
ainda que seja possível perceber  Em serviços: é uma forma de cumprir a
trajetórias mais dominantes do que em um estratégia de oferecer serviços
padronizados.
processo por tarefa.
 Para produtos: é uma forma de fazer
 Alguns segmentos do processo possuem estoque, visando ao atendimento das
fluxo em linha. demandas, a qualquer momento, com
produtos similares (produção em massa).
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Características dos Processos


R Processo Contínuo:
 É o extremo da produção em grande volume e padronizada com
fluxos de linha rígidos.
 É designado “contínuo” em função da forma pela qual o material
principal (líquido, gás, pó, etc) move-se pelo processo: sem
interrupção pelas instalações.
R Em plantas industriais, os processos parecem mais entidades separadas do que
operações vinculadas.
 Geralmente, é capital intensivo, operado 24h/ dia:
R Objetivo: maximizar a utilização e evitar interrupções ou reinícios, que oneram
muito a produção.

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Integração Vertical

R Integração Vertical é o grau em que o sistema de


produção ou as instalações de serviços de uma empresa
operam toda a cadeia de suprimentos.
 Quanto mais processos estiverem sob a tutela interna (em vez de
operados por fornecedores ou clientes), maior é o grau de
integração vertical.
 O exame de todos os processos internos (da aquisição ao
produto acabado) permite que se identifique funções ou
processos que não estão cobertos pela estrutura interna, mas
que são necessários. Estes processos, quando não são
estratégicos, podem ser terceirizados. Quando estratégicos
para a empresa, devem ser desenvolvidos internamente.
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Integração Vertical
R Quando há opção por maior integração vertical, há
menor grau de terceirização de processos.
 Decisão de Produzir ou Comprar: indica a opção por integração
(produzir) ou terceirização (comprar).
R Integração para trás e para frente:
 A integração vertical pode ocorrer em duas direções:
R para trás (backward stream): representa o movimento de uma empresa “cadeia
acima” (upstream), em direção às fontes de matéria-prima, peças, etc. Ex.:
supermercados com fábricas para produzir marcas próprias de geléias, pizzas,
manteigas, etc.
R para frente (forward integration): representa o movimento de uma empresa
“cadeia abaixo”, em direção aos canais de distribuição próprios. Pode também
ocorrer quando empresas adquirem empresas que são suas clientes.

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Vantagens da Integração Vertical e da Terceirização
R Integração Vertical Acentuada é atrativa quando...
 ...os volumes de insumos necessários são elevados porque
volumes elevados permitem especialização de tarefas e maior
eficiência.
 ... a empresa possui qualificações específicas e percebe que, ao
integrar novos processos, eleva suas chances de sucesso no
cenário competitivo (ingressar em mercados novos, vantagens
de custo, eliminação de concorrentes, etc).
R Terceirização é atrativa quando...
 ...a produção está voltada para pequenos volumes.
 ...a saúde financeira da empresa não permite aquisições de
grande porte.
 ... o ingresso em mercados estrangeiros é necessário, mas
inviável por fatores diversos (legislação, volume de investimento,
etc.)
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Prática
R A fábrica de jóias XPTO, até o momento, apenas cuidava da produção de
desenhos elaborados por designers independentes. Como percebeu que suas
peças guardavam imensa semelhança com outras oferecidas por concorrentes de
menor porte, decidiu incorporar o processo de design de peças. Neste caso,
descreva a integração vertical promovida pela XPTO.

R O cirurgião plástico José de Almeida possui uma clínica e seu trabalho é


reconhecido internacionalmente. Estudioso e dedicado, iniciou o teste de um
determinado componente que, hipoteticamente, poderia acelerar o processo de
cicatrização de suas pacientes. Após vários testes, confirmou sua hipótese e
investiu na fabricação do tal composto montando, na própria clínica, uma
pequena unidade produtiva. Adquire a matéria-prima de laboratórios de
confiança e, a partir daí, cuida da formulação, fabricação e embalagem do
produto. A tal “fórmula mágica” é vendida na própria clínica, apenas para suas
pacientes, em uma loja interna. Centrando as atenções na produção da fórmula
cicatrizante, há indicação de que o Dr. José tomou a decisão mais acertada ao
integrar verticalmente? Explique.
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