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Uma organização seja ela qual for seu segmento, precisa antes de tudo de uma missão (para que veio), para
que a mesma tenha progresso, muitas só tem intenção, e a missão de muitas organizações atualmente é
“Fazer qualquer coisa para qualquer um a qualquer momento e quase a qualquer preço”, sendo que a
verdadeira missão deveria ser “Produzir produtos ou oferecer serviços com excelência e que possa agrega
valor ao negócio do cliente, de forma a surpreender e fideliza-lo com um atendimento pré, durante e pós
venda que surpreenda as expectativas do mesmo cliente”. O mesmo acontece com a visão, a maiorias das
“visões” atuais são simplistas e pautadas na redução de custo (não que a redução do custo não seja
importante e necessária), a qualquer custo, quando a mesma deveria ser “Sermos reconhecidos pela
qualidade e atendimento que empreendemos constantemente em nossos produtos ou serviços, além de
profissionais altamente treinados e capacitados”.
Somente baseado na qualidade total é que uma organização conquista credibilidade, confiança e crescimento
somente uma política de qualidade forte e constante fará uma empresa ser conhecida e reconhecida
nacionalmente (e quem sabe até internacionalmente) como sugere uma bem definida missão. As mudanças
mais significativas não estão na produção, mas sim na gestão organizacional e na administração de recursos
e das melhorias que normalmente estão sob poder e responsabilidade destas funções (não devemos
administrar empresas e sim administrar pessoas).
Devemos estar sempre atentos as pessoas, ou seja, “colocar as pessoas certas no lugar certo e no momento
certo”, é necessário “remover as barreiras que privam as pessoas do justo orgulho pelo trabalho executado”
o que demonstra a grande importância do relacionamento interpessoal principalmente no mérito
organização/colaborador, o que está mais do que comprovado em pesquisas motivacionais. Pensando nisso e
se dentro do ambiente que cerca um processo, considerando que há pelo menos cinco tipos diferentes de
variáveis, se estudarmos os seus efeitos e causas, poderemos otimizar ou anular cada uma dessas variáveis
que são: as máquinas, os materiais, o meio ambiente, os métodos operacionais e por último as pessoas –
mão de obra.
Isso demonstra que, por melhor que sejam os métodos, máquinas, materiais e ambiente interno, se não
tivermos pessoas motivadas, altamente capacitadas e comprometidas, estamos seriamente fadados ao
fracasso.
Pensando nisso é que a nova versão da Norma ISO 9001:2000 traz um requisito dedicado e falando com
muita propriedade sobre a capacitação das pessoas para as atividades a que se destinam, sobre a
identificação dos treinamentos adequados, além de algo novo em relação à edição anterior, que é a medição
da eficácia/resultado da capacitação, das habilidades geradas por meio do treinamento ministrado.
Existem bons e maus profissionais, mas não há quem não possa ser adequadamente treinado para uma
devida atividade, mas o que ainda existe são pessoas que não se dão às mudanças, mas para isto existe
uma saída que é a frase de Alfredo Rocha (consultor da área de qualidade), “A única coisa que ainda não
muda no mercado dinâmico em que vivemos, são as mudanças”.
TIPOS - Muitas empresas ainda hoje têm, infelizmente pelo menos quatro tipos de profissionais e certamente
num deles alguns podem se enquadrar. O tipo BASCULANTE que só sabe reclamar, dar desculpas e
explicações, o tipo GABRIELA aquele como a música “nasceu assim e vai morrer assim”, nunca irá quebrar
um paradigma, o tipo REPÓRTER aquele que só traz notícia ruim e desanimadora e as anuncia com prazer e
alegria, e por último o tipo COLABORAOR que tem semelhanças com o repórter, mas que além de trazer as
notícias ruins e desanimadoras, traz consigo a solução o caminho para superar os problemas que a
organização está enfrentando e está engajado no contexto e objetivos (mesmo que desconhecidos para ele)
da organização (acredita que é capaz).
FOCO - “Sucesso é conseguir aquilo que você quer. Felicidade é gostar daquilo que conseguir”.
Foco no Cliente: Dependemos de nossos clientes e, por conseguinte, devemos compreender as suas
necessidades presentes e futuras, atender seus requisitos e esforçar-se para exceder, superar as suas
expectativas.
Liderança: Os lideres devem estabelecer a unidade de propósito e os rumos da organização. Devem criar e
manter o ambiente interno no qual as pessoas se envolvam plenamente na obtenção dos objetivos da
organização (que deve conhecido por todos).
Envolvimento de pessoas: As pessoas, em todos os níveis hierárquicos, são a essência; o seu envolvimento
pelo possibilita que suas habilidades sejam usadas para o beneficio da organização.
Abordagem sistêmica para a gestão: A identificação, compreensão e gestão dos processos que se inter-
relacionam, devem contribuir para maior eficiência da organização na conservação de seu objetivo (missão,
visão)
Melhoria contínua: A melhoria contínua do desempenho global deve ser um objetivo permanente da
organização.
Abordagem factual para tomada de decisão: Decisões efetivas com base na análise de dados e informações
(e que na minha opinião, não podem ser demoradas)
Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores: Uma organização e seus fornecedores são
interdependentes e um relacionamento mutuamente benéfico melhora a capacidade de criar valor.
Tudo isto aplicado de forma ordenada, administrada e constante visa agregar valor, otimizar custo e
recursos. Criando um verdadeiro ambiente de gestão da qualidade.
O CLIENTE. Este é, e deve ser, o principal objeto da empresa. Não existe companhia, entidade, órgão
público, escola, hospital ou outro tipo de organização que não tenha cliente – responsável pela sua existência
e foco de toda nossa atenção. A política ou sistema de qualidade é desenvolvido pensando “nele” - desde o
primeiro passo: qual o compromisso da empresa com o cliente? Quais são os serviços prestados? Como
assumir compromissos com o cliente? Como atingi-lo por meio de divulgação da empresa? Como alcançar
sua satisfação? Como mantê-lo? Quais os canais adequados para “ouvi-lo” e como tratar de sua reclamação?
Estas e outras perguntas em maior ou menor grau, hoje ou amanhã, farão parte do planejamento de todas
as empresas fornecedoras de algum produto ou serviço.
COMUNICAÇÃO - A comunicação deve ser clara, objetiva e ser passada a todos os níveis e discutida em
detalhe com todos os envolvidos no bom andamento da comunicação, a mesma deve informar metas,
resultados, novos objetivos, enfim qual o rumo da organização.
Boa parte dos problemas de comunicação que acontece diariamente nas organizações ocorre sempre por
falta de ou erro de ou na comunicação, sempre causada por falta de perguntas quando a mensagem não é
entendida ou é truncada. Por este motivo estar sempre atento e preocupado em saber se a mensagem foi
entendida e passada. Existe perda na comunicação entre o que queremos dizer e o que realmente dizemos,
entre o que dizemos e o que os outros ouvem.
Crítica negativa, propensão a atentar mais para o lado negativo das coisas, discordando dos outros para nos
afirmar, minimizando e desqualificando,
Zonas de conforto, só querem aceitar aquilo que já conhecemos e rejeitar tudo que for novo, nossa
resistência a perdemos o conforto,
A rejeição, nossa tendência de culpar os outros pelo que nos acontece, por incapacidade de lidarmos com a
rejeição – a justificativa, dada antes de alguém pedir uma explicação, como defesa a um suposto ataque que
nos fizeram,
A generalização, que ocorre toda vez que, com base em apenas poucas observações, concluímos que um
determinado comportamento de alguém é o que acontece sempre,
A interrupção, atitude leviana e grosseira, interrompendo os outros, achando que já sabemos o que irão
falar, neste caso perdendo uma grande chance de aprender algo, pois o outro iria dizer uma outra coisa e
acaba inibido e sem dizer o que gostaria.
FIDELIZAÇÃO - “Sucesso é uma questão de não desistir. E fracasso é uma questão de desistir cedo demais”.
Todas estas medidas culminam com a FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE que tem início na prospecção de prováveis
clientes, passando para a categoria de clientes potenciais, depois experimentadores
(testadores/conhecedores), fiéis, repetidores, indicadores (esta categoria criada por mim) e por fim os
advogados da marca (aquele que nos defende em todos os momentos), os fiéis.
Para tanto devemos saber o valor de cada cliente, (como a milhagem usada nas empresa de aviação ou
como a utilização do cartão de crédito) devemos ter um critério objetivo e público, pois como já sabemos não
é possível conceder atendimento diferenciado a todos os clientes, mas também sabemos que todos sem
exceção merecem e precisam ser muito bem atendidos. Precisamos diferenciar sem discriminar, é necessário
não incorrer no erro, pois as palavras são sinônimas apesar da conotação pejorativa dada a palavra
“discriminar”.
POLÍTICA DE QUALIDADE - Hoje nossa política é insipiente, e não temos compromisso com os clientes, com
exceção de alguns poucos, não nos preocupamos ou nos empenhamos em satisfazer o cliente e muito menos
superar suas expectativas (conhecer suas necessidades), mas poderia ser a que segue “Nosso compromisso
é a com a satisfação de nossos clientes e de todos os envolvidos no processo de Gestão e Automação. Para
tanto, devemos sempre criar e manter produtos com qualidade, nas partes técnica, funcional, operacional e
visual. É nosso dever atender de forma a superar as expectativas e criar felicidade aos nossos clientes”.
O foco central da " empresa sensacional " deixou de ser " meramente excelente " e
passou a ter uma nova concepção cultural, ou seja, há de ser " sensacional " em tudo
o que faz, particularmente, nas estratégias utilizadas para ser diferente no mercado
em que atua.
O resultado de uma empresa que esteja no " topo do ranking " é fruto de uma nova
cultura empresarial - " ser dotada de valores muito mais qualitativos do que
quantitativos ". Afinal, quais os atributos que levam uma empresa ao " topo do
ranking " ? Entre os muitos atributos, podemos, inicialmente, evidenciar : sua
experiência no mercado, valor que só o tempo pode trazer. Ante às transformações
do mundo moderno, a agilidade para tomada de decisões passou a ser algo
relevante, que acompanha os novos tempos e o tempo todo, ao lado, certamente, da
confiança que permite aos seus gestores realizarem vôos mais altos e seguros dentro
da cultura empreendedorista que define o empresário moderno. Equivocada a
afirmativa de que - " o tempo é algo importante na solução dos problemas da
empresa " - afirma o Consultor de Empresa - Roberto Shinyshiki. A dinâmica do
mundo moderno leva a empresa ter como cultura maior : inovação e sua capacidade
de adequação à realidade de mercado, a cada momento.
Além dos atributos referenciados acima, a gestão dos recursos humanos (RH) passa
pela denominada " gestão compartilhada " em que cada colaborador da empresa é
chamado, efetivamente, a emprestar o seu cérebro, inteligência, liderança e
competência a favor da empresa, tornando-a melhor e mais competitiva no mercado
em que atua.
Como reflexão final, a empresa, que alcança o " topo do ranking ", é dotada de uma
cultura empresarial moderna em que os seus colaboradores são os " pontos fortes "
deste sucesso, como : estão sempre atualizados no que faz a concorrência, leva
sugestões para os gestores maiores da empresa, tem nos erros caminhos para novas
estratégias de vitórias, veste a camisa do cliente, encanta o cliente, fazendo o pós-
venda, tem a consciência de que o mundo mudou, foca sempre a solução e não o
problema em si, faz endomarketing dentro da empresa, enfim, está comprometido
com o sucesso lucrativo da empresa, a cada momento.
João Gonçalves Filho ( Bosco) -Administrador de Consórcios -
famas@famas.com.br