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Olá, estudante!
Se você está lendo este texto é porque você chegou à etapa de avaliação das disciplinas de
Eixo do seu curso de Pós-graduação na área de Engenharia.
Para desenvolver esta atividade, você deve ler os artigos selecionados abaixo e elaborar um
texto entre 400 (mínimo) e 800 (máximo) palavras, o título entra na contagem (utilize o contador
de palavras do aplicativo Word ou equivalente para este controle). Não se esqueça de se posicionar
com clareza a respeito dos aspectos técnicos e legais sobre os assuntos abordados. Ao final, um caso
hipotético é apresentado para que você faça as suas considerações.
2 2 2
𝑎=𝑏+𝑐
2 2
5 = 3 + 4²
Apesar da redação simples, o problema proposto por Fermat não foi nem um pouco fácil de
ser resolvido, levando 358 anos para uma demonstração válida ser elaborada.
Quem era Fermat?
Pierre de Fermat era um francês e juiz na Corte Criminal Soberana do Parlamento de Toulouse,
no século XVI. Conhecido como o “Príncipe dos Amadores”, Fermat não era um matemático por
profissão, mas por hobbies. Suas descobertas foram conhecidas não por publicações formais, mas
sim por cartas enviadas a amigos, colegas matemáticos, e por anotações feitas nas margens de uma
cópia do livro Arithmetica, de Diofanto.
O Príncipe dos Amadores fez inestimáveis contribuições para o cálculo geométrico e
infinitesimal, tendo um de seus teoremas, o Pequeno Teorema de Fermat, contribuído para os
cálculos de Isaac Newton (apesar da demonstração deste teorema ter sido publicada por Euler, em
1736).
Ao longo dos anos, 48 hipóteses levantadas por Fermat foram demonstradas ou invalidadas
por outros matemáticos, entretanto, um deles, levou mais de três séculos para ser demonstrado.
Nas margens de sua cópia do livro Arithmetica, Fermat escreveu o enunciado do que viria a
ser conhecido por seu último teorema, acrescido do seguinte comentário:
“Descobri uma demonstração maravilhosa desta proposição que, no entanto, não cabe nas
margens deste livro.” - Pierre de Fermat
Tentativas
Ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX diversos matemáticos notáveis tentaram demonstrar O
Último Teorema de Fermat, entretanto sem lograrem êxito. Todavia, estas tentativas levaram a
criação de diversas técnicas de demonstrações matemáticas que foram vitais para a demonstração
final, além de outras demonstrações de outros teoremas, como o método dos divisores complexos
desenvolvido por Kummer em 1843.
Provas parciais foram desenvolvidas: Euler (1753) demonstrou o caso n=3, Legendre (1825) o
caso n=5, Dirichlet (1832) o caso n=14.
Prêmio Wolfskehl e a salvação de um suicídio
No final do século XIX, o último teorema de Fermat salvaria, de forma inusitada, a vida de Paul
Wolfskehl. O industrial alemão pretendia cometer suicídio após o fim de um relacionamento
amoroso. Na noite anterior a data pretendida para dar fim a sua vida, Paul começou a ler uma
demonstração fracassada do teorema de Fermat e, descobrindo um erro de lógica, passou a noite a
corrigir o erro. Ao final, a demonstração ainda não provava o teorema, porém Wolfskehl perdeu a
vontade de cometer suicídio, e ganhou um novo gosto pela matemática.
Após a sua morte em 1908, Paul deixou parte de sua fortuna para quem resolvesse o teorema,
sendo assim criado o Prêmio Wolfskehl.
Conjectura Taniyama-Shimura
Em 1957 os matemáticos japoneses Yutaka Taniyama e Goro Shimura deram uma contribuição
essencial para o problema deixado por Fermat. A Conjectura Taniyama- Shimura diz que para cada
equação elíptica existe uma forma modular correspondente. Em outras palavras, se tal conjectura
fosse verdadeira, o Último Teorema de Fermat também seria verdadeiro.
A relação entre os dois problemas, até então em abertos, foi o caminho que o britânico
Andrew Wiles trilhou para solucionar o problema de Fermat.
Aplicações
O Último Teorema de Fermat não possui ainda nenhuma aplicação, entretanto, seu valor é
devido as ideias e técnicas desenvolvidas para demonstrá-lo.
Apesar de não possuir uma aplicação, o Último Teorema de Fermat possui um grande valor na
matemática. De que modo o Último Teorema de Fermat, assim como outros diversos resultados na
matemática teórica, contribuem para o avanço da ciência? A pesquisa científica deve se reter apenas
a problemas aplicados?