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RIO DE JANEIRO
2020
Rio de Janeiro
2020
Catalogação informatizada pelo autor
C266 Cardoso, Samuel de Oliveira
O Último Teorema de Fermat para 𝑛 5 / Samuel de
Oliveira Cardoso. -- Rio de Janeiro, 2020. 121 f.
Orientador: Silas Fantin.
AGRADECIMENTOS
À minha família e a Deus por estarem sempre ao meu lado e por serem fontes
constantes de inspiração e de sabedoria.
Da minha família, destaco as minhas queridas esposa Aline e mãe Moema e ainda
os amados da família Dantas Cardoso, que estão em um outro plano, mas que, de algum
modo, sempre estarão comigo: os meus avós João e Flora, o meu pai Rivaldo e os meus
tios Floriano, Diva e Levy.
Agradeço também (in memoriam) aos meus sogros, Eldes e Neli, pelo carinho que
dedicaram à minha esposa; e aos meus avós maternos, Laudelino e Else, pelas doces
lembranças de minha mãe. Ao tio Paulo, pois não poderia esquecer das nossas longas
conversas sobre matemática, história e filosofia.
Aos meus colegas e amigos do PROFMAT (UNIRIO) – Turma 2017 pela união
de todos, pelo constante aprendizado em nossos debates e também pela oportunidade de
conhecer excelentes profissionais do ensino de matemática no Rio de Janeiro.
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO 1 – PRÉ-REQUISITOS 12
1.1 Aspectos Históricos 13
1.2 Aritmética 30
1.3 Estruturas Algébricas 51
CONCLUSÃO 92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 93
APÊNDICE 105
9
INTRODUÇÃO
𝐗𝐧 𝐘𝐧 𝐙𝐧 com 𝒏 𝟐
Conjecturou-se, assim, que, em tais equações, não existiam soluções inteiras não
nulas. Após a conjectura, a demonstração final, contudo, só seria obtida cerca de três
séculos e meio mais tarde.
Fermatiana Cúbica 𝑛 3 : X Y Z ;
Fermatiana Biquadrática 𝑛 4 : X Y Z ; e
Fermatiana Quíntupla 𝑛 5 : X Y Z .
10
Para tanto, assume-se que o referencial teórico é suficiente para a leitura de todas
as etapas da demonstração apresentada. Complementarmente, à teoria e à demonstração,
desenvolve-se ainda um capítulo com curiosidades e exercícios.
Destaca-se que a maior parte das demonstrações e das atividades propostas requer
conhecimentos básicos de aritmética. Contudo, uma parte delas necessita de alguns
conhecimentos um pouco mais elaborados de álgebra, abordados na parte teórica.
No Capítulo 𝟏, que trata dos Pré-requisitos, faz-se uma síntese teórica sobre
Aritmética e Teoria Algébrica com princípios, definições, provas e exemplos para dar
suporte ao entendimento das demonstrações apresentadas e à realização das atividades
propostas. No capítulo, levantam-se ainda aspectos histórico-matemáticos, que
abrangem a conjectura inicial, a elaboração das primeiras provas e a demonstração final.
CAPÍTULO 1 – PRÉ-REQUISITOS
Conjectura de Fermat
Desta forma, Fermat declarava que não podiam existir três números inteiros, todos
não nulos, satisfazendo a “Equação Fermatiana” 𝐗 𝐧 𝐘𝐧 𝐙𝐧 , isto é, tal equação não
podia apresentar soluções inteiras não triviais.
Existe 𝑥 , 𝑦 , 𝑧 ⟹ Existe 𝑥 , 𝑦 , 𝑧
. .
ã ã
,
𝐗𝐧 𝐘𝐧 𝐗 𝐘 𝐗 𝛇𝐘 … 𝐗 𝛇𝐧 𝟏 𝒀 𝐙𝐧
𝛇𝐧 𝟏 com 𝛇 𝟏
𝑥 ,𝑦 ,𝑧 𝑚 𝑛 , 2𝑚𝑛, 𝑚 𝑛
0 ⋯ 𝑐 ⋯ 𝑐 𝑐 𝑐
Chega-se, assim, a uma contradição, pois estão sendo exibidos números inteiros
positivos sempre menores que os anteriores, mas, entre um número inteiro positivo e o
número zero, existe apenas uma quantidade finita de possibilidades.
19
Note que se isso não representasse uma contradição, também não haveria um
menor elemento para o conjunto dos inteiros positivos.
𝑥 𝑦 𝑧 𝑥 𝑦 𝑥 𝑦 𝑥 𝑦
𝑥 𝑦 . 𝑥 𝑖𝑦 . 𝑥 𝑦 . 𝑥 𝑖𝑦
7 | 28 5 3. 1 ⟹7 2 3. 1
Exemplos:
13 | 39 6 3. 1 ⟹ 13 1 3. 2
ℤ𝑤 𝑎 𝑏𝑤; 𝑎 e 𝑏 ∈ ℤ
Sendo:
1 √ 3
𝑤 𝑒
2
Tem-se também:
𝜶𝟏 𝜶𝟐 √ 𝟑
ℤ𝒘 𝐜𝐨𝐦 𝜶𝟏 ≡ 𝜶𝟐 𝒎𝒐𝒅 𝟐
𝟐
Í ÇÃ Ú
X Y X Y X wY X w Y
𝑧 𝑎 3𝑏 𝑎 𝑏√ 3 𝑎 𝑏√ 3
ℤ𝜃 𝑎 𝑏𝜃; 𝑎 e 𝑏 ∈ ℤ
Sendo:
1 √5
𝜃 𝑒
2
Tem-se também:
𝒘𝟏 𝒘𝟐 √𝟓
ℤ𝜽 𝐜𝐨𝐦 𝒘𝟏 ≡ 𝒘𝟐 𝒎𝒐𝒅 𝟐
𝟐
Í ÇÃ Ú
Esta matemática trouxe o conceito dos números de Germain, que representam uma
classe de primos, tais que se “𝐩 é primo de Germain, então 𝟐𝐩 𝟏 é primo”.
Exemplos de primos de Germain: 2, 3, 5, 11, 23, 29, 41, 53, 83 e 89. Uma questão
ainda em aberto é se estes números são infinitos ou não.
22
𝐗𝐩 𝐘𝐩 𝐙𝐩
5 ∤ 𝑥. 𝑦. 𝑧 ⟹ 𝑥 𝑦 𝑧
⎧
⎪ ã çõ
ã
⎨11 ∤ 𝑥. 𝑦. 𝑧 ⟹ 𝑥 𝑦 𝑧
⎪ ã çõ
⎩ ã
𝑝 ∤ 𝑥. 𝑦. 𝑧 ⟹ 𝑝 ∤ 𝑥 e 𝑝 ∤ 𝑦 e 𝑝 ∤ 𝑧
Germain observou que, para a equação anterior poder apresentar uma solução
inteira não nula, pelo menos uma das variáveis 𝐗, 𝐘 𝐞 𝐙 deveria ser divisível por 5.
Lamé chegou a anunciar que tinha obtido a prova geral do Último Teorema de
Fermat. Todavia, Kummer pontuou que uma prova genérica do teorema dependeria,
fundamentalmente, de se garantir a decomposição única em fatores primos para certos
inteiros pertencentes a anéis, tais como os Inteiros de Eisenstein e os de Dedekind, de
forma a se “estender o significado dos números inteiros”.
Teorema de Fermat-Wiles
Andrew Wiles passou anos trabalhando sozinho e em segredo para realizar a prova
do Último Teorema de Fermat. Em uma conferência em Cambridge, na Inglaterra, em
junho de 1993, anunciou um resultado como prova do Último Teorema.
Andrew Wiles.
1
Wiles recebeu, dentre outros, os prêmios matemáticos: Fermat em 1995 e Abel em 2016, ambos
por suas contribuições ao Último Teorema. Taylor foi ainda agraciado, em 2001, com o prêmio
Fermat por suas importantes contribuições às representações de Galois e automorfismos.
26
Resumo (tradução nossa). Quando Andrew John Wiles tinha 10 anos de idade, leu “O Último
Problema”, obra do escritor e matemático Eric Temple Bell. Assim, ficou tão impressionado que decidiu
ser a primeira pessoa a provar o Último Teorema de Fermat. Este teorema afirma que a terna (a, b, c),
solução de 𝑎 𝑏 𝑐 com 𝑛 2, não pode representar soluções inteiras não nulas da equação.
Este artigo objetiva provar que todas as curvas elípticas semiestáveis sobre o conjunto de números
racionais são modulares. O Último Teorema de Fermat segue como um corolário dos trabalhos de Frey,
Serre e Ribet.
27
𝐘𝟐 𝐗𝟑 𝒂𝐗 𝟐 𝒃𝐗 𝒄, sendo 𝒂, 𝒃, 𝒄 ∈ ℤ
Ainda se tem que as “Formas Modulares” são funções complexas e que possuem
a propriedade de serem, desordenadamente, simétricas.
2
Sistema de Euler é um conceito presente na Teoria dos Módulos de Galois, onde se tratam
especialmente as curvas elípticas modulares.
3
Curvas Elípticas são objetos de um ramo da matemática, denominado Geometria Algébrica
(combinação de conteúdos de Geometria e de Álgebra Abstrata).
28
𝒚𝟐 𝒙. 𝒙 𝒂𝒏 . 𝒙 𝒃𝒏
Em 2016, Andrew Wiles recebe o Prêmio Abel, atribuído anualmente pelo Rei da
Noruega, com a seguinte justificativa e motivação: “pela sua impressionante
demonstração do Último Teorema de Fermat com recurso à conjetura da modularidade
para curvas elípticas semiestáveis, dando início a uma nova era na Teoria dos Números”.
1.2 Aritmética
𝒃 𝒒. 𝒂
Denota-se assim: 𝑎 | 𝑏.
𝒃
𝒂
Merece destaque que, nesta parte teórica, incluímos o zero no conjunto dos
números naturais (ℕ). Todavia, há autores que não consideram o zero como elemento dos
naturais.
𝑛 , se 𝑎 0
Portanto, existe um inteiro 𝑛 ⟹ 𝑛. 𝑎 𝑏. ▄
𝑛 , se 𝑎 0
32
Propriedade 1.3 (Divisão Euclidiana em ℕ): Dados dois números inteiros positivos 𝑎 e
𝑏, com 𝑏 0e0 𝑎 𝑏, então existem e são únicos inteiros 𝑞 e 𝑟 (quociente e resto,
respectivamente), com 0 𝑟 𝑎, tais que 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑟, sendo 𝑎 o divisor e 𝑏 o
dividendo.
Prova: Sendo 0 𝑏 𝑎 0
Tome o conjunto 𝑆 𝑏, 𝑏 1. 𝑎, 𝑏 2. 𝑎, … , 𝑏 𝑛. 𝑎 ⊆ ℕ
Definindo 𝑟 𝑏 𝑞. 𝑎
Como 𝑟 ∈ 𝑆, afirma-se o seguinte:
𝑟 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑎
𝑞. 𝑎 𝑏 𝑞 1 .𝑎 ⟹
𝑟 0
Portanto, existem os inteiros 𝑞 e 𝑟 com 0 𝑟 𝑎, tais que 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑟
Note que 𝑟 0 representa a divisão exata.
A prova da unicidade consiste em supor, inicialmente, que:
𝑏 𝑞 .𝑎 𝑟 𝑞 .𝑎 𝑟
Para mostrar a igualdade dos quocientes e restos da igualdade anterior.
Sendo:
𝑞 ,𝑟 ,𝑞 ,𝑟 ∈ ℤ
0 𝑟 𝑎
0 𝑟 𝑎
Deste modo, tem-se:
𝑞 .𝑎 𝑟 𝑞 .𝑎 𝑟 ⟹0 𝑞 𝑞 𝑎 𝑟 𝑟
⟹ 𝑟 𝑟 𝑞 𝑞 𝑎
⟹𝑎 | 𝑟 𝑟
0 𝑟 𝑎
⟹ 𝑎 𝑟 𝑟 𝑎 ⟹ |𝑟 𝑟| 𝑎
𝑎 𝑟 0
Propriedade 1.5 (Divisão Euclidiana em ℤ): Dados dois números inteiros 𝑎 e 𝑏 com
𝑏 0, então existem e são únicos os inteiros 𝑞 e 𝑟 (quociente e resto, respectivamente)
com 0 𝑟 𝑎 (𝑎 inteiro estritamente positivo), tais que 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑟, sendo 𝑎 o divisor
e 𝑏 o dividendo.
Prova: Considerando números inteiros 𝑏 e 𝑞 e 𝑎 inteiro positivo e observando ainda os
argumentos da Propriedade Arquimediana, sempre se verificam apenas uma das
seguintes possibilidades, sendo a primeira 𝑏 é múltiplo de 𝑎 e a segunda 𝑏 está entre
múltiplos de 𝑎:
𝟏ª 𝐏𝐨𝐬𝐬𝐢𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞: 𝑏 𝑞. 𝑎 ⟹ 𝑏 𝑞. 𝑎 0
𝟐ª 𝐏𝐨𝐬𝐬𝐢𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞: 𝑞. 𝑎 𝑏 𝑞 1 .𝑎 ⟹ 0 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑎
Fazendo também: 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑟⟹ 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑟, com 0 𝑟 𝑎
Juntado as duas possibilidades, pode-se afirmar que, dados dois inteiros 𝑎 e 𝑏 quaisquer,
com 𝑎 0, então existem dois inteiros 𝑞 e 𝑟, tais que 𝑏 𝑞. 𝑎 𝑟, em que 0 𝑟 𝑎.
Note que, sendo 𝑏 múltiplo de 𝑎:
𝑟 𝑏 𝑞. 𝑎 0
Observe também o seguinte artifício que pode ser utilizado na questão dos sinais e que
ficará mais claro com o exemplo numérico:
𝑏 𝑞 . 𝑎 𝑟 com 0 𝑟 𝑎
𝑏 𝑞 .𝑎 𝑟
∈ℤ
Conceito geral 1.7 (Anel): Anéis são estruturas algébricas que possuem duas operações
binárias com propriedades similares às dos inteiros. A matemática Emmy
Noether escreveu um livro em 1921, cujo título é “Ideal Theory in Rings”, o qual
estabeleceu importantes fundamentos axiomáticos, especialmente aos anéis comutativos.
Definição 1.8 (Anel): Sendo A um conjunto não vazio, tem-se a seguinte definição de
anel – Seja A munido de duas operações: " " e " ∗ ", condição também denotada por
A, ,∗ . Afirma-se que A é um anel se, para quaisquer elementos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ 𝐴 , as
propriedades são todas satisfeitas:
i. Comutatividade para a operação :
𝑎 𝑏 𝑏 𝑎
ii. Existência de elemento neutro para a operação , denominado zero do anel
0 ∈A :
𝑎 0 0 𝑎 𝑎
iii. Existência e unicidade do elemento simétrico, também chamado de inverso
aditivo:
𝑎 𝑏 𝑏 𝑎 0 ⟹𝑏 𝑎 e 𝑎 𝑎 𝑏
iv. Associatividade para as operações e ∗ :
𝑎 𝑏 𝑐 𝑎 𝑏 𝑐 e 𝑎∗𝑏 ∗𝑐 𝑎∗ 𝑏∗𝑐
v. Distributividade à esquerda e à direita:
𝑎∗ 𝑏 𝑐 𝑎∗𝑏 𝑎∗𝑐
𝑏 𝑐 ∗𝑎 𝑏∗𝑎 𝑐∗𝑎
36
Para fins didáticos, serão apresentadas duas proposições de MDC para melhor fixação
deste tópico.
2 𝑎 𝑏 𝑘 .𝑑
38
Tem-se ainda:
1 2 ⟹ 2𝑎 𝑘 𝑘 .𝑑
∗
1 2 ⟹ 2𝑏 𝑘 𝑘 .𝑑
Sabe-se ainda que:
𝑚𝑑𝑐 2𝑎, 2 𝑏 2. 𝑚𝑑𝑐 𝑎, 𝑏 2 ∗∗
𝑑 1
𝑑|2⟹ ou ▄
𝑑 2
Proposição 1.13 (MMC): Sejam 𝑎 e 𝑏 inteiros não nulos, tem-se um inteiro positivo
𝑚 𝑚𝑚𝑐 𝑎, 𝑏 , se são válidas as seguintes condições:
𝑖 𝑎 | 𝑚 𝑒 𝑏 | 𝑚; e
𝑖𝑖 𝑎 | 𝑐 𝑒 𝑏 | 𝑐 ⟹ 𝑚 | 𝑐
Propriedade 1.14 (Relação entre MDC e MMC): Se 𝑎 e 𝑏 são inteiros positivos, então
𝑚𝑚𝑐 𝑎, 𝑏 . 𝑚𝑑𝑐 𝑎, 𝑏 𝑎. 𝑏.
Exemplo 1.15 – Calcular o máximo divisor comum e o mínimo múltiplo comum entre
62 e 30. No ensino básico, em geral, realizam-se os seguintes passos para o exemplo
proposto:
i. Achar os divisores de 62, assim denotados 𝐷 62 1, 2, 31, 62
ii. Depois achar os de 30: 𝐷 30 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30
iii. Com este procedimento, verifica-se que: 𝐷 62 ∩ 𝐷 30 1, 2 representa
o conjunto dos divisores comuns de 62 e 30
iv. Conclui-se, assim, que o 𝑚𝑑𝑐 62,30 max 1,2 2
.
v. 𝑚𝑚𝑐 62,30 930
𝑞 𝑞 ⋯ 𝑞 𝑞
𝑎 𝑏 𝑟 ⋯ 𝑟 𝑟
𝑟 𝑟 𝑟 ⋯ 𝑟 0
𝑞 2 𝑞 1 𝑞 2 𝑞 1 𝑞 3
𝑎 82 𝑏 30 𝑟 22 𝑟 8 𝑟 6 𝑟 2
𝑟 22 𝑟 8 𝑟 6 𝑟 2 𝑟 0
Definição 1.20 (primos): Diremos que os números inteiros 𝑝, maiores que 1 e com
1 e 𝑝 como os seus únicos possíveis divisores, são denominados números primos.
Se um número não é primo, ele é dito composto.
Definição 1.21 (primos entre si): Dois números inteiros 𝑎 e 𝑏 são primos entre si se o
𝑚𝑑𝑐 𝑎, 𝑏 1.
42
Definição 1.25 (Relação de Equivalência) – Para que uma relação entre elementos em
um conjunto A seja definida como Relação de Equivalência (~), as seguintes condições
devem ser sempre satisfeitas:
i. (Reflexividade) 𝑥~𝑥; ∀𝑥 ∈ 𝐴.
ii. (Simetria) 𝑥~𝑦 ⟹ 𝑦~𝑥; ∀𝑥, 𝑦 ∈ 𝐴.
iii. (Transitividade) 𝑥~𝑦 e 𝑦~𝑧 ⟹ 𝑥~𝑧; ∀𝑥, 𝑦, 𝑧 ∈ 𝐴.
Definição 1.26 (Congruências nos inteiros) – Sendo 𝑛 um número natural maior que
um, verificam-se a seguintes possíveis relações de congruência entre os inteiros 𝑎 e 𝑏:
E ainda:
𝑎 𝑏 ∈ℤ ⇔ 𝑎 𝑏 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 𝑛 ⇔ 𝑎 𝑏 𝑘𝑛
∈ℤ
De fato, 237 3 é um número divisível por 13, ou seja, existe um inteiro 𝑘, tal que:
237 3 13𝑘 ⟹ 237 13𝑘 3
Logo, a divisão de 237 por 13 apresenta resto 3
Pode-se verificar que, a partir das propriedades das congruências, várias manipulações
aritméticas podem ser feitas para obtenção de restos de certas potências.
45
a) 𝑟 ≢ 𝑟 𝑚𝑜𝑑 𝑛 para 𝑖 𝑗; e
b) considerando 𝑘 ∈ ℤ, existe um 𝑟 tal que 𝑟 ≡ 𝑘 𝑚𝑜𝑑 𝑛 , denominado resíduo de
k módulo n.
Lema 1.36 (Lema para o Pequeno Teorema de Fermat): Se 𝑝 é primo, então 𝑝 divide
C , , para 0 𝑖 𝑝.
Portanto, 𝑝 | 𝑘 1 𝑘 1 .▄
47
𝑥 𝑦 ≡𝑥 𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝
𝑥 ≡ 𝑥 𝑚𝑜𝑑 𝑝
𝑦 ≡ 𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝
Exemplo 1.39: Calcule o resto da divisão de 3 por 101. Sabe-se que 101 é um número
primo e que 101 ∤ 3, o que implica que 𝑚𝑑𝑐 3, 101 1. Assim, pode-se aplicar o
Corolário do PTF (𝑎 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ), onde se tem:
3 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 101 ∴ 3 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 101
Pode-se afirmar também:
3 3 ≡ 1 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 101
3 27 𝑚𝑜𝑑 101
3 1 . 27 27 𝑚𝑜𝑑 101
Portanto, o resto da divisão de 3 por 101 é 27.
Teorema 1.40 (Teorema de Euler): Se 𝑎 e 𝑛 são inteiros positivos com 𝑛 1, tais que,
se 𝑚𝑑𝑐 𝑎, 𝑛 1, então:
𝑎 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 𝑛
5, 15, 25, 35 é um sistema reduzido de resíduos módulo 8 com todos os seus elementos
sendo congruentes a exatamente um elemento do conjunto 1, 3, 5, 7 . Pode-se verificar:
1.5 ≡ 5 𝑚𝑜𝑑 8
3.5 ≡ 7 𝑚𝑜𝑑 8
⟹ 1.3.5.7 . 5 ≡ 1.3.5.7 𝑚𝑜𝑑 8 ⟹ 5 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 8
5.5 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 8
. . . ,
7.5 ≡ 3 𝑚𝑜𝑑 8
Logo, 𝑘 𝜙 8 4e5 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 8 ▄
𝑎. 𝑟 … 𝑎. 𝑟 ≡ 𝑟 …𝑟 𝑚𝑜𝑑 𝑛 ⟹ 𝑎 . 𝑟 ≡ 𝑟 𝑚𝑜𝑑 𝑛
Lema 1.41: Seja 𝑝 um inteiro primo. Sabe-se que os únicos elementos do conjunto
1, 2, . . . , 𝑝 1 que satisfazem a equação quadrática 𝑥 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 𝑝 são os elementos
1 e 𝑝 1.
Prova: Com efeito, se 𝑎 ∈ 1, 2, … , 𝑝 1 é tal que:
𝑎 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ⇒ 𝑝 | 𝑎 1 𝑎 1 𝑎 1
Como 𝑝 é primo, segue que:
𝑝| 𝑎 1 𝑜𝑢 𝑝 | 𝑎 1
Equivalente a 𝑎 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ou 𝑎 ≡ 1≡ 𝑝 1 𝑚𝑜𝑑 𝑝
Como 𝑎 ∈ 1, 2, … , 𝑝 1 , segue que 𝑎 1 ou 𝑎 𝑝 1 .▄
49
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
𝑎 𝑏 𝑎 2𝑎𝑏 𝑏
𝑎 𝑏 𝑎 3𝑎 𝑏 3𝑎𝑏 𝑏
𝑎 𝑏 𝑎 4𝑎 𝑏 6𝑎 𝑏 4𝑎𝑏 𝑏
𝑎 𝑏 𝑎 5𝑎 𝑏 10𝑎 𝑏 10𝑎 𝑏 5𝑎𝑏 𝑏
51
ii. ℚ ∈ℤe𝑞 0
⟹𝑝 𝑘 ∗𝑏 ∗𝑝 0⟹𝑝∗ 1 𝑘 ∗𝑏 0
Analogamente:
1 𝑎∗𝑘 0 ⟹ 𝑎∗𝑘 1 ⟹ 𝑎 é 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒. ▄
Neste domínio, o elemento 6 pode ser escrito de duas formas distintas em um produto de
elementos irredutíveis:
6 2.3 1 𝑖√5 1 𝑖√5
1 𝑖√5 2. 𝑎 𝑏𝑖√5
2𝑏 1⇒𝑏 ∉ℤ
Supondo que 𝑝 divide 𝑎 ∗ 𝑏 e que 𝑝 não divide 𝑎, vamos mostrar que 𝑝 divide 𝑏. Assim,
como 𝑝 divide 𝑎 ∗ 𝑏, segue que 𝑎 ∗ 𝑏 𝑝 ∗ 𝑘 e como 𝑝 é irredutível e 𝑝 não divide 𝑎,
segue que 𝑝 aparece na fatoração de 𝑏. Portanto, 𝑝 divide 𝑏 e, consequentemente, 𝑝 é
primo em A. Na suposição de que 𝑝 não divide 𝑏, a prova seria análoga. ▄
Observações:
ℚ √𝑛 𝑎 𝑏√𝑛 𝑎, 𝑏 ∈ ℚ representa os Anéis dos Corpos Quadráticos.
O estudo aritmético de ℤ √n necessita do conceito da norma de um elemento deste
anel.
𝐗𝟓 𝐘𝟓 𝐙𝟓 𝟏
Não admite soluções inteiras não triviais, isto é, inteiras todas não nulas.
Germain buscava resolver o UTF sob uma nova estratégia, que era a de uma
abordagem geral, consideravelmente complexa, visto que muitos casos particulares
apresentavam estruturas algébricas e estratégias de solução diferentes entre si. Por
exemplo, nos casos 𝑛 3 e 𝑛 5, em relação à questão da fatoração única, tem-se
58
𝒛𝟑 𝒂𝟐 𝟑𝒃𝟐 𝒂 𝒃√ 𝟑 . 𝒂 𝒃√ 𝟑
𝒛𝟓 𝒄𝟐 𝟓𝒅𝟐 𝒄 𝒅√𝟓 . 𝒄 𝒅√𝟓
Embora não tenha elaborado a sonhada prova final do UTF, Germain apresentou
um teorema com o seu nome, que foi um passo relevante no desenvolvimento de ideias
sobre o UTF. Ela o demonstrou através de uma prova para dois casos, que, neste capítulo,
serão apenas enunciados para 𝑛 5.
Neste trabalho não será elaborada demonstração para o TSG. Contudo, caso algum
leitor deseje aprofundar os seus conhecimentos sobre este teorema, recomenda-se a leitura
do artigo: “Sophie Germain and Special Cases of Fermat’s Last Theorem”, que consta
nas Referências Bibliográficas.
𝒙 𝐨𝐮 𝒚 𝐨𝐮 𝒛 ≡ 𝟎 𝒎𝒐𝒅 𝟏𝟏 ⟹ 𝑥 𝑦 𝑧 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 11
𝒙 𝐞 𝒚 𝐞 𝒛 ≢ 𝟎 𝒎𝒐𝒅 𝟏𝟏 ⟹ 𝑥 𝑦 𝑧 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 11
𝑥 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 11 ⇔ 𝑥 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 11
⎧
⎪ ou
𝑥 𝑥 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 11 ⟹ 𝑥 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 11
⎨ ≢
⎪
⎩ ⇔𝑥≡ 1 𝑚𝑜𝑑 11
𝑥 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 11
𝑦 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 11 ⟹𝑥 𝑦 𝑧 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 11
𝑧 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 11
No Apêndice desta dissertação, será apresentada uma ideia das provas dos Lemas
da Equação Fermatiana Quíntupla, denominados Lemas 1 e 2, cujos resultados serão
aplicados diretamente (sem as suas provas neste momento) na demonstração do Teorema
da Equação Fermatiana Quíntupla (Teorema 2.2), que ainda será apresentado.
𝑏 5𝑑. 𝑐 10𝑐 𝑑 5𝑑
onde: 𝑚𝑑𝑐 𝑐, 𝑑 1; 𝑐 ≢ 𝑑 𝑚𝑜𝑑 2 ; e 5 ∤ 𝑐.
𝑥 ≡ 𝑥 𝑚𝑜𝑑 5 ≡ ó
𝑦 ≡ 𝑦 𝑚𝑜𝑑 5 ⟹𝑥 𝑦 𝑧 ≡ 𝑥 𝑦 𝑧 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 5
𝑧 ≡ 𝑧 𝑚𝑜𝑑 5
𝑥 𝑦 𝑧 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 5
Obtemos uma contradição que implica na nossa suposição inicial ser falsa.
𝑥 ≡ 𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ⟹ 𝑥 ≡𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝
𝑥 ≡𝑦 𝑚𝑜𝑑 5
⟹ 𝑧 ≡ 2 𝑥 ≡ 2𝑥 𝑚𝑜𝑑 5
63
2 ≡ 7 ≢ 2 𝑚𝑜𝑑 5
Obtemos uma contradição que implica na nossa suposição inicial ser falsa. ▄
2𝑝 𝑥 𝑦 ⟹𝑥 𝑝 𝑞
⟹
2𝑞 𝑥 𝑦 ⟹𝑦 𝑝 𝑞
𝑥 é par ⟹ 𝑦 é ímpar
𝟐º 𝐜𝐚𝐬𝐨 : 𝑧 é ímpar ⟹ 𝑥 e 𝑦 têm paridades distintas ⟹
𝑥 é ímpar ⟹ 𝑦 é par
𝑢 𝑣
𝑢 𝑥 𝑦 ⎧ ⟹ 𝑥
⎪ 2
⟹
𝑣 𝑥 𝑦 ⎨ 𝑢 𝑣
⎪ ⟹ 𝑦
⎩ 2
Assim:
2 | 𝑧
⟹ 𝑧 2 . 5 . 𝑧’ com 2 ∤ 𝑧’ e 5 ∤ 𝑧’
5 | 𝑧
,
𝑧 𝑥 𝑦
2 . 5 . 𝑧’ 𝑥 𝑦 3
De fato:
𝑥 𝑝 𝑞
𝑥 e 𝑦 ímpares ⟹
ó 𝑦 𝑝 𝑞
⟶
𝑧 2 . 5 . 𝑧’ 𝑝 𝑞 𝑝 𝑞 2𝑝. 𝑝 10𝑝 𝑞 5𝑞 4
5 | 𝑝 ou 5 | 𝑝 10𝑝 𝑞 5𝑞
65
𝑝 5𝑟 com 𝑟 ∈ ℤ
𝑧 2 .5 . 𝑧’ 2. 5 𝑟. 𝑞 50𝑞 𝑟 125𝑟
𝑡 𝑞 25𝑟 – 5 . 10𝑟
𝑢; 𝑣 0, pois 𝑟; 𝑞 0
⎧ 𝑢 é 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑜 í𝑚𝑝𝑎𝑟 ⎫
⎪
⎪ ⎪
⎪
⟹ ⟹𝑡 𝑢 5𝑣
⎨ 10 | 𝑣 ⎬
⎪
⎪ 𝑚𝑑𝑐 𝑢, 𝑣 1 ⎪
⎪
⎩ ∤ , ⎭
t é ímpar
⎧ ⎫
⎪ ⎪
⎪ ⎪
⟹ 1 ⎬ ⟹ 5 | 𝑟 desde que 5n 2
⎨ 𝑚𝑑𝑐 𝑡, 𝑟
;
⎪ ⎪
⎪ ⎪
⎩ 5 ∤ 𝑡 ⎭
⟹ 𝑚𝑑𝑐 2. 5 𝑟; 𝑡 1⟹ 2. 5 𝑟 e 𝑡
ê
𝑡𝑢 5𝑣
com
𝑢 ≢ 𝑣 𝑚𝑜𝑑 2
;
66
5 ∤𝑢
⎧
⎪
⎨ 5 | 𝑣
⎪
⎩ . .
𝑢 𝑐. 𝑐 2.5 . 𝑐 𝑑 5 𝑑 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 5
≢
Sabe-se que:
5| 𝑟
⟹5 | 𝑑
𝑣 2.5. 𝑟
2.5 . 𝑣 2 .5 𝑟 2. 5 . 𝑑. 𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑
ê .
é
Assim:
𝑚𝑑𝑐 𝑐; 𝑑 1
⎧ ⎫
⎪ ⎪
𝑐 ≢ 𝑑 𝑚𝑜𝑑 2 ⟹ 𝑚𝑑𝑐 2. 5 . 𝑑; 𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑 1
⎨ ⎬
⎪ ⎪
⎩ 5 ∤ 𝑐 ⎭
⟹ 𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑 é ímpar
Sendo 2. 5 𝑟 uma quinta potência de inteiros, o produto dos inteiros, a seguir, também é
uma potência de 5. Sendo o MDC desses inteiros igual a 1, então eles, isoladamente,
representam potências quíntuplas:
2. 5 . 𝑑
⎧
⎪
𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑 𝑐 5𝑑 – 5. 2𝑑
⎨
⎪ éí
ê
⎩
67
5 ∤ 𝑐 e 𝑚𝑑𝑐 𝑐, 𝑑 1
𝑚𝑑𝑐 𝑐 5𝑑 ; 2𝑑 1
𝑐 5𝑑 ⎧
⟹⎪
2𝑑 5 ∤ 𝑐 5𝑑
ã ã ⎨
í ⎪
⎩ 5 | 2𝑑
⎧𝑐 5𝑑 𝑐. 𝑐 2.5 . 𝑐 𝑑 5 𝑑 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 5
⎪ ≢
⎨
⎪ 2𝑑 5𝑑 . 𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 5
⎩
Analogamente, tomando um 𝑑’ 0:
5 | 𝑑 ⟹ 5 | 𝑑
De forma análoga:
2 . 5 . 𝑑’
0 𝑑’ 𝑑
68
Com efeito:
2𝑑
𝑑’. 𝑐’ 2.5. 𝑐’ 𝑑’ 5𝑑’
’
5
Logo:
2𝑑 2𝑑 2
0 𝑑’ ⟹0 𝑑’ .𝑑 𝑑
5 5 5
Prosseguindo com este raciocínio, pode-se obter uma sequência infinita de inteiros entre
zero e um inteiro 𝑑 (Princípio da Descida Infinita de Fermat), o que implica ser falsa
a suposição inicial.
Portanto, neste caso, os argumentos provam a inexistência de solução inteira não nula
para a equação X Y Z 0.▄
69
Assim:
2 ∤ 𝑧’
𝑧 5 . 𝑧’ , onde:
5 ∤ 𝑧’
𝑧 𝑥 𝑦
𝑧 5 . 𝑧’ 𝑥 𝑦 5
≢
𝑢 𝑣
⎧𝑥 ⟹ 2𝑥 𝑢 𝑣
⎪ 2
⎨ 𝑢 𝑣
⎪𝑦 ⟹ 2𝑦 𝑢 𝑣
⎩ 2
2𝑥 2𝑦 2 . 𝑥 𝑦 2 .𝑧 2 . 5 . 𝑧’
Utiliza-se ainda a seguinte identidade:
2𝑥 2𝑦 𝑢 𝑣 𝑢 𝑣 2𝑢. 𝑢 10𝑢 𝑣 5𝑣 2 . 5 . 𝑧’
2 .𝑧 2 . 5 . 𝑧’ 2𝑢. 𝑢 10𝑢 𝑣 5𝑣 6
5 ∤ 𝑣
𝑢 e 𝑣 ímpares ⟹ 𝑟 e 𝑣 ímpares
70
2 .𝑧 2 . 5 . 𝑧’ 2.5 . 𝑟. 𝑣 2.5 . 𝑣 𝑟 5 𝑟
∈ℤ
Desta forma:
2 . 5 . 𝑧’ 2.5 . 𝑟. 𝑡 7
⎧ 𝑢’ 𝑣 5 𝑟
⎪ ’
⎨ 𝑣’ 2.5. 𝑟
⎪
⎩ ’
𝑚𝑑𝑐 𝑟, 𝑣 1 ⟹ 𝑚𝑑𝑐 𝑟, 𝑡 1
Como:
𝑣 ≡ 1 ou 3 𝑚𝑜𝑑 4
𝑟 ≡ 1 ou 3 𝑚𝑜𝑑 4
ã í
Observa-se que:
𝑢’ ≡ 𝑣 𝑟 ≡ 2 𝑚𝑜𝑑 4
𝑣’ ≡ 2𝑟 ≡ 2 𝑚𝑜𝑑 4
5 ∤ 𝑣 ⟹ 5 ∤ 𝑡
. .
𝑢’; 𝑣’ 0, pois 𝑣; 𝑟 0
⎧ ⎫
⎪ ⎪
⎪ 𝑢’ e 𝑣’ são pares ⎪
⟹ 5 | 𝑟 para 5n 2
⎨ 5 ∤ 𝑡 ⎬
⎪ ⎪
⎪ 𝑚𝑑𝑐 𝑡, 𝑟 1 ⎪
⎩ ⎭
71
𝑢’ 2𝑢’’
⎧ 𝑣’ 2𝑣’’
⎪
𝑡 4. 𝑢’’ – 20. 𝑣’’
⎨ 𝑡
⎪ 𝑡’ 𝑢’’ 5 𝑣’’
⎩ 4
Note que:
𝑢’ ≡ 2 𝑚𝑜𝑑 4 ⟹ 𝑢’ 4𝑘 2 2. 2𝑘 1 2𝑢’’
⟹ 𝑢’’ e 𝑣’’
𝑣’ ≡ 2 𝑚𝑜𝑑 4 ⟹ 𝑣’ 4𝑘 2 2. 2𝑘 1 2𝑣’’ ú í
𝑢’’ ≡ 1 ou 3 𝑚𝑜𝑑 4
⎧
⎪
⟹ 𝑣’’ ≡ 1 ou 3 𝑚𝑜𝑑 4
⎨
⎪
⎩ 𝑚𝑑𝑐 𝑟, 𝑣 1 ⟹ 𝑚𝑑𝑐 𝑢’’, 𝑣’’ 1
𝑡 𝑡
5 . 𝑧’ 5 𝑟. 5 𝑟.
16 4
𝑡′
𝑚𝑑𝑐 5 𝑟; 1
4
5 𝑟
𝑡′ 𝑢’’ – 5 𝑣’’
4 4
72
𝑐. 𝑐 2.5 . 𝑐 𝑑 5 𝑑
⎧𝑢
⎪ 2
⎨ 5𝑑. 𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑
⎪𝑣
⎩ 2
Visto que:
5 | 𝑟 ⟹ 5 | 𝑣’’ ⟹ 5 | 𝑑
5 𝑑 𝑐 5𝑑
5 𝑣’’ 5 𝑟 . 5𝑑
4 2
𝑐 5𝑑
5𝑑 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 4
2
Sabe-se que:
5 𝑑 𝑐 5𝑑
𝑚𝑑𝑐 ; 5𝑑 1
4 2
𝑢’’ – 5 𝑣’’
5 𝑟 e
4
⎧5 𝑑
⎪
⎨1 . 𝑐 5𝑑
5. 𝑑
⎪4 2
⎩
73
⎧𝑐 5𝑑 𝑐 2.5 . 𝑐 𝑑 5 𝑑
𝑐.
⎪ 2 2
⎨
𝑐 2.5. 𝑐 𝑑 5𝑑
⎪ 𝑑 5𝑑 .
⎩ 2
5 𝑑’
5 𝑑 5 𝑑 . 𝑐 10𝑐 𝑑 5𝑑
2
5 𝑑’ 𝑐 5𝑑
. 5. 𝑑
4 2
5 𝑑’
⎧
⎪
⎨1 . 𝑐 5𝑑
5. 𝑑
⎪4 2
⎩
Logo, analogamente, pelo Princípio da Descida Infinita de Fermat, conclui-se ser falsa
a suposição inicial.
Portanto, neste caso também, os argumentos provam a inexistência de solução inteira não
nula para a equação X Y Z 0.▄
74
I) Euler afirmava também que não existe solução não trivial nos inteiros para as
equações que são soma de 𝑛 1 potências de grau 𝑛, resultando uma
potência de grau 𝑛, para 𝑛 3, isto é: X X ⋯ X Z . Contudo,
encontraram-se algumas soluções de casos particulares 𝑛 4 e 5 como
contraexemplos ao resultado geral de Euler:
III)
IV) O número 30 pode ser escrito como a seguinte soma de três cubos:
. .
2 1 24.862.048 dígitos
. .
2 1 23.249.425 dígitos
. .
2 1 22.338.618 dígitos
𝑝 13.821.503
𝑞 61.654.440.233.248.340.616.559
𝑟 14.732.265.321.145.317.331.353.282.383
∴2 1 𝑝. 𝑞. 𝑟
VIII) A relações de paridade dos números inteiros são, normalmente, utilizadas nas
provas de Casos Particulares do Último Teorema de Fermat. Assim, se P e I
denotam, respectivamente, em ℤ, os subconjuntos referentes aos números
pares e aos números ímpares, então, tem-se:
P 2𝑘; 𝑘 ∈ ℤ e I 2𝑘 1; 𝑘 ∈ ℤ
P∩I ∅ e P∪I ℤ
76
𝑥, 𝑦 ∈ P
⎧
⎪
⎪ 𝑥, 𝑦 ∈ I
Sendo 𝑥 e 𝑦 inteiros arbitrários pares ou ímpares ⟹
⎨𝑥 ∈Pe𝑦 ∈I
⎪
⎪
⎩𝑥 ∈ I e 𝑦 ∈ P
Verifica-se na soma algébrica e multiplicação . entre 𝑥 e 𝑦:
𝑥, 𝑦 ∈ 𝑃 ⟹ 𝑥 𝑦 ∈ 𝑃 𝑒 𝑥. 𝑦 ∈ 𝑃
𝑥, 𝑦 ∈ 𝐼 ⟹ 𝑥 𝑦 ∈ 𝑃 𝑒 𝑥. 𝑦 ∈ 𝐼
𝑥 ∈𝑃e𝑦 ∈𝐼 ⟹ 𝑥 𝑦 ∈ 𝐼 e 𝑥. 𝑦 ∈ 𝑃
𝑥∈𝐼𝑒𝑦∈𝑃⟹ 𝑥 𝑦 ∈ 𝐼 𝑒 𝑥. 𝑦 ∈ 𝑃
𝛼 𝛼 √ 3
com 𝛼 ≡ 𝛼 𝑚𝑜𝑑 2
2
Note que:
1 √ 3
𝑤 𝑤 𝑒
2
𝑥 𝑦 𝑥 𝑦 . 𝑥 𝑥𝑦 𝑦 𝑥 𝑦 . 𝑥 𝑤𝑦 . 𝑥 𝑤 𝑦
7 X Y . X Z . Y Z . X Y Z XY XZ YZ XYZ. X Y Z
XV) Euler escreveu uma das mais belas fórmulas matemáticas que relaciona cinco
importantes números, que são 0, 1, 𝑒, 𝜋, 𝑖:
𝒆𝒊𝝅 𝟏 𝟎 ⟹ 𝒆𝒊𝝅 𝐜𝐨𝐬 𝝅 𝒊. 𝒔𝒆𝒏 𝝅 𝟏
Assim, a partir desta identidade, tem-se que todo número complexo pode ser
escrito da seguinte forma:
𝑧 𝑟. cos 𝜃 𝑖. 𝑠𝑒𝑛 𝜃 𝑟. 𝑒
79
XVI) O produto de dois números, em que, cada um deles é igual à soma de dois
quadrados, também é igual a uma soma de outros dois quadrados, observando
a relação algébrica a seguir:
𝑎 𝑏 . 𝑐 𝑑 𝑎𝑐 𝑏𝑑 𝑎𝑑 𝑏𝑐
𝑎𝑐 𝑏𝑑 𝑎𝑑 𝑏𝑐
Pode-se fazer a seguinte exemplificação numérica para melhor ilustrar o que
se afirmou acima:
61 25 36 5 6
65 49 16 7 4
61.65 6.4 5.7 6.7 5.4 59 22 3965
61.65 6.4 5.7 6.7 5.4 11 62 3965
I) Dizemos que um número natural é legal quando for soma de dois naturais
consecutivos e também for soma de três naturais consecutivos. Mostre que
2001 é legal, mas 1999 e 2002 não são legais. Mostre ainda que 2001 é
legal (Olimpíada Brasileira de Matemática).
XII) Utilizando uma planilha Excel, solicitar que os alunos encontrem uma Terna
Fermatiana Quíntupla 𝑥, 𝑦, 𝑧 com todos não nulos satisfazendo a equação
X Y Z .
𝑎 𝑏√5
A , tal que: 𝑎, 𝑏 ∈ ℤ 𝑒 𝑎 ≡ 𝑏 𝑚𝑜𝑑 2
2
𝑥 ≡ 𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ⟹ 𝑥 ≡𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝
𝑥 ≡ 𝑦 𝑚𝑜𝑑 5 ⟹ 𝑥 ≡𝑦 𝑚𝑜𝑑 5
XX) Quantos restos diferentes são possíveis na divisão de 𝑛 por 11, sendo 𝑛 um
número natural? (Instituto Militar de Engenharia)
Como 2001 é ímpar, tem-se que o número 2001 , na sua forma fatorada,
não apresenta o 2 como fator, sendo, assim, um ímpar. Sabe-se também que:
2001 3 . 667 é um múltiplo de 3.
Portanto, 2001 é legal. ▄
II) 𝑛 é ímpar ⟹ 𝑛 2𝑘 1; 𝑘 ∈ ℤ
𝑛 1 𝑛 1 . 𝑛 1 2𝑘 2 . 2𝑘 4. 𝑘. 𝑘 1
Sendo 𝑘 um inteiro qualquer, tem-se que 𝑘 ≡ 0 ou 1 𝑚𝑜𝑑 2 . De onde se
conclui:
𝑘 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2 ⟹ 𝑘. 𝑘 1 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
𝑘 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 2 ⟹ 𝑘. 𝑘 1 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
Assim, para qualquer inteiro 𝑘, tem-se que 2 | 𝑘. 𝑘 1
Portanto: 8 | 4. 𝑘. 𝑘 1 𝑛 1▄
III) Mostrar que um inteiro e a sua quinta potência apresentam sempre o mesmo
algarismo das unidades é equivalente a mostrar que 𝑘 ≡ 𝑘 𝑚𝑜𝑑 10 . Tais
números podem ser colocados da seguinte forma com 𝑎 , 𝑎 ∈ 0,1, … ,9 :
𝑘 10𝑏 𝑎 e 𝑘 10𝑏 𝑎 . Assim, 𝑎 ≡ 𝑎 𝑚𝑜𝑑 10 .
Sendo 𝑘 um inteiro qualquer, tem-se que 𝑘 ≡ 0 ou 1 𝑚𝑜𝑑 2 . De onde se
conclui:
𝑘 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2 ⟹ 𝑘 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2 . Logo, 𝑘 ≡ 𝑘 𝑚𝑜𝑑 2 .
𝑘 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 2 ⟹ 𝑘 ≡ 1 𝑚𝑜𝑑 2 . Logo, 𝑘 ≡ 𝑘 𝑚𝑜𝑑 2 .
Logo, 𝑘 ≡ 𝑘 𝑚𝑜𝑑 2 para qualquer inteiro 𝑘.
Pelo PTF, 𝑘 ≡ 𝑘 𝑚𝑜𝑑 5 .
84
184 . 183
92 . 183 ≡ 2.3 ≡ 1 mod 5
2
Portanto, a resposta é 1.
𝑚𝑑𝑐 7𝑛 1, 1 1▄
85
fatores:
𝑥 √2. 𝑖 e 𝑥 √2. 𝑖
Daí, pode-se concluir a existência de inteiros p e q, tais que:
IX) Suponha que ser racional o seguinte número com 𝑝 e 𝑞 inteiros positivos e
𝑚𝑑𝑐 𝑝, 𝑞 1 para se tomar uma fração irredutível:
p
Log 3 0 ⟹ 10 3
q
∴ 10 3 ⟹ 2 .5 3
Contudo, como 2, 3 e 5 são primos e irredutíveis no anel dos inteiros, tem-se
que a igualdade 2 . 5 3 trata-se de um absurdo pela questão da fatoração
única.
Portanto: Log 3 é um número irracional. ▄
𝑎 𝑎 𝑎
√2 ⟹ 2 ⟹ 𝑎 2𝑏 ⟹ 𝑎 𝑏 𝑏
𝑏 𝑏 𝑏
Tendo-se, assim, uma terna 𝑏, 𝑏, 𝑎 como uma solução não trivial para o
Último Teorema de Fermat, o que é um absurdo.
Portanto: √2 é um número irracional ▄
86
Como:
𝑥 𝑦 𝑥 2𝑥𝑦 𝑦
𝑥 𝑦 𝑥 𝑦 . 𝑥 𝑥𝑦 𝑦
Sabe-se que:
𝑓 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 . 𝑥 𝑥 .𝑥 𝑥
𝑥 𝑥 . 𝑥 𝑥. 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 . 𝑥 𝑥 .𝑥 𝑥 1
𝑓 𝑥 𝑥 𝑥 . 𝑥 𝑥 1 . 𝑥 𝑥 . 𝑥 𝑥 1 1
Assim:
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 2 6
⟹ 𝑥 𝑥 √6
∈ ℝ∗
𝑥 𝑥 16 𝑥 𝑥 2
⟹ 𝑥 𝑥 14
∴𝑓 𝑥 √6. 4 1 . 4 . 14 1 1 153√6 ▄
1 𝑖√7 . 1 𝑖√7 2 8
87
1 1
𝑎 0⟹ 6𝑏 1⟹𝑏 𝑜𝑢 𝑏 𝑖⟹𝑏∉ℤ
6 6
1
𝑎 1⟹ 6𝑏 0 ou 6𝑏 2⟹𝑏 0 ou 𝑏 ⟹
3
1 5
𝑎 2⟹ 6𝑏 3 ou 6𝑏 5⟹𝑏 ou 𝑏 ⟹
2 6
⟹𝑏∉ℤ
4 5
𝑎 3⟹ 6𝑏 8 ou 6𝑏 10 ⟹ 𝑏 ou 𝑏 ⟹
3 3
⟹𝑏∉ℤ
5 17
𝑎 4⟹ 6𝑏 15 ou 6𝑏 17 ⟹ 𝑏 ou 𝑏
2 6
⟹𝑏∉ℤ
88
13
𝑎 5⟹ 6𝑏 24 ou 6𝑏 26 ⟹ 𝑏 2 ou 𝑏 ⟹
3
XV) Sabe-se que o anel A possui unidade e elemento inverso, se e somente se, a
sua norma, nos inteiros, é dada por: 𝑁 𝐴 1.
𝑎 𝑏√5 𝑎 𝑏√5
𝑁 𝐴 . 1⟹𝑎 5𝑏 4
2 2
𝑎 1⟹𝑎 1⟹ 5𝑏 3 ⟹𝑏 1
5𝑏 5
𝑎 𝑏√5 1 √5
𝑎 1e𝑏 1⟹
2 2
𝑎 2⟹𝑎 4⟹ 5𝑏 0 ⟹𝑏 0
5𝑏 8
𝑎 𝑏√5
𝑎 2𝑒𝑏 0⟹ 1
2
√
1
𝑎 e 𝑏 ∈ ℤ, tais que 5𝑏 4 𝑎
𝑎 𝑏 √5
5𝑏 4 𝑎 ⇔
2
√
89
1 √5
2
𝑎 𝑏 . 𝑐 𝑑 N 𝑎 𝑖𝑏 . N 𝑐 𝑖𝑑 N 𝑎 𝑖𝑏 . 𝑐 𝑖𝑑
N 𝑎𝑐 𝑏𝑑 𝑖 𝑎𝑑 𝑏𝑐 𝑎𝑐 𝑏𝑑 𝑎𝑑 𝑏𝑐 𝑓. 𝑔 ▄
𝑥 ≡ 𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝
Afirma-se que:
𝑦 𝑥 𝑘. 𝑝; 𝑘 ∈ ℕ
𝑥 ≡𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ⟹
𝑦 𝑥 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 𝑝
𝑦 𝑥 𝑦 𝑥 . 𝑦 𝑥𝑦 𝑥 𝑦 ⋯ 𝑥 𝑦 𝑥 𝑦 𝑥
𝑦 𝑥𝑦 𝑥 𝑦 ⋯ 𝑥 𝑦 𝑥 𝑦 𝑥 ≡ 𝑝. 𝑥 𝑚𝑜𝑑 𝑝
: ≡
𝑦 𝑥 ≡ 𝑦 𝑥 ≡ 𝑦 𝑥 . 𝑝. 𝑥 𝑚𝑜𝑑 𝑝
⟹𝑦 𝑥 𝑘 .𝑝 . 𝑘 .𝑝 𝑘. 𝑝
⟹𝑥 ≡𝑦 𝑚𝑜𝑑 𝑝 ▄
90
𝑎 𝑎 1⟹ 𝑎 𝑎 1
⟹𝑎 𝑎 2𝑎 1
⟹ 𝒂𝟔 𝒂 𝒂𝟐 𝒂 𝟏
𝑏 𝑏 3𝑎 ⟹ 𝒃𝟔 𝒃 𝟑𝒂
𝑎 1 0⟹𝑎 1 2𝑎 ⟹ 𝑎 𝑎 1 3𝑎
⟹ 𝑎 𝑎 𝑏 𝑏 ⟹ 𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
⟹ 𝑎 𝑏 . 𝑎 𝑎 .𝑏 𝑎 .𝑏 𝑎 .𝑏 𝑎𝑏 𝑏 𝑎 𝑏
, ,
⟹ 𝑎 𝑏 .K 𝑎 𝑏 com K 1
⟹ 𝑎 𝑏 . K 1 0⟹ 𝑎 𝑏 0⟹𝑎 𝑏, pois K 1.
Assim: 𝑎 𝑏 ou 𝑎 𝑏.
Assumindo 𝑎 𝑏, tem-se:
𝑎 𝑎 𝑏 𝑎 𝑎 𝑎 1
𝑎 𝑏⟹
𝑏 𝑏 𝑎 𝑎 3𝑎
𝑎 𝑏⟹𝑎 𝑎 1 3𝑎 ⟹ 𝑎 2𝑎 1 𝑎 1 0⟹𝑎 1
Considerando: 𝑎 𝑏 1, verifica-se 1 1 3. 1 .
Portanto: 𝑎 𝑏. ▄
XIX) 𝑎 𝑏 𝑐 0⟹𝑎 𝑏 𝑐⟹ 𝑎 𝑏 𝑐 𝑐
⟹𝑎 3𝑎 𝑏 3𝑎𝑏 𝑏 𝑐 ⟹𝑎 𝑏 𝑐 3𝑎 𝑏 3𝑎𝑏
⟹𝑎 𝑏 𝑐 3𝑎𝑏 𝑎 𝑏 3𝑎𝑏 . 𝑐
⟹𝑎 𝑏 𝑐 3𝑎𝑏𝑐 ▄
91
XX) Para a resolução deste exercício, tem-se que são 6 (seis) os restos possíveis,
conforme pode-se verificar na tabela a seguir:
𝒏 ≡ 𝒌𝟏 𝒎𝒐𝒅 𝟏𝟏 ⟹ 𝒏𝟐 ≡ 𝒌𝟏 𝟐
𝒎𝒐𝒅 𝟏𝟏
𝒌𝟏 𝟐
𝒌𝟏
0 0
1 1
2 4
3 9
4 16 5
5 25 3
CONCLUSÃO
O público que irá ler este trabalho deve ser constituído, principalmente, por
professores de matemática, alunos de graduação em ciências exatas, autodidatas e alunos
de ensino médio com boa curiosidade matemática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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96
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GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4.ed. Editora Atlas, 2002.
LANDAU, Edmund. Teoria Elementar dos Números. 1.ed. Ciência Moderna, 2002.
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PROFMAT – Base de Dados das Dissertações. LIMA, Luciana. O Anel dos Inteiros
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Disponível em: <https://sca.profmat-sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=84484> Acesso
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PROFMAT – Base de Dados das Dissertações. SOUZA, João Paulo de Araújo. Alguns
Casos do Último Teorema de Fermat. Universidade do Federal do Cariri (UFCA),
2019. Disponível em: <https://sca.profmat-
sbm.org.br/sca_v2/get_tcc3.php?id=170170424> Acesso em: 6 jun. 2019.
RIBENBOIM, Paulo. Fermat’s Last Theorem For Amateurs. 1.ed. Springer, 1999.
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______. Fermat’s Enigma – The Epic Quest to Solve the World’s Greatest Mathematical
Problem. 1.ed. Walker and Company, New York, 1997.
STEWART, Ian; TALL, David. Algebraic Number Theory and Fermat’s Last
Theorem. 4.ed. CRC Press, 2016.
______. Um Curso Básico em Teoria dos Números. 1.ed. Livraria da Física e EDUEPB,
2015.
104
1 √5
A ℤ
2
⎧𝜆 𝑤 𝑤 √5
⎪ 2
com 𝑤 ≡ 𝑤 𝑚𝑜𝑑 2
⎨
⎪ ê
⎩
Assim:
𝑤 𝑤 √5
𝜆
2
𝑤 𝑤 √5 𝑤 𝑤 √5 𝑤 5𝑤
𝑁 𝜆 . 1
2 2 4
1 √5
2
No caso, os primos são também irredutíveis, pois temos domínios fatoriais. Tal
argumento pode ser verificado com o exemplo dos números 2 e √5 em que ambos são
elementos primos e irredutíveis em A.
𝑏 5𝑑. 𝑐 10𝑐 𝑑 5𝑑
onde: 𝑚𝑑𝑐 𝑐, 𝑑 1; 𝑐 ≢ 𝑑 𝑚𝑜𝑑 2 ; e 5 ∤ 𝑐.
Prova: Verifica-se, uma vez provada a existência dos inteiros não nulos 𝑐 e 𝑑, que os
números inteiros 𝑎 e 𝑏 podem ser escritos da seguinte forma:
𝑎 𝑐. 𝑐 50𝑐 𝑑 125𝑑
𝑏 5𝑑. 𝑐 10𝑐 𝑑 5𝑑
5 | 𝑏⟹5 ∤ 𝑎⟹5 ∤ 𝑐
,
107
ℎ 𝑘√5
𝑎 𝑏√5 ∈ Anel A de ℚ √5
2
Observe que:
ℎ 𝑘√5
∈ Anel A
2
Mas há ainda o Anel 𝐴’, gerado a partir das quintas potências dos elementos do Anel 𝐴.
ℎ 𝑘√5
2 . 𝑎 𝑏√5 2 .
2
2 𝑏 5𝑘. ℎ 10ℎ 𝑘 5𝑘
ℎ 10ℎ 𝑘 5𝑘 2 𝜆 32𝜆; 𝜆 ∈ ℤ
ℎ 10ℎ 𝑘 5𝑘 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 32
ℎ≡ 1; 3 𝑚𝑜𝑑 8
e
𝑘≡ 1; 3 𝑚𝑜𝑑 8
108
Verifica-se ainda:
ℎ ≡ 1 ou 9 𝑚𝑜𝑑 16
Porque se tem:
≡ 1 ou 9 𝑚𝑜𝑑 16 com 𝑎 ∈ 1, 3
ℎ ≡ 1 ou 17 𝑚𝑜𝑑 32
Logo, sabe-se que tanto ℎ como 𝑘 são côngruos (módulo 32) a 1 ou a 17.
ℎ ≡ 1 ou 9 𝑚𝑜𝑑 16
⎧
⎪
90 ≡ 26 𝑚𝑜𝑑 32
⎨
⎪
⎩10 ≡ 10 𝑚𝑜𝑑 32
Pode-se considerar, para 10ℎ e para 10ℎ 𝑘 , as seguintes equivalências (módulo 32):
10ℎ ≡ 10 ou 26 𝑚𝑜𝑑 32
ou
1 10 5 ≡ 16 𝑚𝑜𝑑 32 para 𝑘 1
⎧
⎪
(i) 1 10𝑘 5𝑘 ≡ ou
⎨
⎪
⎩1 90 5.81 ≡ 16 𝑚𝑜𝑑 32 para 𝑘 3
17 26 5 ≡ 16 𝑚𝑜𝑑 32 para 𝑘 1
⎧
⎪
(ii) 17 26𝑘 5𝑘 ≡ ou
⎨
⎪
⎩17 26.9 5.81 ≡ 16 𝑚𝑜𝑑 32 para 𝑘 3
ℎ 10ℎ 𝑘 5𝑘 ≡2 𝑚𝑜𝑑 32
ℎ 10ℎ 𝑘 5𝑘 ≡ 16 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 32
ℎ 10ℎ 𝑘 5𝑘 2 𝜆
Portanto:
ℎ e 𝑘 são pares. ▄
𝑎 𝑏√5 𝑘 .𝑑
, com 𝑘 , 𝑘 ∈ 𝐴′
𝑎 𝑏√5 𝑘 .𝑑
Somando 𝑘 . 𝑑 a 𝑘 . 𝑑 , obtém-se:
𝑎 𝑏√5 𝑎 𝑏√5 2𝑎 𝑘 𝑘 . 𝑑 ⟹ 𝑑 | 2𝑎
Subtraindo 𝑘 . 𝑑 de 𝑘 . 𝑑 , obtém-se:
Assim:
2𝑎 𝑑. 𝑤 𝑑 | 2𝑎
e ⟹ 𝑑 | 2𝑎 e 𝑑 | 2𝑏. √5 ⟹ e ⇔ 𝑖 ou 𝑖𝑖
2𝑏√5 𝑑. 𝑤 𝑑 | 2𝑏 ou d |√5
(i) ⟹ 𝑑 | 2𝑎 e 𝑑 | 2𝑏
𝑚𝑑𝑐 2𝑎 , 2𝑏 2. 𝑚𝑑𝑐 𝑎 , 𝑏 2 𝑑
Note que o Lema 1 estabelece 𝑎 e 𝑏 como inteiros não negativos com paridades
distintas.
Sabe-se que:
Logo, 𝑑 2 é um absurdo.
(ii) ⟹ 𝑑 | 2𝑎 e 𝑑 | √5
Supondo que se tome, também em 𝐴 , um elemento 𝑑 que seja primo e irredutível, então
existe um outro elemento 𝜃, inversível e unidade no anel, de modo que se observa:
√5 𝑑. 𝜃 ⇔ 𝑑 √5. 𝛽 com 𝛽 𝜃
𝑑 2𝑎 ⟹ √5. 𝛽 2𝑎
Assim:
√5. 𝛽 | 2𝑎 ⟹ 2𝑎 √5. 𝛽 . 𝑤
De forma que:
𝑤 ∈ 𝐴′
Como:
𝑑 ∤ √5
Portanto:
Conforme o Lema 1:
𝑎 ≢ 𝑏 𝑚𝑜𝑑 2
𝑎 5𝑏 𝑎 𝑏√5 . 𝑎 𝑏√5
𝑎 𝑏√5 e 𝑎 𝑏√5
√ , √
𝑚 𝑛√5
𝑚 ≡ 𝑛 𝑚𝑜𝑑 2 ⟹ ∈𝐴
2
𝑚 𝑛√5
𝑎 𝑏√5
2
Dessa forma:
𝑚 ≡ 𝑛 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
Fazendo:
𝑚 2𝜆 e 𝑛 2𝜆
E considerando:
𝑚𝑑𝑐 𝑎, 𝑏 1 e 𝑎 ≢ 𝑏 𝑚𝑜𝑑 2
ó
113
𝑚 𝑛√5
𝑎 𝑏√5
2
𝜆 ≢𝜆 𝑚𝑜𝑑 2
Logo:
𝑎 𝑏√5 𝜆 𝜆 √5
𝑎 ≢ 𝑏 𝑚𝑜𝑑 2
𝜆 ≢ 𝜆 𝑚𝑜𝑑 2
𝑎 𝑏√5 e 𝜆 𝜆 √5
1 𝜆′ 𝜆′ √5
𝜆′ ≢ 𝜆 𝑚𝑜𝑑 2
Tem-se:
𝑎 𝑏√5 𝜆 𝜆 √5 . 𝜆 ′ 𝜆′ √5
Considerando:
𝑡 2. 𝜆′ e 𝑢 2. 𝜆′ ⟹ 𝑡 ≡ 𝑢 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
Reescreve-se:
𝑚 𝑛√5 𝑡 𝑢√5
𝑎 𝑏√5 .
2 2
114
Onde:
𝑚 ≡ 𝑛 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
𝑡 ≡ 𝑢 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
𝑚 𝑛√5 𝑡 𝑢√5
e ∈A
2 2
𝑡 ≡ 𝑢 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
𝑡 𝑢√5
é unidade de 𝐴′
2
Para mostrar que este elemento é uma unidade e é inversível neste anel, deve-se
estabelecer que:
𝑁: 𝐴′ ⟶ ℤ
𝑧⟶𝑁 𝑧 𝑧. 𝑧̅
𝑧 ∈ 𝐴′ | 𝑧 é inversível ⇔ 𝑁 𝑧 1 em ℤ
Portanto:
𝑡 𝑢√5 𝑡 𝑢√5 t 5𝑢
𝑁 𝑧 . 1 ⟹ t 5𝑢 4
2 2 4
Seja também:
𝑚 𝑛√5 𝑚 𝑛 √5
2 2
115
𝑚 ≡ 𝑛 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
𝑚 ≡ 𝑛 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 2
Portanto, tem-se:
16𝑚 ≡ 𝑚 𝑚𝑜𝑑 5
16𝑛 ≡ 0 𝑚𝑜𝑑 5
𝑚 ≡ 𝑚 𝑚𝑜𝑑 5
Dessa forma:
16𝑚 ≡ 𝑚 ≡ 𝑚 𝑚𝑜𝑑 5
Logo:
Seja:
𝑚 𝑛 √5 𝑡 𝑢√5
𝑎 𝑏√5 . ⟹
2 2
⟹ 4𝑎 4𝑏√5 𝑚 𝑛 √5 . 𝑡 𝑢√5 ⟹
4𝑎 𝑚𝑡 5𝑛 𝑢
⟹ 4𝑎 4𝑏√5 𝑚𝑡 5𝑛 𝑢 𝑚𝑢 𝑛 𝑡 . √5 ⇔
4𝑏 𝑚𝑢 𝑛𝑡
116
Supondo que:
5 | 𝑚 ⟹ 5 | 4𝑎 𝑚𝑡 5𝑛 𝑢
Logo:
5 ∤ 𝑚
Afirma-se:
⎨ 𝑚 ≡ 𝑚 ≢ 0 𝑚𝑜𝑑 5
⎪
⎩ 5 ∤ 𝑚 e 5 | 𝑛′
Como:
5 divide 𝑏
ó
5 | 𝑚 𝑢 ⟹ 5 |𝑢
∤
Fazendo 𝑢 0 em:
𝑡 5𝑢 4 ⟹ 𝑡 2 (soluções inteiras)
E observando ainda:
𝑚 𝑛√5 2 0. √5 𝑚 𝑛√5
𝑎 𝑏√5 .
2 2 2
𝑚
⎧𝑐
⎪ 2
⎨ 𝑛
⎪𝑑
⎩ 2
117
Para que todas as possibilidades sejam cobertas e a prova, portanto, concluída, deve-se
supor 𝑢 0 e considerar a seguinte unidade de 𝐴′:
𝑡 𝑢√5
1
2
t 5𝑢
1
4
𝑡 𝑢√5 1 √5
2 2
𝑒 0 ⟹ 𝑡 1 e 𝑢 0
1 √5 1 √5
e
2 2
Assume-se que 𝑒 1:
𝑒 1 ⟹ 𝑢 1 impossível
5 | 𝑢
2 . 𝑡 𝑢√5 1 √5 ⟹
𝑒 𝑒 𝑒
2 𝑡 2 𝑢√5 1 √5 1 √5 1 √5 ⋯
0 1 2
118
2 . 𝑢√5
1 √5
Desta forma:
𝑒 𝑒
2 . 𝑢√5 𝑒. √5 . √5 . √5 ⋯
3 5
𝑒 𝑒
2 . 𝑢√5 𝑒. √5 5 . √5 5 . √5 ⋯
3 5
𝑒 𝑒
2 .𝑢 𝑒 5 5 ⋯
3 5
2 .𝑢 ≡ 𝑒 𝑚𝑜𝑑 5
Tem-se que:
𝑒 5𝑓 com 𝑓 ∈ ℤ
𝑚 𝑛√5 1 √5 𝑐 𝑑 √5
.
2 2 2
Sendo:
𝑐 ≡ 𝑑 𝑚𝑜𝑑 2
Garante-se que:
𝑐 𝑑 √5
𝑎 𝑏√5
2
119
𝑐′ 𝑑′
𝑐 e 𝑑
2 2
𝑚𝑑𝑐 𝑎, 𝑏 1 ⟹ 𝑚𝑑𝑐 𝑐, 𝑑 1,
uma vez que se mostre a existência dos inteiros não nulos 𝑐 e 𝑑, tais que:
𝑐. 𝑐 50𝑐 𝑑 125𝑑
⎧𝑎
⎪ 16
⎨ 5𝑑. 𝑐 10𝑐 𝑑 5𝑑
⎪
⎩𝑏 16
Se 𝑐 e 𝑑 forem ímpares:
𝑎 𝑏√5 𝑎 𝑏√5
𝑚𝑑𝑐 ; 1
2 2
Portanto:
𝑡 𝑢√5
2
Tem-se também:
𝑡 5𝑢 4
𝑐 𝑚 e 𝑑 𝑛
121
Prova-se, assim:
𝑢 0
2 . 𝑡 𝑢√5 1 √5
𝑒 5𝑓 com 𝑓 ∈ ℤ
Portanto:
𝑚 𝑛√5 1 √5 𝑐 𝑑√5
.
2 2 2
√ √
▄