Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DE
MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO
VITÓRIA
2023
2
VITÓRI
A 2023
3
SUMÁRIO
1 PRIMEIROS VOOS.............................................................................................................3
2 O PULSAR DA VIDA DENTRO DA ESCOLA...................................................................13
3 AS PESQUISAS ACADÊMICAS MOVIMENTANDO NOSSOS PENSAMENTOS...........19
4 AS FEITICEIRAS E OS MAGOS QUE COMPÕEM O PROJETO....................................30
5 ESCOLA COMO LOCAL DE “BRUXARIA”: EXPERIMENTAÇÃO CURRICULAR COM AS
INFÂNCIAS..........................................................................................................................35
6 CRONOGRAMA ....................................................................................................40
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................4
O carimbador Maluco
Raul Seixas – 1983
RESUMO
A pesquisa propõe como tema: a exploração dos encontros das crianças com
imagens cinematográficas. O objetivo geral é cartografar novos possíveis
curriculares. Os objetivos específicos incluem acompanhar a força desses
encontros, cartografar fabulações criadas por elas, problematizar os processos
de desterritorialização e reterritorialização curricular e produzir o produto
educacional que são scrapescritos e vídeos com as crianças. O referencial
teórico recorre Gilles Deleuze e Félix Guattari. A abordagem filosófica desses
autores fornece a estrutura conceitual para vivenciar a aprendizagem, o currículo
e as práticas educacionais de maneira não linear e inventiva. A pesquisa evoca
a abordagem deleuziana do afeto e percepto, enfatizando a importância desses
elementos na experiência buscando a imagem cinematográfica como
disparadora de pensamento. Quanto a metodologia usa o método cartográfico,
que visa acompanhar processos, mapear trajetórias e investigar produções,
enfocando o processo em vez de representar um objeto. Propõe-se redes de
conversações como espaços de produção de conhecimento coletivo para a
experimentação do currículo rizomático como uma alternativa ao currículo
tradicional. A pesquisa propõe uma vivência de saberes, fazeres e afetos a partir
das imagens cinematográficas, que servem para quebrar o pensamento
dogmático e fabular um currículo que escape às naturalizações. Resultados:
chegamos à conclusão (sempre abertos à exploração), que as imagens são forças que
podem provocar novos possíveis, de modo a expandir a potência do coletivo e afirmar a
vida que não cabe em padronizações curriculares.
Para esta viagem inventiva não precisamos de carimbo autorizando, pois quando
se trata de usar as imagens cinematográficas como disparadoras de movimentos
de pensamento, fabulamos com as crianças. E, com essa mudança de perspectiva,
operamos com a possibilidade de sentir e pensar com “os afetos que pedem
passagem” (Rolnik, 1989) e criam reviravoltas curriculares.
1
Quando escrevemos na primeira pessoa do plural, apostamos que essa escrita não diz respeito a uma
pessoalidade, nem muito menos uma impessoalidade, uma vez que não acreditamos na individualidade, mas em
uma composição, e...e e (DELEUZE; GUATTARI, 1995a).
2
Fabular, para Deleuze, é fazer falar as potências que os devires suscitam em nós. Na fabulação, o
sujeito desaparece, o sujeito fala por meio de outros, fala em nome das minorias, “[...] das multiplicidades
nômades que o povoam e com as quais ele repovoa o mundo” (LAPOUJADE, 2015, p. 282).
7
Sendo assim, o foguete está preparado para ser lançado e a viagem pelo universo
dos novos possíveis surge como um plunct, plact e zum, porém, sem garantias
e sem previsões, mas com a intenção de entrar em relação com o problema dessa aventura
de pesquisa, que é saber: Que efeitos o encontro de crianças de 5º ano do ensino
fundamental com as imagens cinematográficas produzem nos movimentos
curriculares?
Nosso interesse reside em sair da ideia convencional de currículo moderno (ou prescrito, ou
oficial), utilizando a imagem cinematográfica, signo da arte que Deleuze (2013) considera
"não mais uma representação do mundo; ela se tornou um mundo, um pensamento que
pensa por si mesmo" com as crianças em redes de conversações (Carvalho, 2009) nos
movimentos de aprendizagens em uma escola municipal de ensino fundamental da região 5,
na Barra do Jucu, no município de Vila Velha/ES, com o intuito de criar outros movimentos
curriculares, engendrando movimentos de fabulação que possam também desnaturalizar
9
Percepções essas que nos faz ver a complexidade das linhas que atravessam e se
entrelaçam nos cotidianos, Deleuze e Guattari vem nos falar sobre os fluxos molares
e moleculares que constituem os espaços, a linha de segmentaridade dura, ou
molar, a linha de segmentação maleável ou de fissura molecular e uma espécie de
linha de fuga ou de ruptura (DELEUZE; GUATTARI, 1996, p. 94).
Dessa forma, imersos nos fluxos das linhas que moldam o cotidiano escolar, somos
frequentemente afetados e, por vezes, capturados por eventos que favorecem a
valorização da identidade e da unidade, negligenciando a riqueza da multiplicidade.
No entanto, almejamos transformar essa realidade, como propõem Lovatte, Gabriel
e Silva (2023), ao problematizar o ambiente escolar e criar "poros de respiração"
para gerar vida.
11
A faixa etária dos alunos está entre a infância e a pré-adolescência e isso vem sobre
eles marcando um rompimento brusco e por esta razão escolhemos operar nesta pesquisa com
os alunos do 5º ano, pois queremos provocar maneiras de fabularmos juntos sem preocupação
com pré requisitos etários.
Estamos nesta jornada de pesquisa lançando nosso foguete rumo ao universo dos novos
possíveis curriculares. Assim como uma viagem espacial, esperamos que nossa investigação
nos permita ir além das fronteiras, fabulando e explorando territórios inexplorados nos
cotidianos escolares. A cada encontro das crianças do 5º ano do ensino fundamental com as
imagens cinematográficas, experimentando novos caminhos, criando constelações de
aprendizado que podem ir além das limitações do currículo convencional. Como astronautas
do conhecimento, navegaremos por entre as estrelas da fabulação e do pensamento. Que
nossa jornada continue explorando os horizontes do currículo para novos mundos de
aprendizagem, sempre com a esperança de um 'plunct, plact e zum' cheio de surpresas e
descobertas, pois, afinal, a educação é uma viagem sem fim, e estamos apenas começando.
12
Nesta seção de revisão de literatura iremos viajar nas intensidades de pesquisas que
suscitam a ideia de somos atravessados por movimentos que celebram a vida e
queremos vivenciar os cotidianos que pulsam, para isso fomos em busca de trabalhos
que dialogam com a nossa pesquisa.
Sendo assim, a revisão de literatura busca vivenciar encontros que possam ter experimentado
modos de potencializar o currículo rizomático e de expandir a força dos movimentos curriculares
inventivos. Fizemos a pesquisa a partir dos descritores centrais, a saber: c i n e m a , currículos,
crianças, cotidianos e mais uma vez encontramos inspiração no conceito de rizoma: “[...]
qualquer ponto de um rizoma pode ser conectado a qualquer outro e deve sê-lo” (Deleuze;
Guattari, 1996, p. 16). Dessa forma, lemos os trabalhos expandindo o pensamento e fazendo
conexões para encontrar mais linhas que nos atravessassem em função do nosso campo
problemático de pesquisa.
13
Na tessitura da viagem que nos propusemos a partir dos textos, conseguimos mapear a
proximidade ou a falta dela, com a nossa aventura de pesquisa, o que nos permitiu selecionar o
material para a próxima etapa, que apresentará as contribuições desses estudos ao nosso objetivo
de investigação.
A partir dos títulos e da leitura dos resumos encontramos 16 pesquisas que se duplicavam, 20
que fez o estudo sobre o cinema brasileiro, 14 estudaram sobre montagem cinematográfica de
filmes, 27 pesquisas trabalham o cinema/filme como recurso didático,45 estudam sobre questões
de gênero, étnico-raciais e de religiosidade, enquanto 35 estudam o cinema de uma determinada
região, 38 estudam o cinema como arte, 18 estudam o cinema documentário, 30 estudam a
relação do cinema como a literatura, 26 trazem as pesquisas relacionadas a formação de
professores, 25 trazem assuntos variados com inclusão, figurinos de filmes, pirataria e
tecnologia. Sendo assim, foram selecionados
lecionamos treze trabalhos e após a leitura de todo o trabalho entendemos que não dialogavam
com as nossas intenções de pesquisa e então selecionamos duas dissertações e uma tese que se
aproximavam do nosso estudo por relacionar o signo da arte cinema e aos cotidianos e por
entendê-los como disparadores em rede de conversações que foram: “Os usos e os
atravessamentos do cineclube (e do cinema) na tessitura dos currículos em redes nos cotidianos”
(2015) de Bárbara Maia Cerqueira Cazé e “Cinema e artefatos culturais a partir das pesquisas
com os cotidianos” (2018) Izadora Agueda Ovelha e a tese que propõe uma cartografia
costurando fatos e conceitos de modo inspirador, pois usa o artesanato para ilustrar os encontros
nas salas de cinema não comerciais das universidades do Brasil, “Cinescrita das salas
universitárias de cinema no Brasil” (2020), de Cíntia Langie Araújo.
De volta à Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, com o mesmo marco temporal,
14
Uma das pesquisas se destaca como as fabulações das crianças se tornam uma força motivadora
na redefinição do currículo com o título “As Fabuloinvenções das crianças nos agenciamentos
dos currículos” (2019) de Camilla Borini Vazzoler Gonçalves e a outra que traz a força de
resistência em defesa das infâncias, contrapondo-se às pressões macropolíticas que impõem uma
abordagem de alfabetização desde cedo, tanto na educação infantil quanto nos primeiros anos do
ensino fundamental "Os entrelugares Educação infantil- Ensino fundamental: O que podem os
currículos tecidos com os cotidianos das escolas?”. E ainda a tese “Pensando os currículos com
as crianças: sobre aprendizagem inventiva na educação infantil” que defende a criação de
currículos possíveis e a importância de aprender a olhar de forma mais atenta, a fim de inaugurar
novos sentidos desestabilizadores para a educação.
Desta maneira, cada encontro movimentou de algum modo este trabalho e assim se justifica a
escolha por fazer parte dele e a partir dessa seleção explicitamos suas contribuições.
Nas dissertações pudemos entrar em relação com o trabalho de Izadora Agueda Ovelha (2018),
intitulada “Cinema e artefatos culturais a partir das pesquisas com os cotidianos”. A autora
aborda a relação entre o cinema e o cotidiano, considerando que esses dois espaçostempos4
favorecem a criação de processos curriculares. Neste estudo, explora-
4
Atravessados por Alves (2003), optamos por um modo de escrita que supere de certa maneira a dicotomização
herdada do período no qual se “construiu” a ciência moderna. Em nossa escrita utilizamos
15
se a relação entre cinema, suas imagens e sons e os cotidianos escolares, utilizando-se da internet
e redes sociais para ampliar os encontros e demonstrar como essas conversas podem evidenciar a
constante criação de processos curriculares diversos por meio do uso dos signos artísticos.
Ovelha (2018) opera com imagens cinematográficas em obras exploradas por suas temáticas
para levantar questões com os cotidianos, educação e tudo que está envolvido nesse contexto e
sua pesquisa é realizada com professores e alunos dos cursos de licenciatura. Este estudo nos
interessa também por sua abordagem quanto às redes de conversações, pois queremos
possibilitar que seja externado através das enunciações os afetos e os perceptos nos encontros
com as imagens cinematográficas de animação.
É nosso objetivo cartografar o que ocorre durante o encontro das crianças do 5º ano do ensino
fundamental com as imagens, mas sem o foco interpretativo e descritivo da imagem, mas com
força nos encontros, nos afetos e perceptos. Neste caso, interessa-nos, em especial, os afetos
envolvidos e os possíveis curriculares que vão surgir a partir destes encontros. Pois, de acordo
com Deleuze, a imagem é matéria e movimento:
[...] Neste plano [plano de imanência] a imagem existe em si. Este em-si da imagem é a
matéria: não algo que estaria escondido atrás da imagem, mas ao
palavras juntas para expressarmos a ruptura com os princípios de uma dicotomia “naturalizada” nos modos de ver e
produzir o conhecimento. Dessa maneira, marcamos a força política das palavras que em nossos sentidos
referenciam saberesfazeres que não podem ser pensados separados.
16
Nesse sentido, vamos passando de uma concepção estática para uma transformação
conceitual dinâmica, na qual a ideia de rede conduz a uma permanente abertura nas
significações, a uma contínua mudança na configuração dos nós e das relações, a
uma ausência crescente de centro. As redes de poderes, saberes e fazeres nos pegam
se nos jogamos nelas; nos envolvem se estamos disponíveis ao diálogo; nos tecem/
destecem/ retecem se conseguimos compreender os múltiplos caminhos e vários
espaços/ tempos de aprendizagens e de ensino. (ALVES, 2004, p. 82).
Neste ponto, fortalecemos o diálogo entre Deleuze e Guattari (1995), a autora e nossa
pesquisa, é quando somos atravessados pelo conceito de rizoma, para Deleuze e Guattari, um
rizoma é uma maneira de pensar não-linear, não-hierárquica e descentralizada. Não seguindo
uma ordem fixa, o rizoma se ramifica em múltiplas direções, permitindo conexões entre
diferentes pontos sem um centro definido.
Um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as
coisas, inter-ser, intermezzo. A árvore é filiação, mas o rizoma é aliança, unicamente
aliança. A árvore impõe o verbo “ser”, mas o rizoma tem como tecido a conjunção
“e… e… e…” (Deleuze; Guattari, 1995 p. 37).
arte. O nosso ponto em questão é também de não se utilizar da visão didática das imagens
cinematográficas de animação, mas da possibilidade de fazer emergir afetos a partir dos
encontros com elas, para que sejam disparadoras de conversações.
A pesquisadora Tamili Mardegan da Silva (2018), traz a seguinte indagação em sua pesquisa
de mestrado: Os entrelugares Educação infantil Ensino fundamental: O que podem os
currículos tecidos com os cotidianos das escolas? Mergulha, assim, nos cotidianos da
educação infantil e no ensino fundamental e encontra com fragmentações que fazem parte dos
rizomas cotidianos misturando crianças, etapas,
18
professores, gestores, objetos, brincadeiras e alfabetização, tensionada pelo devir- criança que
se apresenta na educação. Demonstra que de maneira desobediente os currículos rasgam os
instituídos e fazem prevalecer outras maneiras de se fazer currículos, assim como nos falam
Ferraço e Carvalho (2012, p. 07):
No encontro destas duas etapas da educação básica, ensino fundamental e educação infantil,
vemos formas lineares de pensamento sendo estilhaçadas, num rizoma de infinitas e
impensáveis conexões que, em movimentos crianceiros, visibilizam a infância que não cabe
em categorias e aposta nas práticas-políticas da educação cotidiana que transbordam os muros
rígidos, produzindo currículos menores, aqueles que, partindo da ideia de educação menor
proposta por Gallo (2002, p.173), se concentra em expandir a educação menor que está no
nível da micropolítica, expressa nas ações cotidianas, que incluí as perspectivas, voz e
culturas que são frequentemente negligenciadas nos currículos convencionais.
Passando agora para as teses, fomos atravessados pelo trabalho intitulado: “Pensando os
currículos com as crianças: ou sobre aprendizagem inventiva na educação infantil”, de Angela
Francisca Caliman Fiorio (2013). A autora valoriza o que a criança tem a dizer e busca através
da fotografia, assim como nós utilizaremos as imagens cinematográficas de animações,
explorar as narrativas curriculares, explora a sensibilidade vivida no cotidiano imaginada
dentrofora da escola. Aposta na potência da/na imagem fotográfica em sua função fabuladora
e como disparadora da invenção e tessitura de outros sentidos em currículo agenciando outros
possíveis. A pesquisadora indaga: que sentidos de currículo são produzidos em
multiplicidades? Como movimentar o pensamento sem nomear currículo, mas fazê-lo em
fabulação com o encontro com as imagens e palavras, colocando em desequilíbrio o que antes
era pensado como uno e abrindo espaço para a invenção de currículos outros?
19
Fiorio (2013) traz como foco a relação entre a criança e a fotografia, na experiência estética e
não em um ou outro isoladamente, mas no encontro, na experiência e na produção de
acontecimentos em currículos, assim como afirma Deleuze (2007, p. 331) a respeito do
cinema: “[…] teoria do cinema não é “sobre” o cinema, mas sobre os conceitos que o cinema
suscita, e que eles próprios estão em relação com outros conceitos que correspondem a outras
práticas [...]”.
Utiliza da imagem como disparador do pensamento, pois busca a força da imagem sem
interpretá-la, mas para pensar e repensar através delas. E fazendo currículo junto às crianças a
autora chegou “[...] à conclusão de que as crianças não gostam de habitar um mundo em que
não possam transformá-lo – inclusive, fazem isso por meio da brincadeira, quando amarram
um pedaço de corda numa lata velha e saem puxando seu cachorrinho de estimação!” (Fiorio,
2013, p. 158). Assim constroem e vivenciam os efeitos que elas produzem nos movimentos
curriculares inventivos.
Em uma outra tese intitulada “Cinescrita das salas universitárias de cinema no Brasil”, de
Cintia Langie Araújo (2020), entramos em relação com um conjunto de potência na maneira de
filmar de uma cineasta que inspira a cartografia com a pesquisa de doutorado. Proporciona uma
experiência com o cinema a partir de um referencial teórico que dialoga com Sales Gomes,
Deleuze e Guattari, Rolnik entre outros e que faz nascer desse encontro a cinescrita. Nesse
movimento, ocorrem visitas às salas de cinema das universidades criando uma imagem afetiva
nos encontros que promovem a micropolítica da experimentação.
A tese buscou pensar além dos modelos tradicionais de exibição comercial, viajando pelos
curtos-circuitos de vazamento, como nos cinemas localizados nas universidades, que não
possuem grandes tecnologias. Sendo assim, a autora chamou de modos artesanais de proceder.
Ainda no movimento de busca fomos até aos periódicos da Capes e encontramos artigos que de
igual modo nos atravessaram e contribuíram nesta composição de estudo.
No artigo de Silva, Zouain e Fernandes (2021a) nos apresentar possibilidades de escapar das
forças que buscam padronizar e uniformizar a forma de desenvolver currículos nas escolas,
compreendendo-os como "máquinas de guerra" que desestabilizam o pensamento e abrem
caminho para novas possibilidades.
21
A potência das imagens atua como força que rompe as tentativas de engessar os currículos e a
partir delas experimentam os efeitos que podem produzir no pensamento e trazem sentido para
a aprendizagem. E nos faz entrar em relação quando compreendemos as imagens como forças
que impulsionam a vida, pois expandem o pensamento para o inventivo.
Os autores estabelecem uma conexão entre imagens cinematográficas e o cotidiano por meio da
cartografia, com o intuito de vivenciar o movimento inventivo do currículo na escola. Eles
evocam a alegria dos encontros que despertam a potência inventiva de criar coletivamente o
currículo.
diálogo com a proposta aqui trabalhada, pois a alegria é uma potência subversiva, paixões
alegres aumentam a nossa potência de agir (Deleuze, 2017).
Um outro artigo nos atravessa nesses encontros, intitulado: “Cartografando currículos: crianças e
suas fabulações audiovisuais cotidianas”, de Rosilene Lopes de Pinho (2021), que problematiza
as relações entre o espaçotempo escolar, o currículo e crianças. Aproximando de nossas
intenções de pesquisa, o artigo nos convida a pensar currículos outros, a pensar o currículo
como potência, como resistência, como fabulações que movimentam o ambiente escolar.
Utiliza, como nós, a cartografia como inspiração metodológica de pesquisa uma escola pública
estadual no município de Cáceres-MT, para adentrar a relação entre escola, currículo, crianças
e infâncias e fazer ressoar as bonitezas, fabulações e criações curriculares de seus
praticantespensantes. O estudo vai além das normatizações e pensa o currículo rizomático,
currículos pensadospraticados com o cotidiano, currículos criados pelas crianças que produzem
efeitos e singularidades outros, assim apresentando um interessante diálogo conosco e com
nosso campo problemático.
Entrar em relação com estes estudos nos inspirou a produzir um mapa em scrapbook que nos
ajuda a pensar os agenciamentos que podemos experimentar nos encontros nos caminhos da
pesquisa. Elaboramos, então um scrapbook 5 que expande memórias
5
O Scrapbook é uma forma de produzir arte que consiste em técnicas de recorte e colagem para guardar recordações
relacionados a um determinado tema. “O scrapbook é uma terminologia vinda do inglês e
23
e produz registros de momentos especiais, expressando criatividade por meio de design, layout,
cores e decorações, além de contar visualmente, seja sobre a vida, sobre um evento específico
ou um período e com ele podemos demonstrar significados cheios de afetos, afecções e
perceptos experimentados no caminho de aprendizagens que trilhamos em multiplicidades. A
composição não se dá de modo linear no scrapbook, assim como também “Não existem
pontos ou posições num rizoma como se encontra numa estrutura, numa árvore, numa raiz.
Existem somente linhas” (Deleuze e Guattari, 1995, p. 24) que se conectam e nos fazem entrar
em relação.
significa álbum de recorte. A nomenclatura é considerada pelo fato dele ser elaborado com recortes de materiais
que, além de imagens, podem ser constituídos por textos, artigos publicados em livros, revistas ou quaisquer outras
fontes, mídias audiovisuais, e objetos como fios de cabelos, flores prensadas, cartões postais, páginas ou capas que
podem ser de restos de papel, pedaços de tecidos ou quaisquer outros elementos que se dirijam para essa finalidade”.
(Pantoja,2019, p.19).
24
Todas as pesquisas selecionadas operam com o método cartográfico, aqui não tem como parar e
esperar, pois, o “método formulado por Gilles Deleuze e Félix Guattari visa acompanhar um
processo, e não representar um objeto. Em linhas gerais, trata-se sempre de investigar um
processo de produção” (Kastrup, 2009, p. 32), assim como iremos utilizá-la para que nos
possibilita mapear a trajetória por meio de mapas abertos, coengendrando a linguagem
cinematográfica, subjetividades, afetos e perceptos provocados pelas imagens que nos leve a
fazer junto este modo inventivo curricular.
Para a realização da pesquisa entraremos em relação com a dinâmica das crianças do 5º ano do
ensino fundamental. A escolha foi feita a partir da nossa experiência com os alunos nesta faixa
etária e percebemos que neste momento começam a compreender que as pessoas têm diferentes
pontos de vista e embora ainda em um estágio inicial,
25
essa noção pode ser relacionada à multiplicidade de perspectivas explorada pela filosofia da
diferença, além de ter sido nas turmas de 5º anos os trabalhos mais colaborativos que
desenvolvemos em nossa experiência profissional, quando foi propício a interconexão dos alunos
e professores.
Espera-se que nos momentos em que entraremos em relação com as imagens cinematográficas,
possamos vivenciar experimentações. Todo movimento de pesquisa será registrado a partir do
diário de bordo, escolhidos e exibidos por fotos e possíveis gravações. No entanto, espera-se
registrar os afetos, afecções e perceptos a partir do encontro das crianças com as imagens e pelas
redes de conversações, querendo evocar problematizações que poderão ser suscitadas nestes
encontros e perceber que efeitos poderão provocar nos currículos criados na escola. Ainda
confeccionaremos o nosso produto, os chamados scrapescritos, que são registros feitos a partir
da técnica artística de recortes e colagens com escrita para a confecção de novas imagens que
representem a vivência com as imagens assistidas, porém iremos aqui deixar os afetos agirem.
Para compreender os fluxos dos afetos, afecções e perceptos expressos pelas crianças como
pressupõe a cartografia permanecemos abertos a outros movimentos à medida que as
experiências surgirem ao longo da pesquisa. Isso pode ajudar a identificar como os elementos se
interconectam e se transformam, estando atento às múltiplas perspectivas, vozes e experiências
das crianças. Valorizando a multiplicidade expressa por elas, reconhecendo que cada criança
pode vivenciar com as imagens cinematográficas de maneira singular, pois a "representação
deixa escapar o mundo afirmado pela diferença" (Deleuze, 2018, p. 62). A diferença, intrincada
nas interações cotidianas,
26
em sua singular composição, torna-se a motivação para estabelecer conexões e apostar na vida.
Agir em favor da vida, no entanto, é agir coletivamente, pois a “força sempre estará no coletivo e
nas redes tecidas nos cotidianos das escolas”, como afirma Ferraço (2016, p.242). O currículo e
preestabelecidos e,
[...] independente de haver ou não uma proposta comum de ação, as redes continuam a
ser tecidas pelos sujeitos das escolas, o que nos leva a pensar que o que importa nesses
processos instituintes não é a existência ou não de um projeto prescritivo, mas o
sentimento comum de que trabalhamos e atuamos sempre em redes e de que qualquer
tentativa de se constituir como protagonista individual e autocentrado na produção do
currículo não nos leva muito longe na educação. (Ferraço, 2016, p.242).
Sendo assim, a força da educação está no coletivo, nos movimentos de micropolíticas ativas que
problematizam a realidade e propõe outros possíveis, criam modos de subversão e resistência,
criam uma educação menor (Gallo, 2002) para agir nas brechas da educação maior. O autor faz a
relação entre educação maior com educação molar que compreendemos como a educação das
políticas, tais como ministério, secretarias e suas leis e a educação menor, educação molecular
que é aquela da pequena política das salas de aula.
Ora, se a aprendizagem é algo que escapa, que foge ao controle, resistir é sempre
possível. Desterritorializar os princípios, as normas da educação maior, gerando
possibilidades de aprendizado insuspeitadas naquele contexto. Ou, de dentro da
máquina opor resistência, quebrar os mecanismos, como ludistas pós- modernos,
botando fogo na máquina de controle, criando possibilidades. A educação menor age
exatamente nessas brechas para, a partir do deserto e da miséria da sala de aula, fazer
emergir possibilidades que escapem a qualquer controle. (Gallo, 2002 p.175).
Intencionamos considerar as intensidades dos afetos nas experiências das crianças e sua variação
ao longo das interações e quais relações se estabelecem com os currículos,
27
cartografando a partir de mapas visuais que representem a relação e conexões entre afeto,
afeições, perceptos e elementos dos currículos.
É que devir não é imitar algo ou alguém, identificar-se com ele. Tampouco é
proporcionar relações formais. Nenhuma dessas duas figuras de analogia convém ao
devir, nem a imitação de um sujeito, nem a proporcionalidade de uma forma. Devir é, a
partir das formas que se tem, do sujeito que se é, dos órgãos que se possui ou das
funções que se preenche, extrair partículas, entre as quais instauramos relações de
movimento e repouso, de velocidade e lentidão, as mais próximas daquilo que estamos
em vias de nos tornarmos, e através das quais nos tornamos. É nesse sentido que o devir
é o processo do desejo.
Não queremos e não conseguimos prever como será a aventura, embora estejamos desejantes por
uma experiência empolgante e positiva. Sendo afetados pela natureza libertadora da arte e seu
potencial para desafiar o pensamento estabelecido, somos inspirados a vivenciar novas
abordagens curriculares. A arte tem o poder de deslocar pensamentos, transbordar afetos e liberar
a vida. Para Deleuze (1998), não há arte que não seja uma liberação da força de vida. Nesse
sentido, as imagens, entre as redes de conversações, tornam-se disparadores para pensar, no
coletivo, outros modos de produção curricular, pois o currículo escolar:
Destacamos que a vivencia de saberes, fazeres e afetos a partir das imagens cinematográficas
como disparadoras servem para quebrar o pensamento dogmático e a quebra da representação de
imagens de docência, de reprodução e assim fabularmos e vivermos o inventivo de um currículo
que escape às naturalizações engendrando redes de currículos (Ferraço, 2007, 2008a, 2008b). A
28
partir das experimentações dos afetos, afecções e perceptos vivenciados nas redes de
conversações, Carvalho (2011) podemos problematizar o currículo formal, dicotômico, uno e
abrir-se às experimentações curriculares inventivas, numa perspectiva curricular como um
rizoma Deleuze; Guattari (2014).
Desse modo, entre as linhas do cotidiano escolar, nos movimentos crianceiros a pesquisa vai
sendo tecida, sem a intenção de interpretar essas linhas, trilhando pela ordem do devir e
acompanhando as intensidades e afecções no encontro das crianças com as imagens
cinematográficas de animações, os processos curriculares inventivos, os fluxos, sem fixar num
ponto ou seguir uma ordem, mas se conectando a qualquer ponto entre as multiplicidades, num
agenciamento coletivo, por meio da cartografia, borrando imagens de escola e docência pré
definidas.
Apoiados em Deleuze (2003, p. 94), acreditamos que a imagem, composta por signos é o que
“coloca a alma em movimento”, o que nos leva a aprender que são eles que provocam o afeto, os
perceptos, pois colocam o pensamento em movimento e intensificando a vida. Nesse sentido, a
relação com o signo da arte cinema apresenta a sua força e outros modos de ver e estar no mundo
e nas relações com os outros viventes.
Intenciona-se com este estudo, afirmar a força dos signos da arte cinema no encontro com as
crianças. Nesse sentido, a aposta é nas redes de conversações (Carvalho, 2011) e na cartografia
(Escóssia; Kastrup; Passos, 2009), como metodologia em uma escola do município de Vila
Velha-ES, tendo as imagens como disparadoras para pensar, no coletivo com as crianças, outros
modos de produção curricular e fabular.
E assim, pensar que cotidianos, aqui compreendido como um termo que tenta dar conta de uma
dimensão criadora de vida coletiva que possui em sua composição modos de existências outras e
que produzem, por sua vez múltiplos espaçostempos em que vamos nos inventando e nos
compondo, dia após dia. Com as pesquisas nos/dos/com os cotidianos (Alves,2001) aprendemos
a mergulhar com todos os sentidos numa imersão, na expansão do conhecimento produzido com
as enunciações do que foi vivido a partir das linhas que atravessam o cotidiano. Esses
29
movimentos estão intrincados com as redes de conversações (Carvalho,2011). Essas ações são
entrelaçadas nas dimensões moleculares do rizoma e integram o plano de resistência e de
problematizações. No entanto, elas não estão separadas das macropolíticas, que dizem respeito às
regras, às regulamentações, ao estabelecido e às estruturas rígidas.
Pensar as imagens cinematográficas como signos da arte, como são nos remete a Deleuze,
quando diz que o cinema é um bloco de “duração/movimento” capaz de desencadear “afecções e
perceptos” e de levar o homem a construir novas relações com o mundo. Deleuze afirma que os
signos cinematográficos seriam específicos dessa arte e irredutíveis aos signos linguísticos e,
por isso, ele nega uma visão do cinema como
linguagem. Linguagem essa que Deleuze considera “a raiz de toda ilusão, de toda finitude e da
servidão dos homens.” Seria a linguagem a origem da inclinação dos homens para a opinião,
para o senso comum. O cinema, para o autor, é capaz de projetar, em devir, imagens e signos.
E por que não, um currículo rizomático que com suas ramificações vai nos entremeios e assim
como as crianças trazem em sua potência a capacidade de questionar verdades pré estabelecidas?
4 CRONOGRAMA
Demos início aos nossos estudos no Mestrado Profissional em Educação pela Universidade
Federal do Espírito Santo no mês de setembro de 2022. No primeiro ano cursamos as disciplinas
obrigatórias e realizamos estudos acerca de nosso referencial teórico. No primeiro semestre de
2023, demos prosseguimento, cursando as demais disciplinas obrigatórias ofertadas pelo
programa de pós-graduação, além de darmos continuidade aos estudos e aprofundamentos
teórico-metodológicos junto ao grupo coordenado pelas professoras Sandra Kretli da Silva e
Tania Mara Zanotti Guerra Frizzera Delboni. No segundo semestre de 2023, participamos do
Seminário C da Prof.ª Drª Janete Magalhães Carvalho, no qual estudamos o curso de Deleuze
sobre Spinoza (1978) e paralelamente participamos do estágio de pesquisa no curso de extensão
numa escola de educação infantil no município de Vitória, cujo este sobre currículos e
submetemos a pesquisa ao Comitê de Ética e Pesquisa, afetadas pelos encontros dessa caminhada
seguimos produzindo o texto para a qualificação.
30
2022/02
Disciplinas X X X X X X
obrigatórias
31
Grupo de estudos X X X X X
Aprofundamento X X X X
teórico-
metodológico
Revisão de X X
literatura
Orientação individual x x x X X
e coletiva
2023/01
Disciplinas X X X X X
obrigatórias
Aprofundamento X X X X X X
teórico-
metodológico
Grupo de estudos X X X X X X
Revisão de X X X X X
literatura
Escrita do
X X X X X X
projeto de
qualificação
Contato com a X
escola
2023/02
Disciplinas X X X X X
obrigatórias
Aprofundamento X X X X X X
teórico-
metodológico
Grupo de estudos X X X X X X
Escrita do
X X X X
projeto de
qualificação
Qualificação X
Contato com a X X
escola
2024
Disciplinas
obrigatórias
Grupo de estudos X X X X X X
Aprofundamento X X X X
teórico-
metodológico
Orientação X X X X X X
individual
Produção da X X X X X X
escrita da
dissertação
Pesquisa com/na X X X
escola
33
Defesa da X
dissertação
Seguiremos nos caminhos da pesquisa, afirmando encontros e afetos que aumentam a nossa
potência e buscando escapar das binaridades e dicotomias, abrindo-nos a fabulação e ao
inventivo.
A vontade do carimbador, que antes era o ditador e autoritário, de estar junto é manifesto, a
dualidade entre sua vontade e aceitação da separação temporária demonstram a coexistência de
forças e isso se afeta o currículo rizomático, que busca entrar em relação com o inventivo sem
desconsiderar os demais tipos de currículos, coexistindo assim como as macro e micropolíticas.
O currículo rizomático promove a ideia de criar rachaduras e conexões, agindo nas "brechas" do
currículo prescrito. É estar aberto ao inesperado e vivenciar as experiências compartilhadas,
enfatizando que a vida e a educação ganham significado por meio das conexões e da vontade de
partilhar experiências.
Pensar um currículo rizomático não é substituir o currículo arborescente, mas deslizar entre ele,
agir nas brechas do cotidiano escolar, nos encontros das crianças com as imagens
cinematográficas de animação, nas vivências dos que praticam e pensam os currículos. É abrir-se
à possibilidade de criação de outros modos de ser e de estar na escola, outros modos de
existência, outros modos de fazer, sentir e pensar a educação, diferente do pensamento linear,
dicotômico, uno e excludente.
34
Pensar deste modo os currículos, é entrar em relação com as linhas do rizoma, numa
interconexão, como teias que podem se romper e possibilitar viver o inesperado, abrir- se ao
possível. Pensar outra imagem de currículo é pensar em outros processos de aprender e ensinar,
pois o aprendizado escapa a qualquer controle e por isso soa pretensioso querer controlar o que
alguém aprende: “Nunca se sabe de antemão como alguém vai aprender [...] Não há método para
encontrar tesouros nem para aprender” (Deleuze, 2018, p. 222).
Em cada encontro entrelaçado por imagens, entre as redes de conversações, as crianças podem
tecer seus saberes e fazeres, experimentando outros movimentos curriculares, privilegiando um
fazer inventivo, abrindo-se às possibilidades, ao novo, ao inesperado, dando passagem aos
afetos, exaltando a diferença, a multiplicidade, apostando em mundos outros, liberando a vida,
com a arte.
Chegamos à conclusão (sempre abertos à exploração), que as imagens são forças que podem
provocar novos possíveis, de modo a expandir a potência do coletivo e afirmar a vida que não
cabe em padronizações curriculares.
35
6 REFERÊNCIAS
acesso em 31/08/2023.
ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho: o cotidiano das escolas nas lógicas das redes
cotidianas. In: OLIVEIRA, Inês Barbosa; ALVES, Nilda. (Org.). Pesquisa no/do cotidiano
das escolas: sobre as redes de saberes. Rio de Janeiro: DP&A. 2001.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. V.1. Rio de
Janeiro: Editora 34. 995.
DELEUZE, Gilles. A imagem-tempo. V.3 Tradução: Eloisa de Araújo Ribeiro. São Paulo:
Brasiliense, 2013.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Roberto Machado. Rio de janeiro/ São
Paulo: Paz e Terra/Graal, 2018.
FERRAÇO, C.E. Pesquisa com o cotidiano. Educação & Sociedade: Revista de Ciência da
Educação, Centro de Estudos Educação e Sociedade, Campinas, v. 28, n. 98. p. 73- 95, jan./abr.
2007.
GALLO, Silvio. Em torno de uma educação menor. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 27,
n. 2, p. 169 -178, 2002.
GALLO, Silvio. Deleuze & a Educação: 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
KOHAN, Walter. Entrevista concedida a Cristiane Maria Marinho. Natal, RN, 2011. In:
MARINHO, Cristiane Maria. A filosofia da diferença de Gilles Deleuze na filosofia da
educação no brasil. Campinas – SP: [s.n], 2012. Relatório apresentado ao Programa de Pós-
graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas –
167 UNICAMP – como requisito parcial para obtenção do título de pós-doutorado na Área de
Concentração Filosofia e História da Educação.
LOVATTE, Geiza Turial de A.; GABRIEL, Andrea dos Santos; SILVA, Sandra Kretli da;
IMAGENS CINEMATOGRÁFICAS COMO FORÇA MICROPOLÍTICA NA FORMAÇÃO
DE PROFESSORES PARA PENSAR O CURRÍCULO. 2023
OVELHA, Izadora Agueda. Cinema e artefatos culturais a partir das pesquisas com
os cotidianos. 2018. 74 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade do Estado do
38
SILVA, Sandra Kretli; SANTIAGO ZOUAIN, Ana Cláudia; GUZZO FERNANDES, Nathan
Moretto. O cinema como máquina de guerra: potência inventiva para expansão de uma vida bonita
nas escolas públicas. Revista Espaço do Currículo, v. 14, n. 3, 2021.