GEOLOGIA

Ficha Informativa
Assunto: A morfologia das regiões graníticas

O granito, rocha muito abundante no nosso país, é uma rocha compacta e bastante resistente, no entanto,
a sua rede de diaclases contribui para que esta rocha resista mal , ou de uma forma medíocre, à
meteorização mecânica e química.
A hidrólise é o processo fundamental responsável pela destruição dos silicatos, principalmente os
feldspatos ( feldspato potássico e plagioclases), que, por acção da água, são convertidos em minerais
argilosos, com libertação de iões ( Ca2+ , Mg2+, Na+, K+ ) que são posteriormente lixiviados. Este
processo de alteração do granito conduz assim á sua arenização. A arenização corresponde a uma
desagregação mecânica da rocha acompanhada de transformações químicas ( hidrólise) ; a parte arenosa,
na sua maioria quartzo, não ultrapassa 40 a 50% do total e as argilas alcançam mesmo os 20 a 30%,
consoante a composição da rocha granítica.

Figura 1

A densa rede de diaclases ortogonais que percorre os maciços graníticos, permite a infiltração e
circulação da água que vai provocar o ataque químico dos minerais desta rocha, levando à formação de
uma areia grosseira - Saibro – rica em quartzo, materiais argilosos ( Alterites ) e algum feldspato. Embora
algum quartzo permaneça no solo, a maior parte é transportada para o mar, onde se torna no principal
constituinte das praias arenosas.
Deste modo, os granitos, à medida que a meteorização ocorre e as diaclases alargam, dão origem a
numerosos blocos de forma geométrica, com as arestas desgastadas e aspecto ruiniforme, que se empilham
uns sobre os outros e que são designados por “Tors” ou Penhas ( Figura 1). Os blocos de “Tors”
( palavra que significa colina ), deslocam-se ao longo das vertentes e acumulam-se nos talvegues, onde,
desembaraçados das arenas por lavagem das águas, se distribuem caoticamente dando origem a um
modelado característico , o CAOS de BLOCOS.