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PREFEITURA MUNICIPAL DE CANELA

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE,
URBANISMO E MOBILIDADE URBANA

Termo de Referência para Levantamento de Fauna Silvestre


1. Objetivo
Este Termo de Referência apresenta o conteúdo mínimo a ser contemplado na elaboração
do programa de levantamento de fauna silvestre, em áreas de influência de empreendimentos e
atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de impacto à fauna, sujeitas a
licenciamento ambiental pela SMMAUMU.

2. Aplicabilidade
Os empreendimentos que se enquadrarem nas especificações abaixo, deverão apresentar o
Levantamento de Fauna Silvestre:
▪ Os situados em área superior a 5.000m 2 e com Vegetação classificada como
Primária ou Secundária nos Estágios Médio ou Avançado de regeneração, nos
termos da resolução CONAMA nº 033/1994.
▪ Os situados em áreas caracterizadas como corredores ecológicos, independente da
área do imóvel.
▪ Nos casos determinados pela SMMAUMU.

3. Quanto a apresentação dos documentos


3.1.O Levantamento de Fauna Silvestre deverá ser encaminhado à SMMAUMU rubricado
em todas as folhas, e como assinatura do Responsável Técnico constando nome,
qualificação, registro profissional, endereço, e-mail e telefone apara contato, com ART
devidamente registrada no conselho profissional, com comprovante de pagamento.
3.2.De acordo com as características do empreendimento, durante a análise do processo de
licenciamento, novas informações e complementações poderão ser solicitadas pelo
órgão ambiental, além daquelas solicitadas no presente Termo de Referência.
3.3.Deverá disponibilizar cópia digitalizada (.pdf) de todos os documentos que constituem o
Levantamento de Fauna Silvestre.

4. Conteúdo mínimo para o Levantamento de Fauna Silvestre


4.1.Quanto a área de influência do levantamento.
4.1.1. Caracterização do Meio Físico (Clima e Condições meteorológicas, recursos
hídricos e áreas especialmente protegidas) e Meio Biótico (Descrição da Vegetação),
com descrição dos dos tipos de habitats.
4.1.2. Mapa da vegetação e uso do solo contendo:
a) a identificação e delimitação das fitofisionomias e das áreas antropizadas
b) a localização do empreendimento
c) a poligonal das áreas especialmente protegidas
d) a localização das áreas amostrais
e) a demarcação de rotas migratórias
f) os tipos de habitats que ocorrem na área de estudo
4.1.3 Identificação/descrição dos locais de reprodução (ninhos) e abrigos (tocas),
alimentação e dessedentação da fauna, bem como evidências de rotas migratórias.

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Rua Dona Carlinda, 455 – Centro. Fone/fax: (54) 3282 4077. CEP: 95680-000.
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4.1.4 Identificação da bacia e microbacias hidrográficas e área afetada pelo


empreendimento.
4.2.Quanto a metodologia
4.2.1. Descrição detalhada da metodologia a ser utilizada no registro de dados por grupo
faunístico.
4.2.2. Período de amostragem. A metodologia deverá incluir o esforço amostral para
cada grupo em cada fitofisionomia, contemplando a sazonalidade para cada área
amostrada, bem como os possíveis impactos da atividade sobre os grupos
4.2.3. Condições meteorológicas no momento da coleta.
4.2.4. Descrição dos equipamentos utilizados (tipo, quantidade, tempo de exposição).
4.2.5. Quantidades de campanhas a serem realizadas com o tempo de duração de
cada.
4.2.6. Descrição dos sítios amostrais com coordenadas geográficas.
4.2.7. Mapas, imagens de satélite ou foto aérea, contemplando a área afetada pelo
empreendimento com indicação das fitofisionomias, localização e tamanho das áreas
a serem amostradas.
4.2.8. Em caso de metodologias que prevejam captura ou manejo da fauna silvestre,
deverá requerer autorização junto a esta secretaria, através de Termo de Referência
e formulário específico.

4.3. Quanto aos resultados


4.3.1. Lista de espécies encontradas, indicando a forma de registro e habitat,
destacando as espécies ameaçadas de extinção, as endêmicas, as consideradas
raras, as não descritas previamente para a área estudada ou pela ciência, as
passíveis de serem usadas como indicadoras de qualidade ambiental, as de
importância econômica e cinegética, as potencialmente invasoras ou de risco
epidemiológico (inclusive domésticas), e as migratórias e suas rotas, acompanhado
de relatório fotográfico.
4.3.2. Lista de espécies da fauna descrita para a localidade ou região, baseada em
dados secundários, indicando as espécies constantes em listas oficiais de fauna
ameaçada de com distribuição potencial na área do empreendimento, independente
do grupo animal a que pertencem. Na ausência desses dados para a região, deverão
ser consideradas as espécies descritas para o ecossistema ou macrorregião.
4.3.3. Definição do local de ocorrência de vestígios ou avistamentos (tetrápodes) em
relação aos componentes de vegetação da área (borda de mata, interior,
proximidade a recursos hídricos ou campo aberto).
4.3.4. Curva do coletor.
4.3.5. Discussões e conclusões acerca dos impactos gerados pelo empreendimento na
fauna.
4.3.6. Medidas mitigatórias e compensatórias para os impactos causados pelo
empreendimento sobre a fauna local.

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4.3.7. Caso exista a necessidade de um Programa de Levantamento de Ictiofauna e


Invertebrados Aquáticos deverão ser incluídos os seguintes itens:
a) Lista de espécies da Ictiofauna e Invertebrados Aquáticos descritos para curso
d'água e seus afluentes, baseada em dados secundários,
b) Indicação as espécies nativas, exóticas, endêmicas e raras. Na ausência de
bibliografia específica, deverão ser consideradas as espécies descritas para a
região hidrográfica;
c) As amostragens devem contemplar pontos a montante e a jusante da área de
influência direta do empreendimento e a microbacia relacionada.

5. Conteúdo mínimo a ser contemplado na elaboração do programa de monitoramento


de fauna.
5.1.Descrição e justificativa detalhada da metodologia a ser utilizada, incluindo a escolha dos
grupos a serem monitorados.
5.2.Seleção e justificativa de áreas controle para monitoramento intensivo da fauna silvestre.
O tamanho total de áreas controle a serem monitoradas deverá ser representativo,
contemplando todas as fitofisionomias distribuídas ao longo de toda a área de influência.
5.3.Mapas detalhados das áreas controle e das áreas de soltura.
5.4. Cronograma das campanhas de monitoramento a serem realizadas nas áreas
controle. O monitoramento consistirá de, no mínimo, campanhas trimestrais de
amostragem efetiva em cada área, e deverá ser iniciado antes da data programada para
a instalação do empreendimento (monitoramento prévio), com, no mínimo, amostragens
nos períodos de chuva e seca, salvo particularidades de cada empreendimentos
avaliados.
5.5.Programas específicos de conservação e monitoramento para as espécies ameaçadas
de extinção, contidas em lista oficial, registradas na área de influência direta do
empreendimento, consideradas como impactadas pelo empreendimento.
5.6.O Monitoramento posterior deverá ser realizado por no mínimo 2 (dois) anos após o
início da operação do empreendimento, devendo este período ser estendido de acordo
com as particularidades de cada empreendimento.
5.7. Caso exista a necessidade o Programa de Monitoramento de Ictiofauna e
Invertebrados Aquáticos deverão ser incluídos os seguintes itens:
5.7.1. Seleção e justificativa de áreas controle para monitoramento intensivo de
ictiofauna.
5.7.2. As espécies ameaçadas de extinção, as endêmicas da bacia e as
consideradas raras.
5.7.3. O tamanho total de áreas controle a serem monitoradas. Deverá ser
considerada a distribuição natural das populações e a ocorrência de acidentes
geográficos que constituam barreiras naturais à dispersão das espécies;
5.7.4. Mapas das áreas controle, contemplando, inclusive, os acidentes geográficos
que constituam barreiras naturais à dispersão das espécies;
5.7.5. Programas específicos de conservação e monitoramento para as espécies
ameaçadas de extinção, presentes em lista oficial, e espécies raras, endêmicas ou
recém-descritas.

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6. Conteúdo mínimo a ser contemplado na elaboração do Relatório dos Resultados do


Monitoramento de Fauna.
6.1. Lista de espécies, os parâmetros de riqueza e abundância das espécies.
6.2. Índices de eficiência amostral e de diversidade, por fitofisionomia ou habitat (no caso de
ambientes aquáticos) e grupo monitorado, contemplando a sazonalidade em cada
unidade amostral e demais parâmetros estatísticos pertinentes.
6.3.Discussões e conclusões acerca dos impactos gerados pelo empreendimento na fauna,
observando a comparação entre áreas interferidas e áreas controles.
6.4.Proposição de medidas mitigadoras para os impactos detectados pelo monitoramento.

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