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Robert Kellemen
Faço orações específicas com base nos encontros anteriores e naqueles que ainda acontecerão:
“Senhor, por favor, ajude a Tamires e o Eric a…”. Oro por capacitação vinda do alto: “Pai, capacite-
me e capacite o Lucas para aplicar a Sua Palavra na vida dele.”
2- Ponderar: ser curioso
Revejo minhas anotações, às vezes apenas as anotações do último encontro e, outras vezes, revejo
muitos dos encontros anteriores ou todos eles. Procuro identificar especialmente temas e padrões
habituais: “Quais são as questões do coração?”, “Quais são as dificuldades recorrentes?”.
Não pense nisso simplesmente como uma técnica, mas seja curioso. “Quem é essa pessoa?” “Qual
seria a chave para seu coração?” “Qual é o DNA único que Deus deu a essa pessoa?” “Como uma
peculiaridade minha pode se engajar e ministrar à peculiaridade dessa pessoa?” “Quem é Deus para
essa pessoa? Como ela vê Deus e qual o seu relacionamento pessoal com Cristo?” “Como essa pessoa
vê o fato de estar em Cristo?”
“Que princípios bíblicos se aplicam mais especificamente àquele casal com que tenho me
encontrado?” “Que passagem bíblica poderia melhor dar sabedoria, encorajar ou levar ao
arrependimento essa pessoa em sua dificuldade?” “A qual passagem bíblica podemos ir para louvar
ao Senhor juntos?” “Que passagens poderiam ajudar essa pessoa a entender quão grande em todas as
suas dimensões é o amor de Deus em Cristo?”
4- Preparar-se
Ao orar, ponderar e procurar passagens bíblicas, começo a identificar a direção para o
aconselhamento, os objetivos específicos a serem atingidos e as áreas de foco para o encontro
seguinte. “Quais deveriam ser meus objetivos como conselheiro?” “Qual é a melhor área de foco para
nós?” “Como podemos caminhar juntos para ajudá-lo com ______?” “De tudo o que tem acontecido
nesse casamento, quais são as áreas mais vitais para discutirmos esta semana?”
Em primeiro lugar, um cuidado: seja sábio e discreto. Antes de enviar um e-mail ou uma mensagem
sobre o aconselhamento, peça permissão ao aconselhado. Pergunte qual e-mail ou número de telefone
ele prefere que você use. Verifique, se for o caso, quem vê ou tem acesso ao e-mail. Procure manter
sua comunicação confidencial o quanto possível, mas tenha em mente que qualquer mensagem que
você enviar pode, eventualmente, tornar-se pública.
Em segundo lugar, tenha cuidado com o que escreve: enfatize aspectos positivos. Como qualquer
outro relacionamento, lembre-se da regra de ouro: deixe que as conversas difíceis aconteçam
pessoalmente. Use e-mails ou mensagens para comunicar de forma positiva.
Em terceiro lugar, quando me comunico com uma pessoa do sexo oposto por e-mail ou mensagem,
sempre envio uma cópia para seu cônjuge, os pais ou outro conselheiro.
Em quarto lugar, considere os seguintes assuntos para comunicar-se via e-mail ou mensagem.
Geralmente, gosto de:
afirmar ou encorajar;
confortar e mostrar empatia;
compartilhar resumos positivos da última conversa: “Estou impressionado com o tanto que
vocês dois estão…!”
ilustrar seu progresso por meio de palavras encorajadoras: “Quando penso no progresso que
Deus tem permitido acontecer em sua vida, a imagem que vem à minha mente é a de_____”;
verificar como a pessoa ou o casal está: “Falamos sobre alguns assuntos difíceis. Vocês foram
honestos um com o outro. Como está sendo essa semana? Como vocês estão se sentindo?”;
escrever um pedido de oração, súplica, gratidão ou louvor relacionado ao encontro mais
recente;
compartilhar uma passagem bíblica, uma palavra de sabedoria das Escrituras ou fazer um
comentário adicional sobre alguma passagem ou princípio discutido durante o encontro;
pensar juntos em possíveis direções e passos para a pessoa ou casal;
mandar algumas perguntas para fazê-los refletir;
proporcionar prestação de contas quando à tarefa da semana: “Como está sendo fazer_____?”
Os aconselhados gostam demais disso! Eles nem conseguem acreditar que estou pesando neles, orando
por eles e me importando com eles entre um encontro e outro. Além disso, quando chega a hora de
vermos a tarefa prática da semana, eles estão motivados! Eles sabem que no intervalo entre um
encontro e outro eu me lembro deles. Dessa forma, se eu estou fazendo minha tarefa, eles sentem
uma “pressão santa” para se certificarem de fazer a própria tarefa.
Robert Kellemen é diretor acadêmico e professor de aconselhamento bíblico do Faith Bible Seminary
(https://www.faithlafayette.org/seminary/mabc) em Lafayette, Indiana. Ele também é o fundador e
CEO de RPM Ministries (https://rpmministries.org/). Durante dezessete anos, serviu no Capital Bible
Seminary, em Lanham, MD ná área de aconselhamento, e também foi fundador e diretor executivo da
Biblical Counseling Coalition (https://www.biblicalcounselingcoalition.org/), onde serviu por seis
anos. Pastoreou três igrejas, nas quais equipou conselheiros bíblicos É autor de cerca de vinte livros,
incluindo Aconselhamento e a cruz: como Martinho Lutero aplicou o evangelho à vida diária
(https://editoraperegrino.com.br/produto/aconselhamento-e-a-cruz/) (Eusébio, CE: Peregrino, 2018) e
Aconselhamento segundo o evangelho: como Cristo transforma vidas
(https://www.editoraculturacrista.com.br/loja/livro/aconselhamento-segundo-o-evangelho-2216) (São
Paulo: Cultura Cristã, 2018).
Original: 5 Actions a Counselor Can Take In-Between Meetings: The Counselor’s Homework
(https://www.biblicalcounselingcoalition.org/2019/01/11/5-actions-a-counselor-can-take-in-between-
meetings-the-counselors-homework/)