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sessão de aconselhamento
por Lucas Sabatier
O aconselhamento bíblico efetivo começa com uma primeira sessão de sucesso; e uma
primeira sessão bem-sucedida exige metas claras. O que devemos buscar na nossa primeira
sessão de aconselhamento? Deixe-me sugerir cinco objetivos. Embora os nossos métodos e
técnicas variem, os seguintes cinco objetivos — acolhimento, conhecimento, esperança,
plano e comprometimento — parecem algo sábio a ser buscado.
Eu quero que ele (ou ela) saiba desde o início que eu me preocupo com ele, e quero que ele
experimente esse cuidado durante toda a sessão. Isso significa dar-lhe as boas-vindas em
palavras e ações. Isso começa com a forma como eu saúdo a pessoa: um aperto de mão
firme, contato com os olhos, boas maneiras, mostrando sua cadeira, etc.
O evangelho, claro, é o que me guia. Como alguém que foi aceito por Jesus, quero estender
a essa pessoa a mesma graça (Romanos 15.7). As primeiras impressões são importantes. Na
sessão, eu quero exibir as graças relacionais encontradas em passagens como 1 Coríntios
13.4–7; Gálatas 5.22–23; e Colossenses 3.12–15. Oferecer uma atmosfera acolhedora
aumenta a probabilidade de o Espírito trabalhar e através do nosso relacionamento no
aconselhamento.
Procuro fazê-lo ouvindo-o ativa e atenciosamente, inclinando meu corpo e meus ouvidos
para frente, prestando atenção em cada palavra. Eu escuto com carinho e compaixão (como
o nosso Senhor Jesus em Mateus 9.36), reconhecendo que o meu aconselhado enfrenta um
problema difícil e quer minha ajuda.
Juntamente com o ouvir piedoso, busco fazer perguntas sábias e abertas (quem? o que?
onde? quando? por que? como?), dando-lhe o máximo de oportunidades para compartilhar
informações importantes. Sei também que não basta apenas compreendê-lo; preciso
transmitir isso a ele e confirmar que o entendo, a fim de que ele se sinta compreendido por
mim. Quero que meu aconselhado saia da sessão acreditando que ele foi bem ouvido por seu
novo conselheiro.
A maioria das pessoas que buscam aconselhamento não tem esperança. O seu esforço
próprio e as tentativas anteriores de aconselhamento falharam. Em vez disso, eu quero que
meu aconselhado abrace confiantemente a Jesus Cristo, e acredite que Jesus pode ajudá-lo
através de sua Palavra, seu Espírito e sua igreja (o que inclui a mim).
Dou esperança ao dar-lhe as Escrituras. Em geral, na primeira sessão, eu ainda não sei quais
verdades bíblicas, gerais e específicas, a pessoa precisa. Mas isso não significa que não
posso trazer-lhe algo da Palavra de Deus, que destaca em termos gerais as promessas
divinas de amor, sabedoria e poder para ajudá-lo. Passagens como Mateus 11.28, João 1.14, 1
Coríntios 10.13, 2 Pedro 1.3, Hebreus 4.16, e vários salmos podem poderosamente injetar uma
valiosa esperança inicial.
Perto do final da primeira sessão, com base no que conheci sobre a pessoa e seu problema,
gosto discutir alguns rumos que podemos tomar. Eu faço isso com a contribuição do
aconselhado, até para ver quanto ele está disposto a se comprometer para trabalharmos
juntos. Em alguns casos, existem vários problemas diferentes e muitos rumos possíveis para
o aconselhamento. Eu costumo flexibilizar e ceder a suas preferências, pois sei que todos os
caminhos propostos conduzem ao coração e a Jesus, nosso Salvador.
O meu plano é inicial e provisório, sujeito a (e aceitado sugestões de) melhorias para um
ajuste fino, à medida que as sessões se desenvolvem. O plano inclui tarefas para crescimento
a serem feitas entre as sessões. Irei designar, enviar ou recomendar recursos úteis,
eletrônicos ou impressos. Se o tempo permitir, já começo a focar nos problemas e a plantar
algumas sementes bíblicas em preparação para a segunda sessão.
[Este post, de autoria de Robert Jones,* foi originalmente publicado no blog da Biblical
Counseling Coalition. Traduzido por Lucas Sabatier e republicado mediante autorização.]