Você está na página 1de 8


HINO AOS SACRÁRIOS
Sobre este hino escreve o Padre Humberto Pasquale que ele «tem
o ritmo dum salmo» e que «é pontilhado de arrebatamentos poéticos
e percorrido pelo ardor seráfico de Francisco de Assis». O Padre
Mariano Pinho fala dele como «canto precioso de louvor que
recorda o Canto ao Sol de S. Francisco ou o Benedicite». O Casal
Signorile, por sua vez, chama-lhe «estupendo Cântico de Oferta»:
«O seu amor (de Alexandrina) abrasado, incontido, transbordando
do coração cheio, irrompe num estupendo Cântico de Oferta.»

Ó meu Jesus, eu quero que cada dor que


sentir, cada palpitação do meu coração, cada
vez que respirar, cada segundo das horas que
passar, sejam

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Eu quero que cada movimento dos meus


pés, das minhas mãos, dos meus lábios, da
minha língua, cada vez que abrir os meus
olhos ou os fechar, cada lágrima, cada
sorriso, cada alegria, cada tristeza, cada
atribulação, cada distracção, contrariedades
ou desgostos, sejam

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Eu quero que cada letra das orações que reze, ou oiça rezar, cada
palavra que pronuncie ou oiça pronunciar, que leia ou oiça ler, que
escreva ou veja escrever, que cante ou oiça cantar, sejam

Actos de amor para com os vossos Sacrários.

Eu quero que cada beijinho que Vos der nas vossas santas
imagens ou da vossa e minha querida Mãezinha, nos vossos santos
ou santas, sejam

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Ó Jesus, eu quero que cada gotinha de chuva que cai do céu para
a terra, toda a água que o mundo encerra, oferecida às gotas, todas
as areias do mar e tudo o que o mar contém, sejam
Actos de amor para os vossos Sacrários.

Eu Vos ofereço as folhas das árvores, todos os frutos que elas


possam ter, as florzinhas oferecidas pétala por pétala, todos os
grãozinhos de sementes e cereais que possa haver no mundo, e
tudo o que contêm os jardins, campos, prados e montes, ofereço
tudo como

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Ó Jesus, eu Vos ofereço as penas das avezinhas, o gorjeio das


mesmas, os pêlos e as vozes de todos os animais, como

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Ó Jesus, eu Vos ofereço o dia e a noite, o calor e o frio, o vento, a


neve, a lua, o luar, o sol, a escuridão, as estrelas do firmamento, o
meu dormir, o meu sonhar, como

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Ó Jesus, eu Vos ofereço tudo o que o mundo encerra, todas as


grandezas, riquezas e tesouros do mundo, tudo quanto se passar
em mim, tudo quanto tenho costume de oferecer-Vos, tudo quanto
se possa imaginar, como

Actos de amor para os vossos Sacrários.

Ó Jesus, aceitai o Céu, a terra, o mar, tudo, tudo quanto neles se


encerra, como se esse tudo fosse meu e de tudo pudesse dispor e
oferecer-Vos como

Actos de amor para os vossos Sacrários.


O TUDO DESCEU AO NADA
(Acção de graças da Alexandrina após a Comunhão)

O Tudo desceu ao nada; a Grandeza desceu à pobreza.

O Amor desceu à frieza, à tibieza, à miséria, à indignidade.

Que grande amor é Jesus!

Desceste do mais alto ao mais baixo.

Jesus, dai-me fogo, dai-me amor; amor que me queime, amor


que me mate.

Eu quero viver e morrer de amor.

Jesus, seja o Vosso divino amor a minha vida. Seja ele e só ele a
minha morte.

Jesus, eu quero amar-vos: amar-vos até à loucura, amar-vos até


morrer de amor.

Jesus, quero ser a predilecta, a loucura do vosso amor... perder-


me na imensidade do vosso amor.

Jesus, eu me consagro toda e para sempre a vós: consagrai-me


vós toda e para sempre à querida Mãezinha.

Amai-a por mim, falai-Lhe de mim. Dizei-Lhe tudo, mas tudo


por mim...

Mãezinha, vinde, vinde já: dai graças a Jesus por mim.

Dizei-lhe tudo, mas tudo por mim...


Ó Mãezinha, eu me consagro toda e para sempre a vós...

Consagrai-me toda e para sempre a Jesus...

Dizei-Lhe que eu o amo... Dizei-lhe que sou dele.

Dizei-Lhe que quero só nele pensar, que só dele quero falar, que
só para ele quero viver. Dizei-lhe que o ajudais à crucifixão, para
que nada fique no meu corpo e na minha alma para crucificar.

Mãezinha, agradecei a Jesus por mim todos os benefícios que


tenha recebido até este momento e pelos que confio que hei-de
receber.

Agradecei-lhe todas as tribulações e angústias… alegrias e


tristezas, lágrimas e sorrisos, tudo o que me alegra e faz sofrer.

Dizei-Lhe que tudo recebo como bem-vindo das suas divinas


mãos, como prova do seu maior amor comigo.

Dai-Lhe um grande obrigada, um contínuo obrigada, um eterno


obrigada!

Ó Mãezinha, agradecei-lhe tudo quanto tenha recebido e hei-de


receber no tempo e depois na eternidade.

O Céu, o Céu, Mãezinha, que grande amor! Oh, quanto devo a


Jesus!
SÓ POR AMOR
Só por amor me deixei ferir,

Só por amor meu coração sangra,

Só por Ti, Jesus, a dor tem doçura,

Só na cruz contigo se me alegra a alma.

Duro é meu penar por Te saber ofendido;

Só por amor direi sempre: tem encantos o martírio.

Aqui tens, meu doce Jesus, o meu peito para abrigo.

Meu coração foi ingrato contra o meu Deus e Senhor;

Foi assim que Lhe paguei o Seu infinito amor.

Agora só quero amá-Lo e suavizar-Lhe a dor.

Dizer-Te quanto Te amo não preciso, Jesus.

Tu vês o meu coração e quanto ele ama a cruz.

Porque é que ele sofre? É só por Ti, meu Jesus.

http://voiemystique.free.fr/alexandrina_de_balasar_pl.htm

http://alexandrinabalasar.free.fr/autobiographie_fr_1.htm

http://alexandrinabalasar.free.fr/index_portugues.htm

Você também pode gostar