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Apostila: Matemática Básica vol. I – por Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 1/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

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Sumário
Unidade 1 – Revisão de Tópicos Fundamentais do Ensino Médio ......................................... 04
1.1 Apresentação ....................................................................................................................... 04
1.2 Simbologia Matemática mais usual..................................................................................... 04
1.3 Conjuntos Numéricos .......................................................................................................... 05
1.4 Operações com Números Relativos..................................................................................... 07
1.4.1 Soma ou Adição....................................................................................................... 07
1.4.2 Subtração ou Diferença............................................................................................ 08
1.4.3 Multiplicação ........................................................................................................... 09
1.4.4 Divisão..................................................................................................................... 09
1.4.5 Potenciação .............................................................................................................. 10
1.4.6 Radiciação................................................................................................................ 11
1.4.7 Produto..................................................................................................................... 14
1.4.8 Expoente Nulo ......................................................................................................... 15
1.4.9 Expoente Negativo................................................................................................... 15
1.4.10 Expoente Fracionário............................................................................................... 16
1.4.11 Emprego de Potências de Dez para simplificar a representação de certos
números ................................................................................................................... 16
1.5 Produtos Notáveis................................................................................................................ 16
1.5.1 Quadrado de um binômio ........................................................................................ 16
1.5.2 Produto da Soma de dois termos pela diferença entre eles...................................... 17
1.5.3 Cubo de um binômio ............................................................................................... 17
1.6 Equações.............................................................................................................................. 19
1.6.1 Equação do 1.º grau com uma Incógnita ................................................................. 19
1.6.2 Equação do 2.º grau com uma Incógnita ................................................................. 20
1.7 Progressão Aritmética (P. A.).............................................................................................. 22
1.7.1 Definição.................................................................................................................. 22
1.7.2 Classificação ............................................................................................................ 22
1.7.3 Termo Geral............................................................................................................. 23
1.7.4 Propriedades ............................................................................................................ 23
1.7.5 Soma dos n primeiros termos de uma P. A.............................................................. 25
1.8 Progressão Geométrica (P. G.) ............................................................................................ 28
1.8.1 Definição.................................................................................................................. 28
1.8.2 Classificação ............................................................................................................ 29
1.8.3 Termo Geral............................................................................................................. 29
1.8.4 Propriedades ............................................................................................................ 30
1.8.5 Soma dos n primeiros termos de uma P. G.............................................................. 32
1.9 Coordenadas Cartesianas no Plano...................................................................................... 35
1.10 Equação reduzida da Reta ................................................................................................... 37
1.11 Noção de Aplicação............................................................................................................. 42
1.12 Exercícios Propostos ........................................................................................................... 43
1.13 Respostas dos Exercícios Propostos .................................................................................... 46
1.14 Números Complexos ........................................................................................................... 47
1.14.1 Introdução ................................................................................................................ 47
1.14.2 Potências de j ........................................................................................................... 50
1.14.3 Representações e Formas de um Número Complexo .............................................. 51
a) Representações .................................................................................................. 51
b) As Fórmulas de Euler e suas decorrências ........................................................ 54

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c) Formas ............................................................................................................... 55
c.1) Cartesiana ou Retangular............................................................................ 55
c.2) Trigonométrica ........................................................................................... 55
c.3) Exponencial ou de Euler............................................................................. 55
c.4) Polar ou de Steinmetz ................................................................................. 55
c.5) Algumas Formas Polares Especiais............................................................ 60
c.6) Complexo Conjugado ................................................................................. 60
1.14.4 Operações com Números Complexos...................................................................... 62
a) Igualdade............................................................................................................ 62
b) Adição e Subtração ............................................................................................ 62
c) Multiplicação ..................................................................................................... 67
d) Divisão............................................................................................................... 69
e) Potenciação ........................................................................................................ 71
f) Radiciação.......................................................................................................... 74
1.14.5 Desigualdade do Triângulo...................................................................................... 82
1.14.6 Curvas e Regiões no Plano Complexo..................................................................... 84
a) Circunferência.................................................................................................... 84
b) Disco Fechado ................................................................................................... 86
c) Disco Aberto...................................................................................................... 87
d) Exterior da Circunferência................................................................................. 87
e) Coroa Fechada ................................................................................................... 88
f) Coroa Aberta...................................................................................................... 88
g) Circunferência Unitária ..................................................................................... 88
h) Reta que une dois pontos ................................................................................... 89
1.15 Exercícios Propostos sobre Números Complexos ............................................................... 90
1.16 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Números Complexos ....................................... 97

Unidade 2 – Somatórios, Produtórios e uma Introdução às Medidas de Posição............... 115


2.1 Introdução aos Somatórios ................................................................................................ 115
2.2 Definição formal de somatório.......................................................................................... 116
2.3 Propriedades dos Somatórios ............................................................................................ 118
2.4 Somatório Duplo ............................................................................................................... 125
2.5 Propriedade dos Somatórios Duplos ................................................................................. 127
2.6 Exercícios Propostos sobre Somatórios............................................................................. 128
2.7 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Somatórios ..................................................... 132
2.8 Introdução aos Produtórios................................................................................................ 134
2.9 Definição Formal de Produtório........................................................................................ 134
2.10 Propriedades dos Produtórios ............................................................................................ 135
2.11 Exercícios Propostos sobre Produtórios ............................................................................ 137
2.12 Respostas dos Exercícios sobre Produtórios ..................................................................... 139
2.13 Introdução às Medidas de Posição .................................................................................... 140
2.14 Média Aritmética – Dados Não-agrupados ....................................................................... 140
2.15 Média Aritmética – Dados Agrupados .............................................................................. 141
2.16 Média Geral ....................................................................................................................... 143
2.17 Média Geométrica – Dados Não-agrupados...................................................................... 143
2.18 Média Geométrica – Dados Agrupados............................................................................. 144
2.19 Média Harmônica – Dados Não-agrupados....................................................................... 145
2.20 Média Harmônica – Dados Agrupados ............................................................................. 146
2.21 Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição............................................................... 149

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2.22 Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição ............................................................. 151


2.23 Respostas dos Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição ....................................... 152
2.24 Respostas dos Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição ..................................... 152

Unidade 3 – Matrizes, um primeiro enfoque.......................................................................... 153


3.1. Apresentação ..................................................................................................................... 153
3.2. Introdução Histórica .......................................................................................................... 153
3.3. Conceitos Fundamentais.................................................................................................... 154
3.4. Matrizes Especiais e Operações com Matrizes.................................................................. 160
3.4.1 Matriz Linha .......................................................................................................... 161
3.4.2 Matriz Coluna ........................................................................................................ 161
3.4.3 Matriz Quadrada .................................................................................................... 161
3.4.4 Matriz Triangular................................................................................................... 164
3.4.5 Matriz Diagonal ..................................................................................................... 164
3.4.6 Matriz Escalar ........................................................................................................ 165
3.4.7 Matriz Identidade ou Matriz Unidade.................................................................... 165
3.4.8 Matriz Nula ou Matriz Zero................................................................................... 166
3.4.9 Igualdade de Matrizes............................................................................................ 166
3.4.10 Transposição de matrizes....................................................................................... 167
3.4.11 Matriz Oposta ........................................................................................................ 168
3.4.12 Matriz Conjugada .................................................................................................. 169
3.4.13 Matriz Simétrica .................................................................................................... 170
3.4.14 Matriz Anti-simétrica............................................................................................. 171
3.4.15 Matriz Hermitiana.................................................................................................. 173
3.4.16 Matriz Anti-hermitiana .......................................................................................... 173
3.4.17 Soma ou Adição de Matrizes................................................................................. 174
3.4.18 Subtração ou Diferença de Matrizes...................................................................... 178
3.4.19 Produto de um Número Complexo por uma Matriz .............................................. 179
3.4.20 Produto de Matrizes............................................................................................... 186
3.4.21 Matriz Periódica..................................................................................................... 204
3.4.22 Matriz Idempotente................................................................................................ 205
3.4.23 Matriz Nilpotente ou Nulipotente.......................................................................... 206
3.4.24 Polinômio de uma Matriz ...................................................................................... 206
3.4.25 Matrizes em Blocos ou Partição de Matrizes ........................................................ 207
3.5 Exercícios Propostos ......................................................................................................... 211
3.6 Respostas dos Exercícios Propostos .................................................................................. 218

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Unidade 1
Revisão de Tópicos Fundamentais do Ensino Médio

1.1 Apresentação

Esta é a primeira unidade da disciplina Matemática 1 dos cursos da área de Informática da


Universidade Estácio de Sá.

Devido à flagrante heterogeneidade dos alunos, e já tendo tido várias turmas anteriores de
experiência, optamos por apresentar, mesmo que de forma sucinta, alguns assuntos básicos que
entendemos como sendo absolutamente fundamentais para o restante do curso, e esperamos que os
estudantes que estejam fora do “bom combate” há algum tempo, ou há muito tempo, possam
colocar suas idéias de novo em ordem, e os conceitos fundamentais nos seus devidos lugares.

1.2 Simbologia Matemática mais usual

Esperamos que o estudante conheça a seguinte simbologia:

a) = (igual à)
b) ≠ (diferente de)
c) φ ou {} (conjunto vazio)

d) ∈ (pertence à)
e) ∉ (não pertence à)
f) ⊂ (está contido)
g) ⊄ (não está contido)
h) ⊃ (contém)
i) ⊃/ (não contém)
j) ∃ (existe pelo menos um)
k) ∃/ (não existe)
l) ∃| (existe e é único)
m) | (tal que / tais que)
n) ∨ (ou)
o) ∧ (e)
p) A ∩ B (interseção dos conjuntos A e B)
q) A ∪ B (união dos conjuntos A e B)

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r) ∀ (para todo e qualquer, qualquer que seja)

s) ⇒ (implica)

t) ⇔ (implica e a recíproca é equivalente)

u) ∴ (donde se conclui)

1.3 Conjuntos Numéricos

É lógico que, para a Matemática, os conjuntos de maior importância são aqueles formados
por números, e certos conjuntos numéricos são especialmente importantes devido às propriedades
das operações entre seus elementos e, portanto, recebem nomes especiais, quais sejam:

a) N = {0, 1, 2, 3, 4, …}

é o conjunto dos números inteiros não-negativos.

b) Z = {… , − 3 , − 2, − 1, 0, 1, 2, 3, …}

é o conjunto dos números inteiros.

⎧ p⎫
c) Q = ⎨ x | x = ⎬ sendo p ∈ Z, q ∈ Z e q ≠0.
⎩ q⎭

É o conjunto dos números racionais.

3 9 8
São exemplos de números racionais: − , − , + , etc.
5 2 3

São exemplos de números irracionais: π = 3,14159 … (pi), e = 2,71828… (base dos logaritmos
neperianos), 2 = 1,41421… , 3 = 1,73205 … , etc.

d) R é o conjunto dos números reais, formados por todos os números racionais e irracionais, e
costumamos associar tais números aos pontos de uma reta que, por definição, é infinita em
ambos os sentidos.

2
1
1 2 3
−∞ –3 –2 –1 0 1 2 3 +∞
2
3
Fig. 1.1 Representação gráfica de alguns elementos do conjunto R.

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e) C = {z | z = x + jy} , sendo x ∈ R, y ∈ R e é j = − 1 , é o conjuntos dos números complexos


(voltaremos a tal assunto na seção 1.14).

Quando incluímos o símbolo * (asterisco), estamos indicando que o zero foi excluído do
conjunto. Assim, temos:

f) N* = {1, 2, 3, 4, 5, …} = {x | x ∈ N e x ≠ 0}

é o conjunto dos números naturais.

g) Z * = {x | x ∈ Z e x ≠ 0}

h) Q * = {x | x ∈ Q e x ≠ 0}

i) R* = {x | x ∈ R e x ≠ 0}

j) C* = {x | x ∈ C e x ≠ 0}

Quando incluímos o símbolo + (mais), estamos indicando que foram excluídos todos os
números negativos dos conjunto.

k) Z + = {x | x ∈ Z e x ≥ 0} = N

é o conjunto dos números inteiros não negativos.

l) Q + = {x | x ∈ Q e x ≥ 0}

é o conjunto dos números racionais não negativos

m) R + = {x | x ∈ R e x ≥ 0}

é o conjunto dos números reais não negativos.

Quando acrescentamos o símbolo – (menos) estamos indicando que foram excluídos todos os
números positivos do conjunto. Assim, temos:

n) Z − = {x | x ∈ Z e x ≤ 0}

é o conjunto dos números inteiros não positivos.

o) Q − = {x | x ∈ Q e x ≤ 0}

é o conjuntos dos números racionais não positivos.

p) R − = {x | x ∈ R e x ≤ 0}

é o conjunto dos números reais não positivos.

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Devemos notar que o zero é elemento dos conjuntos Z + , Z − , Q + , Q − , R + , R − . Se excluímos o


zero destes conjuntos, teremos:

q) Z *+ = {x | x ∈ Z e x > 0}

r) Z *− = {x | x ∈ Z e x < 0}

s) Q *+ = {x | x ∈ Q e x > 0}

t) Q *− = {x | x ∈ Q e x < 0}

u) R*+ = {x | x ∈ R e x > 0}

v) R*− = {x | x ∈ R e x < 0}

O conjunto R*+ é chamado conjunto dos números reais estritamente positivos e R*− é o
conjunto dos números reais estritamente negativos. Os outros têm nomes semelhantes.
Notemos a propriedade:

N* ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ⊂ C
isto é, todo número natural é inteiro, todo número inteiro é racional, todo número racional é real e
todo número real é também complexo.

1.4 Operações com Números Relativos

• Ilustração 1.1: Números relativos

−∞ −3 −2 −1 0 1 2 3 +∞

1.4.1 Soma ou Adição

Quando os números têm o mesmo sinal basta conservá-lo e adicionar os números;


quando os sinais são contrários subtraímos o menor do maior, e o sinal que prevalece é o
deste último. É bom lembrar também que o sinal mais (+) antes de um parêntese não vai
alterar o sinal do número que está entre parênteses, ocorrendo o oposto quando o sinal antes
do parêntese for o de (–). Se não houver nenhum sinal antes do parêntese estará implícito que
o sinal será o de mais (+).

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• ILUSTRAÇÃO 1.2
a) (+10) + (+2) = +10 + 2 = +12

b) (+10) + (−2) = +10 − 2 = +8

c) (−10) + (+2) = −10 + 2 = −8

d) (−10) + (−2) = −10 − 2 = −12

Quando devemos somar mais de dois números relativos o resultado é obtido somando
o primeiro com o segundo, o resultado obtido com o terceiro, e assim por diante até a última
parcela.

• ILUSTRAÇÃO 1.3

(+5) + (−3) + (−7) + (+3) + (+4) =

= (+2) + (−7) + (+3) + (+4) =

= (−5) + (+3) + (+4) =

= (−2) + (+4) = 2

Podemos também adicionar separadamente todas as parcelas positivas e todas as


negativas e, em seguida, somar os dois números de sinais contrários obtidos.

• ILUSTRAÇÃO 1.4
Efetuando a soma do exemplo anterior, temos:

— soma das parcelas positivas:

— (+5) + (+3) + (+4) = +12

— soma das parcelas negativas:

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— (−3) + (−7) = −10

— soma de ambos os resultados:

— (+12) + (−10) = +2

1.4.2 Subtração ou Diferença

Cumpre observar que o sinal de menos (–) antes de um parêntese troca o sinal do
número que está entre parênteses e, no mais, procedemos como na operação anterior.

• ILUSTRAÇÃO 1.5

a) (+10) − (+2) = +10 − 2 = +8

b) (+10) − (−2) = +10 + 2 = +12

c) (−10) − (+2) = −10 − 2 = −12

d) (−10) − (−2) = −10 + 2 = −8

Para as operações de multiplicação e divisão que virão logo a seguir vale a


seguinte regra: “Números de mesmo sinal dão sempre resultado positivo, enquanto
que os de sinais contrários conduzem sempre à resultados negativos”.

1.4.3 Multiplicação

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• Ilustração 1.6

a) (+10) × (+2) = +20

b) (+10) × (−2) = −20

c) (−10) × (+2) = −20

d) (−10) × (−2) = +20

1.4.4 Divisão

• Ilustração 1.7

a) (+10) ÷ (+2) = +5

b) (+10) ÷ (−2) = −5

c) (−10) ÷ (+2) = −5

d) (−10) ÷ (−2) = +5

1.4.5 Potenciação

Quando, em uma multiplicação, os fatores são todos iguais, em módulo e em sinal, esta
operação recebe o nome de potenciação. Assim sendo, a potência de um número é o produto de
fatores iguais a este número, sendo representada por:

→ expoente (n.º de repetições dos fatores iguais)


a p→ base (é o número ou fator em questão)

Conforme veremos a seguir, toda potência de expoente par é positiva,


qualquer que seja o sinal da base, porém, toda potência de expoente ímpar tem o
sinal de base.

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• Ilustração 1.8

a) (+ 2)4 = (+ 2) × (+ 2) × (+2) × (+ 2) = 16
b) (−2) 4 = (− 2) × (− 2) × (− 2) × (− 2) = 16

c) (+ 2)3 = (+ 2) × (+ 2) × (+ 2) = 8
d) (−2)3 = (− 2) × (− 2) × (− 2) = −8

Para executar a potenciação de um número relativo em uma minicalculadora, a seqüência


de operações é simples:

(a) Determinar 2 4 :

1.º) Digitamos a base (2)

⎧ y x (CASIO modelo fx-82LB) ⎫


⎪ ⎪
2.º) Pressionamos a tecla exponencial ⎨ ou ⎬,
⎪ x (CASIO modelo fx-6300 G)
y ⎪
⎩ ⎭
que depende do modelo da minicalculadora.

3.º) Digitamos o expoente (4)

⎧ = (CASIO modelo fx – 82LB) ⎫


⎪ ⎪
4.º) Pressionamos a tecla exponencial ⎨ ou ⎬,
⎪ EXE (CASIO modelo fx – 6300G) ⎪
⎩ ⎭
que depende do modelo da minicalculadora.

5.º) Vai aparecer o número 16 no visor da calculadora.

(b) Determinar (− 2) :
4

Primeiramente digitamos a base (–2). Em algumas calculadoras (CASIO fx 82 – LB,


por exemplo) digitamos o número 2 e depois apertamos a tecla + − para trocar o
sinal para menos. Em outras (CASIO fx – 6300G) apertamos a tecla – e depois

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digitamos o número 2. O restante da seqüência de operações é igual a do item a: tecla


exponencial, expoente...

A esta altura é interessante notar a diferença entre a potenciação seqüencial e


a potenciação escalonada, que serão analisadas logo a seguir.

• Ilustração 1.9

a) Potenciação Seqüencial:

[(2) ] = [4] = 64 , que também pode ser efetuada diretamente mantendo-se a base
2 3 3

e multiplicando-se os expoentes:

2 2×3 = 2 6 = 64

b) Potenciação Escalonada:

3
2
3
2 2 que pode ser entendida como 2 , ou seja:

2 2 = 28 = 256
3

1.4.6 Radiciação

a) Raiz n-ésima de um número:


Dizemos que um número “b” é a raiz n-ésima exata de um número “a” quando

a = bn
e ela é representada por
n
a =b
Denomina-se radiciação a operação pela qual se obtém a raiz n-ésima de um número. Nas
operações exatas, a radiciação é a operação inversa da potenciação.

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⎧O sinal é o radical

Temos então: ⎨O número " a" é o radicando
⎪O número " n" é o índice do radical

Assim sendo

9 = 3 porque 32 = 9

3
8 = 2 porque 23 = 8

No caso de n = 2 a raiz se diz quadrada e não é usual escrever este índice no radical.

No caso de n = 3 a raiz se diz cúbica, mas este índice aparece no radical.

b) Valor algébrico dos radicais:

Se o radicando é considerado em valor absoluto (módulo), a radiciação é uma operação


unívoca. No entanto, se este radicando é um número relativo a unicidade, em alguns casos,
não estará mais garantida e por isso vamos considerar três casos:

1.º) Índice par e radicando positivo.

Neste caso o radical admitirá duas raízes reais e simétricas no conjunto dos números
reais, bem como um par complexo conjugado (vide exercício proposto 39, item j da seção
1.15).

2.º) Índice ímpar.

Sendo o índice do radical um número ímpar, temos uma raiz no conjunto dos
números reais, tendo o mesmo sinal que o radicando, e (n – 1) raízes no conjunto dos números
complexos (vide exercício proposto 38, item f, da seção 1.15).

3.º) Índice para e radicando negativo.

Neste caso não existe nenhum valor do conjunto do números reais que elevado ao
índice para seja igual ao radicando. Este assunto será abordado na seção 1.14.

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• Ilustração 1.10

⎧ ⎧(+ 8)2 = +64


⎪ + 64 = ±8 pois ⎨

1.º caso ⎨ ⎩ (− 8) = +64
⎪4 + 625 = ±5 pois ⎧(+ 5) = +625
4


⎩(− 5) = +625
⎪ 4

⎧5 + 32 = +2 pois (+ 2)5 = +32


2.º caso ⎨5
⎩ − 32 = −2 pois (− 2) = −32
5

⎧ − 4 = ± j e, conforme já mencionado
3.º caso ⎨
⎩tal assunto será abordado na seção 1.14

Observação: pelo que foi exposto, se alguém lhe perguntar qual é o valor de 9 , a resposta e
simplesmente 3. Agora se for pedido o valor algébrico do 9 teremos então ± 3.

A determinação de raízes através de minicalculadoras é simples:

4
a) Determinar 625 :

a.1) Utilizando uma CASIO fx-82 LB:

1.º) Digitamos o radicando 625

2.º) Pressionamos as teclas 2nd F e y x a fim de convocar a operação x y

3.º) Digitamos o expoente 4

4.º) Pressionamos a tecla =

5.º) O número 5 aparece no visor de calculadora, e devemos ter em mente que se


desejamos o valor algébrico da raiz a resposta completa é ± 5.

a.2) Utilizando uma CASIO fx-6300 G

1.º) Digitamos o índice 4

x
2.º) Pressionamos a tecla

3.º) Digitamos o radicando 625

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4.º) Pressionamos a tecla EXE

5.º) O número 5 aparece no visor

b) Determinar 5
− 32 :

a.1) Utilizando um CASIO fx-82 LB

1.º) Digitamos o valor 32 e pressionamos a tecla + − para trocar o seu sinal

2.º) Pressionamos as teclas 2nd F e y x a fim de convocar a operação x y

3.º) Digitamos o índice 5


4.º) Pressionamos a tecla =
5.º) O valor – 2 aparece no visor.
a.2) Utilizando uma CASIO fx-6300 G
1.º) Digitamos o índice 5
x
2.º) Pressionamos a tecla

3.º) Pressionamos a tecla − e depois o valor 32


4.º) Pressionamos a tecla EXE
5.º) O valor – 2 aparece no visor.
Observação: Devemos notar que as rotinas para calculadoras do mesmo fabricante (CASIO), mas
de modelos diferentes, são totalmente diferentes. O que não esperar de modelos de outros
fabricantes?
Por isso insistimos que cada estudante deve adquirir logo sua própria calculadora, a fim de se
familiarizar com o uso da mesma.

1.4.7 Produto e Divisão de Potências de Mesma Base


a) Para multiplicar potências de mesma base, repetimos a base e somamos os expoentes.
b) Para dividir potências de mesma base, repetimos a base e subtraímos o expoente do
denominador do expoente do numerador.

15
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• Ilustração 1.11
1 1 3
3+ 2 − 4 +
a) a 3 × a 2 × a − 4 × a 2 = a 2
= a2

b8
b) 5 = b8−5 = b 3
b

x2
c) 5
= x 2 −5 = x −3
x

I3
d) = I 3 − ( −4 ) = I 7
I −4

1.4.8. Expoente Nulo

Toda potência de expoente nulo é igual à unidade.

Ilustração 1.12

a0 = 1

Observação:

São exceções 0 0 e ∞ 0 , que não têm qualquer significado numérico, sendo símbolos de
indeterminação, e são abordados em Análise Matemática na parte de Limites.

1.4.9 Expoente Negativo

Toda potência de expoente negativo equivale a uma fração cujo numerador é a unidade e o
−n 1
denominador é a potência com o expoente positivo ou seja: a = n . (1)
a

16
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• Ilustração 1.13

1 1
a) 2− 4 = 4
=
2 16

1 1
b) 3− 2 = =
32 9

Observações:
1ª) Em conseqüência do exposto anteriormente temos:

1
an = (2)
a−n

2ª) Agora podemos obter o mesmo resultado do item (d) da ilustração 11 por outro caminho:

I3
−4
= I3 × I4 = I7
I

1.4.10 Expoente Fracionário

Toda potência de expoente fracionário equivale a uma raiz cujo índice é o denominador da
fração e cujo radicando é a base elevada a um expoente igual ao numerador, ou seja:
p

a = ap
q
q (3)

17
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• Ilustração 1.14

Determinar os valores algébricos das seguintes operações:


2
a) 8 3 = 3 82 = 3 64 = 4

1
b) 16 2 = 16 = ±4

1
− 1 1 1
c) 4 2
= 1
= =±
2
4 2
4

1.4.11 Emprego de Potências de Dez para simplificar a representação de certos Números

• Ilustração 1.15

No Brasil: Nos E.U.A.:

a) 2 000 = 2 × 103 * —→ 2,000 = 2 × 103

b) 4 000 000 = 4 × 106 * —→ 4,000,000 = 4 × 106

c) 0,0003 = 3 × 10−4 —→ 0.0003 = 3 × 10−4

d) 0,025 = 25 × 10−3 —→ 0.025 = 25 × 10−3

(*) Antigamente representava-se 2 e 4 milhões, respectivamente por 2.000 e 4.000.000. Já há alguns anos aboliram-se
os pontos separatrizes de classes, mantendo-se agora um espaço entre as mesmas.

1.5 Produtos Notáveis

1.5.1 Quadrado de um binômio

a) (a + b) 2 :

(a + b) 2 = (a + b) (a + b) = a 2 + ab + ab + b 2 = a 2 + 2ab + b 2

ou

18
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a+b
a+b
a 2 + ab
+ ab + b 2
a 2 + 2ab + b 2

(a + b) 2 = a 2 + 2ab + b 2 (4)

b) (a − b) 2 :

(a − b) 2 = (a − b) (a − b) = a 2 − ab − ab + b 2 = a 2 − 2ab + b 2

ou

a−b
a−b
a 2 − ab
− ab + b 2
a 2 − 2ab + b 2

(a − b) 2 = a 2 − 2ab + b 2 (5)

1.5.2 Produto da soma de dois termos pela diferença entre eles

( a + b) ( a − b) :

(a + b) (a − b) = a 2 − ab + ab − b 2 = a 2 − b 2

ou

a+b
a−b
a 2 + ab
− ab + b 2
a2 − b2

( a + b) ( a − b) = a 2 − b 2 (6)

1.5.3 Cubo de um binômio

19
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a) (a + b)3 = (a + b)(a + b) 2 = (a + b)(a 2 + 2ab + b 2 ) =

= a 3 + 2a 2b + ab 2 + a 2b + 2ab 2 + b3 =

= a 3 + 3a 2b + 3ab 2 + b3

ou

a 2 + 2ab + b 2
a+ b
a 3 + 2a 2b + ab 2
a 2b + 2ab 2 + b 3
a 3 + 3a 2b + 3ab 2 + b 3

(a + b)3 = a 3 + 3a 2b + 3ab 2 + b3 (7)

b) (a − b)3 = (a − b)(a − b) 2 = (a − b)(a 2 − 2ab + b 2 ) =

= a 3 − 2a 2b + ab 2 − a 2b + 2ab 2 − b3 =

= a 3 − 3a 2b + 3ab 2 − b3

ou

a 2 − 2ab + b 2
a− b
a 3 − 2a 2b + ab 2
− a 2b + 2ab 2 − b3
a 3 − 3a 2b + 3ab 2 − b3

(a − b )3 = a 3 − 3a 2b + 3ab 2 − b3 (8)

20
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• Ilustração 1.16

a) (a + 5 x )2 = a 2 + 2 (a )(5 x ) + (5 x )2 =
= a 2 + 10ax + 25 x 2

b) (5x 2
) ( )
− 3 y = 5 x 2 − 2(5 x ) (3 y ) + (3 y ) =
2 2 2 2

= 25 x 4 − 30 x 2 y + 9 y 2

c) ( x+ y )( x− y = ) ( x) − ( y) = x − y
2 2

d) (2 x + 3 y )3 = (2 x )3 + 3 (2 x )2 (3 y ) + 3 (2 x )(3 y )2 + (3 y )3 =
= 8 x3 + 36 x 2 y + 54 xy 2 + 27 y 3

e) (x − 2 y )3 = x 3 − 3(x 2 ) (2 y ) + 3(x )(2 y )2 − (2 y )3 =


= x 3 − 6 x 2 y + 12 xy 2 − 8 y 3

1.6 Equações

1.6.1 Equação do 1º Grau com uma Incógnita

Toda equação do 1º grau com uma incógnita pode ser reduzida a forma

az + b = 0 (9)

em que a ≠ 0 .

Sua solução é:

az + b = 0 ⇒ az = −b ⇒

b
z=− (10)
a

EXEMPLO 1.1
Resolver as seguintes equações do 1º grau:

a) 3 z + 1 = 7 z − 3

5 15
b) =
2 x 12

21
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3 6
c) =
y−2 4

d) pz + q = 0 (sendo p ≠ 0)

Solução:
a) 3 z + 1 = 7 z − 3 ∴

3z − 7 z = −1 − 3 ∴
− 4 z = −4 ∴
−4
z= ∴ z =1
−4

5 15
b) = ∴
2 x 12

(2 x )15 = 5 × 12 ∴
30 x = 60 ∴
60
x= ∴x = 2
30

3 6
c) = ∴
y−2 4

6( y − 2 ) = 3 × 4 ∴
6 y − 12 = 12 ∴
6 y = 24 ∴
24
y= ∴y =4
6

d) pz + q = 0∴

pz = − q ∴
q
z=−
p

1.6.2 Equação do 2º Grau com uma Incógnita

A forma geral da equação do 2º grau com uma incógnita é:

az 2 + bz + c = 0 (11)

22
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onde a ≠ 0 .

Vamos então transformar a equação em outra equivalente, de modo que o primeiro


membro seja um quadrado perfeito do tipo indicado na equação (4).

a) Transpondo a constante para o segundo membro, vem:

az 2 + bz = −c

b) Multiplicando por 4a , teremos:

4a 2 z 2 + 4abz = −4ac

c) Somando b 2 aos dois membros, resulta:

4a 2 z 2 + 4abz + b 2 = b 2 − 4ac

d) Verificando que o 1º membro é um quadrado perfeito, teremos:

(2az + b )2 = b 2 − 4ac
e) Extraindo as raízes quadradas de ambos os membros, obtemos:

2az + b = ± b 2 − 4ac ∴
2az = −b ± b 2 − 4ac ∴

− b ± b 2 − 4ac − b ± Δ
z= = (12)
2a 2a

que é a conhecida fórmula da Bhaskara, onde

Δ = b 2 − 4ac .....(13)

é o discriminante da equação, e três casos podem ocorrer:


1º) Δ > 0 ⇒ teremos duas raízes reais e desiguais.
2º) Δ = 0 ⇒ teremos duas raízes reais e iguais.
3º) Δ < 0 ⇒ não teremos raízes no conjunto dos números reais, e este caso será abordado na
seção 1.14.

Exemplo 1.2
Resolver as seguintes equações do 2º grau:

a) 2 z 2 + 5 z − 3 = 0

b) 4 z 2 − 4 z + 1 = 0

23
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c) z 2 + 4 z + 13 = 0

Solução:
⎧a = 2

a) 2 z + 5 z − 3 = 0 ⇒ ⎨b = 5
2

⎪c = −3

Δ = b 2 − 4ac = 52 − 4 × 2 × (− 3) = 49

− b ± Δ − 5 ± 49 − 5 ± 7
z= = =
2a 2× 2 4
−5+7 2 1
z1 = = =
4 4 2
− 5 − 7 − 12
z2 = = = −3
4 4

⎧a = 4

b) 4 z − 4 z + 1 = 0 ⇒ ⎨b = −4
2

⎪c = 1

Δ = b 2 − 4ac = (− 4) − 4 × 4 × 1 = 0
2

− b ± Δ − (− 4) ± 0 4 ± 0
z= = =
2a 2× 4 8

4+0 1⎫
z1 = = ⎪
8 2⎪
⎬ raiz dupla
4 − 0 1⎪
z2 = = ⎪
8 2⎭

⎧a = 1

c) z + 4 z + 13 = 0 ⇒ ⎨b = 4
2

⎪c = 13

Δ = b 2 − 4ac = (4) − 4 × 1 × 13 = 16 − 52 = −36 < 0


2

e esta equação não admite raízes no campo real. Sua solução será apresentada na subseção
1.14.1 ( z1 = −2 + j 3 e z 2 = −2 − j 3 são as suas raízes).

1.7 Progressão Aritmética (P.A.)

1.7.1 Definição

24
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É uma sucessão de termos

( a1 , a2 , a3 , a4 , … , an −1 , an , an +1 , … , )
n termos

finita ou infinita, sendo que, a partir do 2º termo inclusive, a diferença entre um termo
qualquer e o seu antecedente é igual a uma quantidade constante r, denominada razão da
progressão, ou seja:

a2 − a1 = a3 − a2 = … = an − an −1 = an +1 − an = r

As seguintes seqüências são exemplos de P.A.:

a) ( 2, 7, 12, 17, 22 …) ⇒ a1 = 2 e r = 5

b) ( x, x + 2t , x + 4t , x + 6t …) ⇒ a1 = x e r = 2t

c) ( 5, 5, 5, 5, 5 …) ⇒ a1 = 5 e r = 0

⎛ 15 17 ⎞ 1
d) ⎜ 7, , 8, , 9 … ⎟ ⇒ a1 = 7 e r =
⎝ 2 2 ⎠ 2

e) ( 8, 5, 2, − 1, − 4 …) ⇒ a1 = 8 e r = −3

1.7.2 Classificação

As progressões aritméticas podem ser classificadas de acordo com o valor da razão r:

r > 0 ⇒ P.A. crescente

r = 0 ⇒ P.A. constante ou estacionária

r < 0 ⇒ P.A. decrescente

1.7.3 Termo geral

A partir da definição, podemos escrever os termos da P.A. da seguinte forma:

a2 − a1 = r ⇒ a2 = a1 + r
a3 − a2 = r ⇒ a3 = a2 + r = (a1 + r ) + r = a1 + 2r
a4 − a3 = r ⇒ a4 = a3 + r = (a1 + 2r ) + r = a1 + 3r
an − an −1 = r ⇒ an = an −1 + r = = a1 + (n − 1)r

25
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Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao primeiro um número de razões r igual
à posição do termo menos uma unidade, ou seja:

a2 = a1 + r = a1 + (2 − 1)r
a3 = a1 + 2r = a1 + (3 − 1)r
a4 = a1 + 3r = a1 + (4 − 1)r
an = = a1 + (n − 1)r

O termo de ordem n da P.A. é dado, portanto, pela fórmula a seguir:

an = a1 + (n − 1)r (14)

que pode também ser obtida da seguinte maneira:

a2 − a1 = r
a3 − a2 = r
a4 − a3 = r Somando membro a membro estas n – 1 igualdades obtemos a
expressão do termo de ordem n.
an − an −1 = r
an − a1 = (n − 1)r

an = a1 + (n − 1)r (14)

que é a mesma equação anteriormente encontrada.

1.7.4 Propriedades

I) Numa P.A. cada termo, a partir do segundo, é a média aritmética entre o termo precedente e
o termo seguinte.

Com efeito, se

… an −1 , an , an +1 …

são termos consecutivos de uma P.A., então podemos escrever:

an − an −1 = an +1 − an

ou seja,

2an = an −1 + an +1

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an −1 + an +1
an = (15)
2

II) Em qualquer P.A. limitada, a soma de dois termos eqüidistantes dos extremos é constante e
igual à soma dos próprios extremos.

Seja pois a P.A. limitada, com n termos, razão r, e A e B os termos eqüidistantes dos
extremos, conforme ilustrado a seguir:

( a1 , a2 , … , A , … , B , … , an −1 , an )
p termos p termos

27
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Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 2/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

25
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Apostila: Matemática Básica vol. II – por Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

Continuação ....
Pela fórmula do termo geral,

A = a1 + ( p − 1)r (16)

Considerando agora a progressão

B , … , an −1 , an
p termos

temos pela fórmula de termo geral,

an = B + ( p − 1)r (17)

Subtraindo (17) de (16) resulta:

A − an = a1 − B

o que nos conduz a

A + B = a1 + an (18) C.Q.D

I) Em uma P.A. limitada cujo número de termos é ímpar, o termo médio é a média aritmética
dos extremos.
Neste caso temos:

( a1 , a2 , … , A , M , B , … , an −1 , an )
p termos p termos

P.A. com n = 2 p +1 termos

Pelas propriedades I e II temos:

A+ B
M=
2
e

A + B = a1 + an

Logo,

a1 + an
M= (19) C.Q.D.
2

1.7.5 Soma dos n primeiros termos de uma P.A.


Com relação a P.A.:

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( a1 , a2 , a3 , … , an − 2 , an −1 , an , an +1 , … )
n termos

podemos escrever:

S n = a1 + a2 + a3 + … + an − 2 + an −1 + an (20)

ou, invertendo-se a ordem das parcelas,

S n = an + an −1 + an − 2 + … + a3 + a2 + a1 (21)

Somando (20) e (21) membro a membro obtemos:


2S n = (a1 + an ) + (a2 + an −1 ) + (a3 + an − 2 ) + … + (an − 2 + a3 ) + (an −1 + a2 ) + (an + a1 ) , onde
temos n parênteses.

No entanto, pela propriedade II todos os parênteses são iguais a a1 + a n .

Logo,
2 S n = (a1 + a n )n

(a1 + a n )n
Sn = (22)
2

Observações:
1) Se a progressão for crescente, ilimitada, temos S n > N , sendo N um número arbitrariamente
grande.
Poremos:
lim S n = + ∞

n → +∞
ou
S n → + ∞ quando n → + ∞

2) No caso de uma progressão decrescente, ilimitada, teremos as seguintes condições:


lim S n = − ∞

n → +∞

27
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ou
S n → − ∞ quando n → + ∞

Exemplo 1.3
Calcule o 17: termo da P.A. ( 3, 8, 13, … )

Solução:
Temos que:

a1 = 3 e r = 5

Logo,

a17 = a1 + (17 − 1)r = a1 + 16r = 3 + 16 × 5 = 83

Exemplo 1.4
Calcule a soma dos doze primeiros números ímpares.

Solução:
Temos então:

( 1, 3, 5, … )

Donde,

a1 = 1 e r = 2 , logo

a12 = a1 + (12 − 1)r = a1 + 11r = 1 + 11 × 2 = 23

S12 =
(a1 + a12 )×12 = (1 + 23)×12 = 144
2 2

Exemplo 1.5

28
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No depósito de uma firma de informática, costuma-se empilhar as caixas de um


determinado equipamento em filas horizontais superpostas, conforme ilustrado na figura. Quantas
dessas filas seriam necessárias para empilhar 171 dessas caixas?

Fig. 1.2

Solução:
Temos uma P.A. representada por
( 1, 2, 3, … )

onde, a1 = 1 e r = 1

Desejamos saber o n para o qual temos S n = 171 .

Sabemos que:
(a1 + a n )n [a1 + a1 + (n − 1)r ]n [2a1 + (n − 1)× r ]n
Sn = = =
2 2 2
Substituindo valores,

171 =
[2 × 1 + (n − 1) × 1]n ,
2
342 = [2 + n − 1]n,
342 = [1 + n]n,
342 = n 2 + n,
n 2 + n − 342 = 0
que é uma equação do 2º grau para a qual a = 1 , b = 1 e c = −342 .
Assim sendo,

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− b ± b 2 − 4ac − 1 ± 12 − 4 × 1 × (− 342 )
n= = =
2a 2 ×1
− 1 ± 1369 − 1 ± 37
= = =
2 2
n ' = 18
n" = −19
Como não existe número de fileiras negativo, só a 1ª raiz tem significado físico.
1.8 Progressão Geométrica (P.G.)
1.8.1 Definição
É uma sucessão de termos

( a1 , a2 , a3 , a4 , … , an −1 , an , an +1 , … , )
n termos

finita ou infinita, sendo que , a partir do 2º termo inclusive, a razão entre um termo qualquer e o seu
antecedente é igual a uma quantidade constante q, denominada razão da progressão, ou seja:
a2 a3 a a
= = … = n = n +1 = q
a1 a2 an −1 an

As seqüências a seguir são exemplos de P.G.:

a) (1 , 4 , 16 , 64 , …) ⇒ a1 = 1 e q = 4

b) (x , xt 2 , xt 4 , xt 6 , …) ⇒ a1 = x e q = t 2

1 1 1
c) (8 , 2 , , , …) ⇒ a1 = 8 e q =
2 8 4

d) (7 , 7 , 7 , 7 , …) ⇒ a1 = 7 e q = 1

e) ( − 4 , 8 , − 16 , 32 , …) ⇒ a1 = 4 e q = −2

1.8.2 Classificação

a1 > 0 e q > 1 ⎫

ou ⎬ ⇒ P.G. crescente
a1 < 0 e 0 < q < 1⎪⎭

a1 < 0 e q > 1 ⎫

ou ⎬ ⇒ P.G. decrescente
a1 > 0 e 0 < q < 1⎪⎭

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∀a1 e q < 0 ⇒ P.G. alternante

∀a1 e q = 0 ⇒ P.G. constante ou estacionária

1.8.3 Termo geral


A partir da definição, podemos escrever os termos da P.G. da seguinte forma:

a2
= q ⇒ a2 = a1q
a1

a3
= q ⇒ a3 = a2 q = (a1q )q = a1q 2
a2

a4
a3
( )
= q ⇒ a4 = a3 q = a1q 2 q = a1q 3

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅
an
= q ⇒ an = an −1q = … = a1q n −1
an −1

Observe que cada termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma potência cuja base é
a razão. Note que o expoente da razão é igual à posição do termo menos uma unidade, ou seja:

a2 = a1q = a1q 2 −1

a3 = a1q 2 = a1q 3−1

a4 = a1q 3 = a1q 4−1

⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅⋅

an = … = a1q n −1

O termo de ordem n da P.G. é dado, portanto, pela fórmula a seguir:

an = a1q n −1 (23)

que pode também ser obtida da seguinte maneira:

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a2 ⎫
= q⎪
a1

a3
= q⎪
a2 ⎪ Multiplicando membro a membro estas n − 1 igualdades
a4 ⎬
obtemos a expressão do termo de ordem n
= q⎪
a3 ⎪
an ⎪
= q⎪
a n −1 ⎭

a2 a3 a4 a
× × × …× n = q n −1
a1 a2 a3 an −1

Fazendo os cancelamentos, obtemos:


an
= q n −1
a1

o que nos leva a

an = a1q n −1 (23)

conforme há havia sido deduzido anteriormente.

1.8.4 Propriedades
I) Numa P.G. cada termo, a partir do segundo, é a média geométrica entre o termo precedente e
o termo seguinte.
Realmente, se

… an −1 , an , an +1 …

são termos consecutivos de uma P.G., então podemos escrever:


an a
= n +1
an −1 an

ou seja,

an2 = an −1 × an +1

an = ± an −1 × an +1 . (24) C.Q.D. Onde os sinais (+) ou (–) são usados de acordo com as
características da P.G.
II) Numa P.G. limitada, o produto de dois termos eqüidistantes dos extremos é igual ao
produto dos extremos.

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Seja então a P.G. limitada, com n termos, razão q, e A e B os termos eqüidistantes dos
extremos, conforme mostrado logo a seguir:

( a1 , a2 , … , A , … , B , … , an −1 , an )
p termos p termos

Pela fórmula do termo geral,

A = a1q p −1 . (25)

Considerando agora a progressão

B , … , an −1 , an
p termos

temos pela fórmula do termo geral,

an = Bq p −1 . (26)

Dividindo as igualdades (25) e (26) membros a membro resulta:


A a1
=
an B

o que nos leva a:

AB = a1 × an . (27) C.Q.D.

III) Em uma P.G. limitada cujo número de termos é ímpar, o termo médio é a média geométrica
dos extremos.
Neste caso temos:

( a1 , a2 , … , A , M , B , … , an −1 , an )
p termos p termos
P.G. com n = 2 p +1 termos

Pelas propriedades I e II temos:

M = AB
e

AB = a1 × an

logo,

M = ± a1 × an . (28) C.Q.D.

1.8.5 Soma dos n primeiros termos de uma P.G.


Com relação a P.G.

33
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( a1 , a2 , a3 , … , an − 2 , an −1 , an , an +1 , … , )
n termos

podemos escrever:

S n = a1 + a2 + a3 + … + an − 2 + an −1 + an . (29)

Multiplicando ambos os membros por q resulta:

qS n = a1q + a2 q + a3q + … + an − 2 q + an −1q + an q

o que é equivalente a

qS n = a2 + a3 + a4 + … + an −1 + an + an +1 (30)

Subtraindo (30) de (29) temos:

S n − qS n = a1 − an +1

ou já que an +1 = a1q n ,

S n (1 − q) = a1 − a1q n

Sn =
(
a1 1 − q n), (q ≠ 1) (31)
1− q

Observações:
1.ª) Se a progressão for crescente, ilimitada, temos S n > N , sendo N um número arbitrariamente
grande. Poremos,

lim S n = + ∞

n → +∞
ou

S n → + ∞ quando n → + ∞

2.ª) Na hipótese da progressão decrescente q < 1 ,

Sn =
(
a1 1 − q n
=
)a1

a1q n
1− q 1− q 1− q

34
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a1
se admitirmos que n → +∞ (cresça cada vez mais), a primeira parcela, , não sofre qualquer
1− q
modificação, enquanto que a segunda pode ser tomada tão próxima de zero quanto quisermos.
Poremos:

lim a1
Sn = (32)
n→+∞ 1− q

Exemplo 1.6
Determine o 10º termo da P.G. (1 , 2 , 4 , …)

Solução:
a1 = 1 e q = 2

Logo,

a10 = a1q10 −1 = a1q 9 = (1)(2 ) = 512


9

Exemplo 1.7
Determine a soma dos vinte primeiros termos da P.G. ( 2−2 , 2−1 , 20 , …)

Solução:
Temos:

1 1 2−1
a1 = 2− 2 = 2
= e q = −2
= 2−1− (− 2 ) = 2−1+ 2 = 2
2 4 2
Logo,

(
a1 1 − q 20)
1
(
1 − 220 )
S 20 = = 4 =
1− q 1− 2

= 262 143,75

35
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Exemplo 1.8

Um barco patrulha está distante 65 milhas de um navio carregado de contrabando de armas


pesadas. Sabendo-se que ambas as embarcações estão seguindo o mesmo rumo (movimentos na
mesma direção e mesmo sentido) e que a velocidade do barco patrulha é o dobro da velocidade do
navio, pede-se calcular a distância que o barco deve percorrer para alcançar o navio.

Solução:

v
2
v

x
0
65 mi

Fig. 1.3

65
Quando o barco patrulha tiver percorrido as 65 milhas iniciais, o navio terá percorrido
2
milhas, uma vez que sua velocidade é a metade da do barco. Assim o barco terá que percorrer
65 65
também milhas. Quando o barco tiver percorrido estas últimas milhas, o navio terá
2 2
65
percorrido milhas, e assim por diante, de modo que a distância total a ser percorrida pelo barco
4
é:

65 65
x b = 65 mi + mi + mi + … .
2 4

1
Temos pois uma P.G. decrescente ilimitada, para qual a a1 = 65 mi e q = . Logo,
2

a1 65 mi
xb = = = 130 mi.
1− q 1− 1
2

Claro, o estudante deve estar se perguntando: o problema não poderia ter sido pelos
métodos da Cinemática aprendidos na Física do 2º grau?

Sim, é claro! Senão vejamos:

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As equações horárias dos movimentos são:

Barco → x b = vt

v
Navio → xn = 65 + t
2

No encontro xb = xn

v
vt = 65 + t ,
2

vt
vt − = 65 ,
2

vt
= 65
2

e o tempo de encontro é:

130
t= .
v

Voltando à equação do barco, temos então:

130
xb = vt = v × = 130 mi
v

e concluímos, mais uma vez, que o barco deve percorrer 130 mi para alcançar o navio.

Aí cabe uma outra pergunta: Por quê não termos utilizados diretamente o segundo método?

A resposta é simples: esta foi apenas uma ilustração de soma de parcelas, que são termos
de uma P.G., as quais vão se tornando cada vez menores.

1.9 Coordenadas Cartesianas no Plano

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Este nome é em homenagem ao grande matemático francês René Descartes (Renatus


Cartesius em Latim).

Aqui em nosso curso vamos utilizar apenas as coordenadas cartesianas planas (duas
dimensões) e ortogonais, e isto nos leva a um sistema de eixos x e y, perpendiculares, que têm a
mesma origem comum, conforme ilustrado a seguir:

2º quadrante y 1º quadrante
(+)

P ( x, y )
y x

0
x x
(−) (+)

Plano (π )

3º quadrante (−) 4º quadrante

Fig. 1.4

A localização de um ponto P qualquer de uma plano (π ) genérico, fica então perfeitamente


determinada através de suas coordenadas x (abscissa) e y (ordenada), e a representação genérica é
P(x, y ) . No caso presente o ponto genérico foi representado no 1º quadrante, onde x > 0 e y > 0
mas, de um modo geral temos:

⎧ x > 0 e y > 0 ⇒ 1º quadrante


⎪ x < 0 e y > 0 ⇒ 2º quadrante

⎨ Temos também que se
⎪ x < 0 e y < 0 ⇒ 3º quadrante
⎪⎩ x > 0 e y < 0 ⇒ 4º quadrante

i) x = 0 ⇒ ponto situado no eixo y

ii) y = 0 ⇒ ponto situado no eixo x

iii) x = y = 0 ⇒ ponto situado origem

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Exemplo 9

Marcar em um diagrama cartesiano as localizações dos pontos a seguir:

P1 (4,3) ; P2 (− 2,5) ; P3 (− 3,−4) ; P4 (2,−6 ) ; P5 (5,0) ; P6 (0,4)

Solução:
y
P2 (− 2, 5)
5

4 P6 (0, 4)

3 P1 (4, 3)

1
0 P5 (5, 0 )

−3 −2 −1 1 2 3 4 5 x
−1

−2

−3
−4
P3 (− 3, − 4)
−5

−6 P4 (2, − 6 )

Fig. 1.5

1.10 Equação Reduzida da Reta

Em Geometria Analítica demonstra-se que toda equação do primeiro grau em x e y


representa, no plano, uma reta, ou seja:

y = mx + p (33)

onde m = tgα é coeficiente angular da reta, isto é, a tangente do ângulo que a mesma forma com a
direção horizontal (paralela ao eixo x), e p é o coeficiente linear, sendo igual à ordenada do ponto
onde a reta corta o eixo y. Por esta convenção teremos sempre 0 ≤ α < 180º.

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Analisemos então algumas situações mostradas na figura 1.6. São evidentes as seguintes
propriedades:

1ª) Se α é agudo, então m é positivo, pois a tangente de um ângulo é sempre positiva no 1º


quadrante.

2ª) Se α é obtuso, então m é negativo, pois a tangente de uma ângulo do 2º quadrante é negativa.

3ª) Se α é nulo, então m é nulo, pois a tg de 0 é nula e, neste caso, a equação da reta se reduz a
y = constante , uma vez que ela é paralela ao eixo x.

4ª) Se α é reto, então m não é definido, pois tg 90º = ∃/ , e neste caso a equação da reta tem a forma
x = constante , uma vez que ela é paralela ao eixo y.

y y

α é um
ângulo
α obtuso
(90º < α < 180º )
α
α é um
ângulo agudo
(0 < α < 90º )
0 x 0 x

y y

α é um α =0
ângulo
reto
(α = 90º )

α = 90º

0 x 0 x

Fig. 1.6

É também oportuno, baseados no que se viu até então, listarmos algumas situações na
figura 1.7, lembrando que, se p = 0, a reta passa pela origem, e sua equação é da forma y = mx.

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y
R4 (m < 0 e p > 0)
α
R1 (m > 0 e p > 0)

α
R2 (m > 0 e p = 0)
R5 (m < 0 e p = 0) p
α α

R3 (m > 0 e p < 0)

R6 (m < 0 e p < 0) 0 x
α
α

Fig. 1.7

Exemplo 1.10

Representar graficamente as seguintes retas:

a) R1 : y = 2 x + 1

x
b) R2 : y = − + 1
2

c) R3 : y = 2 x

d) R4 : y = 4

e) R5 : x = 5

Solução:

As representações das retas R4 e R5 são imediatas. Entretanto, para as retas R1 , R2 e R3


vamos construir as tabelas a seguir onde os valores assumidos para x, ao serem substituídos nas
equações conduzem aos valores de y correspondentes. Bastaria um par de pontos para determinar
cada reta, uma vez que, por dois pontos do plano passa tão somente uma reta ou, em outras

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palavras: dois pontos determinam uma reta. No entanto, a fim de que o estudante possa verificar, na
prática, que uma equação do 1.º grau em x e y representa uma reta, optamos por eleger três pontos
para cada uma delas, e concluir que, em cada caso, os três pontos estão alinhados ao longo de uma
mesma direção, ou seja, pertencem a uma mesma reta.

R1 R2 R3

X y x y x y

0 1 0 1 0 0

1 3 1 1 1 2
2

2 5 2 0 2 4

y R1
R3

5
4 R4

3
R5
2

1
1
2

0 1 2 3 4 5 x

R2

Fig. 1.8

Exemplo 1.11
Uma firma de projeto A cobra R$ 1000,00 fixos mais R$ 600,00 por dia de trabalho e uma
firma B cobra R$ 400,00 fixos mais R$ 800,00 por dia.

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a) Representar em um mesmo diagrama cartesiano os custos dos serviços de ambas as empresas.


b) Estabelecer um critério para a escolha da melhor firma pelo usuário, sob o ponto de vista
financeiro, admitindo que, hipoteticamente, ambas tenham a mesma competência.

Solução:
a) Do enunciado vem que:

Custo de A: C A = (R$ 600,00/dia )d + (R$ 1000,00 )

Custo de B: CB = (R$ 800,00/dia )d + (R$ 400,00 )

em que C A e CB representam, respectivamente, os custos dos serviços das empresas e d os dias


trabalhados.
Temos então as seguintes correspondências:
x↔d

y↔C

Tratam-se, portanto, das equações de duas retas e a reta A começa em um ponto de ordenada
mais baixa (pA = 400) e a reta B em um ponto de ordenada mais alta (pB = 1000). No entanto, o
coeficiente angular de B (mB = 800) é maior do que o coeficiente angular de A (mA = 600). Isto
significa que tgαB > tgαA , ou seja αB > αA , e as retas vão se interceptar. Determinemos pois as
coordenadas do ponto de intersecção:

C A = C B ⇒ (R$ 600,00/dia )d + (R$1000,00 ) = (R$ 800,00/dia )d + (R$ 400,00 )∴


R$ 1000,00 − R$ 400,00 = (R$ 800,00/dia )d − (R$ 600,00/dia )d ∴
R$ 600,00 = (R$ 200,00/dia )d ∴
d = 3 dias ⇒ C A = C B = R$ 2800,00

Lembrando também que para d = 0 temos

C A = R$ 1000,00

C B = R$ 400,00

podemos traçar as retas de custos. Assim sendo:

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C A , CB (custos )
B
A

R$ 2800,00

R$ 1000,00

R$ 400,00

d (dias )
0 1 2 3

Fig. 1.9

b) Uma rápida análise dos gráficos nos conduzem às seguintes conclusões:

1.ª) d < 3 dias ⇒ B é mais econômica.

2.ª) d = 3 dias ⇒ o custo é o mesmo.

3.ª) d > 3 dias ⇒ A é mais econômica.

1.11 Noção de Aplicação

Dados dois conjuntos A e B, denominamos aplicação de A em B a toda correspondência


em que a cada elemento x ∈ A temos associado um único y ∈ B.

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Por exemplo: dados os conjuntos A = {5, 6, 7, 8} e B = {g, h, i, j, l} vamos apresentar a


seguir algumas aplicações de A em B:

5 6 7 8 5 6 7 8 5 6 7 8

g h i l g h i j l g h i j l

(a) (b) (c)

Fig. 1.10

A flecha indica a correspondência entre os elementos de A e B. Na parte (a), a aplicação é


o conjunto de pares ordenados.

{(5, g), (6, h), (7, i), (8, j)}

na parte (b)

{(5, g), (6, i), (7, j), (8, l)}

e na parte (c)

{(5, g), (6, g), (7, i), (8, l)}.

Devemos ressaltar que cada elemento de A é unido pela flecha a um só elemento de B.


Assim sendo, do mesmo elemento x ∈ A não podem partir duas ou mais flechas.

Deste modo a correspondência

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5 6 7 8

g h i j l

Fig. 1.11

não é uma aplicação.

O conjunto A é denominado domínio da aplicação e o elemento y, correspondente de x, é


denominado imagem de x. No exemplo (a) da figura 1.9 temos.

Elemento de A Imagem

5 ⎯⎯⎯⎯⎯→ g

6 ⎯⎯⎯⎯⎯→ h

7 ⎯⎯⎯⎯⎯→ i

8 ⎯⎯⎯⎯⎯→ j

O conjunto das imagens de uma aplicação f de A em B denomina-se imagem da aplicação


e será representado por f(A). Devemos notar que f(A) é uma sucessão, ou seja, um conjunto
ordenado. Para o exemplo (a) da figura 1.9 temos:

f ( A) = ( g , h, i, j ) e não (h , g , j , i )
ordem incorreta

1.12 Exercícios Propostos


1) Calcular as seguintes expressões:
a) (+ 5) + (− 12)
b) (+ 3,7 ) + (− 0,7 )
c) (+ 1,72) + (− 0,28)
d) (+ 2) + (− 7 ) + (+ 4) + (+ 2) + (− 5) + (+ 3)

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e) (+ 9) + (− 6) + (− 2) + (− 1) + (− 5) + (+ 7 )
2) Calcular as seguintes expressões:
a) (+ 4) − (+ 2)
b) (+ 10) − (+ 4)
c) (− 9) − (+ 3)
d) (− 7 ) − (− 5)
e) (+ 6) − (− 2)
3) Calcular as seguintes expressões:
a) (+ 4) × (+ 5)
b) (− 4) × (− 5)
c) (− 2) × (+ 1)
d) (− 4) × (− 1) × (+ 3) × (− 2) × (− 5)
e) (+ 2) × (− 3) × (− 1) × (− 4) × (+ 5)

4) Calcular as seguintes expressões:


a) (+ 12) ÷ (+ 3)
b) (− 15) ÷ (− 3)
c) (+ 36) ÷ (− 4)
d) (− 42) ÷ (+ 6)
e) (− 81) ÷ (− 9)
5) Calcular as seguintes potências:

a) (+ 2)5
b) (− 3)3
c) (− 2)3
d) (− 7 )3
e) (+ 10)4
6) Calcular os valores algébricos das seguintes raízes:

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4
a) 625
3
b) 8
4
c) 81

d) 3
− 27
5
e) 32
7) Efetuar os seguintes produtos notáveis:

a) (2m y 3 4
− 5b3m )
2

2
⎛2 3 ⎞
b) ⎜ a 2 + x 5 ⎟
⎝3 4 ⎠

c) (5 − a 2 )(5 + a 2 )
8) Resolver as seguintes equações do 1.º grau:
x
a) =5
2
b) 5( z − 3) − 4(z + 2 ) = 3(1 − 2 z ) + 2

2y − 5
c) 6 − =y
5
9) Resolver as seguintes equações do 2.º grau:

a) z 2 − 8 z + 15 = 0

b) 6 z −2 − 5 z −1 + 1 = 0
z ( z − 1)
c) =6
7

d) z 2 − 4 z + 4 = 0
1
e) z 2 + z + =0
3
10) Calcular a13 na progressão aritmética

:1, 5, 9, …

11) Calcular a1 em uma progressão aritmética, sabendo-se que r = 4 e a8 = 31 .

7
12) Somar os 15 primeiros termos da progressão aritmética : 3 , , 4,…
2

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13) Quantas vezes bate um relógio em 24 horas, admitindo-se que apenas bata as horas?

14) Calcular o 5.º e 8.º termos da progressão geométrica :: 2 , 4, …

15) Em uma progressão geométrica, sabemos que a4 = 128 e q = 4 . Achar a1 .

16) Sendo x e y positivos, calcular os limites das expressões a seguir quando o número de radicais
cresce indefinidamente.

a) x x x x …

b) x y x y…

c) x+ x+ x+ x …

1.13 Respostas dos Exercícios Propostos


1) a) − 7 ; b) + 3,0 ; c) + 1,44 ; d) − 1 e) + 2
2) a) + 2 ; b) + 6 ; c) − 12 ; d) − 2 e) + 8
3) a) + 20 ; b) + 20 ; c) − 2 ; d) + 120 e) − 120
4) a) + 4 ; b) + 5 ; c) − 9 ; d) − 7 ; e) + 9
5) a) + 32 ; b) − 27 ; c) − 8 ; d) − 343 ; e) + 10.000
6) a) ± 5 ; b) + 2 ; c) ± 3 ; d) − 3 ; e) + 2

7) a) 4m 6 y 8 − 20b 3 m 4 y 4 + 25b 6 m 2

4 4 9
b) a + a 2 x 5 + x 10
9 16

c) 25 − 2a 2
8) a) x = 10 ; b) z = 4 ; c) y = 5

9) a) z1 = 3 ; z 2 = 5

b) x1 = 3 ; x 2 = 2

c) y1 = 7 ; y 2 = −6

d) z = 2
e) Não admite raízes no conjunto dos números reais. Voltaremos a esse assunto após
1 3 1 3
estudar a seção 1.14 (suas raízes são: z 1 = − + j ; z2 = − − j ).
2 6 2 6

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10) a13 = 49

11) a1 = 3

195
12) S15 =
2
13) 156

14) a5 = 32 ; a8 = 256

15) a1 = 2
2 1 1 + 1 + 4x
16) a) x; b) x y = 3 x 2 y
3 3 c)
2

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Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 3/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

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1.14 Números Complexos

1.14.1 Introdução

(a) Do mesmo modo que a generalização da noção de raiz de índice qualquer para um número
positivo exigiu a introdução do conceito de número irracional (p.ex.: 2 = 1,414… , 3 = 1,732 … ),
também a impossibilidade da determinação de raízes de índice par de um número negativo levou à
noção de número imaginário.

(b) Os números positivos e negativos recebem, em conjunto, o nome de números reais.

Em contrapartida, denomina-se número imaginário ou número complexo à toda


expressão de forma x + jy 1, na qual x e y são números reais e j = − 1 é a unidade imaginária.

(c) Conforme já vimos na subseção 1.6.2, as raízes de uma equação do 2º grau,


2
az + bz + c = 0

são dadas pela conhecida fórmula

− b ± b 2 − 4ac
z= . (12)
2a

Obtemos, então duas raízes reais e desiguais quando o discriminante é positivo e uma
raiz real dupla se ele for nulo.

Quando o discriminante é negativo, a fórmula (12) não conduz a nenhuma raiz real e o
2
trinômio az + bz + c = 0 é sempre diferente de zero qualquer que seja o valor real que se atribua à z.
Por exemplo, se tentarmos resolver a equação
2
z + 4z + 1 3 = 0

que já havia sido abordada no Exemplo 2, item c, somos conduzidos a:

− 4 ± 4 2 − 4 × 1 × 13 − 4 ± − 36
z= =
2 ×1 2

que não representa nenhum número real. Por outro lado, se operarmos normalmente como se −1
fosse um número, teremos:

1
Os matemáticos usam i no lugar do j e os eletricistas preferem a letra j minúscula normal, já que estes últimos usam a
letra i para representar a corrente. No entanto, na Unidade 3, Matrizes, é quase que universal a notação a ij para
representar o elemento genérico. Assim sendo optamos por j minúscula em negrita e itálica para representar a unidade
imaginária.

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− 4 ± 36(− 1) − 4 ± 6 − 1
z= = = −2 ± 3 − 1
2 2

ou seja

z1 = −2 + 3 − 1

z1 = −2 − 3 − 1

Vamos substituir tais “números” na equação original a fim de verificar se eles são
realmente raízes. Ao procedermos desta forma devemos encarar o símbolo − 1 como se ele fosse
mesmo um número em especial, lembrando inclusive que o seu quadrado é:

( )
2
− 1 = −1 .

Temos então:

(z1 )2 + 4 z1 + 13 = (− 2 + 3 ) ( )
2
− 1 + 4 − 2 + 3 − 1 + 13 =
= 4 − 12 − 1 − 9 − 8 + 12 − 1 + 13 = 0

(z2 )2 + 4 z2 + 13 = (− 2 − 3 ) ( )
2
− 1 + 4 − 2 − 3 − 1 + 13 =
= 4 + 12 − 1 − 9 − 8 − 12 − 1 + 13 = 0

A partir de tais considerações conclui-se ser possível resolver a equação do 2º grau


mesmo quando temos b 2 − 4ac < 0 , se operarmos com o símbolo j = − 1 como se fosse um
número. Conforme já mencionado ele deve ter a propriedade de que j 2 = −1 , e deve operar ao lado
dos números reais com as mesmas leis que regem formalmente tais números. Temos então os
números complexos da forma x + jy onde, conforme já mencionado, x e y são reais e j = − 1 , tais
como:

1 4 3
4 + j6 , − j2 , 3+ j , −2− j
3 9 7

onde o novo elemento j = − 1 é denominado unidade imaginária.

Utilizando tal notação, as raízes da equação que acabamos de resolver assumem as


formas seguintes:

z1 = −2 + j 3

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z 2 = −2 − j 3

e no final da subseção 1.14.3 veremos por que tais raízes constituem um par complexo conjugado.

Temos então de forma geral:

z = x + jy (34)

onde as grandezas reais x e y são denominadas as partes real e imaginária de z, respectivamente.


Podemos, inclusive, usar as notações Re( z ) e Im( z ) para representar tais partes, ou seja:

x = Re(z ) (35)

y = Im( z ) (36)

Em particular quando x = 0 temos a expressão jy que será denominada número


imaginário puro ou simplesmente imaginário, reservando-se o nome número complexo para o
caso geral.

Quando y = 0 o número complexo reduz-se à sua parte real x.

(d) Uma vez que os números complexos não pertencem ao corpo dos números reais, alguns
“desavisados de plantão” podem pensar que tais soluções são meramente fictícias e não representam
nenhum fenômeno físico real. Para estes é bom mencionar que a corrente alternada que chega às
indústrias, hospitais e residências, é representada por funções senoidais ou cossenoidais, que têm a
mesma representação gráfica a menos de uma defasagem de 90º. Acontece que o equacionamento
de circuitos elétricos sob excitação harmônica (senoidal) é bem mais simples no domínio da
freqüência, no qual a solução para a corrente é dada por um “fasor” I , que é um número
complexo. A fim de relacionarmos o domínio da freqüência com o domínio do tempo é utilizada a
relação

i
Im

i (t ) = Re(Ie jωt )
+ +

− −φ 0 − ωt
− Im
corrente alternada

Fig. 1.12

que é bem conhecida do pessoal da área da Eletricidade. Ora, a corrente alternada senoidal do tipo
i (t ) = I m cos(ωt + φ) tem existência física real (qualquer dúvida é só tocar com um dedo no terminal
da fase de uma tomada energizada!). Assim sendo, as soluções complexas ou imaginárias (sendo
este último termo um tanto impróprio pois pode levar à conclusões erradas) estão bem longe de

50
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serem fictícias sendo, é bem verdade, artifícios engenhosos, nascidos no problema primordial de
lidar com raízes de índices pares de números negativos.

Exemplo 1.12

Determine x ∈ R para que o número complexo (5 x 2 − 7 x ) + j 7 seja imaginário puro.

Solução:
Para ele ser um número imaginário puro devemos ter parte real nula, ou seja:


⎪⎪ x = 0
5 x − 7 x = 0 ∴ x(5 x − 7 ) = 0 ∴ ⎨ ou
2

⎪x = 7
⎪⎩ 5

1.14.2 Potências de j
As potências sucessivas de j reproduzem-se periodicamente de quatro em quatro, ou
seja:

j 0 = +1

j1 = j

j2 = ( − 1) = −1 2

j3 = j 2. j = − j

j 4 = j 2 . j 2 = (− 1)(− 1) = +1

j 5 = j 2 . j 3 = (− 1)(− j ) = j

j 6 = j 3 . j 3 = (− j )(− j ) = j 2 = −1

j 7 = j 3 . j 4 = (− j )(+ 1) = − j

j 8 = j 4 . j 4 = (+ 1)(+ 1) = +1

j 9 = j 4 . j 5 = (+ 1)( j ) = j
.........................................................

Podemos escrever em geral:

51
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( )
j4 p = j4
p
=1

( )
j 4 p+1 = j 4
p
j= j

( )
j 4 p+2 = j 4
p
j 2 = −1

( )
j 4 p +3 = j 4
p
j3 = − j

Regra geral: para determinar o valor de uma potência de j qualquer, basta dividir o expoente
da potência por 4 e elevar j à potência determinada pelo resto da divisão.
Exemplo 1.13
Efetuar as seguintes potências:

a) j 7 ; b) j 513 ; c) j1998 ; d) j 500

Solução:
a) 7 4
→ j7 = j3 = − j
3 1

b) 5 '1' 3' 4
→ j 513 = j
11 128
33
1

c) 1'9'9'8' 4
→ j1998 = j 2 = −1
39 499
38
2

d) 5' 0 ' 0 ' 4


→ j500 = j0 = 1
10 125
20
0

1.14.3 Representações e Formas de um Número Complexo:

a) Representações:

Um número complexo pode ser geometricamente representado por um ponto no


plano complexo ou plano de Argand-Gauss, conforme mostrado a seguir:

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Eixo
imaginário ( y )
Plano
Complexo

y z = x + jy

Eixo
0 x real ( x)

Fig. 1.13

Uma representação geométrica equivalente, conforme na próxima figura, é feita por


um segmento orientado, da origem ao ponto z = x + jy .

Eixo
imaginário ( y )

y z = x + jy

Eixo
0 x real ( x)

Fig. 1.14

Assim a adição ou subtração de duas grandezas complexas pode ser realizada


graficamente, conforme ilustração nas partes (a) e (b) da figura 1.15, por meio das regras
comumente usadas para a adição e subtração de vetores, já que tanto as grandezas complexas
quanto os vetores podem ser representados por intermédio de segmentos orientados.

Na figura 1.16 o símbolo | z | significa o comprimento do segmento orientado que


representa z, ou seja, é a distância da origem até o ponto representado pelo complexo z, e é
denominado módulo, norma ou valor absoluto de z.

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Eixo Eixo
imaginário ( y) imaginário ( y)

z1+ z 2

z2 z2
z1 z1
Eixo Eixo
0 real ( x) 0 real ( x)
z1 − z2

− z2

Fig. 1.15

O ângulo do segmento orientado, medido positivamente no sentido anti-horário e


negativamente no sentido horário, a partir do semi-eixo real positivo, é notado por θ ou arg z, sendo
chamado de ângulo polar, argumento ou fase de z.

Eixo
imaginário ( y )

y z = x + jy
z

θ Eixo
0 x real ( x)

Fig. 1.16
Da última figura depreende-se que:

x = z cos θ ≤ z (37)

y = z sen θ ≤ z (38)

z = x2 + y 2 (39)

⎛ y⎞
θ = arc tg ⎜ ⎟ (40)
⎝x⎠

Observações:

(1ª) Nos livros de origem americana encontra-se, muitas vezes, a notação tg −1 ao invés de

54
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arc tg para a função inversa da tangente. Isto também ocorre nas calculadoras eletrônicas.

(2ª) Para um dado z ≠ 0 , o ângulo (argumento) θ é determinado a menos de múltiplos


inteiros de 360º ( 2π rad ), ou seja,

θ = θ 0 + k 360º ; k = 0 , ± 1 , ± 2 . . .

ou

θ = θ 0 + 2kπ rad ; k = 0 , ± 1 , ± 2 . . .

O valor de θ que existe no intervalo − 180º < θ ≤ 180º (− π rad < θ ≤ π rad ) é
chamado de valor principal do argumento de z, e notado por θ 0 nas equações acima. Na
prática, salvo observação em contrário, estaremos sempre trabalhando com o argumento
principal.

Face às orientações de ângulos já mencionadas e levando-se em conta os


intervalos entre os limites − 180º e 180º, teremos:

- ângulos no 1º e 2º quadrantes (0 < θ < 180º ) serão sempre positivos e orientados no


sentido anti-horário a partir do semi-eixo real positivo.

- ângulos no 3º e 4º quadrantes (− 180 < θ < 0 ) serão sempre negativos e orientados no


sentido horário a partir do semi-eixo real positivo.

(3ª) Levando em conta tais convenções e limites, concluímos que quando z for um número
real negativo o seu argumento principal será π rad(180º ) ao invés de − π rad(− 180 ) , uma
vez que o valor − 180º não está incluído no intervalo − 180º < θ ≤ 180º .

55
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b) As Fórmulas de Euler e suas decorrências:

Antes de passarmos às diversas formas de um número complexo vamos instituir as


fórmulas de Euler, que são de importância capital para o prosseguimento de nosso estudo.

Admitindo que uma função F (x ) pode ser representada por uma série de potências
de x, essa série deve ser da forma de McLaurin,

x2 x3 x n −1
F ( x ) = F (0) + xF ′(0 ) + F (0) + F (0 ) + … +
′′ ′′′ F n −1 (0 ) + …
2! 3! (n − 1)!
em que a função e todas as suas derivadas existem para x = 0 .

Desenvolvendo sen θ , cos θ e e jθ em potências de θ pela série de McLaruin temos:

θ3 θ5 θ7
sen θ = θ − + − +…
3! 5! 7!

θ2 θ4 θ6
cos θ = 1 − + − +…
2! 4! 6!

jθ θ2 θ3 θ 4 θ5 θ 6 θ7
e = 1 + jθ − − j + + j − − j + …
2! 3! 4! 5! 6! 7!

Reagrupando os termos de e jθ , temos:

⎛ θ2 θ4 θ6 ⎞ ⎛ θ3 θ5 θ7 ⎞
e jθ
= ⎜⎜1 − + − + …⎟⎟ + ⎜
j⎜ θ − + − + …⎟⎟ = cos θ + j sen θ .
⎝ 2! 4! 6! ⎠ ⎝ 3! 5! 7! ⎠

Assim sendo temos:

e jθ = cos θ + j sen θ (41)

e − jθ = cos θ − j sen θ (42)

conhecidas como fórmula de Euler, bem como suas decorrências:

e jθ + e − jθ
cos θ = (43)
2

e jθ − e − jθ
sen θ = (44)
j2

56
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que são de grande utilidade no trato com os números complexos de um modo geral.

c) Formas

c.1) Cartesiana ou Retangular

É a que já foi apresentada no início da presente seção, na equação (34), ou seja:

z = x + jy . (34)

c.2) Trigonométrica

Substituindo (37) e (38) em (34) temos:

z = x + jy = z cos θ + j z sen θ

o que implica em

z = z (cos θ + j sen θ) (45)

que é forma trigonométrica.

c.3) Exponencial ou de Euler

Pela equações (41) e (45) temos que:

z = z e jθ (46)

que é a forma exponencial ou de Euler.

c.4) Polar ou de Steinmetz

A equação (46) pode também ser colocada na forma polar ou de Steinmetz:

z= z θ (47)

Na realidade o símbolo θ é, simplesmente, uma notação abreviada para e jθ ,


muito utilizada pelas pessoas da área de Eletricidade em geral.

57
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É importante notar que uma interpretação correta do fator e jθ necessita que o


ângulo θ seja expresso em radianos. Na prática, o ângulo é muitas vezes apresentado em graus
π π
(lembrar que 1 grau = 1º = radiano =
rad), mas toda vez que houver chance de confusão
180 180
no emprego das equações (41) a (47), o ângulo θ deverá ser convertido de graus para radianos. A
notação e jθ com θ expresso em graus é, normalmente, considerada uma prática inadequada,
mas escrever θ com θ em graus é bastante usual.

Observações:
1ª) Ao passarmos um complexo da forma retangular (cartesiana) para a forma polar, devemos
utilizar as equações (39) e (40). Acontece que quando esta última equação é utilizada, a
determinação do quadrante onde se situa o complexo z = x + jy pode ser feita pela inspeção dos
sinais de x e y, a não ser que a calculadora em uso já tenha as rotinas REC → POL e POL → REC,
que já fazem as transformações diretamente.

2ª) Cumpre ressaltar que no caso da transformação acima citada, as calculadoras científicas mais
sofisticadas fornecem diretamente z e θ 0 (argumento principal), seguindo para este último as
regras de orientação de ângulos já descritas na 2ª observação da subseção 1.14.3.a:

- ângulos no 1º e 2º quadrantes ( 0 < θ < 180º ou 0 < θ < π rad ) sempre positivos, e orientados no
sentido anti-horário a partir do semi-eixo real positivo.

- Ângulos no 3º e 4º quadrantes ( − 180º < θ < 0 ou − π rad < θ < 0 ) sempre negativos, e
orientados no sentido horário a partir do semi-eixo real positivo.

Exemplo 1.14
Exprimir cada um dos seguintes números complexos na forma polar:
π 2π 5π
j −j j
a) 20e ; 4
b) 10e 3
; c) 2e 6

Solução:
a) 20e j π 4 = 20 π
4 = 20 45°

b) 10 e − j −2π
= 10 −120 °

3
= 10 3

= 2 150 °

c) 2e j 6
=2 5π
6

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Exemplo 1.15
Passar os seguintes números complexos da forma polar para a forma retangular:

a) 53,0 160 °

b) 0,050 − 20 °

c) 0,156 170 °

Observação: se a sua calculadora tem as rotinas RET → POL e POL → RET você pode e deve
fazer as transformações diretamente, e depois voltar à forma original a fim de checar seus
resultados.

Solução:
Pelas equações (34), (37) e (38) temos que:
a) 53,0 160 ° = 53,0 cos160º + j 53,0 sen160º = −49,8 + j18,1

b) 0,050 − 20 ° = 0,050 cos(− 20º ) + j 0,050 sen (− 20º ) = 0,047 − j 0,017

c) 0,156 170 ° = 0,156 cos(170º ) + j 0,156 sen (170º ) = −0,154 + j 0,027

Exemplo 1.16
Converter os seguintes números complexos da forma retangular para a polar:
a) 3 + j 4

b) − 3 + j 4

c) − 3 − j 4

Solução:
Se a sua calculadora não possuir as rotinas REC → POL e POL → REC, você deve
tomar cuidado com os sinais das partes real e imaginária dos complexos, a fim de identificar com
acerto o quadrante onde estão situados os números. A figura seguinte é de grande utilidade.

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z 2 = −3 + j 4 z1 = 3 + j 4
4

3
5 2
5
α
1
θ3
θ2
θ1
0
−3 − 2 −1 1 2 3 x
−1
5
β −2

−3

−4
z 3 = −3 − j 4

Fig. 1.17
a) Pelas equações (39) e (40) temos que:

z1 = 32 + 42 = 5
4
θ1 = arc tg
3

A tangente é positiva no 1º e 3º quadrantes. Uma vez que x > 0 e y > 0 , θ1 pertence ao 1º


quadrante (vide figura 1.17).

θ1 = 53,1º

Temos então:

z1 = 53,1°

b) z2 = (− 3)2 + 4 2 =5
4
θ2 = arc tg
−3

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A tangente é negativa no 2º e 4º quadrantes. Sendo x < 0 e y > 0 , θ 2 pertence ao 2º quadrante.


Da figura 1.16 temos, em módulo,

4
tgα =
3

donde

α = 53,1º

θ 2 = 180º −53,1º = 126,9º .

Então,

z2 = 5 126 ,9°

c) z3 = (− 3)2 + (− 4)2 =5
−4
θ 3 = arc tg
−3

Temos x < 0 e y < 0 , logo θ3 é do 3º quadrante. Da mesma figura tiramos:

4
tgβ =
3

logo β = 53,1º

θ3 = 180º +β = 233,1º

o que implica em

z3 = 5 233,1° , que não é uma forma usual, visto que o argumento principal deve estar entre os
valores − 180º < θ ≤ 180º , o que nos leva então a escrever z3 = 5 − 126 ,9° (que é a resposta da
calculadora CASIO fx-82LB).

Vamos a seguir apresentar as rotinas de operações para as transformações RET → POL e POL
→ RET para duas minicalculadoras usuais no mercado
1.º) CASIO fx-82LB
a) RET → POL:

(convocamos a transformação para polares → r θ)

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x a y b 2nd F a |z| b θ

entradas saída

b) POL → RET:

(convocamos a transformação para retangular → xy)

|z| a θ b 2nd F b x b y

entradas saída

2.º) CASIO fx-6300 G


a) RET → POL:
convocamos a convocamos
transformação POL ( a , convocamos J

SHIFT + x SHIFT ( y ) EXE |z| ALFA ) EXE θ


entradas saída

b) POL → RET:
convocamos a convocamos
a , convocamos J
transformação REC* (

SHIFT − |z| SHIFT ( θ ) EXE x ALFA ) EXE y

entradas saída

(*) Em Português → Retangular (RET)


Em Inglês → Rectangular (REC)
c.5) Algumas Formas Polares Especiais
As equações (41), (46) e (47) conduzem a uma nova interpretação para o número
π
imaginário puro j, anteriormente definido como sendo j = − 1 ou j 2 = −1 . Se θ = rad nas
2
π
referidas equações, e j 2 = j , de modo que j é um número complexo com módulo unitário e fase
igual a 90º, ou seja:

j = e j 2 = 1 90°
π
(48)

por outro lado,

1 j
= 2 = − j = e − j 2 = 1 − 90°
π
(49)
j j

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Finalmente,

1 = 1 0° (50)

− 1 = 1 180° (51)

1 j
180º
−1 90º 1
0 − 90º x
−1 −j

Fig. 1.18

c-6) Complexo Conjugado:


O complexo conjugado de z = x + jy é definido, na forma retangular, por 2 :

z * = x − jy (52)

e tem a mesma parte real que o complexo z, porém, a parte imaginária é simétrica.

Alguns autores preferem usar z ao invés de z para representar o complexo conjugado porém, na área da
2 *

Eletricidade a notação z é uma unanimidade.


*

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Eixo
imaginário

z = x + jy
y

θ x Eixo
0 −θ real ( x)

−y
z * = x − jy

Fig. 1.19

Pela definição de módulo,

( )
z* = x2 + − y 2 = x2 + y 2 = z

e da definição de fase fica claro que o ângulo de fase é simétrico.

Assim sendo, temos também que:

z * = z e − jθ (53)

z* = z −θ (54)

(z )
* *
=z (55)

• Ilustração 1.17

a) z1 = 3 + j 4 → z1* = 3 − j 4
jπ jπ
b) z2 = 10e − 3
→ z2* = 10e 3

c) z3 = 5 30° → z3* = 5 − 30°

d) z4 = 2 → z4* = 2

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Fica agora fácil entender que as raízes z1 = −2 + j 3 e z 2 = −2 − j 3 da equação resolvida


na subseção 1.14.1 constituem um par complexo conjugado.

1.14.4 Operações com Números Complexos

a) Igualdade:

Dois números complexos z1 = x1 + jy1 = z1 e jθ1 = z1 θ1 e z 2 = x 2 + jy 2 = z 2 e jθ 2 = z 2 θ2 são

iguais se, e somente se x1 = x2 e y1 = y2 ou, equivalentemente, z1 = z 2 e θ1 = θ 2 .

b) Adição e Subtração:

A adição e a subtração são facilmente efetuadas se os números estiverem na forma retangular,


embora as calculadoras mais sofisticadas (HP48GX por exemplo) sejam capazes de efetuarem tais
operações quer os números estejam na forma polar ou na retangular, e ainda darem a opção de obter
o resultado final em uma forma ou outra. Na forma retangular,

z1 + z 2 = ( x1 + jy1 ) + ( x2 + jy2 ) = x1 + jy1 + x2 + jy2 =


= ( x1 + x2 ) + j ( y1 + y2 )

z1 − z2 = ( x1 + jy1 ) − ( x2 + jy2 ) = x1 + jy1 − x2 − jy2 =


= ( x1 − x2 ) + j ( y1 − y2 )

ou seja,

z1 + z 2 = ( x1 + x2 ) + j ( y1 + y2 ) (56)

z1 − z 2 = (x1 − x2 ) + j ( y1 − y2 ) (57)

A figura 1.20, logo a seguir, ilustra as operações realizadas graficamente. Na parte (b)
da mesma é fácil verificar que z1 − z 2 = z 2 − z1 é a distância entre os pontos do plano complexo

definidos, respectivamente, pelos complexos z1 e z 2 .

A partir das equações (56) e (57) decorre então que:

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z + z * = ( x + jy ) + ( x − jy ) = 2 x

z − z * = ( x + jy ) − ( x − jy ) = j 2 y

ilustradas na figura 1.21,

y y

y1 + y2

z1 − z2
y1
z1 + z2 y1 z1 + z2
z1 z1 − z 2 z1
y2 y2
z2
z2 x
0 x1 x2 x1 + x2 x1 − x2 0
x
− z2

(a) (b)

Fig. 1.20

ou seja,

z + z*
z + z = 2 x = 2 Re(z )
*
(58a) → x= (58b)
2

z − z*
z − z * = j 2 y = j 2 Im( z ) (59a) → x = (59b)
j2

Temos também que:

(z1 + z2 )* = (x1 + x2 ) − j ( y1 + y2 ) = (x1 − jy1 ) + (x2 − jy2 )

ou seja:

(z1 + z2 )* = z1* + z2* (60)

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o que significa que o conjugado da soma é a soma dos conjugados.

Similarmente, é fácil também mostrar que

(z1 − z 2 )* = z1* − z 2* (61)

y y

2y

z = x + jy − z* y
z = x + jy
y

x x x
−x 0
0 x 2x

−y −y
z * = x − jy
z = x − jy
*

(a) (b)

Fig. 1.21

Exemplo 1.17
Somar os complexos a seguir tanto de forma analítica quanto gráfica, e comparar os resultados.
a) z1 = 2 + j 3 e z 2 = 3 − j 4

b) z3 = 2 30° e z 4 = 5 70°

Solução:
a) z1 + z 2 = (2 + 3) + j (3 − 4 ) = 5 − j = 5,1 − 11,3°

67
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Apostila: Matemática Básica vol. III – por Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

z1
3

1 2 3 4 5

0 − 11,3º x
5,1
−1
z1 + z2
−2

Valores obtidos
−3
do gráfico

−4
z2

Fig. 1.22

68
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 65

b) Passando inicialmente os números para a forma retangular,

z3 = 2 cos 30º + j 2 sen 30º = 1,732 + j1,000


z 4 = 5 cos 70º + j 5 sen 70º = 1,710 + j 4,698
z3 + z 4 = (1,732 + 1,710 ) + j (1,000 + 4,698) =
= 3,442 + j 5,698

Temos também que:

z3 + z 4 = (3,442)2 + (5,698)2 = 6,657


⎛ 5,698 ⎞
θ = arc tg⎜ ⎟ = 58,9º
⎝ 3,442 ⎠

z3 + z 4
z4

6,7
⎧Valores obtidos

5 ⎩do gráfico

59º

70 º 2 z3
30º

0 x

Fig. 1.23

Exemplo 1.18

Resolva a equação e jθ − 1 = 2 para − π < θ ≤ π e verifique a solução geometricamente3

Solução:
Temos que:

e jθ − 1 = 2 (*)

onde z1 = e jθ = cos θ + j sen θ e z 2 = 1

3
A verificação geométrica da solução talvez seja melhor apreciada após o estudo da subseção 1.14.6.
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 66

donde,

cos θ + j sen θ − 1 = 2 ∴ (cos θ − 1) + j sen θ = 2 ∴

(cos θ − 1)2 + sen 2 θ = 2


(cos θ − 1)2 + sen 2 θ = 2 ∴
cos 2 θ − 2 cos θ + 1 + sen 2 θ = 2 ∴

=1

2 − 2 cos θ = 2 ∴
− 2 cos θ = 0 ∴
⎧θ = 0
cos θ = 0 ⎨
⎩θ = π rad

Substituindo na equação (*), verificamos que somente o valor θ = π rad é


compatível.

A verificação gráfica é imediata, visto que z1 − z 2 é a distância entre os pontos


definidos pelos complexos z1 e z2 .

Sendo z1 = e jθ , temos que z1 = 1 , e o lugar geométrico representado por z1 ,


quando θ varia ao longo do intervalo − π < θ ≤ π , é uma circunferência de raio unitário centrada
na origem.

Sendo z 2 = 1 , a situação é a representada na figura a seguir:

z1 = e jθ

z1 − z2
θ
0 z2 = 1
1 x

Fig. 1.24

É fácil verificar que teremos z1 − z 2 = 2 quando θ assumir o valor π rad .


Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 67

c) Multiplicação

A multiplicação de grandezas na forma retangular é dada por:

. x2 + jy2 ) = (x1 x2 + j 2 y1 y2 ) + j ( x1 y2 + x2 y1 )
z1.z2 = ( x1 + jy1 )(

Lembramos que j 2 = −1 segue-se que:

z1.z 2 = ( x1 x2 − y1 y2 ) + j (x1 y2 + x2 y1 ) (62)

Já na forma exponencial,

z1.z 2 = z1 e jθ1 . z 2 e jθ2 = z1 z 2 e j (θ1 + θ2 )

o que nos permite então escrever:

z1.z 2 = z1 z 2 e j (θ1 + θ 2 ) = z1 z 2 θ1 + θ 2 (63)

Conclusões:

1.ª) Da equação (63) temos que:

z1.z 2 = z1 . z 2 (64)

θ z1 . z 2 = θ1 + θ 2 (65)

2.ª) Para z = x + jy = z e jθ e z * = x − jy = z e − jθ vale então estabelecer a seguinte equação:

z.z * = z e jθ . z e − jθ

ou seja,

2
z.z * = z (66)

3.ª) Também não é difícil mostrar que

(z1 z2 )* = z1* z2* (67)


Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 68

Exemplo 1.19
Multiplicar os seguintes números complexos:

a) z1 = 2 + j 3 e z 2 = −1 − j 3

b) z3 = 5e j 3 e z4 = 2e − j
π π
6

c) z5 = 2 30° e z6 = 5 − 45°

Solução:

a) z1.z 2 = (2 + j 3)(− 1 − j 3) = 7 − j 9

(
b) z3 .z 4 = 5e j
π
3
)(2e ) = 10e
− j π6 j π6

c) z5 .z6 = (2 30° ) (5 − 45° ) = 10 −15°

Exemplo 1.20


Passar o número complexo − 2e j 6
para as formas polar e cartesiana.

Solução:
Este é uma excelente exemplo, pois, lembrando a forma exponencial de um complexo, z = z e jθ ,
parece que estamos diante de um absurdo, qual seja um numero com módulo negativo. Acontece
que aí não existe módulo negativo, mas sim uma “multiplicação implícita”, conforme veremos a
seguir:

= −2 150 º = (− 1)(2 ) 150 º



− 2e j 6
= −2 5π
6

= (1 180º )(2 150 º ) = 2 330 º = 2 − 30º

⎛ não é usual ⎞
⎜ ⎟
⎜ pois devemos ⎟
⎜ ter −180 º < θ≤180 º ⎟
⎝ ⎠

que é a forma polar.

A forma cartesiana é facilmente obtida à partir da forma polar, ou seja:

z=2 − 30º = 2 cos(− 30º ) + j 2 sen (− 30º ) =

= 1,732 − j1,000
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 69

Observação: As calculadoras eletrônicas estão em um estágio de desenvolvimento tão elevado


que, aquelas que tem as rotinas RET → POL e POL → RET, assimilariam a transformação
− 2 150 º diretamente para a forma cartesiana, pois, quando se entra com z = −2 , o software da
calculadora entende que isto não é simplesmente módulo, e que existe uma multiplicação
implícita. Está duvidando? Pois então pegue uma e execute a operação!

d) Divisão

z1
A divisão de duas grandezas complexas, z3 = , é definida como z1 = z 2 .z3 se z 2 ≠ 0 .
z2

Em coordenadas retangulares temos:

z1 x1 + jy1 ⎛ x1 + jy1 ⎞⎛ x2 − jy2 ⎞


= =⎜ ⎟⎜ ⎟
z 2 x2 + jy2 ⎜⎝ x2 + jy2 ⎟⎠⎜⎝ x2 − jy2 ⎟⎠

onde o processo de racionalização foi efetuado utilizando-se o complexo conjugado do denomi-


nador.

Finalmente,

z1 ⎛ x1 x2 + y1 y2 ⎞ ⎛x y −x y ⎞
=⎜ ⎟+ j ⎜⎜ 2 21 12 2 ⎟⎟
z 2 ⎜⎝ x22 + y22 ⎟⎠
(68)
⎝ x2 + y 2 ⎠

e na forma exponencial,

z1 z e jθ1 z
= 1 jθ2 = 1 e j (θ1 −θ 2 )
z2 z2 e z2

o que nos conduz a

z1 z1 j (θ1 −θ2 ) z1
= e = θ1 − θ 2 (69)
z2 z2 z2

Conclusões:

1ª) Da equação (69) concluímos que:

z1 z
= 1 (70)
z2 z2

θ z1 = θ1 − θ 2 . (71)
z2
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 70

2ª) Não é difícil mostrar que


*
⎛ z1 ⎞ z*
⎜⎜ ⎟⎟ = 1* , sendo z 2 ≠ 0 (72)
⎝ z2 ⎠ z2

3ª) Fica então evidente que a multiplicação e a divisão de grandezas complexas são mais
facilmente efetuadas na forma polar, a menos que, conforme já dito anteriormente, se tenha uma
calculadora eletrônica mais sofisticada.

4ª) É importante notar que multiplicar uma grandeza complexa por j = e 2 = 1 90° não altera o
seu módulo, mas soma 90º ao seu ângulo de fase. Raciocinando em termos da representação por
meio de segmento orientado no plano complexo, a multiplicação por j gira o segmento orientado
− jπ
de 90º no sentido anti-horário. De modo análogo, a multiplicação por − j = e 2 = 1 − 90°
também não altera o módulo da grandeza mas, neste caso, há uma subtração de 90º na fase, ou
seja, o segmento orientado é agora girado de 90º no sentido horário.

5ª) Similarmente, se multiplicarmos um número complexo por e jα = 1 α , não alteramos o seu


módulo; apenas acrescentamos α ao seu ângulo de fase ou, em outras palavras: giramos o
segmento orientado que representa o complexo de um ângulo α no sentido anti-horário. Se a
multiplicação for por e − jα = 1 − α o giro será no sentido horário.

6ª) Das propriedades e definições vistas até então resultam as leis comutativa, associativa e
distributiva usuais:

z1 z 2 = z 2 z1 (73)

z1 + z 2 = z 2 + z1 (74)

z1.(z 2 .z3 ) = ( z1.z 2 ).z3 (75)

z1 + ( z 2 + z3 ) = (z1 + z 2 ) + z3 (76)

z1.(z 2 + z3 ) = z1.z 2 + z1.z3 (77)

(z1 + z2 ).z3 = z1.z3 + z2 .z3 (78)

Exemplo 1.21
Dividir os seguintes números complexos:

a) z1 = 4 − j 5 e z 2 = 1 + j 2

jπ jπ
b) z3 = 4e 3
e z 4 = 2e 6

c) z5 = 8 − 30º e z6 = 2 − 60º
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 71

Solução:
z1 4 − j 5 ⎛ 4 − j 5 ⎞⎛ 1 − j 2 ⎞ − 6 − j13 6 13
a) = = ⎜⎜ ⎟⎟⎜⎜ ⎟⎟ = =− − j
z2 1 + j 2 ⎝ 1 + j 2 ⎠⎝ 1 − j 2 ⎠ 5 5 5

z 4e 3 jπ
b) 3 = jπ = 2e 6
z 4 2e 6

z5 8 − 30º
c) = = 4 30°
z6 2 − 60º

Exemplo 1.22
Determinar o resultado da expressão

z=
(500)(2000 − 30º ) + (250 30º )(1000)
500 + 2000 − 30º 250 30º + 1000

Solução:
Temos então:

1 000 000 − 30º 250 000 30º


z= + =
500 + 1 732 − j1 000 216,5 + j125 + 1 000
1 000 000 − 30º 250 000 30º
= + =
2 232 − j1 000 1 216,5 + j125
1 000 000 − 30º 250 000 30º
= + =
2 445,8 − 24,1º 1 222,9 5,9º
= 408,9 − 5,9º + 204,4 24,1º =
= 406,7 − j 42 + 186,6 + j83,5 =
= 593,3 + j 41,5 = 594,8 4º

e) Potenciação
Consideremos, inicialmente, um número complexo genérico

z = z e jθ = z (cos θ + j sen θ)

Procedamos agora a potenciação deste número, ou seja,

zn .
Temos então:

[
z n = z e jθ ] = [ z (cos θ + j sen θ)]
n n
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 72

Assim sendo vem que:

z n = z e jnθ = z
n n
(cos θ + j sen θ )n
porém, da identidade de Euler,

e jnθ = cos nθ + j sen nθ

o que nos permite escrever

z n = z e jnθ = z (cos nθ + j sen nθ) = z (cos θ + j sen θ)


n n n n
(79)
(* )

Daí concluímos que se

z = z e jθ = z θ = z (cos θ + j sen θ)

podemos exprimir a potência nas seguintes formas:

z n = z e jnθ
n
(80)

zn = z
n
nθ (81)

z n = z (cos nθ + j sen nθ)


n
(82), também conhecida como 1.ª fórmula de De Moivre.

Considerando a parte assinalada com asterisco na equação (79), concluímos também que:

(cos θ + j sen θ)n = cos nθ + j sen nθ (83), que é reconhecida como sendo a identidade
de De Moivre.

Exemplo 1.23

Calcular ( 3+ j )
7
utilizando (a) a forma exponencial e (b) a 1.ª fórmula de De Moivre.

Solução:
a) Temos que:


⎪z = ( )
2
3 +1 = 2
⎨ 1 π
⎪θ = arc tg = 30º = rad
⎩ 3 6

Logo,

( )
π
j
3 + j = 2e . 6
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 73

Assim sendo,

( ) ⎛ j π6 ⎞

3+ j =2
7 7j
= 2 e ⎜⎜ e ⎟⎟ =
6
( 7 jπ
)
⎝ ⎠
⎛ π π⎞
= 128(cos π + j sen π )⎜ cos + j sen ⎟ =
⎝ 6 6⎠
⎛ 3
= −128⎜⎜
1⎞
+ j ⎟⎟ = −64 3 + j ( )
⎝ 2 2⎠

⎧z =2

b) ⎨ π
⎪⎩θ = 6 rad

( 3+ j )
7 ⎡
= 2 7 ⎢cos

6
7π ⎤ ⎡ ⎛ 5π ⎞ ⎛ 5π ⎞ ⎤
+ j sen ⎥ = 128⎢cos⎜ 2π − ⎟ + j sen⎜ 2π − ⎟⎥ =
6⎦ 6 ⎠ 6 ⎠⎦
⎣ ⎣ ⎝ ⎝
⎡ ⎛ 5π ⎞ ⎛ 5π ⎞ ⎤ ⎛ 3 1⎞
= 128⎢cos⎜ − ⎟ + j sen⎜ − ⎟⎥ = 128⎜⎜ − − j ⎟⎟ =
⎣ ⎝ 6 ⎠ ⎝ 6 ⎠⎦ ⎝ 2 2⎠
(
= −64 3 + j )

Exemplo 1.24

Calcular ( 2+ j 2 )10
utilizando (a) a forma exponencial e (b) a 1.ª fórmula de De Moivre.

Solução:
a) Temos que:


⎪ z = 2 ( ) ( )
2
+ 2
2
=2
⎨ π
⎪θ = arc tg 1 = 45º = rad
⎩ 4
Logo,
π
j
2 + j 2 = 2e 4

Assim sendo,

( ) ⎛ jπ ⎞
10 π 5π
2+ j 2
10 j
= 210 e j 2 π ⎜⎜ e 2 ⎟⎟ =
= 210 e 4
= 210 e
j
2
( )
⎝ ⎠
⎡ ⎛π⎞ ⎛ π ⎞⎤
= 1024(cos 2π + j sen 2π )⎢cos⎜ ⎟ + j sen⎜ ⎟⎥ =
⎣ ⎝2⎠ ⎝ 2 ⎠⎦
= 1024 j
⎧z =2

b) ⎨ π
⎪⎩θ = 4 rad
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 74

( 2+ j 2 )
10 ⎛
= 210 ⎜ cos
10π
4
+ j sen
10π ⎞
4 ⎠
⎟=

⎡ ⎛ 2π ⎞ ⎛ 2π ⎞ ⎤
= 1024⎢cos⎜ 2π + ⎟ + j sen⎜ 2π + ⎟⎥ =
⎣ ⎝ 4 ⎠ ⎝ 4 ⎠⎦
⎛ π π⎞
= 1024⎜ cos + j sen ⎟ = 1024 j
⎝ 2 2⎠

Exemplo 1.25
j100(1 − j 2 )
2
Determinar o resultado da expressão z = tanto na forma polar quanto na
(− 3 + j 4)(− 1 − j )
retangular.

Solução:
Inicialmente vamos passar cada um dos fatores para a forma polar:

(100 90° )( 5 − 63,4° ) = (100 90° )(5 − 126,8° ) =


2

z=
(5 126,9° )( 2 − 135° ) (5 126,9° )( 2 − 135° )
= 70,9 − 28,7° = 62 − j34

Solução Alternativa:
Vamos manter os fatores na forma retangular e racionalizar a fração resultante:

z=
[
j100 (1) − 2(1)( j 2 ) + ( j 2 )
2 2
] =
[(− 3)(− 1) + (− 3)(− j ) + ( j 4)(− 1) + ( j 4)(− j )]
j100[1 − j 4 − 4] j100[− 3 − j 4]
= = =
[3 + j3 − j 4 + 4] 7− j
100[4 − j 3] ⎡100(4 − j 3) ⎤⎛ 7 + j⎞
=
7− j
=⎢ ⎥⎜⎜ ⎟=
j ⎟⎠
⎣ 7 − j ⎦⎝ 7 +
100(31 − j17 )
= = 62 − j 34
49 + 1

f) Radiciação:
Diz-se que um número w é a raiz n-ésima de um número complexo z se
1
w=n z = z n

que é equivalente a

wn = z .
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 75

Para determinar as n raízes distintas do número z vamos considerá-lo em sua


forma trigonométrica

z = z (cos θ + j sen θ)

e representemos, também em forma trigonométrica, a raiz que desejamos encontrar:

w = w (cos ϕ + j sen ϕ) .

Utilizando a 1.ª fórmula de De Moivre, a equação z n = n assume a seguinte


forma:

w (cos nϕ + j sen nϕ) = z (cos θ + j sen θ) .


n

Uma vez que a igualdade dos números complexos requer a igualdade das partes
reais e das partes imaginárias, separadamente, devemos ter:

w cos nϕ = z cos θ
n

w sen nϕ = z sen θ
n

Tais equações, por sua vez, são equivalentes a

w = z
n

nϕ = θ + 2kπ (k = 0, 1, 2,…, n − 1)
ou seja,

θ + 2kπ
w =n z e ϕ = (k = 0, 1, 2,…, n − 1)
n

Seque-se então a expressão conhecida como 2ª fórmula de De Moivre:

⎛ θ + 2 kπ ⎞
⎡ ⎛ θ + 2kπ ⎞ ⎛ θ + 2kπ ⎞⎤ n j⎜ ⎟ θ + 2kπ
w= z =n
n
z ⎢cos⎜ ⎟ + j sen⎜ ⎟⎥ = z e ⎝
n ⎠
=n z
⎣ ⎝ n ⎠ ⎝ n ⎠⎦ n (84a)
sendo k = 0, 1, 2, ..., n – 1.

Que também pode ser expressa para o argumento em graus,

⎡ ⎛ θº + k 360º ⎞ ⎛ θº + k 360º ⎞⎤ n θ° + k 360°


w = n z = n z ⎢cos⎜ ⎟ + j sen⎜ ⎟⎥ = z
⎣ ⎝ n ⎠ ⎝ n ⎠⎦ n (84b)
sendo k=0, 1, 2, ..., n – 1.
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 76

Esta fórmula produz n raízes distintas w0 , w1 , w2 ,… , wn −1 , todas com o mesmo


módulo e com argumentos

θ + 2kπ θ0 + k 360º
ϕk = = , k = 0, 1, 2, ..., n – 1,
n n

que estão situadas sobre a circunferência centrada na origem e com raio n z , sendo os vértices
de um polígono regular de n lados, conforme ilustrado a seguir:

w2 w1

w3 w0
ϕ
ϕ ϕ
θn
0 ϕ
x
ϕ
wn −1

wn − 2 2π 360º
ϕ= =
n n

Fig. 1.25

Casos particulares:

1º) Raízes da unidade:

Quando z = 1, o ângulo θ assume o valor zero e a fórmula (84) reduz-se a :

⎛ 2kπ ⎞
⎛ 2kπ 2kπ ⎞ j⎜ ⎟
2kπ k 360º
w = ⎜ cos + j sen ⎟=e ⎝ n ⎠
=1 =1
⎝ n n ⎠ n n (85)

sendo k= 0, 1, 2... n-1


Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 77

Considerando


2π 2π j
Ω = cos + j sen =e n
,
n n

e utilizando a identidade de De Moivre, vemos que as n-ésimas raízes da unidade são dadas por:

1, Ω, Ω 2 , … , Ω n −1

A figura 1.26 ilustra as raízes no caso n = 6, onde

2π 2π π π
Ω = cos + j sen = cos + j sen = 0,5 + j 0 ,866 = e jπ 3
6 6 3 3
2 j 2π 3
Ω =e = −0,5 + j 0 ,866 = Ω *

Ω 3 = e jπ = −1

j
4
Ω =e 3
= −0,5 − j 0 ,866 = −Ω

j
Ω5 = e 3
= 0,5 − j 0 ,866 = Ω ∗

Ω2 Ω

Ω3
0 1 x

Ω4 Ω5

Fig. 1.26
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 78

2º) Raízes quadradas:

jθ2
w0 = z e = z θ
2 = z θº
2

z= (86)
j (π + θ 2 )
w1 = z e = z π+ θ
2 = z 180° + θº
2

3º) Raízes cúbicas:


w0 = 3 z e 3
=3 z θ
3 =3 z θº
3

j ( θ+ 2 π )3 (θ+2π ) (θ°+360°)
3
z= w1 = 3 z e =3 z 3 =3 z 3 (87)

j ( θ+ 4 π )3 (θ+4π ) (θ°+720° )
w2 = 3 z e =3 z 3 =3 z 3

Exemplo 1.26

Determine os valores das seguintes raízes:

a) j; b) 3
−8 j ; c) 8 1 d)
1
2
(1+ j 3 )
e represente-as no plano complexo.

Solução:

a) j

⎧ z =1
jπ ⎪
Temos que z = j = e 2
⇒⎨ e
⎪θ = π = 90º
⎩ 2

Pela expressão (86):

w0 = 1 45 ° = 1 45 ° = cos 45º + j sen 45º = 0,707 + j 0 ,707

w1 = 1 180 ° + 45° = 1 225° = 1 −135 ° = cos(− 135º ) + j sen(135º ) = −0,707 − j 0,707


Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 79

w0
0,707

1
− 0,707
45º
0 0,707 x
− 135º

− 0,707
w1

Fig. 1.27

b) 3 −8j

⎧z =8
− jπ ⎪
Temos que z = −8 j = 8 e 2
⇒⎨ e
⎪θ = − π = −90º
⎩ 2

Pela expressão (87),

w0 = 3 8 − 30° = 2[cos(− 30°) + j sen (− 30°)] = 2(0,866 − j 0,5) = 1,732 − j

w1 = 3 8 (− 90° + 360°) / 3 = 2 90° = 2(cos 90º + j sen 90°) = 2 j

w2 = 3 8 (− 90° + 720°) / 3 =2 210° = 2 − 150°

= 2[cos(− 150°) + j sen (− 150°)] = 2(− 0,866 − j 0,5) = −1,732 − j

2 w1

− 1,732 0 1,732
− 30º x
− 150º
2

w2 −1 w0

Fig. 1.28
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 80

8
c) 1:

k 360°
Temos que z = 1 e, pela expressão (85), com n = 8, w = 1 =
8
= 1 k 45° sendo k = 0, 1, 2, ... , 7 no presente caso.

Assim sendo,

w0 = 1 0° = cos 0º + j sen 0º = 1

w1 = 1 45° = cos 45º + j sen 45º = 0,707 + j 0,707

w2 = 1 90° = cos 90º + j sen 90º = j

w3 = 1 135 ° = cos 135º + j sen 135º = −0,707 + j 0,707

w4 = 1 180 ° = cos180º + j sen 180º = −1

w5 = 1 255 ° = 1 −135° = cos(− 135º ) + j sen (− 135º ) = −0,707 − j 0,707

w6 = 1 270 ° = 1 − 90° = cos(− 90º ) + j sen (− 90º ) = − j

w7 = 1 315 ° = 1 − 45° = cos(− 45º ) + j sen (− 45º ) = 0,707 − j 0,707

1 w2

w3 0,707 w1

− 0,707 45º 0,707 w0


w4
−1 0 − 45º 1 x

w5 − 0,707 w7

− 1 w6

Fig. 1.29

d)
1
2
( )
1+ j 3 :

Temos que z =
1
+j
3 ⎧⎪
⇒⎨
z = ( 12 ) +
2
( )
2
3
2
= 1 =1
2 2 ⎪⎩θ = π 3 = 60º
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 81

Pela expressão (86),

w0 = 1 30° = cos 30º + j sen 30º = 0,866 + j 0,5

w1 = 1 180 ° + 30° = 1 210 ° = 1 −150° = cos(− 150º ) + j sen (− 150º ) = −0,866 − j 0,5

w0
0,5

− 0,866 0 30º
0,866 x
− 150º

− 0,5
w1

Fig. 1.30

Exemplo 1.27

Determinar o conjunto-solução em C da equação w 4 + 4 = 0 .

Solução:

Temos:

w 4 + 4 = 0 ⇔ w 4 = −4 ⇔ w = 4 − 4

isto significa que devemos calcular as raízes quartas de z = – 4. Temos então:

⎧z = 4
z = −4 = 4e jπ ⇒ ⎨
⎩θ = π = 180º

⎡ ⎛ 180º + k 360º ⎞ ⎛ 180º + k 360º ⎞⎤


Utilizando a expressão (84), com n = 4, w = 4 z ⎢cos⎜ ⎟ + j sen⎜ ⎟⎥ ,
⎣ ⎝ 4 ⎠ ⎝ 4 ⎠⎦
sendo k = 0, 1, 2, 3 no presente caso. Assim sendo,
Matemática 1 – Professor Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira 82

⎛ 2 2⎞
w0 = 2 45° = 2 [cos 45º + j sen 45º ] = 2 ⎜ + j ⎟ = 1+ j
⎜ 2 2 ⎟
⎝ ⎠
⎛ 2 2⎞
w1 = 2 135 ° = 2 [cos135º + j sen 135º ] = 2 ⎜ − ⎟
⎜ 2 + j 2 ⎟ = −1 + j
⎝ ⎠
w2 = 2 255 ° = 2 −135° =
⎛ 2 2⎞
= 2 [cos(− 135º ) + j sen (− 135º )] = 2 ⎜⎜ − −j ⎟ = −1 − j
⎝ 2 2 ⎟⎠

⎛ 2 2⎞
w3 = 2 315 ° = 2 − 45° = 2 [cos(− 45º ) + j sen (− 45º )] = 2 ⎜⎜ −j ⎟ =1− j

⎝ 2 2 ⎠

Logo o conjunto solução é:

S = {1 + j , − 1 + j , − 1 − j , 1 − j}

1.13.5 A Desigualdade do Triângulo

Em alguns trabalhos sobre números complexos, este é um item que aparece logo
no começo, visto que, no mais das vezes, é apresentada uma demonstração para ela baseada
puramente em uma propriedade geométrica dos triângulos. Nesta oportunidade, vamos também
apresentar uma demonstração analítica , pelo que optamos por aguardar um maior
amadurecimento do estudante com relação aos vários conceitos básicos.

Vamos então considerar dois pontos do plano complexo associados aos números
z1 e z 2 , conforme apresentado na figura 1.20.

Temos então:

z1 + z 2 ≤ z1 + z 2 (88)

A demonstração geométrica segue o fato de que os pontos 0, z1 , e z1 + z 2 são os


vértices de um triângulo de lados z1 , z 2 e z1 + z 2 , e um lado não pode exceder a soma dos
outros dois.

É também interessante notar que a desigualdade se torna uma igualdade


quando os pontos 0, z1 , e z 2 são colineares.

Para demonstrar a desigualdade algebricamente vamos escrever, baseados


nas expressões que envolvem complexos conjugados, que
2 *
( ) ( )
z1 + z 2 = ( z1 + z 2 )( z1 + z 2 ) = ( z1 + z 2 ) z 1* + z *2 = z1 z1* + z1 z 2* + z 2 z1* + z 2 z 2*

porém

z 2 z1* = z1* z 2 = (z1 z 2* )


*
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Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 5/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

83
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logo

z1 + z 2 = z1 z1* + [ z1 z 2* + ( z1 z 2* )* ] + z 2 z 2* = z1 + [ z1 z 2* + ( z1 z 2* )* ] + z 2
2 2 2

porém

( ) *
( )
z1 z2* + z1 z2* = 2 Re z1 z2* ≤ 2 z1 z *2 = 2 z1 z2

de modo que

z1 + z 2 ≤ z1 + 2 z1 z 2 + z 2
2 2 2

ou

z1 + z 2 ≤ ( z1 + z2 )
2 2

Uma conseqüência imediata da desigualdade do triângulo é que

z1 + z 2 ≥ z1 − z2 (89)

que pode ser demonstrada a partir de

z1 = ( z1 + z 2 ) + (− z 2 ) ≤ z1 + z 2 + − z 2 ,

o que nos leva a

z1 + z 2 ≥ z1 − z 2 (90)

que é a desigualdade (89) quando z1 ≥ z 2 . Se tivermos z1 < z 2 , basta trocar z1 e z 2 na


desigualdade (90) para obter

z1 + z 2 ≥ −( z1 − z 2 )

que é o resultado desejado.

A desigualdade (89) traduz o fato de que o comprimento de um todo de um triângulo


não pode ser menor que a diferença dos comprimentos dos outros dois lados.

Podemos também obter formas alternativas úteis para as desigualdades (88) e (89)
trocando z 2 por − z 2 :

z1 − z 2 ≤ z1 + z 2 (91)

z1 − z 2 ≥ z1 − z2 (92)

84
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Exemplo 1.28
Verificar a desigualdade do triângulo para z1 = 2 − j 3 e z 2 = −4 + j .

Solução:
Temos que:

z1 + z 2 = (2 − 4 ) + j[(− 3) + 1] = −2 − j 2 → z1 + z 2 = (− 2)2 + (− 2)2 =2 2≅


≅ 2,82
z1 = 2 − j 3 → z1 = 2 2 + (− 3) = 13 ≅ 3,61
2

z 2 = −4 + j → z 2 = (− 4)2 + 12 = 17 ≅ 4,12
z1 + z 2 = 2,82 < z1 + z 2 = 7,73

e está verificada a desigualdade.

1.14.6 Curvas e Regiões no Plano Complexo

Vamos considerar agora alguns tipos importantes de curvas e regiões no plano complexo e suas
representações por meio de equações e desigualdades.

a) Circunferência

Conforme já visto em 1.14.4.b, a distância entre os pontos do plano definidos pelos complexos z1 e
z 2 é z1 − z 2 . Segue-se então que uma circunferência C de raio ρ com centro em um ponto a (fig.
1.31) pode ser representada sob a forma

z−a =ρ (93)

ρ z

0 x

Fig. 1.31

85
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Onde z é um ponto qualquer da circunferência.

Exemplo 1.29

Identificar o lugar geométrico representado por (a) z − j = 3 ; (b) z + 2 − j 3 = 4 .

⎧a = 0 + j → a(0,1)
a) ⎨
⎩ρ = 3

a (0, 1)
3

0 x

Fig. 1.32

Trata-se pois de uma circunferência centrada em a (0,1) e raio 3.

⎧a = −2 + j 3 → a(− 2,3)
b) ⎨
⎩ρ = 4

86
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4
a(− 2,3)
3

−2 −1 0 x

Fig. 1.33

Temos então uma circunferência centrada em a (− 2,3) e raio 4.

b) Disco Fechado

Em conseqüência do que foi visto em (a), para um disco fechado de raio ρ e centro em a temos:

z−a ≤ρ (94)

ρ
y

a
z

0 x

87
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Fig. 1.34

Exemplo 1.30
Identificar o lugar geométrico representado por z + 3 + j ≤ 2 .

⎧a = −3 − j → a(− 3,−1)

⎩ρ = 2

0
−3 −2 −1 x
−1
a
2

Fig. 1.35

c) Disco Aberto

Para o disco aberto temos:

z−a <ρ (95)

88
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a
z

0 x

Fig. 1.36

d) Exterior da Circunferência

Semelhantemente a desigualdade

z−a >ρ (96)

Representa o exterior da circunferência de raio ρ centrada em a.

y
ρ

0 x

Fig. 1.37

e) Coroa Fechada

89
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A região entre duas circunferências concêntricas de raios ρ1 e ρ 2 , sendo ρ 2 > ρ1 , pode ser
representada por:

ρ1 ≤ z − a ≤ ρ 2 (97)

y
ρ2

a ρ1

0 x

Fig. 1.38

f) Coroa Aberta

Temos então:

ρ1 < z − a < ρ 2 (98)

y
ρ2

a ρ1

0 x

Fig. 1.39

g) Circunferência Unitária

A equação

90
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z =1 (99)

representa a chamada circunferência unitária, ou seja, a circunferência de raio 1 e centro na origem,


que representa papel importante na seqüência do estudo de variáveis complexas.

0 x

Fig. 1.40

h) Reta que une dois pontos

P1 P2 = z2 − z1
P1
P1 P
P
z1 P2
z
z2

0 x

Fig. 1.41

Sejam z1 = x1 + jy1 e z 2 = x2 + jy2 os complexos representando dois pontos quaisquer P1 e P2 do


plano, conforme aparece na figura 1.41, e z o complexo representando um ponto P qualquer da reta
que passa pelos dois pontos inicialmente mencionados.

91
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Da figura em questão percebe-se que:

z = z1 + AP

Sendo AP e AB segmentos orientados paralelos temos:

AP = kAB

o que nos permite escrever:

z = z1 + kAB

No entanto,

AB = z 2 − z1

o que nos conduz a:

z = z1 + k ( z 2 − z1 ) (100a)

z = (1 − k )z1 + kz2 (100a)

Se queremos representar qualquer ponto da reta devemos ter − ∞ < k < ∞ mas, se queremos
representar apenas os pontos do segmento que une os pontos P1 e P2 devemos ter 0 ≤ k ≤ 1 .

1.15. Exercícios Propostos sobre Números Complexos

1. Determine x ∈ R para que o número complexo (3 x + 2 ) − j ( x − 1) seja real.

2. Determine os valores reais de a para os quais (a + j ) é um número real.


4

3. Efetuar as seguintes potências:

a) j12

b) (− j )76
c) j 77

(
d) j 2 n n ∈ N * )
(
e) j 4 n +3 n ∈ N * )

92
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f) (
j 2 n +1 n ∈ N * )
4. Calcular j 0 . j1. j 2 . j 3 … j 30 .

5. Calcule o módulo e o argumento dos seguintes números complexos:

a) z1 = 1 + j

b) z 2 = j 2

c) z3 = 3

d) z 4 = 1 + j 3

e) z 5 = − j 3

f) z6 = 3 − j

6. Exprimir cada um dos seguintes números complexos na forma polar:


π
a) 15e j 4

b) 5e − j

3

− j 5π
c) 10e 6

7. Passar os seguintes números complexos da forma polar para a forma retangular:

a) 12,3 30°

b) 25 − 45°

c) 86 −115 °

8. Escrever na forma trigonométrica os seguintes números complexos e representá-los no plano de


Argand-Gauss:

a) 1 + j

b) − 5

c) − 2 + j 2

9. Determinar x e y ∈ R de modo que (2 x + j 4 y ) − ( x − jy ) = 7 + j10 .

10. Determine x e y ∈ R tais que j 250 + j104 + 2 j 37 = x + jy .

93
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11. Calcule o valor de n sabendo-se que (2 j ) + (1 + j ) = −16 j .


n 2n

12. Calcular

a) (1 − j3)2 + (− 1 − j )(. 2 + j 4)

b) (2 − j3) + (5 + j3)

⎛1 ⎞ ⎛2 ⎞
c) ⎜ + j ⎟ + ⎜ − j 3 ⎟ + j 3 − j 2
⎝2 ⎠ ⎝3 ⎠

d) (1 − j )
3

e) (− 4 3 + j4 )( 3+ j )
f) ( 2− j 3 )( 2+ j 3 )
g) j (3 + j 5)

h) (7 − j8)(1 + j )

e z 2 = 2e − j 4 calcular z1.z 2 .
π
13. Se z1 = 5e 2

14. Calcular os seguintes produtos:

a) (3 20° ) (2 − 45° )

b) (23,5 + j8,55)(4,53 − j 2,11)

15. Sendo z = 2,5e − j


π
3
calcular z.z * .

16. Sendo z = 10 − 40° calcular z.z * .

17. Expressar na forma polar os seguintes complexos:



a) − 4e j 6

b) − 18e − j

2

18. Calcular:

1+ j j
a) +
j 1+ j

94
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2
b)
1+ j

1+ j
c)
1− j

4+ j 2
d)
2− j 2

−8 j
e)
3 + j5

1+ j j
f) −
j 1− j

g)
(3 + j 2)(6 − j 4)
(− 1 + j3) j 2
3 + j 3 − j2
h) +
2+ j 3− j

19. Determinar o número real x tal que o produto z1.z 2 , onde z1 = 4 + j 3 e z 2 = x − j 6 , seja também
um número real.

20. Determine o número complexo z tal que z 2 = 2 zj .

− 9 + ja
21. Determine a ∈ R para que seja imaginário puro.
2 + j3

z1.z 2
22. Determinar o resultado da expressão z = sendo z1 = 10 + j 3,95 e z 2 = 5 + j15,7 .
z1 + z 2

⎧z + z = 4 + j
23. Sendo z1 e z 2 dois números complexos, resolver o sistema ⎨ 1 2 .
⎩2 z1 − z 2 = 5 − j

24. Calcule o argumento do complexo (1 − j ) ÷ (1 + j ) .

⎛ π π⎞ ⎛ π π⎞
25. Sendo z1 = 2⎜ cos + j sen ⎟ e z 2 = 3⎜ cos + j sen ⎟ calcular z1.z 2 apresentando o resultado
⎝ 4 4⎠ ⎝ 2 2⎠
na forma trigonométrica.

1 3
26. Dados z1 = +j e z 2 = 1 + j determine:
2 2

95
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a) z1.z 2

b) z1.z 2*

c) z1* .z 2

d) (z1.z2 )*
e) z12

f) z22

g) z1.z1* + z2*

27. Dados z1 = 1 + j 2 , z 2 = −2 − j e z3 = 3 − j 4 , calcular:

a) z1 + z 2

b) z1 + z 2

z1* − z 2*
c)
z3*

d) (z1 + z2 )(z1 + z3 )

e) z1.z2* + z2 .z1*

28. Os ângulos agudos de um triângulo retângulo são α e β. Calcule o valor do produto


(cos α + j sen α )(cos β + j sen β) .
29. Calcular (1 − j ) .
8

30. Dado o número complexo z = 1 + j calcular z 20 .

7
⎛1 3⎞
31. Calcular ⎜⎜ − j ⎟ .

⎝ 2 2 ⎠

1
32. Calcular .
(1 − j )20
π
33. Achar o conjugado do complexo z 2 onde z = a (cos α + j sen α ) , com a = 2 e α = rad .
8

96
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34. Calcular o menor valor natural n para o qual − 3 + j( )


n
é um imaginário puro.

35. Calcule o valor da expressão


(1 + j )101.(1 − j )50 .
(− 1 − j )100 .(− 1 + j )49
15
⎛1+ j⎞
36. Calcule o resultado de ⎜⎜ ⎟ .
⎝1− j ⎟⎠

5 − j12
37. Dados os complexos u = e v = 1 − j calcule o valor de u + v 8 .
5 + j12

38. Calcular as seguintes raízes e representá-las no plano complexo:

a) 8 + j6

b) 3 j

4
c) 1

d) − 25

e) 4
−1

f) 7
− 128

g) 6
−1

h) 1− j 3

i) 3 1+ j

39. Determinar o conjunto-solução em C para cada uma das seguintes equações:

a) w2 + 1 = 0

b) w3 + 1 = 0

c) w4 + 1 = 0

d) w2 + j = 0

e) w2 + w + 1 = 0

f) w2 − 4w + 53 = 0

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g) w2 + ( j − 2)w + (3 − j ) = 0

h) w4 − 3w2 + 2 = 0

i) w4 + 3w2 − 4 = 0

j) w4 − 16 = 0

40. Demonstre, por indução matemática, a desigualdade seguinte, e interprete o resultado


graficamente.

z1 + z2 + … + zn ≤ z1 + z2 + … + zn (n = 2, 3,…)
41. Estabelecer as equações cartesianas, identificar e traçar os gráficos dos lugares geométricos
representados por:

a) z+3 =3

b) z − j4 ≤ 2

c) 2 ≤ z − 2 ≤ 4

d) z + z * = 2

e) z + z 2 = z
2

f) z − z* = j

g) Im(z ) ≥ 2

h) Im(z 2 ) ≤ 2

i) Re(z 2 ) ≤ 1

j) arg z < 45º

k) − 5 < Re(z ) < 1

1
l) <1
z

m) z − 2 = z − j 2

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z +1
n) =2
z −1

z + j2
o) =3
z − j2

z+ j
p) =1
z− j

z +1
q) =1
z −1

z + j6
r) ≥1
z−2

s) Re(z − 3) ≥ 0

t) Im( jz − j ) < 0

⎛1⎞
u) Re⎜ ⎟ > 1
⎝z⎠

v) z − 1 + z + 1 = 3

⎛1⎞
w) 0 < Im⎜ ⎟ < 1
⎝z⎠

x) z − j 4 + z + j 4 = 10

( ) 2
y) z 2 + z * = 2

z) z = αz1 + β z2 , sendo z1 e z2 números complexos quaisquer, α e β reais e não negativos e


α + β = 1.

1.16. Resposta dos Exercícios Propostos sobre Números Complexos:

1. x = 1

2. 0; 1 e − 1

3. a) 1; b) 1; c) j; d) 1 para n par e − 1 para n ímpar; e) − j ; f) j par n par e − j para n ímpar.

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4. j

5. a) 1,414 e 45º; b) 2 e 90º; c) 3 e 0; d) 2 e 60º; e) 3 e – 90º; f) 2 e – 30º.

6. a) 15 45° ; b) 5 −120 ° ; c) 10 −150 °

7. a) 10,65 + j 6,15 ; b) 17,7 − j17,7 ; c) − 36,3 − j 77,9

⎛ π π⎞
8. a) z = 2 ⎜ cos + j sen ⎟
⎝ 4 4⎠

1+ j
1

π 4rad
0 1 x

b) z = 5(cos π + j sen π )

πrad

−5 0 x

c) z = −2 + j 2

100
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− 2 + j2
2

1
3π 4rad

−2 −1 0 x

9. x = 7, y = 2

10. x = 0, y = 2

11. n = 3

12. a) − 6 − j12 ; b) 7; c) 2,167 − j 3 ; d) − 2 − j 2 ; e) – 16; f) 5; g) – 5 + j3; h) 15 – j


π
13. 10e j 4

14. a) 6 − 25° ; b) 124,5 − j10,86 = 125 − 5°

15. 6,25

16. 100

17. a) 4 − 30° ; b) 18 − 90°

18. a) 1,5 – j0,5; b) 1– j; c) j; d) 1 + j1,414;

e) – 1,176 – j0,117; f) 1,5 – j1,5; g) – 3,9 + j1,3 ; h) 2,5 – j0,5.

19. x = 8

20. 0 e j2

21. a = 6

22. 7,17 41,3° = 5,39 + j 4,73

23. z1 = 3 e z2 = 1 + j

24. − π rad
2

⎛ 3π 3π ⎞
25. 6⎜ cos + j sen ⎟
⎝ 4 4 ⎠

101
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Apostila: Matemática Básica vol. VI – por Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 6/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

99
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26. a) – 0,366 + j1,366

b) 1,366 + j0,366

c) 1,366 – j0,366

d) – 0,366 – j1,366

e) – 0,5 + j0,866

f) j2

g) 2 – j

26. a)1,414; b) 4,472; c) 0,849; d) 6,325; e) 8

27. j

28. 16

29. – 1024

30. 0,5 − j 0 ,866

1
31. −
1024
32. 2,828 − j 2,828

33. n = 3
34. – 2
35. – j
36. 17

37. a) w0 = 3 + j ; w1 = −3 − j

w0
1

−3 18,43º
0 3 x
− 161,57º

w1 −1

100
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b) w0 = 0,866 + j 0,5 ; w1 = −0,866 + j 0,5 ; w2 = − j

w1 w0

150º
30 º
0 x

w2

c) w0 = 1 ; w2 = j ; w3 = −1 ; w4 = − j

y
w1 1

−1 1
w2 0 w0 x

w3 − 1

d)

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w0 + 5

0 x

w1 − 5

e) w0 = 0,707 + j 0,707 ; w1 = −0,707 + j 0,707 ; w2 = −0,707 − j 0,707 ;


w3 = 0,707 − j 0,707

w1 0,707 w0

135º

− 0,707 45º 0,707

0 − 45º
x

− 135º

w2 − 0,707 w3

f) w0 = 1,802 + j 0,868 ; w1 = 0,445 + j1,950 ; w2 = −1,247 + j1,564 ; w3 = −2 ;


w4 = −1,247 − j1,564; w5 = −0,445 − j1,950 ; w6 = 1,802 + j 0,868

102
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y
w1
w2

51,43º
w0

w3 25,71º

0 x

w6

w4
w5

g) w0 = 0,866 + j 0,5 ; w1 = j ; w2 = −0,866 + j 0 ,5 ; w3 = −0,866 − j 0 ,5 ; w4 = − j ;


w5 = 0,866 − j 0,5

y
1 w1

w2 0,5
w0
60º

30º
− 0,866 0 0,866
− 30º x

w3
− 0,5 w5

w4
−1

h) w0 = 1,225 − j 0 ,707 ; w1 = −1,225 + j 0 ,707

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w1

2
150º

0 − 30º x

w0

i) w0 = 1,181 + j 0,316 ; w1 = −0,864 + j 0,864 ; w2 = −0,316 + j1,181

w1

1,122

135º
w0
15º
0 x
− 105º

w2

39. a) { j ,− j} ;

104
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b) {0,5 + j 0,866; − 1; 0,5 − j 0,866}

c) {0,707 + j 0,707; − 0,707 + j 0,707; − 0,707 − j 0,707; 0,707 − j 0,707}

d) {− 0,707 + j 0,707; 0,707 − j 0,707}

e) {− 0,5 + j 0,866; − 0,5 − j 0 ,866}

f) {2 + j 7; 2 − j 7}

g) {1 + j; 1 - j 2}

h) {− 1; 1; − 2; 2 }
i) {1; − 1; j 2; − j 2}

j) {2; – 2; j2; –j2}

41. a) (x + 3)2 + y 2 = 9 → circunferência centrada em (− 3, 0 ) e raio 3.

(− 3, 0)
−3 −2 −1 0 x

b) x 2 + ( y − 4) ≤ 4 → disco fechado centrado em (0, 4 ) e raio 2.


2

105
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(0, 4)
4

0 x

c) 4 ≤ ( x − 2 ) + y 2 ≤ 16 → coroa fechada centrada em (2, 0 ) , raio interno 2 e raio externo 4.


2

2
(2, 0 )
0 1 2 x

106
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d) x = 1 → reta que passa pelo ponto (1, 0) e é paralela ao eixo y.

0 1 x

e) (x − 1)2 + y 2 = 1 → circunferência centrada em (1, 0) e raio 1.

(1, 0 )
0 1 x

→ reta que passa pelo ponto (0, 1 2 ) e é paralela ao eixo x.


1
f) y=
2

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1 2

0 x

g) y ≥ 2 → semiplano situado acima da reta y = 2 e incluindo a mesma.

0 x

h) xy ≤ 1 → região delimitada pela hipérbole equilátera xy = 1 conforme aparece na figura a


seguir

108
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(1,1 )

0 x

i) x 2 − y 2 ≤ 1 → região entre os ramos da hipérbole x 2 − y 2 = 1 incluindo tais ramos.

A(1, 0), A′(− 1, 0)


B B(0, 1), B′(− 1, 0)
45 º 45 º F ( ) (
2 , 0 , F ′ − 2 ,0 )
F′ A′ 0 A F x

B′

109
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j) − 45º θ < 45º → região entre as retas y = − x e y = x no 1.º e 4.º quadrantes.

45 º

0 − 45 º x

k)

−5 0 1 x

l) x 2 + y 2 > 1 → região exterior à circunferência x 2 + y 2 = 1 .

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0 x

m) Reta bissetriz do 1.º e 3.º quadrantes.

y = x

45 º
0
x

2 2
⎛ 5⎞ ⎛4⎞
n) ⎜ x − ⎟ + y 2 = ⎜ ⎟ → circunferência de centro a (5 3 , 0 ) e raio 4
3 .
⎝ 3⎠ ⎝3⎠

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4 3
a
0 (5 3 , 0) x

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2 2
⎛ 5⎞ ⎛3⎞
o) x + ⎜ y − ⎟ = ⎜ ⎟ → circunferência de centro a (0, 5 2 ) e raio
2 3
2 .
⎝ 2⎠ ⎝2⎠

3 2 a (0 , 5 2 )

0 x

p) y = 0 → eixos dos x.

0 x

q) x = 0 → eixos dos y.

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0 x

r) x + 3 y + 8 ≥ 0 → que inclui o semiplano e a reta(r) assinalados na figura.

0 x
−8
− 83
r

s) x ≥ 3 → que inclui o semiplano e a reta r assinalados na figura.

114
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0 3 x

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t) x < −1 → que representa o semiplano assinalado.

0 1 x

2 2
⎛ 1⎞ ⎛1⎞
u) ⎜ x − ⎟ + y 2 < ⎜ ⎟ → disco aberto de centro a ( 1 2 , 0 ) e raio 1
2 .
⎝ 2⎠ ⎝2⎠

1
2

0 1
2 x

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x2 y2
v) + = 1 → elipse centrada na origem, com eixo maior = 3, eixo menor =
9 5
4 4
5 , e distância focal = 2.

B (0 , )
5
2

A′ F′ F A
(− 3
2 ,0 ) (− 1, 0 ) 0 (1, 0 ) (3 2 ,0 ) x

B ′ (0 , − 5
2 )

2 2
⎛ 1⎞ ⎛1⎞
w) As equações que definem o lugar geométrico são y < 0 e x + ⎜ y + ⎟ > ⎜ ⎟ . Logo 2

⎝ 2⎠ ⎝2⎠
temos o todo semiplano a esquerda do eixo y = 0 a menos da parte do disco fechado de
⎛ 1⎞ 1
centro a⎜ 0, − ⎟ e raio situada nesta região.
⎝ 2⎠ 2

0 x
− 1
2

1
2

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x2 y2
x) + = 1 → elipse centrada na origem, com eixo maior = 10, eixo menor = 6, e
9 25
distância focal = 8.

A (0 , 5 )

F (0 , 4 )

B ′ (− 3 , 0 ) 0 B (3 , 0 ) x

F ′ (0 , − 4 )

A′ (0 , − 5 )

y) x 2 − y 2 = 1 → que é uma hipérbole equilátera, centrada na origem, cujo eixo real = 2, e


eixo imaginário = 2, e a distância focal = 2 2 .

y
A(1,0 ), A′(− 1,0 )
B(0,1), B′(− 1,0 )
F ( ) (
2 ,0 , F ′ − 2 ,0 )
B

F′ 45 º 45 º F
0 x

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z) z = αz1 + β z 2 → sendo α + β = 1 , representa o segmento que une os pontos determinados


por z1 e z 2 .

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Apostila: Matemática Básica vol. VII – por Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 7/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

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Unidade 2
Somatórios, Produtórios e uma Introdução às Medidas de Posição:

2.1. Introdução aos Somatórios


Muitas vezes precisamos escrever expressões que envolvem somas com um grande
número de parcelas e, para facilitar, vamos intoduzir o conceito de somatório ou, como preferem
alguns autores, a notação sigma. Tal notação envolve o uso do símbolo Σ, que é a letra sigma
maiúscula do alfabeto grego, e corresponde ao nosso S, que é a primeira letra da palavra
“Soma”,é claro!

Tal notação é bastante útil para o Cálculo Integral, Estatística, Telecomunicações,


Informática4, etc.

Por exemplo, a soma

a1 + a2 + a3 + " + an

com n termos (parcelas), pode ser sintetizada por meio do conceito de somatório.
Simbolizaremos por a i o i-ésimo termo da soma, pois, a1 é o primeiro termo, a2 é o segundo,
a3 , o terceiro, e daí por diante até chegarmos a a n . Temos então:

i =n n
a1 + a 2 + " + a n = ∑ a i = ∑ a i
i =1 i =1

e convém ressaltar as seguintes partes:

o último elemento dos


n termos a serem somados
a instrução
para somar ∑ ai termo geral do somatório
i =1

i é uma observação
o primeiro elemento dos individual da série
termos a serem somados

Fig. 2.1

Temos também que i = 1 é o limite inferior, i = n é o limite superior, sendo “i” o índice
do somatório, e lê-se: “Somatório de ai , para i variando de 1 a n”.

Não é absolutamente necessário, conforme veremos nos exemplos subsequentes, que i se


restrinja sempre ao intervalo 1 ≤ i ≤ n (ilustração 1-a). Na realidade podemos ter – ∞ < i < +

4
Vide seção 2.1 (Base Teórica da Comunicação de Dados), equação 2.1 do livro Redes de Computadores, de
Andrew S. Tanenbaun, publicado pela Editora Campus.

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∞ (ilustração 1-b), mas i deve assumir sempre valores inteiros e variar de um em um no sentido
crescente.

• ILUSTRAÇÃO 2.1

⎯→ i ⎯⎯ ⎯⎯→i
1 2 3 4 " n " −4 −3 − 2 −1 0 1 2 3 4 "
⎯sentido
⎯ ⎯crescente
⎯ ⎯→ ←⎯⎯
−∞
⎯sentido
⎯ ⎯crescente
⎯ ⎯→ ⎯⎯→
−∞

(a) (b)

Convém também ressaltar que i é um “símbolo mudo”, pois qualquer outra letra pode ser
usada para este propósito. Alguns exemplos da notação sigma são dados na ilustração a seguir:

• ILUSTRAÇÃO 2.2

6
(a) ∑i
i =1
2
= 12 + 2 2 + 32 + 4 2 + 52 + 6 2

(b)
∑ (3i + 2) = [3(− 2) + 2] + [3(− 1) + 2] + [3(0) + 2] +
i = −2

+ [3(1) + 2] + [3(2 ) + 2] + [3(3) + 2] = (− 4 ) + (− 1) + 2 + 5 + 8 + 11

n
(c) ∑j
j =1
3
= 13 + 23 + 33 + " + n 3

8
1 1 1 1 1 1 1 1
(d) ∑k = 2 + 3+ 4 + 5 + 6 + 7 + 8
k =2

2.2. Definição Formal de Somatório


Expandindo as considerações iniciais temos então :

∑ F (i ) = F (m ) + F (m + 1) + F (m + 2) + " + F (n − 1) + F (n)
i =m
(1)

onde F( i ) , que é a função geradora do somatório, é uma função da variável i ( ou de outra


que seja escolhida ), m e n são números inteiros, sendo m ≤ n , e i varia de um em um, desde o
valor m até o valor n.

O lado direito de (1) consiste na soma de n − m + 1 termos , o primeiro dos mesmos


sendo obtido substituindo-se i por m em F( i ) , o segundo substituindo-se i por m + 1 em F(i),
e assim sucessivamente, até que o último termo seja obtido substituindo-se i por n em F( i ). É
fácil de se concluir que o número m é o limite inferior da soma, n é o limite superior, e a função

117
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F( i ) é o termo geral, sendo i sua variável. Embora já tenha sido dito, e a ilustração (2) seja bem
clara, nunca é demais relembrar que i é um "símbolo mudo", pois qualquer outra letra pode ser
empregada para este fim.
Por exemplo,

∑i
2 2 2 2 2 2
= 2 +3 +4 +5 +6
i =2

é equivalente a

∑k
2 2 2 2 2 2
=2 +3 +4 +5 +6
k =2

A ilustração seguinte evidencia mais algumas aplicações do conceito de somatório :

• ILUSTRAÇÃO 2.3
50
(a) ∑x
i =1
i = x1 + x 2 + x3 + " + x50

6
(b) ∑x
k =2
k y k = x 2 y 2 + x 3 y3 + x 4 y 4 + x 5 y 5 + x 6 y 6

500

∑(x
2 2 2 2
(c) j − x ) = ( x1 − x ) + ( x 2 − x ) + " + ( x500 − x ) ,sendo x = constante
j =1

20
(d) ∑ i = (−5) + (−4) + (−3) + (−2) + (−1) + 0 + 1 + 2 + " + 20
i = −5

2
2k + 1 1 3 5
(e) ∑
k =0 3
= + +
3 3 3
2 2 2 2 2
6
i 3 4 5 6 9 16 25 36
(f) ∑
i =3 i + 1
= + + + = +
3 +1 4 +1 5 +1 6 +1 4 5
+
6
+
7

e de modo inverso,
1001 1000 1002
(g) 2 + 4 + 6 + " + 2002 = ∑ (2i ) ou ∑ (2i + 2) ou ∑ (2i − 2)
i =1 i =0 i =2

50 51 52
(h) 1 + 3 + 5 + " + 101 = ∑ (2i + 1) ou ∑ (2i − 1) ou ∑ (2i − 3)
i =0 i =1 i =2

118
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Também já vimos que os termos da soma podem envolver subíndices, porém a ilustração
4 a seguir ajudará a sedimentar tal fato, até porque podemos ter também expoentes.

• ILUSTRAÇÃO 2.4
10
(a) ∑ kb
k =4
k = 4b4 + 5b5 + " + 10b10

n
(b) ∑ f ( x )Δx
i =1
i i = f ( x1 )Δx1 + f ( x2 )Δx2 + " + f ( xn )Δxn

e também de modo inverso,


n
n +1 j +1
= ∑ a jb
2 3
(c) a1b + a 2 b + " + a n b
j =1

2.3. Propriedades dos Somatórios

Propriedade (a): distributiva com relação à adição

n n n

∑ [F (i ) + G (i )] = ∑ F (i ) + ∑ G (i )
i =1 i =1 i =1
(2)

Demonstração:

∑ [F (i ) + G (i )] = F (1) + G (1) + F (2) + G (2) + " +


i =1

+ F (n) + G (n) = [F (1) + F (2) + " + F (n)] +


n n
+ [G (1) + G (2) + " + G (n)] = ∑ F (i ) + ∑ G (i )
i =1 i =1

Esta propriedade pode ser estendida à soma de um número qualquer de funções.

Propriedade (b): distributiva com relação à subtração

n n n

∑ [F (i ) − G (i )] = ∑ F (i ) − ∑ G (i )
i =1 i =1 i =1
(3)

A demonstração é análoga à anterior.

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Propriedade (c):

n n

∑ KF (i ) = K ∑ F (i ) , sendo K = constante
i =1 i =1
(4)

Demonstração :

∑ KF (i ) = KF (1) + KF (2) + " + KF (n) =


i =1
n
= K [F (1) + F (2) + " + F (n)] = K ∑ F (i )
i =1

Propriedade (d):

∑ K = nK , sendo K = constante
i =1
(5)

Demonstração:

Temos que :

∑ F (i ) = 
i =1
F (1) + F (2) + " + F (n)
n termos

Fazendo F(i) = K obtemos:

F (1) = F (2) = " = F (n) = K


e
n n

∑ F (i ) = ∑ K = 
i =1
K + K + " + K = nK
i =1 n termos

A propriedade (d) pode ser estendida para o caso do limite inferior não ser
necessariamente 1, ou seja:

Propriedade (e):

∑ K = (n − m + 1) K , sendo K = constante
i =m
(6)

Demonstração:

Fazendo F( i ) = K em (1) obtemos:

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F (m ) = F (m + 1) = " = F (n) = K
e
n n

∑ F (i ) = ∑ K = 
i =m
K + K + " + K = (n − m + 1) K
i =m n - m +1 termos
A seguir continuaremos a apresentar uma série de propriedades cujas demonstrações
ficarão a cargo do estudante como forma de exercitação.

Propriedade (f):
2
⎡n ⎤ n

⎢ ∑ F ( i ) ⎥ ≠ ∑ [F (i )]2 (7)
⎣ i =1 ⎦ i =1

Propriedade (g):

n n n

∑ F (i )∑ G (i ) ≠ ∑ F (i )G (i )
i =1 i =1 i =1
(8)

Propriedade (h):

n
F (i ) ∑ F (i )
∑ ≠ i =1
n
(9)
i =1 G ( i )
∑ G (i )
i =1

Propriedade (i): se n é um inteiro positivo então

n
n(n + 1)
∑i =
i =1 2
(10)

n
n(n + 1)(2n + 1)
∑i
2
= (11)
i =1 6

n (n + 1)
2 2
n


3
i = (12)
i =1 4

3 2
n
n(n + 1)(6n + 9n + n − 1)

4
i = (13)
i =1 30

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EXEMPLO 2.1
5
Escreva os termos de ∑ (2i + 3) e ache a soma.
i =1

Solução:
Temos que:

∑ (2i + 3) = 5+ 7 + 9 + 11 + 13 = 45
i =1 progressão aritmética
de razão 2 e 5 termos

Aliás, o valor acima poderia ter sido obtido sem que fosse necessário somar todas as
parcelas; bastando observar que as mesmas constituem uma progressão aritmética, e que para tal
(a + a )n
tipo de sucessão a soma dos termos é dada pela fórmula: S n = 1 n . Logo,
2
S5 =
(5 + 13) × 5
= 45
2

Uma alternativa de solução é utilizando, primeiramente, a propriedade (a):

5 5 5

∑ (2i + 3) = 2∑ i + ∑ 3 =
i =1 i =1 i =1

A primeira parcela é trivial, e a segunda pode ser determinada por meio propriedade (d),
ou seja :

= 2 (1 + 2 + 3 + 4 + 5) + 5 × 3 = 30 + 15 = 45

=
(1+ 5 )×5 (P.A. de razão 1)
2

EXEMPLO 2.2
5
Sendo x = { 7, 3, 9, 5, 6 } calcular ∑x
i =1
i .

Solução:
5

∑x
i =1
i = x1 + x 2 + x3 + x 4 + x5 = 7 + 3 + 9 + 5 + 6 = 30

122
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EXEMPLO 2.3
Calcule os somatórios a seguir escrevendo as parcelas e determinando a soma. Verificar
os resultados por meio das equações de ( 10 ) a ( 13 ).

4 4 4 4

∑i ; ∑i ; ∑i ; ∑i
2 3 4
(a) (b) (c) (d)
i =1 i =1 i =1 i =1

Solução:
4
(a) ∑ i = 1 + 2 + 3 + 4 = 10
i =1

Da fórmula (10), com n = 4,

4
4(4 + 1) (4 × 5)
∑i =
i =1 2
=
2
= 10

4
(b) ∑ i = 1 + 2 + 3 + 4 = 30
2 2 2 2 2

i =1

Da fórmula (11) , com n = 4 ,

4
4(4 + 1)(8 + 1) 4 × 5 × 9
∑i
2
= = = 30
i =1 6 6
4

∑i
3 3 3 3 3
(c) = 1 + 2 + 3 + 4 = 100
i =1

Da fórmula (12) , com n = 4,


2 2
4
4 (4 + 1) 16 × 25

3
i = = = 100
i =1 4 4
4

∑i
4 4 4 4 4
(d) = 1 + 2 + 3 + 4 = 354
i =1
Da fórmula (13), com n = 4
3 2
4
4(4 + 1)(6 × 4 + 9 × 4 − 4 + 1) 4 × 5 × 531

4
i = = = 354
i =1 30 30

EXEMPLO 2.4
n

∑ (12i
2
Calcule − 2i + 5)
i =1

Solução:

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Pela propriedade (a) temos:

n n n n

∑ (12i − 2i + 5) = ∑12i − ∑ 2i + ∑ 5 =
2 2

i =1 i =1 i =1 i =1
Pela propriedade (c),
n n n
= 12∑ i − 2∑ i + ∑ 5 =
2

i =1 i =1 i =1
Utilizando as equações (11) e (10) e a propriedade (d),

12n(n + 1)(2n + 1) 2n(n + 1)


= − + 5n =
6 2
= 4 n 3 + 6 n 2 + 2 n − n 2 − n + 5n =
= 4 n 3 + 5n 2 + 6 n

EXEMPLO 2.5
Simplifique o seguinte somatório:
1⎡ ⎛ i −1 ⎞ ⎤
n 2

∑ ⎢50 + 300⎜1 +

⎟ ⎥
n ⎠ ⎦⎥

i =1 n ⎣

Solução:
Aplicando as propriedades (a) e (c) e rearranjando o que está dentro do parênteses,
obtemos :

300 n (n + i − 1)
2
1 n
= ∑
n i =1
50 + ∑
n i =1 2
=
n

Aplicando a propriedade (d) as primeiro somatório, a propriedade (c) ao segundo


somatório e desenvolvendo no mesmo o quadrado, temos :

1 300 n 2 2
= (50n) + 3 ∑ (n + i + 1 + 2ni − 2n − 2i ) =
n n i =1

Aplicando mais uma vez a propriedade (a) segue-se que :

300 ⎡ n 2 n n

3 ⎢∑ ∑ ∑
2
= 50 + i + ( 2 n − 2) i + (n − 2n + 1)⎥ =
n ⎣ i =1 i =1 i =1 ⎦

Aplicando a propriedade (c) ao segundo somatório e a propriedade (d) ao terceiro, vem


que:

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300 ⎡ n

n

3 ⎢∑
i + (2n − 2)∑ i + (n − 2n + 1)n⎥ =
2 2
= 50 +
n ⎣ i =1 i =1 ⎦

Aplicando a fórmula (11) ao primeiro somatório, a fórmula (10) ao segundo, temos:

300 ⎡ n(n + 1)(2n + 1) 2(n − 1)n(n + 1) 2 ⎤


= 50 + 3 ⎢
+ + ( n − 2n + 1)n⎥ =
n ⎣ 6 2 ⎦
300 ⎡ 2n + 3n + n ⎤
3 2
3 3 2
= 50 + 3 ⎢ + n − n + n − 2n + n ⎥ =
n ⎢⎣ 6 ⎥⎦
300 ⎡ 7 3 3 2 1 ⎤ 450 50
= 50 + 3 ⎢ n − n + n⎥ = 50 + 700 − + 2 =
n ⎣3 2 6 ⎦ n n
450 50
= 750 − + 2
n n

EXEMPLO 2.6
70 69
Sabendo-se que ∑ xi = 700 e que
i =1
∑x
i =2
i = 680 , calcular 10 % de ( x1 + x70 ) .

Solução:
Temos que :

70

∑x
i =1
i = x1 + x 2 + " + x69 + x70 = 700

69

∑ xi =680
i =2

e então,

x1 + 680 + x70 = 700

donde,

x1 + x70 = 700 − 680 = 20

Assim sendo, 10% de ( x1 + x70 ) = 10% de 20 = 2

EXEMPLO 2.7
n
Determine o valor do "n" inteiro para que ∑ (3i + 1) = 3150 .
i =1

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Solução:
Temos que :
n

∑ (3i + 1) = 4+ 7 + 10 + " + (3n + 1) = 3150


i =1
progressão aritmética de
razão 3 e n termos

Lembrando, mais uma vez, que para tal progressão S n =


(a1 + an )n , segue-se:
2

(4 + 3n + 1)n
= 3150
2
Desenvolvendo obtemos:

3n 2 + 5n − 6300 = 0

Lembrando que para a equação


− b ± b 2 − 4ac
an 2 + bn + c = 0 , n = , obtemos:
2a

140
n' = 45 e n' ' = −
3

Uma vez que o número de termos deve ser inteiro e positivo temos: n = 45

2.4. Somatório Duplo


Acontece com freqüência, na apresentação de dados estatísticos , o emprego de tabelas de
dupla entrada, nas quais os valores são expressos em função de duas variáveis: uma variável
linha e uma variável coluna.
Desta maneira podemos representar: estado civil (solteiro, casado, outros) x sexo (masculino
e feminino), faixas etárias × rendas , componentes × modelos , etc.
Assim, a indicação da soma dos elementos das tabelas de dupla entrada pode ser feita
mediante o emprego do somatório duplo.
Seja então aij um elemento genérico pertinente à i-ésima linha e à j-ésima coluna da tabela a
seguir :

j
1 2 3 ... n
i
1
1 a11 a12 a13 ... a1n

2 a 21 a 22 a23 ... a2n


2
3 a31 a32 a33 ... a3 n

126

3
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m a m1 am 2 am 3 ... amn

• ILUSTRAÇÃO 2.5
(a)
a11 + a12 + " + a1n + a 21 + a 22 + " + a 2 n + a31 + a32 + " + a3n +
m n
+ a m1 + a m 2 + " + amn = ∑∑ a ij
i =1 j =1

(soma de todos os termos interiores ao retângulo 1)

(b) m n
a33 + a34 + " + a3n + " + a m 3 + " + a mn = ∑∑ a ij
2 2 2 2 2 2

i =3 j =3

(soma dos quadrados dos termos interiores ao retângulo 2)

(c) m
a13 + a 23 + a33 + " + a m 3 = ∑ a i 3
i =1
(soma dos termos interiores ao retângulo 3)

EXEMPLO 2.8

Temos que a ij representa o elemento sujeito à i-ésima linha e à j-ésima coluna da tabela:

j
1 2 3 4
i
1 6 -3 0 -1
2 2 1 5 3
3 1 4 2 5

Calcular:

3 4

(a)
∑∑ a
i =1 j =1
ij = a11 + a12 + a13 + a14 + a21 + a22 + a 23 + a24 + a31 + a32 + a33 + a34 =

= 6 + (−3) + 0 + (−1) + 2 + 1 + 5 + 3 + 1 + 4 + 2 + 5 = 25

127
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4
(b) ∑a
j =1
3j = a31 + a32 + a33 + a34 = 1 + 4 + 2 + 5 = 12
3
(c) ∑a
i =1
i4 = a14 + a24 + a34 = (−1) + 3 + 5 = 7
3 4

∑∑ a
3 3 3 3 3 3 3 3 3
(d) ij = a 23 + a 24 + a33 + a34 = 5 + 3 + 2 + 5 = 285
i = 2 j =3

(e) 3 4 3 4

∑∑ (aij − 1) 2 = ∑∑ (aij2 − 2aij + 1) =


i =1 j =1 i =1 j =1
3 4 3 4 3 4
= ∑∑ aij2 − 2∑∑ aij + ∑∑1 =
i =1 j =1 i =1 j =1 i =1 j =1

= a112 + a122 + a132 + a142 + a21


2
+ a22
2
+ a23
2
+ a24
2
+ a31
2
+
+ a32
2
+ a33
2
+ a34
2
− 2(a11 + a12 + a13 + a14 + a21 + a22 +
+ a23 + a24 + a31 + a32 + a33 + a34 ) + (3)(4)(1) =
= 6 2 + (−3) 2 + 0 2 + (−1) 2 + 2 2 + 12 + 52 + 32 + 12 + 4 2 + 2 2
+ 52 − 2[6 + (−3) + 0 + (−1) + 2 + 1 + 5 + 3 + 1 + 4 + 2 + 5] + 12 =
= 131 − 2(25) + 12 = 93

2.5. Propriedade dos Somatórios Duplos

m n m n

∑∑ F (i )G ( j ) = ∑ F (i )∑ G ( j )
i =1 j =1 i =1 j =1
(14)

Demonstração:

m n m

∑∑ F (i )G ( j ) = ∑ [F (i )G (1) + F (i )G (2) + " + F (i )G (n)] =


i =1 j =1 i =1
m
= ∑ F (i )[G (1) + G (2) + " + G (n)] =
i =1

= [F (1) + F (2) + " + F (m )][G (1) + G (2) + " + G (n)] =


m n
= ∑ F ( i )∑ G ( j )
i =1 j =1

EXEMPLO 2.9
2 3
Calcular o somatório ∑∑ (2i )(3 + j ) .
i =1 j =1

Solução:

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j
1 2 3
i
a11 = 2 × 4 = a12 = 2 × 5 = a13 = 2 × 6 =
1
=8 = 10 = 12
a21 = 4 × 4 = a22 = 4 × 5 = a23 = 4 × 6 =
2
= 16 = 20 = 24
Assim sendo,
2 3

∑∑ (2i )(3 + j ) = a
i =1 j =1
11 + a12 + a13 + a 21 + a 22 + a 23 = 8 + 10 + 12 + 16 + 20 + 24 = 90

Alternativamente, aplicando-se a propriedade dos somatórios duplos obtemos:

2 3

∑ (2i )∑ (3 + j ) = (2 + 4)(4 + 5 + 6) = 6 ×15 = 90


i =1 j =1

o que é bem mais fácil, é claro!

2.6. Exercícios Propostos sobre Somatórios


(1) Escreva as somas abaixo utilizando a notação de somatório:
n+ 2
(a) x1 p1 + x 2 p2 + " + xn pn
2 3 4
(f) a0 b + a1b + a 2 b + " + a n b

(b) ( x1 − x ) + ( x2 − x ) + " + ( x k − x ) , sendo (g)


2 2 2 2
x = constante. ( x1 + 2) + ( x 2 + 2) + ( x 3 + 2) + ( x 4 + 2)

1 1 1 (h)
(c) + + "+ 2 2 2
y1 y2 y30 m1 ( y1 − b) + m 2 ( y2 − b) + " + m10 ( y10 − b)

x p + x 2 p2 + " + x n pn
3 3 3
⎛x ⎞ ⎛x ⎞ ⎛x ⎞
(d) 1 1 (i) ⎜⎜ 1 − 4 ⎟⎟ + ⎜⎜ 2 − 4 ⎟⎟ + " + ⎜⎜ 15 − 4 ⎟⎟
x1 + x 2 + " + x n ⎝ y1 ⎠ ⎝ y2 ⎠ ⎝ y15 ⎠
(e) 6 + 9 + 12 + " + 300 (j) (4 x1 − 2 y1 ) + (4 x 2 − 2 y2 ) + " + (4 x n − 2 yn )

(2) Desenvolva os somatórios e efetue as simplificações:

6 3

∑ (3i − 1) ∑2
i
(a) (g)
i =2 i = −2

6 3
⎛ 1 ⎞
(b) ∑ (3i − 2)
i =1
(h) ∑ ⎜⎝ 1 + i
i =0
2 ⎟

4
⎛1+ i ⎞ 4 ⎛ (−1) k +1 ⎞
⎜ ⎟
(c) ∑ ⎜
i =1 ⎝ 2 ⎠
⎟ (i) ∑ ⎜ k ⎟
k =1
⎝ ⎠

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7 3
⎛ k ⎞
∑ (i + 1) ∑ ⎜⎝ k + 3 ⎟⎠
2
(d) (j)
i =1 k = −2

⎛ i ⎞
5 11
(e) ∑ ⎜ ⎟ (l) ∑ K , sendo K = constante
i =2 ⎝ i − 1 ⎠ j =2

6
⎛ 2 ⎞ n
(f) ∑ ⎜⎜ ⎟⎟
j = 3 ⎝ j ( j − 2) ⎠
(m) ∑ (a
i =1
i − a i −1 )

100 100
(n) ∑i −∑i
i =3 i =5

(3) Sendo x = {7, 3, 9, 5, 6} e y = {3, 2, 8, 1, 1} calcular:

5 5
(a) ∑ yi
i =1
(h) ∑(x
i =1
i + 1)( y i − 3)

5 5

∑x ∑(x
2 2
(b) i (i) i + 2)
i =1 i =1

5 ∑ (x i + 4)
∑y
2 i =1
(c) i (j) 5
i =1
∑(y
i =1
i + 4)

5 5
( x i + 4)
(d) ∑x y (l) ∑(y
i + 4)
i i
i =1 i =1

5 5
(e) ∑ ( xi + 2)
i =1
(m) ∑(x
i =1
i − yi )

5 5
xi
(f) ∑ ( xi + yi ) (n) ∑y
i =1
i =1 i

5 5
yi
(g) ∑ ( xi − 2) (o) ∑x
i =1
i =1 i

(4) Sendo x = {10, 12, 15, 9, 7} e y = {2, 1, 3, 7, 4} verifique a expressão (2).

(5) Sendo x = {13, 10, 9, 3} e y = {15, 8, 10, 4} verifique a expressão (3).

(6) Sendo x = {4, 5, 2, 3, 7} e K = 3 verifique a expressão (4).

5
(7) Utilizando a expressão (5), calcule ∑ K sendo K = 10
i =1

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11
(8) Utilizando a expressão (6), calcule ∑K
i =5
sendo K = 2.

(9) Sendo x = {7, 6, 2} verifique a expressão (7).

(10) Sendo x = {3, 5, 7, 9} e y = {2, 1, 8, 10} verifique a expressão (8).

(11) Sendo x = {6, 8, 10, 14} e y = {3, 4, 5, 7} verifique a expressão (9).

(12) Calcule os seguintes somatórios:

30 n

∑ (i + 3i + 1) ∑ (i
2 3
(a) (e) + i + 5)
i =1 i =1

40 n

∑ ( 2i ∑ ( 4i
2 2
(b) − 4i + 1) (f) − 3i − 5)
i =1 i =1

∑ [4i ]
25 n

∑ [2i (i − 1)]
2
(c) (g) (i − 2)
i =1 i =1

∑ [3i (i ] ∑ [2i (1 + i ]
20 n
2 2
(d) + 2) (h) )
i =1 i =1

80 79
(13) Sabendo-se que ∑ xi = 800 e que
i =1
∑x
i =2
i = 780 , calcular 20% de x1 + x80 .

20 20
(14) Sabendo-se que ∑ 2F (i) = 30 , determinar ∑ [3F (i) + 2] .
i =1 i =1
n
(15) Determinar o valor do inteiro “n” para que ∑ (3i + 1) = 5550 .
i =1

(16) Seja aij um elemento genérico sujeito à i-ésima linha à j-ésima coluna da tabela a seguir:

j
1 2 3
i
1 4 1 -1

2 3 2 -2
3 -1 4 0
4 0 3 4

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2
(A) Quais são os elementos a 22 , a32 , a13 , a31 , a 43 ?

(B) Calcular:

4 3 4 3 3
(a) ∑∑ aij
i =1 j =1
(b) ∑∑ aij
i =2 j =2
(c) ∑a
j =1
2j

4 4 3 4

∑ ai 3 ∑∑ aij ∑ (a
2 2
(d) (e) (f) i2 + 1)
i =1 i =1 j =1 i =1
4 3 4 3 4 3

∑∑ (aij + 2) ∑∑ 3aij ∑∑ (a
2
(g) (h) (i) ij + 4)
i =1 j =1 i =1 j =1 i =1 j =1

(17) O elemento aij representa o número de pessoas que estão sujeitas à i-ésima faixa etária e à
j-ésima faixa de renda.

Idade
1 2 3 4 5
(anos)
Rendas
18 |— 24 24 |— 30 30 |— 36 36 |— 42 42 |— 48
(R$ mil)
1 8 |— 18 18 10 5 4 1

2 18 |— 28 12 8 4 3 5

3 28 |— 38 10 9 8 7 8

4 38 |— 48 7 7 10 15 10

5 48 |— 58 5 8 13 12 15

6 58 |— 128 3 10 15 18 20

(A) Calcular:

6 5 6 5
(a) ∑∑ aij
i =1 j =1
(b) ∑ ai 3 (c) ∑a
j =1
2j
i =1
6 5 6 5
(d) ∑∑ a
i =3 j = 2
ij (e) ∑ (a i4 − 1) (f) ∑ 2a
j =1
3j
i =1

⎡ ⎛⎜⎜ ∑5 aij ⎞⎟⎟ ⎤


2
2
⎡ ⎤ 6 5 4

∑∑ (a (i) ∑ ⎢ ⎝ j=15 ⎠ ⎥
6 5
(g) ⎢∑∑ a ij ⎥ (h) + 2)
ij
⎢ ⎥
⎣ i =1 j =1 ⎦ i =1 j =1 i =1
⎣ ⎦

(B) (a) Escreva simbolicamente a soma dos elementos com renda maior ou igual a R$28000,00 e
que tenham idade maior ou igual a 30 anos.

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(b) Escreva simbolicamente a soma dos elementos com renda na faixa 48 |— 58.
(c) Escreva simbolicamente a soma dos elementos que estão na faixa etária 36 |— 42.

(18) Calcular
5 2 n n

∑∑ i 2 ∑∑ ij
2 j
(a) (b)
i =1 j =1 i =1 j =1

(19) Sendo x = {2, 3} e j = {4, 7, 9} verifique a expressão (14).

2.7. Respostas dos Exercícios Propostos sobre Somatórios


n

n k 30
1 ∑x i pi
(1) (a) ∑x p i i (b) ∑(x i − x) (c) ∑ yi
(d) i =1
n
i =1 i =1 i =1
∑x
i =1
i

100
(e) ∑ 3i ou n
i +2
4 10

∑a b ∑(x ∑m (y
i =2 2
99
(f) i (g) i + 2) (h) i i − b) 2
∑ (3i + 3)
i =1
i =0 i =1 i =1

3
⎛x
15
⎞ n
(i) ∑ ⎜⎜ i − 4 ⎟⎟ (j) ∑ (4 x i − 2 yi )
i =1 ⎝ y i ⎠ i =1

(2) (a) 55 (b) 51 (c) 7 (d) 203


73 17 63 9
(e) ≅ 6,08 (f) ≅ 1,13 (g) = 15,75 (h) = 1,8
12 15 4 5
7 81
(i) ≅ 0,58 (j) − = −1,35 (l) 10K (m) a n − a0
12 60
(n) 7

(3) (a) 15 (b) 200 (c) 79 (d) 110


(e) 40 (f) 45 (g) 20 (h) 20
10 3201 (m) 15
(i) 340 (j) ≅ 1,43 (l) ≅ 7,62
7 420
383 1481
(n) ≅ 15,96 (o) ≅ 2,35
24 630

5 5 5
(4) ∑(x
i =1
i + y i ) = ∑ x i + ∑ y i = 70
i =1 i =1

4 4 4
(5) ∑(x
i =1
i − yi ) = ∑ x i − ∑ yi = −2
i =1 i =1

5 5
(6) ∑ Kx
i =1
i = K ∑ x i = 63
i =1

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(7) 50

(8) 14
2
⎡ 3 ⎤ 3
(9) ⎢∑ x i ⎥ = 225 ≠ ∑ x i = 89
2

⎣ i =1 ⎦ i =1

4 4 4
(10) ∑x ∑y
i =1
i
i =1
i = 504 ≠ ∑ x i yi = 157
i =1

4
x ∑x i
(11) ∑ i = 8 ≠ i =1
4
=2
i =1 y i
∑y i =1
i

(12) (a) 10.880 (b) 41.040 (c) 10.400


(d) 133.560 4 3
n + 2n + 3n + 22n
2 3
8n + 3n − 35n
2

(e) ; (f) ;
4 6
3n 4 − 2n 3 − 9n 2 − 4n 4 3
n + 2n + 3n + 2n
2
(g) ; (h)
3 2

(13) 4

(14) 85

(15) 60

(16) (A) 2; 4; -1; -1; 16


(B) (a) 17; (b) 11; (c) 3; (d) 1; (e) 77; (f) 54; (g) 193; (h) 51; (i) 65

(17) (A) (a) 280; (b) 55; (c) 32; (d) 185; (e) 53;
(f) 84; (g) 78.400; (h) 340; (i) 13.798
5
6 5 5 6
(B) (a) ∑∑ aij ;
i =3 j =3
(b) ∑ a5 j ;
j =1
(c) ∑a
j =1
i4

⎡ (1 + n)n ⎤
2

(18) (a) 330; (b) ⎢


⎣ 2 ⎥⎦

2 3 2 3
(19) ∑∑ xi yi =∑ xi ∑ yi =100
i =1 j =1 i =1 j =1

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2.8. Introdução aos Produtórios
Analogamente ao que foi visto no somatório, o qual representa a soma de termos, pode se
fazer necessária a representação do produto de termos de uma sucessão.
O produto
a1 × a 2 × a 3 × " × a n

com n termos (fatores) pode ser sintetizado por meio do conceito de produtório. Temos
então:
n
a1 × a 2 × a3 × "× a n = ∏ ai
i =1
e é interessante ressaltar as partes principais:

o último elemento dos termos


n a serem multiplicados
a instrução para
multiplicar ∏ ai termo geral do produtório
i =1

i é uma observação
o primeiro elemento dos individual da série
termos a serem multiplicados

Fig. 2.2

O símbolo Π é a letra grega pi maiúscula, e corresponde ao nosso P, sendo esta a


primeira letra da palavra PRODUTO.

• ILUSTRAÇÃO 2.6
21 20 22
(a) 2 × 4 × 6 × 8 × 10 × "× 42 = ∏ (2i ) ou ∏ (2i + 2) ou ∏ (2i − 2)
i =1 i =0 i =2

50 51 49
(b) 1× 2 × 3 × 4 × 5 × "× 50 = ∏ k ou ∏ (k − 1) ou ∏ (k + 1)
k =1 k =2 k =0

71 72 70

(c) (−10) × (−9) × (−8) × "× 70 × 71 = ∏


j = −10
j ou ∏ ( j − 1) ou
j = −9
∏ ( j + 1)
j = −11

e devemos reparar que, do mesmo modo que no somatório, não é necessário que o índice inferior
seja 1.

2.9. Definição Formal de Produtório


Dando seqüência aos conceitos podemos escrever:

135
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n

∏ F (i ) = F (m ) × F (m + 1) × F (m + 2) ×"× F (n − 1) × F (n)
i =m
(15)

onde F(i) é uma função da variável i (ou de outra que seja escolhida), m e n são
números inteiros, sendo m ≤ n , e i varia de um em um, desde o valor m até o valor n.

O lado direito de (15) consiste no produto de n − m + 1 termos, o primeiro dos mesmos


sendo obtido substituindo-se i por m em F(i), o segundo substituindo-se i por m + 1 em F(i), e
assim por diante, até obter-se o último termo substituindo-se i por n em F(i). Logicamente F(i) é
o termo geral, sendo i a variável escolhida, que pode ser também qualquer outra conforme
aparece na ilustração 6.

2.10. Propriedades dos Produtórios

Propriedade (a):

n n

∏ KF (i) = K n ∏ F (i) , sendo K = constante


i =1 i =1
(16)

Demonstração:

∏ KF (i ) = 
i =1
KF (1) × KF (2) × "× KF (n) =
n termos
n
= K [F (1) × F (2) × " × F (n)] = K ∏ F (i )
n n

i =1

Esta propriedade pode ser estendida para o caso do limite inferior não ser
necessariamente 1, ou seja:

Propriedade (b):

n n

∏ KF (i) = K
i =m
n − m +1
∏ F (i) , sendo K = constante
i =m
(17)

Demonstração:

∏ KF (i) = 
i =m
KF (m) × KF (m + 1) × " × KF (n) =
n - m +1 termos

=K n − m +1
[F (m) × F (m + 1) × " × F (n)] =
n
= K n − m +1 ∏ F (i )
i =m

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Propriedade (c):

∏K = K
n
, sendo K = constante (18)
i =1

Demonstração:

Temos que:

∏ F (i ) = F(1) × F (2) × "× F (n)


i =1
n - m + 1 termos

Fazendo F (i ) = K obtemos:
F (1) = F (2) = " = F (n) = K
e
n n

∏ F (i ) = ∏ K = 
n
K × K ×"× K = K
i =1 i =1 n termos

Esta propriedade também pode ser estendida para o caso do limite inferior não ser 1.

Propriedade (d):

n
n − m +1
∏K = K
i =m
, sendo K = constante (19)

Demonstração:

Fazendo F (i ) = K em (15) obtemos:

F (m) = F (m + 1) = " = F (n) = K


e
n n
n − m +1
∏ F (i ) = ∏ K = 
i =m
K × K ×"× K = K
i =m n − m +1 termos

Propriedade (e):

n
⎡ ⎤ ⎡ n
⎤ n

∏ [F (i ) × G (i )] = ⎢∏ F (i )⎥ × ⎢∏ G (i )⎥
i =1 ⎣ i =1 ⎦ ⎣ i =1 ⎦
(20)

137
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Demonstração:

∏ [F (i) × G(i)] = F (1) × G(1) × F (2) × G(2) × "×F (n) × G(n) =


i =1

= [F (1) × F (2) × " × F (n)]× [G (1) × G (2) × "× G (n)] =


⎡ n ⎤ ⎡ n ⎤
= ⎢∏ F (i )⎥ × ⎢∏ G (i )⎥
⎣ i =1 ⎦ ⎣ i =1 ⎦

EXEMPLO 2.10
Desenvolver os seguintes produtórios:
10
(a) ∏ (i + 1)
i =0
6
j −2
(b) ∏( j
j =2
)

Solução:
10
(a) ∏ (i + 1) = 1× 2 × 3 × 4 × 5 × 6 × 7 × 8 × 9 ×10 ×11
i =0
6
j −2
∏( j
0 1 2 3 4
(b) ) = 2 ×3 ×4 ×5 ×6
j =2

Exemplo 2.11
5

∏ (k
2
Calcular o produtório + k + 1) .
k =1

Solução:
5

∏ (k
k =1
2
+ k + 1) = 3 × 7 × 13 × 21× 31 = 177.723

2.11. Exercícios Propostos sobre Produtórios


(1) Escreva os seguintes produtos sob a forma de produtório:

(a) 2 × 4 × 8 × 16 × " × 512

(b) 3 × 6 × 9 ×12 × " × 63

(c) 1× 3 × 5 × 7 × " × 33

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(d) y × y × y × y × "× y (produto de n fatores iguais)
1 2 3 4 n
(e) 1 × 2 × 3 × 4 × "× n

(f) z1 × z 2 × z3 × " × z8

(g) a1 x1 × a2 x 2 × a3 x3 × "× an x n

f1 f2 f3 fp
(h) x1 × x 2 × x3 × "× x p

a1 a 2 a3 a
(i) × × × "× 20
b1 b2 b3 b20

−1 −1 −1 −1
(j) a1b1 × a2 b2 × a3b3 × "× a20 b20

3 3 3 3
(l) a1 × a 2 × a3 × "× a n −1

(2) Desenvolver os seguintes produtórios:

6
(a) ∏ (2 y − 1)
y =1

10
(b) ∏ (5t )
t =1

5
(c) ∏ (5k + 3)
k =1

∏ (3i )
i
(d)
i =1

p
(e) ∏x
i =1
ij

(3) Calcular os seguintes produtórios:

∏ (3i
2
(a) + 2)
i =1

6
(b) ∏ (3 j + 1)
j =0

5
(c) ∏3
k =1

139
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2.12. Respostas dos Exercícios Propostos sobre Produtórios


17
(1) (a) 9 (b) 21 (c) (d) n

∏ (2 ) ;
i
∏ (3i ) ; ∏ (2i − 1) ;
i =1
∏y;
i =1 i =1 i =1

n 8 n
(e) (f) (g) (h) p

∏ (i ) ; ∏z ∏ (a x ) ; ∏(x
i fi
i ; i i i );
i =1 i =1 i =1
i =1

(i) 20 (j) 20 20
(l) n −1 n
ai a
∏( ∏ ∏ ∏ (a ∏ (a
−1 3
); ( a b
i i ) = ( i); i ) ou 3
i −1 )
i =1 bi i =1 i =1 bi i =1 i =2

(2) (a) 1× 3 × 5 × 7 × 9 × 11 ; (b) 5 × 10 × 15 × " × 50 ;


(c) 8 ×13 ×18 × 23 × 28 ; (d) (3 × 1 ) × (3 × 2 ) × (3 × 3 ) × (3 × 4 ) × (3 × 5 )
1 2 3 4 5

(e) x1 j × x 2 j × x3 j × "× x pj

(3) (a) 101 500; (b) 1 106 560; (c) 243

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2.13. Introdução às Medidas de Posição
Nesta seção vamos aprender o cálculo de medidas que viabilizem a representação de um
conjunto de dados relativos à observação de determinando fenômeno de maneira resumida.
Trata-se das medidas de posição ou medidas de tendência central, uma vez que representam os
fenômenos pelos seus valores médios, em torno dos quais tendem a se concentrar os dados.

2.14. Média Aritmética – Dados Não-agrupados

Sejam x1 , x 2 , x3 , " , e xn valores da variável x. A média aritmética simples de x,


representada por x , é definida por:

x + x + x + " + xn ∑x i
x= 1 2 3 = i =1
(21)
n n

onde n é o número de elementos da amostra de dados.

EXEMPLO 2.12
Determinar a média aritmética dos seguintes valores:

(a) 3; 4; 1; 8; 2; 5; 7.

(b) 3; 7; 8; 10; 11

Solução:

x1 + x 2 + x3 + x 4 + x5 + x6 + x7 3 + 4 + 1 + 8 + 2 + 5 + 7
(a) x = = ≅ 4,3
7 7

x1 + x 2 + x3 + x 4 + x5 3 + 7 + 8 + 10 + 11
(b) x = = = 7,8
5 5

EXEMPLO 2.13
4
Dados x1 = 1 , x 2 = 3 , x3 = 4 e x4 = 2 , calcular ∑(x i =1
i − x) .

Solução:

141
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x + x 2 + x3 + x 4 1 + 3 + 4 + 2
x= 1 = = 2,5
4 4
4

∑ (x
i =1
i − x) = ( x1 − x) + ( x2 − x) + ( x3 − x) + ( x4 − x) =

= (1 − 2,5) + (3 − 2,5) + (4 − 2,5) + (2 − 2,5) = 0

Com isto podemos observar que o somatório dos desvios com relação à média aritmética
é zero. Para uma generalização do presente exemplo vide exercício proposto n.º 3.

2.15. Média Aritmética – Dados Agrupados (Média Aritmética Ponderada)


Quando os dados se agruparem numa distribuição de freqüência (dados diversos repetidos
ou dados genéricos não repetidos mas com “pesos” diferentes), calcularemos a média aritmética
dos valores x1 , x 2 , x3 , " , e xn “ponderados” pelas respectivas freqüências, ou pesos, F1 ,
F2 , " , e Fn . As freqüências, ou os pesos, são os “fatores de ponderação”, é claro. Temos então:

x F + x 2 F2 + x 3 f 3 + " + x n Fn ∑x F
i =1
i i
x= 1 1 = n
(22)
N
∑F
i =1
i

n
onde ∑F = N
i =1
i

EXEMPLO 2.14
Dada a seguinte distribuição amostral:

xi 2 3 5 4

Fi 1 4 6 2

determinar a média aritmética.

Solução:
No exemplo em questão o dado x1 = 2 aparece uma vez, x 2 = 3 quatro vezes, x3 = 5
seis vezes e x 4 = 4 duas vezes. A fim de facilitar a solução vamos compor a tabela a seguir:

142
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xi Fi x i Fi
4
2 1 2 ∑x F i i
52
3 4 12 x= i =1
= =4
4

∑F
5 6 30 13
i
4 2 8 i =1
Σ 13 52

EXEMPLO 2.15
Em uma determinada escola a média de cada disciplina ao longo de um período é
calculada a partir dos graus obtidos em 3 provas: P1 , P2 e P3 . As duas primeiras notas têm peso
1, e a terceira peso 2, por ser a prova parcial e incluir toda a matéria do período. Sabendo-se que
um aluno obteve em Matemática, respectivamente, graus: 7,0 ; 7,5 e 6,5 ; pede-se calcular sua
média no período.

Solução:
Temos então:
xi Fi x i Fi 3

7,0 1 7,0 ∑x F i i
27,5
7,5 1 7,5 x= i =1
3
= ≅ 6,9
∑F
4
6,5 2 13,0 i
i =1
Σ 4 27,5

EXEMPLO 2.16
Dadas as alturas de 200 alunos, formou-se a distribuição de freqüência a seguir:
Alturas (m) 1,40 61,45 61,50
1,45 1,50 61,55 1,55 61,60 61,65
1,60 1,65 61,70 61,75
1,70 1,75 61,80 1,80 61,85
N.º de Alunos 3 12 15 58 40 27 30 9 6

Calcular a altura média.

Solução:
Neste caso as alturas nos diversos intervalos são representadas pelos seus pontos médios.
Alturas xi (P.M.)
(m) (m)
Fi x i Fi
1,40 61,45 1,425 3 4,275
1,45 61,50 1,475 12 17,7 9
1,50 61,55
1,55 61,60
1,525
1,575
15
58
22,875
91,35
∑x F i i
325,1
x= i =1
= = 1,626 m
1,60 61,65
9

∑F
1,625 40 65 200
1,65 61,70
i
1,675 27 45,225 i =1
1,70 61,75 1,725 30 51,75
1,75 61,80 1,775 9 15,975
1,80 61,85 1,825 6 10,95
Σ 200 325,1

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2.16. Média Geral

Sejam x1 , x 2 , " , x p , as médias aritméticas de “p” séries e n1 , n2 , " , n p , os números


de termos destas séries, respectivamente. A média aritmética formada pelos termos das séries é
dada por:

∑n x i i
n1 x1 + n2 x 2 + " + n p x p
xG = i =1
= (23)
p
n1 + n2 + " + n p
∑n
i =1
i

EXEMPLO 2.17
Sejam as séries:

1.ª) 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 onde n1 = 7 e x1 = 9


2.ª) 1, 2, 3, 4, 5 onde n2 = 5 e x 2 = 3
3.ª) 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 onde n3 = 9 e x3 = 17

A média geral é:

∑n x i i
n1 x1 + n2 x 2 + n3 x3 7 × 9 + 5 × 3 + 9 × 17
xG = i =1
= = = 11
p
n1 + n2 + n3 7+5+9
∑n
i =1
i

2.17. Média Geométrica – Dados Não-agrupados

Sejam x1 , x 2 , x3 , " , e xn , n valores da variável x. A média geométrica simples de x,


representada por x g , é definida por:

n
xg = n x1 × x2 × x3 × " × xn = n
∏x
i =1
i (24)

onde n é o número de elementos da amostra de dados.

EXEMPLO 2.18
Calcular a média geométrica dos seguintes valores: 3, 6, 12, 24, 48, 96 e 192.

144
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Solução:
Temos que:
1

x g = 7 3 × 6 × 12 × 24 × 48 × 96 × 192 = 7 4.586.471.424 = (4.586.471.424) = 24


7

2.18. Média Geométrica – Dados Agrupados (Média Geométrica Ponderada)


Analogamente ao que ocorre com a média aritmética, quando os dados se agruparem em
uma distribuição de freqüência, teremos:

n
x g = N x1F 1 × x2F 2 × x3F 3 × " × xnFn = N ∏ xiFi
i =1

(25)
n
onde ∑F
i =1
i =N

EXEMPLO 2.19
Calcular a média geométrica para a seguinte distribuição amostral:

xi 1,5 2 3 5
Fi 8 6 5 3

Solução:

xg = 22 (1,5)8 × 26 × 35 × 53 = 22 49 822 593, 75 = (49 822 593, 75) = 2, 2381


1
22

Observação: A média geométrica deve ser utilizada quando os dados crescem


geometricamente, não necessariamente com uma razão constante como em uma P. G.,
conforme pode ocorrer com os preços em um período de inflação galopante.

EXEMPLO 2.20
Em um período inflacionário o preço de um certo produto e o seu respectivo consumo
estão descritos a seguir. Calcular o preço médio ao longo do trimestre.

Consumo Preço
Meses
(caixas) (R$)
1.º 200 20,00
2.º 100 20,00
3.º 300 150,00

145
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Solução:
Repare que o preço por caixa passa de 0,10 para 0,20 , e depois para 0,50 e, embora os
aumentos não sejam constantes, justificam o uso da média geométrica. Assim,
200 100 300
x g = 600 20 200 × 20100 ×150 300 = 20 600 × 20 600 ×150 600 = 54,77

Observação: Optamos diretamente pelos expoentes fracionários pois o número sob o


radical é muito grande e extrapola a capacidade de armazenamento das calculadoras.

2.19. Média Harmônica – Dados Não-agrupados


Para n valores da variável x, a média harmônica é definida como sendo o inverso de
média aritmética dos inversos, ou seja:

1 n n
xh = = = n
...(26)
1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ + +"+
x1 x2 x3 xn
+ + +"+
x1 x2 x3 xn ∑
i =1 xi
n

EXEMPLO 2.21
Calcular a média harmônica dos seguintes conjuntos de valores:

(a) 3, 6 e 9
(b) 1; 0,5 e 0,333...

Solução:

3
(a) x h = ≅ 4,91
1 1 1
+ +
3 6 9

5 1 3 1
(b) 0,5 = = ; 0,333... = =
10 2 9 3

3
xh = = 0,5
1 1 1
+ +
1 12 13

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2.20. Média Harmônica – Dados Agrupados (Média Harmônica Ponderada):


Temos então,

N ∑F i
xh = = i =1
n
F1 F2 F3 Fn Fi
+ + +"+
x1 x2 x3 xn ∑x
i =1 i
(27)
n
onde ∑F = N
i =1
i

Observação: A média harmônica é útil quando temos séries de valores inversamente


proporcionais, como é o caso do cálculo da velocidade média, do tempo médio de escoamento
de estoques, do custo médio de bens adquiridos por uma quantia fixa, etc.

EXEMPLO 2.22
Um carro se desloca de uma cidade A para uma cidade B com uma velocidade média de
60km/h e retorna com uma velocidade média de 80km/h. Determinar a velocidade média de toda
a viagem.

Solução:
Sendo Δ s a distância entre as duas cidades temos que o tempo de ida é:

Δs AB Δs
Δt AB = = ,
v AB 60
e o tempo de volta é:
Δs BA Δs
Δt BA = =
v BA 80
Logo o tempo total da viagem é:
Δs Δs
Δt total = Δt AB + Δt BA = +
60 80
Pela definição de velocidade média temos:
Δs total 2Δs
v total = =
Δt total Δs Δs
+
60 80
Repare que cancelando a grandeza Δs obtemos:

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2
v total = = 68,57 km / h
1 1
+
60 80

que é obviamente a média harmônica entre os valores 60km/h e 80 km/h.

EXEMPLO 2.23
Calcular a velocidade média para o seguinte trajeto:

v AB = 50km / h B
v BC = 70km / h

A 90km
80km C

v CD = 90km / h
60km

D
Fig. 2.3

Solução:
O tempo total é dado por:

90 80 60
Δt total = + +
50 70 90

A velocidade média é:

Δs total 90 + 80 + 60
v total = = = 63,7km / h
Δt total 90 80 60
+ +
50 70 90

e vemos que se as distâncias percorridas não são iguais, devemos calcular a média harmônica
ponderada onde os fatores de ponderação serão as respectivas distâncias.

EXEMPLO 2.24
A Casa & Vídeo possui um estoque de 100 televisores na filial Méier e de 200 televisores
na filial Copacabana. O primeiro esgota-se em 2 meses e o segundo em 5 meses. Determinar o
tempo médio de escoamento de ambos os estoques.

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Solução:
estoque total 100 + 200
th = = ≅ 3,33 meses
demanda total 100 200
+
2 5

EXEMPLO 2.25
Em uma pesquisa sobre a duração de um certo sabonete junto a 55 famílias com o mesmo
número de pessoas e a mesma classe social, obtivemos os resultados a seguir. Calcular a duração
média do sabonete.

Dias N.º famílias Duração Média


12/14 9 13
14/16 13 15
16/18 21 17
18/20 12 19

Solução:
9 + 13 + 21 + 12
th = ≅ 16,1 dias
9 13 21 12
+ + +
13 15 17 19

EXEMPLO 2.26
Um consumidor comprou em três meses consecutivos carne aos seguintes preços:
R$4,00; R$5,00 e R$7,00 por quilograma respectivamente. Determinar o custo médio por
quinzena em todo o trimestre.

Solução:
Para determinarmos o custo médio devemos lembrar que:

custo total
custo médio por quilograma =
quantidade total adquirida

1.ª hipótese: Vamos considerar que o consumidor adquiriu o mesmo número de quilogramas (por
exemplo 15kg) a cada mês. Assim sendo:

custo médio por = (15kg) (R$ 4,00/kg) + (15kg) (R$ 5,00/kg) + (15kg) (R$ 7,00/kg) ≅ R$ 5,33/kg
quilograma 45kg

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sendo interessante verificar que este valor corresponde à média aritmética dos preços por
quilograma:

R$ 4,00/kg + R$ 5,00/kg + R$ 7,00/kg


x= ≅ R$ 5,33/kg
3

2.ª hipótese: Vamos considerar que a pessoa tenha gasto a mesma quantia (por exemplo
R$60,00) em cada um dos meses.

R$180,00
custo médio por quilograma = ≅ R$5,06/kg
R$60,00 R$60,00 R$60,00
+ +
R$4,00 /kg R$5,00/kg R$7,0/kg

que corresponde à média harmônica dos preços:

3
xh = ≅ R$ 5,06/kg
1 1 1
+ +
R$ 4,00/kg R$ 5,00/kg R$ 7,00/kg

É importante notar que ambos os métodos utilizados para o cálculo do custo médio por
quilograma estão certos, tendo sido cada um deles referido à uma situação diferente de consumo.
Devemos também observar que se o número de quilogramas adquiridos variar de mês para mês,
deveremos utilizar a média aritmética ponderada, porém, se a quantia disponível variar de mês
para mês, deveremos usar a média harmônica ponderada.

2.21. Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição

(1) Determinar a média aritmética dos seguintes valores:

(a) 6; 8; 9; 10; 12

(b) 70; 75; 76; 80; 82; 83; 90

(c) 3,20; 4,00; 0,75; 5,00; 2,13; 4,75

(d) 1; 3; 0,5; 1,5

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(2) A média mínima para aprovação em determinada matéria é 5,0. Se um estudante obteve os
graus 6,5; 9,0; 4,5; 5,0; 3,5; 1,0; 6,5 e 3,0 nas diversas avaliações de desempenho ao longo do
período letivo, perguntamos se ele foi ou não aprovado.

∑x i n
(3) sabendo-se que x = i =1

n
, mostrar que ∑(x
i =1
i − x) = 0

(4) Calcular a média aritmética para cada uma das distribuições de freqüência a seguir:

(a) xi 3 4 7 8 12 (b) xi 85 87 88 89 90

Fi 2 5 8 4 3 Fi 5 1 10 3 5

(c) xi 2 3 4 5 6

Fi 3 9 19 25 28

(5) Determinar a renda média da distribuição populacional a seguir:

Renda Familiar
200 6400 400 6600 600 6800 800 61000
(R$)

N.º de famílias 5 10 14 7

(6) A nota média de uma turma de 50 alunos foi 6,1; sendo 6,0 a média dos meninos e 7,0 a das
meninas. Qual o número de meninos e meninas na turma?

(7) O salário médio pago aos empregados de uma indústria é R$710,00. Sabendo-se que os
salários médios pagos aos empregados especializados e não-especializados são, respectivamente,
R$800,00 e R$500,00; pede-se determinar os percentuais de empregados especializados e não-
especializados.

(8) Calcular a média geométrica para os seguintes conjuntos de valores:

(a) 9; 15; 10; 16

(b) 3; 4; 6; 7; 8

(c) 3,2; 8,4; 7,5; 15,2; 20,3

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(9) Calcular a média harmônica para as séries

(a) 5; 7; 12; 15

(b) xi 2 3 4 5 6

Fi 3 4 6 5 2

(10) Tivemos R$200,00 disponíveis, mensalmente, para comprar determinado artigo que custou
nos meses de setembro, outubro, e novembro, respectivamente, R$20,00; R$50,00 e R$70,00 por
unidade. Qual foi o custo médio unitário do artigo nesses 3 meses?

(11) Gastamos em agosto R$500,00 para comprar um produto que custou R$5,00 a unidade. Em
setembro gastamos R$1200,00 para comprar o mesmo produto a um preço unitário de R$6,00.
Determinar o custo médio unitário do produto nesses dois meses.

(12) Uma firma de eletrodomésticos tem um mesmo estoque de fogões em quatro lojas diferentes
(A, B, C e D). Na loja A o estoque se esgota em 8 meses; na loja B, em 15 meses; na loja C, em
6 meses; e na loja D, em 20 meses. Determinar o tempo médio de escoamento de todos os
estoques da firma.

2.22. Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição

(1) Em uma certa empresa a evolução das vendas apresentou, nos últimos três meses, os
seguintes resultados: 119,31%; 135,42% e 115,32%. Determinar qual foi o aumento médio
percentual ao longo do período.

(2) Durante um surto de gripe em uma certa localidade o número de casos aumentou de 500 para
2000 em três dias. Qual foi a porcentagem média de crescimento por dia?

(3) Em 1960 a população de uma certa cidade era de 5000 habitantes. Em 1970 a população já
era de 15000 habitantes. Qual o aumento médio percentual por ano?

(4) Encontrar dois números cuja média aritmética é 9,0 e a média geométrica é 7,2.

51
(5) Encontrar dois números cuja média aritmética é e a média geométrica é 12.
2

(6) Encontrar dois números cuja média aritmética é 50 e a média harmônica é 32.

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2.23. Respostas dos Exercícios Propostos sobre Medidas de Posição

(1) (a) 9; (b) 79,4; (c) 3,31; (d) 1,5

(2) x = 4,9 < 5,0 logo ele não foi aprovado

(4) (a) 6,82; (b) 87,88; (c) 4,79

(5) R$627,80

(6) 45 meninos e 5 meninas

(7) 70% especializados e 30% não-especializados

(8) (a) 12,13; (b) 5,26; (c) 9,09

(9) (a) 8,12; (b) 3,53

(10) R$35,59/unidade

(11) R$5,67/unidade

(12) 9,8 meses

2.24. Respostas dos Exercícios de Revisão sobre Medidas de Posição

(1) 23,35%

(2) 58,74%

(3) 11,61%

(4) 3,6 e 14,4

(5) 3 e 48

(6) 20 e 80

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Apostila: Matemática Básica vol. VIII – por Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

Apostila de Matemática Básica

Assunto:

MATEMÁTICA BÁSICA

Coleção Fundamental - volume 8/8

Autor:

Prof. Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira

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Unidade 3

Matrizes, um primeiro enfoque

3.1. Apresentação

Esta é a terceira unidade de um curso que temos ministrado no Instituto Politécnico da


Universidade Estácio de Sá e vamos, inicialmente, justificar a expressão “um primeiro enfoque” do
título do trabalho. Nesta oportunidade apresentaremos a parte básica das matrizes: conceitos
fundamentais, tipos especiais e operações. No seguimento de nossos estudos as matrizes serão
novamente abordadas, em associação com outros assuntos tais como determinantes e sistemas
lineares.

Face a uma quase universalidade nas notações aij, bjk, cik, para elementos genéricos de
matrizes, com preferência para a primeira, e por abordarmos também matrizes com números
complexos, optamos pela notação j (em negrito e itálico) para representar a unidade imaginária, ou
seja j = − 1 , diferentemente dos textos de matemática pura, que preferem utilizar i = − 1 . A nossa
notação é a mesma empregada pelo pessoal da área da eletricidade, onde tivemos nossa formação
primordial, visto que em eletricidade a letra “i” é reservada para a corrente elétrica.

Os modernos aplicativos para PC’s tais como o MATLAB, por exemplo, já aceitam ambas
as notações i = − 1 e j = − 1 para a unidade imaginária, a fim de atender sem “prioridades” a
todos os usuários.

3.2. Introdução Histórica

Somente uma canalização de energia superior, totalmente intangível a nossa falha


compreensão humana, pode ter inspirado Isaac Newton e Gottfried Wilhem Leibniz a “criarem”
algo tão fantástico e poderoso para o desenvolvimento das ciências exatas quanto o Cálculo
Diferencial e Integral, e o que é mais interessante: na mesma época, em lugares diferentes –
Laibniz na Alemanha e Newton na Inglaterra e de forma independente, até porque os métodos de
abordagem foram diferentes. Gerou-se então uma grande polêmica entre os discípulos desses dois
sábios pela reivindicação da primazia na criação do Cálculo. Embora o lado de Newton tivesse
levado vantagem na disputa, as conseqüências foram desastrosas para a ciência britânica pois, nos
cem anos subseqüentes ao episódio, os matemáticos ingleses, fiéis ao seu mais eminente cientista,
concentraram-se nos métodos geométricos puros, preferidos de Newton, ao invés de nos métodos
analíticos, que são bem mais produtivos. Uma vez que os demais matemáticos da Europa
Continental exploravam tais métodos de modo eficaz, a matemática inglesa acabou ficando para trás
no citado período.

No entanto, terminou havendo uma reação e os ingleses acabaram voltando ao primeiro


escalão no século 19, e um dos maiores responsáveis por esta reviravolta foi Arthur Cayley, que
entre suas muitas criações originais consta a das matrizes em 1855. No século 20 acharam-se
inúmeras aplicações para este poderosos e compactador instrumento matemático. Só para formar

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idéias perguntamos: você conseguiria imaginar o mundo atual sem energia elétrica? Pois bem,
enquanto o desenvolvimento de fontes alternativas geradoras de energia elétrica não atingir um
estágio de aplicação mais ampla, continuaremos a depender dos atuais sistemas: usinas geradoras,
subestações elevadores, linhas de transmissão, subestações abaixadoras e linhas de distribuição. E o
que os engenheiros que cuidam da operacionabilidade e estabilidade de tais sistemas fariam sem as
matrizes para mapeá-los? A resposta é uma só: nada! Face às dimensões de tais sistemas nos dias
atuais seriam impossíveis os cálculos de fluxo de carga e de curto-circuito sem o emprego do
Cálculo Matricial às matrizes do tipo impedância de barra [Z barra ] e admitância de barra [Ybarra ] .

Não, não é só em Engenharia Elétrica que esta ferramenta matemática é fundamental.


Existem inúmeras aplicações em outros campos, como sistemas de referência em Mecânica,
cálculos estruturais de grande porte, curvas de ajustamento em Estatística, etc. A propósito: as
planilhas geradas no Excel também são exemplos de matrizes.

As matrizes são úteis porque elas nos permitem considerar uma tabela (quadro) de muitos
números como sendo apenas um único objeto, denotado por um símbolo simples, e executar
cálculos com estes símbolos de forma bem compacta.

3.3. Conceitos Fundamentais

O conceito de matriz surge associado às relações lineares tais como transformações


lineares e sistemas de equações lineares.

Consideremos, por exemplo, a transformação linear

⎧ y1 = a11 x1 + a12 x2

⎩ y2 = a21 x1 + a22 x2

onde a11, a12, a21 e a22 são números dados, enquanto que x1, x2, bem como y1, y2 são grandezas
variáveis. Por exemplo: as coordenadas de um ponto no plano xy em dois sistemas de referência
distintos.

Dispondo os coeficientes da maneira pela qual eles ocorrem na transformação e


encerrando-os entre colchetes, por exemplo, obtemos a tabela

⎡ a11 a12 ⎤
⎢a a22 ⎥⎦
⎣ 21

que é um exemplo de matriz.

Ampliando a definição podemos dizer que denomina-se matriz retangular ou


simplesmente matriz m × n toda aplicação f de I × J em C, ou seja, é uma correspondência em que

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associamos ao elemento (i, j) ∈ I × J um único elemento aij pertencente ao conjunto C dos números
complexos5, sendo que o número aij é denominado imagem do par (i, j).

Por exemplo:

a11 é uma imagem do par (1, 1) I×J C

a12 é uma imagem do par (1, 2) (1, 1) a11

(1, 2) a12

amn é uma imagem do par (m, n) (1, 3) a13

..............................

(m, n) amn

Fig. 3.1

Assim sendo a imagem de aplicação6

f:I×J→C

é o conjunto de números

{a11, a12, a13, … , amn }

pertencente ao corpo dos números complexos C, e os elementos deste conjunto são justamente os
elementos da matriz.

Representamos então uma matriz [A] retangular, tamanho, tipo ou ordem7 m × n (lê-se m
por n), por intermédio de uma tabela, com m × n elementos, onde os elementos aij são distribuídos
por m linhas e n colunas, sendo que o elemento genérico aij situa-se na interseção da linha de ordem
i (i-ésima linha) com a coluna de ordem j (j-ésima coluna).

A linha de ordem i é o conjunto dos elementos aij em que i é fixo e j varre todo o conjunto
J = {1, 2, 3, … , n} .

Por exemplo: a 2.ª linha da matriz é:

5
De um modo geral uma matriz é uma tabela formada por números complexos. Lembrando que o conjunto dos
números reais está incluído no conjunto dos números complexos, podemos dizer que uma matriz é formada por
números reais e/ou complexos
6
Para o conceito de aplicação volte à seção 1.11 da Unidade 1.
7
Os três termos são utilizados, porém, o mais freqüente é tipo.

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{a 21 , a22, a23, … , a2 n }

conforme pode-se ver também na Fig. 3.2.

A coluna de ordem j é o conjunto dos elementos aij em que j é fixo e i varre todo o
conjunto I = {1, 2, 3, … , m}.

Por exemplo: a 3.ª coluna da matriz é:

{a13, a23, a33, … , a m3 }

colunas
linhas
a11 a12 a13 a1n
a21 a22 a23 a2 n
[A] = a31 a32 a33 a3n m linhas

am1 am 2 am 3 amn
m× n
n colunas

a11 a12 a13 a1n → 1.ª linha


a21 a22 a23 a2 n → 2.ª linha
[A] = a31 a32 a33 a3n → 3.ª linha

am1 am 2 am 3 amn → m.ª linha


m×n
↓ ↓ ↓ ↓
1.ª col. 2.ª col. 3.ª col. n.ª col

Fig. 3.2

Elemento Genérico:

⎧i → ordem da linha à qual pertence


⎪o elemento; as linhas são numeradas

aij ⎪⎪⎨cima para baixo de 1 até m.
⎪ j → ordem da coluna à qual pertence
1 ≤ i ≤ m ⎪o elemento; as colunas são numeradas
1≤j≤n ⎪
⎩⎪da esquerda para a direita, de 1 até n.

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Fig. 3.3

• Ilustração 3.1

Sejam as tabelas a seguir:

⎡3 5 − 2⎤
a) ⎢ é matriz tipo 2 × 3.
⎣0 4
3 3 ⎥⎦

⎡ 2 + j6 3 ⎤

b) ⎢ 4 5 + j 6 ⎥⎥ é matriz tipo 3 × 2, e j = − 1 é o número imaginário puro.
⎢⎣− 1 + j 3 2 ⎥⎦

c) [0 3 − 2 1 4] é matriz tipo 1 × 5.

⎡ 5 ⎤
⎢ 4 ⎥
d) ⎢ ⎥ é matriz tipo 4 × 1.
⎢6 + j 2 ⎥
⎢ ⎥
⎣ −2 ⎦

⎡ 5 − 2⎤
e) ⎢ ⎥ é matriz tipo 2 × 2.
⎣3 1⎦

f) [2] é matriz tipo 1 × 1, ou matriz de um único elemento, e trata-se de um caso bem


particular.

• Ilustração 3.2

Uma tabela contendo informações sobre os moradores de uma determinada vila de


casas do tipo

Número de Renda Familiar Tempo de Canal Favorito de


Número da Casa
Residentes (R$) Residência (anos) TV

1 4 2000 1 4
2 3 1800 4 4
3 6 3200 7 11
4 5 2000 2 9

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5 2 800 9 11
6 7 2500 8 6
7 1 800 5 11

pode ser colocada sob forma matricial

⎡1 4 2000 1 4⎤
⎢2 3 1800 4 4 ⎥⎥

⎢3 6 3200 7 11⎥
⎢ ⎥
⎢4 5 2000 2 9⎥
⎢5 2 800 9 11⎥
⎢ ⎥
⎢6 7 2500 8 6⎥
⎢7 5 11⎥⎦
⎣ 1 800

e as informações passadas adiante sob forma mais compacta, porém, é necessário que quem
vai recebê-las saiba exatamente o papel representado por cada linha e por cada coluna.

• Ilustração 3.3

Um outro exemplo bem usual é a bem conhecida matriz origem-destino de


passageiros. Uma matriz desta natureza é construída a partir de uma tabela listando o número
de passageiros que, partindo de uma determinada cidade, dirigem-se a uma outra. Por
exemplo.

Destino
Belém São Paulo Belo Horizonte Manaus
Origem

Brasília 150 1200 800 700


Porto Alegre 5 300 20 100
Recife 10 150 5 20
Rio 60 1500 500 100

Temos então:

⎡150 1200 800 700⎤


⎢ 5 300 20 100 ⎥⎥
[A] = ⎢
⎢ 10 150 5 20 ⎥
⎢ ⎥
⎣ 60 1500 500 100 ⎦

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• Ilustração 3.4

Venda diária
Produto
Loja 1 Loja 2 Loja 3 Loja4
Computadores 20 15 12 25
Impressoras 18 20 10 13
Periféricos 9 10 12 6

⎡20 15 12 25⎤
[A] = ⎢⎢18 20 10 13 ⎥⎥
⎢⎣ 9 10 12 6 ⎥⎦

• Ilustração 3.5

⎡2 1 − 4⎤ ⎧a11 = 2; a12 = 1; a13 = −4



[A] = ⎢⎢3 5 9 ⎥⎥ ⎪⎨a21 = 3; a22 = 5; a23 = 9

⎢⎣8 − 7 − 3⎥⎦ ⎪⎩a31 = 8; a32 = −7; a33 = −3

Além da forma padrão já apresentada

⎡ a11 a12 a13 a1n ⎤


⎢a a 22 a 23 a 2 n ⎥⎥
⎢ 21
[A] = ⎢ a 31 a 32 a 33 a 3n ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣a m1 a m2 a m3 a mn ⎥⎦

são também possíveis as seguintes representações:

⎛ a11 a12 a13 a1n ⎞ a11 a12 a13 a1n


⎜ ⎟
⎜ a21 a22 a23 a2 n ⎟ a21 a22 a23 a2 n
( A) = ⎜⎜ a31 a32 a33 a3n ⎟ ,

A = a31 a32 a33 a3n , [A] = aij ,
⎜ ⎟
⎜ ⎟
⎝ am1 am 2 am 3 amn ⎠ am1 am 2 am 3 amn

i ∈ {1, 2, 3, … , m} e j ∈ {1, 2, 3, … , n}

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ou simplesmente

[A] = (aij )m×n .

EXEMPLO 3.1
Indique claramente os elementos da matriz [ A] = (aij )3×3 tal que aij = 3i – j.

Solução:
a11 = 3 × 1 – 1 = 2; a12 = 3 × 1 – 2 = 1; a13 = 3 × 1 – 3 = 0

a21 = 3 × 2 – 1 = 5; a22 = 3 × 2 – 2 = 4; a23 = 3 × 2 – 3 = 3

a31 = 3 × 3 – 1 = 8; a32 = 3 × 3 – 2 = 7; a33 = 3 × 3 – 3 = 6

Logo,

⎡ 2 1 0⎤
[A] = ⎢⎢5 4 3⎥⎥
⎢⎣8 7 6⎥⎦

EXEMPLO 3.2
Uma confecção vai fabricar 4 tipos de roupa utilizando também 4 tipos de material
diferentes. Seja a matriz [A] = (a ij )4×4 onde aij representa quantas unidades do material j serão
empregadas para produzir uma roupa do tipo i.

⎡1 4 6 1⎤
⎢3 0 4 2⎥⎥
[A] = ⎢
⎢2 5 1 8⎥
⎢ ⎥
⎣9 3 2 7⎦

a) Quantas unidades do material 3 serão empregadas para confeccionar uma roupa do tipo 4?

b) Calcule o total de unidades do material 4 que serão necessárias para fabricar 3 roupas do tipo 1,
5 roupas do tipo 2, 2 roupas do tipo 3 e 4 roupas do tipo 4.

Solução:

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a) Da definição de elemento genérico e do enunciado vem que

⎧i → linha e tipo de roupa


aij ⎨
⎩ j → coluna e tipo de material

Se i = 4 e j = 3 o elemento em questão é a43, cujo valor é 2, ou seja, 2 unidades.

b) Neste caso,

i = 1, 2, 3 e 4; j = 4.

Logo,

3 × (a14 = 1) = 3

5 × (a 24 = 2 ) = 10

2 × (a 34 = 8) = 16

4 × (a 44 = 7 ) =
28
57

e o total procurado é 57 unidades.

3.4. Matrizes Especiais e Operações com Matrizes

Há matrizes que por apresentarem certas peculiaridades recebem nomes especiais. Os


conceitos que envolvem tais matrizes estão tão intimamente interligados com as operações
matriciais que não há como apresentar todo um assunto primeiro e depois o outro. Optamos então
por intercalá-los em uma ordem que a nossa experiência didática nos mostrou ser a mais eficiente,
sem com isso querermos afirmar ser a nossa a única seqüência possível e válida.

3.4.1. Matriz Linha

Uma matriz

[a11 a12 a1n ]

do tipo 1 × n, que possui somente uma linha, é chamada matriz em linha ou um vetor em linha.

• Ilustração 3.6

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Temos a seguir uma matriz linha 1 × 5:

[A] = [1 − 5 7 4 2]

3.4.2. Matriz Coluna

Uma matriz

⎡ a11 ⎤
⎢a ⎥
[A] = ⎢ 21 ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎣a m1 ⎦

do tipo m × 1, que tem apenas uma coluna, denomina-se matriz em coluna ou um vetor em
coluna.

• Ilustração 3.7

A matriz a seguir é uma matriz coluna 6 × 1:

⎡2 + j 3⎤
⎢ 3 ⎥
⎢ ⎥
⎢ 4 ⎥
[A] = ⎢ ⎥
⎢ −8 ⎥
⎢ 1 ⎥
⎢ ⎥
⎣⎢ − j 7 ⎦⎥

3.4.3. Matriz Quadrada

(A) Definição:

A matriz que possui o mesmo número de linha e colunas é chamada matriz quadrada, e o
número de linhas é igual a sua ordem8.

Seja então [A] = (aij )n×n uma matriz quadrada de ordem n, com n × n = n2 elementos:

8
No caso da matriz quadrada não utilizamos as expressões tamanho e tipo, conforme na matriz retangular; usamos
apenas ordem.

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⎡ a11 a12 a13 a1n ⎤


⎢a a22 a23 a2 n ⎥⎥
⎢ 21
[A] = ⎢a31 a32 a33 a3n ⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣an1 an 2 an 3 ann ⎥⎦

Nesta matriz devemos destacar dois conjuntos de elementos: a diagonal principal e a


diagonal secundária.

(B) Diagonal Principal:

É o conjunto dos n elementos aij para os quais i = j, isto é:

{aij | i = j} = {a11 , a22 , a33 , … , ann }

(C) Diagonal Secundária:

É o conjunto dos n elementos aij para os quais i + j = n + 1, ou seja:

{a ij | i + j = n + 1} = {a1n ; a2, n – 1 ; a3, n – 2 ; … ; an1}

(D) Elementos Não-Diagnonais:

Resumindo a situação: temos então que uma matriz quadrada de ordem n tem ao todo n2
elementos, sendo n situados na diagonal principal e n na secundária.

Para determinar o número de elementos situados fora de ambas as diagonais devemos levar
em conta dois casos:

(i) n par: não existe elemento comum a ambas as diagonais.

n.º elementos não-diagonais = n.º total de elementos – n.º de elementos da diagonal


principal (n) – n.º de elementos da diagonal secundária (n) = n 2 − n − n = n 2 − 2n

2
n.º elem n/d = n – 2n (1)

(ii) n ímpar: existe um elemento comum a ambas as diagonais.

n.º elementos não-diagonais = n.º total de elementos – n.º de elementos da diagonal


principal (n) – n.º de elementos da diagonal secundária (n – 1, pois o elemento comum
a ambas já foi computado na principal) = n 2 − n − (n − 1) = n 2 − 2n + 1 .

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n.º elem n/d = n 2 − 2n + 1 (2)

(E) Traço

O traço de uma matriz quadrada é definido como sendo a soma dos elementos de sua
diagonal principal, ou seja:

n
tr [A] = a11 + a22 + a33 + + ann = ∑ aii (3)
i =1

• Ilustração 3.8

Consideremos as seguintes matrizes:

⎡ 8 4 −2⎤
a) A matriz [A] = ⎢⎢ 5 7 − 3 ⎥⎥ é quadrada de ordem 3. Sua diagonal principal é {8 , 7, − 10} ,
⎢⎣− 1 9 − 10⎥⎦
sua diagonal secundária é {− 2 ,7, − 1}, e temos 4 elementos fora de ambas as diagonais
(3 2
)
− 2 × 3 + 1 = 4 , que são {4 , – 3, 9, 5} . Seu traço é tr [A] = 8 + 7 – 10 = 5.

⎡ 1 5 8 6⎤
⎢1 − j 3 −1 5 7 ⎥⎥
b) A matriz [B ] = ⎢ é quadrada de ordem 4. Sua diagonal principal
⎢ 3 2 + j2 4 9⎥
⎢ ⎥
⎣ 4 −7 2 − 6⎦
é {1 , – 1, 4, − 6}, sua diagonal secundária é {6 , 5, 2 + j2, 4}, e temos 8 elementos fora de
( )
ambas as diagonais 4 2 − 2 × 4 = 8 , que são {5 , 8, 7, 9, 2, –7, 1– j 3} . Seu traço é
tr [ A] = 1 − 1 + 4 − 6 = −2 .

EXEMPLO 3.3

⎧2i + 3 j se i ≥ j
Dada a matriz [A] = (aij )4×4 tal que aij = ⎨ , calcular a diferença entre o
⎩1 se i < j
produto dos elementos da diagonal principal e da diagonal secundária.

Solução:

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Diagonal principal:

a11 = 2 × 1 + 3 × 1 = 5 ⎫
a22 = 2 × 2 + 3 × 2 = 10 ⎪⎪
a33 = 2 × 3 + 3 × 3 = 15 ⎪
⎬ {aij | i = j}

a44 = 2 × 4 + 3 × 4 = 20 ⎪⎭

Diagonal secundária:

a14 = 1 ⎫
a23 = 1 ⎪
a32 = 2 × 3 + 3 × 2 = 12⎪

⎬ {aij | i + j = n + 1 = 4 + 1 = 5}

a41 = 2 × 4 + 3 ×1 = 11 ⎪⎭

Assim sendo temos:

5 × 10 × 15 × 20 – 1 × 1 × 12 × 11 = 14.868

3.4.4. Matriz Triangular

Uma matriz quadrada [A] , cujos elementos aij = 0, para i > j é chamada triangular
superior, enquanto que aquela cujos elementos aij = 0, para i < j, é chamada triangular inferior.
Assim sendo,

⎡a11 a12 a13 a1n ⎤


⎢0 a 22 a 23 a 2 n ⎥⎥

⎢0 0 a 33 a 3n ⎥ é triangular superior e
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 0 a nn ⎥⎦

⎡ a11 0 0 0⎤
⎢a a22 0 0 ⎥⎥
⎢ 21
⎢ a31 a32 a33 0 ⎥ é triangular inferior.
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ an1 an 2 an 3 ann ⎥⎦

• Ilustração 3.9

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⎡ 1 0 0⎤ ⎡2 − 3 5 4 ⎤
⎢0 7 − 6 − 20⎥
a) ⎢⎢− 3 4 0⎥⎥
b) ⎢ ⎥
⎢⎣ 5 0 2⎥⎦ ⎢0 0 1 14 ⎥
⎢ ⎥
⎣0 0 0 9 ⎦
(triangular inferior)
(triangular superior)

3.4.5. Matriz Diagonal

⎡a11 0 00⎤
⎢0a22 0 0 ⎥⎥

A matriz [A] = ⎢ 00 a33 0 ⎥ cujos elementos aij são nulos para i ≠ j
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ 0
0 0 ann ⎥⎦
que é ao mesmo tempo triangular superior e triangular inferior é chamada de matriz diagonal. Ela
também pode ser representada por

[A] = diag (a11, a22, a33, … , ann )

• Ilustração 3.10
As seguintes matrizes são diagonais:

⎡− 1 0 0⎤
a) [A] = ⎢⎢ 0 2 0⎥⎥
⎢⎣ 0 0 5⎥⎦

⎡2 0 0 0⎤
⎢0 4 0 0⎥⎥
b) [B ] = ⎢
⎢0 0 − 1 + j6 0⎥
⎢ ⎥
⎣0 0 0 9⎦

3.4.6. Matriz Escalar

Se na matriz diagonal tivermos a11 = a22 = a33 = = ann = k, ela é chamada de matriz
escalar.

• Ilustração 3.11
As seguintes matrizes são escalares:

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⎡2 0 0⎤ ⎡− 8 0 0 0⎤
⎢ 0 −8 0 0 ⎥⎥
a) [A] = ⎢⎢0 2 0⎥⎥
b) [B ] = ⎢
⎢⎣0 0 2⎥⎦ ⎢0 0 −8 0 ⎥
⎢ ⎥
⎣0 0 0 − 8⎦
(k = 2)
(k = – 8)

3.4.7. Matriz Identidade ou Matriz Unidade

Se na matriz diagonal tivermos a11 = a22 = a33 = = ann = 1, dizemos que ela é uma
matriz identidade de ordem n, indicada por [I n ] .

Uma outra maneira de se indicar a matriz identidade é


[I n ] = [δ ij ]
sendo δij o símbolo de Kronecker ou delta de Kronecker, isto é:

δij = 1 se i = j com i, j ∈ {1, 2, 3, … , n}

δij = 1 se i ≠ j com i, j ∈ {1, 2, 3, … , n}

• Ilustração 3.12

Temos as seguintes matrizes identidades:

a) matriz identidade de ordem 1 → [I1 ] = [1]

⎡1 0⎤
b) matriz identidade de ordem 2 → [I 2 ] = ⎢ ⎥
⎣0 1 ⎦

⎡1 0 0⎤
c) matriz identidade de ordem 3 → [I 3 ] = ⎢⎢0 1 0⎥⎥
⎢⎣0 0 1⎥⎦

⎡1 0 0 0⎤
⎢0 1 0 0 ⎥⎥

d) matriz identidade de ordem n → [I n ] = ⎢ 0 0 1 0⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 0 1 ⎥⎦

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3.4.8. Matriz Nula ou Matriz Zero

É toda matriz cujos elementos em sua totalidade são nulos.

• Ilustração 3.13

⎡0 0 0 ⎤
a) ⎢ ⎥ = [0] 2×3 é matriz nula do tipo 2 × 3.
⎣0 0 0 ⎦

⎡0 0 ⎤
b) ⎢ ⎥ = [0] 2×2 é matriz nula de ordem 2.
⎣0 0 ⎦

c) [0 0 0 0 0] = [0] 1×5 é matriz nula do tipo 1 × 5.

3.4.9. Igualdade de Matrizes

Duas matrizes [A] = (aij )m×n e [B ] = (bij )m×n são iguais quando apresentarem todos os
elementos correspondentes iguais, ou seja, quando a ij = b ij ∀ i ∈ {1, 2, 3, … , m} e ∀ j ∈
{1, 2, 3, … , n} .

• Ilustração 3.14

⎡ 3 − 2 3 ⎤ ⎡ 3 − 2 3⎤
a) ⎢⎢− 1 7 1⎥⎥ = ⎢⎢− 1 7 1⎥⎥ pois todos os elementos correspondentes são iguais.
⎢⎣ 2 − 4 0⎥⎦ ⎢⎣ 2 − 4 0⎥⎦

⎡1 − 3⎤ ⎡1 − 3⎤
b) ⎢ ⎥≠⎢ ⎥ pois a22 ≠ b22 o que evidencia o fato de que basta apenas dois
⎣7 − 4⎦ ⎣7 − 5⎦
elementos correspondentes não serem iguais para que não se verifique a igualdade de duas
matrizes.

EXEMPLO 3.4
Determine x e y de modo que se tenha

⎡x + y 1 ⎤ ⎡3 1⎤
⎢ −5 =⎢
⎣ x − y ⎦ ⎣− 5 − 1⎥⎦

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Solução:
Devemos ter:

⎧x + y = 3

⎩ x − y = −1

Somando membro as equações, obtemos:

2x = 2 ∴ x = 1

Substituindo o valor de x em uma das equações encontramos

y = 2.

3.4.10. Transposição de Matrizes

(A) Definição:

Chama-se matriz transposta de [A] = (aij )m×n a matriz [A] = (a′ji )n×m tal que a′ji = aij
t

∀ i ∈ {1, 2, 3, … , m} e ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n} . Isto significa que, por exemplo a11 ′ , a21


′ ,
′ , … , a′n1 são respectivamente iguais a a 11 , a 12 , a 13 , … , a 1n , valendo dizer que a 1.ª
a31
coluna de [A] é igual a 1.ª linha de [A] . Repetindo o raciocínio chegaríamos a conclusão
t

de que as colunas de [A] são, ordenadamente, iguais às linhas de [A] .


t

• Ilustração 3.15

Temos as matrizes a seguir e suas respectivas transpostas:

⎡ 2 3⎤
⎡ 2 4 0⎤
a) [A] = ⎢⎢4 1⎥⎥ → [A] = ⎢
t

⎢⎣0 6⎥⎦ ⎣ 3 1 6⎦

⎡1⎤
⎢− 3⎥
b) [B ] = [1 − 3 4 8] → [B ] = ⎢ ⎥
t

⎢4⎥
⎢ ⎥
⎣8⎦

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⎡ 1 −2 0 ⎤ ⎡1 4 −3 ⎤

c) [C ] = ⎢ 4 ⎥ ⎢
6 1 + j 2 ⎥ → [C ] = ⎢− 2
t
6 − 1 ⎥⎥
⎢⎣− 3 − 1 3 − j 4⎥⎦ ⎢⎣ 0 1 + j 2 3 − j 4⎥⎦

(B) Propriedade:

{[A] } = [A]
t t

Demonstração:

[A] t = a′ji = aij

{[A] } = a′′ = a′
t t
ij ji = aij ⇒ {[A] } = [A]
t t

Observação: No decorrer da apresentação de outros assuntos serão apresentadas outras


propriedades envolvendo a transposição de matrizes.

3.4.11. Matriz Oposta

Dadas duas matrizes [A] = (aij )m×n e [B ] = (bij )m×n , dizemos que [B ] é matriz oposta de [A]
se todos os elementos de [B ] são os opostos9 dos elementos correspondentes de [A] , ou seja:

[B] = [− A] ⇔ bij = – aij ∀ i ∈ {1, 2, 3, … , m} e ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}

• Ilustração 3.16

Temos as matrizes a seguir e suas respectivas opostas:

1 − 4⎤ ⎡ −1
[A] = ⎡⎢
4 ⎤
a) ⎥ ⇔ [B ] = −[ A] = ⎢ ⎥
⎣7 3⎦ ⎣− 7 − 3 ⎦

b) [C ] = [1 2 − j3 0 ] [
5 ⇔ [D ] = −[C ] = − 1 − 2 + j 3 0 − 5 ]

9
Em Álgebra dizemos que dois números são opostos ou simétricos quando eles têm mesmo módulo mas sinais
contrários. Por exemplo: 2 e – 2; – 5 e 5; etc.
Em matrizes, utilizamos o termo oposta para indicar oposição de sinais, visto que o termo simétrica será guardado para
uma próxima aplicação.

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3.4.12. Matriz Conjugada

(A) Definição:

Chama-se matriz conjugada de [A] = (aij )m×n a matriz [A] = aij*


*
( )m× n
em que cada elemento
aij* é o conjugado do elemento correspondente na matriz [A] .

(B) Propriedade:

{[A] } = {[A] }
t * * t

Demonstração:

Temos que

[A] t ⇒ a′ji = aij = x +jy

{[A] } ⇒ a′′ = (a′ )


t *
ji ji
*
= aij* = x − jy (1)

[A] * ⇒ aij′ = aij* = x − jy

{[A] } ⇒ a′′ = a′ = a
t t
ji ij
*
ij = x − jy (2)

De (1) (e) vem que

{[A] } = {[A] }
t * * t

(C) Notação Especial:

Use-se a notação especial [A] para a transposta conjugada de [A] , e deve-se notar que se
H

[A] é uma matriz real então [A] H


= [ A] .
t

• Ilustração 3.17

2 + j8 5 − j 3 4 − j 7 ⎤ ⎡2 − j8 5 + j 3 4 + j 7 ⎤
a) [A] = ⎡⎢ ⎥ ⇔ [A] = ⎢
*

⎣ j6 1 − j 4 3 + j 2⎦ ⎣ − j6 1 + j 4 3 − j 2⎦

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b) [B] = [3 2 − j 5 4 + j8] ⇔ [B ] = [3 2 + j 5 4 − j8]


*

EXEMPLO 3.5

⎡ 2 − j 3 5 + j 8⎤
Dada a matriz [A] = ⎢⎢ − 4 3 − j 7 ⎥⎥ determinar [A] .
H

⎢⎣− 6 − j j 5 ⎥⎦

Solução:

Sabemos que [A] =


H
{[A] }
t *
logo,

⎡2 − j 3 − 4 − 6 − j⎤ ⎡(2 − j 3)* (− 4)* (− 6 − j )* ⎤ =


*

[A] H
=⎢ = ⎢ ⎥
⎣5 + j 8 3 − j 7 j 5 ⎥⎦ ⎣(5 + j8)
*
(3 − j 7 )* ( j5)* ⎦

⎡2 + j 3 − 4 − 6 + j ⎤
=⎢ ⎥
⎣5 − j8 3 + j 7 − j 5 ⎦

3.4.13. Matriz Simétrica

Conforme já mencionado na seção 3.2 os elementos de uma matriz podem ser números
reais e ou complexos. Se todos os elementos da matriz são reais, ela é dita real.

A matriz quadrada real é dita simétrica se ela é igual a sua transposta, isto é, se

[A] t = [A]
decorrendo da definição que se [A] = (a ij ) é uma matriz simétrica, temos:

aij = aji, ∀ i, ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}

isto é os elementos simetricamente dispostos em relação à diagonal principal são iguais.

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Ilustração 3.18
São simétricas as seguintes matrizes:
1 − 3⎤
a) [A] = ⎡⎢ ⎥
⎣− 3 4 ⎦
⎡1 2 4 ⎤
b) [B ] = ⎢⎢2 5 6⎥⎥
⎢⎣4 6 3⎥⎦

⎡a b c⎤
c) [C ] = ⎢⎢b d e ⎥⎥
⎢⎣ c e f ⎥⎦

3.4.14. Matriz Anti-Simétrica


Denomina-se matriz anti-simétrica toda matriz quadrada real [A] tal que

[A] t = −[A]

decorrendo da definição que se [A] = (a ij ) é uma matriz anti-simétrica, temos:

aij = – aji, ∀ i, ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}

ou seja, os elementos simetricamente dispostos em relação à diagonal principal são opostos, e


os elementos dessa diagonal são nulos, pois para i = j temos aii = – aii, o que só é possível se aii =
0 ∀ i.

• Ilustração 3.19
São anti-simétricas as seguintes matrizes:

[A] = ⎡⎢
0 1⎤
a) ⎥
⎣ − 1 0⎦
⎡ 0 −1 4 ⎤
b) [B ] = ⎢⎢ 1 0 − 5⎥⎥
⎢⎣− 4 5 0 ⎥⎦

⎡ 0 a b⎤

c) [C ] = ⎢− a 0 c ⎥⎥
⎢⎣ − b − c 0⎥⎦

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⎡ 0 a b c⎤
⎢− a 0 d e ⎥⎥
d) [D ] = ⎢
⎢− b − d 0 f⎥
⎢ ⎥
⎣− c − e −f 0⎦

EXEMPLO 3.6

Determinar x, y e z para que a matriz

⎡0 − 4 2 ⎤

[A] = ⎢ x 0 1 − z ⎥⎥
⎢⎣ y 2 z 0 ⎥⎦

seja anti-simétrica.

Solução:

Da definição de matriz anti-simétrica vem

⎧x = 4

⎨ y = −2
⎪2 z = −(1 − z )∴ 2 z = z − 1∴ z = −1

EXEMPLO 3.7

Determinar os elementos incógnitos da matriz a seguir sabendo-se que a mesma é anti-


simétrica.

⎡2 + a ⎤
⎢ ⎥
[A] = ⎢ − a b − 1

⎢ b 3
⎣ − c c − 4⎥⎦

Solução:

Da definição de matriz anti-simétrica temos:

⎧2 + a = 0 → a = −2
⎪ 1 1
⎨b − = 0 → b =
⎪ 3 3
⎩c − 4 = 0 → c = 4

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Temos também que:

⎧a12 = a = −2
⎪ 1
⎨a13 = −b = −
⎪ 3
⎩ a 23 = c = 4

3.4.15. Matriz Hermitiana

Denomina-se matriz hermitiana a toda matriz quadrada complexa [A] tal que
{[A] }
t
= [A] , ou seja, que é igual a sua transposta conjugada. Neste caso a matriz recebe uma
*

notação especial, já vista subseção 3.3.12,

[A] = {[A] t } = [A] H


*

Decorre então da definição que se [A] = (aij ) é uma matriz hermitiana, temos:

a ij = (a ji ) , ∀ i, ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}
*

ou seja, os elementos simetricamente dispostos em relação à diagonal principal são


conjugados, e os elementos dessa diagonal devem ser reais, pois para i = j devemos ter a ii = a ii* ,
o que só é possível se aii ∈ R ∀ i.

H
{ }
Observação: A notação [A] = [A] , conforme já havíamos afirmado na subseção
t *

3.3.12, não significa que a matriz em questão seja necessariamente hermitiana. No exemplo 5 temos
uma situação na qual [A] ≠ [A] , o que nos leva a concluir que aquele exemplo a matriz [A] não é
H

hermitiana.

• Ilustração 3.20

As seguintes matrizes são hermitianas:

⎡ 1 2 + j 3 1 − j 6⎤

a) [A] = ⎢2 − j 3 3 0 ⎥⎥
⎢⎣1 + j 6 0 5 ⎥⎦

⎡ 3 1 − j 2 4 + j 7⎤

b) [B ] = ⎢1 + j 2 −4 − j 2 ⎥⎥
⎢⎣4 − j 7 j2 2 ⎥⎦

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⎡ 1 1 − j 2⎤
c) [C ] = ⎢⎢1 + j 3 j ⎥⎥
⎢⎣ 2 − j 0⎥⎦

3.4.16. Matriz Anti-Hermitiana

Denomina-se matriz anti-hermitiana toda matriz quadrada complexa [A] tal que
{[A] } = −[A] , ou seja, que é igual à oposta de sua transposta conjugada, e podemos escrever
t *

[A] = −{[A] t } = −[ A]
* H

Da definição temos pois que se [A] = (aij ) é uma matriz anti-hermitiana devemos ter:

( )
a ij = − a *ji , ∀ i, ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}

ou seja, os elementos simetricamente dispostos em relação à diagonal principal são opostos


conjugados, e os elementos dessa diagonal devem ser nulos ou imaginários puros, pois, para i
= j , temos a ii = −(a ii ) , o que só é possível se aii = 0 ou aii = jy (imaginário puro) ∀i.
*

• Ilustração 3.21
São anti-hermitianas as seguintes matrizes:
2 + j 5⎤
[A] = ⎡⎢
0
0 ⎥⎦
a)
⎣− 2 + j5

⎡ 0 − 3 + j2 j4 ⎤

b) [B ] = ⎢3 + j 2 0 − j 5⎥⎥
⎢⎣ j 4 − j5 0 ⎥⎦

⎡ j 1 − j 2 2⎤

c) [C ] = ⎢− 1 − j 2 j3 j ⎥⎥
⎢⎣ − 2 j 0⎥⎦

3.4.17. Soma ou Adição de Matrizes


(A) Definição:
Dadas duas matrizes [A] = (aij )m×n e [B ] = (bij )m× n denomina-se soma [A] + [B ] a matriz
[C ] = (cij )m×n tal que cij = aij + bij , ∀ i, ∀ j. Isto equivale a dizer que a soma de duas matrizes [A] e

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[B] do tipo m × n é uma matriz [C ] do mesmo tipo, em que cada elemento é a soma dos elementos
correspondentes em [A] e [B ].

• Ilustração 3.22

⎡2 4 6⎤ ⎡− 3 9 11⎤ ⎡2 + (− 3) 4+9 6 + 11⎤ ⎡− 1 13 17 ⎤


a) ⎢ ⎥ +⎢ ⎥ =⎢ =
⎣0 2 7 ⎦ ⎣ 5 − 8 1 ⎦ ⎣ 0 + 5 2 + (− 8) 7 + 1 ⎥⎦ ⎢⎣ 5 − 6 8 ⎥⎦

⎡ 5 ⎤ ⎡ 0 ⎤ ⎡ 5+0 ⎤ ⎡ 5 ⎤
⎢ 11 ⎥ ⎢− 2⎥ ⎢11 + (− 2)⎥ ⎢ 9 ⎥
b) ⎢ 3 ⎥ + ⎢ ⎥ = ⎢ 3 ⎥=⎢ ⎥
⎢ 4 ⎥ ⎢ 1 ⎥ ⎢ 4 + 1 ⎥ ⎢ 74 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣− 9⎦ ⎣ 8 ⎦ ⎣ (− 9) + 8 ⎦ ⎣− 1⎦

⎡2 + j 5 3⎤ ⎡ j 2 − 4 + j8⎤ ⎡ (2 + j 5) + ( j 2) 3 + (− 4 + j8)⎤
⎢3 − j 9 +⎢ =⎢ =
⎣ 1⎦ ⎣− 3 + j 4 1 + j ⎦ ⎣(3 − j9) + (− 3 + j 4) 1 + (1 + j ) ⎥⎦
⎥ ⎥
c)
⎡2 + j 7 − 1 + j8⎤
=⎢
⎣ − j5 2 + j ⎥⎦

(B) Propriedades:

A adição de matrizes possui as seguintes propriedades:

(1.ª) Comutativa: [A] + [B ] = [B ] + [A]

(2.ª) Associativa: [A] + {[B ] + [C ]} = {[A] + [B ]}+ [C ]

(3.ª) Elemento Neutro: [A] + [0] = [A]

(4.ª) Elemento Oposto: [A] + [− A] = [0]

(5.ª) Transposição: { [A] + [B] }t = [A] t + [B] t

onde [A] , [B ] , [C ] e [0] são matrizes do tipo m × n. Estas propriedades são conseqüências de
propriedades análogas da adição no conjunto dos números complexos. Assim, ∀ i ∈ {1, 2, 3, … , m} e
∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n} .

Demonstrações:

⎧[X ] = [A] + [B ] ⇒ xij = aij + bij ⎫


(1.ª) ⎨ ⎬ ⇒ xij = yij ⇒ [ X ] = [Y ]
⎩[Y ] = [B ] + [ A] ⇒ y ij = bij + aij ⎭

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⎧[X ] = [A] + { [B ] + [C ] } ⇒ xij = aij + (bij + cij )⎫


⎬ ⇒ xij = yij ⇒ [X ] = [Y ]
⎩[Y ] = { [ A] + [B ] } + [C ] ⇒ xij = (aij + bij ) + cij ⎭
(2.ª) ⎨

(3.ª) [X ] = [A] + [0] ⇒ xij = aij + 0 = aij ⇒ [X ] = [A]

(4.ª) [X ] = [A] + [− A] ⇒ xij = aij − aij = 0 ⇒ [X ] = [0]

Devido à propriedade associativa, a definição de adição pode ser generalizada para n ≥ 2


matrizes. Por exemplo, temos:

[A] + [B] + [C ] + [D] = [X ] ⇔ [X ] = ( [A] + [B] ) + ( [C ] + [D] )


já definidas

5.ª) Sendo [A] = (aij )m×n , [A] t = (a′ji )n×m , [B] = (bij )m×n , [B] t = (b′ji )n×m , [A] + [B] = (cij )m×n e
{ [A] + [B] }t = (c′ji )n×m

temos que:

c′ji = cij ⇒ c′ji = aij + bij ⇒ c′ji = a′ji + b′ji ⇒ { [A] + [B ] } = [A] + [B ]
t t t

• Ilustração 3.23

Sejam

1 − 3⎤
[A] = ⎡⎢ ⎥
⎡2 8 ⎤
, [B ] = ⎢ ⎥
⎣2 7 ⎦ ⎣6 4⎦

Temos então:

[A] + [B] = ⎡⎢
3 5⎤ ⎡3 8 ⎤
⇒ { [A] + [B ] } = ⎢
t
⎥ ⎥
⎣8 11⎦ ⎣5 11⎦

Logo, { [A] + [B]}t = [A] t + [B] t


1 2⎤ ⎫
[A] t = ⎡⎢ ⎥⎪
⎣− 3 7⎦ ⎪[ A] t + [B ] t = ⎡3 8 ⎤
⎬ ⎢5 11⎥
⎡2 6⎤ ⎪ ⎣ ⎦
[B] = ⎢ ⎥ ⎪
t

⎣8 4 ⎦ ⎭

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EXEMPLO 3.8

Determinar α, β, γ e δ de modo a que se tenha

⎡α 1⎤ ⎡3 β ⎤ ⎡ 5 1 ⎤
⎢ 1 2⎥ + ⎢0 − 4⎥ = ⎢γ δ ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦

Solução:
Devemos ter:

α+3=5∴α=2

1 + β =1 ∴β = 0

1+0=γ∴γ =1

2 – 4 = δ ∴δ = –2

EXEMPLO 3.9
Determine x e y de modo que se tenha

⎡ y3 3x ⎤ ⎡− y x 2 ⎤ ⎡− 1 1 ⎤ ⎡ 5 1 ⎤
⎢ 2 ⎥+⎢ ⎥+⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣y 4 x⎦ ⎣ 2 y x 2 ⎦ ⎣ 2 2⎦ ⎣10 − 1⎦

Solução:
Devemos por definição satisfazer ao sistema:

⎧ y − y −1 = 5 → y − y − 6 = 0
3 3 10

⎨ 2
⎩ y + 2 y + 2 = 10 → y + 2 y − 8 = 0
2

y=2

− 2 ± 4 + 32 − 2 ± 6 ⎧ y = −4
y= = ⎨
2 2 ⎩ y = 2 (*)

10 3
A solução da equação cúbica y – y – 6 = 0 está além do nível deste curso, mas existe uma alternativa: calcular as
2
raízes da equação seguinte, y + 2y – 8 = 0, que são y = 2 e y = 4 e, voltando na equação cúbica, verificar que apenas a
raiz y = 2 verifica ambas as equações.
Ao estudante interessado, que pretenda aprofundar seus estudos, adiantamos que as raízes da equação cúbica em
questão são: 2, – 1 + j 2 e – 1 – j 2 .

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⎧ ⎧x = 0
⎪3x + x + 1 = 1 → x + 3x = 0 → x( x + 3) = 0⎨
2 2

⎨ ⎩ x = −3
⎪ 4 x + x 2 + 2 = −1 → x 2 + 4 x + 3 = 0

x=–3

− 4 ± 16 − 12 − 4 ± 2 ⎧ x = −3
x= = ⎨
2 2 ⎩ x = −1

EXEMPLO 3.10
Uma fábrica produz um certo refrigerante. Os custos relativos à compra e transporte de
quantidades específicas dos ingredientes necessários para a sua produção, adquiridas em duas
localidades (fornecedoras) distintas são dadas respectivamente pelas seguintes matrizes:

Ingredientes Preço de Compra Custo de Transporte


a ⎡8 12⎤
⎢14 4 ⎥⎥ = [ A]
b ⎢
c ⎢⎣ 3 3 ⎥⎦

Ingredientes Preço de Compra Custo de Transporte


a ⎡6 11⎤
⎢17 5 ⎥⎥ = [B ]
b ⎢
c ⎢⎣ 4 2 ⎥⎦

Determinar a matriz que representa os custos totais de compra e de transporte dos


ingredientes a, b e c.
Solução:

⎡ 8 + 6 12 + 11⎤ ⎡14 23⎤


[C ] = [A] + [B] = ⎢⎢14 + 17 4 + 5 ⎥⎥ = ⎢⎢31 9 ⎥⎥
⎢⎣ 3 + 4 3 + 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 7 5 ⎥⎦

3.4.18. Subtração ou Diferença de Matrizes

Definição:

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Dadas duas matrizes [A] = (aij )m×n e [B ] = (bij )m×n , denomina-se diferença [A] − [B] a
matriz [C ] = (c ij )m×n tal que cij = aij – bij, ∀i e ∀j. Isto equivale a dizer que a diferença entre duas
matrizes [A] e [B ] do tipo m × n é uma matriz [C ] do mesmo tipo, em que cada elemento é a
diferença dos elementos correspondentes em [A] e [B ] .

• Ilustração 3.24

a) ⎡2 1 3 − 9⎤ ⎡5 2 − 7 − 8⎤
⎢ 4 8 − 7 6 ⎥ − ⎢ 3 4 1 − 5⎥ =
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎡2 − 5 1 − 2 3 − (− 7 ) − 9 − (− 8)⎤ ⎡− 3 − 1 10 − 1⎤
=⎢ =
⎣4 − 3 8 − 4 − 7 − 1 6 − (− 5) ⎥⎦ ⎢⎣ 1 4 − 8 11 ⎥⎦

b) ⎡2 + j 3 4 − j 7 ⎤ ⎡− 4 − j8 3 − j11⎤
⎢1 + j 5 − 2 − j 4 ⎥ − ⎢ 2 + j 2 5 + j 3 ⎥ =
⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎡(2 + j 3) − (− 4 − j8) (4 − j 7 ) − (3 − j11)⎤ ⎡ 6 + j11 1 + j 4 ⎤
=⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣ (1 + j 5) − (2 + j 2 ) (2 + j 2 ) − (5 + j 3) ⎦ ⎣− 1 + j 3 − 3 − j ⎦

EXEMPLO 3.11

⎡5 4⎤ ⎡ − 3 2⎤ ⎡5 − 1 ⎤
Calcular [A] − [B ] + [C ] sabendo-se que [A] = ⎢ ⎥ , [B ] = ⎢ ⎥ e [C ] = ⎢ ⎥
⎣3 2 ⎦ ⎣ − 1 0⎦ ⎣ 2 − 4⎦

Solução:

5 − (− 3) + 5 4 − 2 + (− 1) ⎤ ⎡13 1 ⎤
[A] − [B ] + [C ] = ⎡⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣ 3 − (− 1) + 2 2 − 0 + (− 4)⎦ ⎣ 6 − 2⎦

3.4.19. Produto de um Número Complexo por uma Matriz

(A) Definição:

Dada a matriz [A] = (aij )m×n e o número complexo z, chama-se produto de z por [A] , que
se indica por z [A] , a matriz [B ] = (bij )m×n cujos elementos são iguais aos elementos correspondentes
de [A] multiplicados por z. Em símbolos:

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[B] = z [A] ⇔ bij = zaij, ∀i ∈ {1, 2, 3, … , m} e ∀j ∈ {1, 2, 3, … , n}

• Ilustração 3.25

⎡2 3 ⎤ ⎡3 × 2 3 × 3 ⎤ ⎡6 9 ⎤
a) 3⎢ ⎥ =⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣1 − 4⎦ ⎣ 3 × 1 3 × (− 4)⎦ ⎣3 − 12⎦

1⎡ 4 2 0⎤ ⎡ 12 × 4 ×2
1 1
× 0⎤ ⎡ 2 1 0⎤
=⎢ 2 2
⎥ =⎢
2 ⎢⎣− 2 − 6 8⎥⎦ ⎣ 12 × (− 2 ) × 8⎦ ⎣− 1 − 3 4⎥⎦
b) 1
( )
2× −6
1
2

⎡1 + j 2⎤ ⎡(− 2 )× (1 + j 2 )⎤ ⎡− 2 − j 4⎤
c) (− 2 )⎢⎢ − 3 ⎥⎥ = ⎢⎢ (− 2 )× (− 3) ⎥⎥ = ⎢⎢ 6 ⎥⎥
⎢⎣ 4 ⎥⎦ ⎢⎣ (− 2 )× 4 ⎥⎦ ⎢⎣ − 8 ⎥⎦

3 + j 2 − 1 − j ⎤ ⎡(2 + j 3)× (3 + j 2) (2 + j3)× (− 1 − j )⎤ ⎡ j13 1 − j 5⎤


(2 + j3)⎡⎢ = =
0 ⎥⎦ ⎢⎣ (2 + j 3)× 5 (2 + j3)× 0 ⎥⎦ ⎢⎣10 + j15 0 ⎥⎦
d)
⎣ 5
(os cálculos intermediários deste item da ilustração vêm logo a seguir)

É claro que os números complexos podem ser multiplicados tanto na forma retangular
quanto na polar, embora tal operação nesta última forma seja mais fácil. A menos que o estudante
possua uma calculadora HP apropriada, que executa o produto, diretamente, tanto em uma forma
quanto em outra. Uma calculadora dessa natureza admite até que cada número esteja em uma
forma, e dá a opção de resposta em ambas as formas.

No entanto, vamos partir do pressuposto que poucos possuam uma calculadora com
tais recursos, e que a disponível faça, no máximo, as conversões polar → retangular e
retangular → polar.

Temos então duas opções:

1.ª) Trabalhar na forma retangular e converter a forma polar no final:

3 + j2 –1–j 2 + j3
2 + j3 – 2 + j3 2+5
6 + j4 – 2 – j2 10 + j15 = 18,0280 56,31º
6 + j9 – 6 – 2 – j3 + 3
6 +j13 = 13 90º – 1 – j5 = 5,0990 – 78,69º

e o resultado do produto é:

⎡ j13 1 − j 5⎤ ⎡ 13 90º 5,0990 − 78,69º ⎤


⎢10 + j15 ⎥ =⎢ ⎥
⎣ 0 ⎦ ⎣18,0280 56,31º 0 ⎦

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2.ª) Converter os números para a forma polar, efetuar as multiplicações, e depois voltar à
forma retangular:

2 + j3 = 3,6056 56,31º ; 5 = 5 0º

3 + j2 = 3,6056 33,69º

– 1 – j = 1,4142 – 135º

1 – j5 = 5,0990 –78,69º

Efetuando os produtos obtemos:

(3,6056 56,31º ) (3,6056 33,69º ) = 13 90º = j13

(3,6056 56,31º ) (1,4142 − 135º ) = 5,0990 –78,69º = 1 – j5

(3,6056 56,31º ) (5 0º ) = 18,0280 56,31º = 10 + j15

Finalmente,

⎡ 13 90º 5,0990 − 78,69º ⎤ ⎡ j13 1 − j 5⎤


⎢18,0280 56,31º ⎥ =⎢
⎣ 0 ⎦ ⎣10 + j15 0 ⎥⎦

(B) Propriedades:

O produto de um número complexo por uma matriz goza das seguintes propriedades:

1.ª) z1 ( z 2 [A]) = ( z1 z 2 )[A]

2.ª) z1 ([A] + [B ]) = z1 [ A] + z1 [B ]

3.ª) (z1 + z 2 )[A] = z1 [A] + z 2 [A]

4.ª) 1[ A] = [ A]

5.ª) {z1[ A] } = z1 [A]


t t

onde [A] e [B ] são matrizes do tipo m × n e z1 e z2 são números complexos.

Estas propriedades também são conseqüências de propriedades análogas da multiplicação


no corpo complexo. Suas demonstrações são imediatas.

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EXEMPLO 3.12

Resolver a equação matricial

[X ] + ⎡⎢
1 3 5⎤ ⎡6 7 0⎤ ⎡4 5 2⎤
⎥ =⎢ ⎥−⎢ ⎥
⎣7 9 − 1⎦ ⎣− 1 − 3 − 1⎦ ⎣− 1 0 − 4⎦

Solução:

Temos que:

[X ] = ⎡⎢
6 7 0 ⎤ ⎡ 4 5 2 ⎤ ⎡1 3 5 ⎤
⎥−⎢ ⎥−⎢ ⎥
⎣− 1 − 3 − 1⎦ ⎣− 1 0 − 4⎦ ⎣7 9 − 1⎦

ou seja,

6 − 4 −1 7−5−3 0−2−5
[X ] = ⎡⎢ ⎤

⎣− 1 − (− 1) − 7 − 3 − 0 − 9 − 1 − (− 4 ) − (− 1)⎦

Finalmente,

− 1 − 7⎤
[X ] = ⎡⎢
1

⎣− 7 − 12 4 ⎦

EXEMPLO 3.13

Resolver a equação matricial

[X ] + [C ] = 2[A] + 3[B]
sendo dadas:

⎡1 4⎤ ⎡1 2⎤ ⎡4 1⎤
⎢3 ⎥
5⎥ ⎢1 ⎥
2⎥ ⎢5 1⎥⎥
[A] = ⎢ , [B ] = ⎢ e [C ] = ⎢
⎢0 2⎥ ⎢1 3⎥ ⎢7 2⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣− 1 7⎦ ⎣1 3⎦ ⎣11 3⎦

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Solução:

Temos então:

[X ] = 2[A] + 3[B] − [C ]
ou seja,

⎡ 2 8 ⎤ ⎡3 6⎤ ⎡ 4 1⎤ ⎡ 2 + 3 − 4 8 + 6 −1 ⎤
⎢ 6 10⎥ ⎢3 6⎥⎥ ⎢⎢ 5 ⎥
1 ⎥ ⎢ 6 + 3 − 5 10 + 6 − 1⎥⎥

[X ] = ⎢ ⎥+⎢ − =
⎢0 4 ⎥ ⎢3 9⎥ ⎢ 7 2⎥ ⎢ 0 + 3 − 7 4+9−2⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣− 2 14⎦ ⎣3 9⎦ ⎣11 3⎦ ⎣− 2 + 3 − 11 14 + 9 − 3⎦
= 2[ A] = 3[ B ] =[C ]

Finalmente,

⎡ 1 13 ⎤
⎢ 4 15 ⎥⎥
[X ] = ⎢
⎢−4 11 ⎥
⎢ ⎥
⎣− 10 20⎦

EXEMPLO 3.14

Resolver o sistema de equações matriciais

⎧[X ] + [Y ] = 2[A] + 3[B ]



⎩[X ] − [Y ] = 4[A] − [B ]

sendo dadas as matrizes

⎡3 7 ⎤ ⎡ 2 4⎤
[A] = ⎢4 2⎥ e [B] = ⎢⎢− 1 5⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣1 9 ⎥⎦ ⎢⎣ 3 7 ⎥⎦

Solução:

Somando membro a membro as equações do sistema, temos:

2[X ] = 6[ A] + 2[B ] ⇒ [ X ] = 3[ A] + [B ]

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Subtraindo membro a membro as equações do sistema, temos:

2[Y ] = −2[A] + 4[B ] ⇒ [Y ] = 2[B ] − [A]

Assim sendo,

⎡ 9 21⎤ ⎡ 2 4⎤ ⎡11 25⎤


[X ] = ⎢⎢12 6 ⎥⎥ + ⎢⎢− 1 5⎥⎥ = ⎢⎢11 11⎥⎥
⎢⎣ 3 27⎥⎦ ⎢⎣ 3 7 ⎥⎦ ⎢⎣ 6 34⎥⎦
=3[ A ] =[ B ]

⎡ 4 8 ⎤ ⎡ 3 7 ⎤ ⎡ 1 1⎤ ⎡ 4 8 ⎤ ⎡ 3 7 ⎤ ⎡ 1 1⎤
[Y ] = ⎢− 2 10⎥ − ⎢4 2⎥ = ⎢− 6 8⎥ [Y ] = ⎢⎢− 2 10⎥⎥ + ⎢⎢4 2⎥⎥ = ⎢⎢− 6 8⎥⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ 6 14⎥⎦ ⎢⎣1 9 ⎥⎦ ⎢⎣ 5 5⎥⎦ ⎢⎣ 6 14⎥⎦ ⎢⎣1 9⎥⎦ ⎢⎣ 5 5⎥⎦
= 2[B ] =[ A ] = 2[B ] =[ A ]

EXEMPLO 3.15

a) Se [A] é uma matriz simétrica e k é um escalar, demonstre que k [A] também é uma matriz
simétrica.

b) Se [A] é uma matriz anti-simétrica e k é um escalar, demonstre que k [A] também é uma matriz
anti-simétrica.

Demonstração:

a) Se [A] é simétrica temos [A] = [A] o que implica em aij = aji , ∀ i, ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}
t

Temos que k [A] é de tal forma que

aij′ = kaij e a′ji = ka ji

Uma vez que aij = aji temos também que aij′ = a′ji , o que evidencia o fato de k [A] ser também
simétrica.

b) Se [A] é anti-simétrica temos [A] = −[A] o que implica em aij = – aji , ∀ i, ∀ j ∈ {1, 2, 3, … , n}
t

Temos que k [A] é de tal forma que

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aij′ = kaij e a′ji = ka ji

Uma vez que aij = – aji temos também que a ij′ = −a ′ji , o que evidencia o fato de que k [A] ser
também anti-simétrica.

EXEMPLO 3.16
a) Sabendo-se que [A] é uma matriz quadrada demonstre que [A] + [A] é uma matriz simétrica.
t

b) Sabendo-se que [A] é uma matriz quadrada demonstre que [A] − [A] é uma matriz anti-
t

simétrica.

⎡2 3⎤
c) Escreva a matriz [A] = ⎢ ⎥ como a soma de uma matriz simétrica [B ] e uma anti-simétrica
⎣7 8⎦
[C ] .

Solução:

a) Se [A] + [A] for simétrica então devemos ter


t
{[A] + [A] } = [A] + [A]
t t t

Determinação de {[A] + [A] } : t t

{[A] + [A] } = [A]


t t t
+ [A] = [ A] + [A]
t

e está demonstrado que [ A] + [ A] é simétrica.


t

b) Se [ A] − [ A] for simétrica então devemos ter


t
{[A] − [A] } = −{[A] − [A] }.
t t t

Determinação {[A] − [A] } :


t t

{[A] − [A] } = [A]


t t t
{
− [A] = − [A] − [A]
t
}
e está demonstrado que [ A] − [ A] é anti-simétrica.
t

c) Do item (a) sabemos que [ A] + [ A] é uma matriz simétrica, logo:


t

[A] + [A] t = ⎡⎢
2 3⎤ ⎡2 7⎤ ⎡ 4 10⎤
⎥+⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣7 8⎦ ⎣3 8⎦ ⎣10 16⎦

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De forma semelhante (pelo item (b)) sabemos que [ A] − [ A] é uma matriz anti-simétrica, de
t

modo que:
2 3⎤ ⎡2 7 ⎤ ⎡0 − 4⎤
[A] − [A] t = ⎡⎢ ⎥−⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣7 8⎦ ⎣3 8 ⎦ ⎣4 0 ⎦

Somando [A] + [A] + [A] − [A] obtemos 2 [A] , logo


t t

[A] = 1 {[A] + [A] t }+ 1 {[A] − [A] t }


2 2
[B ] [C ]
Finalmente:

[B] = 1 ⎡⎢
4 10⎤ ⎡2 5⎤
=
2 ⎣10 16⎥⎦ ⎢⎣5 8⎥⎦

0 − 4⎤ ⎡0 − 2⎤
[C ] = 1 ⎡⎢ =
2 ⎣4 0 ⎥⎦ ⎢⎣2 0 ⎥⎦

EXEMPLO 3.17

a) Sabendo-se que [A] é uma matriz quadrada complexa demonstre que [A] + {[A] }
t *
é uma matriz
hermitiana.

b) Sabendo-se que [A] é uma matriz quadrada complexa demonstre que [A] − {[A] }
t *
é uma matriz
anti-hermitiana.

⎡2 + j 6 5 + j 3 ⎤
c) Escreva a matriz [A] = ⎢ ⎥ como a soma de uma matriz hermitiana [B ] e uma anti-
⎣ 9 − j 4 − j 2⎦
hermitiana [C ] .

Solução:

{[A] } {[A] + {[A] } } ⎫⎬⎭ = [A]


*

a) Se [A] +
t
t * t *
for hermitiana devemos ter ⎨

{ {[A] } } ⎫⎬⎭ :
*

Determinação de ⎨ [A] +
t
t *

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{ {[A] } } ⎫⎬⎭ = {[A] } = {[A] } + [A] = [A] + {[A] }


*

⎨ [A] + + [ A]
t
t * t * * t * t *

e está demonstrado que [A] + {[A] } t *


é hermitiana.

{[A] } { {[A] } } { {[A] } }


*
⎧ ⎫
b) Se [A] − for anti-hermitiana devemos ter ⎨ [A] − ⎬ = − [ A] −
t
t * t * t *

⎩ ⎭

{ {[A] } } ⎫⎬⎭ :
*

Determinação de ⎨ [A] −
t
t *

{[A] − {[A] } } ⎫⎬⎭ } = {[A] } − [A] = −{[A] − {[A] } }


{[A]
*

− [A]
t
t * * * t * t *
=
t


Do item (a) sabemos que [A] + {[A] } é uma matriz hermitiana, logo:
t *
c)

⎡2 + j 6 5 + j 3⎤ ⎡(2 + j 6)* (9 − j )* ⎤
{ }
[A] + [A] = ⎢ t *
⎥+⎢ *⎥
=
⎣ 9 − j 4 − j 2⎦ ⎣ (5 + j 3) (4 − j 2 ) ⎦
*

⎡2 + j 6 5 + j 3 ⎤ ⎡2 − j 6 9 + j ⎤ ⎡ 4 14 + j 4⎤
=⎢ ⎥ +⎢ ⎥ =⎢
⎣ 9 − j 4 − j 2⎦ ⎣ 5 − j 3 4 + j 2⎦ ⎣14 − j 4 8 ⎥⎦

De forma semelhante (pelo item (b)) sabemos que [A] − [ A] { } t *


é uma matriz anti-hermitiana, de
modo que:

⎡2 + j 6 5 + j 3⎤ ⎡(2 + j 6)* (9 − j )* ⎤
{ }
[A] − [A] = ⎢ t *
⎥+⎢ *⎥
=
⎣ 9 − j 4 − j 2⎦ ⎣ (5 + j 3) (4 − j 2) ⎦
*

⎡2 + j 6 5 + j 3 ⎤ ⎡2 − j 6 9 + j ⎤ ⎡ j12 − 4 + j 2⎤
=⎢ ⎥−⎢ ⎥=⎢
⎣ 9 − j 4 − j 2⎦ ⎣ 5 − j 3 4 + j 2⎦ ⎣ 4 + j 2 − j 4 ⎥⎦

Somando [A] + {[A] } + [A] − {[A] } obtemos 2 [A] , de modo que


t * t *

2 2
{
[A] = 1 {[A] + { [A] t }* }+ 1 [A] − {[A] t } [A] = 1 [A] + {[A]t }
*
} 2
{ *
}+ 12 {[A] − {[A] } } t *

[B ] [C ] [B ] [C ]

Finalmente:

14 + j 4⎤ ⎡ 2 7 + j 2⎤
[B] = 1 ⎡⎢
4
⎥ =⎢
2 ⎣14 − j 4 8 ⎦ ⎣7 − j 2 4 ⎥⎦

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j12 − 4 + j 2⎤ ⎡ j 6 − 2 + j ⎤
[C ] = 1 ⎡⎢ =
2 ⎣4 + j 2 − j 4 ⎥⎦ ⎢⎣2 + j − j 2 ⎥⎦

3.4.20. Produto de Matrizes:

(A) Definição: dadas duas matrizes [A] = (aij )m×n e [B ] = (b jk )n× p , chama-se produto
[A] [B] a matriz [C ] = (cik )m× p tal que:

n
cik = ai1b1k + ai 2b2 k + ai 3b3k + + ainbnk = ∑ aij b jk
j =1

para todo i = {1, 2, 3, … , m} e todo k= {1, 2, 3, … , p}.

(B) Da presente definição concluímos que:

1.º) O produto [A] [B ] existe tão somente se o número de colunas da matriz [A] for igual ao número
de linhas da matriz [B ] , ou seja:

[A] é do tipo m × n
e

[B] é do tipo n × p

2.º) A matriz produto tem o número de linhas da matriz [A] e o número de colunas da matriz [B ] ,
pois [C ] = [A] [B ] é do tipo m × p.

Tais observações podem ser resumidas e melhor compreendida através do esquema a seguir:

[A] . [B] = [C ]
m×n n×p m×p
1.ª obs
2.ª obs

Fig. 3.3

Assim, por exemplo, existem os produtos de matrizes

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[ A] [B ] [C ]= [ A ][B ]
a) 3× 2 por 2 × 4 ⇒ 3 × 4

b) 5×3 por 3×6 ⇒ 5×6

c) 4×1 por 1×3 ⇒ 4×3

d) 8×9 por 9×1 ⇒ 8×1

porém não são definidos produtos tais como:


[ A] [B ] [C ]= [ A ][B ]
e) 2× 5 por 4 × 3 ⇒ ∃/

f) 3×4 por 6×8 ⇒ ∃/

3.º) Se [A] e [B ] forem matrizes quadradas, a matriz [C ] = [A] [B ] existirá se, e somente se, [A] e
[B] forem da mesma ordem, a qual será também a ordem de [C ] . Por exemplo:
[ A] [B ] [C ]= [ A ][B ]
a) 2 × 2 por 2 × 2 ⇒ 2 × 2

b) 5×5 por 5×5 ⇒ 5×5

(C) Algoritmos de Obtenção da Matriz Produto:

Observando a expressão do elemento genérico

cik = ai1b1k + ai 2b2 k + ai 3b3k + + ainbnk

que foi apresentada na definição, concluímos que foram utilizadas na sua obtenção a i-ésima linha
da matriz [A] .

ai1 ai 2 ai 3 ain
com n elementos, pois [ A] é do tipo m×n
tendo, portanto, n colunas

e a k-ésima coluna da matriz [B ]

b1k ⎫
b2 k ⎪⎪

b3k ⎬ com n elementos, pois [B ] é do tipo n × p tendo, portanto, n linhas


bnk ⎭⎪

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Concluímos também que houve uma multiplicação entre elementos correspondentes, e


depois uma soma, ou seja:

ai1 × b1k
ai 2 × b2 k
ai 3 × b3k

ain × bnk
ai1b1k + ai 2b2 k + ai 3b3k + + ainbnk

Tal fato nos sugere os algoritmos a seguir

Algoritmo 1:

1.º passo: com as duas matrizes [A] e [B ] lado a lado selecionamos a i-ésima linha da matriz [A] e a
k-ésima coluna da matriz [B ] , correspondentes ao elemento cik ;

2.º passo: transportamos a k-ésima coluna da matriz [B ] para uma posição horizontal sobre a
matriz [A] ;

3.º passo: calculamos os n produtos dos elementos correspondentes (que ficam uns sobre os outros);

4.º passo: somamos estes n produtos obtendo o elemento cik da matriz produto.

A figura a seguir ilustra o processo.

b1k b2k b3k bnk

⎡ai1 × bik+ ai 2 × b2+k ai 3 × b3 k+ + ain × ank ⎤ ⎡ ⎧ b1k ⎤ ⎡ ⎤


⎢ ⎥ ⎢ ⎪b ⎥ ⎢ ⎥
i-ésima linha

⎢ ⎥ ⎢ ⎪⎪ 2 k ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ai1 ai 2 ai 3 ain ⎥ ⎢ n elementos ⎨b3k ⎥ = ⎢ cik ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎪ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ n elementos
⎥ ⎢ ⎪ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢ ⎪⎩bnk ⎥ ⎢⎣ ⎥⎦
m× n ⎣ ⎦ n× p m× p
[A ]
k-ésima coluna
[B ] [C ]

Fig. 3.4

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Este processo é interessante pois permite calcular qualquer elemento de [C ] , sem


nenhuma ordenação pré-estabelecida. No entanto, se pretendemos calcular todos os elementos [C ] é
conveniente seguir a seqüência abaixo:

1.º) selecionamos a 1.ª linha de [A] e a 1.ª coluna de [B ] ;

2.º) transportamos a 1.ª coluna de [B ] para uma posição horizontal sobre a matriz [A] ;

3.º) efetuamos os produtos dos elementos correspondentes;

4.º) somamos estes produtos e determinamos c11;

5.º) aproveitamos que a 1.ª coluna de [B ] já está re-posicionada sobre [A] e selecionamos, agora,
a 2.ª linha de [A] ;

6.º) efetuamos os produtos dos elementos correspondentes;

7.º) somamos estes produtos e determinamos c21;

8.º) continuamos com a 1.ª coluna de [B ] até que havíamos varrido todas as linhas de [A] e, em
conseqüência, obtido toda a 1.ª coluna de [C ] ;

9.º) transpomos agora a 2.ª coluna de [B ] e com a mesma varremos todas as linhas de [A]
obtendo, deste modo, a 2.ª coluna de [C ] ;

10º) o processo continua até que a última coluna de [B ] tenha varrido todas as linhas de [A]
quando, então, a matriz [C ] estará completa.

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• Ilustração 3.26

a) Determinar o elemento c23 do produto matricial a seguir:


[ A]
[B ]
⎡1 − 1⎤
⎢2 2 ⎥ ⎡1 2 3⎤
⎢ ⎥ ⎢ 4 − 5 1⎥
⎢⎣3 4 ⎥⎦ ⎣ ⎦
2 × 3
3 × 2

Pelo esquema acima concluímos que o produto matricial é possível, e vai resultar em uma
matriz 3 × 3. No entanto estamos interessados, por enquanto, no elemento c23, logo:

c23 3.ª coluna 3 1


[]
de B que
deve ser
(×) (+) (×) c23 = 2 × 3 + 2 ×1 = 8
posicionada
sobre a
2.ª linha de A [ ] 2 2

b) Determinar todos os elementos do produto matricial [C ] = [A] [B ] indicado no item a.

Vamos posicionar as colunas da matriz [B ] sobre a matriz [A] e seguir seqüência já


mencionada:

3 1
2 −5 (3.ª)

⎡1 × 1 + (− 1) × 4 = 1× 2 + (− 1)× (− 5) = 1× 3 + (− 1)×1 =⎤
(2.ª)
1 4 (1.ª)
⎢= 1 − 4 = −3 = 2+5 = 7 = 3 −1 = 2 ⎥
⎡ 1 − 1⎤ ⎢ ⎥
⎢2 2⎥ ⎡1 2 3⎤ = ⎢ 2 × 1 + 2 × 4 = 2 × 2 + 2 × (− 5) = 2 × 3 + 2 ×1 = ⎥
⎢ ⎥ ⎢4 − 5 1⎥ ⎢ = 2 + 8 = 10 = 4 − 10 = −6 = 6+2 =8 ⎥
⎢⎣ 3 4⎥⎦ ⎣ ⎦ ⎢
3 ×1 + 4 × 4 = 3 × 2 + 4 × (− 5) = 3 × 3 + 4 ×1 = ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ = 3 + 16 = 19 = 6 − 20 = −14 = 9 + 4 = 13 ⎥⎦

O resultado final é:

⎡− 3 7 2⎤
[C ] = ⎢ 10 − 6 8 ⎥⎥

⎢⎣ 19 − 14 13⎥⎦

Com o tempo o estudante não vai mais precisar escrever as colunas de [B ] em

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posições horizontais sobre [A] . Não, isto já vai ser feito mentalmente. Você duvida? Então é
hora de você, que não sabia digitação, se lembrar de como começou a digitar dados no
computador; e hoje consegue bater sem olhar para o teclado. A comparação é a mesma.

Algoritmo 2:

1.º passo: com as três matrizes [A] , [B ] e [C ] nas posições indicadas a seguir, selecionamos a i-
ésima linha de [A] e a k-ésima coluna de [B ] ;

2.º passo: efetuamos os n produtos dos elementos correspondentes.;

3.º passo: somamos estes n produtos obtendo o elemento genérico cik da matriz produto.

k-ésima coluna
[B ]

⎡ b1k ⎫ ⎤
⎢ ⎪ ⎥
⎢ b 2 k⎪ ⎥

⎢ b3k⎬ n elementos⎥
b1k ⎢ ⎪ ⎥
ai1
(×)
b2 k
⎢ ⎪ ⎥
⎢⎣ bnk⎪⎭ ⎥
(×) n⎦× p
ai 2 b3k bnk
(×)
⎡ ai 3 a⎤in
(×)
⎡ ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
i-ésima linha ⎢a i1 ai 2 ai3 a in ⎥ ⎢ c ik ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ n elementos ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢⎣ ⎥⎦
m×n m×p
[ A] [C ]

p colunas

⎡ ⎤⎫
⎢ ⎥⎪
⎢ k-ésima coluna
⎥⎪⎪
⎢ ⎥⎬n linhas
⎢ ⎥⎪
⎢ ⎥⎪
⎢⎣ [B] ⎥⎦⎪⎭

soma
⎧ ⎫
⎪ … ⎪
⎪⎪ ⎪⎪
m linhas ⎨ ⎬m linhas
i-ésima linha cik
⎪ ⎪
⎪ [A] [C ] = [A][B] ⎪
⎩⎪ ⎭⎪

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⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢⎣ ⎥⎦
n colunas p colunas

Fig. 3.5

• Ilustração 3.27

Vamos agora calcular alguns elementos do produto matricial da ilustração anterior


utilizando este segundo algoritmo.

1 2 3

1 (×) 1

4 –5 1
2 (×) 2

(– 1) (×) 4

1 –1 1×1+(–1) ×4=
=1–4=–3
2 (×) (– 5)

2×2+2×(–5)=
2 2 =4–10=–6
=

3 4

Observação:

1.ª) Este segundo algoritmo apresenta algumas vantagens sobre o primeiro;

a) Se for mantido um espaçamento constante entre elementos adjacentes das matrizes [A] e
[B] , a própria montagem do algoritmo já garante a obtenção da matriz produto com as
dimensões apropriadas.

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b) A própria disposição física do algoritmo já indica para cada elemento de [C ] qual a linha
de [A] e a coluna de [B ] que devem ser utilizadas.

2.ª) Antes de prosseguirmos é bom não esquecer nunca que a matriz [A] entra com as linhas e
a matriz [B ] com as colunas.

EXEMPLO 3.18

Calcular os seguintes produtos matriciais:

⎡ 0 1 1 ⎤ ⎡1 4 7 ⎤ ⎡ 1 − 1⎤
⎡0 1 ⎤ ⎡ 4 7 ⎤ ⎡ 1 5 2⎤ ⎢
a) ⎢ ⎥⎢ ⎥ ; b) ⎢⎢2 2 0⎥⎥ ⎢⎢0 0 1 ⎥⎥ ; c) ⎢ ⎥⎢2 3 ⎥⎥ ;
⎣1 0 ⎦ ⎣ 2 3 ⎦ ⎣ − 1 4 7 ⎦ ⎢− 3 0 ⎥
⎣⎢0 3 4⎦⎥ ⎢⎣1 2 0⎦⎥ ⎣ ⎦

⎡1 1⎤
⎢2 ⎡1 ⎤
⎡1 − 1 5 0 ⎤ 1⎥⎥
d) ⎢ ⎥
⎢ ; e) ⎢⎢2⎥⎥ [3 1 1 2]
⎣ 2 3 7 1⎦ ⎢3 1⎥
⎢ ⎥ ⎢⎣3⎥⎦
⎣1 1⎦

Solução:
Vamos utilizar apenas o segundo algoritmo que é, pelo nosso ponto de vista, o mais
imediato.

⎡4 7⎤
a) ⎢ 2 3⎥
⎣ ⎦ 2×2

⎡0 1 ⎤ ⎡ 2 3⎤
⎢1 0 ⎥ ⎢4 7⎥
⎣ ⎦ 2×2 ⎣ ⎦ 2×2

⎡1 4 7 ⎤
b) ⎢0 0 1 ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣1 2 0⎥⎦ 3×3

⎡0 1 1 ⎤ ⎡1 2 1 ⎤
⎢ 2 2 0⎥ ⎢2 8 16⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣0 3 4⎥⎦ 3×3 ⎢⎣4 8 3 ⎥⎦ 3×3

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⎡ 1 − 1⎤
c) ⎢2 3 ⎥⎥

⎢⎣− 3 0 ⎥⎦ 3× 2

⎡ 1 5 2⎤ ⎡ 5 14⎤
⎢− 1 4 7⎥ ⎢− 14 13⎥
⎣ ⎦ 2× 3 ⎣ ⎦ 2× 2

⎡1 1⎤
⎢2 1⎥⎥
d) ⎢
⎢3 1⎥
⎢ ⎥
⎣1 1⎦ 4× 2

⎡1 − 1 5 0 ⎤ ⎡14 5 ⎤
⎢2 3 7 1⎥ ⎢30 13⎥
⎣ ⎦ 2× 4 ⎣ ⎦ 2× 2

e) [3 1 1 2 ]1×4

⎡1 ⎤ ⎡3 1 1 2⎤
⎢ 2⎥ ⎢6 2 2 4 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣3⎥⎦ 3×1 ⎢⎣9 3 3 6⎥⎦ 3×4

EXEMPLO 3.19
Considere as matrizes [A] = (aij )3×4 e [B ] = (b jk )4×5 tais que aij = 2i + 3j e bjk = 3j – 4k.
determine o elemento c35 da matriz [C ] = [A] [B ] .

Solução:
Já sabemos que [A] entra com as linhas e [B ] com as colunas, a fim de obter a
matriz [C ] = [A] [B ] . Uma vez que desejamos determinar o elemento c35, devemos utilizar a 3.ª linha
de [A] e a 5.ª coluna de [B ] :

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Uma vez que a matriz


[B ] é do tipo 4 × 5, cada
coluna deve ter 4 elementos

b15 = 3 × 1 − 4 × 5 = −17
b25 = 3 × 2 − 4 × 5 = −14
b35 = 3 × 3 − 4 × 5 = −11
b45 = 3 × 4 − 4 × 5 = −8
a31 = 2 × 3 + 3 × 1 = ;a32 = 2 × 3 + 3 × 2 = ; a33 = 2 × 3 + 3 × 3 = ;a34 = 2 × 3 + 3 × 4 = ;
=9 = 12 = 15 = 18 c35 = 9 × (− 17 ) + 12 × (− 14 ) + 15 × (− 11) +
+ 18 × (− 8) = −630
Sendo a matriz [ A] do tipo 3 × 4, cada
linha deve ter 4 elementos

EXEMPLO 3.20
A matriz [C ] fornece, em reais, o custo das porções de arroz, carne e salada usados em um
restaurante:
Custos

⎡1⎤ Arroz
[C ] = [porções × custos] = ⎢⎢3⎥⎥ Carne
⎢⎣2⎥⎦ Salada

A matriz [P ] fornece o número de porções de arroz, carne e salada usados na composição


dos pratos P1, P2 e P3 desse restaurante.

Arroz Carne Salada

⎡2 1 1⎤ Prato P1
[P] = [pratos × porções] = ⎢⎢1 2 1⎥⎥ Prato P2
⎢⎣2 2 0⎥⎦ Prato P3

Ache a matriz que fornece, em reais, os custos de produção dos pratos P1, P2 e P3.

Solução:

Para calcularmos o custo de produção de um determinado prato poderíamos usar a seguinte


fórmula:

200
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+ (n.º de porções de arroz) . (custo da porção de arroz) +

+ (n.º de porções de carne) . (custo da porção de carne) +

+ (n.º de porções de salada) . (custo da porção de salada)

O custo de produção do prato P1, por exemplo, é:

custo P1 = 2 . 1 + 1 . 3 + 1 . 2 = 7

No entanto é mais elegante e operacional trabalharmos com matrizes onde o custo de cada
prato será interpretado como o produto da respectiva linha da matriz [pratos × porções] pela matriz
coluna [porções × custos] , ou seja:

[pratos × porções] . [porções × custos] = [pratos × custos]

Custos
⎡ 2 1 1 ⎤ ⎡1 ⎤ ⎡7 ⎤ Prato P1

[pratos × custos] = ⎢1 2 1⎥ ⎢3⎥ = ⎢⎢9⎥⎥ Prato P2
⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣2 2 0⎥⎦ 3×3 ⎢⎣2⎥⎦ 3×1 ⎢⎣8 ⎥⎦ Prato P3

O exemplo a seguir demonstra utilidade semelhante para o produto matricial.

201
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EXEMPLO 3.21
Uma indústria de informática produz computadores X e Y nas versões Pentium II, Pentium
III e Pentium IV. Componentes A, B e C são utilizados na montagem desses computadores. Para um
certo plano de montagem são dadas as seguintes informações:

Computadores

Componentes X Y

A 4 3

B 3 5

C 6 2

Versões

Computadores Pentium II Pentium III Pentium IV

X 2 4 3

Y 3 2 5

Determine as seguintes matrizes:

a) componentes × computadores;

b) computadores × versões;

c) componentes × versões.

Solução:

⎡ 4 3⎤
a) [componentes × computadores] = ⎢⎢3 5⎥⎥
⎢⎣6 2⎥⎦

⎡2 4 3⎤
b) [computadores × versões] = ⎢ ⎥
⎣3 2 5⎦

c) [componentes × computadores] . [computadores × versões] = [componentes × versões]

202
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⎡ 4 3⎤ ⎡17 22 27 ⎤
⎢ ⎥ ⎡2 4 3⎤ ⎢
[componentes × versões] = ⎢3 5⎥ ⎢ ⎥ = ⎢21 22 34 ⎥⎥
⎢⎣6 2⎥⎦ ⎣
3 2 5⎦
⎢⎣18 28 28⎥⎦

EXEMPLO 3.22
Ao se estudar um sistema de energias elétrica obteve-se a seguinte equação matricial para
as correntes nas fases a, b e c:

⎡ I a ⎤ ⎡− j 2 j 0,5 j 0,5⎤ ⎡ 0 ⎤
⎢ I ⎥ = ⎢ j 0,5 − j 2 j 0,5⎥ ⎢1 − 60º ⎥
⎢ b⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣⎢ I c ⎦⎥ ⎣⎢ j 0,5 j 0,5 − j 2⎦⎥ ⎢⎣ 0 ⎥⎦

Pode-se determinar as expressões de Ia , Ib e Ic.

Solução:
Aplicando um dos algoritmos anteriores, obtemos:

I a = ( j 0,5)(1 − 60º ) = (0,5 90º )(1 − 60º ) = 0,5 30º = 0,433 + j 0,25

I b = (− j 2)(1 − 60º ) = (2 − 90º )(1 − 60º ) = 2 − 150 = −1,732 − j

I c = ( j 0,5)(1 − 60º ) = 0,5 30º = 0,433 + j 0,25

EXEMPLO 3.23
Para um determinado sistema de energia elétrica obteve-se a seguinte equação matricial:

⎡ 1 ⎤
⎢ − j − 60º + jVn ⎥
⎡ I a ⎤ ⎡1 1 1⎤ 3
⎢ − 2,5 j ⎥
⎢ I ⎥ = ⎢1 a 2 a ⎥⎥ ⎢ 60º ⎥
⎢ b⎥ ⎢ ⎢ 3 ⎥
⎢⎣ I c ⎥⎦ ⎢⎣1 a a 2 ⎥⎦ ⎢ − 2,5 j
⎢⎣ 3 − 180º ⎥⎥

Sabendo-se que a = 1 120º , a 2 = 1 240º = 1 – 120º , e que, em conseqüência, 1


+ a + a 2 = 0, e que I a + I b + I c = 0, pede-se determinar V n .

Solução:
Efetuando-se a multiplicação matricial, obtemos:

203
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1 2,5 j 2,5 j
Ia = − j − 60º + jVn − 60º − − 180º
3 3 3

1 2,5 j 2,5 j
Ib = − j − 60º + jVn − a 2 60º −a − 180º
3 3 3

1 2,5 j 2,5 j
Ic = − j − 60º + jVn − a 60º − a 2 − 180º
3 3 3

Somando-se as três equações membro a membro, temos:

⎛ 1 ⎞
I a + I b + I c = 3. ⎜ − j − 60º ⎟ + 3 jV n −
2,5 j
(
60º 1 + a + a 2 − )
⎝ 3 ⎠ 3 =0
pelo enunciado


2,5 j
3
(
− 180º 1 + a + a 2 = 0 )
=0 (pelo enunciado)
(pelo enunciado)

Assim sendo,

(− 1 − 60º +3Vn ) j = 0

o que implica em

1
Vn = − 60º = 0,167 − j 0,289
3

(D) Cumpre notar que a multiplicação de matrizes não é comutativa, isto é, para duas
matrizes quaisquer [A] e [B ] , nem sempre [A] [B ] = [B ] [A] .

(D1) Temos casos em que existe [A] [B ] e não existe [B ] [A] . Isto acontece quando [A] é
do tipo m × n, [B ] é do tipo n × p e m ≠ p:

[A]m×n e [B ]n× p ⇒ ∃ [A] [B ] = [C ]m× p


=
[B]n× p e [A]m×n ⇒ ∃/ [B ] [A]

(D2) Temos casos em que existem [A] [B ] e [B ] [A] , mas são no entanto matrizes de tipos
diferentes e, em decorrência, [A] [B ] ≠ [B ] [A] . Isto acontece quando [A] é do tipo m × n, [B ] é do
tipo n × m e m ≠ n:

[A]m×n e [B]n×m ⇒ ∃ [A] [B ] = [C ]m× m


=

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[B]n×m e [A]m×n ⇒ ∃ [B ] [A] = [D ]n× n


=

(D3) Mesmo nos casos em que [A] [B ] e [B ] [A] são do mesmo tipo – o que ocorre quando
[A] e [B] são quadradas e de mesma ordem – temos quase sempre [A] [B] ≠ [B] [A] .

• Ilustração 3.28

2⎤ ⎫
[A] = ⎡⎢ ⎡18
1 22⎤
⎥ ⎪ [A][B ] = ⎢
⎣3 5⎦ ⎪ ⎣47 58⎥⎦

[B] = ⎡⎢
4 6⎤ ⎪ ⎡22 38⎤
⎥ [B ][ A] = ⎢
⎣7 8⎦ ⎪⎭ ⎣ 31 54⎥⎦

(E) Quando [A] e [B ] são tais que [A] [B ] = [B ] [A] , dizemos que [A] e [B ] comutam ou
então que são comutativas. Devemos notar que uma condição necessária, mas não suficiente, para
que [A] e [B ] sejam comutativas é que elas sejam quadradas e de mesma ordem.

Quando [A] e [B ] são tais que [A] [B ] = – [B ] [A] , dizemos que elas são anti-
comutativas.

• Ilustração 3.29

b ⎤⎫
[A] = ⎡⎢
a

⎣c d ⎥⎦ ⎪ ⎡a b ⎤
a) ⎬[ A][B ] = [B ][A] = ⎢ ⎥
[B] = ⎡⎢
1 0⎤ ⎪ ⎣c d ⎦
⎣0 1⎥⎦ ⎪⎭ [ A ] e [ B ] são comutativas

b ⎤⎫
[A] = ⎡⎢
a

⎣c d ⎥⎦ ⎪ ⎡0 0 ⎤
b) ⎬[A][C ] = [C ][A] = ⎢ ⎥
[C ] = ⎡⎢
0 0⎤ ⎪ ⎣0 0 ⎦
⎣0 0⎥⎦ ⎪⎭ [ A ] e [C ] são comutativas

a b⎤ ⎫
[A] = ⎡⎢ ⎥ ⎪
⎣ c d ⎦ ⎪[ A][D ] = [D ][ A] = ⎡ad − bc 0 ⎤
⎬ ⎢ ad − bc ⎥⎦
c)
⎡ d − b⎤ ⎪ ⎣
[D] = ⎢ ⎥
0
⎣− c a ⎦ ⎪⎭ [ A ] e [ D ] são comutativas

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1 − 1⎤ ⎫ ⎡ − 3 2⎤ ⎫
[E ] = ⎡⎢ ⎪[ ][ ] = ⎢ − 2 3⎥ ⎪
2 − 1⎥⎦ ⎪
E F
⎣ ⎣ ⎦ ⎪[E ][F ] = −[F ][E ]
d) ⎬ ⎬
⎡1 1 ⎤ ⎪ ⎡ 3 − 2⎤ ⎪
[F ] = ⎢ ⎥ [F ][E ] = ⎢2 − 3⎥ ⎪
⎣4 − 1⎦ ⎪⎭ ⎣ ⎦⎭
[E ] e [F ] são anti - comutativas

EXEMPLO 3.24

⎡0 − 1⎤
Sendo [A] = ⎢ ⎥ , qual das matrizes a seguir comuta com [A] ?
⎣0 2 ⎦

[B] = ⎡⎢
2⎤
[C ] = ⎡⎢
1 3 2⎤
[D] = ⎡⎢
0 0⎤
[E ] = ⎡⎢
5 2⎤
⎥ ⎥ ⎥ ⎥
⎣ 3⎦ ⎣4 5 1 ⎦ ⎣1 0⎦ ⎣0 3 ⎦

Solução:

Para que duas matrizes comutem é necessário que elas sejam quadradas e de mesma
ordem, o que já exclui as matrizes [B ] e [C ] . Temos então:

1 − 1⎤ ⎡0 0⎤ ⎡− 1 0⎤ ⎫
[A][D] = ⎡⎢ ⎥⎢ ⎥=⎢ ⎥⎪
⎣0 2 ⎦ ⎣1 0⎦ ⎣ 2 0⎦ ⎪[ A][D ] ≠ [D ][A]

⎡0 0⎤ ⎡1 − 1⎤ ⎡0 0 ⎤ ⎪
[D][A] = ⎢ ⎥ ⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣1 0⎦ ⎣0 2 ⎦ ⎣1 − 1⎦ ⎪⎭

1 − 1⎤ ⎡5 2⎤ ⎡5 − 1⎤ ⎫
[A][E ] = ⎡⎢ ⎥⎢ ⎥=⎢ ⎥⎪
⎣0 2 ⎦ ⎣0 3⎦ ⎣0 6 ⎦ ⎪[ A][E ] = [E ][A]

⎡5 2⎤ ⎡1 − 1⎤ ⎡5 − 1⎤ ⎪ [ A ] e [E ] comutam
[E ][A] = ⎢ ⎥ ⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣0 3⎦ ⎣0 2 ⎦ ⎣0 6 ⎦ ⎪⎭

(F) É também importante notar que a implicação

[A] [B] ⇒ [A] = 0, [B] = 0 ou [A] = [B] = 0

não é válida no caso de matrizes, uma vez que é possível haver duas matrizes não nulas cujo
produto seja a matriz nula.

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• Ilustração 3.30

0⎤ ⎫
[A] = ⎡⎢
1

⎣0 0⎥⎦ ⎪ ⎡1 0⎤ ⎡0 0⎤ ⎡0 0⎤
⎬[A][B ] = ⎢ ⎥⎢ ⎥=⎢ ⎥
[B] = ⎡⎢
0 0⎤ ⎪ ⎣0 0 ⎦ ⎣0 1 ⎦ ⎣0 0 ⎦
⎣0 1⎥⎦ ⎪⎭

(G) Se [A] e [B ] são matrizes simétricas temos também que [A] + [B ] e k [ A] são
simétricas, conforme já vimos nos exemplos 15 e 16. Entretanto, [A] [B ] não é necessariamente
simétrica.

• Ilustração 3.31
Sejam

⎧ ⎡1 2 ⎤ ⎫
⎪[A] = ⎢ ⎥⎪ ⎡ − 5 − 10⎤
⎪ ⎣2 3⎦ ⎬ k [A] = ⎢ ⎥
⎪k = −5 ⎪ ⎣− 10 − 15⎦
[A] e [B] ⎪ ⎭ k [ A ] é simétrica

são simétricas ⎪
⎪[B ] = ⎡2 3⎤ ⎡3 5⎤
⎪ ⎢ 3 − 8⎥ [A] + [B ] = ⎢5 − 5⎥
⎪ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
⎩ [ A ]+[ B ] é simétrica

1 2⎤ ⎡2 3 ⎤ ⎡ 8 − 13⎤
[A][B] = ⎡⎢ ⎥⎢ ⎥⎢ ≠ ⎥
⎣2 3⎦ ⎣3 − 8⎦ ⎣13 − 18⎦
[ A][ B ] não é simétrica

(H) Se [A] = (a ij )m×n então temos que:

(1.º) [A][I n ] = [ A]

(2.º) [I m ][ A] = [ A]

Demonstração:

( )
(1.º) Sendo [A] = a ij m× n
, [A]m× n [I n ]n× n = [B ] = (bij )m× n e [I n ] = (c pj )n× n temos:

bij = ai1 c1j + ai2 c2j + ai3 c3j+ + aij cjj + + ain cnj

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de onde se obtem:

bij = ai1 . 0 + ai2 . 0 + ai3 . 0 + + aij . 1 + + ain . 0 = aij

o que permite escrever:

[A][I n ] = [A]

( )
(2.º) Sendo [A] = a ij m× n
, [I m ]m× m [A]m× n = [B ] = (bij )m× n e [I m ] = (cip )m× m temos:

bij = ci1 a1j + ci2 a2j + ci3 a3j+ + cii aij + + cim amj

de onde se tiramos:

bij = 0 . a1j + 0 . a2j + 0 . a3j + + 1 . aij + + 0 . amj = aij

o que nos leva a:

[I m ][A] = [A]
(I) A multiplicação de matrizes goza das seguintes propriedades:
(1.ª) Associativa: { [A][B] }[C ] = [A]{ [B ][C ] }
quaisquer que sejam as matrizes [A] = (aij )m×n , [B ] = (b jk )n× p e [C ] = (ckl ) p× r ;

(2.ª) Distributiva à direita: { [A] + [B] }[C ] = [A][C ] + [B][C ]


quaisquer que sejam as matrizes [A] = (aij )m×n , [B ] = (bij )m× n e [C ] = (c jk )n× p ;

(3.ª) Distributiva à esquerda: [C ] { [ A] + [B ] } = [C ][ A] + [C ][B ]

quaisquer que sejam as matrizes [A] = (aij )m×n , [B ] = (bij )m× n e [C ] = (cki ) p× m ;

(4.ª) { z [A] } = [A]{ z [B] } = z { [A][B] }


onde z é um número complexo e [A] = (aij )m×n e [B ] = (b jk )n× p duas matrizes genéricas.

(5.ª) { [A][B] }t = [B] t [A] t sendo [A] = (aij )m×n e [B ] = (b jk )n× p duas matrizes genéricas.

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Demonstração
(1.ª) Sejam
[A] = (aij )m×n , [B] = (b jk )n× p , [C ] = (ckl )p×r ,
[D] = [A][B] = (d ik )m× p , [E ] = { [A][B] }[C ] = (eil )m×r e [F ] = [B][C ] = ( f jl )n×r
onde temos:
1 ≤ i ≤ m , 1 ≤ j ≤ n , 1 ≤ k ≤ p e 1 ≤ l ≤ r.
Temos então:
p p
⎛ n ⎞
eil = ∑ d ik ckl = ∑ ⎜⎜ ∑ aij b jk ⎟⎟ckl =
k =1 k =1 ⎝ j =1 ⎠
p
⎛ n ⎞ n ⎛ p ⎞
= ∑ ⎜⎜ ∑ aij b jk ckl ⎟⎟ = ∑ aij ⎜⎜ ∑ b jk ckl ⎟⎟ =
k =1 ⎝ j =1 ⎠ j =1 ⎝ k =1 ⎠
n
= ∑ aij f jl
j =1

de modo que,
{ [A][B] }[C ] = [A]{ [B][C ] }
(2.ª) Sejam [A] = (aij )m×n , [B ] = (bij )m× n , [C ] = (c jk )n× p e [D ] = { [A] + [B ] }[C ] = (d ik )m× p

onde temos:

1 ≤ i ≤ m , 1 ≤ j ≤ n e 1 ≤ k ≤ p.

Temos então:

d ik = ∑ (a ij + bij ) c jk = ∑ (a ij c jk + bij c jk ) =
n n

j =1 j =1
n n
= ∑ a ij c jk + ∑ bij c jk
j =1 j =1

de modo que,

{ [A] + [B] }[C ] = [A][C ] + [B ][C ]

(3.ª) A demonstração é semelhante à 2.ª

(4.ª) Sejam

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[A] = (aij )m×n , [B] = (b jk )n× p , [C ] = z[A] = (cij )m×n ,


[D] = z[B] = (d jk )n× p , [E ] = [A][B] = (eik )m× p e z = x + jy

onde temos:

1 ≤ i ≤ m , 1 ≤ j ≤ n e 1 ≤ k ≤ p.

Temos então:

∑ cij b jk = ∑ (zaij )b jk = z ∑ aij b jk


n n n

j =1 j =1 j =1

∑ aij d jk = ∑ aij (zb jk ) = z ∑ aij b ji


n n n

j =1 j =1 j =1

de modo que,

{ z [A] } = [A]{ z [B ] } = z { [A][B ] }

(5.ª) Sejam [A] = (aij )m×n , [B ] = (b jk )n× p , [A][B ] = (cik )m× p e { [A][B] }t = (cki′ )p×m
onde temos:

1 ≤ i ≤ m , 1 ≤ j ≤ n e 1 ≤ k ≤ p.

Temos que:

Pela definição de produto,


n
cik = ∑ aij b jk
j =1

pela definição de matriz transposta,

cki′ = cik

o que nos permite escrever:


n
cki′ = ∑ aij b jk
j =1

mas, pela propriedade comutativa dos números complexos,

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aij bjk = bjk aij

logo,
n
cki′ = ∑ b jk aij
j =1

No entanto, temos também que:

[A] t = (a′ji )n×m ⇒ a′ji = aij


e

[B] t = (bkj′ ) ⇒ bkj′ = b jk


o que nos leva a colocar então,
n
cki′ = ∑ bkj′ a′ji
j =1

e concluir que:

{ [A][B] }t = [B] t [A] t

3.4.21. Matriz Periódica

Uma matriz quadrada [A] é periódica se [A] = [A] , onde k é um inteiro positivo. Se k é o
k +1

menor inteiro para o qual [A] = [A] dizemos que o período de [A] é k.
k +1

• Ilustração 3.32

⎡ 1 − 2 − 6⎤
[A] = ⎢⎢− 3 2 9 ⎥⎥
⎢⎣ 2 0 − 3⎥⎦

⎡ 1 − 2 − 6 ⎤ ⎡ 1 − 2 − 6 ⎤ ⎡ − 5 − 6 − 6⎤
[A] = ⎢⎢− 3 2 9 ⎥⎥ ⎢⎢− 3 2 9 ⎥⎥ = ⎢⎢ 9 10 9 ⎥⎥
2

⎢⎣ 2 0 − 3⎥⎦ ⎢⎣ 2 0 − 3⎥⎦ ⎢⎣− 4 − 4 − 3⎥⎦


[ A] [A ]

⎡ − 5 − 6 − 6⎤ ⎡ 1 − 2 − 6⎤ ⎡ 1 − 2 − 6⎤
[A] = ⎢⎢ 9 10 9 ⎥⎥ ⎢⎢− 3 2 9 ⎥⎥ = ⎢⎢− 3 2 9 ⎥⎥ = [A]
3

⎢⎣− 4 − 4 − 3⎥⎦ ⎢⎣ 2 0 − 3⎥⎦ ⎢⎣ 2 0 − 3⎥⎦


[ A] 2 [A ] 211
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[A] 3 = [A] ⎫ k = 2 (menor inteiro)



[A] k +1 = [A] ⎭
Assim [A] é periódica de período 2.

3.4.22. Matriz Idempotente

Se na matriz periódica tivermos k = 1, teremos que [A] = [A] , e dizemos que [A] é
2

idempotente.

• Ilustração 3.33

⎡ 2 − 2 − 4⎤
a) [A] = ⎢⎢− 1 3 4 ⎥⎥
⎢⎣ 1 − 2 − 3⎥⎦

⎡ 2 − 2 − 4⎤ ⎡ 2 − 2 − 4⎤ ⎡ 2 − 2 − 4⎤
[A] = ⎢⎢− 3 3 4 ⎥⎥ ⎢⎢− 3 3 4 ⎥⎥ = ⎢⎢− 3 3 4 ⎥⎥ = [A]
2
b)
⎢⎣ 1 − 2 − 3⎥⎦ ⎢⎣ 1 − 2 − 3⎥⎦ ⎢⎣ 1 − 2 − 3⎥⎦
[ A] [ A]

⎡1 0 0 0⎤ ⎡1 0 0 0⎤ ⎡1 0 0 0⎤
⎢0 1 0 0 ⎥⎥ ⎢⎢ 0 1 0 0 ⎥⎥ ⎢⎢ 0 1 0 0 ⎥⎥

[I n ] 2 = ⎢0 0 1 0⎥ ⎢0 0 1 0⎥ = ⎢0 0 1 0⎥ =
⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ 0 0 0 1 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 0 1 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 0 1 ⎥⎦
= [I n ]

Logo a matriz identidade de ordem n é idempotente.

3.4.23. Matriz Nilpotente ou Nulipotente

Dizemos que uma matriz [A] é nilpotente ou nulipotente se existir um número positivo p
tal que [A] = 0. Se p é menor inteiro positivo tal que [A] = 0, dizemos que [A] é nilpotente de
p p

índice ou classe p. No entanto temos [A]


p–1
=0

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• Ilustração 3.34

⎡1 1 3⎤
[A] = ⎢ 5 2 6 ⎥⎥

⎢⎣− 2 − 1 − 3⎥⎦

⎡1 1 3 ⎤⎡ 1 1 3⎤ ⎡0 0 0⎤
[A] 2 ⎢
=⎢ 5 2 ⎥
6 ⎥⎢ 5⎢ 2 ⎥ ⎢
6 ⎥=⎢3 3 9 ⎥⎥
⎢⎣− 2 − 1 − 3⎥⎦ ⎢⎣− 2 − 1 − 3⎥⎦ ⎢⎣− 1 − 1 − 3⎥⎦
[ A] [ A]

⎡0 0 0 ⎤⎡ 1 1 3 ⎤ ⎡0 0 0 ⎤
[A] = ⎢ 3 3 9 ⎥ ⎢ 5 2 6 ⎥⎥ = ⎢⎢0 0 0⎥⎥

3 ⎥ ⎢
⎢⎣− 1 − 1 − 3⎥⎦ ⎢⎣− 2 − 1 − 3⎥⎦ ⎢⎣0 0 0⎥⎦
[ A] 2 [ A]

Logo [A] é nilpotente de índice 3.

3.4.24. Polinômio de uma Matriz

A operação polinômio de uma matriz quadrada [A] é definida para qualquer polinômio

f ( x ) = a0 + a1 x + a2 x 2 + + an x n

onde os coeficientes são escalares.

f ( A) é a matriz

f ( A) = a0 [I k ] + a1 [A] + a2 [A] + + an [A]


2 n

sendo [I k ] a matriz identidade de mesma ordem k que a matriz [A] .

Note-se que f ( A) é obtida de f ( x ) substituindo a variável x pela matriz [A] e o escalar a0


pela matriz a 0 [I k ] .

Se f ( A) for igual a matriz nula, a matriz [A] é chamada zero ou raiz do polinômio f ( x ) .

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EXEMPLO 3.25
⎡1 2 ⎤
Sendo f (x ) = 5 – 3x + 2x e [A] = ⎢ ⎥ calcular f ( A) .
2

⎣3 − 4⎦

Solução:
2
⎡1 0⎤ ⎡1 2 ⎤ ⎡1 2 ⎤
f ( A) = 5⎢ ⎥ − 3⎢ ⎥+⎢ ⎥ =
⎣0 1⎦ ⎣3 − 4⎦ ⎣3 − 4⎦
⎡5 0⎤ ⎡ − 3 − 6⎤ ⎡1 2 ⎤ ⎡1 2 ⎤
=⎢ ⎥+⎢ ⎥ + 2⎢ ⎥⎢ ⎥=
⎣0 5⎦ ⎣− 9 12 ⎦ ⎣3 − 4⎦ ⎣3 − 4⎦
⎡ 2 − 6⎤ ⎡ 7 − 6⎤ ⎡ 2 − 6⎤ ⎡ 14 − 12⎤
=⎢ ⎥ + 2⎢ ⎥=⎢ ⎥+⎢ ⎥=
⎣− 9 17 ⎦ ⎣− 9 22 ⎦ ⎣− 9 17 ⎦ ⎣− 18 44 ⎦
⎡ 16 − 18⎤
=⎢ ⎥
⎣− 27 61 ⎦

3.4.25. Matrizes em Blocos ou Partição de Matrizes

Uma matriz [A] pode ser particionada em matrizes menores, chamadas blocos ou células
de [A] , por meio de linhas tracejadas horizontais e verticais. Logicamente que uma matriz [A] pode
ser dividida em blocos de várias maneiras, como por exemplo:

⎡2 − 3 5 8 4 ⎤ ⎡2 − 3 5 8 4 ⎤ ⎡2 − 3 5 8 4 ⎤
⎢4 1 5 0 ⎥ ⎢
9 ⎥ = ⎢4 1 5 0 ⎥ ⎢
9 ⎥ = ⎢4 1 5 0 9 ⎥⎥

⎢⎣7 − 6 − 2 10 − 11⎥⎦ ⎢⎣7 − 6 − 2 10 − 11⎥⎦ ⎢⎣7 − 6 − 2 10 − 11⎥⎦

A vantagem da partição em blocos é que o resultado das operações sobre matrizes


particionadas pode ser obtido trabalhando-se com os blocos tal como se fossem, efetivamente, os
elementos das matrizes. Quando as matrizes são muito grandes para serem armazenadas na me-
mória de um computador, elas são particionadas, permitindo que o computador opere apenas com
duas ou três submatrizes de cada vez. Algumas matrizes, como as relativas a grandes Sistemas de
Potência11, mesmo em computadores de grande porte, devem ser particionadas.

Seja então [A] uma matriz genérica particionada em blocos, a seguir,

11
Sistemas de potência = Sistemas de energia elétrica: geradores, transformadores, linhas de transmissão, cargas, etc.

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⎡ [A11 ] [A12 ] [A13 ] [A1n ]⎤


⎢[A ] [A22 ] [A23 ] [A2n ]⎥⎥
⎢ 21
[A] = ⎢ [A31 ] [A32 ] [A33 ] [A3n ]⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣[Am1 ] [Am 2 ] [Am3 ] [Amn ]⎥⎦
Se multiplicarmos cada bloco por um número complexo z, cada elemento de [A] ficará
multiplicado por z, ou seja:

⎡ z[A11 ] z[A12 ] z[A13 ] z[A1n ]⎤


⎢ z[A ] z[A ] z[A23 ] z[A2 n ]⎥⎥
⎢ 21 22

[A] = ⎢ z[A31 ] z[A32 ] z[A33 ] z[ A3n ]⎥


⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣ z[ Am1 ] z[ Am 2 ] z[ Am 3 ] z[ Amn ]⎥⎦

Consideremos agora um matriz [B ] que tenha sido particionada da mesma maneira que
[A] , conforme ilustrado a seguir:
⎡ [B11 ] [B12 ] [B13 ] [B1n ]⎤
⎢ [B ] [B22 ] [B23 ] [B2 n ]⎥⎥
⎢ 21
[B] = ⎢ [B31 ] [B32 ] [B33 ] [B3n ]⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣[Bm1 ] [Bm 2 ] [Bm3 ] [Bmn ]⎥⎦
Se os blocos correspondentes de [A] e [B ] tiverem o mesmo tamanho e somarmos estes
blocos, estaremos somando os elementos correspondestes de [A] e [B ] . Em conseqüência,

⎡ [ A11 ] + [B11 ] [A12 ] + [B12 ] [A13 ] + [B13 ] [A1n ] + [B1n ] ⎤


⎢ [ A ] + [B ] [A22 ] + [B22 ] [A23 ] + [B23 ] [A2n ] + [B2n ]⎥⎥
⎢ 21 21

[A] = ⎢ [A31 ] + [B31 ] [A32 ] + [B32 ] [A33 ] + [B33 ] [A3n ] + [B3n ] ⎥


⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣[ Am1 ] + [Bm1 ] [Am 2 ] + [Bm 2 ] [Am3 ] + [Bm3 ] [Amn ] + [Bmn ]⎥⎦
A multiplicação matricial é menos óbvia, mas mesmo assim é possível. Sejam pois as
matrizes [A] e [B ] particionadas em blocos conforme a seguir:

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⎡ [A11 ] [A12 ] [A13 ] [A ]⎤


1p
⎢ [A ]
⎢ 21 [A22 ] [A23 ] [A ]⎥⎥
2p

⎢ ⎥
[A] = ⎢
⎢ [Ai1 ] [Ai 2 ] [Ai 3 ] [ ]
Aip ⎥

⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣[Am1 ] [Am 2 ] [Am3 ] [ ]
Amp ⎥⎦

⎡[B11 ] [B12 ] [B1k ] [B1n ]⎤


⎢[B ] [B22 ] [B2 k ] [B2n ]⎥⎥
⎢ 21
[B] = ⎢[B31 ] [B32 ] [B3k ] [B3n ]⎥
⎢ ⎥
⎢ ⎥
⎣ [ ] [B ]
⎢ B p1 p2 [B ]
pk [ ]
B pn ⎥⎦

de tal modo que o número de colunas de cada bloco Aij seja igual ao número de linhas de cada bloco
Bjk. Então temos:

[Cik ] = [Ai1 ][B1k ] + [Ai 2 ][B2 k ] + [Ai 3 ][B3k ] + [ ][ ]


+ Aip B pk

EXEMPLO 3.26
Calcule [A] [B ] utilizando multiplicação em bloco, com

⎡1 2 1 ⎤ ⎡1 2 3 1⎤
[A] = ⎢3 4 0⎥ e [B] = ⎢⎢4 5 6 1⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣0 0 2⎥⎦ ⎢⎣0 0 0 1⎥⎦

Solução:
O produto matricial [A] [B ] é dado por:

⎡[ A11 ] [ A12 ]⎤ ⎡[B11 ] [B12 ]⎤


[A][B] = ⎢ ⎥⎢ ⎥=
⎢⎣[A21 ] [A22 ]⎥⎦ ⎢⎣[B 21 ] [B 22 ]⎥⎦

⎡ [A11 ][B11 ] + [A12 ][B 21 ] [A11 ][B12 ] + [A12 ][B22 ]⎤


=⎢ ⎥=
⎣⎢[ A21 ][B11 ] + [A22 ][B 21 ] [A21 ][B12 ] + [A22 ][B22 ]⎦⎥

216
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⎡1 2⎤ ⎡1 2 3⎤ ⎡1⎤
= [A11 ][B11 ] + [A12 ][B 21 ] = ⎢ ⎥⎢ ⎥ + ⎢ ⎥ [0 0] =
⎣3 4⎦ ⎣4 5 6⎦ ⎣0⎦
⎡ 9 12 15 ⎤
=⎢ ⎥
⎣19 26 33⎦

[A11 ][B12 ] + [A12 ][B22 ] = ⎡⎢ ⎤⎥ ⎡⎢ ⎤⎥ + ⎡⎢ ⎤⎥ [1] = ⎡⎢ ⎤⎥ + ⎡⎢ ⎤⎥ = ⎡⎢ ⎤⎥


1 2 1 1 3 1 4
⎣3 4⎦ ⎣1⎦ ⎣0⎦ ⎣ 7 ⎦ ⎣0 ⎦ ⎣ 7 ⎦

[A21 ][B11 ] + [A22 ][B21 ] = [0 0] ⎡⎢


1 2 3⎤
⎥ + [2][0 0 0] =
⎣ 4 5 6⎦
= [0 0 0] + [0 0 0] = [0 0 0]
⎡1⎤
[A21 ][B12 ] + [A22 ][B22 ] = [0 0] ⎢ ⎥ + [2][1] = [0] + [2] = [2]
⎣1⎦

Finalmente,

⎡ 9 12 15 4⎤ ⎡ 9 12 15 4⎤
[A][B] = ⎢⎢19 26 33 7⎥⎥ = ⎢⎢19 26 33 7⎥⎥
⎢⎣ 0 0 0 2⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 0 2⎥⎦

EXEMPLO 3.27

Calcule [C ] [D ] utilizando multiplicação em bloco, sendo

⎡ 3 2 ⎤
⎢ ⎥
⎡ 2 − 1 1 0 − 2⎤ ⎢ − 1 − 2⎥
[C ] = ⎢⎢1 3 0 2 1 ⎥⎥ e [D] = ⎢ 1 4 ⎥
⎢ ⎥
⎢⎣0 − 2 4 5 − 1 ⎥⎦ ⎢− 2 1 ⎥
⎢⎣ 5 2 ⎥⎦

Solução:

Preparando as partições de [C ] e [D ] para que a multiplicação em blocos seja possível


temos:

⎡ 2 − 1 1 0 − 2⎤
[C ] [C12 ]⎤
[C ] = ⎢⎢1 3 0 2 1 ⎥⎥ = ⎡⎢ 11
[C ] [C 22 ]⎥⎦
⎢⎣0 − 2 4 5 − 1 ⎥⎦ ⎣ 21

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⎡ 3 2 ⎤
⎢ − 1 − 2⎥
⎢ ⎥ [D ]
[D] = ⎢ 1 4 ⎥ = ⎡⎢ 11 ⎤⎥
⎢ ⎥ ⎣[D21 ]⎦
⎢ − 2 1 ⎥
⎢⎣ 5 2 ⎥⎦

Logo o produto matricial [C ] [D ] é dado por:

[C ] [C12 ]⎤ ⎡[D11 ]⎤ ⎡ [C11 ][D11 ] + [C12 ][D21 ]⎤


[C ][D] = ⎡⎢ 11 ⎥⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣[C21 ] [C22 ]⎦ ⎣[D21 ]⎦ ⎣[C21 ][D11 ] + [C22 ][D21 ]⎦
⎡3 2⎤
⎡2 − 1 1⎤ ⎢ ⎥ + ⎡0 − 2⎤ ⎡ − 2 1 ⎤ =
[C11 ][D11 ] + [C12 ][D21 ] = ⎢ ⎥ ⎢ − 1 − 2 ⎥ ⎢ 2 1 ⎥ ⎢ 5 2⎥
⎣1 3 0 ⎦ ⎢ 1 4 ⎥⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦

⎡8 10 ⎤ ⎡− 10 − 4⎤ ⎡− 2 6⎤
=⎢ ⎥+⎢ =
⎣0 − 4 ⎦ ⎣ 1 4 ⎥⎦ ⎢⎣ 1 0⎥⎦
⎡3 2⎤
− 2 1⎤
[C21 ][D11 ] + [C22 ][D21 ] = [0 − 2 4] ⎢− 1 − 2⎥⎥ + [5 − 1] ⎡⎢
⎢ =
⎣ 5 2⎥⎦
⎢⎣ 1 4 ⎥⎦
= [6 20] + [− 15 3] = [− 9 23]

Finalmente,

⎡− 2 6 ⎤ ⎡− 2 6 ⎤
[C ][D] = ⎢⎢ 1 0 ⎥⎥ = ⎢⎢ 1 0 ⎥⎥
⎢⎣ − 9 23⎥⎦ ⎢⎣ − 9 23⎥⎦

3.5. Exercícios Propostos:

1) Uma indústria possui 3 fábricas I, II e III, que produzem por mês 30, 40 e 60 unidades,
respectivamente, do produto A e 15, 20 e 10 unidades do produto B. Forme a matriz fábricas ×
produtos e indique o tipo dessa matriz.

2) Quantos elementos possui a matriz:

(a) 3 × 2

(b) 4 × 4

(c) p × q

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(d) linha de 3 colunas

(e) quadrada de ordem 3

(f) coluna de 4 linhas

3) Uma matriz possui 6 elementos. Quais os seus possíveis tipos?

4) Escreva explicitamente as seguintes matrizes:

(a) [ A] = ( aij ) onde aij = i + j


4× 4

(b) [B ] = (bij )1×3 onde bij = 3i + 2j

⎧1 se i = j
(c) [C ] = (cij )4× 4 onde cij = ⎨
⎩0 se i ≠ j

⎧2i + j + 1 se i ≠ j
(d) [D ] = (d ij )2×3 onde dij = ⎨
⎩ 0 se i = j

⎧1 se i ≤ j
(e) [E ] = (eij )2× 2 onde eij = ⎨
⎩2 se i > j

5) Quantos elementos não pertencem à diagonal principal de uma matriz quadrada de ordem 10?

6) Quantos elementos não pertencem às diagonais de uma matriz quadrada de ordem 2k – 1 onde
K ∈ N* e K ≥ 2?

7) Quantos elementos estão situados abaixo da diagonal principal de uma matriz quadrada de
ordem n?

8) Um conjunto de dados são todos os elementos de uma matriz quadrada de ordem 101. Sabendo-
se que um usuário deseja uma tabulação contendo todos os dados (elementos da matriz) situados
fora de ambas as diagonais e que deverá pagar R$ 0,70 por dado tabulado qual será o custo
desta tabulação para este usuário?

9) Os números inteiros positivos são dispostos em matrizes seqüênciais da seguinte forma:

⎡1 2 3 4⎤ ⎡17 18 19 20⎤ ⎡33 ⎤


⎢5 6 7 8⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ , ⎢ 21 22 23 24⎥
, ⎢ ⎥
⎢ 9 10 11 12⎥ ⎢ 25 26 27 28⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣13 14 15 16⎦ ⎣29 30 31 32⎦ ⎣ ⎦

Determine a linha e a coluna em que se encontra o número 1955.

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⎧i + j se i = j
10) Calcular o traço da matriz quadrada [A] = (aij )3×3 definida por aij = ⎨ .
⎩i − j se i ≠ j

11) O técnico de um time de basquetebol descreveu o desempenho dos titulares de sua equipe, em
seus jogos, através da matriz

⎡18 17 18 17 21 18 20⎤
⎢15 16 18 18 22 21 18 ⎥⎥

[A] = ⎢20 19 20 21 14 14 22⎥
⎢ ⎥
⎢18 22 20 20 18 22 23⎥
⎢⎣19 18 12 14 20 17 18 ⎥⎦

Cada elemento aij dessa matriz é o número de pontos marcados pelo jogador de número i no
jogo j. Pergunta-se:

(a) Quantos pontos marcou o jogador de número 3 no jogo 5?

(b) Quantos pontos marcou a equipe no jogo 4?

(c) Quantos pontos marcou o jogador de número 2 em todos os jogos?

12) Antônio, Bernardo e Cláudio saíram para tomar chope, de bar em bar, tanto no sábado quanto
no domingo.

As matrizes a seguir resumem quantos chopes cada um consumiu e como a despesa foi dividida:

⎡ 4 1 4⎤ ⎡5 5 3⎤
[S ] = ⎢0 2 0⎥ e [D] = ⎢⎢0 3 0⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣3 1 5⎥⎦ ⎢⎣2 1 3⎥⎦

[S ] refere-se às despesas de sábado e [D ] às de domingo.


Cada elemento aij nos dá o número de chopes que i pagou para j, sendo Antônio o número 1,
Bernardo o número 2 e Cláudio o número 3 (aij representa o elemento da linha i, coluna j de
cada matriz).

Assim, no sábado Antônio pagou 4 chopes que ele próprio bebeu, 1 chope de Bernardo e 4 de
Cláudio (primeira linha da matriz [S ] ).

(a) Quem bebeu mais chope no fim de semana?

(b) Quantos chopes Cláudio ficou devendo a Antônio?

13) Um conglomerado é composto por cinco lojas numeradas de 1 a 5. A matriz a seguir apresenta o
faturamento em dólares de cada loja nos quatro primeiros dias de janeiro:

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⎡1950 2030 1800 1950 ⎤


⎢1500 1820 1740 1680 ⎥⎥

[A] = ⎢3010 2800 2700 3050⎥
⎢ ⎥
⎢2500 2420 2300 2680⎥
⎢⎣1800 2020 2040 1950 ⎥⎦

Cada elemento aij dessa matriz é o faturamento da loja i no dia j.

(a) Qual foi o faturamento da loja 3 no dia 2?

(b) Qual foi o faturamento de todas as lojas no dia 3?

(c) Qual foi o faturamento da loja 1 nos 4 dias?

14) Uma figura geométrica tem 4 vértices ∨1, ∨2, ∨3 e ∨4. Forma-se a matriz [A] = (a ij )4×4 , onde aij =
distância (∨i , ∨j) para 1 ≤ i ≤ 4 e 1 ≤ j ≤ 4, de sorte que

⎡0 1 1 1⎤
⎢1 0 1 1⎥⎥
[A] = ⎢ . Pergunta-se: qual é a figura de vértices ∨1, ∨2, ∨3 e ∨4?
⎢1 1 0 1⎥
⎢ ⎥
⎣1 1 1 0⎦

15) De que tipo é a transposta de uma matriz coluna?

16) Quantos elementos possui a transposta de uma matriz 5 × 7?

17) Dada uma matriz [ A] qualquer. O que se obtêm ao calcular {[A] } ?


t t

⎛ iπ ⎞ ⎛ jπ ⎞
18) Ache a transposta da matriz [A] = (aij )2×2 tal que aij = sen⎜ ⎟ + cos⎜ ⎟.
⎝ 3⎠ ⎝ 6 ⎠

19) Dada a matriz [A] = (aij )3×2 tal que aij = i + j, obter o elemento b23 da matriz [B ] = (bij ) transposta
de [A].

⎡1 x 5 ⎤
20) Determinar x, y e z para que a matriz [A] = ⎢⎢ 2 7 − 4⎥⎥ seja simétrica.
⎢⎣ y z − 3⎥⎦

⎡2 − 1 2 y ⎤
21) Sabendo-se que a matriz [A] = ⎢⎢ x 0 z − 1⎥⎥ é simétrica, pede-se calcular x + y + z.
⎢⎣4 3 2 ⎥⎦

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22) Sabendo-se que a matriz a seguir é anti-simétrica, pede-se determinar os elementos incógnitos
(a12 , a13 e a23).

⎡4 + a ⎤

[A] = ⎢ a b + 2 ⎥

⎢⎣ b c 2c + 8⎥⎦

23) Calcule a, b e c de modo que a matriz a seguir seja anti-simétrica.

a − 1 c + 1⎤
[A] = ⎡⎢
⎣ 2c b ⎥⎦

⎡2 + j 3 − j 5 4 + j8⎤
24) Achar a conjugada da matriz [A] = ⎢ ⎥
⎣ 6 − j 2 − j 9 5 + j 6⎦

25) achar x, y e z tais que as matrizes a seguir sejam hermitianas:

⎡ 3 x + j2 jy ⎤
⎡ x + jy 3⎤ ⎢
(a) [A] = ⎢ ⎥ ; (c) [B ] = ⎢3 − j 2 0 1 + jz ⎥⎥
⎣ 3 + jz 0 ⎦ ⎢⎣ jy 1 − jx − 1 ⎥⎦

⎡ x + y z + w⎤ ⎡ 4 6 ⎤
26) Encontrar x, y, z e w para que se tenha ⎢ ⎥=⎢ ⎥.
⎣ z − w x − y ⎦ ⎣10 2⎦

⎡2 x 3 y ⎤ ⎡ x + 1 2 y ⎤
27) Determinar x e y de modo que tenhamos ⎢ ⎥=⎢ y + 4⎥⎦
.
⎣3 4⎦ ⎣ 3

⎡x 2 2x y ⎤ ⎡x x 3 ⎤
28) Determinar x, y, z e w para que se tenha ⎢ ⎥=⎢ ⎥.
⎣4 5 w 2 ⎦ ⎣ z 5 w w⎦

⎡1 ⎤ ⎡4⎤
29) Se [A] = ⎢4⎥ e [B ] = ⎢⎢7 ⎥⎥ , calcular [ A] + [B ] e [A] − [B ] .
⎢ ⎥
⎢⎣7 ⎥⎦ ⎢⎣8 ⎥⎦

⎡1 3 ⎤ ⎡2 1 ⎤ ⎡1 4 ⎤
30) Se [A] = ⎢2 0⎥ , [B ] = ⎢3 2⎥ e [C ] = ⎢⎢2 3⎥⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣4 5⎥⎦ ⎢⎣0 6⎥⎦ ⎢⎣7 2⎥⎦

resolver a equação matricial [X ] + [A] − [B ] = [C ] .

⎡ 2 3⎤
31) Se [A] = ⎢ ⎥ , calcular as matrizes 2[A] , 3[ A] e − 5[A] .
⎣ 4 2⎦

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32) Utilizando as matrizes [A] , [B ] e [C ] do problema 30, resolver o seguinte sistema de equações:

⎧[X ] + [Y ] = [A] + [B ] − [C ]

⎩[X ] − [Y ] = [ A] − [C ]

⎡1 3 ⎤
⎡ 0 1 2⎤
33) Dadas as matrizes [A] = ⎢⎢2 4⎥⎥ e [B ] = ⎢
− 1 2 0⎥⎦
, calcular {[A] t
}
− [B ] .
⎢⎣0 3⎥⎦ ⎣

34) Calcular os seguintes produtos matriciais:

⎡1⎤ ⎡3⎤
⎡ 2 1 5⎤ ⎢ ⎥
(a) [2 − 1 4] ⎢⎢3⎥⎥ (f) ⎢ ⎥ ⎢− 1⎥
⎢⎣5⎥⎦ ⎣4 − 1 3⎦ ⎢ 2 ⎥
⎣ ⎦

⎡ − 3 2⎤ ⎡ 2⎤
⎡ 4 − 1 1⎤ ⎢
(b) ⎢ ⎥ ⎢ 5 2⎥⎥ (g) ⎢⎢1 ⎥⎥ [1 − 5 2]
⎣ 2 3 0⎦ ⎢ 1 1 ⎥ ⎢⎣4⎥⎦
⎣ ⎦

⎡4 − 1⎤ ⎡ 4 5⎤ ⎡ 2 − 2⎤ ⎡1 1⎤
(c) ⎢ ⎥⎢ ⎥ (h) ⎢ ⎥⎢ ⎥
⎣ 2 5 ⎦ ⎣ − 6 2⎦ ⎣− 2 2 ⎦ ⎣1 1⎦

⎡ 4 1⎤ ⎡3 6 ⎤ ⎡ 5 2 1⎤ ⎡1 2 − 3⎤
(d) ⎢ ⎥⎢ ⎥
⎣− 2 3⎦ ⎣1 − 2⎦ (i) ⎢⎢− 3 1 7⎥⎥ ⎢⎢0 − 2 4 ⎥⎥
⎢⎣ 0 1 2⎥⎦ ⎢⎣1 − 3 1 ⎥⎦
⎡5 3⎤
⎡2 − 3⎤
(e) ⎢⎢2 4⎥⎥ ⎢ ⎡− 2 − 3 4 ⎤ ⎡2 2 1 ⎤
⎣ 1 4 ⎥⎦
⎢⎣1 7 ⎥⎦ (j) ⎢⎢ 2 2 − 3⎥⎥ ⎢⎢1 0 2⎥⎥
⎢⎣ 1 2 − 2⎥⎦ ⎢⎣2 1 2⎥⎦
35) Calcular os seguintes produtos matriciais:

⎡3⎤
⎡1 2 3⎤ ⎢ ⎥
(a) ⎢ ⎥ ⎢1 ⎥ [1 0 4 5]
⎣ 6 1 1⎦ ⎢ 2 ⎥
⎣ ⎦

⎡1 2 ⎤
⎡1 1⎤ ⎡1 0 3⎤ ⎢ ⎥
(b) ⎢ ⎥ ⎢2 1 0⎥ ⎢2 3⎥
⎣ 2 1⎦⎣ ⎦ ⎢3 4⎥
⎣ ⎦

36) Em cada caso determinar [A][B ] e, se existirem, [B ][ A] , [A] e [B ] :


2 2

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⎡1 1⎤ ⎡0 − 1⎤ ⎡1 3 0 ⎤ ⎡1 2⎤
(a) [A] = ⎢ ⎥ e [B ] = ⎢ ⎥
⎣3 1⎦ ⎣2 3 ⎦ (b) [A] = ⎢2 0 0⎥ e [B ] = ⎢⎢1 2⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣1 − 1 1⎥⎦ ⎢⎣1 2⎥⎦

⎡ 2⎤ ⎡1 ⎤
⎡− 3 2 5⎤
(c) [A] = [1 1 2] e [B ] = ⎢⎢0⎥⎥ (d) [A] = ⎢ ⎥ e [B ] = ⎢⎢2⎥⎥
⎢⎣3⎥⎦ ⎣ 4 5 7⎦ ⎢⎣1 ⎥⎦

37) Em quais dos casos abaixo é válida a propriedade comutativa da multiplicação, isto é,
[A][B ] = [B ][A]
⎡1 2⎤ ⎡3 0⎤ ⎡ 3⎤
(a) [A] = ⎢ ⎥ e [B ] = ⎢ ⎥ ⎡1 2 − 3 ⎤ ⎢ ⎥
⎣1 0⎦ ⎣1 1⎦ (b) [A] = ⎢ ⎥ e [B ] = ⎢ 2 ⎥
⎣7 9 2⎦ ⎢ − 5⎥
⎣ ⎦

⎡ 1 3⎤ ⎡ 2 1⎤ ⎡1 0 1⎤ ⎡2 0 0⎤
(c) [A] = ⎢ ⎥ e [B ] = ⎢ ⎥
⎣− 3 1⎦ ⎣ − 1 2⎦ (d) [A] = ⎢0 − 4 0⎥ e [B ] = ⎢⎢0 4 0⎥⎥
⎢ ⎥
⎢⎣0 0 3⎥⎦ ⎢⎣0 0 2⎥⎦

38) 1 c1

b1 1
2
a1
c2
4 1
a2
c3
2 2 1

b2 2 c4

Fig. 3.6

A figura 3.6 mostra um diagrama esquematizado das intercomunicação entre os aeroportos


em três países diferentes a, b e c cujos aeroportos são denotados por ai , bj e ck ,
respectivamente, onde i, j = 1, 2 e k = 1, 2, 3, 4. Os números ao lado das linhas de união
indicam o número de possíveis escolhas de linhas aéreas para cada trajeto. Por exemplo, o
número 2 ao lado da conexão a1 – b1 indica que duas companhias de aviação voam ao longo
dessa rota. A informação pode ser expressa nas seguintes tabelas:

b1 b2 c1 c2 c3 c4
a1 ⎡ 2 2⎤ b1 ⎡1 1 1 1⎤
⎢4 0⎥ = [ A] ⎢2 = [B ]
a2 ⎣ ⎦ b2 ⎣ 0 0 2⎥⎦

Sem utilizar a figura 3.6, porém utilizando tais tabelas, pede-se montar o quadro que dá o
número de escolhas de rotas entre os aeroportos dos países a e c.

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⎡1 1⎤
39) Encontre as matrizes quadradas de ordem 2 que comutam com [A] = ⎢ ⎥.
⎣0 1⎦

⎡1 1 0⎤
40) Encontre as matrizes quadradas de ordem 3 que comutam com [A] = ⎢⎢0 1 1⎥⎥ .
⎢⎣0 0 1⎥⎦

⎡a 1 0 ⎤
41) Determine as matrizes quadradas de ordem 3 que comutam com [A] = ⎢⎢ 0 a 1 ⎥⎥ .
⎢⎣ 0 0 a ⎥⎦

42) Determinar uma matriz [A] , de ordem 2 e não nula, tal que [A] = 0 .
2

⎡a b ⎤ ⎡x ⎤
43) Calcule o produto [A][X ] sabendo-se que [A] = ⎢ ⎥ e [X ] = ⎢ 1 ⎥ .
⎣b c ⎦ ⎣x2 ⎦

44) Demonstre que, se [A] e [B ] são matrizes quadradas de ordem n, então [A] e [B ] comutam
se, e somente se, [A] − k [I ] e [B ] − k [I ] comutam para cada escalar K.

⎡0 1 ⎤ ⎡ 0 − j ⎤ ⎡ j 0 ⎤
45) Mostre que as matrizes ⎢ ⎥, ⎢ ⎥ e ⎢ ⎥ são anti-comutativas duas a duas.
⎣1 0 ⎦ ⎣ j 0 ⎦ ⎣ 0 − j ⎦

46) Para um determinado sistema de energia elétrica obteve-se a seguinte equação matricial para
as correntes nas fases a, b e c:

⎡ I a ⎤ ⎡1 1 0 ⎤ ⎡ 13 − 150º ⎤
⎢ I ⎥ = ⎢1 −1 3 ⎥ ⎢ 2,5 ⎥
⎢ b⎥ ⎢ 2 2 ⎥ ⎢ 3 30º ⎥
⎢⎣ I c ⎥⎦ ⎢⎣1 − 3 ⎥ ⎢ 2,5 3 ⎥⎦
−1
2 2⎦ ⎣ 3 − 30 º

Pede-se determinar as expressões de Ia, Ib e Ic.

47) Ao se estudar um sistema de energia elétrica, obteve-se a seguinte equação matricial para as
correntes nas fases a, b e c.

⎡ I a ⎤ ⎡− j 2 j 0,5 j 0,5 ⎤ ⎡ − ∨ n ⎤
⎢ I ⎥ = ⎢ j 0,5 − j 2 j 0,5 ⎥ ⎢1 60º − ∨ ⎥
⎢ b⎥ ⎢ ⎥⎢ n⎥

⎢⎣ I c ⎥⎦ ⎢⎣ j 0,5 j 0,5 − j 2⎥⎦ ⎢⎣ − ∨ n ⎥⎦

Sabendo-se que Ia + Ib + Ic = 0, pede-se determinar ∨n.

48) Mostre que as matrizes a seguir são idempotentes.

⎡ 2 − 3 − 5⎤ ⎡− 1 3 5⎤
(a) [A] = ⎢⎢− 1 4 5 ⎥⎥ (b) [B ] = ⎢ 1 − 3 − 5⎥⎥

⎢⎣ 1 − 3 − 4⎥⎦ ⎢⎣− 1 3 5 ⎥⎦

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49) Mostre que, se [A][B ] = [ A] e [B ][A] = [B ] , então [A] e [B ] são idempotentes.

50) Se [A] é idempotente, mostre que [B ] = [I ] − [A] é idempotente e que [A][B ] = [B ][A] = 0 .

51) Mostre que a matriz a seguir é nilpotente de índice 2.

⎡ 1 − 3 − 4⎤
[A] = ⎢⎢− 1 3 4 ⎥⎥
⎢⎣ 1 − 3 − 4⎥⎦

52) Se [A] é nilpotente de índice 2, mostre que [A] { [I ] ± [ A] } = [ A] , para qualquer inteiro
n

positivo n.

53) Seja [A] nilpotente de índice p. mostre que [A] q = 0 para q > p, mas [A] ≠ 0 se q < p.
q

⎡2 2 ⎤
54) Sendo g(x) = – 8 – x + x e [A] = ⎢
2
⎥ , determine g(A).
⎣3 − 1⎦

55) Calcule [A][B ] utilizando multiplicação em bloco, com

⎡3 − 2 0 0⎤
⎡1 0⎤ ⎢2 4 0 ⎥⎥
2 0 0
⎢3 4 0 0 ⎥
0⎥ ⎢ 0
[A] = ⎢ e [B ] = ⎢0 0 1 2⎥
⎢0 0 5 1 2⎥ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ ⎢ 0 0 2 − 3⎥
⎣0 0 3 4 1⎦
⎢⎣0 0 − 4 1 ⎥⎦

3.6. Respostas dos Exercícios Propostos

⎡30 15 ⎤
1) ⎢⎢40 20⎥⎥
⎢⎣60 10 ⎥⎦ 2×3

2) (a) 6 ; (b) 16 ; (c) p . q ; (d) 3 ; (e) 9 ; (f) 4

3) 2 × 3 , 3 × 2 , 6 × 1 , 1 × 6

⎡2 3 4 5⎤ ⎡1 0 0 0⎤
⎢3 4 5 6⎥⎥ ⎢0 1 0 0⎥⎥
4) (a) [A] = ⎢ ; (b) [B ] = [1 − 1 − 3] ; (c) [C ] = ⎢ ;
⎢4 5 6 7⎥ ⎢0 0 1 0⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣5 6 7 8⎦ ⎣0 0 0 1⎦

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⎡0 5 6 ⎤ ⎡1 1⎤
(d) [D ] = ⎢ ⎥ ; (e) [E ] = ⎢ ⎥
⎣6 0 8 ⎦ ⎣2 1⎦

5) 90

2
6) (2k – 2)

7) (n2 – 2n)/2

8) R$ 7.000,00

9) 1.ª linha e 3.ª coluna

10) 12

11) (a)14 ; (b) 90 ; (c) 128

12) (a) Cláudio bebeu mais chope ; (b) Cláudio ficou devendo 2 chopes a Antônio

13) (a) 2800 ; (b) 10.580 ; (c) 7730

14) uma vez que a distância entre dois vértices distintos é sempre igual a 1 a figura é um
tetraedro.

15) matriz linha

16) 35

17) [A] (a própria matriz original)

⎡ 3 3 ⎤
18) ⎢ 3 + 1 3 + 1⎥
⎢ ⎥
⎣ 2 2 ⎦

19) 5

20) x = 2 ; y=5; z=–4

21) 5

22) a12 = 4 ; a13 = 2 ; a23 = 4

1
23) a = 1 ; b=0; c= −
3

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⎡2 − j 3 + j 5 4 − j8⎤
24) ⎢ ⎥
⎣6 + j 2 + j 9 5 − j 6 ⎦

25) (a) x é um n.º real qualquer, y = 0 e z = 0

(b) x = 3 , y=0, z=3

26) x = 3 , y=1, z=8, w=–2

27) x = 1 , y=0

28) x = 0 , y=3, z=3, w=1

⎡ 5 ⎤ ⎡− 3⎤
29) ⎢⎢11⎥⎥ ; ⎢⎢− 3⎥⎥
⎢⎣15⎥⎦ ⎢⎣ − 1⎥⎦

⎡ 2 2⎤
30) ⎢⎢3 5⎥⎥
⎢⎣3 3⎥⎦

⎡4 6 ⎤
31) 2[A] = ⎢ ⎥
⎣8 4 ⎦

⎡ 6 9⎤
3[A] = ⎢ ⎥
⎣12 6⎦

⎡ − 10 − 15⎤
− 5[A] = ⎢ ⎥
⎣− 20 − 10⎦

⎡ 1 −1 2 ⎤ ⎡1 1
⎤2

32) [X ] = ⎢ 2 − 2⎥ ; [Y ] = ⎢⎢ 3 2
⎢ 3 ⎥ 1 ⎥⎥
⎢⎣− 3 6 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 3 ⎥⎦

⎡1 1 − 2 ⎤
33) ⎢ ⎥
⎣4 2 3 ⎦

⎡13 − 3⎤
⎡− 16 7 ⎤ ⎡ 22 18 ⎤ ⎡ 13 22 ⎤
34) (a) [19] ; (b) ⎢ ⎥ ; (c) ⎢ ⎥ ; (d) ⎢ ⎥ ; (e) ⎢⎢ 8 10 ⎥⎥
⎣ 9 10⎦ ⎣− 22 20⎦ ⎣− 3 − 18⎦ ⎢⎣ 9 25 ⎥⎦

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⎡2 − 10 4⎤ ⎡6 3 − 6⎤ ⎡1 0 0⎤
⎡15⎤ ⎡0 0⎤
(f) ⎢ ⎥ ; (g) ⎢⎢1 − 5 2⎥⎥ ; (h) ⎢ ⎥ ; (i) ⎢4 − 29 20 ⎥⎥ ;
⎢ (j) ⎢⎢0 1 0⎥⎥
⎣19⎦ ⎢⎣4 − 20 8⎥⎦ ⎣0 0⎦ ⎢⎣2 − 8 6 ⎥⎦ ⎢⎣0 0 1⎥⎦

⎡11 0 44 55 ⎤ ⎡14 21⎤


35) (a) ⎢ ⎥ ; (b) ⎢ ⎥
⎣21 0 84 105⎦ ⎣24 35⎦

⎡ 2 2⎤ ⎡− 3 − 1⎤ − 2 − 3⎤
[A] 2 = ⎡⎢
4 2⎤
36) (a) [A][B ] = ⎢ ⎥ ; ⎥ ; [B ][ A] = ⎢ ⎥ ; [B] 2 = ⎡⎢
⎣2 0⎦ ⎣6 4⎦ ⎣ 11 5 ⎦ ⎣6 7 ⎥⎦

⎡4 8 ⎤ ⎡7 3 0 ⎤
(b) [A][B ] = ⎢⎢2 4⎥⎥ ; [A] = ⎢⎢2 6 0⎥⎥ ; ∃/ [B ][ A] ; ∃/ [B ]
2 2

⎢⎣1 2⎥⎦ ⎢⎣0 2 1⎥⎦

⎡ 2 2 4⎤
(c) [A][B ] = [8] ; ∃/ [ A] ;
2
[B][A] = ⎢⎢0 0 0⎥⎥ ; ∃/ [B ]
2

⎢⎣3 3 6⎥⎦

⎡6⎤
(d) [A][B ] = ⎢ ⎥ ; ∃/ [ A] ; ∃/ [B][ A] ; ∃/ [B ]
2 2

⎣21⎦

37) (c) e (d)

38) c1 c2 c3 c4
a1 ⎡6 2 2 6⎤ (Isto é, simplesmente, a matriz produto [A][B ] )
⎢4 4⎥⎦
a2 ⎣ 4 4

⎡a b ⎤
39) ⎢ ⎥ ∀a , ∀b ∈ C
⎣0 a ⎦

⎡a b c ⎤
40) ⎢⎢ 0 a b ⎥⎥ ∀a , ∀b , ∀c ∈ C
⎢⎣ 0 0 a ⎥⎦

⎡p q r⎤
41) ⎢⎢ 0 p q ⎥⎥ ∀p , ∀q , ∀r ∈ C
⎢⎣ 0 0 p ⎥⎦

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⎡a b ⎤
42) ⎢ − a 2 ∀a , ∀b ∈ C – {0}
⎣ b − a ⎥⎦

⎡ax + bx 2 ⎤
43) ⎢ 1 ⎥
⎣ bx1 + cx 2 ⎦

46) I a = 0,25 3 + j 0,25 = 0,5 30º

I b = − 3 − j = 2 – 150º

I c = 0,25 3 + j 0,25 = 0,5 30º

1
47) ∨ n = – 60º
3

48) Basta verificar que (a) [A] = [A] e (b) [B ] = [B ]


2 2

51) Basta verificar que [A] = [0]3×3


2

⎡0 0 ⎤
54) g ( A) = ⎢ ⎥
⎣0 0 ⎦

⎡7 6 0 0⎤
⎢17 10 0 0 ⎥⎥
55) [A][B ] = ⎢
⎢ 0 0 −1 9 ⎥
⎢ ⎥
⎣ 0 0 7 − 5⎦

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