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Derivada Direcional e gradiente no

plano
• Seja um campo escalar no plano xy descrito por uma
função diferenciável a duas variáveis. Assim se z=f(x,y),
então z é o valor do campo escalar no ponto
P=(x,y).Seja L uma reta no plano xy. Quando P se move
ao longo de L, z pode variar e faz sentido perguntar pela
taxa de variação dz/ds de z em relação à distância s
medida ao longo de L. (fig 1)
• Para encontrar dz/ds, introduziremos um vetor unitário
  
u  ai  bj paralelo a L e na direção do movimento de P
ao longo de L, (fig. 2).Se P=(x,y) está a s unidades de
um ponto fixado P0 =(x0,y0) em L, então P P  su
    0
Isto é, ( x  x0 )i  ( y  y0 ) j  asi  bsj
Igualando os componentes temos x-x0=as e y-yo=bs; isto é, x=x0+as e
y=y0+bs. Portanto,
dx dy
a e
b
ds ds
E segue da Regra da cadeia
dz z dx z dy z z
   a b
ds x ds y ds x y

A derivada dz/ds, que é a taxa de variação do campo escalar z em relação


à distância medida na direção do vetor unitário u, é denominada
derivada direcional de z (ou derivada direcional da função f) na direção de u
e é escrita como Duz(ou Duf). Assim tem-se
z z
Du z  a b
x y
Du f ( x, y )  f x ( x, y )a  f y ( x, y )b
  
• Onde u  ai  bj
Em particular, se u é o vetor unitário que faz um ângulo  como eixo
  
positivo de x, então u  (cos )i  ( sen ) j e

z z
Du z  cos  sen
x y
Du f ( x, y )  f x ( x, y ) cos  f y ( x, y ) sen
• Portanto, as derivadas direcionais de z nas direções dos eixos positivos de x
e y são as derivadas parciais de z com respeito a x e a y respectivamente.
• A derivada direcional Duz pode ser expressa na forma de produto escalar
z z z z
D u z  a  b  a  b 
x y x y
   z  z     z  z  
( a i  b j )   i  j   u   i  j 
 x y   x y 
 z  z 
O vetor  i  j 
 x y 
cujos componentes escalares são as derivadas parciais de z com respeito a
a x e a y é denominado gradiente do campo escalar z (ou da função f) e é
escrito como z(ou como f). O símbolo , um delta grego invertido, é chamado
“nabla”. Assim temos
 z  z 
z=  i  j  e podemos escrever a derivada direcional como
 x y 

Du z  u  z

Du f ( x, y )  u  f ( x, y )
Ou seja, a derivada direcional de um campo escalar numa dada direção é o
produto escalar desta direção pelo gradiente do campo escalar.
• Ex1:Se z=4x2-5xy2, encontre :
(a)z, (b) o vetor de z no ponto (2,-3), e c) a derivada direcional Duz
no ponto (2,-3) e na direção do vetor unitário u=(cos /3)i+(sen /3)j.
Sol. a) z  z i  z j =(8x-5y2)i+(-10xy)j
x y
b)-29i+60j
c)

         
Du z  u  z   cos i   sen  j   (29i  60 j )
 3  3 
  1  3  60 3  29
 29 cos  60 sen  (29)   (60) 

3 3  2  2  2
• Ex 2. Se f(x,y)=4x2 +xy+9y2, encontre: a) o gradiente de f(1,2); b)a
derivada direcional de f(1,2);onde u é o vetor na direção de v=4i-3j.
• Obtemos o vetor u normalizando o vetor v, assim:
    
 v 4i  3 j 4i  3 j 4  3 
u     i j
v 4 2  (3) 2 25 5 5
f f
a)  8x  y e  x  18 y
x y
f  f   
f (1,2)  (1,2)i  (1,2) j  10i  37 j
x y
  4  3   
b) Du f (1,2)  u  f (1,2)   i  j  10i  37 j 
5 5 
40 111 71
  
5 75 5
• Se fixarmos um ponto (x0,y0) no plano xy então a derivada direcional


Du f ( x0 , y0 )  u  f ( x0 , y0 )
depende apenas da escolha do vetor unitário u, visto que o vetor gradiente
f(x0,y0) está fixado. Se  é o ângulo entre u e f(x0,y0) (fig 3), então pela
definição de produto escalar
 
u  f ( x0 , y0 )  u f ( x0 , y0 ) cos 
• Já que |u|=1, segue que Du f ( x0 , y0 )  f ( x0 , y0 ) cos 

Quando variamos o ângulo  na última fórmula, obtemos o valor da derivada


direcional, em várias direções, no ponto (x0,y0). Tomando = /2, temos cos=0
Ou seja Duf(x0,y0)= 0. Assim temos:

1. A derivada direcional é nula quando tomamos a direção perpendicular ao


gradiente;
Desde que cos  assume seu valor máximo, a saber 1, quando =0, também
obtemos
o seguinte fato:

2. A derivada direcional assume seu valor máximo quando tomamos a direção do


Gradiente e esse máximo valor é | f(x0,y0)|.

Em outras palavras, o gradiente de um campo escalar, calculado num ponto P, é um


Vetor cuja direção indica a direção na qual o campo escalar aumenta mais
rapidamente enquanto o módulo do vetor gradiente é numericamente igual a taxa
instantânea de aumento do campo por unidade de distância nesta direção
quando no ponto P.
• Por exemplo, se estamos num dado campo de temperatura e
desejamos seguir para onde a temperatura aumenta mais
rapidamente, basta tomar a direção do gradiente neste ponto.

• Por outro lado, se nos movimentarmos perpendicularmente ao


vetor gradiente, a taxa instantânea de variação é nula e estaremos
seguindo sobre a isoterma que passa por este ponto.

• Movendo-se na direção oposta ao gradiente (isto é , na direção do


gradiente negativo) a temperatura diminuirá mais rapidamente.

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