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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ANTONIO GABRIEL ALVES DE LIMA

RESUMO - DERIVADAS DIRECIONAIS E VETOR GRADIENTE

RIO BRANCO
2022
ANTONIO GABRIEL ALVES DE LIMA

RESUMO - DERIVADAS DIRECIONAIS E VETOR GRADIENTE

Trabalho apresentado no curso de


graduação da Universidade Federal do
Acre.

Professor: Herbert Raniere dos Santos


da Silva

RIO BRANCO
2022
INTRODUÇÃO
Um conceito muito estudado em Cálculo Diferencial e Integral é o de derivada
direcional e vetor gradiente. As derivadas direcionais podem ser definidas como
as derivadas calculadas na direção de um vetor unitário. A derivada direcional
nada mais é do que a derivada de uma função na direção de um vetor arbitrário
e unitário. Ou seja, se z = f(x, y), as derivadas parciais fx e fy são definidas como
ʄ(x0+h,y) − 𝑓(𝑥0,𝑦0)
Fx(x0, y0) = lim ( )
ℎ→0 ℎ

ʄ(x0,y0+h) − 𝑓(𝑥0,𝑦0)
Fy(x0, y0) = lim ( )
ℎ→0 ℎ

e representam as taxas de mudança z nas direções x e y, ou seja, na direção


dos vetores de unidade i e j.
O vetor gradiente também se relaciona com as derivadas, e pode ser definido
como o vetor cuja coordenada x é a derivada parcial em x e a coordenada y é a
derivada parcial em y da função no ponto (x0, y0). A derivada direcional de uma
função diferenciável pode ser escrita como o produto escalar de dois vetores:
Duf(x, y) = fx(x, y)a + fy(x, y)b
= <fx(x, y), fy(x, y)> ° <a, b>
= <fx(x, y), fy(x, y)> ° u
O primeiro vetor no produto escalar ocorre não somente no cômputo da
derivada direcional, mas também em muitas outras situações. Assim, dá-se a ele
o nome (o gradiente de f) e uma notação especial (grad f ou ∇f, que lemos “del
f”).

DEFINIÇÕES
Derivadas Direcionais
• Seja ʄ uma função de duas variáveis x e y. Se U for o vetor unitário
cos 𝜃i + sen 𝜃𝑗, então a derivada direcional de ʄ na direção U,
denotada por Du ʄ, será dada por:
ʄ(x+h cos 𝜃,𝑦+ℎ 𝑠𝑒𝑛 𝜃)− ʄ(x,y)
Du ʄ (x,y) = lim ( ) , se o limite existir.
ℎ→0 ℎ

• Suponha que ʄ seja uma fração de três variáveis x, y e z. se U for o


vetor unitário cos αi + cos βj + cos yk, então a derivada direcional de ʄ
na direção de U, denotada por Du ʄ, será dada por:
ʄ(x+h cos α,𝑦+ℎ 𝑠𝑒𝑛β,z+h cos y )− ʄ(x,y,z)
Du ʄ(x,y,z) = lim , se o limite existir.
ℎ→0 ℎ
Vetor Gradiente
• Se ʄ for uma função de duas variáveis x e y, e ʄ, e ʄ, existirem, então
o gradiente de ʄ, denotado por ∇ʄ, será definido por:
∇ʄ(x,y) = ʄx(x,y)i + ʄy(x,y)j.

• Se ʄ for uma função de três variáveis x, y e z e as derivadas parciais


ʄx, ʄy e ʄz existirem, então o gradiente de ʄ, denotado por ∇ʄ, será
definido por:
∇ʄ(x, y, z) = ʄx(x, y, z)i + ʄy(x, y, z)j + ʄz(x, y, z)k.

PROPRIEDADES
• Se ʄ é uma função diferenciável de x e y, então ʄ tem derivada
direcional na direção de qualquer vetor u = (a,b) e
Duʄ(x,y) = ʄx(x,y)α + ʄy(x,y)β

• Suponha que ʄ seja uma função diferenciável de duas ou três


variáveis. O valor máximo da derivada direcional Duʄ(x)é | ∇ʄ(x) |
ocorre quando u tem a mesma direção do vetor gradiente ∇ʄ(x).

CONCLUSÃO
A chamada derivada direcional nos permite determinar a taxa de variação de
uma função de duas ou mais variáveis em qualquer direção. Já o vetor gradiente,
é um vetor que indica o sentido e a direção na qual, obtém-se o maior incremento
possível no valor de uma grandeza.
Ao relacionar o conceito de derivada direcional com a definição do vetor
gradiente, verifica-se que o vetor gradiente, além de facilitar o cálculo da
derivada direcional, indica a direção e sentido de maior crescimento de uma
função f a partir de um ponto.

EXEMPLOS
• EXEMPLO 1. Dada a função f(x, y) = x2 − xy + 5y, calcular a
derivada direcional de f no ponto P0 = (−1, 2) na direção do vetor
(3, −4).
SOLUÇÃO: Note que ||(3-4)|| = √(3)2 + (−4)2 = 5. Seja então → =
𝑣
3 4
(5 , − 5). Temos que:
||→ | | = 1
𝑣
3 4 36 21
f(P0 + t→) = 𝑓 (−1 + 𝑡 5 , 2 − 𝑡 5) = 13 − 𝑡 + 25 𝑡 2
𝑣 5
f(P0) = f(-1,2) = 13
Logo
𝑓(𝑃0+𝑡→)− 𝑓(𝑃0)
𝑣
D→f(P0) = lim ( )
𝑣 𝑡→0 𝑡
36 21
13− + −13
5𝑡 25𝑡2
= lim ( )
𝑡→0 𝑡
36 21 36
= lim (− + 25𝑡) = − .
𝑡→0 5 5

• EXEMPLO 2. Dada a função f(x,y) = 2𝑥 2 − 𝑦 + 3𝑥 − 𝑦, ache o valor


máximo de Duf no ponto onde x = 1 e y = -2.
SOLUÇÃO: Como fx(x,y) = 4x + 3 e fy(x,y) = -2y -1,
∇ f(x,y) = (4x+3)i + (-2y-1)j ∇f(1,-2) = 7i + 3j
Assim, o valor máximo de Duf no ponto (1,-2) é
||∇ f(1,-2)|| = √49 + 9
= √58

• EXEMPLO 3. Dada a função f(x,y) = 3𝑥 2 + 𝑥𝑦 − 2𝑦 2 − 𝑦𝑧 + 𝑧 2 ,


ache a taxa de variação de f(x,y,z) em (1, -2, -1) na direção e no
sentido do vetor 2i – 2j – k.
SOLUÇÃO: O vetor unitário na direção e sentido de 2i – 2j – k é
2 2 1
U = 3𝑖 − 3𝑗 − 3𝑘
Assim,
2 2 1
Duf(x, y, z) = (6𝑥 + 𝑦) − (𝑥 − 4𝑦 − 𝑧) − (−𝑦 + 2𝑧)
3 3 3
Logo, a taxa de variação de f(x, y, x) em (1, -2, -1) na direção e
sentido de U, é dada por
2 2 1
Duf(1, -2, -1) = (4) − (10) − (0)
3 3 3
=-4
• EXEMPLO 4. Encontre a derivada direcional Duf(x, y) se f(, y) =
𝑥 3 − 3𝑥𝑦 + 4𝑦 2 e u é o vetor unitário dado pelo ângulo θ = π/6. Qual
será Duf(1, 2)?
SOLUÇÃO: Temos:
Duf(x, y) = fx(x, y) cosπ/6 + fy(x, y) senπ/6
√3 1
= (3𝑥 2 − 3𝑦) + (−3𝑥 + 8𝑦) 2
2
1
= 2 [3√3𝑥 2 − 3𝑥 + (8 − 3√3)𝑦]
Portanto,
1 13−3√3
Duf(1, 2) = 2 [3√3(1)2 − 3(1) + (8-3√3)(2)] = 2
REFERÊNCIAS
LEITHOLD, Louis. (1994). Cálculo com Geometria Analítica.

STEWART, James. (2013). Cálculo, volume 2.

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