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1

De

Para

Que estes relatos despertem em você o


desejo de conhecer mais ao Senhor,
caminhando cada dia a Seu lado, até chegar
ao lar Celestial.

Em / /
3

“Olhar para o que Deus fez no


passado ajuda a olhar para o
futuro com esperança”
4
de jornada ministerial , tanto como missioná rio
como pastor de igrejas do meu esposo, Jurandir
Miguel.
Como esposa sou a mais fiel testemunha de
cada situaçã o aqui relatada bem como da pessoa
honrada que ele é, como pai, esposo e homem de fé
que sempre buscou andar na presença do Senhor,
sendo exemplo em tudo.
Sinto-me lisonjeada por Deus em tê-lo como
PREFÁ CIO marido e pais de meus sete filhos.
Além de todas as enriquecedoras experiências
que vivemos juntos, momentos de lutas em oraçã o,

N
muita renú ncia em prol de vidas a serem salvas por
um tempo como o nosso e no mundo em nosso Senhor Jesus, podemos contar também com a
que vivemos, uma vida simples de fé bençã o de brevemente completarmos 49 anos de
simples e de simples experiências com casados, sempre sustentados pela fé em nosso
Deus é algo raro de acontecer. Senhor Jesus Cristo.
Muitas vezes vivemos na expectativa de só Sinto-me abençoada ao recordar os marcos de
ouvirmos e vermos o poder de Deus quando fé e esperança que foram erigidos em nossa
manifestado de forma tempestuosa e barulhenta; o histó ria de vida cristã .
que muitas vezes nos engana e até atrapalha de Tenho certeza que sua vida, caro leitor,
ouvirmos sua doce e meiga voz no nosso íntimo e também será enriquecida e abençoada
nas situaçõ es mais amenas, suaves ... Minha oraçã o é que sua fé e esperança no
Este livro tem como objetivo relatar situaçõ es Senhor Jesus sejam acrescentadas a cada dia “até
simples, onde a fé e a confiança no Senhor é o que Ele venha” – MARANATA !
marco principal, trazendo para nossas vidas as Gaudência Barbosa
experiências vivenciadas ao longo de vá rios anos Missioná ria
5

INTRODUÇÃ O
Q
uem cultiva um pomar tem os frutos
por resultado do seu trabalho. CAPÍTULO
1
Quem serve ao bom Senhor
tem a alegria por recompensa.
Cristo Jesus é o melhor de todos os senhores,
e semear a Sua Palavra, que é a verdadeira
semente,
tem resultados aqui e por toda a eternidade.
“...em seguida ouvi o Senhor dizer:
Nesta singela obra literá ria, relato algumas
experiências vivenciadas ao longo deste semear. Quem é que eu vou enviar?
Este livro nasceu a pedido de vá rios servos de Deus
que ouviram contar algumas dessas experiências. Quem será o nosso mensageiro?”
Um dos meus objetivos desta obra é lembrar a mim
mesmo situaçõ es que serviram de marco para Isaias 6.8
minha vida cristã e que me manterá a esperança,
como também, servirá de exemplo para outras
pessoas.
Por experiência pró pria posso afirmar que
“compensa servir a Jesus”.
J.M.
6

EIS-ME AQUI

A pó s minha conversã o ao Senhor Cristo Jesus,


desejei ardentemente levar ao conhecimento de
todas as pessoas o evangelho que me transformou
e transforma todo aquele que crê, em uma nova
criatura.
A todo tempo e em qualquer lugar que
percebesse uma oportunidade, falava da salvaçã o e
do perdã o dos pecados que temos na Pessoa
bendita de Jesus.
No inicio da década de sessenta minha família
e eu fomos morar em Sã o Paulo, capital.
Nesse tempo eu era pai de três filhos e minha
esposa já esperava nossa quarta filha.
Trabalhava como dirigente do setor financeiro
de uma grande rede de lojas muito conhecida.
Em Sã o Paulo eu também aproveitava todas as
oportunidades que surgiam para anunciar o
evangelho: pontos de ô nibus, escola, lugares
pú blicos, etc.
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Certo dia, sentado em minha mesa de trabalho
recebi a visita de um homem de Deus e muito
amigo meu que há tempo nã o nos encontrá vamos.
Ao vê-lo senti grande alegria, mas nã o
CAPÍTULO
imaginava ao certo qual motivo o havia levado ao
meu encontro. Foi quando este irmã o e amigo
aproximou-se de meu bureau e com autoridade,
2
por ser um homem que tinha notó ria vivência em
andar com Deus, apontou para mim e disse:
_ Jurandir, o Senhor está chamando você para
proclamar a gloria do evangelho.
Diante do que ouvira e ciente do ardor que
havia no meu espírito, entendi no meu íntimo que
Deus estava me chamando para Sua obra por “Eu não me envergonho do evangelho,
tempo integral.
Convicto do chamado para a seara, nã o hesitei pois ele é o poder de Deus
a obedecer. Levantei-me, me dirigi ao chefe
solicitando dele a minha demissã o, assumindo para salvar todos os que crêem,...”
assim o glorioso chamado e o compromisso por
tempo integral de anunciar as Boas Novas do Rm 1.16
evangelho

QUANDO O SENHOR CHAMA, ELE GARANTE


8
NO SERTÃ O BAIANO - O TRANSFORMADO

S endo informados de minha disposiçã o em


anunciar o evangelho, os dirigentes de uma agência
missioná ria por nome SERTÃ O BAIANO, os irmã os
Gidalfo Figueira e Sinval Figueira convidaram-me
para dar inicio a uma obra missioná ria numa
cidade por nome FURNA, hoje conhecida como
Arapiranga, distrito de Rio de Contas, na Chapada
Diamantina.
Consciente de minha total dependência do
Senhor aceitei o desafio e pelo período de um ano
fui mantido por esta missã o com um salá rio
mínimo, desta forma sustentando toda minha
família que já constava de quatro filhos, e durante
todo tempo nada nos faltou.
A principio cheguei à cidade sozinho indo me
hospedar numa pensã o onde realizei o primeiro
culto evangelístico sob protesto de alguns
moradores da cidade que manifestaram sua
insatisfaçã o com nossa presença ali através de
queima de fogos, fazendo de tudo para que a
mensagem do evangelho nã o fosse ouvida. Mesmo
desprovido de serviço de alto-falante ou
aparelhagem de som, apenas usando como
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instrumento a voz que o Senhor me dera continuei começava a surgir a necessidade de termos um
a pregar, dando inicio assim à obra missioná ria local pró prio para nos congregarmos.
para a qual fui incumbido. Fui entã o falar com os dirigentes da missã o
No dia seguinte, fui procurado na pensã o por sobre esta necessidade. Sendo autorizado adquiri
um fazendeiro da regiã o conhecido como seu um terreno onde seria construído um local pró prio
Manezinho que me disse: para nos reunirmos, uma vez que já havia vá rios
_ Seu Jurandir, ontem a noite eu estava perto convertidos inclusive o seu Manezinho, o
daqui e ouvi a mensagem. Aquela palavra ficou fazendeiro que cedeu sua casa para mim e minha
martelando meu coração. família morarmos.
Eu havia falado sobre a mulher do fluxo de Era notó ria a sede das pessoas por
sangue. Continuando ele disse: converterem-se a Cristo Jesus para salvaçã o da
_Todos precisavam ouvir as verdades de Deus, e alma e perdã o dos pecados e nã o por interesse
para colaborar com seu trabalho, decidi que eu e material.
minha esposa Adélia passaremos a morar na Certo dia em uma de minhas ausências da
fazenda e o senhor e sua família poderão morar em cidade o pá roco juntamente com a autoridade
nossa casa aqui na cidade. policial se uniram para, de casa em casa, recolher
No dia seguinte dirige-me à missã o com a assinaturas num abaixo assinado onde pediam a
noticia de que já havia lugar para morarmos e por proibiçã o da construçã o do nosso templo.
isso já poderia ir à Salvador para trazer minha Sentindo-se pressionados pela presença policial os
família. Seguimos entã o em um Jeep da missã o para moradores assinaram.
meu primeiro campo de trabalho missioná rio De volta à cidade fiquei ciente deste
oficialmente. movimento através de minha esposa.
Já em Furna, diariamente realizava Assim, dispus-me a fazer uma visita a
evangelismo pessoal e culto nas casas. Desta forma autoridade policial.
muitas vidas ficaram conhecendo o evangelho e
assim convertendo-se a Cristo, a tal ponto que
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Equipei-me com uma vitrola e dois LP’s,
material que constava o testemunho de um ex-
cangaceiro e hinos sacros.
Chegando à sua casa cumprimentei-o
respeitosamente pedindo permissã o para
apresentar-lhe o material que dispunha. CAPÍTULO
Com certo desdém ele me permitiu, e eu liguei
a vitrola colocando primeiramente o testemunho
de um ex-cangaceiro e em seguida dois hinos do
3
outro LP. Nesse instante ele nã o mais desdenhou
porém, espontâ nea e silenciosamente estendeu sua
mã o e apertou a minha e perguntou-me:
_ Quando o senhor poderá realizar um culto “Pois o Senhor corrige quem Ele ama
aqui em casa?
Entendi com suas palavras e gesto que e castiga quem Ele aceita como filho.”
naquele instante ele experimentara da metanoia,
isto é, mudança de atitude, comprovando assim que Heb 12.6
verdadeiramente o Senhor Jesus Cristo é o
transformador que nã o sofre transformaçã o.
Com isto o intento do abaixo assinado foi
frustrado e para gló ria de Deus o templo foi
erguido e está lá até ao dia de hoje.

MENSAGEIROS DE CRISTO, NÃ O DESISTAM!


ANUNCIEM O SALVADOR CRUCIFICADO,
RESSURRETO E ASCENDIDO AO CÉ U.
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DEUS CORRIGE

H avia chegado o dia de receber o sustento da


família. A Sede da missã o ficava em Vitó ria da
Conquista. Lá chegando fui recebido pela
tesoureira da missã o que me deu a seguinte
noticia:
_ Irmão Jurandir, a missão está passando por
uma crise financeira e por enquanto não temos como
entregar-lhe seu sustento este mês.
Pensando em como providenciar o sustento
da família, resolvi vender um valioso reló gio de
pulso que havia recebido de um de meus irmã os
bioló gicos. E assim fiz.
De volta ao campo com o valor do reló gio no
bolso pensei comigo mesmo:
_Se meu colega, missionário José de Arimatéia
perguntar se eu consegui algum dinheiro, direi que
não tenho, já que não recebi nenhum dinheiro da
missão.
Dito e feito. Ao aproximar-se o ô nibus da
cidade de Rio de Contas, ao longe avistei meu
colega como eu imaginava;
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_Tem algum dinheiro aí? perguntou-me
Ao que respondi:
_ Não!
Prossegui viagem para Furna.
No caminho o cobrador do ô nibus dirigiu-se a
mim a fim de receber o pagamento da passagem.
Colocando a mã o no bolso, qual nã o foi a
minha surpresa ao constatar que o dinheiro que
vendi o reló gio, o ú nico dinheiro que havia
granjeado nã o se encontrava mais no meu bolso.
Nã o havia mais nenhum centavo! CAPÍTULO
Lembrei-me de imediato que eu havia
declarado de que nã o estava com nenhum dinheiro.
A disciplina do Pai foi clara e imediata pra
4
mim. Aprendi naquela hora que aquilo que a gente
segura egoisticamente acaba perdendo; mas o que
“E o meu Deus, de acordo
entregamos confiadamente a Deus isto permanece.
com as gloriosas riquezas que Ele tem
Eu havia deixado que o egoísmo falasse mais
para oferecer por meio de Cristo Jesus,
alto e nã o me permiti dividir o que tinha com meu
lhes dará tudo o que vocês precisam”
colega de ministério.
Fil 4.19
APRENDAMOS COM A DISCIPLINA E VIVAMOS EM
SUBMISSÃ O AO ESPÍRITO SANTO
13

O MILAGRE NA FEIRA

C ompletado um ano que está vamos em Furna,


de saída do templo em direçã o à nossa casa, no
meio da praça da matriz o Espírito Santo falou ao
meu coraçã o que minha missã o naquela cidade
estava concluída. O Senhor entã o guiou-me a
retornar para Salvador – BA.
Lá chegando recebi de meus pais uma casa
onde fixei residência com minha família.
Fui conduzido pelo Espírito de Deus a
trabalhar no subú rbio de Periperi, evangelizando
em praças pú blicas, juntamente com um grupo de
vinte e quatro irmã os nascendo assim a Igreja
Batista Monte Hermon, que na maioria eram jovens
estudantes, o que nã o possibilitava nenhuma
condiçã o para meu sustento financeiro. Minha
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esposa e eu fabricá vamos balas de cô co durante a Retornei para casa com as sacolas
noite a fim de sustentarmos nossa família. abastecidas, tudo para o nosso sustento. Gloria a
Certo dia, Gaudência, me chama e diz que nã o Deus! E para mim, além da provisã o ficou também
havia mais nada na dispensa, para preparar a nossa a experiência de que o Senhor da Seara é o melhor
refeiçã o. dos senhores, pois Ele tem cuidado dos Seus.
Confiando Naquele de quem eu recebera o
chamado, tomei nas mã os duas sacolas e apenas É IMPORTANTE QUE OS FILHOS VEJAM NO SEIO
com o dinheiro do transporte, fui à feira de Sã o DA FAMILIA O EXEMPLO DE VIDA DE FÉ E
Joaquim. No meio da feira orei em silencio ao DEDICAÇÃ O DE SEUS PAIS.
Senhor o nosso suprimento, dizendo:
_Gostaria de levar estas duas sacolas cheias.
Nesse instante aproximou-se de mim um
irmã o na fé que por vá rias vezes me ouvira pregar
em Periperi.
Comentando comigo a mensagem da noite
anterior ele estendeu a mã o e colocou no bolso de
minha camisa uma quantia em dinheiro sem eu
nada pedir, o que fora suficiente para encher uma
sacola.
Continuei caminhando quando passei pela
barraca de outro irmã o na fé, que ao ver-me pediu
que o esperasse um pouco, pois desejava falar
comigo. Para minha surpresa este irmã o veio de lá
de dentro do seu estabelecimento com vá rios
mantimentos, cereais e carnes suficiente para
encher a outra sacola.
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CAPÍTULO
5

“Ó Senhor Deus, não te afastes de mim! Vem


depressa me socorrer... não deixes que esses
cachorros me matem.”

Sl 22.19-20
16
Nada havia me acontecido, o que deixou seu
dono surpreso, por bem conhecer a ferocidade de
seu cã o.
Ao me recordar deste fato lembro-me de
outra situaçã o onde vi o cuidado especial do meu
Pai em situaçã o semelhante.
Havia sido convidado para realizar uma série
de conferências em Sã o Luis do Maranhã o na Igreja
CUIDADO ESPECIAL Batista Nacional, ficando hospedado na casa do PR.

O
Oséias.
Apó s ser recebido calorosamente e muito bem
local onde nos reuníamos em Periperi, era acolhido pela família, fui acomodado no primeiro
andar de sua casa e em seguida o casal teve
bastante simples e nã o havia toalete. necessidade de ir à rua.
Certo dia, precisei usar o toalete e dirigi-me à Sabendo que estava sozinho em casa
casa de um dos vizinhos, onde funcionava nosso acomodei-me nos aposentos a fim de preparar-me
trabalho, o qual era também simpatizante do para a reuniã o da noite quando notei barulho de
evangelho. pisadas na escada. Era o cachorro da casa que
Muito gentilmente este amigo permitiu-me chegara à porta do quarto onde eu estava. Reagi
que adentrasse as dependências de sua casa com um salto e bati a porta do quarto livrando-me
orientando-me que seu toalete ficava no fundo de de ser atacado.
sua casa. Era noite e confundi-me com as portas Ao retornarem pra casa perceberam que nã o
abrindo o local onde ficava um valente cachorro, haviam prendido o cachorro, e correram
guardiã o da casa. Ao perceber o que ocorrera o preocupados e aflitos a fim de verificarem, como eu
dono do cachorro preocupado e aflito correu ao estava, pois o cachorro era muito valente.
meu encontro perguntando:
_Você está bem, irmão Jurandir?
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Constatando, que nada de mal me ocorrera,
juntos nos alegramos por mais este livramento e
manifestaçã o de cuidado especial do Senhor por
nó s.
Nã o fui estraçalhado por nenhum dos dois
cã es para contar estes livramentos e relatar
também outros feitos do Senhor descritos neste
CAPÍTULO
livro. Continue a leitura.

O DEUS DE DANIEL É O MESMO HOJE E SEMPRE


6

“...O Anjo do Senhor apareceu a ele e disse: - você é


corajoso, e o Senhor está com você! ... vá com toda
sua força e livre o povo de Israel dos midianitas. Sou
Eu quem está mandando que você vá.”

Juízes 6.12 -15


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NOVO CAMPO

S endo convidado por um grupo de irmã os, para


participar de um período de oraçã o, nã o imaginava
que isto seria o inicio de um novo trabalho.
Nesta reuniã o estes irmã os empossaram-me
como seu pastor, uma vez que estavam precisando
de um líder.
Diante do propó sito que o Senhor tinha para
minha vida, surgiram muitas adversidades, o que
me deixou em dú vida, quanto a assumir a direçã o
deste novo trabalho.
Certa noite fui acordado, por um grande
barulho dentro de casa, em seguida a porta do
quarto foi aberta fortemente. Levantei-me, pra
verificar como todos estavam, e tudo estava bem.
Assustado, ajoelhei-me, percebendo uma
presença espiritual. Em oraçã o consultei ao Senhor,
pela Sua palavra, a respeito do que estava
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acontecendo. O Senhor entã o falara-me em Juízes
6.12 dizendo: “...você é corajoso; o Senhor está com
você.”
Diante desta palavra nã o duvidei do propó sito
de Deus para mim, e confiantemente assumi este
pastorado. Nasce assim a Igreja Batista Missioná ria
hoje a IBMI.
Cumprido o tempo determinado pelo Senhor
neste campo de trabalho como pastor deste CAPÍTULO
rebanho, entreguei o pastorado ao meu Pastor
auxiliar com 500 congregados, uma casa na
Mouraria e varias congregaçõ es, indo dedicar-me
7
por um ano e meio à viagens missioná rias e
“...Todos ficaram cheios do Espírito Santo
conferências evangelísticas, programas
e começaram a falar em outras línguas,
radiofô nicos e outros. de acordo com o poder que o Espírito
dava a cada pessoa.”
O SENHOR PROVÊ DIREÇÃ O, FORÇAS,
ALIMENTO E PROTEÇÃ O A TODOS OS QUE SE
SUBMETEM A SUA VONTADE. Atos 2.4
20

OUVINDO FALAR NA PRÓ PRIA LÍNGUA

O trabalho na cidade de Salvador vinha


crescendo. Muitas igrejas foram organizadas, tanto
na capital como no interior e muitas vidas vinham
sendo resgatadas das trevas. Grande era o mover
do Espírito Santo, no nosso meio.
Em uma determinada noite, estava nos
visitando um jovem uruguaio, estudante de
medicina, que ainda nã o conhecia o evangelho.
Sem saber a respeito de sua presença, ali
expus como sempre a pregaçã o da palavra de Deus,
a qual foi ouvida pelo jovem em castelhano
clá ssico.
Dirigindo-se à pessoa, que estava sentada ao
seu lado, o moço perguntou:
_Por que o pregador está falando só pra mim?
Ao que lhe respondeu:
_Não, não está falando só pra você não. Ele está
expondo a Bíblia Sagrada para todos aqui presentes
e no nosso próprio idioma.
Ouvindo e entendendo o evangelho na sua
pró pria língua o jovem tomou a decisã o naquela
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noite de invocar a Jesus, convertendo-se ao
senhorio de Cristo, arrancando de seu corpo os
patuá s que carregava e logo foi batizado. Pouco
tempo depois este jovem decidiu ir para um
seminá rio na cidade de Recife, preparando-se
assim para ser um pregador do evangelho de CAPÍTULO
Cristo.
Esta experiência me fez lembrar o que
aconteceu na igreja primitiva relatado em Atos 2.6
8
– “...todos ficaram muito admirados porque cada um
podia entender na sua própria língua o que os
seguidores de Jesus estavam dizendo”. “... a minha palavra não volta vazia”
Santifiquemos nossas vidas para que o Senhor
continue operando maravilhas em nossos dias.
SERÁ QUE O SENHOR MUDOU ou FOMOS NÓ S QUE Isaias 55.11
MUDAMOS?
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O PODER DA PALAVRA

H avia viajado para participar de um Encontro


de Renovaçã o Espiritual realizado em Vitó ria do
Espírito Santo e de volta para Salvador pus-me a
evangelizar no ô nibus, deparando-me com um
homem que me fez a seguinte declaraçã o:
_Meu caro, eu sou digno da salvação porque
tenho um bom caráter, sou um pai exemplar, nunca
matei, nunca roubei ninguém. Deus não seria injusto
para me condenar.
Mostrei-lhe à luz da bíblia que nã o há um
justo, que todos pecaram e que a salvaçã o nã o é por
mérito pró prio.
Diante disto ele silenciou-se e aparentemente
ficara indiferente, nã o mais querendo continuar
nossa conversa.
Chegando à uma determinada cidade nosso
ô nibus parou e o motorista avisou-nos que
teríamos alguns minutos ali. Todos desceram.
De volta ao ô nibus fui procurado por aquele
cidadã o que me disse:
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_Moço, aquelas palavras tocaram fortemente
meu coração. Confesso que o deus de minha vida e
em quem até aqui eu vinha confiando era um
revólver, mas durante esta parada eu decidi confiar
unicamente em Jesus. Acabei de quebrar minha
arma de fogo e joguei-a no lixo da lanchonete. A
partir de agora me entrego ao Senhor Jesus.
Reconheço que só Ele é Senhor e Salvador. CAPÍTULO
Deixemos de pregar o evangelho de barganha
e mostremos a pura verdade da Palavra. Só assim
os pecadores de fato se arrependerã o.
9
“Mas nenhuma arma poderá derrotar você,e,
PREGUE A PALAVRA A TEMPO E FORA DE TEMPO,
se alguém for ao tribunal para acusá-lo,
POR TODOS OS MEIOS POSSIVEIS POIS ELA NÃ O
você não será condenado.
VOLTARÁ JAMAIS VAZIA.
O que eu faço pelos meus servos é isto:
Eu lhes dou a vitória...”
Isaias 54.17
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DE JOELHOS

A igreja que pastoreava estava se reunindo na


rua Carlos Gomes.
Uma das irmã s que ali congregava cujo
marido nã o era convertido ao Senhor Jesus, sempre
que chegava em casa nã o comentava sobre a
mensagem que ouvira , mas sim comentava sobre a
admiraçã o que ela cultivava pela forma como a
palavra explanada e as maravilhas que ali
aconteciam.
Numa dessas ocasiõ es seu marido fora
acometido por um espírito de ciú me e decidiu ir até
o local onde nos reuníamos a fim de tirar-me a vida.
Sem nada saber encontrei-me no local e me
ajoelhei em oraçã o, quando de repente este homem
adentra ao recinto disposto a concretizar seu
desejo maligno. Ao encontrar-me de joelhos sentiu-
se desarmado e desencorajado a levar a cabo seu
mal intento.
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Apó s aquele momento de oraçã o abri os olhos
e percebi que junto à porta estava um cidadã o de
aspecto diferente que eu nã o conhecia.
Dias depois a esposa deste homem me
procurou fazendo este relato.
Fica aqui uma advertência: devemos falar nã o
das ferramentas que o Senhor Deus está usando e
sim de quem as usa.
CAPÍTULO
QUANDO HONRAMOS AO SENHOR ELE NOS
HONRA, MAS A GLÓ RIA É EXCLUSIVAMENTE
DELE.
10
“...aqueles que me honram Eu o honrarei... “
Joã o 5.23
26

QUANDO DEUS É HONRADO

C erto dia recebi um recado urgente de que


minha senhora mã e encontrava-se gravemente
enferma na cidade de Santo Antonio de Jesus – BA .
Diante de tal urgência prontifiquei-me a
atender seu chamado tendo que ir vê-la
imediatamente.
Naquele mesmo dia eu tinha um compromisso
agendado com a igreja e diante de tal
responsabilidade nã o havia mais tempo de
providenciar um substituto.
Teria eu que decidir entre ir de carro pró prio
e assim retornar em tempo para o compromisso a
noite ou ir de ô nibus e nã o chegar a tempo.
A dú vida por esta decisã o se dava por conta
de minha carteira de motorista encontrar-se
vencida o que também nã o dava mais tempo para
se resolver.
Decidi por viajar de carro pró prio a fim de
poder atender tanto uma coisa quanto outra, uma
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vez que ambas eram de suma importâ ncia e misericó rdia e o cuidado do Senhor mais uma vez
urgência. manifestados.
Apresentei a situaçã o diante do Senhor e, Assim retornamos em paz e a tempo de
decidido a assumir as conseqü ências viajei de carro cumprir com o compromisso que tinha com a igreja
pró prio. e mais uma vez o Nome do Senhor foi proclamado!
Seguimos eu e minha esposa nesta viagem e
apesar da urgência e pressa fomos calma e SÓ PODEMOS DESOBEDECER A UMA LEI QUANDO
tranquilamente. EXISTE OUTRA SUPERIOR A ESTA.
De volta fomos surpreendidos por uma blitz, o
que nos deixou gelados imaginando já o que
poderia nos ocorrer. Dito e feito: o policial apitando
fortemente sinalizou ordenando que eu parasse o
veículo para averiguaçã o dos documentos.
Mesmo temeroso fui reduzindo a velocidade
até parar.
Ao aproximar-se do veículo o policial disse:
_ Desculpe capitão!
E bateu continência.
A calma, o alivio e a gratidã o invadiram
nossos coraçõ es e “nossa boca se encheu de riso”
pois pudemos ver que o Senhor levara em conta
meu desejo de honrá -lo sem deixar de observar o
mandamento de também honrar minha mã e.
Tendo o policial me confundido ou nã o com
um capitã o, o certo é que vimos nisso a
28

CAPÍTULO
11
“Deus é nosso refugio e nossa força,
socorro que não falta em tempos de aflição.”
Sl 46.1
29
Por tentar desviar-se de dois pedestres o
motorista perdeu o controle do veículo, indo parar
vá rios metros a baixo da pista.
Providencialmente o ô nibus nã o virara mas
Ribanceira a baixo batera em um tronco de á rvore que o sustentou.

C
Ninguém entrou em pâ nico, mas todos em cô ro
glorificavam ao Senhor até o momento de sairmos
erta ocasiã o viajei com os jovens da igreja do veículo.
Nenhum de nó s sofreu qualquer arranhã o.
batista missioná ria de Salvador (hoje a IBMI), que Todos ilesos apesar da grave situaçã o a ponto de
na ocasiã o eu pastoreava. precisarmos aguardar outro veículo para concluir a
Saímos em um ô nibus especial de Salvador viagem.
mais ou menos à s 22hs, em caravana para um Realmente nosso Deus é socorro bem
encontro de mocidades na cidade de Itapetinga – presente.
BA . Procuremos viver na luz do Senhor para
Depois de nos acomodarmos nos acentos entendermos Sua vontade e assim vermos a Sua
naturalmente todos adormeceram. gló ria.
Já de madrugada, pró ximo à entrada da cidade
eu acordei, porém ainda meio sonolento tive uma QUANDO O PERIGO CHEGAR, GLÓ RIAS A
visã o: vi que o ô nibus estava descendo ribanceira a DEUS DEVEMOS DAR!
baixo. Diante do que vi pus-me a glorificar ao
Senhor em voz alta e todos no ô nibus juntaram-se à
mim.
A visã o tornou-se realidade. O nosso ô nibus
começava a descer um penhasco.
30

CAPÍTULO
12
“...vai ao tanque de Siloé... ”

Joã o 9.7
31
Numa dessas noites ao convidar os enfermos
para receberem a oraçã o da fé, ouvi uma voz que
me perguntava:
_Você tem uma doença e vai orar pelos
doentes?
Imediatamente eu respondi em silêncio:
_Sim, porque estou aqui para obedecer.
Apó s a oraçã o eu convidei que eles orassem
por mim também e desde entã o nunca mais meu
...QUANDO SE OBEDECE corpo sofreu reaçõ es alérgicas.

P or um certo período da minha vida fui


acometido de uma reaçã o alérgica que se
O MILAGRE ACONTECE QUANDO SE
OBEDECE.

ORAI UNS PELOS OUTROS.


manifestava principalmente quando eu tinha algum
contato com materiais plá sticos ou sintéticos.
Certo dia fui convidado a realizar uma série de
conferências na cidade de Nova Canaã e, devido ao
problema de saú de viajei de Salvador até o local da
conferência em pé no ô nibus, a fim de resguardar
meu estado de saú de para poder dar conta deste
compromisso.Cheguei ao meu destino cansado mas
em paz. A cada noite apó s a exposiçã o bíblica eu
orava pelos enfermos.
32

CAPÍTULO
13
“... quando Pedro ainda estava falando,
o Espírito Santo desceu sobre todos
os que estavam ouvindo a mensagem...”
Atos 10.44
33
intensa e a mã o no local da dor. Por nenhum
instante a dor deu trégua.
Ao chegar na rodoviá ria do Rio de
Janeiro a dor foi embora. Pude ver entã o que
era um ataque do inimigo e que por isso Deus
tinha uma grande obra naquele local através
POR QUE IR? desta viagem.

C
Nã o demorou muito para que eu
localizasse a filha do meu amigo na casa de
erto dia fui procurado por um amigo que um dos seus tios.
Lá chegando recebi a notícia de que nã o
estava passando por um momento de grande mais se fazia necessá rio minha presença ali
afliçã o. Sua filha havia fugido com um hippie porque a moça já havia decidido retornar para
para a cidade do Rio de Janeiro. os pais.
Diante do que ouvira dei-lhe a palavra de Nã o entendi nada! Mas tive a sensaçã o
que iria procurá -la. Ele entã o providenciou a do dever cumprido.
passagem de ô nibus. Pensando em retornar para Salvador,
Chegou o dia da viagem. Ao arrumar as lembrei-me que em nossa igreja havíamos
malas fui surpreendido por uma forte dor na recebido a visita de um alto funcioná rio do
virilha. Diante do compromisso nã o vi Banco do Brasil.
possibilidade de cancelar a viagem. Reuni Na época nossa igreja se reunia no
minha família e pedi que cada um dos “Beco” Maria Paz, centro de Salvador.
meninos orasse por mim. Depois levantei-me Este amigo residia na cidade do Rio e
e, com a mã o no local da dor dirige-me para a havia me dado seu cartã o fazendo o seguinte
rodoviá ria. Até entã o nada da dor passar. Fui convite: “quando for à nossa cidade não deixe
de Salvador até ao Rio de Janeiro com a dor de me procurar”, entregando-me seu cartã o
34
pessoal. Assim fiz. Por telefone localizei o
endereço do seu trabalho e nos encontramos
levando-me a almoçar em sua casa com sua
família.
Enquanto ali estive toda sua família
ouviu o evangelho, rendendo-se ao Senhor
Jesus e experimentando de uma gloriosa obra CAPÍTULO
de libertaçã o em seus coraçõ es.
Entendi naquele dia qual seria o
propó sito do Senhor em levar-me à quela
14
cidade e qual o motivo daquela dor na virilha.
Retornei para casa feliz por ver o Senhor
“Pois Deus está sempre agindo
guiar-me e realizar através de minha vida o
em vocês para que obedeçam
que Ele queria.
à vontade dele,
Anos depois esta família dedica-se ao
tanto no pensamento como nas ações”
ministério da palavra e o chefe da família
tornara-se pastor, organizando e pastoreando
Fil.2.13
uma igreja na cidade de Recife.

SE SAIR CHORANDO PARA SEMEAR E


SALVARMOS UMA ALMA VALE MAIS DO QUE
O MUNDO INTEIRO, IMAGINE SAIR POR UMA
FAMILIA?
35

UM INTÉ RPRETE APRESSADO

D e viagem para a cidade de Itambé a fim de


realizar uma série de conferências evangelística
senti-me empolgado já na primeira noite diante do
grande nú mero de ouvintes que lá eu encontrara.
Ajoelhei-me em oraçã o pedindo ao Senhor
uma palavra para me nortear durante esses dias de
conferência e a palavra foi: “...é Deus quem opera
tanto o querer quanto o efetuar.”
Pela minha empolgaçã o diante do grande
nú mero de ouvintes preguei, procurando como
sempre, manejar bem a palavra, porém a fiz de
forma bastante “apressada” e “eufó rica”.
Ao final da mensagem nessa primeira noite foi
dada a oportunidade para os visitantes fazerem sua
decisã o no evangelho.
Para meu constrangimento aconteceu algo
que até entã o nunca havia acontecido comigo em
nenhuma das conferências realizadas. Apesar de
estarem ali muitas pessoas nã o convertidas ao
evangelho, nenhuma dessas manifestou ter
36
entendido a mensagem de salvaçã o. Fiquei um bom e salvando muitas vidas ali, fruto daqueles dias de
momento falando com insistência mas parecia que evangelizaçã o.
havia uma parede de bronze entre eu e os ouvintes. DEVEMOS ESTAR SEMPRE EM SINTONIA
Bastante cansado, entreguei a palavra ao COM O SENHOR.
pastor da igreja que encerrou o trabalho.
Cabisbaixo, dirigi-me para meus aposentos e
em oraçã o perguntei ao Senhor qual o motivo de
tanta resistência à s verdades anunciadas naquela
noite. A resposta veio ao meu coraçã o de forma
imediata: “Eu não disse que sou Eu que opero tanto o
querer como o efetuar? Você foi um interprete muito
apressado. Você disse a verdade mas eles não
entenderam.”
Convencido da minha falha como instrumento
do Senhor naquele lugar, pedi perdã o e descansei.
Na noite seguinte coloquei em pratica a liçã o
aprendida. De maneira suave e tranqü ila, com a
confiança de que quem faz a obra no coraçã o do
homem é Deus e nã o os meus gritos, pude entã o
ver o operar do Senhor quando eu perguntei aos
ouvintes quem desejaria se comprometer com
Jesus e vi todos os ouvintes virem à frente como
uma onda.
Ao retornar para Salvador dias depois recebi
uma carta do pastor dizendo-me que eu havia
retornado mas o Espírito Santo continuava agindo
37

CAPÍTULO
15
“Clamou este pobre e o Senhor o ouviu.”

Salmo 40
38
O PODER DA ORAÇÃ O

D urante cinco anos fui pastor interino na


cidade de Amargosa (Ba) e durante esse tempo
hospedava-me sempre com a família de um
diá cono, o saudoso irmã o Pedro.
Eles haviam instalado um chuveiro elétrico CAPÍTULO
que para ser utilizado deveria proceder de
determinada forma a fim de nã o causar acidente.
Como nã o fui avisado, ao tomar banho fui trocar a
16
temperatura quente pra o frio quando recebi uma “Eu poderia falar todas as línguas que são
forte carga elétrica que lançou-me contra a parede. faladas na terra e até no céu, mas, se eu não tivesse
Minha esposa que havia tido nosso sétimo filho há amor, as minhas palavras seriam como o som de um
poucos dias encontrava-se há mais de 300 km gongo ou como um barulho de um sino.”
longe de mim, mas naquela hora ela havia
pressentido que eu estava em perigo e pô s-se em I Cor. 13.1
oraçã o a pedir socorro ao Senhor.
No local onde me encontrava todos da casa
ouviram meus gritos e correram ao meu encontro,
verificando que eu já estava fora de perigo.

QUANDO VOCÊ PRESENTIR QUE ALGUEM ESTÁ


EM PERIGO “ORE”
39
UM SIMPLES GESTO

E m uma de minhas viagens pastorais a


Amargosa dirigi-me da casa onde ficava hospedado
para o templo quando no caminho observei uma
senhora que estava com muita dificuldade de
colocar sobre sua cabeça um feixe de lenha.
Aproximei-me e a ajudei. Ela apenas agradeceu sem
muitas palavras.
No dia seguinte, ela que morava pró ximo a
casa de um dos nossos diá conos, descrevendo a
pessoa daquele desconhecido que a ajudara para o
dono da casa perguntou quem era aquele homem,
ao que lhe respondeu:
_Pela sua descrição este homem é o pastor da
minha igreja.
Ela que era a cozinheira de uma organizaçã o
religiosa da cidade disse entã o que gostaria de
visitar nossa igreja e assim fez. Apó s ouvir a
mensagem daquela noite ela levantou suas duas
mã os dizendo estar entregando seu coraçã o a Jesus
definitivamente
Esta senhora saiu do templo naquele dia
falando a todos que seus olhos espirituais haviam
sido abertos ao ouvir a mensagem da Bíblia
40
sagrada, entendendo a mensagem de salvaçã o, indo
entã o a destruir seus ídolos.
Sua conversã o impactou a todos da rua onde
morava e desde entã o sempre testemunhava CAPÍTULO
agradecida ao Senhor por ter sido aquele homem
que ela encontrara no caminho o instrumento que 17
Deus usara em sua vida para ter seus olhos
espirituais abertos. “Como o Senhor havia prometido
Esta senhora ficou conhecida na cidade como por meio de Elias,
irmã Cecília. não faltou a farinha na tigela
nem o azeite no jarro. “
MUITOS ESTÃ O NUMA RELIGIÃ O MAS SOB O
JUGO DA ESCURIDÃ O. I Reis 17.16

“... você vai abrir os olhos deles a fim de que eles


saiam da escuridão para a luz e do poder de satanás
para Deus.” – Atos 26.18
41

NÃ O FALTARÁ

A igreja em Salvador estava precisando de um


espaço pró prio para continuarmos nos reunindo
quando surgiu a oportunidade de compra de uma
casa na Praça da Mouraria.
Diante da necessidade e oportunidade
lançamos uma campanha para aquisiçã o do imó vel.
Eu já havia aprendido no início da minha
caminhada ministerial que nada posso fazer sem
depender do Espírito de Deus, e nessa dependência
decidi entregar todo o salá rio do mês para a
compra da casa onde a igreja estaria se instalando.
Assim demos inicio a campanha que
acabá vamos de lançar, mesmo nã o tendo nenhuma
reserva financeira para minha família. Mas o
Senhor nã o nos deixou em falta de nada! Deus
sustentou como sempre os meus sete filhos, minha
esposa e eu.
A campanha alcançou seu objetivo e a casa
adquirida foi posteriormente utilizada para que a
Igreja comprasse outra maior na rua da
independência que é hoje a IBMI.
42
Em nossa casa cumpriu-se literalmente o que
está escrito em I Reis 17.16.

O LÍDER DEVE SERVIR DE EXEMPLO EM TUDO


PARA SEUS LIDERADOS.

CAPÍTULO
18
“Aqueles que saem andando e chorando, levando a
semente para semear, voltarão cantando, cheios de
alegria, trazendo nos braços os feixes da colheita.”
Salmo 126.6
43

C erto dia um irmã o convidou-me para levar a


mensagem do evangelho há um grupo de pessoas
que trabalhava na mata fechada, pró ximo à regiã o
de Paragominas no Pará . E ali estive pregando.
Quase todos que ouviram a palavra do
evangelho decidiram entregar suas vidas ao Senhor
Jesus.
Sem poder retornar de imediato para a
cidade, tivemos que pernoitar na mata, mas
imagine aonde? Em cima das á rvores!
Os peõ es e meu amigo já eram acostumados a
esta situaçã o e por isso nã o estranhavam nada,
nem mesmo o ruído dos animais ferozes que
ouvíamos sair do meio da mata e que estavam a
rondar nosso acampamento.
Aquela noite parecia interminá vel! Passei o
tempo todo sobressaltado.
Minha alegria e consolo foi lembrar que tudo
aquilo havia sido por causa de pessoas que
precisavam ouvir o evangelho. De repente eu vi o
dia amanhecer. Que alívio!
A necessidade de dormir em cima de uma
á rvore com receio de ser alcançado por uma onça
UMA HOSPEDAGEM DIFERENTE
valeu a pena porque muitos daqueles
44
trabalhadores renderam-se a Cristo e foram
batizados.
CAPÍTULO
Concluído os meus dias ali deixei-os assim
como o eunuco da rainha de Candace depois que
Filipe o batizou.
19
O HOMEM DE DEUS NÃ O DEVE ESCOLHER ONDE “O menor virá a ser mil, e o mínimo um povo
SEMEAR SE grandíssimo...”
A ORDEM É “IDE”.

Isaias 60.22
45

C omeçá vamos mais uma frente de trabalho no


subú rbio em nossa cidade., no bairro de Escada.
Já está vamos com um espaço razoá vel, onde
comportava mais ou menos umas sessenta pessoas
sentadas.
O local havia sido doado pela irmã Lucia, uma
dedicada serva do Senhor.
Ali já congregavam algumas pessoas decididas
ao evangelho e outras recém batizadas.
Certa noite chovia a câ ntaros em nossa cidade,
porém era dia de meu compromisso pastoral
naquela congregaçã o.
Dirige-me até o local, cujo acesso era bastante
dificultoso ainda mais com toda aquela chuva.
Precisei deixar o veículo quase um kilô metro
de distancia do local de onde nos reuníamos por
conta dos grandes buracos e muita lama.
Diante de toda a dificuldade do momento
consegui chegar ao templo bastante molhado e ali
encontrei somente dois irmã os idosos que já eram
convertidos ao Senhor Jesus.
Cumprimentei-os e fui colocar-me em oraçã o.
Ajoelhei-me e fiquei conversando com o Senhor, e
VENDO COMO DEUS VÊ
aguardando a chegada dos demais irmã os.
46
O ponteiro do reló gio foi caminhando e mais Os dois irmã os que ali estavam ficaram
ninguém chegou ao local, apenas os dois anciã os e atô nitos e perplexos diante do meu entusiasmo
eu. aparentemente sem razã o. Afinal só tinha ali três
Diante daquele quadro me senti desanimado e pessoas: eles dois e eu.
desestimulado a prosseguir com aquele trabalho, Tudo procedeu como se a casa estivesse cheia.
num local tã o difícil e tã o longe. Toda semana eu continuava indo ao local na
Inquieto com o que estava presenciando orei certeza daquela palavra e a obra prosseguiu.
ao Senhor mais uma vez e perguntei: Daquele dia em diante a igreja tomou como
_Por que eu tenho que vir pra cá, enfrentar texto chave para sua histó ria este versículo o qual
toda essa dificuldade, encarar toda essa distancia e tem sido uma realidade na vida desse ministério
ficar debaixo dessa tempestade toda para ministrar Hoje, existe ali um bonito templo cujo
a duas pessoas que já estavam prontas para o céu? rebanho é pastoreado pelo genro da irmã Lucia,
Depois abri meus olhos e pedi uma palavra ao (aquela que doou o local para as reuniões) Pastor
Senhor a fim de sentir-me fortalecido e orientado Antonio Moreno casado com sua filha, missioná ria
diante do desafio que encontrava ali. O texto que Ivana Rita.
veio à s minhas mã os foi: “... o menor virá a ser Este ministério tem crescido por vá rias
mil.” localidades, estendendo-se até no Ceará .
No mesmo instante o Espírito Santo testificou
ao meu coraçã o que Deus tinha algo muito precioso DIANTE DO QUE DEUS TEM A REALIZAR ATRAVÉ S DE
com as pessoas daquele bairro. Depois de ler e SUA VIDA, VOCÊ VAI CONTINUAR OU DESISTIR
refletir no que lia me levantei cheio de esperança e
â nimo e preguei para aquele pú blico de apenas
duas pessoas como se estivesse diante de uma
multidã o.
Abri a boca com força e disposiçã o como se
estivesse falando para muita gente!
47

20
“Faça todo o possível para conseguir a completa
aprovação de Deus, como um trabalhador que não se
envergonha do seu trabalho, mas ensina
corretamente a verdade do evangelho.”

II Timó teo 2.15

CAPÍTULO
48

O DIPLOMA RASGADO

V isando sempre servir a causa do reino de


Deus, procurei aprimorar os meus conhecimentos
científicos e teoló gicos.
Nesse objetivo partir para concluir meus
estudos.
Chegou o dia de realizar minhas avaliaçõ es e
assim concluir o curso e finalmente pegar meu
diploma.
Mesmo nã o pedindo a interferência de
ninguém para esta prova foi-me oferecido uma
forma mais fá cil de realizá -la _ encontrei sobre
minha carteira de prova um gabarito já preenchido.
Diante de minha fraqueza pensei comigo
mesmo:
_Que bom! É mais fácil do que eu pensava!!!
Assim sendo utilizei o gabarito,
tranquilamente entreguei o resultado e, como se
era de esperar fui APROVADO!
Algum tempo depois em uma manhã de
domingo quando ministrava na Escola Bíblica
Dominical na Igreja Batista Lírio dos Vales no Rio
49
Vermelho, o Espírito Santo, de uma forma suave, maneira pela qual eu o adquiri tinha sido
muito pessoal e íntima me fez lembrar esse desonesta.
episó dio em minha vida. Com esta experiência conclui que este
Ele trouxe à memó ria o dia em que eu fiz aquela diploma simbó lico representa a aprovaçã o do
prova utilizando uma forma desonesta para Senhor para um coraçã o sincero, e é dado a todo
realizá -la e me fez a seguinte pergunta: aquele que maneja bem a Palavra da verdade.
_E aquele diploma?.
Imediatamente dei ouvidos à Sua voz, assumi
meu erro e respondi-Lhe com temor e tremor DIANTE DE QUEM VOCÊ DESEJA SER
dentro de mim: APROVADO?
_A primeira coisa que vou fazer quando chegar
em casa é rasgá-lo” E assim fiz.
A ninguém contei este episó dio de minha vida,
nem mesmo para Gaudência.
Meses depois fui a serviço do ministério
pastoral para a cidade de Aracaju a fim de
ministrar a Palavra de Deus numa Escola Bíblica
Dominical da Igreja Batista Peniel.
Concluída a reuniã o, Gaudência me comentou
que uma irmã a procurou para dizer que enquanto
eu ministrava a Palavra ela teve a visã o de um Anjo
me entregando um diploma.
Fiquei pasmo ao ouvir este relato porque,
ninguém sabia que há meses eu tinha rasgado meu
diploma em funçã o de ter reconhecido que a
50

CAPÍTULO
21
“Pela fé Abraão ao ser chamado por Deus obedeceu e
saiu ... sem saber para onde ia.”

Heb 11.8
51
Certa ocasiã o fui seu acompanhante num
encontro de renovaçã o espiritual na cidade de
Niteró i – RJ.
EXAMINADO PARA O MINISTÉ RIO Apó s o café da manhã daquele memorá vel

T
encontro seguimos para a primeira reuniã o do dia.
Enquanto nos dirigíamos para o local
odo candidato ao ministério pastoral indicado, o Pastor Leonardo me disse que nã o
tínhamos com que pagar nosso almoço do dia, e me
precisa submeter-se a exames para a ordenaçã o. fez a seguinte pergunta:
Este exame é realizado por um concilio de _ Jurandir, você crer que Deus proverá o nosso
pastores que o observa em vá rias á reas almoço?
principalmente nas á reas ética e teoló gica. Respondi-lhe que sim, porque eu confiava em
Muitos dos candidatos depois de serem Deus e sabia que Ele havia nos levado à quele
examinados sã o submetidos a um período evento para realizar em nossas vidas o propó sito
probató rio por no mínimo dois anos a fim de ser de nos despertar a fé, e por isso Ele teria um meio
observado se está apto a dirigir um rebanho. de suprir nosso almoço.
Eu tive o privilégio de passar por três exames A atmosfera do encontro era em torno de
consagrató rios consecutivos. despertamento da fé.
Nunca desejei o ministério pastoral mas sim A reuniã o acabou. Saímos entã o para almoçar
de evangelista, por achar que este tem maior mas com imenso desejo de retornarmos em tempo
possibilidade de ganhar almas e o pastor, pensava para a reuniã o da tarde.
eu, seria alguém que desempenharia um trabalho Está vamos á vidos por continuar bebendo
mais local. daqueles momentos tã o fervorosos.
Eu era evangelista e estava debaixo da Num dado momento antes de sairmos do local
autoridade do meu pastor, Leonardo Pacheco (in da reuniã o, um dos colegas do meu Pastor
memó ria). aproximou-se dele e colocou em seu bolso uma
52
importâ ncia em dinheiro, mas eu nã o havia fiquei ali a espera de que algo nos acontecesse. Que
presenciado esse momento. prova!
Seguimos juntos para um restaurante Depois o pastor me chamou dizendo:
pró ximo e nos servimos.. _ Jurandir com essa atitude, pude ver que você
Apó s almoçarmos pastor Leonardo me verdadeiramente confia em Deus.
perguntou: Ele entã o tirou a importâ ncia do bolso,
_ E agora Jurandir, como pagar nosso almoço? colocou em minhas mandando-me pagar a refeiçã o.
Se Deus não mandar o dinheiro certamente Que alívio!
passaremos vexame e ficaremos envergonhados.” Instantes depois que o Pastor Leonardo viu
Embora ele soubesse que a importâ ncia que minha postura de espera confiante no Senhor da
haviam lhe dado seria suficiente para nosso provisã o ele entã o me relatou como Deus havia
almoço, pois ele já havia constatado isto, meu providenciado nosso almoço contando-me a forma
pastor naquela hora estava me examinando, mas eu simples, mas eficaz de manifestar Seu cuidado por
nã o sabia que estava sendo observado e testado nó s. Deus fez a nossa provisã o para aquele
como candidato à ordenaçã o pastoral. momento!
Eu já havia declarado que confiava na No período que antecedeu minha ordenaçã o
provisã o do Senhor. Agora chegou a hora de este foi meu primeiro exame e para gloria de Deus
comprovar minha fé no que declarara. Assim, fiz pude ouvir do meu pastor que naquele exame fui
uma oraçã o em espírito e fui para a porta do aprovado.
estabelecimento como se estivesse a esperar que Algum tempo depois fui enviado para Recife a
algo acontecesse. fim de submeter-me a outro exame através de um
Simplesmente eu estava num lugar estranho, concilio de pastores.
que ninguém me conhecia, nem eu conhecia Nesse ínterim mandaram-me pregar na
ninguém , mas pedi ao Senhor que nã o permitisse cidade de Macaparana – PE, a fim de substituir um
que passá ssemos por aquele constrangimento, e pastor que por motivo de força maior nã o pô de
atender a esse compromisso.
53
Lá chegando fui recebido pelo pastor da Igreja substituir o pregador impossibilitado de se fazer
que ainda nã o me conhecia e este me achou presente nesse compromisso.
bastante jovem achando-me inapto para atender a Naqueles dias pude experimentar junto com
necessidade do momento. aquela igreja o grande mover do Espírito Santo.
Sem nada demonstrar me levou para a ante- Depois fiquei sabendo pelo pastor local toda
sala do seu gabinete. essa situaçã o.
Ele entrou sozinho em sua sala e ficou uns Tempos depois recebi uma carta deste pastor
instantes em oraçã o. Queria uma orientaçã o do dizendo que o Espírito Santo continuava se
Senhor porque nã o sabia como lidar com aquela movendo sobre aquela igreja de forma
situaçã o. Sentia-se constrangido em me dizer o que extraordiná ria. Aleluia!
pensava sobre mim e inseguro para entregar o Ao concluir esta série de conferencias segui
pú lpito de sua igreja a um pregador tã o jovem e para Recife, na II Igreja Batista em Casa Amarela,
aparentemente tã o inexperiente. pastoreada nessa época pelo Reverendo Rosivaldo
Na oraçã o o pastor entã o pediu um sinal a Araú jo, onde fui examinado por um concílio de
Deus para saber de fato se eu seria o instrumento pastores, que me observaram em todas as á reas de
Dele naqueles dias. prá xis e finalmente fui ordenado Pastor.
O serviço de som da igreja há muito tempo Sou grato ao Senhor por ter me submetido a
que nã o funcionava, e o sinal pedido pelo pastor foi estes três exames iniciais para o ministério, os
que, se aquela aparelhagem voltasse a funcionar ele quais me serviram de base para os desafios na vida
entregaria o pú lpito para eu pregar. E nã o é que de pastor.
funcionou?! Mais uma prova!
Embora pareça uma situaçã o sem significaçã o QUANDO DEUS CHAMA ELE MANDA FOGO!
e muito simples, para mim foi algo desafiador ao SE FOR MADEIRA QUEIMA, SE FOR OURO
ver que o som da igreja , depois de muito tempo e PURIFICA.
sem reparo humano havia sido a prova que o
pastor pedira ao Senhor para me permitir
54

CAPÍTULO
22
“O protetor do povo de Israel nunca dorme, nem
cochila.”

Sl 121.4
55
perigo iminente passou mal. Nã o tivemos tempo de
dizer ou de fazer nada!
Na hora em que percebi a situaçã o fora do
meu controle baixei a cabeça entregando nossas
vidas nas mã os do Senhor. Tudo aconteceu em
fraçõ es de segundo.

De repente nos vimos do outro lado da ponte,


intactos, ilesos, apenas assustados, mas sem ver
UM SONHO DESFEITO como o livramento se deu.

C
Na noite anterior a esta viagem, uma de
nossas filhas estava em sua casa e teve um sonho.
erto dia viajando com minha esposa de Sonhou que ela recebia em suas mã os dois pacotes
bem pequenos contendo nossos corpos que haviam
volta para Salvador nos vimos diante de uma sido totalmente destruídos de tal maneira que
situaçã o extremamente assustadora para nó s. cabiam numa caixinha.
Era ainda escuro quando nas primeiras horas Preocupada ela telefonou para suas duas
do dia tivemos que sair em viagem. irmã s contando o sonho e estas apenas disseram:
Seguíamos tranqü ilos até que num dado “vamos orar. Seja o que for só Deus para livrá-los.”
momento nos deparamos diante de uma ponte Sem nada saber ou entender elas oraram ao
muitíssimo estreita. Senhor pedindo nosso livramento.
No sentido oposto ao meu vinha um ô nibus Dia seguinte fomos para a Escola Bíblica de
em alta velocidade e eu seguia com 80 km. Nã o nossa Igreja.
dava mais tempo de parar e só era possível passar No momento da ministraçã o da palavra
um carro por vez e muito lentamente. compartilhei com os irmã os nossa gratidã o pelo
Gaudência ao ver em nossa frente o ô nibus
que vinha fechando nossa passagem, diante do
56
livramento que havíamos passado, sem ainda ter
comentado nada com nossos filhos.
Nessa hora nossa filha pediu a palavra a fim
de contar um sonho que havia tido na noite
anterior a nossa chegada.
Foi ali que ela ficou sabendo o que nos
ocorreu e nó s o que ela havia sonhado.
Todos, família e igreja nos alegramos e mais
uma vez agradecemos a Deus o grande livramento CAPÍTULO
que nos dera e a forma pela qual Ele trabalhara em
nosso favor. O Senhor se revela aos Seus
pequeninos.
23
Esta experiência reforçou a minha convicçã o
de que aquele que tem uma missã o dada pelo “Os que confiam no Senhor recebem sempre novas
Senhor só sairá daqui da terra depois que a forças. Voam nas alturas como águia, correm e não
cumprir. perdem as forças, andam e não se cansam.”

SE VOCÊ TEM UM CHAMADO DE DEUS Is. 40.31


CONFIE DE QUE ELE TRABALHA EM SUA DEFESA.
TUDO ACONTECE NO TEMPO DE DEUS.
57

DEUS TAMBÉ M FAZ RESERVAS

D e viagem mais uma vez para Sã o Luiz do


Maranhã o, seguíamos eu, Gaudência e mais três
filhos que estavam de férias.
Eu queria aproveitar para levá -los comigo
uma vez que a maior parte do meu tempo era em
viagem a trabalho. Desta feita eu queria fazer as
duas coisas: trabalhar e descansar juntamente com
eles.
Esse havia sido um ano de intensos trabalhos
ministeriais e muitas viagens e eu estava me
sentindo bastante cansado fisicamente.
Chegando em Mossoró – RN eu já nã o tinha
mais condiçõ es de prosseguir a viagem e decidimos
parar e pernoitar ali.
Parei em um hotel com piscinas de á guas
termais.
Era tudo o que eu precisava naquela hora:
parar, descansar , tomar um bom banho e dormir
58
uma boa noite de sono para prosseguir viagem, Algo havia acontecido que eles precisaram
afinal o trabalho me esperava. retornar à Sã o Paulo e nó s está vamos ali,
Dirige-me entã o ao funcioná rio do Hotel exatamente naquela hora.
pedindo uma pernoite e ele, demonstrando estar Admirado o funcioná rio olhou pra mim e
surpreso disse: disse:
_ Meu senhor, este hotel é muito concorrido. _ Senhor, o impossível aconteceu. Acaba de sair
Para hospedar-se aqui é necessário fazer reserva uma família indo para São Paulo, e a vaga que o
com muitos dias de antecedência.” senhor desejava agora tem.
Disse-lhe entã o que estava bastante cansado, Ouvindo isto Gaudência, os meninos e eu
e que nã o tinha condiçõ es de continuar dirigindo e sorrimos felizes porque vimos que surgia ali a
também que gostaria de juntar o ú til ao agradá vel chance de usufruirmos em família momentos
juntamente com minha família. bastante agradá veis e restauradores.
Conhecedor da realidade do hotel ele entã o Nã o deu outra: preenchemos a ficha,
afirmara categoricamente que era “impossível” uma acomodamos nossas bagagens e corremos para as
vaga naquela noite. piscinas naturais de á guas termais que tinham ali
Sendo assim eu disse: no hotel.
_ Diante do meu cansaço, vou ficar um pouco Depois de uma ó tima noite de sono e um
aqui no sofá? Preciso me refazer. delicioso café da manhã prosseguimos viagem para
E o funcioná rio permitiu que eu ficasse ali. Os Sã o Luiz.
meninos ficaram por perto. Chegando no Ceará nosso carro apresentou
De repente o telefone da recepçã o do hotel um problema de super aquecimento no motor
chama e este funcioná rio atende de forma natural. devido a uma rachadura na bomba d’á gua.
Era um hospede que decidiu sair naquela hora com Tivemos que parar urgentemente. O local era
sua família e por isso estava pedindo as contas. totalmente deserto.
Parei o carro no acostamento e pedi socorro
ao Senhor em oraçã o.
59
Há uns 200 metros avistei apenas uma Com a peça adequada na mã o aquele homem
casinha muito simples. Só havia ela naquele lugar. fez o serviço e nã o foi preciso ficar aguardando
A situaçã o era delicada e difícil. Nã o tínhamos nem pernoitar no local.
como prosseguir viagem e já estava anoitecendo. A peça foi substituída e o carro voltou a
Pensei em pedir guarida naquela casa. Era um risco funcionar perfeitamente. Paguei o serviço e fiquei
que precisaríamos correr se fosse necessá rio. aliviado por mais esta provisã o e pela forma tã o
Junto a esta casinha tinha um carro parado. Vi linda que o Senhor mais uma vez manifestou seu
nisto a ú nica possibilidade de ser ajudado. cuidado para conosco.
Ao aproximar-me desse local o dono da casa Minha família e eu levantamos as mã os para
veio ao nosso encontro e perguntou o que houve. O os céus e agradecemos ao Senhor e assim
cumprimentei e perguntei se ele entendia de prosseguimos viagem para Sã o Luiz onde realizei
mecâ nica. mais uma série de conferencia evangelística, vendo
Com muita boa vontade o homem se e experimentando novamente o mover do Espírito
aproximou do nosso carro e abriu o caput. Depois Santo de Deus durante todos aqueles dias. Gló ria ao
de uma rá pida olhada ele disse admirado: Senhor Jesus Cristo!
_ O senhor é um homem de sorte. Ta vendo esse
carro aí? tá aguardando há mais de quinze dias uma
peça para ser reparado mas a peça do seu carro eu
tenho aqui. BOM É DESCANSAR NO SENHOR,
Nosso carro era um Fiat e esta marca havia SABENDO QUE ELE ESTÁ NO COMANDO.
sido introduzida no mercado recentemente e
naquela localidade nã o havia casa nem comercio ou
outra coisa qualquer, apenas aquela simples
casinha. Está vamos praticamente no meio do mato!
60

CAPÍTULO
24
“Quando eles me chamarem Eu responderei e estarei
com eles nas horas de aflição. ”

Salmo 91.15
61
EM SENTIDO CONTRÁ RIO Diante da situaçã o que nos encontrá vamos, é

D
mesmo difícil acreditar, pois vínhamos descendo
uma grande serra com um veículo daquele porte,
e viagem para a cidade de Jequié, onde totalmente desgovernado, mas de repente, nos
vimos no acostamento e em sentido contrá rio ao
pastoreava interinamente as Igrejas Batista Betel e que íamos.
Batista Monte Horebe, certo feita, acompanhado Nã o havia espaço na estrada para o ô nibus
por Gaudência, minha fiel companheira, está vamos fazer uma manobra normal, nem tã o pouco
indo de ô nibus . posicionar-se como ficou. Mas sobrenaturalmente
Era madrugada e está vamos descendo a serra nos encontramos sem nenhuma explicaçã o ló gica
de Jaguacuara para Jequié. Quem conhece esse em sentido contrá rio e parado no acostamento.
trecho sabe muito bem como é esse declínio. GLÓ RIA A DEUS!
Nesse momento todos no ô nibus dormiam. Nã o posso dizer o que isto resultou na vida
Dado instante eu acordei com um barulho de uma dos passageiros desse veículo, mas pude
peça de ferro deste veiculo que batia fortemente perfeitamente ouvir de uma passageira em alto e
no asfalto. bom som algo que muito glorificou o Santo Nome
O acento onde me encontrava ficava pró xima do Senhor. Ela disse:
ao motorista e por isso pude perceber nitidamente _ O Senhor Jesus salva mesmo!
sua preocupaçã o pois o volante nã o estava mais E ali ficamos aliviados e aguardando outro
sob seu domínio, ficando o ô nibus totalmente sem veículo para prosseguirmos viagem até nosso
direçã o. destino – Jequié – BA.
Entendi com isso que a barra de direçã o tinha
se partido, prevendo assim um terrível desastre. No O HOMEM SEM CRISTO É SEMELHANTE A
instante em que percebi o perigo invoquei o Nome ESTE Ô NIBUS, DESGOVERNADO E DESCENDO
do Senhor dizendo em alta voz: PARA UM DESASTRE , MAS SE ELE INVOCAR O
_ Senhor Jesus, SALVA-NOS! NOME DO SENHOR, SERÁ SALVO!
62

CAPÍTULO
25
“...ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho
ordenado a vocês...””

Mateus 28.20
63
autoridade que lhes fora delegada, olharam para
mim aguardando alguma orientaçã o.
Com discernimento espiritual pude ver que o
desafio ali era na á rea espiritual e que a força
QUE ARMA USAR?
humana nada poderia fazer. Imediatamente

E
lembrei-me da experiência de nosso irmã o
Martinho Lutero, o reformador protestante, que
m um determinado povoado do inspirado pelo Senhor fez o hino intitulado
município de Jaguaripe, no Estado da Bahia demos CASTELO FORTE.
inicio a mais um trabalho de evangelizaçã o. Lutero em sua á rdua caminhada cristã ,
Com pessoas convertidas e desejosas de se quando se via travando uma guerra espiritual
batizarem fomos até um rio pró ximo a fim de entoava varonilmente este hino, e naquela hora foi
celebrarmos os primeiros batismos daquela obra. o que fizemos.
Foi marcado o dia para os batismos. Quando Assim vimos o operar maravilhoso do nosso
está vamos nos preparando para a solenidade Castelo forte, que de forma suave e meiga desfez a
caminhamos em direçã o ao rio, quando um dos açã o maligna que estava operando através daquele
moradores do povoado aproximou-se do local onde pobre homem. Ele, cabisbaixo retirou suas armas
está vamos e tomado de ira, com uma chave de cravadas no barrando e foi embora, deixando assim
fenda e uma peixeira na mã o cravou suas armas que toda aquela festa continuasse tranqü ila.
num barranco e disse bem alto: Se a nossa alegria em batizar os primeiros
_ Quero ver o homem que vai entrar aqui pra frutos já era grande, imagine como nã o ficamos ao
batizar! vislumbrar o operar do Senhor naquele lugar e da
No nosso meio havia dois sargentos, um do forma como fez, pelo fato de termos obedecido sua
exército e outro da aeroná utica. Estes acostumados ordem quando disse: “... portanto vão a todos os
a resolver problemas desse tipo com força e povos do mundo e façam com que seja meus
64
seguidores, batizando estes seguidores em Nome
do Pai, do filho e do Espírito Santo ...” MT 28.19

CRISTÃ O VERDADEIRO NÃ O BRIGA, CANTA. CAPÍTULO

26
“... estou de viagem para Jerusalém a serviço dos
santos.”
65

DE VIAGEM A JERUSALÉ M

C erta noite sonhei que eu estava na


cidade de Belém da Judéia, lugar onde nosso
Salvador nasceu. Isto aconteceu bem no inicio
do meu ministério pastoral.
Este sonho muito me emocionou, mas
nunca imaginei que um dia isto fosse se tornar
uma realidade.
Dezoito anos se passaram desde entã o e
algo maravilhoso aconteceu, o que veio
possibilitar a realizaçã o deste sonho.
Certo dia uns amigos me convidaram
para fazer uma viagem juntamente com um
grupo de oito irmã os.
Ao ser informado desta pequena
caravana para Jerusalém muito me
entusiasmei, mas pude constatar que nã o
havia a mínima possibilidade de fazer parte
desta viagem por falta de recursos
financeiros, mas nã o descartei a possibilidade.
66
Embora vendo que o momento era A igreja estava em construçã o e por isso
adverso mediante a falta destes recursos, eu nã o poderia contar com qualquer ajuda
reuni o Conselho da igreja para avisar que para bancar a viagem nem complementá -la.
precisava fazer uma viagem. Lembrei-me de que o justo viverá da fé,
Antes de entrar no assunto entã o parti para providenciar os meios para
propriamente dito para a reuniã o, dando supri-la e comecei disponibilizando um bem
abertura ao nosso encontro ali abri a Bíblia de nossa família que coloquei a venda,
para ler um texto e orar a fim de em seguida conseguinte com este apenas 20% do valor da
informar aos irmã os a natureza da viagem, e viagem.
para minha surpresa e alegria, ao abrir a Nã o tendo alternativa para completar o
Bíblia meus olhos bateram no seguinte texto: restante do valor que precisava fiz entã o um
“... estou de viagem para Jerusalém a financiamento.
serviço dos santos.” Desta forma consegui todo o valor
Apó s fazer esta leitura bíblica os irmã os necessá rio para a viagem e entã o seguimos
do conselho me perguntaram: em caravana para Jerusalém.
_ Pastor, o senhor vai viajar pra Durante o percurso vivenciei momentos
Jerusalém? memorá veis, inesquecíveis, emocionantes, de
E eu lhes respondi: grandes experiências pessoais com o Senhor.
_ É exatamente sobre isto que quero falar. De volta ao Brasil fiquei sabendo que
Um dos membros do conselho entã o nosso país estava passando por uma crise
disse: econô mica e que por isso nossa moeda havia
_ Diante do que ouvimos não precisa dizer passado por uma conversã o o que veio
mais nada. De nossa parte o senhor pode seguir ocasionar na desvalorizaçã o da moeda e isto
viagem. fez com que as prestaçõ es do meu
financiamento para a viagem a Jerusalém
ficasse em um valor bastante irrisó rio a ser
67
pago mensalmente, o equivalente hoje a R$
10,00 (dez reais) aproximadamente.

SE DEUS PROMETE VOCÊ RECEBE.


É SÓ ESPERAR

CAPÍTULO
27
“Arrependei-vos e crede no evangelho.”

Marcos 1.15
68

MENSAGEM CURTA

P or ocasiã o das eleiçõ es


governadores, deputados e senadores para a
para

Assembléia nacional Constituinte, eu e alguns


irmã os da nossa igreja estivemos orando e
jejuando por três dias em prol da nossa pá tria.
Nosso país estava nesta época passando
por momento histó rico e delicado, o que nos
preocupava sobremaneira.
Está vamos cientes da grande e difícil
tarefa que teriam os nossos parlamentares
para elaborarem a nova constituiçã o, onde
seriam estabelecidos os novos direitos e
deveres de todos nó s cidadã os brasileiros.
Como servos do Senhor Deus
desejá vamos entã o que a Lei suprema do
nosso país fosse pautada sob a séria,
equilibrada, justa e perfeita Lei do Senhor,
uma vez que o futuro do nosso País dependia
desta nova constituiçã o, e por isso nosso
futuro como naçã o estava em jogo.
69
Além de sabermos a importâ ncia deste assim: “Arrependei-vos e crede no
momento para nó s brasileiros víamos a evangelho.” Esta palavra me acordou e com
necessidade de uma reforma no interior de isso fiquei a meditar no que ouvira. De
cada cidadã o a fim de, conhecendo o repente me veio à mente a lembrança
evangelho que é o poder de Deus, pudessem daqueles dias de jejum e oraçã o e do pedido
através deste deixar a idolatria e a feitiçaria, que havíamos feito. Parecia que uma luz havia
voltando-se verdadeiramente para o Senhor e brilhado em minha mente e pensei:
Sua Palavra. _ Não seria esta a mensagem que pedimos
Assim, decidimos passar esses dias em ao Senhor?
jejum e oraçã o, em sintonia com o Espírito de A certeza tomou conta do meu coraçã o
Deus, suplicando-Lhe que nos desse uma ao verificar nas escrituras que foi exatamente
mensagem curta e objetiva, mas que tocasse esta a primeira mensagem que o Senhor Jesus
profundamente nos coraçõ es dos perdidos anunciara, registrada lá em Marcos 1.14-15.
que estã o nas trevas e na sombra da morte. Nã o desobedecendo a visã o celestial
A mensagem que está vamos pedindo tenho assumido o compromisso de espalhar
seria espalhada pelo Brasil e pelo mundo esta curta, objetiva e gloriosa mensagem por
através de vá rios meios. vá rios meios, formas e locais e esta, através
Com este intento sabíamos entã o que o de nosso ministério, tem chegado a varias
Senhor ouviria nossas oraçõ es e aceitaria nacionalidades como também aos quatro
nosso jejum, por isso aguardamos confiantes cantos do nosso imenso Brasil.
na Sua resposta.
Algum tempo depois, numa certa noite,
apó s horas insones passei um momento em ORAR PELAS AUTORIDADES E PELO NOSSO PAÍS,
oraçã o e adormeci. UM DEVER DE CADA CRISTÃ O
De repente acordei ouvindo uma suave
voz que ressoava no meu quarto dizendo
70

CAPÍTULO
28
71
CARTA DE UMA COOPERADORA propó sito de Deus tanto em suas vidas como através
delas.
C aro leitor, sou a segunda filha do Casal
Este livro é uma simples obra, mas o que está
aqui relatado sã o grandes feitos de um Deus maior
Jurandir e Gaudência, e como filha posso colocar-me ainda que encontrou neste pequeno homem a
também como testemunha de muitos fatos e disposiçã o de servi-Lo, e através de sua vida
situaçõ es de fé na vida do meu amado pai os quais manifestar a Sua graça redentora.
estã o sendo relatados aqui com o intuito de Este mesmo Deus continua a procurar homens
primeiramente glorificar o Nome do Senhor Jesus e e mulheres para usar desde que se disponham
também edificar vidas, dentre as quais eu mesma, inteiramente em Suas mã os com fé.
como cooperadora desta obra. Dentre tantas situaçõ es em minha vida, certo
O Senhor Deus me concedeu a honra de digitar dia o Deus de meu pai manifestou também o Seu
cada um destes fatos e, apesar de ter presenciado poder de forma simples e maravilhosa.
muitas destas situaçõ es, ou mesmo ter ouvido meu Eu havia sido acometida de uma grave
pai relatar durante a minha infâ ncia, com este livro a enfermidade alojada na ú ltima vértebra da coluna e
minha fé foi despertada, à proporçã o que ia que estava já caminhando para uma infecçã o
construindo cada texto. generalizada, a ponto de precisar submeter-me a
Quero deixar registrado aqui minha gratidã o uma cirurgia de emergência. Nesta época eu
ao Senhor pelo privilegio de participar da vida estudava no seminá rio Betel Brasileiro em Joã o
ministerial de meu pai, vivenciar aventuras de Pessoa - PB e devido ao meu estado precisei vir
esperança, fé, de tê-lo como um heró i e exemplo de urgente para casa a fim de tratar-me.
vida em meio as adversidades, pois, apesar de suas Aqui chegando fui operada, mas a situaçã o era
limitaçõ es e falhas como ser humano, nunca deixou tã o grave e delicada que foi preciso fazer a cirurgia
que fosse sufocada em sua vida a soberania de Deus. em duas etapas. E assim aconteceu. Já fora de perigo
Ao contrá rio, sua vivencia me faz lembrar a vida de foi esclarecido a minha família que a situaçã o em que
muitos homens dos tempos bíblicos como, Gideã o, me encontrava era tã o perigosa que provavelmente
Josué, Jeremias, Eilas, Pedro e muitos outros, todos eu ficaria sem andar, precisando assim ficar em
estes ...homens sujeitos às mesmas paixões que nós , cadeira de rodas, mas isto nã o ocorreu. No entanto
mas que por amor, temor e submissã o ao Senhor minha recuperaçã o foi muito difícil. Todos os
deixaram-se usar para cumprirem a vontade e o
72
medicamentos necessá rios foram utilizados para mais uma vez ao Seu dispor, como cooperadora Sua,
ajudar na cicatrizaçã o. para manifestar sua graça redentora, seja por qual
Certo dia, o médico que cuidava do meu caso quer meio de propagaçã o.
chamou meu pai e disse: “Eu te louvarei, Senhor de todo meu
_Senhor Jurandir, sinto dizer que não há mais coração; contarei todas as Tuas
nada a fazer para que a cirurgia de sua filha cicatrize. maravilhas.” Salmo 9.1
Usei todo meu conhecimento. Tenho apenas um
Leila Magaly dos Santos Ferreira
conselho: deixem de lado a religião e procurem um
Missioná ria
rezador. Talvez assim o corpo dela venha reagir
melhor e essa cicatrização possa acontecer.
Meu pai, sendo conhecedor da verdade, disse
ao médico que tínhamos Deus em nossas vidas e o
que Ele quisesse fazer Ele faria, pois é poderoso e
soberano.
Sendo assim nã o mais continuamos o
tratamento com este médico. Meu pai entã o
procurou seu irmã o, Dr Aristides Martins Neto, cuja
especialidade nada tinha haver com meu caso e
explicou-lhe a situaçã o. Meu tio entã o dedicou sua
atençã o ao meu caso e por um curto período de
tempo usou apenas uma simples e corriqueira
pomada muito conhecida no meio popular e esta foi
suficiente para trazer cura e completar totalmente
aquela difícil cicatrizaçã o.
Este episó dio em minha vida me faz lembrar o
fato bíblico quando o poder de Deus foi manifestado
numa simples pasta de figo que operou a cura.
Diante da grandeza deste Deus que é o mesmo
ontem, hoje e sempre, e que continua a procurar
pessoas para serem Suas testemunhas, eu me coloco
73

CAPÍTULO
29
74
Conclusã o Foi pela fé que José, quando estava para morrer, falou da
saída dos israelitas do Egito...

A
Foi pela fé que os pais de Moisés, quando ele nasceu, o
fé é a certeza que vamos receber as coisas que esconderam durante três meses...
esperamos e a prova de que existem coisas que nã o Foi pela fé que Moisés saiu do Egito...
podemos ver. Foi pela fé que os israelitas atravessaram o mar vermelho
Foi pela fé, que as pessoas do passado conseguiram a como se fosse terra seca...
aprovaçã o de Deus. É pela fé que entendemos que o Foi pela fé que você...
universo foi criado pela Palavra de Deus, e que aquilo que
pode ser visto foi feito daquilo que nã o se vê.
Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor
que o de Caim...
Foi pela fé que Enoque escapou da morte...
Foi pela fé que Noé ouviu os avisos de Deus sobre as coisas
que iam acontecer e que nã o podiam ser vistas...
Foi pela fé que Abraã o, ao ser chamado por Deus,
obedeceu e saiu para uma terra que Deus lhe prometeu
dar...
Foi pela fé que Abraã o se tornou pai embora fosse velho
demais e a pró pria Sara nã o pudesse mais ter filhos...
Foi pela fé que Abraã o, quando Deus o quis por à prova,
ofereceu o seu filho Isaque em sacrifício...
Foi pela fé que Isaque prometeu bênçã os para o futuro a
Jacó e a Esaú ...
Foi pela fé que Jacó antes de morrer abençoou os filhos de
José...

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