O filho mais velho, voltando do seu trabalho, entra em crise quando confrontado XXIV domingo do Tempo Comum – ano C

com o amor que o pai demonstra para quem errou. Ele, o filho, sabe fazer contas, Adoração Eucarística Vocacional
sempre mediu todos os seus trabalhos e tem na cabeça a contabilidade do que
deu e do recebeu: “Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a
qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus Amar como Jesus nos amou!
amigos”. Viveu como escravo, sem reconhecer a paternidade do Pai, sem abrir-se
à alegria de uma casa onde até empregados têm pão com fartura. Embora sempre 1) Introdução
próximo do Pai, não conseguiu assimilar o seu modo de pensar, sentir e agir… Guia: As páginas de Evangelho que escutamos nos domingos
É preciso “fazer o que Deus quer e querer o que Deus faz”, lembra Santo Afonso passados nos fizeram apreciar a beleza de uma realidade, o
Maria de Ligório. Reino de Deus, onde tem lugar especial a humildade, a
Silêncio para adoração e oração pessoal pelas vocações, pelo tempo disponível. experiência da cruz e o primado de Deus na vida pessoal e
social.
4) Oração suplicando bons operários
Hoje o Evangelho nos pede, mesmo sem dizer explicitamente, para contemplar o
Guia convida à oração: O que provoca escândalo entre fariseus e mestres da Lei –
modo de agir de Deus em relação a quem vive afastado dele, em relação a quem
filhos mais velhos e bem-comportados – é aquilo que dá alegria ao Pai, isto é, que
“se perdeu”. Nós, que vivemos em sua casa, somos questionados e desafiados
publicanos e pecadores se aproximem de Jesus para descobrirem seu coração
pelo Pai cheio de misericórdia a fazer festa por quem retorna aos seus braços
cheio de misericórdia. Esse anúncio do amor de Deus não pode cessar, enquanto
após um tempo longe.
ainda houver alguém que não o tenha escutado dos discípulos de Cristo.
Que a celebração que fazemos eleve o nosso olhar para contemplarmos o
Ajoelhados.
empenho do Pai em reunir a si cada pessoa que ele criou como filha, que sustenta
Guia prossegue com a oração: na vida como ovelha de seu rebanho, que não perde nunca seu valor.
Senhor Jesus Cristo, Que nossa visão de seu rosto misericordioso nos impulsione na sua imitação,
que nos revelastes a misericórdia sem limites do Pai, assumindo nossa vocação de discípulos-missionários que, tendo escutado a Boa
dai-nos receber com humildade a graça do perdão. Notícia, empenham-se de anunciá-la a todos.
Tornai-nos missionários da misericórdia, Canto para a exposição do Santíssimo Sacramento.
com gestos e palavras que salvam vidas e
Guia: Oremos ao Senhor, pelas vocações. (pausa)
aliviam sofrimentos.
Quem guia convida todos a rezarem juntos:
Dai-nos acolher como irmãos e irmãs
as pessoas que se aproximarem de vós em nossas Senhor Jesus, dirigimos a vós o nosso olhar.
comunidades-Igreja. Vós nos indicais o coração misericordioso do Pai,
Nasçam, Senhor, das súplicas dirigidas a vós, sempre em busca de quem ainda não descobriu
as vocações de que a Igreja tanto necessita o próprio valor de filho amado.
para o anúncio do Evangelho em nosso tempo. Inspirai-nos palavras e ações coerentes
Amém. com o Evangelho da salvação oferecida a todos,
que nós escutamos de vós.
Benção eucarística, se houver sacerdote. Reposição do Santíssimo Sacramento.
Amém.
Canto final, à escolha.
Esse roteiro, adaptado por Marlon Ramos Lopes, baseia-se naquele produzido pelas irmãs Filhas do Divino Zelo.
https://www.figliedivinozelonsg.it
2) Escuta da Palavra
Guia: O Senhor manifesta-se para nós, cristãos, como um Deus de misericórdia,
de perdão, de salvação, não como um Deus da Lei.
Do Evangelho segundo Lucas Lucas 15,1-32
(ver no folheto anexo ou na Bíblia)
Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de
Jesus para o escutar. […]
[…] era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava
morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado’”.
Palavra da Salvação.
Glória a vós Senhor!
Breve pausa silenciosa.
3) Reflexão sobre a Palavra proclamada
Guia: O trecho do Evangelho do domingo revela-nos Deus em favor dos homens,
de todos os homens e mulheres que ele criou e por quem se interessa.
Leitor(a): O coração de Deus mostra-se sensível às nossas misérias, todo tipo de
miséria. Vemos Deus que convida à alegria e à festa ainda por um só que se
decidiu a mudar de vida e de seguir na estrada da salvação que ele oferece. Com
três parábolas, Jesus fala de uma alegria que pouco a pouco se dilata e cresce
sempre: a alegria do pastor e da mulher, alegria dos vizinhos e amigos, alegria no
céu e entre os anjos de Deus. Jesus revela Deus capaz de esperar todos os dias o
retorno do filho para poder correr ao seu encontro e abraçá-lo.
O centro do Evangelho desse domingo não é o que revela sobre o pecador, mas o
que revela sobre Deus. Em evidência não está nem a ovelha perdida, nem a
moeda perdida, nem o filho que se afasta… em evidência está um pastor, uma
dona de casa, um pai.
As três parábolas – que no fundo são uma só – saíram do coração de Jesus para
revelar-nos o amor infinito de Deus em direção às suas criaturas. Já sabemos que
ele é o Deus de misericórdia, de perdão, de salvação. De fato, nós pobres
pecadores continuamente nos dirigimos a ele implorando essa misericórdia que
perdoa e salva.
Porém, com essas parábolas, Jesus quer nos fazer entender algo a mais: fala-nos
de Deus que sai mesmo em busca incansável das pessoas, e quer ser visto como
um pai que vive numa espera inquieta e sem descanso do filho que se afastou e
vive à deriva, um pai que não tem paz até que esse filho retorne para casa.
Pausa para interiorização e meditação pessoal. Aproximadamente 10 minutos.
Quem guia convida todos a rezarem juntos:
Ó Deus, criador e Senhor do universo,
volvei a nós o vosso olhar,
para que, dedicados com todas as nossas forças
na realização da vocação à qual nos chamastes,
experimentemos a força da vossa misericórdia.
Que a consciência de termos sidos por vós redimidos
nos impulsione na conquista de novos irmãos e irmãs
para o Cristo.
Amém.
Canto vocacional ou de acordo com o Evangelho, à escolha.
Guia: “Um homem tinha dois filhos”. Esse início, muito simples e fabuloso, abre a
parábola mais bela, e outra página atinge como ela a estrutura do nosso viver,
nenhuma outra deixa entrever do mesmo modo o coração de Deus.
Leitor(a): Perdem-se uma ovelha, uma moeda, um filho. Essas perdas são quase
como derrotas de Deus. Porém, o amor vence exatamente perdendo-se atrás de
quem se tinha perdido. Essas parábolas revelam que Deus é um Deus que se
perde na busca até mesmo de um só. Um, um só de nós, e ainda por cima, fora do
grupo, é suficiente para movê-lo.
Para Deus, não interessa a motivação do retorno: se foi por saudado do pão ou
por saudade do pai. Tão logo alguém extraviado se coloque a caminho do retorno,
ele, que está sempre em busca, o verá quando estiver ainda longe, correrá ao seu
encontro, o abraçará e cobrirá de beijos, e, mesmo sem deixar dizer uma palavra,
o salvará do próprio coração que o acusa, para impedir que o passado lhe
aprisione.
O pai não olha para trás, não pede arrependimento. Não lhe interessa nem julgar,
nem absolver, mas, sim, abrir um futuro novo. Quer salvar o filho que falhou que se
contenta de ser um servo. Quer salvá-lo de si mesmo, do seu coração de servo,
restituindo-lhe um coração de filho. Nem penitências, nem medo, remorso serão
capazes de nos libertar do mal profundo. É necessário algo a mais de vida: o
abraço e a festa de um Pai maior que o nosso coração.
Do Evangelho segundo Lucas Lucas 15,1-32 sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer
Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver;
Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. O filho mais
criticavam Jesus. “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e
com eles”. Então Jesus contou-lhes esta parábola: “Se um de vós barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que
tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no estava acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou.
deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia
a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há
Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ Eu vos digo: Assim tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca
haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando
que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. E chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas,
se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende matas para ele o novilho cevado’. Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu
uma lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso
encontrá-la? Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou
‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ Por isso, a viver; estava perdido, e foi encontrado’”. Palavra da Salvação.
eu vos digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só Glória a vós Senhor!
pecador que se converte”. E Jesus continuou: “Um homem tinha
dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da
herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos
dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um
lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando
tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela
região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir
trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo
cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a comida que
os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. Então caiu em si e
disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu
aqui, morrendo de fome. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e
dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser
chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.
Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe,
seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro,
abraçou-o, e cobriu-o de beijos. O filho, então, lhe disse: ‘Pai,
pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu
filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor
túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e