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Semana de 14 a 21 de Novembro de 1957 <£ UM JORNAL QUE VALE POR UM LIVRO # Diretor: OSWALDO COSTA Ano II Número 84
*

Na3a,Pg."NonôSputnikeomargínaUssisChateaubriantl"ArtigodeG0MDíNDÂF0NSÊCÂ

Querem Quebrar Pela Fome a Resistência do Povo Brasileiro!

as estatísticas que
<m^3^mmmmmmmmwMm8amm
ritmo do aumento do custo de vides", sustenta, na Câmara M I*
redimos
o deputado Rogé Ferreira — Protesto da COÃP de São Paulo
Dólares,
JURACY MAGALHÃES:
contra a majoração da carne no atacado, em benefício dos gran- *v
des abatedores (Frigoríficos estrangeiros e marchantes)—Preço
Mandaram-nos -U-~Êã-|-i üivü
i• "ff
da dúzia de ovos, em Campinas: 43 cruzeiros; preço de um Sensacional
limão, em Iguatu-Ceará: 5 cruzeiros! (TEXTO NA 2.a PÁGINA) entrevista
do presidente da -(Texto na 4.a Página do I.° Caderno)-
Câmara dos
'. ,,, ¦MIM
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.- . <¦;:¦-..-;.í..-.'.V.-p :,:¦¦¦¦¦¦
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iSS£SSS Deputados da Síria
AKRAM
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Cruz siros Distribuic HAURANI
concedida
ao deputado

t?",<tr"t*' Ánuâlmefiíi McCann-Erickson NEIVA

** MOREÍRA
Texto na l.a Página
¦¦-¦¦¦-.

"PUBLICIDADE do 2.° caderno

A INSTITUCIONAL" DA ESSO WÊxmxx
E AS CONTRADIÇÕES DO SR. MORAIS SARMENTO ' XXy ¦
XmXX y-yXX y ¦ ¦¦X'-,yy. ¦¦.",;¦¦¦

(TEXTO NA QUARTA PÁGINA) Trabalhadores xmx"":¦'¦yyy.XXy'yyXyXXX:

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da Construção XxyXê.XX:'iX:yy:/yy;y
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Civii Protestam - ,'s'.'.. '¦¦•'x.xi-x$ffi<:t:i&

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Contra a ;!::p'*' n

Entregada
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Construção y) :y'¦¦¦¦¦¦¦ #'':¦¦: ili

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Americanas!
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- ¦ Na 5.a Página
WsÊ&cÈMtisE&msÊWM' v '/^^aPpJraroaBlBllBiLl «mi- flHF
do 1.° caderno
fjBm- WSÊBê&BBBÈÈ MS/ •^'¦W¥^w^-fl's^^^^smsmA'

'fflSUBESBi Estados Unidos

flH
Toma
.Su.indo, depunha na Comissão Parlamentar dc Inquérito o Sr. Ãr mando dc Morais Sarmento, diretor-presidente da McCann Er/qfà
Providências
Para Proteger
TUDO SOBRE 0 "SPUTNIK II"! os Trustes na
'
América
A GRANDE LUA" SOVIÉTICA ABRE NOVOS CAMINHOS Â HUMANIDADE
Latina
SORTEIO DE UM CHEVROLEi 17
(completa reportagem científica de Edísio Gomes de Matos, na 8.a página do 1.° caderno) (Loteria de S. João)
.-' . Artigo de CESSÃO DO DEPUTA DO ROGE' FERREIRA
PADRE MEDEIROS NETO (Deputado por Alagoas):
OSNY Em benefício da União Estadual de Estudantes de São Paulo e
DUARTE d'0 SEMANÁRIO.
OS SATÉLITES ARTIFICIAIS NÃO AMEAÇAM A NINGUÉM" Custo do bilhêLe: CrS 100,00 cada bilhete dando direito a uma assi-
PEREIRA natura semestral d'0 SEMANÁRIO.
Deputados opinam sobre o extraordinário feito dos cientistas da U.R.S.S. numa reportagem de Lúcio na 3.a página do Os pedidos podem ser feitos diretamente a UEE, Rua 24 de Maio.
Gusmão Lobo — (Texto na 5.a página do 1.° caderno) n.° 207 — 8.° andar — São Paulo, ou à redação deste jornal, Avenida
1.° caderno Pres. Vargas, 502 — 8.° andar — Distrito Federal.
1.I.UII

Todos a$ tintas obtiveram

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 PÁGINA 2 1.° CADERNO O SEMANÁRIO ANO II NUMERO 84
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O Jovúuida S&manu .
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Se as coisas melhoraram, foi para Juscelino...

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Mmái de Almm do Deputado Rogé Ferrem (PSB) Depois de Nereu, lott e kmri
Contra o Aumento Exorbitante Do Custo De Vida 1. Características de evolução da crise brasileira.
"íjAO
procedem as estatísticas que declarara hávèr dècrèscldó a
ritmo do aumento do custa de vida", declarou na Gamará ò
Popular", do qu») transcreve. pouco se intereísafD pòi ela, n3» Afasta-se o governo da plataforma nacionalista de 3 de outubro e
mds o seguinte trecho, que fala luralmenfe para nãò ie inciim-
deputado Rogé Ferreira (PSB de S. Paulo), Indiretamente respon- "dura e terrl- "tubarões"
por si só sobre a patibiliwrem com o»
dèndò as afirmações otimistas feitas a êsse rèsfieito, na semana pas-
sada. pelo Presidente da República. E assim é, na verdade. Foi com
vel realidade" a que êsse rtosso
colega se referiu:
locais.
MELHOROU .. PARA ÍK
11 de novembro.
prezado
"Vejam-se
pasmo, aliás, que o povo receheu a afirmativa do sr. Juscelino KuHits- as diferenças para Se a v.da melhorou não foi,
chek, realmente difícil de aceitar, tanto pela populaçSo do Rio quanto
pela dos Estados, pois sentem ambas na própria carne a alta dos
portanto, para o povo, quer •
do Rio, quer o dos Estados,
3. Os sete pecados mortais de Kubitschek»
preços dos qèneros de primeira necessidade em relação ao ano de ma*, iiattiralmente, paia os téo "RevoluçSo
56. A manteiga, que custava cem cruzeiros ao carioca, está lhe Carlyle, ao escrever a Princesa", sustentou a mística PLINÍO DE ABREU RAMOS
nicos estatísticos que fornece- de ".redèstin&çfto dos homens que desempenham encarqos dè lide-
custando aqora 170. A farinha de mandioca pulou de d para 11. ram os dados oom que o ir-
O leite subiu de 6 para 7.fi00. O bacalhau de 40 para 70. A banha
Juscelino Kubischek ilustrou. «
rança, para subordinar ao sènHdo de «nas decisões a es'oluçSo dos (Especial para O SEMANÁRIO)
de 38 para <I5. A dúrin de ovos de 6 para 18. A carne seca de 3 fatos que assinalam a transição dos ciclos históricos. Voltaire, no
sua apressada afirmaliva. Ou, entanto, antes de Carlyle, compondo o extrato filosófico da enciclo-
para 3.MIO. O feijão, que de 28 havia baixado"Light" para 15, subiu nova- em última instância, para Sua no equipamento de sua rede pu- dos postulados conítitudoiiftlí.
íftfinte e iá eslá em 18. Por outro lado, a conseguiu uma pedia francesa do sículo XVIII, ressaltou o efeito circunstancial da blicitária, pára reCrudèscimen- Foi, por isto, k primeira tUS-
Excelência...
majoração de 40 por cento nas passagens dc bondes p fala-se èm ma-
)orar também as de ônibus e lotações. A carne, por sua vez, foi
aumenlada pela COFAP. provocando um enérgico protesto da COAP
dé São Paulo, lido da tribuna da Câmara pelo deputado Rogé Fer-
BB fll O que está havendo no Brs.
sil é uma desalmada exploração
por parte dos especuladores mc~
nopolistas que estrangulam a
influência dos lideres, submetendo as causas das qrandès trafisfor-
maçõès políticas a uma seqüência de aperfeiçoamento das civiliza-
çfle», èm qu* o poder pessoal se projeta como elemento acidental e
temporário, no processo de contençSo Ou precipitação das dèfla-
to da catèquese entreguista
que vem fomentando atràvé* de
empréstimos elásticos e insól-
váveis otbidos no BànCo do
ma decapitada na guilhotifl»
do golpe, lubriifcâdA pelas ma-
quinações sorrateiras e ininter-
rtlptas dos FóucnéS e Talley-
.feira. Um dè seus membros, o sr. ]amil Zantut. representante dos qrações revolucionárias.
economistas, chegou mesmo a declarar, conforme consta daquele sua economia e, a par disso, A demissão intempestiva è surpreendente do sr. Nerèu Ramos da Brasil; fl) pOr intermédio de rands que manobram com *i
. documento: ' uma criminosa complascência pasta da Justiça, contrariando o conceito personalista do historiador um convêni0 firmado com a sensíveis e irresponsáveis levjan-
do governo em relação a esses inqlê.s, não determinou como se pretende atribuir, num relance irre- Unit/èo. States Operations Mis- dades do Presidente da Repii-
"Pelo siOns, aliena o ensino secunda- blica. Lott e Janary estão agí>-
que nos é dado conhe- ciente daquele órgão estadual de interesses excusos, como «e viu fletido de observação, a incandescência repentina e incontrolável da
,ccr nest.: momento, vem a CO- controle subordinado á COFAP. no caso dos frigoríficos estran- crise política brasileira; apenas, para confirmar a procedência da rio è normal no pais de nossas ra na. mira audaciosa e irre-
FAP de perpetrai Um verdadei- Contou éle que a COAP de S. geiros, que não só conseguiram tèsè voltaireana, acrescentou uma nova ra:ão lóqica âs suas formas características específicas de vèrénte da famulagèm palaoií-
rô aienl-ido conlra o* interesses Paulo "tudo fizera para evitar dos dirigentes da COFAP o variáveis de desenvolvimento, que situa o Presidente da República cultura humanista, modificando na, marcados pela própria Ofen-
da coletividade bra fileira, pois que seu órgão supêfiõi majoras- ¦aumento da carne no atacado na condição de árbitro Irrenurtciável de sua solução. substancialmente *eu progra- siva dépuradora que vem fntrô-
nada mats nada merio. fe? do se os preços ria carne, justa- como redução nas tarifas d* ma èm proveito do programa riuzindo a nação no vestibulo
O Sr. Jusceliílô Kuhitsohek, nosa do golpe, o movimento dè dè Nove (to Tftrmtdor, mini»
que. em pleno período de en- mente n,, momento em que o transporte e facilidades para I 11 de novembro procedeu-sè pedagógico exercido nos palsèS
Irada de safra, quanao a ten- assegurada sua posse legitima Subdesenvolvidos pela técnica rèconstituiçâo autêntica dâ»
produto deveria sofrer uma re- exportação de courósl Traia-se,
decisão do? chefes milita- sem reações sérias e conside-
dência é de b.iixa de preço dução pois estamos entrando na de acordo com os planos esta- pela especializada do Ponto IV; 7) atividades conspiradores de Tal-
ROGÊ FERREIRA: rea na madrugada de 11 de no- rávels, até mesmo sem o estôr- Hen e Barras què destituíram
pela recuperação dos rebanhos, entressafra". A fome bati ás portas do povo. helecidos pêlos trustes que dé- orienta, finalmente, na ONU, a
aumenta, os preços de carne nO vembro, extinguindoos focos rie vo alegórico das eduardinas e política externa do Brasil, em Robéspièrre fia Oônvçíiçfio do»
EM CAMPINAS: OVOS A 43 sejam apossar-se de nosso pe- ft margem dós protestos cívico-
atacado favorecendo dessa for CRUZEIROS' tróleo e de nossos minérios atô- agitação golpista qu« êntolvia posição paradoxalmente con- jâcObinos.
pior: o pais numa atmosfera insu- religiosos què as vetustas e es- traria aos principios de auto- Chateaunfiend foi p»r* Loft-
ma. Os sr.mries abatedores (fri- O deputado Rogê Ferreira, As cifraj qué passaremos k micos, de quebrar p>!a fòrfiè ».*
interpretando, como disse — t portável de coação è ilegalida- pèrançosas matronas do Club determinação do* povos áfro- rife* e Amár-al permanece em
gorífiçp.H e marchantes1. E' uma alinhar, a seguir, foram apura- resistências do povo brasileiro, da Lanterna costumavam rea-
vitória do potentado'" disse certo -- o« sentimentos tal como ocorreu na Bolívia, dé. teria iíidlspénfSftvelmentè d'j asiáticos, ém sua luta comum Washington. O Banco Nacional
das por Um órgão oficial, atra- lizír, após a liturgia sacrtlega
. Não menus veemer.te foi a de 99Í da população brasileira, onde esshs condições para a en- enquadrar a conduta dè seu go- contra 0 colonialismo e o subdè- do Desenvolvimento Econômi-
vés de um dos seus deparla- dos oèrimoniais da Candèlá- Co sob a diréçáô dós SíS. Lucas
linguagem iwada p?[n peneral leu ainda um artigo do gr.mde ménros, cujo diretor determi- rrega foram artificialmente cria- vêrno naS perspectivas políticas senvolvimento.
"Correio dé sua plataforma eleitoral de ria. O episódio de Jacaréacan- oOo Lopes e Roberto Campos, con-
José de So».ra Carvalho, presi- iornal dc Campinas nou que oi preços fossem ano- das, graças á inépcia, á omissão
candidato. O .julgamento po- ga nãft ultrapassou, no senso O valor pessoal e político do verteu-se numa agência finan-
lados a partir de fevereiro de o».i à cumplicidade de seu atual de reflexão da Opinião demo-
1956, início do atuai governo, governo Razão tem o nosso lei- pular proferido naí urnas de ,1 crática do país, ao caráter dc
sr. Nèreu Ramos transcende, ciadorá dos empreendimentos
tor paulista João Roo, quando de outubro, não limitou a von- pela importância e autoridade planificados pela Comissão Mis-
Paulo Affótiao A média mensal dos preços no da naçáo A pren- uma aventura empreitada nas ta Brasil-EstaóVs unidos, ao
varejo "CrSem fevereiro de I95fi nos escreve dizendo: "Pareci tade soberana
vésperas dos festejos carnava-
dè Sèns atos públicos, o cir-
cupação formal e exclusiva de culo das competições regionais mesmo tenipo èm qu* o trust*
foi dê 40.70 mas em junho que a palavra de ordem emana-
A SEMANA NA CÂMARA último ascendeu a CrS 43,70. da de Wall Street é explorar ao restaurar a autoridade civil da lescos, desempenhada por um
fsrlipo esvoaçante dè "play- que o ex-ministro da Justiça do vidro plano continua a im-.
Vejamos agora as cifras refe. máximo o nosso povo, para le- República, Comprometida pela vèm travando, desde a ditadura, pèrar no ftancô do Brasil, sob
boys" uniformizados, insofri- a ditadura bragantina do f#.
natureza da criss que provo- contra as facções udeni-inte-
A PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA PARA 58 rentes ao arroz nas mesmas ba-
ses, isto é, preços vigentes" em
vá-llo ao desespero e á revol-
ta, a fim de ser implantada a cou a quartelada dè 24 de agôs- dos diante rie uma oportunida-
de épica dè auto-afirmação. A gralistas de Santa Catarina. A Sebastião Pais de Almeida, rê-
tò, Os documentos confiden- adesão dè Nereu A candidatura cèntémèntê laureado fi*la oo-
fevereiro de 56 comparados com tão sonhada clitaduia preconi. própria greve estudantil con-
Acabou a Câmara dos Deputados dé examinar a proposta ciais dr M.M.C. recentemente .luscelinista. após os resultados menda aristocrática de «m en-
os de junho do ano corrente: de zada por seus agentes Juárez, tra os aumentos de bondes em lac* fèiiaardo wm m rewvsjfte*.
orçamentária para o exercício de 1958, na parte referente a des- 13 cruzeiros o quilo subiu para Gomes, Boto, Lacerda e "Stan- revelados, pela primeira vè, por riá convenção dè fèVereiro de
maio do ano passado, conduzi- 1D55, resumiu o* contingente* «ente* dá f>wa Iwawrtál d*
pesa. Os Deputados apresentaram as suas emendas, discutiram 18 cruzeiros e 20 centavos. dard Oil". Pergunta éle, a êsse íste .jornal, expressaram fla par-
Jniiütõ pntico os nnp.vnj; p, niru.s, Mvpram "Existe ria pela liderança sensata, con- da dissidência piessedista a-os Petropolis.
grande ínferessp na Suã i'rata-se do tipo "bine rose". A propósito: mesmo a tão te do Exército uma tendência seqilént»» e inflexível dp ácariê-
aprovação porque, direm. é o Orçamento eleitoral. banha aumentou 10 cruzeiros, menlida falta de produção, oli acentuada dé a.ssocisça0 idró- flancos dê domínio do poli- ífrifliiànto Ifito, KtroifáofVéft *'-
Observa-se o seguinte: nos termos da Constituição Federal mico José Batista de Oliveira cialismo etelvlnista, coadjuvado
ou seja, de 42 paia 52 cruzsi- esta é escamoteada, exportada e lógica com as reivindicações .Ir., êsse moço que durante 48 verte seus oelirjos voatorios ft*
remete o Poder Executivo ao Congresso Nacional a proposta
!Oj o quilo O açúcar foi de barganharia a preços vis, em be- políticas do povo, em que o Pa- pelo insignificante caudilhismo ligéirèüa supèrsôníeti do "Vis-
orçamentária no máximo até 15 de maio de cada ano è, estè, horas manteve, sem exagero, na fronteiriço do coronel Perachi
CrS 9.50 para CrS 13,00, O nefício <ie uma pequena casta cionallsmo figura como deno- eount" presidencial; numa ale-
dependência de suas delibera- Barcelos. Em 11 de novembro,
por sua vez, a devolve ao Presidente da República, para sanção, aumento do café. todavia, foi de felizardos?" E a essa per- mjnador comum de execução gré è libertina disputa com M
nò máximo até 30 de novembro. ções altamente qualificadas rie quando o Exército ocupou os rodífcios sid<jrais de* "Sputt-
muito maior- de CrS 48,60 pa- punta êle próprio responde com de um plano de governo, ajus- comando, a probabilidade dè
Quem, contudo, acompanhar a tramitação do projeto orça- ra Crí 63.40. JÍ a batata ama- fatos e arjmmentos itnpressio- tando o pais às linhv gerais Pontos estratégicos do pais, res- niks" soviéticos. O poro inter-
nierttário nota. de logo, que é elaborado nos últimos meses, senão desoncadeamento de uma insur- tituindo-o á hegemosia demo-
reis sofreu majoração de 11 pa- nantes. que desmascaram com- de um desenvolvimento Inter- roga, perplexo, sobre a* canse-
nò último, nas proximidades do término do prazo para o envio ivição armada contra o poder crática do poder ci\dl. foi o sr.
ra 14 cruzeiros e 30 centavos. plelamenle a farsa da "falta dé no progressivo, através da su- constitucional, produziu para 0 qilèncias Ideológica* positiva*
à sanção, de forma tumultuaria, apressada, o que faz corri que de sua semi- Nèreu Ramos na Viee-presidên- dãs Jornadas de S de outubro
O leite, produto decisivo para produção". Èm nosso próximo peração sstruturà governo á oportunidade què não
não retrate ou espelhe a política financeira dò pais. colonial, e consolidando o pres- cia do Senado quem, juntãmen- e 11 d* novembro, j» n« ínters-
à alimentação das crianças, au- número, publicarémo; é, impor- se dispôs aproveitar, dè con- te com c presidente dâ Câmara,
Em verdade, o que representa o orçamento na atua! con|uft- 60 tante trabalho dêsse nosso lei- tíéio •'õberania no èx- tfcift d* expectativa qu« subsií-
mèniou um cruzeiro c cen- de sua solidar a ampliação de sua ba- deputado Flores ria Cunha, real-
tura brasileira? Nada. Ê uma lei. como qualquer Outra, ãutorira- terior, -.otn o adèvnto potencial le em tomo dessa resporta. t
' tfva o Poder favos, fo de CrS 7.10 para'CrS lor. se popular através da ratifi-
è Executivo a cumpre da forma que entender. Pode- 8.70. Aumento dé 100 por ren- d« sua grândersa na comunida- çoii a participação do Congres- pais resvala-se, lentamente,, pa-
' sé dizer mesmo cação da unidade operária-estu-
que é, hoje em dia. uma arma política para aten- to sofreu a farinha de mándio- Esperamos que o còraioso dé dos povos IhTèS.
so fiãquele esforço geral è èx- ri o Itolpe, para a ditadura s
dèr á amigos, atrair apoio político e quebrar a rèsisènda dé flantil contra a elevação rio tremo de vigência e manutenção
ca, de Cr% 5 50 para 11 cruzei brado de alarma do deputado o Oo custo da vida. O resultado das para o entreguismo.
adversários.
Há interpretação, surgida, já há alaum tempo, dé que ò orça- ros. enquanto o pão foi de CrS Rogé Ferreira repercuta em to-' .Ao St. Juscelino Kubitschek, elsições no Club-Militar, favo-
ffléátO é simples lei autôrizativâ e. como tal. o Preüd*nté da Répú- 14.00 para CrS 17,00 r os ovos do o país, mobilizando o povo rlào faltam ainda condições fí- rávèl à rha.pa encabeçada pêlo
dè CrS 'S'00 P*™ Crt 43.00. para exigir do governo medidas ficas,1 morais e política.? para o general Segadas Viana, fulmí-
LUCIANO MESQUITA
hllcâ aplica as suas verbas como arhar mais conveniente. Então,
"Plano O relatório da COFAP nâo concreta* e positivas visando a exercício dessa prerrogativa de nande os indisfarçáveis pruri- •
o qué ocorre? Surge o. chamado de Economia" èm què
•são incluídas verbas de forma indiscriminada e de onde são re- publica sómen'e o< preço, sci- pôr termo a essa situação, seja equilíbrio, de ccwrênr.ia e de dos golpistas nutridos pelos Co- A SEMANA NO SENADO
tiradas mais por força de pedidos ou injunçôes políticas, do que ma. Todas as oscilações entre
' congelando 0s preços, seja, con- autoridade, para fortalecer as1 ronéis venezuelanos da "Cru-
pelos benefícios realmente ali representados. fevereiro de 56 até junho de forme sugeriram algunj sindi- bases legais * dinâmicas dè seu fíàda Democrática", ressaltou o
Os Orçamentos são leis completamente desviadas dé deus 57, estão ali contidas. Para catos operários da Capital Fe- governo. Com exclusão d0 fias- propósito da maioria das Forças
A V0LTÂ DE NEREU
propósitos, têm caráter de política regional e visam satisfazer, quem, todavia-, desejar ter uma deral, instituindo o monopólio co cèftogrãflco do "Tarnãnda- Armadas cie resguardo inalte-
precipuamente. o pagamento de pessoal. visão do aumento do custo de de Estido pura 0 comércio dôs ré", transpondo â barra sob K rávél da sobrevivência do re- A sèmã&á fta Senado («ve pauc» sipificàçaa lerjiílàti^,
Assim, de uma despesa d? CrS 115.971.917.100.00 no presente vida em números, porque no gêneros de primeira necessida- insígnia de uma galhardia cô- sime, A par disso, pôde cóntàr Sua caraeteHstici foi a de Imprecisos «òsinientos políticos e *»-
. exercício. CrS 50.380. 298.0.17,00 é para atender ao pagamento hóUo todos já sentem o efei- de. O bem estar do povo é par- fnica, èm que 0 almirante Pè- o governo com apoio sindical pèctativa, raive» motivadas pela súbita exofieraçSo da #r. í»Ièreti
de pessoal civil e militar. Em i958. para uma despesa de CrS to. tais cifras são o hsstanle. No te integrante e inseparável do na Boto. investido da impáfia manifestado nos prònuneiàmen- Ramo» da pasta da Justiça * séti cansèquéfltè reflfèssô * Alta
• I20.7í1.3fi2.98l,00, segundo a proposia. há um compromisso de meio dé toda a relaçã" contudo desenvolvimento econômico. As- de um Nètufta parvo e alucina- tos legalistas rias classes tra- Cáfíiara.
igual nature-a de CrS 55,773 788.3íi|.00: se se incluir CrS dois gêneros dé primeira ne- sim o entendemos. n,Ss. nacio- dô, tentava transportar para 0 balhadoras, reproduzindo ainda Aliás, diqã-sè, dèsdè |á, què O Velho foi acolhido fto Sè-
37.248.377.909.00 e CrS 38.330.964.9ft0.OO em I957 é l°58, res- cèoidüde assinalam uma baixa nalistas. p. fazemos volos para regaço do sr. Jãnin Quadros, i Congresso Nacional êssè novo nado sob um clima de viva Simpatia, levando-o até a esquecer
oéCtivámènte, a fim de atender ao paqamentn de auxílios, sub- de preços; o feijão e a cebola, que assim também o jntenda o á carga deteriorada de um Êo- sistema dé configuração dos um pouco á carranca, tafltó que Sorriu, nesses últiftios dias, mais
véhçôèí e pessoal Inativo das nórças Armadas, verifica-se que a Esta úlliffia baixou de dez cen- Governo vêrno pilhado na tarefa crimi- quadros políticos do pais, pér- do que é dè seus hábitos. A nosso vèr, tais manifestações de
despesa com verbas que visam movimentar a burocracia é acorre tavos. de II cruzeiros pan 10 mitlndo a instituição e funcio- simpatia sSo menos superficiais do que aparentam, pois antes
ao pessoal militar, atinge a mais de 50% quer do'Orçamento cruzeiros e 90 centavos e o féi- namènto da Frênté Parlamen- correspondem a testemunho do real respeito dé qu* efitré ô» seus
'Assim,
vidente, quer' o do próximo ano. Contudo, aquela rubrica qué ião prelo diminuiu de CrS 26,00 tar Naciona lista, abrangencSo pares qOía d parlamentar catarinense. Nãò Sè énqànèm,
concorre para o progresso do pais e para o seu desenvolvimento
é pequena e. ainda mais. foi reduzida para o exercício vindouro.
para CrS 18 70"
EM [GUATtJ. NO CEARÁ! 5
Reajustamento Salarial Para deputados dè reconhecida noto-
ricdâdè vinculados aos blocos
0* cronistas políticos. O sr. Nèrèu Ramos, apesar d* dfsflastado,
como dl***», em Santa Catarina, * pelo exercício da pasta d* Jus-
Dé CrS 10.425.332.630,00 ara investimento», a proposta apresenta partidários dá oposição. Refor- tiça, ainda f um trunfo fia política naclòtíal, um de SèUS pàchAs,
CRUZEIROS POR UM LIMÃO!
CrS 8.835.885.000.00, havendo, portanto, uma diferença, para me-
nos, de mais de um bilhão e meio de cruzeiros, enquanto què, no
E aqui temos a cai ta que nos
escreveu o leitor Aluizio Fil-
Operários de Volta Redonda ços mais sólido* è mais convin-
cintes, não poderia almejar o
hèíti capaz dè amanhã, èm determinada conjuntura, poiariMr as
acontecimentos, ditàndo-lhès os rumos na área civil. F, Isso é ba»,
primeiro caso. o aumento com pessoal foi da ordem dé 5 bilhões de Ignaiu, no Ceará: Presidente dá Republica para pára o Coriqrèssó, uma ver que liêlè é o sr. Nèrèu ftámô» um
guelras,
"Cada número klAS definições de sua posiçüo nacionalista em fèlàçãô a sd- líder dè incontestáveis méritos.
e 400 milhões de cruzeiros. quo leio dè O ™ cumprimento dè seu programa
Examinando-se a receita é que o problema surge com maior lução dos problemas econômicos è sociais dò pais, sempre nacionalista dè candidato. A verdade ?. què. no Senado, já sé fala até na sua elêlçlo
SEMANÁRIO mais me entu- tivemos a preocupação de salientar a importância dè sua lor-
intensidade. Os impostos indiretos, aqueles qué mais de perto sitsma. Confio na vitória do oOo pára a vice-presidência, permanecendo o sr. Filinto Müllér fia
dizem respeito ao consumo e ã bolsa do povo sofreram majoração mutação politlfá à elevação das condições dé vida do povo. Para- posição dè f.ider da Maioria. Acreditamos què. dèfitrõ * fora
nacionalismo. Fazendo-lhe a' Uma recapitulação minucio-
considerável. Iclamentè ao desenvolvimento progressivo da indústria nacional, do PSD. àtnhos merecerão amplo apoio; mas, sè a escolha fér
presentes linhas. quer(, pedir-lhe sa dos fatos què ilustram o
Para uma arrecadação de CrS 32.247.000 000.00. no corrente que constitui um programa básico dp autodeterminação do pais, comportamento d° Kubitschek feita ã marqèm de interferências políticas dè outra fiàturèSa, a
0 obséquio de reivindicar pelo não se pode subestimar o objetivo essencial dé enquadramento vicè-prèsidência voltará às mãos do sr. Nèrèu R.amôS, represêii-
pxPrdcio. para Imposto dp consumo, trm sr uma previsão —• SEMANÁRIO a criação de à frente flo governo, consignam
da classe operária na composição democrática da sociedade brasi- tando esta solução, também, uma homenaqèm àõ sr. Pilinto
geralmente subestimada — de CrS 38.595.fiOO.000.00. com um postos dc abastecimento da CO- vultoso "superávit" em favor
aumento dè CrS 6.348.600.000.00, para o próximo exercício. Cotnò leira. Müllér, pêlo alto qrau de compreensão què véni imprimindo * ií-
FAP em lódas as cidades do P.ste esclarecimento nos ocdrre, tendo MB vista « litígio sus- dos grupos qiig *ê movimentam
é o imposto que mais prejudica o povo, atingindo particularmente no tablado da Vida polftlca bra- derançâ da maioria.
Brasil, justificando meu pedi- citado recentemente entre os operários da Companhia Siderúrgica
aqueles que vivem de salários, porque concorre para o aumento do, quero dar-lhe alguns exem- nileira, Contra, o' Impulsos irre-
do custo dá vida, é, por isso, considerado por muitos, como um Nacional e a direção da empresa, com base nas reivindicações dè
pios da exploração reinante nes» reajustamento salarial pleiteado pelo pessoal de Volta ftèdoflda. freávéis de desenvolvimento que
imposto injusto, iníquo e um das grandes fatores para a atual ta cidade, sem quem lenha que o pais vem percorrendo. E nés-
silíiação aflitiva das massas brasileiras. Somado ao imposto dé Neste momento, lutam os operários da Siderúrgica por um au- Sob êísè clima 0 Sèfiàdo pròSsèquíu Semana, aguardando,
a coíba A carne é tabelada a mento de 31 por cento sõbrè os salários atuai*, enquanto a di- íé saldo, pendente para as áreas sobretudo, a discussão do substitutiva dó Sr. Cunha Mela Ao
consumo trmos o imposto óc importação qur aprpsentou para 40 cruzeiros o quilo e é ven- onde a influência entreguista
éstè ano um valor de CrS 2.276 000 000.00. com unia previsão no reção da companhia fixa sua tabela dè concessão dè aumento projeto do sr. Marcondes Pilho sóofè * tèlè e rãdiõcômunicàçeès.
dida a 50 é 60 cruzeiros. Um em 15 por cento apenas sôbrè os salários de base è dè família. predomina, transfigura como Isso, aliás, tèm desviado um pouca as atènçôè* da Senado
exercício vindouro de CrS 2.342.000.000.00. A esses valores não responsáveis pelo seu índice ele-
.-«tão incorporados os ágios calculados em 12 bilhões de cruzeiros limão, que custava 30 centavos, No entanto, é preciso lembrar que a Sidenirqica, no ano passa- para o Orçamento, cuja votação vem se farendo lenta, mesmo
passou a custar 3 e 5 cruzeiros. do, alcançou um lucro lotai dè mais dè 1 bilhão dè crusèiros è vario de crescimento, um con- èm relação aos anexos já remetidos pela Câmara há alqum tèmpO.
p o próprio aumpnto do Impacto rm conspqiipnria da nova Lei .junto homogêneo e invariável
de Tarifas e que é da ordem de 15 bilhões. A estes dois impostos A laranja passou ds 50 centa- o custo da vida vèm obtendo, nos últimos anos. um índice es- A impressão que se colhe é a de que o Senado está convencido
vos para 4 cruzeiros. A banana, dé tránsigências è concessões dc que há muito tempo, ainda, para á sério sé devotar à máfifiá
podp-se juntar o Hp Ronda mip aprpspnta no pr<*spntp cvrrcício pantoso de crescimento, que contesta inteiramente ás alegações
uma previsão de CrS 35.151.000.000.00 para, èm 1958. CrS.... dé 10 centavos, foi majorada contrárias do Presidente da República, completamente alheio às que sublinham os sete pecados orçamentária, o qne é um enqano. um ledo enqano. Mais do que
• 7 767 00O.00O.O0. Os impostos d* consumo, importação è renda para I cruzeiro, leite, de I pas- afirmações impassíveis da.s estatísticas, què designam dè maneira mortais de Kubitschek: 11 de- nunca o Orçamenta vai íêr votada èm atrapêla. ie* «.u* a Ie-
sou para 7 cruzeiros. Agiu, de expressa e tácita essa conseqüência dramática da influência es- nunciou. sob pressão do Conse-
destinàm-sè. pode-se dizer, ao pagamento dos encargos dè pessoal lh0 rie Segurança Nacional, os gislador tenha tempo para se deter sobre os aspectos funda-
dá União, sobrando muito pouco para atender as reais rtècêssi- cruzeiro a carga de 4 latài, peculadora nas decisões administrativas do atual governo. mentais dè cádá um dos principais anexos, a fiducaçío. » Saúde,
subiu pata 8 cruzeiros. Seria Ninguém pode desconsiderar a Incumbência altamente patrló- Acordos atômicos firmàdOs pelos -snos
dadps do drspnvnlvimpnto e progresso do pais. « Áqririilturã è Viação è Obras Pública*. Vai ser um Ôeu
muito enfadonho cita: todos os tica que Votla Redonda vem rèáliiando, no sentido dè acelerar a sr, Jofto Neves d« Fontoura e acuda o período entre. 10 e 25 do corrente.
O Orçamento, hoje em dia, é uma lei què visa arrecadar im-
artigos que já neste ano sofre- emancipação da Indústria pesada nacional. E isto reclama para Raul Fernandes, mas náo to.
posto para pagar pessoal, atender a interesses regionais e a ser- mou medida* conclusivas para
vir, cnmo arma pnlitjra, do Pr>dt>r F.vprutivo na lihpraçfio, dl- ram majorações que variam de suas iniciativa* um lastro sólido de simpatia e reconhecimento
minuição, cortes ou retenção das verbas dele constantes. 200 a I O0OÍ. Apelo para V.S. da partp dos que sustentam i»s causas do nacionalismo brasi- mistar o escoamento clandesti-
Não retrata, com fidelidade, a política financeira de um go- par.1 fazer esta graça e benefí- leiro. Mas. no cumprimento dessa tarefa torna-se inexequivel. de n0 de monazita que »e verifica O barulho havido, no Senado, pm torno do projeto que dis-
vêrno, a técnica legislativa do Congresso Nacional: é um sim- cio á população de IçuatU, uma outro modo, alijar a dedicação é a capacidade técnica especializa- nos litorais do nordeste e do sul põè sóbrè a aposentadoria dos bancários, paréceu-nos um pouco
do pais; 2) deu cumprimento "copo
pies diploma legal autorizativo, antes de atender aos interesses das principais cidades do Cea- da dos operários que trabalham na empresa. Êste reconhecimento, tempestade em d'áqua". Sim. o Senado cometeu um erro
nacionais, atende aos renionais. rá". representa um fator ponderável de captação dc nossa solidarie- prático ao Acordo Militar Bra- na redação fina! do projeto e até solicitou, da Câmara do* Depu-
Ai fica o lancinante apelo do dade á medida de reajustamento salarial reclamada pelo seu sil-Estados Unidos, consentin- tados, a devida corrigenda. Esta foi realizada pela Câmara, mas.
nOi,so leitor, feito cm nome da pessoal. do na instalação em Fernando modificando-se, inclusive, o critério admitido pelo Senado. Por
Cumpre, agora, à diretoria da empresa, não encarar o pro- Noronha de basei para contrô- causa disso, o Senado, sob certos aspectos, viu-se numa entalada
população iguatense, cajas au-
toridades — prefeitos e verca- blema de maneira diversa. le de foguetes teledirgfvets; 3) de difícil saída. Ficar com o seu engano para não aceitar as
só revogou o ato do Conselho alterações de critério feitas pela Câmara? Aceitar tais fritérios
EXPEDIENTE dores — pelos modos, muito
Nacional do Peti*pleo, no caso contra os seus próprios? Não fora a tempestade armada, â res-
Propriedade da Empresa "O SEMANÁRIO "S.A. da refinaria de Capuava, de- peito do assunto, talvez houvesse o Senado encontrado a justa
pois d._> experimentar a esto- solução. O certo é que, sôbrc o assunto, foram feitas afirmações

Diretor-Presidente:
Avenida Presidente Vargas n.e
502 - 8.» andar - Fone: 23-3711
RIO DE JANEIRO
ATENÇÃO, LEITORES ELEITORES! cada persuasiva do coronel Ja-
nary, qu* ameaçou de público
interpor recurso contra a bur-
as mais estranhas, como se no caso estivesse em discussão, por
exemplo, o problema de nossos minerais atômicos... O sr. Kergi-
naldo Cavalcanti chegou a insinuar ter havido deturpação cri-
OSWALDO COSTA Ia da lei 2.004; 4) sancionou a minosa, quando a coisa foi simples e casual. Um êrfo darlla-
Diretor-Supenntendente: Endereço telegraíico: Nosso comportamento nos comícios instrução 113 da SUMOC, que gráfico, embora de conseqüências jurídicas. No Senado, não ha
dessas do* projetas. Os
LEONÕR TOMMASI "Oiranames" náo estabelece limitações licitas "crimes",coisas. Ninguém manipula a redação
Gerente: Distribuidor aeral Continuamos a receber sugestões sobre a próvima campanha Ora. não será com palavras in- 6 indispensáveis para investi- quando os há. são frutos de excessivo* trabalhas, isto é.
OS.MAR TORRES eleitoral, algumas delas interessantes. Breve, iniciaremos a publicação con.<ècjü»iites. sem sentido, nem mentos industriais estrangeiro* acontecem porque í humanamente impoísivél deixar de cometê-los
MArHADO Distribuidora Pilardo dè uma Cartilha do Eleitor, cujo objetivo ê esclarecer o povo ácéVc* «o pais; 31 ém pre.iulzo do pia- entre tanta* e simultânea* tarefas.
ceatfúda. que construiremos a "írtfflís"...
d* Jornal» e flavistas dis quèstfleí sobre as quais se deve pautar o <éu comportamento em no dé difusão cultural do Mi- Nunca vimas, na Senada, a Mesa rdnsemir em
lllreçào ArtMIlci Brasil milhar de (lasses sanhas
nelanrl»» TranenM «rito face do plena, a fim d» que poms escolher hemas seu» candidato!. nistério da Educação, beneficia Sab é<*e pante ei* sempre foi rígida. Rígida até demai*. c=mo
Rui Bsltazii i ur,-., n* 80 * justas iscirscôes »o pragressa
Nís. em''geral, nas deixamos arravar pela éloqüêrtcii fagaiadsí e btjffl-Mfíf. Não neu embriâ- * Radio Globo earn» e#>si« ds aconteceu «ti eam tut c«o d» projeta deu bancarias, gue paderia
Têí.í 34-2223 oradores de comícios, ou pelas promessas feitas em tom salene pelos ter sido corrigido antes da publicação.
guemos. pois. com a? frases bom- canal 4 de televisão, favoreceu-
dtffligogcA (Cenciul na 7.» ds 2.' câd.) dô o consórcio Roberto Miniüia rjjrj

b ..^'L; aiAMaWte^ -y . '. _,J*»TiiiíiM8lt"ltT


i ¦¦
O SEMANÁRIO ANO n
Nono Sputnik e o Marginal
Assis Ckíméiiwé
;gònoin DA
O presidente Juscelino Kubitschek (a quem
já chamam por ai «Nono Sputnik») sabe per-
feitlssimamente que Chato é um marginal, in-
digno da consideração de homens honestos. A
sua própria terra, a «pequenina e heróica Pa-
raíba», negou-se a conferir-lhe o mandato rie
senador. Apadrinhando-lhe a candidatura no
Maranhão, Vltorino Freire esbodsgou-se, II-
quidou-se, caiu no conceito dos seus conterrâ-
neos que o supunham apenas burro, mas ho-
nesto. Mobilizam-se agora as forças vivas do
Rio Grande do Norte, — os estudantes, os in-
dustriais, os operários, os comerciários, os
bancários, os lojistas, os professores, todos os
que vivem honradamente sem medo da pnllc'a,
para condenar nas urnas êsse
patife que o
imperialismo Ianque deseja, alcanriorar no
Brasil às mais altas posições, a fim de nos
desmoralizar perante o mundo, . •
Com o marginal Assis Chateaubriand posto
no galarim, condecorado, dignificado, erguido
a posições a que normalmente só o mérito
pode aspirar, — justificariam os Estados Uni-
¦ dos, de modo satisfatório, uma intervenção
armada, no Brasil. Assim procederam na Ame-
•rica Central no .tempo de Sandino.
— Como deixar de intervir para a ma-
¦nutençâo da ordem e da decência, — explica-
riam eles às demais nações, — se êsse mal-sor-
teado país elege, para recipiendário de todas
as honras, um desclassificado como Assis
Chateaubriand, — chantagista conhecido, es-
croque de longo curso, ex-caften da 7,wi
Migdal, bandalho e caloteiro- Fizeram desse
meliante embaixador, senador, membro da
Academia de Letras, — tudo! Avaliem por aí
o padrão de moralidade dos juizes do Brasil,
dos. seus legisladores, chefes militares, men-
tores políticos.
Sucede, porém, que o povo da nossa terra,
a .melhor do mundo, já chegou ao conheci-
mento da verdade. Bem disse Abraão. Lincoln,
¦em 1865, ao tomar posse do governo dos Es-
tados Unidos pela segunda vez: «You may fool
ali of the .ppople some of the time, and sorr.e
of the people ali of the time: but vou cannnt-
fool ali of the ppople ali the time», — «é pos-
.sível ludibriar tõria a gente durante algum
tempo e muita gente durante toda a vida: im-
possível, porém, ludibriar toda a gente durante
toda a viria.»
Impossível. Outrora ainda Chato passeava
alegremente pelo Rio de Janeiro e parava nas
esquinas para. bater papo, dar dois dedos de
prosa com êste ou aquele. Hoje só sai de au-
tomóyel,. entre capangas, e não avança um
passo. na rua sem que os seus mata-paus o
vUjiem de olho atento e mão no gatilho.
A
campanha, nacionalíst.a, desencadeada bravar.
mente por todo o pais, apontou-o como traidor
â Pátria, pôs a nu as suas raninagens. esmiuçou
falcatruas imensas em que êle se .envolveu,
e hoje o dpsfihrado
marginal vive tnnto. re-
ceoso da própria somhra, passando a mão
pe'o
pescoço e' imaginando quanto tempo ainda o
poderá manler ileso, som uma corda que o ate
3 um ramo de figueira ou, na sua falta, a um
poste'de eletricidade.
Pois é êste bragante que todos os dias vi-
sita Juscelino Kubitschek, almoça com ele,
com èle e o acompanha em festas e
janta
suciatas. Não
há muito, quando Nono Sputnik
fèz-anos,-foi ao Palácio das Laranjeiras e im- .
•provisou uma bandinha, —
'flauta, 'o -Alkmim sanfona, êle" arranhando
o Negrão de Lima
saxofone ou'não'sei qué outro instrumento, e
•tocaram ' «parabéns
pra você». Diversos ases
!do puxa-saquismo oficial acompanhavam...
Defende-se Juscelino com declarar que
Chato lhe é. imposto pela embaixada dos Es-
tados Unidos. Mas quem o elegeu Presidpnte
da República? O povo brasileiro ou a Embai-
xada dos Estados Unidos? Não há muito, os
comerciantes de-café da praça de Santos
testaram
pro-
centos milhões por Nono lhe haver confiado quatro-
de cruzeiros para a campa-
.iha dos cafés finos. Bem sahem eles, esses co-
merciantes, que o trampolinoiro não riespen-
dera um centavo em tal campanha, mas sim
ha compra de votos aos cabras eleitorais do
Rio Grande do Norte. Seus agentes ali, con-
forme amplamente se divulgou, são os senho-
'res Georgino Avelino,
Teodorico Bezerra e
José Arnaud. Esses é que possuem a chave do
*ofre, que personificam o mama-na-burra pa-
raíbann, que coalharão o Rio Grande do NoMe
de «abobrinhas», crentes de que o povo não
tem vergonha e tudo faz por dinheiro. O fu-
turo provará que se enganaram.
Além desses quatrocentos milhões de cru-
zeiros, sacou o vigarista cem milhões na Caixa
Econômica Federal de São Paulo para de-
sempénhar telas do Museu de Arte penhoradas
em Nova Iorque. Declarou a Caixa Econômica
desconhecer tal penhora. Mas não negou o em-
préstimo. Nem o poderia negar, pois sabemos,
'positivamente,
que o avalista da letra do
Chato foi o deputado do PSD Horácio Láfer.
Parece impossível! Estará o velho Láfer
tão preso a Chato, tão nas unhas desse traste,
que não possa negar-lhe aval para os seus
achaques? Que é que há? No vencimento rio
título Chato não vai cuspir a grana, é dato!
não paga sequer impostos... Láfer terá de ge-
mer com os cem milhões e isso o deixará rie
cama, suando sangue, — porque é um sionista
seguro, harpagáo atroz, filho de Jacoh qup nao
dá nem a hora, nem bom-dia, de graça, a um
amigo Intimo.
A nomeação de Chato para nosso embaixa-
dor em Londres ordenada pelo State Department
de Washington visou, como afirmei acima, des-
moralizar o Brasil no exterior. Até o «The
Economist», de Londres, já noticiou com es-
palhafato as suas tranquibérnias, — adian-
tando que Juscelino não dorme nem deixa dor-
mir o José Ermírio de Morais pedindo-lhe que
retire a queixa-crime apresentada em julho
de 1957 contra o paraibano e que está sendo
patrocinada, no foro do Rio, por Sobral Pinto
e Adauto Lúcio Cardoso. Implora, ameaça,
chateia, oferece compensações ... Agindo em
defesa do gatuno (conforme a denúncia do
«The Economist», transcrita aqui pelo «Diário
1c Nntfrias»), .tiisrclino embaralha-se com êle.
JÂNIO PLEITEIA O
MINISTÉRIO DA VIAÇÃO
Lamenta/ei incidente ocorreu, em dias da semana passada, en-
Ire um repórter da Sucursal das Folhas" de São Paulo no Rio
e o subchefe do gabinete do sr. Lúcio Meira. o antig_ integralista
Útioloiy Strauch. que pelo nome não se perca. O repórter pre-
parou um questionário para o Ministro da Viação. Recebido por
Strauch. pediu-lhe que o levasse ás mãos de S. Exa. Strauch. pas-
sando os olhos pelo papel, deu com a pergunta final e ficou
hilo de raiva, desandando em impropérios e terminando por con-
vidar o jornalista a retirar-se. A pergunta era a mais simples e
inocente dêse mundo e referia-se aos rumores acerca da reforma
"Vocês
ministerial. Fora de si. Strauch berrava: estão fazendo
o iôgo do lãnio!
do grroo entrt-r-uista chefiado
Ficamos sabendo, assim, que
Jânio está de fato pressio- pelo velho José Maria Whi-
nando 0 Governe Federal, no tacker —- •« lus-tamente 0 do
senti jo daquela r?forma • que comandante Lúcio Meira...
. o-.Miaistéric.-qu*--ílr--pleiteia Jânio já conseguiu- impingir- à
— poaívelment: para o sr. SUMOC a obsoleta figura do
Marcondes Ferraz, "técnico" or. Cazuza de Melo Neto,
— -
' ')..-,
I < I
NUMERO 84=
FONSECA
solidariza-se aparentemente com os seus ges-
tos, e Isso não pode deixar de repercutir
horrendamente contra nós.
Vejam com que minúcia, com que habili-
dade os imperialistas ianques tecem a trama
da npssa desmoralização perante a mundo!
Propalam, através de um órgão de extensíssima
penetração como «The Economist», o caso da
chantagem organizada pelo marginal paraibano
contra o industrial paulista José Ermírio de
Morais; dizem, a seguir, que, nomeado em-
baixador há mais dc um ano, não se atreve o
escroque a embarcar para Londres com receio
de ser preso; e segredam depois ao leitor que
o Presidente da República do Brasil, — seu
Intimo, seu copincha, — vem atuando feio e
forte junto ao acusador para que retire a
queixa, sob pena de cair no desagrado ofi-
ciai... Sabe-se o que a expressão, — «desa-
grado oficial» — representa para um dono de
fábricas, um milionário que comprometeu os
seus haveres numa indústria, mormente quan-
do tal indústria concorre coín produtos ianques
e depende, pois, de protecionismo aduaneiro.
Nomeado embaixador há catorze meses
e não partindo para assumir a direção da sua
embaixada (caso virgem nos anais diplomáti-
cos do mundo, proclama «The Economist») o
State Department ordena ao marginal que
achincalhe diariamente a sua Pátria, e êle
cumpre, sem brio, as ordens recebidas.'Cala-
bar! Abram hoje ou amanhã o «O Jornal»,
órgão-llder dos Diários Mancomunados, e leiam
Chato. Nâo sabemos o que lá vem da sua pena
mas garantimos que será contra o trabalhador
brasileiro, chamando-lhe ineficiente, estúpido,
• atrasado, vicioso; ou contra
juizes brasileiros,
acoimando-os de venais, protetores de contra-
bandistas, ignorantes, sem caráter; ou contra
os civis e militares brasileiros que, «vendidos
a Moscou», não permitem a entrega sumária rio
nosso petróleo e das nossas reservas de mine-
rais atômicos aõ benemérito capitalismo lan-
que, sempre ansioso por nos auxiliar, por nos
fazer compartilhar da felicidade, do progresso,
da riqueza que com inenarrável sacrifício es-
palhou na Venezuela, no Kuwait, na Arábia
Saudita e noutros países igualmente sensatos.
Apontem-me uma nação, uma só, — não
que nomeie embaixador um pulha como Chato,
(pois isso seria Inconcebível) mas que, sim-
plesmente, mantenha fora da cadeia qualquer
mariola semelhante! Nâo existe. Como con-
segue êle passaporte para viajar rumo aos Es-
tados Unidos e à Europa, sem certificado de
quitação do Imposto de Renda ? Por obra e
graça de Juscelino. Quem lhe custeia as pas-
sagens e a estada no exterior? Diga a
Panamerican Airways se algum dia viu a côr
do dinheiro desse cafajeste, embora êle todos
os meses rodopie nos seus aviões, do Rio para
Paris e do Paris para o Rio.
Afiançam mjitos, querendo desculpar o
Catete, que êle teme a cadeia de jornais, re-
vistas, estações' rie rádio e de televisão do
conhecido trapaceiro. Mentira. Como é que
essa famosa cadeia não se impôs ao eleitorado
paraibano (que lhe negou a senatoria) e se
impôs ao Catete? Juscelino sabe tão bem
como eu p melhor talvez do que você, leitor,
que o velho marginal está na última lona. Se
o Banco do Brasil lhe apertar as cravelhas.êle
sucumbe. Vive do achaque, do calote, do saque
a descoberto. Fovci.m-no a ser honesto e éle
. quebra ' tado de S. Paulo", pg, 4, edição de 14-10-57). Leram, releram, per-
Agora quer abrigar-se por trás da conhe-
cida honradez do general Teixeira Lott,
que
muitos nacionalistas esperam seja o futuro
da
presidente República. Que faz para isso?
Procura, todas as semanas, tirar o retrato, em
de conversa, numa roda em que se en-
pose
contre o general. Folheiem o «Cruzeiro».
Seus fotógrafos receberam ordens tormimin-
tes para seguir de objetiva atenta os passos
do ministro da Guerra o bateram um, dois, dez,
cem instantâneos sempre que Chato passe por
perto. Tendo já percebido a maroteira, Lott
fecha a cara mal pressente o malandro a ron-
dá-lo. Mas o sem-vergonha finge que não per-
cebe e vai-se chegando, contando anedotas,
provocando o riso fácil do Juscelino, falando
pelos cotovelos, — e uma ou outra vez, por
piedade, Lott riescerra os lábios numa sombra
de sorriso onde transluz certa comiseração, vi-
zinha do desprezo. Aí, paf-paf-paf-paf! Deze-
nas de flashes estouram fixando o aspecto ri-
sonho do ministro e a cara estanhada do mar-
ginal que se pavoneia ao seu lado. O público
não compreende o sorriso, vê o clichê e pensa
que Lott aderiu a Chato, — o que ê um erro.
Chantagem fotográfica do calhorda.
Outrora seus processos de assalto eram
tremendos! Obrigou o milionário Rosalino
Sanchez Larragoiti Júnior a oferecer-lhe todas
as instalações da TV Tupi. Pretendendo, de-
pois, nova estação rie TV, decidiu arrancá-la,
ainda, do mesmo coronel. Ele protestou. Não!
Nunca! Já tinha sido escorchado. E como! AI
o pirata passou a publicar diariamente, na TV
Tupi, esta maliciosa declaração; «Confessa-
mo-nos sinceramente reconhecidos ao Banco
Hipotecário Lar Brasileiro S. A., que nos deu
de presente todas as instalações desta TV»
Isto saiu assim durante meses! Rosalino bra-
mia. Rosalino pulava de raiva. Por fim o Rui
Carneiro, senador e gerente do Banco, tev
de ahotoar o escroque: ou parava com aquele
«agradecimento» ou êle lhe enfiava a peixeira
Em métodos de chantagem o malandro t
fecundo. Êsse de capitalizar os sorrisos d»
comiseração de Lott não lembraria nem ao
Amaral Peixoto, sujeito pouco arguto mas te-
leguiado pela espertíssima Alzirinha Vargas
Golpe de mestre!
Felizmente, porém, o público sabe que o
ministro ria Guerra é um homem digno e Chato
um desprezível marginal. Tanto assim que o
ministro, onde vai, é ovacionado; e Chato, onde
aparece, recebe vaia. Cerca-se de capangas. O
Brasil nacionalista dos nossos dias não é o
mesmo de 1954, quando a Standard conseguiu
tramar o assassínio de Getúlio Vargas com a
colaboração remunerada de Carlos Hollerith
de Lacerda e do Estario-Maior da UDN.
J 0 são as indústrias de base e pesadas, como Volta Redonda, Ma-
"magna
pars" também do gru-
po Whitacker e o homem que
traiu armando de Sales Oli-
veira. aderindo ao golpe de
10 de novembro de 37. Não
se sab= se tudo o que Jânio
conseguiu de JK foi a no-
meação de Cazuza (76 anos
de idade). Ou se realmente
não desistiu de desalojar o
comandante Lúcio Meira do
Ministério da Viação. De
qualquer modo, o dr. Strauch
deu um "fure sensacional d-j
reportagem, revelando as bri-
gas que se travam nos basti-
dores da política em torno de
cargos e posições. Seu ataque
histérico valeu.
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PÁGINA 3 l.o CADERNO
O Smdo Dos Estados Unidos Toma Providências Pará Proteger
Os Trustes Nâ América Latina
n
AO i absolutamente necessário demonstrar que as empresas norte-
americanas consideram perdidos os privilégios que desfrutam
vestigar a Infiltração Comunista
na América Latina", O telegra-
sobre o Mundo Árabe. Os tipos de empréstimos que estão sendo con- ma da United Press do dia 6 do Osny Duarte JVreira
cedidos pelos paises socialistas, com |tiros simbólicos, o forneci- "Falando
corrente, informa: du-
mento de siderúrgicas * índia, de centrais elétricas ao Egito, de re- ¦rante a abertura do inquérito o
finarias, fábricas de pneus â Siria e mil outras formas de a|uda, companhia se;a muito /loderosa è litica. desencadeou nos EE. UU.
senador Olind Johnston disse que
para pagamento com a simples produção agrícola, sáo formas dr o governo americano "ESTA /'(.' um grave perigo. Num mundo Não se manteria no poder, ao
de ratos, os gatos são o mal.
comércio com ns quais nenhuma empresa ou nação ocidental poderá EMPENHADO NA EXE- Brasil, um governo que preten-
competir. As nações altamente industrializadas, como os EE. UU., CUÇAO DE UM PROGRA- Qualquer
"per gigante ativo è malig- desse servir dc instrumento a tais
no si", numa terra, onde se
Inglaterra e França, não podem oferecer êsse tipo de mercadorias, MA DE ENCORAJAMENTO ordens.
porque significa contribuir para criar parques industriais competidores A EMPRESA PRIVADA NOR- procura preservar a vida, a li- O sábio ALBERT EINSTEIN
berdade e a oportunidade do in- era de opinião que todo Intelee-
nos paises que agora sSo apenas mercadas dc matérias-primas e con- TE-AMERICANA. PARA CO-
sumidores dc rodutos manufaturados (máquinas, aparelhos elétricos, dividuo comum." ("Diário dc No- tual convocado a prestar decla-
LOCAR SEUS CAPITAIS LI-
medicamentos, etc). Nem lhes é dado conceber juros simbólicos, por- tidas" de 9-11-955). Enquanto rações ante uma autoridade, para
VREMENTE E COM CON-
lá se procura dissolver os trus- êsse fim, deveria negar-se. mes-
que os juros são a própria essência de nosso regime capitalista. E FIANÇA NA AMÉRICA LA-
tes, nosso governo chama esses
quando os árabes certificam-se de que se trata dc ajuda desinterrs- TINA." POR ISSO MESMO mo que Isto significasse a pri-
sada, sem quaisquer compromissos politicos. imaginam que estão — continua o senador — A
velhos gatos sabidos para deli- são ou ruína econômica. "A re-
sonhando. No Eqito, o Partido Comunista está na ilegalidade c cen- ciar-se com os camundongos na- cusa — disse em carta a seu
COMPOSIÇÃO POLÍTICA cionais tenrlnhos e |á postos na
tenas dc seus membros apodrecem nas prisões. No Instituto Peniten- DOS GOVERNOS LATINO- colega Professor William Frauen-
mesa pelos solícitos diretores do
ciário dc Mulheres, em Barraqes, na prisão central do Cairo, na do AMERICANOS Ê UMA qlass da Universidade de Nova
Oásis de Kharga, médicos, engenheiros, advogados, operários, artistas, "IMPORTÂN- BNDE. E para que os trustes Iorque — deve basear-se em que
QUESTÃO DE não se|am Importunados, prepara-
encontram-se detidos, o que demonstra não ter qualquer cláusula poli- CIA VITAL" PARA OS EE. ê humilhante que um cidadão
se, como vimos, no Senado dos
tica os convênios estabelecidos. UU." Conclui o telegrama: "A EE. UU. uma campanha de en-
inatacável seja submetido a tal
ação dos senadores norte-amerl- inquisição, e que a mesma riola
POR QUE SEGUIR OS Suez e dos Sputnik*, só os povos verqadura destinada a eliminar a Constituição. Se o povo se
canos é, entretanto, considerada
ÁRABES absolutamente desflbrados seriam os Incômodos nacionalistas que decidir a dar tão sério passo teri
incapazes de erguer a cabeça comn o inicio da campanha M devem ser comunistas e, se não
pouco anunciada de repressão êxito. Se não. os intelectuais dês-
Ê certo que essa ajuda tem e desatar a canga. Não há mais forem, ficarão sendo. te pais (os EE. UU.) não mere*
aos movimentos nacionalistas nos
sentido político para os pai;-es so- campanhas de . antiestatismos, de
paises latino-americanos, em vis- Isto significa que a "Doutrina cem melhor sorte que a de es-
cialistas. pois representa destruir delícias de estilo de vida e do Eisenhower" vai entrar em ação craoos que se procura impor-
"des- ta do desastre que constituiu pa-
o sistema de exploração impie- poder ianque, de defesa da ra os interesses norte-americanos c os agentes do F. B. I. breve se- lhes." Os cientistas não reagi-
dosa dos povos coloniais, pelas ditosa" cadelinha Damka, de dis- rão chamados a prestar contas de ram. Apavoraram-se. A execução
n Médio e Próximo Oriente, a "negligência",
nações que visam a aniquilar o criminação ideológica, de precau- sua em países co- do casal Rosemberg, os proces-
"nacionalismo atual arrancada científica e eco-
mundo, socialista. Mas, que outro ções contra o mór-
nnmica da União Soviética no mo o Brasil, onde o nacionalismo sos contra o cientista Oppenhei-
desejo poderemos, ter nós, habi- bido" que enganem o povo. O tornou-.":? ho|ç um movimento ir- mer e outros, exprimem o furor
panorama mundial." Êsse senador
tantes da América Latina, se não inundo colonial está se levantan- reprimívcl e incontrolável. Pro- do macartismo nos meios cultu-
Olind Johnston é um ferrenho
que termine a injusta forma da do com uma audácia, um otimis- vàvelmente, os entreguistas en- rais. Agora, como assinala
mo. uma certeza da vitória que advogado da I. G. Farbcn e ou
atual exploração de nossas rlque- tros trustes alemães, e do qual qulstados no Governo irão ten- ADALGISA NERY, em seu feli-
chega a aterrorizar os trustes, "fitica
zas e de nosso trabalho? Como
sôbrc seu próximo destino. Os Drew Pearson conta, no "O Cru- tar impedir a Inscrição eleitoral cisslmo artigo do Mundo
poderíamos conseguir acabar com zeiro" de 4-5-57, várias histórias dos candidatos nacionalistas, me- Científico", os EE. UU. expiam
as doenças, o analfabetismo, as motes, as anedotas, as charges diante fichas policiais falsas e seu crime ("Última Hora" de
escabrosas.
dificuldades de transporte e cen- nos jornais de todos os conti- desencadear nova onda de pri- 5-11-57) e oxalá não cheguem
nentes contra a empáfia norte- Nesta altura em que o Banco
tenas dc outras carências, senão Nacional de Desenvolvimento soes, nos meios operários, para ao ponto que Elnsteln vatlci-
quando houver uma remuneração americana, agora levada ao rldl- satisfazer seus chefes c justl- nava.
cuio. deixam os dirigentes atôni- Econômico, em vez de ajudar ra-
justa pelos minérios c produtos pitalistas brasileiros, empresta dl-
ficar as propinas que lhes e-scor- O povo brasileiro saberá apro-
que exportamos e pudermos tro- tos ou enfurecidos. regam os trustes. veitar a lição e reagir contra
nheiro aos trustes no setor da
cá-los por siderúrgicas, fábricas eletricidade, é bom que se relem- essa estupidez que não tem mais
de automóveis, de locomotiavs e A SOLUÇÃO DA A LIÇÃO DE UM GÊNIO cabimento na hora em que se
bre o depoimento de THEODO-
outras que os trustes apenas per- MEDIOCRIDADE RE QUINN, ex-vice-presidente rompem as algemas do colônia-
mitem permanecer cm suas mãos? "General Tamanha desenvoltura em vlo- lismo.
da Electric", uma das
A única estrada que conduz a A única forma de reação que heneficindas pelo BNDE. Depon- lar um principio da Carta da
As liberdades democráticas que
essa libertação é a que os árabe:, conseguem imaginar os trustes. do, ante a Comissão de Mono- ONU está a exigir de nossa
conquistamos hão de ser utiliza-
escolheram. Havia apenas uma no seu primarismo mercantilista, representação naquele organismo,
pólios do Senado dos EE. UU., das para Instruir cada vez mais
dúvida: poderiam os trustes de- é o recurso à polícia e à violên- disse: "O Congresso deve res- um protesto veemente e solene.
o Povo Brasileiro e levá-lo. pela
sencadear invasões e exterminar cia. Seus porta-vozes no Sena- frinpir seriamente e atê dissolver Procuram exportar, para nosso
"General consciência adquirida de seus dl-
nossos governos nacionalistas, co- dn dos EE. Ull. requereram e oh- a Motors" r. outras gl- pais, o macartismo que tantos reitos e de sua força, a extinguir
mo fizeram na Guatemala. Hoje, tiveram a constituição de uma ódios, prisões, suicídios de sá-
"Comissão ganfesens empresas do mesmo ti- a miséria, a enfermidade e a an-
depois do malogrado assalto a de Inquérito para In- Po. O mero fato de que uma blos e de homens Ilustres na po- qtístia que o aflige.
A Pessoa Humãim e o Miz De Eisenhower
llM leitor de São Paulo que se oculta sob o pseudônimo de Zé le "direito de sofrer e de mor- Soçie-ty, compram vertidos de
Tamoyo mandou-nos uma nota que não nos furtamos ao prazer rer com dignidade'' com que oitenta mil cruzeiro' para as
de transcrever na integra, e é a seguinte: encheu a boca, na Câmara, o mulheres e, á noite, se rebolam
"O OSWALDO.
dr. Abreu Sodré, líder do partido grã-fino na Assembléia Le- iider da ÜDN — direito dé nas boites, com os bolsos cheios
glsiativa, após ter passado alguns dias na União Soviética, deitou sofrer miséria e fome e morrer do dinheiro dos golpes, das
entrevista-reclame do discurso qur iria proferir, e que seria um cin- numa sarjeta ou, quando mui- fraudes' e das especulações. COSTA
tilante resumo das observações, tão rápidas quanto profundas, que to, num chão duro de barraco, E tanto ü fala em
êle perpetrou, revelando grande argúcia, na pátria de Leninc:
"O
e não num Hollywood de doce "pessoajá que
go- humana", para comba-
vêrno soviético, preocupando-se apenas com o progresso, relega o molcio, numa casa ae campo ter o P.ogresso. a Ciência, a
homem a um segundo piano, p.le é apenas uma peça da máquina que em Petrópolis, com um "Cadil- Técnica, aponlando-os como ilu- uma dessjs doisuí, oi, um téc-
contro! êsse mesmo progresso, que permitiu o lançamento do sa- lac" na garage e uisque do Gal- soes falazes. em nome da "li" nico ingiessar nos quadros da
télite artificial. O humano c secundário na União Soviética" ("Es- deano n,i "Frigidaire' ouvindo berdade de ^frei e c< morrer C.E.A., era preciso vio só pro-
a 5.» Sinfonia dc Becthovcn — var que não era elefante como'
com dignidade" ou — o que
ccheram? Podemos agora deduzir, com precisão quase matemática, o presente do dr, Corção — e é mais cínico — em nome da estar munido dt um ates'ado
que seria o domínio da UDN depois de uma vitória eleitoral, feliz- vendo na TV do Chato o sena- ''civilização cristã do
Ocidcn- da polícia, declarando que o
mente impossível, dos diletantes, elegantes e maçantes correligio- dor Argemiro fazendo a apoio- le", como se o Cristo tivesse candidato não tinha parentes
"iniciativa
nãrios do pensador Sodré. o qual, eufórico e já governador do Es- gia da privada" e o vindo ao mundo para alimentai que em qualquer época, mes-
tado, afirmaria, com a força c o peso das convicções inabaláveis, Adolfo Gentil defendendo a en- raças de víboras e não para ex- mo quando colegiais houves-
"O
aos jornalistas assombrados: governo udenista, preocupando-se trega do nosso petróleo. Jamais pulsar o; mercadores do Tem- som pertencido a uma socieda-
apenas com o atraso, trará o homem para o primeiro plano, graças de extremista! Foi por não
se poderia dizer, em sã cons- pio, por que se silencia sobre o
â miséria, â fome.e à ignorância, conseqüência da civilização oci- ciência, que estradas, usinas, fa- aue a êsse .respeito ocorre no :oncorda' com essas barbarida-
dental c cristã. F.le, o homem, não será nunca uma peça da maquina zenrias, mecanizadas escolas, paradigma dessa
"civilização", des que Lilienthal se demitiu
que constrói o progresso, que permite o lançamento do satélite arti- hospitais etc. degradassem o os Estados Unidos'' Por que da presidência da Comissão e
ficial. Nós. governo udenista, é que lançaremos sobre ele, o homem,
Homem, que pot isso mesmo r.ão se dão lealmcn'e as razões que. mais tarde, dela foi suma-
gases lacrimogêneos, esta nobre invenção ocidental e cristã. O tra- automaticamente se inclui no do atraso destes em relação, aos namente afastado Oppenhei-
balho será feito, não pelo homem, mas por anjos, serafins e arcanios. econômico, do russos, na corrida tecnológica? mer. um dos maio'e> cérebros
planejamento
especialmente convocados por Sua Eminência o Sr. Cardeal D. Jai- dos Estados Unidos Nada me-
me Câmara, que Deus guarde. No Brasil, especialmente em São qual não é um instrumento ou Temos sob as vistas uma cole-
um meio mas o fim O que se ção do
'Uulletin of 'he
Atomic nos de 9 mil "tiras" — saiba
Paulo, o homem será primário, não secundário como na U. R. S. S„ oculta por trás desse individua- Scicntists'. de 1949 (Como se dom Heldei — fiscalizam os
destinado exclusivamente ao atraso, isto é. à miséria, à fome, â igno-
lismo hipócrita, não 6 o direito vê, a história vem de longe). trabalho» da C E.A De nada
ráncia, à superstição e ã bordoada governamental. Oue pândego!"
do trabalhador a uma vida con- No número de outubro, Ha- adiantaram todos esses protes-
'os que cnumcranvs nem o
Pensando, talvez, fazer um mas criaturas humanas, compôs- lortávcl, e única — ela. sim — rold C. Urey, direto, do Insti-
simples comentário de eircuns- to substancial de alma e cor- compatível com a dignidade da tuto de Estudos Nucleares da que o fêz, posteriormente, o
"pessoa humana, mas o direito Universidade dc Chicago, num Conselho da Federação dos Ci"
lância, o nosso mordaz cones- po". E mais claro"nada
ainda, quan-
do afirmou que adianta- de uns poucos explorarem mui- artigo intitulado "Menos inqui- entisfas Americanos. O senador
pondente que demonstrou com
essa pequena peça possuir uma rá produzir, se o homem não tos, lançando-os depois, quan- sição. preferência para o traba- Millikin bradava aponiético. no
Senado: "Temos o direito de
extraordinária veia, satírica, to- deixar de ser egoísta e não ti- do velhos inválidos ou desne- lho". protestava veemcnicmen-
cessários, ás urtigas do desem- te c ontra o regime policial a tomar as medidas necessárias
cou num ponto de grande lm- ver largueza de coração para
nortância e atualidade para o dividir" Com a mesma ênfase prego e do abandono Não é a que êle e seus colegas eram para eliminar os conspiradores,
liberdade dc imprens.i. que en- submetidos. No número de no- na juventude, na fô'ça da ida-
qual desejamos chamai a aten- com que combatemos a intole-
rância religiosa de dom Jaime, ire nós se transformou num vembro novo proteste — dc rie e na velhice" O "consnrn-
ção dos nossos leitores. Trata-
dores" eiam Lillerrbal, Onpe-
se da campanha "cm defesa do pedindo polícia c cadeia para mito, substituiria que foi por Oppenheimei, James B. Cons-
riomem" que os corções, "0 as tendas espíritas, louvamos a aquela "invenção do^ testas de tant e Enrico Fermi entre ou- nheimer etc
tros — contra o Industrial Em-
Globo" c o deputado Lacerda .ucidez politica do arcebispo ferro" a que Silveira Martins E' a.sslm aue a "civilização
deram de fazer, tomando por auxiliar do Rio de Janeiro, cujo se referiu na sua famosa Con- ployement Rcview Board (I. R. ocidental" tão do agrado do
base uma conferência de dom pensamento não deixa dúvida ferência Radical de IS69. Não B. E.), ;ôrtc marcial destinada, deputado Carlos Lacerda, de-
nos termos do famoso "Loyal
i-lelder na Pontifícia Universi- quanto à má fé com que dele c a liberdade de voto porque os fende a pessoa hnmins .. Por
"cm defesa do Ordcr" 'Exccmive Order n.°...
dade Católica. O pensamento tiraram ilações contrárias os %t- que deblatcram essas e outras nenahotadai: foi
"pessoa Homem" são contra o voto ao 9.835'. a sindicar a cerca das
de dom Hélder está sendo, aliás, dizentes defensores cia ''suposta> qu? os Estados Unido' perdi-
humana" Dom Hcldei, que sa- analfabeto, não querem que o opiniões" (textual) dos '•am para os soviéticos Por isso,
desvirtuado, porque o qu* êle
sábios e pesquisadores à serviço
pregou e aconselhem, nessa con- be muito bem por que a Igreja povo vote. Não é, em suma, cuiando vimos o presidente Ei"
da Comissão de Eneigia Alô-
ferêncii, não foi o primado do perdeu a classe operaria — con- nenhum direito, liberdade ou senhowcr secura ndo numa fo-
indivíduo sobre o ptanejamèn- forme humildemente confessou prerrogativa popular mas o di- mica, inclusive as das respecti- to. o nariz de um de seus "con-
reito de o povo se- espoliado vas entourages! Protestava-se
to econômico, mas a não-ex- cm declarações que féz em Be- eeições" pira dissuv.' o terrf-
lem — está de plcnc acordo pelos trastes e tubarões, a liber- igualmente contra o fato incon-
clusão do primeiro nas formu- vel impacto psicolósk-r nue foi
lações do segundo, como se vc conosco, quando se bate pelo dade de escolher enre a morte cebível de as bolsas de estudan- o lançamento dov satélite: arti-
desenvolvimento econômico, não pela inanição e a morte pelo tes distribuídas por aquela Co-
i-ifica do discurso que proferiu ficiais dos russos. * impressão
em Belém, saudando Kubits- em função do Lucro e da ga- suicídio e a prerrogativa de missão f:caiem a critério do oue tivemos foi a de aue o na-
FRI. que evidentemente as jul-
chek. Dom Hélder, que é mui- nância dc meia dúzia mas em permanecer na miséria e na ig" ri? era dele. que crescera, crês-
to mais vivo do que "O Glo- função do bem-estar das mas- norância. enquanto os que ha- gava de acordo com esquemas cera e. * estas horas ainda de-
bo" pensa, deixou isso bem sas trabalhadoras, El» ê bas- tem no peito diante de dom muito pouco compatíveis com
"Deus noi Hélder e do padre Vasconcelos, a dignidade da pessoa humana... ve es'ar crescendo e.-.mo "mais
claro, ao dizer que tante soíerte para perceber o
confiou, não apenas espíritos, que se esconde por trás daque- conversor do gentio do Café Para o estudante conseguir uma vitória de "O G':obo".
Energia Atômica, o Caminho
BRASIL e"olui da fase agrícola para a industrial. O exemplo de 36 milhões de habitantes, o SEIXAS ÜOK1A
que ê igual a 70)( da população
total do pais. Toda a potência
(Deputado por Sergipe)
nesmann (ferro) e a fábrica Sorocabana de Alumínio. Para prós- Je um Kilowatt/ hora de ener-
seguir nessa ascensão o fundamental é a energia e a dificuldade é hidráulica disponível nessas re- de outras fontes de energia,
a inexistência litorânea de suas fontes. Mesmo que fossem vencidas
as distâncias antieconômicas e instalada a plena capacidade hidre-
giões é 9,7 milhões de quilo-
watts, o que dá apenas 270
watts por habitante demanda
dando como exemplo a energia
eólica (vento, pelo u^o de moí-
nhosl. ã energia das marés, a
jia obtida cie fonte átomo-elé-
irica. No que para o alto in-
vestimento de capitai na insta-
létrica do pais, ela seria 1/25 da consumida atualmente nos EE.UU.
Se confrontarmos êsse fator com a relação populacional entre os lealmente baixa. Isto significa energia iolar, a energia térmica Ução de usina átomo-elétrica,
dois paises que é aproximadamente 1/2. veremos a deficiência de
consumo per capita que teríamos na melhor das hipóteses. Único
caminho aconselhável, vez que as soluções térmicas pelo carvão, pelo
que, mesmo que todas as fontes
hidrelétricas fossem aproveita-
das, não oassaríamos de pais
do mar. utilizável
com o principio
ne acordo
da; usinas
Claude-Bonchezot. etc. mas ou
i custo d,i suo produção é
.-ompcns.idot vez que j-á pode-
nos ini. iai hoje com sucesso o
óleo combustível ou pela lenha são antieconômicas, é o aproveita- subdesenvolvido não se consi- são meras esperançv técnicas preparo e o tratamento de com-
mento da energia nuclear dos nossos depósitos toriferos e urani- derando o crescimen c vegetati- cue não possuem ainda com- hustiveis atômicos nc território
íeros. Nossa reserva hidrelétrica, a quarta do mundo, atinge lfi.5 vo populacional. Restar-nos-ia provação prática, on são sis- nacional se dispusei de divisas.
milhões de quilowatts. A curva de crescimento da potência elétrica como so, ução clássica o dis- temas energéticos dc potência Isto obeueceria ainda aos supí-
instalada no Brasil apresenta 3 regiões bem definidas, caracterizadas pêndio .-ultoso com obras espe- relativamente muito fraca, com riores interesses da nossa de-
haixo apweitamento percentual.
por coeficientes angulares médios que aumenta progressivamente numa cializadíssimjs de engenharia, fesa.
forte proporção, como se vê: como transposições de bacias Resta, pois, o largo caminho da O que devemos rara alcan-
De 1900 a 1920 — cresce de 17.2 megasvatts/ano hidrográficas instalações de re- energia atômica, que mesmo carmos êsse objetivo-
1920 1948 — 43.4 calque, etc, quando dobrando nas condições dispendiosas atuais
" 1°) efetuar a prospecção sis-
1948 1954 ¦— 203.6 o potencial energético, onera- já pode ser comparada vanta- temática através dc Serviço
ríamos sobremodo o custo da josamente com a térmica. A
aistribuição geográfica o nos- Geográfico do Exército, quer
O megawatt é igual a um energia produzida. F mesmo usina de Piratininga em S. Pau-
so maior desenvolvimento de- diretamente ou como órgão fis-
milhão de watts, vê-se pois, que nesta hipótese. 30 anos seria o lo. com um fator de carga de
a partir de 1948 a marcha de mográfiec. e industriai estão nas calizador de nossas. fazidas to-
prazo fatal para esgotarmos, 50*. o preço de kilowatt/hora riferas ou uraníferas: 2°) Ace-
crescimento foi assustadora, gra- regiões Leste e Sul. compreen-
dentro do nosso ritmo de crês- é de cerca de 25 milésimos do lerar o esmdo geológico estro-
ças a dois Mtores principais: o dendo Bahia, Minas. Espirito cimento todas as nossas fontes dólar. A liidreiéíric-. de São
Santo, Rio de Janeiro. Paraná, niral. eeoquímico t petroquí-
desenvolvimento industrial e a de energia. Francisco é de cerca te 18 mi-
demanda de energia pelas po- Santa Catarina e Rio Grande mico dessas jazidas e cubá-las,
Os teóricos podem argumen- lésimos de dólar- E' de cerca de
pulações rurais. Se olharmos x do Sul,, com população gtobal tax que i natureza está cheia -0 milésimos de dolai o custo {Conclui na. 7,' pjj. do 2.T ead.)
- -,-¦¦ - ¦-, ...<k- :— /.
-
 PÁGINA 4 • l.o CADERNO O SEMANÁRIO • ANO II « NÚMERO 84

300 MILHÕES DE CRUZEIROS AINDA ESTE MB EM TODAS AS LIVRARIAS I

A VERBA DE PUBLICIDADE J.., jj-...pjrt,#+»tn*f<*y.

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ANUAL DISTRIBUÍDA PELA I
! ;y: M].
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McCANN-ERICKSON
Depõe perante a Comissão Parlamentar de Inquérito o Sr. Armando
de Morais Sarmento, diretor-Presi dente da empresa que distribui a
publicidade da ESSO
Ml 'Í«hf ^tlKfeiiÉiKB
r^#**#-#*#-» * -^ *-** * #**># * ¦* ^** ++ #*¦#** ¦* +*+++++

As contradições e a ignorância (propositada) do homem dos Congressos

Publicitários — A "Publicidade institucional" do Oval ESSO . .. Ifeièij-' 8^" -¦ m¦¦¦'¦'¦ ^^ÇraSás(f«'Síà^H np
Bffiataa m w» nriMBfr^illlffifflffi Bi
BjO dia 5 do corrente, depôs perante a Comissão Parlamentar de veis Congressos de Publicidade, para depois se contradizer, di* ¦ .1^»'"i^KVM!%>Ml """¦ i-^w.ji!--ip'tf*>-' ;• -Hi';'-- ' HY
Inquérito gue investiga as atividades antinacionais dos trustes do
petróleo no Brasil, o sr. Armando de Morais Sarmento, diretor-presi-
mas que não convenceu a nin-
guém n,i Comissão de Inqué-
ante das páginas inteiras de jor
nais contendo publicidade dessa mí?F%WJt*lmm^mmu Syy-WW UM P*"* ¦¦ Y?$ m\ i
dente da McCann Erickson, empresa encarregada de distribuir a rito. natureza, exibidos na Comissão
publicidade da Esso Standard do Brasil. Ao sei perguntado, por exem*, pelo deputado Dagoberto Salles. BB '¦'•'::: Wttl»ãSr
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v^-F8\üt#**^ ¦ jJSiiiiSiiPf^í "• ^m~ WÊÊ
^¦¦¦:>:;:V:'::i':::":-::::s«i mmM .^.^•¦¦¦.¦BWiWWSg
i
Acompanhado do seu assistente imediato, sr. Emil Farah t de um pio, çe poderia informar à Co- Perguntado sobre a quem cabia
advogado, demonstrando sinais evidentes dc nervosismo e com uma missão qual a tiragem e cir- a responsabilidade po; essa p».i- ¦M'' vw^^pW'!5K!' m jjmtmit^ÊÊKmssW ^SM
palidez doentia, cerca das 15 horas chegou à sala da Comissão de culação anual do "Diário de blicidade. o sr. Sarmento ga-
Inquérito o sr. Morais Sarmento, o homem que deita sapiência em Notícias", "O .Jornal" e "Cor- guejou uma resposta, afirman-
oiianto Congresso de Publicidade a revista P. N. realize. Por essa reio da Manhã", do Distrito do que como havia nestes aiuín-
razão, o seu depoimento naquela Comissão de Inquérito era aguar- Federal, o sr. Sarmento fingiu cios a sigla da Esso. ele diria
dado com certo interesse, pois ninguém melhor do que cie para explicar desconhecimento total do as- que a responsabilidade era des-
direitinho todo o complicado mecanismo da distribuição das gordas sr.nio. pois percebeu aonde qrie- sa empresa. Depois, meio em*
verbas de publicidade dos trustes petrolileros. notadamente da Esso ria cliegar o depulado-relator. baraçado disse que a autoria
Standard do Brasil, de quem a McCann Erickson é praticamente uma Pois êste sabe — como todo o dessa publicidade era da Mc-
subsidiária, pelo menos nos Estados Unidos. Aliás, essa empresa mundo, principalmente o sr. Cann, que j havia produzido
Veio para o Brasil uini o fim especifico de fazer a publicidade da Sarmento — que a tiragem e como "publicidade institucional"
então Standard Oil Company, nome primitivo da empresa do circulação do "Diário de Noti- — bonito nome traduzido ainda
oval Esso ... cias" em nada é inferior — nem do dicionário americano — a
Mas, qual nada logo nas qualitativa nem quantitativa- fim de esclarecer a opinião pú-
primeira» perguntas uuc lhe fêz tnenle -à do "Diàriode Nolí blica brasileiro a respeito de
publicidade é (cila exclusiva- "Correio da Manhã", mas ape-
o deputado DajobeMC Salles, determinados objetivos da en-
mente obedecendo a criiérios nas êstes dois dedicados defen- tão Standard Oil Company em
relalor ua Comissão de Inqué- técnicos e nunca em relação à
rilo. o sr. Sarmento demons- sores da "livre inicialiva" rece- relação ao Brasil e ao pelróleo
orientação política dos jornais.
trou completa ignorância sobre bem publicidade da Esso. O brasileiro. Só não disse que tô-
Dianu dessa afirmativa cate- "Diário de Notícias" da, essa disparatada "publicida-
os mais comtzinhos rormenores que não
górica, n deputado Dagoberto reza por ess-a cartilha de "free de institucional" foi fartamente
da publicidade u ponto de pro- Salles recorreu 30 depoimento
vocar alé cena irri.t ição' no rc- enterprise" e às vezes combate espalhada por todos os jornais
do sr. Maurice William John- os trustes, como o demonslroil
terido deputado qu? lamentou do país exatamente no monien-
son, Presidente du Esso, que
-perante o Presjdente Luthero o deputado Rafael Correia de to em que o assunto pelróleo
afirma'a p;'.,n:e aquela Comis-
Vargas, o comparecimento de Oliveira quando do depoimento eslava sendo discutido decisiva-
são que siiu empréVi não dis- óe Mr. Johnson, não recebe pu-
um depoente que confessava a mente no Congresso Nacional.
Iribui publicidade a leíciilos de blicidade do oval Esso ,. •
todo insianie esq'.ie-.,ineiilo de Ainda em relação à distribui-
orientação comunista Mais pá-
fatos e informações que pela lido ainda, o sr Sarmento reco- cã" da publicidade da Esso. per-
sua própria condição jamais êle A "FURUCIDADE IN9TITU* ?'inu;.; o deputado Dagoberto
nhecetl a tremenda contradição CIONA1," DA ESSO... Salles porque não eram contem-
poderia desconhecê-los Fazendo
"esia em que de falo não se lembra*
observação solicitou o ra dêste detalhe ... piados /ornais como O SEMA-
A esta altura do seu depoi- N.AR10 e "O Nacional",
deputado' Dagoberto Salles que por
convocasse o sr. Dai por diante o diretor di mento. já o sr. Sarmento não exemplo- Fm relação ao primei-
a Comissão McCann Erickson se vkl em
Sirmento para depo. em outra encontrava mais terminologia ro. aliás, a pergunta do depu-
oportunidade, quando estivesse p.ilpos de aranha para explicar publicitária que explicasse o tado Dagoberto Salles foi de
direitinho em que critério final-

PREFACIO Df LUTHERO VARGAS

em condições de responder, com
dados e inrormaçõe* precisos,
mi*
sobre certos fatos
do Congresso
jsam àquele órgão
Nacional pari çompiementação
da tarefa que realiza,
Diante dessa advertência do
deputado -relator, «
eficiente
viu
sr. SarmcnU, qti<
amava insistir naquela atitude
de aparente ignorância
peito de fatos que ninguém como
lhor do qfle êle conhece,
mecanismo da distribuição das cerlo modo ociosa, e poderia
mente se b.iseia ess:i empresa verbas de publicidade do oval ter sido muito bem respondida
inlercs- para distribuir as gordas verbas Esso. Quando lhe foi pergunta- pelo sr. Morais Sarmento. Ras-
de publicidade d-,i Esso. Nova-
do Se em alguma época a Mc- t.iva êle afirmar que rão distri-
menie apelou para a< filigranas Cann Erickson havia distribuído buia publicidade para O SE-
dos tais "critérios técnicos", alguma publicidade de caráter MANARIO. alegando que des-
"cobertura de
publicidade" e político, ou sobre política do conhecia o fato dêVe jornal já Pedidos para: RUA SACA DURA CABRAL, 177 — D. F.
quania terminologia exótica êle pelróleo, o sr. Sarmento a prin- atingir a expressiva cifra dos 50
decora para soltar nos formidá- cipio respondeu negativamente,
não adi- mil exemplares de circulação.
Nacionalismo é üniâ Atitude de Vigilância e Deíesã Dos Interesses Nacionais Manifesto da Comissão Organizadora
a res-
me*

o demonstra na su„ eloqüente

doutrinação'dos pomposos Con* Não é contra ninguém, mas a favor. A favor da Nação, a favor do Povo, do 1.° Congresso Nacional
Passou
gressos dc Publicidade.
então a responder melhor, s«
bem que vez por outro procuras- em defesa do Povo — Jamais o Brasil suportaria o regime absoluto da dos Metalúrgicos
st vestir as resposta» com a

livre iniciativa — 0 povo está marcando os inimigos da "Petrobrás"

lonpagem dos termos e das ex-
pressões técnicas extraídos
divertidos dicionários da publi-
cidade americana, tentando com
isso desviar o verdadeiro senti-
do da pergunta Ma, a tudo
isto estavam atentos os mem-
bros da Comissão, a ftm de evi*
tar que o sr. Sarmento trans-
formasse o ambiente cm mais
<im Congresso publicitário.
DISTRIBUE A MCCANAN
ERICKSON 3«0 MU HÕES
CRUZEIROS EM
PUBLICIDADE
Depois de respondei a algu-
mas perguntas sobre J organiza-
ção da McCann Erickson.
mando oue a maio. acionista
desta empresa é mesmo a sua
matriz em Nova York,
mais dc 60Í das ações, sem con-
tsido citar os nomes dos outros
ícionistas — não se lem- levam-me
pois'
no momemo — o sr.
brava
Sarmento disse que a McCann
distribui anualmente cerca
300 milhões dc cruzeiros cm
publicidade de iodo- os
clientes — quase to-.ios firma-
americanas — sendo aproxima-
qamenle 2" milhões da Esso
Standard do Brazil
Para respondei a unem
a responsabilidade d.i publicida-
de de todo» os seus clientes
quase todos firmas americanas
sendo aproximadamente 25
milhões da Esso Standard do
Brazil.
Para espondei a quem cabe
a responsabilidade d:i F.ss0
de a esta emprês., ou ò McCann
_ o sr Sarmento tentou nova-
mente uma manobra dc despis-
afirmando que
tamento or*
lua emp-esa se responsabilizava
apenas pela parte técnico da pu-
bheidade ora reconhecendo que
. também tinha responsabilidade
sobre a orientação
"f distrilvu-
ção da mesma, sob a supervisão
da Esso etc
A PRIMEIRA CONTRAD1-
ÇÃO E NOVAMKNTE A
MANOBRA OO
KSOI lECWEVrO
A pcigunta seguinte do depu- d* aço. d» fxportfição üo mine- calizando-as. para apoiá-las ou
tido Dapoberto Sille- leiou o
sr. Sarmento '« imperdoáveií ia energia ¦ eíétriea ou de pe- Cundtita na direção dos nego-
contradições jo responder em
que [critérios reais se baseia a
McCann Erickson pdra distri-
bu.tr as zordas verba- de -piibli-
cidade dos trusle» 10, jornais e
est.içõej de -adio Afirmei o dc- Ias
poente por várias vezes, dian*
te da :<n«i<*f"<*i?i n#«# ponto,
do depuiado Oipobertc Salles,
que * distribuição da referi-la grada, Seru monopólio dn Es- neficiou-st de um fluxo fabuloso
COMPANHEIROS: A COMISSÃO ORGANIZADORA DO
dos I CONGRESSO NACIONAL DOS TRABALHADORES NAS
INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATE-
RIAL ELÉTRICO DO BRASIL, cumprindo as resoluções da I Con-
(Entrevista do Senador Juracy Magalhães à Rádio Mayrink Veiga) í-.TCncia, realicada no ano passado, em Volta Redonda, tem a satis-
façSo de comunicar a tôdas as entidades de nosso grupo profissional
a realização deste Congresso, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande
Era entrevista que concedeu á Rádio Mayrink Veiga, o senador de capital estrangeiro, por fôr- cos clamando por iniciativas pender de alguns, mas viver
do Sul, entre os dias 14 a 17 de novembro próximo.
Juracy Magalhães teve oportunidade de abordar, com simplicidade e ça d0 Plam> Marshall, que deu úteis. O capital que venha criar de todos e para todos. Não
clareia, vários dos problemas de real importância para o país, no- prioridade aos problemas de re- riquezas novas e contribuir pa- queremos empobrecer os ri- No I Congresso serão discutidos os nossos mais vitais interesses
tadamente a participnçfio do Estado no desenvolvimento nacional, a.s construção, em face das neces- ra o bem comum de noss0 po- cos ou enfraquecer os pode- e reivindicações, os problemas do movimento sindical brasileiro, da
causas da crise Inflaclonária, a questão dos capitai sestrangeiros, o sidadvs de fomento de outras vo deve ser estimulado, mas rasos. Queremos o equilíbrio previdência e seguros sociais, das liberdades e soberania nacional, dn
problema do petróleo, etc. nações. Além disso aliviada do náo vejo razão para dar privl- da força e um mais justo legislação sindical e da justiça do trabalho, da ampliação e defesa
Referindo-se à participação do Estado no desenvolvimento na- fardo dos orçamentos militares, légios ao capital estrangeiro, acesse dos povos aos instru- da indústria nacional, do ensino
DE cional. assim se expressou o Presidente da 11. D. N: da nrnaiii"':i.
organiza-
pôde a Alemanha Ocldentol que Vem disputar fatias de mentos de prosperidade e às técnico-profissional,
íií-í-i f»n-\ficcinnrtI A^
O diriyismo estatal no dominio econômico nSo ê mais um pro- empregar o alto desenvolvi- nosso mercado interno com in- fontes do bem-estar da hu- ção sindical de nossa corporação, Parlamento sem que nós e os tra-
blema de escolha. Varia na maior ou menor intervenção do Estado mento tecnológico e inigualável dústrias aqui já estabelecidas o manidatle". salários, condições de trabalho, balhadores em geral conseguisse-
nas atividades econômicas, mas tôdas as nações do mundo atual são convênios e recomendações da mos congregar nossas forças pa-
capacidade de trabalho de seu passa a funcionar como bombas O verdadeiro nacionalismo
obrigadus a intervir nas relações econômicas, internas ou externas. dc sucção dc nossa riqueza pre- O. I.T., etc. ra influir cm sua rápida apro-
povo nas tarefas de criar ri- não é, assim, contra ninguém,
afir- A democracia mais desenvolvida economicamente — os Estados Uni- So a interesses que não sáo vação.
queza para a reconstrução da mas a fav°r. A favor da Na- Nestes últimos anos, o movi-
dos. — é aquela que fez e conserva sua grandera à sombra de indis- Pátria e bem-estar do povo. nosso', ,nfi:u|iim-iiilo-ii"s. de- Dc outro lado. verifica-se uma
-pauperando-nos. empobrecendo- çáo, a favor do p»vo, em defe- mento sindical de nossa corpo-
farçável protecionismo. pressão exterior para impedir o
Mas, mesmo assim, seu comer- sa ¦ do povo. O povo é naciona- ração vem se desenvolvendo e.
com A interdependência e inter- cio internacional é controlado e nos, Muitas fábricas velhas, lista desse modo. com essa ati- depois de nossa I Conferência, desenvolvimento da indústria na-
influência dos fatores políticos tado on dos trastes internacio- à medida que surjam as difi- ultrapassadas, com o sen capi- tude. atento a quem quer que em Volta Redonda, ampliando- cional e sérios ataques são leva-
e econômicos na vida dos povos cuklades irá ela modificar as tal várias vozes amortizados, .se a nossn unidade em âmbito lo- do.s a efeito contra a Petrobrás,
nais. Melhor pura nós, que te- queira dar um destino estranho
a considerar que só nhamos o monopólio do Estado, suas técnicas de governo". cm suas terras de origem, vie- à sua vida. cal e nacional. a Companhia Siderúrgica Nacio-
nal e outros empreendimentos de
liavrrá ordem econômica quan- Quanto à crise inflacionária, ram para o Brasil estabele-
pois a riqueza criada irá reper- disse o Senador Juracy; cendo-Sc em setores não essen- Ser nacionalista é ser a favor Igualmente, vem crescendo cm vulto para a nossa eco-
d0 houwr paz política e justiça cutir na elevação d„ nível de nosso pais a indústria nictalúrgi- grande
de ''ó "O crédito desviado das lnl- ciais de nossa economia. E vle- da Petrobrás que vem dando pro- nomia e que decidirão sôbrc o
social. E haverá ordem poli- vide de n°ssas populações. Tô-
ciativas privadas para investi- rum suprr-valorizadas a câmbio vas sobejas de que pode re- ca, mecânica c dc material ele- nosso futuro, a independência e
tica qiifnd:) estiver estabeleci- das essa-s empresas estão prós- solver o problema do petróleo tricô, com a criação c desenvolvi-
seus do um regime de equilíbrio mentos estatais não seleciona- oficial de importação, com tô- a soberania dc nossa Pátria.
econômico • justiça Svcial entre
peras e dão luer», porque aten-
dos é unia das causas da crise das as facilidades governamen- brasileiro. E de tal modo está o mento de inúmeras empresas,
deram a necessidade gritantes Como membros da colctivida-
Indivíduos e povos. inflacionárúj que assoberba o tais, para pressionarem a nos- povo convencido disso que não principalmente, no setor da side- dc brasileira e unia das mais in-
de nossa economia. Ao invés admite se pense de outro mo- rurgia e da construção atitomo-
Não sou a favor nem contra de gritar contra elas. que deram país. O meio circulante cresce sa balança de pagamentos com teressadns no progresso e indus-
assustadoramente, sem um com- a remessa para o Exterior de do, ou seja de outra maneira. bilistica com o conseqüente au-
o dirigismo estatal nu domínio bons rrs.uK.Klit.. deveríamos or- Um plebiscito feit0 em tôdas as mento de operários e o aper- tnalizaçSo de nosso pais. no cum-
c.ibe econômico. Preferia que não ganizar um movimento nacio- pensador aumento da produ- amortização e juros, que cor- prímento e aperfeiçoamento das
ção. O Banco du Brasil, em respondem a verdadeiras extor- camadas populares e não sò- feiçoamento da técnica profis-
existisse, que não fosse neces- nal dr opinião, destinado a aca- mente nus grandes cidades co- leis sociais, no respeito c acata-
— 1956. concedeu empréstimos, no soes arrancadas de nossa eco- sional.
.sário. mas que nação do mun- bar i om ,,s deficits- dos mtvíi-os mento das liberdades sindicais e
setor goevrnamental, que exce- nomia", mo no meio rural, mostrará co- Temos, por isso, de acompa-
do pode evitá-lo, dele prescindir público". Equilibrar a vida fl- mo a Nação vê a solução para democráticas, o I Congresso será
deram de 57.6';í os realizados no nhar êste ritmo de progresso e uma tribuna livre e aberto a to-
para atenuar as aflições de lianceira doa Correios e Telé-
ano anterior, enquanto o au-
NACIONALISMO o petróleo brasileiro e como suas modificações e isto requer
noa» época? Claro que, em grafos. Estradas dc Ferro. Com- Confunde-se intervenção do dos os companheiros, sem dis-
mento para o setor privado foi seste o nacionalismo. A Nação é de nossa parte um maior entro-
princípio. <ou p„-la livre em- panhias de Navegação, e outn>a Estado no campo econômico crimlnação, e onde debateremos
apenas de 19-2'í. Isto diz tudo. a favor da grande empresa es- samento, um maior contato, pnra êstes problemas, os nossos di-
presa O Estado só deve inter- instrumentos de deficits públi- As iniciativas estatais abafam o com nacionalismo, prosseguiu o tstal, E por isso, a boa gente do acompanharmos dc perto o cres-
— reitos e as nossas reivindicações.
vir na atividade econômica, pa- cos; imped;r o, erros clamoro-
empreendimento privado com Senador Juraci. Mas naciona- povo marca os adversários da cimento que se verifica na estru-
ra suprir as deficiências da iní- Sos da elaboração orçamentária lismo é "uma atitude de vigilân- Petrobrás com o epíteto pe- Como no ano passado, justo
ciativa privada, especialmente da União, dos Estados e dos graves prejuízos para a eco- "tntreguista", tura de nosso ramo profissional
nomia nacional". cia e de defesa" dos interesses jorativo de que em seu devido tem- é realizarmos conferências regio-
para levantar
nos setores fundamentais para Municípios, e os disperdicios nacionais, é o amor à terra, é o define uma opinião do povo. nais, como já ficeram os metalúr-
a segurança nacional t o de- criminosos da aplicação de Ver- INVESTIMENTOS zelo pelo que vem da terra po as reivindicações c os direitos
Logo a nota nacionalista será dc nossa corporação. gicos de Porto Alegre, cm junho
senvolvimento econômico. bas dos rnstitutõs óx Previdén- ESTRANGEIROS que é nossa, é a defesa do que predominante no futuro pleito". último, e como fizeram os com-
Exemplos dessa natureza, cia Social; criar uma política "O capital estrangeiro dvve nos pertence e que queremos dar Em nossa I Conferência mui- pnnhciros dc Minas Gerais, de
ocorreram ao criar .o Governo de investimentos reprodutivos ser benvindo ao desenvolvi- o destin0 que nos pareça me- tos problemas foram discutidos 4 a 7 dc setembro, em Monleva-
Brasilejic a Companhia Side- seria tarefa do verdadeira re- mento de nossas riquezas e em- lhor. Teve razão, assim, o Em- e ajustados que nos serviram dc de. e se preparam para Fazê-las
rúrgica Nacional Companhia cuperação do país, Para isso. preendimentos de interesse na- baixador Oswaldo Aranha quan- O SEMANÁRIO guia nas lutas que posteriormente muitas outras de nossas entida-
travamos sobre a liberdade sin-
Vale do Rio Doce Companhia porém, seria necessário que a cional" — afirmou o Senador do disse há poucos dias na E' O ÚNICO salários,
des cm diferentes lugares. Estas
Hidrelétrica do Sã0 Francisco e nossa democracia funcionasse Juracy. "Veja bem que troquei ONU: dical. direito de greve, conferências locais prepararão
a pjtrobrás. A formação de ca- com maior eficiência, dispondo a palavra ' exploração de nos- "Exacerbação do naciona- JORNAL QUE salário minimo. custo de vida. melhor os participantes do I Con-
de cla.sses flirigentes dotadas de defesa da indústria nacional, etc.
pitais nacionais não favorecia sas riquezas" por "desenvolvi- lismo é um efeito, nã0 ê grosso e melhor coordenarão as
investimentos de vulto adequa- maior cultura politica e classes mento de nossas riquezas". Es- uma causa. A injustiça, a ESTA' ACOMPA- Muitos problemas, porém, ali reivindicações e os desejos dos
do, em setores atrativo* dirigidas capaz.-s de estabelecer te jogo de palavras sintetiza desigualdade, a ma distribui- debatidos e aprovados continuam que labutam nas fábricas, usinas
pouc<
a lucros, como os da pr.Uução um equilíbrio com aquelas, fis- tudo o que peiis0 sôbrc o ca- ção dos recusos financeiras e
NHANDO A na ordem do dia de nossas rei- e oficinas.
pitai estrangeiro. Pãls novo, tloj excedentes criaram essas COMISSÃO PAR- vindicações e novos outros pro- Pela unidade dos trabalhado-
rio de ferro, ou da produção siib?r;tiii-loj conforma a sua com possibilidades altamente e outras formas justificadas blemas «urgiram no transcorrer res nas indústrias, mecânicas e
atrativas não só pára o capital, de reivindicações nacionais e LAMENTAR DE deste ano. Verifica-:-e em todo de material elétrico do Brasil,
tióUo Essas iniciativas g-^ver- cios do Estado. o pais um ascenso da inflação
mas tambjm para os técnicos populares. Os povos menos pela unidade do movimento sin-
ria!iienti>i.< foram Úteis e impe- O Brasil, nem qualquer outia estrangeiros, o Brasil é uma desenvolvidos e os que ss INQUÉRITO prejudicando seriamente as con- dical. pela grandera e progres-
ratlvas, pos atenderam a pon- nação, suportaria um regime verdadeira terra da promissão estão desenvolvendo, como o dições de vida do.s trabalhadores. so de nossa Pátria, marchemos
tos de estrangulamento de nos- absoluto de livre iniciativa. O para quem vier. viver ? trabalhar Brasil, são levados à descon-
SOBRE O Muitas empresas intensificam os confiantes sob a" bandeira do I
sr economia Apenas uma de- exemplo da Alemanhi Ociden- conosco, criando umo grande fiança, à descrença em uma TRUSTE DO métodos dc exploração no tra- Congresso, tudo fazendo pelo seu
— a Petrobrás — obedeceu tal deve ser considerade à luz Pátria. Temos ainda muitas ter- balho. principalmente dos jovens
justa e racional cooperação brilhantismo.
á forria de monopólio de Es- das peculiaridades qup cercam ras disponíveis, praticamente mundial. E' natural que ca- PETRÓLEO NO e das mulheres, enquanto au-
Viva os metalúrgicos!
Ind". por wr um» eararterisli- a rernrtírarpn mat»ri»| finou»- virgens, e arpas impiisa? a re- da pi'.'ri qtipira ser dono de mentam as suas rendas e lucros.
ra ria própria Indústria, luta- 1» pais depois da eu«rra. B»- cuperar e dar maior produU- si mesmo, do seu destino e BRASIL Uma série de leis que beneficiam Viva o movimento sindical!
vidade. Há setores íconônomi- do seu bem-estar: não de- os trabalhadores permanecem no Viva o Brasill

* ¦j ».i,,..à^.^m^^^^air-AJAj^s!^ .üsj ..-';.. -.-., ¦ ¦ ¦ ¦ ^--- •—..-*> -.*. -.-.'-sw,--.-... .- j^-^^iTSji&ãjaifaià^ãafli^^

 O SEMANÁRIO ANO n • NtJMERO 84- PÁGINA 5 1.° CADERNO

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ENíltEVIiW WiiMfVN*

ESPERANÇA DA PAZ NO LANÇAMENTO DO SPUTNIK

Deputados De Iodos Os Partidos Opinam
Sôbre a Grande Conquista Da Ciência
"A
SEIXAS DÓRIA: ciência russa está na dianteira dos países civilizados"
"0
PADRE MEDEIROS NETO: Sputnik não ameaça ninguém"
"Ponto
MEN0TÍI dei PICCHIA: final nas veleidades da guerra"
"Disputa
NEIVA MOREIRA: fundamental para o gênero humano"
"Trata-se
ROMULO DE ALMEIDA: de uma revolução sem precedentes" PADRE MEDEIROS NETO:
O Brasil scrií o maior beneficiado.
ROMULO DE ALMEIDA: MENOTT! DEL PICCHIA:
Superioridade sôbre os EE. UU. Advento de paz.
Texto de LÚCIO GUSMÃO LOBO
ft LANÇAMENTO dos satélites artificiais provocou, como não po- dência cada vez mais, acredito que procuravam adestrar as lação aos Estados Unidos, sal- maior acontecimento do sé- da física nuclear e com resul- tificial vem demonstrar qua 1
deria deixar, um estado dc perplexidade surpreendente e uma que a repercussão será no sen- nossas forças armadas, se im- vo se os americanos do norte culo XX e os cientistas russos tados positivos na aplicação de União Soviética possui intelac-
tido de atenuar os riscos de põe, sem dúvida em consonân- lançassem um satélite inteira- merecem, por isso mesmo, as engenhos nas descobertas da- tuais a serviço da paz universal
Intensa comoção nos paises ocidentais, notadamente nos Estados guerra de um modo geral e de cia com o que começa a ocor- mente díriglvel. Seria o único congratulações de toda a hu-
levar os homens responsáveis rer no mesmo sentido nas de- meio de resposta do americano quilo que há décadas atrás era que tanto desejamos ou da
Unidos, que de um momento para o outro se viram cm condições de manidade que só pode orgu- impossível. Isto demonstra que guerra que tanto abominamoi.
pela estabilidade da paz inter- mais grandes potências do a êsse notável feito de pionei- lhar-se do memorável feito. a humanidade marcha cada dia Não acredito, todavia, que haja
inferioridade, neste particular, diante do seu maior antagonista, a nacional a se entenderem num mundo. Assim sendo, sou de rismo da ciência russa no cam- em passos acelerados na con- superioridade entre essas duas
União Soviética. plano de harmonia. E isto creio opinião que a medida imediata po da astronáutica.» CONQUISTA DO ESPAÇO quista do espaço.» nações pelo fato de uma naçào
Ainda hoje se especula em todo o inundo, em tom de interro- porque não posso conceber que a ser adotada no Brasil seria haver sido a primeira a lançar
a espécie humana, diante dos o da redução dos armamentos MAIOR ACONTECIMENTO DO Finalmente temos o depoi- INTELECTUAIS A SERVIÇO o satélite, pois ambas possusm
gação, sôbre as conseqüências mediatas e imediatas, na política e na riscos de uma destruição total, de guerra e a desmobilizaçâo SÉCULO mento do deputado^ Miguel DA PAZ
"de ~otna-rez-para- "parcial fatores técnicos, materiais *
economia, desse avanço demonstrado pela U. R.S. S. Os prognos- Tiâõ prefira dos efetivos, porque se- Leuzzi (P.T.N. — São Paulo),' intelectuais, para não somente
sempre a paz». ria estultlce pretender susten- Para o deputado Chagas Ro- cuja íntegra é a seguinte: — A meu ver o simples fato
ticos, entretanto, são variados e refletem, não raras vezes, um estado drigues (P.T.B. - Piauí) o sa-
acompanhar a evolução dl
tar com um peso orçamentário — O lançamento do satélite de que a U.R.S.S. atMantou-se ciência, mas, também, para ul-
de espirito ainda comovido pelo impacto do recente acontecimento. IIEVISÀO NAS CONCEPÇÕES especifico, um parque de ar- télite artificial constitui o é o aprimoramento do estudo no lançamento do satélite ar- trapassá-la.»
Achamos, por isso, cedo ainda para retirar quaisquer ilações vá- CLÁSSICAS mas obsoletas e inadequadas
absolutamente inúteis na de-
lidas. De qualquer maneira, o homem não deve, por essa circunstância, an
lonyo depoimento foi feito fensiva e na ofensiva em face
omitir-se na análise da problemática internacional, máxime agora pelo deputado Abguar Bastos do surgimento dos foguetes ba-
que a conquista dc espaço sideral lhe pode abrir perspectivas sem (P.T.B. — Sáo Paulo). Inicial- lísticos e das conseqüências da 0 CONTRATO DE ENTREGA DA CONSTRUÇÃO DE BRASÍLIA
mente disse: revolução do satélite russo.»
precedentes no desenvolvimento da civilização ou, igualmente, po- O Sputnik não representa
¦ >
derá lhe trazer dias de terror e de desespero. Todavia, ninguém apenas um novo engenho ou o
mais avançado resultado de
REVOLUÇÃO E NÃO ENÉRGICO PROTESTO DA FRENTE NACIONALISTA DOS TRABALHADO-
melhor do que o tempo irá delinear para a humanidade os resultados EVOLUÇÃO
unia pesquisa científica. Êle re-
desse feito cientifico.
presenta pela sua repercussão O que nos disse o deputado RES DA CONSTRUÇÃO CIVIL, LIDO NA CÂMARA FEDERAL PELO DEP.
Êsse acontecimento surpreendente que abalou todo o mundo mundial e pelas conseqüências Rômulo de Almeida (P.T.B. —
que alterarão os clássicos que
haveria, necessariamente, de repercutir no Brasil. E ninguém mais
indicado para opinar sôbre êle do que os representantes do povo.
se inicia desde já visando a ai-
Bahia):
Segundo as Indicações o SÉRGIO MAGALHÃES
"enquete" na Câmara Federal. terar vários métodos funda- Sputnik não. revela uma evolu-
Dai por que preferimos realizar esta mentais que influirão em novos ção, mas, sim, uma revolução
Para desempenho dessa tareia nâo escolhemos previamente os depu- conceitos políticos, econômicos, tal como a bomba atômica. O A Frente Nacionalista dos Trabalhadores da cios públicos de Brasília a uma firma norte-ameri-
filosóficos, morais e sociais. seu lançamento ao espaço tor- Construção Civil enviou dois abaixo-assinados ao cana. Damos a seguir a íntegra dos dois impor-
tados nem os seus respectivos partidos. Foi nosso propósito levar até Acredito que as autoridades na ineficaz a guerra e possibi- deputado Sérgio Magalhães, protestando enérgica- tantes memoriais, lidos da tribuna da Câmara pelo
o público o depoimento das mais variadas concepções doutrinárias e mais responsáveis das grandes lita, portanto, a utilização des mente contra a entrega da construção dos edifí-
'políticas
e deixar para o leitor a conclusão final. potências já estarão reunido recursos da tecnicologia para a representante do Distrito Federal:
seus mais experimentados con- prosperidade e para a paz.» O SR. SÉRGIO MAGA- mara Brasileira da I. C. C., a
UM MUNDO NOVO selheiros no sentido de um pro-
leal de marinhas estrangeiras. panha em defesa da indústria
LHAES: (Para uma comuni- Indústria da Construção Ci- A nossa siderúrgica se verá contamos com o apoio dos
cesso revisionista das concep- SUPERIORIDADE SOVIÉTICA cação) — Sr. Presidente, es- vil é das poucas que estão privada de produzir grandes Construtores, Arquiteto*, En-
uso as armas adaptáveis do
O Pe. Medeiros Neto (P.S.D.- ções que até hoje norteavam tou recebendo dois abaixo-as- inteiramente livres de contri- tonelagens de vergalhões e genheiros e Estudantes e *o-
Alagoas) dão se furtou em ole- novo processo.» as posições de concorrência Evidentemente que o lati- sinados da Comissão Organi- buição estrangeira. A serem arame que seriam empregados dos os Patriota; Democráticos.
recer a sua palavra. Disse éle: desses paises». zadorn da Frente Nacionaüs- adotadas 0s métodos e a técni- em construções dv Concreto Antecipando, externamos
ANTECIPAÇÃO E NAO çamento do Sputnik revela ta Trabalhadores de ca americana do ramo não po-
Nesta hora dilemática, em nesse campo uma superiorida- dos armado. A nossa indústria de nossos agradecimentos".
SUPERAÇÃO COEXISTÊNCIA PACIEICA Construção Civil em que pe- deremos manter essa inveja- cimento se encontra com uma
que se bifuream os caminhos de russa sôbre os Estados Uni- dem queinterprete eu o seu vel situação que atingimos "Exn. . Sr. Deputado Sérgio
e estilos de vida da humani- dos, conclui o deputado Rô- super-produça-o da ordem de
Quanto a possível superiori- Pelo que lemos — conti- protest. contra o fato de se a.iós um longo e penoso tra- 10 milhões de sacos se vê na Masalhaes:
dade, a ciência poderá, pela mulo de Almeida. contratarem obras na Cidade balho.
vez primeira, na história, ser dade soviética sôbre os Estados nua o deputado Abguar Bastes Contingência de não fome- A Comissão Organizadora
de Brasília com firmas es- Países onde a arte de cons- cer limento para Brasília da Frente Nacionalista dos
o fator do equilíbrio entre os Unidos, continuou o deputado as forças que elevaram o EXPLORAÇÃO POLÍTICA trangeiras. truir é mais antiga que a
Menotti dei Picchia: porque a Novacap pretende Trabalhadores da Construção
povos. A ciência parará, fará Não se trata de uma su-
Sputnik são as mesmas que po- DO P. C. Realmente, esta questão do nossa não trazem para cá seus importar dos EE. UU. com a Civii dirige-se a V. Exa. soli-
alto nas ambições dos homens. dem ser aplicadas em outros capital estrangeiro precisa fi- técnicos quando necessitam de alegação de Que em Brasília ci tando-vos seja intérprete dos
O primeiro e segundo Sputniks peracão, apenas de uma ante- 'engenhos, quer sejam pacifi-
Recém-chegado da Europa e car devidamente esclarecida. edifício para suas embaixa- não há fábrica de cimento. sentimentos de protesto do*
não ameaçam a ninguém de cipação de novos processos que cos ou destruidores. De qual- Não nos interessa que êle ve- das e escritórios. As Embai- Esta alegação primária e ri- trabalhadores da Construção
são comuns hoje ou serão ama- do Oriente, o deputado Neiva nha explorar indústria na xadas aqui no Rio da Ingla-
bom senso. Na balança dos quer maneira parece assegura-
Moreira (P.S.P. — Maranhão) dicula é contestada publica- Civil contra o ato impatrióti-
acontecimentos, a ciência, quer nhá a todos os sábios do mun- do o principio da coexistência qual já atingiram alto grau terra, EE. UU. e França e ou- mente pelo Sr. Presidente do co que entrega a construção
do. Mas do que outra coisa se a deu as suas impressões sôbre de desenvolvimento. Além dis- trás edifícios construídos pe- Sindicato Nacional da Indús- dos edifícios públicos da no-
ocidental, quer oriental, fala a pacífica e o empenho para a repercussão do lançamento do so, se por um lado, é inte-
única linguagem, a da espi1- deverá saudar nessa lua artifi- estabilidade da paz mundial, tria de Cimento, Sr. Manoel va capital a uma firma estran-
satélite russo nos países por ressante para nós o sistema Azevedo Leão .que diz que es- geira, ato êste, que não »ó
rança de um mundo novo, onde ciai o possível advento da paz assim como será fatal o desen- de empréstimos de Governo a
universal e da confraternização
onde passou. sa alegação não procede por- fere os interesses da Indústria
talvez o ódio e o orgulho se volvimento das sugestões que O lançamento do Sputnik Governo porque ficamos ape- que próximo de Goiás, exis- da Construção Civil dos Tra-
esbarrem diante da fé e nâo e da colaboração de todos os visem a criação de um orga- nas com a obrigação das a- balhadores «. técnicos nacio-
tem três fábricas de cimento
prossigam a sua estrada de di- povos.» nismo internacional que receba
dominou inteiramente a opinião
pública do Oriente e da Euro-
mortizações dos juros e não
com a obrigação permanente
W' ^fH que poderão folgadameiite su- nais, como também, o* da in-
visão, quando é nosso dever os resultados das descobertas
pa. E' lógico que o Partido Co- dc remeter lucros como acon-
WÊÊÊÊÊÈÊÊSÊÊÊÊi prir as obras de Brasília, fis- dústria nacional em geral.
sempre somar. A Rússia e os NENHUMA REPERCUSSÃO e dos inventos para distribui- munista está procurando tirar te mesmo Sr. contesta tam- o _ pjna tais obra* a
Estados Unidos estão compeli- NO BRASIL los entre todos os povos como tece no caso da entrada de bem o argumento de que a Governo recorreu a emprésti-
toda a vantagem propagandlsti- capital privado, por outro es- importação a càmbi0 de CrS mo oneroso quo vem agra-
dos a um ajuste de contas. cooperação do processo das ca do acontecimento. Mas êsse ta vantagem, no caso da cons-
Disto o Brasil será o maior be-
De momento não haverá construções pacíficas.» 15.00 o dólar é vantajosa pa- var ainda mais a nossa situa-
— continua — nenhuma reper- acontecimento é de tal Impor- trução de Brasília, fica intei- ra a Novacap dizendo que náo ção, quando nossa industria
neficlado. O nosso país será o tância e significado que trans- ramente anulada pelo fato de tem cabimento e nem sentido, de construção está em eondl-
tablado, ou a mesa, onde se jo- cussão política no País, por- REGIMES DE «POOL» se contratarem obras com o
cende ao jogo ideológico. Todos pois admitir como razoável e ções de executar as mesmas
fiarão a sorte e o destino do que sendo o Brasil uma nação sentem que está travada uma produto do empréstimo efe- justo teríamos que importar obras em igual tempo, poden-
mundo.» que não pode entrar em com- Sôbre a possível superiori-
disputa fundamental para o gê- tuado. tudo mais que necessitaríamos dc financiar, desta tom.*
petições desas ordem, só lhe dade soviética, o deputado Trata-se de operação vm- SÉRGIO MAGALHÃES: como feijão, arroz, legume.se. economizando divisaa rolati-
nero humano que pela primei- culada, de empréstim0 para
CONFRATERNIZAÇÃO DOS resta contemplar o desenvol- Abguar Bastos prefere não ad- ra vez, assiste Brasília é nossa! outros produtos, por questão vas à Administração, mão de
vimento de novas experiências uma corrida realizações que estariam per- de economia, E' também con-
POVOS miti-la desde já porque os Es- obi-i. e lucros,
realizadas por outros povos.» cientifica de grandes potências feitamente ao alcance da in- testr.do o argumento que
tados Unidos poderão revelar dústria nacional. la nossa indústria, atestam a Vem ferir nossos *<¦«-
O deputado Menotti dei no campo da energia nuclear
em tempo de paz. De um modo transportar os produtos na- timentos patrióticos por nfto
eficácia das nossas organiza- cionais para Brasília ficaria
Piccliia (P.T.B. — São Paulo) CONSEQÜÊNCIA DE YALTA surpresa extraordinárias. E, en- geral o europeu espera pela Deixo aqui, Sr. Presidente, dar um tratamento ao menos
revanche americana, certo de o meu protesto e peço a V. ções. caríssimo, danu0 a impressão
que além de parlamentar é tão, afirma. O Estádio de Maracanã ,que de paridade, de concorrer eom
também poeta, assim expressou O Sputnik * uma conse- Quanto aos aspectos das que essa corrida vai abrir a Exa. que permita transcrever de que Brasília está mais pro- firma estrangeira em nossa.
é uma obra primeira de enge- xima das Estados Unidos do
o seu pensamento: ouência do tratado de Yalta, ciência perspectivas ilimitadas.» nos Anais da Casa 06 dois me- nharin foi calculada e cons- Pátria, firma e*™
medidas que possam fazer sô- moriais que me foram reme- que qualquer um Estado do
pvópri
O Sputnik representa o onde Roosevelt entregou de truída por engenheiros e fir- (Raymond Pilli Co.) que não
bre os avanços científicos en-
INTERCÂMBIO DE tidos pelos representantes das Brasil. O que :ica evidente é é registrada no Conselho Fe-
ponto final nas veleidades de mas brasileiras, assim como o
mão beijada aos comunistas o tre os EE. UU. e a U.R.S.S.,
INFORMAÇÕES classes trabalhadoras em cons- hotel Quitandinha que possui que a Novacap quer fazer com cíeral de Engenharia e Arqut-
quaisquer guerras. Além do que domínio de grandes áreas da entendo que neste particular trução civil. a construção de Brasília um tetura .contrariando assim
as
éle possa representar cientifi- Europa Central, inclusivie par- Os memoriais são os se- uma Cupola de 46 metros de verdadeiro panamá. importan-
das forças de propulsão para diâmetro; a ponte do Rio das leis do Pais. .....
camente como um começo de te da Alemanha onde precisa- cobertura rápida das distâncias, Prosseguindo em suas decla- guintes: do dos EE. XTO., não dando ° — Além de violar as
rações afirmou: "limo. Sr. Dr. Sérgio Ma- Antas que é a maior dé con- nenhu'-.a oportunidade à In-
investigações mais transceden- mente estavam os técnicos es- esteja a União Soviética com O lançamento do Sputnik creto armado do mund0 e em leis da construção nacional,
tes no campo da ciência para pecialistas em projéteis tele- sua vanguarda assegurada, Po- galhães — M. D. Represen- vão a 3* e a maior das Amé-
dústria nacional. vem agravar ainda mais * *u-
«-
fins de comunicações e para não revela uma superioridade, tante do Povo Carioca na Cà- Como afirmou o Deputado tuação dos trabalhadores,
guiados», disse o deputado Luiz rém, seria ingenuidade acei- mara Federal.
ricas inclusive dos EE. UU. Dr. Frota Moreira, na Câmara
sonho de intercomunicações Compagnoni representante na tar-se o problema baseado ape- mas um estado de preparação tudo isso demonstra que êste mentando o desemprego: **"
que o Ocidente desconhecia e A Comissão organizadora da Federal, quando concedeucon-o a) os mestres d« obras
planetárias, êle significa a su- Câmara do movimento integra- nas num dos ângulos das con- Frente Nacionalista dos Tra-
contrato de entrega das cons- contrato de Brasília sem
peracão de todos os aparelha- lista que ressurge no Brasil. que não pode deixar de levar truções de Brasília aos Ame- rão suóstituídos por estran-
quistas cientificas e nesse pon- balhadores da Construção Ci- corrência pública, dizendo que
mentos de guerra, porque mos- to devemos esperar que em em consideração. Os america- ricanos é um verdadeiro es- etb>°Sa
vil dirige-se a V. Exa., soÜci- carne0 à engenharia nacional,
não estamos simplesmente estrutura meUliÇ*
tra. que de qualquer parte se CLIMA DE MEDO outros setores como o da ener- nos que estão na contingência tando-vos seja intérprete dos diante de um caso de entre- exclui armadores. «¦£•""-
como bem acentua o professor
poderá atingir outro ponto do gia nuclear venham ainda os
de modificar a sua política eco- sentimentos de protesto dos Antônio Alves de Noronha em guismo e sim de desonestida- ros de formas e grande
nu-
globo, toronando, assim, inde- Continuando as suas decla- Estados Unidos a revelar sur- nômica no mundo inteiro, es- trabalhadores, contra o ato de pura e simples. Os .10 ml- mero de serventes.
sua declaração pública. lhões de dólares para a cons-
fensáveis quaisquer fronteiras. rações, afirmou o representan- presas baseadas nos esforços e
tão agora com outro dever: o impatriótico que entrega a O contrato dc entrega da Sr Deputado: diante «s«
Isso significará uma forcada te do P.R.P.: de reformar totalmente a sua construção dos edifícios pu- trução de Brasília voltarão P?- desprezo humilhante para
«om
na capaiidade de seus homens Construção de Brasília a uma ra o« EE. UU. através de
confraternização de todos os A primeira conseqüência de ciência. E ainda devemos diretiva de política científica, blicos da nova capital a uma firma americana abre um pe- a indústria da construç^n^os
firma estrangeira. uma medida suspeita de irre- técnicos e operários d* «&
»o*»
povos, dado que seria loucura do lançamento do satélite so- levar em conta o que se está inclusive abrindo aos seus alia-
A Frente Nacionalista doa
rigoso precedente. Acobertado
gularidade que golpeia
ae
imaginar que pudesse pôr em viético que se está notando é fazendo na Inglaterra e na dos um intercâmbio de infor- por uma política protecionista frente uma de nossas mais Pátria, desprezo We ]¦¦ repre
Trabalhadores da Construção do Governo fogem à concor- denado pelas entidadesConselho
o medo. E em clima criado pelo França. Por isto mesmo acre- mações que uma lei reacionária Civil surgiu desta necessidade adiantadas indústrias, afirma sentativas ^rno o de Sn?-.
tnêdo não acredito que possa dito que os objetivos gerais de ranço imperialista impediu de congregar todos os traba- rência pública e açambarcarão o Deputado.
tôdas as obras do Estado fa- Diretor do Club
O SEMANÁRIO aluuém com capacidade de for- dessas conquistas daqui por até hoje.» lhadorc-s em defesa dos Inte- vorecidos por câmbio especial Diante desses fato.?, nós tra- nhiria o Sndicato da
m
mular outras conseqüências.» diante só podem ser encarados rêsses nacionais, principal-
e empréstimo do B.N.D.E. vi- balhadores do Movimento Na- S £ Construo^CWM
E' O ÚNICO em regimes de «pool» onde se PIONEIRISMO DA CIÊNCIA mente daqueles relativo» as
brando um golpe aniquilador cionalista convencemo-nos ca- -, V Congresso do' Arquiteto*
ANTECIPAÇÃO DA RÚSSIA acumulem tais esforços no sen- RUSSA suas atividades profissionais.
na nossa Indústria de Cons- da vez mais da Justeza da BrLíeLs realizado.recate-
JORNAL QUE tido de uma geral cooperação Estamos convencidos de que
trução C'VU. nossa posição na luta de de- mente em Recife, n**»*\
Momentaneamente — prós- E' inegavelmente no cam- as obras de Brasília podem e f,-sa da Indústria Nacional, lhadoro estamos <^P°8t°*t*
ESTA' ACOMPA- segue — revela que a Rússia
humana, de tal maneira as na- devnn Ser construídas com O Congresso dos Arquiteto' fazendo a nossa revolução do lutar pela revogação
otsK
ções não poderão suportar o po da astronáutica o primeiro técnicos, mão de obra e ma- Brasileiros, realizado em Reci- Conselho Deliberativo du Club
NHANDO A antecipou-se ás nações oci- contrato até o «* *"ffi?;
peso orçamentário de unia cor- yraude e ' decisivo passo no terial nacional. Possuímos ma- fe em sua resolução especl- dos Engenheiros que é a luta te com todos os patuctas
ü.T.tais no lançamento desses rida desse gênero.» sentido de se penetrar nu terial e mão de obra especia- fica n&o só condena o con- pela revogação d0 contrato
de
COMISSÃO PAR- projéteis. Acredito, porém, que mundo cosmos», dib.se u depu- lizados para a construção de trato de Brasília, ,ior ser anti- Brasília, porque consideramos
democratas. ..terna-
Antecipadamente
exter.a
as democracias estejam em REFLEXO NO BRASIL tado Seixaa Dória (U.D.N. — edifícios de qualquer grande- econômico, por contrair em- que só cora a libertação como
eco-
mos nossos agradeementos.
LAMENTAR DE condições de responder a êste Sergipe). ?,a. Nada justifica a entrega préstirno c"eroso, mas tam- nômica de nossa Pátria _ Horácio Alves <U»s Sa*»<"-
avanço russo.» da construção de Brasília a bém por prejudicar toda a uma reforma na estrutura Z Cd» Manoel nomingue,.
INQUÉRITO Em face dessas observações
continua — estamos arcando
Continuando, afirmou:
A ciência russa demons- uma firma americana sem indústria nacional. Segundo as agrária e com o desenvolvi- _ Antônio Bernardo de FJ-
concorrência pública e sem afirmações do Sr. Israel Pi- mento de nossa indústria é gueiredo. - José Avel.no do
SÔBRE O ESTABILIDADE DA PAZ com sérias responsabilidades no tra, assim, que no campo ba- ser registrada no Conselho nheiro, presidente da Nova que poderemos esperar que Nascimento, .Servente). —
que se refere a posição do listico está na dianteira de to- Federai de Engenharia e Ar- Capital, as estruturas metáli- nã0 naJa mais desemprego, Braz Alves Feitos». «Aponta-
TRUSTE DO O deputado Teotônio Mon- Brasil em face de tais aconte- dos os paises civilizados do quite tura. cas serão transportadas pela que tenhamos salários profis- rior). - Pedro Marco»
*J« M-
teiro de Barrns (P.S.P. — São cimentos. Uma revisão de mé- mundo. Aliás, cabe ressaltar S«»gimdo as declarações pú- Marinha Americana, prejudi- sionais condignas e um salário ma. iServentei. — Raim*»***
PETRÓLEO NO P;,.iln) afirmou: tndns. principalmente no que que a ciência nãn tem pátria blicas do Sr. Graça Couto, cando dessa forma a nossa mínimo que corresponda ás Martjne» Freitm. íSerreílte)
A medida qut= essas in- Presidente dn Sindicato da T. marinha mercante Ja Uo es- n-^ro.widarfeí m í n í m a * de — Antrlo AI»»T«nrIr» »1« Lb**,
RRASTL vençóes avançam. »m qu° o
se refere an material bélico, a
estratégia • a tática, consigna-
r.em ideologia. Tudo indica que
C. Civil e Presidente da Cã- poliada pela concorrência des- uma familip. Para es+a cam- (Carpinteiro).
o satélite artificial revela uma
seu poder destruidor se evi- dos nos ensinamentos clássicos superioridade técnica em re-

\.ú'ÍSÍ.
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PÁGINA 6 l.o CADERNO O SEMANÁRIO ANO TI • NUMERO 84
1

I'.'! Campos Vergai quer saber do Governo: __ Brado de alarma do dep. Miguel Leuzzi:

Por Que Mo Foram Ainda EM 1958, BRA

Restabelecidas As Mames Com a Rússia ^-k. — 0m

e Demais Países Socialistas ? MP0RTAR A

— Está a lavoura do algodão paulista às vésperas de um co- técnico leva mesmo a por-se em
que o governo concedeu favores
lapso de conseqüências as mais imprevisíveis, declarou na Câmara o especiais neste setor para a ex- dúvida a intenção do Governo de
-.-A' Câjaara, a requerimento do sr. Campos Vergai, solicitou ao se abrissem os portos do Brasil apêndice dos Estados Unidos, deputado Miguel Leuzzi (PTN de São Paulo). A situação é tão portação de tecidos — Cr? 103,00 intensificar e diversificar a pau-
¦ Poder Executivo que a Informasse sôbre os motives por que o a tôdas as nações do mundo, restabeleceu há muito suas re- ta de exportações do Brasil, uiiia
laçóes com a Rússia t não foi grave qce já é quase certo ter o Brasil que passar a importar aquele j MU*#'ff'EF*W'*S"tJHjy
i Brasil ainda não restabeleceu relações diplomáticas ou comerciais que quisessem comerciar Co- produto, com enormes prejuízos para nossa economia. Será isto o vez que não dá a um dos seus
com -a- U. R. S. S. e demais países socialistas. O representante de nosco, E' todavia indispensável nesse passo embargado por selo final que fará desmoronar, de vez, a cotonicultura brasileira, produtos mais expressivos a aten-
que tornemos bem clara esta ninguém.
SSo Paulo assim justificou o seu requerimento, subscrito também realidade: Os Estados Unidos, 7 — O exemplo seria pràtl- produzindo uma sangria sem precedentes no erário da Nação. ção de que é merecedor.
pelos srs. Rubem Ferreira Martins (lider do PSP). Aurélio Viana a França, a Inglaterra, a In- camente extensivo a tôdas aa Os lavradores carecem, em fa- roço em cento e oitenta e cinco Por outro lado, cumpre salien-
I (lider do PSB). Sérgio Magalhães. Jnnas Bahiense. Humberto Mo- dia, a Turquia, a Itália e mui- nações dn globo, desde os Es- ce da situação que atravessamos, cruzeiros. Mas, apesar desse tar que o atual nível minimo é
lüurev Esteves Rodrigues. Frota .Aguiar, Carneiro Loyola, Artur tos outros países mantêm rela- tados Unidos que embora co- de um preço minimo de duzentos acordo, aquele Ministério ainda considerado insatisfatório, prin-
Âudrá, Lopo Coelho, Virginio Santa Rosa, Monteiro de Barros, ções diplomáticas e comerciais mo aparentemente rival mais cruzeiros por arroba, em caroço, nâo se manifestou. Essa obsti- cipalmente pela elevação dos
Lourival Almeida, Roxo Loureiro, Castilho Cabral. Áureo Melo. Rui com todos bs países socialistas, própíimo da União Soviética, tipo 5, Essa não fixação mínima nação era não atender sequer às ágios mínimos de importação de
\ Nazareth, Ivete Vargas, Newton Carneiro. Divonsir Cortes e José marcadamente com a U.R.S.S. jamais pensam em romper suas veio criar uma descrença e um fórmulas apresentadas pelos la- adubos e inseticidas, componen-
Miraglia: Por que, pois, nãn pode ou não relações diplomáticas e comer- desânimo totais, que estão afu- vradores e autoridades de nosso tes em cerca de 50% do custo
dnve o Brasil reatar essas re- ciais; desde a Comunidade da»
1. — A nirr^aém é licito ig- M.r=ira, Aurélio Viana, Ivete lações? Nações Britânicas, que intensi- gentandn os agricultores do plan- Estado, contribui de uma manei- final de produção da malvácea.
norar'a evidência da continua- Vargas, Getúlio Moura, Dix- 6 — A transação náo é só fica o seu comércio com a União tio do algodão. Sem uma garantia ra positiva, para confirmar ai- Devemos obter do Governo
çáo das condições precária?, em hu:t Rosado, Licurgo Leite, Soviética e procura, nessa in- mínima que possa ressarci-los de gum propósito oculto que visa a t^^p^^^!?»»» da República o estabelecimento
que se encontra nosso país. As S Uto-Mayor. elevando os d'"- tensificação, uma saída para as um imprevisto, não se dedicam a destruir, mais uma vez, a pro- ,»f5^»g de uma diretriz segura que pos-
«•recentes necessidades impostas bates, aprofundando estudos suas dificuldades de post- essa cultura. Êsse fato já vem de dução algodoeira, colocando o sa garantir o algodão. brasileiro,
pela transformação econômica com observações concretas e guerra; desde a própria Alemã- anos. Caimos da produção de Brasil em situação econômica di- e isto somente será possível ado-
] por que «tamos passando, estão c.-ncludentes em favor de nossa nha do Oeste, chefiada por quatrocentos c cinqüenta mil para ficil na esfera .internacional, so-
Adenauer, até os países recen- tando-se a política que faz a
a exigir maior amplitude de in- plena liberdade de comércio. cerca de duzentas mil toneladas! hretudo quanto à aquisição dc América do Norte, isto é. dan-
tercâmbio comercial com o ex- — Entretanto, incompreen- temente egressos da situação dc Bssc decréscimo lamentável obri- novos mercados.
terior a fim de que, — com o sivelmente, ainda náo refizemos rolônias — na Ásia, no Oriente do um subsidio aos lavradores.
Médio e ' na Africa, — todos gará nossos industriais do tecido A intransigência e a argumen- Nessas condições, ficaria o Brasil
aumento do volume de vendas relações com uma fração do
a buscar o produto no estran- tação da Comissão dc Financia-
j de nossos produtos fundamen- mundo de nossos dias, que é, procuram traçar sua política em situação privilegiada, dc mol-
tais,- como café. algodão, cacau, para nós, uir mercado real de exterior, não ignorando o que geiro, sob pena de fechamento de mento da Produção não encon- de a poder defender a sua coto-
óleds. comestíveis, borracha, mais do setecentos milhões de não se pode ignorar, isto é, a suas fábricas. traram boa acolhida junto aos nicultura, enfrentando os de-
couros, etc. — possamos pro- habitantes, con capacidade existência de um grupo de na- O Secretário da Agricultura círculos cotonicultores paulistas, mais paises produtores.
mover com liberdade a urgente aquisitiva .superior á da maio- ções com mais de sete centenas de São Paulo, Sr. Jaime de Al- pois que exemplos recentes con-
aquisiçác de maquinaria para ria dos povos, nossos atuais de q-ilh&es de habitantes, que meida Pinto, o Governador do trariam flagrantemente aquela po- Miguel Leuzzi Já é tempo de termos uma
renovação e cngrandecimeiito compradores, Os países so- desejam ter acesso ta merca- Estado, Sr. Jânio Quadros, e o.s sição. A justificativa dc que um orientação a seguir na defesa do
do riòssò' parque industrial. Se- cialistas dispõem, especialmente dorias que se produzem em ou- agricultores acordaram, cm face preço minimo acima de 165 cru- algodão brasileiro, sob pena de,
râo improfícuas as tentativas a União Soviética, dc um par- trás partes e dispõem de uma de solicitações do próprio Minis- zeiros não poderia ser efetuado, por dólar — e açúcar — Cr$ em breve, termos a desgraça de
que visem .outra solução para o que industrial altamente dife- técnica aprimorada para ofere- 98.00 por dólar. comprar êsse produto em outros
rwiciado .em condições de aten- cor seus próprios produtos. tério da Fazenda, em fixar o |á que obrigaria modificação na "
problema essencial da naçãi fo- taxa cambial, é Incabível, pois Esta posição daquele órgão paises.
ra da busca de novo.; mercados der cabalmente aos nossos pe- R — Noticiar como estas são preço mínimo do algodão em ca-
de compra e venda, nu de com- didos, evitando-se dessarte, os muito comuns em todos os
pensação . ônus que nos sáo impostos pela "Concluída.», as nego-
jornais:
'Precisamos vender a to- dependência do mercadp mo- elações russo-canadeiises em

2. —
do o mundo vender w quem nos
pague melhpr, assim c.-mo. pre-
cisamos e queremos comprar de
quem nos fizer preçu» mau aces-
siveis, às .nossas disponibilidar
des.. Esta é uitip exigência de
Nacionalismo e Desenvolvimento
nopolizarior dc fornecimento do Moscou". "Dispostos os dois
material requerido por nosca países, segundo o comunicado
ampliação e crescimento indus-
oficial, a intensificar seu inter-
trial.-já é do conhecimento da câmbio cultural. c!entífieo e
maioria dos componentes desta técnico". "Os Estados Unidos
Casa que as autoridades sovié- vão convidar os Soviéticos para
ticas desejam êste intercâmbio, assistir a provas termo-nuclea-

NOTÍCIAS QUE NÃO FORAM MANCHETES

todos os'setores da vida nacio-
tiàl; assim, a exigência -neces-
sidade da indústria, dn comer-
cio,-.- da- agricultura reflete-se
claramente nos meios políticos,
: técnicos e culturais rin país.
Exemplos disse encontramos nos
pronunciamentos da P.-deraçâo
de Sã.? Paulo, da
das Indústrias
'Comercial
Associação da Capital
Federal', do Vir Congresso dos
Jornalistas, rio Congresso dos
Estudantes, do grande Con-
gresso d:s Municípios.
3 - Várias figuras ilustres.
que integram os quadros dos
diferente partidos políticos que
compõem esta Casa, têm trazi-
do ,seu testemunho eloqüente
de quanto é vital para a Mação
uma nova fórmula que atenda
a, esse afã de expansão d-; nos-
, sás relações diplomáticas, co-
mercials f. culturais com todns
! 6í- países. Nos anais da Cã-
mara.ena Imprensa Nacional
! estio discursos de Newton Car-
i neiro, Jonas Bahiense, Frota
Campanha de consolidação da economia sul-catarinense
desejo êsse pxpresso publica-
mente em termos claros e di-
retos.
— Alguns dentre nós JA re-
ceberam de viva voz proposições
concretas para uma base de dis-
cussõ"S do problema entre o
Brasil e a União Soviética:
compra das mercadorias acima
mencionadas, em troca do que
mais precisamos, como, "verbi-
gratia": instalações de usinas
atômicas, refinarias, sondas de
petróleo, trigo, máquinas para
a lavoura p parr, a indústria,
etc. A moeda detroca utilizaria
seria o próprio cruzeiro dep»si-
tado à disposição dos soviéticos
em estabelecimento bancário de
comum escolha para sua utili-
zição imediata na compra de
nossos produtos. — Assim, ape-
nas repetiríamos um aconterl-
mento importante de nos=a His-
lória. quando, a conselho no
Visconde de Cairú, o Príncipe
Regente, em 1808, determinou
CAMPOS VERGAI:
Por quê?
de inteira conveniência como
absolutamente necessária a, vi-
da da nação na presente qua-
dra, pois, precisamos melhorar
e ampliar os mercados exter-
nos, valorizando assim o cru-
Beiro, para um pais que tem
mais de oito milhões de quilo-
metros quadrador e cuja po-
pulação já vai além de sessen-
ta milhões de habitantes! A
Argentina e o Uruguai, em
condições gerais be mpiores do
que a nossa, traçaram, todavia
sua politica externa com dire-
trizes independentes, próprias
à: suas necessidades. "É chega-
do o momento, diz o abalizado
Senador Lourival Fontes, de
corrigir uma politicr. Inadequa-
da.estreita e negativa". O Mé-
xico que, geograficamente, é um
res". "O sr. Aneurin Bevan,
porta-voz do Partido Traba-
"'lista, insiste em que se deve
negociar com a URSS", etc. As
necessidade materiais de inter-
câmbio com a União Soviética,
contrariadas pela política es-
tranha > contenção de nosso
poder público, vêm sendo nm-
plamante apoiadas pela oni-
nião nacional; são eloqüentes,
a aceitação que aqui tiveram os
geógrafos soviéticos, presentes
ao Connresso Internacional de
Geografia; a extraordinária vi-
braçáo. com que foram aplaudi-
dos os solistas dc piano e o
conjunto de bailados de Mos-
cou; o agrado com que foram
recebidas as desportistas sovié-
ticas; o notável carinho que
tem ¦ side dispensado ao mães-
tro Katchaturian; nossa es-
plêndida admiração pelo Ian-
çamento dn Satélite artificial...
Afinal, onde a inimizade en-
tre estes dois povos?
"Visão", do sr. Nelson Rockfeller, apresenta em um BRESSER PEREIRA
A revista
de seus últimos números um douto artigo sôbre o consumo de combus-
tiveis no Brasil. Informa a revista (que não se pode chamar de (São Paulo)
"recepcionista",
entreguista, mas de porque o sr. Rockfeller não pre-
tende entregar nada, mas, muilo pelo contrário, receber tudo) que subdesenvolvidas, a fim de que ca Latina.. Entrevistado, declarpu
o consumo de derivados do petróleo, tomando-se por base o au- não.se aprofunde o desequilíbrio que o problema é vital para .os
mento médio dc nossa frota de veículos deverá mais ou menos dobrar internacional, com desastrosas Estados Unidos e para seus in-
de 1954 para 1962. Até ai nada há a"Visão" objetar. Ilustrando, porém, sua conseqüências para a ordem so- vestimentos, e informou que. ,pelo
coloca um gráfico em
tese, o comentarista econômico de ciai e politica do mundo." Está que observara, .a. República Do-
de 1954 e
que reproduz as cifras que apresentou sôbre o consumo "Importação certo, o sr. Scverino Sobra. O minicana era o pais mais amigo
o provável dc 1956. O título desse gráfico, porém, é desenvolvimento econômico deve dos Estados. Unidos .... Nãp há
"Consumo". Dessa forma, com um passe
dc Combustíveis" c náo ser harmônico. Ser nacionalista dúvida que o. .senador ^scolheu
de mágica, faz desaparecer do problema a nossa produção dc pe- e a favor dos povos subdesenvol- bem: um pais que vem sendo dp-
tróleo, que em janeiro de 1956 representava 3,5% do nosso consumo vidos no âmbito internacional, e minado há anos por um caudi-
e em agosto de 1957 alcançava a porcentagem de 19%, Não se acre- capitalista no âmbito nacional, é lho da pior espécie, Trujilkv ca-
dite, porém, que êsse passe de mágica se deva a um engano, nem um contra-senso. paz de cometer tôdas as indig-
acaso. Essa
que a nossa produção dc petróleo tenha sido esquecida por O senador norte-americano Ro- nidades para se manter no go-
é uma das muitas formas que o truste emprega para atingir seus bert Morris, conselheiro principal vêrno, como já o provou várias
da Subcomissão de Segurança, vezes. Será êsse então o tipo
objetivos inconfessáveis.
a Siria se tornou comunista. Êsse está dirigindo lim inquérito sôbre de governo ideal para os países
Em face de uma série de boa- a infiltração comunista na Améri- amigos dos Estados LInidos?
tos a respeito de projeto de gran- tipo de propaganda só seria útil,
des vendas de "Estadocafé aos paises se seu fim fosse dirigir o ódio
comunistas, o de São dos paises vizinhas contra a Si- plantas-mães que deram boa
ria. Salvo em relação à Turquia, Salvar o Doente . . .
Paulo" publicou desmentido in- produção e, retirados na condi-
cisivo do ministro Alkmim. Logo porém, essa técnica não surtiu (Conclusão cia 2' pág. do 2" cad.)
a seguir o mesmo órgão publicou efeito. Surge, então, como se ve-
ri ficou no caso do lançamento do
é muito reduzido, fazendo-se,
mais acentuado o seu uso, ape-
ção de ficarem dois, no mini-
mo, para a futura colheita; as
um desmentido do desmentido, raízes que se formam perto dê-

Memorial Entregue í Escola Superior de Guerra Pelo deixando-nos sem saber se Alk-
mim teria ou não se colocado
contra as exportações de café
para os países comunistas.
mais provável é que o ministro
satélite, o problema de a propa-
ganda tornar-se contrapropagan-
da. Todo o mundo fica pensan-
do que a Síria se tornou comu-
O
nista, que a ideologia comunista
nas entre aqueles que já estão
habituados ao seu paladar, ou,
então, os que o fazem, tendo
em vista suas qualidades medi-
cinais.
les, devem ser conservadas, pou
lhe darão melhor segurança de
pegamento.
Tanto as mudas piovenientes

; Prefeito de Criciúma, Addo Caldas Faraco tenha leito aquelas declarações

ao órgão integralista, mas que,
em face da reação desfavorável
obteve nova vitória, quando a
Siria apenas passou para a ór-
bita econômica dos paises co-
Mas, não há dúvida que a
alcachofra deve interessar a lo-
do proprietário rural que dis-
de sementes como dó.» "reben-
cos" devem ser plantadas em
covas de quarenta centímetros
munistas. O povo sírio dc comu- ponha de terrenos apropriados de profundidade e cinqüenta de
A Escola Superior de Guerra esteve recentemente em visita cionais seria plenamente satisfeita com o aumento da potência das que encontrou, se apressasse em boca, com uma distância entre
termelétricas. — Convém salientar que o desenvolvimento indus- desmentir.,. nista não tem nada. O partido ao seu cultivo bem como, ao
à zona carbonífera do sul de Santa Catarina. Nessa ocasião, o * * comunista na Siria não tem sig- plantas de 80 centímetros e um
trial do país somente poderá ser realizado com a eletrificação consumidor, muito especialmcn-
prefeito de Criciúma, sr. Addo Caldas Faraco, fêz entrega ao nificação política alguma. O que te, os das cidades que terão, metro, entre as linhas. Uma
seu comandante de um memorial, do qual destacamos a segunda Intensiva; e para um aumento de 100% na produtividade do tra- O McGww-Hill American Let-
ter, de Nova York, informa que se verificou naquele pais foi o assim, ia oportunidade de in- ótima adiibação por cova para
parte,"O a seguir transcrita: balho será necessário aumentar 240% a eletrificação do processo essa cultura, deve consistir em
de produção. — Uma eletrificação intensiva seria obtida com o superfaturamento realizado pe- seu desligamento da órbita eco- cluir, vez por outra em sua
eminente Presidente da República. Dr. Juscelino Kubits- nômica ocidental em face da ina- dieta alimentar, um 5 quilos de estéreo dc curral
chek, nas suas metas governamentais, fixou a produçSo carbo- usinas termelétricas que gozam das seguintes vantagens sôbre as los nossos importadores de mer- produto
cadorias norte-americanas esta bilidade e da exploração dos Es- hortícola que reúne as proprie- bem curtido ou de galinha, 100
nifera de Santa Catarina para 1960 em 3 milhões de toneladas. hidrelétricas:
tados Unidos, da Inglaterra e da
Tal medida foi tomada tendo em vista o amplo desenvolvi- a) Cerca de metade do tempo gasto na construçSo. nos custando 75 milhões de dó- dades de alimento e, ao mesmo gramas dc. farinha de ossos e 50
lares por ano. Por outro lado, in- França. Aliás, observou muito tempo, as de remédio gramas de- superfosf^lo.
mento' das indústrias siderúrgica.-, nacionais: ampliação da Com- b) Capital necessário muito inferior. hem um político sirio: quem de- A alcachofra, uma vez . plan-
forma a mesma publicação, o sub- Duas, são as variedades dc
panhia Siderúrgica Nacional, construção da Usiminas-Cosipa, etc. c) Nenhum dispéndio de divisas na operação (utilização do veria ser chamado comunista é a alcachofra: a roxa dc grande tada. leva produzindo. até 6 ou
Para 1960-1961 as necessidades'de carvão siderúrgico são faturamento realizado pelos nos-
carvão nacional-. sos exportadores de café está cau- França e a Itália, que têm mais aceitação c a rerde que, tam- mesmo 8 anos. A. melhor terra
avaliadas em 900.000 toneladas, o que vem representar uma ex- de dois terços de comunistas em
tração da ordem de 3 milhões de toneladas, anualmente. — Esta Tal fato é uma realidade, pois cerca de 60% da energia saudo um prejuízo ao Brasil dc bém, é preferida po: muitos. O para seu cultivo é a masçapé ou
elétrica gerada na Europa é produzida com carvão e nos Es- 90 milhões de dólares. Compre- seus parlamentos, mas, explicou, plantio dessi hortaliça pode ser a salmourão, desde que sejam
produção não poderá ser alcançada se desde já não se tomarem tados Unidos, maior produtor de petróleo do mundo, a energia ende-sc que tal suceda com a ex-
"
a França é de casa e não tem feito por dois processos: a) se- soltas, profundas e ricas em ma-
criação de um amplo mercado de
"vapor, tal seja a da
medidas urgentes,
elétrica gerada provém das seguintes fontes: — carvão 50%, hi- portação dc café, dominada por petróleo ..." meaduras em caixotes ou em teria orgânica. O cü**"" que lhe
carvão de conseqüência do beneficiamento do carvão la-
drelétrica 25%, gás 17% e óleo combustível 7%.
* * sementeiras, f-azenrto-se mais bom desenvolvi-
vador para a obtenção do carvão metalúrgico. — A produção de grandes firmas norte-americanas, proporciona
Desejo chamar a atenção de V. Exa. para o resíduo piritoso, mas em relação aos nossos im- E falando em Petróleo, a per- tarde, a transplantaçno para lu- mento é o temperado, cami-
-carvão de vapor seria estimada em 1,1 milhões dc toneladas e
que é uma íonte de produção dc enxofre, base da indústria qui- portadores, na sua grande maio- furacão da Petrobrás em Piraci- gir definitivo; b) por meio de nhando pari, o frio.
6eu único mercado certo é a Central Termelétrica de Capivari caba — poço pioneiro de Pi- Num hectare, com o espaça-
mica. — Atualmente, paga-se para lançar fora cerca de 80.000 ria nacionaU, é trágico verificar mudas retiradas das plantas ve-
(Sotelca), que necessitará de 300.000 toneladas, havendo, por- toneladas de S sob a forma de pirita, e êste valor representa tanga — já atingiu mais de 220 mento acima referido, pode-se
tanto, um excesso de 800.000 toneladas sem mercado. — A falta como traem o desenvolvimento lhas.
80% das necessidades nacionais. — O Brasil importa anualmente econômico brasileiro em troca de metros. O engenheiro Roberto As stmenles levam, via de plantar 5 000 mudas <!e alcacho-
deste mercado ocasionará uma diminuição percentual do carvão Andraus, que chefia o trabalho, fra qu-e poderão render 50.000
metalúrgico nacional na produção do coque siderúrgico e. por- 100.000 toneladas de S, material essencial a indústria bélica. alguns dólares. As tendências en- regra, dt 14 a 20 dias para ger-
Não há reservas conhecidas deste metalóide no território na- treguistas do comércio exportador acredita firmemente que o petró- minarem no solo; em estufas, frutos, cdcuhdos ao preço de
tanto, uma maior importação do carvão estrangeiro para fins leo deverá jorrar quando a per- apenas, 10 crizeiros cada um,
cional. A fábrica de Piquete utiliza a pirita dc Ouro Preto para e importador brasileiro são bem gastam de 6 a 10 dias O plan-
siderúrgicos, o que acarretará um dispéndio de divisas da ordem furacão atingir entre 360 e 460
de 22 milhões de dólares, anualmente. - Criar indústrias basea- a produção do ácido sulfúrico. Esta reserva, estimada em 2 milhões conhecidas; o que positivamente tio feito com a" mudas retira- dariam 500 mil cruzeiros.
de toneladas, é de difícil exploração. —A reserva dc enxofre na não se explica c que o Governo metros. O tipo do óleo que de- das das plantas adultas, com os Como se vê, é um alto nssó-
das. em carvão importado é. tendo em vista a defrsa nacional, verá jorrar, segundo informou o "rebentos", é feito no
pirita carbonífera é avaliada em 60 milhões dc toneladas e atual- não reaja em face disso. cio, ter-se um alcachofra!, mes-
construir um ídolo de ouro sôbre pês de barro. Ao menor choque * * engenheiro, denomina-se
"Capi- chamados
mente c um subproduto de carvão, sem nenhuma utilização. início da primavera. Os reben- mo de um hectare, para- a ob-
desmoronará todo o conjunto. "O vari", freqüentemente confundida tenção de um elevado lucro.. ¦
Há, pois, necessidade do aproveitamento deste subproduto, intelectual, no momento tos devem ser escolhidos de
A realidade naciona] exige um aumento constante de carvão com o tipo devoniano.
brasileiro na produção do aço. Estimamos que 50% seria um que poderá abastecer o mercado nacional. O processo da extração presente, em que o pais .se de-
* *
do enxofre da pirita não apresenta dificuldade técnica Irremo- bate na batalha do desenvolvi-
número interessante, pois permitiria à indústria çarvoeira viver "Hanson's American Letter",
num nivel de produção razoável e numa emergência abastecer
integralmente as usinas siderúrgicas nacionais. — Nâo devemos
vivei. Com a ustulação da pirita surge um subproduto oxido de
ferro que poderá ser utilizado nos fornos altos de
Prevendo esta hipótese, a lei que criou o
Santa Catarina.
"Plano
do Carvão
mento nacional, deve deixar-se
integrar emocionalmentc no pro-
cesso do desenvolvimento, irmã-
A
octra puhlicação norte-americana
de assuntos econômicos, afirmou
em são paulo
esquecer que Volta Redonda foi construiria para consumir integral- recentemente que o governo nor-
mente carvão nacional e por algum tempo este objetivo foi reali- Nacional" estabeleceu uma dotação para a construção de uma nado com a massa que luta pela
zado, modificando-se esta política por razões econômicas e nao usina siderúrgica na bacia carbonífera catarinense, coisa que acon- satisfação de seus interesses", te-americano de Eisenhower de-
veria abrir um inquérito sôbre as
o braíãO. dê umo
tece em todos os países do mundo. — É urgente o estabelecimento declarou o prof. Álvaro Vieira
técnicas. nn_
destas duas indústrias essenciais ao desenvolvimento do pais, Pinto, do ISEB, em conferência atividades do sr. Henry Holland Hospeaagem sobre
Como. portanto, criar um mercado para consumir 8UU.UUU a favor dos trustes petrolíferos
toneladas dé carvão vapor? isto é, a produção de enxofre e do aço em Santa Catarina, uti- patrocinada por êsse organismo
lizando, integralmente, o carvão nacional e o minério resultante c pelo Diretório Acadêmico da na América Latina, pois tal ati-

4
Não fosse a falta de uma consciência industrial no pais. ja vidade vinha prejudicando as
teríamos êste mercado. - Com efeito, em 1953. foi apresentado da ustulação da pirita. Faculdade Nacional de Engenha-
Em resumo, Sr. Comandante, as necessidades da Indústria ria. Ao Instituto Superior de Es- boas relações dos Estados Uni-
à LIGHT AND POWER e na presença do então Ministro da dos com os demais países ame-
Fazenda, Sr. Horácio Laíer, um projeto para que esta Cia. cons- carvocira. indústria essencial ao desenvolvimento do pais, poderão tudos Brasileiros o Brasil deve
ser abaixo resumidas: atualmente a interpretação mais ricanos. Ê muits ingeniuidade.
truísse em Santa Catarina, em vez de Piratininga, uma usina de Ignorará, por acaso, a
"Hanson s
200.000 KW que abasteceria o parque industrial de São Paulo. 1) Aquisição imediata de 5 ou fi locomotivas para a Estrada objetiva e precisa de seu desen-
de Ferro Dona Tcreza Cristina, a fim de possibilitar o volvimento econômico, que tem American Letter" que o atual go-
sJ Ficou demonstrado que esta usina, além de representar para vêrno americano, mais do que
abastecimento de carvão para Volta Redonda. seus pontos básicos no naciona-
o pais uma ponderável economia de divisas, cerca de 10 milhões qualquer outro, está intimamente
de dólares, anualmente, produziria em cruzeiros um KW H mais 2) Construção na bacia carbonífera de uma usina tcrmelé- lismo e na industrialização. O lhe oferece.
"fuel-oil" trica de 250.000 KW, na 1* etapa, para abastecimento de ligado aos Interesses dos trustes?
barato, em São Paulo, do que a aerada com pela futura prof. Álvaro Vieira Pinto, que * * om ambiente
São Paulo e. conseqüentemente, anulação da autorização responde pela seção de filosofia em
usina.de Piratininga. - A LIGHT concordou inteiramente com
os dados técnicos, mas objetou que o fator determinante seria o
tempo pois o estudo da localização desta usina em Santa Cata-
obtida pela LIGHT para ampliar Piratininga e transfe-
rência desta autorização para a construção desta usina,
do ISEB, vem procurando de-
terminar a ideologia específica
do desenvolvimento econômico
Foi criado o Escritório Técnico
das Bancadas do Norte e do
Nordeste, que assessorará os tra-
PRÍNCIPE orist ocró.ieo 101
luxuosos e moder*
nna reoresentava um atraso de dois anos, no fornecimento de pela LIGHT. em Santa Catarina.
3) Elevar para. pelo menos, 50% a mistura de carvão nacio- nacional. balhos dos parlamentares daque- nissimos apatío*
200.000 KW a São Paulo uma vez que o projeto de Piratininga * * Ias regiões do pais. O sr. Se-
nal, nos fornos altos, de maneira a possibilitar, nos casos
iá estava elaborado. - Acordou a LIGHT que a próxima usina verino Sobra, primeiro diretor menios-
térmica a ser construiria seria em Santa Catarina. — Não cum- de emergência, o consumo integral de carvão nacional. Embora o Sputnik II volte a
¦ 4) Construção imediata de um complexo Industrial no sul colocar em primeiro plano o pro- executivo da entidade, declarou
prihdo. ou melhor não cumpriu sua palavra, pois. sub-repticiamente. catarinense — fábrica de enxofre e usina siderúrgica — blema dos satélites, das viagens algumas verdades, que nós. como
fêz aprovar em 1957. pelo Conselho de Águas e Energia, sem
ouvir o Plano do Carvão Nacional, o projeto de ampliação da já previsto pela lei que criou o Plano do Carvão Nacional. interplanetárias e da modifica- queremos corroborar.
paulistas,"Aqueles
'fuel-oil". 5) Amplo apoio governamental às medidas solicitadas pelo economistas e
usina de Piratininga. que utiliza importado, para 450.000 ção das relações políticas entre Disse:
Plano do Carvão Nacional e um melhor entrosamento Ocidente e Oriente, entre Esta- autoridades que defendem a aten-
KW. — Em brilhante exposição no Senado Federal, o Sr. Alen-
castro Guimarães, no dia 12 de setembro passado, demonstra o entre os diversos órgãos públicos, buscando uma raciona- dos LInidos e Rússia, em face do ção quase exclusiva para as re- recentemente inaugurado
medida da lização no processo de desenvolvimento. fabuloso progresso tecnológico giões desenvolvidas do pais. nas
grande prejuízo causado à nação por esta impatriótica São estes, Sr. Comandante, os anseios do povo do Su] do desta última, a tensão no Orien- quais o índice de produtividade
LIGHT. aprovada pelo Governo. — A transferência dessa usina
de ini- Estado de Santa Catarina e temos certeza que, depois da visita, te Médio não deve ser esqueci- é mais compensador, são os mes- bor • restaurante
para Santa Catarina, isto é. a construção de uma usina onde os alunos terão oportunidade de, in-loco, sentir as suas ne- mos que vão bater às portas das
dalmente 250.000 KW. nas bocas das minas, cora o objetivo de da. Usando de um tipo de pro-
•abastecer o mercado de energia elétrica de São Paulo, resolveria cessidades e a sua grandeza, teremos em Vs. Exas. incansáveis paganda esquisitíssimo, para não nações capitalistas, das organi-
o problema do carvão até pelo menos 1964. Daí por diante, a batalhadores pela estabilização da indústria caivoeira, marco de- dizermos contraproducente, os zações financeiras internacionais,
demanda de carvão metalúrgico exigida pelas siderúrgicas na- cisivo para a emancipação econômica do Brasil." Estados Unidos, através de seu a defenderem a tese de'que os - tel. 57-0181.
governo e de suas agências te- povos em apogeu de desenvolvi- õveofda são João. 1072
leg-áficas, insiste em declarar que mento devem atender às nações

-*<- krSyTft»-»-gífe«irtfe'irtiBW»»!ã-ã fka^&safetii^.'l.l.T..lfc.


PÁGINA 7 • l.o CADERNO
CINQÜENTA DIAS ATRAS DA CORTINA
PRAGA: PRIMEIRA ETAPA DE UMA VIAGEM
POR QUATRO PAÍSES DA EUROPA ORIENTAL
CHEGADA EM PRAGA, A CAPITAL DA TCHECOSLOVÁQUIA - OBJETIVO DA VIAGEM: CONHECER O
MUNDO COMUNISTA - O ITINERÁRIO: PRAGA, MOSCOU, KIEV, BUDAPEST E BELGRADO -
 verdade sobre o ditador de Portugal
Salazar: MISTIFICADOR
DA NAÇÃO PORTUGUESA
1 OPINIÃO pública mundial cofneça a Insurqlr-sí contra as rtls-
tifiesçôís salaüarlstas; ho|e, fòràm parlamentares, chefes de re-
dação de revistas e (ornais britânicos, amanhã outros se pronunciarão.
"estadista
Assim, o de Santa Còmha' acabará por aparecer aos
olhos de todos como um fanático cruel, apegado ao propósito de
eáíofldèr o fracasso do seu sistema corporativo, Insensível ã dô-
lorosa realidade da sua experiência, obstinado na conservação do
poder pessoal.
Temos tido o cuidado dc anofof as palavras fnai.s, concludentes
dós seus discursos, mormente aquelas que sc reportam aõ periódò mais
despreocupado da Sua gestão, não nós surpreendendo, portanto, o
desrespeito pela instituição do sufrágio que impediu, mais uma vez,
ÔÍ democratas dê irem às urnes.
Em 23 de novembro de 1992 assim sé pronunciou o opressor do
povo português:
"..
,os que não concordam, po-
dem ser Igualmente sincero» -a—
dignos, confessando » sua dis-
cordânda, são mesmo livres dè
proclamá-la; mas, que respeita a
uma atuação política efetiva, le-
vá-los-emos pelo melíior ínodó
jsosefvel a que nos não Iflcómo-
'dein
demasiadamente."
Noutra oportunidade, acres-
•éntava:
"Nem
en posso comprometer-
me a executar idéias que nSo se-
(am m minhas Idéias, e a rea-
ltear m aspirações nacionais por
processe* que não sejam os que
sSo WtjSoS»» p*la mirthá cons-
déiWti < pélé ta** tefliflêfàmen-
to."
ÜALAZAft: ÔITADOft
FASCISTA
AjièsSH' él vitória dás démò-
Ciadas, das obrigações contraídas
por Portugal, como
membro da
ti. N. 0„ as Idéias antidèmocrá-
ticas ia ditador continuam a nre-
Vàlèceí, impedindo a solução pa-
«fica do problema português
através di eleições livres, de elei-
çÕeí que correspondam, sem «o-
fisma. à vontade da Nação.
A abstençüo doí democratas
foi ditada, em face das recusas
sistemáticas *« garantias sollcl-
íadás, pela necessidade de fazer
.compreender ao Mundo Livre de
que em Portugal se chama elei-
ções ão que não passa de no-
meaçAes.
Õs nossos correligionários apro-
veitaram o afrouxamento tempo-
rário da censura para, com lon-
váVèl destémor, porem em con-
.frôntò õ rtfvel econômico, social,
político e cultural dé Portugal
cani ó doí pàiseS dã Europa Ôcl-
dental e Setentrional, Onde do-
mina a democracia e se respéi-
tam os direitos dô Homem e do
Cidadão.
Dessa comparação, dessa aflâll-
se extraímos os seguintes dadnç,
qué completam alguns )á ptiMi-
cados:
A SITUAÇÃO ECONÔMICA
DÊ PORTUGAL
' O cófisumõ de proteínas dn
pòvft português, segundo uma
frase célebre e rigorosa, é de
tím cálice de leite por dia, um
htfé por semana, tfti ovos por
mfs e uma galinha por ano,
"Com
efeito a capitação do con-
sumo dã carne é, pôr ano. dr 15
¦kgs (nos Estados Unido», nn Ca-
nada. riã Suécia, na Inglaterra,
na Franca, na Alemanha Oriden-
fal é. respectivamente, He 79. 77,
51.; fiO, 71 e 40kqs). A do leite
e derivados não chega a um litro
por mês. (Na Suíça, na Ingla-
terra, na Suécia, na Dinamarca,
na Alemanha, na Bclaira c. rrs-
pecfivamente. de .''4. 25. 23, 20,
13 e 8 litros).
Do produto liquido da ãtlvl-
dade industrial, só cabem 3">%
* remuneração Ho trabalho, ab-
Sorvendo o capital os fi1% res-
tantes. (Nas democracias ori-
dentais. a prnnnrrãn é. rrspecM-
AV. PRES. VARGAS, 502. 8o — TEL. 23-3711 — RIO DE
Junto a esta remeto a importância de CrS 200,00 (duzentos
em vale postal cheque bancário registro
à ordem de O SEMANÁRIO S. A,, correspondente a 1 ano de
NOME
1'ROFISSAO
ItUA
CIDADE
J;,yia.ait 1 ¦ ^j.:----^ >.----.-».-¦-¦-
O." de uma série de reportagens de EDOUARD BAILBY, enviado especial de O SEMANÁRIO)
vãmente, de 70 e 30%).
—O-rendimento-mensal-Hispofll«—
vel é absorvido cm média pela ' do orçamento
alimentação, numa percentagem
de 75%. Nós outros países da
Europa, essa percentagem varia
éfltre 40 è 60%.
Em 1958, a capitáção da enér-
gia elétrica deverá sèr dc 254
kW por ano, segundo os planos
estabelecidos. Entretanto essa ca-
pitaçãõ, em 1949, éra He 2.000
kW na Suécia e 5.000 kW na
Noruega.
As despesas orçamentais re-
vertem para fins militares cm
cerra dé 30% e pára fins He edu-
cação em cerca dé fi% apenas.
A eniigração ria Metrópole
sangrou o pai* etii 50.011 indi-
viduós. no anó dé 1954.
A dívida ptiblicà, íiô fim do
àno transato, éra dé mais de 14
milhêes d» contos.
No relatório do Banco de Por-
tugal. relativo ã gerência de 1954,
diz-se gue as finanças públicas
continuam equilibradas. Ora, um
quadro incluído no relatório das
Contas Públicas de 1<>55 (Diá-
rio do GoȐrno, suplemento II,
série rt' 127, de 28 de maio de
1Q5rí, pág. 3.723) mostra que
só tios anos de 1954 e 1955 o
déficit das receitas ordinárias re-
lativamente ãs despesas totais foi
de cerra He 7 milhões He contos.
DÉFICIT DA BALANÇA
COMERCIAI.
O deflrit He nossa balança co-
mèrclal, no primeiro semestre de
1956. foi He 1.93.3.187 contos: e,
nó mesmo período de 1957, de
3.502.482 contos.
Rcsta-noS assinalar que o nivel
de vida das populações de todas
as nações democráticas européias
não só se refez do desgaste de
uma guerra e ocupação terríveis,
crtmó ultrapassou o nível anle-
rior ã guerra, enquanto que o
dos portugueses é. hoje, inferior
ao que desfrutavam há 30 anos!
A ética adnilflistrativá do re-
gime parlamentar, cm voga até
1926. dava Inteira liberdade den-
fTu da lH p ria mnral. «.í-ndo ho-
nestlssima a gestão dos dinheirns
públicos.
Pois. apesar desta verdade in-
contestaria, a chamada União Na-
cional, em resposta ao manifesto
dos democratas He Braga, in di-
vulqado fiesta.s colunas, enviou
aos jornais um comunicado em
que, entre outras aleivosia.*, àfir-
ma. mentirosamente, que a Repú-
blica, durante anos seguidos, não
teve orçamento, nem apresentava
contas a tempo e horas. Ora, nm
dos primeiros atos do jovêrno
Provisório foi promulgar medi-
das que tornasse a Contabilidade
do Estado isenta He habilidades
e (á em 1913 fora possível ao
Ministro das Finanças. Dr. Afòn-
so Cosia, apresentar nm orçamen-
tó equilibrado, sem aumento subs-
tancial de impostos. Era caso
tão inédito qur 051 advprsários da
República procuravam, por to-
dos os meios, desde a blague jor-
nalistjca t nuadros He revistas.
0 SEMANÁRIO
ASSINATURA
ESTADO
iidtwítÀti *<¦
DE FERRO:
levar o pais a ver nisso nm érn-
buste.
Contudo, no ano seguinte, con-
firmava-se o equilíbrio das. cón-
tas públicas e o próprio Salazar
mais tarde o reconheceu. Se nas
onze gerências He 1916 a 1926,
como afirma o comunicado, os
saldos negativos somaram 1,839
mi, contos, não temos no exilio
uma sábia maneira dc controlar
c.<5í»<; números -— isso sc deveu
á intervenção He Portugal na
guerra dc 1914-18, que foi custea-
Ha pelo pais, sém qualquer au-
mento de impostos. Porém, iá
quando o Exército assaltou o go-
-\rêrnoT~em—28-5~l
926—q—déficit
em discussão para
o anó seguinte era apenas de
80 mil contos, que sé esperava
que fosse compensado pela re-
' 1
rcita dos tabacos, cujo .nonopó-
lb ia fundar.'
Foi a companhia dós Tabacos,
para não perder êsse chorudo
monopólio, de que era crõnicn
detentora na.- últimas décadas Ha
monarquia, He mãos dadas com
outros potentados econômicos —
Ranço Nacional Ultramarino e
Companhia dos Fósforos, todos
em véspera He rigorosos inqué-
ritos, |á votarios pêlo Parlamcn-
to— quem mais contribuiu para
ó gõlnê militar He 2R He maio
de 1926. O chefe Ho Estado-
Maior Ha revolta éra um dos
administradores riêssès órqãos po-
rlérosó". é um Hos primeiros atos
Ho governo revolucionário foi en-
tréqar-lhê. He novo, ó neqório.
embora dividido com outro pa-
trorinador Ho movimento.'
Em pouco mais He um artõ. o
governo, saído Ha revolução, éle-
vou o Héfícit fiara mais dé 800
mil contos!
A MISTIFICAÇÃO-
ELEITORAL
Foi. então, que acharam o as-
tuto Salazar.
"Mano
Que fêz êste"Messias das Fi-
flànçâs", êste He Santa
Crtmba"?
Multiplicou por 4 e 5 a* eôn-
tribuições!
Não houve, então. Ha parte das
classes conservadoras, do Co-
mércio e Há Indústria, as cõstu-
méiraS reclamações que se fa-
"iam, sempre que ó Parlamento
íe propunha lançar ou aumentar
qualquer imposto.
A rolha da censura e o mído
Ha polícia política não as eon-
sentiam.
A uma aritmética, a unia Sim- "o
pies multiplicação se resume
milâgfê" do falso estadista, que
havia He gerar tamanho deserrui-
líbrio econômico e social.
Ufano com os resultados obti-
dos ao fim He dois anos da sua
"o
administração. SÓ apregoava
bem que temos agora", dòmons-
trando assim, inadvertidamente,
que -ãs dificuldades vencidas e
que afligiam a Nação eram mais
aparentes do que reais.
Três décadas são"bem decorridas,
que te-
já não se fala no
mos agora", e para que desabe
tôdá a estrutura do Estado, em
face do descalabro econômico e
social, é necessário manter in-
tangível o poder pessoal.
Em obediência a êste Impera-
tivo. lá foram nomeaHos 120 mer-
cenários, que Salazar mandará
"arrumar"
na Assembléia Nacio-
nal. depois He os afinar em sur-
Hina. para melhor obedecerem à
batuta ditatorial.
Eis o que determina e no que
consiste a mistificação eleitoral
com que nos brinda, o tirano, de
quando em vez.
FERNANDO QüElROGA
JANEIRO
cruzeiros)
com valor
assinatura
. . -,..,TT?-...
O SEMANÁRIO ANO n NUMERO 84
-¦•li
Pan ora mja^innt^rn acionai DESENHO
ANIMADO
Gostamos do «sensacio-
nal» discurso de Eisenhoiyer,
no dia 7 de novembro. Imá-
¦
ginem que os Americanos
conseguiram lançar a cen-
tenas de quilômetros de ai-
tura um balístico Interconti-
nental que voltou «Intacto».
E para que ninguém du-
vldasse do feito, o Presi-
ANZE horas da nõlte. Unia chuva torreflcial lava as ruas He DE PRAGA tA BET GRADO viàj lá permaneci umá semana
*^ Praga. Pelo antes de regressar a Paris.
portão central da estação ferroviária vejo alguns Passei cinqüenta diu no rrtun-
carros passar a toda velocidaHe. Em torno He mim centenas dc Ém 'ôda a minha viagem
do comunista. Cerca de umá
pessoas aguardando um amigo óu a partida de um trem. Não através da "Cortina de Ferro",
semana na Tehecoslováquia e
séi o que fazer. Já tentei falar com vários tehecos; ninguém entende procurei sempre evi'ai as visi-
o francês óu o inglês. O jornalista gue devia estar ã minha espera
não apareceu. Procuro novamente o papelzinho no meu bolso:
Voscelova, 3... A estas horas a sede Ha União Internacional dos
Estudantes deve estar fechada. Hospedar-me num hotel? De que
mais He um mès na União So-
viélica onde conheci Moscou, a
capital, e Kiev, centro cultur.il
e político da Ucrânia. Depois
tas oficiais e os encontros com
personalidades governamentais.
Não me interessava conhecer o
melhor kolkoze. a mais linda
segui para Bsjdapest onde pas-
jeito? Não tenho uma coroa tcheca comigo,
Dè repemte aparece um ra-
paz. Está conversando em fran-
sei algumas horas somente. Dei-
xei a H^ngrit e íui a lugoslá-
escola. a maior fábrica. Nos li-
vros editados pelos governos
comunistas encontran» todos os
dados e todas as explicações
cês com dms moças. Minha que eu qtiizesse. Eu queria co-
nhecer o povo saber como êle
salvação ¦"¦'¦"¦ '¦¦¦¦¦¦''¦'¦
i Íí '-:" Wm 1 vive. o que pensa, como reage
O senhor pode àjudàr-íriè. Eisenhowet gostou dà piàát,
diante dos problem;.» interna- "Se
Acabo dc chegar ae Paris é subiu, ninguém sabt, rtirl-
cionais. Queria fahr com os
quero encontrar * delegação guém viu..." Exceto os Ame-
ào Festival operários com os camponeses, ricanos evidentinierXel ¦*''
brasileiro que vai
com os estudantes, com os jor-
da Juventude em Moscou. '¦ ilL-Sliá jdp^'" wÊmÈÈÉ nalistas. Queria anda: á vonta-
Uma hora depois chegava
num colégio, situado no alto de
uma colina. Sempre com a chu-
¦ " '
dc, ir oude eu bem entendesse,
viVtar os jardins de infância e
dente dos Estados UrtlddS:
da América do Noftè àfir»-
WmA
pi, áPB
va caindo. Pouca luz na entra- as coisas que esi escolhesse. Sem sentou o objeto áos tèlêê-
intérpretes perto de mim. Eu
da. Mal desembarco do ônibus pectadores... i\
sozinho
ouço um "Puxa vida" bem bra-
sileiro. Dotj um suspiro de ali- Neste ponto creio que a mi- Para nós tudo não passa'
vio! Terei onde pasrar a noi- nha viagem foi muito provei- de uma grande farsa! Di
le... tosa. Graças ao VI Pestival da forma que aceitamos defi-J
¦ "iA\ '
UMA VIAGEM INESPERADA Juventude, que possibilitou um nitivamente o nome dá
Quando me informaram, fio I @«Si»i wL^>«$m $$$$$''• > clima ideal para os contatos e
as discussões, pude passear, ob-
«Conceição» para o satélite
americano: «Se subiu, nirl-
Rio, de que o VI Festival da
\WWÊÈ:'iaWÊsmmriÊHffl~' i*sL ! »* émSEmWÊBi
Juventude e dos E»,'udantes h servar, falar, discutir ouvir... guem sabe, ninguém viu.,.»
Será que os Estados Uni-,
ser realizado, em Moscou, em Muitas vezes recusei ir a um
pilho de 1957 reso'vi imedia- ^ espetáculo de ballet ou uma dos perderam a noção dti
y, WL\mm\\\wmSlWK^rK^^WiT^mmmWSnt' W''{WÊVÊÊWw^ÊGk
festa para poder entrar em con- dignidade e quérern cair rrô
amente aproveitar a oportuni-
dadc para conhecer os países WBÊ mtMmWE w&%síM$y&Lw- - ¦WMÊ^SaW^^^SÊaW tacto com os moscovitas. Lem- ridículo? Mesmo que eles ti-
vessem lançado a tg2 de bo-
.trás da "Côrtina de Ferro". Já bro-mc ainda- certa noite deixei
linha «a centenas e cente-
conhecia toda a Europa Ociden-
tal mas ainda não tinha pene-
'.rado no mundo comunista. Dei-
WÊm' • liS de aplaudir Galina Ulanova, a
bailarina internacional n.° 1,
para poder discutir em plena
nas de quilômetros», per-
guntamos: «E dáf...» Grári-
de vantagem! Òs Soviéticos
.sei de lado Iodos os meus pre- Praça Vermelha, com um gru-
po de cinqüenta pessoas. Dessa já têm dois satélites!-; .. .-.
conceitos c procurei o Comitê
discussão trouxe mintas obser-
encarregado He organiz-.ir a de-
vações interessantes.
legação brasileira ao Festival
Ja Juventude. De que adiantam o progresso
Você terá de pagar cinco científico as barragens hire- Não queremos mèriospfè'-
contos e viajar por seus pró- létricas, as usinas atômicas se zar' o.s esforços ciérltlflísMt
nrios meios até Prag-.i. Depois o povo t infeliz e escravo do rios Estados -Unjdo.s- Miti',4.
trabalho'/ Dé qu< adianta saber lançamento rios dois «sput-
você se juntará ao nosso grupo
e i'ido ficará de gra.*".
'^F1' que a produção aumentou de
Oflí em cinco anos se as crian-
nik» vem provar que, a
• União Soviética também é
$ •! •','/!-vi'!
Aceitei! Queria ir de qual-
ças morrem de fome nas ruas? capaz do reáiizar grande*
quer forma à União Soviética.
Precisava conhecer a "Cortina
'Emitir' ftflíP^ Queria conhecer o povo, sòmen- coisas. Portem dizer 6 qüé
'
te o povo. Foi o que eu fiz du- quiserem; o fato é rjUé
rie Ferro" e s.iher o qne se esta- ranle cinqsienta
dia» aqueles satélites artificiais
»a passando por lá. Dizer: "E' passados
n0 mundo comunista. Náo pude atrapalharam os plárlos.í*
utn inferno'' ou "E' um párai-
»o" não tinha sentido. Detesto mWÈm>~ '-'l ¦HHH| estudar iodos os problemas mas
cheguei a algumas conclusões.
muita gente. Inclusi-tre do*
impprialistas que
as fórmulas prontas e as ópi- préfért-
São essas impressões de viagem diam atacar i Síria, Flc*râ«í
niôes extremistas. Sou como
que eu transmitirei com toda a apavorados,
São Thomé P-eciso ver para fraga, a capital da Tehecoslováquia, ê uma velha cidade. Sempre objetividade aos leitores de O
crer. os poetas cantaram 4 beleza de suas torres e de jna.s igrejas.
SEMANÁRIO.
' '
mmmmmaaaawmammammakpetai i i, m nii-i---imu.iiLiiji-ii.il i,,i ., , ii i i i M„,
Ja
EM 30 AMOS DE BONS SERVIÇOS
demos milhores de voitos ao redor do mundo, sem sairmos de caso,
padronizando pontualidade e conforto!
Trint* iftt» de tervi-M prexadot. Trint» aoOk dindn. ' ee-n-fceo tmtg-M • «protlmatmo
tjurlsnáo * abri» e oes-nvorte» centrei <}e inniflL Tri-M tna teleciaaanda técnico* e
tiOméme. e progresso por esse Brasil imenso. treinando piloto* Trinta mo* merecendo
r$ •ffof An tt As/*, eom «r<Sa n-paf am
immt, <¦ froui </• OCI • Cmmtr-Sé»
tfa CRVZEIRO OO SVU unindo um» Imnm
',
•
'.
ti» i. tiiaict bntiUm. timm «ma ouJIst». ;
Trint* anos decolando e aterrando nos maia confiança qne i- amplia. Trinta anos voando traj**» tqvJmUnf • "n/u • «ufa áilrtam.nu •
longínquos recanto» do pais transportando dia a norte ajudando o norte • k encon- as faatar «a mundo", foamsj *m M anM, N*4M
km d> raptou. BOatmalidaiu • mrjtrtot
'.
J
íui.jum»» e cargas, passageiros e eorcespon- trar cota • Suil
SEHMCOS AEREOS.CRIJZE3B0 DO SUL
** "* **** m ' T* c'ÍOí0 ~ ** wb "l"»-. 26-A — M 33*7000 a <2»<0«0 t 20*
1927-19574 é
ci cemn **t>fc-
^^ffW^B:
¦*a-a-nM>-r>>aM*>a-ai>aMr>>-4 < "i-(°u
^^»p—»M»»,g^.^,.„—^^^^^Jgg^XlIll
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A INDÚSTRIA NACIONAL EM NADA f INFERIOR À ESTRANGEIRA - COMPRE ARTIGOS NACIONA
^^,
lll§fe
O satélite artificial dá Ter
Leva 1 hora. 42 minutos e 42 segundos para dar volta à Terra - Foi lan-
çado (segundo os americanos) do Mar Cáspio ou (segundo os russos) de
Vorkuto - Gasta combustível novo e poderoso - Combustível talvez seja
"Ovo
um simples de Colombo" - 0 perigo das radiações
Reportagem de EDISIO GOMES DE MATOS
Estava o mundo ainda sob os efeitos do violento impacto cáu-
sado pelo Sputnik I e os russos, na madrugada do dia 3 dc novembro
(provavelmente às 4 horas), elevaram às "Cjrande-Sputnik",
cas, numa distância dc '1.680 km, o seu
ainda mais aperfeiçoado que o anterior, pesando 508,3 kg c transpor-"cão
tendo um ser vivo, "Damka
a cadelinha da raça ."f.àik.i" (.siijíiHiiiá
esquimó) chamada
PONTO Dl- PARTIDA
O Sputnik II foi lançado, se-
gundo acreditam cientistas
americanos, do Norte do Mar
Csspio na dilieção Sul-Norte,
com inclinações de 65 graus
sôbre o Equador ou, conforme
declaração de especialistas
russos, de Vorkuta, nas proxi-
unidades do Circulo Polar Ar-
tico.
Ê PERPÉTUO
O «Grande Sputnik» dá a vol-
ta completa ao redor da Terra
em, exatamente, 1 liqjl, 42
minutos o 42 segundos.
Sua permanência na órbita é
teoricamente perpétua, porque
na altitude em que se encon-
tia praticamente não existe at-
iiioslera e sua velocidade ....
(28.800 km horários) não sofre
redução, equilibrando, assim, o
seu peso.
EXTRAORDINÁRIA POTÊNCIA
O peso do foguete (completo)
está entre 80-100 toneladas e
a potência despendina para
elevar todo o conjunto (4 se-
ções, sendo três do foguete e
uma — a ogiva — o satélite
propriamente dito) na vertical,
até 800 km, foi tal que daria
para movimentar um trem de
320 mil toneladas, segundo dc-
clarou ao jornal «Vctcliernia
Víoskava». o professor Homad'-
ne, da URSS.
De resto, o mecanismo de
lançamento foi, em tudo, sem<-
lliante ao anterior. O primeiro
estágio desprendeu-se quan-
do o foguete atinqiu a veloci-
:>ade 2.5 km/segundo e altitude
da ordem de 250 km. Na se-
gunda fase sofreu o foguete
impulso da ordem de 6 km/seq,
atingindo 90(1-1100 km de alti-
tude e, finalmente, a terreira
e última etapa colocou a ooiva,
com velocidade de 7.9 km'se-
gundo na sua órbita. O satélite,
que é cilíndrico, possui um mo-
vimento de rotação em torno
de si mesmo, é diriaido pelo
rádio e transDorla instrumen-
tos eletrônicos, além de um
-¦ompartimpnto Dressurl_a'*n,
-•om ar
ponrIMonndn. owIp ^h
encontra ctLBikn»» P.ssp co»>-
oartimento é munido, êle nró-
orio, de um foguete radlocon-
trolado (ou uma cstaDUltal que
'«everâ enviar 8 Terra, de vol-
¦ experiência
ta. a cachorrinha.
SOU'("\<> (PRATICAI DE
PROBLEMA CLÁSSICO
Teoricamente, a colocação de
satélites ao redor da Terra é
nroblema de muito tempo rr—
solvido pela Matcmátira e Fl-
sica Teórica. Bastava impri-
mir-sp ao objeto velocidade que
anulasse a ação da forca de
^tração da qravidade terrestre.
Misses cálculos diziam que. para
*s
cnlnracão Hp um «;»t*Hte
.......
• 7:7\-7\^^mm^"-M
instituído pela ogiva de um poderoso foguete. A cabine onde está encerrada a cadelinha tripulante atua-.
compartimento de instrumentos de. bordo e i iiiecanisinu de aceleração do foguete.
altas camadas estratosféri-
engenho
qualquer em sua órbita, seria
apenas necessário dar ao im-
pulso energia cinetica da ordem
de 7.9 km por segundo, no
mínimo. E' isto uma simples
conseqüência da «Lei da Força
Centrífuga».
De igual maneira, para se
atirar à Lua ou a um planeta
qualquer um foguete, cientistas
de lodo o mundo determinaram,
através da Lei da Conserva-
ção da Energia, que a veloci-
dade mínima a ser imposta ao
rrojétil não devia ser inferior
a 11.2 km/segundo, ou melhor,
com tal energia cinetica o ob-
jeto escapa da órbita em que
estiver o, independente du
qualquer combustível ou torça
propulsora, se desliga do campo
gravitacional da Terra, ganhan-
do o espaço infinito, em velo-
cidade que permanece cons-
tante até sua aproximação e
penetração em outro qualquer
campo de gravidade da gala-
xia a que pertence.
Isto posto, restava encontrar
a maneira de dar propulsão
adequada ao objeto. Foi o que
os cientistas soviéticos conse-
gulram, não se sabe ainda, ao
certo, como.
NÁO Ê IMAGINAÇÃO
A descoberta russa (talvez
um simples «Ovo de Colombo»)
possibilitou a realização prá-
tica da audaciosa aventura: um
foguete à Lua já foi encami-
nhado ou está prestes a ser.
Qual teria sido o combustí-
vel empregado?
O autor desta reportagem
consultou todas as fontes pos-
síveis e entrevistou numerosos
cientistas patrícios, mas ne-
nhum soube, entretanto, escla-
tecer, a não ser aproximada-
mente, a qualidade do material
empregado nas sensacionais ex-
porlências,
A revista soviética URSS
n." 55 publica entrevista de
um especialista russo em fo-
guetes, na qual é feito men-
ção a uni stipercpmbustível
«termoqulmico».
O prof. Luiz Marques, den-
tista cubano, ora integrante da
equipe do Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas, especialista
em química nuclear, eom longa
nos laboratórios
americanos de Berkeley e do
Instituto Enrico Fermi. de
Chicano, admite, também, que
os russos não se valeram da
energia nuclear (eles teriam
que transportar toda uma pi-
lha atômica de Urânio ennri-
uuecido ou Plutônio), nem de
uma mistura de combustíveis
convencionais.
A agência «Tass>. de Moscou,
revelou também a existência
dc tal «supercombu tível» e o
prof. Klachaturov. da Academia
de Ciências da Rússia, decla-
rou ser o «Hidrato de Boro» o
_. -.;... j.
SV"-;v.-vv V.:'v.:y::
¦..-...
material utilizado como com-
bustível.
Assim, resta supor que eles
inventaram, com efeito, algu-
ma coisa nova no domínio dos
combustíveis, superando a pró-
pria energia atômica.
SERIA A «11IZONA»
O sr. Joãu Lyra Madeira, Pre-
sidente du Sociedade Interpla-
notaria do Rio de Janeiro, ei-
dadão bastante identificado
com os problemas e as teorias
da moderna astronáutica, admi-
te, por seu turno, que os so-
viéticos conseguiram realizar
um combustível à base de Hi-
drogênio. A explicação que êle
dá não é Inverossímel. Diz que
os russos podem ter conseguido
«fazer» o Hidrogênio divaler.te
e. desta forma, ligá-los numa
molécula de três átomos, for-
mando novo e insólito composto
químico, semelhante a Ozona
(que tem três átomos de Oxi-
gênio) e chamado «Hizona».
A «Hiizona» seria, assim, o
combustível empregado nos
foguetes russos, com êxito es-
petacular.
Confirmando essa suposição
Yíff iSsB
m JÊÈM&
V_t£__»£ _____!
BjB ^Et Jn^B
I __f__B
__¦ i
Prof. Luiz Marques [cubano), ora trabalhando no Brasil (Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas) disse qi/C os cientistas soviéticos aplicaram, para lançamento do
satélite, a clássica Lei da Força Centrifuga
•- ¦ • \""* .-ll.^-VÍW.BJBI.íi ".;T*
o prof. João Cristóvão Cardoso,
catedrático de química superior
e físico-química da Universi-
dade do Brasil e Presidente do
Conselho Nacional de Pesqui-
sas, disse que em 1929 houve
tentativa de realização da Hi-
zona, mas o composto resul-
tante era muito «instável».
Desde essa época nunca mais
ouviu falar du «llizona».
A LUA EM 10 HORAS
A distância Terra-Lua é de
384.404 km. Um foguete a ela
destinado, com a velocidade mi-
nima de 1.1.2 km/segundo, ou
seja, 40 mil quilômetros por
hora, levaria, se a velocidade
B^^mÍv ^^BPv-
S^7 "KSi-''?&í&Êê2zi -i**&í____________________fl
HpP*"^
' ¦ w§
___¦
_r
ICA ABRE
IDADE
¦com' rnipiiòncmuí
na parte central, entre o
Esta outra fórmula, deduzida da
Lei da Força Centrifuga, estabe-
/ece a energia cinetica necessária
à gravitação dos satélites da
Terra.
fosse constante, pouco menos
de 10 horas, isto é, o tempo
gasto pela Panair do Brasil
para cumprir a rota Recife-
Dakar.
O prof. Luiz Marques disso
que, dependendo da trajetória,
o foguete à Lua levará entre
10 a 24 horas.
PERIGO DAS
No espaço interplanetário há
dois tipos de radiação: a soiar
e a cósmica. A primeira é mais
perigosa que a segunda, pelo
seu efeito instantâneo, enquan-
to que a radiação cósmica pro-
duz efeitos a longo prazo, cau-
siindo as mutações genéticas
~lllliraBI
::'':-'"^1m|| l8_r______|
noHra
~~>-**m H
^^HS
'"
'¦¦'•'¦
' ^<^Êà
i—
-,<*.¦>:¦¦. ¦-,-__,.-,,
*'"•*¦*¦'*,
Foto (oficial) dx> primeiro via-
jante interplanetário, a cadclinhu
"Samoyedskaia
da raça Laiha".
Pesa 20 quilos e tem 50 cen-
timehos de altura. O pequeno
viajante do espaço é fotografado '¦'¦'¦¦ '¦'''''".
¦¦•*'-¦ y<j__fi__P :/¦ "^íáw' '
aqui cum uma parte dc seu equi-
pamento interplanetário.
___H(|HlM0r%rM^r|__iHtMrH__^
V-yZffM
*+0*m$m0 ¦!!¦___¦ ¦!*<_,¦ -|_~i "~
.4 fórmula acima, deduzida da Lei dc Conservação de Energia dá, precisamente, a velocidade (mi-
uima. de escape, em linha reta, de um projétil disparado da Terra. O valor de "_¦" é 980 e o
de R (raio da Terra) é 6,4 X 10 ti (dez elevado à oitava potência).
que, contudo, só se manifestam os russos houvessem utilizado melhor maneira possível íste
nos descendentes. Explica o foguete em 4 estágios teriam fato, na reportagem de hoje)
prof. Luiz Marques que a inten- alcançado a Lua. se resume na anulação da Fôr-
sidade desa radiação é mil vê- A explicação encontra-se nas ça de Gravidade. Ora, quando
zes maior no espaço sideral do Leis da Conservação da Ener- é esta força anulada e ainda
que na superfície da Torra, superada o foguete escapa, te-
gia, Lei da Gravitação Univer-
mas não produzem as chama- sal, Lei da Força Centrífuga e nha quantos estágios tiver. Co-
tlus «doenças de irradiação». Lei da Inércia. mo a única maneira encontrada
Para além do campo gravita- foi a do foguete em estágios,
cional da Terra já o homem eu disse quo uma 4.a etapa da-
RADIAÇÕES não pode raciocinaj; em termos ria ao satélite condições de ir
N. R. — Sôbre a reportagem de distância. A única condição à Lua, isto é, dar-lhe-ia velo-
que fiz a respeito do Sputnik I para que alguma coisa abandone cidade (energia cinetica) da
recebi cartas e telegramas, ai- a Terra (procurei esclarecer, da ordem de 11.2 km por segundo.
gumas de cumprimento (Dr.
Edmir e José Sobreira de Al-
MâisUmü Vitoria
meida, muito obrigado. Vocês
«sapateiam» no meu coração),
outras de críticas, outras aim.la
de protesto. Examinei com in-
terêsse os argumentos apre-
sentados, alguns querendo dei-
tar por terra fatos que apre-
sentei. O prof. Raimundo Aris-
tides Ribeiro, por exemplo, do
Ginásio Municipal de Fortaleza
(cidade que me é sobremaneira Informam as agências
tT0 Globo" cionamento de alguns de
grata, por ser onde nasci e vivi seus aparelhos".
alguns anos) disse que a repor- telegráficaa que o Depar-
tagem foi levada à sua aula de lamento de Defesa tios O projétil cm questão
Geografia produzindo celeuma
Estados Unidos anunciou era o famoso "Jupiter-A",
e que, face ao assunto então 'o
que projétil lançado no
exposto, alguns «juliosverne que os norte-americanos
mirins» quiseram desautorar o (lia 30 de outubro, no diziam ser o mais terrível
próprio Aroldo de Azevedo. O Centro de Experiências e destruidor engenho bé-
ilustre professor não encontreu de Cabo Canaveral, tinha
lico por cies alé agora
fundamento em minhas revê- sido destruído pouco do-
lneões (que na verdade não
planejado e construído.
eram minhas, estão em qual- pois do seu lançamento,
Não deu para a saída.. .
quer livro de física) de que se cm virtude do mau íun-
ODE À LUA SOVIÉTICA
Olra a lua soviética no espaço.
Sem quarto minguante, sem plenilúnio.
Criemos a poética dêsse novo astro.
Não basta dizermos que o satélite
ronda a muitos quilômetros de altura.
Precisamos dizer por exemplo: amada,
numa tarde de domingo iremos de nave
colher rosas da primavera marciana.
Olha o homem avançando para o céu.
Houve uma poesia das aventuras marítimas.
É tempo agora da poesia das viagens siderais.
Eu sei. Um colar alvo de luas artificiais
envolverá a terra, e pela noite sonhando
eu oferecerei a Valquíria, noiva minha.
HÉLIO NUNES
(Itabuna-Bahia)
' '¦***»..,-.,....
... ¦-... -. ..:¦ ^kdüiú-;

'¦-' - ¦ ':
^_________________________
1 Líder Sírio Conta a História Das Armas Russas:
PEDIMOS DÓLARES MANDARAM-NOS BOMBAS
|! |i
" **'**#^#*#^####*^#^^**^*#^«»Nâ»^^
Ficando neutros na luta entre árabes e judeus e não entravando
o nosso progresso econômico, os Estados Unidos poderiam melhorar
sua posição no Oriente Médio": HAURANI
Na sua recente viagem ao Oriente Mxclusiva
renciou com vários dirigentes árabes, e iria e do para
mouri e* Kuatly, do Egito, Líbano e Sír ntre os quais os
ral Bizri e coronel Saraj. Uma das personalidades sírias presidentes
sidente da Câmara dos Deputados da S ia e os dirigentes militares sírios,
o sr. Akram Haurani. Essa entrevista eédio, o deputado Neiva Moreira cònfè-
os leitores vão ler a seguir.
I pelos judeus mortos na Alemã-
\ ' âJU| H li í I li H. B
'¦¦Jêr
•:.y'mm\mm\ WBm ' '':':'-í4àÍ_''_-K'
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ÇSS ímM»
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HCfWyBW -...-¦:¦¦¦; ¦ ¦¦¦¦¦ ^T^j_____l_t____*___H
Eg& ^Smm
&__f__pP^i
lila -HÉk
$111 r^K^P^BI^i
O deputado Akram Haurani, com o deputado Neiva Mordia
Num dos novos bairros de
Damasco, fomos encontrar'o li"
der do Partido Socialista da Res-
surreição Árabe. Um colega li-
banes, Antônio Abjoucle, já nos
havia falado com entusiasmo a
seu respeito, c outros jornalistas
<lc Beirute pediram . nossa aten-
ção para êsse combativo e con-
trovertido dirigente sírio. Akram
Haurani tem 37 ano5 mas uma
aparência de muito mais. A luta
subterrânea, os exílios, sofri-
mentos sem conta roubaram-
lhe mui.o da juvenihdc. Seu
apartamento dc duas peças é de
uma simplicidade que contrasta
com o imenso poder que exer-
ce ele na Síria1 atual, não ape-
nas com<, lider do seu mais in-
fluente partido, mas como pre-
sidcnle da Câmara dc Depu-
lados, o que quer dizer o subs-
tittito do Presidente da Repú-
blica. Seu partido tem 17 depu-
tados e dois ministros do govêr-
no c um deles é Silah Bittar,
do Exterior que vem sendo, um
enérgico e combativo defensor
dos direitos árabes na ONU.
Ligado ao grupo militar que
apoia o atual regime, Haurani é
freqüentemente apontado nos
meios dipomáticos como o ver-
dadeiro ideólogo da nova poli-
tica. síria.
COMBATER O COLÔNIA LIS-
MO, PROBLEMA N.» 1
Antes de entrarmos num exa-
me mais pormenorizado dos
problemas do Oriente Médio,
perguntamos ao presidente do
Partido da Ressiincçâo Árabe
qual o objetivo mais imediato
da novj política do seu pais.
'Combater
o imperialismo, que
insiste em acorrentar a Síria e
os povos árabes a uma situação
de atraso. Os colonialistas acre-
ditam que o renascimento orga-
mzado dos povos árabes inter-
tere no» seus próprios interês-
ses e daí porque tentam dividi-
¦os e atritã-los" respondeu.
— O sannor quer um exem.
pio do procedimento dos oci-
dentais com os nossos povos?
Veja o .aso do Egito que pediu
i cooperação norte-americana
para a construção da represa de
Assuan e o qMe receoeu foram
as bombas dos ingleses e. fran-
ceses sobre o can d de Suez.
Conseguiu um empréstimo de
JO milhões de dólares com a
Memanha Ocidental e os mes-
mos interesses colonialistas im-
pediram que os alemães con-
.-luísscm com os egípcios a ope-
ração.
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M ¦ - ¦¦'¦ -•'¦-
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O SEMANÁRIO é a que
Partido da Ressurreição Árabe,
Nasser, Cha-
entrevistadas foi o pre-
gene-
'5S'ffflSSmS|%'"*'"
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h^ffiffi TBWInlIlMTrn ã^'"'mt
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e o jornalista libanês Antônio Abjoiicle
HISTÓRIA DE UM
EMPRÉSTIMO
O- deputado Haurani faz, a
seguir, uma longa oxposição do
problema de um empréstimo que
a Siria havia obtido junto ao
Banco Mundial, como denions-
tração dos esforços desse país
para. manter relações econõmi-
cas estáveis com o Ocidente.
Disse êle:
— Estava eu na presidência
da Comissão de Finanças da
Câmara, quando o nosso pais
pleiteou e obteve um emprésti-
mo de 25 milhões de dólares
junto ao Banco Mundial. Con-
cluídas os entendimentos preli-
minares aqui em Damasco, fi-
cou tudo assentado, depndendo
apenas de ajustes de detalhei
em Washington, parV onde se-
guiu uma delegação síria. Os
entendimentos haviam progredi-
do de tal modo que considera-
mos certo o empréstimo e o in-
cluimos na receita orçamentária
nacional, para um p'ano espe-
ciai de obras públicas. Mas o
General Ajif Bizri, chefe do Estado-Maior Sírio
e lider do pensamento nacionalista nas lòrças
armadas dos paises árabes
I - ¦
separadamente
" "VffffjpT
!?í ¦''^'"•j*«BbÉ^8l
''¦¦¦' -í*"iv.vJBR!*ffiiB ¦•S;'-.¦:
«BseSrsBe-i
'^^
pior eslava reservado. Chegan-
do em Washington, nossa dele-
gação foi surpreendida com as
condições inteiramente novas
que nos impunham. Em primei-
ro lugar, reduziram o emprésti-
mo de 25 para IS milhões c, em
segundo, o Banco exigia parti-
cipar da orientação do plano
de obra* e do esquema de em-
prego. Mesmo -a contragosto
.-.ceitámos as duas condições, mas
foi tmdo inútil porque as outras
tornaram-se totalmente inacei-
áveis para um país que deseja-
va continuar livre. A terceira
condição era o controle de cer-
tos setores financeiros da admi-
nistração do país. que recusa-
mos, juntamente com a outra,
qu-e era o aumento d.l taxa de
juros de cinco para sete c meio
por cento ao ano. Veja que tu-
do isso para um empréstimo de
25 milhões de dólares, logo de
início reduzido a 18 milhões.
E ainda havia mais: o governo
sírio deveria concordai em que
determinadas companhia* vi*s- sas recentemente compradas pe- liva israelense de ficar com o
Coronel Hamid Saraj. chefe do Serviço Secreto
do Exército sirio e um dos esteios da revolução
.-
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sem para o país, sem liberdade
de contratar serviços com as em-
los países árabes, sobretudo a
Siria e o Egito foi objeto de
presas que reputássemos mais
vantajosas. Enquanto isso, Os
um longo exame por parte do
presidente da Câmara síria, Dis-
norte-americanos já deram a Is- se éle:
rael seis bilhões de dólares e — Em 1945 oblivemos a nor
obrigaram os alemães * dar sa independência e desse ano á
250 milhões, como indenização 49 não nos foi possível com-
prar uma espingarda, Em 49,
nha durante o nazismo. Pode- França, Inglaterra e Estados
mos acreditar em igualdade de Unidos firmaram uni acordo se-
tratamento? interroga. gundo o qual cabia aos france-
ses a venda de anuas á Síria.
PLANEJAMENTO E Mas a França levava os nossos
eiifiDlTOS^ "dólares
e so rios en [regava ar-
Iívijc, — continua Akram
Haurani — não queremos em-
mas estragadas. Os fusís estou-
ravam no terceiro disparo e os
tanques nos
préstimos de. ninguém. Nem do
envergonhavam,
parando nos desfiles e ficando
Ocidente nem do Oriente.
enterrados nas areias, quando
Ponderamos ao lidei sírio que
das manobras. Enquanto isso, a
o seu país estava recebendo
ajuda econômica dos russos e própria ONU constatava milha-
mesmo no nosso hotd. todo um res dc assaltos fronteiriços por
andar eslava ocupado por uma parte de Israel, agressões que
tiHüi
missão soviética de ajuda.
A Missão a que o senhor
culminaram com a ofensiva
contra o Egito. Nem mesmo a
r **4
refere resulta de uni tratado França já nos podia vender ar-
que firmamos em Moscou, pa-
ra cooperação econômica. Pe-
mas, paia a nossa defesa, pois
eslava decididamente no campo
dinios que técnicos russos orga-
nizassem um plano de expan-
israelense'. Tivemos que apelar
para os russos, comprando-lhes
são para o nosso país e que
créditos nos fossem abertos, a
armamento aos preços interna-
cionais c apenas obtendo um
uma taxa de juros não superior
a dois e meio por ceuio ao ano, prazo inicial de quatro anos pa-
ra pagamento.
para comprarmos os equipa-
mentos de que carecemos.
A Oposição síria — pon-
COMISSÃO DA ONU J4VHA
déramos — não aceita e«« coo-
EXAME
peração por estar convencida
Até
de que atrás dos técnicos virá a
hoje — continuou As armas a que se refere Haurani: canhões e torpedos de fabricação russa num desfile militar
penetração ideológioa e militar
Haurani — não temos armas, no Cairo
soviéticas.
sequer, para a nossa defesa. Is-
Tal suposição não é jus-
rael e a Turquia estão podero-
ta nem se enquadra ao caso do
sameiite armados e não se tra-
nosso país. Atualmente, nosso
ta de defesa anti-russa porque
comércio é feito em cerca- de
Um Bom Emprego Como Prêmio
só Israel tem mais poderio mi-
noventa por cenlo tom o Oci-
litar do que todos os países ára-
dente e nem por isso abriu ca-
bes reunidos. Não podemos
minho á ocupação militar. Para
Ao Vencedor Do Concurso
aceitar
se ter uma idéia do nosso esfôr-
que sessenta milhões de
ço de cooperação com o Oci-
árabes devam ficar em parida- INTERESSANTE INICIATIVA DOS PROMOTORES
dente basta êste dado: atual-
de militar com um pais de uni
mente, duas companbiaj estran-
milhão e meio de
DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE DATILOGRAFIA
habitantes.
geiras de petróleo, a alemã
Proponho que a ONU envie ao
"Concórdia" e
nosso país uma missão Je ob- a americana
"Manhoil"
realizam prospecçõe-s
servadores para examinar qual
petrolíferas na Siria. E todos
o país que está mais armado e
sabem como é crítico esse pro-
o que ameaça realmente a paz.
blema. Os senbores, do Brasil,
Há problemas que desafiam a
têm dele uma grande experi-
autoridade
éncia internacional. Um
deles é o
dos refugiados, um
AS ARMAS RUSSAS
crime de genocídio contra o
O problema das ánhàs ros-' mundo árabe e o oulro a tenta-
golfo da Akaba e de forçar a
navegação em águas sírias e
egíjJcias.
SOBREVIVÊNCIA DE
ISRAEL
Depois dessa longa digressão,
propuseino< a Akr.im Haurani
dois prob'emas: primeiro se .
acreditava na sobrevivência de
Israel como Estado e. por úl-
timo, o que poderiam os ame-
riamos fazer para melhorar sua
posição junto aos povos árabes.
Quanto a Israel — disse
Haurani — para que acabe bas- Nesta foto.aparecem os promotores do Campeonato Brasileiro de Datilografia: srs. Antônio Pompilia
Corrêa da Silva. Diretor da PUBLIVENDA. Adhemar Neves e Francisco Pinheiro Machado, diretores
ra que os Estados Unidos dei- da TED e o repórter do "jornal do Brasil".
xem de sustentá-lo. Sóbre a se-
gunda pergunta, há muito o Iniciativa das mais interessantes e pro- Com pouco rnais de 20 dias de lançameriV!
teitosas, sem dúvida, é o Campeonato Bra- to, jj atinye perto de mil o número de can-:
que fazei, mas, resumidamente,
sileiro de Datilografia, idealizado pela PUBLI- ilidatos, de ambos os sexos, inscritos no Cam-
poderia aconselhar duas posi- VENDA, empresa de publicidade recém-fun- peonato Brasileiro de Datilografia. Embora
ções que contribuiriam muito dada no Rio, em combinação eom o «Jornal do numericamente seja maior a presença de can-
Brasil» e a TED, tradicional agência de em- didatos do sexo feminino no referido Con-
para melhorar as noisas mutuas
pregos do Distrito .Federal. . curso, tem o mesmo despertado também gran-
relações: neutralidade na luta Essa iniciativa, destinada a estimular todos de atração por provas de agilidade, como é o
entre árabes e judeus e evitar aqueles que se dedicam ao trabalho através da caso deste certame.
Ao vencedor-do Campeonato Brasileiro de
qualquer aiO que significasse en- datilografia, tem despertado o maior interesse Datilografia serão ofereçwps valiosos prêmios,
trave ao progresso econômico e em todo o país, e não poderia deixar de ser dentre os quais vale ^no^íjaí^arantia de um
nacionalista social dos nossos povos". ssim, pois a máquina de escrever foi prática- bom emprego, uma 'frmdfeínar máquina de es-
ente a chave da emancipação da mulher na crever e uma passagem aérea para' qualquer
sociedade moderna. Estado do Brasil.
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 PÁGINA 2 • 2.° CADERNO
Um Instante,
Maestro!
**V- iV£t
*v»''
lackson — Almira
FLÁVIO CAVALCANTI CRITICA POR LOTERIA
ERRA MAIS DO QUE ACERTA
. Está tinindo mais do quo níqueis em cuia d*? cago, na3 noite»
-drTetrttarTia-cidadinlR-OtindaT^m^Pernambucor^o-caso-FUvio^
Cavalcanti-Jackson do Pandpiro. Nos círculos artísticos, quer d»
televisão, quer de rádio, a história fervilha como bala na Câmara
dos Deputados de Alagoas, e cada um dá uma versão diferente
ao charivarl que, pelo tempo, já devia se ter passado para o rol
, das coisas esquecidas. E' que os fãs da homogênea dupla .lackson-
1 Almira, não se conformam, rie modo algum,
| simpáticos astros nordestinos, d» se manterem irredutíveis no
: propósito de não reiniciarem suas audições na TV-Tupi, enquanto
não forem totalmente desagravados tia caluniosa crítica rio
Sr. Flávio Cavalcanti.
Não iremos, aqui, repisar o
assunto. Procuraremos, simples-
Blente. esclarecê-lo sem maio-
. m* delongas, mostrando a0 M-
to.; que, ser alfabetizado, nio
ftá, a quem quer que seja, au-
toridade suficiente para se cri-
ticar "a" ou "b". Para ser cri-
tico, é necessário que se co-
íiljèça o terr«n0 em que se pisa,
., «^n-rar; Wá.vio Cavalcanti, não,,-
ebsíante o desejo d* mnre.ll-
Sar nosss música. nSo tem ce-
paéidade para criticar nossa
Especialmente
poesia popular.
j em se tratando do folclore nor-
(jeítino. cujos rostum»s, vícios
fi* linguagem, etc. são. ainda.
* poi dtmais lesronheridos nos
Eí'ados do Sul e da Capital do
>ais;
As primeiras apresentações
dj "Reportagem Musical",
Té? do vídeo, se não nos falha
• memória, produção de Carlos
Tire. forem, inegavelmente, bem
, feitas, apesar dos estilique*
nervosos, rio<; quebra-quebra de
discos do apresentador do pro-
grama. Criticas honestas e cons- rotulou
trutivas, como. D^r exemplo,
tquela contra o compositor Ary
Barroso. que empregou a pala-
Tra "Inaoneiro" nu
"Aquarela do Brasil", com o
sentido de "astuto" -niando. na.
. Verdade, "Tnznneiro" sumifica,
"Mexvriqueiro". Nossa admira-
ção pelo criador do programa
"Discos Impossíveis" começou a
tomar vulto para, pouco depois,
le arrefecer diante rie tantas
falhas, de tanta falta de ho-
Jiestidad*! nas suas investidas
Irrefrearias.
5rro.* e enganos são coisa*
humanas, inerente a torios nós,
mas o crítico consciente
¦ »m
baseia informações ri« ter-
ceiros para destruir a reputação
¦* daqueles que a conseguiram h
custa rie incessante? lutas. Pro-
cura, Isso sim. apnntar-lhe aí
falhas, visando corrigi-los. a-
perf?içná-los nas uas
'nn
ções. O sr Flávin
arraza.
eoitrário: ataca,
com o artista apegado a
tícias infundada!, e,
(juando a verdade vam a
recua aevardario. desprezando
« assunto, quando a profissão
exige que se retrate, limpando
ai*
o.nome daquele qual
combateu,
BeamenU
OS ERROS IMPERDOÁVEIS
DO SR FLAVIO
Enumerar os erros clamoro-
los do sr Flávio Cavalcanti,
íeria um nunra mais
de escrever Nn entanto, romn é
do nosso feirio mostrai o pau
d°pois ri morta a cobra, aqui
vão algumas batatarias daqué'.e
que se diz critico, <¦ que pode
ler tido como tal, apenas pa-
ra os leigos.
após
Certa ocasião,
• pó determinado compositor,
tachando-o aí falso poeta,
sr Flávio cito'1 :om0 verdadei-
ro> poetas, alguos autores de
renome donos, aliás, de boas
produções mas que vrdadíira-
mente não são poetas Foram
ê'|*s: Alcir P Vermelho. David
Nasser Marino Pinto e outros,
cujos nomes não conseguimos
redordai Por ai os leitores vão
v ndo qu« o 3r Fiávto não sabe
<Üit*nRUir o falso do verdadei-
to pcera Po*=ra. na expressão
«raia da palavra, sr. Flávio. são
O SEMANÁRIO ANO n NOMERO 84
"0
SEMANÁRIO" AGRÍCOLA Ener0smo
Direção <t< M. E. MORAIS FILHO
'Má/*
a to/fe" - 0 Acordo Do Trip A Vida Só Ama
V. COSTA
Setora» importantes do Governo, teleguiados de Washington
paio Embaixador Amaral Peixoto « empurrados aqui paio »r.
Lucas Lopes, ocupantes, respectivamente, do segundo e do
décimo-sexto lugar no concurso
"Os
10 mais entreguistas do
em 1960 um» situação r*almeat»
"invtjávtl":
2.600.000 to-
neladas d* triga «xcedeat», quantidade superior ao consumo ei-
timado para aquele ano, que é de 2.500.000 toneldaas.
Os Fortes
Grita o sr. Lucas Lopes, prestigiado e mantido no cargo
Brasil", promovido por O SEMANÁRIO, vão aplicando "acordo su- de Presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômi-
cessivas injeções de óleo canforado no chamado do co pelo Presidente JK, que isto, além de necessário, é um ótimo ALBERTO MONTALVAO
trigo". Buscam a todo custo salvar o doente. negócio para o Brasil. A compra é em cruzeiros e 85% do seu
Apesar da dedicação, a coisa não é fácil. Nossa produção total nos são emprestados a juros de 4%, para pagamento em
importação, teima em
de trigo, antes ligeiramente supletiva da "esforços" 40 asas. Êste dinheiro servirá principalmente para financiar a
' "^^^JI^Írí-ÍB. "ffi. § ^ crescer, e o faz sem cessar, apesar dos em contrário. construção de usinas elétricas, de que tanto necessitamos. O homem tem um natural medo da morte. Para êle, a vida
Em 1945 representava 15% do consumo aparente do Pais.
Tudo muito oerta. Mas n«o <iií éle qu», somente ni di- é considerada ecuno o maior dos bens, t quem eju*r que procure
Passou a 45% em 1956. No último qüinqüênio, enquanto o apoderar-se da sua terra, dos seus alimentos, da sua água, do
ferença de câmbio, a mesma compra no Uruguai ou na Ar-
consuma aparente aumentou de 50%, a produção cresceu de seu dinheiro, das coisas indispensáveis à sua vida, torna-se seu ini-
185%, demonstrando que não tardará muito a conquista de gentina. se necessária, proporcionaria economia maior que os mlgo mortal. Como os animais selvagens que se entredevoram aa
cruzeiros dos excedentes. E não explica também que o BNDE
nossa suficiência também neste setor. floresta, também o homem luta constantemente pela sua conser-
Segundo dados do Ministério da Agricultura, nossa pro- pegue ísses suados cruzeiros arrancados ao nosso povo t en- vação. A conquista das matérias-primas pelo homem civilizado tem-
tregue à Light e Bond 6 Share, dentro do programa de ele-
dução deste ano, acrescida da importação da Argentina e Uru- o mesmo objetivo que a conquista, pelo tigre, da presa qu* o im-
trificação.
guai já supera em 225.000 toneladas as necessidades do consumo. "privilegiada". pede de morrer de fome. A luta pela vida exige uma atividade
Isto demonstra que não fizemos previsões acertadas, ou, se 8 O Brasil fica, assim, numa situação muito constante do corpo e do espirito. Essa lei de combate è tão fun-
fizemos, elas foram desvirtuadas. Compramos trigo sem necessidade, mais caro que o fornecido damental como a da adaptação. A vida só se conserva e
"acordo
Pois bem. Apesar disso, entraram, pelo do trigo" por nossos fregueses habituais, subvertemos o processo de de- progride pelo esforço, pela luta. Por mais penoso que seja êsse es-
mais 530.000 toneladas de excedentes americanos. Terminare- senvolvimento de nossa triticultura, entregamos o dinheiro da forço, nunca deixamos de o empregar
mos 1957 assoberbados com um saldo disponível de 755.000 compra aos trustes da eletricidade para que finquem ainda mais para a conservação da
vida. Mesmo quando a vida nos tortura, nos maltrata,
toneladas! as suas garras em nossas carnes e gastamos outro Janto para procuramos
conservá-la. Para continuar a viver, o homem aceita a escravidão
E. pela aplicaçSo do mesmo acordo em 1958 e 1959, quan- armazenar excedentes, se não tivermos de jogá-los fora. Ne- de um emprego miserável, o trabalho embrutecedor nos eserl-
do teremos de importar 830.000 toneladas por ano, atingiremos gódo formidável I torios, a fuga desonrosa perante o Inimigo, as enfermidades da
velhice, a luta sem esperanças contra a doença incurável. A
pri-
meira obrigação qu* nos é Imposta pela estrutura do nosso corpo
relação entre o peso do ôvo e a~ põe, produz grandss qtuntida-
CRIAÇÃO P^
Ç"Z'
f\
\J altura da olara. Um aparelho des de bióxido de Carbono e
especial indica, num mostrador, certos ácidos. Juntamente com
e da nossa consciência, é mantermos a vida.
A tendência para a conservação da vida aparece, entretanto,
Unidades Haugh in as medidas básicas. Para se de- so ácidos, o bióxido de Carbo- menos Irresistível no seu aspwjta consciente e voluntário do que
termina; a "unidade Hasigh" de no quando se dissolve n'agua, no seu aspecto Inconsciente. Só o homem, entre os animais,
pre-
a transformar os jais mi- fere, por vezes, a morte è vida. Suicida-se ou cria hábitos de
dicam O melhor ÔVO "ma Part|d* d« ovos> tomam-se aJMda existência equivalentes ao suicídio. O princípio de conservação
ao acaso tina ou mais ovos, co- nerais. O humu*,, e » camada
mo »mo«tras. Esta 6 pesada, ao superficial do joio. Quando os nem sempre Inspira a sua conduta. Ê guiado mais
"
para O Consumidor pela Inteli-
mesmo tempo em que «e ano- compostos orgânico» do húmus genefa do que pelo Instinto. Quando i vida deixa de ter valor,
lento que os ele *e suicida. Então já está espiritualmente morto. No funde, é
A qualidade dó ftvo assume la™ seus caracteres externos: se decompõe mais
atualmente importância predo- ***«
coloração,
de formação
etc; depois
da casca, resíduos
quebra- ma.s, os
frescos vegetaisi
elementos
,, ani-
nutntwos
um morto que mata um morto.
minante, pois não baeta «fere- Para conservar a vida, não basta o abstermos de a destruir.
Nitrogênio . et£
cer no memdo simp]««nen* « ¦• ^ »êkw uma placa de como Fósforo, Importa, igualmente, torná-la mais profunda, mais alegre, aials
dúzias e mait iúziaa de ovos. O y'dro e ****, «m» o apare- podem ser <HÍmi ado. ¦«» *
da dara^ Calcula ^^J^^^jf ousado, aumentar a Intensidade e a «jualidad* da nossa atividade
problema vem iqMitmndo a«o- «£ K «N» consequf-c.a, r«ç«eS qm-
Texto de EDMUNDO ANDRADE ra biologistas, técnicos, prod«to- •«, «"«Io, • ^IMi Haugh. como do solo. O
corporal ou psíquica.
F.stndando a rariaçãc da uni micas e biológicas
rese, naturalmente, consumido- também em for- Só a luta permite a ascenção do homem. Aos olhos da na-
indi- húmus retém,
res. Por isso. laboratório? e pesqui dade H:mgh. as pe.sasens
n-uim na il_»« de poderem ser assimilados hireia, ela é a suprema virtude; a fraqueja, o pior dos vícios.
titutos eMao
muros eslão reairaunuo
realizando, pc.iqui- caram que a>
pesqui- cfiiitm aves m«i^
as «vc-.i mais velhas « .,.,„.,,,.. vi
sa, com o objetivo d, melhor, põem ovos mais pe,,dos. No P?»« P ?»*»>• O fraco está destinado a morrer, porque a vida só ama os fortes.
limado, sentiu-89 ferid0 em wus 7.'leT/i"t^;
-briog-s.-depots-de-telefonar-pa— e nreser^r^quallídade,.^ entanto,, ~dêfeitos"externós7 esto ovo.. Pintam
Magti ."IS A força de que nós preeisamos é a gue .dá, o desenvolvimento da
ovos. A finalidade de tais estu- maiores ^.jj!?
ra o Flàvi0 esclarecendo a ver- Como exemplo temos. Na JSO- vontade e se traduz na capacidade de suportar a ladiga, as in-
dade, solicitando uma retificação dos é dar ao consumidor um O método é o utilizado no tempéries, a fome, a falta de sono, os desgostos, os cuidados, o
mais comumente o Nitrogênio
num gesto irrefletido, descar- produto d» mais alt.i qualidade, comércio americano, sendo evi- o Fósforo como fertiliran- ânimo forte para suportar os momentos difíceis, a cipaeldade de
Tão grande realce é dado dente que, com o da que
regou seu desabafo em cima rio p-ogresso te do trigo. Na Austrália, é jus-
questão que já existe uma m»di- aviçufhw* nacional, venha a ser luta, a determinação de não ac«ltar a derrota.
sr. Bornet, chamando-o, em re- tamente o contrário. O Fósforo
da para avaliação da aualidade adotado no Bradl.
com a decisão do» tribuiçfto h palavra "cretino", "Haugh" é mais empregado devido aos Como obter essa força? O único meio é o esforço quotidiano,
a unidade baseada na ropa, os agricultores empregam sesw
d« "pilantra". Originou-se, dal, solos serem pobres desse paeiente, obstinado, esforço Inconsciente ên coração, de* rasos,
mineral. No Uruguai o emprê-
um tremendo sururu, tendo o
Jackson pedido à direção da
emissora a resciss0 do contra-
LAVOURA go do Nitrogênio como «dubo,
tem sido de um efeito deveras
das glândulas endócrlnas, de todos os sistemas anitêmltea; es-
forço consciente da vontade, da Inteligência, dos miisculos. .0
Aldo Cabral, Rene Bittencourt, to, mantendo-se firme, até o surpreendente, pois, chegam a homem precisa aprender a ser o senhor de si mesmo, a áowtnar
de cal, operação ssm conhecida colher
Orestes Barbosa, Oswaldo San- presente, no propósito de só CULTURA como 'Oaldgem": entre 00 a por hectare até 3.000 as suas emoções, o seu nervosismo, i sua timidez, i sua pre-
tiago, Jorg? Farj e outros. Mo» retornar ao virieo, depois de quilos de trigo
RACIONAL 3(10 quilos por hectare. Face As necessidades do trigo com guiça, a sua fadiga. Essa aprendizagem é Indispensável e o Urro
as pseuriocriticas do sr. Flávio uma formal retificação por
as nossas terras, em geral se- relação aos fertilizantes, diferem fundamental da pedagogia moderna está em a ter despi-teado.
Cavalcanti nio pararam aí. Foi parte rio sr. Flávio Cavalcanti.
um tal rie nunca, mais acertar! UM TELEORAMA CAPCIOSO
DO TRIGO rem pob^s de ácido fosfórico, muJ|o! Vari, ^ acord; COm „ Só pela educação da vontade * possível aumentarmos, em aós,
O homenzinho perdeu-se com- faf-,e mister o emprego de Fa- |ipo de w]o _ No q,^ a força da vida.
^
Manuel Markman FUho linha do ossos, devido ao fato exemplo, numa estação #ip»n-
pletamente, decepcionando seu Tendo recorrido à gravadora
"
Copacabana, d» onde lhe infor- Engenheiro AgrAnomo (S.E.T.) desse aaubo conter uma per- mental ficou A história dos animais t dos homens mostra-nos que et fc-acos
público que, a esta altura, pas- provado que o ffi-
sou a divertrif de suas opiniões.. maram que o "Hotel do Zefe- .ADUBAÇÃO — O problema centagem de 20 — 29* de P205. gal aumentava o teu reitdimen- não têm quilquee dlrette, Inclusive o áe viver sóbr» a têntt.iot
rino" nào fora transposto par^t da tdubação na triticultura Aeoatece que, sendo a farinha to eom o emprego de Nitrogê-
stus antepassados. A aaturezi ai otem qualquer eomlstftçSo
UMBIGAt>A, PALAVRA a cêrá, o sr. Flávio, por inter- de capital importância para d« ossos, um adubo pouco so- nio.
IMORAL médio rie um amijo seu, o «r. bom êxito de uma lavoura. liivel, necessário se fai p<Ho Em outra Estação, e fósforo pelei friees. Favorece, pelo eontrírie, es lutadores, se MtuieUetas,
Roesini Pacheco, tefegrafou pa- retorno à terra, da tultura an- com Hstantte antecedência da foi o adubo mais eficaz, Muitas os que querem o êxito, os que sé dispõem a viver dura e perigosa-
Frosseguindo na sua "cam-
ra o autor da música, que se terior, e a adubação verde, são semeadura, numa quantidade veres. o Nitrogênio e o Fósfo- mente.
panha margliaadora", 0 "cri- bons recursos com que o agri- variável de 250-300 quilos por ro são empregados juntos. Sò-
tico loteria" insurgiu-se eontr* acha em Campina Granrie, na
Paraíba rio Norte., nos termos cultor conta, para que o seu hectare. mente um estudo muito acsrra- Não existe sorte ou acaso. Nosso destino está em nossas mãos.
as umbigadas do cantor Ivon "Peço favor re- terreno esteja sempre provido ROTAÇÃO CULTURAL — do poderá determinar o uso A vida. entretanto, só dá a liberdade. > alegria, e triunfo, àquele*
Ciry. diienrio-as atentatórias à que se seguem: de matéria orgânica. a rotação cultural e um pro- adequado de nm adubo para
meter urgência original letra que conhecem as regras da hita. Só a vontade forte pode War o
moral, ao pudor dos tevente*. A estrumação, o antigo pro- césio bastante antigo, pois, os determinado tipo de solo, e êsse
Hotel Zeferlnc criação Jackson homem até a meta, à vida trlunfante. E essa capacidade ele hita
Quanto a isso, não lhe faaemos cesso de se adicionai o estrume antigos .omanos aconselhavam mesmo solo deverá ser analisa-
restrições, porquanto a critica para Revista Modinha Popular
Rua Moraes Vale, 49 — Lapa de curral ã terra, é tinda uma essj prática, aliás, ainda hoje do só se adquire através de uma vontade forte.
visava os gestos, e, não, a pa- — por um técnico. Em outras
Distrjto Federal assunto seu das práticas mais aconselháveis, em uso, com bastante rigor. palavras, uma análise de solo
atra- lavra. Inegavelmente, Existe uma obrigação para todo ser humano, qualquer que
grande interesse Rossini Pacheco". O por vários motivos: proibindo o cultivo continuado é a solução do problema.
parte rios nossos astros, costu- compositor, a quem o Jackson l.O) Fornece o húmus à terra; de cereais, no mesmo terreno. seja a sua eór, a sua nacionalidade, a ma idaele. sexo, cultura.
mam abusar do jogo de cena, 2°) Corrige os defeitos de Mandavam plantar como adsi- rlepieza e religião: a obrigação de se conduzir como ser superior,
ainda nada falara a respeito
descend0 a patominas pouco re-
daquela música, pensando, sem constituição física do solo; bo, uma legumínosa como soe Verdura que também como rei.do Universo, que de fito o t. E um rei deve peoeeder
comenriàveis. Mas firamos pos- 3.°) Enriquece o «olo de ele- acontecer nos nosso» dias, em
Sessoa, quando 0 sr. Flávio, dúvida, que a mesma havia si- mentos nutritivos, etc. virtude da significação que »s é remédio: alcachofra
como um rei — com dignidade, com maiertadt. ihstendo-se de
ch-io de "camarão na cabeça", do gravada, escreveu uma enr- atos Incompatíveis com a sua posição. Deve ser cer«|oso, ho-
"imoral" tlrha amável ao sr. Rossini, Êsses elementos nutritivo» do leguminosas lêem. de fixarem o
de o samba estrume de curraj, são: Nitro- Nitrogênio no solo De fato, o A al.achofra é considerada nesto, magnânimo, digno. Não ba|ular. não mentir, não se aco-
ris Billy Blanço. "Estatutos de remetendo a letra solicitada. uma hortaliça de alto valor ali-
De posse ria missiva, o sr. Flá- gênio, Potássio e Ácido fosfó- cultivo contínuo de um cereal, vardar frente * adversidade, não aceitar a derrota, não furtar,
Oaíieíra",.-endossando a 0pi- rico. Damos a seguir, a compo- como o trigo ou o milho, acar- mentício, encerrando sais mi-
r.iáo vio, que julga-se auto-suficien- nãe abusar dos mais fracos, não transigir com o erro, eam o
de um fcele-espectador (qtie sição quimic* por mil do es- reta um empobrecimento paula- nerais de importânc'a biológica
samba nada entende rio assunto), pe- te usando de má fé, leu, atra- e certas vitaminas, além disso, vicio, com o mal. ,
vés de seu programa, um trecho trume. decomposto: tino do solo. porquanto, cada
lo simples fato de o mesmo não Nitrogênio- 4-5 vegetal lem a sua predileção lem propriedades terapêuticas Ê certo que começamos a distinguir, através dos nevoeiros da
ter gostado ria frase, "umbigaria em qua o ludibriado autor elo-
Potásio: A-f substâncias í'nças
valiosas no tratamento de do-
por determinadas
folgará". Saiba o sr. Flávio. que, giava o intérprete por mais Ácido Fosfórico: -3 nutritivas que a terr.» contém. do fígado Pa:» o clima aurora, o caminho d» salvação. Mas, quantos, entre wi grande
uma criação de música sua, o nosso, em que multidão são capazes de enxergar êsse caminho? Quantos twSo
samba sincopado não é musica,
A quantiaade de estrume Com a rotação cultural, se tropical, como
sacra, e que, naquela frase, A Jackson, qua estava, atento ás 70< dos brasileiros, sofrem de a coragem de nele se meter, empregando um esforço pessoal Ime-
artimanhas d0 sr. Flávio, es- ser empregada por Heetare facilita um bom aproveitamen-
onde está toda a beleza típica indisposições hepáticas. não se- diato, alterando a sua maneira de pensar, de agir, de preeeder
creveu io compositor, expondo ÍI0.00O ms2i varia conforme as to dos sais minerais, o^ie o""»- ria desaconselhado recomendar
do gostoso sambinha.
condições fMeo-quím;cas do so- tituem a base de ums boa fer-
toda trama que se vinha te- ao nosso povo o uio mais fre- pari com os outros «través do dominio de «I mesmos? On • fraco
cendo contra sua integridadv, Io, mas, de 15 a 20 toneladas Hlktode se transforma ou perece. E essa transformação depende exclusiva-
O CASO NOBL ROSA quente dessa hortaliça.
o que levou o autor a escrever costuma-se empregar. a matéria orgânies do solo, Estamos, agora, na época
mente de si mesmo. Transformando-se a si próprio, toenar-se-á
— A mort.e nâo redime nin- uma oU^ra carta ao sr. Rossini Dosagens maior, pode predis- e uma boa fonte de nutrientes; (novembro, dezembro) em
que capar mesmo nos sofrimentos e nos desastres, de modificar, pouco
guém! — gritou eufórico, — Pacheco (cupincha do sr. Flá- põr o vegetal ao acamamento. no curso da sua decomposição, Re v«nde mais alcachofra no
Contudo, nem sempre há nas ajuda a transformar em solú- mercado do Rio de Janeiro, a pouco, o seu destino. É, sem dúvida, um empreendimento que
acusando o imortalizado "Poeta vio), explicando que confirma-
da Vila" de "esconder" par- ra ser o Jackson o criador ria- propriedades o estrume. Aí. en- veis os compostos minerais. A atingindo os frutos, como «sim exige enorme esforço de inteligência, sentimento e sobretudo. Von-
nán'se tao, a adubação verde entrara matéria orgânica do solo, por são chamadas as inflorescências,
ceiros. Mas todo Noel tem seu quela música, em atinência ao tade forte. E essas qualidades o ENERGISMO oferece.
fato do próprio sr. Rossini ter em cena; uiiij legumínosa de sua composição química, é de- preços bem eievados. de 240
dia de Almirante e,. o resultado
foi aquele todos sa- falado, em seu telegrama, em folhagem densa e de cido e*o- veras complicada, desde o m#" cruzeiros
por uma dúzia ou se-
O Energista, na luta, emprega toda a sua força de vontade,
quo nós lutivo-rápido. terial fresco que contém, até
"criaçáo do Jackson". E*=sa car- ja o de 20 cruzeiros por fruto. decisão, persistência e esforço. Não se deixa abster nunci. Não
bemos: O sr. Flávio nã0 pôde
riisse, ta. entretanto, ficou em sigilo e Se porventura, 0 soi0 for áei- os produtos da sut decomposi- Entretanto jeu consumo, ainda se deixa Impressionar pelos indolentes e fracos de espirite. Nãa
provar o que desmorali-
zando-se, fatalmente, o ar. Flávio, pressionado por
do, é aconselhável o emprego ção. A medida que .se dacom- (Conclui na 6' pág. do I' cad.)
diante d» cede â adversidade. NSo receia afirmir EU. Reconhece-se eomo
defesa irrefutável da "Maior jornais e revistas especializa-
exibi- ura Centro de Força. 6 bravo, altivo, e olha o mundo de tace
feito Patente do Rádio Brasileiro". B dos, fêz uma retificação pela
o erguida, sem receio de afirmar-se: Creio em mim mesmo!
acaba que fêz éle. Estendeu a mão à metade: disse que a música
seu nào fora gravada, mas prosse-
Reparou
no-
riepois,
lume,
palmatória?
erro
cou
publicamente?
uma pedra
"boquinha de siri".
no
Não.
assunto
„
Colo-
¦
guiu
a
afirmando que o Jackson
havia cantado quando, na Os Estados Unidos Já Têm Amigos ? O triunfo d» vida é uma necessidade permanente. Importa
que o homem se convenci de que possui nas mãos o próprio
fêz verdade, o moço nem sabe » destino, gue só pode ser conquistado pela luta. Ou luta ou perece.
OSVALDO VALPASSOS
m»lodia. A vida só ama os fortes.
O CASO JACKSON
-omeçou com êle d«- Ressalte-se, aqui. a louvável (Distrito Federal)
erro- Tudo "O
atitude do crítico Bornet. de
sfncando a ripa no rapaz, a
Dia" que, §o tomar conheci- Não fai muite tempo, o 3r. Fosttr Dulles proclamou arrogan-
quem afirmou, havia gravado mento da verdade, redimiu-se aeeditar ao mundo inteiro rjin
um rojão de Rosil Cavalcanti, temente, ferindo a ética diplomática, qu« e »«u pais não precisava poderia urt«ar literalmente t Dentro de você, esperando uma ordem, existem fèrças ca-
erro, «em constrangimento.
intitulado "Hotel d0 Zeferino". d0 de amigos e que apenas agia segundo o» seus interesses, altas Rússia com o poder de sua* pares de transformá-lo iastantãneameste. Forças que pod»m nu-
Acontece que a tal música não O PUBLICO PREJUDICADO coisa que toda gente esti farta de saber. As palavras do Sr. Foster bombas atômicas gem que a vi- dar inteiramente a sua vida, que podea abrir-lhes novos caminhos,
tinha sido gravada, nem inter- "O Dulles magoaram, como é natural, o« países qu* apoi«m os tíma fôss» capas d» responder que podem dar-lhe fama. dinheiro, confiança em si próprio.
pretaria, pois o cantor em aprê- Há um adágio que diz: EE. UU. a-i impacto, porque para Isso
acabar ço. costuma, antes de aprenrier pau quebra, sempre, nas cos- Agora, depois que n mundo Inteiro assistiu ao espetacular su- Nós podemos ensinar-lhe como despertar essas forças. Nosso
não estava preparada. Agora,
a melodia, remeter a letra para telas do mais fraco". O mais crsso do satélite russo, ouve-se pelo rádio, através do repórter ri ante da decepção, ji foi dito método é simples e rápido. 10 lições escritas em estilo fluente,
a Ceasura. Na época, a Censu- fraco, aqui. é o público, que rie- Esso, a quixotesca mensagem de que os EE. UU. se dirigiram impregnado de entusiasmo que cala profundamente em seu es-
que os EE. UU., antes de matar
ra ainda ná0 tinhe dado seu veria ser encarado como o aos seus amigos (agora têm amigos), proclamando que a Rússia pirito, farendo-o despertar para o sucesso! 10 volumes cheios dé
o Urso, vendeu-lhe a pele.
veredito a respeito. O sr. Flá- mais forte", mas não o é, por- não possui nenhuma vantagem científica sôbre os EE. UU. e que brados de alerta, com fórmulas positivas para anular do seu
Perante o mundo surpreso, os
víj. baseado, com. sempre, nas quanto continua privado da- êste país está capacitado para arrasar com bombas atômicas EU todas as qualidades negativas. CURSO DE EFICIÊNCIA
informações de pessoas desacre- o;elas audições repletas de bra- qualquer país inimigo. Noticiou, também, a imprensa que os re- EE. UU. na sua excessiva arro- PESSOAL PELA EDUCAÇÃO DA VONTADE. Curso com-
ditadas, pichou cantor, música silídade .que nos dava a dupla presentantes diplomáticos norte-americanos receberam instruções g&ncia, agora abalada, come- pleto (10 volumes) Cr$ 350.00. Pedidos acompanhados da im-
"Alberto
reduzir e tudo. O critico Bornet. do Jakson-Almira. do Departamento de Estado para que acalmem os países amigos ç.im a proclamar aos quatro portância correspondente a Montalvão — Rua Evaristo
matutino "O Dia", que além de no sentido de não temerem o sucesso demonstrado pelos russos, ventos que o feit0 russo não da Veiga, 35-6' andar, sala 601, ou para Caixa Postal, 121 —
competentissimo, pela O sr. Flávv Cavalcanti, es- e que isso nada significa, nem diminui o prestígio dos EE. UU. tem a importância que apre- Ag. Lapa — Cinelândia — Rio de Janeiro.
o prima tá provado, não sabe criticar.
absoluta honestidade e impar- Nâo estão pensando aasim, cientistas norte-americanos em- senta. Tenha ou não, 0 fato
Precisa, enquanto é tempo, de é que outros povos ji não po-
c;aüdade nos seus comentários, com tanto oiimismo, muitos penhados na corrida de quem
notanoo se tratava, real- umas lições de cronistas abali- dem ficar Indiferentes ao po-
que norte-americanos de responsa- chega primeiro, inclusive o sà-
zados como Bornet, Dig. Catão derio da Rússia e o próprio
mente, d? uma produçã, pican- bilidade e. entre èlcs, 0 sr. ste- bio alemão von Braun que está
te, mormente para os espeta- e outros críticos que sabem o venson, que foi ultimamente o a serviço dos EE. UTJ. povo norte-americano, que min- Responderemos nesta Seção a todas as consultas que nos
q,:e dizem
culos de televisão chancelou as competidor rio presidenta Ei- O sucesso russo cresceu de ca experimentou os horrores forem formuladas pelos Leitores, relativas ao assunto — como
palavra.- rio sr "flávio dizendo, Isso precisa acabar; e aqui snnhower. proclamando. s#m importância aos olhos do mun- da guerra em seu território, Já corrigir complexos, timidez, medo. hábitos de vontade fraca, etc
"Alberto
em sua apreciariissima coluna: vai uma idéia: diante de tanta c.instran; imento que a Rússia rio justamente em virtude da d»ve estar convencido de que, A.* cartas devem ser dirigidas a Montalvão — Redação
"O Hotel do Zeferino. serve, ousadia n mesmo a critica es- havia ultrapassado o* EE. UU. no ca«o de conflito, os projé- O SEMANÁRIO" - Av. Presidente Vargas. 502 - f aadsr -
propaganda qu» os EB. UU.
unicamente, para hospedat as pecializada reunindo-se e gri- com o êxito do lançjmento do sempre f*zeram de «ias possi- teis russos darão um ar de sua Rio. ou Caixa Postal. 121 — Ag. Lapa — Cinelândia — Rio.
cetlnlces do Jackson <jo Pan- tando assim para o "palhaço" satélite artificial, o "Sputnik" bilidariet científicas, do seu po- graça...
deiro". o cantor, que é um ei- d» "Reportagem Musical": — que tanta dor de cotovelo vem derio militar, ds sua agíessivi- .Nio resta dúvida que o
"Sput-
dadão íntegro, sabendo-»* ea- Um instante, bobâol causando *oa militarista* • dade atômica, procurando íaser nik" íoi 4gua na fervura. .
i>o,r»-À, j>.,\ ¦JMàiiy«)j. .. ¦ ¦..¦ .,. . . .. ^,;
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O SEMANÁRIO * ANO IT- NUMERO 84 PÁGINA 3 « 2.° CADERNO

MEDICINA PARA Ò MVO EDUCAÇÃO: ASSUNTO SEM IMPORTÂNCIA NO GOVERNO ATUAL

Icterícia Catarral
DR. JAYME CERVIAO
A palavra ictericla significa côr amarela. Na acepção médica
designa um conjunto de sintomas cujo aspecto dominante é, de
fato, a tonalidade amarelada da pele e das mucosas, A Ictericla é
devida, com freqüência, ao rcfluxo da bile para o sangue. A
bilirmblna, pimento ou corante do liquido biliar, impregna o
organismo e confere aos tegtimentos a coloração típica dos icté-
ricos. Os médicos chamam slndrome a uma constelação de sin-
tomas e sinais determinados por várias causas. A sindrome Icté-
rica pode ser devida a um cálculo — unia pedra — obstruindo
as vias billàres, a agfessSo tóxica ou Infecciosa ao fígado —
.hepatites — ou ainda a uma doença do sangue em que os glóbulos
vermelhos se deixam destruir ou hemolisar com muita facilidade.
'Neste último caso — icterícia hemolítica — não há refluxo da
.bile hepática mas superabundãncia de matéria-prima com que o
fígado elabora o suco biliar. Estas generalidades permitem com-
preender a significação da icterícia catarral. Trata-se de doença
infecciosa que ocorre sob forma esporádica ou epidêmica e na
maioria dos casos evolui para a cura. O grande Virchow en-
'sinava
que as inflamações catarrais do intestino se propagam even-
"tampões mu-
.tualmente às vias biliares formando verdadeiros
co9os"'-que bloqueariam o fluxo biliar. Mas em ciência não existem
'verdades
definitivas. Hoje sabe-se que a icterícia dita catarral
• nada tem a ver com os tampões e catarros do pesquisador ale-
mão. fi uma doença a vírus que acomete o próprio tecido hepático.
Deve-se principalmente a Eppinger o novo conceito: hepatite aguda
é' nSo icterícia catarral. São pelo menos dois os virus da hepa-
tire. Um se propaga pelas transfusões de plasma e sangue ou
injeções endovenosas com seringas mal esterilizadas ¦— Icterícia
s'érica.' O outro encontrado nas fezes do doente se transmite de
maneira análoga à. febre tifóide, isto é. pelo circuito intestino-bôea:
hepatite infecciosa. Os sintomas são mais' ou menos semelhantes
nos dois, casos. .A doença .se, Inicia geralmente com febre, prós-
tração. Inapetência, dor dc cabeça, náuseas e vômitos, constipação
ou diarréia. Nesta fase é difícil distingui-la de outras condições
agudas e febris. O aparecimento da icterícia, a dor na região do
figado. fezes descoradas e urinas escuras, biliosas, são os indícios
que proporcionam o diagnóstico. Via de regra, o doente se res-
tahelece no fim de duas ou três semanas, mas existem casos fatais
¦ z outros que" evoluem para a cirrose — condição grave em que
às células hepáticas são substituídas em grande parte por tecido
fibroso. Não há tratamento específico. Nenhum dos antibióticos ou
quimioterápicos conhecidos atua sôbre os vírus da hepatite. O
doente permanecerá em repouso no leito e ser-lhe-á prescrita uma
-dieta rica em proteínas e hidratos de carbono, com restrição de
gorduras. São Indicados os medicamentos ditos lipotrópicos:
me-
-fionina, colina e Inositol. Dir-se-á ao enfermo que a doença é
"facultativo"
benigna e o poderá aproveitar o ensejo para fazer
uma preleção sôbre os excelentes mecanismos de defesa e repa-
ração do nosso organismo. Convém, nc entanto, lembrar aos
familiares a possibilidade do desenlace infausto: é preciso salva-
guardar a responsabilidade profissional...
Corresponda.- AV. DOS DEMOCRÁTICOS, 63S, s/ 207,
BONSUCESSO
Campa nha De Alf BlIZdCâ o Com Uma Cartilha Errada
"O
Cruzeiro" vem publicando uma série de reportagens, com
farto material fotográfico, sóbre a "Campanha de AlfabetizaçSo",
lançada pelo senhor Chateaubriand. 6 de impressionar o número de
pessoas Importantes, inclusive o Presidente da República, que se
deixou fotografar, fazendo declarações sôbre a iniciativa da revista.
No último número, depois dc haverem publicado os aplausos entuslás-
ticos dc ministros, governadores, generais, diretores de Faculdades,
etc, envolvem, maneirosamente, as pobres professorinhas primárias.
Lá está a, até então, desconhecida professora rural, numa atitude
ingênua, distribuindo entre seus alunos a "Cartilha" da Campanha.
Ah, como é tentadora a idéia de sair fotografada numa revista que
tira quase 500.000 exemplares I Mas, como é desanimndor constatar
que uma Iniciativa de caráter educacional seja tratada com tanta
superficlalldade c desrespeito 1 Chamo a atenção, principalmente, destas
moças que sempre trabalharam honestamente em prol da alfabetização
e que, em verdade, são as únicas que apresentam resultados concretos
sôbre o perigo de se deixarem envolver numa Campanha de sen-
sação, cuio objetivo é a venda da revista.
Até então haviam, apenas, publicado opiniões de fachada, de
pessoas leigas no assunto, que entusiasmadas pela Idéia de acabar
com o analfabetismo em nosso pais — desejo de todos os brasi-
leiros — não se aprofundaram no assunto. De Inicio, não lhes in-
teressou a opiião de pessoas técnicas, é claro, porque a- cartilha já
estava pronta, impressa e lançada, com os seus erros e absurdos.
Qualquer palavra critica de alguém que tivesse conhecimento da
matéria, iria empanar o brilho que, fanrarronescamente, deram ao
seu lançamento.
Livros para alfabetizar brasileiros, há aos milhões. O equivoco
da Campanha foi, justamente, não saber que um bom livro para
o inicio da leitura e escrita é que é raro. As prateleiras das livrarias
estão fheias de cartilhas mortas, e não será a publicação de outra
semelhante que fará despertar a consciência do nosso governo sôbre
os problemas da Educação no Brasil. Campanhas junto ao governo,
no sentido de dar. escolas ao povo, -é que nós necessitamos; não
junto ao povo, que mal pode ajudar seus filhos nos deveres esco-
Parlamentarismo Ou Reforma De Base ?
JOÃO LISBOA
constantes crises políticas por que tem passado a França
ÂS e as tremendas diferenças entre o nosso ambiente po-
litico e o que lá existe, com enormes desvantagens para
nós, sob todos os pontos de vista, leva-nos à simplista conclusão
de que será um passo deveras arriscado a Instituição do parla-
mentarismo entre nós. Somos de opinião que, na situação atual
do país, poderá tal solução levar-nos ao caos e, inevitavelmente,
à, ditadura, com conseqüências verdadeiramente imprevisíveis para
o nosso progresso.
De que o Brasil precisa — e urgentemente — é de uma re-
forma de base, mas urna reforma que procure atingir nossos males
desde o início da República, pois pensar em realizar uma reforma
de base como já foi proposto certa vez, é apenas mudar o nome
de certos órgãos e criar novos, como nova fonte de empreguismo.
Precisamos de uma reforma que comece renovando os alicerces de
nosso organismo politico-administrativo, jã que remendar o edi-
fício de nada adiantará.
Imagino uma reforma da Constituição, mas não apenas para
fazer redistribuirão rias rendas. Uma reforma que nos dê uma
Carta mais de acordo com o nosso povo, que reconheça seus dc-
feitos e procure encontrar o remédio pnra curar o mal; e náo uma
Constituição calcada na de outros povos que em tudo sáo dife-
rentes de nós.
Assim, poderíamos dizer que isto não houve exceção, a não
tal reforma deveria definir de ser alguns pouco* oficiais que
maneira mais detalhada ns res- foram mandados ao estrangei-
ponsabilidndes e limitações do ro (normalmente aos Estados
Poder Executivo, bem como li- Unidos), por motivo de doença.
Pois bem, desde que o atual Mi-
mitar as atribuições do Legis-
letivo, de forma a estarem em nistro assumiu o Ministério da
bi"
TEREZINHA EBOL1 possível, por um simples milagre, os autores da Cartilha terem des-
coberto a verdade.
Principiaram tentando empregar o Método da Sentendação, nSo
obedecendo ts diversas fasej que o mesmo deve apresentar para
se conseguir i alfabetização, Isso é, a separação da palavra; em
lares. Campanhas de prestígio do ensino nas escolas, nSo a panacéla seguida, a sílaba, para se chegar à letra, fase final, O que há è um
"Unqffinto",
da alfabetização. Ê um grave erro êsse de dar esmolas educacionais, emaranhado de frases soltas, com palavrão difíceis, como
guando nós sabemos que Educar não é apenas levar o sujeito às umbroso, dimensão, blefarite, blasonador, truque, manjedoura, ovala-
urnas, com o seu primtivissimo ABC eleitoral. do, oitSo, planície, obesa, lisonja, merencória, etc. Há frases que nSo
correspondem a mentalidade da criança analfabeta nem i do adulto
Alerto, novamente, êste grupo de lutadoras que sempre se man-
tiveram dignas sôbre o perigo das opiniões apressadas sôbre a Car- inculto. Estas, por exemplo: "A resina dos pinheiros embalsa e puri'
"Devemos
tiiha. Se, estribadas na opinião do Dr. Nilo Romero, Secretário Geral fica o ar." ser prudentes e sensatos. Quem a tempo nSo
foge do abismo, pelo abismo será engolido." Nem em nossos glna-
da Edtifação da PDF, começarem a usar de adjetivos pomposos e
vazios, estarão incorrendo no mesmo erro do Secretário. slanos encontramos um vocabulário tão rico. .. Além da dificuldade
"Cartilha" "bem e artificialismo do texto (nada que Interesse diretamente a quem
Sc êle teve coragem de declarar que a era
organizada e com ótima apresentação", foi porque, talvez, fosse a vai aprender a ler, devido ao subjetlvlsmo das frases), notamos ainda
como defeito: má distribuição do material impresso (impressão de
primeira cartilha a lhe cair nas mãos. Não haverá perdão para um tipo de letra já superado; hoje adotamos o tipo americano, letra
vocês, professoras, se, conhecendo o trabalho diário dc alfabetizar,
saírem-se com lugares-comuns iguais aos |á publicados, de centenas vertical e redonda). Onde há uma frase em letra de imprensa de-
de leigos. Ê uma cartilha pessimamente organizada, com uma apre- veria haver o seu correspondente cm manuscrito, uma vez que a
sentação arcaica e confusa. Será que o senhor Secretário desconhece intenção é a de ensinar a ler e escrever, ao mesmo tempo. "A Por exem-
"A
o fato de haver professores que passam sua vida inteira estudando pio: arara é de Ada" tem, abaixo, cm manuscrito: arara voa".
"A
asa da. arara". Erros de quem desconhece a récnica. Assinala-
qual a melhor forma de fazer as primeiras lições para suas crianças mos ainda: na quarta inicio, os autores
e que, depois de consultarem centenas de cartilhas, acabam por In- "ch" página, demasiadamente no
ventar um método próprio? Sem propaganda, sem prestigio, sem ao dão os fonemas (Chave,
"X" chávena, chácara), agravando aos dis-
parate a junção do na mesma lição (lixo. buxo, ameixa, enxó).
menos um elogio na ordem do dia? Cartilha é uma criação séria,
definitiva. Não teria sido muito mais acertado para salvar a cam- Nunca se dá, em primeiras noções, estes fonemas juntos, devido &
grande confusão que forma no cérebro de quem está aprendendo.
panha, se tivessem chamado alguns nomes que, como Yolanda Betim Não pretendo esgotar a análise da parte técnica da campanha,
Paes Leme, têm conseguido alfabetizar meninos neste Brasil inteiro,
com.uma cartilha adorável e tecnicamente perfeita, como é a "Car- mas iniciar a publicação de diversas opiniões de entendidos no as-
sunto. É tempo de levarmos a sério um assunto tão decisivo para o
tilha Moderna", já na 6' edição?
Brasil. Talvez a voz obscura das professoras primárias seja ouvida,
Não levando em consideração os anos de estudos que exige pela primeira vez, despertando em nossas autoridades maior inte-
um trabalho deste teor, nem os conhecimentos de psicologia infantil, rêsse num estudo sério sôbre tantas experiências interessantes, para
nem os conhecimentos das diversas técnicas de alfabetizar, não seria
a uniformização dos princípios básicos de uma boa cartilha.
Teatro
"/ 99
se constituindo um tremendo
entrave para o seu progresso.
Ora, como é do conhecimento
De Amor Qne Se Trata
geral, a idade média de vida
em todos os países tem aumen-
tado sensivelmente, nos últi-
mos tempos, devido principal-
mente ao avanço da ciência e
No Copacabana
ao conforto que nos proporclo-
na a civilização atual, portanto,
ALUIR AZEVEDO
não podemos raciocinar com
dados antigos, pois isso servi-
rá apenas para prejudicar o
nosso progresso. Vejamos, no "Artistas
Evidentemente não se pode negar aos ¦"a''2
entanto, aquele coronel de 43
anos a que acima nos reefrimos Unidos" a liderança na apresentação dos melhores IKflHRlifiiifKli-' ^*ÊÈÊÊHÊÊ
espetáculos realizados no Rio, desde a sua fun-
e que poderia muito bem ser
um "paisano" qualquer, Êsse dação. Há, por parte dos seus responsáveis, a
cidadáo ganha dos cofres pú- permanente preocupação do ecletismo na escolha
blicos (e são milhares nessa do repertório. Seus quadros são formados pelo
situação!) cerca dc Cr$
que há de mais expressivo nos nossos meios ar-
30.000,0( por mês. sem fazer tisticos: atores, diretores, cenógrafos, figurinistas
nada para a Nação. Normal-
monte êss mesmo "inativo" ar- e por todo o pessoal técnico ¦— qtia.se sempre
anônimo — mas responsável pelo perfeição e
íanja um emprego qualquer,
porque se julga ainda em per- bom andamento dos esetáculos. E neles, mais
feitas condições para trabalhar. cedo ou mais tarde, todos tem a sua oportunl-
E normalmente ainda vai du- dade, já que não existe a condenável preocupação
rar mais uns 20 ou 30 anos, do
"estrelismo"
que impera na grande maioria
percebendo religiosamente do
dos nossos elencos. Entre nós <— é justo res-
Tesouro Nacional seus venci-
- mentos, durante saltar — só o Teatro Brasileiro dc Comedia possui
tode êsse tem-

III
.essas qualidades que o situam, sem favor, no

riA
mclhnr sintonia com a Índole Guerra, nenhum oficial ou po. Acontece quê, quando êsse
de nosso povo. Se êste povo praça seguiu para o exterior cidadão' (qüp poderia ser Fis- mesmo pé de igualdade. "Artistas
ainda não atingiu um grau su- sem que estivesse enquadrado cal do rrnpôsto de Renda...) Assim sendo, não é por acaso que os

7 MAS SAS ficiente de cultura política, co-

mo poderemos pensar em dar
ao Legislativo as mesmas prer-
roga Uvas que possui em países
mais adiantados? As imunida-
des de um Parlamento que. não
em normas rígidas, previamente
publicadas, que vão desde a
classificação na turma até um
rigoroso exame de línguas; con-
forme o caso. Êste é um cri-
tério. E temos certeza que não
aposentou-se, entrou outro no
seu lugar, que por seu turno
abriu uma vaga para outro mais
de baixo e assim por diante.
Seria interessante que todos
os Ministérios fizessem um le-
Unidos" — comemorando o seu 11' ano de exis-
tência — estão encenando, com requintes dc ca-
pricho, mais um original de Jean Anouilh que, na
excelente tradução "Êde Elsie Lessa recebeu o su-

Dc inicio,
de
gestivo titulo "Ardéle dc amor que se trata".
ou Ia Margtierite" tem tô-
ül*£flw \ ^fw"'.]

há mais aquelas aberrantes e

(EMAS
tem decoro, que vota leis em
causa própria (Cadillac, etc,),
não podem ser as mesmas de
que dispõem os parlamentares
de nações onde seus. componen-
tes possuem maior noção de
responsabilidade, Êste é um
EDÍSIO GOMES DE MATOS ponto que deve ser examinado
à luz da realidade.
Microbiografia do pai da astronáutica
Se há necessidade num pais
como o Brasil, que está passan-
do por uma fase crucial do seu
com as funções vitais do orga-
desenvolvimento, que o Exe-
nismo humano durante o vôo cutivo seja mais forte do que
interplanetário e formulou vá" em outros paises presidencialis-
rios postulados da teori'a do tas, há também, pelos motivos
antes citados, uma imperiosa
movimento reativo e sugeriu a
ncccssidade du qu- sejam llmi-
construção da nave cósmica tndas suas atribuições em vá-
formada por vários foguetes su-
rios assuntos, particularmente
cessivos. naqueles que se relacionam com
vergonhosas nomeações que ca-
racterizaram outras gestões.
Há porém outros aspectos
para a tal reforma de base.
Um deles se refere à questão dn
trabalho. De um modo geral, o
brasileiro produz pouco. E o
Brasil está precisando de um
grande esforço, dc seus filhos.
Devc-se dar direitos ao nosso
trabalhador, mas também se lhe
deve exigir deveres,
rência de determinadas doen-
A questão dos feriados ê ou-
tro assunto que deve ser enca-
rado. Se já temos os domingos
e umas cince ou seis grandes
datas, para que deixar de pro-
duzir em um sem número de
dias santificados? Estes só de-
veriam ser três: sexta-feira
vantamento dos seus aposen-
tados, esclarecendo a idade,
riesde quando se aposentou, o
motivo e quanto ganha. Temos
certeza que a Nação ficaria es-
tarrecida com a cifra impres-
sioiiante que se gasta por ano
para manter tanta gente, gran-
rie parte ainda em condições de
produzir.
Da mesma forma', certos indi-
viduos se aposentam em decor-
ças, mas depois ficam radical-
mente curados, porém perma-
necem recebendo mensalmente
seus vencimentos de aposenta-
do. o caso mais comum é o
de tuberculose, doença hoje fà-
cilmente ciirável. Seria o caso,
Por exemplo,, de serem feitos
das as características do gênero boulevardier —
principalmente para o espectador afeito ao estilo
do célebre autor. Felizmente, porém, essa im-
pressão inicial não se confirma dadas as nuanças
de forte realismo artístico com que Anouilh narra
a história de uma família .sexualmente tragicómica "Ê
tornando-a, assim, uma das suas mais fortes e
Cena final dc dc amor que se trata", onde
aparecem Laura Suarez, Antônio Vitor, Dehrges
arrojadas criações. Em mãos menos experientes, Caminha e /oão Villaret
a obsessão sexual que domina todos aqueles per-
sonagens transformar-sc-ia falai e lamcntàvelmen- da de representantes de onze países americanos
te, num tema de erotismo barato. Mas a tese
e com sede também no México, que tomará a si
básica da obra é marcada por um conflito dra- levar a bom termo o projeto.
mático de tão fortes pinceladas, que emprestam
Foi aprovada, ainda, uma Proclamação dos
à eterna luta do amor e do sexo feições assar Atores do Novo Continente, cujos pontos princi-
insólitas! Pretendendo demonstrar que as cria-
pais são: os países da América devem ter um
turas fisicamente deformadas não estão isentas de
teatro nacional que seja a expressão de sua
sentir a sublimidade do verdadeiro amor — sim,
é de amor que se trata! — Anouilh, propositada- própria vida; o teatro da América deve dirigir-
se primordialmente aos públicos americanos de
mente despojou de todo e qualquer scntimentnlis- tôdas as classes econômicas, culturais e sociais;

M ^ Hoje em dia todos os espe-

. .Nos fins do século passado,
Konstantin Tsiolkovskt, mestre-
escola (autodidata) na provín-
cia de Kaluga, dedicou-se ao
estudo de um promema que,
naquela época, constituía pura
•fantasia: o
problema do vôo
nos espaços siderais Posterior-
mente, seus trabalho* grangea-
ram-lhe celebridade mundial.
Konstantiu Tsiolkc-v.ski, cujos
descobrimentos serviram dc ba-
se à moderna teoria do movi-
mento reativo, quando o ho-
men) ainda começava, tímida,
mente, a elevar-se ao espaço,
propôs a utilização de foguete?
para as comunkações interpla-
netárias. Em seu trabalho "Ex-
ploração dos espaces siderais
com aparelnos reativos", edita-
do em I90J K Tsiulkovski de-
senvolveu. cientificamente. a ências da URSS instituiu a me-
teoria d0 vôo siderai e deJir
z:u as equações fundamentais
da trajetória do f-jyjele. As
idéias ai- então expostas servi-
ram de base para a elaboração
da moderna ciência astronáu-
tica.
No período de UM I a 19:6,
Konstantin publicou o resultado
de várias investigações científi-
cas que realizou em continua-
çaó ao seu trabalhr de 190.1.
Através dessas pesquisas o s.á-
feio nisso conseguiu determinar
aç condições para a decolagem,
" "em
àa nave cósmica (K superfi.re'
terrestre, investigou â influén-
cia da resistência oferecida pelo
ar no .movimento, do foguete,
analisou questões relacionadas
cialistas cm astronáutica reco-
nhecem a utilidade dos satélites
artificiais da terra como obser-
vatórios volantes. Em 1895, Tsi-
olkovski expressou a idéia da
sua construção.
No primeiro quarte. de nosso
século só se conheciam os fo-
guetes de pólvora, que funçio-
navarn .om combustível sólido.
Konstantin indicou as vantagens
do emprego de combustível li"
quido e deu. pela pnmeira vez,
o esquema de um loguete do
novo tipo. Os recordes mundiais
modernos de velocidade e altu-
ra pertencem, precisamente, a
esses foguetes.
Segundo o projeto do sábio
russo, a direção do foguete no
espaço para além da atmosfera
terrestre se verifica por meio de
lemes situados no iacto de gás
que escapa do foguete, justa-
mente como, hoje em dia, se
vem procedendo, pois. nas ca-
macias dr ar rarefeMo. o veio
dos foguetes não seria possível
sem os emes colocados cm tais
posições
Os tr-balhos de Konstantin
Tsiolkovski alcançaram eclebri-
dade universal. O governo so-
viético fêz, então, o que para
con-
eles é uma alta distinção:''Ordem
decorou o sábio com a
da Bandeira Vermelho do Tra-
balho"
Em 1954 a Academia de Ci-
dalh.i de ouro Konstantin Tsiol-
kovski que foi outorgada, pela
primeira vez. em seiembro dês-
te ano. no centenário de nasci-
mento do grande autodidata-
Com ela serão distinguidos, de
três em trê. anos, os homens
de ciência autores de relevan-
tes trabalhos em astronáutica.
Só em nossos dias tem sido
possível realizar alsun» projetos
de Tsio'kovski, mas para que
seu sonho seja realizado, mui-
tos outros projetos têm que ser
desenvolvidos. Êle previa que
busca da luz e do espaço
o homem primeiro penetrará,
timi^amenie. um pouco além da
atmosfera e logo. conquistará
todo o espaço próximo do Sol".
interesses pessoais. Está neste
caso a questão do empreguis-
mo, para a qual deve ser en-
contrado um freio. Como pon-
to de partida ,todos os car-
gos c comissões deveriam ser
preenchidos obrigatoriamente
por meio dc concurso, tudo
muito bem amarrado para çv\-
tar os "furos" da legislação
atual, que possihilitn a fraude
de várias maneiras. Por outro
lado, dever-se-ia impedir as
célebres derrubadas do funcio-
nários quando se verifica uma
mudança de governo. E certas
funções jamais deveriam ser
exercidas por elementos liga-
dos aos partidos políticas, como
delegados de policia c outros Se-
melhantes.
A lei ou a própria Consti-
tuição deveria prever que, qual-
quer elemento em função públi-
oa, não poderia nomear pa-
rente até 3.° grau, no mínimo,
salvo se fôr em decorrência de
aprovação em concurso, Da
mesma forma, deveria ser rigo-
rosamente proibido o Presi-
dente "premiar" parentes ou
amigos com cartórios e outros
"panamás" Há necessidade de
modificar a mentalidade de
nossos homens públicos, no
sentido de que se convençam
de que, se eventualmente rece-
beram delegação para gerir a
coisa pública, náo são donos do
pais, nem de coisa alguma. Se
isso fosse conseguido, no co-
mêÇo Por imposição legal, te-
riamos, dado um grandoe passo
no aperfeiços mento de nossos
costumes políticas. E com isso
acabar-se-iam corr os tradicio-
nais cartões do? políticos, re-
comandando "seu" fulano *
"am" sicrano
para êste ou
aqude cargo. F estou certo de
que até para os politicr-s isso
seria melhor: pelo menos para
aqueles que desejam cie fato
realizar algo de útil.
Da mesma forma, ninguém
deveria ir para o estrangeiro,
no desempenho de qualquer
função, sm ser mediante rigo-
roso concurso. A êste respeito
deve-se tomar como exemplo o
que vem sendo feito no Exér-
cito. Até o General Teixeira
Lott assumir á Pasta da Guer-
ra só iam para o estrangeiro,
em missões especiais ou adi-
dos militares, os filhos, genros
ou amigos dé Generais ou de
políticos influentes. Quan-^j a
santa, finados e Natal. E nada
mais. Por outro lado, dever-se-
ia acabar com os tais "pontos
facultativos", permitindo-se a-
penas mais um feriado estadual
ou municipal. No "dia do co-
merciário" "dia do professor",
dia disto, dia daquilo, não de-
veria haver interrupção do tra-
balho ou d" aulas, mas ape-
nas comemorações em horas que
náo prejudiquem o funciona-
mento normal das indústrias,
escolas, etc.
Outro ponto da máxima lm-
portàncía e que poderá ter
conseqüências d=sastrosns no
futuro, inclusive oom possíveis
injustiças, é o que se refere à
aposentadoria. Neste aspecto,
existe uma verdadeira misce-
lánia de leis, quando tudo po-
deria ser simplificado se nos-
sa
que
Constituição
"todo cidadão é prescrevesse
obrigado a
trabnlhar e produzir até os 60
anos. Só poderá passar à ina-
tividade, antes dessa idade, por
motivo de doença, comprovada
em inspeção de saúde". E a lei
ordinária prescreveria que es-
tas inspeções fossem realizadas
por junta dc três médicos e to-
maria medidas para que as
mesmas não pudessem ser rea-
lizndas com protecionismo, isto
é, os médicos deveriam ser ri-
gorosamente punidos, no caso
de darem um laudo gracioso.
O que hoje vemos, lnmenti-
velmente, são indivíduos fortes
e ainda em condições de pro-
duzir estarem percebendo dos
cofres públicos e dos institutos
de Previdência. E a prova de
que ainria poderiam produzir é
que a grande maioria exerce
atividades no comerei-,, Pm ne-
gécios imobiliários, etc. E' pe-
nosp ter de reconhecer, mas o
maior responsável por êsse es-
tado de coisas é o Poder Le-
gislatiyo, que normalmente vo-
ta leis eleitoreiras, de estrito
cunho pessoal. E' o caso ,p«r
exemplo, da chamada "lei
praieira". que possibilita aos
militares a passagem para a
reserva remunerado, no posto
imediato, com apenas 25 anos
de serviço. Assim, um indivíduo
que sentou praça aos 18 anos
que é a média, poderá ir para
casa, talvez como coronel ou
até general, com 43 anos de
idade, quando muito ainda po-
deria produzir para o engran-
àecimento de sua Pátria •_• não
exames periódicos, para veri-
ficar se esses "doentes" podem
oi' não retornar \ atividade.
Muitos até preferirão deixar de
ganhar rio Tesouro, pois que já
têm outros empregos, que lhes
rendem muito mais. E o Bra-
sil, que tanto precisa dos seus
cruzeiros, está dando mensal-
mente de presente a um gordo
"aposentado" um vencimento
que muito bem poderia ser ca-
nalizario para outra finalidade
mais necessária. Nilo é êste o
caso geral, mas existe muita
gente nessa situação, muita
mesmo.
Poderíamos assim citar deze-
nas de assuntos que merecem
um estudo acurado por parte
dos responsáveis pelos desti-
nos de nossa Pátria. Talvez a
primeira medida fosse tirar ao
Congresso a faculdade de le-
gislar em assunto de ordem
pessoal, a exemplo do morali-
zador proejto de Reforma
Constitucional apresentado à
Assembléia Legislativa do Rio
Grande dó Sul, pelo deputado
Cândido Norberto. Êsse vigo-
roso representante do povo ve-
rificou que nossas Assembléias
e • Câmaras perdem a maior
parte do seu tempo discutindo
melhorias para esta ou aquela
classe, relegando às vezes a
plano secundário o estudo de
assuntos dc capital importância
para o progresso do pais.
Por estas e outras razões é
que somos de opinião que a
solução dos nosso.; problemas
não está na adoção do Parla-
mentarismo. segundo o projeto
bizantino do sonhador depu-
tado Raul Pila. O que 0 Bra-
sil precisa é de um Presidente
"peito", nã.i só
que tenha pa-
ra enfrentar os políticos criou-
los, mas também para tratar de
igual para igual com os repre-
sentantes da finança interna-
eional, que cada vez mais estão
asfixiando nossa economia e
entorpecendo nosso progresso.
Mas, acima de tudo, o futuro
Presidente da República deve
ser um cidadão de um passado
ilibado ,cuja vida privada seja
absolutamente intangível e que
não esteja ligado, nem de leve,
a grupos financeiros, nacionais
ou internacionais. C*>m essas
qualidades, êle será respeitado
por todos os brasileiros e na-
turalmentf será um verdade-;-
ro paladino do nacionalismo.
mo supérfluo as criaturas normais, transplantan-
do-o para seres fisicamente monstruosos!
Se outros méritos não apresentasse o atual
cartaz do Copacabana, teria, pelo menos, o dc
trazer-nos de volta em papéis à altura de seus
reais talentos, três grandes intérpretes. Henriettc
Morineau, Latira Suarez e Delorges Caminha. Há
muito não se apresentavam tão bem —¦ não obs-
tante a simples
"ponta"
a cargo de Mme. Mo-
rineau, que ela valoriza de forma impressionante
"estrelis- Paschoal Carlos Magno reafirmou o convite para
— e que vem demonstrar a ausência de
"Artistas
mo" adotada pelos Unidos", a que me
referi no início deste comentário.
Além disso, marca a estréia — como ator efetuará no Rio de Janeiro.
convidado — do grande declamador luso loão
Villaret, conhecidissimo do nosso público como,
talvez, o maior Intérprete da atualidade, nesse
dificílimo gênero artístico. Embora as evidentes
qualidades por êle demonstradas, o declamador
trai facilmente o comediante. Prefiro-o declaman-
do. Antônio Vitor está excelente, enquanto Tere-
zinha Amayo, Maria Pompeu, Clconir dos Santos,
Adriano Reys e Lisete Fcrnandez, apenas satis-
fatórios.
A tradução de Elsie Lessa tem momentos
"mise-
grande beleza e emotividade. A direção e a
en-scene", de Cayetano Luca de Tena, confirmam
as suas acertadas atuações anteriores. O cenário
e os figurinos são de Júlio Sena, estes mais bo-
nltos e inspirados que aquele. Em resumo: o
que o Copacabana está apresentan-
atual cartaz "marca"
do, traz a
"Artistas inconfundível das realizações
dos Unidos", vale dizer, excelente.
Congresso Pan-Americano
de Teatro
Na cidade do México, realizou-se recentemen-
te o Congresso Pan-Americano de Teatro, no
qual representou o Brasil, o Ministro Paschoa!
Carlos Magno.
Dentre as resoluções aprovadas no importante
conclave. fiqura a criação do Instituto Pan-Ame-
rlcano de Teatro, cuja sede será oportunamente
marcada, ficando as despesas com o novo orga-
nismo a cargo dos governos dos paises represen-
tados no Congresso.
Serão as seguintes, as funções principais do
Instituto: editar uma publicação periódica ex-
clusivamente dedicada ao teatro, cm tôdas as suas
manifestações: formar uma Biblioteca Pan-Ameri-
cana de Teatro: cuidar da compilação de uma bi-
bliografia sôbre teatro; fomentar estudos sôbre a
História do Teatro naciona! de cada pais. pugnar
pela criação de uma Companhia Pan-Americana
de Teatro, com sede no México e com atores e
repertório de tóda a América: criar, com respeito
a êsse ponto, uma comissão provisória, integra-
o teatro da América deve manter-se informado
das tendências e estilos e processos cênicos que
ponham em prática os paises do resto do mun-
do. não para repeti-los, mas para utilizá-los na
medida que convier aos seus propósitos fixar
normas para a criação artística ou que de qual-
quer forma se relacione com a arte teatral, em
liberdade de consciência t de expressão.
Em nome do Governo do Brasil, o Ministro
que em 1958 concorram representantes de tôdás
as nações americanas ao l* Festival Pan-Ame-
ricano de Grupos Estudantis de Teatro, que se
MÚSICA
INÁCIO GUIMARÃES
Orquestra Sinfônica
'
de
Brasileira
O décimo-quinto concerto dn série para o
quadro social da Orquestra Sinfônica Brasileira,
realizado no Teatro Municipal, foi dirigido pelo
Maestro Lionello Forzanti. e teve como solista.
a cantora Maria de Lourdes Cruz Lopes.
Na primeiro parte do programa, ouvimos com
grande satisfação as lindas páginas"Dois musicais:
"Quatro Can-
Serestas" de Villa Lobos e
tos da Morte" de Moussorgsky. A artista Maria
de Lourdes Cruz Lopes deu ampla demonstração "Canto-
do seu talento, notadamente no último
"Chefe
do exército", can-
da Morte" denominado
tado no original, onde a apreciada cantora de-
monstrou os seus dotes vocais e o seu tempera-
mento vibrante. O seu trabalho de verdadeiro
sabor artístico, deu grande realce ao 15' Concerto
da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Completando esta bela tarde de arte a or-
uma boa edição da Sinfonia n' 5
questra nos deu"Novo
em Mi menor Mundo" de Anton Dvorak
Esta sinfonia, escrita em 1R9.1. em homenagem
à America do Norte, é baseada cm temas folclóri-
cos regionais e de sua terra natal. Esta magni-
fica obra dirigida com grande acerto pelo Mães-
tro Lioncüo Forzanti teve uma execução rica
de coloridos e de dinâmica. O belo tema do
corne inglês, acompanhade pelas cordas em sur-
e o trabalho de
"Allegro movimento
dina no segundo
trompa no con fuoco" do quarto movi-
mento, merecem referência especial. A homoge-
neidade e correção imprimidas pelos músicos da
Orquestra Sinfônica Brasileira justificam plena-
mente os aplausos que receberam do seu quadro
social.

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1 •-TfaafriiSf • n ' -
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PAGINA 4 • 2.n CADERNO O SEMANÁRIO ANO II © NUMERO 84

VESTIDOS DE VERÃO
Para o verão, o mais prático é possuir uma pequena coleção de vestidinhos simples como estes.
São fáceis de lavar e passar e próprios para ir às aulas. As nossas leitoras, sugerimos estes cincos
modelos em tecidos de algodão.
ü >»¦»¦«•;.-.• *.»'.*.;•¦• •.'?m*far**rt***m"**+*i"**" . :;>.<v;>: .»¦<*•<;•:•-• *t)(ivw :"-'.-»* ':¦*&$¦
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DECOTES
FLORIDOS
Se o seu vestido branco é muito simples e sin-
i cbI'^/ ^ik ?*?%" gelo, dê-lhe um ar festivo e gracioso colocando ai-
fc* . #"w.. -^IPl, * '* ¦*•• gumas ou uma rosa no decote. Ficará sendo o ves-
tido mais bonito da festa.
i ** "PlftS> ^ >§!«.
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* í;J. ,'í*5 7"">»,y*>. f*2
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;:.l:::V».í:"í«»"»'/vl ti S I í >¦:¦:•¦• •>¦ . ¦¦:*.- : :*TÍ:-: íá

sfíí/o em popelina listrada. Fundo branco e listras Idas.

Saia plissada.
"S-^í** &'''-** vá?'* i"'''F^íiar íP * ''-
''$&
** "^^^R»^ »?Éll^ Sstófc^fc'^(^'*í^ *¦ + ^ %• 4 yÜJKk f'®;
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l.a) Para. um vestido bem decolado, êste "bou-

m* !**§!.««»»*¦ *ZlBim>.;j. i*.:>:.l\.&,wi Jcft. LV;«ift'.:t,A ..«AjyJiK.a-í -y- .- i quet" de rosas, botões de rosas e folhas verdes.
Vestido de algodão estampado em suaves cores pastel. Decote Vestido em cetim de algodão branco com desenhos azuis. Cinto
profundo nas costas. faixa em tecido amarelo claro.

"Associação
A Campanha da das Donas-de-Casa" BOAS RECEITAS BB ^*»C .
BATATAS AO FORNO
ROSAN
Descascam-se as batatas,
A campanha muralizadora das feiras-livres, A maioria dos feirantes queixa-se de que cozinliam-se ligeiramente em
é obrigada — para poder «trabalhar» em paz —- água e sal e cortam-se em
promovida pela Associação das Donas-de-Casa,
rodelas. Num prato que possa
é uma Iniciativa que merece o apoio de tôda a desviar grande parte dos seus lucros para
Ir ao forno arruma-se uma
a população da cidade, inclusive e principal- distribuir com fiscais, que mantêm para êsse camada de batatas, sobre
mente das donas de casa mais abastadas, uma fim uma organização perfeita. Não há barraca esta queijo parmezão e queijo
suíço ralados, novamente
vez que, por comodidade própria ou Indiferença que escape ao implacável «cobrador».
batatas, queijo, etc. Keyar
pelas dificuldades com que lutam as famílias Além dos feirantes, queixam-se os comer-
com bastante azeite, cobrir
que dispõem de orçamentos mais limitados, plantes do mesmo mal. Alegam que também de farinha de rosca e levar
nada reclamam e payuni qualquer preço por mantém uma verdadeira legião de «assalaria- ao forno quente.
mercadorias tabeladas. Seria bom que essas dos»: Saúde Pública, Prefeitura, Ministério do
IIÔ1.0 MIMOSO
senhoras compreendessem que, assim prove- Irabalho, etc.
Uma xícara de leite, qua-
dendo, estimulam a ganância dos comercian- Se Isto é verdade, que providências pode- tro ovos, duas colheres de
les c prejudicam suas cole(jas menos lavore- rão tomar a Associação dus Domis-de-Cusa, o manteiga, um pires de fu-
XXXi Chefe da Fiscalização da Secretaria da Agricul- rlnha de trigo, um pires de
cidas de dinheiro.
tura e o Presidente do Sindicato dos leiran- fubá mimoso, uma xícara bem
Aplaudimos Intransigentemente as atlvida- cheia de 'deaçúcar e uma co-
des de O. lalá Silveira em defesa do equili- tes? Como combater um defeito tão antigo e llierinba _ fermento. Ba-
brio financeiro das donas de casa du Kio, que tão generalizado? tem-se b'em as gemas com o ¦-.
''-'
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':¦

JÈ.
¦:
:¦'¦
'.' .

enfrentam atualmente o problema mais difícil Y':

:'-VY" ¦' .;:
a família A luta náo será (ácil, mas é preciso come- açúcar, junta-se a manteiga
que existe em nosso país: alimentar

Ê Ê iS^hí':M dentro de um orçamento que não condiz com

os sucessivos aumentos de preços.
A nosso ver, porém, a maior dificuldade
çar. Fazemos votos para que D. laia Silveira e
os senhores Ari Vieira, da Secretaria da Agri-
cultura, e Alípio Queiroz, do Sindicato dos l'ei-
rantes, consigam levar avante a mais necessá-
e bate mais um pouco. Põem-
se o leite, as farinhas pe-
nelradas com o fermento e,
por úúltimo, as claras em
¦' :.-JLÍ£Íaàl*etÍ!^rÍii-4lmi-' .-. YY'8Y.';:¦;

Chemisier sem mangas em algodão estampado em tons rosa e será o controle pelas Donas de Casa dos «lis- ria e premente campanha a liem do povo ca- neve. Assam-se em formi- _ 2.a) Para realçar a beleza deste decote, uma
azul sobre fundo listrado. Gola redonda e gravta de gurgorãú, utilizadores das feiras». rloca. nhas untadas de manteiga. única rosa e algumas folhas.

CONSELHOS
£¦'¦"¦¦¦¦-, ^^m^^b^b^bIb^Sb^b^b^^bmBBb^bI §H
PRÁTICOS í bW^IÍÍ^
' ^^
> Í ^ I
MANCHAS DF. ÁGUA NO
CHÃ ENCERADO

Depois de secar bem a água 'A»

com um pano, esfregar, no í-' IjHi i'^^pè,V t ^k' -v? .'í-Ã <T
sentido da madeira, um pe-
daço de flanela molhado de
óleo de linhaça.

SINAL DE PRATO QUENTE

fiv kÉI,<' iíéíÊíÈfflÊ&b ^ê SÒBHE A MESA

Esfregar com um pedaço

de parafina e, depois, polir
com um pano de flanela.

MANCHA DE LICOR

Lavar a mancha com água

í ¦- S ¦ vSii bWHbw «í? ;
morna aquecida com borra de
café. Secar e polir com uma
HB|BBBIBilüHH^^^IfMi® ¦- ^^s Ba«B tetnt,^ -. .#•%
-
flanela embebida em partes
iguais de terebentina e óleo
de linhaça. í^íIbIe^wIJKí.Jf^ ^" * ^ 1 &9BHBbT ' -ML 0^ ¦
MANCHA DE TINTA DE
ESCREVER Hfl ™8gÍ5*Y '., "*"*yVíÍV ^ífe^^i BsPPVpi :-~»-»Y*».y •<••
Y *!i
Passar de leve uma solução
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fraca de sal de azedas. De-
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r"^Swl%É^^ ""¦ ^». *^!a. ^fflBr ¦ ¦ ''"
pois, pincelar a mancha com '¦'¦>,* -.
uma mistura de álcool e sal. Bb^jM^^^sí^W^^^^S- M'^'-' •v' ... I"** $£ <-«. ' 1$
Repintar a madeira e enver-
"conselhos
nizar. ^__

Kíí ^'¦á'::J'^?^W':;.-' 'rÈ'w^rrV^P '"¦''¦'¦ ' - ' " ^ *?i» í

DE «iSjSJa^B^^iQt^í^mlE BÍ8^í«S E3?^d^ura8^BK> % l «SCx^"" -*y

BELEZA P'^MÉÍ mmm W •>» ^^i^^^^Wf^^^W^Ú^

PERGUNTAS E RESPOSTAS mfr ¦ . ,. , ti H»'^& ,-,a^i|ij^^yy 'n^ , ' -th
CTEIS
P. — Convém lavar o rosto
¦'*• com sabonete mais de uma
I »•¦ ! I & I | |í ' jmhE vez por dia?
BBjf : j } I * I f: fYÍYY M
H. — A pele deve ser rigo-
rosamente limpa somente
uma vez por dia, de prefe-
rência antes de deitar. Pela
manhã é suficiente enxaquar
u rosto com água morna t
alguma-, y.ilas de loção paia
a pele.

p — Fricção dé álcool *
boin para as rugas?
R, — Uma irieçáo de álcool
e um bom tônico para a pele. bSPIPIÍÍ?'* ;:;J|':;-yy' %8;í
Usado todos os dias, porém.
faz com que a pele se resse-
que e pnruque. F8ço-o so-
mPntP duas \ezes por semana algodão. Trabalhada somente em
¦ I li l\ E - R/l V" C Toalha para jantar em organdi branco bordada em linha branca de
¦ta:« eni oopctttia branca, cin-a t vermelho fvoife única rm p loqn pm seguida passe por P0"'0 de 'la'fe e P°ni0 de laçada, é ama toalha de muita aparência e epie não fica muito cara.
TaV A L H A Pt Ml t d A
popelina vermelha ou cinzi todo o rosto um pouep de
leite fresco.

Mrtfef—iNMBWiBti _ ._.... ..-. ;Jt J_

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 O SEMANÁRIO ANO II NÚMERO 84- PÁGINA 5 • 2.° CADERNO

ÜVIMEMOlSPIRITUAtlSTA BRASIlf IRO * «s ™ ^ »

=™ üãQS PQftiÍNgQS Dlre^° de)
§gT|i|p||(

Carta da União de Umbanda do Rio Grande do Sul

"Porto
Alegre, 22-10-57. - limo. Sr. Diretor de
O SEMANÁRIO. - Cordiais saudações;
Esta união que congrega no Estado cerca de 300
sociedades unibandistas, todas legalmente constituídas,
tendo na coniposjçao de sua diretoria desembargadores,
advogados, médicos, engenheiros, oficiais do Exército
e da Brigada Militar, altos funcionários da Justiça,
comerciantes, etc, muito embora existam, neste Rio
Grande do Sul, para mais de dez mil sociedades um-
bandistas, houve por bem, visando escoimar a prática
da doutrina de excrecènclas de que ela nSo carece
e que servem como portas abertas para ataques trai-
çoeiros — muito embora ela seja atacada de qualquer
torma, pelo surto que tomou com o que não se con-
formam os retrógrados que vivem tentando subjugar
a consciência livre do povo — mantém diariamente tun
programa radiofônico (Rádio Ital) e um curso de
Preparação de Doutrinadores, além de um |ornal men-
"Sarava",
sal sem considerar as visitas que realizam
nas tendas e reuniões de confraternização mensal dc
Chefes de Terreiros, Tem esta União apenas 4 anos
de existência, mas suas filiadas, que são escolhidas
com máximo critério, distribuem-se por 46 município.;
deste Estado.
Visando dar um critério social ao surto magnífico
que se observa aqui no Sul, foi proposta (por nossa
ialciativa), na Câmara Municipal desta capital, uma
lei visando a concessão dc uin terreno para nele ser
"Hospital
erigido um Hospital — Yeman)á" — se-
nielhante a todos os demais existentes no mundo. O
proponente, vereador Carlos Pessoa de Brum, católico
praticante, lutou pela vitória do projeto, durante quase
um ano, quando afinal veio êle a ser triunfante. Con-
' tudo, na tramitação final, a Igreja Romana, pelo Rá-
dlo e pela Imprensa, Iniciou uma campanha feroz,
mordaz, infamante, contra todos os umbandistas ,vili-
pendiando-os ao máximo e querendo torcer a opinião
pública, como se quisesse a construção do hospital
para propaganda c fosse "Curandeiro"
sua finalidade a feitiçaria.
Apelidaram o projeto dc e nunca houve
na história do Brasil caso de um pro|eto oriundo de
uma Câmara ser tão criticado. Naturalmente que a
opinião pública se dividiu, sendo que o lado maior nos
apoiou. E é dc se observar que a prática do Umhan-
dlsmo aqui no Sul, apesar de ser Intensa, não tem os
característicos do Centro e Norte do pais, talvez pela
posição geográfica, por isso que o africanismo não pre-
domina com tanta intensidade em nosso ritual. Vi-
vemos numa democracia e temos garantia» constltu-
cionais. O movimento de ataque a Umbanda surgiu
por iniciativa do Arcebispo Metropolitano, homem dc
caráter imperativo que dá opinião em tudo que diz
respeito ao Estado e gue pressiona todas as correntes
que lhes não sejam afins. O movimento foi de uma
maldade sem limites, de enxovalho e sem quartel.
A Igreja, que, aqui no Estado, quase que açam-
barca todas as verbas destinadas à chamada caridade,
voltou-se contra nós, de forma irredutível, tendo Sua
Eminência iniciado o ataque com uma declaração pú-
blica a todos os Jornais, onde nos exprobava, Luta
ferrenha se travou na Câmara Municipal, nas últimas
discussões. Encheram-se as galerias e, finalmente, fo-
mos vitoriosos. O projeto foi encaminhado para S. Exa.
Prefeito Municipal, Dr. Leonel Brizola, que tem como
companheiros diretos e de Imediata confiança, ocupan-
do os postos mais avançados e de maior responsabili-
dade da Prefeitura, umbandistas declarados.
O Dr. Prefeito, pessoa nossa conhecida e estima-
dissirao nos meios umbandistas, era, afinal, nosso es-
cudo. Mas uma surpresa paralisou momentaneamente
a opinião dos umbandistas. S. Exa., procurando a sim-
patla do clero romano, vetou o projeto. Custa crer que
isso tivesse acontecido, mormente quando a linha de
conduta do trabalhlsmo nunca tenha sido bem apoia-
da pela Igreja. Isso foi de estarrecer e tanto é assim
que êsse próprio órgão publicou um telegrama de um
oficial do Exército, não umbandista, a respeito, pro-
testando contra a atitude de S. Exa. Voltando o pro-
jeto â Câmara para ser apreciado o veto, a colcnda
Câmara, por maioria, o rejeitou. Tornou-se, assim,
vitorioso o projeto que, afinal, é mais para a massa
necessitada que, mesmo, para os umbandistas, pois
com a finalidade exclusiva de ser unia espécie dc
Santa Casa.
Mais uma vez a Igreja disparou contra nós, o que
continua até hoje, pela voz dos seus profitentes (que
nunca nos visitaram e desconhecem o que seja Um-
banda). Dois vereadores, Landel de Moura (ex-ins-
petor policial) e Antônio Zachia (prof. de colégios
católicos), deram entrada, agora, co mum outro pro-
jeto, visando anular a Lei que nos concedeu o ter-
reno, alegando razões Infantis,
Quando procuramos a nossa imprensa para con
testarmos o que diziam, encontramos toda sorte dt-
dificuldades. Para publicarmos uma carta ao vereador
Brum, de agradecimento e enalteclmento pela sua co-
ragem, por não ser dos nossos, tivemos que pagar
um preço escorchante. Tal não era, não é c nem po-
fomos bem
"Diárioda Imprensa. Contudo,
deria ser a missão
sucedidos no de Noticias" (a quem agradece-
mos) que publicou uma declaração desta presidência,
esclarecendo a nossa finalidade, sem nada cobrar.
Isto posto temos a declarar o seguinte: O jornal
O SEMANÁRIO é lido por todos nós, com muita
alegria, por ser um jornal do povo, livre, o único
que abre suas portas, com franqueza, aos espiritualistas
em geral. Destarte, através dessa missiva, queremos
consignar um voto de louvor a V. S. pelo rumo que
deu ao digno jornal, que nos serve de arauto, sem
sectarismos medievais.
Nós, os umbandistas, aceitamos a critica, porém
a construtiva.
O que O SEMANÁRIO está fazendo é de uma
grandeza de vistas, de uma bondade singular. Êste o
procedimento que devia ser tomado por todos os jor-
nais brasileiros que, infelizmente, estão na maioria se
comercializando ou servindo a grupos. O jornal deve
ser como um coração da Pátria, por onde flui pouco
a pouco, penetrando em todos os lares gaúchos, pela
sua imparcialidade, pela sua decência. Porque é uma
coisa triste quando tentam acorrentar o pensamento.
Aqui no Sul o umbandista está em demanda e,
nessa demanda, vai se forjando uma consciência um-
bandista, sem dúvida de lutas e responsabilidade.
Assim queira aceitar, por parte da União de Um-
banda do Rio Grande do Sul, nossos agradecimentos e
louvores por ter aberto uma página inteira ao movi-
mento espiritualista nacional, sem limitações.
Desde já declaramos que não temos absolutamente
nenhum interesse na publicação do presente ofício, fi-
cando isto sob a consideração de V. S. Pode V. S. ler
êsse documento, fazê-lo ler pelos colaboradores do
jornal e arquivá-lo ou rasgá-lo, mas pedimos apenas
que aceite as nossas congratulações sinceras de gaúchos
umbandistas de coração, pelo rumo dado ao grande
jornal O SEMANÁRIO. — Com nosso sincero Sarava
pela União de Umbanda do Rio Grande do Sul —
Hélio de Castro, presidente."
Há algum tempo não visitávamos Juiz de. Fora, que conhecemos faz 15 anos, quando, ainda em
S. Paulo onde residíamos, fomos distinguidos com amável convite da Casa de Kardec e do jeenal
"O
Pioneiro" para uma semana de palestras. Foi nessa inesquecível época que mais nos aproxima-
mos dos confrades Othon Reis Fernandes, Prof. A. Victot Magaldi, Dr. Braz Magaldi, Ali Halfeld,
Orvile Derbij A. Dutra, Luís Mescolin, Isaltino da Silveira Filho. Jesus de Oliveira e outros va-
lorosos trabalhadores da seara.
Depois daquele primeiro contato, já voltamos por três vezes à cidade cérebro e coração de
Minas Gerais e sempre em caravanas espíritas, ao fado de companheiros daqui da metrópole ca-
rioca, B cada vez que retornamos a Juiz de Fora notamos que a cidade cresce em todas as latitudes
e em todas as suas atividades.
Recentemente lá estivemos em missão jornalística, para a cobertura da Primeira Semana da Pe-
trobrás promovida pelo D. A. da Faculdade dc Engenharia dc Juiz de Fora. Um grande emprten-
dimento dos acadêmicos que empolgou a cidade, numa afirmação inequívoca dos sentimentos na-
cionalistas da brava gente juizdeforana, que solidária com os' mocos, acompanhou de perto o
movimento de renovação político-econômica, expressa no programa que o bravo jornal O SE-
MANARIO vem defendendo com o ardor do idealismo sadio de sua direção.
Não deixamos, porém, de visitar a obra a nós particularmente agradável e familiat que i
"Fundação
a João de Freitas", onde se abrigam aqulas criaturas chegadas quase ao término da
Viagem terrena, de corpo alqnebrado pela idade e que ali encontram conforto, paz c alegria.
Nossa visita ocorreu num domingo, pela manhã, hora em que se reuniam diretores e amigos
da casa para a matinal de espiritualidade, no convívio das abrigadas que comparecem ao auditório
c atentamente ouvem a palavra de um companheiro encarregado da palestra. Pomos distinguidos com
o honroso convite de Kleber Halfeld para dizer alguma coisa n guisa de palestra. Foi uma visita
de conforto para o nosso espirito. Regressamos com a alma robustecida dt fé e confiante na bon-
dade dessa gente de coração iluminado que administra o patrimônio valioso, legado pela sa-iidosa
D. Eugênia Braga, a idealizadora daquela magnífica Fundação.
Em breve voltaremos a tratar do aspecto esüirita da cidade de Juiz de Fora que é intenso e
progressista, digno dc uma reportagem de largo fôlego.
Primado do Espírito
DR. ALTIVO FERREIRA
INTERPRETANDO o pensamento formoso de gundo plano. A morte nâo se realiza apenas
um grande número de filósofos espiritua- no mundo orgânico ou físico. Também existe
listas, certo consagrado escritor e cientista uma outra morte, muito pior, de incalculáveis
termina por concluir o seu interessante re- conseqüências para a humanidade.
latíu-iii, afirmando que a humanidade apesar Refiro-me à morte dos valores espirituais.
de todos os progressos realizados no setor A morte física é o compasso que regula
intelectual, está estiolando, morrendo, vertia- a marcha evolutiva das coisas, constituindo
deiramente, â mingua por falta de água espi- um dos artigos férreos da Lei Superior, con-
ritual. cebida e executada com o rigor de uma jus-
Realmente, o inundo é um verdadeiro ar- tiça eminentemente soberana, a que nós cos-
tumamos denominar como um dos atributos
mazém de coisas supérfluas, que está sempre
da divindade. E' a morte corporal necessária,

Introdução ao Estudo da lei de Umbanda em falta de gêneros de primeira necessidade.

Esse botequim de coisas impressionantes, atrai
a f curiosidade dos homens tão somente para
os objetos desnecessários, enquanto que as
por isso mesmo é que faz parte do plano 4a
criação.
O corpo nada mais é dó que o instrumento
de que nos utilizamos para a, longa e penosa
necessidades maiores são colocadas em se- jornada da evolução espiritual.
___ (Conclusão) "que
Á~morte é condiçaõüè" vidãV Voltando ao dizíamos no Indubitavelmente o espírito
NELSON MESQUITA CAVALCANTI sendo a vida incessante e per- início, temos a lamentar o es- humano morre de inanição!
manente troca do ser vivente tado de coisas em que o mim- Cada vez mais atrofiam-se os
Cada ORIXÁ sendo uma parte, ou melhor, uma expressão com o meio que êle vive. Para do ora se encontra, parecendo- valores individuais e o sentido
domina cm nossa formação. Filhos de Fé. Mas se conhece- xo, tocando o centro do Qua- nos um caos de idéias e de cos-
do Alento Divino, se manifesta em forma de Energia não sus- Se nos analisarmos, com re- o homem viver materialmente, de uma consciência universal
mos essa predileção em nós, drado da Matéria, tendo OXA- tumes, no qual a humanidade
cetível nem diretamente mensurável pela Criatura Humana. lativa minúcia, podemos dizer ignoramos qual a origem de tem necessidade de matar as toma diretrizes completamente
LÁ à direita e EXÚ à esquerda. indiferentemente afunda a sua
Jlas, é fora de dúvida, que sua simples presença determina a qual a côr de nosa predileção, Já foi dito que OXALÁ, e EXÚ plantas e os animais que lhes opostas aos anseios de uma paz
cada uma, e como e porque servem de alimentação. Ainda própria alma. duradoura e definitiva. A paz
criação de um campo magnético cujas vibrações específicas, qual o perfume que mais deli- podemos identificá-la — Ten- são os lados da estrada de su-
trazem, em potencial, as raízes peculiares à fixação de certos somos, realmente, os maiores O espírito humano está sufo- tem que ser realizada de den-
cia, qual o gosto que sabe me- tamos a explicação: — em pri- hida que conduz a criatura ao cado pelos sentidos transfor-
setores de vida, como, por exemplo, côr, som, gosto, odor, forma lhor ao nosso paladar, qual predatas, com vida estritamen- tro para fora, isto é, da cons-
nieiro lugar podemos classifi- Foco de Origem, — ao Reino de ¦nados em infalíveis instrumen-
e consistência. Nos "pontos" riscados nos Terreiros vemos, muitas som que fala mais de perto car as cores em uma escala Luz de Zambe. Um é direita,
te parasitária. ciência individual para a comu-
vezes, através da interpretação dessas complexas expressões O espírito que se serve de los de pesquisa de tudo aqui- nidade, possuindo dessa forma,
nossa sensibilidade, sendo cer- crescente em fttnçáo do com- outro é esquerda; um é anseio lo que escapa ao domínio da
geométricas, a atividade, a linha criadora, dos ORIXÁS, mani- lo e fora de dúvida que o apri- um corpo para o reencarne na cada qual dentro de seu espiri-
primento da onda e decrescen- de subida, de evolução da Ener- matéria.
íestada pelos Guias que, por essa forma, denunciam, também, Terra, toma posse de um pa- to ò equilíbrio e a tranqüilida-
moramento dessa analise leva , ,...,. gia Consciente — Espírito; trimônio transitório, que mais de, a fim de que o conjunto de
a própria origem, isto é, informam tle que ORIXÁ descendem. ao vasto campo da magia, cujas te em rela^'ao as vibrações por outro é desejo de evolução da
As cifras cresceram, tornan-
Desde que falamos em pontos riscados, é necessário um pequeno segundo, e em bilhões, como cedo ou mais tarde deixará de do o comércio a espinha dor- homens constitua uma humani-
poderosas armas, manejadas Matéria; um é positivo, outro
parêntesis para esclarecer uma parte do assunto. Como sabemos, ser posse sua, sendo, então, de- sal da humanidade materialis- dade verdadeiramente pacífica
para o bem, muito ajudarão os segue: negativo; enfim, duas forças e realizadora.
o ponto riscado é uma figura geométrica, geralmente composta, vid.amente restituído pela mor- ta, tornando o homem mais fe-
Côr Comp. da onda em
que, manifestadas, se tornam le física, ao seu legítimo pro- roz que o próprio lobo, para
que uretende exprimir, no plano, conceitos metafísicos, não pu- Vibração p/ segundo divergentes, mas que tendem a Mas, para tanto, é preciso
dendo, por êsse motivo, ser lida matemática, nem sentida geo- milionesimo de bilhões se fundir, mercê da presença e prietário, que é a natureza."uso finalmente rebaixá-lo à condi- ressuscitar o espírito humano,
mètficamente, apenas. Um raciocínio simples e primário ilumina milímetro Entretanto, o reflexo dò ção cfè escravo absoluto de seu insuflar-lhe coragem e ideal,
atuação de OGUM. Ora, se
melhor nossa afirmação: — o ponto (algo não medivel) moven- nossa evolução, nossa subida, que o homem fêz daquele cor- estômago, com a enganadora a fim de que o seu ânimo hoje
Violeta 397—424 800 — 760
do-s«, cria a linha; a linha movendo-se, cria a superfície; a su-
456 depende do êxito da luta que po, permanece inalterável em miragem de um gozo fácil e aniquilado, torne-se amanhã
índigo 424 760 — 700 sua memória espiritual, resul- imediato. Por cima de quanta
petficie movendo-se, cria o volume, isto é, o sólido de três di- Azul — internamente travamos e cujo um verdadeiro campeão do seu
mensões. Temos como matematicamente certo que em um espaço 456—492 700 650 tando daí o subconsciente, pa- coisa o homem não passa para
Verde 492 535 650 — 590 general é OGUM, logo OXALÁ glorioso destino, com os triua-
curvo não pode haver linha reta; e o nosso espaço é curvo; por ra o qual canalizamos as con- facilmente servir o seu des- fos e conquistas no terreno da
Amarelo 535—586 590 — 520 e EXÚ são indiscutivelmente,
outro lado, também, é fora de dúvida, que as curvas são geradas
Laranja 647 os extremos na escala dc colo- quistas feitas com a ajuda do graçado senhor — o corpo? espiritualidade.
586 520 — 470 corpo e que reílorescerão nas O espírito humano perdeu a
pelos deslocamentos das retas. Pela nossa lógica chegamos a Vermelho 760 — cação. OXALÁ é a mais alta
apavorante conclusão de que se as curvas são geradas pelos des- 647 470 400 próximas vidas, em diversas sua significação moral e o cor- Muito embora seja desajea-
forma vibratória, a mais pura, tador o quadro moral da hu-
locamenlos das retas e se estas existem, então nada existe no A seguir podemos classifi- escala crescente, nem escalona- a mais límpida, a mais clara. modalidades de inclinações, de po, por extrema ironia, tornou-
terreno da Forma. Esta premissa é verdadeira e falsa, ao mesmo tendências, de capacidade, re- se o ditador implacável de seu manidade, confiamos, na espe.
car, também, as sete notas mu- dos por seus valores intrínse- EXÚ é a mais baixa, mais rança alentadora de que a tem-
tempo: — é verdadeira no fato de que os sólidos são limitados pur sicais, do alto para baixo, isso cos, pois que todos são iguais; densa, mais pesada, a mais velando-se dessa forma os gê- objetivo na vida.
superfícies, estas por linhas e as linhas formadas por pontos; é, do som mais agudo para nios e os cretinos, conforme a Desgraçada civilização que pestade passará, deixando após
do mesmo modo que não po- próxima da Matéria. natureza de conhecimentos e endeusa a matéria e mata o es- sua desastrosa passagem, um
ora como os pontos são imensuráveis, isto é, matematicamente, mais grave, partindo do Si para demos atribuir importância es-
não \xistem, porque são imedíveis, então nada existe realmente, OGUM não está nem pode impressões registradas no pe- pírito. Até onde iremos nessa ceu calmo de experiências,
o Do. A semana, tal como pecifica unitária a determina- que
tudo é ilusão; — é falsa no fato de que para a criatura humana, estar equidistante, no meio do risplrito através das vidas su- fantástica e louca corrida pelos servirá de cúpula ao majestoso
agora adotamos não é nem da côr, nem dizer que uma caminho, entre OXALÁ e EXÚ, edifício da Fraternidade, abri-
limitada, finita, o conhecimento do mundo exterior decorre, cessivas. caminhos da imoralidade, da
pode ser uma criação dos ORI- nota musical é melhor que ou- pois que sendo de fato o Ter-
principalmente, das percepções sensoriais, também finitas e XÁS, pois que no decorrer dos tra nota. O que há é o seguinte: E' assim que se realiza o len- corrupção e do deterioramento gando todos os povos num »m-
limitadas, com a agravante de que o Ser humano, nove vezes em coito vértice do Triângulo do to progreso do espírito, cuja espiritual da humanidade? plexo de mútua compreensão.
séculos sofreu sensíveis mo- — para que a Energia emana- Espírito é, simultaneamente, o
dez, se esquece de que não é platéia e sim ator, isto é, repre. dificações, até que, por influên- da da Mente Universal se mani- tendência natural é desfazer- Até quando, não sabemos, Para êsse dia ensolarado rio
tenta um papel no drama cósmico; e que assim, a Mente obser- cia oculta ficou fixada nos mol- feste em Vida é imprescindí- Quinto elemento, isto é o cen- se do que é inferior, para con- mas sentimos a necessidade de festim do espírito, nós cerni-
vadora caminha com o objeto observado, embora com veloci- tro do Quadrado da Matéria; o quistar sempre o que é supe- que isso tenha um fim, o mais nhamos, a despeito da noite
des atuais. Os mestres procura- vel a presença do Quadro da ápice da pirâmide, a força que
dade diferente, de sorte que vê o mundo através de uma ranhura, ram, indiretamente, adaptar os Matéria; para que a Matéria- rior. urgente possível. trevosa que hoje nos envolve!
como da janela de um veículo que está correndo. Nesse caso é dias da semana a determinadas Vida tome conhecimento de si permite o conhecimento da
possível, no finito espaço em que se move, ver a reta, ver seus terceira dimensão. Com sua
forças planetárias, de modo própria e tome o caminho de
deslocamentos, superfícies, volumes, etc. Um ORIXÁ; — ema-
nação da Mente Universal — infinito por sua origem, não pode
ser retratado por linhas, nem contido em superfícies, simples-
dividir e fixar o nosso labor, volta, evoluído, é necessário o
dentro da órbita de forças su- Triângulo do Espírito, para po-
presença o centro do Quadra-
do vai subir e transformar a
superfície em volume, em so-
0 Espiritismo é Uma Benção De Deus
praterrenas atuantes em nosso der dizer: Eu Sou. O Quadro lido de três dimensões.
mente porque sendo imensurável não pode ser definido por algo planeta. O estudante de ocultis- da Matéria se torna realidade OSWALDO MELO
finito, medivel. mo poderá identificar essas quando se juntam pela ordem OGUM está, pois, estrita-
Mas pode ser compreendido Sabemos que tudo que exis- mente vinculado à Matéria-Vi- » Terceira Revelação, chamada com justeza ESPIRITISMO, pois piritos da treva, sem descanto,
forças e estudá-las sob outros IBEJI — YEMANJÁ — OXOCE
e suas funções identificadas, te tem uma forma, uma eòr, aspectos, mas, no nosso caso, — XANGÔ; o Triângulo do Es- da por isso que só pode estar que e, em verdade, a doutrina trazida á Terra e ensinada pelos lhe oferecem.
através de símbolos como o que visível ou náo, um gosto, um junto a EXÚ, alma animal. Espíritos encarregados de tal missão, deve ser recebida e aceita Atentai bem nestas palavras
que importa saber é qual pírito — surge quando che-
expressa e define "ZAMBE": odor, um som e uma determi- ORIXÁ que preside determi- gam OGUM — OXALÁ — Vamos, a seguir, organizar três como uma grande dádiva do Pai amantíssimo. que vos dizemos, para fazerdes
— "o circulo cujo centro esti nada consistência. Convém fi- nado dia. Inicialmente deve- EXÚ. O Triângulo do Espírito quadros demonstrativos, sendo Jesus, seu filho bem amado, delas bom uso. E vós que diri-
tm toda parte e a circunferên- xar bem o sentido da expres- mos considerar que os ORIXÁS se apresenta invertido, isto é, o primeiro do Triângulo, o se- veio, primeiro, preparar o Pia- gis núcleos espiritas, vós. so-
são: — txiitir. Desde que a náo estão catalogados em uma com o vértice OGUM para bai- gundo do Quadrado e o tercei- Confrade — amiqo: neta para receber essa Revela- breturio, deveis ter muito èm
eii tm nenhuma". Na impossi- consideração a misericórdia de
bilidarie de realizar o círculo Ehergia se manifestou em ro, com a colocação geral das ção. E eis que o Espirito de
átomo, passou a existir, poden- ———- . torças e suas correlações: Deus e de Jesus.
sagrado, adotamos o circulo co- Escreva-nos dandosuas Verdade soprou na Terra, aos
do, inclusive, teoricamente, di- TRIÂNGULO de vontade boa. essa grande E' dever da cada um tér
mum porque é a figura geomé- impressões sobre esta
trica que pode retratar, de mo- zer "Eu Sou". E existindo em Orixá Nota Côr Planeta Minério Dias Anjos Centros bênção de perdão com qup agradecido ao Pai e ao »eu ii-
forma vibratória, deve produ- sua coluna, ajudando- Deus, mais uma vez, misericor- vino Filho. Não poderá h«ver
do finito, a grandeza infinita Oxalá Si Violeta Júpiter Estanho Segunda Gabriel olho de Si
dr. PAI. A rica simbologia da zir e necessariamente produz, nos, se possível, com a dinsamente procura reunir os maior manifestação de afljja-
va-Mente filhos ingratos. riecimento, do que a pro\»a que
Lei dt Umbanda, devidamente um Som e uma Côr, tendo in- °8um «e Laranja Sol Ouro Domingo Miguel Coronário
sua colaboração para a
clusive, uma forma com volume Exu Do Vermelho mais pura e eficiente Cabe, agora, a todos os Espí- d e r d e s, produzindo «boaa
estudada, fornece as mais pre- Marte Ferro Terça Samuel Plexo solar
e peso específicos e um coefi- rltas, o dever de refletir para obras» em beneficio do Eepi-
ciosas chaves do fecundo te-
ciente de consistência, de gos- QUADRADO propaganda do Espiri- que, diante de mais essa expio- ritismo. Trabalhai com bom
souro oculto que os negros, por tismo. são do amor de Deus, tomem ânimo, com coragem, eom cal-
tantos séculos, guardaram. Des- to, odor, etc. Ora, como a Vida -beji La índigo Vênus Cobre Sexta Anael Cardiado
em suas múltiplas facetas, é Yemanja Sol Azul Lua Prata Quarta Zacariel Onde quer que você rumo na vida. ma e com fé, para que Jesui
de o Círculo; o Círculo com Genital Amados irmãos, que nesta
um ponto no centro; o Cír- Emanação do UNO através das Oxoce Fa Verde Saturno Chumbo Sábado Orifiel Sacro esteja, poderá ser um possa reinar. Náo esqueçais
manifestações dos sete ORI- Xangô Mi Amarelo Mercúrio Mercúrio Quinta Rafael Laringen hora ledes estas linhas, já me- nunca que tudo deveis ao amor
culo com o Diâmetro; o Cír- ponto de apoio para a ditastes sobre isto? com que Deus vos ama.
culo com um Triângulo, com XÁS. logo, cada ORIXÁ deve GERAL
ter e indiscutivelmente tem, ai- divulgação dêste jornal Ainda não fizestes objeto da Náo esqueçais que a felicida-
dois Triângulos, com a Estrela vossa meditação a misericórdia de que ides adquirindo tsm-
de cinco pontas, com a de seis guma côr da vida, algum som,
Oxalá Si Violeta Júpiter Estanho Segunda Gabriel que está a serviço do
Ibeji La índigo Vênus Cobre Sexta Anael Brasil, na decisiva jor- de Deus, dando â Terra a sua bém a deveis a Jesus, a êsse
pontas, inscritas; a espiral; as alguma forma, algum sabor,
Yemanjá Sol Azul Lua Prata Quarta Zacariel terceira bênção, o seu perdão Espírito bemaventurado euja
setas; a sinuosa, as linhas que- algum odor, de sorte que, ao nada de ação e reden-
Oxóce Fa Verde Saturno Chumbo Sábado Orifiel e a sua luz, para que o reba- dedicação e amor por vós min-
criarem a Vida, levando todos
bradas, até o triângulo e o qua-
a sua contribuição, a criação Xangô Mi Amarelo Mercúrio Mercúrio Quinta Rafael ção da nossa Pátria pe- nho disperso corra a agrupar- ca mediu sacrifícios.
drado; o quadrado cortado por Ogum Re Laranja Sol Ouro Domingo la nacionalização das se em volta do Pastor que os Sede, pois, agradecidos * re-
duas diagonais, enfim, toda aponta sua origem pela identi- Miguel
Exu Dó Vermelho Marte Ferro Terça Samuel suas fontes de riqueza. conduzirá ao aprisco? conhecidos, como aquele lepra-»
uma série de combinações que ficação dos atributos predomi- Verdade é, no entanto, que, so que voltou do caminho, para
representam a expressiva e en- nantes. Tentaremos explicar o Reconhecemos oue há ligei- i ————-^___^_——_^_____________ 0 Espiritismo marcha assim como rejeitaram a Jesus agradecer a Jesus o haver
cantadora linguagem sagrada que entendemos por atributos na vanquarda do pro- naqueles dias, hoje o rejeitam curado. Não façais, como os
predominantes. Primeiro sus- ras divergências entre as vá- Grande do Sul receberão aquela
dos ORIXÁS. Assim como nas
sete cores, nas sete notas e tentamos que há SETE ORI- rias correntes ocultistas, no Homenagem à Madre que tudo merece, pelo seu espi- gresso do mundo,- jun- igualmente. Os Espíritos «re-
beldes» procuram motivos para
outros nove, pois sabeis que
rito pacificador, pela sua espiri- te-se, também, aos que deceu. Amai a todos indistinta-
nos dez símbolos numéricos, XÁS, SETE NOTAS Musicais; que diz respeito à correlação descrer, esquivando-se ao cum- mente e mostrai zelo no eum-
moram a infinita gama das có- SETE CORES do Espectro So- de alguns planetas e minerais
Yarandasan no Rio tualidade. pelas suas grandes qua- estão na linha de frente, primento de seus deveres. primento de vosos deveres, ja-
res, a inexaurível fonte melo- lar; SETE Dias da Semana; o ajudando 0 SEMANÁRIO O Espiritismo, contudo, prós- mais abandonando o arado.
e os dias da semana. Quanto
dica, e toda possível especula- ocultismo, de um modo geral,
à colocação das cores, notas
Grande do Sul a prosseguir na luta segue e vence, com valorosa Que o divino Mestre vos te-
ção matemática, assim também, juntou às seqüências setenais emancipadora. energia, no combate que os es- nha e guarde !
acima, os SETE Minerais; os musicais e centros não parece Os espiritualistas e notadamen-
pelos símbolos da Lei de Um- haver discrepàncias sensíveis. te os lliubaodistòs do Rio Gran- Inscreva-se, você, tam- "LEMBRANDO
banda, pela sua fiel interpre-
taião, podemos conhecer o
SETE Planetas, os SETE Sefi-
De qualquer forma exponho de do Sul estão em festa para bém, como seu assinan- ALLAN KARDEC li
rotes ou anjos criadores; os como me toi ensinado, certo Desejando receber êsse opúsculo em que o au-
imenso sentido da legenda dos receber a Veneràvel Madre Va- te. Assinatura anua! ..
templos antigos: "O que esta SETE lotub sagrados, etc, etc. que se amanhã verificar o randasan, da Ordem Mística Es- tor homenageia o Codificador no transcurso do I Cen-
meu engano serei o primeiro
Cr$ 200,00. Qualquer
em cima é igual ao que está Toda dificuldade consiste em pintualista Agla-Avid, que, a correspondência para tenário do Espiritismo, escreva juntando selos do
em baixo". "O Macroeosmo a vir a público denunciar o convite das organizações espiri-
atribuir a cada um dos ORI- meu equívoco. Sem embargo, esta seção deve ser di- Correio no valor de 7 cruzeiros para o porte regis-
igual ao Microcosmo" A cria- tualistas rio-grandenses está de
luta semelhante ao Criador, o
XÁS, os predicados intrínsecos por maiores que sejam as viagem para Porto Alegre. riqida a OLMO NO- Irado.
que lhe são atinentes, ou me- controvérsias surgidas na fiel Os Umbandistas do Rio de ]<¦• VAES, Avenida Presiden- Pedidos diretamente a OLIVIO NOVAES, Reda-
que vale dizer, conhecer a Ver- Ihor, consiste em descobrir interpretação dos ensinamen-
dade. neiro, que tanto devem à Vene- te Vargas, 502 - 8.° an- ção do SEMANÁRIO, Avenida Presidente Vargas,
qual desses aspectos Setenais tos da Lei, nada pode redu- rável Madre Yarandasan, pela
Deixemos, por um momento, deriva ou está subordinado a zir a fulgurante missão da sua atitude de' cooperação para dar Redação de 0 SE- 502 — 8.° andar, Rio de Janeiro.
o vasto campo do simholismo
"pontos"
cada ORIXÁ, de tal modo que Umbanda na redenção da hu- o enarandecimento da Umbanda MANÁRI0, Rio de Ja- É um brinde do seu jornal de idéia* em açllo e
e penetremos a verificação de determinados
dos
num terreno mais objetivo, no atributos possa, de pronto, iden-
manidade. E tanto, estamos no Brasil, sentem-te orgulhosos lidados niorais. que a tornam uma neiro. pensamento em marcha!
convencidos que ousamos sus- com as homenagens carinhosas figura impar do espiritualismo
terreno da Vida. tificar qual o ORIXÁ que pre- ".'
(Conclui na pág. do 2.' carí.} com que os seus irmãos do Rio brasileiro.

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PÁGINA 6
LÇTRAS E ARTES
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ti-rr:
ma Política de Preconceitos
•r/;.í
i 'sempre com desconfiança que
a critica recebe um livro de
autoria de um político Tal co-
"mo
, o" puvo ela não dá muito
'èrédito1
a semelhante publica-
ção, pelo menos á primeira vis-
tá'. A', critica é cética , por exce-
lêncix O político dn.-nagogo de
natureza Dai .
,.Q melhor é não considerar a
proveniência e ler ) livro. Foi
o que fizemos. Com certa relu-
tància- que iniciamos a leitura de
"Uma- Política de Pteconceitos",
lançamento da Editora iosé
Olímpio. Logo ver-ticamos o
que peraeríamos se não proce-
déssemos tssim.
algo superior as
resinas que se gastam mutilmen-
te neste país em que o papel do
livro 'parece ser o di eterna ca-
tálepsia', isto é. o de dormir nas
estantes das livrarias.
' tos escolares".
O' sr. Lourival FoMcs possui
a'1cófagem do sr. Gondin da
Fonseca' sem os seus exageros.
Escrevessem receio ir- se com-
sobre
promete' ' qüenta anos de critica". Con-
muito comprometeram o autor
de '.'Que. Sabe Você Sobre Pe-
tróleo?" r-lstc bela posição que
a1 sUa- fiaura pruictt i na políti-
ca naciona! cr;sre íe impor-
íáncia. As verdade,
nas náemas do volume sereno
nós seu.- -raizos e ilr.eic às in-
flüçnciai extremadas.
tintura 'pois nerrante dos aconteci-
eles po' si não ne-
mentos.
céssitam mais das cores sensa-
çionalistas.
¦' Assim" é- que quinac lemos:
"As revistas americanas publi-
' introduzida nas igrejas e nas
cãrám recentemente uma lista
de'aviões antiquados navios de
¦ e ca-
guerra obsoletos tanques
eHõís de tipo manufaturado há
Vinte e cinco anos que vários
-latinos-americanos ad-
países:
quirifam ao custo de
dé milhões de dólares não pre-
tende • impressionai a ninguém.
POr mais distante qu". se esteja
dos acontecimentos racionais,
aquisição de um vas. de g-aer-
ra nas condições
chega'de alguma fomia, ao
lihecimento
* geral.
O sr Lourival Poetes, por
Isse motivo não faz
ao 20vèrno que
armadas do país com unidades
rèfórmaoas das grandes poten-
cias, énfrequecendo
'« cofres
tempo, públicos, colo-
earido a nação praticamente en-
tre,as desarmadas importadoras
'ferro velho
d'e'Em'"Uma
política df Precon-
ceitos" há pequenos quadros da
situação brasileira, russa e
te'americana que no- esclare-
ceu a.^rca de problemas
nem semp-<
nacionais
filados nela imprensa "NoSobre
soviético diz:
regime
'en
4essa-.consideraçõ^
fenômeno ço-
porta iceitM o
munista como fato
realidade indiscutidi e prmci
nnií cadeia de
palmeme como
comaneo ¦ movendo -paises. po-
pulacões Ç
'tquízas.
rã decidi, c q"e ^•",0"'ni'ldn"
que' mudou e o"a auè
Bi" polí-ca e na es-ategia
viéticàV
^.-Aiproíosito do en-.mo estabe-
lece -um' paralelo entre as
nações üvergente tanto ouanto
"no
funde concom;'antes nas
;de domínio p°r C0'
pretensões
cesses iá pe-ieitamerite caracte-
rizados
Vale'tcWeosa itna tran-cever ai-
guns "Numa express-vo> do
•lune: sociedade aquisi-
'¦
• 2.° CADERNO
ti LETRAS E ARTES
OLIVEIROS LITRENTO
NOITE descerá com os cavalos
A Nos ladrilhos da casa envidraçada,
Enquanto
em céus antigos vai fugindo
A côr de ouro da tarde gasta e velha.
E Alguma coisa de triste pelo mundo
também pela casa ornamentada.
Os espelhos refletem sonhos vários
De formosas donzelas perdulárias.
Cavalheiros em trajes impecáveis
Distribuem a tarde na "high-life",
Enquanto os campos cobrem-se de sombras.
Ouve-se um sino ao longe, voz perdida,.
E a noite descerá com os cavalos
'Para levar o mundo em seu esqtrife;
II. PEREIRA DA SILVA
uva como a americana, onde
os valores se traduzem em ga-
nho e onde a catego_!a social é
aitada ptla riqueza, o ensino é
a mais degradada d ,s profis-
soes" Essa semelhança na de-
gradação de unia p_ufissão tão
nobre, c.iloca o Brasil, neste
pomo, em pé de igu.-idade com
o país imigo e infticnie ...
Mais adiante, retocando o
quadro, "Umadeparamos com ésle
detalhe: telefonista, um
mecânico uma empregada do-
mestiça, mesmo um operário
não especializado usufrui sala-
rios mais compensadores do
i rata-se de que um professor graduado e
milhares de daí o alarmante abandono das
escolas" E como se não bastas-
se isso. o sr. Lourival Fontes
acrescenta: "Mais cinheiro é
g"asto anualmente em histórias
de quad-inhos do que em lex-
Referindo-se à Rússia, basea-
do em estatísticas, o autor co-
rajosamente — a verdade exige
"Exem-
assuntos qu« êsse predicado — expõe:
pio espetacular é o do número
e percentagem de estudantes.
No nívei superior o total de
•4.700 00(1 em IS1!? iá nltrapas-
so>.i em mais de 70Í os Esta-
dos Unidos O básico sis'ema
contidas
'scolar oe dez anos mantém
rompulsoriamente na'- escolas, e
Não há numa f.-;quencia de 1 OOjf, a jii-
ventude de 7 a 17 anos. seis
dias por semana e mais horas
por dia rio que nos países oci-
dentais Nos últimos seis anos
o ensino é delicado a línguas
estrangeiras, ciências e mate-
centenas
Exclusivo para O SEMANÁRIO
a falta à maioria dos nossos poe-
assinaladas,
co-
acusações iy\ ilfim
"retorça
as
ao mesmo
nor-
inter
bem ven-
o O neo-romantismo de hoje
espa-
só com-
f W\mm-~^
'negável,
saber pa-
.p0'
so-
duas
RAUL LIMA
"DIÁRIO
DE NOTÍCIAS"
vo-
VISTO POR MICHEL
ti LETRAS E ARTES
rnáticas, sendo compuisória físi-
ca, química biologia, astrono-
mia e psi:oiogia".
Outros ângulos sao apresen-
tados com a mesma nitidês em
"Uma Política de Preconceitos".
O sr. Lourival Fontes não ocul-
Ia o que sabe em delrimcnto da
verdade. Se em certos passos
parece simpatizar mais com
Moscou do que com Washing-
lon, a'culpa é dos fatos noto-
rios e inegáveis. Quando não
se está a serviço de p.irtidos ou
princípios ideológicoo as mis-
tificações não habitam o pen-
samento. Tanto assim. q'.ie é o
sr. Lourival Fontes quem es-
creve: "E' melhor dizer as ver-
dades aos amigos do que espa-
lhar mentiras contra os inimi-
gos".
E foi o que êle fêz.
As vezes chega a ser rude
na emissão do que outros omi-
tem: "A fraseologia da doutri-
na de Monroe. que os Estados
Unidos transgrediram e viola-
ram trinta e duas vezes em
trinta anos, não fascina mais
aos povos objetivo? que só
crêem em fatos c realidade".
Essa franqne7ja é necessária.
Não se combate convicções com
hipocrisias. Ademais, o tempo
dc iludir os povos ficou para
trás, caiu com as ditaduras e,
se em algumas parte.;, ainda so-
brevive, será temporariamente,
pois como diz o sr Lourival
Fontes, finalizando a primeira
"são o"Jtras
parte do seu livro:
e diferentes as condições mun-
diais".
>21)A ¦¦¦'¦
ti LETRAS E ARTES ti
A ROMÊNIA E SEUS1 *m
HOMENS DE LETRAS
ENCRAVADA entre países es-
lavos e otomanos, o centro
da Europa e a estepe russa, as
regiões brumosas do Norte e o
Meio Dia ensolarado que é a
Península Balcânic-i. separada
do antigo império romano pelos
Bálcans eslavos e a Hungria
madgiar, a .Áustria germânica,
a antiga Bosnia e Albânia tur-
cas, a Romênia constitui a van-
guarda do mundo latino no
Oriente, conservando bem níti-
das as característicis latinas
que herdou dos seis remotos
antepassados hispano-romanos.
A persistência dos costumes
no povo romeno 4 tão grande
que até hoje os camponeses
usam vestuários semelhantes aos
das figuras que podem ser vis- .os romenos se refugiaram nas
tas nos relevos da coluna de
Trajano, cm Roma., aue repre-
sentam - marcha dos colonos
espanhóis para a antiga Dach, esquecidos, viveram durante dez
hoje Romênia.
Orgulhosos de sua origem la- os povos vizinhos, permitindo-
tina, os romenos erigiram um
monumento à Loba Romana
numa das mais belas perspec-
tivas de Bncarest, e duranle
muitos anos a efígie da loba,
amamentando a Romulus e Re-
V%
St,
siik *-
fül
^»
«PI llkllliiÉ
Mihail Emincscu
mo, figurava nas notas do di-
nheiro romeno.
O maior tesouro, porém, que
os romenos herdaram dos seus
antepassados, é o idioma — a
quinta língua neo-iatina, que
eles consideram a mais bela do
mundo. Daí a velhi canção po-
pular, conhecida em todos os
recôncavos daquele pitoresco
país, que começa com aj se-
guintes estrofes:
''E'
muito doce e formosa
A línqun que nós falamos.
Outra língua tão haimoniosa
Como ela não achamos".
A conservação do idioma la-
tino por êsse povo oprimido é
uma das mais belas e heróicas
páginas da sua história, que
merece ser contada.
Tendo vencido os Dácios —
povo turbulento e bárbaro, que
ocupava a região eníre os rios
Danúbio e Duiester e os mon-
tes Karpatos, o imperador de
Roma, Trajano, originário da
Espanha, resolveu estabelecer
ali os seus compatriotas espa-
nhóis e milhares de legionários
romanos E foi assim que surgiu
mais uma colónb sob c domínio
de Roma. na qual espanhois.ro-
manos e remanescentes dos dá-
OS DONOS DA LUA
A LUA vai deixar de ser o ter-
** ritório imaginário dos
tas, para tornar-se um subúrbio
do mundo. Já não é impossível
visitá-la. "Sputnilc" eqüivale à
passagem de ida, e amanhã ou-
tros satélites artificiais farão a
"round trip"
que embora ainda
não seja privilégio de russos
nem de americanos é uma ex-
periencia a consumar-se em bre-
vc para pêsames de poetas e
namorados.
lem a diferenciá-lo doe român-
ticos dc oniem êsse traço que
lhe defoima o sentido e talvez
seja o começo de sua destrui-
romantismo sem
ção. E' um
lua. Por enquanto vamos falar
em Marte, Júpiter on Saturno,
quando quisermos aludir a uma
região inatingível que. fora de
nosso alcance, pcrmile-nos sen-
ti-la poeticamente. Sim. por en-
quanto. Ouem nos dirá que che-
gando à lu<i. dali os homens
não ambicionem atingir outros
mais distantes no espa-
pontos"Spntnik"
co?
realidade a
transformou em
fantasij de Júlio
Verne e é a perspectiva do ad-
mirável mundo novo de Hu.t-
ley. O CongTesso Internacional
LETRAS E ARTES &
NELSON VAINER
cios, formaram um novo povo
— o romeno.
Tudo ia bem até a invasão
dos bárbaros. Privados de re-
cursos e sobretudo de armas,
devida à ruptura de comunica-
ções com Roma, não podendo
íesistir às temíveis hordas de
bárbaros, que o grande poeta
Vasile Alexandri ass.m descre-
ve em uma das was primorosas
poesias:
"Vém o* Hnnos,
Vêm os Godos,
Um dilúvio
Vem com todos",
alturas inacessíveis ou fáceis de
defender dos Karpatos, onde,
isolados do mundo, ignorados e
séculos. Teria sido isso que os
preservou dc mestiçagem com
lhes conservar os costumes, a
mentalidade e sobretudo o idi°-
ma.
Um dia, quando as circuns-
táncias permitiram, os hispa-
no-romanos desceram dos cumes
dos montes e tornaram a ocupar
a planície que Trajano lhes dc-
m
ra mil anos antes, fundando
dois ¦ grandes Estados — Vala-
'¦¦¦$
quia e Moldávia. o primeiro
em 1290 e o último em 1353.
Desde a fundação do primei-
ro Estado romeno até a wiião
dos dois citados Ealados, em
1859, a história do povo rome-
no fora escrita com torrentes
de sangue. Além de lutarem
contra poderosos inimigos como
turcos, húngaros, poloneses e
outros, os romenos se devora-
ram entre si duranle séculos
consecutivos. E eram irmãos da
mesma raça. do mesmo credo,
dos mesmos usos e costumes,
falando o mesmo idioma.
O idioma por eles falado era
formado da língua latina po-
pular, isto é, da língua latina
vulgar,, e não do lalim culto,
dos livros.
Também a língm
romena
tem a sua
história. E' óbvio
dividida
que a Romênia, em
vários Principados dominados
por potências estrangtiras, pas-
sara por tremendas metamorfo-
ses através dos sécsilos. Sendo
subjugada ora pelos turcos, ora
pelos húngaros, gregos, russos,
é natural que cada dominante
procurava impor a sua língua,
os seus usos e costumes.
Naturalmente o povo romeno
não se deixou subjugar fácil-
mente, lutando heroicamente
contra a opressão dos podero-
sos inimigos. Luta de séculos,
Enquanto os exércitos, chefia-
dos pelos "Voevod" pegavam
nas armas, sucumbindo nas
guerras pela libertaçãc c inde-
pendência, o povo, notadamen-
te os homens de letras, lutavam
contra a implantação de estran-
gcirismo. preservando a língua,
as tradições, os usos e costumes.
Uma dessas lutas foi a de
salvaguardar a língua romena.
Mas só a partir dos mea-
dos do século X V 11 é que
a língua romena começa a ser
escolas, ao invés da velha lin-
gua eslavona. E só a partir dos
meados do século XIX, os ro-
menos passam a escrever a sua
língua com letras latinas, subs-
lüuindo as eslavas.
SALDANHA COELHO
de Astronáutica de Barcelona
poe- perdeu a razão de ser, porque
as teses que nele iam ser apre-
sentadas envelheceram na vés-
o aparecimento es-
pera, com "Sputnik".
pantoso de E quanta
coisa mais não tem sentido?
Resta-nos um mem de defe-
sa: criai muitas outras passar-
padas que por não serem físicas
nenhum foguete intai-planetário
i.imais tocará. Passárgadas im-
ponderáveis que só .cnham exis-
tência em nosso muno0 interior,
e que não possam ser alcança-
.ias por nenhuma dessas pode-
rosas lentes voltadas para Spiil-
nik, à espreita, como olhos de
um atcnlo.s à possível
galo.
queda de um pássaro.
Tratemos de nos defender
contra a era da máquina, de
une nos advertem Virgil Ge-
orgiu e Gabriel Mareei. O ho-
mem está perdendo sua con-
dição humana, po-que está
destruindo os próprios mitos.
Querem-nos transformar em ro-
bôs, e substituir o sangue de
cante de nossas peças Aí vêm
os donos da luta. para tirar-lhe,
a condição divinatóri? e trans-
formá-la vulgarmente numa
Maceió ou numa "L'tt'e Rock"
- O SEMANÁRIO • ANO U © NUMERO 84
LETRAS E ARTES * LETRAS E ARTES ti
Seja como fôr, foi na língua
romena que surgiu um dos
mais belos e ricos folclores da
Europa. O famoso filósofo e
crítico germânico, J G. Her-
der, em sua monumental
obra "A Voz dos Povos", apro-
veitou muitas das jóias do foi-
clore romeno, — folclore êste
que só a partir do século XIX
começou a ser devidamente re-
colhido e lapidado pelos ho-
mens de' letras da Romênia. E
é precisamente naquele século
que começa o desenvolvimento
da literatura romena, que é fa-
vorecida com o aparecimento
de uma pléiade de escritores e
poetas notáveis, que podem ri-
valizar com os grandes vates
da literatura universal.
Os poloneses tiveram um
Adam Mickiewicz, o.s romenos
um Vasile Alexandri "o rei da
poesia romena"; os ingleses ti-
veram um Byron, os romenos
um Mihail Eminescu, o maior
poeta romeno dc todos os tem-
pos; os russos tiveram um Ivan
Krylow, os romenos um Ale-
xandru Grigorescu, cujas fáhu-
Ias marcaram época; os alemães
tiveram um Herder, os romenos C^£^.
um Anton Pann, — isto para
citar apenas alguns dos inúme-
!fp^PiPPP A Rosa do Fim
kquêle que vai partir
Eu não quero mais sentir
Pertence ao longe^à distância
Não pertence mais a mim.
y.-y'':yly ,„
%Jmt" v,'||j; %y
y.,
Aquele que vai morrer
Não tenho forças pra ver,
Já pertence à morte, ao fim,
Não pertence mais a mim.
Do amor que vai acabando
Já não quero mais saber
Esqueço um dia mais cedo
Do que iria esquecer
Em tudo que vai findando
Maltratando o coração,
A triste rosa do fim
Mihail Sadoveanu
Eu colho ainda em botão:
ros grandes escritores apareci-
dos no século passado. NILZA PICANÇO
Passando à história da litera-
tura romena contemporânea, já
temos uma literatura moderna,
com historiadores notáveis co-
mo Nicol-.ii Iorga, membro da
Academia Romena e do Insti-
tuto da França. au:oi de inú-
resWfWSMè&M®
MAURÍCIO CAMINHA OE LACERDA-
meros livros sobre a Romênia e
a stia . civilização; grandes no-
velistas como 1. L. Oaragiale,
Milhail Sadoveanu; contistas MORTE — A senhora Lídia Grieco. Frase de A. G, ao agra.-
como Cezai Petrescu,, Panait Bvsóuchet, em artigo intitulado riecer o banquete' com que foi
Islrati e Liviu Rebreanu — êste Ultima visita fala (e aliás, mui- homenageado poi mais de du-
último provavelmente o maior
to bem) .sobre Alvar. Bomilcar, zentos literatos: "Nenhum, muar
seu tio. O artigo começa com a ficou Impune nos meus cin-
de todos, cujo romance "A Fio- seguinte frase: "Sempre digo e
resta do., Enforcados" já se repito que a morte tem uma tinue, seu Agripino. A safra de
acha traduzido em várias iúv significação especial porque fe- muares ainda é vasta. Olhe
Elias. r, o homem em seu orgulho". que êste persiste sendo, como
Que é isso, dona Lídia A mor- dizia meu avô, um país em qua
A maiori,-, dos escritores ei- te tem significação especial pa- se mede o talento pelo tamanho
lados já tem algumas das suas ra o homem porque o liquida. d-s orelhas...
E liquida tão bem que não dei-
produções traduzidas em portu-
guês, em duas interessantes an- xa ao orgulho, ai de nós, espe- SOBE — A Estréia sobe, do
rança dr .sobrevivência. A me- sr. Marques Rebelo, é um dos
tologias editadas em Portugal e
nos, vamos lá, 'passem,
que as paixões bons romances Já. feitos neste
organizadas pelo escritor ro- dêsie mundo cóm a
meno V-ctot Buescu da Fa- país quase sem romances bons.
alma desta para a melhor. Vale a pena ler.; ¦¦¦
cuklade de Letras de Bncarest e
Leitor de língua e literatura ro- VIDA — Excelente a poesia NÂO SOBE — Recebo um
menas na Faculdade de Letras de Juan Ramón Jimencz, pu- opúsculo em que se descreve
bicada em suplemento literá-
de Lisboa, onde reside. E é in-
rio (tradução de Nora P. Ci- com minúcias 0 satélite artifi-
teressante notar que o* traduto-
res dos tontos são portugueses,
dade) sobre tragédia deste ciai que os Estados Unidos vão
que graças ao prof. Buescu,
mundo criado por Deus e go- faezr subir, inttressantlssimo.
vernado por Mefistófeles. Cha-
aprenderam a língua de Emi- ma-se A Pequena Coxa: 'Mas Menos interessante, porém, do
nescu a- ponto de traduzir dire- os pássaros nâo esperam,/ as que o Sputnik, o sat-lite so-
tamente do romeno, contos, no- crianças não esperam! Erra/ a viético, que- não figura em
velas e até mesmo poesias. primavera, E' a festa/ do que opúsculo mas cuja vantagem é
corre e do que vôa.../ A meni-
na sorri: "Espera,/ vou apa- já ter subido.
nhar a muleta!/" E essa ter-
nura, diga-se de passagem, que EXCITANTE — A Gestapo,
tas; ou pelo menos aos que
segundo o sr. Jorge Mala, é
são publicados como poetas,
vá lá...
ainda hoje um excitante para
certos artistas plásticos na
Alemanha. Declara o Sr. J. M.:
DFUB — Trecho do prefácio "Forçosamente sofrem eles do
dfi poeta Carlos Dnimond de
Andrade sôbrr o livro Bihlio- receio subconsciente de que tu-
do não passe de uma farsa e
grafia Nacional, de Antônio"Deus
Si-
Sim, porque a lua mões dos Reis, o editor:
qualquer que, amanhã a Gestapo lhes
não será de um só mas de o mandará calar-se, não por E it.i a porta, buscando o cri-
chegarem até ela com impaciência, mas porque na sua
quantos"Sputniks" minosc que pinta telas dege-
seus esféricos ou ei- infinita sabedoria, desde o co-
méço dos séculos ati a consu- neradas".
líndricos. modelos ianques ou
mação deles, conhece o livro,
eslavos, igualmente sacrflegos.
todos os livros, e conhece so- CALMANTE — José Olímpio,
A lula pelas suas fronteiras se- bretudo Simões dos Reis."
rá iminente, e, palmo a palmo, explicando a êste repórter a
Como conhece, permltam-me
como pioneiros, ali estaremos acrescentar, o sr. Carlos Dru- razão pela qual serve um de-
disputando-a, e, talvez, dividin- mond, homessa! licioso maracujá em seu eseri-
do-a em duas — como uma DIABO — Comemorou-Se o
tório, aos literatos que o pro-
nova Alemanha que houvesse cinqüentenário de atividades li-
t-rárias dêsse diabo jovial que curam: "Maracujá é calman-.
perdido a guerra.
aindo hoje é mestre Agriplno te."
— A lua é minhil dirão em
russo «i em inglês os invento-
res de "Sputnik" E ai sim, vi-
veremos no mundo da lua —
acompanhando as discussões da
-ucursal da ONU, que ali ina-
Não contribua para
pelàvelmente terá que instalar- enriquecer cada vez mais
se para conter os ânimos dos
litigantes
os capitais estrangeiros
Que não nos vejam de seus
túmulos os Alvares de Azevedo,
os Castro Alves ou os Fagun- que querem sufocar a in-
des Varela E quanto aos seres- dústria Nacional.
teiros. guardem seus violões. A
lua já não é mais rima ilha so- Compre sempre arti-
litária e inacessível, aue lhes dê
hiz e inspiração para as can-
ções enamoradas. A lua tem do-
gos nacionais e estará co-
no e de lá agora no-i espiam, operando para o engran-
indiscretamente, como o vizinho
de uma janela qualquer. decimento do Brasil.
—mmatrtí¦». . ¦ .- . ¦.-;¦-¦
;w riifirt il,ir"i i ir i ijjardy^a^--*^"»*"!
 PÁGINA 7 • 2.° CADERNO •
O SEMANÁRIO ANO II • NÚMERO 84

¦OVIMENTO ¦ ESfWÀNT1L JR-^W-^-VA^«RE. CÍEMENTE H. Df-àitVMH(rt^El^N^lRa

Educação Para o DISCURSO DE NILSON RESENDE NA SEMANA NACIONALISTA

Progresso "CACO NAS ALAGOAS
TRANSMISSÃO DA PRESIDÊNCIA DO
NELSON SOEIRO
Ao passar a presidência do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, da Faculdade
Coi-isntava-se entre estudantei a significada do domínio dos
espaças siderais, desvendando mistérios, com a lançamento lna- Nacional de Direito, o bacharelando Nilson de Resende expôs sua atuação na liderança
"Sputnik
creditável do II" t o estado de seml-barbárie cientifica daquele Diretório Acadêmico, líder do movimento universitário na Capital da República,
em que jazemos. — Qual a causa? pós-se a pergunta.
Um aluno de Filosofia de pronto Indicou a razão; "A re- durante sua gestão, tão atribulada pelos acontecimentos nacionais e internacionais.
volução com acepçSo de progresso, de h-ansformação radical dum
Nilson de Resende faz profissão de fé nacionalista, desmascarando o empenho
estágio de primitivismo para culminãnclas do progresso técnico-
cientifico, consegue-se s<4 « Infalivelmente pela edn-açlto. A Edu- dos trustes em nos manter como semicolônia, roubando-nos com a anuência criminosa
caçán pode operar a mutaçío dum selvagenrlnho (conquanto sa-
dio psíquica e flsiològicamente), num dos maior»-, gínloi, — Os de traidores da Pátria.
soviétieoj Intuíram o único meio de levar uma naçSn aos pincaros
da ciência e técnica, da reforma social. A Escola é hido. Quem
tem as rédeas dum sistema educativo, possui o futuro dum povo", Magnífico Reitor da Universidade do Brasil. conceitos inautênticos e que Nesse inquérito ficou pro-
redargulu o estudante e falou bem. Excelentíssimo Sr. Diretor da Faculdade Nacional ds Direito. servem exclusivamente, para vado e confessado pelos diri-
Senhores Professores. dar cobertura à rapinagem dos gentes dos trustes que, entre
A União Soviética emprego» todos os seus recursos na mo- Colegas Representantes de Entidades Estudantis. grupos econômicos alienígenas. os fatos mais importantes, frau-
dernização do pais, através duma revolução «o sistema de »du- Meus Colegas. O Nacionalismo é a única daram o fisco através de ven-
Cumpre-me, neste instante, resultados imperialistas na Si- política compatível com a nossa das fictícias, em milhares de
cação, concretizando em algumas deeanas de anos o milagre de ria. cruzeiros; vendiam gasolina es-
executando determinação es- condição de nação subdesenvol-
levar a Rússia taarlsta, feudal, medieval, a ballsa dai primeiras tatutária * em obediência ao* Estamos certos de que essa vida. Essa orientação, consa- especial sem nunca terem liei-
naçêes do mundo, não so potência, como nação, onde se con- democráticos, trans- conquista da Ciência continua- grada no ambiente estudantil tado dólares para a importa-
princípios "gratificavam"
mitir ao colega Antônio Vicente rá a ser empregada para fins brasileiro, foi a que Imprimi- ção da mesma;
sngulii prosperar um sistema, gue, desde o Acadêmico Platío até pacíficos como o foi recente- mos, em nossa gestão, ao Cen- oficiais da Marinha de Guerra
da Costa Júnior, a Presidência
Marx, não saia das esferas do ideal, no amor dos sábios pela do C.A.C.O., para a qual foi mente, no lançamento do sa- tro Acadêmico Cândido de Oli- do Brasil, através da venda de
humanidade. sufragado em pleito honesto e télite artificial pela União So- veira. óleo que faziam ao navio "Du-
democrático. viética, como também estamos Não nos limitamos a nos que de Caxias", além de gastar,
O capital empregado na educação i semente lançada *m ter- certos de que o homem, partin- somente um dos grupos, o ame-
do para a conquista dos espa- proclamar nacionalistas, como
reno úbara, para render mil por um, Nio i "dinheiro )ogado Há um ann atrás, quando fazem alguns. Lutamos efetiva- ricano, 31 milhões de cruzeiros
assumíamos à Presidência do ços siderais, terá chegado a mente e procuramos influir em cm verba de relações públicas.
fora", eomo há semanas dogmatizou absurdamente, numa con- C.A.C.O., vivíamos uma qua- uma compreensão menos indi- Em outras palavras, destina-
todas as ocasiões, no sentido do ' 1 nir ir' ,xfty1^
ferência na Pontifícia Universidade Católica, uma das mata altas dra de intranqüilidade e apre- vidualista da vida em socieda-
que se materializasse a tão vam essa vultosa quantia i Bi'11 m ,i iiiíimíéh 1 -_H__P".i_wn___tjro.......... j
ensão. de, abolindo as guerras de con- desejada emancipação econômi- compra do silêncio e ao paga-
ou a mais alta autoridade em educação do Pais.
Éramos espectadores da quista e as empreitadas impe- ca do Brasil. mento das adesões. O flagrante colhido destaca várias autoridades da Sociedade
Um véti de progresso sem estruhiraçío escolar, quer dizer, agressão franco-britânica ao rialistas. E' natural, portanto, que te- E\ portanto, compreensível, alagoana: Exmo. Sr. Governador do Estado, Dr. Muniz Falcão
Egito e da intervenção armada E' chegado o momento de as S.Exa. Rcvma. o Arcebispo Coadjutor, D. Adelmo Machado
sem que êíte progresso *e radique no Indivíduo, como parte de nhamos sido alvo, juntamente como dissemos, que essa Im-
O Prefeito da Capital Dr. Abelardo Pontes Lima -- Deputada
dos soviéticos na Hungria. relações internacionais se ba- prensa chame de comunistas a
sua formação, na reforma da pessoa, não é progresso, que não com os companheiros do Mo- Teotônio Vilela — Secretário do Interior, Major Kleber Ro-,
No discurso de posse pro- searem na reciprocidade de in- vimento de Reforma, da famosa todos aqueles que contrariem
uma fantasia de códea, Instável e cristalizada, morredoura. nunciado naquela ocasião, ver- terêsses, na colaboração e na drigttcs -¦ Vereador Pereira de Lucena e outras autoridades. No
campanha anticomunista, de- seus objetivos inconfessáveis, momento discursa o Governador do Estado, falando da patriótica
beramos esses atentados à so- solidariedade.
sencadeada, não só interna- efetivados segundo dizem, em
Reforma, sim, do conteúdo, das direções do ensino, como beranla daqueles países, os As nações subdesenvolvidas significação político-social que é a Frente Nacionalista Brasileira.
mente, como de fora, — atra- defesa da civilização cristã.
necessidade vital para o momento, como imposltlvo dos caminhos quais constituíam uma violenta não podem continuar sendo ex-
vés de uma Imprensa venal e a Tôda essa campanha imoral
perturbação da ordem inter- pioradas nos seus recursos eco-
para que marcharam as nações. Reforma do ensino, ria educação, nômicos e a sofrer o fenômeno serviço, bem remunerado, dos não deixa dc produzir frutos
nacional. beneficiados pelo nosso subde- nas camadas menos politizadas
como reforma da pessoa. De seu conceito do mundo, da vida. De Hoje, a Humanidade sente-se político do satelitiamo. conseguirão corromper a maio- interesses. Queremos trilhar 9
-sen volvi m e n to, _da_classe_estudantil. -riados-estudantes-broasileirosr- "nosso
sua responsabilidade na contribuição eficiente para o futuro da so- mais segura. Não que os blocos O Brasil, para regozi.10 dos "imprensa caintnhoro"eímirihBTÍlJr
em atrito hajam chegado a um reacionários e regalo dos ve- Essa Imprensa, sa- Convém que se afirme aqui, A voz do estudantado brasi-
ciedade. nossa definitiva emancipação,
entendimento racional. As na- nais, continua integrado no rol dia" como, cinicamente, se inti- que a Comissão Parlamentar de leiro é livre e estará sempre
das nações espoliadas, fazendo tula, — confunde, propositada- Inquérito que investiga as ati- livres de quaisquer injunções.
A Nação que permanece apática, inativa, ante os caminhos ções, infelizmente, ainda se mente, Nacionalismo com Co- vidades dos grupos petrolíferos
alerta para denunciar os vendi-
orientam segundo o injustificá- parte do bloco liderado pelos lhões da Pátria. Com a consciência tranqüila
novos para que marcham ss homens — é nação criminosa, Nação
vel preceito romano "si vis pa- Estados Unidos e para o qual munismo porque é sua missão tem em seu poder um do-
Por isso, em nossa gestão à do dever cumprido e eom a
de Irresponsáveis. cem, para bellum". os entreguistas invocam fata- ludibriar a opinião pública a cumento, mediante o qual fi-
fim de que esta se conforme cou constatado que o truste in- frente do C.A.C.O., mantivemos convicção de não termos trafdo
A paz mundial e a coexistên- lidades dc ordem geográfica,
cia de sistema de vida diferen- econômica, religiosa, etc... com o "status quo", o qual lhe glês dá prioridade, no seu De- 'rie bem aceso o ideal nacionalista a confiança dos que nos- «le-
À Ciência nio t apanágio de um grupo ou outro racial, na- garante polpudas vantagens. partamento de Relações Públi- nosso desenvolvimento e de
tes, repousam, nestes dias, no Causas evidentemente falsas e geram, entregamos o.posto ao
cas, em primeiro lugar aos par- nossa autodeterminação.
cional. A Ciência é da HUMANIDADE. Todos para ela devem foguete balístico intercontinen- que não resistem a uma cri- O exemplo frisante do que nosso sucessor e esperamos
tal. E' graças a dse formidá- ties. honesta, servem, no en- afimamos é o silêncio crimino- lamentares e, em segundo lu- Reafirmamos e o fazemos na
contribuir, sob pena de »e fazerem desmerecedores de seus bene- gar, aos estudantes. E' um fato dele, a manutenção dèaée Íde_-
vel engenho, que trouxe nova- tanto, para justificar essa ver- so em que se fechou a grande certeza de estarmos interpre-
fidos. (ladeira aliança de panela de Imprensa em torno do inqué- bastante eloqüente e que dis- tando a consciência estudantil rio que se exprime por féV, ne»
mente o equilíbrio para as rc- '
lações internacionais que, uma barro com panela de ferro. rito parlamentar sôbre as ati- pensa comentários. de nossa terra, que não dese- presente e futuro do Brasil.
On te formam homens para o século vinte (para a segunda Trava-se, neste momento, no vidades nefastas e antinacio- Para felicidade do Brasil, en- jamos mais ser explorados.
doutrina ditada rio continente
metade do século vinte), homens que capazes de realizarem, imi- americano para o Oriente Mé- Brasil,,uma luta encarniçada vi- nais rios trustes petrolíferos tretanto, os trustes e seus acóli- Não queremos permanecer pre- NILSON DO MOMTO
sando a revisão de todos esses """«*¦,
tarem a erticío mllagro-a de satélites, do domínio ¦ do cosmos, dio, ainda não produziu seus que operam no Brasil. tos não conseguiram e jamais sos a alianças lesivas aos nossos REZENDE;
ou estaremos destinados a desaparecer, eomo Indignos, do mapa
das nações, pois nSo teríamos cumprido a tarefa que nos está
destinada- como parte integrante da sociedade humana.
DIA DA CULTURA EM MATO GROSSO
¦:'-*^x-Z*y¦'¦'¦&'¦.<:'¦¦>;
y^íw*wg||
Teatro Universitário
Ou nos elevaremos pelo estudo, pela «ducação ao nível que
atingiram povos tão humanos quanto nós. ou nos preparamos uma
triste sina. .¦".-'
1®yy® .¦ 1 igll
Reformas que se planejam no Ministério, nos recônditos das
Câmaras, que se alardeiam nos jornais atualmente, despertando
yy
yyyyyyyyyy:yyyyyyy:y:
o 1. U. B."
picuinhas, ferindo susceptibllidades. manias por esta 011 aquela
língua.' por esta ou aquela forma de
"articulação",
tudo Isto de No Festival De Arte
nada contribuirá para a solução urgente, vital, na transformação,
na atualização do ensino de nossas escolas, de nossas Universi- Por ocasião do encerramen- uma peça grega, com que ex-
dades, antiquadas, cheirando á literatice verbosa dum classicismo to do I Conselho Nacional dos cursionará pelas capitais cottai-
Estudantes, recentemente reali- ras, em dias do mês d« janeiro.
bolorento, que já deveria estar no museu imperial. zado na CIDADE DO AÇO — T. U. EM MATO GROSSO
Volta Redonda — o presidente Sob os auspícios do Centro
da U.E.E. de Minas Gerais Acadêmico VIII de Abril, da
procedeu a entrega, ao Diretor- Faculdade de Direito de Mato
Reformas de Ensino de crosta. De pincel. Não de conteúdo. Geral rio T.U.B., acadêmico Grosso, foi criado c -Teatro
¦ De diretrizes da Educação. Isto é o que nos querem impingir. Silva Freire, de dois diplomas Universitário local, cuja estréia,
Falta de finalidade prática do nosso sistema de ensino. Não correspondentes aos prêmios a anuncia-se para o mês d« de-
que fizeram jús os elencos uni- zembro, levando ao palco uma
prepara para a vida. — Se temos técnicos, cientistas eminentes, versitário e o Grupo Afro da- peça de costumes nacionais.
é pelo esforço ultra-humano dum pequeno grupo qne se mata por quele departamento dc cultura
O Centro Acadêmico VIII de Abril da Faculdade de Direito de Mato Grosso, promoveu, na passagem do DIA DA CULTURA, im- cênica da União Nacional dos DIRETORA DO T.U.B. NOS
acompanhar, sem meios, o progresso da humanidade para a con-
portante solenidade prestigiada pelos órgãos governamentais e culturais do grande Estado do Oeste. Estudantes, No ato. o Presiden- ESTADOS UNFDOS
quista dos segredos do mundo. No clichê, um flagrante da Mesa que presidiu os trabalhos, usando a palavra o diretor daquele estabelecimento de ensino, dr. Alcedino te da União Estadual dos Es- Fazendo jús à bols-j de estu-
Pedroso, destacando-se, ainda, autoridades eivis, militares e eclesiásticas. tudantes mineiros acadêmico do, após concurso prévio, seguiu
Todos os estudantes se queixam do método dc ensino de Francisco Leocàdio dc Araújo para os Estados Unidos da
.suas escolas. De seus mestres pré-históricos. Estudantes secunda- Pinto discorreu sôbre o apura- Amcricd do Norte, a srta. Thel- '
•rios. De Medicina. De Filosofia. De Arquitetura. De Filosofia. Energia Atômica, o Caminho ... Atenção, Leitores Eleitores!... do nível artístico dos trabalhos ma Patti. valor dos mais desta-
Os núcleos nacionalistas do ln* encenados pelo T.U.B.. em Belo cados do Teatro Universitário
Todos .enfim. A endemia é global. O cancro que nos assassina se '¦' cad.) (Conclusão da 2'pág. do 1' cad.) Horizonte cidade sede do IV
{Conclusão da 3' pág. dp rações dc concentração e bene- tas, nem meçamos o valor de terior têm um grande papel a Biasileiro e aluna da Faculdade
alastra de norte a sul do Pais. avaliando as respectivas reservas ficiamento das areias monazíti- candidato pela sua fluência
um "falar desempenhar nesse terreno, or- Festival Universitário de Arte. de Filosofia Santa Úrsula, no
de materiais rie interesse atõmi- cas e das usinas de tratamento em As massas". Assim co- ganizando turmas de apartean- Outros prêmios individuais Distrito Federal.
Pouco importa a vaidade feminina de manchetes, com títulos sinda foram conquistados pelo A jovem universitária é ainda
co; 3.°) estudo dos processo- de. químico pari separação dos mo eles se preparam para ir aos tes para os comícios e conferên»
e subtítulos, nos jornais, pontificando, arvorando-se em defensores tratamento químico dos mine- »ai- de tório e de urânio, já comícios, enchendo os seus em- cias que se realizarem em suas lo- I.U.B., nas categorias de: dite- assistente de direção atriz de
duma reforma parcial, curta, sem visão, inadequada, cega à reali- rios, para obtenção dos sais de aqui existente e os que venham bornais de tiradas visando a pro- calidades, a fim de que se obrl- ção artística, figurinwta e coad- apreciáveis recursos técnicos,
urânio; 4.") contratai com fir- a existir; 10.°) firme política duzir efeito, vamos ouvi-los mu- gue, por essa forma, os postu- juvanle. integrante também do Ballet
dade por que passamos. — Os satélites zunem sôbre nossas ca- lante.s de votos não só a definir- Diante rio crescente sucesso Aquático do Rio de Janeiro •
mas especializadas (no caso uj nacionalista não permitindo a nidos de perguntas que os obri-
becas e nós continuamos aterrados aos preconceitos antipeda- francesa» «So de urna rr>aiot exportação a não «er em caso* quem a definir claramente suas se como a assumir compromissos que vem alcançando em todo o poetisa impublicada. Na Ame*
gógicos, enferrujados, já condenados, por homens de acuidade. há conveniência) o projeto comple- de compensação equivalente 1 posições diante dos problemas na- com o povo. Isso, aliás, ainda país esta iniciativa, empenham- rica do Norte, onde se encontra
10 e a montagem d- instala- fim rie estimular a inüalação da cionais. Fulano pode falar bem, não é o bastante. É preciso in- se os diretores da U.N.E. na fazendo ciiso de especialização
séculos. muito bem mesmo. Pode ser ca- terrogar cada um dc per si sôbre preparação de um novo espe- de Geografia e História, tam-
ções de purificação do* sais de indústria atômica especialmente
"bip-bip" a sua atuação passada, por exem- láculo com mais de uma deze- bém desenvolve pesquisas junto
Esperemos que os do Sputnik despertem a conscien- urânio e a produção de urânio a instalação de reatores de po- pa: dc encantar um auditório
tência qiie venham corrigir o com as suas flores de retórica. pio; como se portou, no Con* na de quadros folclóricos, além ao Teatio Universbário ameri-
cia. tragam do reino de fadas, do campo das abstrações os res- metálico, nuclearmente puro, a
nosso déficit de enereta- disponí- Mas isso, que pode .servir para gresso, quando se discutiu o pro- de poemas dramatizados de au- cano paia melhor orientação do
ser usado em reator*-* nucleares
ponsáveis pela educação nacional. vel e utilizada. discurso de aniversário, casamen- jeto dc lei da Petrobrás, ou quan- tores nacionais e estrangeiros T.U.B., de que é seu Diretor
i efetuar providências serne- (seu trabalho dc vanguarda) e
lhantes para o tório; 5.) progra- Da importância desse progra- to oti batizado, não é o que nos do se tratou do caso de Fer- Administrativo, nas hora- vafas.
ma basta q«e se diga que as interessa. O que nos interessa é nando dc Noronha, etc, etc. A
mar em primeira espécie o es- " ' "'; ~y~~'" 1
tudo quantitativo dus jazidas mais avançadas nações do mun- saber, em primeiro luqar, o que massa que comparece a um co- ~

do o seguiram. Os HE. UU., micio nunca deve fazê-lo por

introdução ao Estudo da
(Conclusão da 5' pág. do 2' cad.)
tentar com tôda a veemência:
1.° que só a Umbanda, única
e exclusivamente a Umbanda,
no momento atual, tem o po-
der e a indiscutível possibi-
lidade de penetração, simultâ-
nea, no seio da massa humil-
de, inculta e sofredora, e nas
esferas da camada abastada
da sociedade, e que se chama
a si mesma de elasse alta, e
por êsse motivo; 2.° desfru-
ta da invejável probabilida-
de de, com êxito, vulgarizar,
divulgar, popularizar determi-
nados conhecimentos, alguns
esotéricos, cuja efetivação e
integração nus hábitos quntt-
riiann». conduzirá; 3.°, à cria-
çâo de uma cúpula espiritual,
capaz de acelerar a evolução
da humanidade, pela posse de
parcelas da Verdade até então
ocultas, facilitando, por êsse
motivo, a tarefa de Realização
Interna, ponto visado por tô-
das as religiões. 4.°, Em con-
seqüência, a utopia da unifi-
cação das religiões e criação
da Religião Única e Universal,
se tornará realidade, pela su-
pressão expontânea dos dog-
mas e rituais das várias reli-
giões, tornadas assim, desne-
cessários pela iluminação da
humanidade, produzida pela
posse e prática de certas ver-
dades ocultas, e dessa forma
será irrealizável o mal, impôs-
sível o crime, impraticável o
vício. 5.°. Nesse momento a
humanidade será compelida a
extinguir, por inúteis, todos os
templos físicos, an mesmo tem-
po qui terá criado, em subs-
ttiuição. o Templo Interno, pm
cada Menle. Mas. um dia fa-
laremns sôbre a divina Mis-
são ãa Lei de Umbanda.
uraníferas e zircono-uranrferas
d« Poços de Caldas e estudos
idêntico» para os nossos depósi-
tos toríferos litorâneos; 6.) ad-
quirir imediatamente as ultra-
;entrifugador;:s e seu equipa-
mento complementar para treino
de nosso pessoal técnico a fim
de obtermos urânio levemente
enriquecido utilizável em reato-
res atômicos; 7°) envio de téc-
nicos ao estrangeiro para o dr
vido aperfeiçoamento em en-
nharia química, engenharia me-
cânica. tecnologia C reatores
nucleares, química dos rádio-
isótopos. química do urânio e
do tório. técnica de centrifuga-
e!c. (Países escolhidos:
ção,
FE. UU Inglaterra. França e
Alemanha): 8.") inte.râmbio ci-
smífico com as .urroridade*. ci-
s-ntíficas estrangeira» que apenas
aqui venham cólabor„i no noí-
«O progresso' atômico; 9.°) —
organização de um serviço de
fiscalização e controle -du ope*
antes de descobrirem as jazidas
do Colorado, (cujo teor tiraní-
fero é da ordem de 0.12). já
possuiam um program? de gran-
des investimentos, fazendo in-
cltisive um estoque com mine-
rios importados. A Inglatterra
segue o mesmo caminho e não
possui minerais radioativos no
seu solo E\ no entanto, produ-
tora de plutônio. e faz a me-
talúrgica do urânio além da
separação dos seus i?ótopos. A
França iá construiu as usinas
de "Boeche'" para a produção
de urânio metálico contando
apenas com as ocorrências de
betafita dc Madasascv e a pe-
chblenda do Maciço Central.
I ovo todos sentimos qne o «11-
nnmínto de matéris prima é
fundamental E nós «orno- «
única nação do mundo que p©i-
sui ao me«mo tempo urânio e
tório. em quantidades aprecia-
veis!'
éle pensa do monopólio estatal
do petróleo e da Petrobrás (se
pensa como o Adolfo Gentil ou
o general Juarez. ou se pensa
como o nosso Gondin da Fon-
seca). É saber se êle é contra
ou a favor da exportação de nos-
sos minérios atômicos. Se é con-
tra ou a favor da reforma cam-
bial (se é a favor, vaia nele!)
Se é contra ou a favor do voto
do analfabeto, da extensão da
legislação trabalhista ao traba-
lhador rural, da Reforma Agra-
ria, da instrução 113 da SUMOC,
da defesa da indústria nacional,
do direito de greve, do restabe-
lecimento de relações comerciais
"cor-
com os chamados paises ria
tina de ferro", e as."-im por dian-
te. O programa da Frente Na-
cionalista Rrasileira pode muito
bem servir de guia para essas
perguntas, cujas respostas con-
tribnirão para esclarecer a assiv
tência sôbre o lipo do orador-
candidato.
simples curiosidade, muito menos- 'nm®s^Mm®ÊBÊÊM
_________HH
manter-se passiva, limitando-se a (>¦¦:
escutar o que lhe dizem. Deve,
pelo contrário, trasnformá-lo num
diálogo entre o orador-candidato>
e a multidão, a fim de que aquele
sinta que está diante de um des-
pertar da consciência do povo e
de que a êste não se engana mais
com frases grandiloqüentes. Para
isso, é necessário que se criem
quadros capazes de provocar e
manter amplos debates em torno
dos problemas de interesse do
pais. E a criação e o treina-
mento desses quadros, pelo estu-
do acurado e refletido do pro-
grama do nosso movimento, c ta-
refa que incumbe aos dirigentes
dos núcleos nacionalistas. A cam-
panha eleitoral, em suma. precisa
deixar de ser um espetáculo, isto
é. uma farsa, para ser um imen-
so fórum democrático, em que se Bailarinos dn Grupo Afro do T. U. B. ativam ¦-_« preparativos
discuta com seriedade as quês- para noras exibições à< platéias do Brasil. Em cena, o tnovimtn\*
tões decisivas para o nosso fu- tado Baião-Catereté-Capocira, dança de alegria áe origem afro-
turo de naçio independente. brasileira.

-i :il-;.<f---i._.---fc:.-<i--t'.rjf,i ;!.
_J -
_niiif1r.ni.
 *>»»»##s»»».».»*».»»»»».»»»*.»*»»^»*»»*,»>.»+.»*###^ >»*»»<M######»»##»#.»##iA»###»#.»^ >»#»##»J**if#*JM>#J»#+
##M#Í/< M/// f í t» f f###*A

W
A INDUSTRIA NACIONAL EM NADA E INFERIOR A ESTRANGEIRA - COMPRE ARTIGOS NACIONAIS!
y*****''**»*****'-'*»»»»*^»'*»»*''»^»*»*»***''^^ ++*-++*-M * r+fsS

Fere os brios da nacionalidade:

Ás Lojas Maçônicas
1——' ,

Protestam Contra o Projeto |

II II' ,1 , -»

ft4&4 /5i4 Mi C70M4175 TA de Adolfo Gentil

POR UMA FRENTE ÚNICA DE
LIBERTAÇÃO NACIONAL
JOAQUIM FERREIRA FILHO
Não tem o menor cabimento a preocupação de distinguir entre
um e outro nacionalismo,' entre êsse e aquele nacionalista, atri-
huindo a um a marca da sinceridade e a outro o estigma do
fingimento.
Quem manifesta semelhante cuidado ainda não se apercebeu
do verdadeiro caráter, da gênese e do condicionamento social
do fenômeno nacionalista dos nossos dias. São, quase sempre,
pessoas habituadas aos pruridos reformistas c moralistas sem
profundidade e sem maior significação política, por defeito de
mentalidade de classe e por desconhecimento de noções clemen-
tares da evolução econômico-social de sua comunidade e do seu
tempo.
O nacionalismo pode ser tanto a posição desinteressada do
intelectual, quanto a atitude reivindicante de uma classe. Em qual-
quer dos casos tem a mesma legitimidade e o mesmo valimento,
quer politico, quer moral.
Ê inteiramente destituído de propósito apontar na atuação na-
cionalista da burguesia industrial e comercial progressista uma ma-
nifestação de egoísmo pessoal, de uni grupo ou de üma classe.
Do mesmo modo. não tem sentido a argiiição de interesse ou
ambição individual ou classisin, relativamente' á adesão do pro-
letariado às idéias e programas nacionalistas.
O nacionalismo tem um único inimigo: o capital colonialista,
com os seus agentes externos é internos. E êsse inimigo é comum
a todos os patriotas, de qualquer classe, de qualquer raça, de
qualquer partido. Nilo o é, todavia, lamentavelmente, de todos os
brasileiros. De alguns é até o magnânimo patrão, tanto melhor
quanta mais abonado eni moeda forte.
Por seus fundamentos essencialmente econômicos e em vir-
tude das peculiaridades cio momento histórico da sociedade brasi-
leira, constituem a vanguarda do nosso movimento nacionalista o
operariado, a burguesia industrial, certas seções da classe média
e da burguesia comercial. Êsse contingente Hão poderia, evidente-',
mente, cogitar do açaiiib.ircamento du luta pela emancipação na-
cionai, o que seria, em última análise, pretender o monopólio ,do
patriotismo. Pode acontecer que entre a burguesia rural latifun-
diária surja algum convicto nacionalista. Não seria correto recusar-
lhe o apoio.
Sendo, por outro lado, uma questão de honra, de vergonha
e ate de instinto — como di: o meu amigo Taveira — lodo bra-
sileiro deve ser tido como nacionalista, até provar em contrário.
Não se exige atestado de ideologia para mandar homens à
linha de frente. Por mais que nie repugne ombrear com fascistas
c neo-fascistas, não tenho o direito de repudiar sua ajuda no
combate ás forças coloniais do novo modelo. F.m guerra, adiam-
se as tricas internas. Castigam-se, porém, os espiões e traidores.
Numa casa cercada por salteadores, os irmãos não discutem di-.
leitos de primogenitura, Imobilizam-se os que estão contra, se a
casa está dividida.
A aceitação da frente única pela emancipação nacional deve
completar-se com a convicção de que as vitórias, nessa pugna,
só poderão ser ganhas pela vigilância e atuação do povo. Pelos
grandes movimentos populares, resistindo c pressionando, onde
c guando necessário. Não esperar, nem confiar tudo ao Governo.
Sem cair no pessimismo, para o qual não há lugar, não convém
subestimar o poderio econômico e politico dos trustes internacio-
nais. Ainda o Governo melhor intencionado, num país de economia
colonial, sofre pressões de tal magnitude que, facilmente, será
levado à capitulação, se não contar com um poderoso e mili-
tante apoio popular. Basta lembrar o trágico sacrifício de Getúlio
Vargas.
Temos certeza de que o seu desamparo jamais se repetirá.
SEMANA DA PETROBRÁS // .
//
DE 24 A 30 DE NOVEMBRO
"Se-
De 24 a 30 do corrente, realizar-se-á em João Pessoa a
mana da Petrobrás", promovida pelo Movimento Nacionalista,
seção da Paraíba, cujo secretário geral, Donato de Oliveira,
já entrou em entendimentos para que à mesma compareçam o
coronel Janari Nunes, um grupo de parlamentares, chefiado pelo
deputado José Joffily, e professores do ISEB, entre êlcs Guer-
reiros Ramos, Cândido Mendes c, possivelmente, Rolando Cor-
bisier, que ali farão uma série de conferências. Donato seguiu
anteontem para a capital paraibana, a fim de ajudar seus com-
panheiros nos últimos preparativos do patriótico empreendimento.
Pela estabilidade e progresso eco-
nômico do Nordeste e do Brasil —
Manifesto da seção paraibana do
¦X.::-X: M. N. B.
O Movimento Nacionalista Brasileiro, Seção da Paraíba, ten-
do em vista:
1' — que se acham em grave crise de produção e de co-
mércio os principais artigos de exportação das economias nacio-
nal e nordestina: o cale. o algodão, o sisal;
2' — que apenas em parte se devem essas dificuldades a
in junções reojion.iis e nacionais.
3* — que a causa principal da crise ia manipulação do uier-
cado exterior, visando à depreciação das matérias-primas dos países
•recursos financeiros nacionais para a auferição e remessa ao
pobres, haja vista a generalidade do fenômeno que atingiu, por
exemplo, até um produto essencial como a schelita;
4" — que é inadmissível para todos os patriotas, e, especial-
mente, para industriais c comerciantes brasileiros a continuidade
de uma política comercial omissa c pusilânime, submissa a pres-
soes externas, que nos mantém afastados de mercados de grande
mercante de longo curso, capaz Je levar os uossos artigos de ex
portação aos mais distantes portos do mundo, sem a sangria das
escassas reservas cambiais com o pagamento de fretes;
6' r- que são gastas as possibilidades do café, do algodão, do
sisal e outros itens da produção brasileira, tanto para seu co-
mércio, como para a industrialização, ao passo que as atividades
produtivas decrescem e perdem todo estimulo, ficando à mercê
de providências tardias e de emergência, por parte do Governo
Federal, quase à maneira de favor
7' — que os últimos acontecimentos de São Paulo e do Pa-
raná documentam, com expressiva coincidência, as dificuldades da
indústria e da agricultura nacionais;
8' — que se acham ameaçados os direitos constitucionais de
greve e de manifestação do pensamento, a pretexto de serem re-
qulamenlado.s;
9' — que a livre operação de bancos estrangeiros constitui
uma das formas mais nocivas do investimento externo na eco-
nomia nacional;
CONCLAMA os poderes públicos, as entidades sociais, a im-
prensa e o povo para lutarem unidos, em defesa da economia
paraibana, nordestina e nacional, bem como de legítimos direitos
populares, apoiando as seguintes reivindicações imediatas:
— expansão e melhoria da produção de algodão e sisal e
incremento de sua industrialização;
II — ampliação do mercado exterior desses produtos e do
café, através de constante pressão junto ao Poder Executivo e
ao Congresso Nacional, visando à autonomia da nossa política
comercial, com a extensão do Intercâmbio econômico com todos
os paises que nos ofereçam condições favoráveis;
III — urgência para os projetos de equipamento adequado
dos portos nacionais c aparclhamento das companhias de nave-
gação para o transporte de ultramar;
IV — ação coordenada dos diversos níveis de governo para
maior assistência financeira e técnica ã economia algodoeira e
sisaleira. inclusive com a elaboração de projetos industriais a
serem oferecidos no mercado de capital e financiados pelas ins-
lituiçõcs bancárias tio Governo;
— exigência de uma política nacional de estimulo à agri-
cultura, sem a qual será cada vez mais comprometida a indus-
trialização do pais, eliminando-se os excessos burocráticos do
crédito agrícola, melhorando-se as condições de locação rural,
iiicremeiitando-sc a colonização de terras públicas e, sobretudo,
favorecendo o acesso à propriedade para os que, realmente, tra-
balham, requisitos indispensáveis ao aumento da produção e da
produtividade da economia agrícola:
VI — prescrição total dos investimentos públicos santuários
e adiáveis:
VII — resistência decidida ás restrições que se pretende impor
ao direito de greve e luta contra a abusiva limitação da liber-
dade nas transmissões radiofônicas:
VIII — regulamentação das atividades de bancos estrangei-
ros no pais, com o fim de evitar que se sirvam dos próprios
exterior de elevados rendimentos.
O MNB. Seção da Paraíba, está se dirigindo a autoridades
e a entidades de classe, transmitindo as presentes deliberações e
formula, neste ensejo, um encarecido apelo a todos os interessa-
dos para que dêem seu apoio â decidida atuação que se faz ne-
Ao presidente da Câmara dos Deputados, sr. Ulisses Gui-
"Ação
marães, a loja maçônica e Silêncio", de Araxá, secundando
o protesto de outras de Minas Gerais, contra o projeto apresenta-
dor por Adolfo Gentil, modificando a Lei da Petrobrás, para
permitir a participação de capitais estrangeiros na exploração do
nosso petróleo, enviou a seguinte representação:
"A
Loja Maçônica
"Ação
c Silêncio", de Araxá (MG), se-
"Libertas", "Cari-
cundando suas co-irmãs de Belo Horizonte, e
dade e Firmeza", de juiz de Fora, com intuito evidentemente pa-
triótico e isento de sectarismo politico, vem respeitosamente ex-
ternar a V. Exa. a repulsa da consciência nacional, pela ação
nefasta, traiçoeira, subterrânea, vergonhosa c pusilânime de alguns
vendilhões de nossa Pátria, que por interesses escusos, acalenta-
dos pelos dólares cuja origem todos nós conhecemos, tentam come-
ter o crime de Icsa-Pátria com um Projeto que significa a entrega
do petróleo nacional ao estrangeiro, porque a modificação dos
fundamentos nacionalistas da
"Petrobrás"
não tem outro signifi-
cado, senão a venda de nossa independência econômica àqueles que
ambicionam nossa total escravidão. A alteração da Lei n' 2.004.
que criou a
"Petrobrás",
deve ser repelida com patriotismo ate
extremado, porque encobre uma intenção por demais conhecida
e alimentada por consciências incscrupulosns de maus brasileiros,
e o Projeto do Deputado Adolfo Gentil deverá ser mergulhado
nas profundezas do mar, para perpétuo esquecimento, porque fere
os brios da nacionalidade.
Como V. Exa. não ignora, o povo brasileiro já vive des-
crente da sinceridade de nossos politicos, desiludido com nossos
deputados, entristecido pela ausência de austeridade, decepciona-
do pela falta de honestidade política. — dada essa onda de cor-
rupção generalizada que percorre todos os setores político-admi-
nistrativos do pais. e, para usarmos de toda a sinceridade com
V. Exa., devemos confessar também a nossa desilusão pelo com-
portamento impatriótico de muitos pseudo-representantes do povo
no Legislativo Nacional. Justifica-se plenamente a revolta íntima
de todos os patriotas brasileiros, porque é fato sabido e por de-
mais comentado até nas ruas. nas esquinas, nos bares, nos jor-
"repre-
nais e cm todos os lugares, que muitos dos que se dizem
sentantes do povo" estão cuidando apenas de seus interesses par-
ticulares, pouco se interessando pelas traições que se esboçam
constantemente contra nossa Pátria, emudecendo-se propositada-
mente diante das mais torpes tentativas contra o nosso petróleo
e ouras riquezas do subsolo.
Confianle no sentimento de brasilidade de V. Exa. c de alguns
dignos deputados, esta Loja vem manifestar sua repulsa ao Pro-
jeto do deputado Adolfo Gentil, por ser inequivocamente obra
impensada quanto aos seus efeitos c notoriamente a serviço de
truste imperialista que sonha com nossa total escravidão econômi-
ca. Que o espírito do grande marechal Floriano Peixoto presida
aos sentimentos patrióticos de V. Exa., são os votos que fazemos
nesta hora crucial para o Brasil. E, que o Grande Arquiteto do
Universo ilumine e guarde V. Exa., para que os brios dos brasi-
leiros sejam preservados contra a lama dos corruptos e sem prin-
cipios que pululam no cenário político-nacional. — Respeitosa-
mente, pela Loja Ação e Silêncio — Carlos Camarão, Presidente."
****#**##*#*#vf##.í>/##^W####W^#, J
iami^fmmiimmiimi^fjifi^

HUMOR
Enquanto empenhados na luta nacionalista, os brasileiros
capacidade, na Europa e na Ásia. enquanto outros paises inter- cessaria pela estabilidade e progresso econômico da Paraíba,
podem disputar a posse a transformaçãi do poder, conforme o
mediários obtém enormes lucros revendendo os nossos produtos: tio Nordeste e do Brasil, fomentando discussões e sugestões, em
interesse e o gosto de cada classe ou partido. Não devem é tnzê-lo
torno desses graves problemas do mais legitimo interesse coletivo.
i
de modo a prejudicar o esforça comum pela libertação nacional. 5" — que é indispensável e urgente a formação de uma frota

Leitores Escrevem Sôbre

"0 <HM
SEMANÁRIO
BEKSI •*' », ,

"Destemeroso infelizmente sozinho no deshravamento dos espíritos pomo

jornal,
"Voz "É "t}ue
esclarecidos" - de um povo necessitado" - a própria Pátria" -
ele possa continuar existindo a Um de"De que os reais, os verdadeiros interesses do
- - "Amidos
nosso Rrasil sejam defendidos" uma carta da Alemanha:"
"0 Ií
i

f
brasileiros nos presentearam com Semanário". É magnilico" ¦

forçando por todos os modos as portas da Nação, sequiosos por

SALVADOR
"Desempenhando
minhas modestas atividades principalmente
em serviços de vistorias c corretagens de seguros, estou por lorça
dessas funções, diariamente, na orla do cais de Salvador. Com
religioso interesse, desde seu primeiro número, venho atentando
para o crescente c merecido acatamento do nosso O SEMA-
NARIO. cm todas as camadas do nosso povo, onde goza já de
real prestigio, tornando-se mesmo um verdadeiro ABC naciona-
lista. E para a sua difusão venho cooperando da maneira se-
guinte: adquirindo 5 exemplares semanalmente, distribu-os ao
pessoal das Docas, estivadores, presidentes de sindicatos c ate
mesmo entre tripulantes de nossa marinha mercante, esclarecendo-
os acerca da necessidade de expandir entre brasileiros êsse senti-
mento de amor ao que é nosso, que deve ser nosso, mas de que,
infelizmente, terceiros se beneficiam, e pedindo-lhes que assim
procedam com amigos sôbre os assuntos insertos em O SEMA-
NARIO. que a nossa imunda imprensa (a tal sadia!), a troco de
dólares, teima em deturpar ou trancá-los a sete chaves... As
notícias trazidas a público pelo seu destemeroso jornal, infeliz-
mente sozinho no deshravamento dos espíritos pouco esclareci-
dos do nosso povo. por força de várias circunstâncias, muitas
delas alheias às suas vontades, vem produzindo os seus frutos
c. o que é de entusiasmar, aniadurecendo-os precocemente. —
Ohntho V. Silva, R. Mnrcilio Dias. 20 - 1" andar.
NOVA FRIBURGO
Ontem, pela primeira vez, li o seu jornal O SEMANÁRIO.
Gostei imensamente do mesmo. É. na realidade, o jornal que fal-
tava no Brasil. Nós já estávamos cheios de
"doentes" "Doentes",
"sadios",
precisávamos
na opinião deles — os entreguis-
de agora.
tas. O Brasil é o pais dos errados. É só fazer sujeira que o sujeito
tem cartaz. O que rouba pouco — xadrez; o que rouba muito
— coluna social, palmas para eles. Devia ser — palmadas para
— /osc Peixoto.
éies.
liquidá-la como Pais soberano, os aplausos ao brilhante jornal
bem que poderiam ser guardados para uma oportunidade mais
propicia, contudo, aos brasileiros que acreditam no Brasil, aos
que lutam sem esmorecimentos contra toda sorte de contrapro-
paganda visando desinteressar nosso povo do caminho exato a
ser trilhado, não é admissível que deixem de enviar uma simples
mensagem de aplauso a todos os que mourejain no O SEMA-
NARIO. lidimo porta-voz de todos os nacionalistas,'visando in-
ccntivá-lo a não titubear em nenhum minuto, pois qualquer vaci-
lação no fragor de tão imensa batalha, representará, por certo,
um recuo indevido." — Roberto Rolim, R. Rui Barbosa ni 261,
Mutua.
RIO
"Há
muito desejo me corresponder com O SEMANÁRIO,
voz de um povo necessitado, hino de uma nação ingente, ver-
dadeiro brado de civismo, aniqiiilador de infelizes e perniciosos
cidadãos, que saqueiam a Pátria como ébrios Catilinas e não
sentem no beijo dela o amor. a bênção da paz. Tratemos da
Pátria, pois que é um filho sem mãe! As lágrimas rondam as
pálpebras c se dissolvem no âmago do peito. A Pátria, que há
muito adormecera, agora vem se erguendo aos alaridos dos eco»
pátrios que êsse órgão de imprensa desprende e canta. Eu me
alegro e me sinto cada vez mais nacionalista e sincero. O SE-
MANARIO é a própria Pátria." — Magnard Góes, R. General
Belfotd n' 295, casa 7. Rocha.
SÃO PAULO
.¦:¦;
"A
minha .singela congratulação a O. SEMANÁRIO, jornal
dos homens que sentem por todos os lados, em todos os re-
cantos e nas diferentes classes, cada dia mais eloqüentemente, os
anseios da Libertação.
I I
SANTOS
|
"De
início desejo manifestar o meu grande júbilo * o meu
;
incondicional apoio a êsse grande e patriótico Jornal que é O
'
SEMANÁRIO.
Que o mesmo possa continuar existindo a fim de que o's
;
reais, os verdadeiros interesses do nosso Brasil sejam defendidos.
Pertenço à legenda do Partido Republicano Trabalhista e
sou Vereador da Câmara Municipal de Santos reeleito por duas
vezes. E, forno tal, sinto-me encorajado quando tenho a oportuni-
dade de ler êsse grande jornal. Em nossa Câmara fui o autor dos
requerimentos que proporcionaram a vinda a Santos dos ilustres
senhores deputados Frota Moreira, Abguar de Bastos, Dagoberto
Sales e do senhor desembargador Osny D. Pereira. Sc me per-
mito adiantar ou realçar tais trabalhos em prol do nacionalismo,
dou, por outro lado, a minha mão à palmatória confessando que
fui também o autor do requerimento aprovado, pela nossa Cá-
mara protestando junto ao Sr. Presidente da República no caso
das Indústrias da Krupp. E isso o faço depois de ler o prtuin
sôbre o assunto publicado no último número d'0 SEMANÁRIO.
,— Antônio Moreira.
CRICIÚMA
"Na
qualidade de leitor assíduo e sincero admirador do melhor
jornal até aqui chegado ao nosso conhecimento, já por sua for-
mação nacionalista e. principalmente, pela sábia e sadia orien-
tação que lhe é dada, sinto-me no dever de, como brasileiro
cônscio dos valores pátrios, externar minha satisfação e congra-
tular-me com V. S,, hipotecando irrestrita solidariedade a êsse
semanário.
Temos dado, nesta zona sul de Santa Catarina, a maior di-
fusão possível a O SEMANÁRIO, imbuídos unicamente do
mesmo dever e. sentimento de brasilidade. Tenho feito chegar
as mãos de nosso Prefeito todos os exemplares dêsse jornal. E c
com satisfação que vemos o mesmo estar hoje, como sempre, lutan-
do mais e mais ativamente pelo nacionalismo, reflexo, cm boa
parte, da leitura influente dêsse semanário." — Vanio Paraco.

SÃO GONCALO
Impulsionando o Nacionalismo Brasileiro, hoje valorizado e
engrandecido, êle difere muito dos outros que são tradicionais
ATE NA ALEMANHA!
"Unos
servidores das determinações de grupos milionários internacio- amigos brasileiros, que han tomado parte en ei
nais de mãos macias. Ele ajuda o povo a quebrar os elos dessa Congrcso de Leipzig (FSM), nos han regalado dos ejemplares
"Dado
o extraordinário sucesso que vem alcançando o queri- mora! de escravos que envilece a imprensa sadia, remunerada de O SEMANÁRIO. Es magnífico. Nccesitariamos rccibirlo
do O SEMANÁRIO, que surgiu numa fase decisiva para os des- com o dinheiro dos que vivem à custa do suor puro e sagrado regudarmente. Si ustedes nos enviasen alguns de los últimos
' '—
Unos do nosso amado Brasil, justamente, jia hora en que a luta dos povos fracos." Linz Antônio S. de Arruda, Rua Ccl. ejemplares inuy agradecidos." ~- /. Lorcnzo, Leninallcc í>4.
dcnqdada contra os famigerados trustes atinge ao seu clímax. Oscar Porto. 1140. Potsdam.
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