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SERVIR COM ALEGRIA

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Salmo 100

Servir ao Senhor com alegria. Essa é a chamada para os que conhecem a Deus. Não podemos
somar tristezas no coração por causa das dificuldades que surgem na caminhada e até dentro da
Igreja.
Quando servimos com alegria, entendemos que a presença de Deus é suficiente para estarmos
satisfeitos. O motivo principal de nosso contentamento deve estar no que o Pai já nos deu: a salvação e a
vida eterna. Isso supera qualquer fator terreno e deve ser o alvo da nossa esperança.

Muitos estão perdendo a alegria por causa da murmuração, desobediência e desistindo por causa das
crises que enfrentam durante a caminhada. Jesus nos trás uma palavra que serve de antídoto para isso:
Jo 15: 9-11

2 Coríntios 5.14-15
Pois o amor de Cristo nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo, todos
morreram. E ele morreu por todos para que os que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para
aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Neste capítulo 5 da sua segunda carta aos coríntios, o apóstolo Paulo afirma categoricamente que,
diante do que Jesus fez na cruz, quem recebeu de graça a sua salvação não tem o direito de viver
apenas para si mesmo, para alcançar seus objetivos e sonhos pessoais. Segundo Paulo, quem
compreende o amor de Deus estampado na cruz de Cristo, quem medita na grandeza de Deus e que
entende quem Deus é e o que Ele fez e faz por nós, deveria responder a Deus com amor, gratidão e
serviço alegre e apaixonado.

Dedicar-se a servir a Deus e ao trabalho de ajudar a trazer o mundo de volta para Deus, que Paulo
chama de um ministério de reconciliação (2Cor 5:18) deveria ser visto como um privilégio e o
mínimo a fazer. O prazer de ser crente, a disposição de obedecer e a alegria de servir a Deus e ao
próximo são algumas das principais marcas de alguém que já experimentou o amor de Cristo e a sua
graça salvadora.

A PERDA DO AMOR A DEUS


Ap 2: 3-4
Porém, de acordo com a mensagem de Jesus na Carta à Igreja de Éfeso, muitos acabam se
esfriando e perdendo esse amor e alegria de ser crente. Diminuem gradativamente o fervor, a
disposição de servir, entram numa crise de desânimo e perda do interesse e da motivação em servir
a Deus e aos seus propósitos. Alguns crentes até continuam se dedicando ao trabalho do Senhor,
mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por
quaisquer outros motivos, mas que não faz sentido, porque não é por amor e gratidão.

Pergunta: Porque nosso amor a Deus esfria e pode até se apagar?


O amor é como um fogo. Se colocamos lenha, ele fica mais inflamado. Falhamos por não
alimentarmos o fogo e por permitirmos que outras coisas o apaguem.

Lv 6:13 o fogo arderá continuamente sobreo altar e não se apagará

Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade. As quatro
mais comuns e nocivas são:

1. O pecado. No Salmo 51.12, ao se arrepender do grave pecado de adultério que havia cometido e
escondido, Davi clama a Deus: “Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito
pronto a obedecer”. Ele havia perdido a alegria de ter um pacto com Deus, de ser um rei segundo o
Seu coração, perdeu o prazer de servir a Deus, pois se sentia extremamente culpado e distante de
Deus.
Infelizmente o mesmo acontece com muitos cristãos hoje em dia. Perder “a alegria da salvação”
significa perder o prazer de ser cristão, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro deve
ter. Significa também perder aquela motivação de servir a Deus, de cultuá-lo com os outros irmãos e
de servir prazerosamente aos propósitos eternos de Deus

Semelhantemente a Davi, isso ocorre com muitos cristãos devido ao pecado; pela quantidade de
pecados cometidos ou pelos inúmeros tropeços no mesmo pecado. Acontece também por não
conseguirem perceber nenhum progresso espiritual ao longo de muito tempo. Acabam perdendo a
alegria da salvação, o prazer de ser crente, a euforia e a determinação que um cristão verdadeiro
deve ter. Jesus disse em Mateus 24.12-13 que “devido ao aumento da maldade, o amor de
muitos (crentes) esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.

2. A superficialidade espiritual. (Lucas 8.13)Há muitas pessoas que vivem superficialmente o seu
relacionamento com Cristo, como Jesus advertiu na Parábola do Semeador. Ele disse que quando a semente
cai em solo pedregoso, a planta não desenvolve raízes profundas e, quando vem o sol quente, ela morre
rapidamente.
O segredo para nunca nos afastarmos do Senhor nem perdermos a alegria de cultuá-lo, servi-lo e
falar dele às pessoas é buscar profundidade na vida espiritual. É investir tempo no lugar secreto, é
ativar o modo adoração como estilo de vida, é consagrar-se todo ao Senhor sem olhar para trás e é
ativar sempre a fé na palavra de Deus. Em outras palavras, é manter a vela acesa! Se
desenvolvermos raízes profundas em Deus, não fracassaremos na fé!

3. Áreas não tratadas. As áreas que não são tratadas em nossas vidas talvez não pareçam tão nocivas hoje,
mas serão justamente as áreas que poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor posteriormente. Tudo
começa com uma pequena semente que, caso não seja removida e tratada, vai germinando até gerar
profundas raízes em nossa alma (Hebreus 12.13-15).
O esfriamento e a queda espiritual não acontecem de imediato. São processos lentos, que envolvem
repetidas negligências da nossa parte, e são estas mesmas “inocentes” negligências que nos
vencerão depois. Por isso, devemos dar mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas em
nossas vidas e buscar ajuda.

4. Perda de foco. Não é só o pecado que nos afasta de Deus, mas a perda do foco devido às distrações
mundanas também. E como isso é sutil e perigoso. Neste caso, o cristão não precisa ter cedido ao pecado,
mas perde o alvo ao distrair-se com coisas que talvez sejam até mesmo lícitas, mas roubam-lhe o foco. Hoje
em dia há muitas pessoas que se envolvem tanto em seus trabalhos, negócios, estudos, entretenimento,
relacionamentos, etc., que não têm tempo sequer de se lembrarem de buscar a Deus.
Até mesmo o nosso próprio serviço prestado ao Senhor pode se tornar uma distração, como
aprendemos no episódio bíblico de Marta e Maria (Lc 10.38-42). Enquanto Maria estava aos pés de
Jesus, Marta se queixava pelo fato de haver ficado sozinha na cozinha, servindo. Mas Jesus ensinou
que nada é mais importante do que a nossa concentração em buscá-Lo sem distração alguma.
Precisamos vigiar com relação a todas as coisas (até mesmo as coisas boas e lícitas que podem ser
consideradas bênçãos em nossas vidas!) que podem nos distrair, tirar o nosso foco de termos o
Senhor Jesus em primeiro lugar.

O CAMINHO DE VOLTA
A alegria é o combustível da persistência
O caminho de volta é o caminho da restauração da alegria em buscar e servir ao Senhor. Jesus
disse à Igreja de Éfeso, que havia perdido seu primeiro amor:

Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender,
virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. (Apocalipse 2.5)
Precisamos lembrar, arrepender e voltar a praticar as obras que praticávamos no início, quando
apaixonados, servíamos ao Senhor com alegria e determinação. Devemos lembrar como era no
início, a alegria, o prazer nas coisas de Deus e a fome pela sua presença. Mas não basta termos
saudades de como as coisas eram anteriormente; é preciso que sintamos dor por termos perdido o
nosso primeiro amor! Precisamos nos arrepender, lamentar, chorar, e clamar pelo perdão de Deus! É
imperativo reconhecer que a perda do primeiro amor é mais do que um desânimo, ou qualquer outra
crise emocional! É um pecado de falta de amor, de desinteresse para com Deus! Tiago escreveu:
(Tiago 4.8-10)
Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e vocês, que têm a mente
dividida, purifiquem o coração. Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria
por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará.
Se reconhecermos que abandonamos o nosso primeiro amor, teremos que separar rapidamente um
tempo para orarmos e chorarmos em arrependimento diante do Senhor e para buscarmos uma
renovação. Mas temos outro passo a dar: voltar a praticar as obras que praticávamos. Não basta
apenas revivermos as lembranças e nos arrependermos; temos que voltar a fazer o que
abandonamos!

A Bíblia ensina claramente que o cristão autêntico é aquele que serve. O serviço cristão é uma expressão
espontânea, motivada pelo amor e confirmada pelo compromisso.

O serviço cristão deve ser uma expressão de amor e compromisso. Jesus é o maior e mais perfeito exemplo do
que significa servir. (Mc 10.45). Ele mesmo disse: “Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Portanto, o exemplo de Jesus deve nos inspirar a
viver para servir.

CONCLUSÃO
O ano de 2023 é o nosso ano de ativação espiritual! Uma oportunidade que Deus está nos dando de
resgatarmos o nosso amor ao Senhor e dar-Lhe nada menos que um amor total! É tempo de
restaurarmos o fervor e a alegria de servir a Deus e realizar a sua vontade.

Que possamos receber a graça do Senhor para vivermos intensamente a nossa obediência ao Maior
Mandamento e à Grande Comissão:

Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as
suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que
estes. (Marcos 12.30-31)

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