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VIDA DE ORAÇÃO

Desenvolvendo uma vida pessoal de oração – Aula 02 – Gabriel Silvério


16 de junho de 2021 | www.abase.org | contato@abase.org

1 - INTRODUÇÃO

A. A oração fortalece nosso espírito, abençoa-nos nas circunstâncias e gera mudanças reais no mundo, como, por
exemplo, mais pessoas experimentando a salvação em Jesus e a libertação do pecado e da injustiça.

B. O que é orar? Orar é falar com Deus, é um grande privilégio, uma luta intensa e um milagre poderoso. O
Espírito ajudando-nos em nossas fraquezas na oração é uma bela realidade, e a única maneira pela qual o
Espírito conquistará nossa alma ocorre quando falamos com Deus. Se falarmos com o Espírito, então
andaremos no Espírito. A oração é a melhor saída para uma vida de desesperança, e o único caminho para
uma de certeza.

C. Por que Deus quer que oramos? Ele quer que estejamos conectados ao Seu coração em parceria profunda. É
incrível que Deus nos peça para orar ao invés de nós pedirmos a Ele que nos ouça.

Tg 4.2 …e nada tendes porque não pedis.

Mt 7.7-8 “Peçam, e receberão. Procurem, e encontrarão. Batam, e a porta lhes será aberta. Pois todos
que pedem, recebem. Todos que procuram, encontram. E, para todos que batem, a porta é aberta.

D. Um princípio fundamental do reino é que pedimos a Deus por tudo. Oração não nos concede o favor de Deus,
mas nos posiciona para receber mais através de um relacionamento que está em intensa intimidade e
dependência Dele.

Fp 4.6 Não vivam preocupados com coisa alguma; em vez disso, orem a Deus pedindo aquilo de que
precisam e agradecendo-lhe por tudo que ele já fez.

E. Deus esperará, muitas vezes, por misericórdia, para nos atender. Por quê? Pois Ele está cuidadosamente
protegendo Seu relacionamento conosco até que nos conectamos com Ele.

Is 30.18-19 Portanto, o Senhor esperará até que voltem para ele, para lhes mostrar seu amor e
compaixão. Pois o Senhor é Deus fiel; felizes os que nele esperam... Ele será bondoso quando lhe pedirem
ajuda; certamente atenderá a seus clamores.

2 - CRESCENDO EM ORAÇÃO: UMA VISÃO CORRETA SOBRE O DEUS QUE É PAI E NOIVO

A. Muitos são os fatores que nos levam a desistir de uma vida constante em oração: tempo, lugar, sentimentos, a
“demora”, a falta de sabedoria, etc.

B. A oração é muito mais do que uma disciplina espiritual a ser seguida ou o meio pelo qual encontramos uma
solução para situações difíceis. A oração nunca foi projetada para se basear em um dever ou ser meramente
concentrada nos resultados. Ao contrário, é o lugar do encontro com Deus, onde nosso espírito é renovado
enquanto crescemos em amor por Ele.
C. Nossa jornada por uma vida de oração deve ter um fundamento correto, que é estabelecido ao cultivarmos
uma visão correta de Deus, isso irá nutrir nossa vida de oração. Sem isso, nossa vida de oração não se
sustentará.

D. Crescemos em intimidade com Deus quando entendemos que somos os Seus amados, reconhecendo Deus
como nosso Pai e Jesus como nosso Rei e Noivo. Ao dialogarmos com Deus em oração, Ele nos mostra
vislumbres de Sua personalidade e nos revela Seus pensamentos e sentimentos em relação a nós, então é nesse
lugar que precisamos ser encontrados.

E. Conectar-se ao coração de Deus é fundamental para crescer em oração. O Pai tem um plano perfeito para cada
uma de nossas vidas. Ele nos ama como ama a Jesus, dando-nos grande valor.

Jo 17.23 Eu estou neles e tu estás em mim. Que eles experimentem a unidade perfeita, para que todo o
mundo saiba que tu me enviaste e que os amas tanto quanto me amas.

F. Abba, Pai:

Rm 8.15 Pois vocês não receberam um espírito que os torne, de novo, escravos medrosos, mas sim o
Espírito de Deus, que os adotou como seus próprios filhos. Agora nós o chamamos: Aba, Pai.

1. Romanos 8 explica que a obra do Espírito tem o objetivo de trazer os cristãos à família de Deus. Não
há condenação para aqueles que estão em Cristo, e eles nunca podem ser separados dele. O Espírito
de Deus que vem através de Jesus revela a face do Pai para que possamos, como Jesus, chamá-lo de
nosso Pai celestial.

2. Paulo usa a linguagem de filiação em Romanos 8 (e em Gálatas 4) para demonstrar que todos os filhos
de Deus, tanto homens quanto mulheres, recebem a herança de Jesus.

a. Nos tempos bíblicos, as filhas não herdavam. Portanto, Paulo quer deixar claro que todos os
filhos de Deus herdam.

b. Os filhos de Deus, além disso, são herdeiros da plena herança de Cristo, não apenas de um
valor inferior (Rm 8.17).

3. Paulo explica que os cristãos podem clamar ousadamente a seu Pai por virtude da filiação comprada
por Jesus.

a. A palavra grega que Paulo usa para “clamar” (krazó) se refere a um grito agudo de dor.

b. Todos os cristãos podem clamar a Deus na angústia. O Pai se faz acessível em todos os níveis e
estágios de crise, e ele se deleita em nos receber como seus filhos.

4. A “revelação do Aba” capacita-nos a suportar as dificuldades e rejeitar as acusações.

5. Através da nossa nova posição como filhos adotivos, temos acesso ao coração do Pai. Nossas vidas
são instáveis, sem uma “âncora que estabiliza”, até que conheçamos o abraço do Pai como nosso Aba.
Precisamos, especialmente, da certeza de que somos apreciados por Deus, mesmo em nossas
fraquezas.

6. Muitas vezes acreditamos que Deus está bravo conosco e, quando fazemos algo errado, presumimos:
Agora Deus está bravo comigo. Então tentamos fazer algo para compensar o erro que fizemos e deixar
Deus feliz novamente. Deus não é assim.
7. A parábola do filho pródigo é um exemplo disso. Quando o filho retorna a casa do pai, o pai se alegra
com o seu retorno, o ama e tem compaixão dele:

Lc 15.20-24 Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de
compaixão, correu para o filho, o abraçou e o beijou. O filho disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o
senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho’. “O pai, no entanto, disse aos servos: ‘Depressa!
Tragam a melhor roupa da casa e vistam nele. Coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Matem o
novilho gordo. Faremos um banquete e celebraremos, pois este meu filho estava morto e voltou à vida. Estava
perdido e foi achado!’. E começaram a festejar.

G. Como filhos de Deus, estamos em posição de experimentar o trono de Deus como herdeiros do Seu poder
(Ap 3.21; Rm 8.17). Como Sua noiva, estamos em posição de experimentar o coração de Deus, suas afeições.

H. O movimento de oração do fim dos tempos fluirá da Igreja que vê Jesus como o “Deus Noivo” e a nós como
uma “Noiva estimada”. A mensagem do Noivo é um chamado à intimidade com Deus (como Davi, Paulo e
João) e não uma perspectiva de Jesus como um “amante/namorado”

Ap. 22.17 O Espírito e a noiva dizem: “Vem!”...

I. O Noivo Apaixonado:

Is 62.4-6 Nunca mais será chamada de “Cidade Abandonada” nem de “Terra Desolada”. Seu novo
nome será “Cidade do Prazer de Deus” e “Esposa de Deus”, pois o Senhor tem prazer em você e a tomará
como esposa. Seus filhos se comprometerão com você, como o jovem se compromete com sua noiva. Então
Deus se alegrará por você, como o noivo se alegra por sua noiva. Ó Jerusalém, coloquei vigias sobre seus
muros; eles vigiarão continuamente, dia e noite.

1. Jesus, o noivo, está cheio de fresca, vigorosa e triunfante misericórdia.

2. Ele se alegra em nós, mesmo em nossas fraquezas e é gentil depois que nos arrependemos. (Sl 18.19,
35; 130.3-4) (Veja, não estou aqui romantizando seus momentos de fraqueza, não caia nesse fatalismo.
Estamos falando da revelação de um Deus que, mesmo que estejamos em dias de fraquezas, Suas
mãos continuam estendidas.)

3. Deus tem um coração alegre.

4. Ele tem afeições, desejos ardentes para conosco. Não há como fazer oração dia e noite (v. 6)
desconectado da revelação de que o Senhor tem prazer em você (v. 5). Quando nos aproximamos da
oração a partir da mentalidade de um soldado indo para a guerra, ela se torna apenas um trabalho.
Precisamos, portanto, orar com a revelação de que o Senhor deseja parceria conosco, de que Ele nos
ama e tem prazer em nós - mesmo em meio à fraqueza - e de que Ele ouve e se move ao som da nossa
voz. Orar com esse entendimento é agradável, prazeroso e estimula-nos a trabalhar em oração. Os que
percebem ser amados sempre trabalharão mais que os simples trabalhadores, não importa o quão
apaixonado o trabalhador seja.

J. Precisamos estabelecer-nos no amor de Deus e encontrar um ritmo constante para responder a Ele todos os
dias de nossas vidas. Um dia, nosso zelo se esgotará, e, então, seremos sustentados por estarmos arraigados
no amor de Deus e no prazer que Ele tem sobre nós. Temos que estar fundamentados nessa revelação para
que possamos permanecer ardentes no lugar de oração por muitos anos.
3 - QUESTÕES PRÁTICAS NO DESENVOLVIMENTO DE UMA VIDA DE ORAÇÃO CONSISTENTE

A. Três maneiras de fortalecer nossa vida de oração são: estabelecer um horário para os momentos de oração
habituais, fazer uma lista de oração e ter uma visão correta de Deus. Uma agenda estabelece quando vamos
orar; uma lista de oração nos dá o foco sobre o que orar e uma visão correta de Deus nos faz querer orar.

B. Três focos de oração:

1. Intimidade: foca em dar meu amor e devoção a Deus. Este tipo de oração inclui adoração, meditação
na palavra (oração e leitura) e relacionamento com o Espírito.

2. Petição: pedir pela benção de Deus em minha vida pessoal (coração, situações adversas, ministério,
etc.).

3. Intercessão: pedir pelo poder de Deus ou justiça por outros (pessoas, lugares, questões estratégicas,
etc.

C. Três principais temas de oração relacionados a fazer pedidos (a maioria dos pedidos se encaixam neles):

1. Dons do Espírito: poder e favor de Deus sendo liberado.

2. Fruto do Espírito: caráter de Deus formado em nós ou em outros.

3. Sabedoria do Espírito: a mente de Deus, ou liberação do espírito de revelação.

D. Três listas de oração:

1. Oração pela nossa vida pessoal: romper no homem interior (coração), circunstâncias (físicas,
financeiras, relacionais) e ministério - que o poder de Deus possa ser liberado através das nossas mãos
e palavras, enquanto recebemos revelação profética para ajudar aos outros.

2. Oração pelos outros (pessoas e lugares): indivíduos, ministérios, mercado de trabalho, autoridades
governamentais, o destino de cidades e nações.

3. Oração pelos outros (questões estratégicas na sociedade): governo (eleições, leis, os poderes),
opressão (tráfico humano, trabalho escravo, etc.), doenças, social (fome, genocídio, desemprego, etc.),
crises, etc.

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