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O Pai Nosso, ensinado por Jesus, é o modelo perfeito de oração. Esta, nos ensina como devemos dirigir
nossas orações a Deus. A oração do Pai Nosso não é uma fórmula mágica, que precisamos repetir palavra
por palavra para funcionar, mas é um guia, uma orientação para orar ao Senhor.
Jesus mostrou através dessa oração, quais os assuntos que devemos normalmente levar a Deus nas nossas
súplicas, que são:
Com isso, Jesus ensinou-nos a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça (Mateus 6:33), e depois as
outras coisas. Podemos usar os temas da oração do Pai Nosso para fazer nossas próprias orações.
⁹ Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; ¹⁰ Venha o teu
reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; ¹¹ O pão nosso de cada dia nos dá hoje; ¹² E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; ¹³ E não nos conduzas
à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. ¹⁴
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; ¹ ⁵
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas
ofensas.
Mateus 6:9-15
1. "Pai nosso..."
Jesus ensinou-nos a chamar Deus de Pai. Ele poderia ter usado "Senhor", "Deus", "Rei" ou qualquer outro
título, mas preferiu usar na oração “Pai”. Um rei pode não ter filhos, um senhor pode não ter filhos, mas não
há pai sem seus filhos. Deus é o Pai, Criador e sustentador de todas as coisas. Ele é eternamente Pai do nosso
Senhor Jesus Cristo e de todos os seres criados. Mas decidiu adotar os que aceitaram a Jesus Cristo como seu
Salvado, como seus filhos também (João 1:12). “ Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” Romanos 8:14,15 “¹⁴ Porque todos os
que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. ¹⁵ Porque não recebestes o
espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção
de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”
2. "... que está no céu"
Essas palavras não limitam a presença de Deus ao céu. Elas apenas expressam a infinita grandeza e glória do
Senhor, acima do Universo visível. Deus tem a Sua presença nos céus e na terra (Dt 4:39). Nenhum 'deus' do
universo visível (politeísmo ou panteísmo) pode ser comparado ao Pai celestial, que habita o Céu dos céus
(céu invisível acima do universo criado). Ele é Supremo, está exaltado na Sua Morada celestial. O Pai é
distinto e superior a nós, a todos os pais da terra e a todos os falsos deuses e ídolos deste = mundo
(Eclesiastes 5:2). “² Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar
palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam
poucas as tuas palavras.” Jesus realça esse dado importante acerca do Pai que está no céu, para que a nossa
compreensão distorcida retifique que Deus é Infinito, Absoluto e Incomparável.
3."Santificado seja o Teu nome"
Santificar o Nome de Deus é o primeiro pedido na oração do Pai Nosso. O Pai Celestial deve ser santificado
pelos seus filhos. Isso significa que devemos glorificar a Deus, ou o nome de Deus, em tudo que fazemos ou
pensamos, nas nossas atitudes e relacionamentos. Enfim, tudo deve honrar extremamente o nome de Deus.
A palavra santificar significa 'tornar santo' ou 'separado'. Essa separação tem a ver com distinção, veneração
e excepcionalidade do Senhor. Deus não é comparável a nenhum outro ser no Universo. Portanto, nenhum
outro deve receber a adoração devida ao Senhor.
Deus é santificado (honrado e glorificado) quando a Sua existência é acreditada, quando a Sua perfeição é
amada e reverenciada e em nossas vidas (1 Pedro 3:15) e quando as suas obras são admiradas e reconhecidas.
Isso é santificar a Deus, tornando-O honrado e glorioso, tal como Ele é.
Pense nisto: Jesus nos ensinou a falar diretamente com Deus. Não precisamos de intermediários, como
Maria ou os santos. Deus ouve nossas orações. Mas devemos orar com respeito e humildade, pedindo que
Deus seja glorificado até em nossas orações.
"O pão nosso" pode significar: pão natural e pão espiritual - o que resume todas as coisas necessária para a
manutenção da vida, do corpo e da alma. Um pão honesto, que seja realmente nosso, Lembramos dos
outros ensinamentos de Jesus: "Nem só de pão viverá o homem... (Mat.4:4); "Eu sou o Pão vivo que
desceu do céu..." (João 6:51).
"deste dia" significa que:
Não precisamos ficar ansiosos com o dia de amanhã;
Pense nisto: Revoluções já foram iniciadas por falta de pão. Pão é um alimento básico, importante para
sobreviver. Nossa vida, nosso sustento depende de Deus. Quando reconhecemos isso e oramos confiando em
Deus, Ele nos dá o sustento que precisamos, mesmo quando parece impossível.
7. Perdão para as nossas dívidas...
O perdão é fundamental para as nossas vidas (ao nível espiritual, emocional e relacional). Todo tipo de
transgressão, ofensa, pecado ou vício, ofende a Deus e certamente também ferirá outras pessoas. Além disso,
o castigo por essas ofensas causará sofrimento, quando tivermos que "pagar" pelas dívidas perante a Justiça
Divina. A dívida do mal que cometemos, contra Deus e contra o nosso próximo, precisa de ser reconhecida,
confessada e abandonada.
Contudo, há uma condição prevista nos termos de a oração: "perdoa-nos assim como perdoamos aos
nossos devedores". Aqui o perdão para as nossas falhas aparece condicionado ao perdão que também damos
aos outros. Devemos perdoar, tal como esperamos ser perdoados. Aqueles que desejam encontrar
misericórdia em Deus para os seus erros, devem também mostrar misericórdia para com seu próximo.
Mesmo que lhe causado dano, ofensa ou sofrimento.
Pense nisto: Uma parte importante da oração é pedir e oferecer perdão. Devemos ser humildes para
reconhecer nossos erros e pedir perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem pecou contra nós.
Quando entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos, devemos fazer o mesmo com outras
pessoas que não merecem.
8. Proteção - "não nos deixes cair em tentação..."
Aqui Jesus inicia a sexta petição. Ele nos mostra que as provações ou tentações da vida podem ser vencidas.
Com a ajuda do Pai celestial, podemos ser preservados do pecado. Isso significa que Ele pode retirar a
tentação quando é forte demais, ou pode amenizar as forças da tentação ou pode aumentar as nossas forças
contra ela. Esse pedido nos ensina a considerar a nossa própria incapacidade de afastar e vencer a tentação.
E, mostra também como temos a necessidade de capacitação do Alto para conseguir resistir no dia mau.
A resistência contra a tentação e provação produzem em nós o resultado da alegria e resiliência. Tal como é
dito: "tenham grande alegria quando passarem por provações... por que isso produz
perseverança." (Tiago 1:2-3). Isso torna-se um exercício de aprimoramento da fé, piedade e das virtudes,
para que outros possam ser encorajados pela nossa perseverança nas provações.
9. Livramento - "Livra-nos do Mal"
Aqui a palavra no grego para 'mal', "πονηρός" (ponēros) tanto pode indicar o mal (neutro) nos sentido geral,
ou com relação específica “O Maligno”, equivalente ao diabo ou Satanás. A inclusão dessa expressão na
oração ajuda-nos a lembrar que corremos um outro perigo, temos um Acusador que também nos tenta para o
mal. Somado ao pecado da nossa natureza, e à nossa inclinação carnal, existe o Diabo, que nos manipula e
engana para o mal. Lembremos que, como ladrão, ele veio para matar, roubar e destruir (João 10:10). “O
ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com
abundância.” Esta, pode ser a referência na oração que completa a ideia de livramento contra tentação.
Livra-nos de todos os tipos de males, inclusive do Tentador que é o nosso Inimigo.
10. "Pois Teu é o Reino, Poder e Glória..."
Esse final da oração, chamada de "doxologia" (expressão conclusiva de glorificação e louvor a Deus), não
aparece em todos os manuscritos antigos. Por isso, ela aparece entre colchetes nas traduções das nossas
Bíblias. Contudo, essa parte final manifesta o entendimento que a glória e a honra de Deus devem ser o
objetivo principal da oração dos filhos. A glorificação de Deus deve conduzir as nossas orações do início ao
fim.
"Teu é o Reino" - Aqui se mostra a convicção de que Deus é soberano e tem o domínio total do universo.
Ele tem o controle sobre todas as coisas, pois reina e governa sobre tudo.
"Teu é o Poder" - Cremos que o Pai, todo-poderoso no Céu e na terra, tem poder para realizar o que
pedimos. Nós somos fracos e necessitados, mas Deus tudo pode, nada é impossível para Ele.
"Tua é a glória" - As nossas orações são ouvidas e atendidas para a honra e louvor de Deus, não nossa. A
glória de Deus é demonstrada quando Ele provê as nossas necessidades. O louvor e gratidão ao Senhor serão
celebrados fazendo com que o Reino de Deus se amplie pela terra.
Pense nisso: Deus não nos livra de todas as dificuldades, mas ele nos ajuda a ficar firmes na luta contra o
pecado. Quando estamos lutando contra tentações, podemos pedir a força de Deus para fazer o que é certo.
Deus é mais forte que o pecado. Quando vencemos o pecado, mostramos a glória do Reino de Deus.
Use a Oração do Pai Nosso como um modelo para se dirigir a Deus em oração. Com a ajuda do Espírito
Santo. Que possamos nos dedicar mais a oração a Deus, pois todo avivamento e toda mudança, é precedida
pela oração.