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í: FLORES E AMORES
p Poesiaa .
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‘SpopaaQ Ooonico Dias
. de Mesccita
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.— CAXIAS—
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1874'
OFFERECE
0 ÁlTHOIt.
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— CAXIAS —
T/poçr .;L.* Mir.Jihi n o -*lo Paulo RlK.m
J \ l é *• i V
T iieomulo.
ON DE YAES ?
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FOEG ET ME NOT
ROMPER D'AL V A
Da bellesa variada
Do nntmcsa tão belhi.
( 1'ho, e ii tu \ejm — n sublimo,
YA
E X T A S IS
Estrella malulina,
Que luses no horisorde,
Brilhando sobre a fouto
De limpido cristal:
Flor iunocente e pura,
ic>
Florido cajueiro,
Ouc as ram as recurvadas
Em balas, bafejadas
13 c frosca \ i ração;
A urora lacrim osa,
Risonha m adrugada,
E splendida alvorada
De rulilo clarão;
Rolinha enviuvada,
Canoro sabiá,
frislouha pequapá,
Suave ganuuiby,
Canlac sobre a mangueira
Cnpadn, verde, belln,
Disei-me o nome d’—Ella.
Sen nome repelí 1
SONETO
(No mar)
AS CHAMMAS E O FUMO
U M A D E U S P A R A SE M PR E
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a * gcfci* *■
A o«* ^ ^ !
Q o c a ío f V ‘c '“ ■
Omicm w **"* U '
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M to 4 * f * ' •
Do .\a\*io
I no rir
nr fí*
• »«c aíasl*’
Do coração a a <g •
Gelado loq-or " * * " * * *
Vara trisdcsa «o«d>na.
O livido desalento
M, annuiuila o Mniuncnto,
Decalcando »»t»»a dor,
A morte dix-me: • D**an,-a .
E eu vejo que da l 'l1, ran,-j‘
„ n« k se murcha a tlor.
(L acbambbacdie)
D horisonte asul-mtenlo
S’ cnncgrecia. Do*ar
B’agua um piog > M*ao pafl
Tombando, - cabia no m ar.
Ei-lo seu fado pranlcia:
<—limlil, dosconlwcido
»Ficarei,—qual grão d’aiTÍa
«Da varzea em meio perdido.
( L acbaíibbacdie )
d horisonte asul-nUenlo
S’ ennegrecia. Doar
B’agua um piog > M *ao pafl :-b
Tombando, - cahio no mar.
Ei-lo seu fado pranl ia:
«—Inulil, desconhecido
>Ficarei,—qual grão d 'a rm
tü a varzea em meio perdido.
I
27
--------x c . —
perdôa.
P e rd ô a , si tc am ei t a n t o !
Si m eus lábios a b ra s a d o s ,
L evei, da feb re c re sta d o s,
Aos lábios teus d b m a ra titb o l
P erd ô a v\ m inha lo u c u ra ,
Si loquei-lo a face pum,
S i me não pude c o n te r!
P erdôa, (\ue eu não podia
A chaim na, que consum ia
Meu peito, por m ais so ffrcr.
Si um peito de rocha d u ra ,
D u m m onstro, am ou com fu ro r.
E ia, m eu anjo, h ran d u ra !
A m ar-te d eixa-m e, a iu o r !
30
MEU CHARUTO.
Instituto do Humanidades—1868—
>9<*&
M IN I-r A L M A .
Men pensar ^r . . • cm
rrrl que
n.ip ncnso?—
p<-n~u Em li somente.
A’s vezes me imagino cm iongo abraço
Enlaçado comligo. Viga sempre
Meu pensar após li.
desalento .
XsivOO COUAO M d
Quando, nua,
Brilha de um lago na
Mls á uns seios alvajantes,
Ondnlanles,
Tão bellos quando *eslno nus,
Mas á voz pura, ao suspiro
Eu pcríiro
Ens lindos olhos asues.
Bravos de Gurupaily,
Guerreiros de Cúrúsú,
Heroes de Passo-Pocú,
Valentes de Y alay!
*3
' i ihnriiv,
lliverol'1' .
tkioíoMawiho
''"i'01''11» ti vencemos’
línporlíl ? 1T nr.ee-., • .’ .
d i> -i , , 1 nos. a a Meloria
' I J : u
1 '"íiccslrs
%)
Soldados. <|iie comb atestes,
Disei commigo lam bem :
X II
E qnem recordas?— A que amei sonhando,
K desperto não vi: Sò resta ao triste
JJo sonhador saudade inda mais Iriste.
IV
Vem, polirc flor melindrosa,
Em meu seio te abrigar,
Vem recordar-mo saudosa
Essa que amei a sonhar.
Recordar-me seus encantos,
Seus olhos garços de fada,
Os primores, que eram tantos
N ’essa mirage' engraçada.
#
H IH H A M A E ! ..,
L S iristcgjL.
" me ,erU0>
sentam,
• • terríveis . . .
0 ruido monotono das rodas
Kchoo.ii sohrc as aguas espnmantes,
K após a os loira esbranquiçada ao longe,
Á lerra se sumia.
pr o testo .
S O B R E 0 T U IdT JL O
d' u:n m sn in o.
I : \ bravos so!Jadoslirasifeirós, *
\ louros colher!
J * . v.jiouics, ioclylos goarrciròs.
I*«‘la |*atria morrer J
)! * 1 íiOgac. morrendo na viciaria,,
j»ai ria um nome di£no Jc mcmorjat
>30
S U A voz.
“■£ ? .“ « » • >■**.
‘ 011s,,1Tl'° C«em’n mnUnv>
Mmi jn'nMmoni«>, no hoIíht diTiio,
\ >s olla soguimlo aompro irá,
m.'n poiio, omillando o Indo iiih riu^
' o as põgudns suas rojará.
CANTA!
( A* uma roícnsA )
AGONIAS.
Omm »lrm *o mm vmtrtfujl
*lm Joti, cm tcm KM ?
i ^ do c a ^ ^ 1 assim •
tilTa-j;:,"° c“fcSLchoio
" ,as mas« as> ,,or ClI
N'U1Í album .
VEM .
^ em nos meus braços, seduetora amante,
cbero neclar da volúpia ardente !
a doce. embriaguez, as desventuras
esvaem frouxas,— só praser sc sente.
FO I HONTEM .
«'"• lionlera !—No baile aiíreo * '^
Nos seus meus olhos pousei, 4*
li do meu peilo o mysieiio
Que cila sentisse—deixei.
.\o seu jiallido sorriso
Kn!revi um paraiso,
Oásis virgem damor;
No palpilar do seu seio,
Em laAguido devaneio,
Banhei de minlfalma a llúr.
•
D O R M A S
;; - ^ ^ : r Mabra{0i
.J# iombm;
,*'«04trem
er
V “ | a -^rasiulo
7íJ
5,l!ma,.a* virgens
« («con-ia,
Mais livre ■ »'»>«,
" ',c ü P ito sem, !
õ' frisca brisa qnoà (ardo
«i)smeus cab lios luihcavas,
Oaantiocu subia, çanlando,
Noarvoredo, queembalavas 1
.Trilys arruladorâs,
U > eu amei co coração,
-■•bu.bas amigas cTinfancia,
Qoe me comieis na mão !
—D IA L O G O .-
m in h a e st r e l l a
%•
i".(penhor de bondade,
Por piedade!
Óue a cubra a nuvem sombria
lua.- rn vao! Baldada prece!
Já fallecc
Rnbi ) a <pift lanlo lusio . . . .
bie . que um jaclo de fogo
ban<;a e logo
C 'u I,.,, :.l.jv1Uos!—S um io!. . . .
a*’M.| , t
' " 4 J'W“ «Mio'
h ;i
H AM ALH ETE
R pcoIií tru ramalhete
Precioso o delicado,
Guardei-o sobre o meu peito
He magnas amorlalhado.
H formoso cravo roxo
-T'»- "'"'(liou, n-orro,,.
i ) 'r r v ne s-“ -dajls ’
n ’# i m a
“ T f a 'I™ m. prendeu.
> •«
u ue Ijuijüs.
manhan quando desperto,
£ nu u primeiro cuidado
plCvcr a rosa, cslreila-la
Junlo ao labio apaixonado.
E uma• Ingrvma
' ^ furtivü
Se mescôa sobre á llor
Tci.li), em balde, dar-lhe vida,
Com meu prantear d‘aiuor.
1
SONETO.
:nir!o a lua percorre o ccu mais linda,
miiJamlo no ar com loqçania,
‘ neclar voa beber da poesia
. ,J w os olhos formosos do Florinda,
86
^ ^v ao clarão deirado
ic erram com incerto lum e,
" * <aM h* as tranças lli’ hei boijàáoj
Oh! si o (jue _ _ _ _ _ _ _ _ _
) l i i l U o cl o iilJila .1
Mentidas iIlusões!
Talvez agora palpitassem juntos
Dois igneos corações!
Então seria a realidade um sonho
Mondaz e tormentoso,
A consumir-me da exislencia os dias,
1 csiulôlo horroroso.___ .
A mi,,!,a etc,-ni,lado hora por hora
A minha salvação,
° V n *«■ continua
lu0 illusão.
u‘0 sontio tão felÍ7 n r f
K*«*»'•* s;u“•
1 * a..jo.
89
E ^ ç a t o c o a loa Wr mhW
Pdo espaço sem fim.
SONETO.
í)a \ ida o qnadro miscro o Irislonho
Uuaildo vejo atile mim afligurado,
(jflKÊuguc se mcsfiia, horrorisado
J)o ver o drama irgro e lão medonho.
Enjo á vida real. e busco o sonho
Nas asas do dormir rançado e te n to ,
E no brando vagar do pensamento
Prascnlciro nos ceus enlro c risonho.
Ante o solio de Deus ajoelhado,
Em piedosa oração derramo as dores
Que o pcilo mc suffocam lacerado.
poupe aos amargores
no ceu que„ nu P0U I f .
rlc e qne mc livre í ' jj^àbores.
mdo-me aos mundanos dissaDo.
ORAÇÃO.
I
II
Kiilão a voz do vate, inda sem forças,
Pasmado, contemplando a magcslade
i).i crcaçfio « a vossa omnipoleucia;
Ouvindo os áureos sons das Harpas danjo
l)’a|jos louvores povoando o orbe,
A’ voz dos sernpliius unio seus carmcs.
III
le o sol
Tu, qne num rápido instante,
Fiseslo wuê, mar o torra;
Fã, Senhor, «pio esla minli* alma,
"vue ã ti so chega segura,
Pflssa fugir inda pura
F onde o vicio lhe faz guerra.
V*14' *«» Senhor, que aos ares,
Ergueste a lua. e as cstrellas;
9:1Cliz,'s,c as llores bellas;
E a brisa deste perfumes; ’
hoste tu que brilhantismo
ír s,e a 1,12Jo dia ardento
]: * °',le «l®a e silente
Cütnrse lod* ue lumes.
Foslf tu q0e Jfsl0 a0rjo
z ir ea,K'^.
J*""*»*» ‘
.•«».
«wo aUnM«ü, ^
v L fT u * ‘
‘ “ <* «mores crejujie
Bramidos roucos ao mar,
Negro horror á tempestade;
Tua bondade infinita
Para as almas ulceradas,
Consumidas, magoadas,
troou as leis da’ amisade.
^ .•a t r i r
A ’ D. Z.
Nem o cnnlo <.la sereia,
Que d amores sc desmaia,
Quando a onda beija a praia,
Mordendo na fui va areia,
Nem os queixumes sentidos
pa rola na solidão,
Têm de teu sublime canto
A commovcülo harmonia,
Que mo prende, mo extasia,
Me arrebata o coração.
Nem o marulho da Ibnte
Que serpeia clirystalina,
lieflectindo a purpurina
Luz do sòl, qofl dojra o uiottio;
Nem a voz melodiosa
Do sabiá namorado,
Tôm o cnltívo, a poesia,
Tôm a magiçft dopura.
Tom o poHume, a bramlura
Do leu caulo apaixonado.
Si nem a brisa, os palmares
A?ilando rumorosa, , «
:Som a sereia amorosa
va?ia soidão dos mares, V
N in os sons, quando alia a noile,
D inspirado violão, j
Tôm do leu sublime canto
À commovente harmonia,
Canla. ob Deusa, e nTextasia
M’ cmbriága o coração.
q u a d r o d a v id a .
I.
DiUa aurora rulilanJe
í no w;lJ n#%a scinlilla,
“!!.tal,x fulgurauta
Dü ÜÒ1 01valho dislilU,
0 rubro disco apparcce,
Imiiro as corliuas nsiies,
i)o sol, (jiiü o mundo csclarcc*
Com raios d’infnn!a luz.
III.
Assim os dias da existência minha !
Foi-me a infnncia risonha como a aurora;
Mas na edade viril, —liem cêdo ainda,
De tnrgirlas paixões minha’ alma cheia.
Tarva-mo o. coração clieio de maguas.
SONETO.
Liberdade gcnlil,—que abandonaste,
'ião impiedosa,—o povo brasileiro,
Dá-Hie agora um olhar terno e fagueiro,
' olla-nos Ião vdôz, qual nos deixaste.
SONETO.
Eoi ali fjtte te vi a vez primeira,
N' um leito d’ondas frias reclinada,
E nas aguas a coma perfumada
Brincava sobre espumea cabeceira.
TU JULG AVAS.
Nem â mim teu amor me contenta,
Nem me ferem tens falsos desdens!
G. Dia s .
Tu julgavas, crcança vaidosa, *
Q:t • :i do humilde rojasse a leus pés,
1 ii nlan Io lua’ alma orgulhosa
D- triumplios sedenta, talvea!
N a d a ! o a d a ! —E louco ardia?
V ag u eí, dos hom ens fugido,
Nos desertos foragido
De vasto, immenso sertão;
E á noite, quando dormia,
No meu sonhar agitado,
Via o teu vulto adorado
Sorrir-me. . . estender-mo a m ã o . .
• Não «disse,» não és da lerraf
» Q iero morrer, ir ao rcu I
* Mendigar nin riso sen
« No paraíso eu irei,»
Fi-zme guerreiro* e na guerra
e.liei combales nos mil;
Mas o meu anjo genlil.. .
-\i! nunca, nunca o encontrei.
) Minir alma chorava
■i" orando o sen amor,
Deíiubava-sc-Jlic n dor 1
N ^se ardente delirar;
[?rvo pensar a embalava...
Aü n’essa quadra ílorida
•lá não queria ler vida,
Po; í ó vivia á chorar.
n;i l,or da mocidade,
*Morrer, nnvmenr-mo a vida
* • !‘r covarde suicida
‘ f i x a r á ca,„,,a ! . ,,,USi:j._
1 v 'r,r ,: A" ^ n,aneiei|q(|o
Fk-n» l
* l)« .
c catilei.
CaiUei lcns olhos fu-lgcntes,
Qna:)s eu os via cm meus soulio
Canloi leus lábios risonhos
Canlei-te a cuíis rosada;
^ guando as faces rub entes
luas na Iyra eu cantava,
Minha mente se a brasa va,
Via o leu rosto de fada.
IR O N IA S .
PRECE
Ao Anno de 1871
A N O IT E .
iMla
r lat no5lc 5 A b, i.sa adeja,
StUj)
i - fl"ra,ul°
. na
* ••• folh|gn,„,
*wm«i
0 ’ precioso metal,
Que no mundo lodo imperas,
Que com o toque regeneras
0 coração de um mortal,
Do modo mais natural 1
Eu que pensava tão mal,
Já hoje penso melhor;
Tons muita força, dinheiro l
Fiscste dc um bandoleiro
Teu constante adorador !
« Sem ti se não move a guerra,
< Só de ti provem a paz, »
Sem ti, que goso nos dás,
Não ha prascr sobre a terra;
Tudo se alegra ou se alter ra
Com o leu aspecto jocundo;
1 Tu torces as leis do mundo;
I A’ quem tc possue, das tudo;
1 Tino ao tolo, voz ao mudo,
d Ao fatuo o saber profundo!
Lá pensativa, indolente,
Das larangriras á sobra,
Meiga virgem sobro a'alfoipbK%
Meditava tristemenlo.
A nívea face rebento
JSa branca inflo dr.srnmua;
Aragem branda brincava
ÍSQS 8CU8 cabcllós cr)mpiii]q^|
125
£Pum álbum 03