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Há exatamente cem anos, no dia 29 de maio de 1919 a pacata Sobral, cidade onde
nasceu minha personalidades como Belchior e Renato Aragão, no interior cearense
foi “invadida” por cientistas brasileiros, americanos e britânicos e seus telescópios e
espectrógrafos que desembarcaram de trem para uma missão: comprovar a teoria
da relatividade restrita de Albert Einstein, com fotografias realizadas durante um
eclipse solar.
Pouco antes das 9 horas da manhã, o fenômeno tido com assombro por alguns
moradores locais durou 5 minutos e 13 segundos foi registrado.
Outra comitiva britânica foi enviada à costa africana para documentar o evento na
Ilha do Príncipe, local também com observação privilegiada. Os ingleses Andrew
Crommelin e Charles Davidson viajaram para Sobral, e os colegas Arthur Eddington
e Frank Dyson foram a Roça Sundy, em Príncipe, onde o tempo não colaborou.
Imagem do telescópio usado nas observações do eclipse de 1919.
Em um artigo publicado por Einstein ele previu que o Sol curvaria o espaço-tempo
devido ao seu intenso campo gravitacional o faria com que a posição real de
estrelas sofressem um pequeno deslocamento durante o eclipse.
Esse desvio da luz faz com que a estrela observada fosse vista em uma posição
aparentemente diferente de sua posição real. O objetivo dos astrônomos era medir
este pequeno ângulo formado por essas duas posições. E, de fato, isso ocorreu.
Comparando com fotografias tiradas anteriormente durante a noite, sem influência
do sol, as estrelas apareciam em um local diferente, com uma deflexão da luz de
1,98 segundo de arco, um pouco a mais que o previsto por Einstein, 1,75.
Estátua de Einstein em Sobral
Apesar de nunca ter ido a Sobral, Einstein disse certa vez em uma visita que fez ao
Rio de Janeiro:
“ O Problema que a minha mente formulou foi respondido pelo luminoso céu
do Brasil ”