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CONCÓRDIA
2022
MAURO ACIR FRETTA
CONCÓRDIA
2022
Mauro Acir Fretta
______________________________
Profª Dr. William Michelon
Coordenador do Programa de Mestrado
Banca Examinadora:
______________________________
Profª. Drª. Mari Aurora Favero Reis
Orientadora
______________________________
Prof. Drª. Luana Cechin
Universidade do Contestado
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Profa. Dra. Fernanda Cristina Silva Ferreira
Universidade do Planalto Catarinense
À minha família pelo incentivo e compreensão nas horas de ausência.
AGRADECIMENTOS
A radiação solar que incide diretamente sobre a cobertura é transferida para o teto e
irradiando para o ambiente interno da edificação, especialmente na ausência de
isolamento térmico. Entretanto, o desempenho térmico correto influencia no conforto
das pessoas, em condições adequadas para o sono e outras atividades, contribuindo
ainda para a economia de energia. Este estudo objetivou avaliar a eficiência térmica
de materiais utilizados como isolantes térmicos em telhas metálicas, a fim de
identificar a melhor opção para o uso na construção civil. O estudo consiste em
demonstrar por protótipo a capacidade de isolamento das telhas metálicas a partir de
dois experimentos: no experimento 1 foi avaliado a transferência de calor por radiação
e no experimento 2 a transferência de calor por condução. Ambos os experimentos
foram realizados controladamente. Os materiais utilizados para isolamento térmico
foram o poliestireno expandido (EPS) e Poliuretano (PU). Os testes foram elaborados
primeiramente em laboratório e em um segundo momento através de experimentos
práticos em ambientes controlados. Os testes mostraram que cada material tem uma
característica diferente de isolamento em função de sua composição química, porém
independente da espessura, cada material tem uma capacidade de isolamento
semelhante. Os resultados demonstraram que o desempenho térmico nestes
materiais está diretamente relacionado à temperatura e não à espessura do isolante.
Os materiais isolantes disponíveis para comercialização possuem uma espessura
padrão, são teoricamente utilizados para uma melhor mobilidade e manuseio dos
mesmos. A expansão no uso dos materiais isolantes possibilita que alternativas
promovam a flexibilidade e viabilidade nos processos, fazendo com que haja
minimização de desperdícios, maior eficiência e custo acessível ao consumidor. O
grande desafio da engenharia moderna é otimizar os processos e garantir que cada
técnica aplicada na construção seja sustentável e economicamente viável.
The solar radiation that falls directly on the roof is transferred to the ceiling and radiates
to the internal environment of the building, especially in the absence of thermal
insulation. However, the correct thermal performance influences people's comfort,
under suitable conditions for sleep and other activities, also contributing to energy
savings. This study aimed to evaluate the thermal efficiency of materials used as
thermal insulators in metallic tiles, in order to identify the best option for use in civil
construction. The study consists of demonstrating, by prototype, the insulation capacity
of metallic tiles from two experiments: in experiment 1, heat transfer by radiation was
evaluated, and in experiment 2, heat transfer by conduction. Both experiments were
carried out in a controlled manner. The materials used for thermal insulation were
expanded polystyrene (EPS) and Polyurethane (PU). The tests were first elaborated
in the laboratory and in a second moment through practical experiments in controlled
environments. The tests showed that each material has a different insulating
characteristic depending on its chemical composition, however, regardless of the
thickness, each material has a similar insulating capacity. The results showed that the
thermal performance in these materials is directly related to the temperature and not
to the thickness of the insulator. The insulating materials available for sale have a
standard thickness, they are theoretically used for better mobility and handling. The
expansion in the use of insulating materials makes it possible for alternatives to
promote flexibility and feasibility in the processes, causing waste to be minimized,
greater efficiency, and affordable cost to the consumer. The great challenge of modern
engineering is to optimize processes and ensure that each technique applied in
construction is sustainable and economically viable.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 14
2 REFERENTIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15
2.1 DESEMPENHO TÉRMICO ................................................................................. 15
2.1.2 Conforto Térmico .............................................................................................. 18
2.1.2 Aquecimento Solar Passivo .............................................................................. 18
2.1.3 Massa Térmica ................................................................................................. 19
2.1.4 Análise das Cores dos Elementos Externos de Vedação ................................. 19
2.1.5 Transferência de Calor ..................................................................................... 19
2.2 EDIFICAÇÕES, COBERTURA E CONFORTO TÉRMICO .................................. 21
2.3 MATERIAIS UTILIZADOS COMO REVESTIMENTOS TÉRMICOS .................... 23
2.3.1 Lã de Vidro ....................................................................................................... 25
2.3.2 Lã de Rocha ..................................................................................................... 26
2.3.3 Poliestireno Expandido - EPS .......................................................................... 26
2.3.4 Poliestireno Extrudado (Poliestireno Extrudido) ............................................... 27
2.3.5 Poliuretano – PU .............................................................................................. 27
2.3.6 Cortiça .............................................................................................................. 28
2.3.7 Lã de Madeira .................................................................................................. 28
2.3.8 Lã de Ovelha .................................................................................................... 29
2.3.9 Manta Flexível de Aerogel de Sílica ................................................................. 29
3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 31
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ....................................................................... 31
3.2.1 Dimensões e Características do Protótipo ....................................................... 32
3.2.2 Materiais Testados no Experimento 1............................................................... 33
3.2.3 Coleta de Dados no Experimento 1 .................................................................. 34
3.3 EXPERIMENTO 2 – TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONDUÇÃO ............ 35
3.3.1 Materiais Testados no Experimento 2............................................................... 36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................. 38
4.1 RESULTADOS DO EXPERIMENTO REALIZADO EM PROTÓTIPO .................. 38
4.2 RESULTADO DO EXPERIMENTO REALIZADO EM LABORATÓRIO ................ 40
4.3 EPS E PU COMO ISOLANTE TÉRMICO EM TELHAS METÁLICAS ................. 42
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
13
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
2 REFERENTIAL TEÓRICO
solar se dá por elementos inertes que absorvem calor durante o dia e a noite irradiam
calor para a parte interna da edificação (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014).
Chapas de aço galvanizado Podem ser onduladas, trapezoidais, com ou sem pintura, não
possuem função termo acústica.
Telha em Chapa de alumínio Podem ser pintadas de um ou dois lados. Para isolamento
térmico, necessitam de revestimento.
Telha de fibrocimento Quando pintadas, auxiliam no desempenho térmico visto que
não possuem bom isolamento térmico, especialmente para áreas
mais quentes ou com incidência de sol.
Tipo sanduíche São formadas por duas chapas e no interior possuem material
isolante (poliuretano, lã de rocha, etc.) para servir como isolante
térmico.
Aluzinc ou Galvalume Devido à sua composição química (alumínio, zinco e silício), esse
revestimento do aço confere ao produto excelente proteção à
corrosão atmosférica, alta refletividade, melhor conforto térmico,
ótima aparência.
Telhado Verde É uma solução construtiva que consiste na plantação da
vegetação em um solo preparado ou um meio de crescimento
vegetal sobre uma membrana de impermeabilização.
Fonte: Adaptado de Bellei (2006),Soares, Oliveira, Santos (2016), ABCEM (2009).
2.3.1 Lã de Vidro
2.3.2 Lã de Rocha
2.3.5 Poliuretano – PU
2.3.6 Cortiça
2.3.7 Lã de Madeira
2.3.8 Lã de Ovelha
3 MATERIAL E MÉTODOS
material isolante (ítem 3.3.2). O isolante (placa de EPS ou de PU) era substituído a
cada 4 dias, em cada ciclo de coleta dos dados. Na coleta de dados, além dos
termômetros e sensores, foram instaladas câmeras termográficas para ondas longas,
recursos para observar pontos de calor.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para cada espessura de isolante e cada tipo de material isolante (PU e EPS),
foram estipuladas quatro medidas de temperatura no aquecimento (20, 25, 30 e 35
ºC). Deste modo, as coletas das temperaturas do metal aquecido deveriam indicar
temperatura próximas ao padrão (Tabela 2).
EPS POLIURETANO
Espessura Padrão Aquecido Ambiente ΔT Aquecido Ambiente ΔT
1 mm 20 20,1 18,1 2 19,8 18,6 1,2
1 mm 25 25,2 23,3 1,9 24,3 19,6 4,7
1 mm 30 30,1 26 4,1 29,8 26,1 3,7
1 mm 35 34,9 28,1 6,8 35,1 32 3,1
2 mm 20 21,7 18,4 3,3 20,6 16,4 4,2
2 mm 25 24,9 21,4 3,5 25,2 21,7 3,5
2 mm 30 30,6 22,3 8,3 29 23,2 5,8
2 mm 35 34,7 24 10,7 34,7 24 10,7
3 mm 20 20,2 16,3 3,9 20,1 15,9 4,2
3 mm 25 25,2 21,7 3,5 25,2 20,8 4,4
3 mm 30 30 23,5 6,5 29,9 21,7 8,2
3 mm 35 35,1 26,3 8,8 35,1 25,5 9,6
4 mm 20 20,7 18,2 2,5 20,6 16,5 4,1
4 mm 25 25,2 21,2 4 24,9 20,2 4,7
4 mm 30 30,1 22,9 7,2 30,3 22,7 7,6
4 mm 35 34,8 27,3 7,5 34,8 27,5 7,3
Fonte: Autor (2022)
39
40 40
Temperatura (°C)
30 30
Temperaturas (°C)
20 20
10 10
0 0
1 1 2 2 3 3 4 4 1 1 2 2 3 3 4 4
mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm
0,05
0,044
0,045
Condutividade Térmica (W/m.K)
PU (1) PU (2) PU (3) PU (4) EPS (1) EPS (2) EPS (3) EPS (4)
120
100 96,4
Efusividade térmica λ
80
62
60 53,3 55,8
40
27,4 25,2
22,1 22
20
0
PU (1) PU (2) PU (3) PU (4) EPS (1) EPS (2) EPS (3) EPS (4)
Materiais (espessura)
12
10,7
10,7
10 9,6
8,8
8,3 8,2
8 7,6 7,5
7,2 7,3
6,8
6,5
5,8
6
4,7 4,7
4,2 4,2 4,4
4,1 3,9 4,1 4
3,7 3,53,5 3,5
4
3,1 3,3
2,5
2 1,9
2 1,2
0
1 mm 1 mm 1 mm 1 mm 2 mm 2 mm 2 mm 2 mm 3 mm 3 mm 3 mm 3 mm 4 mm 4 mm 4 mm 4 mm
ΔT (EPS) ΔT (POLIURETANO)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
COSTA, Ennio Cruz da. Física Aplicada à Construção: Conforto Térmico. 4. ed.
São Paulo: Editora Blucher, 1991.
DUTRA, Leno Pôrto; SALAMONI, Isabel Tourinho; CUNHA, Eduardo Grala da.
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https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8657973.
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https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0378778821003315.
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FARIA, Marcela Assunção; SOUZA, Henor Artur de; FERREIRA, Franciele Maria
Costa. Evaluation of the Thermal Performance in External Vertical Enclosures
Constituted of Metal Panels. Journal of Civil Engineering and Architecture, [s. l.],
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superior/redacao-cientifica/livros/gil-a.-c.-como-elaborar-projetos-de-pesquisa.-sao-
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REIS, Mari Aurora Favero; REIS JÚNIOR, Paulo; PERIN, Dirceu Lorivaldo.
Sustentabilidade energética em escola pública. MIX Sustentável, [s. l.], v. 6, n. 3, p.
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