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Sistema embarcado

Definições

Um sistema embarcado é uma combinação de hardware e software, e eventuais componentes

mecânicos, projetados para executar uma função dedicada [Wolf, 2005]. Em muitos casos,

sistemas embarcados são parte de um sistema, produto ou dispositivo maior. O sistema

embarcado está diretamente ligado com dispositivos eletrônicos de propósitos específicos, se

contrapondo às tendências de forte padronização típicas de computadores de propósito geral.

Em um sistema embarcado, o hardware e software estão intimamente relacionados de forma

que o software embarcado interage com o hardware que foi especificamente projetado para

interagir com ele [Lee, 2002].

Colocar capacidade computacional dentro de um circuito integrado, equipamento ou sistema,

este é uma definição de um sistema embarcado. Sendo este sistema, completo e independente,

mas preparado para realizar apenas uma determinada tarefa.

O usuário não terá acesso ao programa que foi embutido no dispositivo, mas poderá interagir

com o equipamento através de interfaces como teclados, displays, e outros componentes do

equipamento.

Para executar esta simples operação, o “cérebro” do forno deve receber sinais de sensores

(como o da porta, para saber se a mesma foi realmente fechada), fazer acionamento do

equipamento de potência, calcular o tempo da operação, acionar o motor que fará a rotação

do prato, permitir que o usuário interrompa a operação a qualquer tempo, atualizar o display,

medir quanto tempo se passou desde o início da operação, etc.

Diferente dos computadores, que rodam sistemas operacionais como base para que outros

aplicativos diversos sejam instalados e utilizados (em que cada aplicativo desempenha sua

função diferente), os sistemas embarcados são construídos para executar apenas uma tarefa
pré-determinada. Muitas vezes não tem flexibilidade que os permita fazer outra tarefa

qualquer que não sejam aquelas para qual foram desenhados e desenvolvidos.

A única flexibilidade permitida e desejada é no caso de um upgrade de novas versões,

fazendo com que o sistema possa ser reprogramado, geralmente com correções ou novas

funções que o tornam melhores. Mas isto sempre é feito pelos fabricantes e quase nunca pelos

usuários finais.

Há necessidade de um haver um “cérebro” que gerencie todo o funcionamento deste sistema,

este “cérebro” pode ser um microprocessador ou microcontrolador pois que ambos têm a

capacidade de receberem os sinais sinais externos emitidos pelos sensores, e na base destes

sinais executar programas com as tarefas a serem feitas, isto é, processar os sinais e enviar os

para os actuadores que executarão as tarefas de modo a obter os resultados esperados.

O usuário final se preocupa apenas em como utilizar este sistema e o que ele agrega de valor

a um produto, em termos de redução de custos, aumento de funcionalidade, aumento de

desempenho.

Diferente dos computadores, que rodam sistemas operacionais como base para que outros
aplicativos diversos sejam instalados e utilizados (em que cada aplicativo desempenha sua
função diferente), os sistemas embarcados são construídos para executar apenas uma tarefa
pré-determinada. Muitas vezes não tem flexibilidade que os permita fazer outra tarefa
qualquer que não sejam aquelas para qual foram desenhados e desenvolvidos.
Características de um sistema embarcado

Os sistema embarcado apresentam como características principais


o capacidade computacional

o independência de operação
Exemplos de sistemas operacionais embarcados

Como exemplos de sistemas operacionais embarcados destacam-se o TinyOS e o

Contiki.

TinyOS

O TinyOS é um sistema operacional embarcado de código aberto (open-source),

licenciado pela BSD e projetados para dispositivos de redes de sensores sem fio

(dispositivos de baixo consumo de energia).

A sua arquitetura é baseada em componentes que o permite uma rápida inovação e

aplicação, tendo o tamanho do código minimizado devido a restrição de memória

inerte aos dispositivos. Em sua biblioteca estão incluídas protocolo de redes, serviços

distribuídos, drivers de sensor e ferramentas de aquisição de dados.

Aplicações

O sistema operacional TinyOS possuem varias aplicações a saber:

o Redes de sensores sem fio (WSNs):

O sistema operacional embutido TinyOS em redes de sensores sem fios por ser

pequeno, eficiente e modular, Pode ser usado para criar redes de sensores para uma

variedade de aplicações, como monitoramento ambiental, gerenciamento de

tráfego e automação residencial.

o Poeira inteligente:

Poeira inteligente é um tipo de redes de sensores sem fio (WSN) que consiste em

sensores minúsculos e autoalimentados que podem ser usados para monitorar um

ambiente, esta aplicação é devido ao sistema operacional embutido TinyOS ser

pequeno e eficiente.
o Computação ubíqua:

Este é um campo da computação que visa tornar os computadores invisíveis e

integrados perfeitamente em nossas vidas cotidianas. O sistema operacional

embutido TinyOS pode ser usado para desenvolver aplicações de computação

ubíqua, como casas inteligentes e dispositivos vestíveis.

o Redes de área pessoal (PANs):

As redes de área pessoal (PANs) são pequenas redes de dispositivos usadas para

conectar dispositivos pessoais, como laptops, smartphones e tablets.

o Automação de edifícios:

Automação de edifícios é o uso de tecnologia para controlar e monitorar os

sistemas em um edifício, como iluminação e segurança.

o Medidores inteligentes:
Os medidores inteligentes são dispositivos que medem e transmitem dados de uso
de energia.
Contiki

O Contiki é um sistema operacional embarcado de código aberto (open-source) e gratuito

projetado para dispositivos com recursos limitados, como sensores, dispositivos vestíveis e

dispositivos domésticos inteligentes. Este sistema operacional embarcado é baseado no

sistema operacional embarcado TinyOS, mas foi projetado para ser ainda mais compacto e

eficiente.

Contiki é um sistema operacional embudtido mais poderoso e flexível do que TinyOS, sendo

óptimo para dispositivos com recursos limitados que precisam de um sistema operacional

compacto, eficiente e personalizável.

Aplicações

O sistema operacional Contiki possuem as seguintes aplicações:


o Redes de sensores sem fio (WSNs);
o Dispositivos domésticos inteligentes;
o Internet das coisas.

O sistema operacional embarcado Contiki mais compacto e eficiente, o que o torna ideal para

dispositivos com recursos ainda mais limitados, este sistema também possui uma gama mais

ampla de protocolos de rede e comunicação, tornando-o mais adequado para uma variedade

de aplicações em relação ao sistema TinyOS.

VirtuOS

O sistema VirtuOS foi idealizado para desfrutar dos recursos e do poder de processamento
dos processadores arquitetura x86 de 32 bits em microcomputadores de última geração, sua
implementação permite um nível de desempenho e de segurança surpreendentes e que
viabilizam, a baixo custo, a instalação de Sistemas Distribuídos de Missão Crítica, pela
utilização transparente e simultânea dos ambientes multitarefa, multiusuário, multiterminal e
de redes locais e remotas.

QNX

O sistema QNX é multiusuário, multitarefa, trabalha com rede e possui uma boa interface.
Versões mais recentes do QNX possuem diversas aplicações nativas, dentre as quais se
destaca o seu navegador de internet, o Voyager, que renderiza praticamente todo tipo de
conteúdo (streaming de áudio e vídeo, flash, etc.) usado atualmente na web. Por se basear em
UNIX, o QNX é confiável e estável, podendo ser ideal para profissionais da área gráfica (3D,
edição de imagem e vídeo e similares). Líderes mundiais como a Cisco, General Eletric e
Siemens dependem da tecnologia QNX para roteadores de rede, instrumentos médicos,
unidades telemáticas de veículos, sistemas de segurança e de defesa, robótica industrial e
outras aplicações de missões críticas.

VirtuOS:

Ele foi idealizado para desfrutar dos recursos e do poder de processamento dos processadores
arquitetura x86 de 32 bits em microcomputadores de última geração, de arquitetura
compatível com os modelos IBM PC™ de modo a cobrir um largo espectro de aplicações
profissionais de propósito geral.
Sua implementação permite um nível de desempenho e de segurança surpreendentes e que
viabilizam, a baixo custo, a instalação de Sistemas Distribuídos de Missão Crítica, pela
utilização transparente e simultânea dos ambientes multitarefa, multiusuário, multiterminal e
de redes locais e remotas.
exemplos de alguns sistemas embarcados

1. Aparelhos de ar-condicionado

Na realidade do Brasil, um país que costuma apresentar altas temperaturas durante boa
parte do ano, o uso de aparelhos de ar-condicionado é muito comum. Afinal, a função de
resfriar o ar, tornando o ambiente mais confortável em dias quentes, é muito bem-vinda.

Nesse contexto, é interessante ressaltar que, para controlar a temperatura ambiente, o


aparelho precisa interpretar os comandos enviados por um controle remoto, ou sensor, e,
assim, ajustar a temperatura de acordo com eles.

Essa tarefa de interpretar os comandos enviados pelo controle remoto e ajustar a


temperatura de acordo com eles é executada por um sistema embarcado que faz parte do
aparelho de ar-condicionado.

2. Termômetro digital

Os termômetros digitais, mais utilizados atualmente, também podem ser listados como um
dispositivo que faz uso de um sistema embarcado. Afinal, um “pequeno computador”
alocado em seu interior recebe indicações enviadas por um sensor e as utiliza para exibir a
temperatura de seu usuário em um display.

3. MP3 Player

Embora atualmente a maioria das pessoas faça uso de smartphones para ouvir músicas no
fone de ouvido, dentro ou fora de casa, há alguns anos essa tarefa era realizada
principalmente por MP3 Players.

Além de ser capaz de armazenar músicas em sua memória interna, o dispositivo ainda
realizava outras funções, como tocar as faixas registradas, sintonizar estações de rádio e
gravar áudio. Considerando essas características, podemos dizer que o MP3 Player é um
sistema embarcado sofisticado, principalmente para época em que foi lançado.

4. Roteador
De um modo simples e mais resumido, o roteador pode ser descrito como um dispositivo
desenvolvido com a finalidade de conectar aparelhos, como computadores e smartphones,
a uma rede, como o wi-fi. Além de desempenhar essa tarefa, ele visa identificar a rota mais
eficiente para o envio de dados, sempre analisando fatores como a distância de uma rota e
o seu nível de congestionamento.

Essas funções são realizadas através de um sistema embarcado, responsável por garantir
que elas sejam devidamente executadas.

Embora o termo sistema embarcado dê a impressão de algo complexo, a verdade é que essa
tecnologia é amplamente presente em nosso dia a dia. Ao compreender melhor do que se
trata e entender como ela funciona, podemos implementá-la de um modo ainda mais
eficiente!

Assim como os sistemas embarcados, existem outras tecnologias com o potencial de


otimizar a realização de diversas tarefas. Dentre elas, a computação quântica é uma das
mais promissoras! Leia o artigo e descubra como ela funciona!

Quais as vantagens e desvantagens dos sistemas


embarcados?

Custos reduzidos

os sistemas embarcados não precisam lidar com tantas tarefas quanto um


computador convencional, e seu tamanho é bastante reduzido graças a
isso. Uma vez que eles não necessitam de grandes investimentos em
memória e poder computacional, o seu custo de produção é menor, o que
acaba refletido no preço final do dispositivo.
Eficiência

Os sistemas embarcados costumam realizar apenas um conjunto restrito


de tarefas, graças a tal característica, ele precisa lidar com um número
muito reduzido de processos, o que diminui as chances de apresentação
de erros ou falhas durante sua operação.

Facilidade de programação

Uma vez que as atividades a serem desempenhadas pelos sistemas


embarcados costumam ser mais simples, desenvolver seu código tende a
ser uma tarefa rápida, e a maioria dos dispositivos que fazem uso de
sistemas embarcados, geralmente, não necessitam manutenções quanto
à programação.

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