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Casas Inteligentes

Research · April 2015

DOI: 10.13140/RG.2.1.3008.9764

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1 author:

Edilson A Camargo
Instituto de Aeronáutica e Espaço
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acceleration sensors using the platform Arduino View project

Study of dynamic loads during the transport of aerospace systems View project

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 CASAS INTELIGENTES

Edílson Alexandre Camargo1, Mariangela de Faria Pereira1,

1
Universidade do Vale do Paraíba/FEAU, Av. Shishima Hifumi, 2911- São José dos Campos – SP
edilsoncamargo@globo.com

Palavras-chave: Casa Inteligente, Casa do Futuro, Casa Interativa, Tecnologias de Construção.

Área do conhecimento: Engenharias - IIII

Resumo - Este trabalho consiste no estudo de um sistema de controle e supervisão residencial que através de
algumas interfaces tais como bluetooth, internet, rede WAP, etc. e utilizando uma CPU como servidor de dados
(com acesso permanente à Internet) e o acionamento dos sistemas sobre controle, feito pela porta paralela que
é usada para envio e recepção de sinais digitais. Esses sistemas são definidos como sendo as varias áreas da
residência tais como: Segurança: Alarmes, Sistema de Monitoramento (através do circuito fechado de TV) e
Controle de Acesso; Entretenimento: Home Theater, Áudio e Vídeo, controle de iluminação; Home Office:
Telefonia e Rede; Ambientes: Climatização, Portas e cortinas automáticas, Bombas e limpeza de piscinas,
Controle de sauna, Irrigação automática. Permitindo com que alguns desses dispositivos integrados ao sistema
sejam manipulados, programados e gerenciados de acordo com a necessidade e conveniência estabelecida
pelo seu usuário com apenas uma interface. O sistema permite acionamento simultâneo destes dispositivos,
bem como o monitoramento instantâneo do comportamento dos acionamentos. Essas são algumas das
inúmeras possibilidades do sistema para controle residencial, porém, o foco desse trabalho se limitou aos
estudos do sistema de Iluminação, segurança e circuitos de potência.

Introdução

As casas inteligentes são também chamadas de
“Cavernas Digitais” onde todos os sistemas
residenciais são conectados e integrados de modo
que os aparelhos autônomos poupem tempo e
energia.
Automação em geral vem sendo cada vez mais
difundida na vida das pessoas e é por isso que
surgem novos dispositivos a cada dia, deixando as
nossas vidas muito mais simples e confortáveis. Isso
faz acreditar que abordar assuntos para aperfeiçoar,
customizar e tornar a residência das pessoas mais
confortável seja de extrema relevância para a vida
atual.
Hoje os sistemas de automação disponíveis no
mercado são capazes de ligar ou desligar um
equipamento ou um dispositivo especifico de acordo
com um ajuste a distancia ou pré-definido. A
integração de Sistemas é projetada para ter
múltiplos subsistemas integrados a um único
controlador. A limitação deste sistema esta em que
cada subsistema deve ainda funcionar unicamente
na forma a qual o seu fabricante pretendia. Esta
integração já permite uma ampla gama de
benefícios aos usuários e lhe garante a máxima
eficiência no aproveitamento dos recursos utilizados.
Na Casa Inteligente o produto final pode ser
personalizado para cada usuário de forma
personalizada.
O Integrador de Sistemas em conjunto com o
proprietário delinearão instruções específicas para
modificar o uso dos equipamentos que se deseja.
Assim, o sistema torna-se um gerenciador ao invés
de apenas um controlador remoto. Os sistemas
residenciais inteligentes dependem de comunicação
de mão-dupla e feedback de status entre todos os
subsistemas para um desempenho acurado.
Para tomar vantagem da tecnologia mais recente, os
proprietários têm uma expectativa maior quanto aos
construtores fazerem as coisas de modo diferente
do que antes faziam. Os construtores, de forma a
participar deste lucrativo novo mercado, precisam
educar a si próprios e treinar ou contratar indivíduos
para atuar como Integradores e Instaladores de
sistemas residenciais.
A comunicação entre o construtor e/ou Integrador
e Instaladores com os proprietários é a chave para o
sucesso.
Um bom projeto de Automação Residencial
resulta numa interface amigável para o usuário final,
que dele poderá obter variados benefícios, dos
quais destacamos:
 Economia
  Segurança
 Comodidade
 Conforto
 Entretenimento
 Confiabilidade
Protocolos e Sistemas Proprietários:
Para que seja possível a implementação dos
aplicativos em uma casa inteligente é necessário o
uso de protocolos de comunicação o que na pratica
é chamado de sistemas proprietários. Segue abaixo
uma breve explicação e características dos mais
usados no mundo.
1) Protocolo X10: A tecnologia X10 usa a rede
elétrica como meio de transmissão e comunicação
entre os vários dispositivos. Este é um aspecto
chave desta tecnologia e é a sua maior vantagem
em face de outras soluções, pois permite o seu uso
em casas já existentes. Os dispositivos podem ser
ligados diretamente nas tomadas e serem usados
para ligar ou desligar equipamentos, lâmpadas ou
regular a sua intensidade luminosa. O grande
sucesso deste sistema reside no seu baixo custo,
flexibilidade e na sua facilidade de instalação.
Dado que a patente deste protocolo já expirou há
alguns anos, diversos fabricantes contribuíram para
a existência no mercado de uma elevada variedade
de dispositivos que contemplam as mais variadas
funcionalidades. Para evitar que os sinais atuem os
dispositivos nas habitações vizinhas existem filtros
que bloqueiam a passagem destes para fora da sua
rede de energia. Quando é necessário vencer
distâncias consideráveis estão também disponíveis
módulos que repetem e amplificam os sinais. O X-10
é a tecnologia mais acessível para a realização de
uma instalação não muito complexa. Como até 256
endereços são disponíveis para a comunicação,
mais de um equipamento pode se comunicar com
mais de um receptor ao mesmo tempo apenas
assinalando o mesmo sinal, outra característica é
usar livremente módulos de diversos fabricantes
visto que todos se baseiam no mesmo no mesmo
protocolo de transmissão.
O princípio de funcionamento consiste na
transmissão de dados binários pela corrente AC
fazendo uso de sinais de freqüência de 60hz,
quando o sinal cruza o ponto “zero” da curva de
freqüência e para reduzir erros são usados 2
“cruzamentos” no zero para transmitir ou (0) ou (1).
O (1) binário é um pulso de 120KHz no primeiro
cruzamento e uma ausência de pulso no segundo;
(0) binário é representado por uma ausência de
pulso de 120KHz no segundo. Uma mensagem
básica em X-10 usa 13 bits (quatro códigos entrada,
quatro códigos do ambiente, quatro códigos função
ou unidade e 1 que representa a função).
2) Protocolo Instabus EIB: Este protocolo, tal como o
X10, baseia-se numa arquitetura descentralizada
sendo considerado de elevada confiabilidade.
Possibilita a execução de qualquer projeto graças à
enorme diversidade de equipamentos que os seus
associados disponibilizam. Pode usar diferentes
meios de comunicação: bus de dois condutores,
rede elétrica ou rádio freqüência. Este sistema
permite que um único par trançado seja usado para
alimentar um dispositivo e para comunicar com ele.
Este protocolo conduz normalmente a soluções de
investimento relativamente elevado.
3) Lonworks: Indicado para redes de controle
distribuído, consistindo em dispositivos inteligentes
conectados entre si, que utilizam linhas de energia,
par trançado, fibra óptica, cabos coaxiais e wireless.
Cada dispositivo da rede LonWorks conta com seu
próprio microprocessador, chamado de Neuronâ
chip, que responde por todo o processamento e a
comunicação. Atualmente é fabricado pela Toshiba
e Cypress Semiconductor Corporation, sob licença
da Echelon.
Diferentemente de alguns outros protocolos, o
LonWorks utiliza todas as sete camadas do modelo
ISO/OSI, fornecendo uma completa plataforma de
hardware e software que inclui dispositivos de
aplicação, mídia de comunicação, dispositivos de
conectividade (routers, gateways, repeaters etc.),
ferramentas de desenvolvimento e de serviços de
rede. Deve-se ressaltar que pode ocorrer que
dispositivos de um fabricante não se comuniquem
com dispositivos de outro fabricante caso algum
deles não tenha sido desenvolvido com base no
programa da LonMarkâ.
4) Sistema proprietário Vivimat: É um sistema
centralizado que tem como dispositivos de entrada
para controle a manutenção através de teclado,
painéis de visualização, computadores, telefones,
internet, WAP. Pode ser ampliado com a introdução
de módulos adicionais interligados por um bus de
comunicação. Ajusta-se às necessidades de todo o
tipo de casas de nova construção.
5) Sistema proprietário Domus/Inteligente: Seria um
painel (chamado também de ecrã táctil) que
incorpora o processamento da informação. A este
painel é ligado um cabo bifilar ao qual estão ligados
em anel os “módulos de sensor”. Em cada divisão
da casa é instalado um destes módulos.
Estes incorporam como entradas um receptor de
infravermelhos, um sensor de movimento, um
sensor se luminosidade e um sensor de temperatura
e como saídas um emissor de infravermelhos, dois
contatos secos para controle de iluminação e um
outro para controle de aquecimento. As persianas
são controladas por módulos centralizados num
quadro próprio (com uma ligação bus ao painel tátil).
Pode ser controlado por painel tátil, SMS e a
visualização do estado do sistema podem ser feitas
na televisão. As suas limitações são as
impossibilidades de regulação da intensidade
luminosa.
6) Sistema proprietário Simon: O sistema SIMON
VIS é um sistema semi centralizado radial. Tem uma
unidade central de processamento, “módulo de
controle” que interliga com os módulos de saída e
entrada. Em cada piso de uma habitação cada
interruptor é ligado ao módulo de entrada (situado
num quadro parcial) através de um par de
condutores. Do mesmo modo, cada lâmpada é
alimentada a partir do módulo de saídas. Como o
controle é feito por
software qualquer saída pode ser temporizada. O
sistema inclui a possibilidade de cada botão de
pressão poder ter duas funcionalidades distintas:
uma com toque curto e outra com toque longo. O
controle via teclado do telefone permite atuar em
qualquer dispositivo ou saber qual é o seu estado. O
sistema pode ser acionado remotamente por
computador via linha telefônica.
7) Sistema proprietário Hometronic: Utiliza
radiofrequência para a comunicação entre a central
e os vários sensores e atuadores espalhados pela
casa. As suas ações podem ser ativadas
localmente, automaticamente através da central, por
telefone ou por Internet.
8) Sistema proprietário Cardio: Uma sonda no painel
tátil permite o controle da temperatura da habitação
e pode ser remotamente controlado por telefone.
Além disso, permite controlar qualquer dispositivo
X10, injetando sinais na rede elétrica através da
interface X10.
Aplicações:
Esse assunto é tema que permite uma gama
imensa de idéias aos profissionais envolvidos visto a
infinidade de aplicações possíveis. Podemos
exemplificar facilmente com algumas já disponíveis
no mercado e outras que estão em fase de estudo,
porém todas com um custo ainda muito alto, o que
não os tornam populares e acessíveis a todas as
classes.
Abaixo alguns exemplos já existentes e outros
em fase de estudo:
Alisadora de roupas substitui o tradicional ferro
de passar roupa. Não precisa do manuseio e
economiza 50% menos de energia.
Cama auto-regulável com o colchão que se
adapta ao corpo humano e ao peso de cada
ocupante para proporcionar o repouso adequado.
Home Office com internet com conexão sem fio
ou por rede elétrica leva banda larga a
computadores presentes em toda a casa, chegando
também a eletrodomésticos. Uma consideração
interessante também seria a tese da rede elétrica
devido à quantidade de pontos elétricos numa
residência. Todos os ambientes têm pelo menos um
ponto de eletricidade. Outra vantagem seria a
necessidade de apenas um cabo para ligar os PCs
em rede já que a energia elétrica e os dados
estariam juntos neste mesmo fio de cobre paralelo
que percorre as paredes da casa.
Voz sobre IP usando da conexão a internet para
chamadas locais, DDD e DDI pelo computador
fazem da telefonia um serviço a custo praticamente
zero.
Painéis Multimídia com monitores LCD servem
como despertador com imagens ou aparelho de
videoconferência, para comunicação entre pessoas
pela casa ou fora dela.
Controlador de sinais vitais através de sistema
que está instalado no quarto monitorando
temperatura, pressão sanguínea, ritmo cardíaco,
glicemia, colesterol e triglicérides durante o sono.
Superfícies Autoaquecidas que no inverno
deixam os tapetes à temperatura do nosso corpo e
não do revestimento gelado do piso.
Prego Líquido onde uma cola com solventes para
construção civil e uso doméstico substitui o metal
sem oferecer risco ao ambiente ou ao usuário.
Quadro eletrônico mostram fotografias ou obras
de arte são substituídas a partir de um acervo
digital, que pode fazer rodízio da coleção.
No banheiro a temperatura e duração do banho
são reguláveis. O encanamento detecta
vazamentos.
Na Cozinha coifas aspiram vapores e gorduras
e espirram água para limpeza automática. O piso e
feito de material especial que repele gordura.
Microondas memoriza receitas, lê instruções da
embalagem dos alimentos e ajusta tempo de
cozimento sozinho.
Geladeira controla o estoque dos produtos e
indica quando as reservas estão acabando. Faz
encomendas direto, pela internet, ou envia a lista de
compras ao morador.
Lava-louças avalia o numero de peças para
despejar a quantia certa de água e sabão de cada
lavagem.
Iluminação Dimers digitais regulam a
luminosidade de cada ambiente conforme a hora
pré-programada. O mais simples tipo de controle de Diagrama de Ligações
iluminação requer pouco mais que módulos ligados
em tomadas simples de parede. O X-10 (citado
acima) é muito utilizado para implementação desse
tipo de aplicação. Uma tomada especial substitui as
tomadas convencionais ou um modulo externo que
plugados as tomadas (no caso abajures, por
exemplo). Estes módulos recebem um endereço
digital que ser utilizado pelos controladores para
identifica-los quando emitir um sinal a ele dirigido.
Os controladores têm uma gama maior de estilos,
podendo variar de interruptores simples ate teclados
mais completos (de parede ou consoles de mesa).
Central de comunicação: Em vez de uma rede
PABX, um sistema administra a irrigação, a abertura
de janelas e até a alimentação do cachorro quando
a família esta fora.
Speech Recognition viabiliza que os
equipamentos possam ser controlados por comando
verbal, inclusive por telefone, de qualquer lugar.
Entretenimento Programa áudio visual mostra
versões eletrônicas de livros, podem acompanhar e
ilustrar passagens e, ainda, guardar os registros de
todos os usuários para saber onde parou.
Home Theater que tem TV a cabo digital, Figura 1 - Esquema das ligações e dispositivos
interativa, armazena programas baixados pela necessários para implementação em uma casa.
internet e exibe em uma tela de alta definição.
Na segurança um leitor de digitais substitui as A seguir detalhamento dos dispositivos de
chaves. Imagens de quem bate a porta ficam entradas, saídas e processamento mostrado na
gravadas no porteiro eletrônico com câmeras figura acima.
conectadas a rede. Alarme de segurança que
permite pré-agendamento e controle a distância,
sistema de monitoramento por circuito fechado de
TV que permite a detecção de intrusão no interior da
casa, detectores de movimento, detecção de
incêndio, de inundação e de fuga de gás. Esse
sistema fechado de TV integrado entre o CFTV e o
sistema de vídeo de casa (ou seja, TV a cabo,
satélite ou antena), o que torna possível ter a
imagem gerada pelo CFTV em qualquer uma das
TV’s da casa, num canal especialmente designado Figura 2 - Dispositivos de entrada.
para este fim bastando apenas o uso correto de
moduladores de sinal. Sendo ainda possível que o
canal seja mudado automaticamente sempre que o
sensor detectar intrusos ou pessoas batendo a
porta, etc.
 Fisicamente, cada entrada está ligada nos
módulos de entrada e as saídas nos módulos de
saída. Ambos os módulos se conectam a central,
conforme esse diagrama.

Figura 3 - Ligação entre os dispositivos de entrada e

comando central.

Retorno Comando Neutro

Fase Par Trançado
Figura 4 - Dispositivos de gerenciamento.
Figura 6 - Esquema do funcionamento

Cabeamento Estruturado

O cabeamento estruturado é sem duvida fator

importante nesse tipo de construção e precisa ser
bem avaliado mesmo que representando 2% a 3%
do valor total da construção. Precisa ter cabos de
alta velocidade e painéis de distribuição.
A idéia é que o usuário tenha na mesma tomada
a opção de ligar computador, telefone, fax, rede
local, TV a cabo, sensores, alarme, etc.

Figura 5 - Ligação dos módulos de gerenciamento

com os dispositivos de saída.

Funcionamento do Sistema

Funciona com entradas e saídas (mostrados na

figuras acima) que controlam o acionamento de
cada saída a partir do comando de suas entradas.
Para explicar como seria o funcionamento veja o
exemplo já utilizado pela empresa IHC que já atua
no mercado com esse tipo de solução.
Um sensor de presença ao ser acionado
comunica a central. Esta, por sua vez, está
programada para ligar determinada saída neste
momento. Figura 7 - Estrutura Geral do Cabeamento.
 Os cabos podem ser coaxiais RG6, telefônicos
categoria cinco e até fibra óptica para atender a
demanda de equipamentos que num futuro bem
próximo exigirão conexões ultrarrápidas.
Conduletes vazios durante a construção também
é uma medida prática interessante para absorver a
necessidade futura de cabeamento. Os cabos RG-6
e Categoria 5 se ajustam bem as necessidades
atuais. Cabos telefônicos Categoria cinco
transportam dados 10 vezes mais rápido que os
cabos de cobre comuns. Os cabos RG-6 oferecem
uma boa largura de banda para transportar sinais de
TV de alta definição. Porém velocidade e
capacidade são apenas parte da equação. A
distribuição de som, vídeo e dados para múltiplos
computadores, TV's, caixas acústicas e telefones
são importantes elementos dos sistemas de
cabeamento estruturado. Esta é a tarefa dos painéis
de distribuição.
Tipos de quadro de distribuição: Centralizados ou
descentralizados.
Figura 8 – Diferença entre a distribuição centralizada
e descentralizada.
No modelo centralizado o quadro de distribuição
geral centraliza a saída dos cabos para todos os
pavimentos da casa, já no caso de descentralizado
um equipamento (exemplo patch pannel) em cada
um dos pavimentos viabiliza maior distribuição e
menos fios andando por toda a casa.
Na casa inteligente o modelo mais viável seria o
descentralizado, pois, assim como no caso dos
circuitos elétricos tradicionais, o quadro de
distribuição de cabeamento recebe os sinais
externos (das concessionárias de telefone, tv a
cabo, etc.) e direciona de maneira inteligente estes
sinais aos vários ambientes da casa.
Por exemplo, um sinal de TV a cabo entrando
pelo quadro pode ser transmitido para cada ponto
através de toda a casa. Sinais gerados dentro da
casa também podem ser direcionados ao quadro de
distribuição. Por exemplo, sinais de áudio e vídeo
gerados no DVD podem ser levados a todos os TV's
da casa, dados gerados num computador podem ser
compartilhados pêlos demais e musica de FM pode
ser ouvida nas caixas acústicas de todos os
ambientes.
Os quadros de distribuição contêm os módulos. A
grande vantagem destes módulos é que, quando
necessário expandir o sistema, basta acrescentar
mais módulos aos quadros de distribuição. Um
módulo de telefonia permite que todas as chamadas
encaminhadas sejam atendidas em qualquer
aparelho na casa inteira. Um módulo de vídeo
básico encaminha sinais de TV a cabo e satélite
para todos os pontos e ainda pode distribuir
imagens do circuito interno de TV e do vídeo
cassete ou do DVD para todos os TV's da casa.
Alguns fabricantes dispõem também de módulos de
rede, assim múltiplos computadores podem
compartilhar arquivos e acessar vários tipos de
periféricos, como CD-ROM, modems, e impressoras
remotamente.
A adição de um módulo de automação pode
transformar o quadro de distribuição numa completa
central de automação residencial. Através deste
quadro poderão ser acesas e apagadas luzes,
armando o sistema de alarme e até feita a
programação de temperaturas para o sistema de
aquecimento e ar condicionado.
Ligar os equipamentos numa casa dotada de
cabeamento estruturado é tarefa simples. Incluídos
junto com os cabos e o quadro central, estão todos
os outlets. Diferente dos tradicionais "engates"
(pontos de antena, de telefone, de som, etc.), onde
cada aplicação demanda um tipo de terminal, no
cabeamento estruturado todos estão combinados
num único tipo de painel. Apenas ligue a TV, o
computador ou as caixas acústicas no apropriado
"engate" e eles estarão instantaneamente
conectados à rede.
Fluxograma das Aplicações Analisadas:
Pensando num modelo de casa e nas funções
vimos que alguns dispositivos são apenas ligados e
ou desligados e outros precisam ter funcionalidades
mais complexas que permitem o usuário programar
rotinas pré-agendadas e programáveis. Para essas
separamos dois exemplos que seria um da
iluminação e outro da parte da segurança.
Simulando as etapas:
Iluminação:
Esse fluxo descreve as possíveis interfaces e
rotinas que o sistema de iluminação da “Casa
Inteligente” teria.
1. Etapa que mostra as possibilidades de
acionamento das lâmpadas.
Controle: um controle remoto que fará
interface com todos os dispositivos da casa.
Programado: Acionamento através de
agendamento prévio do ligar e desligar das
lâmpadas.
Sensores: Sensores espalhados pela casa
que detecta a presença de pessoas quando
conveniente.
2. Estes são controlados pela unidade de
processamento central CPU. Que será o
cérebro do sistema.
3. Nesse momento o sistema verifica se a
opção Controle foi acionada.
4. Se sim esta parte para ligar ou desligar as
lâmpadas
5. Se não o sistema vai para a etapa seguinte
que é de verificar se existe algum
agendamento prévio. Veja que a instrução
que vem do controle será dominante a
instrução pré agendada.
6. Se tiver qualquer instrução agendada desde
que o controle não tenha sido acionado esta
será executada.
7. Se não tiver agendado, os sensores ficarão
encarregados de fazer o trabalho de
verificação constante (loop) até que algo
aconteça. Ou via controle ou via
programação que podem acionar ou não o
funcionamento dos sensores.
INÍCIO
ILUMINAÇÃO
-CONTROLE
-PROGRAMADO
-SENSORES
CPU
1
1
PROGRAM
ADO CONTROLE
SENSORES POR HORA
MOVIMENTO/
FOTOCELULA
OPERAÇÃO
FIM
Segurança (Alarmes):
Esse fluxo descreve o funcionamento e
prioridades bem como as rotinas a serem seguidas
pelo sistema de alarme.
1. Etapa que mostra as possibilidades de
ativação do alarme.
Controle: Ativado pelo controle, sempre com
identificação do usuário através de senha que
contempla inclusive uma senha/código “pânico”.
Programado: Que permite ao usuário
agendar horário de ativação e desativação.
2. Estes são controlados pela CPU.
3. O controle possui três funções, ligar o
sistema de monitoramento do alarme,
desligar o mesmo ou acionar função pânico.
4. Se Programado for sim o sistema de
sensores do alarme entra no estagio de
monitoramento.
5. No estagio de monitoramento este
permanece em loop até que o sensor acuse
algum movimento, ou seja, desligado o
sistema de monitoramento. Caso o sensor
acuse algum movimento este dispara sinal
para o alarme que dispara sirene de
emergência.
 US$10.8 bilhões em 2008 (números coletados da
INÍCIO revista Galileu, jan 2005).
O importante agora é que essas empresas
garantam que seus dispositivos usem protocolos e
- CONTROLE padrões bem definidos para que os equipamentos
- PROGRAMADO conversem entre si independentes da marca.
Como todos os mercados emergentes e em
CPU
expansão ainda existem poucos profissionais
especializados na área, ou seja, não é qualquer
eletricista que conseguiria fazer a manutenção de
uma residência dessa. Por isso a importância de
S N assuntos como esse serem abordados nas
CONTRO
LE faculdades e colégios técnicos para que assim
PROGRAMADO consigamos aumentar material focado nessa
tecnologia de home. No Brasil a principal instituição
que estuda essa tecnologia, ministrando cursos e
N treinamentos se chamam Aureside que inclusive
LIGA contribuiu muito para esse artigo.
“How far you go with your smart home depends
S on your lifestyle, budget and tastes”!. Esses são os
limites atuais: “lifestyle, budget and tastes!”
LIGA
MONITORAMENTO
Tecnologia deixou de ser o limite! Agora esse limite
está apenas em nós!
DESLIGA PANICO

SENSOR

DISPARA
ALARME

MOVIMENTO
S N
FIM

Conclusão: Referências:

Casas inteligentes vêm sendo cada vez mais
estudadas visto que esse mercado ainda em
maturação abriga um atraente negocio no ramo de
construção e tecnologia.
A industria ainda está iniciando o processo de
desenvolvimento de itens voltados à automação
residencial, a estimativa de empresas tais como
IBM, Microsoft, CISCO, SUN, Ericson, Intel,
Echelon, GE, Siemens, Sony, Phillips e muitas
outras que já trabalham com equipamentos e
aparelhos “inteligentes” é que o mercado de
automação residencial movimente em torno de
- Associação Brasileira de Automação residencial.
Disponível em:
http://www.aureside.org.br/temastec/default.asp?file
=infraestrutura.asp&menu=temas. Acesso em 15
jan.2006.
- BRIERE, Danny e HURLEY, Pat, “Smart Homes for
Dummies”, Wiley Publishing, Inc., 2003
Artoni Camila, 2001; Revista Galileu; pág. 31
- Camila Artoni, Revista Galileu, Editora Globo,
Jan/2005.
 - Flores, Antonio Manoel L. Quadros, A criação de
valor no binômio: “casa inteligente” / consumidor.
Disponível em:
http://www.aedie.org/9CHLIE-paper-send/394-
FLORES.pdf#search=%228)%20Sistema%20proprie
t%C3%A1rio%20Cardio.%22. Acesso em 15
jul.2006.

- JACKSON, Andy, “Integrating the smart home with

its owner”, Integratorpo, 2003.

-Schneider Electric. Disponivel em

http://www.primeletrica.com.br/produtos/automacao/
conceitos.cfm Acesso em 29 set.2006.

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