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Manual de

Procedimentos
MANUAL DE PROCEDIMENTOS
MP01.RV(04)
REDE VALORIZAR

ÍNDICE

I. Siglas e Abreviaturas …………………………………………………………………………..… 3

II. Introdução …………………………………………………………………………………………. 4

III. Gestão do Manual ………………………………………………………………………………... 4

IV. Funções e competências da Rede Valorizar ………………………………………………..… 5

V. Fluxograma Geral dos Procedimentos - Chave da Rede Valorizar ……………………….... 7

VI. Acolhimento ……………………………………………………………………………………..… 8

VII. Diagnóstico …………………………………………….………………………………………… 14

VIII. Encaminhamento ………………………………………………………………………….…….. 16

IX. Reconhecimento de Competências Escolares ………………………………………………. 18

X. Reconhecimento de Competências Profissionais …………………………………………… 27

XI. Validação ………………………………………………………………………………………… 28

XII. Emissão de Certificados e Diplomas ………………………………………………….…….… 31

XIII. Certificação no âmbito da Formação Modular ……………………………………….…….… 34

XIV. Formação Complementar ……………………………………………………………….……… 37

XV. Legislação Aplicável ……………………………………………………………………….……. 40

XVI. Registo das Revisões do Manual ………………………………………………………….……40

Anexos: Glossário

https://www.dropbox.com/s/ugr8w9wg9br7loh/MP01.RV%2804%29%20-
%20Manual%20de%20Procedimentos%20da%20Rede%20Valorizar.pdf?m

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I. SIGLAS E ABREVIATURAS

SIGLA SIGNIFICADO
ABC Aquisição Básica de Competências (curso de)
ANQEP Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, IP
APQE Agência para a Qualificação e Emprego
CNQ Catálogo Nacional das Qualificações
CQEP Centro para a Qualificação e Ensino Profissional
DREQP Direção Regional do Emprego e Qualificação Profissional
DVCA Divisão de Validação e Certificação de Ativos
IEFP Instituto do Emprego e Formação Profissional
IMP Impresso
PDP Plano de Desenvolvimento Pessoal
PPQ Plano Pessoal de Qualificação
PRA Portefólio Reflexivo de Aprendizagens
QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização
RAA Região Autónoma dos Açores
RV Rede Valorizar
RVC Reconhecimento e Validação de Competências (profissional de)
RVCC Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências
SGQ Sistema de Gestão da Qualidade
SIGO Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa
SIRV Sistema Informático da Rede Valorizar
UFCD Unidade de Formação de Curta Duração

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II. INTRODUÇÃO

O presente Manual de procedimentos foi concebido como ferramenta de apoio às


principais atividades desenvolvidas na Rede Valorizar, ou seja, visa descrever a forma
como devem ser desenvolvidos os procedimentos da Rede Valorizar que carecem de
uniformização. Não esgota, portanto, a abrangência do trabalho desenvolvido pela
equipa de colaboradores da Rede Valorizar e não pretende limitar a iniciativa e a
criatividade individual de cada um.

O objetivo deste manual é dotar os seus utilizadores de um enquadramento que os


oriente na interpretação e aplicação das regras relativas ao reconhecimento, validação
e certificação de competências, principalmente no que diz respeito às questões
processuais e documentais. Todavia, a sua consulta não dispensa nem substitui o
estudo da legislação existente e da bibliografia citada.

Os documentos internos citados ao longo do manual encontram-se disponíveis na


nossa base de dados.

Esta é, certamente, apenas mais uma das versões do nosso manual, a terceira, já
que, fruto da colaboração de todos, estamos sempre a aperfeiçoar a nossa forma de
trabalhar e, consequentemente, a melhorar os nossos resultados.

III. GESTÃO DO MANUAL

O Manual de Procedimentos da Rede Valorizar é elaborado pelo Chefe da Divisão de


Validação e Certificação de Ativos e aprovado pela Diretora Regional.

As versões em vigor são identificadas pela respetiva edição, que se inicia em 00. Todas as
edições posteriores seguem o mesmo esquema de elaboração, verificação e aprovação.

O Manual de Procedimentos da Rede Valorizar está disponível, na versão em vigor, no


diretório partilhado SGQ.

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IV. FUNÇÕES E COMPETÊNCIAS DA REDE VALORIZAR

Funcionalmente a Rede Valorizar está inserida na Divisão de Validação e Certificação


de Ativos, da Direção Regional do Emprego e Qualificação Profissional.

De acordo com o art.º 84.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 7/2013/A de 11 de


julho, é indicado que:
1 - Compete à DVCA, designadamente:
a) Apoiar tecnicamente a elaboração e implementação de programas, planos e
ações de formação profissional;
b) Desenvolver processos e projetos concretos relativos ao reconhecimento e
certificação das qualificações profissionais;
c) Assegurar o funcionamento e a articulação dos Centros de Validação e
Reconhecimento de competências profissionais, nomeadamente da Rede
Valorizar;
d) Proceder às ações de informação e divulgação que visem a valorização dos
recursos humanos;
e) Promover ações que visem uma melhor perceção das medidas de
qualificação profissional, em particular conferências, debates e projetos de
intercâmbio e transferência de know-how;
f) Fomentar as ações inovadoras que visem a valorização das profissões e a
qualificação dos recursos humanos;
g) Elaborar referenciais e perfis profissionais que promovam a inovação de
competências;
h) Proceder à divulgação da informação sobre formação profissional interna ou
externa à Região;
i) Desenvolver projetos para a inovação na gestão de recursos, de âmbito
regional, nacional, comunitário ou internacional;
j) Promover a qualidade da formação profissional;
k) Desempenhar outras tarefas ou atividades superiormente determinadas.

Desta feita, a Rede Valorizar prossegue o objetivo de assegurar a todos os cidadãos


uma oportunidade de qualificação e certificação, de nível básico, secundário e/ou

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profissional, quer pela via da certificação de competência adquiridas, quer pelo


encaminhamento para ofertas formativas.

São tarefas primordiais da Rede Valorizar:

1. O reconhecimento, a validação e a certificação de competências profissionais


adquiridas ao longo da vida, para efeitos de posicionamento em percursos de
qualificação;
2. O reconhecimento, a validação e a certificação de competências adquiridas ao
longo da vida, para efeitos de obtenção de um nível de escolaridade e de
qualificação;
3. O encaminhamento para ofertas de educação e formação que melhor se
adequem ao perfil e às necessidades, motivações e expectativas de cada
Utente;
4. A validação final dos percursos de formação modular dos Utentes, para efeitos
de certificação e um nível de escolaridade e de qualificação, no quadro da
regulamentação aplicável à formação modular.

Para tal, o serviço encontra-se descentralizado em três polos: Ponta Delgada, Angra
do Heroísmo e Horta.

A equipa técnica da Rede Valorizar é composta por:

 Coordenador/Chefe de Divisão
 Técnicos administrativos
 Profissionais de RVC
 Formadores internos
 Formadores externos

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V. FLUXOGRAMA GERAL DOS PROCEDIMENTOS-CHAVE DA REDE


VALORIZAR

Acolhimento

Diagnóstico

Encaminhamento

Plano Pessoal de
Certificação Parcial RVCC
Qualificação
Escolar/Profissional

Oferta Ações de Formação de


Educativa/Formativa Curta Duração

Certificação

Plano de
Desenvolvimento
Pessoal

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VI. ACOLHIMENTO

DESCRIÇÃO DA TAREFA

O acolhimento consiste no atendimento e inscrição dos utentes na Rede Valorizar,


bem como no esclarecimento sobre a missão desta, as diferentes fases do processo
de trabalho a realizar, a possibilidade de encaminhamento para ofertas educativas e
formativas ou para processo de RVCC e a calendarização previsível para o efeito.

PROCEDIMENTOS

1. Pré-inscrição
A pré-inscrição é uma etapa não obrigatória do processo de inscrição. Consiste no
envio, por parte do Utente, de uma ficha de pré-inscrição, por meio de carta ou da
entrega nos serviços públicos da sua área de residência designados para o efeito.

A ficha de pré-inscrição está disponível na nossa página na Internet.

O Profissional de RVC, ao receber uma ficha de pré-inscrição, deve contactar o


Utente, no prazo máximo de 30 dias seguidos, no sentido de lhe fornecer as
informações necessárias para que o mesmo possa efetuar a sua inscrição definitiva.

Os Utentes em situação de pré-inscrição não são inseridos no sistema informático da


Rede Valorizar (SIRV) e não aparecem em nenhuma estatística.

2. Inscrição
Podem inscrever-se na Rede Valorizar todos os cidadãos residentes na Região
Autónoma dos Açores maiores de 18 anos.

A inscrição é formalizada mediante o preenchimento da ficha de inscrição no SIRV,


que deve ser obrigatoriamente assinada pelo Utente e pelo profissional que efetuou a
inscrição. Após o preenchimento e assinatura da ficha de inscrição, esta deve ser
digitalizada, sendo o original entregue ao Utente. A cópia, em formato digital, fica
arquivada na pasta de processo do Utente, sub-pasta documentos internos.

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Para além da ficha de inscrição, deve ainda ser entregue ao Utente a seguinte
documentação: Guia de Acolhimento e Cartão de inscrição.
Para efetuar a sua inscrição, o Utente deve apresentar os seguintes documentos:
 Documento de identificação (Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão);
 Cartão de contribuinte (NIF);
 Certificado de habilitação escolar.

Para os utentes encaminhados por uma instituição/entidade pública ou entidade


formadora certificada, e desde que a informação relativa aos documentos acima
citados seja disponibilizada por esta mesma instituição, não existe a necessidade de
entrega dos mesmos.

Relativamente ao certificado de habilitação escolar, caso este não esteja disponível


devido a motivo atendível, a inscrição poderá ser efetuada, ficando registado, na
presente etapa o motivo da sua não apresentação. Nesse caso, no campo das
habilitações académicas, o Utente é identificado como não possuindo o 4.º ano de
escolaridade. Cabe ao Profissional de RVC desenvolver, na fase de diagnóstico, um
trabalho consequente com essa informação.

O Utente deverá ainda, e sempre que possível, entregar o seu Curriculum Vitae,
preferencialmente no formato europeu, não assumindo este, no entanto, um caráter
obrigatório.

Toda a documentação entregue deve ser digitalizada, sendo arquivada na pasta do


processo do Utente, sub-pasta documentos pessoais.

No momento da inscrição é atribuído um n.º de inscrito ao Utente, gerado de acordo


com as seguintes regras:

Número sequencial
A iniciar em 1 e atribuído por cada uma das equipas: Faial, São Miguel e Terceira.

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Equipa
1 - Faial
2 - São Miguel
3 - Terceira

Concelho
01 - Angra do Heroísmo 10 - Povoação
02 - Calheta de São Jorge 11 - Praia da Vitória
03 - Horta 12 - Ribeira Grande
04 - Lagoa 13 - Santa Cruz da Graciosa
05 - Lajes das Flores 14 - Santa Cruz das Flores
06 - Lajes do Pico 15 - São Roque do Pico
07 - Madalena 16 - Velas
08 - Nordeste 17 - Vila do Porto
09 - Ponta Delgada 18 - Vila Franca do Campo

Ano
09 – 2009
10 – 2010

Assim, por exemplo, um utente com o número 510709, permite a seguinte leitura

5 1 07 09
5.ª pessoa inscrita
Inscrito pela equipa Concelho da
pela equipa do Inscrito em 2009
do Faial Madalena
Faial

No caso dos processos já existentes e ainda não concluídos, estes devem ser
registados como todos os demais, não havendo, no entanto, necessidade de o utente
estar presente durante o ato de registo. Posteriormente, quando for convocado para
alguma reunião, ser-lhe-á informado o seu número.

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Em caso de reinscrição de um Utente na RV, deverá ser preenchida uma nova ficha
de inscrição, mantendo-se, contudo, o número inicial de utente. Assim, a cada
requerente/candidato é atribuído um único número de utente.

3. Abertura de um processo
Concluída a inscrição, deve ser criada na base de dados, na pasta processos da
respetiva equipa, um arquivo identificado unicamente com o n.º do utente. Dentro
deste, por sua vez, existirão mais quatro pastas:
 Documentos internos, onde são arquivados os documentos gerados
pela Rede Valorizar;
 Documentos pessoais, onde são arquivados os documentos pessoais
entregues pelo Utente no momento da sua inscrição;
 PRA, onde são arquivadas os documentos referentes ao Portefólio
Reflexivo de Aprendizagem;
 Comunicação, onde são arquivados os registos de comunicação (e-mail,
ofícios, …) com o utente.

4. Transferências
A Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP) permite o
acesso, em modo de consulta, da Rede Valorizar à plataforma SIGO. Este acesso
possibilita verificar se os candidatos que se pretendem inscrever na Rede Valorizar já
se encontram inscritos num Centro para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP)

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da rede nacional, tutelada pela ANQEP. Permite igualmente à Rede Valorizar ter
acesso aos contatos dos CQEP da rede nacional, com o objetivo de articulação e
partilha de informação, em caso de necessidade. Esta consulta é obrigatória no
momento da inscrição.

Sempre que, através da consulta ao SIGO, seja detetado que os candidatos que
pretendem inscrever-se na Rede Valorizar já se encontram inscritos num CQEP, o
Profissional de RVC deve indicar a esses candidatos a necessidade de contactarem o
CQEP no qual se encontram inscritos, a solicitar a suspensão do seu processo no
SIGO, por forma a poder ser dada sequência ao seu percurso de qualificação no
âmbito da Rede Valorizar.

Mediante solicitação por parte de cada candidato, as diligências efetuadas pelo CQEP
no qual se encontra inscrito serão as seguintes:
a. Acionar o estado de suspensão do candidato, especificando nas observações
que será dada continuidade ao seu processo no âmbito da Rede Valorizar;
b. Enviar um documento ao candidato (via correio eletrónico ou correio normal),
assinado pelo Coordenador do CQEP, dando conta do acionamento do estado
de suspensão e da data em que tal ocorreu.

O Profissional de RVC só deve dar sequência à inscrição dos candidatos que


identifiquem como estando inscritos num CQEP mediante apresentação do documento
comprovativo citado em b.

5. Transição para a etapa seguinte/diagnóstico


Após a inscrição, o Profissional de RVC deve, no prazo máximo de 30 dias
seguidos, convocar o Utente para a fase de diagnóstico.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Profissional responsável pelo atendimento;


Profissional de RVC.

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DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP08.RV - Declaração de inscrição Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
Obrigatório, original entregue ao utente e cópia
IMP09.RV - Ficha de inscrição digitalizada arquivada na pasta de processo, sub-pasta
documentos internos.
Não obrigatório, original destruído, após ter sido
preenchida a ficha de inscrição, e cópia digitalizada
IMP10.RV - Ficha de pré-inscrição
arquivada na paste de processo, sub-pasta documentos
internos.
Cartão de inscrito Obrigatório, entregue ao utente no momento da inscrição.
Guia de acolhimento Obrigatório, entregue ao utente no momento da inscrição.

DOCUMENTOS ORIENTADORES

ALMEIDA, Marylene de e outros, Metodologia de acolhimento, diagnóstico e


encaminhamento de Utentes: Centros Novas Oportunidades, Lisboa, Agência Nacional
para a Qualificação, 2008.

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VII. DIAGNÓSTICO

DESCRIÇÃO DA TAREFA

O diagnóstico permite desenvolver e aprofundar a análise do perfil do Utente, com


base nos elementos anteriormente recolhidos e que são completados, nesta etapa,
com as informações obtidas através da realização de uma entrevista individual ou
coletiva (em pequeno grupo).

Tratando-se de uma etapa prévia ao encaminhamento, o diagnóstico permite clarificar


as necessidades, interesses e expectativas do Utente; informação essa a ser
considerada na definição do seu percurso, tendo em conta as ofertas de qualificação e
certificação disponíveis à data na RAA.

PROCEDIMENTOS

Os Profissionais de RVC, nesta fase, possuem à sua disposição um documento


orientador produzido pela ANQEP e adaptado pela Rede Valorizar, assim como os
seguintes documentos internos:

a. Ficha de diagnóstico
b. Grelha de análise do perfil

A documentação citada pode ser operacionalizada por meio de sessões individuais


e/ou em grupo.

Apesar de as orientações e documentação não assumirem um carácter obrigatório,


deve o profissional de RVC desenvolver uma metodologia coerente e devidamente
documentada, que permita um estudo personalizado de cada utente, de modo a definir
as respostas mais adequadas ao seu perfil.
Sendo a informação relativa ao diagnóstico obtida por meios diversos, cabe ao
Profissional de RVC deixar registado no SIRV a proveniência da mesma, da forma o
mais pormenoriza possível.

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Caso sejam utilizados outros instrumentos de diagnóstico que não os citados, os


mesmos deverão, numa lógica de partilha de boas práticas, ser arquivados na
seguinte pasta: Rede Valorizar/Etapas/1_Acolhimento,Diagnóstico e
Encaminhamento/Documentos_RV.

Não são permitidas situações onde não exista qualquer registo sobre como foi
efetuado o diagnóstico.

Concluída esta etapa, os dados do Utente no SIRV devem ser atualizados.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Profissional de RVC e, sempre que solicitados, Formadores.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de
Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
comparência
Ficha de Entrevista Não obrigatórios, original destruído, após ter sido concluída a
Ficha de diagnóstico fase, e cópia digitalizada arquivada na paste de processo, sub-
Grelha de análise do perfil pasta documentos internos.

DOCUMENTOS ORIENTADORES

Agência Nacional para a Qualificação, Vias de conclusão do Ensino Secundário


(Decreto Lei n.º 357/2007, documento interno em powerpoint).
ALMEIDA, Marylene de e outros, Metodologia de acolhimento, diagnóstico e
encaminhamento de Utentes: Centros Novas Oportunidades, Lisboa, Agência Nacional
para a Qualificação, 2008.

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VIII. ENCAMINHAMENTO

DESCRIÇÃO DA TAREFA

O encaminhamento direciona o utente para a resposta formativa ou educativa que seja


mais adequada, em função do perfil identificado na etapa de diagnóstico e das ofertas
de qualificação disponíveis a nível local/regional. As várias hipóteses de
encaminhamento são discutidas com o utente e a escolha que daí advém resulta de
um processo de negociação entre as duas partes – utente e equipa técnico-
pedagógica da Rede Valorizar.

PROCEDIMENTOS

1. Encaminhamento
O utente pode ser encaminhado para:
1. Um processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências;
2. Um percurso de educação/formação;
3. O prosseguimento de estudos de nível superior.

As possibilidades de encaminhamento e a decisão final sobre qual delas selecionar


são concretizadas por meio da Proposta de Encaminhamento (IMP14.RV), disponível
no SIRV.

Tratando-se de um documento de preenchimento obrigatório, no qual se sintetiza as


propostas de encaminhamento do utente e sua(s) decisão(ões), o mesmo deve ser
assinado pelas partes intervenientes. O original é entregue ao Utente e a cópia
digitalizada ficará arquivada no seu processo, na sub-pasta documento internos.

No caso de utentes encaminhados pela APQE visando a integração de cursos ABC, o


preenchimento do IMP14.RV não é obrigatório.

O encaminhamento para percursos exteriores à Rede Valorizar implica,


obrigatoriamente, a definição de um PPQ - Plano Pessoal de Qualificação
(IMP15.RV), disponível no SIRV, no qual se indica o percurso formativo e/ou quais as
Unidades de Competência que devem ser adquiridas por essa via. Deve ser assinado

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pelo Profissional de RVC. O documento original será entregue ao utente, a cópia


digitalizada ficará arquivada no seu processo, na sub-pasta documento internos.
O PPQ, sempre que possível, deve ser construído com base numa articulação com a
entidade organizadora da resposta de educação/formação escolhida.

2. Alterações de encaminhamento
No caso de um utente previamente encaminhado solicitar, posteriormente, a alteração
do seu encaminhamento, devem os Profissionais de RVC ter em consideração que:
1. A alteração de encaminhamento assume sempre um caráter de excecionalidade;
2. Todos os pedidos de alteração de encaminhamento são formalizados e
fundamentados pelo próprio candidato;
3. Após análise do pedido, deve o Profissional de RVC emitir um parecer técnico
sobre o pedido, tendo em conta os fundamentos apresentados pelo Utente, o seu
perfil e o processo de negociação previamente desenvolvido.
4. Cabe ao Coordenador da Rede Valorizar a decisão final sobre o pedido.
5. A decisão devidamente fundamentada deve ser explicada e formalizada ao
candidato pelo Profissional de RVC, por escrito, em reunião.

Concluída esta etapa, o utente deverá preencher o inquérito de satisfação do processo


de Acolhimento, Diagnóstico e Encaminhamento (IMP34.RV).

Os dados do Utente no SIRV devem ser atualizados.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Profissional de RVC e, sempre que solicitados, Formadores.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de
Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
comparência
Obrigatório, original entregue ao utente e cópia digitalizada
IMP14.RV – Proposta de
arquivada na sua paste de processo, sub-pasta documentos
encaminhamento
internos.
IMP15.RV – Plano Pessoal de Obrigatório para utentes com resposta externa. Original entregue ao
Qualificação utente e cópia digitalizada arquivada na sua paste de processo, sub-

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pasta documentos internos.


IMP34.RV – Inquérito de
Obrigatório.
satisfação

DOCUMENTOS ORIENTADORES

Agência Nacional para a Qualificação, Vias de conclusão do Ensino Secundário


(Decreto Lei n.º 357/2007, documento interno em powerpoint).
ALMEIDA, Marylene de e outros, Metodologia de acolhimento, diagnóstico e
encaminhamento de Utentes: Centros Novas Oportunidades, Lisboa, Agência Nacional
para a Qualificação, 2008.

IX. RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS ESCOLARES

DESCRIÇÃO DA TAREFA

Na etapa de reconhecimento, o utente identifica as competências adquiridas ao longo


da vida através do recurso à metodologia de balanço de competências.

PROCEDIMENTOS

1. Constituição de grupos de RVC


Por forma a garantir a máxima equidade na constituição de grupos em processos de
RVC, os profissionais de RVC devem seguir as seguintes regras em termos de
prioridade:

a) Utentes inscritos por meio de protocolos são inseridos em grupos próprios para
esse fim, independentemente da sua data de inscrição;
b) Utentes inscritos por meio de protocolos mas que não se integraram num grupo
criado para dar resposta a esse fim não têm nenhuma prioridade;
c) Os utentes inscritos individualmente integrarão grupos de acordo com a sua
data de inscrição, sendo dada prioridade aos utentes mais antigos;
d) Utentes que tenham concluído na Rede Valorizar uma determinada certificação
e sejam encaminhados imediatamente para processo de RVC visando o nível

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de certificação seguinte devem ser considerados como estando em processo,


não havendo necessidade de se submeter à nova espera;
e) São exceções à regra citada em c) os indivíduos que demonstrem uma
necessidade real de aumentar a sua escolaridade como forma de garantir ou
conquistar um posto de trabalho. Nesses casos, deverão apresentar por escrito
requerimento a fundamentar tal situação de exceção que, depois do parecer do
Profissional de RVC, será alvo de despacho do Coordenador da Rede
Valorizar;
f) Quaisquer exceções às regras acima descritas só podem ser efetivadas
mediante deferimento prévio do Coordenador da Rede Valorizar.

2. Sessões
Os utentes inscritos são incluídos em grupos, de acordo com o seu encaminhamento.

A criação dos grupos é da responsabilidade do Profissional de RVC.

A numeração dos grupos respeita o número de cronograma do SIRV.

Na 1.ª sessão é entregue ao utente o Guia de Apoio respetivo (básico ou secundário),


as regras que presidem o processo de RVCC e o cronograma das sessões (que
podem ser adaptados e recalendarizados, com o devido registo no SIRV).
As sessões incluem a apresentação de:
1. Processo de RVC;
2. Intervenientes;
3. Metodologias de trabalho;
4. Duração previsível do processo;
5. Trabalho que se espera que o utente desenvolva de forma autónoma.

Segue-se a descodificação do Referencial de Competências-Chave (nível básico ou


nível secundário).

Posteriormente, ressalvam-se as sessões de balanço de competências, de forma


individual ou em pequenos grupos (mobilização de um conjunto de instrumentos,

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adaptáveis em função das experiências significativas e dos interesses específicos de


cada utente).

Apesar de não existir material padrão a ser utilizado pelos formadores nessas
sessões, encontra-se disponível documentação já produzida, que pode ser
adotada/adaptada por todos os formadores.

Em todas as sessões é obrigatório a assinatura de folhas de presença por parte do


utente.

3. Portefólio Reflexivo de Aprendizagem


Toda a atividade desenvolvida vai resultando na construção/reconstrução do Portefólio
Reflexivo de Aprendizagens (PRA) do Utente. A equipa técnico-pedagógica deve
assegurar que o PRA de cada utente obedece a um mesmo padrão de exigência
relativamente à tipologia de comprovativos aí constantes, sem deixar, contudo, de
espelhar a especificidade que resulta do percurso e da experiência individual de cada
Utente.

Os conteúdos do PRA devem ser um reflexo direto das competências que o utente
detém e, se necessário, incluir registos da equipa técnico-pedagógica que explicitam a
forma como determinados comprovativos aí incluídos permitem evidenciar as
competências constantes nos Referenciais.

À medida que o PRA se vai consolidando, a equipa técnico-pedagógica, juntamente


com o utente, estabelece correlações entre esse instrumento/produto e o Referencial
de Competências-Chave. A evolução do processo de reconhecimento e, em particular,
as conclusões que a equipa vai aferindo relativamente às competências que podem ou
não ser validadas, devem ser comunicadas ao Utente, à medida que as sessões forem
decorrendo, em momentos específicos para o efeito ou no decorrer do balanço de
competências.

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4. Regras a observar durante o processo de RVC


Considerando a necessidade de uniformizar as regras estabelecidas pelas diferentes
equipas da Rede Valorizar a serem seguidas pelos utentes em processo de RVC,
devem ser cumpridas as seguintes regras básicas:

a) Assiduidade
A falta a mais de duas sessões implica a exclusão do grupo, tendo o utente que
reiniciar o seu processo de reconhecimento, sem prioridade de colocação num
novo grupo. Casos particulares, tais como o trabalho por turnos, são apreciados
e decididos pelo Profissional de RVC e Formadores.

b) Prazos
Ao longo da construção do PRA, o utente deve respeitar os seguintes prazos:
- Entre a última sessão de grupo e a entrega da primeira versão do PRA, dispõe
de 60 dias seguidos;
- Entre a receção da análise do seu PRA pelos formadores e a entrega da nova
versão dispõe de 30 dias seguidos.

Findo os prazos determinados para a entrega do PRA e caso o utente não o


tenha feito, este passa para a situação de suspenso, deixando o seu PRA de ser
analisado.

c) Originalidade
O PRA é um projeto pessoal, original e intransmissível de cada utente. Assim,
não serão aceites cópias de textos, seja qual for a sua origem, nomeadamente
da Internet. A existência de casos de plágio implica a exclusão do utente do
processo de RVC e o encerramento do seu processo na Rede Valorizar.

Estas regras são lidas/disponibilizadas a todos os utentes na primeira sessão de


um novo grupo de RVC, com a indicação de que estão publicadas na página da
Internet da Rede Valorizar, na parte dedicada à informação.
Numa lógica de diminuição de custos, não serão facultadas fotocópias.

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5. Aprendizagens formais
Tem-se verificado um significativo número de candidatos que são encaminhados para
processos de RVCC e que, muito embora tendo já certificadas e reconhecidas pelos
sistemas nacionais de educação-formação um conjunto muito significativo de
aprendizagens formais, percorrem exatamente da mesma forma todo o percurso de
reconhecimento, num percurso idêntico a um candidato que não possua as mesmas
certificações.

Torna-se indispensável, perante esta realidade, clarificar quais as estratégias que


permitam, em articulação com as metodologias definidas para os processos de RVCC,
valorizar de forma adequada os percursos formais de aprendizagem já concluídos com
aproveitamento.

A possibilidade que se apresenta de seguida está inscrita na própria matriz conceptual


e metodológica do processo de RVCC - validar o que já se adquiriu pela via formal,
não formal e informal - e completar, através das diferentes possibilidades oferecidas
aos Utentes, o que lhes falta.

Estão abrangidos todos os utentes que, reunindo as condições de acesso


estabelecidas para os respetivos níveis de certificação em que se inscreveram,
estejam numa das seguintes situações:

1. Não concluíram um determinado nível de ensino (i.e., percursos incompletos


ao nível do 1.º, 2.º ou 3.º ciclo do ensino básico ou ao nível do secundário) ou
de qualificação profissional (nível 2 ou 4), mas realizaram uma parte do
respetivo percurso de aprendizagem com aproveitamento;
2. Frequentaram ações de formação de duração e conteúdos variáveis, não
integradas em planos curriculares ou em referenciais de formação conducentes
à aquisição de um nível de ensino ou de formação, mas possuem certificados
que atestam essa frequência, com aproveitamento (i.e., cursos de formação
profissional, ações de formação contínua).

No contexto da flexibilidade de gestão dos processos de RVCC e após a realização da


etapa de diagnóstico e encaminhamento e da recolha de informação exigida, deve a

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equipa pedagógica trabalhar com os utentes que estejam numa das situações acima
enunciadas do seguinte modo:
A. As primeiras sessões de reconhecimento devem ser utilizadas para, em
conjunto com o candidato, verificar os percursos de aprendizagem realizados
(formais, não formais e informais). Para tal podem, o profissional RVC ou os
formadores, exigir documentação adicional (certificados detalhados; programas
de formação; exemplos de trabalhos produzidos, etc.) que complementem a
informação recolhida na etapa de diagnóstico;
B. Após a recolha e análise de toda a documentação, deve ser realizada uma
reunião da equipa técnico-pedagógica onde serão discutidos os casos nestas
situações e cujo principal objetivo é analisar as Unidades de Competência
/Competências que foram efetivamente adquiridas por via das aprendizagens
formais realizadas com aproveitamento desde que devidamente comprovadas
no âmbito do processo de RVCC através da apresentação de certificados;
C. Da reunião mencionada no ponto anterior decorrerá o planeamento individual
da continuação dos processos de RVCC, de duração variável, e em função do
percurso formal de aprendizagem que cada candidato possui.

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TABELA ORIENTADORA DAS EQUIVALÊNCIAS FORMAIS - NÍVEL SECUNDÁRIO

No caso do nível secundário aplica-se a tabela de conversão do Programa Reativar.


A tabela seguinte define as validações formais atribuídas.

VALIDAÇÕES CLC LE STC CP


*A VALIDAÇÃO FORMAL
10.º Ano 1, 2, 3, 4 1,3 1, 2, 3, 4 2, 3,6,7,8
ESCOLARES*

É ATRIBUÍDA CASO O
1,3,5,6,7 CANDIDATO SE
(currículos ENCONTRE EM
11.º Ano 1,2,3,4,5,6 cuja LE 1,2,3,4,5,6 2,3,4,5,6,7,8 SITUAÇÃO DE
termina no TRANSIÇÃO.
11º Ano)
Na tabela seguinte estão indicadas os NG que o candidato deverá demonstrar no seu PRA, caso se enquadre numa
das situações descritas.
Núcleos Geradores por Áreas de
Processo
Condições mínimas de acesso Competências-Chave
RVCC
CP STC CLC LE
Tipo A 9.º Ano ou equivalente Todos Todos Todos 1,3,5,6,7
Mais
um NG
Tipo B 10.º Ano ou equivalente 1, 4, 5 5, 6, 7 5, 6, 7 5, 6, 7 à
escolha,
por área
Mais
7 (currículos
um NG
por unidades
Tipo C 11.º Ano ou equivalente 1 7 7 à
capitalizáveis
escolha,
ou módulos)
por área
NG à
Tipo D 12º Ano ou equivalente escolha,
por área

Tabela 1 - Equivalências Formais - Nível Secundário

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TABELA ORIENTADORA DAS EQUIVALÊNCIAS FORMAIS - NÍVEL BÁSICO

A tabela seguinte define as validações formais atribuídas.


VALIDAÇÕES LC LE CE MV TIC *A VALIDAÇÃO FORMAL É
ESCOLARES*

3.º Ano A D ATRIBUÍDA CASO O


CANDIDATO TENHA TIDO
5.º Ano A A D A
APROVEITAMENTO NAS
7.º Ano A D A DISCIPLINAS DE
8.º Ano A,D A D A, C, D CORRESPONDÊNCIA.

Na tabela seguinte estão indicadas as UC que o candidato deverá demonstrar no seu PRA, caso se enquadre numa
das situações descritas.
Unidades de Competência por Áreas de Competências-
Processo RVCC Condições mínimas de acesso Chave
LC LE CE MV TIC
Tipo A 3.º Ano ou equivalente B, C, D A, B A, B, C A,B,C,D A,B,C,D
Tipo B 5.º Ano ou equivalente B, C, D B A, B, C B,C,D A,B,C,D
Tipo C 7.º Ano ou equivalente B, C, D A, B A, B, C B,C,D A,B,C,D
Tipo D 8.º Ano ou equivalente B, C B A, B, C B A,B,C,D

Tabela 2 - Equivalências Formais - Nível Básico

No caso dos certificados de formações sem equivalência escolar ou de ações de


formação de dupla certificação, a análise será feita com base no plano curricular da
ação de formação frequentada.

As validações formais são obrigatoriamente registadas em ata, respeitando os


seguintes procedimentos:
a) As atas são assinadas pela equipa pedagógica e carecem de despacho do
Coordenador da Rede Valorizar;
b) As atas são numeradas sequencialmente, por equipa;
c) Na pasta da Rede Valorizar foi criada uma sub-pasta certificações formais,
onde a cópia digitalizada da ata é arquivada, sendo o seu nome idêntico ao do
seu número.
d) A ata em suporte papel fica arquivada juntamente com as restantes atas,
certificado e diploma do processo do utente.
e) No SIRV as certificações formais ficam registadas em dois locais:
1 – Na etapa do RVCC, no campo das observações, escreve-se: Validações
formais, ata n.º X;

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2 - Na etapa das validações, da seguinte forma: Certificação formal, conforme


ata n.º X, arquivada no processo físico individual do utente;

Concluída esta etapa, os dados do utente no SIRV devem ser atualizados.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Trabalho de equipa, articulado entre o profissional de RVC e os formadores.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de
Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
comparência
Obrigatório para Utentes com resposta externa. Original entregue ao
IMP15.RV – Plano Pessoal de
utente e cópia digitalizada arquivada na sua paste de processo, sub-
Qualificação
pasta documentos internos.
Cronograma
Guia de Apoio – RVCC Escolar
Obrigatórios, entregues aos utentes na primeira sessão.
Básico ou Secundário
Fichas de descodificação

DOCUMENTOS ORIENTADORES

ARAÚJO, Simone (Org.), Referencial de Competências-Chave – Educação e


Formação de Utentes, Lisboa, Agência Nacional de Educação e Formação de Utentes,
2002.
DIREÇÃO REGIONAL DA EDUCAÇÃO, Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro,
normas e orientações, Angra do Heroísmo, 2013.
GOMES, Maria do Carmo (Coord.), Referencial de Competências-Chave para a
Educação e Formação de Utentes – Nível Secundário, Lisboa, Direção-Geral de
Formação Vocacional, 2006.
GOMES, Maria do Carmo (Coord.), Referencial de Competências-Chave para a
Educação e Formação de Utentes – Nível Secundário: Guia de Operacionalização,
Lisboa, Direção-Geral de Formação Vocacional, 2006.

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X. RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

DESCRIÇÃO DA TAREFA

Na etapa de reconhecimento, o utente identifica as competências adquiridas ao longo


da vida através do recurso à metodologia de balanço de competências.

PROCEDIMENTOS

1 – A primeira etapa do processo de RVCC Profissional é o preenchimento, por parte


do utente, da ficha de percurso profissional e de formação. A Rede Valorizar fornece,
para o efeito, um modelo, não sendo este obrigatório.

2 - O formador realiza com os utentes sessões de trabalho, em grupo ou individuais,


por forma a fazer o reconhecimento das competências profissionais. As competências
em causa e as metodologias e os instrumentos utilizados para o seu reconhecimento
são os constantes da base de dados SIGO, da ANQEP. Na primeira sessão com o
utente, o formador deve entregar-lhe o Guia de Apoio – RVCC Profissional.

3 - Findo o reconhecimento, o formador preenche o relatório final (IMP39.RV).

Concluída esta etapa, o utente deverá preencher o inquérito de satisfação do processo


de RVCC (IMP35.RV).

Os dados do utente no SIRV devem ser atualizados.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Trabalho de equipa, articulado entre o profissional de RVC e o formador.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de comparência Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
Obrigatório para utentes com resposta externa. Original
IMP15.RV – Plano Pessoal de Qualificação entregue ao utente e cópia digitalizada arquivada na
sua paste de processo, sub-pasta documentos internos.
Guia de Apoio – RVCC Profissional Obrigatório, entregue ao utente.

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Modelo não obrigatório, entregue ao utente para


Ficha de percurso profissional e de formação
preenchimento.
IMP25.RV – Mapa de Trabalho – RVCC
Obrigatório, no caso dos formadores externos.
Profissional
IMP35.RV – Inquérito de satisfação Obrigatório.
IMP39.RV – RVCC Profissional – Relatório
Obrigatório.
final do formador

DOCUMENTOS ORIENTADORES

SIMÕES, Maria Francisca e SILVA, Maria Pastora, A operacionalização de processos


de reconhecimento, validação e certificação profissional, Lisboa, Agência Nacional
para a Qualificação, 2008.

XI. VALIDAÇÃO

DESCRIÇÃO DA TAREFA

A etapa de validação de competências centra-se na realização de uma sessão, na


qual o utente e a equipa pedagógica analisam e avaliam o PRA, face ao Referencial
de Competências-Chave/Referencial do RVCC Profissional, identificando as
competências a validar ou a evidenciar/desenvolver, através da continuação do
processo de RVCC ou de formação a realizar em entidade formadora certificada.

PROCEDIMENTOS

A etapa de validação ocorre após a conclusão do processo de reconhecimento e


traduz-se na realização de uma sessão na qual o candidato e a equipa técnico-
pedagógica, que o acompanhou no processo de reconhecimento, analisam e avaliam
o PRA face ao referencial de competências-chave e identificam as competências em
condições de serem validadas, por evidenciar ou a desenvolver.

Dado constituir um momento de balanço final do trabalho desenvolvido pelo e com o


candidato, a sessão de validação só deve realizar-se quando se considere que o

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processo de reconhecimento foi exaustivo, isto é, quando estiverem reunidas,


cumulativamente, as seguintes condições:
a) Esteja estabelecido um consenso entre a equipa técnico-pedagógica
relativamente às competências a validar ou a desenvolver;
b) O referencial de competências-chave tenha sido explorado de forma a
maximizar o número de competências a ser validadas e certificadas;
c) O PRA reflita, de forma visível e coerente, as competências detidas pelo
candidato e a sua ligação com o referencial de competências-chave e
contiver elementos de reflexividade que devem nortear todo o processo
de RVCC.

As sessões de validação são marcadas pelo Profissional de RVC, em consenso com


os formadores e o utente.

No âmbito da sessão de validação podem ocorrer vários tipos de situações:

Situação 1: A equipa pedagógica considera que o utente não demonstrou capacidade


para desenvolver um processo de RVCC, sendo preferível o seu encaminhamento
para uma via externa à Rede Valorizar, interrompendo o seu processo.
Procedimento: Este cenário implica, obrigatoriamente, a definição de um PPQ. O
documento original será entregue ao utente, ficando a cópia digitalizada arquivada no
seu processo, na sub-pasta documento internos.

Situação 2: São identificadas algumas áreas de dúvida/menos bem exploradas


durante o processo de reconhecimento.
Procedimento: O candidato deve retomar o processo de reconhecimento para melhor
explorar as áreas em que subsistem dúvidas e/ou consolidar as evidências do seu
PRA.

Situação 3: As competências validadas permitem a obtenção de uma certificação


parcial e a equipa considera que o desenvolvimento de formação complementar
(duração máxima de 50 horas) é suficiente para garantir a aquisição das competências
necessárias para a obtenção de uma certificação total.
Procedimento: O candidato desenvolve a formação complementar.

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Situação 4: As competências validadas permitem a obtenção de uma certificação


parcial e as competências a desenvolver são em número e/ou complexidade que
excedem a duração máxima de formação complementar por candidato (50 horas).

Procedimento: É elaborada e consensualizada entre equipa pedagógica e o


candidato a relação de competências validadas e de competências a desenvolver. É
definido um PPQ. O documento original será entregue ao Utente, ficando a cópia
digitalizada arquivada no seu processo, na sub-pasta documento internos.

Situação 5: As competências validadas são suficientes para a obtenção de uma


certificação total.
Procedimento: É elaborada e consensualizada entre o júri de validação e o candidato
a relação de competências validadas.

A partir da tomada de decisão sobre as competências validadas, a equipa discute e


elabora uma ata por candidato (IMP17.RV). A Ata original fica arquivada no processo
individual do utente.

O Coordenador da Rede Valorizar é informado do conteúdo da Ata da Sessão de


Validação e nomeia, se for o caso, o júri de certificação.

Concluída esta etapa, os dados do utente no SIRV devem ser atualizados.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Trabalho de equipa, articulado entre o profissional de RVC e os formadores.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de comparência Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
Obrigatório para utentes com resposta externa. Original
IMP15.RV – Plano Pessoal de Qualificação entregue ao utente e cópia digitalizada arquivada na
sua paste de processo, sub-pasta documentos internos.
IMP17.RV – Ata da Sessão de Validação Obrigatório, arquivado no processo individual do utente.

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DOCUMENTOS ORIENTADORES

GASPAR, Teresa e outros, A sessão de júri de certificação: momentos, atores,


instrumentos – roteiro metodológico, Lisboa, Agência Nacional para a Qualificação,
2009.

XII. CERTIFICAÇÃO

DESCRIÇÃO DA TAREFA

Esta etapa corresponde ao final do processo de RVCC, quando estão reunidas as


condições necessárias à obtenção de uma habilitação escolar e/ou de uma
qualificação profissional.

A certificação de competências validadas exige a apresentação do utente perante um


júri de certificação.

O utente obtém uma certificação sempre que lhe é reconhecido, pelo júri, ter adquirido
as competências em conformidade com os referenciais do Catálogo Nacional de
Qualificações, de acordo com os critérios de avaliação definidos para esses
referenciais.

PROCEDIMENTOS

1 – Sessão de certificação
Com base na Ata da Sessão de Validação, o Coordenador da Rede Valorizar nomeia
o júri de certificação e marca a data da sessão de certificação (IMP21.RV).
O júri de certificação é constituído pelo profissional de RVC e pelos formadores de
cada uma das áreas de competências, que acompanharam o utente ao longo do
processo de reconhecimento e validação de competências.

O coordenador da Rede Valorizar designa o membro do júri que assegura a


presidência do mesmo, o qual tem voto de qualidade.

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O júri só pode funcionar com, pelo menos, dois terços dos seus membros, incluindo,
obrigatoriamente, o profissional de RVC.

Da sessão de certificação é lavrada ata (IMP19.RV).

Muito embora o funcionamento de uma sessão de júri de certificação não tenha um


modelo único e rígido, sugere-se um modelo possível de sessão que assegure quatro
momentos principais: (A) abertura da sessão; (B) dinamização da sessão; (C)
deliberação; e (D) encerramento da sessão.

2 – Certificação
Após deliberação do júri, a certificação de competências dará origem à emissão de um
certificado de qualificações.

A certificação de competências que permita a obtenção de um nível de escolaridade


ou de qualificação dará origem à emissão de um diploma de qualificação.

Os modelos de certificado e de diploma e os trâmites para a sua emissão são os


definidos na lei.

3 – Plano de Desenvolvimento Pessoal


Em caso de certificação total, é definido o Plano de Desenvolvimento Pessoal
(IMP22.RV), através de propostas de continuação do percurso de
qualificação/aprendizagem ao longo da vida.

O Plano de Desenvolvimento Pessoal é definido pela equipa pedagógica em


articulação com cada candidato.

O Plano de Desenvolvimento Pessoal não é obrigatório no caso dos utentes


encaminhados pela APQE para frequência dos cursos ABC.

Concluída esta etapa, o utente deverá preencher o inquérito de satisfação do processo


de RVCC (IMP35.RV).

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Concluída esta etapa, os dados do Utente no SIRV devem ser atualizados.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Coordenador, Profissional de RVC, formadores, júri externo.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de comparência Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
Obrigatório para utentes com resposta externa. Original
IMP15.RV – Plano Pessoal de Qualificação entregue ao utente e cópia digitalizada arquivada na
sua paste de processo, sub-pasta documentos internos.
IMP19.RV – Ata da Sessão de Certificação Obrigatório, arquivado no processo individual do utente.
IMP22.RV – Plano de Desenvolvimento
Obrigatório, para os utentes com certificação total.
Pessoal
IMP24.RV – Ficha de Identificação Formador
Obrigatório, para os membros de júri externos
Externo /Membro de Júri
IMP35.RV – Inquérito de satisfação –
Obrigatório.
Processo de RVCC

DOCUMENTOS ORIENTADORES

GASPAR, Teresa e outros, A sessão de júri de certificação: momentos, atores,


instrumentos – roteiro metodológico, Lisboa, Agência Nacional para a Qualificação,
2009.

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XIII. EMISSÃO DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS

DESCRIÇÃO DA TAREFA

O Despacho n.º 373/2012, de 12 de março, fixa os modelos de certificado e diploma a


serem emitidos pela Rede Valorizar, após a conclusão do processo.

PROCEDIMENTOS

A emissão de certificados e diplomas rege-se pelas seguintes regras:

1. Os modelos de certificados e diplomas seguem o estabelecido pelo Despacho


n.º 373/2012, de 12 de março.

2. Os certificados são numerados de conforme anexo I, do Despacho n.º


373/2012, de 12 de março.

Certificado n.º 516/2012/RV_T

516 – Numeração sequencial


2012 – Ano de emissão do certificado
RV_T – Certificação total
RV_P – Certificação parcial

3. Os diplomas são numerados sequencialmente conforme anexo V, do


Despacho n.º 373/2012, de 12 de março.

Diploma n.º 593/2012/Rede Valorizar

593 – Numeração sequencial


2012 – Ano de emissão do certificado

4. A emissão de certificados e diplomas é da responsabilidade dos técnicos do


polo de São Miguel da Rede Valorizar, a serem designados pelo Coordenador.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
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REDE VALORIZAR

5. Cabe aos profissionais de RVC enviarem para o Coordenador, por e-mail,


informação sobre os utentes aptos a receber certificados e diplomas, no prazo
máximo de cinco dias úteis após a realização da sessão de certificação.

6. Não serão emitidos certificados e diplomas de processos que se encontrem


incompletos, quer em termos do SIRV, quer em termos do processo individual
do utente.

7. Salvo solicitação expressa do Profissional de RVC, os certificados e diplomas


são enviados por carta registada para a morada do utente, acompanhados de
ofício.

8. As cópias digitalizadas do ofício e da guia de carta registada são arquivadas na


pasta do processo do formando, sub_pasta documento internos.

9. No caso dos certificados e diplomas entregues pessoalmente, o utente assina


uma declaração de receção, ficando esse mesmo documento arquivado
juntamente com as atas de validação e de certificação do utente.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Coordenador, Profissional de RVC.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
Obrigatório para todos os utentes presentes a uma sessão de
Certificado de qualificação
certificação.
Diploma Obrigatório para todos os utentes que obtiveram certificação total.

DOCUMENTOS ORIENTADORES

PGR, Despacho n.º 373/2012, de 12 de março, in “Jornal Oficial, II Série, n.º 51, de 12
de Março de 2012”.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
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REDE VALORIZAR

XIV. CERTIFICAÇÃO NO ÂMBITO DA FORMAÇÃO MODULAR

DESCRIÇÃO DA TAREFA

É cada vez mais comum a existência de utentes da Rede Valorizar que, tendo
concluído connosco o processo de RVCC e obtido uma certificação parcial, de nível
básico, secundário e/ou profissional, depois de realizarem com aproveitamento os
módulos em falta retornam aos nossos serviços a solicitar a certificação final e o
diploma.

PROCEDIMENTOS

A certificação no âmbito da formação modular, tendo por base o n.º 6 do artigo 33.º e o
n.º 3 do artigo 34.º da Portaria n.º 107/2009, de 28 de dezembro de 2009, observa os
seguintes procedimentos:

1. O utente apresenta, por escrito, um requerimento a solicitar a certificação final


e o respetivo diploma, bem como cópia dos certificados de conclusão dos
módulos em falta, não sendo necessário efetuar uma nova inscrição;
2. A equipa da Rede Valorizar encaminha o pedido ao Coordenador, em papel
ou via e-mail, para o devido despacho e nomeação, se for o caso, do júri;
3. O júri é composto pelo Profissional de RVC e por um formador de cada uma
das áreas.
4. O júri só pode deliberar quando estiverem presentes a totalidade dos
elementos nomeados.
5. Compete ao júri analisar a documentação apresentada pelo utente, com vista
a verificar a conformidade entre a formação frequentada e a qualificação a
certificar.
6. Da reunião é lavrada ata, que carece de despacho do Coordenador.
7. A ata fica arquivada juntamente com as atas de validação e certificação
parciais.
8. Fica registado no SIRV, na fase de certificação, que o utente completou a sua
certificação, com indicação do processo e da data.
9. É emitido um certificado final de qualificação e um diploma, por meio dos
procedimentos já existentes para esse fim.

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TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Coordenador, Profissional de RVC, Formadores.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
Ata Obrigatório.

DOCUMENTOS ORIENTADORES

DIREÇÃO REGIONAL DA EDUCAÇÃO, Decreto-Lei n.º 357/2007, de 29 de outubro,


normas e orientações, Angra do Heroísmo, 2013.
PGR, Portaria n.º 107/2009, de 28 de dezembro, in “Jornal Oficial, I Série, n.º 197, de
28 de Dezembro de 2009”

XV. FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

DESCRIÇÃO DA TAREFA

Quando, no decurso do processo de reconhecimento e validação de competências, for


identificada a necessidade de realização de ações de formação até cinquenta horas,
podem as mesmas ser realizadas na Rede Valorizar, designando-se por formações
complementares, assumindo caráter residual e tendo como referencial o Catálogo
Nacional de Qualificações.

Relativamente aos utentes não detentores do 1.º ou 2.º ciclos de escolaridade, a


formação poderá ter uma duração máxima de 300 horas, no âmbito da Aquisição
Básica de Competências (cursos ABC).

PROCEDIMENTOS

1 – Levantamento de necessidades de formação e constituição de turmas


Ao longo do processo de RVCC, cabe à equipa pedagógica realizar o levantamento de
necessidades de formação complementar de cada utente e organizar as turmas onde
as mesmas serão ministradas.

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Nenhuma turma pode iniciar sem autorização prévia do Coordenador da Rede


Valorizar.

2 – Formador externo
É da responsabilidade do Coordenador da Rede Valorizar a seleção dos formadores
externos que irão ministrar formação complementar. Esta seleção é feita com base no
PT08.DIP_Seleção e Controlo de formadores.

O processo de cada formador externo é arquivado em suporte digital na pasta


Formação, sub-pasta Formadores. Do processo devem constar os seguintes
documentos:
a) Documento de identificação;
b) Contribuinte;
c) Certificado de Habilitações literárias;
d) Certificado de Aptidão Pedagógica (quando exigível);
e) Curriculum Vitae.

O preenchimento do mapa de trabalho do formador externo (IMP26.RV) e o seu envio


para os serviços responsáveis pelo pagamento das horas de formação é de
responsabilidade do Coordenador da Rede Valorizar.

3 – Sumário
Para cada sessão de formação é obrigatório a existência de sumário (IMP23.RV),
devidamente preenchido e assinado pelo formador e assinado igualmente pelos
formandos, como registo de presença. Os sumários são arquivados em suporte papel.

4 – Material pedagógico
Para cada ação de formação o formador fornece, em suporte digital, a sua planificação
e o material pedagógico a utilizar.

5 – Avaliação da formação pelos formandos


A avaliação da formação é realizada pelos formandos mediante o preenchimento do
inquérito de satisfação da ação de formação (IMP33.RV).

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
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6 – Formação externa
Quando, no decurso do processo de reconhecimento e validação de competências, for
identificada a necessidade de realização de ações de formação de duração superior a
cinquenta horas (excetuando os encaminhados para cursos ABC), os utentes são
direcionados para as respostas formativas adequadas promovidas por entidades
formadoras.

7 – Modelo de arquivo

Os dados relativos à formação complementar do utente devem ser registados no


SIRV.

Será disponibilizado aos intervenientes o regulamento interno da formação, nos


termos definidos para o efeito.

TÉCNICOS ENVOLVIDOS

Coordenador, Profissional de RVC, Formadores, Formador externo.

DOCUMENTOS INTERNOS

Tipo Observações
IMP16.RV – Declaração de comparência Opcional, entregue ao utente caso ele o solicite.
IMP23.RV – Sumário Obrigatório.
IMP24.RV – Ficha de Identificação Formador Obrigatório, para os formadores externos.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS
MP01.RV(04)
REDE VALORIZAR

Externo /Membro de Júri


IMP26.RV – Mapa de trabalho do formador
Obrigatório, para os formadores externos
externo
IMP33.RV – Inquérito de satisfação da ação
Obrigatório.
de formação

DOCUMENTOS ORIENTADORES

Artigo 13.º do Despacho n.º 424/2013, de 4 de março.

XVI. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

 Resolução do Conselho do Governo n.º 86/2009, de 21 de maio


 Despacho n.º 424/2013, de 4 de março
 Decreto Regulamentar Regional n.º 7/2013/A, de 11 de julho.

XVII. REGISTO DAS REVISÕES

Data de
Revisão Motivo da Revisão
aprovação

01 Primeira emissão do documento. 30-03-2011

02 Primeira revisão do documento 20-04-2011

03 Segunda revisão do documento 04-04-2012

Terceira revisão do documento: Orgânica, funções e competências da A aguardar


04
RV; atualização de símbolos; adição dos pontos III, IV, V XV e XVI. aprovação

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ANEXOS: GLOSSÁRIO

Agência Nacional para a Qualificação e a Formação Profissional


A Agência Nacional para a Qualificação e a Formação Profissional (ANQEP) é um instituto
público integrado na administração indireta do Estado, sob a tutela dos Ministérios do Trabalho
e da Solidariedade Social e da Educação, com autonomia administrativa, financeira e
pedagógica no prosseguimento das suas atribuições. A ANQEP tem por missão coordenar a
executar as políticas de educação e formação profissional de jovens e adultos e assegurar o
desenvolvimento e a gestão do Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências, assumindo um papel dinamizador do cumprimento das metas traçadas pela
Iniciativa Novas Oportunidades.
No quadro da estratégia de qualificação da população portuguesa, que tem por principal
desígnio promover a generalização do nível secundário como patamar mínimo de qualificação,
a intervenção da ANQEP é dirigida à concretização das metas definidas e à promoção da
relevância e qualidade da educação e da formação profissional.
A Rede de Centros Novas Oportunidades e o Catálogo Nacional de Qualificações são
instrumentos centrais dessa estratégia, constituindo a sua estruturação e dinamização
objetivos privilegiados de intervenção da ANQEP.

Análise Ocupacional
Levantamento analítico e sistemático de conhecimentos, habilidades, atitudes e demais
informações, considerados necessários pelo mercado de trabalho, referidos ao desempenho de
uma pessoa, nas formas de competências ou qualificações.

Aprendizagem
Processo mediante o qual se adquirem conhecimentos, aptidões e atitudes, no âmbito do
sistema educativo, de formação e da vida profissional e pessoal.

Balanço de Competências
Análise do conjunto de conhecimentos e habilidades que permitem a um trabalhador obter um
desempenho considerado competente (ou seja, que atende os critérios ou normas, geralmente
estabelecidos por acordo ou consenso de especialistas, trabalhadores e empregadores), dentro
de uma divisão funcional da atividade produtiva.

Catálogo Nacional de Qualificações


O Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) é um instrumento dinâmico, de gestão estratégica
das qualificações de nível não superior, essenciais para a competitividade e modernização das
empresas e do tecido produtivo e para o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo.

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O CNQ integra as qualificações baseadas em competências, identificando para cada uma os


respetivos referenciais de competências, de formação e o nível de qualificação de acordo com
o Quadro Nacional de Qualificações. O CNQ é organizado de acordo com a Classificação
Nacional das Áreas de Educação e Formação. Compete à Agência Nacional para a
Qualificação, I. P., elaborar e atualizar em permanência o CNQ, mediante a inclusão, exclusão
ou alteração de qualificações, tendo em conta as necessidades atuais e emergentes das
empresas, dos setores económicos e dos indivíduos, em colaboração com os conselhos
sectoriais para a qualificação.

Certificação
Reconhecimento formal dos conhecimentos, habilidades, atitudes e competências do
trabalhador, requeridos pelo sistema produtivo e definidos em termos de padrões ou normas
acordadas, independentemente da forma como tenham sido adquiridos.
A certificação deve ter como objetivo principal reconhecer as competências práticas individuais
e sociais obtidas pelo trabalhador ao longo da vida profissional e documentar e sinalizar as
competências exigidas na realidade prática do trabalho de modo a permitir a orientação dos
programas de formação, preparação para o emprego, as estratégias de negociação, a
definição de normas de segurança e desempenho no trabalho e o exercício da cidadania.

Caracteriza-se por ser voluntária, realizada por organismos especializados ou por uma
empresa, segundo enunciados padronizados e reconhecidos, assegurando imparcialidade e
acessibilidade, facilitando a mobilidade laboral através da eliminação de barreiras de ingresso
ao mercado de trabalho.

Certificação Profissional
Processo que visa contribuir para a melhoria contínua dos trabalhadores, reconhecendo e
certificando as competências profissionais que detêm e identificando as que lhes faltam de
modo a tornarem-se mais competitivos no mercado de trabalho, aproximando-se das reais
necessidades do tecido produtivo. Assim, a certificação profissional permite assegurar que um
profissional detém as competências necessárias ao exercício de uma profissão, por referência
a um descritivo de atividades de referência fixadas no âmbito do Sistema Nacional de
Certificação Profissional.

Certificado de Formação Profissional


Comprova a conclusão com aproveitamento de uma ação de formação certificada não inserida
no Catálogo Nacional de Qualificações, sendo regulado por portaria do membro do Governo
responsável pela área da formação profissional. É emitido pelas entidades que integram a rede
de entidades formadoras do Sistema Nacional de Qualificações.

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Certificado de Qualificações
Comprova a conclusão com aproveitamento de uma ou mais unidades de formação
desenvolvidas com base nos referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações, que não
permita de imediato a obtenção de qualificação ou a conclusão de um processo de
reconhecimento, validação e certificação de competências. É emitido pelas entidades que
integram a rede de entidades formadoras do Sistema Nacional de
Qualificações.

Competência
Capacidade reconhecida para mobilizar os conhecimentos, as aptidões e as atitudes em
contextos de trabalho, de desenvolvimento profissional, de educação e de desenvolvimento
pessoal.

O termo competência ganhou evidência na década de 70, em meio ao debate sobre as


mudanças nos processos de trabalho e sobre as necessidades de novos perfis de
trabalhadores. Ele aparece em contraponto com a noção de qualificação profissional, sob o
argumento de que esta teria se tornado incapaz de dar conta da nova realidade, caracterizada
pelo trabalho flexível. A noção de competência surge inspirada no modelo japonês de
organização da produção e passa a orientar uma nova forma de gestão, controlo e organização
do trabalho.

Também é identificada como qualificação social (Offe, Touraine) ou qualificação-chave (Klein).

Conselhos Sectoriais para a Qualificação


Os conselhos sectoriais para a qualificação identificam em permanência as necessidades de
atualização do Catálogo Nacional de Qualificações e colaboram com a Agência Nacional para
a Qualificação, I. P., nos trabalhos conducentes a essa atualização.

Integram, entre outros, especialistas indicados pelo ministério que tutele o respetivo setor de
atividade, por associações sindicais e associações de empregadores representativas dos
correspondentes setores de atividade, empresas de referência, entidades formadoras com
maior especialização sectorial ou regional e peritos independentes, não devendo em princípio
exceder os 10 membros.

Critérios de Desempenho
Características dos resultados relacionados com o elemento de competência mediante as
quais se avalia uma pessoa. Referem-se aos aspetos essenciais de uma competência,

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expressando as características dos resultados, relacionando-se com o alcance descrito no


elemento de competência, como base para avaliar se um trabalhador é ou não competente.

Descrição dos requisitos de qualidade para o resultado obtido no desempenho laboral, que
permite estabelecer se o trabalhador alcança, ou não, o resultado indicado no elemento de
competência. Sustentam a elaboração do material de avaliação e permitem precisar acerca do
que se fez e a qualidade com que foi realizado.

Curso de Dupla Certificação


Curso que confere, em simultâneo, uma certificação escolar e uma qualificação profissional.

Curso de Educação e Formação de Adultos


Os Cursos de educação e Formação de Adultos (EFA) obedecem aos referenciais de
competências e de formação associados às respetivas qualificações constantes do Catálogo
Nacional de Qualificações e são agrupados por áreas de educação e formação, de acordo com
a Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação.
Os Cursos desenvolvem-se segundo percursos de dupla certificação e, sempre que tal se
revele adequado ao perfil e história de vida dos adultos, apenas de habilitação escolar.

Destinam-se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação,
sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho
e, prioritariamente, sem a conclusão do ensino básico ou do ensino. Os Cursos EFA de nível
secundário, ministrados em regime diurno ou a tempo integral, só podem ser frequentados por
adultos com idade igual ou superior a 23 anos. A título excecional e sempre que as condições o
aconselhem, nomeadamente em função das características do candidato e da distribuição
territorial das ofertas qualificantes, o serviço competente para a autorização do funcionamento
do curso EFA pode aprovar a frequência por formandos com idade inferior a 18 anos, à data do
início da formação, desde que comprovadamente inseridos no mercado de trabalho.

Diploma de Qualificação
Comprova a obtenção de uma qualificação prevista no Catálogo Nacional de Qualificações.
Deve referir o nível de qualificação correspondente, de acordo com o Quadro Nacional de
Qualificações e, quando aplicável, a atividade profissional para a qual foi obtida qualificação, de
acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações. É emitido pelas entidades que integram a
rede de entidades formadoras do Sistema Nacional de Qualificações.

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Dupla Certificação
Reconhecimento de competências para exercer uma ou mais atividades profissionais e de uma
habilitação escolar, através de um diploma.

Constituem modalidades de formação de dupla certificação, em função do perfil e condições de


acesso de cada indivíduo, as seguintes:
a) Cursos profissionais;
b) Cursos de aprendizagem;
c) Cursos de educação e formação para jovens;
d) Cursos de educação e formação para adultos;
e) Cursos de especialização tecnológica;
f) Outras formações modulares inseridas no Catálogo Nacional de Qualificações, no quadro da
formação contínua.

Educação e Formação Profissional


Formação com objetivo de dotar o indivíduo de competências com vista ao exercício de uma ou
mais atividades profissionais.

Entidade Formadora Certificada


Entidade com personalidade jurídica, dotada de recursos e capacidade técnica e organizativa
para desenvolver processos associados à formação, objeto de avaliação e reconhecimento
oficiais de acordo com o referencial de qualidade estabelecido para o efeito.

Formação Certificada
Formação desenvolvida por entidade formadora certificada para o efeito ou por
estabelecimento de ensino reconhecido pelos ministérios competentes.

Formação Contínua
Atividade de educação e formação empreendida após a saída do sistema de ensino ou após o
ingresso no mercado de trabalho que permita ao indivíduo aprofundar competências
profissionais e relacionais, tendo em vista o exercício de uma ou mais atividades profissionais,
uma melhor adaptação às mutações tecnológicas e organizacionais e o reforço da sua
empregabilidade.

Formação Contínua de Dupla Certificação


Formação contínua desenvolvida através da frequência de quaisquer módulos integrados no
Catálogo Nacional de Qualificações e desenvolvida por entidade formadora certificada para o
efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelos ministérios competentes.

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Formação inicial
Atividade de educação e formação certificada que visa a aquisição de saberes, competências e
capacidades indispensáveis para poder iniciar o exercício qualificado de uma ou mais
atividades profissionais.

Formação Inicial de Dupla Certificação


Formação inicial integrada no Catálogo Nacional de Qualificações e desenvolvida por entidade
formadora certificada para o efeito ou por estabelecimento de ensino reconhecido pelos
ministérios competentes.

Formação Modular
A formação modular obedece aos referenciais de competências e de formação associados às
respetivas qualificações constantes do Catálogo Nacional de Qualificações e está agrupada por
áreas de educação e formação, de acordo com a Classificação Nacional das Áreas de
Educação e Formação. Os módulos denominam-se unidades de formação de curta duração
(UFCD).

A formação desenvolve-se segundo percursos de dupla certificação e, sempre que tal se revele
adequado ao perfil e história de vida dos adultos, apenas de habilitação escolar. As formações
modulares são capitalizáveis para a obtenção de uma ou mais de uma qualificação constante
no Catálogo Nacional de Qualificações e permitem a criação de percursos flexíveis de duração
variada, caracterizados pela adaptação a diferentes modalidades de formação, públicos -alvo,
metodologias, contextos formativos e formas de avaliação.

Destina-se a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos à data do início da formação, sem
a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho e,
prioritariamente, sem a conclusão do ensino básico ou do ensino. Pode ainda abranger
formandos com idade inferior a 18 anos, que pretendam elevar as suas qualificações, desde
que, comprovadamente inseridos no mercado de trabalho ou em centros educativos.

Júri de Certificação
A certificação de competências realiza-se perante um Júri de Certificação, constituído pelo
profissional de Reconhecimento e Validação de Competências que acompanhou o adulto,
pelos formadores das áreas de competências-chave e pelo avaliador externo. Esta sessão
corresponde ao final do processo de RVCC, podendo dar emissão a uma certificação de nível
básico (certificado de qualificações correspondente ao 1.º, 2.º ou 3.º ciclo do ensino e diploma
do ensino básico); de nível secundário (certificado de qualificação de nível secundário de
educação); certificação profissional (certificado de qualificações e/ou diploma de qualificação

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de nível II ou III), ou quando o processo de validação não conduza à emissão de certificado ou


diploma é emitido em certificado de qualificações, com a identificação das unidades de
competência já validadas.

Modalidade de formação
Organização da formação definida em função de características específicas, nomeadamente
objetivos, destinatários, estrutura curricular, metodologia e duração.

Módulo de Formação de Dupla Certificação


Unidade de aprendizagem, passível de certificação autónoma e de integração em um ou mais
percursos formativos referidos no Catálogo Nacional de Qualificações, permitindo a aquisição
de competências certificadas

Nível de Formação
A publicação da Portaria n.º 782/2009, de 23 de Julho, vem regulamentar o Quadro Nacional
de Qualificações, e com a sua entrada em vigor a partir de 1 de Outubro de 2010:

- É revogada a aplicação da estrutura dos níveis de formação estabelecidos com a Decisão nº


85/368/CEE, do Conselho, de 16 de Julho, publicada no Jornal Oficial das Comunidades
Europeias n.º L 19, de 31 de Julho de 1985.
- Os certificados e diplomas emitidos até ao início da aplicação do Quadro Nacional de
Qualificações e cujo nível de educação e formação reporte à Decisão n.º 85/368/CEE, mantêm
-se válidos, correspondendo os respetivos níveis de educação e formação aos níveis de
qualificação do Quadro Nacional de Qualificações, conforme o anexo III da Portaria n.º
782/2009.
- Todos os certificados relativos a modalidades que conferem uma Qualificação passam a
incluir a referência ao Nível de Qualificação obtido.

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Fonte: Portaria nº782/2009, de 23 de Julho

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Nível 1 - Formação de acesso a este nível: escolaridade obrigatória e iniciação profissional.


Esta iniciação profissional é adquirida quer num estabelecimento escolar, quer no âmbito de
estruturas de formação extraescolares, quer na empresa. A quantidade de conhecimentos
técnicos e de capacidades práticas é muito limitada. Esta formação deve permitir
principalmente a execução de um trabalho relativamente simples, podendo a sua aquisição ser
bastante rápida.

Nível 2 - Formação de acesso a este nível: escolaridade obrigatória e formação profissional.


Este nível corresponde a uma qualificação completa para o exercício de uma atividade bem
determinada, com a capacidade de utilizar os instrumentos e a técnica a ela associados. Esta
atividade prende-se essencialmente com um trabalho de execução, que pode ser autónomo, no
limite das técnicas que lhe dizem respeito.

Nível 3 - Formação de acesso a este nível: escolaridade obrigatória e/ou formação profissional
e formação técnica complementar ou formação técnica escolar ou outra, de nível secundário.
Esta formação implica mais conhecimentos técnicos do que o nível 2. Esta atividade
corresponde sobretudo a um trabalho técnico que pode ser executado de forma autónoma e/ou
incluir responsabilidades de enquadramento e de coordenação.

Nível 4 - Formação de acesso a este nível: formação secundária (geral ou profissional) e


formação técnica pós-secundária. Esta formação técnica de alto nível é adquirida no âmbito de
instituições escolares ou outras. A qualificação resultante desta formação inclui conhecimentos
e capacidades que pertencem ao nível superior. Não exige o domínio dos fundamentos
científicos das diferentes áreas em causa. Estas capacidades e conhecimentos permitem
assumir, de forma geralmente autónoma ou de forma independente, responsabilidades de
conceção e/ou de direção e/ou de gestão.

Nível 5 - Formação de acesso a este nível: formação secundária (geral ou profissional) e


formação superior completa. Esta formação conduz geralmente à autonomia no exercício da
atividade profissional (assalariada ou independente), implicando o domínio dos fundamentos
científicos da profissão.

Perfil Profissional
Descrição do conjunto de atividade e saberes requeridos para o exercício de uma determinada
atividade profissional.

Ponto Nacional de Referência para as Qualificações

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O Ponto Nacional de Referência para as Qualificações (PNRQ) é um ponto de contacto em


Portugal onde pode encontrar informação sobre os Sistemas de Educação, de Formação e de
Certificação Profissional, visando facilitar a mobilidade dos cidadãos no Espaço Europeu. Suas
principais funções são:

Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências;

sificação Nacional de Profissões;

legislação de suporte;

qualificações na União Europeia e à legislação nacional de suporte;

da rede europeia.

Portefólio Reflexivo de Aprendizagens


Produto resultante, quer da evidenciação das competências que os adultos possuem, quer das
aprendizagens efetuadas ao longo do RVCC. Pode ser desenvolvido em vários suportes,
nomeadamente em papel ou digital. O avaliador externo deverá ter acesso ao PRA em tempo
prévio à realização do Júri de Certificação. Os erros constantes do documento deverão ser
identificados bem como as estratégias usadas durante o processo de RVCC para a sua
superação. Tendo presente que o processo de RVCC é ancorado na história de vida e,
desejavelmente, perspetivado em função dos seus projetos futuros, os elementos constantes
no PRA desenvolvido para um determinado nível poderão ser (re)trabalhados para outro nível
superior

Quadro Europeu de Qualificações


O Quadro Europeu de Qualificações funciona como um instrumento de tradução entre os
sistemas de qualificação dos Estados Membros com vista a ajudar indivíduos e empregadores
a comparar e melhor entender as qualificações dos cidadãos e, assim, apoiar a mobilidade e a
aprendizagem ao longo da vida.

Quadro Nacional de Qualificações


O Quadro Nacional de Qualificações define a estrutura de níveis de qualificação, incluindo
requisitos de acesso e a habilitação escolar a que corresponde, tendo em conta o quadro

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europeu de qualificações, com vista a permitir a comparação dos níveis de qualificação dos
diferentes sistemas dos Estados membros.

O Quadro Nacional de Qualificações visa integrar os subsistemas nacionais de qualificação e


melhorar o acesso, a progressão e a qualidade das qualificações em relação ao mercado de
trabalho e à sociedade civil.

São adotados os princípios do quadro europeu de qualificações no que diz respeito à descrição
das qualificações nacionais em termos de resultados de aprendizagem, de acordo com os
descritores associados a cada nível de qualificação.

Qualificação
Resultado formal de um processo de avaliação e validação comprovado por um órgão
competente, reconhecendo que um indivíduo adquiriu competências, em conformidade com os
referenciais estabelecidos.

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências


Processo que permite a indivíduo com pelo menos 18 anos de idade o reconhecimento, a
validação e a certificação de competências adquiridas e desenvolvidas ao longo da vida.

Enquadrado na Iniciativa Novas Oportunidades, o processo de Reconhecimento, Validação e


Certificação de Competências (RVCC) permite aumentar o nível de qualificação escolar (RVCC
Escolar) e profissional (RVCC Profissional) da população adulta, através da valorização das
aprendizagens realizadas fora do sistema de educação ou de formação profissional.

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências - Escolar


Processo que permite reconhecer, validar e certificar as competências adquiridas pelos adultos
ao longo da vida, com vista à obtenção de uma certificação escolar de nível básico (4.º, 6.º ou
9.º ano de escolaridade) ou de nível secundário (12.º ano de escolaridade).

Reconhecimento, Validação e Verificação de Competências - Profissional


Processo que permite reconhecer, validar e certificar as competências que os adultos adquirem
pela experiência de trabalho e de vida, através da atribuição de um Certificado de Formação
Profissional.

Referencial de Competências
Conjunto de competências exigidas para a obtenção de uma qualificação.

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Referencial de Formação
Conjunto da informação que orienta a organização e desenvolvimento da formação, em função
do perfil profissional ou do referencial de competências associado, referenciada ao Catálogo
Nacional de Qualificações.

Sistema Nacional de Qualificações


O Sistema Nacional de Qualificações promove uma articulação efetiva entre a formação
profissional inserida, quer no Sistema Educativo, quer no Mercado de Trabalho, estabelecendo
objetivos e instrumentos comuns no contexto de um enquadramento institucional renovado.
No âmbito do Sistema Nacional de Qualificações são criados:
1. O Quadro Nacional de Qualificações;
2. O Catálogo Nacional de Qualificações;
3. A Caderneta Individual de Competências.
Constituem a Rede de Entidades Formadoras do Sistema Nacional de Qualificações:
1 Os Centros Novas Oportunidades;
2 Os Estabelecimentos de ensino básico e secundário do ME;
3 Os Centros de formação profissional e de reabilitação profissional de gestão direta e
participada do IEFP;
4 As escolas profissionais;
5 Os estabelecimentos de ensino particular e cooperativo com paralelismo pedagógico;
6 As Entidades formadoras de outros ministérios;
7 As Entidades com estruturas formativas certificadas, do setor privado.
A qualificação pode:
1. Ser obtida através de formação inserida no Catálogo Nacional de Qualificações,
desenvolvida no âmbito do Sistema de Educação e Formação;
2. Resultar do reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas noutras
formações e noutros contextos da vida profissional e pessoal;
3. Resultar do reconhecimento de títulos adquiridos noutros países.

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