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A Celebração da União Espiritual

Coluna: Ponto de Vista


Autores: Marcela Rubert e Cristiano Xavier

Na vastidão das verdades espirituais, encontramos parábolas que transcendem


as fronteiras das religiões, unindo corações e mentes em busca de sabedoria.
Uma dessas parábolas é a "Bodas de Festim", proferida por Jesus Cristo, e, ao
mergulhar na perspectiva umbandista, percebemos suas profundas conexões
com a jornada espiritual que percorremos.
Nessa parábola, Jesus conta a história de um rei que preparou um grande
banquete de casamento para seu filho. Porém, aqueles que foram convidados
rejeitaram o convite e recusaram a participar das festividades. Diante disso, o
rei abriu as portas do festim a todos, bons e maus, e aquele que não estivesse
vestido adequadamente para a ocasião foi lançado para fora.
Na perspectiva umbandista, essa parábola pode ser interpretada como uma
representação da jornada espiritual de cada indivíduo. O convite para as
"Bodas de Festim" simboliza a oportunidade de união com o divino, o chamado
para a evolução espiritual e a conexão com energias superiores. Essa união é
o casamento da alma com o sagrado, uma festividade de elevação espiritual.
Assim como os convidados rejeitaram o convite inicial, muitas vezes nos
afastamos da busca espiritual em meio às distrações do mundo material. As
preocupações cotidianas podem nos cegar para a grandiosidade do convite
espiritual. No entanto, a mensagem é clara: o chamado divino é universal e
acessível a todos, independente de origem, status ou passado.
A figura do rei na parábola pode ser associada aos guias espirituais presentes
na Umbanda. Essas entidades amorosas e evoluídas nos convidam
constantemente para a celebração da união espiritual. Eles abrem as portas do
festim divino, onde as mesas estão repletas de conhecimento, compreensão e
amor.
Contudo, a vestimenta adequada mencionada na parábola vai além do aspecto
físico. Na perspectiva umbandista, representa a purificação da alma, a busca
pela transformação interior e o cultivo de virtudes como humildade, amor e
compaixão. Aquele que chega às "Bodas de Festim" com o coração aberto e
vestido com essas virtudes está verdadeiramente preparado para a união
espiritual.
A parábola das "Bodas de Festim" ressoa fortemente na Umbanda, lembrando-
nos da universalidade do chamado divino, da necessidade de nos prepararmos
espiritualmente e da importância de aceitar e acolher a todos na busca pela
evolução. É um convite para celebrar a união entre as dimensões terrena e
espiritual, em uma festa de transformação e crescimento espiritual.

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