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RESOLUÇÃO Nº 563, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015

Dispõe sobre o sistema de segurança para a circulação de veículos e implementos rodoviários


do tipo carroceria basculante.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o


art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);

Considerando o disposto no art. 103 do CTB, que determina que o veículo só poderá transitar
pela via quando atendidos os requisitos e as condições de segurança estabelecidos no Código
de Trânsito Brasileiro e em normas do CONTRAN;

Considerando a necessidade de regulamentar a circulação de veículos e implementos


rodoviários do tipo de carroceria basculante;

Considerando o disposto nos processos de número 80000.003354/2014-59,


80000.005901/2014-31, 80000.010253/2014-34 e 80020.001175/2014-49; RESOLVE:

Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o sistema de segurança para a circulação de veículos e
implementos rodoviários do tipo carroceria basculante.

Art. 2º O disposto nesta Resolução não se aplica ao caminhão-trator sem sistema hidráulico,
não destinado à operação com basculante.

Art. 3º Os seguintes sistemas de segurança são definidos na norma ABNT NBR 16141 e
apresentados a seguir:

I - dispositivo de segurança primário - dispositivo que impede o acionamento da tomada de


força de forma involuntária e de modo que, para o acionamento, sejam necessários dois
comandos de acionamentos ou um comando de dois estágios;

II - dispositivo de segurança secundário - aviso visual e sonoro, com intuito de alertar o


operador sobre o acionamento da tomada de força, sendo que o aviso visual deverá ser
colocado na altura do painel e no campo visual do operador;

III - dispositivo de segurança terciário - dispositivo eletrônico de controle do acionamento da


tomada de força que objetiva garantir que o caminhão não passe de 10 km/h com a tomada de
força ligada.

Art. 4º O veículo do tipo carroceria basculante deverá possuir sistema hidráulico que utilize o
sistema de segurança Tipo A, que é composto pelos dispositivos de segurança primário e
secundário, ou o Tipo B, composto pelos dispositivos de segurança primário e terciário.

Art. 5º Os veículos do tipo carroceria basculante deverão possuir fixados no para-brisa os


avisos de alerta e segurança sobre a operação dos dispositivos.

Parágrafo único. A apresentação do Certificado de Segurança Veicular (CSV) será exigida


anualmente para o licenciamento destes veículos.
Art. 6º Cabe ao implementador fornecer o manual de operação do sistema de basculamento e
a descrição do sistema de segurança juntamente com o implemento, sendo obrigatória, pelo
menos, a utilização do Tipo A.

Art. 7º O Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) poderá, a qualquer tempo, solicitar


ao implementador ou ao instalador do conjunto hidráulico a apresentação dos resultados de
ensaios que comprovem o atendimento das exigências estabelecidas nesta Resolução.

Art. 8º Os caminhões e implementos nacionais e importados do tipo carroceria basculante, a


partir de 1º de janeiro de 2017, somente poderão transitar nas vias terrestres abertas a
circulação se atenderem aos requisitos desta Resolução.

Parágrafo único. Faculta-se a adoção desta Resolução a partir da data de sua publicação.
Art. 9º A não observância dos preceitos desta Resolução sujeita o infrator às penalidades
previstas nos incisos IX ou X do artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 10. Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação.

ALBERTO ANGERAMI
Presidente do Conselho
GUILHERME MORAES REGO
p/Ministério da Justiça
ALEXANDRE EUZÉBIO DE MORAIS
p/Ministério dos Transportes
HIMÁRIO BRANDÃO TRINAS
p/Ministério da Defesa
JOSÉ MARIA RODRIGUES DE SOUZA
p/Ministério da Educação
LUIZ FERNANDO FAUTH
p/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
EDILSON DOS SANTOS MACEDO
p/Ministério das Cidades
MARCELO VINAUD PRADO
p/Agência Nacional de Transportes Terrestre
MARGARETE MARIA GANDINI
p/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior

RESOLUÇÃO Nº 564, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015

Fixa os requisitos de segurança para a circulação de veículos transportadores de contêineres.


O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o artigo
12, inciso I, da lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que
trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);

Considerando a necessidade de proporcionar segurança ao transporte de contêineres em


veículos classificados quanto à espécie carga e objetivando facilitar a carga, descarga e o
transbordo entre as diferentes modalidades de transporte do mencionado equipamento;
Considerando que os requisitos a que devem obedecer os veículos porta-contêineres e os
dispositivos de apoio e fixação dos contêineres dos veículos estão definidos nas
regulamentações do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO);

Considerando a necessidade de atualizar e aperfeiçoar os requisitos de segurança no


transporte cargas em veículos rodoviários de carga;

Considerando o artigo 25, da Lei n° 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre o
transporte multimodal de cargas, e estabelece que a unidade de carga deve satisfazer aos
requisitos técnicos e de segurança exigidos pelas convenções internacionais reconhecidas pelo
Brasil e pelas normas legais e regulamentares nacionais;

Considerando o disposto no art. 102, do Código de Trânsito Brasileiro e no art. 30 da


Convenção sobre Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de
1981, da qual o Brasil é signatário;

Considerando o que consta do processo nº 80000.042294/2014-90; RESOLVE:

Art. 1º Esta Resolução fixa os requisitos de segurança para a circulação de veículos


transportadores de contêineres.

Art. 2º Somente poderão transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública
transportando contêineres, os veículos especialmente fabricados ou adaptados para este tipo
de transporte, que atendam aos requisitos desta Resolução.

Art. 3º Para fins de entendimento desta Resolução, considera-se:

I - Contêiner: equipamento veicular removível, destinado ao acondicionamento de cargas,


constituído de um recipiente construído em material resistente, com dimensões, encaixes de
fixação e outras características padronizadas, facilitando sua movimentação mecânica entre as
diferentes modalidades de transporte;

II - Veículo Porta-Contêiner (VPC): veículo especialmente fabricado ou adaptado para este tipo
de transporte;

III - Dispositivo de Fixação de Contêiner (DIF): trava giratória destinada a fixar o contêiner no
quadro do chassi do VPC; e

IV - Dispositivos de Canto: receptáculo existente nos cantos do contêiner, destinado a receber


o pino giratório do DIF, garantindo o travamento ao quadro do chassi do veículo.

Art. 4º A emissão do Certificado de Registro de Veículo (CRV) e o Certificado de Registro e


Licenciamento de Veículo (CRLV), para os VPC fabricados, no caso do primeiro registro, ou
adaptados, será feita mediante a apresentação de Certificado de Garantia emitido por
Organismo de Certificação de Produto (OCP) acreditado pelo INMETRO.

Art. 5º Para circularem nas vias de que trata esta Resolução, os veículos deverão ter afixados
em sua estrutura uma plaqueta ou selo de Identificação de Certificação do Fabricante ou
Adaptador, acreditado pelo INMETRO.

Parágrafo único. Os modelos, as dimensões e as informações mínimas da plaqueta ou selo de


Identificação de Certificação do Fabricante ou Adaptador referido neste artigo, devem atender
ao contido no regulamento de conformidade para Veículos Porta-Contêineres, aprovado pelo
INMETRO.

Art. 6º O trânsito de veículos transportadores de contêineres com altura superior a 4,40m


(quatro metros e quarenta centímetros) e inferior ou igual a 4,60m (quatro metros e sessenta
centímetros), somente poderá ocorrer mediante Autorização Especial de Trânsito - AET,
concedida pela autoridade com circunscrição sobre a via pública a ser utilizada, com prazo de
validade máximo de 1 (um) ano.

§ 1º No caso de combinação de veículos, a AET será fornecida somente à(s) unidade(s)


rebocada(s).

§ 2º O proprietário do veículo que tenha recebido Autorização Especial de Trânsito (AET) será
responsável pelos danos que este venha causar à via, à sua sinalização e a terceiros, como
também responderá integralmente pela utilização indevida de vias que, pelo seu gabarito não
permitam sua circulação.

Art. 7º O descumprimento do disposto nesta Resolução sujeitará o infrator, conforme o caso,


simultaneamente ou não, na aplicação das seguintes sanções previstas no CTB:

a) Art. 230, inciso VII: quando existirem as adaptações para o transporte de contêiner, porém a
carroceria constante no campo específico do CRLV não é a específica para esse tipo de
transporte;
b) Art. 230, inciso IX: quando existirem as adaptações para o transporte de contêiner, porém
for constatada a ausência de um ou mais DIF(s); quando existirem os DIFs, porém um ou mais
dispositivo não estiver (em) travados aos cantos do contêiner; quando não existirem as
adaptações e o veículo esteja transportando contêiner;
c) Art. 230, inciso XVIII: quando os DIFs, apresentarem danos ou folgas que não assegurem a
correta fixação do contêiner ao veículo;
d) Art. 231, inciso IV: quando o veículo e/ou carga estiver com suas dimensões superiores aos
limites estabelecidos legalmente, porém não foi expedida a correspondente AET, em
desacordo com o art. 6º;
e) Art. 231, inciso VI: quando o veículo e/ou carga estiverem com suas dimensões superiores
aos limites estabelecidos legalmente, porém apresentam informações divergentes em relação
à AET; quando o veículo e/ou carga estiverem com suas dimensões superiores aos limites
estabelecidos legalmente, porém a AET está vencida;
f) Art. 232: quando o veículo transportador de contêiner estiver com suas dimensões
superiores aos limites estabelecidos legalmente, possuir a correspondente AET, porém o
documento não está sendo portado, em desacordo com o art. 6º desta Resolução; e,
g) Art. 237: quando for constatada a ausência em sua estrutura da plaqueta ou selo de
Identificação de Certificação do Fabricante ou adaptador acreditado pelo INMETRO.
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 725, de 29 de novembro de 1988, e nº
213, de 13 de novembro de 2006.

Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALBERTO ANGERAMI
Presidente do Conselho
GUILHERME MORAES REGO
p/Ministério da Justiça
ALEXANDRE EUZÉBIO DE MORAIS
p/Ministério dos Transportes
HIMÁRIO BRANDÃO TRINAS
p/Ministério da Defesa
JOSÉ MARIA RODRIGUES DE SOUZA
p/Ministério da Educação
LUIZ FERNANDO FAUTH
p/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
EDILSON DOS SANTOS MACEDO
p/Ministério das Cidades
MARCELO VINAUD PRADO
p/Agência Nacional de Transportes Terrestre
MARGARETE MARIA GANDINI
p/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

RESOLUÇÃO Nº 565, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015

Altera a Resolução CONTRAN no 62, de 21 de maio de 1998.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições legais que lhe
conferem o Art. 12, inciso I, da Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que
dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e
Considerando a evolução tecnológica da fabricação de pneus;
Considerando o que consta do Processo Administrativo no: 80000.007640/2015-74; resolve:

Art. 1º Esta Resolução altera o Art. 1º da Resolução CONTRAN no 62, de 21 de maio de 1998.

Art. 2º O Art. 1º da Resolução CONTRAN no 62, de 21 de maio de 1998, passa a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 1º É permitida a utilização de pneus com banda extralarga (single):


I - dos tipos 385/65 R22,5, em semirreboques e reboques dotados de suspensão pneumática
com eixos em tandem;
II - do tipo 395/80 R20 em aplicação específica em caminhões de salvamento e combate a
incêndio.

Parágrafo único. Para as configurações do inciso I deste artigo, será admitido o peso bruto
máximo transmitido, por conjunto de eixos em tandem, de 17 toneladas para o tandem duplo
e de 25,5 toneladas para o tandem triplo."

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALBERTO ANGERAMI
Presidente do Conselho
GUILHERME MORAES REGO
p/Ministério da Justiça
ALEXANDRE EUZÉBIO DE MORAIS
p/Ministério dos Transportes
HIMÁRIO BRANDÃO TRINAS
p/Ministério da Defesa
JOSÉ MARIA RODRIGUES DE SOUZA
p/Ministério da Educação
LUIZ FERNANDO FAUTH
p/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
EDILSON DOS SANTOS MACEDO
p/Ministério das Cidades
MARCELO VINAUD PRADO
p/Agência Nacional de Transportes Terrestre
MARGARETE MARIA GANDINI
p/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

RESOLUÇÃO Nº 566, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015

Estabelece o Regime de Infrações e Sanções Aplicáveis, por descumprimento dos limites de


peso, aos veículos de transporte rodoviário internacional de cargas e coletivo de passageiros
no âmbito do MERCOSUL.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência que lhe confere o


artigo 12, da Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB, e conforme Decreto nº. 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT;
Considerando o disposto no art. 118, da Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de 1997;
Considerando o disposto no Decreto nº. 99.704, de 20 de novembro de 1990; e,
Considerando o compromisso de incorporar as normativas MERCOSUL ao ordenamento
jurídico nacional, conforme o disposto no art. 5º da Resolução MERCOSUL/GMC nº 14/2014;
Considerando o que consta no Processo Administrativo nº 80000.019601/2015-10, resolve:

Art. 1º Aplicar ao transporte internacional de cargas e de passageiros, nos casos de excesso de


peso, o regime nacional de sanções, previsto na Resolução MERCOSUL nº 14/2014,
considerando como limites máximos aqueles acordados no MERCOSUL de acordo com a
Resolução CONTRAN nº 318, de 05 de junho de 2009.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALBERTO ANGERAMI
Presidente do Conselho
GUILHERME MORAES REGO
p/Ministério da Justiça
ALEXANDRE EUZÉBIO DE MORAIS
p/Ministério dos Transportes
HIMÁRIO BRANDÃO TRINAS
p/Ministério da Defesa
JOSÉ MARIA RODRIGUES DE SOUZA
p/Ministério da Educação
LUIZ FERNANDO FAUTH
p/Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
EDILSON DOS SANTOS MACEDO
p/Ministério das Cidades
MARCELO VINAUD PRADO
p/Agência Nacional de Transportes Terrestre
MARGARETE MARIA GANDINI
p/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

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