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Krow – Kheldor O’Whyt

De um farol uma vista para o mar. Esta é a primeira imagem na cabeça de uma pessoa quando
pensa em sua família. Apartir daí um salto no tempo, acontecimentos sem sentido e estar com 10 anos
de idade no porto de (Cidade X que vc pode colocar nome) sobrevivendo como podia.
Nunca quisera sair dalí de perto do oceano.
Estava acostumado aquela vida solitária em que não se confia em ninguem, vida na rua, no cais
movimentado de pessoas peculiares. Umas com mais histórias que as outras, ou pelo menos mais
vontade de contá-las. Outras que davam mais nojo que comer seu próprio esterco.
Com idéia fixa em descobrir além daquele horizonte tomou uma decisão. Oque seria pior doque
embarcar clandestinamente em um navio? Ser jogado ao mar em que nunca se afogava? Ser deixado
sozinho em qualquer outro lugar de um novo mundo?
Na mesma noite embarcou no primeiro navio em que aparentava ser feito para longas viagens.
Era este. Sky Cutter.
Os dias foram se passando naquele porão de navio, a excitação acabara só ficara a fome e a
sede. Até que fora encontrado.
Uma recepção calorosa, é o que se pode dizer um alguém de 10 anos desidratado, ser acordado
com um balde de água na cara. Já à milhas e milhas além da terra firme o capitão pensou que dois
braços a mais no convés seriam úteis.
Assim começou a saga de bucaneiro do jovem Kheldor.
Com o passar dos anos e a sua aceitação na tripulação, foi mostrando ser bom e familiarizado
com o mar. Oque surpreendeu muitos marujos antigos. Sua eficiencia dentro dágua e sua agilidade e
perspicácia fora dela chamavam a atenção.
De porto em porto foi aumentando seu conhecimento, sempre curioso e destemido.
Até que um dia, após vários outros em mar, chegara a um porto e conhecera um senhor.
Estranho, vivido e espero demais para um simples velho. Este ofereceu-lhe utilidade a todas as
habilidades, utilidade muito maior que ser um mero marinheiro. Intrigado procurou saber mais e se
espantou com o que o velho fazia. Desaparecia diante dos olhos de qualquer um! Lançava vigas de
madeira maciça com um simples toque!
Com muita vontade em conhecer mais sobre o Velho conversou com Cap. Niccolas e este falou
que apesar da falta ele iria voltar aquele porto nos próximos verões, só precisaria estar lá no dia em
que ele chegasse que poderia voltar a tripulação.
Feito isso, o agora Krow e seus 15 anos, percebeu que nunca soubera o signicado das palavras
cansaço, dor, sofrimento e dedicação.
O Velho explicara que técnicas como aquela, chamadas Ninja, poderiam ser utilizadas em
diversas situações e uma vez aprendidas seria desperdício não evoluí-las. Além do mais, ele precisava
de um serviço que só alguem com tais técnicas poderia realizar.
(Descrição do serviço)
Dois anos se passaram desde o início de seu treinamento e chegara a hora de partir, deixara o
Velho aonde o conhecera e seguiu de volta com o Sky Cutter.
Nada mudara na tripulação do Cap. Niccolas ao que ele percebeu ele era o último a entrar e
continuara sendo. Agora com 17 anos e mais estudado ainda se mostrava um bom homem do mar, não
perdera muito de sua habilidade no convés e muito menos dentro dágua.
Tudo seguia em seus conformes, se é que existe algo do gênero em um navio de bucaneiros.
Mas seguia.
Bastou um ano até a Tempestade. A que foi capaz de deixar até o mais velho marujo de pernas
bambas, a que passou despercebida diante todas as apostas de previsão, todos tremiam diante dos
monstros que eram aquelas nuvens, do rugido dos trovões, da luta dos deuses do mar que ocorria ali.
Todos menos o Capitão.
Um clarão, um estrondo de estourar os timpanos no meio daquele caos e depois... ondas
quebrando na areia, cheiro de terra, gaivotas ao longe... Acordado na praia. Mais uma vez jogado
vagabundo no mundo de ninguém.
Sem sinal algum de Capitão, tripulação e navio.

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