Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila de Laboratorio de Quimica-2018
Apostila de Laboratorio de Quimica-2018
Departamento de Química
Química
Guia de Laboratório para cursos de Engenharia
Revisões e adaptações:
2003-2011: Prof. João Bosco de F. Fonseca, Prof.ª Ana Maria P. R. da Luz e Prof.ª
Angela de Mello Ferreira.
2017: Prof.ª Priscila P. Silva Caldeira, Prof. Walace Doti do Pim e Prof. Emerson
Fernandes Pedroso
Aluno(a):
Professor(a):
Curso:
Turma/ano:
2
Sumário
A porta do laboratório deve ser mantida livre de Facilitar a evasão em caso de incêndio ou
2
obstrução durante a execução das atividades. liberação de gases/fumaças tóxicos.
7 Uso de capela para manuseio de substâncias (ou Vapores de substâncias tóxicas ao serem inalados
6
Antes de utilizar qualquer substância, o rótulo O operador deve conhecer o risco que a
15 do frasco que a contém deve ser lido com substância promove. Nos rótulos de substâncias
atenção. tóxicas há indicações específicas.
Quando diluir ácido concentrado deve-se Ácidos são ávidos por água. Ao adicionar água
26
colocá-lo lenta e cuidadosamente sobre a água. no ácido, há grande risco de projeção.
Não se deve colocar o rosto junto ao frasco para Prevenir intoxicação por inalação de substâncias
saber o odor de uma substância. Os vapores tóxicas.
28 devem ser trazidos com a mão até a
proximidade do nariz e então aspirados já
diluídos.
Não se deve provar o sabor de nenhuma Prevenir intoxicação por ingestão de substâncias
29
substância. tóxicas.
MEDIDA MOTIVO
Ao usar uma solução, esta deve ser Soluções armazenadas por muito tempo podem não
1
previamente homogeneizada por agitação. apresentar homogeneidade de concentração.
A mesma pipeta (proveta) não deve ser Evitar contaminação com a substância usada
5
utilizada para medir sistemas diferentes. anteriormente.
Substâncias não devem ser retornadas ao Evitar a contaminação de toda a substância contida no
6
frasco estoque. frasco.
Ao término das atividades, todo o material Ambiente organizado é mais propício para o
9
deve ser lavado e a bancada limpa. desenvolvimento das atividades.
Toda vidraria deve ser marcada, indicando- Evitar a reutilização de vidraria já utilizada e
12
se a identidade do sistema que ela contém. contaminação de substâncias.
Ler atentamente o rótulo antes de abrir Verificar se a substância e realmente aquela desejada
17
qualquer embalagem. para evitar equívoco
Ajustar os bicos de Bünsen de maneira a Proporcionar um aquecimento mais lento, porém mais
19
obter uma chama alta e suave uniforme.
Acidentes em Laboratório
10
Qualquer acidente que envolva dano material ou pessoal deve ser comunicado
imediatamente ao professor.
Ácidos:
Queimaduras com ácidos são causadas por uma forte ardência, devido à irritação dos
tecidos. As lesões com ácido sulfúrico e nítrico parecem respectivamente com a coloração
esbranquiçada ou amarelada. Os ácidos clorídrico e acético concentrados são também
bastante agressivos. A providência imediata consiste em neutralizar o ácido utilizando uma
substância com caráter levemente básico (alcalino). Para casos em que houve a ingestão, é
recomendável um neutralizante por via oral, como leite de magnésia ou bicarbonato.
Caso o acidente tenha atingido os olhos, deve-se lavá-los abundantemente com uma
solução de borato de sódio ou bicarbonato de sódio a 5%.
Bases ou hidróxidos:
A ingestão de bases como soda cáustica ou potassa cáustica é seguida de dor violenta,
resultando, posteriormente, na estenose (estreitamento) do esôfago.
Como providência imediata deve ingerir uma solução diluída de ácido acético, (vinagre)
ou suco de frutas cítricas.
As lesões na pele provocadas pelas bases levam a uma sensação da pele escorregadia,
havendo uma consequente descamação do epitélio. Deve-se lavar abundantemente o local
com uma solução diluída de ácido acético.
Nos olhos, procede-se a neutralização com uma solução de ácido bórico a 5%.
11
Compostos de chumbo:
Compostos de mercúrio:
Os sais de mercúrio são altamente tóxicos. O cloreto de mercúrio, um dos mais comuns,
causando destruição celular por contato direto (precipitação das proteínas celulares). Após a
ingestão, há fortes dores abdominais, vômitos, diarreia sanguinolenta e gosto metálico.
Compostos de cobre:
Cloro:
É um gás extremamente irritante para a pele, olhos, nariz, faringe e tubos aéreos. Em
grandes concentrações causa edema pulmonar. O contato permanente com cloro pode ser
prejudicial, tendo em vista que ele é capaz de propiciar a formação de úlceras na parte central
do nariz e na pele. Como providência imediata o local deve ser abandonado e fazer inalação
com gás amoníaco. Na pele, o combate pode ser feito usando a amônia diretamente.
Iodo:
O iodo sólido corrói a pele conferindo coloração amarela. Deve-se então dissolvê-lo com
álcool até a sua completa remoção. O vapor de iodo causa irritação nos pulmões (edema
pulmonar) e é irritante para os olhos e pálpebras (inchaço). No caso de exposição prolongada,
causa nervosismo e perda de peso (ação do iodo na tireoide).
12
CORTE – o ferimento deve ser lavado com água abundante e sabão neutro para
promover a desinfecção. Para diminuir o sangramento, deve-se pressionar uma
atadura sobre o mesmo. Em caso de ferimento profundo ou extenso, a pessoa ferida
deve ser encaminhada ao serviço médico.
__________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. OBJETIVOS
Fazer o tratamento de dados experimentais;
Medir volume de líquidos.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Algarismos Significativos:
No valor que se expressa a magnitude de uma grandeza física por meio de uma
unidade de medida, os algarismos conhecidos com certeza mais o algarismo duvidoso são
denominados algarismos significativos. O número de algarismos significativos indica a
precisão relativa da medida. Na determinação do número de algarismos significativos seus
dígitos são contados pelo primeiro dígito diferente de zero à esquerda, enquanto que os zeros
posteriores à vírgula são contados. Quando um valor é escrito em notação científica, seu
número de algarismos significativos é determinado somente pelos dígitos do coeficiente. A
Tabela 1.1 apresenta alguns exemplos.
Nº de algarismos
Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3
significativos
1 5 0,005 5 × 10-3
2 6,4 0,0065 6,6 × 10-2
3 7,00 0,0756 7,00 × 10-3
5 800,50 8,0050 8,0000 × 10-1
14
Arredondamentos
Os números podem ser exatos ou aproximados. Números exatos são aqueles com
nenhuma incerteza, o número de jogadores de um time de futebol de campo, por exemplo, é
exatamente 11. Já os números aproximados são mais comuns no ambiente laboratorial,
representam medidas diretas ou indiretas e estão sujeitas a algum grau de incerteza. Existem
dois termos que descrevem a confiança de uma medida ou de um conjunto de medidas
numéricas: a exatidão e a precisão.
A exatidão de uma medida é a correspondência entre o valor medido e o valor de
referência, ou seja, a exatidão está relacionada à proximidade da medida com seu valor alvo.
Para exemplificar: se um estudante mede a temperatura de ebulição da água em um
laboratório que se encontra no nível do mar, ele espera encontrar valores próximos a 100 ºC,
o qual é o valor esperado ou de referência para tal medição. Por outro lado, a precisão refere-
se à dispersão entre medidas repetidas sob as mesmas condições. Dessa maneira, esta está
associada à reprodutibilidade dos valores encontrados em diferentes medições. Medidas
precisas são menos dispersas, ou seja, quando repetidas, elas tendem a fornecer os mesmos
resultados ou valores muito próximos entre si, mas não necessariamente resultados mais
próximos do valor alvo. Assim, diferente do que ocorre com a exatidão, a avaliação da
precisão de um conjunto de medidas não leva em consideração o valor de referência. A
Figura 1.1 nos ajuda a compreender melhor esses conceitos.
15
deveria ser expresso como (32,4 ± 0,2) mL, pois o desvio absoluto só pode ter um algarismo
significativo, respeitando as normas de arredondamento, as quais veremos a seguir.
Para instrumentos e equipamentos digitais, o desvio é convencionado ser igual à sua
menor divisão. Por exemplo, se utilizarmos uma balança digital para pesarmos um objeto e o
visor da balança nos mostra a massa igual a 0,379 g, significa que esta balança é capaz de
medir massas maiores que 0,001 g e este valor é exatamente o desvio da leitura realizada.
Portanto, o valor de massa deve ser expresso como (0,379 ± 0,001) g.
A precisão ou sensibilidade de um aparelho depende do desvio relativo do mesmo,
quanto menor esse desvio mais precisa é a medida. A mesma medida efetuada em provetas
diferentes podem gerar resultados com precisões distintas, conforme exemplo a seguir:
0 ,5 mL
V1= (5,0 ± 0,5) mL δ rel = x 100=10 % (desvio relativo de 10%)
5 , 0 mL
0 ,05 mL
V2= (5,00 ± 0,05) mL δ rel = x 100=1 % (desvio relativo de 1%)
5 , 00 mL
Em um conjunto de n medidas de uma mesma grandeza nas mesmas condições, os
valores observados (xi) não são idênticos, mas situam-se dentro de uma faixa de dispersão. O
parâmetro mais usado para avaliar a incerteza associada entre essas medidas é o desvio
padrão (s), que é definido pela relação matemática da equação 1.1.
s=
√ i
( xi −x)2
∑ (n−1) (Eq. 1.1) x=
x 1+ x 2 +…+ x n
n
(Eq. 1.2)
s=
√ ( 25 , 40−25 , 43 )2 + ( 25 , 60−25 , 43 )2+ ( 25 ,30−25 , 43 )2 ⇒ s=0,1527
2
3. Considerando as regras de arredondamento escreva o desvio padrão com apenas um
algarismo significativo. s = 0,2.
4. Ajuste as casas decimais do valor médio às casas decimais do desvio padrão. 25,4 mL.
5. Escreva o valor médio mais ou menos o desvio seguido da unidade: (25,4 ± 0,2) mL.
17
Também pode ser calculado o desvio padrão relativo (srel) ou desvio padrão relativo
percentual (s%) que é utilizado para comparar a precisão dos resultados. Quanto menor o
s
desvio relativo, maior a precisão. O desvio padrão relativo é dado por: srel = . No caso do
x
0,2
exemplo acima o desvio relativo é srel = =0,0079 ou o desvio padrão relativo percentual
25 , 4
(s%) é 0,79%.
Os instrumentos comuns de medida de volume de líquido são de dois tipos: os que medem
volumes variáveis e, portanto, possuem uma escala graduada (ex.: proveta, bureta, pipeta
graduada, etc) e os que medem volumes definidos (pipeta volumétrica e balão volumétrico).
18
Essas vidrarias possuem funções e precisões diferenciadas. Todas as vidrarias utilizadas para
medida de volumes de líquidos não podem ser aquecidas para não ocorrer danificação de sua
escala ou modificação em sua capacidade, causada pela dilatação do vidro. Quando indicado
pelo fabricante (dois riscos na parte superior da pipeta) a mesma deve ser soprada no final do
escoamento, a fim de escorra completamente o líquido aferido na mesma.
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
1 Béquer de 50 mL;
1 Proveta de 50 mL;
1 Pipeta graduada de 25 mL;
1 Bureta de 25 mL.
Reagentes/Soluções
Água destilada.
Item 1
Em triplicata meça 25 mL da solução disponibilizada em um béquer e transfira para a proveta
de capacidade de 50 mL. Anote a capacidade e a menor divisão do béquer e da proveta.
Também tome nota das três medidas de volume do líquido na proveta.
Béquer: capacidade __________; Menor divisão da escala _______.
Proveta: capacidade __________; Menor divisão da escala _______.
V1: _____________; V2: _____________; V3: _____________.
Item 2
Meça a pressão ambiente no barômetro de mercúrio, esteja atento ao modo correto de ler o
menisco do mercúrio. _____________.
19
Item 3
“Zere” uma bureta de 25 mL com água, certifique-se que não há bolhas. Transfira todo o
volume da bureta para uma proveta de capacidade de 50 mL. Faça esse procedimento em
triplicata. Anote a capacidade e a menor divisão da bureta e as três medidas de volume do
líquido na proveta.
Bureta: capacidade___________; Menor divisão da escala da:________.
V1: _____________; V2: _____________; V3: _____________.
Item 4
Em triplicata, meça 25 mL de água com uma pipeta graduada e transfira esse volume para
uma proveta de 50 mL. Anote as três medidas de volume do líquido na proveta.
Pipeta graduada: capacidade___________; Menor divisão da escala:________.
V1: _____________; V2: _____________; V3: _____________.
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. OBJETIVOS
Determinar a viscosidade, o índice de refração e a densidade de líquidos;
Interpretar resultados utilizando o método gráfico.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Introdução
Propriedades físicas são todas aquelas que não estão associadas à formação ou quebra
de ligações químicas, ou seja, durante a medição destas propriedades não há mudança na
composição química dos sistemas. Como exemplo de propriedades físicas tem-se: volume,
densidade, estado físico, temperaturas de fusão e ebulição, cor e dureza. A determinação
destas propriedades pode auxiliar, tanto na determinação da composição do material
analisado, quanto às aplicações possíveis do mesmo.
Em muitos casos são utilizadas medidas de viscosidade, densidade, índice de refração
dentre outras propriedades a fim de controlar a qualidade de óleos lubrificantes,
combustíveis, óleos isolantes de transformadores elétricos, fluídos para baterias automotivas
e alimentos como mel, leite e sucos.
No estado líquido a matéria não tem forma própria, assumindo a forma do recipiente
que a contém. Isto decorre do fato de que, neste estado as forças de atração intermoleculares
não são suficientemente intensas para promover o empacotamento das moléculas. Há forças
de atração intermoleculares que mantém algum grau de coesão entre estas, de modo que se
uma molécula mudar de posição no espaço as demais acompanharão tal mudança. Este
processo no nível molecular determina o escoamento do líquido. A velocidade com a qual um
líquido escoa está diretamente relacionada à sua viscosidade. Sendo assim, é fácil perceber
que a viscosidade dependerá do grau de atração intermolecular da matéria no estado líquido.
Deste modo, esta é uma propriedade que depende da natureza da matéria (que determina as
21
A matéria, composta tanto por substâncias quanto por misturas exibe diversas
propriedades que podem ser mensuradas e, portanto, utilizadas em caracterizações
qualitativas e quantitativas as quais possibilitam determinações importantes.
Dentre estas propriedades pode-se citar o índice de refração, que por ser uma
propriedade específica, possibilita tanto a identificação de substâncias puras quanto a
determinação da concentração de componentes de uma mistura, da qual possa ser preparada
uma escala padrão.
Para compreender esta propriedade deve-se considerar que ao atravessar um meio, a
luz pode se propagar por este e que as características desta propagação dependem das
propriedades das substâncias que formam tal meio. A luz pode atravessar meios formados
tanto por substâncias no estado sólido, quanto no líquido ou gasoso desde que estes sejam
transparentes (nos quais a luz se propaga de forma regular) ou translúcidos (nos quais a luz se
propaga de forma irregular). A luz não pode se propagar em meios opacos. A grandeza física
que relaciona as velocidades de propagação da luz nos dois meios é o índice de refração
relativo (n21), que é definido como sendo a razão entre a velocidade da luz no primeiro meio
(v1) e a velocidade da luz no segundo meio (v2), conforme equação 2.2:
v1
n21= (eq .2.2)
v2
23
Quando o primeiro meio é o vácuo (v1 = c), o índice de refração que relaciona a
velocidade da luz no vácuo com a velocidade em outro meio (v), é denominado índice de
refração absoluto (n), equação 2.3:
c
n= (eq . 2.3)
v
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
Reagentes/soluções
Álcool etílico.
soluções de sacarose com as seguintes concentrações: 20% m/m, 16% m/m, 12% m/m,
8% m/m e 5% m/m;
Refrigerante Sprite.
Misturas etanol-água (20, 40, 60 e 80% álcool).
Figura 2.2 ‒ Imagens observadas nas oculares dos refratômetros de Abbe binocular e
monocular.
Refratômetro
binocular
Refratômetro
monocular
Tabela 2.2 – Valores dos índices de refração de soluções com diferentes concentrações de
sacarose e de uma amostra de refrigerante.
Concentração / % m/m 5 8 12 16 20
Índice de refração
Índice de refração do refrigerante:
1. OBJETIVOS
Determinar a concentração de ácido acético em amostra de vinagre.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
v1 + v 2+ v 3
v médio =v=
3
s=
√ (v i−v)2
∑ (n−1) (eq .3.2)
i
31
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
Reagentes/soluções
3.1. Procedimentos
1. Com auxílio de uma pipeta volumétrica, transfira 10,0 mL da amostra de vinagre para
um balão volumétrico de 100,0 mL.
2. Complete o volume do balão com água destilada. Use uma pipeta de Pasteur para
auxiliar no ajuste do menisco. Homogeneize e transfira, com auxílio de uma pipeta
volumétrica, 10,0 mL da solução de vinagre para um Erlenmeyer e adicione 4 gotas de
solução de fenolftaleína.
3. Prepare a montagem para realização da titulação (conforme Figura 1.1), afixando a
bureta ao suporte e preenchendo-a com a solução de hidróxido de sódio.
4. Afira a bureta e adicione lentamente volumes da solução de hidróxido de sódio.
5. Ao perceber formação de coloração rosa, reduza o incremento de gotas.
6. Encerre a adição até alcance de coloração rosa.
7. Anote o volume gasto.
8. Repita mais duas vezes o processo de titulação.
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. OBJETIVOS
Determinar a densidade de sólidos.
Determinar a temperatura de fusão da naftalina a partir de sua curva de solidificação.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Densidade
Matéria é por definição tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. A relação entre
massa de um corpo e o espaço que este ocupa é de fundamental importância na química, pois
serve, entre outras coisas, para caracterizar os diferentes tipos de matéria ou materiais.
Densidade é por definição a razão entre a massa de um corpo material e o volume que o
mesmo ocupa, ou seja:
m
d= (eq 4.1)
v
(Fig 4.1) e com intensidade igual ao peso do líquido deslocado. Assim, quando um corpo está
totalmente submergido, experimentará uma diminuição aparente de seu peso, de modo que:
Par
ρ sólido= ( eq . 4.4 ),
E
A dedução da equação 4.4 pode ser descrita da seguinte forma: a força de empuxo é
igual ao peso de líquido deslocado quando da submissão do sólido.
onde
−3
ρ fluido=densidade da água=1 ,0 g cm .
Como
mar
v fluido =v sólido e v sólido = ( eq . 4.8 )
ρsólido
tem-se:
mar
mar−mágua=ρ fluido ∙ (eq . 4.9)
ρ sólido
Reescrevendo-se
mar
ρ sólido= ρfluido ∙ (eq . 4.10)
mar−mágua
mar g p
ρ sólido= . ρ sólido= ar (eq . 4.4)
mar −mágua g E
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
1 Balança de braços;
Metal 1;
Metal 2;
Metal 3.
1 Proveta de 250 mL com 200 mL de água;
1 Bolinha de isopor;
1 Béquer de 250 mL;
Fio metálico.
1 tubo de ensaio;
1 Béquer de 250 mL;
1 Placa de aquecimento;
1 Termômetro (0-100 ºC);
Suporte universal com garra (para prender tubo de ensaio);
37
Naftalina.
3.1. Procedimentos
1. Coloque água em uma proveta até que esta atinja um volume capaz de promover
submersão total da bolinha de isopor. Meça exatamente este volume.
2. Pese a bolinha de isopor.
3. Finque um fio metálico duro na superfície da bolinha de isopor e empurre para que ela
seja mergulhada totalmente no líquido da proveta.
4. Com a bolinha ainda totalmente submersa, meça o volume aferindo o menisco.
_______
Massa da bolinha de isopor / g:
Volume de líquido deslocado / mL: _______
11 26
12 27
13 28
14 29
15 30
40
1. OBJETIVOS
Observar os efeitos da concentração dos reagentes e da temperatura sobre a
velocidade de uma reação química.
Observar o efeito da adição de um catalisador e da temperatura na velocidade de uma
reação química.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
8 Tubos de ensaio (5 grandes e 3 pequenos);
1 Suporte para tubos de ensaio;
2 Pipetas graduadas de 10 mL;
1 Cronômetro;
1 Pipetador ou pêra;
Banho-maria
Reagentes/ Soluções
Solução de KIO3 (0,01 mol L‒1);
Solução a 0,04% m/v de NaHSO3 (70 mL) em dispersão de amido 0,2%;
Solução de H2SO4 (0,05 mol L‒1);
Solução de H2C2O4 (0,05 mol L‒1);
Solução de KMnO4 (0,01 mol L‒1);
Solução de MnSO4 (0,05 mol L‒1).
2 IO3‒ (aq) + 5 HSO3‒ (aq) + 2 H+ (aq) I2 (aq) + 5 HSO4‒ (aq) + H2O (l)
1. OBJETIVOS
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
O gás hidrogênio pode ser obtido de várias maneiras: i) eletrólise da água; ii) a partir de
reações entre metais com baixo potencial-padrão de redução e água; iii) através de reações
entre metais e ácido. Nessa prática será estudada a reação entre magnésio e ácido clorídrico.
Um gás ideal é aquele em que as forças de atração entre as moléculas são muito
pequenas e as moléculas são equivalentes a “massas pontuais” que ocupam um volume
desprezível comparado com o do seu recipiente. Os gases reais desviam-se do
comportamento descrito pela lei geral dos gases ideais, porque suas moléculas têm uma
ligeira atração umas pelas outras e porque elas ocupam um volume pequeno do recipiente no
qual estão confinadas. O volume molar de um gás ideal foi determinado como igual a
22,4141 nas CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão: T = 273,15 K; p = 1 atm).
Embora esse volume tenha sido determinado para gases ideais, ele pode ser usado para gases
reais. Isso porque não se desviam mais do que cerca de 1% do volume ideal sob pressões de
cerca de 1 atm, salvo se o gás em questão tiver um grande peso molecular ou se for medido
em temperatura muito próxima da sua temperatura de condensação.
A Lei dos gases ideais nos permite determinar o valor de uma das variáveis de estado
de um gás se conhecermos as outras três, essa lei é expressa pela equação 6.1.
pV
=k (eq. 6.2).
T
pV
Como para uma dada quantidade de gás, quaisquer dois conjuntos de medições de
T
serão iguais a k , pode-se escrever:
p1V 1 p2V 2
= (eq. 6.3).
T1 T2
Geralmente não se realiza a prática nas condições definidas nas CNTP, logo, deve-se
utilizar equação 6.3 para converter o volume teórico nas CNTP para volume teórico nas
condições do ambiente no qual o experimento foi realizado (neste caso, considera-se que o
sistema atingiu o equilíbrio térmico, sendo a temperatura ambiente igual a do gás obtido).
A pressão de qualquer gás coletado em um recipiente sobre a água em estado líquido
sofre interferência da pressão de vapor da água, logo será necessário descontar a pressão que
a água exerce (na temperatura que o experimento foi realizado) da pressão ambiente. Para isto
utiliza-se a lei de Dalton.
25,
p /mmHg 16,5 17,5 18,7 19,8 21,1 22,4 23,8 26,7 28,4 30,0 31,8 33,7 35,7
2
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais e reagentes
Fita de magnésio;
Lixa;
Solução de HCl (6 mol L‒1);
Proveta de 1 L;
46
Figura 6.1 ‒ Montagem do sistema para medida do volume de gás no tubo graduado
47
10. Faça a leitura do volume de H 2 obtido. Para isto tampe o orifício da rolha e transfira o
sistema para uma proveta de 1 L quase completamente preenchida com água a
temperatura ambiente;
11. Mova o sistema contendo hidrogênio verticalmente de modo que o menisco do líquido
do tubo seja coincidente com o da água contida na proveta. Faça a leitura e anote o
volume do gás. Volume de hidrogênio / mL: __________;
12. Registre a pressão e a temperatura ambiente. Temperatura / ºC: __________;
pressão / mmHg: __________.
48
1. OBJETIVOS
• Reconhecer os fatores que influem no equilíbrio químico e como eles alteram o estado de
equilíbrio segundo o princípio de Le Chatelier.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Introdução
Muitas reações químicas não se completam. Quando em sistema fechado, essas reações
aproximam-se de um estado de equilíbrio no qual tanto os reagentes quanto os produtos estão
presentes e se interconvertendo um no outro de forma contínua e dinâmica. Essas reações
são classificadas como reversíveis, isto é, se processam simultaneamente no sentido de
formação e no de decomposição de produto, estabelecendo assim um equilíbrio químico.
Os equilíbrios químicos explicam um grande número de fenômenos naturais e
desempenham importante papel em muitos processos industriais. Um exemplo da aplicação
de equilíbrio químico no cotidiano é o funcionamento das lentes fotossensíveis. Os vidros
comuns são constituídos de uma complexa matriz de silicatos (Si xOy) que são transparentes à
luz visível. Contudo, no processo de fabricação das lentes fotocromáticas, são adicionados, de
forma uniforme entre os silicatos, cristais de cloreto de prata e de cloreto de cobre(I).
Quando uma lente fotocromática é exposta à radiação ultravioleta, os cátions de prata são
reduzidos à prata metálica o que confere a coloração escura à lente e na ausência da luz esse
processo é revertido. A presença dos átomos de cobre garante a reversibilidade do processo,
cuja reação global é:
Presença de luz
Cu + Ag+ Cu+ + Ag
Ausência de luz
químico é dinâmico, ou seja, as reações não param de acontecer, mas se processam na mesma
velocidade em ambos os sentidos.
Em um sistema fechado, na reação entre 1 mol de hidrogênio e 1 mol de iodo seriam
esperados a formação de 2 mol de iodeto de hidrogênio, de acordo com a equação química a
seguir.
Contudo, mesmo a temperatura de 400 ºC não se obtém mais que 1,6 mol de HI. Isso
porque a reação é reversível e atinge o equilíbrio químico. Estabelecido o equilíbrio, as
velocidades de conversão de reagentes em produtos é igual a de conversão de produtos em
reagentes, dessa forma mantendo constante a concentração de todos os compostos. No caso
dessa reação, uma propriedade macroscópica muito importante é a cor do sistema devido à
presença de iodo. No início da reação, a intensidade da cor é máxima, diminuindo com o
tempo, até permanecer constante no equilíbrio. Um indicativo de que a reação não se
processa até o fim é a coloração violeta do sistema que deveria ser incolor caso a reação se
completasse.
Qualquer alteração nas condições do sistema pode perturbar o estado de equilíbrio. Se
isso ocorre, o equilíbrio desloca-se de maneira a minimizar a alteração provocada a fim de
restabelecer um novo estado de equilíbrio. Esse comportamento é conhecido como princípio
de Le Chatelier. Diversos fatores podem alterar o equilíbrio químico, dentre eles pode-se
citar: concentração, temperatura, pressão e presença de luz.
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
4 Tubos de ensaio;
1 Suporte para tubos de ensaio;
2 Erlenmeyers;
1 Garrafa lavadeira com água destilada;
3 Pipetas Pasteur;
1 Pinça de madeira;
Banho-maria.
50
Reagentes/Soluções
Solução alcóolica de fenolfataleína;
Ácido nítrico concentrado;
Fio de cobre metálico em pedaços;
Solução de hidróxido de amônio (0,25 mol L‒1);
Solução de cloreto de amônio (2,5 mol L‒1);
Solução de cromato de potássio (0,1 mol L‒1);
Solução de dicromato de potássio (0,1 mol L‒1);
Solução alcóolica de cloreto de cobalto(II) (0,1 mol L‒1);
Solução de hidróxido de sódio (1,0 mol L‒1);
Solução de ácido clorídrico (1,0 mol L‒1).
2 NO2(g) N2O4(g)
Castanho Incolor
Alaranjado Amarelo
1. OBJETIVOS
Desenvolver habilidades para a observação de evidências de reações químicas;
Estudar exemplos representativos de reações de oxirredução.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Introdução
Quando duas espécies químicas ao reagirem entre si formam um (ou mais) produtos
cujas características visíveis a olho nu diferem das características dos reagentes é gerada uma
evidência de reação. As evidências de reação mais comuns são: liberação de calor,
desprendimento de gás, mudança de cor e formação de precipitado (sólido formado após
mistura de reagentes líquidos ou na forma de soluções). Ainda é importante ressaltar que,
como a evidência de reação decorre da formação de um produto específico, esta também será
específica, ou seja: se na reação de íon cloreto (Cl ‒) com íon prata (Ag+) é formado o produto
cloreto de prata (AgCl), um sal pouco solúvel em água e de coloração branca, sempre que
ocorrer tal reação, a evidência será a formação de um precipitado branco, que caracteriza este
composto. Sendo assim, tais evidências de reação são muito úteis em determinações
qualitativas.
Nos experimentos que serão realizados nesta prática, as evidências de reação auxiliarão
no reconhecimento da ocorrência de algumas reações de oxirredução.
São denominadas reações de oxirredução aqueles processos que ocorrem com
transferência de elétrons entre as espécies químicas reagentes. O elemento químico que doa
os elétrons sofre o processo de oxidação, pois terá seu número de oxidação aumentado,
enquanto o elemento que recebe elétrons sofre o processo de redução e terá seu número de
oxidação reduzido. O elemento que sofre redução, promove a oxidação do outro, sendo,
portanto um agente oxidante. O elemento que sofre a oxidação promove a redução do outro
sendo, portanto, o agente redutor.
Observe a reação não balanceada a seguir:
Quadro 8.1 ‒ Números de oxidação dos elementos químicos mais comumente encontrados
nos compostos inorgânicos
Peróxidos Hidretos
Exceção (Ligações O-O) metálicos
-1 -1
perderam elétrons, depois faça o balanceamento para todos os átomos exceto H e O. Depois,
Obs.: Não se esqueça de colocar os estados físicos dos reagentes e produtos ao final do
balanceamento.
3 MnO2(s) + KClO3(s) + 6 KOH(s) 3 K2MnO4(s) + KCl(s) + 3 H2O(l)
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
10 Tubos de ensaio;
10 Pipetas de Pasteur.
Reagentes/Soluções
Solução de KMnO4;
Solução de H2O2;
Solução de Na2S2O3;
Solução de FeSO4;
Solução de KIO3;
Solução de KI;
Solução de I2;
Solução de HCl;
Ácido clorídrico concentrado;
Solução de H2SO4;
Solução de HNO3;
56
Solução de H2C2O4.
3.1. Procedimentos
Quadro 8.2 ‒ Reação entre íons permanganato e ferro(II) em meio ácido (Tubo 1)
Ordem Substância Quantidade
1 KMnO4 (0,1 mol L‒1) 10 gotas
2 H2SO4 (1,0 mol L‒1) 20 gotas
3 FeSO4 (0,1 mol L‒1) gotejar sob agitação*
Observações:
Quadro 8.3 ‒ Reação entre íons dicromato e ferro(II) em meio ácido (Tubo 2)
Ordem Substância Quantidade
1 K2Cr2O7 (0,1 mol L‒1) 10 gotas
2 H2SO4 (1,0 mol L‒1) 20 gotas
3 FeSO4 (0,1 mol L‒1) gotejar sob agitação*
Observações:
Quadro 8.4 ‒ Reação entre íons permanganato e H2O2 em meio ácido (Tubo 3).
Ordem Substância Quantidade
1 KMnO4 (0,1 mol L‒1) 10 gotas
2 H2SO4 (1,0 mol L‒1) 20 gotas
3 H2O2 (20 volumes) gotejar sob agitação*
Observações:
* Durante o gotejamento, verificar e anotar a ocorrência de reações. Só para de gotejar quando não forem
observadas novas mudanças visuais.
57
Quadro 8.5 ‒ Reação entre íons dicromato e H2O2 em meio ácido (Tubo 4)
Ordem Substância Quantidade
‒1
1 K2Cr2O7 (0,1 mol L ) 10 gotas
‒1
2 H2SO4 (1,0 mol L ) 20 gotas
3 H2O2 (20 volumes) gotejar sob agitação*
* Durante o gotejamento, verificar e anotar a ocorrência de reações. Só para de gotejar quando não forem
observadas novas mudanças visuais.
Observações:
Quadro 8.6 ‒ Reação entre íons permanganato e ácido clorídrico concentrado** (Tubo
5)
Ordem Substância Quantidade
1 KMnO4 Sólido uma ponta de espátula
2 HCl concentrado 10 gotas**
** Fazer procedimentos na capela de exaustão.
Observações:
Quadro 8.7 ‒ Reação entre íons permanganato e ácido oxálico em meio ácido (Tubo 6)
Ordem Substância Quantidade
1 KMnO4 (0,1 mol L‒1) 10 gotas
2 H2SO4 (1,0 mol L‒1) 20 gotas
3 H2C2O4 (0,1 mol L‒1) 2,0 mL
4 Aquecer em banho-maria
Observações:
Quadro 8.8 ‒ Reação entre íons iodato e iodeto em meio ácido (Tubo 7)
58
Observações:
Quadro 8.11 ‒ Reação entre cobre metálico e ácido nítrico 3 mol L‒1 (Tubo 10)
Ordem Substância Quantidade
1 HNO3 (3 mol L‒1) 2mL
2 Cobre metálico 1 fragmento#
4 Aquecer em banho-maria*
#
Cuidado! Formação de gases tóxicos. Realizar os procedimentos na capela de exaustão.
Observações:
59
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. Mestre Jou, 1981.
60
1. OBJETIVOS
Determinar o carácter nobre de alguns metais;
Montar a pilha de Daniell e medir a sua diferença de potencial;
Realizar a eletrodeposição de cobre metálico sobre uma moeda ou chave.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Introdução
K +¿+e ¿ -2,92
(aq)
−¿→Ba (s )¿
2+¿+2 e
Ba(aq) ¿ -2,90
−¿→Ca ( s) ¿
Ca2+¿+2 e ¿ -2,87
(aq )
−¿→ Na( s) ¿
+¿+e
Na(aq) ¿ -2,71
−¿→ Mg( s) ¿
2+¿+2 e
Mg(aq) ¿ -2,30
−¿→ Al(s )¿
+¿+3 e
Al3(aq) ¿ -1,66
−¿¿
−¿→ H 2(g )+2 OH(aq ) ¿ -0,83
2 H 2 O❑
(l) +2 e
−¿→Zn( s) ¿
2+¿+2 e
Zn(aq) ¿ -0,76
−¿→ Cr(s )¿
3+¿+3 e
Cr(aq) ¿ -0,74
−¿ →Fe( s) ¿
+¿+ 2e
Fe2(aq) ¿ -0,44
−¿→¿ (s) ¿
+¿+2 e
¿2(aq) ¿ -0,25
−¿→ Pb( s) ¿
Pb2+¿+2 e ¿ -0,13
(aq )
−¿→H 2(g) ¿
+¿+2 e
2 H(aq) ¿ 0,00
−¿→ Cu( s) ¿
Cu2+¿+2 e ¿ +0,34
(aq )
−¿¿
−¿ →4 OH(aq) ¿ +0,40
O2 ( g) +2 H 2 O❑
(l )+ 4 e
−¿¿
−¿ →2 I ¿ +0,53
I 2 (g )❑
❑ +2 e
(aq)
2+ ¿ ¿
+0,77
−¿→Fe ¿
3 +¿+e ( aq)
¿
Fe(aq)
−¿→ Ag( s) ¿
+¿+e
Ag(aq) ¿ +0,79
−¿→ Hg(l) ¿
Hg2+¿+2 e ¿ +0,85
(aq )
−¿→2 H 2 O( aq) ¿
+¿+ 4 e
O2 ( g) +4 H(aq) ¿ +1,23
−¿ ¿
−¿→ 2 Cl(aq) ¿ +1,36
Cl 2( g )❑
❑ +2 e
−¿→ Au( s) ¿
3+¿+3 e
Au(aq) ¿ +1,50
2+¿ +4 H O ¿
+1,51
2 (l)
−¿ → Mn ¿
( aq)
+¿+ 5 e ¿
−¿+ 8 H (aq) ¿
MnO 4(aq)
−¿ →2 H2 O(aq )¿
H 2 O❑2(l) +2 H (aq)
+¿+ 2e ¿ +1,77
2−¿ ¿
+2,05
−¿→ 2SO ¿
2−¿+2 e 4(aq )
¿
S2 O8(aq)
Ao analisar as duas semi-reações acima, conclui-se que a prata é um metal mais nobre
do que o cobre, ou seja, na presença de íons Ag+, o cobre metálico tende a se oxidar formando
Cu2+ e os íons Ag+ são reduzidos a Ag0 como mostra a equação a seguir:
Analogamente, a prata metálica pode ser exposta a uma solução de Cu 2+ sem que haja
qualquer risco de oxidação da prata, uma vez que este processo não ocorre espontaneamente,
ou seja, a diferença de potencial da reação negativa.
2.2. Pilhas
2.3. Eletrodeposição
64
3. PARTE EXPERIMENTAL
1 Lixa;
Frascos conta gotas com as soluções a serem utilizadas (5);
Papel de filtro;
1 Garrafa lavadeira com água destilada.
1 Lâmina de ferro;
1 Lâmina de zinco;
1 Lâmina de cobre;
1 Lâmina de chumbo;
1 Lâmina de alumínio;
Solução de sulfato de cobre(II) (0,1 mol L‒1);
Solução de nitrato de ferro(III) (0,1 mol L‒1);
Solução de cloreto de mercúrio(II) (0,1 mol L‒1);
Solução de nitrato de chumbo(II) (0,1 mol L‒1);
65
Cuba eletrolítica;
Retificador de corrente;
Fios para ligar a peça e o eletrodo de cobre ao aparelho retificador de corrente;
Suporte universal e garras para segurar os eletrodos e a peça durante a cobreagem);
Béquer de 1 L.
3.1. Procedimentos
1. Lixar cada uma das lâminas de metal que estão sobre sua bancada até que a superfície
fique completamente limpa. Atenção! Não lixar a placa de zinco, apenas limpá-la
com papel.
2. Em cada uma das placas adicione 2 gotas da solução indicada no quadro a seguir e
anotar os resultados.
Lâmina Solução Resultados
4. Ligue a placa de cobre à placa de zinco por um fio tendo o cuidado de intercalar um
multímetro e não inverter os polos. O polo positivo deve ser ligado na placa de cobre e
o negativo na de zinco.
5. Determine a diferença de potencial da pilha, utilizando um multímetro.
Medição: _______V.
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Gentil, V. Corrosão. 6 ed. LTC, 2011.
68
1. OBJETIVOS
Realizar o processo de eletrólise de forma qualitativa
Caracterizar os produtos oriundos do processo de eletrólise.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Introdução
Tais processos, que utilizam uma fonte externa de energia elétrica, são chamados de
eletrólise e ocorrem em células eletrolíticas. Uma célula eletrolítica consiste em dois
eletrodos imersos em um sal fundido ou uma solução. Uma bateria ou qualquer fonte de
corrente elétrica age como bomba de elétrons dentro de um eletrodo puxando-os do outro
eletrodo. Analogamente à célula voltaica, no anodo ocorre a reação de oxidação e no catodo a
redução. Entretanto, os sinais dos eletrodos são trocados em relação à pilha. O eletrodo da
célula eletrolítica conectado ao terminal negativo da fonte é o cátodo da célula; ele recebe
elétrons usados na semi-reação de redução. Os elétrons removidos durante o processo de
69
oxidação no ânodo migram para o terminal positivo da fonte de tensão, assim fechando o
circuito da célula.
A eletrólise de sais fundidos é um importante processo industrial para a produção de
metais não nobres (muito reativos), como sódio e alumínio. As eletrólises de soluções
aquosas são mais complexas do que a eletrólise de sais fundidos, pois a água está presente e é
uma substância eletroativa; ou seja, é capaz de ser oxidada (formando O 2) ou reduzida
(formando H2) em um processo eletroquímico. Portanto, a água é parte importante a ser
considerada podendo ser oxidada ou reduzida no lugar dos íons do sal.
Para compreender melhor o processo de eletrólise, considere a eletrólise de uma
solução aquosa de brometo de potássio (KBr).
íon Cl‒ se oxida no lugar da água. Este resultado ocorre por causa da cinética do processo do
eletrodo; mesmo que a oxidação da água seja termodinamicamente favorecida, a energia de
ativação para a oxidação do cloreto é mais baixa, logo ela é cineticamente favorecida. Este
efeito cinético é também identificado de outra forma. É comum encontrar-se que o potencial
necessário para que uma reação ocorra é consideravelmente maior que o potencial do eletrodo
indica. O potencial adicional necessário para provocar a eletrólise é chamado sobrepotencial
(ou sobretensão). No caso da eletrólise da solução aquosa de NaCl, o sobrepotencial para a
oxidação da água é extremamente elevado e Cl2 é então formado.
3. PARTE EXPERIMENTAL
4 Cubas eletrolíticas;
9 Tubos de ensaio;
Palitos de fósforo;
Papel de filtro cortado em tiras;
2 Pipetas de Pasteur;
Fios (uma extremidade banana e a outra jacaré);
Fonte.
Reagentes/Soluções
3.1. Procedimentos
3. Ligue a fonte.
4. Com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, colete um pouco da solução próxima ao
eletrodo negativo e adicione em um tubo de ensaio;
5. Adicione três gotas de solução alcoólica de fenolftaleína sobre a solução separada no
tubo e anote;
6. Observe o ocorrido nos dois eletrodos.
_________________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. OBJETIVOS
Estudar a natureza eletroquímica da corrosão do ferro em meio aquoso;
Estudar o processo de corrosão de alguns pares metálicos.
2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2.1. Introdução
Como discutido nas práticas anteriores, as reações redox envolvendo água e oxigênio
acontecem, muitas vezes, espontaneamente. Como se sabe o meio ambiente é circundado pelo
ar atmosférico, que é constituído por vários gases, inclusive o oxigênio e água na forma de
vapor. Sendo assim, várias substâncias ou materiais formados por misturas de substâncias, ao
serem expostos ao ar podem sofrer reações espontâneas de oxirredução, entre eles podem-se
citar os metais.
Os metais apresentam propriedades físico-químicas bastante interessantes, as quais
permitem aplicá-los para diversas finalidades. Podem-se citar a maleabilidade, a ductilidade e
a excelente condução de calor e eletricidade. Embora muito empregados em diversas
tecnologias, muitos metais se deterioram no meio ambiente onde são usados devido à
corrosão. A corrosão pode ser definida como um desgaste gradual de origem física, química
ou eletroquímica de um corpo sólido exposto ao meio ambiente.
O caso mais frequente de corrosão e o enfoque dessa prática é a corrosão úmida ou
eletroquímica do ferro (elemento base na liga do aço), que é o material mais extensamente
usado na indústria e na construção civil. O ferro, quando exposto à atmosfera (oxigênio e
umidade), se enferruja, perdendo o aspecto metálico para se tornar um sólido avermelhado. A
aderência da camada de óxido de ferro, que resulta do ataque químico sobre o metal, é fraca
de modo que o óxido se desprende do metal com facilidade expondo a superfície a um novo
ataque.
O processo de formação da ferrugem consiste, inicialmente, na oxidação do ferro
metálico a ferro(II). Em seguida os íons ferro(II) são oxidados para formar os íons ferro(III).
Os processos de oxidação do ferro metálico a íons ferro(II) e, posteriormente, íons ferro(III)
podem ser acelerados em meio ácido na presença de oxigênio. Para a formação dos óxidos de
74
ferro, são necessários água e oxigênio, substâncias que são utilizadas nas etapas subsequentes
das reações. Os elétrons produzidos em ambas as etapas de oxidação são usados para reduzir
o oxigênio. Os íons ferro(III) combinam-se com oxigênio para formar o óxido de ferro(III).
Em seguida, o óxido é hidratado com várias moléculas de água. O quadro a seguir resume as
reações envolvidas na formação da ferrugem.
Para proteger um metal da corrosão é comum a aplicação de tintas que isolam sua
superfície do meio ou o revestimento do metal por camadas de óxidos metálicos ou películas
de outro metal que seja resistente à corrosão no meio ao qual o material ficará exposto.
Algumas vezes, o próprio metal ao reagir com o oxigênio atmosférico, forma um óxido que
se deposita na sua superfície formando uma película protetora que impede o contato direto do
metal com o oxigênio, protegendo-o da corrosão. Neste caso, a oclusão, que é determinada
pelo grau de coesão das partículas do óxido é fundamental. Um óxido muito poroso não é
capaz de bloquear o contato entre o metal e o oxigênio, não sendo capaz de promover sua
proteção, esse é o caso da ferrugem.
Outra forma de proteger um metal é formar um “par metálico”. Neste caso, coloca-se
junto do metal que se deseja proteger (metal 1), outro de maior potencial de oxidação
(metal 2). Assim, o metal 2 reagirá preferencialmente, consumindo o agente oxidante do meio
deixando o metal 1 protegido. Por exemplo, o uso do alumínio para proteger o aço é comum
em estacas que são enterradas na terra ou em cascos de navio. Como o alumínio possui maior
potencial de oxidação do que o ferro, ele se oxida em seu lugar, ou seja, o alumínio atua
como um metal de sacrifício. Outro metal muito usado para proteger o aço é o zinco. O
processo de revestimento com zinco é chamado galvanização, um processo de recobrimento
de metais com outro metal, usando eletricidade.
75
Nesta prática será examinado o efeito de se “dobrar” uma peça confeccionada com
ferro e compará-lo com o efeito de se expor, sob as mesmas condições, uma peça não
dobrada.
Também serão montados sistemas de “pares metálicos” em que se deve observar, por
meio de evidências de reação, qual metal será mais suscetível à corrosão em meio aquoso.
3. PARTE EXPERIMENTAL
Materiais
Lixa;
Pregos de ferro retos e curvos;
Pregos de ferro galvanizado curvos;
Fios de cobre;
Fitas de zinco, magnésio e chumbo;
2 Placas de Petri;
1 Chapa de aquecimento;
1 Béquer de 500 mL;
1 Bastão de vidro.
Reagentes/Soluções
3.1. Procedimentos
1. Prepare as amostras seguintes polindo-as com uma lixa até que as superfícies fiquem
completamente limpas;
a. prego reto;
b. pregos dobrados (comum e galvanizado, não lixar esse último);
c. prego reto envolvido por um fio de cobre.
d. prego reto envolvido por fita de zinco.
e. prego reto envolvido por fita de magnésio.
f. prego reto envolvido por fita de chumbo.
2. Ferva 200 mL de solução de NaCl 3%
3. Pese 6,0 gramas de ágar-ágar pulverizado.
4. Fora da chapa de aquecimento, acrescente, aos poucos, a solução de NaCl, quente, ao
ágar-ágar agitando vigorosamente com bastão de vidro para promover a dispersão total
do sólido.
5. Acrescente a esta mistura 15 gotas de K 3Fe(CN)6 0,1 mol L‒1 e 10 gotas de
fenolftaleína, agitando para homogeneizar.
6. Coloque o prego reto e os pregos curvos em uma placa de Petri e as demais amostras
juntas em uma segunda placa de Petri, com cuidado para que uma amostra não toque na
outra.
7. Cubra as amostras com a solução de ágar-ágar ainda quente. As amostras devem ficar
completamente cobertas pela solução. Aguarde 30 minutos.
8. Anote as observações