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Nome: Vanessa Ravagnani Fabri

Professor: Renato Torres Anacleto Rosa


Tecnologia em Gastronomia – GA24
Data: 08/03/2024

Relatório de aula EAD – Influências religiosas nas produções gastronômicas

Conforme o contexto dos vídeos “Ofício das Baianas de Acarajé – parte 1” e “Ofício
das Baianas de Acarajé – parte 2”, o acarajé é pensado a partir de diferentes
perspectivas. Pode aparecer como comida "típica", de "rua" ou de "santo", por
exemplo, e pode ser visto também na perspectiva de processos de negociação de
diversos tipos de pertencimentos sociais, regionais, religiosos etc., envolvendo,
muitas vezes, disputas e conflitos
As baianas de acarajé, muitas vezes iniciadas no candomblé, preparam a iguaria
com rituais que envolvem cantos, orações e oferendas, respeitando as tradições
milenares. A escolha dos ingredientes, a forma de preparo e até o modo de servir
são influenciados por essas práticas religiosas. O azeite de dendê, ingrediente
essencial no preparo do acarajé, é também de grande importância para a culinária
sagrada do candomblé, sendo utilizado em várias oferendas.
Embora hoje o acarajé seja amplamente consumido como uma iguaria de rua na
Bahia, seu aspecto religioso é inegável. Em contextos rituais, ele é preparado como
uma oferenda aos orixás. Fora desses contextos, ainda carrega consigo o
simbolismo e a energia espiritual da tradição.
O aspecto sagrado do acarajé tem uma ligação inabalável com as pessoas que o
preparam. Para começar, o traje das baianas é característica dos ritos do
candomblé, composta por turbantes, panos e colares de conta e miçangas, que
indicam a sua iniciação religiosa. Se, hoje em dia, elas não necessariamente têm o
candomblé como religião, devem, porém, respeitar a tradição e seguir a
determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN),
segundo a qual a baiana deve portar a bata, a saia e o torço, e o tabuleiro tem que
estar com todos os quitutes bem arranjados à vista e à disposição dos fregueses.
Esse aspecto contribui significativamente para o turismo na Bahia, atraindo
visitantes interessados na culinária, na cultura e na espiritualidade local, também é
uma forma de manutenção e disseminação da cultura afro-brasileira

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