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Significados
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Exemplificar alimentos considerados sagrados por diferentes culturas, tradições e expressões religiosas,
identificando-os e os reconhecendo. (EF02ER06/SJP)
Identificar significados atribuídos a alimentos em diferentes manifestações e tradições religiosas,
compreendendo os diferentes sentidos, valores e influência que os alimentos assumem em cada contexto.
(EF02ER07/SJP)
Iniciar a aula sobre “Símbolos sagrados nas diferentes tradições religiosas”, lançar as seguintes questão
aos alunos:
Instigar os alunos a falar sobre símbolos de uma forma geral, pode ser sobre o time, a bandeira de países,
brasões de família, placas etc. Explicar que os símbolos formam um sistema complexo de significados
estruturantes das linguagens pelas quais se expressam as diferentes manifestações humanas.
Espera-se que os alunos consigam expor situações onde precisaram recorrer a símbolos como forma de
representação, como, por exemplo, se já pintaram um brasão no papel para participarem de gincanas.
Induzi-los a perceber que os símbolos podem representar um grupo de pessoas, ou os ideais de um
grupo, como a Bandeira, que é um símbolo que representa uma nação ou uma torcida (time); o Brasão
dos uniformes, que representa os alunos de uma determinada escola; as placas de banheiro que
representam o sexo feminino e o masculino; ou ainda os sinais feitos nos estádios para representar um
time, uma torcida organizada etc. Esclarecer que a utilização dos símbolos pode surgir como resultado de
um processo natural entre os homens ou pode ser convencionada de modo que uma pessoa ou um grupo
de pessoas consiga fazer a interpretação do seu significado e atribuir-lhe determinado sentido. Ou seja, os
símbolos possuem o propósito de unir pessoas dentro de um mesmo objetivo ou vontade de se
reconhecerem como iguais. É nesse momento da aula que irá se abordar a utilização de símbolos
sagrados nas diferentes religiões.
Mostrar aos alunos alguns símbolos que representam determinadas religiões, questionando-os
sobre cada uma delas. (EM ANEXO)
AULA 2:
Conversar com os alunos sobre o fato de que alguns alimentos são considerados sagrados para
algumas religiões. Nas diversas crenças e religiões dos povos, são usados alimentos considerados
sagrados e é muito importante conhecer e compreender que os jeitos de crer devem ser respeitados.
Nos cultos das tradições religiosas de origem africana há comidas tidas como sagradas, muito
especiais entre outras, acarajé, caruru, abará e vatapá que fazem parte de suas cerimônias ou rituais.
Em algumas tradições religiosas do oriente como Xintoísmo, Hinduísmo, Budismo e outras mais o
arroz, as frutas, os bolos e outras guloseimas também são indispensáveis em seus sagrados rituais
Entre os seguidores do Judaísmo as festas religiosas são celebradas com alimentos puros
preparados com muito esmero, pães ázimos, cordeiro assado, bons vinhos, são os alimentos kosher
No Cristianismo desde a sua origem até aos dias de hoje, o pão e o vinho estão presentes em seus
cultos de comunhão. Depois de consagrados na eucaristia ou ceia do Senhor. São repartidos entre os fiéis
com muita fé e devoção.
Questionar os alunos sobre o que seria o Awajy. Muitos não souberam dizer, ficaram em dúvida,
falaram o nome de vários alimentos, até que por fim chegaram no nome: milho. Contar aos alunos que o
awajy (milho) é um símbolo indígena e um alimento sagrado.
Cada aluno recebeu uma espiga de milho para pintar e a palavra awajy, com todas as letras misturadas
para que fossem coladas no caderno de forma correta.
A A J Y W
AULA 3:
A lenda da mandioca.
Conversar com eles sobre a mandioca, explicar que ela também é um alimento sagrado para os indígenas
e entregar a seguinte história em quadrinhos:
AULA 4:
Entregar a seguinte atividade e ir completando junto com os alunos. Depois, pedir para que eles
desenhem os alimentos.
AULA 5:
Alimentos sagrados de matriz oriental
EM ALGUMAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS DO ORIENTE COMO XINTOÍSMO, HINDUÍSMO,
BUDISMO E OUTRAS MAIS O ARROZ, AS FRUTAS, OS BOLOS E OUTRAS
GULOSEIMAS TAMBÉM SÃO INDISPENSÁVEIS EM SEUS SAGRADOS RITUAIS.
AULA 6:
Os cultos afro-brasileiros são crenças trazidas pelos escravos provenientes de diversos grupos étnicos –
principalmente da costa ocidental da África –, que se mesclaram ou se aculturaram com elementos e
divindades indígenas e com o catolicismo, trazido pelos colonizadores portugueses.
Essa nova forma de religiosidade popular recebeu diversas denominações, cuja variedade de ritos varia de
acordo com a tradição africana da qual procedem, e, sobretudo, por sua formação em uma região
específica do País. Os mais conhecidos são: o Candomblé, na Bahia e em outros estados; o Xangô, em
Pernambuco, Alagoas e Sergipe; a Umbanda, no Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados; o Tambor
de Mina, Tambor de Nagô e Canjerê, no Maranhão; a Cabula, no Espírito Santo; e oBatuque ou Pará, no
Rio Grande do Sul, onde também recebe a denominação deNação.
O Ajeum, cuja tradução mais literal pode ser banquete, é um termo e origem ioruba referente às refeições.
É o ato de comer e dar comida para as divindades nos centros de cultos afro-brasileiros. É um importante
momento sócio-religioso nas festas públicas dos terreiros de candomblé, quando são armadas grandes
mesas, onde as comidas dos orixás e as comidas comuns (comidas de branco) são servidas. Não existe
cerimônia pública ou privada nos cultos afro-brasileiros em que a alimentação não esteja presente.
A culinária sagrada dos Orixás é muito diversificada e têm como base carnes, peixes, farinhas, mel, óleos,
além de outros ingredientes, que de acordo com os preceitos dos cultos resultarão em alimentos
desejados e do agrado do “santo”. Há muita influência da cultura regional na culinária e modo de preparar
os alimentos para os Orixás, nos terreiros de Xangô, no candomblé e outras formas.
Na Bahia, há uma expressiva culinária votiva com um cardápio bem diversificado e a presença de fortes
elos africanistas nos nomes dos pratos, condimentos e produtos utilizados.
Em São Luís, no Maranhão, são preparados os aluás de milho, com pão e vinagre, servidos em grandes
cuias ao gosto dos Voduns, assim como os abobós, milho cozido e pequenos acarajés, diferentes dos
baianos.
Nos terreiros de Xangô, em Pernambuco, Alagoas e Sergipe, há um grande uso de ervas e favas, também
utilizados nos catimbós.
As iabassês ou cozinheiras dos terreiros são mulheres que se dedicam com votos religiosos ao preparo
dos alimentos rituais. Conhecem os segredos e o que é preciso para agradar, aplacar, invocar ou cultuar
os deuses africanos. Devem atuar na cozinha como em um santuário. Os alimentos que não fazem parte
do cardápio ritual não podem ficar no mesmo local, devendo ser preparados em outro local, assim como,
por tradição, os homens não devem frequentar a cozinha sagrada.
Os preparos dos alimentos para as divindades têm tradicionalmente um cozimento demorado, levando às
vezes noites inteiras. Também, dependendo do prato, devem ser levados em conta o dia da semana e
palavras mágicas.
Segundo o antropólogo Raul Lody (1979, p. 32) há diversos tabus e injunções na alimentação dos deuses
e das pessoas:
As iniciadas de Iansã não podem comer caranguejo ou abóbora. As pessoas que têm Oxum como orixá
principal não devem comer peixes sem escama, principalmente o tubarão. Os iniciados de Omolu não
podem comer siri. Os adeptos de Xangô, em sua maioria, não comem carneiro e caranguejo, e os
iniciados da Nação Gege Mahino têm a proibição de consumir carne de porco, também não constando de
nenhum cardápio sagrado dessa Nação.
Há um íntimo relacionamento entre os animais e os deuses africanos. O sangue deles os alimenta e
reforça seus poderes no campo religioso. Por isso, os animais escolhidos para serem sacrificados e servir
de alimento sagrado têm profunda identificação com a divindade a quem a comida será oferecida. Para
cada divindade há uma série de animais votivos, que além de estar em perfeitas condições de saúde, são
escolhidos pela raça, cor e sexo (LODY, 1979, p. 62-63):
A gastronomia ritual afro-brasileira é repleta de detalhes e simbolismos. Existe uma infinidade de pratos
preparados com preceitos e rigores específicos para o cardápio dos Orixás, Voduns e Inkices nos diversos
terreiros dos cultos afro-brasileiros, assim como para os frequentadores dos terreiros. Abaixo, alguns
desses alimentos:
ABADÔ – também conhecido como axoxô ou axoxó - espécie de farinha preparada com milho vermelho
(Rio).
ABARÁ – massa preparada com feijão-fradinho, cozida em banho-maria, envolvidos com folha de
bananeira e um camarão seco (Bahia).
AGRALÁ – farofa de farinha fina com sal e azeite de dendê (Rio).
AJABÔ – quiabos partidos em rodelas pequenas, temperado com mel de abelha (Rio).
AMIÓ – espécie de papa, com farinha de milho, caldo de galinha e camarões secos moídos (Maranhão).
BADOFE – prato feito com cabeça de boi temperada com sal e alho, cozida com azeite de dendê,
camarão, cebola, gengibre e outros condimentos. O prato é acompanhado de angu ou acaçá (Bahia).
BEINHAN – raiz de inhame cozido e um pouco amassado sem nenhum tempero;
CANJERÊ – alimento preparado com camarão seco, castanha e amendoim (Pernambuco).
EBÓ – preparado com milho branco, que depois de ficar de molho na água é pilado e cozido. Há diversos
tipos de ebó (Bahia e Rio).
FAROFA DE DENDÊ – farinha de mandioca, azeite de dendê e sal. Pode também ser preparada com
cebola, camarões fritos ou em massa condimentada (Bahia e Rio).
IXÉ – miúdos e demais órgãos dos animais sacrificados nos rituais de matança (Bahia e Rio).
OMALÁ – preparado com quiabos cortados em rodelas finas, temperados com cebola, camarão seco e
azeite de dendê e ervas, como taioba, mostarda, bredo, capeba e outras (Bahia e Rio).
QUIBOLO – feito à base de quiabos cortados, temperados com azeite de dendê, sal e cebola ralada.
Mistura-se após o cozimento, uma papa de fubá de arroz e carnes de animais sacrificados (Alagoas).
QUITINDIM DE ODÉ – amendoim cru, mel e coco picado misturados sem ir ao fogo (Alagoas).
Atividades em anexo.
Verificar se o aluno:
Reconhece e identifica o significado atribuído aos alimentos sagrados nas quatro matrizes.
RECURSOS
REFERÊNCIAS
LODY, Raul. Alimentação ritual. Ciência & Trópico, Recife, v. 5, n. 1, p. 37-47, jan./jun. 1977.
LODY, Raul. Santo também come: estudo sócio-cultural da alimentação cerimonial em terreiros afro-
brasileiros. Rio de Janeiro: Artenova;Recife: IJNPS, 1979.
http://ensinoreligiosoemsala.blogspot.com/2015/11/alimentos-sagrados-afro.html#more
ASSINATURA DO PROFESSOR
A A J Y W
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