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ESPÍRITO SANTO
H S
Primeira Edição: Dezembro/2016
Segunda Edição: Janeiro/2017
Revisão e diagramação:
Conceição Milagres (31) 3482-6086
Capa:
Pedro Lobo (MV9)
Agradecimentos
Prefácio
Introdução
O Espírito Santo, a primeira pessoa
Como as Escrituras chamam o Espírito Santo?
Símbolos do Espírito Santo
A personalidade do Espírito Santo
Obras do Espírito Santo no Novo Testamento
Os dons do Espírito Santo
Entendendo os dons do Espírito
Poder e Presença
Você está cheio do Espírito Santo?
Blasfêmia contra o Espírito Santo
Porque precisamos do Espírito Santo?
Palavra e oração
PREFÁCIO
O ESPÍRITO SANTO,
A PRIMEIRA PESSOA
Seu Nome
COMO AS ESCRITURAS
CHAMAM O ESPÍRITO
SANTO?
3º - Convencedor do pecado
Em João 14.7-11, vemos o Espírito Santo aplicando as verdades na mente
dos homens, a fim de convencê-los por argumentos justos e suficientes de
que são pecadores. Ele faz isso através da convicção em nosso coração de
que somos dignos de estar diante de um Deus completamente Santo, de que
precisamos de Sua justiça e de que a sentença é certa e virá a todos os
homens um dia. Aqueles que negam essas verdades se rebelam contra a
condenação do Espírito Santo.
5º - Guia
Em João 16.13, vemos que da mesma forma que o Espírito Santo guiou os
escritores das Escrituras para registrar a verdade, assim Ele promete guiar os
crentes em toda a verdade, e a compreenderem essa verdade.
A verdade de Deus é loucura para o mundo, porque é discernida
espiritualmente (1 Coríntios 2.14). Aquele que pertence a Cristo tem a
habilitação do Espírito que nos guia em tudo o que precisamos saber a
respeito de assuntos espirituais. Aqueles que não pertencem a Cristo não
têm um intérprete para orientá-los a conhecer e compreender a Palavra de
Deus.
6º - Habitador dos crentes
Em Romanos 8.9-11, Efésios 2.21-22 e 1 Coríntios 6.19, vemos o Espírito
Santo habitando no coração do povo de Deus, e essa habitação é a
característica distintiva da pessoa regenerada. De dentro dos crentes, Ele
dirige, orienta, conforta e nos influencia, bem como produz em nós o fruto
do Espírito (Gálatas 5.22-23). Ele fornece a conexão íntima entre Deus e
Seus filhos. Todos os verdadeiros crentes em Cristo têm o Espírito residindo
em seu coração.
7º - Intercessor
Em Romanos 8.26, vemos que um dos aspectos mais encorajadores e
confortantes do Espírito Santo é o seu ministério de intercessão em nome
daquele em quem Ele habita.
Por muitas vezes, não sabemos o que ou como orar quando nos
aproximamos de Deus, e o Espírito intercede e ora por nós. Ele interpreta os
nossos gemidos, para que, quando estivermos oprimidos e esmagados pelas
provações e preocupações da vida, Ele se aproxime para prestar assistência
assim como nos sustentar diante do trono da graça.
9º - Espírito de Vida
Em Romanos 8.2, temos a frase “Espírito de Vida”, e significa que o
Espírito Santo é aquele que produz ou dá sustentação à vida.
Em Gênesis 2.7 lemos assim: “Então o Senhor Deus formou o homem do
pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser
alma vivente”.
O Espírito Santo é aquele que, de fato, formou Adão e soprou o fôlego em
suas narinas. Jó declara isso em Jó 33.4: “O Espírito de Deus me fez; o sopro
do Todo-Poderoso me dá vida”.
Em Salmo 139.13 lemos assim: “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste
no ventre de minha mãe”.
O Espírito Santo formou tudo o que vemos.
Em Provérbios 26.10 lemos: “O Poderoso, que formou todas as coisas…”
Esses textos mostram que o Espírito Santo tem seus atributos próprios e
por esses fatos é que devemos tratá-lo sempre como alguém presente. Ele, o
Espírito, com seus atributos, está aqui, ou seja, aí, agora. Enquanto você lê
estas linhas, ele está aí, acompanhando-o.
2 - Com o Pai:
- Espírito de Deus: Gênesis 1.2; João 4.23; 15.26; 1 Coríntios 3.16; 2.14.
Porque é enviado do Pai e do Filho. O Espírito Santo é alguém que
procede da parte de Deus. Ele é Deus dentro de nós.
3 - Com o Filho:
4 - Com o homem:
- Espírito purificador: Isaías 4.4; Atos 2.4; 4.31; 8.18; 10.44; 11.15.
Purificar é mais que limpar. Assim, o Espírito Santo age na criatura,
convencendo-a a aceitar Jesus como seu salvador. Uma vez limpa pela
lavagem da Palavra de Deus, é purificada pelo Espírito Santo, que é o
purificador do crente. Ele queima, arde com poder no coração e na vida do
crente.
SÍMBOLOS DO
ESPÍRITO SANTO
POMBA: Mateus 3.16; João 1.32; Gênesis 8.11; Cantares 1.15; 2.14
Agora, veja bem. Ele não é uma pomba, assim como não é os outros
símbolos. A pomba, leia isso, apenas é um símbolo e nada mais. E esse
símbolo é para lembrar o príncipe da paz, título dado ao Senhor Jesus. É
também um símbolo para lembrar a pureza e a simplicidade.
Como Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, todo homem precisa ser
gerado de novo, no Novo Nascimento (João 3.3,6), o qual produz
regeneração mediante a concessão da natureza divina ao homem (2 Pedro
1.3,4). O Espírito é o que traz essa mudança na natureza do homem. E ele é
o responsável por transformar o caráter do homem. A partir daí, ele passa a
habitar (morar) na vida do crente, que se torna casa (templo). A partir do
momento que nasce de novo e mediante a regeneração, o Espírito Santo
permanece no cristão, mesmo esse crente não tendo alcançado a perfeição
ou a maturidade suficiente. De modo que é o Espírito Santo quem
proporciona o crescimento saudável de toda a igreja. É Ele quem gera a vida
espiritual de uma congregação.
Devemos entender que o Espírito Santo, é o pastor da igreja, ele detém o
direito de comandar e cuidar da Noiva de Cristo. O culto, a adoração, a
pregação, tudo deve ser guiado e controlado pelo Espírito Santo.
É o Espírito Santo que nos dá garantias que tanto as ovelhas como a igreja
são propriedades do Senhor, o qual traz todo processo de nova criatura, e
insere agora essa nova criatura na igreja do Senhor.
Essa atuação é muito peculiar, pois as Escrituras nos ensinam: “Porque
todos que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”
(Romanos 8.14,15),
A PERSONALIDADE DO
ESPÍRITO SANTO
2a - Na obra da criação.
Na criação, o Espírito Santo se movia sobre a face das águas. Ele pode ser
chamado de o Espírito do Criador: “E a terra era sem forma e vazia; e havia
trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas” (Gênesis 1.2).
3a - Na criação do homem
Não nos resta dúvidas, que para ser um cristão autêntico, tem de servir e
adorar um único Deus.
“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é único Deus.” (Deuteronômio 6.4)
Esse Deus único, no entanto, tem três personalidades distintas, por isso
entendemos que o Espírito Santo foi o sopro de Deus nas narinas do homem
no exato dia e momento de sua criação.
4a - Na visão de Isaías
No livro do profeta Isaías 6.8,10 está escrito: “Depois disto ouvi a voz do
Senhor, que dizia: A quem enviarei, e a quem há de ir por nós? Então disse eu:
Eis me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis,
de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o
coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para
que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem
entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado”.
No texto de Isaías, a Bíblia afirma que foi Jeová quem disse, mas em Atos,
Paulo afirma, transcrevendo o mesmo texto, que foi o Espírito Santo.
Confira: “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo Profeta Isaías,
dizendo: Vai a este povo, e dize: de ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma
entendereis; e, vendo vereis, e de maneira nenhuma percebereis. Porquanto o
coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente, e
fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, nem com os ouvidos
ouçam, nem do coração entendam, e se convertam, e eu os cure” (Atos
28.25,27).
A Jeé:
“Então o Espírito do Senhor veio sobre Jeé, e atravessou ele por Gileade e
Manassés, passando por Mizpá de Gileade, e de Mizpá de Gileade passou até
aos filhos de Amom.” (Juízes 11.29)
A Sansão:
“Então o Espírito do Senhor se apossou dele tão poderosamente que
despedaçou o leão, como quem despedaça um cabrito, sem ter nada na sua
mão; porém nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que tinha feito.”
(Juízes 14.6)
Saul:
“Então o Espírito do Senhor se apoderou de Saul, ouvindo estas palavras; e
acendeu-se em grande maneira a sua ira.” (1 Samuel 11.6)
O desafio que Naás (amonita) impôs ao povo hebreu só poderia ser
confrontado por uma pessoa que estivesse cheia de autoridade e poder, no
caso em questão, o poder do Espírito Santo, por meio do qual Deus deu a
vida a Saul.
Davi:
“Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos;
e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então
Samuel se levantou, e voltou a Ramá.” (1 Samuel 16.13)
A unção de Davi como rei foi acompanhada pela unção e poder do
Espírito Santo. Ao pecar, Davi orou a Deus, suplicando: “Não me lances fora
da sua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmo 51.11).
Azarias:
“Então veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Odete.” (2 Crônicas
15.1)
Este profeta transmitiu uma mensagem de encorajamento ao rei Asa, para
que este combatesse a idolatria.
Jaaziel:
“Então veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel,
filho de Zacarias, filho de Benaia, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos
filhos de Asafe.” (2 Crônicas 20.14)
Ezequiel:
“Então entrou em mim o Espírito, quando ele falava comigo, e me pôs em
pé, e ouvi o que me falava.” (Ezequiel 2.2)
Joel:
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, e vossos
jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias
derramarei do meu Espírito.” (Joel 2.28,29)
O profeta Joel é intitulado por alguns como o profeta do pentecostes.
Zacarias:
“Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos
Exércitos” (Zacarias 4.6)
José:
Ao interpretar o sonho de Faraó e sugerir-lhe o que fazer, Faraó
interrogou: “Acharíamos um homem como este a quem haja o Espírito de
Deus?” (Gênesis 41.38).
A capacidade intelectual e social de José só pôde ser entendida mediante a
manifestação do Espírito Santo em sua vida. Nenhum mago ou adivinho
conseguiu interpretar os sonhos de Faraó, mas Deus deu a José esta
habilidade, pois ele mesmo (José) disse a Faraó: “Isso não está em mim; Deus
dará resposta de paz a Faraó” (Gênesis 41.16).
Moisés:
O Espírito Santo atuava na vida de Moisés. Podemos ler isso em Isaías
63.11:
“Todavia se lembrou dos dias de antigamente, de Moisés, e do seu povo,
dizendo: Onde está agora o que os fez subir do mar com os pastores do seu
rebanho? Onde está o que pôs no meio deles o seu Espírito Santo?”
Capítulo Cinco
OBRAS DO ESPÍRITO
SANTO NO NOVO
TESTAMENTO
1a - Companheirismo.
2a - Parceria.
3a - Intimidade.
1a - Companheirismo
A definição para a palavra companheirismo é: Fazer algo junto, conversar
um com outro e saber o que acontece na vida um do outro. Fica evidente,
nas Escrituras, que os Apóstolos dependiam desse companheirismo com o
Espírito Santo. Em Atos 20.22-23, lemos Paulo dizendo assim: “Eu vou para
Jerusalém obedecendo ao Espírito Santo; em todas as cidades que vou, o
Espírito Santo tem me avisado que prisões e sofrimentos estão me esperando”.
Em Atos 10.19, encontramos o apóstolo Pedro recebendo esse tipo de
direção do Espírito Santo: “Simão, três homens estão procurando por você”.
O Espírito Santo lhe disse exatamente: “Pedro, você tem visita, quero que
vá com eles”.
Em Atos 8.26, vemos o Espírito Santo direcionando Felipe: “Um anjo do
Senhor disse a Filipe: Vá para o sul, para a estrada deserta que desce de
Jerusalém a Gaza”.
E no verso 29 de Atos 8, diz: “E o Espírito disse a Filipe: Aproxime-se dessa
carruagem e acompanhe-a”.
Agora mais um relato, dessa vez Paulo, Timóteo e Silas: “Paulo e seus
companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido
impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia.
Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o
Espírito de Jesus os impediu.”
Dá para perceber que o Espírito Santo direcionou toda a vida dos
primeiros cristãos.
2a - Parceria.
Essa é a próxima palavra usada para definir Koinonia.
Vemos, em Lucas 5.6-7, um exemplo de parceria do Espírito Santo.
“Quando o fizeram, pegaram tal quantidade de peixe que as redes começaram
a rasgar-se. Então fizeram sinais a seus companheiros no outro barco, para
que viessem ajudá-los; e eles vieram e encheram ambos os barcos, a ponto de
quase começarem a afundar”.
Nessa parceria, vemos Jesus dando direção, e os discípulos trabalhando. É
esta parceria que devemos ter com o Espírito Santo. Ele nos dá direção e nós
obedecemos e trabalhamos.
Essa é uma parceria, em que o Espírito Santo é o parceiro Sênior nesse
relacionamento.
Paulo disse aos líderes em Éfeso: “Cuidem de vocês mesmos e de todo o
rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorear a
Igreja de Deus, que Ele comprou com o Seu próprio sangue”. (Atos 20.28)
3 - Intimidade
Na tradução mais pura da Palavra de Deus, o texto de 2 Coríntios 13.13 se
translitera assim: “Que a profunda amizade do Espírito Santo, seja com todos
vocês”.
Veja esse texto de Tiago 4.5: “Ou supondes que em vão afirma a Escritura:
É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós”.
Percebe isso? O Espírito Santo anseia por nós. E você, anseia por Ele?
Devemos então discutir que o Espírito Santo sente saudades de nós.
Gostaria de lhe perguntar: Você moraria com uma pessoa que a vida inteira
não lhe dirigisse uma palavra? O Espírito Santo está com você, mora com
você, mora em você, e você não se relaciona com ele.
Agora, vamos voltar um pouco na Bíblia para aprendermos um pouco
sobre a intimidade com o Espírito Santo.
E nosso exemplo é Enoque. A Bíblia diz que “Enoque andou com Deus, e
Deus o tomou para si”.
Veja esse texto de Isaías 40.13-14: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou,
como seu conselheiro o ensinou? Com quem Ele tomou conselho, para que lhe
desse compreensão? Quem o instruiu na verdade do juízo e lhe ensinou
sabedoria e lhe mostrou o caminho do entendimento?”
A resposta é: Ninguém, porque Ele é Deus!
Foi isso que Jesus quis dizer quando falou: “É necessário que eu vá para
que o Espírito Santo venha” (João 16.7).
Jesus está dizendo: O Espírito Santo precisa vir para lhes ajudar em suas
fraquezas, para ter comunhão, amizade e intimidade com vocês, para lhes
ensinar a orar, para levá-los ao arrependimento contínuo. Jesus está dizendo:
“Vocês estão vendo como é necessário o Espírito Santo para vocês?”
É por isso que, em João 16.7, Jesus disse: “Convém que eu vá, porque se eu
não for, Ele não virá” .
Que revelação poderosa de Deus a nós.
Amor:
Esta palavra, no grego, é ágape, a essência do amor. Não tem nada a ver
com o amor humano, mas, sim, com o amor imutável, divino e verdadeiro, a
ponto de amar até o próprio inimigo.
“Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os
publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos,
que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?” (Mateus
5.46,47)
E mais:
“E, sobre tudo isso, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.”
(Colossenses 3.14)
Gozo:
Do grego chara. É uma grande satisfação espiritual. É estar alegre mesmo
em tribulações.
“Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido
julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no
templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.”
(Atos 5.42)
E mais:
“Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha
jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em
todas as nossas tribulações.” (2 Coríntios 7.4)
Paz:
Do grego eirene, que significa aquietar o coração, não estar mais ansioso.
É manter a calma e a tranquilidade em meio às situações adversas.
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.7)
E mais:
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Tessalonicenses 5.23)
Longanimidade:
Do grego makrothumia, que significa paciência, demorar-se em irar,
tolerância e calma para enfrentar as adversidades.
“Tu, porém, tens seguido a minha doutrina e modo de viver, intenção, fé,
longanimidade amor, paciência.” (2 Timóteo 3.10)
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia;
mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão
que todos venham a arrepender-se.” (2 Pedro 3.9)
“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor que andeis como é digno da vocação
com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.” (Efésios 4.1,2)
Benignidade:
Do grego Khrêstotês. É a disposição que a pessoa tem em seu caráter de
querer bem a todos, e não magoar ninguém.
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.”
(Colossenses 3.12)
“Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-
vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Efésios 4.32)
Bondade:
Do grego agathôsunê. A bondade é quando alguém pratica o bem, ou seja,
é o verdadeiro amor colocado em prática.
“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente
aos domésticos da fé.” (Gálatas 6.10)
Fé:
Do grego pistis. É confiar com fidelidade. É tratar com honestidade,
compromisso e fidelidade.
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito:
Mas o justo viverá da fé.” (Romanos 1.17)
“Ora sem fé, é impossível agradar a Deus.” (Hebreus 11.6)
É importante lembrar, aqui, que, embora a fé seja um aspecto muito
importante do fruto do Espírito, ela, porém, pode perder seu valor se não for
acompanhada de obras, como sugere Tiago, em Tiago 2.14,16.
Mansidão:
Do grego pautes. Não significa ter atitudes inertes, mas é sujeitar-se a
algumas situações, ainda que estas envolvam atitudes enérgicas em certas
ocasiões.
Podemos enxergar este contexto no impasse entre Paulo e Marcos: “E
Barnabé aconselhava que tomassem consigo a João, chamado de Marcos. Mas
a Paulo parecia razoável que não tomassem consigo aquele que desde a
Panfília se tinha apartado deles e não acompanhou naquela obra. E tal
contenda houve entre eles, que se apartaram um do outro. Barnabé, levando
consigo a Marcos, navegou para Chipre. E Paulo, tendo escolhido a Silas,
partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus” (Atos 15.37,39).
Apesar desta pequena contenda inicial, podemos ver posteriormente que
não foi nutrido qualquer sentimento de cólera entre Paulo e Marcos, muito
pelo contrário: “Só Lucas está comigo. Toma Marcos, e traze-o contigo, porque
me é muito útil para o ministério” (2 Timóteo 4.11).
Como observamos, a mansidão está inerente-mente ligada ao exercício do
ministério, mormente, na evangelização.
“Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes
dará arrependimento para conhecerem a verdade.” (2 Timóteo 2.25)
Temperança:
É também chamada de domínio próprio. É a capacidade que a pessoa tem
de se controlar. E isto se refere a todo o tipo de controle: sobre os desejos,
paixões, impulsos etc.
“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em
palavras, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tiago
3.2)
E mais:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as
coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” (1
Coríntios 6.12)
Capítulo Seis
OS DONS DO
ESPÍRITO SANTO
1º - Dons de revelação.
2º - Dons de poder.
3º - Dons de elocução.
1º - Dons de revelação.
Os dons de revelação são: Palavra de sabedoria, palavra de conhecimento
e discernimento de espírito.
2o - Os dons de poder
Os dons de poder são: Dom da fé, dons de curar, dom de operação de
maravilhas.
Dom da fé:
Em alguns aspectos, toda fé é dom de Deus, mas há também a fé como
dom do Espírito. Não é a fé intelectual nem a fé salvadora, mas a fé de se
confiar em Deus de forma sobrenatural. Este tipo de fé é um recurso de
Deus, pelo seu próprio poder, proporcionado ao crente. Nem todos possuem
este tipo de dom. É a capacidade sobrenatural de crer no impossível.
Vejamos essa fé no episódio de Mateus 17.20: “E Jesus lhes disse (…) em
verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este
monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível”.
Dons de curar:
Não obstante o esforço médico ser reconhecido pela Bíblia, este tipo de
dom nada tem a ver com este fato. Neste dom, qualquer pessoa pode ser
usada para tal tarefa. Este dom visa atuar sobrenaturalmente sobre o corpo
humano, livrando-o de todo e qualquer tipo de enfermidade. Ela (a cura
divina) faz parte da obra redentora, levada a efeito por Cristo na cruz do
Calvário.
3º - Dons de elocução.
Os dons de elocução são: dom de profecia, dom de variedade de línguas,
dom de interpretação de línguas.
Dom de profecia:
Em certo sentido, a pregação é uma mensagem profética, porém, da
forma como este dom sinaliza, seria a habilidade de transmitir a mensagem
de Deus diretamente pela inspiração do Espírito Santo. Neste caso, segundo
o apóstolo Paulo, a profecia tem três finalidades: “Mas o que profetiza fala
aos homens, para edificação, exortação e consolação” (1 Coríntios 14.3).
O dom da profecia não tem autoridade canônica, não serve para governar
ou administrar a igreja. Também não é o mesmo ministério nos moldes do
Antigo Testamento.
Ainda existe um grupo de cristãos e teólogos que quer mesmo nos provar
que as línguas estranhas cessaram. Vamos examinar isso com cuidado agora.
Paulo diz, em 1 Coríntios 13:8-12: “O amor nunca perece; mas as profecias
desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte
conhecemos, em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o
que é imperfeito desaparecerá.”
Agora, examinemos as Escrituras com cuidado, pois estamos entrando em
terreno minado. Uma palavra dita de maneira errada colocará tudo a perder.
Para isso gostaria de fazer três perguntas:
1a - As línguas cessaram?
2a - Os milagres cessaram?
3a - As profecias cessaram?
1 - Em primeiro lugar:
Paulo está descrevendo o encontro face a face com o Senhor, e isso é o que
significa “O que é perfeito”. Conhecer Jesus em sua glória é o que é perfeito.
Você tem experimentado Jesus face a face? Você tem experimentado Jesus
em glória?
2 - Em segundo lugar:
Se cessaram as línguas e as profecias, o conhecimento também deveria
cessar. Veja: “Cessarão as línguas, o conhecimento passará” .
Então, aos que atacam as línguas estranhas, mas se gabam do
conhecimento, esse texto atinge seu calcanhar.
Evidentemente, tudo que vivemos hoje é imperfeito, pois com Cristo face
a face, tudo será perfeito. Quando estivermos com ele, tudo o mais cessará.
Cristo é a consumação de todas as coisas.
Fica claro que os dons são necessários, hoje, por causa dessa imperfeição.
Não faz sentido estar com Cristo em glória, profetizando e orando em
línguas. Se os dons são dados para edificação da igreja, com Cristo,
estaremos completamente edificados, construídos, então nada disso será
necessário. Isso nos ensina que, apesar de nossa jornada começar na terra,
ela só será perfeita quando o contemplarmos face a face.
2o – Todas as vezes que você der lugar ao Espírito Santo para orar por você,
Ele vai orar pelo seu chamado.
O papel dessa oração é fazer com que você seja cheio de poder e dons, e
que seu Espírito seja ativado dentro de você.
Todas as vezes que você for orar, o Espírito Santo vai criar palavras que
saiam de sua boca.
É sua escolha orar ou não, mas toda vez que você for orar, Ele vai escolher
as palavras que sairão de sua boca. Falo da língua estranha.
Todo o plano de Deus para você começa no espírito, e o Espírito Santo
está em seu espírito. Ative-o agora.
ENTENDENDO OS
DONS DO ESPÍRITO
1º - Palavra de Sabedoria.
2º - Palavra de conhecimento.
3º - Dom da fé.
4º - Dom de curar.
5º - Operação de milagres.
6º - Profecia.
7º - Discernimento de espírito.
8º - Variedades de línguas.
9º - Interpretação de línguas.
1º - Apóstolos.
2º - Profetas.
3º - Evangelistas.
4º - Pastores.
5º - Mestres.
Vejam: “E há diversidade nas realizações, mas é o Senhor quem opera tudo
em todos” (1 Coríntios 12.6).
Os versículos que acabamos de ler em Efésios 4, listam os “cinco
ministérios” , e os nove dons do Espírito que capacitam e qualificam esses
cinco ministérios.
Uma coisa é clara: Deus nunca quis que o ministério, fosse realizado sem
poder. Como vemos em Marcos 16.20, o Espírito Santo de Deus capacita
cada crente com um ministério de poder.
Os dons espirituais capacitam os ministérios na mesma proporção que
um gerador fornece energia para os vários utensílios em uma casa.
1º - Apóstolos.
2º - Profetas.
3º - Mestres.
4º - Operadores de milagres.
5º - Dons de curar.
6º - Socorro.
7º - Governo.
8º - Variedade de línguas.
E essas oito operações mencionadas no verso 28 estão em ordem divina.
Nesta lista de Deus, começa com a função do apóstolo, a primeira operação,
seguida pelo profeta e o mestre.
Os evangelistas e pastores, mencionados em Efésios 4.11, estão em 1
Coríntios 12 com milagres e dons de cura. Estes dons do Espírito são os
primeiros que capacitam e qualificam as funções pastorais e evangelistas. O
nível de entrada dos cinco dons do ministério é também o mesmo nível de
operações de milagres e dons de cura, porque todas as cinco funções de
ministério, apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre deveriam estar
equipadas com estes dois dons do Espírito.
A seguir, vem a operação de socorro, a qual lida com os aspectos
materiais e físicos do ministério.
O dom do socorro é seguido pelos governos ou administrações, os quais
incluem as habilidades organizacionais e os dons necessários na igreja. Por
exemplo, uma pessoa chamada para esta operação pode não só ser capaz de
organizar uma oração de oração em massa com dez mil pessoas, mas de
assegurar que o menor crente nos arredores da multidão tenha tudo o que
ele precisa para crescer na sua caminhada espiritual.
Tanto os dons de socorro quanto os de governo suportam aqueles que
ministram a Palavra de Deus.
Então, nessas oito operações de Deus, nós descobrimos que não só cinco
ministérios estão todos incluídos, mas também que os nove dons do Espírito
são despejados em todas as operações, desde o apóstolo até à oitava
operação da variedade de línguas.
Não importa o que você faz na igreja ou fora da igreja, mas seu dom pode
ser encontrado em uma das operações e dons e ministérios.
Você gostaria de saber qual é a operação do Espírito que você foi
designado? Efésios 4.7 diz: “E a graça foi concedida a cada um de nós
segundo a proporção do dom de Cristo”.
Nesse caso aqui, qual medida foi colocada em seu coração? O corpo de
Cristo, que é a igreja, recebe toda a porção, e cada membro desse corpo
recebe uma medida. É disso que Paulo está falando, por isso pergunto, qual
é a sua medida?
Por isso é que Paulo diz: “Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada
um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense
com moderação, segundo a medida de fé que Deus repartiu a cada um.”
(Romanos 12.3)
Cada um de nós tem uma medida do Espírito Santo como dom,
ministério e operação, que foi derramado a todo corpo (igreja) de Cristo. Eu
disse todos nós.
Os nove dons não são apenas poder do Espírito dado a nós, como
também qualificam as oito operações do Espírito. Isso significa que não
importa o título que você tenha, pode até dizer que é um apóstolo, porém se
uma quantia dos nove dons do Espírito estiver operando em você, você não
é apóstolo, só tem o título, mas não tem a função, a operação, entendeu?
Você tem o dom de apóstolo e a operação para apóstolo, os dons são 9, as
operações para cada dom são 8, e são os dons que qualificam as operações.
Se você se diz evangelista, deve ter dons de poder, pois são esses dons, que
irão qualificar o chamado de evangelista que você tem. Não importa muito o
título para Deus, importa a ação. Ele lhe deu o ministério, e seu ministério
tem as operações que são qualificadas pelos dons. É assim que o Espírito
Santo faz e trabalha em cada um de nós. Aleluia.
Isso nos ensina que só se pode qualificar uma operação específica se
certos dons estiverem operando em seu chamado.
No entanto, temos a oitava operação, a variedade de línguas,. Como
entender isso? Creio que a oitava operação é fundamental para as demais
operações, pois, de todas, é a única que tem o papel de focar aquele que
opera por meio das operações do Espírito. Então, o papel da oitava
operação, que é variedade de línguas, é mantê-lo preso, focado na sua
comunhão com o Espírito Santo, depois de ter recebido muitos dons para
agir em algumas das operações. Creio que o dom de língua, como dom, é o
que qualifica o que tem o chamado de variedade de línguas, e isso é feito
para que nos mantenhamos firmes em nossa comunhão com Espírito Santo.
Agora, eu lhes pergunto: onde começa ou com qual dom começa a
discussão carismática dos dons? Onde está a linha divisória entre os que
acreditam nos dons, e os que não acreditam? Sem sombra de dúvidas, está
no falar em línguas. É nesse dom que começa a discussão. Nunca conheci
alguém agir no poder do Espírito, sem também falar em línguas. Não tenho
dúvidas nenhuma que o falar em línguas é o dom que sustenta todos os
outros, pelo simples fato de ser o dom capaz de produzir em nós edição e
comunhão com o Espírito Santo. O falar em línguas é o dom de entrada para
todos os demais dons.
Na comunidade que sou pastor, sempre estou motivando os membros a
buscarem esse dom, pois uma vez tendo falado em línguas, a porta está
aberta para os demais dons. O falar em línguas é uma operação do Espírito
para nos equipar de dentro para fora. Começa dentro de você, e não fora de
você. Ele o edifica, edifica aquele que fala.
À medida que você ora em línguas, o Espírito Santo constrói uma
operação dentro de você para qualificá-lo para aquilo que Ele o chamou
para fazer. E à medida que Ele faz isso, os dons que equipam para o seu
chamado específico começarão a operar através de você. É assim que
funciona.
Se eu orar muitas horas em línguas, o Espírito Santo vai me capacitar a
atuar no dom e ministério a mim concedido. A oração em línguas serve para
muitas coisas, mas todas elas relacionadas à nossa atividade íntima e secreta
com o Espírito Santo.
Por isso, posso acrescentar que é orando em línguas que você irá
descobrir seu ministério, seu dom e a maneira como Deus escolheu para
agir em você e através de você.
Agora, você entendeu porque o diabo não quer que você ore em línguas?
Ele sabe que muita coisa irá mudar em sua vida espiritual a partir do
momento que você começar a dedicar tempo à oração em línguas.
Capítulo Oito
PODER E PRESENÇA
Quando Deus revelou Sua glória, revelou Seus atributos. Quando Deus
revelou Sua glória, revelou Sua natureza. Quando Deus revelou Sua glória,
revelou Seu coração. Quando Deus revelou Sua glória, revelou Seus
caminhos.
Agora, veja esse texto para que você entenda de uma vez: “Fez conhecido
os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel” (Salmo 103.7).
Devemos manter aceso o fogo de Deus em nós, senão começaremos na
unção e terminaremos na carne. Terminaremos frios, automáticos, sem
fome, sem sede de Deus, sem paixão pela sua presença. Podemos, sim,
perder o Espírito Santo, mesmo que ainda mantenhamos Seu poder em nós.
Davi não temeu perder nada, a não ser o Espírito Santo. Ele diz: “Não
retires de mim o teu Espírito Santo” .
Ele é nosso tesouro, é a maior riqueza da Noiva, é maravilhoso.
Lute pela sua comunhão e intimidade com o Espírito Santo. O que vai
importar ao final das contas é a sua comunhão com o Espírito Santo.
Isso significa que quem tiver vontade de profetizar, deve esperar a hora
certa para isso e, nesse caso, ele consegue esperar, porque o seu espírito é
sujeito à sua vontade.
Por isso Paulo diz: “Se foi revelado a alguém alguma coisa, espere até a
hora certa de falar”.
Porém, o Espírito Santo e suas manifestações físicas não estão sujeitos a
ninguém e nem a espírito algum aqui na terra.
1º - A experiência de Saul
Mesmo depois de o Espírito do Senhor o haver abandonado por causa de
sua desobediência, e entra-do em Davi, já comparamos 1 Samuel 10.6 com
16.14, Saul teve uma experiência muito forte com o Espírito Santo.
Ele mandou uma primeira escolta de soldados prender Davi na casa de
Samuel, em Ramá, mas o Espírito de Deus veio sobre os soldados que não
regressaram a Saul. Todos ficaram profetizando.
Saul mandou, então uma segunda escolta que também ficou profetizando
e ainda uma terceira que não pôde prender Davi por causa do poder de
Deus (1 Samuel 19.18-21).
Depois, o próprio Saul foi prender Davi e o mesmo Espírito de Deus veio
sobre ele, e ia profetizando até chegar a Naiote, em Ramá (vs 3 e 23).
Veja bem: já, pelo caminho, Saul ia profetizando, tomado pelo Espírito de
Deus! Como já vimos, quando chegou a Ramá, diz a Bíblia na versão
corrigida: “e também despiu os seus vestidos, e ele também profetizou diante
de Samuel, e esteve nu por todo aquele dia e toda aquela noite…”
Veja bem: ele ficou todo um dia e toda uma noite caído por terra devido à
unção, profetizando diante de Deus!
2º - O templo de Salomão
Temos dois exemplos ainda, um anterior a Saul, na edificação do
Tabernáculo e outro na inauguração do Templo de Salomão.
Em 2 Crônicas 5.13,14, lemos assim: “Os que entoam as trombetas e
cantores louvaram e agradeceram ao Senhor em uma só voz. Ao som de
cornetas, címbalos e outros instrumentos, ergueram suas vozes em uníssono ao
Senhor e cantaram (…)! Em seguida, toda a casa se encheu da nuvem de
glória do Senhor, de tal maneira que os sacerdotes não conseguiam
permanecer de pé para dar sequência ao serviço religioso, porquanto a glória
do Senhor tomou todo templo de Deus”.
Na inauguração do templo, os sacerdotes não podiam ficar em pé, para
ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de
Deus. Isto é, eles estavam ali dentro ministrando quando veio a glória de
Deus. O que aconteceu, não sabemos, mas o texto diz que não podiam ficar
em pé, o que quer dizer que todos caíram por terra!
Será que não podemos, também nós, em nossos dias, experimentarmos
um pouquinho desta glória do Senhor?
Veja também 2 Crônicas 7.2: “Assim que Salomão concluiu sua oração,
desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios, e a glória de Deus,
o Senhor, tomou toda a casa. Os sacerdotes não podiam entrar no templo do
Senhor, porquanto a glória de Deus havia enchido o templo.”
3º - Jeremias
Quando Deus falava com Jeremias ele se sentia tonto, embriagado pelo
poder de Deus (Vinho do Espírito).
Veja o que ele diz: “Sou como homem embriagado, e como homem vencido
do vinho, por causa do Senhor, e por causa de suas santas palavras” (Jeremias
23.9).
4º - Ezequiel em transe
Ezequiel teve uma experiência ainda mais forte. Ele estava reunido com
os anciãos no cativeiro, na Babilônia. Em Ezequiel 1.28 vemos que o profeta
cai devido à glória de Deus: “… Quando contemplei tudo isso, caí por terra;
foi quando ouvi a voz me chamar”.
5º - Jesus
Bastou o Senhor Jesus falar com os soldados, e eles caíram por terra:
“Assim que Jesus lhes disse: Eu sou Jesus, eles recuaram e caíram no chão”
(João 18.6).
Em João 20.22, Jesus sopra sobre os discípulos o Espírito Santo, mas a
Bíblia não menciona que eles caíram: “E tendo dito isso, soprou sobre eles e
disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
Vemos muitos homens de Deus, hoje em dia, ministrarem o Espírito
Santo com sopro e as pessoas caírem.
7º - No dia de Pentecostes
Não podemos negar que as pessoas que os viam falando em línguas
achavam que eles estavam embriagados!
Estão embriagados, diziam. Os moradores de Jerusalém, quando olhavam
aqueles cento e vinte, acharam que era fruto de uma bebedeira!
Como procedem os bêbados?
Falam alto, gritam, dão risadas, rolam pelo chão… e o que lhes respondeu
Pedro?
“Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando…” (Atos
2.13-15)
A presença do Espírito Santo na vida dos cento e vinte dava a impressão,
para os de fora, de algo ridículo, como se fosse um bando de beberrões!
8º - Paulo
A experiência de Paulo foi muito grande. Ele nem sabe como chegou aos
céus: “… se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe” (2 Coríntios 12.1-
4).
Será que muitos dos discípulos não teriam experimentado algumas das
fortes manifestações do Espírito Santo que nem mesmo foram registradas
nas Escrituras por acharem que era algo normal na vida deles?
O próprio Paulo só foi contar a experiência doze anos depois! Paulo
também cita o que aconteceu com Moisés, que a glória de Deus foi tão forte
que Moisés tinha de colocar um véu sobre o rosto cada vez que saía da tenda
para falar ao povo. Como não será na época da graça? (2 Coríntios 3.7-13).
O que Paulo quer dizer? Ele explica que, se Moisés, que pregava a lei,
tinha tanta glória, quanto maior glória terão os que pregam a justiça.
Paulo foi derrubado por terra pelo Senhor Jesus: “E caindo por terra,
ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9.4)
9º - João, na experiência que teve em Patmos
“Quando o vi, caí a seus pés como morto.” (Apocalipse 1.10-17)
Ele ficou sem forças diante de Deus!
E essa maneira é orando sem cessar até recebê-lo. Atos 1:14; 2:1-3 diz que
os discípulos oraram unânimes e com perseverança durante dez dias até que
os céus fenderam e o Espírito Santo foi derramado.
Observe alguns quesitos nessa busca:
1º - Unânimes
Temos de pensar a mesma coisa, falar a mesma língua, isso fala de sermos
unidos.
Brigas e plenitude do Espírito não combinam, precisa ter união para que
o Espírito Santo nos encha.
2º - Com perseverança
Isso indica que eles lutaram contra o cansaço, contra a preguiça, contra o
sono.
Por dez dias eles não sentiam nada, e isso poderia desanimá-los, mas eles
não desanimaram.
Devemos orar sem cessar, unânimes e sem parar.
Capítulo Dez
BLASFÊMIA CONTRA O
ESPÍRITO SANTO
Em Mateus 12-30, lemos assim: “Todo pecado tem perdão, mas o pecado
contra o Espírito Santo é um pecado sem perdão”. Não me resta dúvidas que,
em nossos dias, o Espírito Santo é o mais abusado, o Espírito Santo é o mais
mal interpretado, o Espírito Santo, é o mais desonrado.
Existe muita confusão acerca desse tema, “Blasfêmia contra o Espírito
Santo”. O que deve ser esse pecado?
Quando Jesus disse que era Filho de Deus, vindo de Deus, então, logo os
fariseus gritaram: blasfêmia. Então, entendemos que blasfêmia pode ser
várias coisas em um mesmo sentido. Então, o que deve ser? No meu
humilde entendimento, blasfêmia não é apenas um pecado, mas um
conjunto de pecados que, para mim, são: atribuir ao Espírito Santo palavras
que Ele não disse, obras ao Espírito Santo que Ele não fez, experiências que
Ele não gerou.
Acredito que um dos maiores perigos para a igreja moderna, é o
experiencialismo. Eu acredito em experiências sobrenaturais com Deus,
mas, em muitos casos, essas experiências já fugiram do controle. Temos toda
espécie de experiências hoje em dia. Temos experiências emocionais,
experiências bizarras, experiências demoníacas.
O problema é que muitas dessas experiências sobrenaturais dos crentes, se
foi mencionado o nome do Espírito Santo, já taxamos por ser de Deus, sem
sequer consultar as Escrituras. Aí temos visões, revelações, vozes do céu,
mensagens por meios transcendentais, sonhos, profecias, experiências fora
do corpo, viagens ao céu, viagens ao inferno, diversas unções, milagres
espirituais.
Acredito em quase tudo que foi citado, mas grande parte disso, muitas
vezes, é falso, não provém do Espírito Santo. Muitas vezes, até o falar em
línguas de muitas pessoas não provém do Espírito Santo e, sim, de um
espírito de engano.
Espírito de Engano
Geração de blasfemadores
O que fazer?
Preserve-se!
Não são todos que dizem que Deus falou, que realmente Deus falou.
Antes de qualquer coisa, se Deus falou, Ele vai propor um concerto. Deus
nunca, jamais, irá consolar antes de confrontar. Se Deus não confrontar, é
porque alguém era perfeito.
Examine as Escrituras sempre, tenha uma vida de oração sempre. Não
corra atrás de coisas místicas, senão, como juízo, Deus pode permitir que
você seja pego pelo o espírito de engano.
PORQUE PRECISAMOS DO
ESPÍRITO SANTO?
Sua salvação fará muito pouco ao reino de Deus. A menos que você seja
cheio do Espírito Santo, sua salvação não somará muito para o Reino de
Deus.
Veja o que Paulo diz: “Recebestes o Espírito Santo quando crestes?” (Atos
19.2). Esse texto nos deixa evidente a preocupação de Paulo que cada irmão
receba o Espírito Santo. Gostaria de, ao final, demonstrar-lhe o porquê de
nossa suprema necessidade do Espírito Santo.
1º - Convence-nos do pecado
“Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.”
(João 16.8)
Todo pecado traz consequências para a vida da pessoa, sendo, a pior de
todas, a morte eterna. O Espírito Santo é quem nos convence dos nossos
erros quando pecamos. Sem Ele, o ser humano vive deliberadamente no
pecado, separado de Deus, condenando a sua vida à destruição e a sua alma
ao inferno. O Espírito Santo convence-nos, então, do pecado, com o objetivo
de nos levar ao arrependimento, pois, somente o arrependimento sincero
pode derrubar a parede do pecado, por meio da confissão e abandono do
mesmo.
2º - Ilumina-nos
“Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo
contrário, terá a luz da vida.” (João 8.12)
Quando o Senhor Jesus fala da Luz da Vida, está se referindo a três formas
de nos iluminar: A LUZ DE UMA MENTE ESCLARECIDA, sem bloqueios,
capaz de entender a vontade de Deus e com a visão da Sua grandeza,
santidade e poder. A LUZ DAS BOAS OBRAS, da mudança de
comportamento, que é vista pelos demais. A LUZ DA SEGURANÇA, pois,
onde está a luz, as trevas são dissipadas. Não há terror, medo, insegurança,
problema ou perseguição, pois, a Luz Divina nos proporciona esta
segurança. Esta luz é obra do Espírito Santo na vida daquele que o recebeu.
3º - Guia-nos
“Quando vier, porém, aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a
verdade.” (João 16.13)
O Espírito Santo é a nossa bússola interior neste mundo. O Espírito Santo
é quem nos dá o discernimento para vermos os perigos e tomarmos as
decisões certas que nos manterão no rumo certo, que é o caminho da
verdade, na prática da Palavra de Deus.
7º - Conserva-nos fiéis
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio-próprio.” (Gálatas 5.22)
Quando somos batizados com o Espírito Santo, a natureza divina passa a
residir em nós. As características de Deus se evidenciam na pessoa batizada,
dentre elas, a fidelidade. Quem tem o Espírito de Deus, a sua palavra é
honrada com a verdade, custe o que custar, e os seus votos jamais são
quebrados, pois o seu caráter é fiel, e fiel até o fim. O Espírito Santo também
é paz, amor, alegria, bondade, misericórdia, perseverança, tudo aquilo que
precisamos.
E você, quer receber o Espírito Santo?
4º - Quando cremos
“Recebestes o Espírito Santo quando crestes?”
5º - Quando pedimos
“Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto
mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem.” (Lucas
11.13)
Existe muita gente frustrada, hoje, dentro da igreja, porque não consegue
receber o Espírito Santo. Paulo aceitou Jesus na estrada de Damasco e três
dias depois recebeu o Espírito Santo. Então, o batismo com o Espírito Santo
se destina aos convertidos, aos que se arrependeram de seus pecados, é um
legado cristão.
“Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome
de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão
longe, a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.” (Atos 2.38,39)
PALAVRA E ORAÇÃO
- Corrige
- Repreende
- Encoraja
1º - Ortodoxia morta
Há muitos que não pregam heresia, há muitos que não creem em heresias,
há muitos que não praticam heresia, mas está faltando poder do alto, falta
virtude de Deus. Ortodoxia morta, mata.
John Wesley disse: “Põe fogo no seu sermão, ou põe seu sermão no fogo”.
Um outro homem disse: “Nós estamos à procura de melhores métodos,
Deus está à procura de melhores homens” (Anônimo). Deus não unge
métodos, Deus unge homens.
Homens mortos tiram de si sermões mortos, e sermões mortos matam.
Nós dependemos do Espírito Santo. Essa palavra tem de ser pregada com
fidelidade, mas no poder do Espírito. Se o púlpito pegar fogo, os bancos
também pegarão.
A pregação é uma tarefa espiritual, então uma mensagem gerada na
mente, só alcança a mente, mas gerada no coração alcança o coração.
Um pregador espiritual, que prega debaixo do poder e da unção de Deus,
irá gerar uma mentalidade espiritual nas pessoas.
Porém um pregador carnal é como um médico que vai fazer uma cirurgia
sem higienizar as mãos. Ele fará mais mal do que bem.
Os seminários podem, em parte, ser uma bênção, mas pode em parte ser
um sempiterno. Temos de tirar a mentalidade de seminário que podemos
aprender a pregar. Pregação não é algo que se aprende, é uma bênção que se
recebe.
Não é com argumentos intelectuais, tiradas ou piadinhas treinadas que se
consegue vitória no púlpito. Não, esta batalha é ganha ou perdida antes
mesmo do pregador começar a pregar.
Sem pregadores ungidos, jamais veremos pecadores rendidos. O grande
problema é que parte dos pregadores, hoje em dia, que deveriam estar
pescando homens, estão mesmo é pescando os elogios deles.
Pregadores pescam homens, marqueteiros, pescam elogios. Precisamos de
pregadores para pecadores, e de profetas para pregadores.
Chega de pregações vazias, estéreis espiritualmente, que são ineficazes,
porque foram geradas num túmulo e não em um ventre, porque se
desenvolveram em uma alma sem oração, sem fogo espiritual.
Porém não precisamos só de pregação.
Também não precisamos só de virtude, avivamento, lágrimas, gritos.
Precisamos de pregação fiel e poder do alto.
Porém, se a pregação não tiver esses dois ingredientes, poder do alto e
fidelidade bíblica de interpretação, iremos ter duas confusões básicas.
Primeiro, iremos confundir agitação com unção e, em segundo lugar, iremos
confundir comoção com avivamento.
Paulo resume isso em pequenas palavras: “Pregar no poder do Espírito e
profunda convicção”.
Pregadores com essas duas características não temem nem a demônios
nem a homens, temem somente a Deus.
Eles não amam suas cabeças, seus ministérios, seus status, eles amam a
Deus.
João Batista não amou a sua cabeça. Por que devemos amar a nossa?
2º - Superficialidade
O que é superficialidade?
É falar, mas não falar com vigor, com afinco, é falar por cima, é
mencionar, citar, querer dizer, mas não dizer, e ainda dizer: Vocês têm de
entender. É dar uma sopa rala para as pessoas, é uma pregação rala, que não
acrescenta em nada no conhecimento e nem na espiritualidade das pessoas.
Pregação precisa ter relevância. Ovelha faminta é ovelha suscetível aos lobos.
As heresias entram. Nossas igrejas se desviam para as heresias, porque,
muitas vezes, falta, na igreja moderna, o alimento sólido e profundo da
Palavra de Deus.
Oração
“O que você diz a Deus quando ora? Eu não digo nada só escuto. E o que Deus
diz quando você ora? Ele não fala nada só me escuta.” (Md Tereza)
Eis quatro questões por que o Espírito Santo, não é derramado em muitas
igrejas
1º - Muitos que pregam, não pregam com um olho voltado para a alma
perdida, e outro para o trono de Deus.
Agora pensem comigo um instante: Sodoma e Gomorra não tinha
pregadores, avivalistas, folhetos de evangelismo, programas evangélicos de
rádio ou TV, não tinha profetas e, mesmo assim, Deus as destruiu. E hoje em
dia, temos tudo isso, e somos uma geração pior que Sodoma e Gomorra.
Por isso, digo: se Deus não fizer alguma coisa com essa geração, Ele teria
que pedir perdão para o povo de Sodoma e Gomorra.
Porém Jesus disse que haverá mais rigor para essa geração, do que para a
geração de Sodoma e Gomorra.